issn 2316-5065 Ano XIII • Nº 152 • novembro/dezembro de 2013 Publicação bimestral da Associação Médica de Brasília – AMBr 2013 w w w. a m b r. o r g . b r Grandes desafios marcaram o ano e fortaleceram a classe médica Deficiência de vitamina D existe? Estudos realizados demonstraram deficiência de vitamina D em 50%-70% de indivíduos em diversos países(1-3). Dados recentes sugeriram relação entre a latitude e os níveis da vitamina, reforçando que a exposição solar pode ser insuficiente mesmo em países tropicais(4). Dados do Censo do IBGE de 2010 revelaram inadequação do consumo diário de fontes de vitamina D em mais de 90% da população brasileira entrevistada. Definição de deficiência de vitamina D Em recente consenso, o IOM definiu deficiência de 25 (OH) vitamina D em níveis inferiores a 20 ng/mL(5). A saúde óssea é estabelecida quando a vitamina D >30 ng/mL em adultos jovens ou com idade >50 anos(6). Estudos associativos sugerem redução no risco de câncer, doenças autoimunes e cardiovascular e diabetes em pacientes com 25 (OH) vitamina D entre 30 e 44 ng/mL(7-8). Fatores de risco para deficiência de vitamina D A exposição solar inadequada relaciona-se a latitude, longitude, altitude, pigmentação da pele e uso do filtro solar. Em Brasília, seria ideal a exposição de 70% do corpo, por 7 minutos, entre 10h e 16h, para garantir a síntese de 1000 Ui de vitamina D diariamente na pele (www.zardoz.nilu.no). A obesidade, outras doenças e a cirurgia bariátrica, também reduzem a absorção de vitamina D. E algumas medicações podem modificar a meia-vida e a depuração da vitamina D, reduzindo os níveis circulantes. Existem artefatos laboratoriais? Um recente protocolo de padronização de métodos laboratoriais para dosagem de vitamina D, coordenado pelo CDC nos Estados Unidos, (www.cdc.gov/labstandards) determinou critérios de calibração, acurácia e imprecisão, adotados pelo Laboratório Sabin para o método de quimioluminescência. Frequência dos níveis de vitamina D de acordo com a idade em ambos os sexos. 50% >81 anos Dra. Lídia Abdalla - Superintendente Técnica do Grupo Sabin; - (Farmacêutica-bioquímica) graduada pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); - Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB); - MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Dom Cabral (FDC); - Auditora interna da qualidade ISO 9001, ISO 14001 e PALC/SBPC. 31% 42% 71-80 anos 37% 31% 2% 2% 21% 2% 51-60 anos 34% 43% 21% 2% 41-50 anos 34% 43% 20% 2% 31-40 anos 32% 21-30 anos 30% 11-20 anos 31% 61-70 anos 46% 17% 19% 43% 42% 0% 10% 25% 45% 15% 0-10 anos 23% 23% 50% 20% 30% 40% 31% 50% 60% 70% 80% <20 ng/ml 21-30 ng/ml 2% 31-50 ng/ml 3% 51-100 ng/ml 1% >100 ng/ml 4% 90% 100% Bibliografia: 1.Freedman DM, Cahoon EK, Rajaraman P, Major JM, Doody MM, Alexander BH, Hoffbeck RW, Kimlin MG, Graubard BI, Linet MS.Sunlight and other determinants of circulating 25-hydroxyvitamin D levels in black and white participants in a nationwide U.S. study. Am J Epidemiol. 2013 Jan 15;177(2):180-92. 2.Greene-Finestone LS, Berger C, de Groh M, Hanley DA, Hidiroglou N, Sarafin K, Poliquin S, Krieger J, Richards JB, Goltzman D; CaMos Research Group.25-Hydroxyvitamin D in Canadian adults: biological, environmental, and behavioral correlates. Osteoporos Int. 2011 May;22(5):1389-99. doi: 10.1007/s00198-010-1362-7. Epub 2010 Aug 21. 3.Guessous I, Dudler V, Glatz N, Theler JM, Zoller O, Paccaud F, Burnier M, Bochud M; Swiss Survey on Salt Group Vitamin D lavels and associated factors: a population based study in Switzerland. Swiss Med Wkly. 2012 Nov 26;142. 4.Arantes HP, Kulak CA, Fernandes CE, Zerbini C, Bandeira F, Barbosa IC, Brenol JC, Russo LA, Borba VC, Chiang AY, Bilezikian JP, Lazaretti-Castro M. Correlation between 25-hydroxyvitamin D levels and latitude in Brazilian postmenopausal women: from the Arzoxifene Generations Trial.Osteoporos Int. 2013 Apr 30. 5. IOM, Diaetary reference Ranges for Calcium and Vitamin D. www.iom.edu, 2010. 6. Bischoff-Ferrari HA, Dietrich T, Orav V et al. positive association between 25 (OH) vitamin D and bone mineral density: a population based study in young and older adults. Am J Med 2004, 116:634-9. 7. Michael YL, Whitlock EP, Lin JS, Fu R et al.Primary care relevant interventions to prevent fallings in older patients. Ann Int Med 2011; 153:815-25. 8. Gorham ED, Garland CF, Garland FC, Grant WB, Mohr SB et al. Optimal vitamin D status for colorectal cancer prevention: a quantitative metanalysis. Am J Prev Med 2007;32:210-16. Os dados e informações apresentados foram fornecidos pela Assessoria Científica e Consultoria Médica do Laboratório Sabin. www.sabinonline.com.br | @labsabin | Laboratório Sabin ISO 9001: 2008 Assessoria Científica: 61 3329 8028 Central de Atendimento: 61 3329 8000 RT: Dra. Sandra Soares Costa, CRF 402 – DF Conclusões A deficiência de vitamina D é um sério problema de saúde pública e deve ser considerada em populações de pacientes de risco, permitindo o diagnóstico e a intervenção precoces. Editorial ISSN 2316-5065 Ano XIII • Nº 152 • novembro/dezembro de 2013 Publicação bimestral da Associação Médica de Brasília – AMBr w w w. a m b r. o r g . b r Caros leitores da revista Médico em Dia, passamos mais um ano juntos, discutindo importantes temas da seara política da Saúde, compartilhando conhecimentos e opiniões sobre questões científicas, qualificação dos estudantes e profissionais da medicina e panoramas das especialidades médicas. Também nos divertimos, trocando dicas culinárias, falando de roteiros imperdíveis de viagem, festas, esporte, música e cultura, além de Responsabilidade Social. Agora chegou a hora de refletirmos sobre as perdas e ganhos do ano que se encerra e, como é natural, planejar esperançosamente o novo ano. Lá vem chegando a Copa do Mundo e também as eleições. Momentos mesclados de paixão e responsabilidade para todos nós. 2013 Grandes desafios marcaram o ano e fortaleceram a classe médica Nesta edição, compartilhe com a gente a matéria especial sobre o balanço do ano na AMBr e a consciente reflexão sobre os resultados e desafios na Palavra do Presidente. Mantendo a tradição da nossa revista, falamos de especialidades médicas, com excelente matéria sobre o Câncer de Mama, em entrevista com o oncologista Dr. João Nunes. Já a presidente do CRM-DF, Dra. Martha Zappalá, nos fala sobre os projetos da nova diretoria e sobre a situação financeira da entidade, que passa por uma auditoria do CFM. Não menos importante, a editoria Ponto e Contraponto traz a opinião de alguns políticos sobre a saúde pública no DF. Em Gestão, Márcia Campiolo, especialista em administração em Recursos Humanos, nos ensina como atender clientes em situações estressantes. Como nem só da saúde física vive nosso complexo ser, não perca a matéria Espiritualidade e Saúde do Coração, uma visão que vem adentrando as portas do mundo científico e acadêmico. Mas, como ninguém é de ferro, vamos relaxar nas editorias: Medicina e Arte, e a história do Saint Mary’s Hospital, em Londres, onde foi feita a descoberta da penicilina; Histórias da Música Popular, com Vinícius parte III; Destinos, mostrando as maravilhas de Portugal e um Gourmet especial, com o Diretor da AMBr e chef familiar, Dr. Sabino. A equipe da revista Médico em Dia deseja a todos os leitores Boas Festas, com muita paz em família. Que entrem o ano de 2014 com o pé direito para que a sorte lhes presenteie com excelentes surpresas. Até ano que vem! Paulo Feitosa, Diretor de Comunicação da AMBr Dr. Luciano Gonçalves de Souza Carvalho Presidente Bento Viana Diretoria Executiva Dr. Evaldo Trajano Filho Vice-Presidente Delegados Diretor responsável Dr. Carlos Jose Sabino Costa Diretor Econômico-Financeiro efetivos Paulo Henrique R. Feitosa Dra. Edna Marcia Xavier EditoraS-chefeS Dr. Paulo Henrique Ramos Feitosa Diretor de Comunicação e Divulgação Dr. Alexandre Morales Castillo Olmedo Cristiane Rodrigues Kozovits Dr. Elias Couto e Almeida Filho Diretor de Planejamento Dr. Luiz Augusto Casulari Roxo da Motta Diretor de Editoração Científica Dra. Ana Patrícia de Paula Diretora Científica e de Ensino Médico Continuado Dr. Fernando Fernandes Correia Diretor Social e de Atividades Culturais Dra. Olimpia Alves Teixeira Lima Diretora de Relações com a Comunidade Conselho Fiscal Titular Dr. Márcio de Castro Morem Dra. Alba Mirindiba Bonfim Palmeira Dr. Ognev Meireles Cosac Dr. Carlos Alberto de Santa Ritta Filho Dr. Eudes Fernandes de Andrade Dr. Sergio Tamura Dr. Aloísio Nalon Queiroz suplentes Dr. Adalberto Amorim de M. Junior Dr. Antonio Geraldo da Silva Dr. Bruno Vilalva Mestrinho Dr. Baelon Pereira Alves Dr. Roberto Cavalcanti Gomes de Barros Dr. Roberto Nicolau Cavalcanti de Souza Dr. Alcides de Oliveira Dourado Filho Conselho Editorial Suplente Dr. Luciano Gonçalves de Souza Carvalho Dra. Elza Dias Tosta da Silva Dr. Evaldo Trajano Filho Dr. Alexandre Barbosa Sotero Caio Dr. Paulo Henrique Ramos Feitosa Dr. Bolivar Leite Coutinho Bento Viana Dr. Jose Nava Rodrigues Neto Dr. Luiz Augusto Casulari Roxo da Motta Marina Gomes Barbosa (RP: 015253/2011 DF) Revisão Cristiane Rodrigues Kozovits ESTAGIÁRIA Nayane Gama Editoração Grifo Design Comercialização [email protected] (61) 9655-9326 (61) 2195-9724 Impressão Ideal Gráfica e Editora Tiragem 5.000 exemplares Médico em Dia é uma publicação da Associação Médica de Brasília – AMBr SCES Trecho 3 Conj. 6 (61) 2195-9797 redação [email protected] www.ambr.org.br Revista cultural de distribuição gratuita. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Canstock Dr. Jorge Gomes de Araujo Diretor Administrativo Sumário 8 Câncer de Mama O oncologista João Nunes fala sobre a doença que é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. 13 CRM-DF A presidente da instituição, Dra. Martha Zappalá, conta sobre os projetos da nova gestão e faz uma análise da atual situação financeira e administrativa da entidade. 22 Medicina e Arte 18 Balanço 2013 Navegue pela retrospectiva do ano que se encerra e conheça as perspectivas para 2014. A história do Saint Mary’s Hospital, conhecido hospital público de Londres onde foi feita a descoberta da penicilina. 24 Ponto e Contraponto Políticos da cidade dão a sua opinião sobre a Saúde Pública no DF. ► Radar 16 ► Gestão da Saúde 21 ► Jovem Médico 34 ► Perfil 38 ► Gourmet 42 ► Destinos 46 Luciano Carvalho • Presidente da AMBr Palavra do Presidente Sérgio Amaral 2013. Um ano difícil, mas de sólidos aprendizados O ano de 2013 chega ao termo, finalizando também o segundo ano de nosso mandato à frente da Associação Médica de Brasília. Para fazer um balanço coerente deste ano que se encerra preciso voltar a 2012, quando, mediante diagnóstico profundo da AMBr, optamos por realizar um trabalho de base, profissionalizando a gestão, modernizando os canais de comunicação, investindo em novos projetos e no fortalecimento das relações institucionais e políticas da entidade. Foram decisões um pouco ingratas, pois seus resultados não são tangíveis em curto prazo, deixando quase invisíveis os esforços empenhados. Mas, olhando agora para 2013, percebo que as escolhas feitas foram acertadas. Quase que intuitivamente, nos preparamos para um cenário político e mudanças que nem sequer imaginávamos que fossem se desenhar quando assumimos a gestão da AMBr. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 A classe médica passou, neste ano, pelos seus maiores desafios das últimas décadas, sendo aviltada em seus direitos com os dez vetos presidenciais na regulamentação da profissão, confrontada e injustamente julgada quando se manifestou contrária às levianas e eleitoreiras medidas do governo ao lançar o programa Mais Médicos. 6 Fomos vitimados pela ganância de empreiteiros da saúde, que destruíram a imagem pública do médico para esconder o mecanismo desumano do capitalismo selvagem, onde é preciso que as pessoas consumam mais exames, mais medicamentos, mais consultas, mais dias de vida em sofrimento para que eles fiquem mais ricos e poderosos. Perante os ataques, percebemos que não éramos unidos e nem experientes na “arte da guerra”. A Associação acompanhou cada movimento político e engajou-se na corrente nacional em defesa da classe médica, tornando-se uma das principais porta-vozes das ações, com posicionamentos lúcidos, denúncias e articulações, como ficou claro no Encontro Nacional das Entidades Médicas – ENEM, realizado em nossa sede no início de agosto. O médico, mediante as exigências de um mercado que passou a ser regido pelas operadoras de plano de saúde – empresas que criaram tentáculos nos meandros políticos – tomou ciência da necessidade de se tornar, mais que um bom médico, um bom gestor. A AMBr respondeu a esta carência consolidando o Programa de Empreendedorismo e Gestão, iniciativa que vem capacitando médicos e gestores de clínicas e consultórios para melhor gerir seus negócios e garantir qualidade na assistência aos pacientes. Investimos também nos eventos científicos, dando seguimento às ações de Educação Continuada e realizando a Feira da Saúde no espaço do Metrô da Rodoviária, onde receberam informações mais de 20 mil pessoas nos dois dias de evento. Nossas publicações ganharam notoriedade e mais qualidade. A Brasília Médica, revista científica da AMBr, expandiu seus horizontes ao entrar para o DOI e em breve para o IBICT. A revista Médico em Dia alcançou maioridade de conteúdo e visibilidade, e a Associação tornou-se conhecida, ganhando espaço na mídia do DF pela ação de assessoria de imprensa profissional, a RP1, e na parceria com a comunicadora Mônica Nóbrega, que alimenta a TV digital com entrevistas e realiza talk shows sobre temas de saúde junto à sociedade. É claro que não nos esquecemos de nossa vocação social e, durante todo o ano empreendemos mudanças nas instalações, enriquecemos nossa área de lazer com projeto paisagístico, manutenção da infraestrutura de lazer e eventos, aquecimento das piscinas, novo mobiliário e também com mudanças significativas nas normas de utilização dos espaços de lazer, para garantir aos associados segurança e conforto. A Brasília Médica, revista científica da AMBr, entrou para o DOI e em breve para o IBICT As crianças puderam se divertir com a família na Matinê de Carnaval e também exercitar sua cidadania no Dia da Criança, com o projeto AMBr Solidária. Os amantes da boa música e tradicionais boêmios se encontraram na AMBr para o Happy Hour, para as noites musicais do Sarau ou da Turma do Gambá. E o Arraiá do Dotô 2013 foi a melhor edição da tradicional festa junina da entidade dos últimos anos. As atividades esportivas continuaram em alta, com destaque para o DF Wheelchair Tennis Open – Torneio Internacional de Tênis em Cadeira de Rodas, que reuniu atletas especiais de cinco países e contou com a presença de membros da seleção brasileira de tênis em cadeira de rodas. 2014 se aproxima, trazendo sonhos e esperanças para todos. No balanço das experiências vividas podemos comemorar o fato de que agora somos uma classe mais unida e mais organizada politicamente. Neste ambiente, o maior desafio continuará sendo, sem dúvida, a luta por uma saúde de qualidade, provinda de mais investimentos e garantias para a população brasileira e, em nosso particular, para a comunidade do Distrito Federal. Foi um ano difícil, de muitos aprendizados, mas nos tornamos mais fortes e mais preparados. Feliz Natal e um ótimo Ano Novo a todos! Foto maior: Feira da Saúde no espaço do Metrô da Rodoviária Foto menor: DF Wheelchair Tennis Open – Torneio Internacional de Tênis em Cadeira de Rodas Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 A vida e a animação aconteceram enquanto investíamos também na reforma do salão de festas e do palco externo da área de lazer, antigas reivindicações dos associados. O espaço de festas ampliou sua capacidade para 700 lugares e pôde ser inaugurado em grande estilo na Festa do Médico, no dia 18 de outubro. 7 Especialidade Médica DR. João Nunes • Médico Oncologista Câncer de Mama Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente o prognóstico é relativamente bom. 8 De acordo com o INCA, no Brasil as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. As estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes. Para falar sobre diagnóstico e tratamento da doença, a revista Médico em Dia entrevistou o oncologista João Nunes, chefe do Serviço de Oncologia Clínica e coordenador da Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Universitário de Brasília. Dia 27 de novembro comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Mama. Quais foram os principais avanços no diagnóstico da doença nos últimos anos? No diagnóstico, o grande avanço foi o conhecimento mais profunDr. João Nunes do da parte molecular do câncer de mama. Nos últimos 10 anos a quantidade de informações, do ponto de vista do que acontece dentro da célula tumoral do câncer de mama, aumentou de forma significativa e, com isso, houve a possibilidade de criarmos algumas estratégias de tratamento voltadas para esses novos conhecimentos. Então, esse é um fato bem marcante. Existem algumas medicações utilizas hoje que só são possíveis porque a gente conhece o câncer de mama do ponto de vista molecular. Focando especificamente no diagnóstico, o avanço foi o conhecimento mais preciso do comportamento biológico da célula tumoral. A questão das novas descobertas moleculares influi no diagnóstico precoce? Não, a mamografia continua sendo o grande exame de rastreamento. Para pacientes com risco familiar bem definido, a estratégia de se associar a ressonância magnética de mama mostrou, sim, um avanço mostrou, sim, um avanço no diagnóstico mais precoce de lesões, mas é para um grupo muito específico, pacientes que têm um forte histórico familiar. Menos de 5% dos cânceres de mama são definidos como risco genético. Existem dois grandes grupos de genes, que chamamos B1 e B2 que, quando o paciente apresenta uma mutação desse gene, corre um risco de desenvolver câncer de mama muito maior que a população em geral. Estudos mostram que o risco de desenvolver câncer de mama nesse grupo específico é de 85% se a mulher viver 75 anos. Isso quer dizer que, de cada 100 mulheres que têm essa mutação e vivem 75 anos, 85 vão ter câncer de mama. Essa porcentagem é muito maior que a da população geral. Esse grupo tem indicação para fazer o que a gente chama de mastectomia profilática bilateral, ou seja, retirar as glândulas mamárias, antes do aparecimento do câncer de mama. Quando é feita a indicação? A indicação é após os 35 anos. A orientação é que essa paciente defina de forma muito precoce a prole dela, porque esse tratamento cirúrgico profilático envolve tanto a retirada das mamas como a retirada dos ovários. Por quê? Porque esse gene que confere o risco de metástases por causa do câncer de mama também confere risco de metástases no câncer de ovário. Quais são os principais tratamentos? O tratamento do câncer de mama envolve quatro ferramentas: a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia e o bloqueio hormonal. Quando você deve utilizar cada uma dessas ferramentas é que é o grande xis da questão. Você precisa de uma avaliação clínica multiprofissional, que envolve oncologista, mastologista, cirurgião plástico reconstrutor, radioterapeuta, fisioterapeuta, médico nuclear, ou seja, tratar câncer de mama envolve um time de especialistas. Não é só um médico que vai cuidar, seja da decisão ou do tratamento. Essa informação não é uma verdade científica. Eu observo, realmente, um aumento expressivo nos casos de pacientes jovens com câncer de mama, mas o motivo não é conhecido pela ciência. Eu tenho algumas ponderações a respeito disso: primeiro, nós mudamos muito o nosso perfil comportamental, do ponto de vista estritamente biológico a mulher está apta e pronta para ter uma gestação aos 20 anos de idade e hoje, como eu falo para os meus alunos, quem tem filho aos 20 anos é quem perdeu o planejamento da vida. A mulher, hoje, quer estudar, trabalhar e conquistar seu espaço sociocultural, econômico e emocional. Só depois disso tudo é que ela vai lembrar que quer se mãe, e isso acontecerá por volta dos 30 anos. Dessa forma, começa a sofrer um aperto biológico, pois se ela não tiver filho rápido não vai mais poder ter. A gente sabe que a gravidez na paciente jovem é fator protetor ao câncer de mama e gravidez após os 35 anos é fator de risco para o câncer de mama. E como houve um perfil das mudanças sociais femininas de forma muito intensa, isso provavelmente é umas das ponderações importantes. Segundo, a obesidade, um fator extremamente presente no mundo moderno, principalmente nos países desenvolvidos. Se a gente observar os índices do câncer de mama, quanto mais desenvolvida a sociedade maior a sua incidência. Está vinculado a perfis nutricionais bem definidos. Ausência de exercícios físicos associada a sobrepeso confere um risco inerente a esse tipo de paciente, que pode vir a ter câncer de mama, ou seja: é um fator de risco bem determinado. Vamos falar sobre a reconstrução mamária. Quais são os profissionais envolvidos? Hoje existem dois modos de fazer a reconstrução. Uma é feita pelo próprio mastologista, que é uma cirurgia oncoplástica, ou seja, o cirurgião tira o câncer e reconstrói a mama, esse é um conceito novo, moderno. Eu ainda defendo que o tratamento deve ser multiprofissional. Eu trabalho com três cirurgiões plásticos na minha equipe e toda parte de reconstrução é discutida com eles, porque eles são dedicados exclusivamente a isso. O volume de informação e treinamento que possuem é muito intenso em relação a isso. E, do ponto de vista filosófico, o médico que tira o câncer tem que ter uma vigilância muito grande para fazer a retirada do tamanho correto. No Brasil você pode se formar em câncer de mama sendo oncologista ou ginecologista, mas o treinamento é de segunda formação, você tem que fazer uma especialização prévia. O mastologista que veio da ginecologia tem visão diferente do que veio da oncologia. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 As pessoas estão tendo câncer cada vez mais jovens. A que o senhor atribui isso? 9 NUCLEOS Cultura Paixão pela música e pela medicina a Brasília em 1977 para terminar o meu curso de piano, aqui fiz medicina e residência no Hospital de Base. Desde então tenho em minha vida a medicina e a música”, diz a médica-artista. A médica anatomopatologista, Dra. Filomena Carvalho, faz parte da Orquestra de Sopros Brasília, formada por ex-integrantes da Banda Sinfônica de Brasília. O gruDra Filomena Carvalho po conta ainda com professores, alunos e ex-alunos da escola de música da capital, CEP EMB, alunos e ex- alunos da Universidade de Brasília e músicos de instituições militares. Recém-criada, a Orquestra, sob a regência de Roberto Gilson Cardoso de Oliveira (Kaçulinha), une em seu repertório música sinfônica e muita música popular brasileira. Dra. Filomena conta que o grupo já se conhecia da Orquestra Sinfônica de Brasília e que se reencontrou em 2011, este ano mudaram de nome, ganharam novos integrantes e passaram a ensaiar toda semana. “Cheguei Dicas da DAD Regras de ouro do estilo Como fugir das frases que se perdem no caminho? Vinicius de Moraes deu a receita. “Uma frase longa”, escreveu ele, “não é nada mais que duas curtas.” Eureca! Desmembre as compridonas. ► Casse o gerúndio Dúvidas e informações: www.dzai.com.br/blogdadad Alunos recém-aprovados no vestibular entrarão na universidade no próximo semestre podendo, se forem estudiosos, acabar o curso em quatro anos, fazendo, em seguida, um curso de pós-graduação. Com um ch e ga pra lá no gerúndio, o período fica assim: Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 ► Frase curta Alunos recém-aprovados no vestibular entrarão na universidade no próximo semestre. Se forem estudiosos, poderão acabar o curso em quatro anos e fazer, em seguida, uma pós-graduação. 11 Entrega Títulos de Especialidade Entrega de títulos aos novos especialistas Aprimoramento da Qualificação e Valorização Profissional são diretrizes da AMBr, e uma das formas de concretizar esses objetivos é o reconhecimento aos profissionais que investem em sua especialização elevando, assim, a qualidade de seu trabalho como médicos. A Associação Médica de Brasília, em parceria com as Sociedades de Especialidades, faz questão de destacar esta conquista e, para tanto, realiza todos os meses uma solenidade de entrega dos títulos aos novos médicos especialistas. Para o presidente da AMBr, Dr. Luciano Carvalho, “é uma honra poder homenagear novos colegas especialistas, profissionais empenhados em elevar o nível de seus conhecimentos e prestar à população um serviço cada vez mais qualificado”. Para ele, a iniciativa serve ainda para fortalecer os laços com as Sociedades de Especialidades, “importantes pilares de nossa instituição”, diz o presidente. Parabéns aos novos especialistas AS IALIST ESPEC Acupuntura Dra. Luciana S. Mortoza Macedo Pediatria Dra. Manuela de Oliveira Fragomeni Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Neurocirurgia Dr. Bruno de Sousa Mendes Parente Dr. Carlos Eduardo Dias Pinheiro de Mérida Ontiveros 12 Radiologia Dra. Nieja Santos Gonçalves Dr. Renato Paula da Silva Radiologia e Diagnóstico por Imagem Dr. Fabiano Arantes Ribeiro Otorrinolaringologia Dr. Ricardo José Valadares Psiquiatria Dra. Maria Marta N. Freire Dr. Valdi Craveiro Bezerra Dra. Alice de Albuquerque M. Valença Cardiologia Dr. Ernesto Mizael C. Osterne entrevista Dra. Martha Zappalá Após um mês da posse da nova diretoria do CRM-DF (Conselho Regional de Medicina), a presidente da instituição, Dra. Martha Zappalá concedeu uma entrevista à revista Médico em Dia onde fala sobre os projetos da nova gestão e faz uma análise da atual situação financeira e administrativa da entidade. O CRM-DF passa atualmente por uma auditoria do CFM (Conselho Federal de Medicina) que analisa, dentre outras situações, a venda da sede da instituição, feita pela gestão passada. Dra. Martha, quais são os principais projetos da nova gestão do CRM-DF? Além da normatização, que o Conselho irá manter o compromisso e seguir, é nossa intenção também reforçar e trazer de volta para dentro do CRM as Câmaras Técnicas. Essas Câmaras são formadas por três especialistas, indicados pela sociedade de especialidade. São profissionais de excelência que irão nos assessorar quando necessitarmos de pareceres técnicos em sua área de especialidade. Vamos supor que tenhamos uma denúncia na área de ortopedia. Eu não sou ortopedista, mas entrarei em contato com a Sociedade de Ortopedia para acionar os três ortopedistas indicados por ela. Eles serão a Câmara Técnica de Ortopedia para eventuais pareceres que possam ser necessários no caso de denúncias. A intenção é ter uma Câmara Técnica para cada área da medicina. E hoje não funciona desta forma? Não, hoje não funciona desta forma. Hoje não possuímos essas indicações, e nós entendemos que isso é imprescindível para uma fundamentação técnica. É importante que a gente ouça o especialista, e a indicação sendo feita pela própria sociedade de especialidade nos garante que seja um profissional de excelência. Outra coisa que a gente deseja reforçar dentro da nossa gestão é a educação médica continuada, que entendemos ser importante em todos os níveis da profissão, desde o graduando até o médico especialista. A questão da renovação, da continuação da educação médica é fundamental em todas as etapas da profissão. As reciclagens são necessárias para que tenhamos profissionais atualizados e sintonizados com os novos tratamentos e avanços. É nossa intenção acompanhar e prestigiar esses eventos, como aconteceu recentemente no Congresso Brasiliense de Cirurgia, realizado na AMBr. Nós esperamos também fazer um elo entre os colegas, para que eles possam se aproximar do Conselho. O CRM- DF tem, é claro, um papel fiscalizador importante, e é necessário que os médicos confiem no órgão e na justiça que ele promove, atestando a seriedade do Conselho. Qual é a atual situação do Conselho em relação aos processos abertos? Nós encontramos um Conselho bastante desorganizado. Existem hoje mais de 600 processos ainda não encaminhados que deram entrada aqui e que estão aguardando os seus devidos encaminhamentos e sindicâncias. Entendemos que essas pessoas que procuraram o Conselho esperam um encaminhamento para suas denúncias. Apesar de termos começado há apenas um mês estamos realizando as plenárias semanalmente. E as Câmaras Técnicas já estão ativas. Esperamos trabalhar o mais rápido possível para colocar esses processos em dia. A intenção é resgatar a confiança no CRM-DF? A população e também o médico precisam ter confiança na entidade. Quem denuncia deve ter direito à defesa; receber uma explicação. E os processos estão parados. Mas nós já nomeamos todos os colégios e as comissões, as plenárias estão sendo realizadas toda semana para mudar o cenário. É um trabalho enorme e intenso. E a questão da venda da sede do Conselho? Essa é uma situação grave. A venda da sede foi feita no dia 30 de agosto, já escriturada, sem a devida anuência e sem a aprovação da classe médica. Isso é objeto, inclusive, do processo de auditoria que está sendo realizado agora pelo CFM, e que nós estamos aguardando a finalização para que seja devidamente reportada a toda classe médica. Esperamos dar um retorno à classe brevemente sobre esta questão. Assim como foi com a venda da nossa sede ocorreu com a compra de uma sede nova, gerando uma pendência financeira grave. A situação do Conselho é hoje bastante crítica. Não temos condição de quitar essa dívida e, por isso, estamos em auditoria interna. A partir do resultado do CFM a responsabilização jurídica e administrativa será encaminhada a quem de direito. Assim, poderemos delimitar o momento da nossa chegada e diferenciá-lo claramente da gestão anterior. Além dessas dificuldades a nova gestão encontrou um déficit de funcionários na Instituição. Será necessário repor pessoal e, para tanto, um novo concurso será também um dos nossos objetivos iniciais em 2014. Com esse cenário, o Conselho já está trabalhando? Nós estamos trabalhando, já existem julgamentos agendados. E estamos iniciando com muito empenho e trabalho. Eu conto com o apoio dos conselheiros, pois é uma diretoria bastante atuante. Nós sabemos que o peso do trabalho é grande e mesmo assim, neste momento, todos os conselheiros (isto consta em ata) dispensaram os JETONS. E isso continuará assim até que o Conselho tenha condições financeiras de arcar com os seus compromissos. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Nova diretoria do CRM-DF 13 Olhar Social AMBr participa de Campanha de Doação de Sangue A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) comemorou no dia 25 de novembro o Dia Nacional do Doador de Sangue, com o objetivo de estimular a população a colaborar com a campanha. A data faz parte da Semana do Doador, que inclui homenagens a pessoas que já doam e apresentações culturais. Este ano, a AMBr aderiu à campanha com ações para sensibilizar os seus funcionários e associados a doar sangue. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 “Fizemos uma campanha interna de estímulo à doação e levamos os funcionários interessados ao Hemocentro. É importante o empenho e a participação de todos”, disse o presidente da AMBr, Dr. Luciano Carvalho. 14 Devido ao aumento da demanda de sangue por parte dos hospitais públicos do Distrito Federal, a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) solicita aos doadores voluntários que compareçam para fazer sua doação a fim de garantir o estoque de sangue em níveis estratégicos para atender os pacientes internados e situações de emergência. O Hemocentro informa que as plaquetas, por exemplo, duram apenas quatro dias e, por isso, as doações precisam ser feitas com regularidade. As plaquetas são essenciais em tratamentos oncológicos e a pacientes que foram submetidos a transplante de órgãos. Quem quiser tirar dúvidas sobre doação de sangue pode consultar o site www.hemocentro.df.gov.brou ligar no 160, opção 2. É importante lembrar à população que o Hemocentro de Brasília é responsável pela coleta e distribuição de sangue e hemocomponentes para o SUS no DF, incluindo o Hospital Universitário (HUB), HFA e Hospital da Criança, além de hospitais privados. Pré-requisitos para doação 66 Gozar de boa saúde (avaliação médica no Hemocentro); 66 Estar alimentado; 66 Não estar usando medicamentos; 66 Ter entre 16 a 67 anos de idade, sendo que com 16 e 17 anos é preciso consentimento formal do responsável legal. Pesar acima de 50 quilos (descontar o vestuário); 66 Apresentar documento oficial com foto, em bom estado de conservação e dentro do prazo de validade. Os documentos aceitos são: carteira de identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira nacional de habilitação, passaporte, carteira profissional emitida por classe ou carteira do doador da FHB. Não serão aceitos crachás funcionais e carteiras estudantis; 66 Ter dormido pelo menos seis horas, com qualidade, na noite anterior à doação; 66 Não praticar exercícios físicos nas 12 horas anteriores à doação; 66 Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação; 66 Não ter se submetido à endoscopia há pelo menos seis meses; 66 Não ter feito tatuagem, piercing ou maquiagem definitiva há 12 meses; 66 Evitar fumar até duas horas