issn 2316-5065
Ano XIII • Nº 152 • novembro/dezembro de 2013
Publicação bimestral da Associação
Médica de Brasília – AMBr
2013
w w w. a m b r. o r g . b r
Grandes desafios marcaram o ano
e fortaleceram a classe médica
Deficiência de
vitamina D existe?
Estudos realizados demonstraram deficiência de vitamina D em 50%-70% de indivíduos em diversos países(1-3). Dados recentes
sugeriram relação entre a latitude e os níveis da vitamina, reforçando que a exposição solar pode ser insuficiente mesmo em
países tropicais(4). Dados do Censo do IBGE de 2010 revelaram inadequação do consumo diário de fontes de vitamina D em mais
de 90% da população brasileira entrevistada.
Definição de deficiência de vitamina D
Em recente consenso, o IOM definiu deficiência de 25 (OH) vitamina D em níveis inferiores a 20 ng/mL(5). A saúde óssea é
estabelecida quando a vitamina D >30 ng/mL em adultos jovens ou com idade >50 anos(6). Estudos associativos sugerem
redução no risco de câncer, doenças autoimunes e cardiovascular e diabetes em pacientes com 25 (OH) vitamina D entre 30
e 44 ng/mL(7-8).
Fatores de risco para deficiência de vitamina D
A exposição solar inadequada relaciona-se a latitude, longitude, altitude, pigmentação da pele e uso do filtro solar. Em
Brasília, seria ideal a exposição de 70% do corpo, por 7 minutos, entre 10h e 16h, para garantir a síntese de 1000 Ui de
vitamina D diariamente na pele (www.zardoz.nilu.no). A obesidade, outras doenças e a cirurgia bariátrica, também reduzem
a absorção de vitamina D. E algumas medicações podem modificar a meia-vida e a depuração da vitamina D, reduzindo os
níveis circulantes.
Existem artefatos laboratoriais?
Um recente protocolo de padronização de métodos laboratoriais para dosagem de vitamina D, coordenado pelo CDC nos Estados
Unidos, (www.cdc.gov/labstandards) determinou critérios de calibração, acurácia e imprecisão, adotados pelo Laboratório Sabin
para o método de quimioluminescência.
Frequência dos níveis de vitamina D de
acordo com a idade em ambos os sexos.
50%
>81 anos
Dra. Lídia Abdalla
- Superintendente Técnica do Grupo Sabin;
- (Farmacêutica-bioquímica) graduada pela
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP);
- Mestre em Ciências da Saúde pela
Universidade de Brasília (UnB);
- MBA em Gestão Empresarial pela Fundação
Dom Cabral (FDC);
- Auditora interna da qualidade ISO 9001, ISO
14001 e PALC/SBPC.
31%
42%
71-80 anos
37%
31%
2%
2%
21%
2%
51-60 anos
34%
43%
21%
2%
41-50 anos
34%
43%
20%
2%
31-40 anos
32%
21-30 anos
30%
11-20 anos
31%
61-70 anos
46%
17%
19%
43%
42%
0%
10%
25%
45%
15%
0-10 anos
23%
23%
50%
20%
30%
40%
31%
50%
60%
70%
80%
<20 ng/ml
21-30 ng/ml
2%
31-50 ng/ml
3%
51-100 ng/ml
1%
>100 ng/ml
4%
90% 100%
Bibliografia:
1.Freedman DM, Cahoon EK, Rajaraman P, Major JM, Doody MM, Alexander BH, Hoffbeck RW, Kimlin MG, Graubard BI, Linet MS.Sunlight and other determinants of circulating 25-hydroxyvitamin D levels in black
and white participants in a nationwide U.S. study. Am J Epidemiol. 2013 Jan 15;177(2):180-92.
2.Greene-Finestone LS, Berger C, de Groh M, Hanley DA, Hidiroglou N, Sarafin K, Poliquin S, Krieger J, Richards JB, Goltzman D; CaMos Research Group.25-Hydroxyvitamin D in Canadian adults: biological,
environmental, and behavioral correlates. Osteoporos Int. 2011 May;22(5):1389-99. doi: 10.1007/s00198-010-1362-7. Epub 2010 Aug 21.
3.Guessous I, Dudler V, Glatz N, Theler JM, Zoller O, Paccaud F, Burnier M, Bochud M; Swiss Survey on Salt Group Vitamin D lavels and associated factors: a population based study in Switzerland. Swiss Med
Wkly. 2012 Nov 26;142.
4.Arantes HP, Kulak CA, Fernandes CE, Zerbini C, Bandeira F, Barbosa IC, Brenol JC, Russo LA, Borba VC, Chiang AY, Bilezikian JP, Lazaretti-Castro M. Correlation between 25-hydroxyvitamin D levels and latitude
in Brazilian postmenopausal women: from the Arzoxifene Generations Trial.Osteoporos Int. 2013 Apr 30.
5. IOM, Diaetary reference Ranges for Calcium and Vitamin D. www.iom.edu, 2010.
6. Bischoff-Ferrari HA, Dietrich T, Orav V et al. positive association between 25 (OH) vitamin D and bone mineral density: a population based study in young and older adults. Am J Med 2004, 116:634-9.
7. Michael YL, Whitlock EP, Lin JS, Fu R et al.Primary care relevant interventions to prevent fallings in older patients. Ann Int Med 2011; 153:815-25.
8. Gorham ED, Garland CF, Garland FC, Grant WB, Mohr SB et al. Optimal vitamin D status for colorectal cancer prevention: a quantitative metanalysis. Am J Prev Med 2007;32:210-16.
Os dados e informações apresentados foram fornecidos pela Assessoria Científica e Consultoria Médica do Laboratório Sabin.
www.sabinonline.com.br |
@labsabin |
Laboratório Sabin
ISO
9001:
2008
Assessoria Científica: 61 3329 8028
Central de Atendimento: 61 3329 8000
RT: Dra. Sandra Soares Costa, CRF 402 – DF
Conclusões
A deficiência de vitamina D é um sério problema de saúde
pública e deve ser considerada em populações de pacientes
de risco, permitindo o diagnóstico e a intervenção precoces.
Editorial
ISSN 2316-5065
Ano XIII • Nº 152 • novembro/dezembro de 2013
Publicação bimestral da Associação
Médica de Brasília – AMBr
w w w. a m b r. o r g . b r
Caros leitores da revista Médico em Dia, passamos mais um ano juntos, discutindo importantes temas da seara política da Saúde, compartilhando conhecimentos e opiniões sobre
questões científicas, qualificação dos estudantes e profissionais da medicina e panoramas das
especialidades médicas. Também nos divertimos, trocando dicas culinárias, falando de roteiros
imperdíveis de viagem, festas, esporte, música e cultura, além de Responsabilidade Social.
Agora chegou a hora de refletirmos sobre as perdas e ganhos do ano que se encerra e, como é natural, planejar esperançosamente o novo ano. Lá vem chegando a Copa do Mundo
e também as eleições. Momentos mesclados de paixão e responsabilidade para todos nós.
2013
Grandes desafios marcaram o ano
e fortaleceram a classe médica
Nesta edição, compartilhe com a gente a matéria especial sobre o balanço do ano na
AMBr e a consciente reflexão sobre os resultados e desafios na Palavra do Presidente.
Mantendo a tradição da nossa revista, falamos de especialidades médicas, com excelente
matéria sobre o Câncer de Mama, em entrevista com o oncologista Dr. João Nunes.
Já a presidente do CRM-DF, Dra. Martha Zappalá, nos fala sobre os projetos da nova diretoria e sobre a situação financeira da entidade, que passa por uma auditoria do CFM.
Não menos importante, a editoria Ponto e Contraponto traz a opinião de alguns políticos
sobre a saúde pública no DF.
Em Gestão, Márcia Campiolo, especialista em administração em Recursos Humanos, nos
ensina como atender clientes em situações estressantes. Como nem só da saúde física vive
nosso complexo ser, não perca a matéria Espiritualidade e Saúde do Coração, uma visão
que vem adentrando as portas do mundo científico e acadêmico.
Mas, como ninguém é de ferro, vamos relaxar nas editorias: Medicina e Arte, e a história
do Saint Mary’s Hospital, em Londres, onde foi feita a descoberta da penicilina; Histórias
da Música Popular, com Vinícius parte III; Destinos, mostrando as maravilhas de Portugal
e um Gourmet especial, com o Diretor da AMBr e chef familiar, Dr. Sabino.
A equipe da revista Médico em Dia deseja a todos os leitores Boas Festas, com muita paz
em família. Que entrem o ano de 2014 com o pé direito para que a sorte lhes presenteie
com excelentes surpresas.
Até ano que vem!
Paulo Feitosa,
Diretor de Comunicação da AMBr
Dr. Luciano Gonçalves
de Souza Carvalho
Presidente
Bento Viana
Diretoria Executiva
Dr. Evaldo Trajano Filho
Vice-Presidente
Delegados
Diretor responsável
Dr. Carlos Jose Sabino Costa
Diretor Econômico-Financeiro
efetivos
Paulo Henrique R. Feitosa
Dra. Edna Marcia Xavier
EditoraS-chefeS
Dr. Paulo Henrique Ramos Feitosa
Diretor de Comunicação
e Divulgação
Dr. Alexandre Morales
Castillo Olmedo
Cristiane Rodrigues Kozovits
Dr. Elias Couto e Almeida Filho
Diretor de Planejamento
Dr. Luiz Augusto Casulari
Roxo da Motta
Diretor de Editoração Científica
Dra. Ana Patrícia de Paula
Diretora Científica e de Ensino
Médico Continuado
Dr. Fernando Fernandes Correia
Diretor Social e
de Atividades Culturais
Dra. Olimpia Alves Teixeira Lima
Diretora de Relações
com a Comunidade
Conselho Fiscal
Titular
Dr. Márcio de Castro Morem
Dra. Alba Mirindiba
Bonfim Palmeira
Dr. Ognev Meireles Cosac
Dr. Carlos Alberto
de Santa Ritta Filho
Dr. Eudes Fernandes de Andrade
Dr. Sergio Tamura
Dr. Aloísio Nalon Queiroz
suplentes
Dr. Adalberto Amorim
de M. Junior
Dr. Antonio Geraldo da Silva
Dr. Bruno Vilalva Mestrinho
Dr. Baelon Pereira Alves
Dr. Roberto Cavalcanti
Gomes de Barros
Dr. Roberto Nicolau
Cavalcanti de Souza
Dr. Alcides de Oliveira
Dourado Filho
Conselho Editorial
Suplente
Dr. Luciano Gonçalves
de Souza Carvalho
Dra. Elza Dias Tosta da Silva
Dr. Evaldo Trajano Filho
Dr. Alexandre Barbosa
Sotero Caio
Dr. Paulo Henrique Ramos Feitosa
Dr. Bolivar Leite Coutinho
Bento Viana
Dr. Jose Nava Rodrigues Neto
Dr. Luiz Augusto Casulari
Roxo da Motta
Marina Gomes Barbosa
(RP: 015253/2011 DF)
Revisão
Cristiane Rodrigues Kozovits
ESTAGIÁRIA
Nayane Gama
Editoração
Grifo Design
Comercialização
[email protected]
(61) 9655-9326
(61) 2195-9724
Impressão
Ideal Gráfica e Editora
Tiragem
5.000 exemplares
Médico em Dia é uma
publicação da Associação
Médica de Brasília – AMBr
SCES Trecho 3 Conj. 6
(61) 2195-9797
redação
[email protected]
www.ambr.org.br
Revista cultural
de distribuição gratuita.
Os artigos assinados são
de inteira responsabilidade
de seus autores.
Canstock
Dr. Jorge Gomes de Araujo
Diretor Administrativo
Sumário
8
Câncer de Mama
O oncologista João Nunes fala sobre a doença
que é o segundo tipo de câncer mais frequente
no mundo e o mais comum entre as mulheres.
13
CRM-DF
A presidente da instituição, Dra. Martha Zappalá,
conta sobre os projetos da nova gestão e faz
uma análise da atual situação financeira e
administrativa da entidade.
22
Medicina e Arte
18
Balanço 2013
Navegue pela retrospectiva do ano que se encerra
e conheça as perspectivas para 2014.
A história do Saint Mary’s Hospital, conhecido
hospital público de Londres onde foi feita
a descoberta da penicilina.
24
Ponto e Contraponto
Políticos da cidade dão a sua opinião sobre
a Saúde Pública no DF.
