PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE OLINDA 2010 - 2013 Relatório Final da 9ª Conferência Municipal de Saúde de Olinda Olinda - 2009 Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Saúde PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE OLINDA 2010 – 2013 Aprovado na 9° Conferência Municipal de Saúde de Olinda em 04 de outubro de 2009 Olinda 2009 RENILDO VASCONCELOS CALHEIROS PREFEITO HORÁCIO REIS VICE-PREFEITO TEREZA ADRIANA MIRANDA DE ALMEIDA SECRETÁRIA DE SAÚDE CRISTINA MENEZES SECRETÁRIA ADJUNTA DE SAÚDE TÂNIA REDIVIVO DIRETORIA DE ATENÇÃO À SAÚDE MÁRCIA MARIA CAVALCANTI MARCONDES DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE MARKENE FERNANDES VIEIRA DIRETORIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA LÍVIA TEIXEIRA DE SOUZA MAIA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO EM SAÚDE MESULLAN DA SILVA TORRES DISTRITO SANITÁRIO I WANESSA KARLA REGIS SILVA DISTRITO SANITÁRIO II ODIVANE VEIGA Departamento de Programação, Controle, Avaliação e Auditoria LIÉGE LINS Gerência de Gestão de Pessoal Prefeitura Municipal de Olinda. Secretaria de Saúde. PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2010 – 2013. Olinda, dezembro de 2010. Organização: Diretoria de Planejamento em Saúde - DPS CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE OLINDA CONSELHEIRO REPRESENTANTE SEGMENTO TEREZA ADRIANA MIRANDA DE ALMEIDA LIVIA TEIXEIRA DE SOUZA MAIA SIVALDO BARBOSA LEAL JOSINEIDE FERREIRA DA SILVA ÁLVARO HENRIQUE DE ARAÚJO DUARTE HILDA WANDERLEY GOMES Titular Gestor Suplente Gestor Titular Gestor Suplente Gestor Titular Gestor Suplente Gestor ANA KELLY MARA DE ARAÚJO EUD JOHNSON DE LIMA CORDEIRO Titular Prestador Suplente Prestador SEM INDICAÇÃO SEM INDICAÇÃO Titular Fundação de ensino Suplente Fundação de ensino MARIA CRISTIANE GOMES DE LIRA NEILTON JOSÉ DOS SANTOS WALMIR DE OLIVEIRA MIRANDA ALEX DOS SANTOS SILVA TERESA CRISTINA SANTIAGO DA SILVA AUGUSTO CÉSAR DE MELO SILVA ROMERO MÁRCIO NOGUEIRA DIAS SANDRA BRITTO MAURINA LINS CÂMARA MARIA BETÂNIA COUTO DE LIMA Titular Trabalhador em Saúde Suplente Trabalhador em Saúde Titular Trabalhador em Saúde Suplente Trabalhador em Saúde Titular Trabalhador em Saúde Suplente Trabalhador em Saúde Titular Trabalhador em Saúde Suplente Trabalhador em Saúde Titular Trabalhador em Saúde Suplente Trabalhador em Saúde JOÃO DOMINGOS DOS SANTOS RAIMUNDO VIANA REGO JOSITAN MARQUES COSME JOSÉ DO NASCIMENTO ELENILDA MARTINS FERREIRA TELMA MARIA DA SILVA MARCELY CARVALHO NEVES CARLOS ANTÔNIO DA SILVA PINTO ADETILDE DE LOURDES MORAIS ISRAEL BARBOSA DE SOUZA PATRÍCIA LAINE DA SILVA CAETANO MARTA MARIA DE LIMA SILVA JUAREZ JOSÉ DA SILVA MARIA JOSÉ DE MARIZ CARDOSO ESRON MESSIAS DE SANTANA EUDO LUNA CAVALCANTE DENIVANE FERNANDA SOARES DE FREITAS MARIA APARECIDA TENÓRIO PEREIRA Titular Usuário Suplente Usuário Titular Usuário Suplente Usuário Titular Usuário Suplente Usuário Titular Usuário Suplente Usuário Titular Usuário Suplente Usuário Titular Usuário Suplente Usuário Titular Usuário Titular Usuário Titular Usuário Suplente Usuário Titular Usuário Suplente Usuário COORDENAÇÕES DE POLÍTICAS ESTRATÉGICAS Josilene Félix Ciclos da Vida Ângela Marcondes DANTs / Redução de Danos Inês Tenório Saúde da Mulher Sony Santos DST/AIDS Conceição Silva Saúde da População Negra Mário Sérgio Saúde Bucal Vilma Cerqueira Alimentação e Nutrição / SISVAN Vânia Veruska Humanização e Ouvidoria Maria Paula Botelho Reabilitação Aparecida Costa Saúde do Trabalhador Pedro Fernando Saúde Mental Wilson Freire NEPS Ângela Marcondes Controle de Doenças Endêmicas Andréa Lobo Gestão da Informação Ceci Alencar Planejamento e Programação em Saúde Ivan Luís Correia Regulação Adriana Luna Vigilância Epidemiológica Claudenice Pontes Vigilância Ambiental Adriana Figueiredo Vigilância Sanitária Tiago Gomes Central de Abastecimento Farmacêutico Tereza Sales Laboratório Municipal Izabel Ferraz Urgência e Emergência Lídia Cristina Imunização - PNI SUMÁRIO Apresentação........................................................................................................................... 1 Introdução .................................................................................................................................. 10 1.1 A 9° Conferência Municipal de Saúde................................................................................ 10 1.2 O Plano Municipal de Saúde 2010 - 2013............................................................................... 13 2 O Município................................................................................................................................. 14 2.1 Caracterização territorial......................................................................................................... 15 2.2 Estrutura Populacional............................................................................................................ 16 2.3 Aspectos socioeconômicos..................................................................................................... 19 3 A situação da saúde................................................................................................................... 22 3.1 Natalidade............................................................................................................................... 23 3.1.1 Recém nascido: características gerais............................................................................. 24 3.1.2 Gestantes: características gerais..................................................................................... 25 3.1.3 Atendimentos às gestantes e aos recém nascidos: características gerais........................ 26 3.2 Mortalidade............................................................................................................................. 27 3.2.1 Mortalidade geral................................................................................................................. 27 3.2.2 Causas externas................................................................................................................. 34 3.2.3 Mortalidade infantil.............................................................................................................. 36 3.2.4 Mortalidade materna........................................................................................................... 38 3.3 Morbidade................................................................................................................................ 40 3.3.1 Tuberculose e hanseníase.................................................................................................. 40 3.3.2 Dengue................................................................................................................................ 44 3.3.3 Leptospirose........................................................................................................................ 46 3.3.4 Meningite............................................................................................................................ 46 3.3.5 Hepatites............................................................................................................................. 47 4 Rede Assistencial e Modelo de Atenção................................................................................... 49 4.1 A Rede Assistencial ............................................................................................................... 50 4.2 O Modelo de Atenção.............................................................................................................. 55 4.2.1 Promoção à Saúde............................................................................................................ 56 4.2.2 Vigilância em Saúde............................................................................................................ 57 4.2.3 Atenção básica ou primária................................................................................................. 57 4.2.4 Atenção de média e alta complexidade.............................................................................. 58 4.2.5 Aprimoramento da gestão................................................................................................... 58 5 Proposição e Metas 2010- 2013................................................................................................ 59 5.1 Organização da Atenção à Saúde .......................................................................................... 60 5.1.1 Atenção básica................................................................................................................... 60 5.1.2 Atenção especializada........................................................................................................ 68 5.1.3 Assistência farmacêutica.................................................................................................... 73 5.2 Vigilância em Saúde............................................................................................................... 74 5.2.1 Controle de riscos à saúde................................................................................................. 