antes da doação. O candidato à doação deve ser sincero ao responder as perguntas que lhes são feitas, não omitindo informações importantes, pois disso depende a segurança do doador e do receptor. Radar Controle do sódio O Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) assinaram o quarto acordo para a redução de sódio na comida industrializada. Nessa etapa está prevista a diminuição de 68% do teor do ingrediente nos laticínios, embutidos e refeições prontas. O acordo foi firmado em 2011 e previa a redução gradativa dos teores do mineral até 2020 de produtos industrializados. Em cada fase, uma classe de produtos alimentícios é incorporada. Com a assinatura, a última prevista, sobe para 16 as categorias atingidas pelo pacto. Entre elas estão bisnagas, massas, bolos, biscoitos e caldos. Estudo inédito realizado pela área de consultoria da Orizon revela que 85% das vítimas de Acidente Vascular Cerebral sofrem de hipertensão. Foram acompanhados 3.060 casos de beneficiários de planos de saúde internados com AVC em hospitais privados. A pesquisa, feita em virtude do Dia Mundial de Combate ao AVC, lembrado no dia 29/10, constatou ainda que 64% das vítimas tinham mais de 50 anos, 28% tinham entre 30 e 49 anos e 8% até 29 anos. A doença atinge a cada ano 16 milhões de pessoas no mundo. Em decorrência disto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção da doença. Segundo a Organização Mundial de AVC (WSO), o tratamento preventivo engloba o controle de vários fatores de risco vasculares como: pressão arterial, diabetes, colesterol, triglicérides e doenças cardíacas, além das recomendações de não fumar, ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos. Fonte: Jornal de Brasília Fonte: SaúdeWeb Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 A meta deverá ser atingida em quatro anos. Na nova lista estão, por exemplo, empanados, hambúrgueres, três tipos de linguiça, presuntos, requeijão e salsichas. 16 85% das vítimas de derrame cerebral são hipertensas Temperatura da córnea pode sinalizar câncer Detectar tumores nos olhos por meio da medição decalor foi a ideia motivadora do projeto final de graduação do estudante de engenharia mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Matheus Silveira. O câncer intraocular é um tiporaro de tumor que tem um índice baixo de cura, conta Silveira.“É uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas. Quando eles aparecem, geralmente você tem que retirar o olho. E, se houver metástase, a chance de óbito é grande”, diz. Para auxiliar na pesquisa, o oftalmologista Pedro Ronaldo de Carvalho Filho foi consultado. O aumento da temperatura do olho com um tumor varia de 0,2ºC a 0,5ºC, e a parte que mais sofre é a córnea. Mesmo assim, todo o olho é alterado com o aumento de temperatura. A maior novidade da pesquisa é o modelo computacional desenvolvido especificamente para o órgão humano. O número de matriculados no ensino superior brasileiro subiu 4,4% de 2011 para 2012. Porém, cursos com elevada demanda no país, como medicina, tiveram um crescimento mais lento do que a média no mesmo período: 2,8%. Os números são do Inep/MEC, que publicou dados detalhados do Censo do Ensino Superior de 2012, que foi divulgado em setembro. Hoje o país tem 2.416 instituições de ensino superior, sendo 193 universidades. Ao todos, há 7 milhões de brasileiros matriculado em 31.866 cursos superiores de universidades, faculdades e centros universitários. A quantidade de brasileiros na sala de aula nessa fase da educação é o dobro da registrada em 2002, quando 3,5 milhões estavam matriculados. O problema é que, na maioria dos casos, o crescimento não acompanha a demanda. Em medicina, por exemplo, o incremento de concluintes do curso aumentou só 0,5% de 2011 para 2012. Na prática, isso significa que entraram 100 médicos a mais no mercado em 2012 em relação ao ano anterior. Fonte: Folha de S. Paulo De 2011 para 2012 o número de matriculados no ensino superior subiu para Cursos com elevada demanda no país, como medicina, teve crescimento de 4,4% 2,8% 3,5 7 milhões milhões de matriculados em cursos superiores no ano 2002 de matriculados em cursos superiores no ano 2012 Hospital de Planaltina tem um dos menores índices de cesáreas do DF O Hospital Regional de Planaltina realizou no mês de outubro 240 partos, dos quais 165 foram normais e 75 cesáreas. A unidade registrou uma das menores taxas de cesarianas da rede, segundo avalia a coordenadora-geral de saúde de Planaltina, Mônica Rocha Rodrigues. De acordo com a coordenadora do Programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher (Paism), Elenice Pereira, a conscientização dos profissionais de saúde sobre o parto normal para diminuir a mortalidade materna é importante. “O parto normal traz mais segurança e menos complicações no período pós-parto”, disse. Fonte ? ‘Superanticorpos’ contra HIV controlam infecção em macacos Nem todo mundo se defende contra o HIV da mesma forma: algumas pessoas produzem tipos raros de “superanticorpos” contra o vírus. A eficácia de uma terapia que usa esses anticorpos para controlar um vírus similar ao HIV em macacos é relatada em dois estudos publicados na “Nature”. Infusões dos “superanticorpos” clonados a partir do material colhido de humanos conseguiram reduzir, em uma semana, a carga de HIV a níveis indetectáveis em um grupo de macacos resos. Esse controle da carga viral, no entanto, não foi duradouro na maioria deles: dois meses após a aplicação da terapia, em média, o número de vírus em circulação voltou a crescer na maioria dos macacos. O controle só permaneceu nos que já tinham uma carga viral mais baixa desde o início do estudo, o que sugere uma ação conjunta do sistema imune dos animais e dos “superanticorpos”. Segundo Michel Nussenzweig, pesquisador brasileiro que é um dos líderes do grupo responsável por esses trabalhos, o tratamento será testado em humanos no início de 2014, nos EUA. Serão 75 voluntários, e os primeiros resultados devem ser obtidos em julho ou agosto. Fonte: Folha de S. Paulo Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Medicina cresce menos do que a média 17 BALANÇO 2013 Balanço 2013 Diretoria AMBr Chegamos ao final de mais um ano e um novo ciclo se aproxima. Matinê de Carnaval É momento de refletirmos sobre os erros e acertos do caminho esperando Fevereiro que na balança tudo penda para o melhor. Momento também de pensar no futuro. Todo novo ciclo traz expectativas, desafios e oportunidades de renovação. Portanto, é hora de fazermos um balanço de 2013 e Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 planejar a trajetória de 2014. 18 Olhando para o ano que encerra vemos, com satisfação, que os esforços empreendidos, nem todos tão visíveis, foram recompensados, fortalecendo a entidade, profissionalizando sua gestão, melhorando os serviços para os associados e ampliando a representatividade da AMBr nos cenários social e político da área médica do Distrito Federal. Vemos, hoje, uma Associação Médica mais sólida e atuante, que mantém a sua missão de zelar pelo mérito da medicina e pela saúde da população. Ato Médico Mais Médicos Julho Dia da Criança Solidário Festa do Médico outubro AMBr Wheelchair Open de Tênis Oficina de Bordado abril Arraiá do Dotô maio Torneio Interno de Tênis ENEM Feira da Saúde Setembro Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Agosto junho Outras Atividades que acontecem todos os meses: Programa de Empreendedorismo e Gestão – Palestras gratuitas, Educação Continuada, Sarau, Happy Hour e Talk Show. 19 Márcia Campiolo Especialista em Administração de Recursos Humanos, atuando há mais de 25 anos. Atendendo clientes em situações estressantes Na área de prestação de serviços médicos, é importante que a equipe esteja preparada para atender clientes dos mais diferentes perfis. Ser profissional de atendimento não é estar pronto para atender apenas os clientes “bonzinhos”, tranquilos e educados, mas também os nervosos e incompreensivos. Imagine a seguinte situação: um cliente agendou um horário e chega para sua consulta. A última vez em que esteve na clínica foi há três meses. A funcionária da recepção informa o valor a ser pago na consulta e neste momento o cliente diz: “Não vou pagar uma nova consulta, uma vez que continuo com o mesmo problema de três meses atrás. Além disso, o doutor me disse que, caso eu tivesse sintomas, deveria retornar à clínica”. Inicia-se, então, uma situação em que é comum caminhar para uma área onde ambas as partes acreditam ter razão e a presença do estresse acaba sendo quase inevitável. No centro das causas desta questão, frequentemente estão problemas de comunicação. E se estamos falando de normas de funcionamento da clínica, como, por exemplo, o tempo para retornos após o pagamento de uma consulta e a partir de que momento uma nova consulta será cobrada, então a responsabilidade maior sobre essa comunicação está na clínica. Assim, precisamos então cuidar de dois pontos nesta questão. 1. Como conduzir de imediato a situação com aquele cliente: uma pessoa nervosa costuma ser mais difícil de aceitar argumentos alheios. Assim, um primeiro ponto é tentar acalmar este cliente, dizendo que compreende a questão. É uma forma de demonstrar respeito pelo que está acontecendo. Tirar frontalmente a razão da pessoa nesse momento não é um bom caminho. Primeiro, é preciso derrubar ou pelo menos diminuir as barreiras à compreensão. A seguir, mesmo demonstrando compreensão pelo ocorrido, é preciso que alguns pontos da clínica sejam colocados. A necessidade de continuidade de um tratamento não implica em continuidade de atendimento sem que seja necessária nova remuneração pelo serviço. Na área da Saúde é comum, dependendo da patologia, um tratamento ou um acompanhamento se estender ao longo do tempo, mas, a cada período determinado, nova consulta deverá ser paga. Durante todo o processo, é importante a atendente se manter calma, com equilíbrio emocional, e observar as reações do cliente para saber qual será o seu próximo passo. Essa demonstração de calma deve ser feita através da expressão facial e corporal, além do uso adequado da linguagem verbal. O volume e a entonação da voz, além da escolha adequada das palavras, são aspectos a serem usados cuidadosamente. É importante evitar sorrisos nesse momento, mas nem por isso ter uma expressão muito “fechada”. Evitar que a culpa recaia sobre o médico ou deixar para ele resolver a questão dentro da sala de consulta. Isso pode ser muito constrangedor para o profissional. A equipe deve estar preparada para resolver estas questões. Caso existam mais clientes na recepção nesse momento, pode-se encontrar alternativas para que o cliente nervoso seja atendido em local privativo ou que, no caso de salas de espera separadas da recepção, os outros ao lado possam ser encaminhados para essa área de espera e, depois, sejam chamados para o atendimento. 