► Radar
16
► Gestão da Saúde
21
► Jovem Médico
34
► Perfil
38
► Gourmet
42
► Destinos
46
Luciano Carvalho • Presidente da AMBr
Palavra do Presidente
Sérgio Amaral
2013. Um ano difícil, mas de
sólidos aprendizados
O ano de 2013 chega ao termo, finalizando também o segundo ano de nosso mandato à
frente da Associação Médica de Brasília. Para fazer um balanço coerente deste ano que se
encerra preciso voltar a 2012, quando, mediante diagnóstico profundo da AMBr, optamos
por realizar um trabalho de base, profissionalizando a gestão, modernizando os canais de
comunicação, investindo em novos projetos e no fortalecimento das relações institucionais
e políticas da entidade.
Foram decisões um pouco ingratas, pois seus resultados não são tangíveis em curto prazo,
deixando quase invisíveis os esforços empenhados. Mas, olhando agora para 2013, percebo que as escolhas feitas foram acertadas. Quase que intuitivamente, nos preparamos para
um cenário político e mudanças que nem sequer imaginávamos que fossem se desenhar
quando assumimos a gestão da AMBr.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
A classe médica passou, neste ano, pelos seus maiores desafios das últimas décadas, sendo
aviltada em seus direitos com os dez vetos presidenciais na regulamentação da profissão,
confrontada e injustamente julgada quando se manifestou contrária às levianas e eleitoreiras medidas do governo ao lançar o programa Mais Médicos.
6
Fomos vitimados pela ganância de empreiteiros da saúde, que destruíram a imagem pública do médico para esconder o mecanismo desumano do capitalismo selvagem, onde é
preciso que as pessoas consumam mais exames, mais medicamentos, mais consultas, mais
dias de vida em sofrimento para que eles fiquem mais ricos e poderosos.
Perante os ataques, percebemos que não éramos unidos e nem experientes na “arte da
guerra”. A Associação acompanhou cada movimento político e engajou-se na corrente nacional em defesa da classe médica, tornando-se uma das principais porta-vozes das ações,
com posicionamentos lúcidos, denúncias e articulações, como ficou claro no Encontro
Nacional das Entidades Médicas – ENEM, realizado em nossa sede no início de agosto.
O médico, mediante as exigências de um mercado que passou a ser regido pelas operadoras de plano de saúde – empresas que criaram tentáculos nos meandros políticos – tomou
ciência da necessidade de se tornar, mais que um bom médico, um bom gestor. A AMBr
respondeu a esta carência consolidando o Programa de Empreendedorismo e Gestão,
iniciativa que vem capacitando médicos e gestores de clínicas e consultórios para melhor
gerir seus negócios e garantir qualidade na assistência aos pacientes.
Investimos também nos eventos científicos, dando seguimento às ações
de Educação Continuada e realizando a Feira da Saúde no espaço do Metrô da Rodoviária, onde receberam informações mais de 20 mil pessoas
nos dois dias de evento.
Nossas publicações ganharam notoriedade e mais qualidade. A Brasília
Médica, revista científica da AMBr, expandiu seus horizontes ao entrar
para o DOI e em breve para o IBICT. A revista Médico em Dia alcançou
maioridade de conteúdo e visibilidade, e a Associação tornou-se conhecida,
ganhando espaço na mídia do DF pela ação de assessoria de imprensa profissional, a RP1, e na parceria com a comunicadora Mônica Nóbrega, que
alimenta a TV digital com entrevistas e realiza talk shows sobre temas de
saúde junto à sociedade.
É claro que não nos esquecemos de nossa vocação social e, durante todo o
ano empreendemos mudanças nas instalações, enriquecemos nossa área de
lazer com projeto paisagístico, manutenção da infraestrutura de lazer e eventos, aquecimento das piscinas, novo mobiliário e também com mudanças significativas nas normas
de utilização dos espaços de lazer, para garantir aos associados segurança e conforto.
A Brasília Médica, revista científica da AMBr,
entrou para o DOI e em breve para o IBICT
As crianças puderam se divertir com a família na Matinê de Carnaval e também exercitar
sua cidadania no Dia da Criança, com o projeto AMBr Solidária. Os amantes da boa música e tradicionais boêmios se encontraram na AMBr para o Happy Hour, para as noites
musicais do Sarau ou da Turma do Gambá. E o Arraiá do Dotô 2013 foi a melhor edição
da tradicional festa junina da entidade dos últimos anos.
As atividades esportivas continuaram em alta, com destaque para o DF Wheelchair Tennis
Open – Torneio Internacional de Tênis em Cadeira de Rodas, que reuniu atletas especiais
de cinco países e contou com a presença de membros da seleção brasileira de tênis em
cadeira de rodas.
2014 se aproxima, trazendo sonhos e esperanças para todos. No balanço das experiências
vividas podemos comemorar o fato de que agora somos uma classe mais unida e mais
organizada politicamente. Neste ambiente, o maior desafio continuará sendo, sem dúvida, a luta por uma saúde de qualidade, provinda de mais investimentos e garantias para
a população brasileira e, em nosso particular, para a comunidade do Distrito Federal. Foi
um ano difícil, de muitos aprendizados, mas nos tornamos mais fortes e mais preparados.
Feliz Natal e um ótimo Ano Novo a todos!
Foto maior: Feira da Saúde no espaço
do Metrô da Rodoviária
Foto menor: DF Wheelchair Tennis
Open – Torneio Internacional de
Tênis em Cadeira de Rodas
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
A vida e a animação aconteceram enquanto investíamos também na reforma do salão de
festas e do palco externo da área de lazer, antigas reivindicações dos associados. O espaço
de festas ampliou sua capacidade para 700 lugares e pôde ser inaugurado em grande
estilo na Festa do Médico, no dia 18 de outubro.
7
Especialidade Médica
DR. João Nunes • Médico Oncologista
Câncer de Mama
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Segundo tipo mais frequente
no mundo, o câncer de mama
é o mais comum entre as
mulheres, respondendo por
22% dos casos novos a cada
ano. Se diagnosticado e tratado
oportunamente o prognóstico é
relativamente bom.
8
De acordo com o INCA, no Brasil
as taxas de mortalidade por câncer
de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença
ainda é diagnosticada em estágios
avançados. Na população mundial,
a sobrevida média após cinco anos
é de 61%.
As estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas
por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
Para falar sobre diagnóstico e tratamento da doença, a
revista Médico em Dia entrevistou o oncologista João
Nunes, chefe do Serviço de Oncologia Clínica e coordenador da Residência Médica em Oncologia Clínica do
Hospital Universitário de Brasília.
Dia 27 de novembro comemora-se o Dia Nacional de
Combate ao Câncer de Mama. Quais foram os principais
avanços no diagnóstico da
doença nos últimos anos?
No diagnóstico, o grande avanço
foi o conhecimento mais profunDr. João Nunes
do da parte molecular do câncer
de mama. Nos últimos 10 anos a quantidade de informações, do ponto de vista do que acontece dentro da célula
tumoral do câncer de mama, aumentou de forma significativa e, com isso, houve a possibilidade de criarmos
algumas estratégias de tratamento voltadas para esses
novos conhecimentos.
Então, esse é um fato bem marcante. Existem algumas medicações utilizas hoje que só são possíveis porque a gente
conhece o câncer de mama do ponto de vista molecular.
Focando especificamente no diagnóstico, o avanço foi o
conhecimento mais preciso do comportamento biológico
da célula tumoral.
A questão das novas descobertas moleculares influi
no diagnóstico precoce?
Não, a mamografia continua sendo o grande exame de rastreamento. Para pacientes com risco familiar bem definido, a
estratégia de se associar a ressonância magnética de mama
mostrou, sim, um avanço mostrou, sim, um avanço no diagnóstico mais precoce de lesões, mas é para um grupo muito
específico, pacientes que têm um forte histórico familiar.
Menos de 5% dos cânceres de mama são definidos como
risco genético. Existem dois grandes grupos de genes, que
chamamos B1 e B2 que, quando o paciente apresenta uma
mutação desse gene, corre um risco de desenvolver câncer
de mama muito maior que a população em geral.
Estudos mostram que o risco de desenvolver câncer de
mama nesse grupo específico é de 85% se a mulher viver
75 anos. Isso quer dizer que, de cada 100 mulheres que
têm essa mutação e vivem 75 anos, 85 vão ter câncer de
mama. Essa porcentagem é muito maior que a da população geral. Esse grupo tem indicação para fazer o que a
gente chama de mastectomia profilática bilateral, ou seja,
retirar as glândulas mamárias, antes do aparecimento do
câncer de mama.
Quando é feita a indicação?
A indicação é após os 35 anos. A orientação é que essa
paciente defina de forma muito precoce a prole dela, porque esse tratamento cirúrgico profilático envolve tanto a
retirada das mamas como a retirada dos ovários.
Por quê?
Porque esse gene que confere o risco de metástases por
causa do câncer de mama também confere risco de metástases no câncer de ovário.
Quais são os principais tratamentos?
O tratamento do câncer de mama envolve quatro ferramentas: a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia e o
bloqueio hormonal. Quando você deve utilizar cada uma
dessas ferramentas é que é o grande xis da questão. Você
precisa de uma avaliação clínica multiprofissional, que envolve oncologista, mastologista, cirurgião plástico reconstrutor, radioterapeuta, fisioterapeuta, médico nuclear, ou
seja, tratar câncer de mama envolve um time de especialistas. Não é só um médico que vai cuidar, seja da decisão
ou do tratamento.
Essa informação não é uma verdade científica. Eu observo, realmente, um aumento expressivo nos casos de
pacientes jovens com câncer de mama, mas o motivo não
é conhecido pela ciência. Eu tenho algumas ponderações
a respeito disso: primeiro, nós mudamos muito o nosso
perfil comportamental, do ponto de vista estritamente
biológico a mulher está apta e pronta para ter uma gestação aos 20 anos de idade e hoje, como eu falo para os
meus alunos, quem tem filho aos 20 anos é quem perdeu
o planejamento da vida. A mulher, hoje, quer estudar,
trabalhar e conquistar seu espaço sociocultural, econômico e emocional. Só depois disso tudo é que ela vai lembrar que quer se mãe, e isso acontecerá por volta dos 30
anos. Dessa forma, começa a sofrer um aperto biológico,
pois se ela não tiver filho rápido não vai mais poder ter.
A gente sabe que a gravidez na paciente jovem é fator
protetor ao câncer de mama e gravidez após os 35 anos
é fator de risco para o câncer de mama. E como houve
um perfil das mudanças sociais femininas de forma muito
intensa, isso provavelmente é umas das ponderações importantes. Segundo, a obesidade, um fator extremamente
presente no mundo moderno, principalmente nos países
desenvolvidos. Se a gente observar os índices do câncer
de mama, quanto mais desenvolvida a sociedade maior
a sua incidência. Está vinculado a perfis nutricionais bem
definidos. Ausência de exercícios físicos associada a sobrepeso confere um risco inerente a esse tipo de paciente,
que pode vir a ter câncer de mama, ou seja: é um fator de
risco bem determinado.
Vamos falar sobre a reconstrução mamária. Quais
são os profissionais envolvidos?
Hoje existem dois modos de fazer a reconstrução. Uma
é feita pelo próprio mastologista, que é uma cirurgia oncoplástica, ou seja, o cirurgião tira o câncer e reconstrói
a mama, esse é um conceito novo, moderno. Eu ainda
defendo que o tratamento deve ser multiprofissional. Eu
trabalho com três cirurgiões plásticos na minha equipe
e toda parte de reconstrução é discutida com eles, porque eles são dedicados exclusivamente a isso. O volume
de informação e treinamento que possuem é muito intenso em relação a isso. E, do ponto de vista filosófico,
o médico que tira o câncer tem que ter uma vigilância
muito grande para fazer a retirada do tamanho correto.
No Brasil você pode se formar em câncer de mama sendo
oncologista ou ginecologista, mas o treinamento é de segunda formação, você tem que fazer uma especialização
prévia. O mastologista que veio da ginecologia tem visão
diferente do que veio da oncologia.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
As pessoas estão tendo câncer cada vez mais jovens.
A que o senhor atribui isso?
9
NUCLEOS
Cultura
Paixão pela música
e pela medicina
a Brasília em 1977 para terminar o meu curso de piano,
aqui fiz medicina e residência no Hospital de Base. Desde
então tenho em minha vida a medicina e a música”, diz
a médica-artista.