74 5.2.2 Vigilância de doenças, agravos e eventos vitais ................................................................ 78 5.2.3 Vigilância das principais endemias..................................................................................... 80 5.2.4 Vigilância das doenças crônicas não transmissíveis......................................................... 81 5.2.5 Vigilância das doenças sexualmente transmissíveis DST/AIDS......................................... 82 5.2.6 Política de Saúde do Trabalhador...................................................................................... 84 5.3 Gestão do Sistema Municipal de Saúde................................................................................ 85 5.3.1 Aprimoramento dos instrumentos de gestão...................................................................... 85 5.3.2 Gestão territorial.................................................................................................................. 87 5.3.3 Regulação assistencial........................................................................................................ 88 5.3.4 Gestão do trabalho em saúde............................................................................................. 89 5.3.5 Gestão democrática e participativa..................................................................................... 91 Moções Aprovadas......................................................................................................................... 94 Expediente....................................................................................................................................... 98 Anxo.................................................................................................................................................. 103 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 APRESENTAÇÃO O documento ora apresentado refere-se ao Plano Municipal de Saúde do Município de Olinda, com vigência para 2010 a 2013, elaborado a partir das discussões no nível local, distrital e central da Secretaria de Saúde e submetido ao Controle Social, através da 9ª Conferência Municipal de Saúde, configurando-se como Relatório Final desta conferência, e teve como foco principal a discussão e elaboração do referido Plano Municipal de Saúde, na perspectiva de subsidiar discussões e proposições para organização de um modelo de atenção à saúde universal, equânime e integral. A Conferência teve a realização de 07 Plenárias Distritais, que garantiu a participação de mais de 800 pessoas nos três momentos de sua preparação e resultou na representação de 240 delegados, que enquanto gestores, trabalhadores e usuários passaram a decidir pelos rumos da política municipal de saúde de Olinda até 2013, garantindo a necessária legitimidade do processo de consolidação do SUS, e permitindo a construção de um cotidiano com ações e serviços de saúde mais próximos das necessidades dos que dele necessitam. Tereza Adriana Miranda de Almeida Secretária de Saúde de Olinda 8 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 1 INTRODUÇÃO Todos aqueles que batalham pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em nosso País reconhecem os grandes avanços ocorridos na última década que o converteram em um dos sistemas de saúde público de maior cobertura no mundo. A ampliação do acesso da população aos serviços de saúde, tanto na atenção básica quanto na de maior complexidade, acompanhados de um processo de descentralização radical elevou os municípios à condição de principais atores da saúde. Entretanto, a implementação do SUS, como era de se esperar desencadeou problemas financeiros, organizacionais e gerenciais, que desafiam e retardam a concretização de algumas das premissas constitucionais do sistema e ameaçam a sua sustentabilidade. A 9° Conferência Municipal de Saúde de Olinda reconhece esses problemas e traz como tema “O controle social em defesa do SUS – Patrimônio da Humanidade” levando a uma reflexão sobre as estratégias de enfrentamento, não só por parte dos gestores, como também de todos que entendem a saúde como condição de cidadania. 1.1. A 9° CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE A 9° Conferência Municipal de Saúde de Olinda, fórum máximo de deliberação sobre a política de saúde do município com participação da população, com o tema “O controle social em defesa do SUS: Patrimônio da Humanidade” ocorreu nos dias 03 e 04 de outubro de 2009 no Teatro Beberibe – Centro de Convenções de Pernambuco. O referido tema reflete a preocupação do controle social e da gestão da saúde frente à política de saúde do Município e os novos desafios na defesa e consolidação do Sistema Único de Saúde. O processo que antecedeu a Conferência foi coordenado pela Comissão Organizadora e se deu através de metodologia participativa, em 10 reuniões, com amplo debate para a elaboração do Regulamento, Regimento Interno e Regimento Eleitoral e a definição do temário da Conferência de abertura e mesas com respectivos debatedores. A produção dos documentos referidos e outros 10 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 encaminhamentos passaram pela aprovação junto ao pleno do Conselho Municipal de Saúde. Durante o período de Pré-Conferência, a Secretaria de Saúde de Olinda e o Conselho Municipal de Saúde realizaram entre os dias 02 a 23 de setembro de 2009, sete Plenárias Distritais que elegeram os delegados representantes dos usuários e dos trabalhadores para representarem seus segmentos na Conferência Municipal de Saúde e discutirem as diretrizes do novo Plano Municipal de Saúde. Nas Plenárias Distritais foram realizados encontros nas comunidades ressaltando a importância da participação popular na construção do planejamento, a organização dos serviços de saúde no município e as principais proposições da gestão para a Saúde. Em todas os momentos os usuários e trabalhadores tiveram espaço para expressar suas insatisfações, sugestões e propostas para melhoria dos serviços aos gestores presentes. As Plenárias contaram com a participação de mais de 800 pessoas, entre usuários e trabalhadores e teve como avanço a incorporação de tecnologia com a informatização do credenciamento e a utilização do voto eletrônico no processo de eleição dos delegados, garantindo mais agilidade e transparência no processo eleitoral. A 9° Conferência Municipal de Saúde contou com a participação de 240 delegados, representando os usuários, trabalhadores, governo e prestadores integrantes do SUS/Olinda e mais 60 participantes, entre convidados e observadores. A Programação teve início com a Sessão Solene de Abertura que aconteceu às 9h00min do dia 03 de Outubro contando com a Presença do Prefeito Renildo Calheiros, da Secretária de Saúde Tereza Miranda, de Representantes do Governo, da Secretaria Estadual de Saúde, do Conselho Municipal de Saúde e com a Secretária Ciência e Tecnologia do estado de Pernambuco, Luciana Santos, que ministrou a Palestra “Acesso à saúde com qualidade: Desafio do SUS”. Para a abertura oficial da Conferência foi elaborado um cordel, apresentado sob a forma de jogral, com 16 participantes: representantes da Gestão, dos trabalhadores e dos usuários (Anexo I). Para a condução oficial dos trabalhos foi formada uma mesa para apresentação do Regimento Interno com representantes da Gestão e do Conselho Municipal de Saúde. O Regimento foi apresentado e lido, os debates foram abertos, 11 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 sendo deliberadas algumas alterações ao texto original, que foi aclamado pela plenária. Para estimular o debate foral mesas de discussão abrangendo temas como Controle Social e Gestão do Trabalho em Saúde, e serviram como base para orientar as discussões nos trabalhos de Grupo. A primeira mesa trouxe o tema “O controle social em defesa do SUS desafios e perspectivas” e teve como expositores o representante do Conselho Nacional de Saúde, Alexandre Magno e a Presidente do COSEMS-PE, Cristina Sette. Contou ainda com o Conselheiro João Domingos como debatedor e o Conselheiro Romero Dias na coordenação da mesa. A programação seguiu com a Mesa intitulada “Gestão do Trabalho em Saúde”, tendo como expositores o representante da Prefeitura da Cidade do Recife, Carlos Sena e a pesquisadora do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Kátia Medeiros, além da Conselheira Cristina Santiago como debatedora e com a Secretária de Saúde de Olinda, Tereza Miranda na coordenação da mesa. Foram estruturados cinco Grupos de Trabalho que discutiram as propostas em três eixos: Organização da Atenção à Saúde, Vigilância à Saúde; Gestão do Sistema Municipal.Os grupos tiveram como documento base das discussões o Plano Municipal de Saúde proposto para os anos de 2010-2013. No eixo Organização da Atenção à Saúde, o Grupo 01- Organização da Assistência à Saúde – Atenção Básica, discutiu as ações transversais das políticas de saúde na atenção básica; O Grupo 02 Organização da Assistência à Saúde – Atenção Especializada e Farmacêutica debateu as ações transversais das políticas de saúde na atenção especializada e Farmacêutica. No eixo Vigilância à Saúde, o Grupo 03- Discutiu as ações da Vigilância à Saúde, organizadas em: Controle de Riscos à Saúde; Vigilância de Doenças, Agravos e Eventos Vitais; Vigilância das Principais Endemias; Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis; DST/AIDS e Saúde do Trabalhador No eixo Gestão do Sistema Municipal de Saúde, O Grupo 04 - Gestão do Sistema Municipal de Saúde refletiu sobre as ações da Gestão do Sistema municipal de Saúde, organizadas em: aprimoramento dos Instrumentos de Gestão; gestão territorial e regulação assistencial, enquanto que o Grupo 05 - Gestão do Trabalho e Gestão Democrática e Participativa trouxe à discussão as ações da Gestão do 12 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Sistema Municipal de Saúde organizadas em:gestão do trabalho; controle social; humanização e ouvidoria As discussões e propostas aprovadas nos trabalhos de grupo foram submetidas à plenária final para aprovação, constando nesse documento todas as proposições aprovadas pelo pleno. 