2. Como mudar os processos dentro da clínica para prevenir situações futuras: informar claramente aos clientes sobre as normas da clínica sobre períodos para novos pagamentos de consulta. O médico, ao solicitar um novo comparecimento do cliente, deve evitar a palavra “retorno”, uma vez que esta palavra já carrega consigo um forte significado de “não remuneração”. Além disso, é preciso preparar a equipe para um atendimento de alta performance com diferentes perfis de cliente. Ficam aqui, então, essas dicas, que, apesar de sucintas, trazem muito da essência dessas situações do dia a dia de quem exerce suas funções nesta área. Mário Quintana disse: “A arte de viver é simplesmente a arte de conviver... simplesmente”. Mas como é difícil! Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Gestão da Saúde 21 Medicina & Arte Dr. Armando J. C. Bezerra • Dr. Simônides Bacelar Aqui nasceu a Penicilina Catedral de São Paulo. Local onde Fleming está sepultado. O Hospital de Santa Maria (Saint Mary’s Hospital) é um conhecido hospital público de Londres. Pelo fato de integrar a Escola de Medicina do Colégio Imperial de Londres é também um fértil campo de atuação para professores, pesquisadores e acadêmicos de medicina. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 A instituição, considerada um hospital universitário, orgulha-se de terem nela trabalhado dois ganhadores do famoso Prêmio Nobel. 22 Fundado no século XIX, tem aproximadamente quinhentos leitos, distribuídos em diversas clínicas, e encontra-se localizado ao lado da movimentada estação Paddington de trens e metrô. Foi neste hospital público que a Princesa Diana – a Lady Di – deu à luz, em 1982, ao Príncipe William, o futuro Rei da Inglaterra. William, Duque de Cambridge, é o filho mais velho do Príncipe Charles, sendo, portanto, neto da Rainha Elizabeth II. Possivelmente em razão do atendimento recebido, Lady Di internou-se novamente no Hospital de Santa Maria, em 1984, para nele ver nascer seu segundo filho, Harry, o Príncipe de Gales. O futuro rei William e sua jovem esposa Catherine (Kate) Middleton, a Duquesa de Cambridge, procuraram em 2013 o Hospital de Santa Maria para o nascimento do seu primogênito, George. O Príncipe George é o terceiro na linha de sucessão ao trono da Inglaterra. Fachada do Hospital de Santa Maria. A janela de canto, no segundo andar, corresponde ao laboratório de Fleming. Caso já não bastasse a este hospital público acolher para tratamento médico membros da família real britânica, o Hospital de Santa Maria foi local de um dos mais importantes momentos da História da Medicina – a descoberta da Penicilina. O escocês Alexander Fleming (1881-1955) trabalhava como microbiologista no Hospital de Santa Maria. Em seu laboratório semeou várias placas de Petri com Staphylococcus aureus antes de se ausentar de Londres para uma curta viagem. Placa indicativa do local da descoberta da penicilina. Fachada do Hospital de Santa Maria, na rua Praed. Ao retornar ao trabalho percebeu que as culturas de estafilococos estavam contaminadas com um fungo do gênero Penicillium. Observou então que as bactérias que tinham entrado em contato com o fungo haviam morrido. O Penicillium desestruturara a síntese da membrana celular da bactéria, permitindo uma exagerada entrada de líquido no citoplasma do estafilococo com sua consequente destruição. Dentre os pesquisadores que tomaram conhecimento da descoberta de Fleming dois se destacaram. Foram eles o bioquímico Ernst Boris Chain, nascido em Berlim em 1906, e o bacteriologista Howard Walter Florey, nascido em Adelaide (Austrália) em 1898. Chain e Florey perceberam a importância médica da penicilina, cujo nome é uma interessante homenagem ao Penicillium, o fungo salvador de muitas vidas a partir da II Grande Guerra. Chain e Florey, por volta de 1940, desenvolveram um método de purificação da Penicilina, o que permitiu sua síntese e posterior produção em escala comercial. O grande teste terapêutico ocorreu em 1941, quando um homem com septicemia recebeu pela primeira vez na Dr. Armando J. C. Bezerra Dr. Simônides Bacelar história da medicina a Penicilina purificada. Ele melhorou muito, mas faleceu assim que a pouca Penicilina obtida artesanalmente por Chain e Florey acabou. Em 1945, terminou a II Grande Guerra. A Penicilina havia salvado incontáveis vítimas entre civis e combatentes. Fleming preferiu não patentear sua descoberta. A Penicilina era para o bem da humanidade, não para que ele ganhasse dinheiro. Em 1945 o rei Gustavo V, da Suécia declarou Fleming, Chain e Florey, ganhadores do Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina pela descoberta da Penicilina e dos seus efeitos curativos. Vítimado por um ataque cardíaco, Fleming faleceu aos 73 anos de idade, em Londres, cidade esta que também o acolhera como estudante de medicina. Seu corpo encontra-se sepultado na grandiosa Catedral de São Paulo, em Londres. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Era o ano de 1928. Estava descoberta a Penicilina. Fleming publicou suas observações no British Journal of Experimental Pathology, em 1929. O mundo científico agora iria saber que o Penicillium notatum produzia uma substância com efeito bactericida. 23 Ponto RODRIGO ROLLEMBERG • Senador / José Antonio Reguffe • Deputado federal Rodrigo Rollemberg Senador (PSB/DF) Foto Sheyla Leal Qual a sua opinião sobre a Saúde Pública do DF? “A Saúde Pública no DF poderia estar muito melhor. Vou falar sobre temas técnicos, pois temos estudado o assunto com muito afinco. Existia a promessa de descentralização da gestão e isto não aconteceu. Um coordenador geral de saúde é apenas um despachante de luxo, pois o mesmo não tem autonomia administrativa e financeira, os diretores de hospitais só resolvem os seus problemas se ficarem de pires na mão ao ciclo central. Os problemas estruturais da Secretaria de Saúde ainda são muito graves. O número de engenheiros e arquitetos é insuficiente. E falando em RH, a secretaria passa pela maior crise de todos os tempos. Não houve planejamento para esse grave problema. Os avanços foram muito tímidos diante do gigantesco problema que é a Saúde do DF.” José Antônio Reguffe Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Deputado federal (PDT/DF) 24 “É uma área em que as reclamações são recorrentes. Emergências cheias, tempo de espera alto, demora para se fazer uma cirurgia, falta de leitos, falta de remédios. Como ponto positivo, vejo o esforço na contratação de mais profissionais para a área. Mas, definitivamente é uma área que precisa melhorar muito. A população não recebe um serviço de qualidade, mesmo pagando os impostos abusivos que paga. Aqui na Câmara, tenho dado minha contribuição e feito a minha parte. Enquanto muitos deputados colocam suas emendas ao Orçamento para shows e eventos, coloquei, por exemplo, para a compra de remédios para os hospitais públicos e para a construção de novos leitos hospitalares.” & Contraponto Elias Fernando miziara • Secretário adjunto da Secretaria de Saúde do DF / Arlete Sampaio • deputada / maninha • EX-deputada Rafael Barbosa Elias Fernando Miziara “Se comparado ao passado, o avanço da saúde pública nos últimos dois anos e 10 meses é imenso. A atenção primária foi fortalecida, os médicos e demais profissionais receberam aumento salarial e a rede de urgências tem sido reestruturada com a implantação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Sabemos que muito ainda precisa ser feito, mas é preciso reconhecer que a realidade atual é bem melhor.” Secretário adjunto da Secretaria de Saúde do DF “Mais do que investir na melhora da saúde pública, a gente tem notado que têm sido feitos investimentos na gestão, e isso é o que possibilita, cada vez mais, que o Distrito Federal tenha uma Saúde de qualidade.” Foto: Renato Araújo Secretário de Saúde do DF Arlete Sampaio Maninha Considero que avançamos na recuperação da rede hospitalar, na inauguração de UPAS, na construção de leitos de UTI. Pecamos em não debater e implementar um novo modelo assistencial. Não investimos o suficiente na atenção primária, na porta de entrada do Sistema. Daí todo investimento na rede hospitalar parece insuficiente. Contratamos muita gente, mas não mudamos o quadro da insuficiência. Quando não garantimos o devido acompanhamento da hipertensão arterial ou do diabetes na atenção primária produzimos situações que vão bater nos prontos-socorros. Foi importante a classificação de risco, mas fica evidente o congestionamento da porta de entrada. Creio ser necessária uma guinada para reforçar as equipes da Saúde da Família e os Centros de Saúde. Também é preciso reforçar as ações da Vigilância Sanitária e retomar o papel do Lacen. Em política de saúde temos que ter duas diretrizes: a parte financeira e a formulação política. No DF todos os indicativos demonstram que não há falta de dinheiro para a Secretaria de Saúde. No entanto, a formulação da política de saúde sofre necessidade de correções. Há uma nítida orientação ligada à formulação de uma política nacional que priorize um modelo de alta complexidade em detrimento de uma ampliação da chamada assistência básica. Por mais que se amplie os hospitais e também tecnologia, nós não teremos solução efetiva de atendimento à população se não promovermos uma atenção básica que de fato seja a porta de entrada do SUS. Isto quer dizer que lá na ponta há uma necessidade extrema das equipes de Saúde da Família, incluindo todas as profissões em número insuficiente para uma cobertura universal. Corrigida esta situação, estabelece-se a relação fundamental entre quem é assistido e quem dá assistência. Com isso nós retiramos a população da porta dos hospitais. Deputada (PT/DF) Ex-Deputada (PSOL) Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Rafael Barbosa • Secretário de Saúde do DF / 25 Histórias da Música Popular Renato Vivacqua • Historiador da música popular Dr. Eudes Fernandes de Andrade • Médico Urologista Vinícius (Parte III) Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Amigos generosos a quem enviei minhas crônicas publicadas na Revista da AMBr escolheram as “vinicianas” (desculpem o neologismo) como as que mais lhes agradaram. Remexi então prazerosamente meus arquivos para garimpar novas histórias do inesquecível bardo. 