A médica anatomopatologista,
Dra. Filomena Carvalho, faz parte
da Orquestra de Sopros Brasília,
formada por ex-integrantes da
Banda Sinfônica de Brasília. O gruDra Filomena Carvalho
po conta ainda com professores,
alunos e ex-alunos da escola de música da capital, CEP EMB, alunos e ex- alunos da Universidade de Brasília e músicos de instituições militares. Recém-criada, a Orquestra,
sob a regência de Roberto Gilson Cardoso de Oliveira (Kaçulinha), une em seu repertório música sinfônica e muita
música popular brasileira.
Dra. Filomena conta que o grupo já se conhecia da Orquestra Sinfônica de Brasília e que se reencontrou em
2011, este ano mudaram de nome, ganharam novos integrantes e passaram a ensaiar toda semana. “Cheguei
Dicas da DAD
Regras de ouro do estilo
Como fugir das frases que se perdem no caminho? Vinicius de Moraes deu a receita.
“Uma frase longa”, escreveu ele, “não é nada mais que duas curtas.” Eureca! Desmembre as compridonas. ► Casse o gerúndio
Dúvidas e informações:
www.dzai.com.br/blogdadad
Alunos recém-aprovados no vestibular entrarão na universidade no próximo semestre
podendo, se forem estudiosos, acabar o curso em quatro anos, fazendo, em seguida,
um curso de pós-graduação.
Com um ch e ga pra lá no gerúndio, o período fica assim:
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
► Frase curta
Alunos recém-aprovados no vestibular entrarão na universidade no próximo semestre.
Se forem estudiosos, poderão acabar o curso em quatro anos e fazer, em seguida,
uma pós-graduação.
11
Entrega Títulos de Especialidade
Entrega de títulos aos novos especialistas
Aprimoramento da Qualificação e Valorização Profissional
são diretrizes da AMBr, e uma das formas de concretizar
esses objetivos é o reconhecimento aos profissionais que
investem em sua especialização elevando, assim, a qualidade de seu trabalho como médicos.
A Associação Médica de Brasília, em parceria com as Sociedades de Especialidades, faz questão de destacar esta conquista e, para tanto, realiza todos os meses uma solenidade de entrega dos títulos aos novos médicos especialistas.
Para o presidente da AMBr, Dr. Luciano Carvalho, “é uma
honra poder homenagear novos colegas especialistas,
profissionais empenhados em elevar o nível de seus conhecimentos e prestar à população um serviço cada vez
mais qualificado”.
Para ele, a iniciativa serve ainda para fortalecer os laços
com as Sociedades de Especialidades, “importantes pilares
de nossa instituição”, diz o presidente.
Parabéns aos novos especialistas
AS
IALIST
ESPEC
Acupuntura
Dra. Luciana S. Mortoza Macedo
Pediatria
Dra. Manuela de Oliveira Fragomeni
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Neurocirurgia
Dr. Bruno de Sousa Mendes Parente
Dr. Carlos Eduardo Dias Pinheiro de Mérida Ontiveros
12
Radiologia
Dra. Nieja Santos Gonçalves
Dr. Renato Paula da Silva
Radiologia e Diagnóstico por Imagem
Dr. Fabiano Arantes Ribeiro
Otorrinolaringologia
Dr. Ricardo José Valadares
Psiquiatria
Dra. Maria Marta N. Freire
Dr. Valdi Craveiro Bezerra
Dra. Alice de Albuquerque M. Valença
Cardiologia
Dr. Ernesto Mizael C. Osterne
entrevista Dra. Martha Zappalá
Após um mês da posse da nova diretoria do CRM-DF (Conselho Regional
de Medicina), a presidente da instituição, Dra. Martha Zappalá concedeu
uma entrevista à revista Médico em
Dia onde fala sobre os projetos da nova gestão e faz uma análise da atual
situação financeira e administrativa da
entidade. O CRM-DF passa atualmente por uma auditoria do CFM (Conselho Federal de Medicina) que analisa, dentre outras situações, a
venda da sede da instituição, feita pela gestão passada.
Dra. Martha, quais são os principais projetos da nova gestão do CRM-DF?
Além da normatização, que o Conselho irá manter o compromisso e seguir, é nossa intenção também reforçar e trazer de
volta para dentro do CRM as Câmaras Técnicas. Essas Câmaras
são formadas por três especialistas, indicados pela sociedade de
especialidade. São profissionais de excelência que irão nos assessorar quando necessitarmos de pareceres técnicos em sua área de
especialidade. Vamos supor que tenhamos uma denúncia na área
de ortopedia. Eu não sou ortopedista, mas entrarei em contato
com a Sociedade de Ortopedia para acionar os três ortopedistas indicados por ela. Eles serão a Câmara Técnica de Ortopedia
para eventuais pareceres que possam ser necessários no caso de
denúncias. A intenção é ter uma Câmara Técnica para cada área
da medicina.
E hoje não funciona desta forma?
Não, hoje não funciona desta forma. Hoje não possuímos essas indicações, e nós entendemos que isso é imprescindível
para uma fundamentação técnica. É importante que a gente
ouça o especialista, e a indicação sendo feita pela própria sociedade de especialidade nos garante que seja um profissional
de excelência.
Outra coisa que a gente deseja reforçar dentro da nossa gestão
é a educação médica continuada, que entendemos ser importante em todos os níveis da profissão, desde o graduando até o
médico especialista. A questão da renovação, da continuação da
educação médica é fundamental em todas as etapas da profissão.
As reciclagens são necessárias para que tenhamos profissionais
atualizados e sintonizados com os novos tratamentos e avanços.
É nossa intenção acompanhar e prestigiar esses eventos, como
aconteceu recentemente no Congresso Brasiliense de Cirurgia,
realizado na AMBr. Nós esperamos também fazer um elo entre os
colegas, para que eles possam se aproximar do Conselho. O CRM-
DF tem, é claro, um papel fiscalizador importante, e é necessário
que os médicos confiem no órgão e na justiça que ele promove,
atestando a seriedade do Conselho.
Qual é a atual situação do Conselho em relação aos processos abertos?
Nós encontramos um Conselho bastante desorganizado. Existem hoje mais de 600 processos ainda não encaminhados que
deram entrada aqui e que estão aguardando os seus devidos
encaminhamentos e sindicâncias. Entendemos que essas pessoas
que procuraram o Conselho esperam um encaminhamento para
suas denúncias. Apesar de termos começado há apenas um mês
estamos realizando as plenárias semanalmente. E as Câmaras Técnicas já estão ativas. Esperamos trabalhar o mais rápido possível
para colocar esses processos em dia.
A intenção é resgatar a confiança no CRM-DF?
A população e também o médico precisam ter confiança na
entidade. Quem denuncia deve ter direito à defesa; receber uma
explicação. E os processos estão parados. Mas nós já nomeamos todos os colégios e as comissões, as plenárias estão sendo
realizadas toda semana para mudar o cenário. É um trabalho
enorme e intenso.
E a questão da venda da sede do Conselho?
Essa é uma situação grave. A venda da sede foi feita no dia 30
de agosto, já escriturada, sem a devida anuência e sem a aprovação da classe médica. Isso é objeto, inclusive, do processo de
auditoria que está sendo realizado agora pelo CFM, e que nós
estamos aguardando a finalização para que seja devidamente
reportada a toda classe médica. Esperamos dar um retorno à
classe brevemente sobre esta questão. Assim como foi com a
venda da nossa sede ocorreu com a compra de uma sede nova,
gerando uma pendência financeira grave. A situação do Conselho é hoje bastante crítica. Não temos condição de quitar essa
dívida e, por isso, estamos em auditoria interna. A partir do
resultado do CFM a responsabilização jurídica e administrativa
será encaminhada a quem de direito. Assim, poderemos delimitar o momento da nossa chegada e diferenciá-lo claramente da
gestão anterior. Além dessas dificuldades a nova gestão encontrou um déficit de funcionários na Instituição. Será necessário
repor pessoal e, para tanto, um novo concurso será também um
dos nossos objetivos iniciais em 2014.
Com esse cenário, o Conselho já está trabalhando?
Nós estamos trabalhando, já existem julgamentos agendados.
E estamos iniciando com muito empenho e trabalho. Eu conto
com o apoio dos conselheiros, pois é uma diretoria bastante
atuante. Nós sabemos que o peso do trabalho é grande e mesmo assim, neste momento, todos os conselheiros (isto consta
em ata) dispensaram os JETONS. E isso continuará assim até que
o Conselho tenha condições financeiras de arcar com os seus
compromissos.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Nova diretoria
do CRM-DF
13
Olhar Social
AMBr participa
de Campanha de
Doação de Sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) comemorou
no dia 25 de novembro o Dia Nacional do Doador de
Sangue, com o objetivo de estimular a população a colaborar com a campanha. A data faz parte da Semana do
Doador, que inclui homenagens a pessoas que já doam e
apresentações culturais.
Este ano, a AMBr aderiu à campanha com ações para sensibilizar os seus funcionários e associados a doar sangue.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
“Fizemos uma campanha interna de estímulo à doação e
levamos os funcionários interessados ao Hemocentro. É
importante o empenho e a participação de todos”, disse o
presidente da AMBr, Dr. Luciano Carvalho.
14
Devido ao aumento da demanda de sangue por parte dos
hospitais públicos do Distrito Federal, a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) solicita aos doadores voluntários
que compareçam para fazer sua doação a fim de garantir
o estoque de sangue em níveis estratégicos para atender os
pacientes internados e situações de emergência.
O Hemocentro informa que as plaquetas, por exemplo,
duram apenas quatro dias e, por isso, as doações precisam
ser feitas com regularidade. As plaquetas são essenciais em
tratamentos oncológicos e a pacientes que foram submetidos a transplante de órgãos. Quem quiser tirar dúvidas
sobre doação de sangue pode consultar o site www.hemocentro.df.gov.brou ligar no 160, opção 2.
É importante lembrar à população que o Hemocentro de
Brasília é responsável pela coleta e distribuição de sangue e
hemocomponentes para o SUS no DF, incluindo o Hospital
Universitário (HUB), HFA e Hospital da Criança, além de
hospitais privados.
Pré-requisitos para doação
66 Gozar de boa saúde
(avaliação médica no Hemocentro);
66 Estar alimentado;
66 Não estar usando medicamentos;
66 Ter entre 16 a 67 anos de idade, sendo que com 16 e
17 anos é preciso consentimento formal do responsável
legal. Pesar acima de 50 quilos (descontar o vestuário);
66 Apresentar documento oficial com foto, em bom estado
de conservação e dentro do prazo de validade. Os
documentos aceitos são: carteira de identidade, carteira
de trabalho, certificado de reservista, carteira nacional
de habilitação, passaporte, carteira profissional emitida
por classe ou carteira do doador da FHB. Não serão
aceitos crachás funcionais e carteiras estudantis;
66 Ter dormido pelo menos seis horas, com qualidade,
na noite anterior à doação;
66 Não praticar exercícios físicos nas
12 horas anteriores à doação;
66 Não ingerir bebida alcoólica nas
12 horas anteriores à doação;
66 Não ter se submetido à endoscopia
há pelo menos seis meses;
66 Não ter feito tatuagem, piercing ou
maquiagem definitiva há 12 meses;
66 Evitar fumar até duas horas antes
da doação.
O candidato à doação deve ser sincero
ao responder as perguntas que lhes
são feitas, não omitindo informações
importantes, pois disso depende a
segurança do doador e do receptor.
Radar
Controle do sódio
O Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das
Indústrias de Alimentação (Abia) assinaram o quarto
acordo para a redução de sódio na comida industrializada. Nessa etapa está prevista a diminuição de 68%
do teor do ingrediente nos laticínios, embutidos e refeições prontas.
O acordo foi firmado em 2011 e previa a
redução gradativa dos teores do mineral
até 2020 de produtos industrializados. Em
cada fase, uma classe de produtos alimentícios é incorporada. Com a assinatura, a
última prevista, sobe para 16 as categorias
atingidas pelo pacto. Entre elas estão bisnagas, massas, bolos, biscoitos e caldos.
Estudo inédito realizado pela área de consultoria da Orizon
revela que 85% das vítimas de Acidente Vascular Cerebral
sofrem de hipertensão. Foram acompanhados 3.060 casos de beneficiários de planos de saúde internados com
AVC em hospitais privados. A pesquisa, feita em virtude do
Dia Mundial de Combate ao AVC, lembrado no dia 29/10,
constatou ainda que 64% das vítimas tinham mais de 50
anos, 28% tinham entre 30 e 49 anos e 8% até 29 anos. A
doença atinge a cada ano 16 milhões de pessoas no mundo. Em decorrência disto, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a
prevenção da doença. Segundo a Organização Mundial de
AVC (WSO), o tratamento preventivo engloba o controle
de vários fatores de risco vasculares como: pressão arterial,
diabetes, colesterol, triglicérides e doenças cardíacas, além
das recomendações de não fumar, ter uma alimentação
saudável e praticar exercícios físicos.
