INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS SILVANA LAFFI ESTUDOS CLÍNICOS COM OSSO BOVINO INORGÂNICO BIO-OSS® Santo André 2011 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS SILVANA LAFFI ESTUDOS CLÍNICOS COM OSSO BOVINO INORGÂNICO BIO-OSS® Monografia graduação apresentada da FUNORTE ao colegiado (núcleo de Santo PósAndré, Faculdade Unidas do Norte de Minas Gerais), como pré-requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Implantodontia Curso de Especialização em Implantodontia Orientador: Prof. Gabriel Cassiolato Co-Orientador: Prof. Wilson César Kamimura Polo FUNORTE – Santo André 2011 FOLHA DE APROVAÇÃO ESTUDOS CLÍNICOS COM OSSO BOVINO INORGÂNICO BIO-OSS® [Monografia]. Faculdade Norte de Minas. Regional de Santo André; 2011. Santo André, 02 de agosto de 2011. Banca Examinadora 1) Prof. Dr. Pierangelo Angeletti. Titulação: Mestre em Odontologia pela USP; Mestre em Administração Hospitalar pela FGV e F. Medicina USP; Doutor em Cirurgia pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP. Assinatura: ______________________________________ 2) Prof. Wilson César Kamimura Polo Titulação: Mestre em Implantodontia pela UNISA. Doutorando pela SLMandic Assinatura: ______________________________________ 3) Prof. Gabriel Cassiolato Titulação: Especialista em Endodontia pela UNIP. Assinatura: ______________________________________ CONCEITO FINAL: Dedico este trabalho Aos meus pais, Ermoge Laffi e Yolanda Rodrigues Laffi, pelo incentivo, carinho, companheirismo e amor incondicional dedicados à mim. Agradecimentos Agradeço a Deus por todas as oportunidades, inclusive a de realizar este sonho. Ao Prof. Dr. Wilson Polo, por ter “aberto as portas” para mim. Pelo apoio, confiança e carinho. Por toda a amizade e atenção dispensadas não somente a mim, mas a todas as pessoas que o cercam. Muito mais que um “professor” ou um amigo: um ser humano em que eu me espelho. Ao diretor da FUNORTE, Prof. Dr. José Eduardo dos Santos, sem sua ajuda e colaboração não seria possível esta conquista na minha trajetória profissional. Meu eterno agradecimento ao Prof. Pilon, que sempre esteve ao meu lado, principalmente, nos momentos mais difíceis da clínica. A sua dedicação, ajuda e amizade permanecerá na minha memória. Agradecimento especial à professora e amiga, Teresa Cristina Fabiano, por toda ajuda, incentivo, carinho e apoio. Ao meu orientador, Prof. Gabriel Cassiolato, que não mediu esforços para transmitir seus conhecimentos e experiência. Ao Prof. Dr. Pierangelo Angeletti agradecimento especial pelos ensinamentos e dedicação. Meu especial agradecimento à Lice, pela paciência e disposição, pela ajuda e colaboração com todos os alunos e pacientes. Aos meus colegas de curso, que muito me ajudaram para que eu chegasse até o final, pela agradável convivência, pelos bons momentos, por fazerem da FUNORTE uma “casa”: João, Heloísa, Lieni, Márcio, Anderson, Sérgio, Mariana, Silvio, Silvana e Karen Meu super obrigada, ao colega Ari, meu braço direito e esquerdo na clínica. Ao colega Rodrigo Ceolin, sempre pronto para ajudar e colaborar. A todos aqueles que direta e, indiretamente, colaboraram para a conclusão de meu trabalho. “Há homens que lutam um dia e são bons, Há homens que lutam um ano e são melhores, Há aqueles que lutam muitos anos e são muito bons, Mas há aqueles que lutam toda a vida, e estes são os imprescindíveis” Bertold Brecht RESUMO O objetivo do presente estudo foi analisar a literatura atual, a fim de determinar se há vantagens do uso de um substituto ósseo. A pesquisa bibliográfica foi realizada para estudos com matriz de osso bovino, Bio-Oss, os quais foram incluídos nesta revisão. Descrever e relatar sobre um dos biomateriais de preenchimento de origem bovina, Bio-Oss e saber sobre seu comportamento como material substituto para melhorar ou aumentar defeitos ósseos, tendo em vista a insuficiência óssea em rebordos parcial ou totalmente edêntulos, indicando ou não a necessidade de preparo da região atrofiada, visando aumentar suas dimensões, através de técnicas e biomateriais de preenchimento para reconstrução da arquitetura óssea alveolar, a fim de contemplar a necessidade de um arcabouço e sustentação da estrutura óssea e prover um substituto para o osso autógeno. A análise descritiva indicou que o tipo de enxerto não parece estar associado com o sucesso do procedimento, suas complicações, ou a sobrevivência do implante. Duração do período de cicatrização, colocação do implante simultâneo ou uma abordagem por etapas, a altura da crista alveolar residual ou perda do enxerto não foi alterada pela falta ou efeito dos resultados dos materiais utilizados nos procedimentos. A evidência fornece um baixo nível de apoio para a seleção de osso autógeno ou substituto ósseo. A literatura atual fornece um baixo nível de evidência na medida em que a tomada de decisão para o uso de Bio-Oss. Até o momento, estudos estão faltando que se dedicam para esclarecer a influência do altura óssea residual, a colocação simultânea ou tardia do implante, sinusite e reabsorção do enxerto na sobrevida dos implantes em dependência do material de enxerto utilizado. Os aspectos de morbidade local doador, a transmissão da doença, e os custos também não foram tratados adequadamente. Portanto, parece que até o momento nenhum aspecto de destaque pode ser identificado que deve alertar o clínico decidir pelo uso de Bio-Oss, esclusivamente, pois a superioridade de Bio-Oss em relação a outros materiais de enxerto pode ser confundida por outros fatores que o material de enxerto. Palavras-chave: osso autógeno, substituto ósseo, complicação, sobrevida do implante, levantamento de seio maxilar ABSTRACT The aim of the present review was to analyze the current literature in order to determine whether there are advantages of using bone substitutes The analysis included and was limited to a literature search was performed focusing on inorganic matrix bovine bone, Bio-Oss. Describe and report on a grafting biomaterials of bovine origin, Bio-Oss and learn about their behavior as a substitute material to improve or enhance bone defects, in view of the failure of bone partially or totally edentulous ridges, indicating whether or not the need for preparation of the region withered, to increase its dimensions, through techniques and biomaterials for filling alveolar bone reconstruction of the architecture, to address the need for a framework and support the bone structure and provide a substitute for autologous bone.The articles were included in the review showed he highest level of evidence consisted of prospective cohort studies. A descriptive analysis of the constructed evidence indicated that the type of graft did not seem to be associated with the success of the procedure, its complications, or implant survival. Length of healing period, simultaneous implant placement or a staged approach or the height of the residual alveolar crest, or graft loss did not modify the lack of effect of Bio-Oss on the outcomes. The current literature provides a low level of evidence in that decision making for the use of BioOss. Until now, studies are lacking that are dedicated to clarifying the effect of residual bone height, the simultaneous or delayed placement of the implant, sinus and resorption of the graft survival of the implants in dependence of the graft material used.The documented that there was donor site morbidity present after the harvest, the assessment of disease transmission and the costs was not a topic of any of the included articles. The retrieved evidence provides a low level of support for selection of Bio-Oss as a bone substitute. Clear reasons could not be identified that should prompt the clinician to prefer Bio-Oss compared with other graft materials Key-words: autogenous bone, bone substitute, complication, implant survival, sinus floor augmentation LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS p. Figura1 Análise histomorfométrica. 16 Figura 2 Média de osso recém-formado (%). 18 Figura 3 Histomorfometria de osso novo, medular e ABBM 30 Gráfico 1 Índice de osteócitos e quantidade óssea ABBM e osso trabecular. 29 LISTA DE TABELAS E QUADROS p. Tabela 1- Porcentagem de osso novo formado e material de enxerto residual nos diferentes grupos 21 Tabela 2– Formação de osso vital 22 Tabela 3 Sobrevivência dos implantes 22 Tabela 4 - Resultados histomorfométricos das biópsias dos seios aumentados com MCBA (Puros) e ABBM (Bio-Oss) 24 Tabela 5 Valores histomorfométricos para seios enxertados com ABBM e osso autógeno coletado na abertura da janela lateral 31 Tabela 6 Valores histomorfométricos para seios enxertados com aloplástico e autógeno 31 Quadro 1 Média das porcentagens dos pacientes, média de osso vital, tecido conjuntivo e partículas residuais de Bio-Oss 28 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AB – osso autógeno ABBM - matriz de osso bovino inorgânico, hidroxiapatita bovina BCP - fosfato de cálcio bifásico sintético β-TCP - β-fosfato tricálcico BG - Bioglass BIC - contato osso-implante BMP - proteína óssea morfogenética BV - percentagem de volume ósseo CTs - estudos clínicos controlados CS – estudos de relatos casos DP - desvio padrão ECRs - estudos clínicos randomizados controlados FHA - coral natural, hidroxiapatita fluorada HA – hidroxiapatita HTR - polimetilmetacrilato MCBA - osso esponjoso mineralizado Puros MEV - microscópio eletrônico de varredura NMT - tecido não mineralizado PRP - plasma rico em plaquetas rhBMP-2 - proteína óssea morfogenética recombinante 2 GBR – regeneração óssea guiada ROI - região de interesse TC- imagem tomográfica VB – volume ósseo vs - versus LISTA DE ABREVIATURAS, UNIDADE DE MEDIDAS E SÍMBOLOS Ca+2- íon cálcio cm – centímetro 0 - grau mm – milímetro mm2 - milímetro quadrado N – unidade de medida de torque Ncm – unidade de medida de torque % - porcentagem ™ - marca registrada ˂ - menor ≤ - menor e igual ˃ - maior ≥ - maior e igual SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 14 2 REVISÃO DA LITERATURA 16 2.1 – Estudos com osso bovino Bio-Oss® 16 2.2 – Estudos com Bio-Oss® e Boneceramic® 38 2.3 – Revisões sistemáticas 47 3 DISCUSSÃO 60 4 CONCLUSÕES 71 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 72 14 1 - INTRODUÇÃO A doença periodontal e a perda dental levam a maxila reduzir sua altura óssea de maneira progressiva e acentuada. Região com um alto grau de perda óssea, devido à falta de estímulo e baixa qualidade óssea muito medular, somado à perda dental, promove uma pneumatização do seio. (Sharan & Madjar 2008) 26 Inúmeros autores classificaram rebordos com insuficiência óssea para instalação imediata de implantes, de acordo com o tipo e quantidade do osso, definindo modelos de atrofia que se repetiam nos pacientes Lekholm & Zarb (1985 apud Misch, 2008), 23 esta classificação é interessante para os rebordos edêntulos, indicando a necessidade ou não, de procedimentos cirúrgicos, para o preparo da região atrofiada visando aumentar suas dimensões, dando condições favoráveis para a instalação de implantes e contornos osseogengivais harmônicos, como também, é importante para definição de cirurgias de um ou dois estágios cirúrgicos na instalação de implantes, no que diz respeito à estabilidade primária. A introdução e utilização de osso de costela autógena para preenchimento do antro onlay para aumento ósseo vertical iniciou-se por volta dos anos 70, sendo que mais tarde a técnica foi modificada, pela remoção do osso da crista alveolar e elevação da membrana do seio, realizando o implante após 6 meses. Depois, houve a modificação de tipos de implantes, tendo sua colocação simultânea à elevação do seio. (Misch, 2008). 23 Em 1980 foi publicado o primeiro estudo descrevendo que a membrana do seio poderia ser elevada, para a colocação de implantes laminares. (Boyne & James 1980). 2 O osso autógeno era o material mais usado, a partir de 80, o osso sintético começa a ser utilizado. Após os anos 90 há um maior interesse pela técnica devido a algumas mudanças tanto na técnica como nos materiais de preenchimento. A cicatrização do enxerto do seio e cirurgia de implante tardia é uma opção é indicada para osso menor que 5 mm. (Traini et al, 2007) 28 15 O osso receptor do implante apresenta componentes inorgânicos (hidroxiapatita, outros compostos à base de fosfato de cálcio) e orgânicos. Apesar do arcabouço fornecido para sustentação da estrutura óssea alveolar, sempre na ausência do órgão dental ocorre atrofia horizontal e vertical com a diminuição dessa concentração cortical. E, ainda, potencializada pela ação muscular da mucosa oral no fisiologismo da mastigação e fala. As próteses dentomucossuportadas ou somente muco-suportadas também têm efeito deletério, originando as atrofias nos processos ósseos alveolares da maxila e mandíbula. Portanto, quando objetiva-se a reconstrução da arquitetura óssea alveolar, faz-se necessário o conhecimento dos compostos orgânicos e inorgânicos do tecido ósseo, forças mastigatórias e ações dos vetores forças do local receptor do implante. Existe uma variedade enorme de possibilidades que podem ocorrer, de acordo com as técnicas cirúrgicas na implantodontia, ao se pensar em técnicas e materiais de recuperação da estrutura óssea deficiente. Na técnica de elevação da membrana com colocação de material de preenchimento com osso autógeno e biomateriais de preenchimento e aguardar o tempo de cicatrização na região. Este tempo está relacionado com a profundidade lateral do seio, proporção de osso autólogo e volume do enxerto. O tipo de implante será determinado pela quantidade óssea alcançada e pela prótese planejada. O profissional no momento da instalação do implante avalia o enxerto, para determinar o tempo de cicatrização do implante, que varia de 4 a 10 meses (Traini et al., 2007; Cordaro et al, 2008). 5,28 Biomateriais de preenchimento ou de enxertia são substâncias ou combinações de substâncias farmacológicas, inertes, de origem sintética ou natural, que são utilizadas para substituir melhorar ou aumentar, parcial ou integralmente tecidos ou órgãos. O propósito desta revisão de literatura é descrever e relatar sobre um dos biomateriais de preenchimento de origem bovina, Bio-Oss e saber sobre seu comportamento como material substituto para melhorar ou aumentar defeitos ósseos. 16 2 - REVISTA DA LITERATURA 2.1 – Estudos com osso bovino Bio-Oss® YILDIRIM et al 32 , em 2000, avaliaram a formação óssea depois do aumento do seio maxilar utilizando um substituto ósseo bovino Bio-Oss em combinação com o sangue venoso, como material de enxertia, por meio de análise histológica e histomorfométrica de biópsias humanas. Isso envolveu um total de 15 procedimentos de elevação do assoalho do seio sendo realizado em 11 pacientes (média da idade de 49,6 anos), segundo a técnica descrita por Tatum (1986). Após a fase de cicatrização média de 6,8 meses, brocas trefina foram usadas para levar 22 biópsias ósseas da região aumentada dos seios. Nas osteotomias decorrentes da amostragem dos ossos e em locais da maxila posterior aumentada foram inseridos 38 implantes Brånemark. Análise histomorfométrica produziu um percentual médio de osso recém-formado de 14,7% (± 5,0%) e uma proporção de material residual de substituto ósseo de xenoenxerto de 29,7% (± 7,8%) (figura 1). Algumas superfícies das partículas de Bio-Oss, 29,1% (± 8,1%), estavam em contato direto com o osso formado. Figura 1 – Análise histomorfométrica. Yildirim et al 32 Clin Oral Impl Res 2000: 11: 217– 229. O grau da osseointegração é determinado pelos processos biológicos na superfície do implante. Portanto, o grau de sucesso de um aumento do seio maxilar pode ser mais bem avaliado examinando o estado histológico do osso na superfície do implante. Assim, a referência para aumento dos seios de sucesso é a máxima 17 osteogênese qualitativamente de osso vivo de alta qualidade para osseointegração Histologicamente, o osso recém-formado era evidente, parcialmente, as partículas de apatita e pontes formavam trabéculas entre as partículas individuais de Bio-Oss. Apesar da ausência de atividade osteoclástica, o crescimento para dentro do osso indicou reabsorção lenta do material xenoenxerto ósseo. O resultado clínico da taxa de sobrevivência, antes do carregamento protético, foi de 89,5%. YILDIRIM et al 33 , em 2001, determinaram através de um estudo histológico e histomorfométrico em humanos, se a adição de osso autógeno ao ABBM, promove um local de alta qualidade para colocação de implantes. Para melhorar a altura vertical, foram realizados 13 levantamentos de assoalho de seio maxilar em um total de 12 pacientes (9 mulheres, 3 homens) com uma idade média de 51,2 anos (intervalo de 32 a 65 anos). Diagnóstico pré-operatório com imagens panorâmicas e, em alguns casos, pesquisas tomográficas, revelaram que todos os pacientes tinham um residual insuficiente de osso (em média 1.88 mm) na região superior subantral para colocação de implantes imediatos. Foram criados locais adequados para os implantes, melhorando a altura do osso vertical através da elevação de 13 seios maxilares, usando uma mistura de ABBM e osso colhido da mandíbula, da região retromolar ou da região da tuberosidade. (bilateralmente para 1 paciente e unilateralmente para os 11 restantes). Depois de 7.1 meses (média) de cicatrização, 36 implantes do sistema Brånemark foram colocados. Durante esta intervenção cirúrgica, 23 biópsias de osso em forma de cilindro foram tomadas na região superior aumentada usando broca trefina. Análise histológica do osso das biópsias revelou que os grânulos de ABBM estava bem integrado ao osso recém- formado; 33,1% (± 12,4 %) e a superfície do material substituto estava em contato direto com osso. O osso recém-formado foi distinguido do material de substituição com osso bovino. ABBM apresentou lacunas de osteócitos vazios, caracterizadas por uma falta de núcleos nos osteócitos. Em contraste, os osteócitos migraram dos processos protoplásmicos ramificados e penetraram em pequenos canais ósseos, facilmente reconhecíveis no osso pelas lacunas ósseas niveladas no tecido ósseo natural. Além disso, os grânulos de ABBM são curtos, espessos e com arestas pronunciadas, enquanto que o osso lamelar é longo e os limites relativamente pouco definidos. As amostras foram visualizadas sob luz polarizada, para que ABBM e osso recémformado pudessem ser distintos claramente. Assim, foi possível realçar a diferença 18 entre o osso implantado e o osso recém-formado. Todos os 36 implantes foram encontrados osseointegrados, resultando em uma taxa de sobrevivência de implantes de 100%. Mesmo após um tempo de repouso para ABBM de até 9,5 meses em alguns casos, as partículas isoladas de material de substituto de osso ainda foram claramente identificáveis. Análise histológica revelou que o osso recémformado estava em contato direto com as partículas de ABBM. ABBM não foi só invaginado em osso recém-formado, mas grânulos individuais também estavam interligados através da formação da trabécula. O osso foi principalmente constituído de osso lamelar mais maduro, ocorrendo apenas em casos isolados. Em alguns cortes, foi possível demonstrar a fixação vascular e ABBM. O osso esponjoso trabecular de ABBM serviu como um arcabouço no osso recém-formado por osteocondução. O tecido mole localizado entre o trabecular e ABBM contidos no tecido conjuntivo, composto de várias formas de fibroblastos, fibras colágenas e vasos sanguíneos revelou ausência de sinais de inflamação. Numa análise microscópica não foram encontradas lacunas de reabsorção, nem osteoclastos ativos. Ao mesmo tempo, crescimento para dentro do osso indicou que ABBM foi sendo lentamente substituído. A proporção de percentagem média de osso recémformado foi 18.9% ± 6,4%, em que os valores de medição individual variaram de 12.9% a 36.1%. O material poroso ABBM ocupava uma média de 29.6 ± 8,9% da superfície medida. Com um valor de 51.5 ± 9,3%, a proporção de percentagem média de tecido mole representava mais da metade da área aumentada. Medições histomorfométricas estão demonstradas na figura a seguir: Figura 2 - Média de osso recém-formado (%). Yildirim et al 23–33. 