1.2. O PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE – 2010 - 2013 O Plano Municipal de Saúde 2010-2013 para o município de Olinda tem como eixos a ampliação do acesso; a qualificação do atendimento; a gestão democrática; a incorporação tecnológica e a responsabilidade sanitária. Isso representa um grande desafio para um município com necessidades de saúde inesgotáveis e recursos de financiamento limitados, o que reforça a importância da mobilização social para viabilizar os avanços esperados. O Texto-Base do Plano Municipal de Saúde está estruturado a partir de um diagnóstico situacional, com informações que caracterizam o município, segundo sua divisão em 02 distritos sanitários. Apresenta aspectos demográficos, sócioeconômicos, epidemiológicos e descreve qual é o modelo assistencial proposto para a rede de saúde municipal. Tomando por base todos esses aspectos, o texto-base apresenta 03 eixos com proposições e metas: Organização da Atenção à Saúde, Vigilância à Saúde e Gestão do Sistema Municipal de Saúde. Para organizar a atenção à saúde, buscou-se enfocar a atenção básica e especializada no planejamento das diversas políticas setoriais e a assistência farmacêutica. Ao apresentar as proposições e metas da Vigilância à Saúde, foi realizada uma integração das vigilâncias ambiental, epidemiológica e sanitária, destacando o controle de riscos à saúde, a vigilância das doenças, agravos e eventos vitais e a vigilância das principais endemias. O eixo Gestão do Sistema Municipal de Saúde apresenta proposições para o aprimoramento dos instrumentos de gestão, gestão territorial, para regulação assistencial e desenvolvimento da gestão de pessoas. O controle social terá destaque nesse eixo, enquanto instrumento possível de ampliar a participação social no SUS. 13 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 2 O MUNICÍPIO 2.1 CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL Olinda tem uma extensão territorial de 40,83 Km² e situa-se na Região Metropolitana do Recife, estado de Pernambuco, região Nordeste do Brasil. Limitase ao Norte com o município de Paulista, ao Sul com Recife, ao Leste com o oceano Atlântico, ao Oeste com Paulista e Recife. Configura-se como o menor município em extensão territorial e terceiro maior em porte populacional da Região Metropolitana do Recife. O território de Olinda é subdividido, segundo a Lei nº 5161/99, em 31 bairros e mais a zona rural. Para efeito de planejamento e gestão, o município também é dividido espacialmente em 10 Regiões Político-Administrativa (RPA) que se distribuem uniformemente em 2 Distritos Sanitários (FIGURA 1). Figura 1 – Regiões político administrativa, Distritos Sanitários e bairros. Olinda, 2009 15 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 2.2 ESTRUTURA POPULACIONAL O Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2000 registrou uma população de 367.902 habitantes, perfazendo uma densidade demográfica de 9,010 habitantes/Km². A estimativa para o ano de 2009 aponta um aumento dessa população em aproximadamente 8,0%, passando para 397.266 habitantes. As faixas etárias predominantes na população de Olinda são as de pessoas mais jovens. As faixas de 10 a 29 anos representam 35,4% da população olindense e a população idosa 10,4% desse total (TABELA 1; FIGURA 2). Tabela 1 – População residente segundo sexo e faixa etária. Olinda 2009 Masculino Feminino Total n % N % N % Menor 1 ano 2738 1,5 2639 1,2 5377 1,4 1 a 4 anos 11273 6,1 10957 5,2 22230 5,6 5 a 9 anos 15821 8,6 15602 7,3 31423 7,9 10 a 14 anos 16538 9,0 16292 7,7 32830 8,3 15 a 19 anos 17233 9,3 16963 8,0 34196 8,6 20 a 29 anos 35777 19,4 37914 17,8 73691 18,5 30 a 39 anos 30540 16,5 35283 16,6 65823 16,6 40 a 49 anos 23843 12,9 29694 14,0 53537 13,5 50 a 59 anos 15380 8,3 21468 10,1 36848 9,3 60 a 69 anos 9062 4,9 14151 6,7 23213 5,8 70 a 79 anos 4640 2,5 8081 3,8 12721 3,2 80 anos e mais 1894 1,0 3483 1,6 5377 1,4 Faixa Etária Total Fonte: IBGE 16 184739 100,0 212527 100,0 397266 100,0 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Figura 2 – Pirâmide etária por sexo. Olinda, 2009 Fonte: IBGE Considerando a distribuição geográfica no território de Olinda, percebe-se que há uma heterogeneidade de ocupação. Os bairros com maior número de habitantes são Rio Doce, Peixinhos e Jardim Atlântico. Entre os menos habitados destacam-se Amparo, Carmo e São Benedito (TABELA 2 e FIGURA 3). Figura 3 – População residente. Bairros, Olinda, 2009 Fonte: IBGE 17 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Tabela 2 – População segundo sexo e bairro de residência. Olinda, 2009 Sexo Bairro/Distrito Sanitário DISTRITO SANITÁRIO 1 Águas Compridas Aguazinha Alto da Bondade Alto da Conquista Alto do Sol Nascente Caixa D'Água Jardim Brasil Passarinho Peixinhos Salgadinho São Benedito Sapucaia Sítio Novo Vila Popular DISTRITO SANITÁRIO 2 Alto da Nação Amaro Branco Amparo Bairro Novo Base Rural Bonsucesso Bultrins Carmo Casa Caiada Fragoso Guadalupe Jardim Atlântico Monte Ouro Preto Rio Doce Santa Teresa Tabajara Varadouro Olinda Masculino 79887 10555 4973 4383 2714 1718 7353 7725 2317 18545 5107 1357 7738 2749 2655 106314 2131 2038 890 4206 3994 1498 2159 1031 6537 10107 2761 17715 3730 14283 21930 2245 5825 3233 186201 Feminino 88534 11542 5281 4567 2955 1861 7910 9349 2439 20603 5870 1459 8503 3212 2984 122962 2297 2232 1157 5549 3949 1685 2354 1307 8318 11238 3113 20531 4155 16780 25824 2542 6342 3588 211497 Total 168421 22096 10253 8951 5670 3579 15262 17074 4755 39148 10976 2816 16241 5961 5638 229277 4428 4270 2046 9755 7943 3184 4513 2338 14855 21345 5874 38246 7886 31063 47754 4788 12168 6821 397698 Em relação ao grau de urbanização da população, entre os anos de 1991 e 2000 (anos censitários), observou-se uma redução de 2,0%, passando de 100,0% para 98,0%. 18 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 2.3 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município de Olinda é de 0,792 o que o faz ocupar a quarta posição no ranking do Estado. Entre os anos de 1991 e 2000, observou-se redução de 31,4% na proporção de pessoas acima de 15 anos não alfabetizadas, passando de 14,5% para 9,9%, respectivamente. Os dados do Censo de 2000 revelaram que 15,2% dos domicílios de Olinda possuem renda mensal entre meio e um salário mínimo ou não possuem renda. Considerando o abastecimento de água no município, no ano de 2000, observa-se que a grande maioria da população usufrui da rede geral de abastecimento (93,7%) e 3,9% da população faz uso da água advinda de poços ou de nascentes localizados nas propriedades. Os bairros que possuem maiores proporções de domicílios ligados à rede geral de abastecimento de água são: Carmo, Amparo, Bonsucesso, Alto do Sol Nascente e São Benedito (FIGURA 4). Figura 4 – Proporção de domicílios ligados à rede geral de abastecimento de água. Bairros, Olinda, 2000 Fonte: Censo Demográfico/IBGE - 2000 19 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 No que diz respeito às instalações sanitárias, os dados do Censo 2000 revelaram que 35,8% dos moradores de Olinda residem em domicílios ligados à rede geral de esgoto. Destaca-se que 34,6% dos olindenses ainda fazem uso de fossas rudimentares em suas casas. Na Figura 5, estão distribuídos os bairros do município de Olinda segundo a proporção de domicílios com destino de esgoto para rede geral ou pluvial. Figura 5 – Proporção de domicílios com destino de esgoto para rede geral ou pluvial. Bairros, Olinda, 2000 Fonte: Censo Demográfico/IBGE - 2000 Com relação ao destino do lixo, 86,7% da população de Olinda conta com o sistema de coleta realizado por algum tipo de serviço de limpeza, o restante da população (13,4%), realiza a queima ou enterro do lixo na propriedade ou ainda despejam em terrenos baldios, ruas, rios, lagos ou no mar. Alguns pólos econômicos têm se desenvolvido no município, sendo os mais expressivos: Pólo Médico - trecho urbano entre a Avenida Carlos de Lima Cavalcanti e Avenida Getúlio Vargas, estendendo-se até o início da Avenida José Augusto Moreira, concentrando diversos serviços médicos, constituem-se num embrião de um Pólo Médico. O Município já dispõe de uma rede de saúde privada que congrega: 506 20 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 leitos, 6 unidades de complementação diagnóstica/terapêutica, 14 ambulatórios e inúmeras clínicas e consultórios médicos. Pólo Gastronômico - a Orla Marítima além de constituir importante alternativa de lazer para a população e para os turistas ávidos de sol e mar, apresenta num particular trecho situado entre os Milagres e a Praça do Quartel, em Bairro Novo, excelente potencial para o desenvolvimento de um pólo gastronômico apoiado com a implantação de estacionamentos. Turismo Cultural - Olinda é considerada desde 1997, pela EMBRATUR, cidade de interesse turístico contando com um conjunto urbano situado na colina histórica - entremeado por vários monumentos arquitetônicos incluindo igrejas, mosteiros, conventos, museus, mercados e o próprio casario que induz ao deslumbramento do visitante. Essas áreas com suas atividades específicas e mais o setor de indústria com 374 empresas, respondem por 73% da atividade econômica do município. Discriminando melhor, temos os seguintes percentuais: indústria (20%), comércio (18%), serviços (26%), social (13%), outros (27%) 6. A maior parte da população ativa desloca-se para exercer atividades nas cidades circunvizinhas, principalmente na capital, caracterizando o município como “cidade dormitório”. 