Fonte: Jornal de Brasília
Fonte: SaúdeWeb
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
A meta deverá ser atingida em quatro anos. Na nova
lista estão, por exemplo, empanados, hambúrgueres,
três tipos de linguiça, presuntos, requeijão e salsichas.
16
85% das vítimas de derrame
cerebral são hipertensas
Temperatura da córnea
pode sinalizar câncer
Detectar tumores nos olhos por meio da medição decalor foi a ideia motivadora do projeto final de graduação
do estudante de engenharia mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Matheus Silveira.
O câncer intraocular é um tiporaro de tumor que tem
um índice baixo de cura, conta Silveira.“É uma doença
silenciosa, que não apresenta sintomas. Quando eles
aparecem, geralmente você tem que retirar o olho. E,
se houver metástase, a chance de óbito é grande”, diz.
Para auxiliar na pesquisa, o oftalmologista Pedro Ronaldo de Carvalho Filho foi consultado. O aumento da
temperatura do olho com um tumor varia de 0,2ºC a
0,5ºC, e a parte que mais sofre é a córnea. Mesmo
assim, todo o olho é alterado com o aumento de temperatura. A maior novidade da pesquisa é o modelo
computacional desenvolvido especificamente para o
órgão humano.
O número de matriculados no ensino superior
brasileiro subiu 4,4% de 2011 para 2012. Porém,
cursos com elevada demanda no país, como medicina, tiveram um crescimento mais lento do que a
média no mesmo período: 2,8%. Os números são
do Inep/MEC, que publicou dados detalhados do
Censo do Ensino Superior de 2012, que foi divulgado em setembro.
Hoje o país tem 2.416 instituições de ensino superior,
sendo 193 universidades. Ao todos, há 7 milhões de
brasileiros matriculado em 31.866 cursos superiores
de universidades, faculdades e centros universitários.
A quantidade de brasileiros na sala de aula nessa fase da educação é o dobro da registrada em
2002, quando 3,5 milhões estavam matriculados.
O problema é que, na maioria dos casos, o crescimento não acompanha a demanda. Em medicina,
por exemplo, o incremento de concluintes do curso
aumentou só 0,5% de 2011 para 2012. Na prática,
isso significa que entraram 100 médicos a mais no
mercado em 2012 em relação ao ano anterior.
Fonte: Folha de S. Paulo
De 2011 para
2012 o número
de matriculados
no ensino superior
subiu para
Cursos com elevada
demanda no país,
como medicina, teve
crescimento de
4,4%
2,8%
3,5
7
milhões
milhões
de matriculados em
cursos superiores
no ano 2002
de matriculados em
cursos superiores
no ano 2012
Hospital de Planaltina tem
um dos menores índices
de cesáreas do DF
O Hospital Regional de Planaltina realizou no
mês de outubro 240 partos, dos quais 165 foram normais e 75 cesáreas. A unidade registrou
uma das menores taxas de cesarianas da rede,
segundo avalia a coordenadora-geral de saúde
de Planaltina, Mônica Rocha Rodrigues.
De acordo com a coordenadora do Programa
de Atenção Integral a Saúde da Mulher (Paism),
Elenice Pereira, a conscientização dos profissionais de saúde sobre o parto normal para diminuir a mortalidade materna é importante.
“O parto normal traz mais segurança e menos
complicações no período pós-parto”, disse.
Fonte ?
‘Superanticorpos’ contra HIV
controlam infecção em macacos
Nem todo mundo se defende contra o
HIV da mesma forma: algumas pessoas
produzem tipos raros de “superanticorpos” contra o vírus. A eficácia de uma
terapia que usa esses anticorpos para
controlar um vírus similar ao HIV em
macacos é relatada em dois estudos
publicados na “Nature”.
Infusões dos “superanticorpos” clonados a
partir do material colhido de humanos conseguiram reduzir, em uma semana, a carga de HIV a
níveis indetectáveis em um grupo de macacos resos.
Esse controle da carga viral, no entanto, não foi duradouro
na maioria deles: dois meses após a aplicação da terapia,
em média, o número de vírus em circulação voltou a crescer na maioria dos macacos. O controle só permaneceu
nos que já tinham uma carga viral mais baixa desde o início
do estudo, o que sugere uma ação conjunta do sistema
imune dos animais e dos “superanticorpos”.
Segundo Michel Nussenzweig, pesquisador brasileiro que
é um dos líderes do grupo responsável por esses trabalhos,
o tratamento será testado em humanos no início de 2014,
nos EUA. Serão 75 voluntários, e os primeiros resultados
devem ser obtidos em julho ou agosto.
Fonte: Folha de S. Paulo
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Medicina cresce
menos do que a média
17
BALANÇO 2013
Balanço 2013
Diretoria AMBr
Chegamos ao final de mais um
ano e um novo ciclo se aproxima.
Matinê de
Carnaval
É momento de refletirmos sobre os
erros e acertos do caminho esperando
Fevereiro
que na balança tudo penda para o
melhor. Momento também de pensar
no futuro. Todo novo ciclo traz
expectativas, desafios e oportunidades
de renovação. Portanto, é hora de
fazermos um balanço de 2013 e
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
planejar a trajetória de 2014.
18
Olhando para o ano que encerra vemos, com satisfação,
que os esforços empreendidos, nem todos tão visíveis,
foram recompensados, fortalecendo a entidade, profissionalizando sua gestão, melhorando os serviços para os
associados e ampliando a representatividade da AMBr nos
cenários social e político da área médica do Distrito Federal. Vemos, hoje, uma Associação Médica mais sólida e
atuante, que mantém a sua missão de zelar pelo mérito da
medicina e pela saúde da população.
Ato
Médico
Mais
Médicos
Julho
Dia da
Criança
Solidário
Festa do
Médico
outubro
AMBr Wheelchair
Open de Tênis
Oficina de
Bordado
abril
Arraiá
do Dotô
maio
Torneio
Interno de
Tênis
ENEM
Feira da
Saúde
Setembro
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Agosto
junho
Outras Atividades que acontecem todos os meses:
Programa de Empreendedorismo e Gestão – Palestras gratuitas, Educação Continuada, Sarau, Happy Hour e Talk Show.
19
Márcia Campiolo
Especialista em Administração de Recursos
Humanos, atuando há mais de 25 anos.
Atendendo clientes
em situações
estressantes
Na área de prestação de serviços médicos, é importante
que a equipe esteja preparada para atender clientes dos
mais diferentes perfis. Ser profissional de atendimento
não é estar pronto para atender apenas os clientes “bonzinhos”, tranquilos e educados, mas também os nervosos e
incompreensivos. Imagine a seguinte situação: um cliente
agendou um horário e chega para sua consulta. A última
vez em que esteve na clínica foi há três meses. A funcionária da recepção informa o valor a ser pago na consulta
e neste momento o cliente diz: “Não vou pagar uma nova
consulta, uma vez que continuo com o mesmo problema
de três meses atrás. Além disso, o doutor me disse que,
caso eu tivesse sintomas, deveria retornar à clínica”.
Inicia-se, então, uma situação em que é comum caminhar
para uma área onde ambas as partes acreditam ter razão
e a presença do estresse acaba sendo quase inevitável. No
centro das causas desta questão, frequentemente estão
problemas de comunicação. E se estamos falando de normas de funcionamento da clínica, como, por exemplo, o
tempo para retornos após o pagamento de uma consulta e
a partir de que momento uma nova consulta será cobrada,
então a responsabilidade maior sobre essa comunicação
está na clínica. Assim, precisamos então cuidar de dois
pontos nesta questão.
1.
Como conduzir de imediato a situação com
aquele cliente: uma pessoa nervosa costuma ser
mais difícil de aceitar argumentos alheios. Assim, um
primeiro ponto é tentar acalmar este cliente, dizendo
que compreende a questão. É uma forma de demonstrar
respeito pelo que está acontecendo. Tirar frontalmente a razão da pessoa nesse momento não é um bom
caminho. Primeiro, é preciso derrubar ou pelo menos
diminuir as barreiras à compreensão.
A seguir, mesmo demonstrando compreensão pelo ocorrido, é preciso que alguns pontos da clínica sejam colocados. A necessidade de continuidade de um tratamento
não implica em continuidade de atendimento sem que
seja necessária nova remuneração pelo serviço. Na área
da Saúde é comum, dependendo da patologia, um tratamento ou um acompanhamento se estender ao longo do
tempo, mas, a cada período determinado, nova consulta
deverá ser paga.
Durante todo o processo, é importante a atendente se
manter calma, com equilíbrio emocional, e observar as
reações do cliente para saber qual será o seu próximo passo. Essa demonstração de calma deve ser feita
através da expressão facial e corporal, além do uso
adequado da linguagem verbal. O volume e a entonação
da voz, além da escolha adequada das palavras, são
aspectos a serem usados cuidadosamente. É importante
evitar sorrisos nesse momento, mas nem por isso ter
uma expressão muito “fechada”.
Evitar que a culpa recaia sobre o médico ou deixar para ele
resolver a questão dentro da sala de consulta. Isso pode
ser muito constrangedor para o profissional. A equipe deve
estar preparada para resolver estas questões. Caso existam
mais clientes na recepção nesse momento, pode-se encontrar alternativas para que o cliente nervoso seja atendido
em local privativo ou que, no caso de salas de espera
separadas da recepção, os outros ao lado possam ser
encaminhados para essa área de espera e, depois, sejam
chamados para o atendimento.
2.
Como mudar os processos dentro da clínica para
prevenir situações futuras: informar claramente
aos clientes sobre as normas da clínica sobre períodos para
novos pagamentos de consulta. O médico, ao solicitar um
novo comparecimento do cliente, deve evitar a palavra
“retorno”, uma vez que esta palavra já carrega consigo
um forte significado de “não remuneração”. Além disso,
é preciso preparar a equipe para um atendimento de alta
performance com diferentes perfis de cliente.
Ficam aqui, então, essas dicas, que, apesar de sucintas,
trazem muito da essência dessas situações do dia a dia
de quem exerce suas funções nesta área. Mário Quintana
disse: “A arte de viver é simplesmente a arte de conviver...
simplesmente”. Mas como é difícil!
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Gestão da Saúde
21
Medicina & Arte
Dr. Armando J. C. Bezerra • Dr. Simônides Bacelar
Aqui nasceu a
Penicilina
Catedral de São Paulo. Local onde
Fleming está sepultado.
O Hospital de Santa Maria
(Saint Mary’s Hospital) é um
conhecido hospital público de
Londres. Pelo fato de integrar a
Escola de Medicina do Colégio
Imperial de Londres é também
um fértil campo de atuação
para professores, pesquisadores
e acadêmicos de medicina.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
A instituição, considerada um hospital universitário,
orgulha-se de terem nela trabalhado dois ganhadores
do famoso Prêmio Nobel.
22
Fundado no século XIX, tem aproximadamente quinhentos leitos, distribuídos em diversas clínicas, e encontra-se localizado ao lado da movimentada estação
Paddington de trens e metrô.
Foi neste hospital público que a Princesa Diana – a
Lady Di – deu à luz, em 1982, ao Príncipe William, o
futuro Rei da Inglaterra. William, Duque de Cambridge, é o filho mais velho do Príncipe Charles, sendo,
portanto, neto da Rainha Elizabeth II.
Possivelmente em razão do atendimento recebido,
Lady Di internou-se novamente no Hospital de Santa
Maria, em 1984, para nele ver nascer seu segundo
filho, Harry, o Príncipe de Gales.
O futuro rei William e sua jovem esposa Catherine (Kate) Middleton, a Duquesa de Cambridge, procuraram
em 2013 o Hospital de Santa Maria para o nascimento do seu primogênito, George. O Príncipe George é
o terceiro na linha de sucessão ao trono da Inglaterra.
Fachada do Hospital de Santa Maria. A janela de canto, no segundo andar, corresponde ao laboratório de Fleming.
Caso já não bastasse a este hospital público acolher para tratamento médico membros da família real britânica, o Hospital
de Santa Maria foi local de um dos mais importantes momentos da História da Medicina – a descoberta da Penicilina.