33 . Int J Oral Maxillofac Implants. 2001,16 (1): No mesmo paciente, foram notadas algumas diferenças consideráveis em relação à proporção de percentagem de osso nas regiões vizinhas. Apesar do período de 19 espera de meses de 6.0 para 9,5 antes da remoção de biópsias de osso, a duração do estágio não foi identificada como um fator que afeta a proporção de percentagem. Crescimento ósseo ao redor de ABBM revelou diferenças consideráveis independentemente da idade dos pacientes ou sexo. Os valores variaram de 9,8% para 53.2% e resultaram em uma média de granulado de 33,1 ± 12,4%. A duração do estágio de enxerto com ABBM não pôde ser identificada como um fator que influencia no crescimento ósseo em torno dele. Integração do substituto de osso parecia ser mais influenciada pela resposta específica de reparo do paciente individual. Quando os implantes foram descobertos após a fase de cicatrização, média de 6 meses, todos os 36 implantes estavam osseointegrados. Em combinação com osso autógeno, ABBM é osteoindutivo, e sendo osteocondutivo provou ser um material adequado e de capacidade para aplicação no levantamento do assoalho do seio. ZITZMANN et al 34 , em 2001, investigaram a cicatrização de defeitos de rebordo alveolar aumentado com osso mineral esponjoso bovino. Em seis pacientes parcialmente desdentados (três homens e três mulheres, com idade média de 49,2 anos (19-75 anos), o aumento ósseo era necessário antes da colocação dos implantes por causa da grave reabsorção do rebordo alveolar. Foi planejado usar uma abordagem em fases para estabelecer um local apropriado do implante com volume ósseo suficiente. Os defeitos, todos localizados na maxila, foram preenchidos com ABBM e cobertos com membrana de colágeno reabsorvível BioGide. As biópsias foram obtidas a partir dos locais dos defeitos 6 a 7 meses após a enxertia. As proporções de ABBM, osso lamelar, tecido ósseo e fibras paralelas, medula óssea e no tecido conjuntivo foram determinadas. As partículas de ABBM mostraram um arranjo regular de lamelas e lacunas vazias. Sinais de deposição óssea, tais como costuras osteóides revestidas por uma camada contínua de osteoblastos, foram identificados em estreito contato com as partículas de ABBM. Os compartimentos de medula estavam bem vascularizados e compostos de grandes vasos, mesênquima e adipósitos. Em algumas áreas do andaime de osso primário e adjacências das partículas implantadas, foi observada remodelação óssea com reabsorção osteoclástica e lacunas de Howship. A análise histológica revelou que as partículas de ABBM ocuparam 31% da área total da biópsia. Um contato íntimo entre tecido ósseo e ABBM foi detectado ao longo de 37% da superfície das partículas. 20 Um tipo comum de osso foi encontrado, com tecido ósseo e fibras paralelas osso, característicos da atividade de remodelação. Análise histométrica e morfométrica mostrou sinais de reabsorção do material de enxertia os quais foram observados nos cortes histológicos, indicando que o material participou do processo de remodelação. Todos os locais aumentados cicatrizaram sem intercorrências. Nos cortes histológicos, as partículas de ABBM foram encontradas cercadas por diferentes quantidades de osso neoformado, tecido osteóide, e medula óssea. Alguns grânulos de ABBM foram observados no tecido conjuntivo no compartimento exterior das amostras. O osso neoformado mineralizado consistia de um tipo misto de osso que incluíam tecidos ósseos com fibras colágenas dispostas aleatoriamente e nas fibras paralelas. A análise morfométrica revelou que as partículas de ABBM ocuparam em média 30,5% ± 4,6% da área das seções. O osso regenerado, compreendendo tecido ósseo e fibras ósseas paralelas, preencheu ± 22,6%. Os autores concluíram que ABBM pode ser um material muito adequado para aumento localizado de rebordo em humanos. DEGIDI et al 6, em 2004, compararam através de um estudo histológico e histomorfométrico procedimentos de aumento de seio maxilar em seres humanos utilizando PepGen P-15 associado com ABBM e osso autólogo. Participaram deste estudo 7 pacientes (3 homens e 4 mulheres; idades entre 48 e 69 anos, média de 58 anos) os quais foram distribuídos em três grupos. Foram utilizadas diferentes misturas nos 3 grupos: 1, uma mistura de osso autógeno 50% retirado intra oral e 50% ABBM, 2, os materiais utilizados foram 50% de ABBM e 50% PepGen P-15 e 3, osso autógeno 50 % e 50% PepGen P-15. No momento do implante cirúrgico, osso foi colhido da parede lateral com uma trefina e os implantes em seguida, foram inseridos em uma cirurgia de segundo estágio após um período de cicatrização de 6 meses. Não foram detectadas diferenças significativas de percentagem de osso recém-formado nos diferentes grupos. Estes dados demonstraram que a utilização de biomateriais como substituto ósseo, sem adição de osso autógeno, poderia ser uma alternativa em procedimentos de aumento de seio. Histomorfometria revelou que a percentagem de osso recém-formado, espaço medular e partículas residuais de enxerto num total de 12 biópsias foram avaliadas. A tabela, a seguir, mostra os resultados da histomorfometria. 21 Tabela 1- Porcentagem de osso novo formado e material de enxerto residual nos diferentes grupos Grupo 1 50% autógeno Osso novo fo rmado (%) Espaço Medular (%) Residual de enxerto (%) 38.7 ± 3.2 45.6 ± 5 14.4 ± 2.1 36.7 ± 3.3 39.7 ± 3.4 19.6 ± 2.1 32.2 ± 3.2 38 ± 2.5 28.8 ± 1.1 + 50% Bio-Oss Grupo 2 50% Pep-Gen P-15 + 50% Bio-Oss Grupo 3 50% autógeno + 50% Pep-Gen P-15 Degidi et al Journal of Oral Implantology. 2004 (6): 376- 784. A maioria das partículas de Pep-Gen P-15, estava presente dentro do material de enxerto. Entre osso recém-formado e material de enxerto, foi possível encontrar fibroblastos e células com atividade fagocitária. HALLMAN & NORDIN 16 em 2004 avaliaram retrospectivamente os resultados da utilização de uma mistura de ABBM e cola de fibrina como o único material de enxerto no assoalho do seio maxilar e os resultados dos implantes colocados mais tarde. Selecionaram 50 pacientes, 71 seios maxilares, os quais foram aumentados com uma mistura de ABBM e cola de fibrina. Os enxertos cicatrizados, em média por oito meses antes da colocação do implante. Um total de 218 implantes de titânio sólido tipo parafuso foram colocados e deixados para cicatrizarem-se por uma média de 10 semanas. (intervalo de 10 dias a 10 meses). O resultado dos implantes colocados foi avaliado retrospectivamente. Doze implantes foram perdidos, dando uma sobrevida cumulativa de 94,5% após um tempo médio de carregamento de 20 meses (variando de 6 a 42 meses). Este estudo mostrou que o aumento do seio maxilar com uma mistura de ABBM / cola de fibrina e posterior colocação de implantes e cicatrização foi curto antes do carregamento funcional e que este conceito pode ser previsível. No entanto, o uso de osso autógeno e colocação de implantes submersos nos enxertos com tempos de cicatrização já é uma rotina em muitas clínicas. Este artigo discutiu os elementos em que este protocolo se baseia. Os resultados a curto prazo a partir deste estudo clínico retrospectivo indicou que ABBM associado à cola de fibrina pode ser usado como 22 sem material de enxerto ósseo autógeno no seio maxilar pode produzir uma elevada taxa de sobrevivência para a colocação posterior de implan tes. WALLACE et al 31 , em 2005, utilizou ABBM com e sem osso autógeno como material de reposição a fim de comparar os resultados de elevação do assoalho do seio realizado sem membrana (controle) e com membrana bioabsorvível (Bio-Gide) ou com uma membrana não absorvível (Gore-Tex), em relação à formação de osso vital, como também em relação à sobrevivência do implante. Os procedimentos de elevação do assoalho do seio maxilar foram realizados em 51 pacientes (38 unilateral, 13 bilateral) com a colocação de 135 implantes tardios. Dados histomorfométricos foram obtidos no momento da colocação do implante, 610 meses após a enxertia. A formação óssea vital foi de 17,6%, 16,9% e 12,1%, respectivamente, para a Bio-Gide, Gore-Tex, e grupo sem membrana. Tabela 2 - Formação de osso vital Tratamento e-PTFE Tex) No. de seios Proporção (%) osso vital Média (%) osso vital Medular (%) Bio-Oss residual (%) (Gore- 21 3-53 16.9 51.2 31.9 Colágeno (BioGide) 37 3-51 17.6 56.0 26.4 Sem membrana 6 1-29 12.1 63.6 24.3 Wallace et al. 31 Int J Dent Periodontics Restorative Dent 2005;25:551-559 Dos 135 implantes colocados foram três fracassos (2 Bio-Gide, um Gore-Tex) houve diferença significativa entre os grupos quanto à membrana em relação à formação de osso vital e de sobrevivência do implante. Tabela 3 - Sobrevivência dos implantes Tratamento No. de Implantes colocados No. de Implantes que falharam SOBREVIVÊNCIA (%) e-PTFE (Gore-Tex) 46 1 97.8 Colágeno (Bio-Gide) 83 2 97.6 Sem membrana 6 0 100.0 Total 135 3 97.8 Wallace et al. 31 Int J Dent Periodontics Restorative Dent 2005;25:551-559 23 FROUM et al 9, em 2006, realizaram um estudo cego, randomizado, controlado avaliando a histomorfometria óssea vital formada após a enxertia bilateral com dois diferentes materiais, Puros, um enxerto de osso esponjoso mineralizado (MCBA) e ABBM, de 26 a 32 semanas após a colocação do enxerto. Treze pacientes (cinco homens e oito mulheres), de 46 a 75 anos (média de 59 anos) que necessitavam de aumento de seio bilateral, pois não possuíam osso suficiente para o procedimento. Cada um desses sujeitos exigia enxerto bilateral subantral do seio, menos de 5 mm de crista óssea abaixo do assoalho do seio, como determinado por uma tomografia computadorizada (TC). Após a elevação das paredes laterais da cavidade, um material foi colocado no seio direito e outro no seio esquerdo, como determinado pela escolha ao acaso. Vinte e seis a 32 semanas após a enxertia (o mesmo intervalo de tempo foi utilizado para cada paciente), um núcleo foi retirado da área da parede lateral previamente elevada e enviadas para análise histomorfométrica. Núcleos foram obtidos a partir de 22 aumentos sinusal cicatrizados em 11 pacientes. Oito pacientes de núcleos bilateral, dois pacientes tiveram núcleos intactos de MCBA, mas insuficiente núcleo de ABBM; outro paciente teve um núcleo de ABBM intacto, mas um núcleo de MCBA inadequado. O presente estudo utilizou um protocolo bilateral do seio utilizando a parede lateral (janela ou osteotomia completa), com uma membrana de barreira colocada em cima da janela. A diferença no material de enxerto foi a única variável do estudo. No entanto, mesmo neste modelo, fatores como a diferença no tamanho e morfologia dos seios, o montante da crista óssea residual, e as diferenças do operador permaneciam como variáveis potenciais. Conforme estabelecido em estudos anteriores, os núcleos foram codificados e enviados para um histopatologista com blindagem (cego) quanto ao material utilizado para enxerto. Relatos de revisão suportam a eficácia da ABBM por causa de sua oferta ilimitada e segurança, o clínico deve recordar que xenoenxertos são bons osteocondutores e talvez osteoindutores e, portanto, a taxa de remodelação óssea é mais lenta que o de um enxerto autógeno. Para alcançar uma quantidade similar de osso vital como o relatado com enxerto ósseo autógeno, um tempo mais longo de cicatrização é requerido. Assim, do ponto de vista biológico, quanto maior o seio, maior o tempo de maturação que é necessário para uma cavidade enxertada com um xenoenxerto só para atingir um nível similar de osso vital como um seio enxertado com osso autógeno. Análise histomorfométrica de 10 núcleos de MCBA 35,90% do volume ósseo médio total, das quais uma média de 24 76,90% foi vital, revelou que o conteúdo de osso vital com uma média de 28,25% (variação de 8% a 51%). e 9 núcleos de ABBM revelou que o conteúdo de osso vital 12,44% (variação de 5% a 24%). Significativamente mais osso foi formado nos locais com MCBA (n = 8 pacientes). Uma análise semelhante dos nove núcleos extraídos do ABBM enxertados nos seios revelou uma média de dos quais todos eram vitais. Os percentuais médios de medular e do tecido conjuntivo foram de 64,10% e 54,56%, respectivamente, nos seios tratados com MCBA e ABBM. O percentual médio de osso residual não-vital foi de 7,65% nos núcleos MCBA e 33,0% nos núcleos ABBM, conforme tabela abaixo mostrando os resultados histomorfométricos de amostras de núcleos colhidos nos seios aumentados com MCBA (Puros) e ABBM. A porcentagem de osso vital formado é uma indicação do desempenho de um enxerto ósseo ou enxerto de substituição óssea. Os resultados do presente estudo histomorfométrico indicam que percentagem média de osso vital de 26 a 32 meses após o aumento dos seios com MCBA (28,25%) superou aquele encontrado nas cavidades enxertadas com ABBM (12,44%) cerca de 15%. Além disso, em uma comparação direta de oito casos bilaterais, a percentagem total de osso vital formado foi significativamente maior nos tratados com MCBA que no seio contralateral tratado com ABBM. Todo o novo osso que se formou ao redor das partículas de ABBM mostrou-se 100% de vitalidade. As partículas ABBM não foram consideradas como "osso". Isto contrasta com a porcentagem de osso vital relatados em conjunto com as partículas de MCBA, que variou de 29% a 100%. Tabela 4 - Resultados histomorfométricos das biópsias dos seios aumentados com MCBA (Puros) e ABBM (Bio-Oss) Média amostra % Volume %Vitalidade % Osso % medular % enxerto residual Total vital MCBA 35.90 76.90 28.25 64.10 7.65 ABBM 12.44 100 12.44 54.56 33.00 9 Froum et al. Int J Periodontics Restorative Dent 2006;26:543–551. Essa discrepância de osso vital relatado com MCBA deriva do fato de que as partículas de MCBA não-reabsorvidas foram consideradas como osso não-vital, quando foi calculada a vitalidade total da combinação de partículas MCBA e osso novo circundante. O complexo MCBA-osso novo, por exemplo, no paciente #3, consistiu de 38% de volume ósseo total presente (complexo mineralizado). No entanto, neste complexo de apenas 94% era vital (osso novo), o que equivale a um total de 36% do novo osso vital (medido nesta área). Embora o número de casos 25 incluídos no presente estudo é pequeno demais para tirar qualquer conclusão geral quanto à eficácia de um material comparado com os outros, é interessante notar que em todos os casos bilaterais do osso vital formado usando MCBA ultrapassou o obtido com ABBM. O destino do MCBA residual (7,65%) e do ABBM (33,0%) é desconhecido. A presença destas partículas mineralizadas em ambos os materiais podem prevenir a ocorrência de repneumatização (recidiva), que tem sido relatada quando 100% de osso autógeno ou de uma mistura 2:1 de osso autógeno e ABBM que foi usada como material de enxerto. (apud Hatano et al, 2004). Um acompanhamento dos implantes colocados nos seios enxertados com os dois materiais utilizados, no presente estudo, foi necessário para determinar se ocorreu a repneumatização, assim como relatar taxa de sobrevivência. Do ponto de vista histológico, tanto partículas de ABBM e de MCBA pareciam ser osteocondutoras. Osteoblastos e osteóides foram vistos em conjunto com a formação de novo osso ao redor das partículas de ABBM. A maior porcentagem média de osso vital novo foi vista em todas as partículas de MCBA do que ao redor das partículas ABBM. As partículas MCBA foram cercadas por maior quantidade de osso novo e osteóide, o material MCBA deve ser considerado uma alternativa viável para o uso 100% de osso autógeno ou 100% de ABBM. LEE et al 18 , em 2006, analisaram o progresso seqüencial de cicatrização, em dois diferentes intervalos de tempo, após aumento dos seios com ABBM como o único material de enxertia. Dez pacientes parcialmente desdentados, que variaram na idade de 40 a 63 anos (média de 51,6 anos), que estavam livres de doenças sistêmicas e que exigiam aumento do assoalho do seio participaram neste estudo. A avaliação pré-operatória por ortopantomografias mostrou que todos os participantes tiveram insuficiente altura residual no rebordo posterior da maxila (em média 2,25 mm) para a colocação simultânea de implantes. O levantamento do assoalho do seio maxilar foi realizado bilateralmente em um paciente e, unilateralmente em 9 dos participantes, 30 implantes foram cirurgicamente colocados em 11 seios enxertados em 10 pacientes, durante esta cirurgia, a biópsia óssea foi obtida utilizando uma broca trefina com um diâmetro interno de 2 mm e um diâmetro externo de 2,8 mm. Implantes foram colocados em nos locais criados pela osteotomia As biópsias foram examinados histológica e histomorfometricamente. O osso que se formou na sequência do aumento dos seios com ABBM aumentou e amadureceu ao longo do 26 tempo, até 12 meses após a enxertia, entretanto, sem sinais evidentes de reabsorção de ABBM eram visíveis no período de estudo. As