21 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 3 A SITUAÇÃO DA SAÚDE Para caracterização da situação de saúde do município de Olinda, foram consideradas as informações referentes à: ü Natalidade; ü Mortalidade, com foco para mortalidade geral, por causas externas, infantil e materna e, ü Morbidade, com ênfase para algumas endemias: tuberculose, hanseníase, dengue, leptospirose, hepatites, meningites, filariose e esquistossomose. 3.1 NATALIDADE As informações sobre natalidade tem como fonte de dados o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), cujo documento padrão é a Declaração de Nascido Vivo (DN). São de competência das Secretarias Municipais de Saúde a coleta desses documentos nas fontes notificadoras, o processamento e a análise dos dados. No período entre 2004 e 2008 nasceram, em média, 6.329 crianças por ano, de mães residentes em Olinda. A taxa bruta de natalidade (TBN) refere-se ao número de nascimentos para cada cem mil residentes de uma dada população. No município de Olinda, a TBN apresentou redução ao longo do período de 2004 a 2008. No início da série, esse valor correspondia a 17,7 nascimentos para cada mil habitantes (17,7 nv/1.000 hab.), chegando a 15,2 nv/1.000 hab., em 2008 (FIGURA 6). 18, 0 17, 5 17,7 17, 1 17, 0 16,5 16, 5 16, 0 15, 5 15,3 15, 0 15,2 14, 5 14, 0 13, 5 2004 2005 2006 2007 2008 Figura 6 – Taxa bruta de natalidade. Olinda, 2004 a 2008 (Fonte: Sinasc/ DEVEP/SMS – Olinda) * (Dados sujeitos à revisão) 23 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 3.1.1 Recém- nascido: características gerais As análises da ocorrência do baixo peso ao nascer e da idade gestacional são de grande importância por indicarem risco de morbimortalidade no primeiro ano de vida. No ano de 2008, a proporção de nascidos com baixo peso ao nascer foi de 9,4% e a proporção com idade gestacional menor que 36 semanas (prematuros) foi de 7,9% (FIGURAS 7 e 8). 100.0 90.0 80.0 70.0 91.1 90.6 60.0 50.0 40.0 30.0 20.0 10.0 0.0 9.4 8.9 2004 2008 < 2.500 = 2.500 Figura 7 – Percentual de nascidos vivos segundo peso ao nascer. Olinda, 2004 e 2008* Fonte: Sinasc/ DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 100.0 90.0 80.0 70.0 60.0 50.0 40.0 30.0 20.0 10.0 0.0 92.7 91.6 7.9 7.3 2004 2008 = 36 semanas = 37 semanas Figura 8 – Percentual de nascidos vivos segundo idade gestacional. Olinda, 2004 e 2008* Fonte: Sinasc/ DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 24 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 3.1.2 Gestantes: características gerais Para o estudo das características das gestantes residentes em Olinda, foram considerados a idade materna e o grau de instrução. No ano de 2008, a proporção de mães com 15 a 19 anos foi 19,9%. Destaca-se o aumento, entre os anos de 2004 e 2008, na proporção de mães com 35 anos ou mais que, no ano de 2008, correspondeu a 9,2% do total das gestantes (FIGURA 9). Observou-se que 4,3% e 47,3% das mães apresentavam de 1 a 3 anos e 8 a 11 anos de estudo, respectivamente (FIGURA 10). 80.0 70.0 60.0 50.0 40.0 30.0 20.0 10.0 0.0 70.4 69.7 21.9 19.9 0.8 9.2 6.9 1.2 = 14 15-19 20 a 34 2004 = 35 2008 Figura 9 – Percentual de nascidos vivos segundo faixa etária da mãe. Olinda, 2004 e 2008* Fonte: Sinasc/ DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 50.0 45.0 46.0 41.3 40.0 35.7 35.0 30.0 29.5 25.0 17.2 20.0 15.0 13.6 10.0 5.0 0.0 6.0 1.8 4.3 0.7 Nenhuma 1-3 anos 4-7 anos 2004 8-11 anos 12e+ 2008 Figura 10 – Percentual de nascidos vivos segundo escolaridade da mãe. Olinda, 2004 e 2008* Fonte: Sinasc/ DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 25 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 3.1.3 Atendimento às gestantes e aos recém nascidos: características gerais O número de consultas realizadas no pré-natal está associado à mortalidade infantil e à mortalidade materna. No ano de 2008, a proporção de gestantes sem consultas de pré-natal foi de 1,8%. Salienta-se o aumento de 7,3% na proporção de gestantes residentes em Olinda com sete ou mais consultas realizadas, passando de 46,8% em 2004, para 50,2% em 2008. As proporções de partos cesáreos foram de 43,7% e 52,8%, nos anos de 2004 e 2008, respectivamente. Com relação ao local de ocorrência dos partos, observa-se que a maioria ocorreu em ambiente hospitalar nos dois anos estudados (TABELA 2). Merece destaque a evolução da proporção de partos cesarianos ao longo de dez anos, chegando a 52,8% no ano de 2008 (FIGURA 11). Tabela 2 – Número e percentual de nascidos vivos segundo características relacionadas ao atendimento à gestante e ao recém nascido. Olinda, 2004 e 2008* Fonte: Sinasc/ DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 2004 Características da gestante 2008 N % n % Nenhuma 184 2,7 106 1,8 1-3 consultas 729 10,9 481 8,0 4-6 consultas 2581 38,5 2293 38,2 7e+ consultas 3136 46,8 3011 50,2 77 1,1 111 1,8 Vaginal 3772 56,2 2826 47,1 Cesário 2934 43,7 3170 52,8 1 0,0 6 0,1 6700 99,9 5990 99,8 Outros estabelecimentos de saúde 3 0,0 3 0,0 Domicílio 4 0,1 8 0,1 6707 100,0 6001 100,0 Número de consultas de pré-natal Ignorado Tipo de parto Ignorado Local de ocorrência do nascimento Hospital Total 26 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 70.0 58.9 60.0 57.0 57.8 56.7 56.2 56.1 50.2 50.5 49.8 49.4 50.0 40.0 40.9 42.7 42.2 43.3 43.8 2001 2002 2003 52.8 46.9 43.9 30.0 20.0 10.0 0.0 2000 Vaginal 2004 2005 2006 2007 2008 Cesareano Figura 11 – Proporção de nascidos vivos segundo tipo de parto. Olinda, 1999 a 2008* Fonte: Sinasc/ DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 3.2 MORTALIDADE Os dados de mortalidade tem como fonte o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) que fornece informações sobre quem, onde e como ocorrem os óbitos de residentes de uma dada população. 3.2.1 Mortalidade geral Entre os anos de 2004 e 2008, Olinda captou uma média anual de 2.707 óbitos. O ano de 2006 foi o de maior número de óbitos captados e o ano de 2008 o menor (dados sujeitos à revisão). A taxa bruta de mortalidade geral (TBMG) variou de 6,6 a 7,1 óbitos por 1.000 habitantes (TABELA 3). 27 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Tabela 3 – Número total de óbitos e Taxa Bruta de Mortalidade por ano de ocorrência. Olinda, 2004 e 2008* Ano Número total de óbitos População residente (n° de habitantes) 2004 2685 378649 7,1 2005 2732 384512 7,1 2006 2762 387496 7,1 2007 2742 390456 7,0 2008 2613 394850 6,6 TBMG (por 1.000 hab.) Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão Houve predomínio de óbitos em indivíduos do sexo masculino, representando 57,4% e 54,9% do total de óbitos de residentes de Olinda, nos anos de 2004 e 2008, respectivamente. Observou-se, ainda, importante proporção de óbitos em adultos jovens (20 a 39 anos) e adultos (40 a 50 anos), correspondendo a muitos anos potenciais de vida perdidos. No que diz respeito à raça, os indivíduos da raça negra (pretos e pardos) representaram 65,6% e 61,2% nos dois anos analisados (FIGURAS 12, 13 e 14). 