O escocês Alexander Fleming (1881-1955) trabalhava como
microbiologista no Hospital de Santa Maria. Em seu laboratório semeou várias placas de Petri com Staphylococcus aureus
antes de se ausentar de Londres para uma curta viagem.
Placa indicativa do local da descoberta da penicilina.
Fachada do Hospital de Santa Maria, na rua Praed.
Ao retornar ao trabalho percebeu que as culturas de estafilococos estavam contaminadas com um fungo do gênero Penicillium. Observou então que as bactérias que
tinham entrado em contato com o fungo haviam morrido. O Penicillium desestruturara a síntese da membrana
celular da bactéria, permitindo uma exagerada entrada
de líquido no citoplasma do estafilococo com sua consequente destruição.
Dentre os pesquisadores que tomaram conhecimento da
descoberta de Fleming dois se destacaram. Foram eles o
bioquímico Ernst Boris Chain, nascido em Berlim em 1906,
e o bacteriologista Howard Walter Florey, nascido em Adelaide (Austrália) em 1898.
Chain e Florey perceberam a importância médica da penicilina, cujo nome é uma interessante homenagem ao
Penicillium, o fungo salvador de muitas vidas a partir da
II Grande Guerra.
Chain e Florey, por volta de 1940, desenvolveram um método de purificação da Penicilina, o que permitiu sua síntese e posterior produção em escala comercial.
O grande teste terapêutico ocorreu em 1941, quando
um homem com septicemia recebeu pela primeira vez na
Dr. Armando J. C. Bezerra
Dr. Simônides Bacelar
história da medicina a Penicilina purificada. Ele melhorou
muito, mas faleceu assim que a pouca Penicilina obtida
artesanalmente por Chain e Florey acabou.
Em 1945, terminou a II Grande Guerra. A Penicilina havia
salvado incontáveis vítimas entre civis e combatentes.
Fleming preferiu não patentear sua descoberta. A Penicilina
era para o bem da humanidade, não para que ele ganhasse dinheiro.
Em 1945 o rei Gustavo V, da Suécia declarou Fleming, Chain
e Florey, ganhadores do Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina pela descoberta da Penicilina e dos seus efeitos curativos.
Vítimado por um ataque cardíaco, Fleming faleceu aos 73
anos de idade, em Londres, cidade esta que também o acolhera como estudante de medicina. Seu corpo encontra-se
sepultado na grandiosa Catedral de São Paulo, em Londres.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Era o ano de 1928. Estava descoberta a Penicilina. Fleming
publicou suas observações no British Journal of Experimental Pathology, em 1929. O mundo científico agora iria saber que o Penicillium notatum produzia uma substância
com efeito bactericida.
23
Ponto
RODRIGO ROLLEMBERG • Senador / José Antonio Reguffe • Deputado federal
Rodrigo Rollemberg
Senador (PSB/DF)
Foto Sheyla Leal
Qual a sua opinião
sobre a Saúde
Pública do DF?
“A Saúde Pública no DF poderia
estar muito melhor. Vou falar
sobre temas técnicos, pois temos estudado o assunto com
muito afinco. Existia a promessa de descentralização da gestão e isto não aconteceu. Um
coordenador geral de saúde é
apenas um despachante de luxo, pois o mesmo não tem autonomia administrativa e financeira, os diretores de hospitais
só resolvem os seus problemas se ficarem de pires na
mão ao ciclo central. Os problemas estruturais da Secretaria de Saúde ainda são muito graves. O número de engenheiros e arquitetos é insuficiente. E falando em RH,
a secretaria passa pela maior crise de todos os tempos.
Não houve planejamento para esse grave problema. Os
avanços foram muito tímidos diante do gigantesco problema que é a Saúde do DF.”
José Antônio Reguffe
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Deputado federal (PDT/DF)
24
“É uma área em que as reclamações são recorrentes. Emergências cheias, tempo de espera
alto, demora para se fazer uma
cirurgia, falta de leitos, falta de
remédios. Como ponto positivo,
vejo o esforço na contratação de
mais profissionais para a área.
Mas, definitivamente é uma
área que precisa melhorar muito. A população não recebe um
serviço de qualidade, mesmo
pagando os impostos abusivos que paga. Aqui na Câmara, tenho dado minha contribuição e feito a minha parte.
Enquanto muitos deputados colocam suas emendas ao
Orçamento para shows e eventos, coloquei, por exemplo,
para a compra de remédios para os hospitais públicos e
para a construção de novos leitos hospitalares.”
& Contraponto
Elias Fernando miziara • Secretário adjunto da Secretaria de Saúde do DF
/ Arlete Sampaio • deputada / maninha • EX-deputada
Rafael Barbosa
Elias Fernando Miziara
“Se comparado ao passado, o
avanço da saúde pública nos últimos dois anos e 10 meses é
imenso. A atenção primária foi
fortalecida, os médicos e demais
profissionais receberam aumento salarial e a rede de urgências
tem sido reestruturada com a implantação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Sabemos
que muito ainda precisa ser feito,
mas é preciso reconhecer que a
realidade atual é bem melhor.”
Secretário adjunto da Secretaria de Saúde do DF
“Mais do que investir na melhora da saúde pública, a gente tem
notado que têm sido feitos investimentos na gestão, e isso é o que
possibilita, cada vez mais, que o
Distrito Federal tenha uma Saúde
de qualidade.”
Foto: Renato Araújo
Secretário de Saúde do DF
Arlete Sampaio
Maninha
Considero que avançamos na recuperação da rede hospitalar, na
inauguração de UPAS, na construção de leitos de UTI. Pecamos
em não debater e implementar
um novo modelo assistencial.
Não investimos o suficiente na
atenção primária, na porta de entrada do Sistema. Daí todo investimento na rede hospitalar parece
insuficiente. Contratamos muita
gente, mas não mudamos o quadro da insuficiência. Quando não garantimos o devido
acompanhamento da hipertensão arterial ou do diabetes
na atenção primária produzimos situações que vão bater
nos prontos-socorros. Foi importante a classificação de
risco, mas fica evidente o congestionamento da porta de
entrada. Creio ser necessária uma guinada para reforçar
as equipes da Saúde da Família e os Centros de Saúde.
Também é preciso reforçar as ações da Vigilância Sanitária
e retomar o papel do Lacen.
Em política de saúde temos que
ter duas diretrizes: a parte financeira e a formulação política. No
DF todos os indicativos demonstram que não há falta de dinheiro
para a Secretaria de Saúde. No
entanto, a formulação da política de saúde sofre necessidade de
correções. Há uma nítida orientação ligada à formulação de uma
política nacional que priorize um
modelo de alta complexidade em
detrimento de uma ampliação da chamada assistência básica. Por mais que se amplie os hospitais e também tecnologia, nós não teremos solução efetiva de atendimento à
população se não promovermos uma atenção básica que
de fato seja a porta de entrada do SUS. Isto quer dizer que
lá na ponta há uma necessidade extrema das equipes de
Saúde da Família, incluindo todas as profissões em número
insuficiente para uma cobertura universal. Corrigida esta
situação, estabelece-se a relação fundamental entre quem
é assistido e quem dá assistência. Com isso nós retiramos
a população da porta dos hospitais.
Deputada (PT/DF)
Ex-Deputada (PSOL)
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Rafael Barbosa • Secretário de Saúde do DF /
25
Histórias da Música Popular
Renato Vivacqua • Historiador da música popular
Dr. Eudes Fernandes de Andrade • Médico Urologista
Vinícius
(Parte III)
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Amigos generosos a quem enviei
minhas crônicas publicadas na
Revista da AMBr escolheram
as “vinicianas” (desculpem o
neologismo) como as que mais
lhes agradaram. Remexi então
prazerosamente meus arquivos
para garimpar novas histórias do
inesquecível bardo.
26
Os gajos entreolharam-se surpresos. Surgiram palmas esparsas que foram aumentando, até se tornarem estrepitosas, acompanhadas de gritos de “bravo”! Terminaram
por retirar os paletós e forrar o chão para que o poeta
caminhasse sobre eles.
Um dos fatos que mais o feriu em sua vida foi a prisão
e morte de seu pianista, Tenório Júnior, pelos esbirros
da ditadura argentina. Estava no país numa temporada
em 1976 com Toquinho quando Tenório, a pretexto de
Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.”
argentinos e brasileiros do SNI, que lá viviam para espionar compatriotas. Recebendo informações do nosso governo de que era inocente sumiram com o corpo. Nunca
foi encontrado.
Vinícius, grande sedutor, adorava as mulheres mesmo
quando era ferino, como numa de suas frases: “O amor
é uma morte total. O homem e a mulher são inimigos
inseparáveis”. (Nelson Rodrigues assinaria embaixo). Dizia
eleger as mulheres pelos olhos “Há um olhar que é definitivo. Aí ela aceita você e vice-versa.” Suas separações só
eram traumáticas para as mulheres. Para ele era normal
sair apenas com a maleta de roupas e a escova de dentes,
deixando o resto para trás.
Numa dessas fugas, conta, divertido, que foi parar numa
quitinete que nem geladeira tinha e em pleno verão do
Rio usava de um artifício insólito para matar a sede com
água fresca: chupava uma pastilha Valda e depois bebia.
Garante que refrescava bem.
Outra curiosidade: seu pai foi amigo de Bilac que o estimulou a publicar suas poesias.
Fala sobre religião: “Foi através de meus tios e avós paternos que me interessei pelos casos transcendentais, pelos
mistérios parapsicológicos, com muitas histórias de alma
do outro mundo”. Essa experiência infantil talvez explique
o encontro que teve com Bach já contado em outra crônica. Às vezes era contundente: “Deus me livre em acreditar
em Deus! O sobrenatural em mim ao mesmo tempo em
que me fascina me apavora”.
ir comprar remédio, deixou o hotel (na realidade procurava por drogas). No dia seguinte, assustado com o
desaparecimento, Vinícius recorreu a nossa Embaixada
chefiada por ex-genro seu. Este até tentou ajudar, mas
militares linha-dura infiltrados no serviço diplomático
boicotaram seu pedido de habeas-corpus. O escritor
Alex Solnik, exilado na Argentina sugeriu consultar uma
conceituada vidente e ela foi taxativa: “Ele está morto.
Foi arrebentado pela polícia, foi espancado até morrer.”
Vinícius caiu em pranto.
Voltando à música, Vinícius, apesar de estar sempre estimulando os amigos a participar dos festivais, só ganhou
um em 1965 com “Arrastão”, parceria com o iniciante Edu Lobo, magnificamente interpretada por Elis Regina. No III Festival Internacional da Canção realizado
em 1968 houve um dos maiores embates na história da
MPB: “Sabiá”, de Tom e Chico, versus “Caminhando”,
de Vandré, que siderou a plateia. “Sabiá” venceu sob
estrondosa vaia do público, simpático à composição de
Vandré. Vinícius não fez parte do júri, mas concorreu
nos bastidores para a vitória, fazendo lobby. E por qual
razão fez isso? Arguto, com sabedoria, percebeu que o
êxito de Vandré poderia ser explosivo, interpretado como
uma provocação ao regime militar e, com isso, piorar as
coisas. Comentou com alguns julgadores que tinha medo
de que “os ânimos políticos estivessem exacerbados e
houvessem votos politizados”.
Muitos anos depois, com o retorno da normalidade democrática no país vizinho, foi confirmado o que dissera a
paranormal. Em 1986 um ex-membro da inteligência da
marinha portenha deu uma entrevista a revista Senhor
onde confirmou que Tenório tinha sido massacrado depois de torturado por nove dias, até morrer, por militares
“Politicamente estamos do lado de Vandré, mas musicalmente temos que estar ao lado de Chico e Tom. E se o
público aqui quer política e não música, o público vai ficar
ainda mais contra a ditadura, se o júri der o prêmio à música”. O que previra aconteceu e “Caminhando virou um
rastilho de pólvora para decretação do AI5.
Poesia “Pátria minha” – Vinícius de Moraes
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Quando o Brasil estava sob as asas negras do AI5 Vinícius
fez um show em Portugal com enorme sucesso, mas, ao
sair do teatro para comemorar foi surpreendido por um
grupo de estudantes salazaristas-fascistas que o vaiaram
estrondosamente. Sem perder a calma, encarou-os passando a recitar sua poesia “Pátria minha”.