segundas amostras de biópsias foram obtidas dos locais paralelos ao eixo longitudinal dos implantes, cerca de 2-3 mm lateral aos implantes. Os defeitos criados pela osteotomia foram preenchidos com ABBM. Um total de 14 pares de biópsias óssea dos 30 locais de implante foram obtidas para corte histológico, os quais representavam os cortes seriados de 6 e 12 meses obtidos extremamente próximos uns dos outros.Osso neoformado foi evidente em todos os locais aumentados. As amostras consistiam de tecido ósseo neoformado, partículas de osso bovino remanescentes, tecido conjuntivo frouxo, e de áreas ocasionalmente com células de gordura. Partículas de enxerto estavam embebidas em uma mistura de tecido primário e osso lamelar. Partículas individuais de ABBM foram facilmente identificadas, mesmo nas amostras de 12 meses, por causa da sua intensidade de coloração e aparência morfológica, incluindo bordas afiadas e uma aparente falta de reabsorção. Nem lacunas de reabsorção, nem osteoclastos ativos, foram encontrados nas amostras de 6 e 12 meses. Aos 6 meses, algumas das partículas ABBM estavam rodeadas por tecido mole, coerentes com a morfologia do tecido ósseo medular, enquanto outras partículas de ABBM estavam diretamente ligadas ao osso recém- formado. O osso novo era facilmente distinguido das partículas de ABBM. Quando presente, o osso era principalmente primário, porém osso lamelar mais maduro também foi ocasionalmente observado. Nova aposição óssea parecia estar diretamente sobre as superfícies das partículas de ABBM, e o padrão de osso esponjoso trabecular das partículas de ABBM parecia estar servindo como um andaime para o crescimento de novo osso. No entanto, não mostrou evidências espécimes de reabsorção, como os osteoclastos ou lacunas de reabsorção. O tecido mole entre as trabéculas e o material de enxerto foi composto de tecido conjuntivo (fibroblastos, fibras colágenas fibras e vasos sanguíneos). Estes tecidos não mostraram sinais de inflamação. Na maioria das amostras as partículas individuais de ABBM ainda estavam claramente identificáveis e dentro do osso maduro. Aos 12 meses, o osso consistiu principalmente em osso lamelar, que é muito bem organizado. As partículas de enxerto foram integradas na formação de novo osso, que foi observado através da interligação partículas em forma trabecular. Em exame microscópico de luz, não havia sinais evidentes de reabsorção do enxerto partículas. Em relação às medidas histomorfométricas, porcentagem média de formação de novo osso em 12 meses 27 (26,6% ± 6,5%) foi significativamente maior do que a observada em 6 meses (18,3% ± 5,4%). A proporção de formação de novo osso nas áreas em estudo variou de 12,3% para 31,3% em 6 meses e de 17,9% para 41,9% em 12 meses. Os autores concluíram que (1) clinicamente, a colocação do implante em ABBM 100% em procedimentos de aumento dos seios resultou na integração previsível; (2) histologicamente, aumento ósseo sinusal recém-formado com ABBM tinha aumentado em volume e amadurecido ao longo do tempo até 12 meses após a enxertia, e (3), sem sinais evidentes de reabsorção da ABBM eram visíveis durante os 12 meses do período de estudo. GALINDO-MORENO et al 12 , em 2007, realizaram um estudo para verificar o comportamento clínico e histológico de materiais substitutos ósseos em pacientes que se submeteram ao procedimento de aumento de seio maxilar com enxerto. Todas as áreas foram tratadas com um composto de enxerto autógeno, ABBM e plasma rico em plaquetas (PRP). Um total de 263 implantes (171 Astra Tech e 92 microdent) foi colocado quer simultânea ou tardiamente. Todas as áreas foram avaliadas clínica e radiograficamente 24 meses após instalação da prótese em função. Amostras de biópsia foram tomadas nas 16 áreas de posicionamento dos implantes tardio, no momento da colocação do implante. A taxa de sucesso de foi de 100% para os implantes, depois de 24 meses de carga. Apenas dois implantes falharam no carregamento, que se traduz num total de 99% implantes com taxa de sucesso. Não foram detectadas diferenças estatisticamente significantes entre o posicionamento dos implantes simultâneo e tardio. Processamento de imagem revelou 34% ± 6.34 osso vital, 49.6% ± 6.04 de tecido conjuntivo e 16.4% ± 3.23 de partículas residuais de ABBM. No entanto, a análise histomorfométrica mostrou que o osso bovino foi incorporado no novo osso formado. Os resultados mostraram que um enxerto composto de osso autógeno supracortical, osso bovino e mistura com PRP podem ser usados com êxito para aumento de seio. O PRP pode ser usado com êxito para aumento de seio. Para análise histológica foram colhidas amostras das biópsias com uma trefina de 3 mm, foram obtidas 16 amostras nos locais dos implantes que foram enxertados para colocação tardia. Análise histomorfométrica revelou que o osso de bovino foi incorporado em osso n ovo formado revelado pela matriz osteóide. Além disso, a maior parte das partículas de ABBM manteve-se vital e inalterada, exceto para algumas áreas na superfície que foram parcialmente 28 reabsovidas. A maioria das amostras revelou cristais de osso bovino entre o tecido conjuntivo e a medula foi essencialmente fibrosa com variável vascularidade. Quadro 1 - Média das porcentagens dos pacientes, média de osso vital, tecido conjuntivo e partículas residuais de Bio-Oss Bio-Oss Remanescente Osso Vital Média ± DP 16.4 ±3.23 34 ±6.34 12 Galindo-Moreno et al. Clin. Oral. Impl. Res. 2007; 18:376–382. TRAINI et al Tecido Conjuntivo 49.6 ± 6.04 28 , em 2007, fizeram um estudo sobre a reabsorção e a formação dos cristais de partículas de osso bovino anorgânico incorporadas à formação óssea e sua interferência na superfície do implante, em comparação com osso autógeno. Paciente, sexo masculino, 52 anos de idade, edêntulo unilateral, região superior de pré-molares e molares, consentiu o procedimento, o qual for realizado em janeiro de 1996, situação óssea na região subantral 4, com 3mm de osso remanescente, paciente não fumante. Foi realizada a abertura cirúrgica e osso anorgânico bovino foi misturado ao sangue venenoso e acondicionado na cavidade do seio. Após 6 meses, 2 implantes foram fixados e 4 meses após instaladas as próteses fixas, um acompanhamento anual foi realizado, não foi observada nenhuma reação periimplantar ou mobilidade. Após 9 anos, o abutment do implante distal fraturou e foi removido e substituído. Simultaneamente, foi realizada a remoção óssea com trefina de 3,5 mm e esta amostra óssea foi acondicionada na forma padrão para análise. A histomorfometria foi realizada para avaliar o percentual de osso, partículas residuais de enxerto e espaço medular. O índice de osteócitos foi avaliado no osso em volta das partículas de ABBM e comparados com o índice de osteócitos no osso da crista (parte da biópsia contendo a crista) que foi formado por 3mm de tecido não-enxertado. Na ampliação menor, foi possível ver que o osso foi formado em contato direto com as partículas de ABBM, e parecia ser, na maioria dos casos, totalmente incorporado ao osso, além disso, foi possível observar várias microfraturas no interior das partículas do biomaterial (Figura A). O osso foi visto formando pontes entre as trabéculas ósseas e as partículas de ABBM, bem como entre algumas partículas de ABBM. Osteoblastos que estavam no processo de deposição da matriz óssea foram observados em torno de algumas partículas. Em outros campos, foi possível ver grandes e raras células multinucleadas, que 29 reabsorveram as partículas de ABBM. Foi observado na interface osso-biomaterial ausência de lacunas ou tecido conjuntivo fibroso. Nenhum infiltrado inflamatório agudo ou crônico estava presente. O número de osteócitos medidos no osso circundante às partículas de enxerto e no osso interdistante das partículas pareciam ser significativamente diferentes, no gráfico a seguir. Grafico 1 - Índice de osteócitos e quantidade óssea ABBM e osso trabecular. Traini et al 28 . J Periodontol. 2007; 78:955-961. Os achados histológicos da quantidade de osso e da qualidade de osso ao redor das partículas ABBM, especialmente a orientação das fibras colágenas dentro da matriz óssea mineralizada. Em muitas áreas, as fibras de colágeno apareceram orientadas de forma aleatória, como uma matriz óssea primária. Com o uso de sinais de elétrons secundários, apenas o residual das partículas implantadas eram visíveis. A utilização dos elétrons retroespalhados revelou a presença de osso novo formado ao redor das partículas do biomaterial. Em maior ampliação, com máxima tensão de aceleração do feixe de elétrons, vários osteócitos foram reconhecidos imersos no novo osso formado. O elevado número de osteócitos gordo pode sugerir uma maior taxa de formação de osso. Imagens pseudocoloridas obtidas utilizando elétrons retroespalhados foram utilizadas para avaliar e medir os espaços medulares, a formação de novo osso, e as partículas residuais de enxerto. Comparando os dados histomorfométricos depois de 12 meses e depois de 9 anos (dados na figura abaixo), osso recém-formado aumentou para 18,45%, espaços medulares diminuiu para 7,44%, e as partículas residuais de ABBM diminuiu para 11,01 30 Figura 3 – Histomorfometria de osso novo, medular e ABBM. * = John & Wenz; † = Valentini et 28 al; ‡ = Scarano et al. Traini et al . J Periodontol. 2007; 78:955-961. Foi positiva a correlação da formação de osso novo com o tempo, ou seja, houve um aumento na formação óssea que parecia ser expressa mais significativamente após nove anos, comparado com os resultados do período de 3 a 8 meses e 1 e 4 anos. Espaços medulares mostraram uma diminuição ao longo do tempo, porém não foi significativo. O mais interessante dos dados referem-se às partículas residuais de ABBM, que mostrou uma correlação muito pequena com o tempo. Portanto, a ABBM parecia ser um material lentamente bioabsorvível. Este fato pode estar relacionado à inibição da atividade osteoclástica no microambiente ao redor das partículas do biomaterial pela alta concentração de íons Ca+2 nesta área. O aumento em osteócitos no osso ao redor das partículas de biomaterial pode ser considerada uma “estratégia do osso'' para superar a ausência da função no interior das partículas do biomaterial e fazer uma contribuição para o fortalecimento do biomaterial substituto de osso. Além disso, a presença de numerosas microfraturas, apenas no interior das partículas do biomaterial, em todos os setores investigados apoiou a idéia de uma resistência à fadiga limitada das partículas de biomaterial. Após 9 anos, achados histológicos mostraram um tecido que foi composto principalmente de partículas enxertadas em estreita relação com o osso recém-formado, que tinham diferentes níveis de maturação e numerosos osteócitos. As partículas residuais de biomaterial foram cercadas e ligadas pelo osso. ABBM apresentou um elevado nível de osteocondutividade e comportamento biomiméticos a longo. GALINDO-MORENO et al 13 , em 2008 compararam, clínica e histologicamente, o composto de dois diferentes tipos de materiais de enxerto para 31 aumento de cavidade sinusal. Cinco pacientes, precisando um aumento bilateral da cavidade sinusal para permitir a colocação do implante, foram recrutados para este estudo. As cavidades direitas foram enxertadas com o osso cortical (coletado na abertura do seio) com ABBM, enquanto que as cavidades do lado esquerdo foram preenchidas com o osso autógeno mais BG. As biópsias foram feitas 6 meses depois quando do 2o estágio cirúrgico da inserção do implante. Um período de espera de 6 meses adicionais foi concedido para cicatrização, antes da restauração protética e do carregamento funcional. O nível periimplantar do osso foi avaliado 12 meses após o carregamento. Uma análise histomorfométrica comparativa foi conduzida e uma análise estatística foi executada. Como resultado todos os implantes em ambos os grupos eram funcionais após um período de um carregamento de 12 meses. Nenhuma perda óssea foi observada radiográfica ou clinicamente. A análise histológica revelou que ambos os enxertos tiveram uma biocompatibilidade elevada. No grupo de enxerto bovino, a absorção xenógena foi mínima. Ao contrário as amostras do grupo BG apresentaram uma taxa de absorção elevada com algumas partículas residuais encaixadas no osso normal novo Tabela 5 - Valores histomorfométricos para seios enxertados com ABBM e osso autógeno coletado na abertura da janela lateral ABBM Partículas remanescentes (%) DP médio 17.28 ±1.32 Galindo-Moreno et al. 13 Osso vital (%) Tecido conjuntivo 31.02 ±7.33 51.68 ±7.21 Clin. Oral Impl. Res. 2008; 19:755–759. Os autores defenderam uma abordagem cirúrgica em que é obtido osso supracortical da parede lateral da cavidade seio via coletor, combinada com um xenógeno. Tabela 6- Valores histomorfométricos para seios enxertados com aloplástico e autógeno Bioglass Partículas remanescentes (%) Média ± DP Galindo-Moreno et al. 14.15± 6.8 13 Osso vital (%) Tecido conjuntivo (%) 33.08 ±8.18 53.35 ±4.24 Clin. Oral Impl. Res. 2008; 19:755–759. Esta abordagem não só permite que o clínico possa recolher osso autógeno para ser usado como parte do material enxerto, como também elimina a necessidade de um segundo sitio cirúrgico para a colheita de osso autógeno. Percentagem de VB é um parâmetro importante a avaliar esses tipos de estudos. Uma média de 31–33% foi 32 encontrada no nosso exemplo, uma média de 23% de osso trabecular foi identificada. Isso também poderia explicar a taxas de sucesso mais elevadas dos implantes inseridos em áreas enxertadas em comparação com aquelas colocadas em osso na região posterior do maxilar. O material sintético aloplástico BG usado neste estudo consiste principalmente de uma mistura dos dois tipos diferentes de cristais de fosfosilicato de cálcio. Este material é osteocondutivo e tem uma taxa de absorção elevada. Este material demonstrou acelerar a atividade osteogênica e expressão precoce de fosfatase alcalina in vitro. Além disso, porque é naturalmente reabsorvida, uma versão posterior dos íons fosfato de cálcio poderia estimular a diferenciação dos osteoblastos. Embora os dados do nosso estudo falhassem para mostrar qualquer diferença significativa estatística entre ABBM e BG para os parâmetros de avaliação, o aumento da cavidade usando uma combinação de osso autógeno mais o ABBM ou a BG é uma técnica previsível. Análise histomorfométrica no momento da coleta de biópsias de núcleo de osso, uma densidade óssea de D2 foi ao grupo ABBM, enquanto foi detectada uma qualidade de osso D3–D4 nas áreas tratadas com BG. Exame histológico revelou que ABBM teve um maior grau de maturação em comparação com BG. No entanto, parecia que as partículas ABBM foram inalteradas na sua grande maioria, sem sinais da reforma. Osso autógeno e suas partículas apresentaram-se nas amostras recolhidas indistinguíveis na maioria do osso recém- formado ou nativo e, não podem ser facilmente separados, tendo em vista que ambos os componentes são da mesma origem. A morfologia celular e distribuição em torno de VB e de partículas de ossos bovino indica a reforma que o osso está sofrendo em conformidade com o volume ideal ósseo. Não há presença de inflamação infiltrada que poderia ser observada em qualquer das amostras, partículas residuais de ABBM distribuídas irregularmente. Apesar das partículas BG serem muito menores, sua distribuição no enxerto composto foi menos homogênea daquelas encontradas no grupo ABBM. Não foi observado infiltrado inflamatório. Nenhuma diferença estatística significativa foi encontrada entre os dois grupos. Uma média de 31–33% foi encontrada no nosso exemplo. Isto está em conformidade com os resultados com a média de 23% de osso trabecular identificada. Isto poderia também explicar a taxas de sucesso mais elevada dos implantes inseridos em seios enxertados em comparação com os colocados na crista óssea de maxila posterior. O material aloplástico sintético BG usado neste estudo, em primeiro lugar, consiste em 33 uma mistura de dois tipos diferentes de cristais de fosfosilicato de cálcio. Este material é osteocondutivo e tem uma taxa de absorção elevada. LEE et al 19 em 2008, selecionaram 41 pacientes destes 27 mulheres e 14 homens com idade media de 59 anos (33 a 83 anos) foram efetuados 52 aumentos de seio maxilar. Três tipos de enxertos foram utilizados neste estudo e combinados com cerca de 50% osso autógeno. Para seio unilateral osso foi colhido proveniente da região posterior da mandíbula, raspas de osso composto de 50:50 de um dos seguintes: alógenos, osso mineralizado; um coral natural, FHA; e ABBM. Implantes multi-rosqueados, hexágono interno, implantes cilíndricos e cônicos, com superfícies de hidroxiapatita foram cirurgicamente colocados nos enxertos de seio maxilar. Uma vez a membrana elevada, o material de enxerto foi misturado com PRP e, em seguida, cuidadosamente preenchido o seio. Resultados histológicos e histormorfométricos selecionados aleatoriamente de dez amostras. Diferenciais de todos os histológicos das amostras mostraram nova síntese de formação óssea. Exame histológico de todas as amostras de enxerto revelou áreas de formação de osso novo vital, espaços medulares, tecidos fibrosos, e formação de osteóide. Em algumas amostras, o osso maduro também foi observado. Partículas residuais de ABBM e FHA e ausência de residual do osso autógeno. Os seios enxertados com 50% de autógeno e 50% de FHA natural revelaram um padrão de boa formação óssea, compreendendo tecido osso e osteóide. Foi observado osso recém-formado crescendo e em formação. Em outras áreas, crescimento ósseo foi observado, crescendo sobre a formação de biomaterial substituto de enxerto. Análise histomorfométrica revelou que 41% do núcleo da amostra era osso, 100% vital. Enxerto residual de FHA constituído por 9% do núcleo. Avaliação histológica dos vários enxertos das amostras que consistiam em 50 % osso autógeno e 50 % de enxerto mineralizado alogênico material revelou anastomose segmentos de tecido ósseo em estreita autenticação para o substituto de partículas de enxerto. Observação adicional demonstrou que a maior parte do ósseo tecido foi imatura, com um padrão de tecido ósseo calcificado. As partículas mineralizadas alógenas foram bem integradas nos núcleos das amostras. Alto potencial, do ponto de vista histológico, mostrou muito osso recém-formado delicado que tinha formado na superfície das partículas de enxerto. Além disso, osteóides densos foram observados