70.0 60.0 57.4 54.9 50.0 45.1 42.6 40.0 30.0 20.0 10.0 0.0 2004 2008 Masculino Feminino Figura 12 – Percentual de óbitos segundo sexo. Olinda, 2004 e 2008* Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 28 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 70,0 60,0 53 ,9 57 ,9 50,0 40,0 30,0 21 ,6 21 ,9 20,0 10,0 14 ,9 12 ,5 3, 9 3,6 5 ,0 3, 3 0, 7 0,7 0,0 < 1 Ano 1a9 10 a 19 20 a 39 2 004 40 a 59 60 e + 20 08 Figura 13 – Percen tual de óbitos segundo faixa etária. Olinda, 2004 e 2008* Fonte: SIM/D EVEP/SM S – Olinda * Dad os sujeitos à revisão 70,0 65,6 61,2 60,0 50,0 40,0 32,3 31,3 30,0 20,0 10,0 0,0 2004 2008 N egros Não negros Figura 14– Pe rcentual de ó bitos segundo raça. Olinda, 2004 e 2008* Fonte: SIM/D EVEP/SM S – Olinda * Dad os sujeitos à revisão Considerando os grandes grupos de causa básica, de acordo com a 10° revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), destacam-se as doenças do aparelho circulatório, por ser a principal causa de óbito no município de Olinda, representando 32,2% e 32,3% do total de mortes, nos anos de 2004 e 2008, respectivamente. Em 2004 e 2008 as causas externas foram a segunda principal causa de morte (18,0% e 14,5%), apresentando uma redução de 19,4% entre os dois anos da análise. As neoplasias ocuparam a terceira causa de morte nos dois 29 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 anos de estudo, apresentando um discreto aumento (3,3%) no ano de 2008 (TABELA 4). Tabela 4 - Número e proporção de óbitos por causa básica (capítulo CID-10). Olinda, 2004 e 2008* 2004 2008 Causas (por capítulo da CID-10) n % n % Doenças do aparelho circulatório 865 32,2 845 32,3 Causas externas 483 18,0 379 14,5 Neoplasias (tumores) 378 14,1 380 14,5 Doenças do aparelho respiratório 207 7,7 294 11,3 Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 195 7,3 141 5,4 Doenças do aparelho digestivo 152 5,7 171 6,5 Doenças infecciosas e parasitárias 150 5,6 135 5,2 Doenças do aparelho geniturinário 60 2,2 86 3,3 Afecções perinatais 60 2,2 55 2,1 Doenças do sistema nervoso 45 1,7 33 1,3 Causas mal definidas 37 1,4 23 0,9 Malformações congênita 23 0,9 24 0,9 Outras causas 30 1,1 47 1,8 2685 100,0 2613 100,0 Total Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão Considerando os principais grupos de causa de morte, observam-se diferenças entre as diversas faixas etárias, conforme demonstrado no Quadro 1. 30 31 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Quadro 1 – Causas básicas de óbito segundo faixa etária. Olinda, 2008* Faixa etária (emanos) Ranking Olinda < 1 ano 1 2 Afecções perinatais 58,1% Malformação congênita - 20,5% 1a9 10 a 19 20 a 29 40 a 59 60+ DAR - 27,8% Causas externas 79,3% Causas externas 61,8% DAC - 33,2% DAC - 41,7% DAC - 32,3% Neoplasias - 9,2% DIP - 8,6% Neoplasias - 37,5% Neoplasias - 16,2% Causas ex ternas 14,5% Neoplasias - 7,1% DAD - 12,6% DAR - 15,2% Neoplasias - 14,5% DAC - 6,2% Causas externas 10,2% Doenças endócrinas 7,'% DAR - 11,3% DIP - 1,1% DAD - 4,0% DAR - 8,2% DAD - 5,6% DAD - 6,6% DAR - 1,1% DAR - 2,8% DIP - 7,4% DAGU - 4,2% Doenças endócrinas 5,3% DIP - 3,6% DIP - 5,2% Causas externas 2,8% DAGU- 3,3% 3.6% 7.0% Causas externas 22,2% Malformação congênita - 16,7% 3 DIP - 7,5% 4 DAR - 4,3% DIP - 11,1% 5 Causas externas 4,3% 6 DAC - 3,2% D. do sistema nervoso - 11,1% Doenças do sangue 5,6% 7 8 Doenças do sangue 1,1% Doenças endócrinas 1,1% Neoplasias - 5,6% Causas mal definidas - 3,4% D. do sistema nervoso - 2,3% DAC - 1,1% DAD - 1,1% Outras causas 1.1% Legenda: DAC- Doenças do aparelho circulatório DAR - Doenças do aparelho respiratório DIP - Doenças infecciosas e parasitárias Doenças endócrinas - Doenças endócrinas 2,2% 3,9% Causas mal definidas DAGU - 3,5% 1,8% 5.5% 3.5% DAGU - Doenças do DAD - Doenças do aparelho geniturinário aparelho digestivo PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 As doenças e agravos não transmissíveis (Dants) constituem-se como principais causas de morte da população olindense, sobretudo as doenças do aparelho circulatório, as causas externas e as neoplasias. Os óbitos por doenças do aparelho circulatório representaram importante parcela do total de mortes no ano de 2008, dentre elas destacam-se o infarto agudo do miocárdio, as cardiomiopatias e as sequelas das doenças cerebrovasculares que, juntas corresponderam a 15,8% do total de óbitos do município. As causas externas se configuraram como importante fator de mortalidade no ano de 2008. Destacam-se os homicídios por serem as principais causas externas de óbito e por representarem 12,7% do total de mortes do município. As neoplasias foram a terceira principal causa de morte em residentes de Olinda, com destaque para o câncer de brônquios e pulmões, mama e próstata (TABELA 5). 32 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Tabela 5– Número e proporção de óbitos por causa específica dos três capítulos da CID-10 com maior número de mortes. Olinda, 2004 e 2008* 2004 Capítulo de causas 2008 Causas específicas n % n % Infarto agudo do miocárdio 268 10,0 261 10,0 Cardiomiopatias 79 2,9 89 3,4 Sequelas de doenças cerebrovasculares 77 2,9 63 2,4 Acidente vascular cerebral não especificado 64 2,4 63 2,4 Hemorragia intracerebral 55 2,0 47 1,8 Outras DAC 322 12,0 322 12,3 Homicídio 342 12,7 248 9,5 Suicídio 7 0,3 5 0,2 Acidente 109 4,1 67 2,6 Ignorado 25 0,9 59 2,3 Neoplasia dos brônquios dos pulmões 49 1,8 44 1,7 Neoplasia da mama 31 1,2 29 1,1 Neoplasia da próstata 25 0,9 28 1,1 Neoplasia do estômago 24 0,9 20 0,8 Neoplasia do fígado e vias biliares 21 0,8 18 0,7 Neoplasia do colo do útero 21 0,8 9 0,3 Outras neoplasias 207 7,7 232 8,9 Outros capítulos 959 35,7 1009 38,6 Total de óbitos 2685 100,0 2613 100,0 Doenças do aparelho circulatório (D.A.C) Causas externas Neoplasias Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 33 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 3.2.2 Causas externas Considerando apenas os óbitos por causas externas observa-se uma redução de 29,3% nas taxas de mortalidade, passando de 134,7/100.000 para 96,0/100.000 habitantes (FIGURA 15). 160.0 140.0 134.7 140.8 144.6 133.1 129.8 127.6 126.9 120.0 117.3 111.5 100.0 96.0 80.0 60.0 40.0 20.0 0.0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Figura 15 – Taxa de mortalidade por causas externas. Olinda, 1999 a 2008 Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão As maiores proporções de óbitos por causas externas ocorreram na população masculina, ao longo de todo período analisado. No ano de 2008 as faixas etárias mais acometidas são representadas pelos adultos jovens (20 a 39 anos) (FIGURAS 16 e 17). 100.0 88.0 88.3 84.5 90.2 90.5 9.8 9.5 2003 2004 86.1 87.0 85.1 84.9 80.0 60.0 40.0 20.0 12.0 11.7 15.5 13.9 13.0 14.7 2005 2006 2007 15.1 0.0 2000 2001 2002 Masculino Feminino Figura 16 – Proporção de óbitos por causas externas segundo sexo da vítima. Olinda, 2000 a 2008* Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 34 2008 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 < 1 ano 1,1% 1 a 9 anos 1,1% 60 e mais 11,3% 10 a 19 anos 18,2% 40 a 59 anos 15,3% 53,0% 20 a 39 anos Figura 17 – Proporção de óbitos por causas externas segundo faixa etária da vítima. Olinda, 2000 a 2008* Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão Vale mencionar que as informações sobre as ocorrências atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192) também são utilizadas para analisar a dinâmica das causas externas em Olinda. Entre 01 de Janeiro a 30 de Junho de 2008, o SAMU-192 Olinda registrou 2.162 ocorrências, das quais 803 (37,1%) foram referentes às causas externas, sendo 409 (61%) georreferenciadas (FIGURA 18). Causas Externas Figura 18 - Distribuição das ocorrências por causas externas georreferenciadas pelo SAMU 192. Olinda, Janeiro a Junho de 2008 35 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Do total de ocorrências por causas externas, 309 (38,5%) foram por acidentes de trânsito e 278 (34,6%) por quedas, sendo essas as causas mais prevalentes perfazendo mais de 73% das causas externas. 53 (6,6%) atendimentos foram às vítimas de agressão e em 123 (15,3%) registros não havia informação quanto ao tipo de causa. 3.2.3 Mortalidade infantil O coeficiente de mortalidade infantil é um indicador epidemiológico internacionalmente utilizado e reflete, de maneira geral, os níveis de saúde e de desenvolvimento econômico de um determinado grupo populacional. De acordo com os dados coletados diretamente do Sistema de Informação de Mortalidade - SIM, a mortalidade infantil apresentou um importante declínio (31,4%), passando de 22,6 por mil nascidos vivos (22,6/1.000 nv) no ano de 1999, para 15,5/1.000 nv em 2008. De modo semelhante, observou-se redução da mortalidade infantil segundo seus componentes: neonatal (até 27 dias de vida) e pós-neonatal (de 28 a 364 dias de vida). Entre os anos de 1999 e 2008, o coeficiente de mortalidade neonatal apresentou redução de 53,1%, no município de Olinda. Em contrapartida, houve um acréscimo de 21,2% no coeficiente de mortalidade pós-neonatal, para o mesmo período do estudo (FIGURA 18). 