27
Festa do Médico
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
A Associação Médica de Brasília
recepcionou 700 convidados no
último dia 18 de outubro para
comemorar o Dia do Médico
28
A festa estava impecável com o luxo e o bom gosto da decoração assinada por Virgínia D’arc e o requinte do Buffet
La Fiesta. O quarteto de Jazz Sidney Sheikor recepcionou os
convidados, que depois foram surpreendidos na pista de
dança pela Escola de Samba Brasil Show. A atração musical
ficou por conta da banda Squema Seis, que manteve a pista
animada por toda a noite festiva. O evento, preparado em
homenagem à classe médica de Brasília, marcou também
a inauguração do novo espaço de eventos da Associação.
O presidente da AMBr, o urologista Luciano Carvalho, com sua esposa Patrícia
O cirurgião Carlos Sabino com sua esposa Cynthia
Os pneumologistas Paulo Feitosa e Raquel Feitosa
Os ginecologistas Adriana Garrido
e Evaldo Trajano
A Dermatologista Janaína Amorim
O governador Agnelo Queiroz com sua esposa Ilza Queiroz e
o Dr. Luciano Carvalho, com sua esposa Patrícia
Dra. Daniela Melo e sua amiga Lilian Almeida
A Neurofisiologista Ranna Sala e seu esposo Carlos Santa Rita
O cirurgião José Leal com
sua esposa Ana Rita
A radiologista Janice Lamas e
o seu marido Ruy Lamas
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
O cirurgião Adalberto Amorim
e sua esposa Diomar
29
Vitrine
Pré-Reveillon
na AMBr
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Começou a contagem regressiva para as festas do fim de
ano. No dia 08 de novembro a AMBr recebeu a Banda
BICHO SOLTO, do Rio de Janeiro, e os DJs. Manza (SP) e
Sérgio Blake (BSB), que animaram a noite de médicos associados e convidados no Pré-Reveillon da Associação. As
fotos do evento você encontra no site: www.ambr.org.br
31
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Espiritualidade
e Saúde do Coração
32
A depressão se
transformará no
maior gatilho para a
morte e incapacitação
nos próximos anos,
associando-se a infarto e
acidente vascular cerebral.
O alerta da Organização
Mundial da Saúde (OMS)
levou os organizadores do
68º Congresso Brasileiro
de Cardiologia a incluir
o tema ‘Espiritualidade e
Medicina Cardiovascular’
entre os assuntos a serem
analisados e debatidos.
Dr. Renault Ribeiro Júnior
Cardiologista e ex-presidente da
Sociedade Brasileira de Cardiologia – DF
As evidências científicas de que pessoas
espiritualizadas controlam melhor
sua pressão arterial, têm menores
riscos cardíacos que levam a infartos e
derrames e têm melhor qualidade de
vida são abundantes.”
O evento, maior foro científico da especialidade, foi realizado em outubro, no Riocentro. “Nos Estados Unidos
80% das faculdades de Medicina incluem a cadeira opcional ‘Espiritualidade e Saúde’ formalmente no currículo, contra apenas três no Brasil”, explica o cardiologista
Álvaro Avezum, que preside o GEMCA – Grupo de Estudos em Espiritualidade e Medicina Cardiovascular da
SBC. O grupo da Sociedade Brasileira de Cardiologia se
propõe a conduzir pesquisas epidemiológicas e clínicas
para avaliar cientificamente a relação entre espiritualidade e doença cardiovascular.
Para o cardiologista Dr. Renault Ribeiro Júnior, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia do DF, a espiritualidade deve, desde cedo, ser inserida na vida das pessoas.
“As evidências científicas de que pessoas espiritualizadas
controlam melhor sua pressão arterial, têm menores riscos
cardíacos que levam a infartos e derrames e têm melhor
qualidade de vida são abundantes”, afirma.
Para o especialista, a espiritualidade é uma postura perante a vida e não uma religião. Desta forma, sentimentos de paz, tolerância, tranquilidade, perdão e resignação
caracterizam uma personalidade espiritual, influenciando
na saúde do coração. “Tanto que o grupo é integrado por
agnósticos, judeus, católicos, muçulmanos, espíritas e até
mesmo ateus”, conta.
Dr. Renault, que participou de uma mesa redonda sobre o
tema no 68º Congresso no Rio, diz que a ciência evoluiu até
certo ponto e estagnou, e não está encontrando respostas
para a melhora ou a piora de determinados pacientes.
“Essa mesa redonda foi feita por um grupo de médicos da
sociedade de cardiologia que começou a se interessar pelo
tema e aprofundar o debate para, quem sabe, no futuro,
conseguir provar cientificamente o que os estudos psicossomáticos já comprovam”, comenta.
Pesquisa começará com
os próprios cardiologistas
O grupo, atualmente, desenvolve uma pesquisa com 14 mil
médicos associados à Sociedade Brasileira de Cardiologia,
na qual os profissionais são questionados se têm religião,
se frequentam igrejas ou cultos, com que frequência lê
trabalhos sobre o tema e se têm o hábito de rezar ou não.
Avezum anunciou durante a mesa-redonda que começará
a pesquisa com os próprios cardiologistas. No início do ano
os especialistas do Brasil inteiro receberão uma enquete
para avaliar a relação entre espiritualidade e saúde e, principalmente, com que frequência seus clientes cardiopatas
fazem perguntas relacionados ao tema e se pode ou não
ajudar na melhoria dos sintomas, com impacto de redução
de eventos cardiovasculares.
“Na minha vida a espiritualidade se manifesta na forma
de enfrentamento das adversidades. A espiritualidade,
agregada à vida de qualquer indivíduo, ajuda a suportar
alguns problemas. A gente não pode falar que a fé cura.
Ela auxilia e é importante no processo de enfrentamento
dos problemas”, afirma Dr. Renault.
Depressão e estresse assumirão
liderança entre as causas de óbito
Avezum afirma que, nas últimas décadas, o perfil
da mortalidade mudou no mundo inteiro.
“Nos anos recentes a Medicina tem conseguido
importantes vitórias graças à prevenção, principalmente. Vencidas as doenças infecciosas, que
causavam grande mortalidade principalmente na
infância, fatores de risco como obesidade, diabetes, colesterol alto e hipertensão fizeram com que
a doença isquêmica do coração e os AVC (derrames) assumissem a liderança como causas de
morte”, explica.
“A Organização Mundial da Saúde alerta, porém,
que a partir de 2030 a depressão e o estresse,
associados com alguma comorbidade ou como
fator preditor, devem assumir a dianteira como
principais causas de óbito”, completa ele. E é
nesse contexto, diz o médico, que a espiritualidade, os sentimentos associados à solidariedade, uma melhor qualidade de vida, decorrente da
maior tranquilidade e do combate à ansiedade
são importantes.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Com informações: Extra e DOC
33
Jovem Médico
AMBr apoia
o I Congresso
Médico Universitário
de Brasília
As palestras ocorreram em quatro
auditórios, simultaneamente,
em espaços oferecidos pela
Associação Médica de Brasília
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
A Associação Médica de Brasília (AMBr) sediou, nos dias
21, 22 e 23 de novembro, o I Congresso Médico Universitário de Brasília, maior evento acadêmico dirigido à comunidade médica universitária do Distrito Federal.
34
Durante os três dias de realização, os estudantes de medicina da capital federal puderam conhecer a fundo as mais
diversas áreas de atuação médica, abordadas em cerca de
50 palestras temáticas. O congresso foi uma iniciativa do
Centro Acadêmico de Medicina da Universidade de Brasília.
Profissionais renomados ofereceram aos
congressistas informações sobre os campos
de atuação das principais especialidades médicas, as perspectivas
profissionais, os cenários e oportunidades
de formação no país e
no exterior. O presidente da AMBr, Dr. Luciano Carvalho
destacou, na abertura do congresso, a importância de
se apoiar iniciativas como essa: “Temos de estar atentos
às demandas da base. Precisamos ser receptivos e apoiar
os movimentos dos jovens estudantes, futuros médicos e
especialistas. Iniciativas assim já deveriam existir há muito
tempo”, observa.
O Secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa,
também prestigiou o evento e considerou ser este um
momento oportuno para se discutir Saúde. “Parabéns
pela ideia do diretório e dos estudantes de medicina. Estamos em um período importante para falar sobre esse
assunto”, afirma.
Dr. Luciano Carvalho aproveitou a ocasião para convidar
os acadêmicos a conhecer os trabalhos realizados pela
Associação. Ele também colocou o espaço à disposição
para futuros eventos. Para o presidente da AMBr, é fundamental a participação efetiva dos acadêmicos na Associação Médica, lembrando que estes podem se tornar
associados mesmo antes de iniciar o exercício da profissão. “Essa casa é também de vocês. Sejam sempre muito
bem-vindos”, finalizou.
NOVEMBRO AZUL
Pesquisa feita pela Sociedade
Brasileira de Urologia (SBU) com
cinco mil homens revela que
44% dos entrevistados nunca foram
a uma consulta com um urologista
nem fazem exames preventivos.
O levantamento foi feito em seis capitais brasileiras: Rio de
Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Recife, Belo Horizonte e
Brasília. A pesquisa mostra que 47% dos homens ouvidos
nunca fizeram exames para detectar o câncer de próstata. Apenas 23% fazem o exame anualmente.
A Associação Médica de Brasília (AMBr) apoiou e participou
da campanha mundial Novembro Azul, um alerta para a
prevenção do câncer de próstata. Semelhante à campanha
do Outubro Rosa, dirigida às mulheres, o Novembro Azul
tem como foco a população masculina e incentiva a prevenção, destacando a importância do diagnóstico precoce.
Para divulgar a campanha a AMBr realizou em novembro
diversas ações de conscientização e informação em parceria
com a Sociedade Brasileira de Urologia do DF. O presidente
da Associação, Dr. Luciano Carvalho, que é também urologista, ressalta a importância das campanhas, mas alerta que
é preciso também dar materialidade e garantir a aplicabilidade do projeto. “É necessário que os programas tenham
início, meio e fim para se alcançar efetividade”, observou.
Luciano Carvalho lembra, ainda, que problemas com a saúde do homem estão muito além dos urológicos. “Temos
as doenças cardíacas, as degenerativas, o diabetes, entre
muitos outros problemas que afetam grande parte da população masculina e precisam de atenção, prevenção e diagnóstico precoce”, destaca.
Para o presidente da SBU-DF, Dr. Diogo Mendes, a campanha busca conscientizar a população sobre a importância
de cuidar da saúde masculina desde a infância até a velhice. “Esta deve ser uma ação continuada da sociedade
incentivando a população a cuidar da saúde durante toda
a vida. A prevenção é fundamental”, diz.
A SBU defende a ampliação dos centros de Saúde do Homem
com atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), visando
aumentar o acesso da parcela masculina da população aos
exames para diagnóstico de câncer de próstata.
Presidente da AMBr destaca
no Senado importância da prevenção
ao câncer de próstata
O Dr. Luciano Carvalho participou no dia 04 de novembro
da sessão solene do Congresso
Nacional em homenagem ao
Movimento Novembro Azul,
quando destacou a importância
de os homens deixarem o preconceito de lado e se submeterem aos exames preventivos do câncer de próstata.
A senadora Ana Amélia (PP-RS), requerente da sessão
de homenagem, alertou que o câncer de próstata é a
segunda causa de morte entre os homens no Brasil,
ficando atrás somente das doenças cardíacas. A senadora citou dados da Sociedade Brasileira de Urologia
(SBU) que revelam que entre os anos de 1979 e 1999
houve um aumento de 139% na taxa de mortalidade
por esse tipo de câncer.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
A saúde do homem
está em alta
35
Agende-se
Pós-graduação Lato Sensu
2014-2015
Local:
Inscrições:
Período:
Informações:
Universidade de Marília (Unimar)/Instituto
de Tecnologia e Desenvolvimento Econômico
e Social de Londrina – PR (Itedes)
abertas para os seguintes cursos Lato Sensu:
Geriatria
• 18 meses (580hs)
Medicina do Trabalho
• 24 meses (1920hs)
Medicina Legal e Perícias Médicas
• 24 meses (1960hs)
Aulas às sextas e sábados
(14) 2105-4100 ou (43) 9630-6683
www.unimar.br/pos ou
pelo email [email protected]
Março
Simpósio de Endoscopia Digestiva
VIII Simpósio Internacional de
Endoscopia Digestiva
Realização: Sociedade Brasileira
de Endoscopia Digestiva
Temas gerais: Esôfago de Barret,
Gastrites, Doença Celíaca, Pancreatite
Crônica, Doença de Crohn, entre outros
Data:
Local:
Informações:
Fevereiro
IV Congresso Luso Brasileiro de
Medicina Intensiva - Edição Brasil
36
Informações:
Data:
Local:
06 a 08 de fevereiro 2014
Centro de Congressos
do Porto Palácio Hotel
www.spavc.org
27 a 29 de Março de 2014
Natal/RN
Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização
em Saúde
Data:
Local:
Informações:
Canstock
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
8º Congresso
Português do AVC
Data:
Local:
21 a 22 de março de 2014
Serrano Resort Convenções & Spa
Avenida das Hortênsias, 1480, Gramado/RS
www.simposiosobed2014.com.br
31 de março e 1º Abril de 2014
São Paulo/SP
www.congressohumaniza.com.br
Maio
Congresso Brasileiro de Medicina
Intensiva Pediátrica
Data:
Local:
21 a 25 de Maio de 2014
Florianópolis/SC
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Perfil
Dr. ALVIMAR GUERRA
38
O piauiense Alvimar Guerra,
nascido no município de
Curimatá em 20 de junho
de 1941, seguiu os passos
do irmão mais velho e foi
cursar medicina na Faculdade
de Ciências Médicas da
Universidade de Pernambuco.