26 Os gajos entreolharam-se surpresos. Surgiram palmas esparsas que foram aumentando, até se tornarem estrepitosas, acompanhadas de gritos de “bravo”! Terminaram por retirar os paletós e forrar o chão para que o poeta caminhasse sobre eles. Um dos fatos que mais o feriu em sua vida foi a prisão e morte de seu pianista, Tenório Júnior, pelos esbirros da ditadura argentina. Estava no país numa temporada em 1976 com Toquinho quando Tenório, a pretexto de Não te direi o nome, pátria minha Teu nome é pátria amada, patriazinha Não rima com mãe gentil Vives em mim como uma filha, que és Uma ilha de ternura: a Ilha Brasil, talvez.” argentinos e brasileiros do SNI, que lá viviam para espionar compatriotas. Recebendo informações do nosso governo de que era inocente sumiram com o corpo. Nunca foi encontrado. Vinícius, grande sedutor, adorava as mulheres mesmo quando era ferino, como numa de suas frases: “O amor é uma morte total. O homem e a mulher são inimigos inseparáveis”. (Nelson Rodrigues assinaria embaixo). Dizia eleger as mulheres pelos olhos “Há um olhar que é definitivo. Aí ela aceita você e vice-versa.” Suas separações só eram traumáticas para as mulheres. Para ele era normal sair apenas com a maleta de roupas e a escova de dentes, deixando o resto para trás. Numa dessas fugas, conta, divertido, que foi parar numa quitinete que nem geladeira tinha e em pleno verão do Rio usava de um artifício insólito para matar a sede com água fresca: chupava uma pastilha Valda e depois bebia. Garante que refrescava bem. Outra curiosidade: seu pai foi amigo de Bilac que o estimulou a publicar suas poesias. Fala sobre religião: “Foi através de meus tios e avós paternos que me interessei pelos casos transcendentais, pelos mistérios parapsicológicos, com muitas histórias de alma do outro mundo”. Essa experiência infantil talvez explique o encontro que teve com Bach já contado em outra crônica. Às vezes era contundente: “Deus me livre em acreditar em Deus! O sobrenatural em mim ao mesmo tempo em que me fascina me apavora”. ir comprar remédio, deixou o hotel (na realidade procurava por drogas). No dia seguinte, assustado com o desaparecimento, Vinícius recorreu a nossa Embaixada chefiada por ex-genro seu. Este até tentou ajudar, mas militares linha-dura infiltrados no serviço diplomático boicotaram seu pedido de habeas-corpus. O escritor Alex Solnik, exilado na Argentina sugeriu consultar uma conceituada vidente e ela foi taxativa: “Ele está morto. Foi arrebentado pela polícia, foi espancado até morrer.” Vinícius caiu em pranto. Voltando à música, Vinícius, apesar de estar sempre estimulando os amigos a participar dos festivais, só ganhou um em 1965 com “Arrastão”, parceria com o iniciante Edu Lobo, magnificamente interpretada por Elis Regina. No III Festival Internacional da Canção realizado em 1968 houve um dos maiores embates na história da MPB: “Sabiá”, de Tom e Chico, versus “Caminhando”, de Vandré, que siderou a plateia. “Sabiá” venceu sob estrondosa vaia do público, simpático à composição de Vandré. Vinícius não fez parte do júri, mas concorreu nos bastidores para a vitória, fazendo lobby. E por qual razão fez isso? Arguto, com sabedoria, percebeu que o êxito de Vandré poderia ser explosivo, interpretado como uma provocação ao regime militar e, com isso, piorar as coisas. Comentou com alguns julgadores que tinha medo de que “os ânimos políticos estivessem exacerbados e houvessem votos politizados”. Muitos anos depois, com o retorno da normalidade democrática no país vizinho, foi confirmado o que dissera a paranormal. Em 1986 um ex-membro da inteligência da marinha portenha deu uma entrevista a revista Senhor onde confirmou que Tenório tinha sido massacrado depois de torturado por nove dias, até morrer, por militares “Politicamente estamos do lado de Vandré, mas musicalmente temos que estar ao lado de Chico e Tom. E se o público aqui quer política e não música, o público vai ficar ainda mais contra a ditadura, se o júri der o prêmio à música”. O que previra aconteceu e “Caminhando virou um rastilho de pólvora para decretação do AI5. Poesia “Pátria minha” – Vinícius de Moraes Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Quando o Brasil estava sob as asas negras do AI5 Vinícius fez um show em Portugal com enorme sucesso, mas, ao sair do teatro para comemorar foi surpreendido por um grupo de estudantes salazaristas-fascistas que o vaiaram estrondosamente. Sem perder a calma, encarou-os passando a recitar sua poesia “Pátria minha”. 27 Festa do Médico Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 A Associação Médica de Brasília recepcionou 700 convidados no último dia 18 de outubro para comemorar o Dia do Médico 28 A festa estava impecável com o luxo e o bom gosto da decoração assinada por Virgínia D’arc e o requinte do Buffet La Fiesta. O quarteto de Jazz Sidney Sheikor recepcionou os convidados, que depois foram surpreendidos na pista de dança pela Escola de Samba Brasil Show. A atração musical ficou por conta da banda Squema Seis, que manteve a pista animada por toda a noite festiva. O evento, preparado em homenagem à classe médica de Brasília, marcou também a inauguração do novo espaço de eventos da Associação. O presidente da AMBr, o urologista Luciano Carvalho, com sua esposa Patrícia O cirurgião Carlos Sabino com sua esposa Cynthia Os pneumologistas Paulo Feitosa e Raquel Feitosa Os ginecologistas Adriana Garrido e Evaldo Trajano A Dermatologista Janaína Amorim O governador Agnelo Queiroz com sua esposa Ilza Queiroz e o Dr. Luciano Carvalho, com sua esposa Patrícia Dra. Daniela Melo e sua amiga Lilian Almeida A Neurofisiologista Ranna Sala e seu esposo Carlos Santa Rita O cirurgião José Leal com sua esposa Ana Rita A radiologista Janice Lamas e o seu marido Ruy Lamas Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 O cirurgião Adalberto Amorim e sua esposa Diomar 29 Vitrine Pré-Reveillon na AMBr Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Começou a contagem regressiva para as festas do fim de ano. No dia 08 de novembro a AMBr recebeu a Banda BICHO SOLTO, do Rio de Janeiro, e os DJs. Manza (SP) e Sérgio Blake (BSB), que animaram a noite de médicos associados e convidados no Pré-Reveillon da Associação. As fotos do evento você encontra no site: www.ambr.org.br 31 Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Espiritualidade e Saúde do Coração 32 A depressão se transformará no maior gatilho para a morte e incapacitação nos próximos anos, associando-se a infarto e acidente vascular cerebral. O alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) levou os organizadores do 68º Congresso Brasileiro de Cardiologia a incluir o tema ‘Espiritualidade e Medicina Cardiovascular’ entre os assuntos a serem analisados e debatidos. Dr. Renault Ribeiro Júnior Cardiologista e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia – DF As evidências científicas de que pessoas espiritualizadas controlam melhor sua pressão arterial, têm menores riscos cardíacos que levam a infartos e derrames e têm melhor qualidade de vida são abundantes.” O evento, maior foro científico da especialidade, foi realizado em outubro, no Riocentro. “Nos Estados Unidos 80% das faculdades de Medicina incluem a cadeira opcional ‘Espiritualidade e Saúde’ formalmente no currículo, contra apenas três no Brasil”, explica o cardiologista Álvaro Avezum, que preside o GEMCA – Grupo de Estudos em Espiritualidade e Medicina Cardiovascular da SBC. O grupo da Sociedade Brasileira de Cardiologia se propõe a conduzir pesquisas epidemiológicas e clínicas para avaliar cientificamente a relação entre espiritualidade e doença cardiovascular. Para o cardiologista Dr. Renault Ribeiro Júnior, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia do DF, a espiritualidade deve, desde cedo, ser inserida na vida das pessoas. “As evidências científicas de que pessoas espiritualizadas controlam melhor sua pressão arterial, têm menores riscos cardíacos que levam a infartos e derrames e têm melhor qualidade de vida são abundantes”, afirma. Para o especialista, a espiritualidade é uma postura perante a vida e não uma religião. Desta forma, sentimentos de paz, tolerância, tranquilidade, perdão e resignação caracterizam uma personalidade espiritual, influenciando na saúde do coração. “Tanto que o grupo é integrado por agnósticos, judeus, católicos, muçulmanos, espíritas e até mesmo ateus”, conta. Dr. Renault, que participou de uma mesa redonda sobre o tema no 68º Congresso no Rio, diz que a ciência evoluiu até certo ponto e estagnou, e não está encontrando respostas para a melhora ou a piora de determinados pacientes. “Essa mesa redonda foi feita por um grupo de médicos da sociedade de cardiologia que começou a se interessar pelo tema e aprofundar o debate para, quem sabe, no futuro, conseguir provar cientificamente o que os estudos psicossomáticos já comprovam”, comenta. Pesquisa começará com os próprios cardiologistas O grupo, atualmente, desenvolve uma pesquisa com 14 mil médicos associados à Sociedade Brasileira de Cardiologia, na qual os profissionais são questionados se têm religião, se frequentam igrejas ou cultos, com que frequência lê trabalhos sobre o tema e se têm o hábito de rezar ou não. Avezum anunciou durante a mesa-redonda que começará a pesquisa com os próprios cardiologistas. No início do ano os especialistas do Brasil inteiro receberão uma enquete para avaliar a relação entre espiritualidade e saúde e, principalmente, com que frequência seus clientes cardiopatas fazem perguntas relacionados ao tema e se pode ou não ajudar na melhoria dos sintomas, com impacto de redução de eventos cardiovasculares. “Na minha vida a espiritualidade se manifesta na forma de enfrentamento das adversidades. A espiritualidade, agregada à vida de qualquer indivíduo, ajuda a suportar alguns problemas. A gente não pode falar que a fé cura. Ela auxilia e é importante no processo de enfrentamento dos problemas”, afirma Dr. Renault. Depressão e estresse assumirão liderança entre as causas de óbito Avezum afirma que, nas últimas décadas, o perfil da mortalidade mudou no mundo inteiro. “Nos anos recentes a Medicina tem conseguido importantes vitórias graças à prevenção, principalmente. Vencidas as doenças infecciosas, que causavam grande mortalidade principalmente na infância, fatores de risco como obesidade, diabetes, colesterol alto e hipertensão fizeram com que a doença isquêmica do coração e os AVC (derrames) assumissem a liderança como causas de morte”, explica. “A Organização Mundial da Saúde alerta, porém, que a partir de 2030 a depressão e o estresse, associados com alguma comorbidade ou como fator preditor, devem assumir a dianteira como principais causas de óbito”, completa ele. E é nesse contexto, diz o médico, que a espiritualidade, os sentimentos associados à solidariedade, uma melhor qualidade de vida, decorrente da maior tranquilidade e do combate à ansiedade são importantes. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Com informações: Extra e DOC 33 Jovem Médico AMBr apoia o I Congresso Médico Universitário de Brasília As palestras ocorreram em quatro auditórios, simultaneamente, em espaços oferecidos pela Associação Médica de Brasília Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 A Associação Médica de Brasília (AMBr) sediou, nos dias 21, 22 e 23 de novembro, o I Congresso Médico Universitário de Brasília, maior evento acadêmico dirigido à comunidade médica universitária do Distrito Federal. 