30,0 21 ,6 21,1 21,5 20,0 16 ,4 15,5 10,0 5,2 20,8 18,2 5,6 14,8 15 ,7 14,9 13,6 6,7 4,5 18,6 17,4 1 5,7 12,1 9,7 1 0,5 6,0 7,0 10 ,5 6,4 5,9 5,2 11,6 8,2 3,3 0,0 200 0 20 01 2002 2003 CM N eonatal 200 4 20 05 C M pós -n eonata l Figura 18 - Coeficiente de mortalidade infantil e componentes Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 36 2006 2007 CM infa ntil 200 8 20 09 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Nos anos de 2004 e 2008, a maior proporção de óbitos infantis foi do componente neonatal com 62,9% e 75,3%, respectivamente. Em 2008, a maior proporção desses óbitos foi em crianças do sexo masculino (55,9%) e da raça negra (64,5%). Merecem destaque as consideráveis parcelas de óbitos em crianças com peso ao nascer maior que 2.500 gramas (23,7%) e idade gestacional maior ou igual a 37 semanas (21,5%) (TABELA 6). Tabela 6 – Número e proporção de óbitos infantis segundo faixa etária, sexo, raça cor, peso ao nascer e idade gestacional. Olinda, 2004 e 2008* 2004 2008 Características N % N % Até 27 dias (neonatal) 66 62,9 70 75,3 De 28 a 364 dias (pós-neonatal) 39 37,1 35 37,6 Masculino 61 58,1 52 55,9 Feminino 44 41,9 40 43,0 Não negros 30 28,6 24 25,8 Negros 69 65,7 60 64,5 6 5,7 9 9,7 < 2.500 62 59,0 58 62,4 2.500 e mais 26 24,8 22 23,7 Ignorado 17 16,2 13 14,0 <= 27 17 16,2 21 22,6 28 a 31 17 16,2 16 17,2 32 a 36 27 25,7 23 24,7 >= 37 31 29,5 20 21,5 Ignorado 13 12,4 13 14,0 Total 105 100,0 93 100,0 Faixa etária (em dias de vida) Sexo Raça/cor Ignorado Peso ao nascer (em gramas) Idade gestacional (em semanas) Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 37 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Em 2004 e 2008 as afecções originadas no período perinatal foram as principais causas de morte em menores de um ano, seguidas das malformações congênitas. Destacam-se as doenças infecciosas e parasitárias que ainda se apresentam entre as principais causas de mortes infantis, representando 10,0% e 6,7% do total desses óbitos, nos anos de 2004 e 2008, respectivamente (TABELA 7). Tabela 7– Número e proporção de óbitos infantis segundo capítulos de causa básica (CID10). Olinda, 2004 e 2008* 2004 Causa (Capítulo da CID - 10) 2008 n % n % Afecções perinatais 60 57,1 54 58,1 Malformações congênitas 18 17,1 19 20,4 Doenças infecciosas e parasitárias 11 10,5 7 7,5 Doenças do aparelho respiratório 5 4,8 5 5,4 Causas mal definidas 4 3,8 0 0,0 Outros capítulos 7 6,7 8 8,6 105 100,0 93 100,0 Total Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 3.2.4 Mortalidade materna A mortalidade materna é considerada como uma das mais graves violações dos direitos humanos, por tratar-se de um evento evitável e por ocorrer, principalmente, nos países em desenvolvimento. Nos biênios 2005-2006 e 2007-2008, a razão de mortalidade materna apresentou uma redução de 34,9%, passando de 77,1 óbitos para cada 100.000 nascidos vivos (nv) para 50,2/100.000 nv (TABELA 8). 38 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Tabela 8 – Número de óbitos e razão de mortalidade materna. Olinda, 2005-2006 e 2007 2008 Nascidos vivos Biênio Óbitos maternos N n RMM 2005 – 2006 12973 10 77,1 2007-2008 11961 6 50,2 Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão No biênio 2007-2008, 33,3% do total das mortes maternas foram de mulheres na faixa etária de 30 a 39 anos e 83,3% eram solteiras. Com relação à raça, observou-se que a maioria das mulheres tiveram sua raça declarada como preta ou parda (negras), perfazendo um total de 83,3% (TABELA 9). Tabela 9 - Número e proporção de óbitos maternos, segundo faixa etária, estado civil e raça. Olinda, 2005-2006 e 2007-2008* Características 2005-2006 2007-2008 % N % N 15-19 3 30,0 1 16,7 20-29 6 60,0 2 33,3 30-39 1 10,0 3 50,0 Solteira 9 90,0 5 83,3 Casada 1 10,0 0 0,0 Ignorado 0 0,0 1 16,7 Negros 8 80,0 5 83,3 Não negros 0 0,0 1 16,7 Ignorado 2 20,0 0 0,0 Total 10 100,0 6 100,0 Faixa etária Estado civil Raça Fonte: SIM/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 39 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 3.3 MORBIDADE Para elaboração desse perfil, levou-se em consideração as endemias mais frequentes no município, dentre elas a tuberculose, hanseníase, dengue e leptospirose, que serão descritas de forma sucinta, visando o reconhecimento da problemática e o planejamento de ações. 3.3.1 Tuberculose e hanseníase A tuberculose e a hanseníase são endemias de grande importância entre as doenças de notificação. No período entre 2000 a 2008 houve oscilações nas taxas de detecção da tuberculose pulmonar bacilífera positiva, com valor máximo no ano de 2000 (40,2 casos por 100.000 habitantes) e valor mínino no ano de 2006 (26,5/100.000) (FIGURA 19). 45,0 40,0 40,2 38,3 35,0 33,2 32,4 30,0 27,1 25,0 29,9 26,7 29,1 26,5 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Figura 19 – Taxa de detecção de casos de tuberculose. Olinda, 2000 a 2008* Fonte: Sinan/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 40 2006 2007 2008 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 No ano de 2008 o acompanhamento dos resultados de tratamento dos casos novos de tuberculose revelou que a proporção de cura foi de 49,2% e o percentual de abandono chegou a 4,0% do total de casos (QUADRO 2). Vale destacar que a Organização Mundial da Saúde considera que o impacto epidemiológico será alcançado quando o percentual de cura representar 85,0% do total de casos novos da doença. Espera-se que a taxa de abandono não seja superior a 5,0%. Quadro 2 – Indicadores epidemiológicos e operacionais da tuberculose. Olinda, 2008* Indicadores 2008 Coeficiente de incidência (/100.000 hab) 50,9 Coeficiente de incidência tuberculose pulmonar (/100.000 hab) 45,6 Coeficiente de incidência BK+ (/100.000 hab) 29,1 Situação - coorte 2008 Ign/branco 35,5 Cura (%) 49,2 Abandono (%) 4,0 Óbito (%) 1,6 Óbito por outras causas (%) 3,2 Transferência (%) 7,0 Mudança de diagnóstico 0,0 TB multirresistente 0,0 Fonte: Sinan/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão Os bairros com maiores taxas de detecção de tuberculose nos anos de 2005 a 2007 foram Bonsucesso e Bultrins (FIGURA 20). 41 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Figura 20 – Taxa de detecção de casos novos de tuberculose. Bairros, Olinda, 2005 a 2007 Fonte: Sinan/DEVEP/SMS - Olinda No que diz respeito à hanseníase, verifica-se uma redução na taxa de detecção de casos novos. No ano de 2000, foram detectados 8,0 casos de hanseníase para cada 10.000 habitantes, em 2008, esse valor passou para 5,9/10.000 habitantes (FIGURA 21), o que torna o município hiperendêmico para a doença, segundo os parâmetros adotados pelo Ministério da Saúde (=4,0/10.000 habitantes). 42 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 10,0 8,9 8,0 8,0 6,3 6,5 6,5 6,1 6,0 4,9 5,3 5,9 4,0 2,0 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Figura 21 – Taxa de detecção de casos de hanseníase. Olinda, 2000 a 2008* Fonte: Sinan/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão O acompanhamento dos indicadores operacionais da hanseníase referentes ao ano de 2008, evidencia uma cura de 84,4% dos casos. Salienta-se que 54,0% dos casos tiveram seus contactantes examinados (QUADRO 3). Quadro 3 – Indicadores epidemiológicos e operacionais da hanseníase. Olinda, 2008* Indicadores 2008 Detecção (/10.000 hab) 5,9 Prevalência (/10.000 hab) 4,7 Detecção na população < 15 anos (/10.000 hab) 3,9 Cura (%) 84,4 Abandono PB (%) 2,0 Abandono MB (%) 10,7 Exames de contatos (%) 54,0 Grau de incapacidade física avaliado - casos novos (%) 96,0 Grau de incapacidade física avaliado - cura (%) 77,0 Fonte: SINAN/DEVEP/SMS – Olinda 43 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 No período entre 2005 e 2007 a maior taxa de detecção de casos novos de hanseníase se deu nos bairros da Vila Popular, Amaro Branco e Bultrins, com uma faixa de 23, 9 a 38,2 casos para cada 10.000 habitantes, nos três anos da análise (FIGURA 22). Figura 22 – Taxa de detecção de hanseníase para cada 10.000 habitantes. Bairros, Olinda, 2005 a 2007 Fonte: Sinan/DEVEP/SMS - Olinda * Dados sujeitos à revisão 3.3.2 Dengue No ano de 2002, considerado epidêmico para dengue, foram confirmados 3.571 casos, com uma taxa de detecção de 956,1 doentes para cada 100.000 habitantes, o que representou um acréscimo de 1.714,8% na taxa entre os anos de 2001 e 2002. Em 2003, houve acentuada redução na taxa de detecção de casos novos de dengue, que voltou a ascender a partir de 2005. No ano de 2008, 705 casos foram confirmados, correspondendo a 178,5/100.000 habitantes. 44 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 1000 956,1 800 600 . 400 200 178,5 145,4 35,9 52,7 0 2000 2001 2002 2003 16,9 2004 51,2 23,2 47,6 2005 2006 2007 2008 Figura 23 – Taxa de detecção de casos de dengue. Olinda 2000 a 2008* Fonte: SINAN/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão Considerando a taxa de detecção de casos de dengue por bairros de residência, observou-se que no período entre 2005 e 2007 as maiores taxas foram nos bairros de Salgadinho, Vila Popular, Aguazinha e Tabajara (FIGURA 24). Figura 24 – Taxa de detecção de casos de dengue. Bairros, Olinda, 2005 a 2007 Fonte: Sinan/Devep/SMS - Olinda 45 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 3.3.3 Leptospirose Nos últimos nove anos foram confirmados 389 casos de leptospirose na cidade de Olinda. Observou-se redução nas taxas de detecção dos casos que pode estar relacionada à subnotificação. Salienta-se o ano de 2000 por apresentar a maior taxa do período analisado (FIGURA 25). 40,0 34,0 30,0 20,0 13,7 10,0 9,4 10,9 9,5 7,2 10,8 7,6 3,2 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Figura 25 – Taxa de detecção de casos de dengue. Olinda 2000 a 2008* Fonte: Sinan/DEVEP/SMS – Olinda * Dados sujeitos à revisão 3.3.4 Meningite No ano de 2007, foi observada a maior taxa de detecção (84,7/100.000 habitantes) de casos de meningites no município e a letalidade apresentou-se mais elevada nos anos de 2001 e 2003 (FIGURA 27). 90,0 84,7 80,0 70,0 66,4 60,0 50,0 53,5 43,9 40,0 36,7 30,0 25,5 10,0 26,6 25,1 21,0 20,0 12,6 11,6 12,6 10,5 7,1 7,8 8,7 1,8 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 T axa de detecção 2005 2006 2007 1,9 2008 Taxa de letalidade Figura 27 - Taxa de detecção (por 100.000 habitantes) e de letalidade de meningite. Olinda, 2000 a 2008* Fonte: Sinan/DevepI/SMS - Olinda * Dados provisórios, sujeitos à revisão 46 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 A meningite meningocócica destacou-se por manter altos coeficientes de letalidade ao longo dos anos (FIGURA 28), com redução entre os anos de 2007 para 2008. 