A Residência Médica foi no Rio
de Janeiro, no Hospital dos
Servidores do Estado, de onde
saiu em 1967 para Teresina,
cidade a qual dedicou seus
primeiros anos como médico.
“Retornei a Brasília e fiquei lotado no Hospital de Sobradinho, que tinha um convênio com a UnB. Na época fiz
também concursos para o Hospital das Forças Armadas e
para a Fundação Hospitalar”, conta o médico.
No Hospital das Forças Armadas realizou-se como instrutor
dos residentes em clínica médica em 1973, e depois no
Hospital de Base, onde foi chefe da clínica médica por 17
anos. Neste último criou o serviço de doenças parasitárias
e infecciosas. Ele conta, com orgulho, que ajudou na formação de mais de 970 médicos residentes.
“Estar com o aluno, à beira do leito, examinando, diagnosticando e tratando é o que mais me dá prazer. Ensinar na
prática aquilo que aprendi. O Brasil tem poucos clínicos e
tenho orgulho de ter tido uma boa formação, o que me
possibilitou preparar novos médicos”.
Dr. Guerra faz questão de ressaltar a importância da relação médico-paciente, conquistada com diálogo e paciência. “Sempre defendi que o médico deve ter tempo
para ouvir o paciente. Hoje, além de mal preparados,
Estar com o aluno, à beira do leito,
examinando, diagnosticando e tratando
é o que mais me dá prazer. Ensinar na
prática aquilo que aprendi.”
os médicos estão sem tempo para atender os seus pacientes”, lamenta.
“Raciocínio clínico, bom exame físico, anamnese, impressão diagnóstica. O paciente precisa passar por todas
essas etapas antes de o médico solicitar qualquer exame
adicional”, completa.
Após 45 anos de exercício da medicina aposentou-se
em 2002. Vislumbra agora um novo ciclo de vida com
o recente casamento com a pedagoga Marieci Mascarenhas de Macedo. Pai de três filhos e avô de quatro netos
orgulha-se da sua trajetória dedicada à medicina e faz
muitos planos para o futuro.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Em 1970 Dr. Alvimar Guerra recebeu o convite da UnB para
dirigir o campus avançado do Projeto Rondon em Barra do
Garças, e por lá ficou até 1972. Ao retornar à capital do
Brasil foi clinicar no Hospital de Sobradinho.
39
Faz 25 anos de alta tecnologia
e excelência em atendimento
*CZT Detector Discovery GE, Arquitetada para menor índice de claustrofobia.
O IMEB conta com uma equipe excelente em
atendimento e com os mais modernos
equipamentos do mercado atual.
J
G
R
AC
O
EN
Somos internacionalmente cer��cados com o selo
ISO 9001:2008 e nacionalmente acreditados nível 2 pela
ITADO PL
ONA.
ED
*Discovery_NM750b dedicado a estudo de mama e pescoço.
Dr. Alaor Barra Sobrinho Diretor Tecnico Médico
CRM/DF 3029
Equipamentos dedicados a estudos cardíacos e mamários
Radiofarmácia e Enfermagem voltados para o diagnós�co
de imagens
Ressonância Magné�ca de alto campo com maior abertura
do Gantry possibilitando maior conforto e menos claustrofobia
PET/CT
clinicaimeb
Asa Norte
SMHN Quadra 02 Conjunto C Sobreloja 18 - Próximo ao Hospital HRAN
Brasília - DF CEP: 70710-100 / (61) 3326-0033
Asa Sul
imebrasilia
SHLS 716 conj. L, Centro Clínico Sul Torre I salas T121/124
Brasília- DF CEP: 70390-700 / (61) 3245-2102
entrevista José Garrofe Dórea
O Conselho Administrativo do
Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente (PNUMA) debate
há alguns anos a necessidade de
uma ação global para proteger a
saúde humana e o meio ambiente
da exposição ao mercúrio.
O Conselho reconhece que os esforços atuais para reduzir
os riscos do mercúrio não têm sido suficientes para enfrentar os desafios globais trazidos pela substância, e conclui
que é necessária uma ação internacional de longa duração.
O mercúrio pode viajar longas distâncias pelas correntes aéreas e aquáticas e nos corpos de espécies migratórias. Ele pode causar danos à saúde humana e ao meio ambiente em locais muito distantes daqueles onde foi originalmente liberado.
Amplamente discutido em muitos países, os perigos provenientes da utilização da substância foi tema da palestra Mercúrio Zero, promovida pela Associação Médica de
Brasília, no dia 09 de dezembro. O evento contou com
a palestra do Dr. José Garrofe Dórea, um dos principais
mentores do Programa de Pós-graduação em Ciências da
Saúde da Universidade de Brasília.
Dr. Dórea destaca a relevância do tema para os profissionais da saúde, em especial para os pediatras e neonatologistas: “nosso país está em descompasso com os outros.
Precisamos discutir sobre isso, principalmente no que diz
respeito às vacinas infantis. Lá fora ninguém mais usa vacina com mercúrio”, observa.
O médico lembra ainda do Tratado de Minamata, assinado
junto às Nações Unidas, o qual prevê que dentro das próximas décadas haverá um controle de redução do mercúrio
em escala global. “O Brasil precisa estar preparado e informado para aderir”. E completa: “mas infelizmente nosso
país ainda não está muito preocupado com essa situação.
Precisamos incentivar e promover discussões”.
Dr. José Garrofe Dórea, é graduado pela
U. F. Rural de PE (1968), com MSc (1971)
e PhD (1975) concentrado em Nutritional
Biochemistry pela Univ. of Massachusetts
(USA). Prof. Titular da UnB com atividade
docente na Univ. of Hawaii (USA - 1988) e
UNICAMP (1989). Trabalha com Nutrição
(Metabolismo Mineral - Zn, Ca, P, Cu, Se, Fe, I) e Ecotoxicologia
(metais tóxicos - Hg, Pb, Sb; organoclorados - DDT, DDE; e
interferentes endócrinos) atuando principalmente nos seguintes
temas: leite humano, biomarcadores, poluentes endócrino-ativos,
toxicologia do mercúrio, saúde de populações (urbanas e ribeirinhos
da Amazonia). Um dos principais mentores do Programa de Pósgraduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília.
O que é a Campanha Mercúrio Zero?
Iniciativa atrelada aos propósitos da Convenção de Minamata (Minamata Convention) assinada este ano por
mais de uma centena de nações membros da ONU,
com o objetivo de diminuir o uso da substância e a poluição causada pelo mercúrio, que começa a prejudicar
o desenvolvimento infantil em escala global.
Quais os riscos do Mercúrio às pessoas
e ao meio ambiente?
O principal e mais notável (tanto clínico como ambiental) é o comprometimento do sistema nervoso. A doença de Minamata e o envenenamento em
massa acontecido no Iraque são exemplos do desastre ambiental com consequências clínico-patológicas, inclusive óbitos.
Por que as vacinas no Brasil ainda
contêm mercúrio?
Porque, como sociedade, adotamos práticas irresponsáveis ou inconsequentes. Somos um país rico, cuja riqueza
não alcança a sociedade. Assim, as pessoas que pagam
por imunizações infantis nas clínicas privadas recebem
vacinas em doses únicas que não contêm timerosal (mercúrio) enquanto que o resto da população recebe o produto "barato" (doses múltiplas) nos postos de saúde do
governo, contendo timerosal.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Campanha
Mercúrio Zero
41
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Camarão ao molho
de gorgonzola
42
O cirurgião Carlos Sabino, alagoano nascido em Maceió, é
um grande apreciador da gastronomia. O médico mantém
em sua residência uma rica adega com vinhos trazidos de
viagens. Nos passeios para a terra natal carrega, em sua
mala especial, os vinhos preferidos para brindar com a família e amigos.
Pai de três filhos e avô de cinco netos mantém com a esposa, Cynthia, a tradição familiar de fazer semanalmente
um jantar onde experimentam novos pratos.
“Depois que meus filhos se casaram eu comecei a fazer um
jantar uma vez por semana para minha esposa, mas os
filhos descobriram e começaram a participar. Hoje o
jantar é familiar e nos divertimos experimentando
novos pratos e vinhos”, conta com orgulho.
O prato que Dr. Sabino ensina aos leitores
da revista Médico em Dia é um dos preferidos da família. “O segredo é utilizar os ingredientes frescos e selecionados. Temos que ter
atenção também para o ponto do camarão”,
alerta o médico.
3
1
5
4
2
CAMARÃO AO MOLHO DE GORGONZOLA
Receita para 05 pessoas
MODO DE PREPARAR
1 Tempere os camarões com o suco de limão, sal, alho e
pimenta do reino.
2 Derreta parte da manteiga em uma frigideira e acrescente
um fio de azeite.
3 Grelhe os camarões aos poucos.
4 Em outra panela derreta o queijo gorgonzola, adicione uma
colher de manteiga, misture bem e adicione o creme de
leite. Quando ferver desligue o molho e verifique o sal.
5 Sirva os camarões com o molho de gorgonzola por cima.
Sugestão de acompanhamento: Arroz com passas.
O segredo é utilizar os ingredientes frescos
e selecionados. Temos que ter atenção
também para o ponto do camarão”.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
INGREDIENTES
•20 camarões GG de águas profundas
•Suco de 02 limões
•350g de queijo gorgonzola
•100g de manteiga
•01 lata de creme de leite leve
• Sal mediterrâneo
•Pimenta do Reino
•Alho amassado
•Azeite
43
Destinos
PORTUGAL
PORTUGAL
ÉVORA
Portugal é um dos países europeus
Évora tem fundação pré-romana mas foi durante o domínio
romano que as suas terras se tornaram importantes. Depois
que os árabes foram expulsos dali, no século 12, a monarquia portuguesa assumiu o poder e fez Évora florescer como
importante centro de estudos e artes nos séculos 15 e 16.
mais avançados, fica entre a
Península Ibérica e o Atlântico
Norte. Por sua proximidade
com a costa desenvolveu uma
vocação marítima que permitiu
a exploração e a descoberta de
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
novos destinos.
46
Anualmente o país recebe cerca de 13 milhões de
visitantes, que são atraídos pelas diversas opções de
turismo. A UNESCO registrou 16 patrimônios culturais, entre sítios arqueológicos, paisagens naturais e
centros históricos como o Centro Cultural de Porto,
segunda maior cidade do país, que reúne a riqueza
dos edifícios, das igrejas barrocas e das características
arquitetônicas neoclássicas.
A cidade de Algarve é conhecida por seus excelentes
campos de golfe, atraindo turistas e recebendo prêmios que exaltam as ótimas instalações para a prática do esporte. Na zona de Portimão foi inaugurado o
primeiro campo, o Le Meridien Penina Golf & Resort,
considerado, por várias vezes, o melhor da Europa.
A gastronomia portuguesa é fortemente influenciada pelo mar, onde os peixes e mariscos compõem
as principais receitas, sendo o bacalhau a mais famosa. Os pratos são regados pelo famoso azeite e
acompanhados pelos vinhos marcantes. Outra delícia
que vale à pena conferir é a variedade de queijos da
cidade de Alentejo.
