Em uma casa no alto de uma montanha com muita nebulosidade morava um senhor bondoso, com cabelos grisalhos e encaracolados, olhos verdes, pele clara, rosto com traços delicados e expressivos. A casa era “decorada” pela generosidade dessa doce criatura. . Os únicos sons possíveis de serem ouvidos eram os dos pássaros gorjeando nas manhãs cobertas pela névoa, nas quais o céu aos poucos se abria mostrando toda a sua beleza com o seu azul radiante. . Durante toda sua vida ele havia passado a maior parte do tempo entre as colheitas de trigo, com as flores, livros e recordações... E também com a preocupação em oferecer no Natal, pequenos presentes as crianças da comunidade, mas durante esse ano ele não tinha a quantia suficiente para a compra dos mesmos, assim ele andava muito pensativo... . Sentado em sua cadeira de balanço com a sua manta sobre as suas pernas, ele pensava em como poderia ofertar algo para as crianças que tanto alegravam a sua vida, e especialmente na noite de Natal, na qual a comunidade se agrupava, e como em um casulo compartilhavam do calor de estarem todos juntos para celebrarem a noite tão esperada e especial para todos, pois representava o nascimento de cristo Jesus. . Os dias foram passando, e em uma bela manhã junto ao cantar de um sabiá, ele foi ao trigal, e recolheu todos os trigos mais verdes da safra, ficou horas fazendo essa colheita. E assim construiu uma árvore. Criou uma verdadeira escultura usando dos recursos naturais para isso. Trigo, folhas, flores, uma obra-de-arte elaborada com simplicidade e criatividade. . Colocou bilhetinhos por toda a árvore, e nesses pedacinhos de papel escreveu mensagens para as crianças, palavras de amor, de encorajamento, de paz, de sentimentos que só os nossos corações podem sentir. . Em cada pedaço de sua obra-de-arte, havia, caixas de presentes com anjos feitos de chocolate iluminados por luzes multicoloridas... As crianças quando entraram ficaram com os sorrisos estarrecidos pela beleza do momento, as luzes das caixinhas brilhavam de uma maneira tão intensa que ofuscaram as luzes artificiais. . ... 9 ..