30 ,0 2 7, 3 25 ,0 2 5, 0 20 ,0 2 0, 0 1 6, 7 1 5 ,7 15 ,0 1 2, 4 10 ,0 5 ,0 0 ,0 5 ,1 4, 6 2, 1 1, 0 2 ,9 1 ,6 1, 3 0, 8 0 ,0 2 0 00 2 0 01 2 00 2 2 00 3 2 00 4 T a x a de de te c ç ã o 2 00 5 2 00 6 20 0 7 0, 5 20 0 8 T a x a d e le ta lid a de Figura 28 - Taxa de detecção (por 100.000 habitantes) e de letalidade de meningite meningocócica. Olinda, 2000 a 2008* Fonte: Sinan/DevepI/SMS - Olinda * Dados provisórios, sujeitos a revisão. 3.3.5 Hepatites Considerando as hepatites virais, observou-se que os anos com o maiores taxas de detecção foram 2000 e 2005 (FIGURA 29). A redução nas taxas de detecção, possivelmente, demonstra a necessidade de intensificar a notificação de casos de hepatite no município. 60, 0 50, 0 48 ,4 43, 9 40, 0 30, 0 30 ,1 2 9, 7 26, 3 20, 0 10, 0 8, 3 1 3,0 11, 7 13 ,9 0, 0 2 000 2 001 2 002 20 03 20 04 200 5 200 6 2007 2 008 Ta xa de de te cçã o Figura 29 - Taxa de detecção (por 100.000 habitantes) das hepatites virais. Olinda, 2000 a 2008* Fonte: Sinan/DevepI/SMS - Olinda * Dados provisórios, sujeitos a revisão. 47 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Dentre a classificação por etiologia, destaca-se a hepatite por vírus A, relacionada às condições de abastecimento de água e saneamento básico (TABELA 10). Tabela 10 – Número e percentual de casos de hepatites virais segundo etiologia. Olinda, 2008 Etiologia Ano Vírus A Vírus B Ignorado Total n % n % n % n % 2000 94 52,8 12 6,7 20 11,2 52 29,2 178 2001 68 60,7 1 0,9 8 7,1 35 31,3 112 2002 18 50,0 4 11,1 5 13,9 9 25,0 36 2003 19 43,2 9 20,5 4 9,1 12 27,3 44 2004 60 58,8 14 13,7 14 13,7 14 13,7 102 2005 138 79,8 15 8,7 12 6,9 8 4,6 173 2006 98 85,2 6 5,2 8 7,0 3 2,6 115 2007 47 59,5 11 13,9 13 16,5 8 10,1 79 2008 47 62,7 14 18,7 11 14,7 3 4,0 75 Fonte: Sinan/Devep/SMS - Olinda 48 Vírus C PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 4 REDE ASSISTENCIAL E O MODELO DE ATENÇÃO 4.1 A REDE ASSISTENCIAL A gestão da saúde de Olinda tem investido na Atenção Básica. Como estratégia para a consolidação do modelo assistencial, o Programa de Saúde da Família tornou-se a principal porta de entrada do sistema municipal de saúde, contribuindo para ampliação do acesso e da cobertura dos serviços básicos, e para a efetiva melhoria das condições de vida e saúde da população. Nesse sentido, a Rede Básica de Atenção à Saúde conta hoje com 56 Equipes de Saúde da Família (ESF), 29 Equipes de Saúde Bucal (ESB), 06 Equipes de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e 02 Centros de Saúde, perfazendo um total de 69% da população coberta pela estratégia de saúde da família. Figura 27 Rede Assistencial de Saúde de Olinda - 2009. 50 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 As ações estratégicas da secretaria têm forte apoio nas equipes de saúde da família e nas ações dos agentes de vigilância ambiental, os AVA, que hoje cobrem 100% dos domicílios municipais, com ações de educação em saúde e monitoramento de situações de risco ambiental. Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) tem como objetivo ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, complementando o trabalho das equipes da Estratégia de Saúde da Família, aumentando a sua resolubilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e no processo de territorialização e regionalização. Atualmente o município de Olinda conta com 07 Equipes do NASF: Policlínica de Peixinhos, Policlínica São Benedito, Policlínica Rio Doce, Policlínica Ouro Preto, Vila Manchete, Águas Compridas e Ilha do Maruim. Figura 28:Equipes do NASF. Olinda-PE. 51 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 A formulação de uma política voltada para a organização de um sistema de saúde equânime, integral e resolutivo requer para o atendimento efetivo dos problemas de saúde da população a realização de um conjunto de ações articuladas entre os diferentes níveis de complexidade da atenção à saúde. No modelo atual de organização da atenção do município de Olinda destaca-se a Média Complexidade como parte importante do sistema, componente fundamental para a efetiva implementação das diretrizes previstas nas orientações que estruturam o SUS. Nesse sentido compõem a rede de média complexidade de Olinda as policlínicas, os centros de especialidades, os serviços de urgência e emergência, o SADT e os Hospitais. Sendo: 07 Policlínicas (Peixinhos, São Benedito, Martagão Gesteira, Barros Barreto, Ouro Preto, Rio Doce e Policlínica da Mulher). 01 Serviço de Pronto Atendimento Adulto 01 Serviço de Pronto Atendimento Infantil 02 Unidades de Pronto-Atendimento (UPA Tricentenário e UPA Olinda – Tabajara) 01 Centro de Atenção Psicossocial 01 Centro de Atenção Psicossocial para o tratamento de álcool e drogas 01 Centro de Reabilitação 01 Laboratório Municipal SAMU - com 05 ambulâncias 01 Centro de Especialidade Odontológica (CEO) 02 Farmácias Populares 01 Laboratório de Fitoterapia 01 SAE – DST/AIDS A rede hospitalar do município é composta pelo Hospital Tricentenário (filantrópico), a Comunidade Terapêutica de Olinda e a Maternidade Brites de Albuquerque, perfazendo um total de 283 leitos existentes pelo SUS. Além de ter como referência os hospitais estaduais. 52 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Tabela 10 - Número de Leitos SUS por especialidade. Olinda, 2009. Especialidade Cirúrgicos Clínicos Complementares Obstétrico Pediátrico Outras Especialidades Total Número de Leitos SUS 24 28 0 68 15 148 283 Fonte: CNES No que diz respeito à rede complementar, o município conta com: 01 Hospital Filantrópico – Hospital Tricentenário (100% SUS) 01 Hospital Psiquiátrico 04 Clínicas de Radio Imagem 02 Clínicas de Oftalmologia 03 Laboratórios de Análises Clínicas 01 Clínica de Neurologia 01 Clínica Cardiológica QUADRO RESUMO DAS UNIDADES CONVENIADAS CNES UNIDADE 2345196 CLINOPE 2345250 ELO 2345242 PRONTIMAGEM 2345277 LIAC 2345153 ULTRA ROSA MÍSTICA 2571528 SEOPE 2345234 DIMAGEM 2344866 COM. TERAPÊUTICA 2345218 HEMOLAB 2664062 CONS. SALOMÃO COUTO 2344882 HOSPITAL TRICENTENÁRIO 2345269 SEMOCC ENDEREÇO Avenida Getúlio Vargas, nº 376, Bairro Novo Avenida Jules Rimet, nº 403, Rio Doce Avenida José Augusto Moreira, nº 777, Casa Caiada Avenida José Augusto Moreira, nº 513, Casa Caiada TELEFONE 3439-1635 3491-7693 3432-1081 3432-1016 Praça João Pessoa, nº 37, Carmo Avenida José Augusto Moreira, nº 1745, Casa Caiada 3439-1540 Rua São Miguel, nº 478, Bairro Novo Avenida Joaquim Nabuco, nº 1450, Guadalupe 3429-6714 Avenida Brasil, nº 52, Rio Doce Avenida Min. Marcos Freire, nº 1615, Bairro Novo Rua Farias Neves Sobrinho, nº 232, Bairro Novo Av. José Augusto Moreira, nº 1049, Casa Caiada 3432-1411 3431-6277 3429-3462 3429-0369 3429-2622 3431-0412 53 54 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 4.2 O MODELO DE ATENÇÃO O município de Olinda tem como eixo norteador de seu Modelo Assistencial a garantia da atenção à saúde de seus munícipes em todos os níveis, de forma universal, equânime, integral e participativa (FIGURA 26). Figura 26: Representação do Modelo de Atenção à Saúde de Olinda-PE. Para garantir o cuidado devido à população, Olinda tem promovido o fortalecimento do papel dos Distritos Sanitários, tornando-os instâncias gestoras da saúde com responsabilidade sanitária para a população da sua área de abrangência, sendo necessário, para isso, a ampliação da resolutividade dos serviços e a articulação da rede, com organização da referência especializada local. 55 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Nesse sentido, a gestão da saúde tem centrado investimentos na atenção básica, como a principal porta de entrada do sistema de saúde e na atenção especializada, na perspectiva de assegurar a referência para a média e alta complexidade. Para enfrentar a questão do acesso aos medicamentos, a Assistência Farmacêutica está sendo organizada em farmácias descentralizadas nas unidades de saúde, com maior controle da dispensação e gerenciamento dos medicamentos. Também conta com duas Farmácias Populares, contribuindo para a democratização do acesso a medicamentos subsidiados. Outra prioridade para reorganização dos serviços existentes tem sido a capacitação dos trabalhadores da rede para o acolhimento adequado ao usuário, garantindo uma relação humanizada no processo de atendimento e a busca de maior resolutividade dos serviços disponíveis. O compromisso de cada unidade com a resolução do problema do usuário e com a criação de vínculos é estimulado nesse processo de treinamento. O modelo de atenção à saúde de Olinda busca organizar a rede de atenção à saúde, bem como aprimorar os instrumentos de vigilância e promoção, articulado em cinco (05) eixos: 1. Promoção; 2. Vigilância à Saúde, 3. Atenção Básica 4. Atenção de Média e Alta Complexidade e 5.Aprimoramento da Gestão. 4.2.1 Promoção a Saúde A promoção à saúde está sendo desenvolvida pelo incentivo a hábitos saudáveis e a ações educativas para a melhoria da qualidade de vida e cuidado com o meio ambiente. Para isso, a Secretaria de Saúde de Olinda conta com o Núcleo de Educação Popular em Saúde. Além disso, foram desenvolvidas ações integradas com as demais secretarias municipais, com a Secretaria de Educação, Secretaria de Políticas Sociais e Secretaria de Obras, para o desenvolvimento de ações intersetoriais de estímulo aos hábitos saudáveis. 