Por Mônica Nóbrega
A maior parte das atrações concentra-se dentro das muralhas medievais da Cidade Velha, como a catedral gótica e a Igreja dos Lóios, dedicada a João Evangelista. O
labirinto de ruelas pode ser visitado a pé, e guarda vias
de nomes pitorescos, como a Travessa do Pão Bolorento
e a Rua do Imaginário. Cidade histórica no coração do
Alentejo, é herdeira de um rico e variado patrimônio
cultural, construído e preservado ao longo do tempo,
metrópole eclesiástica e residência temporária da Corte,
é cercada por uma bela e imponente muralha de pedra
palco de fatos históricos, como o encontro de Pedro e
Inês, romance famoso e trágico, cantado e escrito até
os dias de hoje.
Évora é um dos lugares mais bonitos e envolventes de
Portugal, talvez da Europa. Cada monumento nos leva
a uma época da história, fascinando o turista e despertando nele um desejo grande de percorrer mais ainda
o túnel do tempo. Na Praça do Giraldo, os prédios e
arcadas nos trazem os primeiros 450 anos do domínio
mouro; no centro da cidade, o Templo de Diana é o
próprio cenário romano. Observe bem o Aqueduto Água
de Prata, um dos monumentos mais emblemáticos de
Évora. Trata-se de uma obra-prima de engenharia que
remonta ao século XVI e é um dos maiores aquedutos de
Portugal. Trazia água a 18 km de distância, até ao centro
da cidade. E, ainda, visite a A Universidade de Évora,
belíssima, que foi a segunda universidade a ser fundada
em Portugal, depois da fundação da Universidade de
Coimbra, em 1537.
Mas há um templo que impacta, fascina e assusta: A Capela dos Ossos, erguida com os esqueletos de 5 mil monges
que viveram ali no século 17. À entrada, os dizeres: “Nós,
ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”! Arrepio.
GASTRONOMIA
Muitos são os bons restaurantes de Évora, mas vou me
ater a um, em especial. Seguramente um dos melhores
restaurantes de Portugal, visita obrigatória de Chefes de Estado, artistas, turistas de bom gosto. Refiro-me ao Fialho,
fundado em 1948 por Manuel Fialho, ajudado por seus
filhos Amor, Gabriel e Manuel. Gabriel, até esse ano esteve
à frente da cozinha, deixando-a para descansar em outra
dimensão. Saudade.
Especialidade: a excelente culinária, inesquecível. Não deixe
de experimentar de entrada os aspargos bravos com ovos.
Como pratos principais, a escolha é difícil: Cação de coentrada; Borrego assado no forno; Lombinhos de javali com purê
de maçã; Lombo de porco com ameijoas; Perdiz à Convento
Cartuxa; Arroz de pombo e Bochecha de porco preto.
Endereço: Travessa dos Mascarenhas, 16 – Évora
Fone: 00 (operadora) 351 266 703 079
NÃO DEIXE DE VISITAR PRÓXIMO A ÉVORA
Castelo de Estremoz – Estremoz
No alto da colina, em Estremoz, você vai encontrar o castelo medieval, que exibe uma combinação de estilos Gótico,
Moderno e Neoclássico. Foi construído para defender esta
zona do Alentejo e também é conhecido por ser o local
onde a Rainha Santa Isabel faleceu em 1336.
Óbidos
COMO CHEGAR EM ÉVORA
Guiando, a partir de Lisboa,
o percurso até Évora leva
pouco mais de uma hora.
São 135 quilômetros seguindo as autoestradas A-2
e A-6. Se vier de Porto (370
quilômetros), siga pela A-1
e, em Santarém, pegue o IC-10; depois, perto de Almeirim,
saia para a A-13. Em seguida, no nó da Marateca, vire para a
A-6 e continue até Évora. Também há ônibus (www.rede-expressos.pt) e trens (www.cp.pt) que partem da estação Santa
Apolónia, na capital. De ônibus, a viagem dura três horas
(desde € 11). De trem, a passagem custa a partir de € 25.
SERVIÇOS
DDI: 351
Moeda: Euro
Idioma: Língua Portuguesa
Site da Embaixada:
www.embaixadadeportugal.org.br
REFERÊNCIAS
•http://g.turismodeportugal.pt/
•http://www.visitportugal.com/pt-pt
•http://www.proveportugal.pt/
•http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
História e lugar, lindos. A 80 Km de Lisboa, a vila tem sua
história ligada à nobreza, pois no século XIII o rei Dinis casou-se com Isabel de Aragão e deu a ela, como dote, nada
mais nada menos que Óbidos!!! Em todos os cantos, flores.
47
CRÂNIO
IMAGENS EM 3D E ESTUDO
COM AUXÍLIO DO SOFTWARE SWI
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
REALIZAMOS TODOS OS EXAMES
Unidade Lago Sul | QI 15 Comércio Local
MAMAS e MAMAS COM IMPLANTE
DE SILICONE
IMAGENS EM 3D, DIFUSÃO E ESPECTROSCOPIA.
ESTUDO COM AUXÍLIO DO SOFTWARE BREVIS
PELVE
2º INSTALADO NO BRASIL
PROTOCOLO PARA ENDOMETRIOSE
Mamografia digital
Densitometria óssea
Ecografias em geral
Orientação nutricional
Avaliação da composição corporal
Ressonância magnética
Filial Asa Sul
SHL Sul Q. 716 Bl. F 5º andar
Edifício Oswaldo Cruz
70.390-700 - Brasília-DF
Filial Lago Sul
SHIS QI 15 Comércio Local Bl. F térreo
71.635-575 - Brasília-DF
[email protected]
www.janicelamas.com.br
Central única de atendimento: (61) 3213-5161
Plano de Saúde
PLANO ATUAL
PLANO UNIMED SEGUROS
Plano Especial
Plano Prático
Plano Executivo
Plano Versátil
Resumo de rede credenciada no DF
ck
sto
:
tos
Fo
n
Ca
Asa Sul
Cruzeiro/ Sudoeste
Hospital Santa Lúcia
Hospital CEMEP
Hospital Santa Luzia
Hospital Dr. JK
Hospital do Coração
INCOR – Instituto do Coração
Hospital Alvorada Brasília
Hospital Mat. Brasília
Hospital Home
Hospital Paccini de
Oftalmologia
Ceilândia
HOB – Hospital Oftalmológico
de Brasília
Pronto Socorro das Fraturas
INBOL – Inst. de Saúde de
Olhos Brasiliense
Samambaia
Hospital São Francisco
Hospital Renascer
Benefícios Adicionais (Incluídos no valor do plano)
Benefícios
Hospital Santa Helena
Hospital Prontonorte
Prático
Versátil
Unimed Assis. Internacional
Sim
Sim
SEA – Seguro de Extensão Assistencial
Sim
Sim
-
Sim
Unimed Garantia Funeral (cônjuge e filhos)
Sim
Sim
Atendimento Médico Domiciliar
Sim
Sim
Hospital Alvorada Taguatinga
Orientação médica via telefone
Sim
Sim
ISOB – Instituto
Brasiliense de Olhos
Desconto em Medicamentos
Sim
Sim
Unimed Assistência Residencial
Mansão Vida
Gama
Hospital Mª Auxiliadora
Lago Sul
Planaltina
Hospital Brasília
Hospital Santa Paula
Hospital Daher
Laboratórios
Laboratório Sabin
Taguatinga
Laboratório Exame
Hospital Santa Marta
Laboratório Pasteur
* A Rede Credenciada poderá ser alterada pela Seguradora sem aviso prévio.
Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013
Asa Norte
49
Clube de Afinidades
O Clube de Afinidades da Associação Médica
de Brasília oferece desconto para seus
associados em diversos estabelecimentos
comerciais conveniados. Confira nossos
parceiros e aproveite os descontos exclusivos
para associados da AMBr:
HC PNEUS
(61) 3262-2100
Pneus: desconto de 37%; Peças: desconto de 30%;
Serviços: desconto de 30%. Gratuito: Regulagem de
faróis, rodízio de pneus, consertos de furos de pneu
(sem câmara)
Academia Dom Bosco
(61) 3321-1214
15% no valor da matrícula
10% para atividades aquáticas
Hotel Nacional
(61) 3321-7575
Desconto de 45% na hospedagem
sobre tarifa de balcão
ABS Brasília Sommeliers
(61) 3323-5321
Descontos diferenciados para associados AMBr
Hotel Fazenda Mestre D’Armas
(61) 3248-4000
Desconto de 20% em baixa temporada e
10% em alta temporada.
Adriana Sócrates – Psicóloga
(61) 3443-3522
709/909 Sul, Ed. Biocenter, sala 11
50% de desconto na consulta
ALUB – pré-vestibular, cursinho,
ensino fundamental e médio
(61) 3201-1000
Audrey Brants – Óptica
(61) 3443-9817
Desconto de até 25%.
Revista Médico em Dia • SETEMBRO/OUTUBRO de 2013
BELÍSSIMA BIJOUTERIAS FINAS
CLN 216 Bl. B Loja 08
(61) 3347-6216
Desconto de 10% nas compras à vista.
50
Clínica Odontológica Daniele Castro
(61) 3328-2118
Desconto de até 50%
Clivac – Clínica de Vacinas
(61) 3346-7071
Desconto de até 12%
Colégio Sagrado
Coração de Maria
(61) 3031-5000
Desconto de até 15%
Expressão – Moda Feminina
Brasília Shopping – (61) 3328-1624
Desconto de 30% para associados em qualquer
peça da loja. Nas compras acima de R$ 1.000,00
ganhe uma blusa social.
IBO – Instituto Brasileiro
de Odontologia
(61) 3244-5099
Desconto de 15% em consultas e tratamentos
Imunolife – Clínica de vacinas
(61) 3347-5957
Desconto de 12%
KI GRAÇA – MODA FEMININA
210 Sul
(61) 3443-8898
Desconto de 15% em qualquer peça da loja.
Compras acima de R$ 1.000,00 – brinde da loja
OTICA “EXÓTICA”
(61) 3346-3357
914 Sul
15% de desconto em lentes e óculos
(Podendo ser parcelado em até 5 vezes)
PNEUAC – PIRELLI
(61) 3214-7100
514 Sul
Pneus: 15% de desconto; Peças: 20% de desconto;
Serviços: 10 % de desconto. Parcelamento em até 6 vezes
Restaurante Le Jardin Du Golf
(61) 3321-2040
5% no valor total da conta.
Dr. Anderson Arantes Silvestrini | Diretor Técnico Médico | CRM/DF 12056
Acreditar no melhor para
sua saúde faz toda diferença
para nossa equipe
Desde sua criação o Grupo Acreditar oferece tratamentos
diferenciados para seus pacientes. Por isso, as mudanças e
a evolução nunca param de acontecer. Uma das novidades
é a ampliação de suas unidades em Brasília.
Além disso, a constante especialização da equipe e a
qualidade técnica garantem, aos pacientes e familiares,
segurança, bem-estar e excelência no atendimento
durante o tratamento.
Tais cuidados e preocupações preparam o Grupo Acreditar
para o processo de certificação aplicado pela Joint
Commission International, que garante a qualidade e a
segurança dos serviços.
Venha
para a
Unicred
Mais de 260 mil profissionais da saúde
em todo o país escolheram a Unicred
como sua instituição financeira.
Conte também com os produtos completos de uma instituição
financeira e as vantagens de uma cooperativa que é sua:
Conta Corrente
• Cheque Especial
• Financiamentos e Empréstimos
• Aplicações Financeiras
• Débito Automático
• Assessoria Financeira
•
Cartão de crédito e débito
• Seguros
• Produtos Corporativos
• Internet Banking
• Serviços de Malote
•
Venha para o maior sistema cooperativo de crédito dos profissionais da saúde do mundo.
Faz sentido operar com uma instituição financeira que é sua.
UNICRED CENTRO BRASILEIRA
Uma das 20 maiores cooperativas de crédito do país.
Regulamentada pelo Banco Central e parte de um sistema com mais de 460 agências cooperativas Unicred.
Unidade de Atendimento Asa Sul
SHC/Sul CR, Qd 515, Bl. C, Loja 72/73
Asa Sul. Brasília-DF.
CEP: 70381-502
Tel / Fax: (61) 3245-4411
Unidade de Atendimento Taguatinga
Centro de Excelência Hospital Anchieta:
A-E 8/9/10, Loja 8, Setor C Norte
Taguatinga Norte, Taguatinga-DF.
CEP: 72115-700
Tel / Fax: (61)3562-9472
www.unicredgyn.com.br
Download

Grandes desafios marcaram o ano e fortaleceram a classe