com frequência conectado às partículas de enxerto. Em um modelo de 34 núcleo obtido na pós-enxertia de 16 semanas, demonstrou de histomorfometria que o núcleo ascendeu a 41% do osso, 92% dos quais era vital formação de osso novo. Em outro modelo obtido há 22 semanas, pós-enxerto, 59% do enxerto era osso e 98% formação de osso novo vital. Os 2% que foi mineralizado aloenxerto foi extremamente bem integrada e foi difícil diferenciar novo osso em formação, de osso xenógeno e autógeno. Avaliação histológica de uma amostra de núcleo em formação revelada a 24 semanas de osso vital lamelar maduro e algumas áreas de tecido ósseo imaturo. Esta reparação óssea entre partículas de xenoenxerto revelaram provas de que houve reabsorção. Espaços medulares foram quase sempre preenchidos com vascularização de tecido conjuntivo. Sistema haversiano do material de enxerto revelou provas de formação de osso novo. Na amostra de 24 semanas, o histomorfométrico revelou nova formação óssea de 30%, 100%, determinada a ser vital, com 6% xenoenxerto de material residual. KIM et al 17 , em 2009 avaliaram clinicamente a reabsorção óssea do seio maxilar e a perda óssea marginal do implante, após enxerto ósseo e posicionamento de implantes, as complicações, sobrevida, as taxas de sucesso, a reabsorção da crista óssea alveolar ao redor dos implantes, e a reabsorção do volume do osso maxilar. Os 28 pacientes selecionados foram divididos em dois grupos para receber enxerto ósseo pelo acesso lateral do seio maxilar e colocação de enxerto e / ou xenoenxerto, e posterior colocação dos implantes No grupo I, um total de 49 implantes foi colocado em 23 seios maxilar áreas de 16 pacientes com ABBM e uma quantidade mínima de osso autógeno. No grupo II, 24 implantes foram colocados em 13 áreas da cavidade maxilar de 12 pacientes com enxerto ósseo utilizando uma quantidade mínima de ósseo autógeno e quantidades iguais de enxerto (Regenaform) e ABBM Com base na radiografia panorâmica obtida imediatamente após a cirurgia, o comprimento do osso alveolar foi medido a partir do topo de cada implante colocado na parte superior do enxerto ósseo do seio maxilar. O volume aumentado foi então avaliado através da medição do comprimento do enxerto na radiografia. Após um ano de implantação, radiografias panorâmicas foram realizadas para medir o volume de reabsorção do material de enxertia. Para medir as mudanças no osso marginal ao redor dos implantes, o volume de reabsorção óssea foi medido comparando radiografias realizadas imediatamente após a cirurgia na radiografia periapical 35 obtidas um ano após tratamento protético. Com base no comprimento dos implantes colocados, o volume de reabsorção do osso alveolar da crista e o volume médio mesial e distal da reabsorção do osso alveolar da crista foram medidos a partir das radiografias periapicais. Grupo I, a altura média do osso alveolar remanescente foi de 4,9 mm antes da cirurgia, 19,0 mm imediatamente após a cirurgia, e 17,2 mm 1 ano após a cirurgia. Grupo II, a altura média do osso alveolar remanescente foi 4,0 mm antes da cirurgia, 19,2 mm, imediatamente após a cirurgia, e 17,8 mm após 1 ano da a cirurgia. A reabsorção média foi de 1,8 mm e 1,4 mm para grupos 1 e 2, respectivamente, sem diferença na significância estatística entre os grupos. No entanto, um ano depois cirurgia, 3 implantes tiveram seus ápices expostos a partir do seio maxilar em dois pacientes. No grupo I, a média de reabsorção óssea marginal em um ano e 20,8 meses após a prótese em função foi observada de 0,6 mm e 0,7 mm, respectivamente. A taxa de sucesso de 93,9% foi observado para grupo I, com 3 implantes mostrando a reabsorção óssea ˂ 1.5 mm dentro de 1 ano de carga. No grupo II, a média da reabsorção do osso marginal em 1 ano e 19,7 meses após a prótese em função foi de 0,7 mm e 1,0 mm, respectivamente.Não houve diferença estatística no osso remanescente antes da cirurgia e do volume de osso remanescente imediatamente após a cirurgia e um ano após a cirurgia observada entre os dois grupos. A perda óssea marginal média um ano após o carregamento protético e depois 20,8 meses de acompanhamento foi de 0,6 mm e 0,7 mm, respectivamente, no grupo I. Uma taxa de sucesso de 83,3% foi observada para o grupo II, com 4 implantes mostrando a reabsorção óssea ˂ 1.5 mm dentro de 1 ano de carga. Falhas na osseointegração precoce de 3 implantes em 3 pacientes (grupo I: um paciente, um implante, grupo II, duas pacientes, 2 implantes) foram observados, e as revisões foram feitas para esses três locais de implante, seguido por tratamento protético completo. O enxerto ósseo sinusal reabsorve de forma contínua durante os primeiros três anos de enxertia, com a estabilização da reabsorção do enxerto após 3 anos, a enxertia com uma mistura de matriz de osso desmineralizado para enxerto ósseo do seio maxilar não tem mérito significativo a curto prazo sobre a consolidação óssea e estabilidade dos implantes em relação ao osso bovino inorgânico sozinho. GALINDO-MORENO et al 14 , em 2010, realizaram um estudo multicêntrico, prospectivo, ensaio clínico controlado, 45 pacientes (28 do sexo 36 masculino e 17 do feminino) com necessidade de um procedimento de enxerto bilateral do seio para permitir a substituição de dentes ausentes no maxilar posterior com implantes. Os autores analisaram amostras obtidas seis meses após a enxertia do seio com enxerto composto consistindo de ABBM, osso autólogo (AB), e compararam estas amostras com biópsias do osso maxilar intacto. Noventa levantamentos de seios maxilares foram realizados para a colocação do implante tardio (N=90) em 45 pacientes consecutivos (grupo de teste). Um total de 90 implantes representou o grupo conforme segue: 52 Microdents e 38 Astra Tech, com intervalo de 13-16 mm do comprimento e 4,2-5mm de largura. Núcleos ósseos foram colhidos seis meses após a enxertia para estudo histomorfométrico e ultraestrutural. Biópsias controle de osso intacto foram retiradas da maxila posterior de 10 pacientes (controle). Alterações radiográficas foram avaliadas até 24 meses após o carregamento do implante. O achado mais importante quanto às alterações radiográficas da reabsorção óssea foi mais observado em pacientes cuja biópsia mostrou uma proporção menor de partículas ABBM (˂ 30% ABBM: ABBM 0,42 ± 0,13 mm vs ≥30%: 0,21 ± 0.1mm) e uma proporção maior de tecido não mineralizado (NMT) (˂ 40% NMT: 0,22 ± 0,11 mm contra ≥ 40% NMT: 0,39 ± 0,14 mm). A análise radiográfica revelou que quanto maior for a proporção de ABBM remanescente, menor será o total da reabsorção vertical do enxerto. Atividades significativas de remodelação óssea foram observadas no seio maxilar quando comparado com amostras de osso novo. A diferença estatisticamente significativa foi observada no número de linhas de osteóide entre os dois grupos, com valores mais elevados no teste (15,1 ± 11,48% vs 2,5 ± 2,2%). Estudo ultraestrutural mostrou que o osso trabecular vital estava em íntimo contato com as partículas ABBM. Análise da biópsia (figura abaixo) revelou a presença de tecido mineralizado, incluindo principalmente trabéculas ósseas e medula óssea. Osso primário e lamelar do osso trabecular, com a presença de partículas ABBM, foi observada nas amostras obtidas de pacientes que se submeteram ao aumento da cavidade, após 6 meses de cicatrização.Neste momento, biópsias de elevação do assoalho do seio mostraram o osso trabecular em uma ampla gama de proporção (de 29,5% para 75%), com aspecto normal da medula óssea e as partículas em ABBM e entre o osso trabecular, com uma aparência de mosaico, especialmente na porção apical da amostra. Os valores médios totais de análise de imagem depois de revelada uma proporção de 46,1 ± 16,6% de osso vital, 42,3 ± 15,1% de tecido não-mineralizado, e 37 37 ± 25,1% das partículas remanescentes de ABBM. Atividades significativas de remodelação óssea foram observadas no seio, em comparação com as amostras de osso novo. Por exemplo, uma diferença estatisticamente significativa no número de linhas de osteóide observada entre os dois grupos, com valores maiores no grupo teste (15,1 ± 11,48% vs 2,5% ± 2.2). Os valores médios depois da análise morfométrica mostraram um predomínio de medula óssea com adipócitos (51,2 ± 8,1%), enquanto o tecido mineralizado foi encontrado em um menor número (45,7 ± 7,9%), mas com uma proporção semelhante. Nenhum infiltrado de células inflamatórias, aguda ou crônica ou reações de corpo estranho foi observado em toda a amostra, a não ser uma tendência dos osteoclastos mostrar uma atividade em torno das partículas de ABBM. O estudo ultraestrutural mostrou que o osso trabecular vital estava em íntimo contato com partículas ABBM. Além disso, as linhas de cimento entre osso vital e ABBM foram observados (figura a abaixo), e também observado em microscópio. O tecido não-mineralizado parecia estar diretamente correlacionado com o número de osteoblastos por mm 2. Na verdade, análise dos dados estratificados das amostras em função da proporção de tecido nãomineralizado mostrou que houve diferença significativa de osteoblastos/mm 2 quando a proporção da interposição dos tecidos moles foi superior a 40% (≥ média de 40% ± 344,9 ± 284 vs ˂ 40 % 88,7± 59), mas o número de linhas de osteóide não foi significativa (21,25 ± 8,64 vs 12,42 ± 11,68). No entanto, a proporção de partículas remanescentes de ABBM parecia ser importante para a formação de osteóide, tendo em vista que um aumento significativo nas linhas de osteóide foi observado quando a proporção de ABBM foi superior a 30% (19,32 ± 9,01 vs 12,69 ± 12,22). Os valores de média total, após a análise dos núcleos de teste revelou uma proporção de 46.08 ± 16,6% de osso vital, 42,27 ± 15,1% de tecido conjuntivo não-mineralizado, e 37.02 ± 25,1% de partículas remanescentes de ABBM. Os autores concluíram que o enxerto sinusal constitui um excelente modelo para o estudo dos padrões de formação de novo osso e consolidação do enxerto, quando uma combinação de diferentes substitutos ósseos é aplicada. A combinação de ABBM produz resultados altamente satisfatórios tanto do ponto de vista clínico, quanto do histológico. No entanto, muitas questões permanecem sem resposta, por exemplo, porque o atual tecido não mineralizado em nossas amostras determina a celularidade do osso recém-formado e vital como a quantidade de ABBM impede a reabsorção. 38 2.2 – Estudos com osso bovino Bio-Oss® e Boneceramic CORDARO et al 5 , em 2008, compararam os parâmetros histomorfométricos e aparência histológica das biópsias coletadas da cavidade sinusal após levantamento de seio maxilar com ABBM e o fosfato de cálcio bifásico Straumann BoneCeramic (BCP; Straumann BoneCeramic): pelos resultados histomorfométricos de um estudo clínico controle multicêntrico randomizado. O xenoenxerto ABBM foi escolhido como material controle porque está muito bem documentado em procedimentos de levantamento de seio maxilar. Foram feitos levantamento de seio maxilar com ABBM e o novo fosfato de cálcio bifásico BCP em 48 seios maxilares foram tratados em 37 pacientes. A largura do rebordo residual foi ≥ 6 mm e altura foi de ≥3 mm e ≤8 mm. Foi feito levantamento lateral de seio no grupo controle; 23 seios com ABBM; e grupo teste, 25 seios com BCP; os locais foram randomizados para grupo controle e grupo teste. Depois de 180–240 dias de cicatrização os implantes foram colocados e as biópsias foram coletadas para análise histomorfométrica e histológica. Os parâmetros usados foram: (a) área de osso novo, tecido mole e material de enxerto substituto na região enxertada, (b) área de osso e componentes teciduais e rebordo alveolar residual, (c) a porcentagem de superfície de contato entre o material de enxerto substituto e osso novo. Biópsias foram mensuradas com 56% para o grupo teste e de 81.8% para o local controle. A histologia mostrou restrito contato entre o novo osso e as partículas de enxerto para ambos os grupos, com nenhuma diferença significante na quantidade de osso mineralizado (21.6±10.0% para BCP vs. 19.8±7.9% para ABBM; na porção da biópsia tratada nos locais teste e controle. O contato entre osso e enxerto foi considerado significantemente maior para ABBM (48.2 ± 12.9% vs. 34.0 ± 14.0% para BCP). Significantemente menor porcentagem remanescente de material substituto enxertado foi encontrada no grupo BCP (26.6±5.2% vs. 37.7±8.5% para ABBM) com mais componentes de tecido mole (46.4±7.7% vs. 40.4±7.3% para ABBM). No entanto a quantidade de componentes de tecido mole para ambos os grupos que foram encontrados não foi maior do que o rebordo residual alveolar. Ambos ABBM e BCP produziram quantidades iguais de osso novo formado, com aparência histológica parecida, indicando que ambos os materiais são adaptáveis 39 para levantamento de seio para a instalação de implantes dentais. A relevância do potencial clínico de mais componentes de tecido mole e diferente reabsorção características de BCP necessitam de maiores pesquisas. O BCP tem sido amplamente utilizado como substituto ósseo na ortopedia e cirurgia bucomaxilofacial. Tem sido demonstrado se seguro, efetivo e biocompatível como um arcabouço para a formação de osso novo. BCP (tamanho de partícula de 500 – 1000 µm) é um substituto ósseo totalmente sintético de grau de pureza medicinal na forma da partícula composta de fosfato de cálcio bifásico consistindo de 60% de hidroxiapatita (HA), e 40% da forma de beta-fosfato tricálcico (β-TCP). O espaço obtido pela elevação da parede mucosa foi enxertada com a forma sintética de BCP no grupo teste ou com ABBM granular 0.25–1 µm de diâmetro no grupo controle. O local reconstruído foi recoberto com duas camadas de membrana de colágeno (BioGide®). O envelope de randomização foi aberto e o paciente pode ser posicionado ou no grupo teste ou no grupo controle somente após a completa elevação da membrana sinusal, cada seio foi independentemente randomizado para o grupo teste ou grupo controle. Depois de 180–240 dias de cicatrização do local dos implantes foram preparados o segundo estágio com uma broca trefina de 3.5mm de diâmetro para obtenção das biópsias ósseas no mesmo momento e nos mesmos locais da colocação dos implantes. O local mais distal da implantação em cada local foi escolhido para a análise da amostra, não sendo esta escolha possível, foi então utilizado o local mais distal seguinte. Atenção devida foi dada para se captar biópsias ósseas dentro da broca de trefina. As medidas histomorfométricas foram executadas para calcular as porcentagens (isto é, das áreas fracionadas) de osso mineralizado, material de enxerto residual e componentes de tecido mole (isto é, tecido conjuntivo e/ou medula óssea). Além disso, foi avaliado o novo osso em contato com substituto enxertado (contato osso-implante, BIC). Estas medidas foram realizadas na região do osso novo que se formou ao redor das partículas ósseas substitutas. Assim, as medidas começavam no osso residual pré-existente ou osso residual (isto é na base formadora de assoalho de seio) e terminavam aonde a biópsia parava durante o procedimento de coleta. O delineamento da região de interesse (ROI 1) foi feita depois de um estudo criterioso de aparência microscópica da biópsia toda. Devido ao comprimento da ROI 1 ter variado consideravelmente entre as biópsias, uma segunda medida foi feita para excluir esta variação como um fator determinante. Assim, uma área tecidual para cada biópsia foi determinada na 40 segunda região de interesse (ROI 2) que estava exatamente a 1mm de distância do osso pré-existente do rebordo formador assoalho do seio. As medidas de osso mineralizado e de componentes de tecido mole foram também executadas na porção de osso residual de cada histologia analisada. Todas as medidas foram determinadas pelos pontos contados diretamente no microscópio ótico, a porcentagem de contato direto entre o osso novo formado e a superfície óssea substituta (BIC) na região confinada de 1 mm (ROI 2) foi determinada pela contagem da intersecção descrita acima. Biópsias foram mensuradas com 56% para o grupo teste e de 81.8% para o local controle. A histologia mostrou restrito contato entre o novo osso e as partículas de enxerto para ambos os grupos, com nenhuma diferença significante na quantidade de osso mineralizado (21.6±10.0% para BCP vs. 19.8±7.9% para ABBM) na porção da biópsia tratada nos locais teste e controle. O contato entre osso e enxerto foi considerado significantemente maior para ABBM (48.2 ± 12.9% vs. 34.0±14.0% para BCP). Significantemente menor porcentagem remanescente de material substituto enxertado foi encontrada no grupo BCP (26.6±5.2% vs 37.7±8.5% para ABBM, com mais componentes de tecido mole (46.4±7.7% vs 40.4±7.3% para ABBM). Foram tratados de acordo com o protocolo 48 seios de 37 pacientes, 25 foram incluídos no grupo teste BCP e 23 no grupo controle ABBM (54 no grupo BCP e 55 no grupo ABBM). O tempo médio de cicatrização no grupo BCP foi de 208 dias (média de 159-257 dias) e no grupo ABBM foi de 207 dias (média de 175-240 dias). O osso do rebordo residual foi medido pela tomografia computadorizada antes do tratamento. A largura media de osso foi de 7.6±2.2 mm no grupo BCP e 7.6±1.7 mm no grupo ABBM. A altura média foi de 5.1±1.1 e 4.9±0.8 mm nos grupos BCP e ABBM, respectivamente. Nenhuma diferença estatisticamente significante estava presente entre os dois grupos. Biópsias disponíveis: medidas das amostras foram disponibilizadas de 14 dos 25 seios do grupo teste (56% dos locais) e em 18 dos 23 seios do grupo controle (81.8% dos locais). Algumas biópsias não estavam disponíveis devido à destruição das biópsias durante ao procedimento de coleta, sem bordas definidas. A avaliação histológica das áreas enxertadas em ambos os grupos mostrou um íntimo contato entre as partículas de enxerto remanescente e osso novo formado. A aparência histológica demonstrou que ambos os materiais possuem propriedade osteocondutiva. A quantidade de osso mineralizado e de componentes de tecido mole foi medida no osso residual maxilar para se conseguir a qualidade de osso 41 alveolar original. A diferença na quantidade de tecido mineralizado e tecido nãomineralizado entre os dois grupos não foi significante. Podendo afirmar que o grupo teste e o grupo controle mostraram rebordo residual alveolar que foram comparáveis em dimensão e qualidade tecidual. A proporção entre osso novo e material enxertado residual na reconstrução do assoalho do seio (resultado de eficácia