34 Durante os três dias de realização, os estudantes de medicina da capital federal puderam conhecer a fundo as mais diversas áreas de atuação médica, abordadas em cerca de 50 palestras temáticas. O congresso foi uma iniciativa do Centro Acadêmico de Medicina da Universidade de Brasília. Profissionais renomados ofereceram aos congressistas informações sobre os campos de atuação das principais especialidades médicas, as perspectivas profissionais, os cenários e oportunidades de formação no país e no exterior. O presidente da AMBr, Dr. Luciano Carvalho destacou, na abertura do congresso, a importância de se apoiar iniciativas como essa: “Temos de estar atentos às demandas da base. Precisamos ser receptivos e apoiar os movimentos dos jovens estudantes, futuros médicos e especialistas. Iniciativas assim já deveriam existir há muito tempo”, observa. O Secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa, também prestigiou o evento e considerou ser este um momento oportuno para se discutir Saúde. “Parabéns pela ideia do diretório e dos estudantes de medicina. Estamos em um período importante para falar sobre esse assunto”, afirma. Dr. Luciano Carvalho aproveitou a ocasião para convidar os acadêmicos a conhecer os trabalhos realizados pela Associação. Ele também colocou o espaço à disposição para futuros eventos. Para o presidente da AMBr, é fundamental a participação efetiva dos acadêmicos na Associação Médica, lembrando que estes podem se tornar associados mesmo antes de iniciar o exercício da profissão. “Essa casa é também de vocês. Sejam sempre muito bem-vindos”, finalizou. NOVEMBRO AZUL Pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com cinco mil homens revela que 44% dos entrevistados nunca foram a uma consulta com um urologista nem fazem exames preventivos. O levantamento foi feito em seis capitais brasileiras: Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Brasília. A pesquisa mostra que 47% dos homens ouvidos nunca fizeram exames para detectar o câncer de próstata. Apenas 23% fazem o exame anualmente. A Associação Médica de Brasília (AMBr) apoiou e participou da campanha mundial Novembro Azul, um alerta para a prevenção do câncer de próstata. Semelhante à campanha do Outubro Rosa, dirigida às mulheres, o Novembro Azul tem como foco a população masculina e incentiva a prevenção, destacando a importância do diagnóstico precoce. Para divulgar a campanha a AMBr realizou em novembro diversas ações de conscientização e informação em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia do DF. O presidente da Associação, Dr. Luciano Carvalho, que é também urologista, ressalta a importância das campanhas, mas alerta que é preciso também dar materialidade e garantir a aplicabilidade do projeto. “É necessário que os programas tenham início, meio e fim para se alcançar efetividade”, observou. Luciano Carvalho lembra, ainda, que problemas com a saúde do homem estão muito além dos urológicos. “Temos as doenças cardíacas, as degenerativas, o diabetes, entre muitos outros problemas que afetam grande parte da população masculina e precisam de atenção, prevenção e diagnóstico precoce”, destaca. Para o presidente da SBU-DF, Dr. Diogo Mendes, a campanha busca conscientizar a população sobre a importância de cuidar da saúde masculina desde a infância até a velhice. “Esta deve ser uma ação continuada da sociedade incentivando a população a cuidar da saúde durante toda a vida. A prevenção é fundamental”, diz. A SBU defende a ampliação dos centros de Saúde do Homem com atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), visando aumentar o acesso da parcela masculina da população aos exames para diagnóstico de câncer de próstata. Presidente da AMBr destaca no Senado importância da prevenção ao câncer de próstata O Dr. Luciano Carvalho participou no dia 04 de novembro da sessão solene do Congresso Nacional em homenagem ao Movimento Novembro Azul, quando destacou a importância de os homens deixarem o preconceito de lado e se submeterem aos exames preventivos do câncer de próstata. A senadora Ana Amélia (PP-RS), requerente da sessão de homenagem, alertou que o câncer de próstata é a segunda causa de morte entre os homens no Brasil, ficando atrás somente das doenças cardíacas. A senadora citou dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) que revelam que entre os anos de 1979 e 1999 houve um aumento de 139% na taxa de mortalidade por esse tipo de câncer. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 A saúde do homem está em alta 35 Agende-se Pós-graduação Lato Sensu 2014-2015 Local: Inscrições: Período: Informações: Universidade de Marília (Unimar)/Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e Social de Londrina – PR (Itedes) abertas para os seguintes cursos Lato Sensu: Geriatria • 18 meses (580hs) Medicina do Trabalho • 24 meses (1920hs) Medicina Legal e Perícias Médicas • 24 meses (1960hs) Aulas às sextas e sábados (14) 2105-4100 ou (43) 9630-6683 www.unimar.br/pos ou pelo email [email protected] Março Simpósio de Endoscopia Digestiva VIII Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva Realização: Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Temas gerais: Esôfago de Barret, Gastrites, Doença Celíaca, Pancreatite Crônica, Doença de Crohn, entre outros Data: Local: Informações: Fevereiro IV Congresso Luso Brasileiro de Medicina Intensiva - Edição Brasil 36 Informações: Data: Local: 06 a 08 de fevereiro 2014 Centro de Congressos do Porto Palácio Hotel www.spavc.org 27 a 29 de Março de 2014 Natal/RN Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde Data: Local: Informações: Canstock Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 8º Congresso Português do AVC Data: Local: 21 a 22 de março de 2014 Serrano Resort Convenções & Spa Avenida das Hortênsias, 1480, Gramado/RS www.simposiosobed2014.com.br 31 de março e 1º Abril de 2014 São Paulo/SP www.congressohumaniza.com.br Maio Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva Pediátrica Data: Local: 21 a 25 de Maio de 2014 Florianópolis/SC Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Perfil Dr. ALVIMAR GUERRA 38 O piauiense Alvimar Guerra, nascido no município de Curimatá em 20 de junho de 1941, seguiu os passos do irmão mais velho e foi cursar medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco. A Residência Médica foi no Rio de Janeiro, no Hospital dos Servidores do Estado, de onde saiu em 1967 para Teresina, cidade a qual dedicou seus primeiros anos como médico. “Retornei a Brasília e fiquei lotado no Hospital de Sobradinho, que tinha um convênio com a UnB. Na época fiz também concursos para o Hospital das Forças Armadas e para a Fundação Hospitalar”, conta o médico. No Hospital das Forças Armadas realizou-se como instrutor dos residentes em clínica médica em 1973, e depois no Hospital de Base, onde foi chefe da clínica médica por 17 anos. Neste último criou o serviço de doenças parasitárias e infecciosas. Ele conta, com orgulho, que ajudou na formação de mais de 970 médicos residentes. “Estar com o aluno, à beira do leito, examinando, diagnosticando e tratando é o que mais me dá prazer. Ensinar na prática aquilo que aprendi. O Brasil tem poucos clínicos e tenho orgulho de ter tido uma boa formação, o que me possibilitou preparar novos médicos”. Dr. Guerra faz questão de ressaltar a importância da relação médico-paciente, conquistada com diálogo e paciência. “Sempre defendi que o médico deve ter tempo para ouvir o paciente. Hoje, além de mal preparados, Estar com o aluno, à beira do leito, examinando, diagnosticando e tratando é o que mais me dá prazer. Ensinar na prática aquilo que aprendi.” os médicos estão sem tempo para atender os seus pacientes”, lamenta. “Raciocínio clínico, bom exame físico, anamnese, impressão diagnóstica. O paciente precisa passar por todas essas etapas antes de o médico solicitar qualquer exame adicional”, completa. Após 45 anos de exercício da medicina aposentou-se em 2002. Vislumbra agora um novo ciclo de vida com o recente casamento com a pedagoga Marieci Mascarenhas de Macedo. Pai de três filhos e avô de quatro netos orgulha-se da sua trajetória dedicada à medicina e faz muitos planos para o futuro. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Em 1970 Dr. Alvimar Guerra recebeu o convite da UnB para dirigir o campus avançado do Projeto Rondon em Barra do Garças, e por lá ficou até 1972. Ao retornar à capital do Brasil foi clinicar no Hospital de Sobradinho. 39 Faz 25 anos de alta tecnologia e excelência em atendimento *CZT Detector Discovery GE, Arquitetada para menor índice de claustrofobia. O IMEB conta com uma equipe excelente em atendimento e com os mais modernos equipamentos do mercado atual. J G R AC O EN Somos internacionalmente cer��cados com o selo ISO 9001:2008 e nacionalmente acreditados nível 2 pela ITADO PL ONA. ED *Discovery_NM750b dedicado a estudo de mama e pescoço. Dr. Alaor Barra Sobrinho Diretor Tecnico Médico CRM/DF 3029 Equipamentos dedicados a estudos cardíacos e mamários Radiofarmácia e Enfermagem voltados para o diagnós�co de imagens Ressonância Magné�ca de alto campo com maior abertura do Gantry possibilitando maior conforto e menos claustrofobia PET/CT clinicaimeb Asa Norte SMHN Quadra 02 Conjunto C Sobreloja 18 - Próximo ao Hospital HRAN Brasília - DF CEP: 70710-100 / (61) 3326-0033 Asa Sul imebrasilia SHLS 716 conj. L, Centro Clínico Sul Torre I salas T121/124 Brasília- DF CEP: 70390-700 / (61) 3245-2102 entrevista José Garrofe Dórea O Conselho Administrativo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) debate há alguns anos a necessidade de uma ação global para proteger a saúde humana e o meio ambiente da exposição ao mercúrio. O Conselho reconhece que os esforços atuais para reduzir os riscos do mercúrio não têm sido suficientes para enfrentar os desafios globais trazidos pela substância, e conclui que é necessária uma ação internacional de longa duração. O mercúrio pode viajar longas distâncias pelas correntes aéreas e aquáticas e nos corpos de espécies migratórias. Ele pode causar danos à saúde humana e ao meio ambiente em locais muito distantes daqueles onde foi originalmente liberado. Amplamente discutido em muitos países, os perigos provenientes da utilização da substância foi tema da palestra Mercúrio Zero, promovida pela Associação Médica de Brasília, no dia 09 de dezembro. O evento contou com a palestra do Dr. José Garrofe Dórea, um dos principais mentores do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. Dr. Dórea destaca a relevância do tema para os profissionais da saúde, em especial para os pediatras e neonatologistas: “nosso país está em descompasso com os outros. Precisamos discutir sobre isso, principalmente no que diz respeito às vacinas infantis. Lá fora ninguém mais usa vacina com mercúrio”, observa. O médico lembra ainda do Tratado de Minamata, assinado junto às Nações Unidas, o qual prevê que dentro das próximas décadas haverá um controle de redução do mercúrio em escala global. “O Brasil precisa estar preparado e informado para aderir”. E completa: “mas infelizmente nosso país ainda não está muito preocupado com essa situação. Precisamos incentivar e promover discussões”. Dr. José Garrofe Dórea, é graduado pela U. F. Rural de PE (1968), com MSc (1971) e PhD (1975) concentrado em Nutritional Biochemistry pela Univ. of Massachusetts (USA). Prof. Titular da UnB com atividade docente na Univ. of Hawaii (USA - 1988) e UNICAMP (1989). Trabalha com Nutrição (Metabolismo Mineral - Zn, Ca, P, Cu, Se, Fe, I) e Ecotoxicologia (metais tóxicos - Hg, Pb, Sb; organoclorados - DDT, DDE; e interferentes endócrinos) atuando principalmente nos seguintes temas: leite humano, biomarcadores, poluentes endócrino-ativos, toxicologia do mercúrio, saúde de populações (urbanas e ribeirinhos da Amazonia). Um dos principais mentores do Programa de Pósgraduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. O que é a Campanha Mercúrio Zero? Iniciativa atrelada aos propósitos da Convenção de Minamata (Minamata Convention) assinada este ano por mais de uma centena de nações membros da ONU, com o objetivo de diminuir o uso da substância e a poluição causada pelo mercúrio, que começa a prejudicar o desenvolvimento infantil em escala global. Quais os riscos do Mercúrio às pessoas e ao meio ambiente? O principal e mais notável (tanto clínico como ambiental) é o comprometimento do sistema nervoso. A doença de Minamata e o envenenamento em massa acontecido no Iraque são exemplos do desastre ambiental com consequências clínico-patológicas, inclusive óbitos. Por que as vacinas no Brasil ainda contêm mercúrio? Porque, como sociedade, adotamos práticas irresponsáveis ou inconsequentes. Somos um país rico, cuja riqueza não alcança a sociedade. Assim, as pessoas que pagam por imunizações infantis nas clínicas privadas recebem vacinas em doses únicas que não contêm timerosal (mercúrio) enquanto que o resto da população recebe o produto "barato" (doses múltiplas) nos postos de saúde do governo, contendo timerosal. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Campanha Mercúrio Zero 41 Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Camarão ao molho de gorgonzola 42 O cirurgião Carlos Sabino, alagoano nascido em Maceió, é um grande apreciador da gastronomia. O médico mantém em sua residência uma rica adega com vinhos trazidos de viagens. Nos passeios para a terra natal carrega, em sua mala especial, os vinhos preferidos para brindar com a família e amigos. Pai de três filhos e avô de cinco netos mantém com a esposa, Cynthia, a tradição familiar de fazer semanalmente um jantar onde experimentam novos pratos. “Depois que meus filhos se casaram eu comecei a fazer um jantar uma vez por semana para minha esposa, mas os filhos descobriram e começaram a participar. Hoje o jantar é familiar e nos divertimos experimentando novos pratos e vinhos”, conta com orgulho. O prato que Dr. Sabino ensina aos leitores da revista Médico em Dia é um dos preferidos da família. “O segredo é utilizar os ingredientes frescos e selecionados. Temos que ter atenção também para o ponto do camarão”, alerta o médico. 3 1 5 4 2 CAMARÃO AO MOLHO DE GORGONZOLA Receita para 05 pessoas MODO DE PREPARAR 1 Tempere os camarões com o suco de limão, sal, alho e pimenta do reino. 2 Derreta parte da manteiga em uma frigideira e acrescente um fio de azeite. 3 Grelhe os camarões aos poucos. 4 Em outra panela derreta o queijo gorgonzola, adicione uma colher de manteiga, misture bem e adicione o creme de leite. Quando ferver desligue o molho e verifique o sal. 5 Sirva os camarões com o molho de gorgonzola por cima. Sugestão de acompanhamento: Arroz com passas. O segredo é utilizar os ingredientes frescos e selecionados. Temos que ter atenção também para o ponto do camarão”. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 INGREDIENTES •20 camarões GG de águas profundas •Suco de 02 limões •350g de queijo gorgonzola •100g de manteiga •01 lata de creme de leite leve • Sal mediterrâneo •Pimenta do Reino •Alho amassado •Azeite 43 Destinos PORTUGAL PORTUGAL ÉVORA Portugal é um dos países europeus Évora tem fundação pré-romana mas foi durante o domínio romano que as suas terras se tornaram importantes. Depois que os árabes foram expulsos dali, no século 12, a monarquia portuguesa assumiu o poder e fez Évora florescer como importante centro de estudos e artes nos séculos 15 e 16. mais avançados, fica entre a Península Ibérica e o Atlântico Norte. Por sua proximidade com a costa desenvolveu uma vocação marítima que permitiu a exploração e a descoberta de Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 novos destinos. 46 Anualmente o país recebe cerca de 13 milhões de visitantes, que são atraídos pelas diversas opções de turismo. A UNESCO registrou 16 patrimônios culturais, entre sítios arqueológicos, paisagens naturais e centros históricos como o Centro Cultural de Porto, segunda maior cidade do país, que reúne a riqueza dos edifícios, das igrejas barrocas e das características arquitetônicas neoclássicas. A cidade de Algarve é conhecida por seus excelentes campos de golfe, atraindo turistas e recebendo prêmios que exaltam as ótimas instalações para a prática do esporte. Na zona de Portimão foi inaugurado o primeiro campo, o Le Meridien Penina Golf & Resort, considerado, por várias vezes, o melhor da Europa. A gastronomia portuguesa é fortemente influenciada pelo mar, onde os peixes e mariscos compõem as principais receitas, sendo o bacalhau a mais famosa. Os pratos são regados pelo famoso azeite e acompanhados pelos vinhos marcantes. Outra delícia que vale à pena conferir é a variedade de queijos da cidade de Alentejo. Por Mônica Nóbrega A maior parte das atrações concentra-se dentro das muralhas medievais da Cidade Velha, como a catedral gótica e a Igreja dos Lóios, dedicada a João Evangelista. O labirinto de ruelas pode ser visitado a pé, e guarda vias de nomes pitorescos, como a Travessa do Pão Bolorento e a Rua do Imaginário. Cidade histórica no coração do Alentejo, é herdeira de um rico e variado patrimônio cultural, construído e preservado ao longo do tempo, metrópole eclesiástica e residência temporária da Corte, é cercada por uma bela e imponente muralha de pedra palco de fatos históricos, como o encontro de Pedro e Inês, romance famoso e trágico, cantado e escrito até os dias de hoje. Évora é um dos lugares mais bonitos e envolventes de Portugal, talvez da Europa. Cada monumento nos leva a uma época da história, fascinando o turista e despertando nele um desejo grande de percorrer mais ainda o túnel do tempo. Na Praça do Giraldo, os prédios e arcadas nos trazem os primeiros 450 anos do domínio mouro; no centro da cidade, o Templo de Diana é o próprio cenário romano. Observe bem o Aqueduto Água de Prata, um dos monumentos mais emblemáticos de Évora. Trata-se de uma obra-prima de engenharia que remonta ao século XVI e é um dos maiores aquedutos de Portugal. Trazia água a 18 km de distância, até ao centro da cidade. E, ainda, visite a A Universidade de Évora, belíssima, que foi a segunda universidade a ser fundada em Portugal, depois da fundação da Universidade de Coimbra, em 1537. Mas há um templo que impacta, fascina e assusta: A Capela dos Ossos, erguida com os esqueletos de 5 mil monges que viveram ali no século 17. À entrada, os dizeres: “Nós, ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”! Arrepio. GASTRONOMIA Muitos são os bons restaurantes de Évora, mas vou me ater a um, em especial. Seguramente um dos melhores restaurantes de Portugal, visita obrigatória de Chefes de Estado, artistas, turistas de bom gosto. Refiro-me ao Fialho, fundado em 1948 por Manuel Fialho, ajudado por seus filhos Amor, Gabriel e Manuel. Gabriel, até esse ano esteve à frente da cozinha, deixando-a para descansar em outra dimensão. Saudade. Especialidade: a excelente culinária, inesquecível. Não deixe de experimentar de entrada os aspargos bravos com ovos. Como pratos principais, a escolha é difícil: Cação de coentrada; Borrego assado no forno; Lombinhos de javali com purê de maçã; Lombo de porco com ameijoas; Perdiz à Convento Cartuxa; Arroz de pombo e Bochecha de porco preto. Endereço: Travessa dos Mascarenhas, 16 – Évora Fone: 00 (operadora) 351 266 703 079 NÃO DEIXE DE VISITAR PRÓXIMO A ÉVORA Castelo de Estremoz – Estremoz No alto da colina, em Estremoz, você vai encontrar o castelo medieval, que exibe uma combinação de estilos Gótico, Moderno e Neoclássico. Foi construído para defender esta zona do Alentejo e também é conhecido por ser o local onde a Rainha Santa Isabel faleceu em 1336. Óbidos COMO CHEGAR EM ÉVORA Guiando, a partir de Lisboa, o percurso até Évora leva pouco mais de uma hora. São 135 quilômetros seguindo as autoestradas A-2 e A-6. Se vier de Porto (370 quilômetros), siga pela A-1 e, em Santarém, pegue o IC-10; depois, perto de Almeirim, saia para a A-13. Em seguida, no nó da Marateca, vire para a A-6 e continue até Évora. Também há ônibus (www.rede-expressos.pt) e trens (www.cp.pt) que partem da estação Santa Apolónia, na capital. De ônibus, a viagem dura três horas (desde € 11). De trem, a passagem custa a partir de € 25. SERVIÇOS DDI: 351 Moeda: Euro Idioma: Língua Portuguesa Site da Embaixada: www.embaixadadeportugal.org.br REFERÊNCIAS •http://g.turismodeportugal.pt/ •http://www.visitportugal.com/pt-pt •http://www.proveportugal.pt/ •http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 História e lugar, lindos. A 80 Km de Lisboa, a vila tem sua história ligada à nobreza, pois no século XIII o rei Dinis casou-se com Isabel de Aragão e deu a ela, como dote, nada mais nada menos que Óbidos!!! Em todos os cantos, flores. 47 CRÂNIO IMAGENS EM 3D E ESTUDO COM AUXÍLIO DO SOFTWARE SWI RESSONÂNCIA MAGNÉTICA REALIZAMOS TODOS OS EXAMES Unidade Lago Sul | QI 15 Comércio Local MAMAS e MAMAS COM IMPLANTE DE SILICONE IMAGENS EM 3D, DIFUSÃO E ESPECTROSCOPIA. 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Brasília Hospital Home Hospital Paccini de Oftalmologia Ceilândia HOB – Hospital Oftalmológico de Brasília Pronto Socorro das Fraturas INBOL – Inst. de Saúde de Olhos Brasiliense Samambaia Hospital São Francisco Hospital Renascer Benefícios Adicionais (Incluídos no valor do plano) Benefícios Hospital Santa Helena Hospital Prontonorte Prático Versátil Unimed Assis. Internacional Sim Sim SEA – Seguro de Extensão Assistencial Sim Sim - Sim Unimed Garantia Funeral (cônjuge e filhos) Sim Sim Atendimento Médico Domiciliar Sim Sim Hospital Alvorada Taguatinga Orientação médica via telefone Sim Sim ISOB – Instituto Brasiliense de Olhos Desconto em Medicamentos Sim Sim Unimed Assistência Residencial Mansão Vida Gama Hospital Mª Auxiliadora Lago Sul Planaltina Hospital Brasília Hospital Santa Paula Hospital Daher Laboratórios Laboratório Sabin Taguatinga Laboratório Exame Hospital Santa Marta Laboratório Pasteur * A Rede Credenciada poderá ser alterada pela Seguradora sem aviso prévio. Revista Médico em Dia • NOVEMBRO/DEZEMBRO de 2013 Asa Norte 49 Clube de Afinidades O Clube de Afinidades da Associação Médica de Brasília oferece desconto para seus associados em diversos estabelecimentos comerciais conveniados. Confira nossos parceiros e aproveite os descontos exclusivos para associados da AMBr: HC PNEUS (61) 3262-2100 Pneus: desconto de 37%; Peças: desconto de 30%; Serviços: desconto de 30%. Gratuito: Regulagem de faróis, rodízio de pneus, consertos de furos de pneu (sem câmara) Academia Dom Bosco (61) 3321-1214 15% no valor da matrícula 10% para atividades aquáticas Hotel Nacional (61) 3321-7575 Desconto de 45% na hospedagem sobre tarifa de balcão ABS Brasília Sommeliers (61) 3323-5321 Descontos diferenciados para associados AMBr Hotel Fazenda Mestre D’Armas (61) 3248-4000 Desconto de 20% em baixa temporada e 10% em alta temporada. Adriana Sócrates – Psicóloga (61) 3443-3522 709/909 Sul, Ed. 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