primária) foi 0.881 (0.528; CI 0.58–1.19) no grupo BCP e 0.608 (0.458; CI 0.38– 0.84) no grupo ABBM; as medianas foi 0.819 e 0.426, respectivamente e as diferenças não significantes. Não houve diferenças significantes entre os materiais para a quantidade de osso formado nas duas regiões de interesse (ROI 1 e 2). No entanto, a porcentagem da cobertura óssea das partículas enxertadas (%BIC) foi de 48.2% para o grupo ABBM e 34.0% para BCP, com significantemente maior %BIC para o grupo ABBM. Houve uma maior porcentagem de material de enxerto residual para o grupo ABBM e conseqüentemente baixa porcentagem para os componentes de tecido mole, quando comparadas com o grupo BCP, as quais mostraram uma baixa porcentagem para partículas de material de enxerto residual. No entanto, ambos os grupos teste e controle mostraram uma baixa porcentagem de componentes de tecido mole do que o osso nativo residual (61.7±12.9% para BCP vs. 54.8±14.9% para ABBM). Neste momento (6 meses pós-operatório), nenhum sinal relevante de degradação de BCP ou ABBM pode ser encontrado. FROUM et al 10 , em 2008, realizaram um estudo piloto cego, randomizado, controlado e o primeiro estudo com histomorfometria para comparar a formação de osso vital depois de enxerto bilateral do seio com BCP e ABBM, 6-8 meses após a colocação de enxerto, 12 pacientes foram selecionados. Os critérios de inclusão incluía presença menor que 5 mm de rebordo residual da crista óssea bilateral medida na tomografia axial computadorizada. Núcleos foram obtidos 24-32 semanas pós-cirúrgico de 21 seios cicatrizados, em 12 pacientes, 9 pacientes promoveram núcleo bilateral. Após elevação das paredes laterais da cavidade, um material foi colocado no seio direito e outro material foi colocado no seio esquerdo, como determinado pelo sorteio. A análise histomorfométrica dos 10 núcleos BCP revelou uma média de 28,35% de volume ósseo vital (variação: 7,5% para 71%). Uma análise similar dos 11 núcleos ABBM revelou uma média de volume ósseo vital de 22,27% (variação: 11% para 30%). Vitalidade do osso foi de 100% em todos os núcleos colhidos. Os percentuais médios de medula óssea / tecido conjuntivo foram 42 43,25% e 51,73% para seios preenchidos com o BCP e ABBM, respectivamente, e a média percentual de material de enxerto residual foi de 28,4% e 26%, respectivamente. Dos 9 seios bilateral elevados com cada material (BCP e ABBM) revelou nenhuma diferença estatisticamente significativa em quaisquer dos parâmetros avaliados. De 6 a 8 meses após a enxertia (com mesmo período de tempo utilizado para cada paciente), núcleos de biópsia com trefina foram retirados da área enxertada e enviados para análise histomorfométrica de 10 núcleos com BCP e 11 núcleos com ABBM revelou um teor médio de osso vital de 28,35% e 22,27%, respectivamente. A porcentagem média de partículas residuais enxerto foi de 28,4% nos núcleos BCP e 26,0% nos núcleos ABBM. A diferença na formação de osso vital não foi significativamente diferente (n = 9 pacientes) entre os seios bilaterais tratados com o BCP e os tratados com a ABBM. Análise histológica de ambos os materiais mostraram ser materiais osteocondutores e apresentaram formação de osso novo. Do ponto de vista histológico, tanto partículas de BCP e ABBM parecia ser osteocondutora. Nova formação óssea foi observada em torno e adjacente às partículas de BCP. As partículas de ABBM foram cercadas por maior ou menor quantidade de osso novo e osteóide, dependendo do paciente e seio observados. Este estudo não relatou taxas de sobrevivência de implantes, mas melhor que isso, examinou a porcentagem de osso vital presente após o enxerto bilateral dos seios com 100% de BCP ou 100% ABBM. Enxerto de seio maxilar bilateral em seres humanos é um excelente modelo, pois permite uma comparação direta do aumento dos dois seios com materiais, eliminando o hospedeiro como uma variável. Embora o tamanho dos dois seios do mesmo indivíduo possa variar no tamanho, estudos utilizando métodos idênticos e materiais, tais como este estudo, permitem uma avaliação precisa e a comparação da resposta de cicatrização de dois materiais de enxerto ósseo ou de substituição de materiais de enxerto. A formação de osso vital foi ligeiramente superior nos seios enxertados com BCP (28,35%) do que em seios tratados com ABBM (22,27%), mas estas diferenças não foram estatisticamente significativas, sendo que todo osso novo mostrou vitalidade 100% em todos os núcleos examinados tanto para o grupo BCP como para o grupo ABBM. Neste estudo, uma tendência semelhante pode ser observada com núcleos de biópsia de seio feita 6 meses após a enxertia com o BCP, o novo osso e material de enxerto não tinham fundido suficientemente para as biópsias serem tomadas. Em outro paciente, uma biópsia feita a partir de uma cavidade tratada com BCP produziu 43 13% do volume ósseo vital. Por outro lado, os melhores resultados com seio enxertado com BCP foram obtidos com núcleos colhidos oito meses depois da enxertia, com volume de osso vital de 55% e 71%. Esta tendência de aumento do volume de osso vital com o tempo de cicatrização maior não foi visto nos seios enxertados com ABBM. Em três pacientes com núcleos de biópsias de seio colhidos em seis meses pós-cirurgia com ABBM apresentaram valores osso vital de 29%, 24% e 27%, enquanto os núcleos obtidos aos 8 meses, mostrou valores de osso vital de 11%, 19% e 21%. LINDGREN et al 20 , em 2009, realizaram um estudo randomizado, controlado, para comparar a formação óssea em torno de microimplantes com a superfície condicionada por ácido e jato de areia, colocados no momento da reposição do assoalho do seio maxilar com BCP ou com ABBM, 9 pacientes desdentados totais e dois pacientes parcialmente desdentados (seis mulheres e cinco homens) com média de idade de 67 anos (variando de 50 a 79 anos), exigindo aumento de seio bilateral foram incluídos no estudo. Os pacientes foram randomizados para o aumento com o BCP (teste) de um lado e ABBM (controle) no lado contralateral. Uma membrana de colágeno (BioGide) foi usada para cobrir a janela lateral do enxerto. As feridas foram fechadas com fio absorvível. Após 8 meses de cicatrização do enxerto. Os microimplantes e um núcleo de osso circundante foram recuperadas utilizando uma trefina com um diâmetro de 3 mm. Após a recuperação, implantes convencionais foram colocados em uma forma nãosubmersa e deixados para cicatrizar por 8 semanas. Após 8 meses de cicatrização do enxerto, no momento da colocação do implante, todos os 22 microimplantes foram recuperados com núcleo ósseo circundante à análise histológica. As medidas morfométricas foram realizadas ampliações 6X a 10X e incluíam: a porcentagem da superfície do implante em contato direto com o osso; a porcentagem de área óssea ocupando os segmentos; a porcentagem de osso, biomateriais e tecidos moles ocupando uma área dentro e fora, de dois em dois segmentos, que podiam ser medidos, e o percentual de partículas de biomateriais que apresentavam qualquer contato entre o osso. O contato osso-implante no grupo BCP foi de 64,6% ± 9,0%, vs 55,0% ± 16,0% para o grupo ABBM. A diferença não foi significativa. Os valores correspondentes para a área do novo osso formado nas biópsias foram 41,1% ± 9,8% e 41,6% ± 14,0% para o BCP e ABBM, respectivamente. Havia 44 significativamente mais partículas de ABBM em contato com o osso recém-formado do que partículas de BCP (87,9 ± 18,2% vs 53,9 ± 26,1%). Neste estudo randomizado, ensaio clínico controlado, nova formação óssea e contato ossoimplante em torno de microimplantes com jato de areia na superfície condicionada por ácido mostrou-se equivalente entre os seios aumentados com o BCP ou ABBM. Em alguns casos, a parte apical do núcleo de osso tinha fraturado. Todas as amostras continham quantidades variadas de tecido conjuntivo fibroso ricamente vascularizado que consiste principalmente de medula óssea e de vasos, indicando vitalidade e angiogênese na área enxertada. As partículas ABBM e BCP puderam ser vistas rodeadas por diferentes quantidades de tecido ósseo, osso esponjoso e tecido conjuntivo fibroso. Tecido ósseo recém-formado foi visto às vezes ligando as partículas do substituto ósseo. Não foram observados presença de sinais de reabsorção das partículas ABBM ou BCP. Além disso, a quantidade de partículas do enxerto em contato com o osso recém-formado variou, e não havia sinais patológicos da atividade inflamatória nas amostras. O contato osso-implante (BIC) no grupo BCP comparado com o grupo ABBM foi de 64,6% ± 9,0% vs 55,0% ± 16,0%. Os valores correspondentes para a área do novo osso formado nas biópsias foram 41,1% ± 9,8% e 41,6% ± 14,0% para o BCP e ABBM, respectivamente (diferença não significativa). Havia uma quantidade significativamente maior de partículas ABBM em contato com osso neoformado em relação ao BCP (média de 87,9% ± 18,2% vs 53,9% ± 26,1%). A quantidade de remanescente de enxerto ocupando a biópsia após 8 meses foi de 12% para partículas ABBM e 10,8% para o BCP, esta diferença não foi significativa Também não houve diferenças significativas entre os dois biomateriais para a área de osso novo e tecido mole. Idade e sexo não tiveram qualquer impacto sobre os resultados. O contato osso-enxerto foi significativamente maior para ABBM do que para BCP, o que pode refletir em diferenças na condutividade óssea de cada material. A análise mostrou que a formação óssea no grupo BCP ocorreu principalmente entre as partículas do BCP e perto da superfície do microimplante, em comparação com o grupo ABBM, onde a formação óssea foi observada principalmente em torno das partículas ABBM, e apresentou maior grau de partículas em contato com o osso recém-formado. LINDGREN et al 21 , em 2010, compararam a reabsorção do substituto ósseo de fosfato de cálcio bifásico sintético (BCP) com enxerto de osso bovino 45 desproteinizado (ABBM) utilizados em aumento de seio maxilar humano. Onze pacientes foram submetidos à elevação do seio maxilar bilateral com DBB em um lado e do BCP (40% β-fosfato tricálcico (β-TCP) e 60% de hidroxiapatita) no lado contralateral. Simultaneamente ao aumento sobre cada lado, um microimplante foi colocado verticalmente a partir do topo da crista alveolar penetrando no osso residual e no material de enxertia. Oito meses após a cirurgia inicial os microimplantes foram recuperados com um núcleo circular de osso. A composição do material de enxerto residual e osso circundante foi analisado pela microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia por energia dispersiva de raios X. O material de enxerto residual de ambos os tipos esteve presente como partículas de 10-500 µm em contato direto ou completamente cercada de osso novo formado; partículas menores também estavam presentes no tecido não-mineralizado. No caso do BCP a interface entre o substituto ósseo-enxerto mostrou evidências de desintegração superficial das partículas em grãos individuais. A proporção mediana de Ca / P (% at), determinada a partir de > 200 locais discretos nas partículas do enxerto residual e osso adjacente, foram: ABBM: 1,61 (intervalo de confiança [CI] 1,59-1,64); BCP: 1,5 ([CI] 1,45-1,52); osso aumentado com ABBM: 1,62 ([CI] 1,591,66); osso aumentado com BCP: 1,52 ([CI] 1,47-1,55); ABBM vs BCP e DBB-óssea versus osso aumentado com BCP. A redução do Ca / P para BCP durante o período de cicatrização é consistente com a dissolução do β - TCP e reprecipitação na superfície de hidroxiapatita deficiente de cálcio. O β-TCP componente do BCP pode ser gradualmente substituída por deficiência de cálcio na hidroxiapatita durante o período de cicatrização. Este processo e a degranulação superficial das partículas de BCP podem influenciar o progresso da reabsorção e da cicatrização. LINDGREN, MORDENFELD & HALLMAN 22 , em 2010, desenharam um estudo prospectivo para avaliar a taxa de sucesso de implantes colocados após o aumento do seio maxilar com BCP, ou com ABBM (controle). Nove pacientes desdentados totais e dois pacientes parcialmente desdentados, com idade média de 67 anos, com a necessidade de elevação de seio bilateral, 5 mm do osso residual no assoalho do seio e uma largura de cristal ≥ 4 mm, foram incluídos neste estudo. Após a elevação bilateral da membrana Schneideriana, após a randomização, reposição foi realizada com o BCP em um dos lados do assoalho do seio maxilar e com ABBM todos os pacientes foram randomizados para o aumento com BCP de 46 um lado e ABBM no lado contralateral. O tamanho das partículas foi 0,5 a 1,0 mm e 0,25 a 1 mm para o BCP e ABBM, respectivamente. Após 8 meses de cicatrização do enxerto, 62 implantes com superfície SLActive foram colocados. A sobrevivência do implante, a reabsorção do enxerto, o índice de placa, sangramento à sondagem, índice de sangramento do sulco, profundidade de sondagem, e a taxa de sucesso dos implantes foram avaliadas após 1 ano de carga funcional. Após uma média de 118 dias, todos os pacientes receberam próteses fixas. Do ponto de vista biológico, o TCP pode ser superior ao ABBM, tendo em vista que o material se dissolve em íons fósforo e cálcio, o que teoricamente pode estimular uma nova formação de osso; porém, um problema potencial é a rápida reabsorção da TCP. Por outro lado, uma desvantagem com ABBM é o fato de que provém de osso bovino, o que freqüentemente tem sido questionado. Uma possível vantagem deste biomaterial é que o volume do enxerto permanece parcialmente, sendo parte da TCP irá se dissolver. A dissolução do TCP pode levar a um maior espaço interparticular para o osso novo em formação. Além disso, os níveis de cálcio e íons de fósforo liberados estimulam a formação de osso novo, o BCP pode ser um bom substituto para ABBM. Em um segundo procedimento cirúrgico, depois de um enxerto com tempo médio de cicatrização de 230 dias (intervalo: 210 a 250 dias), todos os micro implantes foram removidos como um núcleo de osso circundante usando trefina com um diâmetro de 3 mm. A altura do seio enxertado (GSH) foi avaliada, definido como a distância óssea intraoral marginal ao ponto mais alto da área do enxerto, tanto na linha de base e após um ano de carga. O tempo médio de cicatrização do implante antes da carga funcional foi de 118 dias (intervalo de 97 a 210 dias). Sessenta e dois implantes SLActive ® foram colocados, em 24 locais enxertados com o BCP, 23 em áreas enxertadas com ABBM, e 15 perto do osso residual para as áreas aumentadas. A taxa de sobrevivência do implante após 1 ano de carga funcional foi 96,8%, sem diferença significativa encontrada entre os três grupos. PLI foi registrado em 10,0 e 14,2% para implantes em ABBM e BCP, respectivamente. BPI foi registrada em 11,7% ao redor dos implantes colocados em ABBM e 15,8% para implantes colocados no BCP. SBI foi registrada como 10 e 14,2% ao redor dos implantes colocados em ABBM e BCP, respectivamente. O valor médio PPD foi de 1,87 ± 1,7 mm (intervalo de 0 a 5,8 mm) e 1,95 ± 1,8 mm (intervalo de 0 a 5,8 mm) para ABBM e BCP, respectivamente. Nenhuma diferença entre os grupos para PLI, BPI, SBI, ou PPD foi estatisticamente significativa. A média de perda óssea marginal 47 desde o início até 1 ano de carga foi de 0,29 ± 0,10 mm e 0,43 ± 0,20 mm para os implantes colocados em ABBM e BCP, respectivamente. Ambos os grupos tiveram perda óssea 0 com um valor. Implantes colocados em osso residual teve uma perda óssea marginal média do início até 1 ano de carga de 0,52 ± 0,27. A perda óssea não foi estatisticamente significante. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os valores iniciais e 1 ano de carga encontrados, de acordo com o nível ósseo marginal ao redor dos implantes colocados em ABBM, BCP e osso residual. Para o BCP taxa de sucesso de 91,7%, e 95,7% para ABBM, e a total foi de 96,8%. Nenhuma diferença pode ser observada em relação à perda óssea marginal ao redor dos implantes tendo o paciente como uma variável dependente. Não houve diferença estatisticamente significativa entre o BCP e ABBM como material de enxertia após 1 ano de carga. Não houve diferença significativa na perda óssea marginal foi encontrado ao redor dos implantes colocados no BCP, ABBM, ou osso residual, respectivamente. A quantidade de reabsorção do enxerto para ABBM (4%) e BCP (4,5%), sendo a média de reabsorção do enxerto foi de ABBM (0,29 mm) e BCP (0,43 mm) e a taxa de sucesso dos implantes não estava dependente do biomaterial utilizado para a elevação do seio maxilar. 2.3 – Revisões sistemáticas sobre procedimentos de aumento ósseo WALLACE & FROUM 30 , em 2003, realizaram uma revisão sistemática sobre o efeito do aumento de seio maxilar sobre a sobrevivência de implantes dentários endósseos. Dentro deste contexto os autores relataram que a enxertia do assoalho do seio maxilar tornou-se a intervenção cirúrgica mais comum para o aumento da altura do osso alveolar antes da colocação dos implantes dentários endósseos na maxila posterior. O resultado deste procedimento pode ser afetado por técnicas cirúrgicas específicas, simultânea contra a colocação do implante tardio, a utilização de membranas de barreira sobre a janela lateral, seleção de material de enxerto, e as características da superfície e do comprimento e largura dos implantes. Os autores focaram como objetivo principal desta revisão sistemática, determinar a eficácia do processo de aumento dos seios e comparar os resultados obtidos com diferentes técnicas cirúrgicas, material para enxerto e implantes. Nesta revisão, os 48 autores mencionaram que a pergunta estaria focada conforme segue: “Em pacientes que necessitam de colocação de implantes dentários, o que é o efeito sobre a sobrevivência do implante de aumento de seio maxilar contra a colocação de implantes na maxila posterior não enxertadas?” Como protocolo de pesquisa os autores realizaram pesquisa eletrônica e os critérios de inclusão utilizados pelos autores foram: estudos em seres humanos com um mínimo de 20 intervenções, um mínimo período de acompanhamento de carga de 1 ano, uma medida do resultado da sobrevivência do implante, e publicado em Inglês, independentemente do nível de evidência, foram considerados. Os critérios de exclusão foram os estudos que envolvem várias intervenções simultâneas (por exemplo, aumento de rebordo em simultâneo) e estudos com a falta de dados que não poderiam ser fornecidas pelos autores do estudo foram excluídos. A coleta de dados e a análise foram feitas onde estavam disponíveis dados suficientes, os subgrupos de intervenções diferentes (por exemplo, técnicas cirúrgicas, materiais de enxerto, superfícies de implantes, membranas) foram isoladas e submetidas à meta-regressão, uma forma de metaanálise. Os autores relataram os seguintes principais resultados: 1. Foram identificados quarenta e três estudos, sendo que três deles eram estudos clínicos randomizados controlados (ECRs), cinco eram estudos clínicos controlados (CTs), e 12 séries de casos (CS), e 23 eram análises retrospectivas (RA), 34 foram intervenções janela lateral, 5 foram intervenções realizadas com osteótomo, e dois estudos foram de localização no assoalho do seio, e 2 envolveu a técnica crestal. 2. Meta regressão foi realizada para determinar o efeito das variáveis do bloco de técnicas de enxerto vs partículas, superfície do implante, o material de enxerto, e a utilização de uma membrana sobre a janela lateral. 3. A taxa de sobrevivência de implantes colocados em seios aumentados com a técnica da janela lateral variou entre 61,7% e 100%, com uma taxa média de sobrevivência de 91,8%. Para a técnica de janela lateral: 4. Taxas de sobrevida do implante relatados nesta revisão sistemática compararam favoravelmente às taxas de sobrevivência relatadas para os implantes colocados na maxila posterior não enxertada. 5. Os implantes de superfície rugosa têm uma maior taxa de sobrevivência do que implantes de superfície maquinada quando colocado nos seios enxertados. 49 6. Implantes colocados em seios aumentados com partículas de enxertos mostram uma maior taxa de sobrevivência do que aqueles colocados nos seios aumentados com enxerto em bloco. 7. Taxas de sobrevida do implante foi maior quando a membrana foi colocada sobre a janela lateral. 8. A utilização de enxertos constituídos de 100% de osso autógeno ou a inclusão de osso autógeno como um componente de um enxerto composto não afetou a sobrevivência dos implantes. 9. Houve diferença estatística entre as covariáveis em relação colocação de implantes simultânea ou tardia, os tipos de implantes de superfície rugosa, comprimento, do ano de acompanhamento, de publicação, e o nível de evidência do estudo. Os revisores deste estudo concluíram que os dados foram insuficientes para avaliar estatisticamente os efeitos do tabagismo, altura da crista óssea residual, desenho do implante parafusado vs desenho do implante com assentamento por preesão (encaixável), ou o efeito da micromorfologia da superfície do implante quer seja superfície maquinada vs superfície rugosa. Não existem dados suficientes para recomendar o uso do plasma rico em plaquetas na cirurgia de enxerto do seio. DEL FABBRO et al 7, em 2004, basearam-se numa revisão sistemática da literatura entre 1986-2002, para apresentar um estudo que procurou determinar a taxa de sobrevivência de implantes dentários com forma de raiz colocados no seio maxilar enxertado. O objetivo secundário foi avaliar o efeito do material de enxerto, as características da superfície do implante, e colocação simultânea e tardia, na taxa de sobrevivência. A pesquisa principal da base de dados eletrônicos foi realizada, além de uma busca manual das revistas mais relevantes. Todos os artigos relevantes foram selecionados segundo critérios de inclusão específicos. Os artigos selecionados foram analisados por extração de dados. A busca resultou em 252 artigos aplicáveis aos enxertos de seio associados ao tratamento com implantes. Destes, 39 preencheram os critérios de inclusão para a análise qualitativa dos dados. Apenas 3 dos artigos eram estudos randomizados controlados. A taxa de sobrevida do implante incluiu 39 estudos foi de 91,49%. A base de dados incluía 6.913 implantes colocados em 2.046 indivíduos com tempo de acompanhamento e carregado variando de 12 a 75 meses. Sobrevivência do implante foi 87,70%, com 100% de enxertos ósseos autógenos, 94,88% quando se combina com osso 50 autógeno com vários substitutos ósseos, e 95,98% com enxertos ósseos constituídos apenas de substitutos ósseos. A taxa de sobrevivência para os implantes com superfícies lisas e ásperas foi 85,64% e 95,98%, respectivamente. Procedimentos simultâneos e tardios exibidos as taxas de sobrevivência semelhantes de 92,17% e 92,93%, respectivamente. Quando os implantes são colocados em seios maxilares enxertados, o desempenho dos implantes rugosos é superior ao de implantes lisos. Substitutos ósseos são tão eficazes como o osso autógeno, quando utilizado sozinho ou em combinação com osso autógeno. Estudos utilizando um desenho de boca dividida com uma variável são necessários para validar ainda mais os resultados. GRAZIANI et al 15 , em 2004, realizaram uma revisão sistemática para investigar diferenças na taxa de sobrevivência do implante e complicações depois do procedimento de aumento do seio maxilar em comparação com a colocação de implantes maxila posterior não aumentada. A busca resultou em 579 resumos e 93 foram selecionados para a seleção de texto completo. Seis publicações (cinco estudos) preencheram todos os critérios de inclusão e foram relevantes para o estudo. Heterogeneidade dos artigos selecionados impediu a meta-análise. Sobrevivência do implante variou de 73% a 100% para seios não-aumentados de 36% a 100% para os seios aumentados em dados baseados em paciente. A partir de dados baseados em implantes, a sobrevivência variou entre 75% e 100% para ambos os casos em áreas não aumentadas e aumentadas. Sobrevivência do implante parece mostrar uma maior variabilidade nos seios enxertados do que na maxila posterior. Como as taxas de sobrevivência em maxila posterior são diferentes de outros locais da boca, seria sensato comparar a sobrevivência após o aumento dos seios com a sobrevivência dos implantes com a colocação do implante de forma convencional, nesta região em particular. O uso do grupo controle pode ser propenso a ordem cronológica e viés geográfico. O resultado de medidas que foram avaliadas foram: sobrevivência do implante, alterações radiográficas na altura óssea peri-implantar e complicações. A busca eletrônica identificou 579 artigos, 6 artigos (5 estudos) constituíram a seleção final. Tendo em vista a diferenças entre os estudos sem meta-análise, foi realizada uma análise qualitativa e foi relatado que a taxa de sobrevivência do implante de sobrevivência na maxila posterior não-reforçada também variou de 75% para 100%. O período de acompanhamento variou de 8 51 meses a 6 anos. Implantes nos seios áreas enxertadas apresentaram média de reabsorção de 1,1 ± 0,1 mm no primeiro ano de carga e 0,3 ± 0,1 mm após 3 anos. Implantes em áreas não aumentadas manifestou a reabsorção de 0,8 ± 0,1 mm durante o primeiro ano e 0,3 ± 0.1mm depois de 3 anos. Estes dados foram apresentados como média das medidas e desvio padrão. Foi feita uma análise do percentual de implantes com perda óssea superior a 3,5 mm. Esse valor variou de 5% a 15% (Astra Tech e ITI, respectivamente) dos implantes instalados no seio aumentado em 3 anos, em comparação com 00-10% do mesmo tipo de implantes na região da maxila posterior não aumentada. Não houve diferença estatisticamente significativa. Após 4 anos, poucos implantes ITI foram avaliados, estes resultados demonstraram que 35% dos implantes na área sinusal aumentada, com pouca perda óssea comparados com 10% no grupo de seios não-aumentados. ESPOSITO et al 8 , em 2005, propuseram um estudo de revisão sistemática de estudos clínicos controlados para testar a hipótese nula de que não há diferença nas taxas de insucesso entre os vários sistemas de implantes dentários osseointegrados após 5 anos de carregamento. A pesquisa foi realizada em todos os estudos clínicos randomizados controlados (ECRs), comparando diferentes sistemas de implantes com um acompanhamento de 5 anos. Não houve diferenças clínicas entre os sistemas de implantes. No entanto, estes resultados são baseados em apenas quatro ECRs com poucos participantes. RCTs Mais deverá ser realizada com amostras maiores de pacientes. BROWAEYS, BOUVRY & BRUYN 3, em 2007, realizaram uma revisão da literatura para avaliar a eficácia de diferentes biomateriais utilizados em procedimento de aumento do seio maxilar, como material de enxertia, para aumentar o volume de osso e permitir a colocação do implante adequado na maxila atrófica posterior, 26 artigos estavam disponíveis para comparação e discussão, nenhum uso de aloplástico, 24 estudos eram histomorfométrico comparativo; e dois estudos de biomecânica. Devido a uma grande variabilidade em modelos de estudo, diferentes tipos de implante, grande variedade de acompanhamento, e falta de integração ou período específico de carga, justificou a dificuldade de se comparar estudos e biomateriais utilizados. O osso autógeno é o material mais previsível de escolha para procedimentos de aumento, apesar da reabsorção de 40%, porque é 52 altamente osteocondutor e menos dependente da migração óssea do assoalho do seio maxilar. A adição de osso bovino mineral ao osso autógeno pode ser benéfico para o sucesso do enxerto, pois ele age como um mantenedor de espaço de lenta reabsorção. A hidroxiapatita porosa é adequada quando misturada com osso autógeno, pois aumenta a formação óssea e o contato osso-implante nos seios aumentados. A avaliação histológica revelou que o osso desmineralizado liofilizado é inferior a outros materiais. Dentro da limitação dos estudos em animais examinados nesta revisão, e apenas com base no exame histológico, a osseointegração inicial de implantes parece independente do biomaterial utilizado em procedimentos de enxerto em seio. TONETTI & HAMMERLE 29 , em 2008, apresentaram o relatório do grupo de discussão do Workshop Europeu de Periodontologia, onde o grupo avaliou criticamente as evidências disponíveis sobre os procedimentos de aumento ósseo para permitir a colocação de implantes dentários que são freqüentemente realizados na prática, com especial ênfase na ampliação e atualização do consenso de workshops anteriores, de acordo com os recentes resultados. O escopo de trabalho do grupo concentrou-se em métodos para aumentar o volume ósseo local. Com relação à abordagem lateral, um conjunto considerável de evidências suporta a sua utilização para permitir a colocação do implante dental. Nos casos <6 mm de altura óssea residual, 17% dos indivíduos experimentaram a perda do implante nos primeiros 3 anos após o aumento janela lateral. PJETURSSON et al .25, em 2008, destacou que esta revisão tinha como objetivo avaliar a taxa de sobrevivência dos enxertos e implantes colocados em locais com elevação do assoalho do seio utilizando a abordagem lateral, com uma altura óssea média residual de 6 mm ou menos e, avaliar a incidência de complicações cirúrgicas. A revisão sistemática foi baseada em 48 documentos que satisfaziam os critérios de inclusão. Estudos prospectivos e retrospectivos de informação sobre os implantes com um tempo médio de seguimento de pelo menos 1 ano após a carga funcional foram incluídos. Estes estudos foram identificados a partir de uma estratégia de busca que recuperou 175 artigos. As conclusões foram baseadas em um material de comunicação dos resultados de 12.020 implantes em cerca de 4000 pacientes. Os dados dos pacientes com base em 30 artigos que 53 relatavam um total de 1.300 pacientes com 4.528 implantes. A taxa de falha anual estimada de implantes inseridos em combinação com a elevação do seio maxilar foi de 3,5%, traduzida em uma sobrevida de 3 anos de implante de 90,1%. No entanto, quando a taxa de falha foi analisada neste aspecto, o fracasso anual estimado aumentou para 6%, traduzindo-se 16,6% dos indivíduos com perda do implante durante 3 anos. Além disso, quando não foi usada uma membrana para cobrir a janela lateral após a enxertia a taxa de reprovação anual foi significativamente maior (4,0% vs 0,7%) em comparação com os procedimentos realizados com a cobertura de membrana. A elevada taxa de sobrevivência dos implantes de superfície áspera inserido em combinação com a elevação do seio maxilar foi independentemente se osso autógeno particulado, combinações de osso autógeno com substitutos ósseos ou, se foram utilizados somente substitutos ósseos. Portanto, estudos retrospectivos também foram incluídos na análise. A altura óssea residual tem sido freqüentemente citada como um preditor significativo de sucesso no aumento do assoalho da cavidade sinusal e no sucesso da sobrevivência do implante. A revisão sistemática não foi possível avaliar o impacto da altura óssea residual devido à natureza dos dados agregados em estudos individuais. A fim de avaliar o resultado da elevação do assoalho do seio e sobrevivência dos implantes inseridos em combinação com a elevação do assoalho do seio, estudos prospectivos de coorte de longo prazo devem incluir informações sobre a altura de osso residual, tabagismo, técnicas cirúrgicas, materiais utilizados, protocolos pós-operatório, complicações, sobrevida do implante, nível do osso marginal e estabilidade do enxerto. Existe uma ampla base de evidências que apóiam o uso de reposição óssea lateral e aumento do assoalho do seio para colocar implante dentário em locais com volume ósseo insuficiente. Menos provas estão disponíveis para aumento vertical do rebordo. O consenso destacou que os procedimentos de aumento ósseo significativos e, por vezes, os eventos adversos freqüentes e podem deixar de produzir volumes ósseo adequado para permitir o posicionamento do implante dentário. O consenso recomendou a necessidade de se pesquisar: 1. coletar dados a longo prazo sobre o desempenho dos implantes colocados em osso aumentado usando ambos os resultados reais (incluindo os resultados dos pacientes) e validados os resultados substituto para captar precocemente alterações relevantes para o sucesso do implante / sobrevivência; 2. responder a perguntas comparativas para estabelecer os benefícios clínicos de aumento ósseo em relação aos tratamentos alternativos; 3. 54 comparar o desempenho clínico dos implantes dentários colocados em locais aumentados ou originais; 4 comparar as diferentes técnicas em termos de eficácia, efeitos adversos, resultados a longo prazo, morbidade, custo e satisfação do paciente e fazê-lo no contexto da idade do paciente e suas necessidades. A fim de fazer isso, os esforços devem ser feitos para identificar protocolos que podem ser aceitos como padrão de atendimento para resolver as diferentes condições. O consenso recomendou a necessidade de investigação para responder a perguntas sobre: o desempenho de longo prazo dos implantes dentários colocados em osso aumentado; o desempenho clínico dos implantes dentários colocados em locais aumentados ou puro, e os benefícios clínicos de aumento ósseo em relação aos tratamentos alternativos. CHIAPASCO & ZANIBONI 4 em 2009 analisaram publicações relacionadas com processos de aumento usado para corrigir defeitos de deiscência / fenestração associados à colocação de implantes de titânio em forma de parafuso. O aumento foi obtido tanto com barreiras de membrana isoladamente ou em associação com AB ou materiais de substituição óssea. Os resultados clínicos em termos de taxa de complicações do procedimento GBR, sobrevivência do implante / taxas de sucesso e estabilidade dos tecidos marginais moles e duros ao redor dos implantes foram avaliados. A pesquisa foi realizada para estudos em humanos focando procedimentos GBR para a correção de defeitos de deiscência / fenestração associados com a colocação de implantes de titânio em forma de parafuso. Os estudos selecionados incluíam pelo menos 10 pacientes tratados consecutivamente com um acompanhamento mínimo de 12 meses após o início do carregamento protético. Os resultados clínicos avaliaram as taxas de complicações dos procedimentos GBR, a sobrevivência do implante, e a estabilidade de tecido mole marginal ao redor dos implantes.Dentre as sete publicações incluídas nesta revisão. Um total de 238 pacientes recebeu 374 implantes. Os defeitos foram tratados com membranas reabsorvíveis ou não reabsorvíveis com associação ou sem materiais de enxerto. Os pacientes foram seguidos por 1-10 anos após o início do carregamento protético. No pós-operatório, 20% das membranas não-reabsorvíveis e 5% das reabsorvíveis foram submetidos a exposição / infecção. No entanto, na maioria dos casos, uma completa ou uma cobertura quase completa do defeito inicial foi obtida. O quadro geral taxa de sobrevivência de implantes, independentemente do tipo de 55 membrana e material para enxerto, foi 95,7% (intervalo: 84,7-100%). Nenhuma modificação significativa da profundidade de sondagem e / ou alteração do nível de inserção clínica em torno dos implantes foram observados durante o período de acompanhamento. Apesar dos resultados favoráveis obtidos, foi difícil traçar uma significativa conclusão devido à pequena amostra de pacientes e uma grande variedade de materiais de enxerto e membranas dos materiais de enxerto e de barreira de membrana para a correção dos defeitos de deiscência / fenestração utilizados isoladamente ou em combinação. Além disso, devido à falta de testes clínicos randomizados, era impossível demonstrar que os procedimentos de reposição sejam realmente necessários para permitir a sobrevivência dos implantes em longo prazo. NKENKE & STELZLE 24 , em 2009, analisaram a literatura atual, a fim de determinar se há vantagens do uso de osso autógeno (AB) sobre substituto ósseo (BS), no aumento do seio maxilar. A questão focada foi: AB é superior ao BS para o aumento do seio maxilar em pacientes parcialmente dentados ou desdentados em termos de implante sobrevida, a morbidade dos pacientes, sinusite, perda do enxerto, custos e risco de transmissão da doença? A análise foi limitada a implantes de titânio com superfície modificada colocados em locais com 6 mm de altura óssea residual com uma abordagem da parede lateral do seio. A pesquisa bibliográfica foi realizada para estudos em humanos com foco em aumento de assoalho do seio. Vinte e um artigos foram incluídos na revisão. O maior nível de evidência consistiu em estudos prospectivos. A análise descritiva dos elementos construídos nas tabelas indicou que o tipo de enxerto não parece estar associado com o sucesso do procedimento, suas complicações, ou a sobrevivência do implante. Duração do período de cicatrização, colocação do implante simultâneo ou uma abordagem por etapas, a altura da crista alveolar residual, sinusite ou perda do enxerto não foi alterada pela falta ou efeito dos resultados dos materiais utilizados nos procedimentos. A evidência recuperada fornece um baixo nível de apoio para a seleção de AB ou substituto ósseo. Os critérios de inclusão para seleção dos estudos foram: estudos clínicos, abordagem do seio maxilar pela janela lateral, elevação da mucosa sinusal, uso de material de reposição, a utilização de formulário de raiz ou titânio cilíndricos implantes com superfícies modificadas, estudos com um intervalo da continuação de pelo menos pelo menos 12 meses após o carregamento 56 funcional dos implantes colocados na região do aumento do seio maxilar, a altura média do osso residual na região de aumento do seio maxilar de um máximo de 6mm, os critérios definidos sobrevivência ou sucesso para os implantes colocados na região do aumento do seio maxilar. A documentação da taxa sobrevivência de implantes, após um período definido de tempo, e uma amostra de pelo menos 10 pacientes. Em 25 artigos não houve informações sobre a altura residual do rebordo alveolar antes da cirurgia, um nível médio de osso 46 mm antes da cirurgia (9 artigos), menos 1 ano de acompanhamento (7 artigos), menos 1 ano de carga funcional de implantes (4 artigos), várias publicações sobre o mesmo coorte (12 artigos), os implantes de titânio sem superfície modificada ou superfície não especificado (24 artigos), e taxas de sobrevivência de implante não distinguíveis para implantes com superfície modificada e implantes com outras superfícies (três artigos) Vinte e um artigos foram selecionados para inclusão em uma revisão narrativa. Os critérios de exclusão não diferiram para o aumento procedimentos com AB ou BS. Os pacientes perderam o seguimento, foram documentados em 12 estudos. A abordagem do seio maxilar através da parede antral lateral foi realizado tanto por uma técnica alçapão (13 estudos) ou pelo preparação de um furo de acesso pela remoção da tábua óssea vestibular (6 estudos). Em 3 estudos, a abordagem não foi relatada em detalhes. Em 10 estudos, grupos com aumento do assoalho do seio com a simultânea colocação do implante e grupos com uma abordagem em fases foram incluídos. Nestes estudos, a decisão sobre a utilização de uma ou outra técnica foi baseada na altura do da crista óssea residual além do seio. Em oito estudos, uma abordagem por etapas foi utilizada exclusivamente, enquanto que em apenas quatro estudos aumento do seio maxilar,com simultânea colocação do implante foi realizada. Não foram encontradas diferenças detectáveis para as taxas de sobrevivência de implantes para os diferentes materiais de enxerto que foram associadas pelo colocação do implante simultâneo ou tardia. Uma grande variedade de fontes de AB foram utilizadas. AB do queixo, a mandíbula ramo, a calota craniana e crista ilíaca foram incluídas. Em 16 estudos, AB foi combinado com um substituto ósseo. Em sete grupos de estudos de pacientes foram incluídos se o aumento do seio maxilar fosse realizado com a BS sozinho. A combinação de osso autógeno com cola de fibrina ou PRP foi também relatado. O uso de membranas que não parecem influenciar a sobrevida dos implantes em dependência do material de enxerto utilizado. Perda total do enxerto ocorreu em até 2,6% dos casos. Períodos 57 de cicatrização após o implante simultâneo colocação variaram 2-10 mês. Na abordagem em duas fases, os períodos de cicatrização para o material de enxerto 313 meses foram escolhidos. Após a colocação do implante período adicional de cicatrização de até 10 meses foram relatados. O comprimento dos períodos de cicatrização, aparentemente, não influencia a sobrevivência de implantes na dependência do material de enxerto utilizado. A taxa de sobrevida do implante não foi influenciada pelo uso de AB sozinho ou BS em combinações para procedimentos de elevação do assoalho do seio maxilar. Quando diferentes materiais de enxerto foram utilizados, a taxa de sobrevivência de implantes para 412 meses de acompanhamento sob carga funcional ultrapassou 90% para a maioria dos estudos. A partir dos estudos incluídos na revisão, nenhuma tendência clara poderia ser derivada, relativa o aspecto se o acréscimo de assoalho do seio e colocação simultânea de implante ou de uma abordagem por etapas devem ser preferidos, tanto quanto a sobrevivência do implante está em causa. A reabsorção do enxerto não parece influenciar a sobrevivência de implantes na dependência do material de enxerto utilizado. Uma série de revisões sistemáticas e metanálises têm sido realizadas sobre este tema. Reabsorção do material de enxerto e subsequente repneumatização foi mencionado como razões para escolher um material BS nãoabsorvível ou lentamente absorvível no aumento do seio maxilar. No entanto, os dados do presente revisão não revelam que a reabsorção do material de enxerto tem influência sobre a sobrevivência implante (Hallman & Nordin 2004; Kim et al. 2009). A altura do rebordo alveolar foi a base para a decisão da abordagem ou colocação de implantes simultâneos com o aumento do seio maxilar em alguns estudos. Com os limites de um ou outro procedimento, foram escolhidas arbitrariamente e não tinha nenhuma base científica, sobrevivência do implante foi comparável para os diferentes materiais de enxerto utilizado. Os períodos de cicatrização decorridos após diferentes processos de aumento de assoalho do seio também foram escolhidos de forma arbitrária nos diferentes estudos. Longos períodos de cicatrização não aumentaram a sobrevida dos implantes de forma relevante. A sobrevivência do implante parece não ser influenciada pelos períodos de cicatrização dos diferentes materiais de enxerto. O comprimento do período de cicatrização do enxerto não pode ser identificado como uma razão para se escolher entre AB ou BS. Até o momento, estudos estão faltando quanto ao esclarecimento da influência da altura óssea residual, a colocação do implante simultânea ou tardia, 58 sinusite e reabsorção do enxerto na sobrevida dos implantes em dependência do material de enxerto utilizado, sendo que a sobrevivência do implante pode ser confundida por outros fatores no material de enxerto utilizado para a elevação do assoalho do seio maxilar. TETSCH, TETSCH & LYSEK 27 , em 2010, obtiveram resultados a longo prazo após elevação do assoalho de seio maxilar com a técnica de osteótomos e técnica lateral: uma análise retrospectiva de 2190 implantes durante um período de 15 anos(1992-2007). Os 2.190 implantes foram inseridos em 983 pacientes após a elevação do seio maxilar. Um mil e duzentos e sete implantes (461 pacientes) foram colocados nos locais em que o seio foi aumentado utilizando a abordagem lateral (LSFE), e 983 implantes (522 pacientes) em locais aumentados com a técnica de osteótomo. ABBM (n = 1217), BCP (n = 126) e, em alguns casos, apenas osso autógeno foram utilizados para o aumento na técnica LSFE. Geralmente, os fragmentos de osso que foram recolhidos durante a preparação da osteotomia foram adicionados aos substitutos de osso. Nenhum material de reposição adicional foi utilizado para o aumento com a técnica com osteótomo. Uma análise retrospectiva dos resultados dos tratamentos foi avaliada pelas documentações dos pacientes que foram gravados no programa e pela avaliação da radiografias panorâmicas, pré-e pós-cirúrgicas. A análise de sobrevida do implante de acordo mostrou 97,1% após 176 meses de carga para ambas as técnicas de elevação de assoalho do seio. A avaliação com relação ao material de reposição utilizada não revelou diferenças significativas na taxa de sobrevivência de implantes em ambos os casos de processo de remodelação que puderam ser observados na área ampliada. BARONE et al 1, em 2011, realizaram um estudo de coorte para comparar a taxa de sobrevivência de implantes colocados em seios aumentados, de implantes colocados em osso nativo na maxila posterior. O desenho do estudo de coorte prospectivo incluiu pacientes tratados consecutivamente. Pacientes que necessitaram de aumento do seio (grupo teste) foram tratados de acordo com a técnica de dois estágios, pacientes elegíveis necessários por ter presença de edentulismo maxilar unilateral ou bilateral envolvendo as áreas de pré-molares e molares, com um assoalho do seio residual < 3mm foram selecionados como candidatos para o aumento do seio maxilar. Os pacientes foram agendados para 59 acompanhamento de 3, 6 e 12 meses após a colocação dos implantes e depois a cada 6 meses em ≤ 6 anos. Cento e cinco pacientes com 393 implantes foram incluídos no estudo. Duzentos e um implantes foram colocados depois do enxerto em assoalho do seio maxilar em 41 pacientes. Colocação do implante foi realizada após um período de cicatrização de seis meses após o aumento. O grupo controle continha 64 pacientes com 192 implantes que foram colocados em osso virgem da maxila posterior. Função de sobrevivência é usada para representar a probabilidade dos implantes sobreviverem desde a sua colocação para frente. Durante o período de observação, os implantes podem falhar, sobreviver, ou ''ser rejeitado''. Um implante é censurado quando acompanhamento termina antes da ocorrência do evento (falha) quando todo o período de observação tenha sido completado. Sabese que isso só ocorre depois que o tempo de censura já estiver indicado. As taxas cumulativas de sobrevivência do implante foram 86,1% e 96,4%, respectivamente. A diferença entre os dois grupos foi altamente significativa. A diferença entre os dois grupos foi altamente significativa. Este estudo sugeriu que o risco de falha do implante foi de 5,9 vezes mais provável em áreas enxertadas em comparação com osso puro. A taxa de risco ajustado para fumar foi de 0,31 indicando que os implantes são 69% mais probabilidade de falhar em fumantes do que em nãofumantes. A taxa de risco ajustada por sexo foi de 4,2 sugerindo que o risco de falha do implante foi de 4,2 vezes mais provável em pacientes do sexo feminino em relação ao sexo masculino. A idade não foi identificada como fator de risco para falha do implante. Estes resultados mostraram que os implantes colocados em seios aumentados tiveram uma menor taxa de sobrevida quando comparados aos implantes colocados em osso puro. Todas as falhas de implantes nos seios aumentados ocorreu antes da reabilitação protética. Além disso, deve-se considerar que a maioria das falhas foram observadas em alguns pacientes, sugerindo o comportamento do grupo 60 3 - DISCUSSÃO A elevação do assoalho do seio maxilar foi, primeiramente, introduzida por Tatum em 1975 para aumentar a altura do segmento posterior da maxila para colocação de material de enxerto no espaço criado. Posteriormente, Boyne & James (1980), publicaram sobre a elevação de assoalho do seio maxilar em pacientes com grandes cavidades pneumatizadas, em preparação para a colocação de implantes em lâmina. Esta técnica pioneira de Boyne & James (1980) e depois Tatum (1986)23. Os autores descreveram um procedimento em dois estágios, onde o seio maxilar foi enxertado com osso autógeno do ilíaco particulado na primeira fase da cirurgia. Após cerca de três meses, uma segunda etapa cirúrgica foi realizada com a colocação de implantes em lâmina, os quais foram utilizados, posteriormente, para apoiar reconstruções fixas ou removíveis (Boyne & James, 1980) 2. É evidente que a altura óssea vertical reduzida na região posterior da maxila, muitas vezes limita a colocação padronizada de implantes. A elevação do assoalho do seio maxilar é uma opção para resolver este problema. Várias técnicas cirúrgicas têm sido apresentadas para entrar na cavidade sinusal para se elevar a membrana do seio e colocar enxerto ósseo. Até o momento, duas técnicas principais de elevação do assoalho do seio maxilar para a colocação de implante estão em uso: a técnica de dois estágios com uma abordagem de janela lateral seguido pela colocação do implante após o período de cicatrização, e uma técnica de um estágio, usando uma abordagem lateral 29 ou uma abordagem transalveolar, acesso indireto com osteótomos e instalação imediata de implantes, denominada técnica atraumática de Summers na qual a elevação do assoalho do seio é feita através da perfuração onde serão inseridos os implantes. A decisão de aplicar a técnica em duas fases baseiase na quantidade de osso residual disponível e na impossibilidade de se alcançar a estabilidade primária para os implantes. Nos casos em que os enxertos ósseos são indicados, enxertos ósseos autógenos são considerados padrão-ouro, devido à sua manutenção da viabilidade celular e presuntiva capacidade osteogênica. 23. Estudos durante a última década têm sugerido que materiais de enxertia não-reabsorvível podem ser capazes de manter o volume do enxerto de maneira previsível Para procedimentos de enxertia, tais como levantamento do assoalho de seio maxilar ou de defeito alveolar, parece ser viável usar substitutos de osso, 61 com ou sem adição de osso autógeno. 17 O tratamento mais invasivo de locais com altura óssea residual insuficiente para colocação de implantes, a elevação do assoalho do seio, em um ou dois estágios, através da abordagem lateral é uma alternativa 29 . Ao dominar estes diferentes métodos, áreas edêntulas da maxila podem ser restauradas com reconstruções implanto-suportadas. Parece que uma grande variedade de materiais pode promover excelente formação óssea no assoalho do seio maxilar. Por sua vez, para muitos pacientes apenas acionando a membrana sinusal para cima pode-se ganhar novo osso para estabilidade dos implantes. 7,25 Para Froum et al. 9 o uso de substitutos de osso autógeno nos procedimentos de aumento de seio se tornou mais amplo, na tentativa de evitar as desvantagens da coleta de osso autógeno. Uma série de revisões sistemáticas têm sido realizadas em relação ao aumento ósseo. 7,15,25,30 Ao longo dos anos, enxertos alógenos e xenógenos de vários tipos têm sido utilizados isoladamente, ou em combinação com os enxertos autógenos. Uma indicação para a utilização de substitutos ósseos misturado com osso autógeno é reduzir o volume de osso autógeno a ser colhido. Quando há necessidade de preenchimento de uma grande cavidade de seio apenas com osso autógeno requer por consequência grande quantidade de osso. A quantidade de osso autógeno a ser coletada é muito reduzida quando substitutos ósseos são aplicados em combinação com o mesmo. 7,15,25,30 Taxa de sobrevivência é usada para representar a probabilidade de sucesso dos implantes sobreviverem desde a sua colocação. Dois estudos sobre taxas de sobrevivência de implantes 1,7 concluíram que a taxa de sobrevivência de implantes colocados em seios aumentados, com osso residual < 3mm e de implantes colocados em osso nativo na maxila posterior para acompanhamento de 3, 6, 12 meses após a colocação dos implantes e depois a cada 6 meses em ≤ 6 anos, os implantes colocados em seios aumentados (grupo teste) tiveram uma menor taxa de sobrevivência (86,1%) em comparação com os implantes colocados em osso puro, que apresentaram uma taxa de sobrevivência de 96,4%, resultados consistentes com outro relato da literatura. 7 Já em outro estudo 25 que se basearam em 48 estudos abrangendo 12.020 implantes, a taxa de sobrevivência de implantes 62 ,com área enxertada foi de 90,1% e o uso adicional de uma membrana sobre a janela lateral melhorou a taxa de sobrevivência para 98,3%. Estes resultados estão de acordo com a revisão sistemática30 que relataram uma taxa de sobrevivência acima de 90%30. No entanto, o uso de membrana não parece influenciar a sobrevida dos implantes, independente do material utilizado para enxertia. 24 Os resultados da análise retrospectiva de 2190 implantes durante um período de 15 anos (1992-2007) com 97,1% após 176 meses, sendo que o material de reposição utilizado não revelou diferenças significativas na taxa de sobrevivência de implantes.27 Em um trabalho com 1207 implantes em 461 pacientes que foram colocados nos locais com aumento de seios, utilizando a abordagem lateral, com osso mineral bovino (n=1207), fosfato β- tricálcico (n = 126) e, em alguns casos, apenas osso autógeno. Portanto, está de acordo com outros estudos que analisaram resultados a longo prazo dos enxertos para elevação do assoalho do seio maxilar com substitutos ósseos com resultados encorajadores. 7,24 O tipo de enxerto não parece estar associado com o sucesso do procedimento, suas complicações, ou a sobrevivência do implante.24,27 quando diferentes materiais de enxerto foram utilizados, a taxa de sobrevivência de implantes de acompanhamento sob carga funcional ultrapassou 90%, 24,30 com resultados similares com outro estudo25, para avaliar a taxa de sobrevivência dos enxertos e implantes colocados em locais com elevação do assoalho do seio utilizando a abordagem lateral, com uma altura óssea média residual de 6 mm ou menos, a taxa de falha anual estimada de implantes inseridos em combinação com a elevação do seio maxilar foi de 3,5%, traduzida em uma sobrevida de implantes, em três anos, em torno de 90%, com resultados superiores aos de aos resultados de implantes colocados em seios aumentados (grupo teste) com uma menor taxa de sobrevivência (86,1%) em comparação com os implantes colocados em osso puro, que apresentaram uma taxa de sobrevivência de 96,4%.1 Os resultados foram baseados em dados limitados de estudos controlados30, sendo que os fatores avaliados em relação às medidas secundárias, elas foram obtidas através de diferentes técnicas cirúrgicas, materiais de enxerto, micromorfologia da superfície do implante, presença ou não de membrana de barreira, colocação simultânea ou tardia dos implantes e o prazo de acompanhamento. Adicionalmente ao tipo de implante, osso autógeno particulado vs enxertos ósseos com substitutos, nível de evidência do 63 estudo, extensão do estudo e ano de publicação. Mesmo que consideramos os estudos com taxa de sobrevivência similar, conforme retro-mencionado, deve-se lembrar que os estudos selecionados na revisão sistemática podem ter influência ou alteração de outros fatores (por exemplo, altura óssea do rebordo residual, tabagismo) que poderiam ser co-variáveis que influenciariam estes resultados30. E muitos dos estudos analisados não apresentavam dados relativos e disponíveis para avaliar os efeitos da altura do rebordo ósseo residual e os efeitos do tabagismo na taxa de sobrevivência dos implantes em seios aumentados, além disso, deve-se salientar que diversas variáveis podem afetar a validade dessa comparação, tendo em vista que o efeito do hospedeiro é inegável. 30 Os procedimentos de aumento ósseo para permitir a colocação de implantes dentários. Com relação ao aumento do osso com abordagem lateral, um conjunto considerável de evidências suporta a sua utilização para permitir a colocação do implante. 29 Enxerto de seio maxilar bilateral em seres humanos é um excelente modelo, pois permite uma comparação direta do aumento dos dois seios com materiais, eliminando o hospedeiro como uma variável. Embora seios do mesmo indivíduo possam variar no tamanho, estudos utilizando métodos idênticos como deste estudo, por exemplo, desenho do retalho, utilização de barreira com membranas sobre a janela lateral, sutura, amostras de biópsias e medicamentos, permitem uma avaliação mais apropriada assim como a comparação da resposta de cicatrização de dois materiais de enxerto ósseo. Estudos comparando dois grupos com dimensões semelhantes de rebordo residual tratados com protocolo cirúrgico idêntico e, materiais similares de enxerto utilizados em seios maxilares bilateral 5,10,20,21,22. e estudos com diferentes materiais de enxerto em levantamentos de seio bilateral (dos 12 pacientes, apenas 1 foi bilateral) 10,33 e com cinco pacientes bilateral. 13 Em um estudo com protocolo bilateral, com uma membrana de barreira colocada em cima da janela na parede lateral, 10 a membrana foi a única variável no estudo, mesmo com protocolo bilateral, outros fatores, tais como, a diferença no tamanho e na morfologia dos seios, ou no montante da crista óssea residual, ou nas diferenças do operador permaneciam como variáveis potenciais. No entanto nesta pesquisa a variável operador não existiu. 10 64 Em relação à altura óssea residual citada por alguns autores como um preditor significativo de sucesso no aumento do assoalho da cavidade sinusal e no sucesso da sobrevivência do implante, 29 não foi possível avaliar o impacto da altura óssea residual devido à natureza dos dados agregados em estudos individuais. Com relação ao aumento do osso com abordagem lateral29, relataram que nos casos <6 mm de altura óssea residual, em 17% dos indivíduos houve perda do implante nos primeiros 3 anos após a enxertia óssea 29. No aumento do seio maxilar, a altura óssea residual foi a base em alguns estudos para a decisão da colocação de implantes simultâneos com o aumento do seio maxilar.24 Dos 900 registros de pacientes selecionados para a Conferência de Consenso de Seio Maxilar em 1996 (Jensen et al. 1998), em relação aos implantes perdidos, 13 foram inicialmente colocados em osso residual, com uma altura de ≤4,4mm; 7 foram colocados no osso residual com uma altura de 5-8 mm, nenhum dos implantes colocados em altura óssea residual de mais de 8mm foi perdido. Ao planejar o protocolo do estudo clínico multicêntrico, considerou importante incluir pacientes com dimensões de papilas alveolares residuais em um intervalo claramente definido, neste caso, uma altura de osso entre 3 e 8mm foi considerada importante para avaliar as diferenças clínicas entre os dois materiais de enxerto, eliminando em alguns casos, um elemento de parcialidade no estudo, mais difícil de determinar sobre a sobrevivência do implante, por exemplo, esteja relacionada com o osso residual do maxilar edêntulo posterior ou ao suporte oferecido pelo tecido ósseo novo formado após o procedimento de enxertia. Apesar deste estudo 5 5 defender que a dimensão do rebordo residual pode ser um elemento de parcialidade no estudo ao se determinar a taxa de sobrevivência do implante, o fator relacionado com a altura residual afetando a taxa de sobrevivência dos implantes em locais de cavidade enxertada não foi examinado na última revisão sistemática 1 sendo que a quantidade de altura óssea residual influencia, significativamente, a sobrevivência do implante após elevação do seio maxilar. 5 A associação da taxa de risco em pacientes fumantes, 1 indicou que os implantes tem 69% a mais de probabilidade de falhar em fumantes do que em nãofumantes. O gênero do paciente, que não é classicamente considerado um fator de influência da falha do implante, apresentou significativo aumento na taxa de falhas 65 em pacientes do sexo feminino. Foi salientado que a diminuição da massa óssea em mulheres na pós-menopausa envolve os rebordos alveolares de forma semelhante aos outros ossos. A idade não foi identificada como fator de risco para falha do implante, além disso, deve-se considerar que a maioria das falhas observadas em alguns pacientes, sugeriu o comportamento do grupo. 1 A coleta das biópsias, na preparação do local do implante, foi realizada com broca trefina, na direção vertical, sendo a remoção da biópsia restrita, pela necessidade de preservar as dimensões adequadas do local do implante, para alcançar a estabilidade primária, e que os locais foram preparados para implantes de 10mm de comprimento. 5 Outros autores também coletaram os núcleos de osso, medidos na direção vertical durante a preparação do local dos implantes e assim avaliaram a composição do tecido exatamente onde o osso é necessário para apoiar os implantes. Quando comparavam dois grupos com dimensões semelhantes de rebordo residual tratados com um protocolo cirúrgico idêntico e material similar de enxerto utilizado em seio maxilar bilateral 10;20-22 ressaltaram que isto é fundamental, uma vez que os resultados mostrados no estudo demonstraram uma maior quantidade de osso récem-formado perto da crista residual em comparação com o valor da amostra de toda a biópsia. Segundo os autores, isto aconteceu provavelmente, devido ao fato de que, a cicatrização do enxerto e a maturação acontecerem devido ao crescimento celular e vascular do osso maxilar residual. Para alcançar uma quantidade similar de osso vital como o relatado com enxerto ósseo autógeno, um tempo mais longo de cicatrização é requerido 9. Assim, do ponto de vista biológico, quanto maior o seio, um tempo maior de maturação é necessário para uma cavidade enxertada com um xenoenxerto só para atingir um nível similar de osso vital como num seio enxertado com osso autógeno. Uma tendência semelhante com núcleos de biópsia de seio feita 6 meses após a enxertia com o BCP, o novo osso e material de enxerto não tinham atingido integração suficiente para as biópsias serem tomadas10. Os melhores resultados com seio enxertado com BCP foram obtidos com núcleos colhidos oito meses depois da enxertia, com aumento no volume de osso vital, sendo que uma das razões para o fracasso de uma técnica de enxertia ou de resultado menos adequado, ao se utilizar um substituto ósseo, pode ser o tempo de cicatrização insuficiente do enxerto.10,20 Quanto às vantagens do uso de osso autógeno (AB) 66 sobre substituto ósseo no aumento do seio maxilar e, os períodos de cicatrização decorridos, após diferentes processos de aumento de assoalho do seio com longos períodos de cicatrização, não foi encontrado um aumento da sobrevida dos implantes de forma relevante, a sobrevivência do implante parece não ser influenciada pelos períodos de cicatrização dos diferentes materiais de enxerto. 24 O aumento do período de cicatrização do enxerto não pode ser identificado como uma razão para se escolher entre AB ou A B B M . A taxa de reabsorção do biomaterial representa uma característica importante que deve ser levada em conta, na taxa de sobrevivência do implante.1 Os xenoenxertos não reabsorvem completamente e mantém a sua densidade a longo prazo, atuando como reservatório mineral necessário para a formação de osso novo. A incorporação das partículas de osso cortico-esponjoso no local hospedeiro cria uma rede de tecido denso em que as partículas do enxerto, completamente dentro do osso mineralizado, fornecem suporte para os implantes. a reabsorção do material de enxerto e subseqüente repneumatização seriam fatores que deveriam ser considerados para a escolha de biomaterial substituto ósseo, não-absorvível ou lentamente absorvível, no aumento do seio maxilar.24 Os estudos analisados apresentaram controvérsias quanto à reabsorção do material de enxerto documentada com maior tempo de reabsorção em alguns dos estudos17 .enfatizando que para evitar a repneumatização, o uso de materiais de enxerto não reabsorvível ou de lenta reabsorção tem sido recomendado, para o autor, o enxerto ósseo sinusal tem sido relatado reabsorver de forma contínua durante os primeiros três anos de enxertia, com a estabilização da reabsorção do enxerto após 3 anos.17 Ademais, o processo de reabsorção de ABBM acontece muito lentamente, enquanto que cerca de 50% de BCP (proporção de HA/TCP de 60/40) é substituído por tecido ósseo, em 1 ano. C o m o g r u p o c o n t r o l e , ABBM tem sido utilizado amplamente e com êxito por diversos autores em levantamento de seio. 5,21 A reabsorção do BCP, em comparação com ABBM, para aumento dos seios maxilares humanos, provou que esse material estava gradualmente sendo substituído. 21 O BCP já é bastante semelhante ao osso mineral na composição química e, poderia ser esperado que diferenças na proporção de fosfato de cálcio pode ser sutil para ser detectada, os materiais sintéticos como o BCP são atraentes 67 alternativas e m s u b s t i t u i ç ã o a o s materiais de origem bovina, cujo uso tem sido questionado. 21 Pesquisadores afirmam que o material de enxerto mais apropriado para elevação do assoalho do seio maxilar é aquele que fornece um volume de osso suficiente para o suporte mecânico e integração dos implantes. 32,33 Pouco se sabe sobre o padrão de cicatrização e processo de osseointegração na interface de implantes colocados em diferentes materiais de enxerto em humanos. A presença de ABBM no osso peri-implantar não compromete a integração do implante, pois não houve contato entre as partículas do enxerto e a superfície do implante. A reabsorção de ABBM não parece ser um pré- requisito para a integração do implante, e além disso, partículas ABBM não impedem a formação óssea.16 A taxa de reabsorção de um biomaterial pode desempenhar um papel relevante na determinação da qualidade do osso formado.16 A melhor situação quando se trata de material de enxertia com substituto ósseo é quando a reabsorção do material é feita pelos osteoclastos sendo acompanhada pela formação de osso novo pelos osteoblastos. Esta atividade dos osteoclastos pode depender da composição do material e sua solubilidade, e vale lembrar que a estabilidade dos implantes está correlacionada com as propriedades mecânicas do osso peri-implantar. Ademais, as propriedades mecânicas do osso formado nas partículas de ABBM irão melhorar com o tempo, tendo em vista a remodelação óssea. A integração quase completa da ABBM em partículas de osso cria uma densa rede de tecido duro que é comparável, ou mesmo superior, à resistência do osso nativo. 11 Os osteoclastos como células multinucleadas próximo da linhagem osteoblástica do osso novo formado na superfície de ABBM, observaram as lacunas de reabsorção osteoclástica, no entanto, inexistentes no volume do enxerto de 8 semanas de observação. Isto sugere que as células gigantes multinucleadas podem ter exercido a função dos macrófagos, ou seja, limpar a superfície do enxerto e, assim, prepará-lo para a deposição de novo osso. O material ideal para enxerto em um procedimento de levantamento de seio, não é necessariamente ideal para enxerto ósseo onlay (enxerto de bloco), nem mesmo osso autógeno da crista ilíaca, considerado padrão ouro em cirurgia óssea reconstrutiva, que poderia ser considerado perfeito devido à uma acentuada reabsorção de até 50% do volume inicial em até seis meses de cicatrização.11 Para A proporção média de osso vital mineralizado14 foi de 45,73 ± 7,98%, 68 significativamente superior aos valores relatados por outros autores, e foi uma das porcentagens mais elevadas e registrada até agora, e em outro estudo com um resultado próximo 5 de 45,2% para ABBM. Embora não tenha sido totalmente elucidado qual é a quantidade média de reabsorção em um período de tempo determinado, tem sido demonstrado que as partículas ABBM podem estar presentes mesmo nove anos após a enxertia 28 referindo-se às partículas residuais de ABBM com uma correlação muito pequena de reabsorção com o tempo, descrevendo que ABBM parecia ser um material lentamente bioabsorvível, relacionaram este fato devido à provável inibição da atividade osteoclástica no microambiente ao redor das partículas do biomaterial 28 pela alta concentração de íons Ca+2 nesta área. Em relação às medidas histomorfométricas para diferentes períodos de cicatrização, a porcentagem média de formação de novo osso em 12 meses (26,6% ± 6,5%) foi significativamente maior do que a observada em 6 meses (18,3% ± 5,4%). 18 A proporção de formação de novo osso nas áreas em estudo variou de 12,3% para 31,3% em 6 meses e de 17,9% para 41,9% em 12 meses. Os autores concluíram que (1) clinicamente, a colocação do implante em ABBM 100% em procedimentos de aumento dos seios resultou na integração previsível; (2) histologicamente, aumento ósseo sinusal recém-formado com ABBM tinha aumentado em volume e amadurecido ao longo do tempo até 12 meses após a enxertia, e (3), sem sinais evidentes de reabsorção da ABBM eram visíveis durante os 12 meses do período de estudo. 18 Em outro estudo19 observaram que na amostra obtida pós-enxertia de 16 semanas, a histomorfometria demonstrou um aumento ósseo de 41%, dos quais 92% era formação vital de osso novo e na amostra de 22 semanas, 59% do enxerto era osso e 98% formação vital de osso novo. Na avaliação histológica de uma amostra de 24 semanas observou-se osso vital lamelar maduro e algumas áreas de tecido ósseo imaturo e no histomorfométrico, nova formação óssea de 30%, 100%, determinada a ser vital, com 6% de material residual de xenoenxerto. Esta reparação óssea entre partículas de xenoenxerto revelaram provas de que houve reabsorção. 19 Após 9 anos, achados histológicos28 mostraram um tecido que foi composto principalmente de partículas enxertadas em estreita relação com o osso recémformado, que tinham diferentes níveis de maturação e numerosos osteócitos. As partículas residuais de biomaterial foram cercadas e ligadas pelo osso, ABBM 69 apresentou um elevado nível de osteocondutividade e comportamento biomiméticos. O percentual médio de permanência das partículas ABBM de 37,01% após 6 meses de cicatrização.12 O ABBM é um andaime adequado para manutenção do enxerto dimensional, pois, quanto maior a proporção de ABBM, menor média de reabsorção total do enxerto. 12-14 Do ponto de vista biológico, o TCP pode ser superior ao ABBM 22, tendo em vista que o material se dissolve em íons fósforo e cálcio, o que teoricamente pode estimular uma nova formação de osso, a dissolução do TCP pode levar a um maior espaço inter-partículas para o osso novo em formação. Além disso, os níveis de cálcio e íons de fósforo liberados estimulam a formação de osso novo, o TCP pode ser um bom substituto para ABBM. Por outro lado, em um estudo similar 5 , afirmou que o contato osso-enxerto recém-formado encontrado foi significativamente maior para ABBM, em comparação com BCP. Mais tecido mole foi observado no grupo BCP e um percentual significativamente menor de remanescente de material de enxerto em comparação com ABBM, no entanto, ainda não se sabe se essas diferenças têm qualquer relevância. Por sua vez, não foram encontradas diferenças significativas na taxa de sucesso para implantes SLActive ® colocados em seio maxilar aumentado com BCP (91,7%) em comparação com implantes colocados em ABBM (94,7%). 22 A quantidade de reabsorção do enxerto para ABBM (4%) e BCP (4,5%), sendo a média de reabsorção do enxerto foi de ABBM (0,29 mm) e BCP (0,43 mm) e a taxa de sucesso dos implantes não estava dependente do biomaterial utilizado para a elevação do seio maxilar.22 Não houve divergências no valor médio do osso recém-formado entre os dois materiais, sugerindo que menos osso recém- formado estava em contato com o BCP do que com ABBM.5 A razão para isto requer mais pesquisa, mas pode ser influenciada por diferenças na estrutura e a superfície total disponível (morfologia e macroporosidade) e/ou diferenças nas características de formação óssea entre os dois materiais. Por exemplo, a mesma quantidade de osso recém-formado no material com área total de superfície maior (ou seja, maior macroporosidade e, portanto, uma quantidade maior de espaços vazios) pode sugerir proporcionalmente menor contato entre osso novo e enxerto residual. Existem diferenças nas propriedades do BCP e ABBM ambos têm micro e macroporosidade e são osteocondutivos. As propriedades podem ser alteradas modificando-se a composição ou cristalinidade do material. Embora a natureza dos componentes de 70 tecido mole não ter sido analisada no estudo, ambos os grupos, teste e controle não mostraram maiores quantidades de componentes de tecido mole do que o osso nativo do rebordo residual da maxila 5. A relevância clínica dessa diferença ainda tem que ser elucidada, mas verificou-se que na colocação de implantes, a adequada estabilidade primária alcançada foi possível com todos os implantes em ambos os grupos. No estudo 21 que utilizou a imagem de microscopia eletrônica de varredura, mostrou que as partículas grandes de ABBM e BCP estavam em contato direto ou rodeadas por tecido ósseo. Muitas partículas menores de ambos os materiais, mas particularmente as de BCP, puderam ser vistas rodeadas por tecido mole. É possível que as partículas de enxerto devam possuir um tamanho crítico ou um formato que as células possam se aderir a fim de formar osso novo. 21 71 4 - CONCLUSÕES A revisão da literatura forneceu informações: baixo nível de evidência na medida em que a tomada de decisão para o uso de Bio-Oss; estudos estão faltando que se dedicam para esclarecer a influência do altura óssea residual, a colocação simultânea ou tardia do implante, sinusite e reabsorção do enxerto na sobrevida dos implantes em dependência do material de enxerto utilizado; aspectos de morbidade local doador, a transmissão da doença, e os custos também não foram tratados adequadamente; parece que até o momento nenhum aspecto de destaque pode ser identificado que deve alertar o clínico decidir pelo uso de Bio-Oss, exclusivamente, pois a superioridade de Bio-Oss em relação a outros materiais de enxerto pode ser confundida por outros fatores que o material de enxerto. 72 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 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