56 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 4.2.2 Vigilância em Saúde O Programa de Saúde Ambiental, por meio do monitoramento e orientação exercidos pelos Agentes de Combate às Endemias, é uma importante estratégia a ser consolidada e incrementada pela articulação com ações intersetoriais de governo e do Núcleo de Educação em Saúde. A Vigilância Sanitária teve seu escopo de fiscalização ampliado e a vigilância epidemiológica intensifica o monitoramento dos agravos de maior importância para o município: mortalidade materna, infantil, hanseníase, tuberculose e filariose. Destacam-se também as ações de vigilância às DANT – doenças e agravos não transmissíveis, tanto as geradas por causas externas como as crônico degenerativas, seguindo o modelo de implantação nacional. Além disso, a vigilância à saúde descentralizada garante uma maior atuação das gerências distritais e a vinculação da ação de vigilância à ação de atenção à saúde prestada pelos profissionais da rede, em especial do Programa de Saúde da Família. Desta forma, a gestão pretende fortalecer o ciclo da vigilância em saúde, de forma articulada à promoção e à assistência. 4.2.3 Atenção básica ou primária A proposta é que a porta de entrada da rede assistencial seja pelas Unidades de Saúde da Família, sendo meta da atual gestão ampliar a cobertura da atenção básica para 100% do território do município, tendo como estratégia vincular a cada Equipe de Saúde da Família, uma Equipe de Saúde Bucal e uma Equipe do Programa de Agentes Comunitários de Saúde – PACS. Como suporte para as Equipes de Saúde da Família, e na perspectiva de garantir ações resolutivas e integrais, o Modelo de Saúde proposto conta com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), objetivando atuar na retaguarda das Equipes de Saúde da Família com ações de promoção da saúde com foco na atividade física, nutrição, reabilitação, psicologia, assistência farmacêutica e assistência social. 57 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Atualmente existem quatro Equipes do NASF e mais três encontram-se em fase de implantação. O objetivo da gestão é implantar um NASF para cada RPA, totalizando 10 Equipes do NASF com responsabilidade sanitária sobre o território adstrito. 4.2.4 Atenção de média e alta complexidade Para garantir a integralidade da atenção à saúde, foi organizado o sistema de referência e contra-referência, via central de regulação, garantindo resolutividade no fluxo de atenção. Para isso, foram definidas referências específicas para as unidades de saúde da família e para as unidades básicas tradicionais. 4.2.5 Aprimoramento da gestão A prioridade para aprimoramento dos instrumentos de gestão é o desenvolvimento da autonomia gerencial e da responsabilidade sanitária dos Distritos Sanitários. Também será desenvolvida uma política de gestão de pessoas, rompendo com a tradicional postura de administração de “recursos humanos” e investindo na qualificação e humanização das relações de trabalho. Para isso, a gerência de pessoal será reestruturada e terá maior autonomia. Outra grande prioridade é o incremento dos mecanismos de controle social, com, a implantação dos Conselhos de Unidades de Saúde e a realização de amplas Conferências de Saúde. Desta forma, a gestão busca garantir maior envolvimento da população organizada na consolidação da política proposta. Além disso, inserida numa estratégia municipal de gestão, a Secretaria de Saúde aprimora seu sistema de informação, desenvolvendo instrumentos de avaliação quadrimestral dos indicadores estratégicos da gestão e divulgando as ações e resultados alcançados através de boletins. 58 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 5 PROPOSIÇÕES E METAS – 2010-2013 5.1 ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE OBJETIVO GERAL: Ampliar o acesso à saúde, garantindo uma atenção integral e de qualidade para a população de Olinda. 5.1.1 Atenção básica Objetivo: Ampliar a atenção básica garantindo uma assistência de qualidade, articulando ações de detecção precoce de agravos, fatores de risco e doenças com ações de promoção à saúde, prevenção, cura e reabilitação de agravos, integradas e vinculadas ao território. PROPOSIÇÃO 1. Ampliar e qualificar o acesso da população às ações básicas de saúde META § Ampliar para 100% a cobertura da atenção básica, tendo como estratégia o redimensionamento das Equipes de Saúde da Família, incluindo uma Equipe de Saúde Bucal e uma Equipe do Programa de Agentes Comunitários de Saúde – PACS; § Informatizar 100% das Unidades de Saúde, com a instalação de 01 computador, 01 impressora e acesso à Internet ; § Ampliar e estruturar as Unidades de Saúde, realizando reformas em 02 unidades de saúde por distrito, por semestre; § Ampliar o número de Equipes de Saúde Bucal para a proporção de 01 Equipe de Saúde Bucal para 01 Equipe de Saúde da Família; § Ampliar o número de Equipes do Núcleo de Apoio a Saúde da Família – NASF de 04 para 10, sendo um NASF para cada RPA; § Implantar ponto de coleta de sangue em 100% das Unidades; § Implantar a AMQ – Avaliação para melhoria da qualidade da estratégia de saúde da família em 100% das Equipes de Saúde da Família; 60 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Implementar a Sala de Situação de Saúde com monitoramento de indicadores prioritários nas Equipes de Saúde da Família; 2. Fortalecer a política de Alimentação e Nutrição § Acompanhar anualmente o estado nutricional de 30% das gestantes cadastradas no SISPRENATAL; § Acompanhar anualmente o estado nutricional de 70% das crianças menores de 07 anos beneficiárias do Programa Bolsa Família; § Acompanhar anualmente o estado nutricional de 50% dos alunos das escolas contempladas com o Programa de Saúde na Escola - PSE; § Realizar 01 Campanha Educativa de Promoção da Alimentação Saudável para a população geral, por ano; § Realizar evento de sensibilização para a população, com vistas à prevenção da Hipertensão e Diabetes; § Organizar 10 oficinas SESI para os Agentes Comunitários de Saúde sobre aproveitamento integral dos alimentos; § Aumentar em 30% a cobertura atual de suplementação com vitamina A para crianças na faixa de 1 a 5 anos.; § Melhorar as informações do sistema de informação do PNSF- Programa Nacional de Suplementação de Ferro nas UBS/USF; § Implantar em 100% das Equipes de Saúde da Família/Programa de Agentes Comunitários de Saúde e Núcleo de Apoio ao Programa Saúde da Família NASF, os protocolos de atenção para Obesidade, Hipertensão e Diabetes; 3. Implementar a estratégia Rostos Vozes e Lugares na Ilha do Maruim § Coordenar uma reunião mensal na Unidade de Saúde da Família da Ilha do Maruim com profissionais de saúde, educação, ação social, Secretaria de Obras e comunidade para discutir os avanços e obstáculos para promoção da saúde na comunidade; § Difundir as experiências exitosas de promoção à saúde dentro dos espaços disponibilizados pelo projeto Rostos Vozes e Lugares da OPAS; 61 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 4. Promover as ações básicas de Saúde da Mulher de forma integral e resolutiva § Implementar 01 Projeto de prevenção da gestação em adolescentes nas Unidades de Saúde da Família (Ilha do Maruim e Varadouro), com vista a aplicação da experiência às demais áreas; § Realizar 02 oficinas de treinamento/ano para docentes da rede municipal de ensino sobre a prevenção da gravidez na adolescência; § Realizar 02 oficinas por ano de sensibilização para as servidoras e servidores sobre a promoção da saúde sexual e reprodutiva, com foco nas questões de gênero e raça; § Veicular semestralmente junto ao contracheque informações sobre saúde sexual e reprodutiva para 100% dos servidores; § Realizar teleconferência para profissionais de saúde das Unidades de Saúde da Família sobre preenchimento do formulário SIS Pré Natal; § Realizar (1) teleconferência/ano para profissionais de saúde das Unidades de Saúde da Família sobre SIS Colo e SIS Mama; § Realizar 01 estudo/pesquisa por ano, sobre diagnóstico situacional da assistência pré-natal; § Confeccionar materiais informativos sobre ações, objetivos e metas do Projeto Mãe Olinda (04 banner's, 10.000 folhetos, 100 CD’s, 02 faixas); § Promover a visita de 480 gestantes, no 7° mês de gestação, às maternidades que realizarão o parto, com distribuição de 480 kits; § Realizar 01 marcha/ano pelo direito da mulher de gestar, parir e viver a maternidade segura e prazerosa; § Realizar 05 ações educativas junto às Equipes de Saúde da Família /Unidade de Saúde da Família, dirigidas a mulheres em atendimento, sobre a importância do pré-natal precoce, sistemático, periódico e contínuo até o puerpério; § Garantir no mínimo 7 consultas de pré-natal a 90% das gestantes incluindo a consulta odontológica ; § Ampliar a captação das gestantes no primeiro trimestre de gestação; 62 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Aumentar o número de gestantes acompanhadas no SISPRENATAL; § Ampliar a oferta de testes anti HIV e sífilis nos serviços de atenção clínico-ginecológica e pré-natal na atenção básica; § Garantir o teste do HIV em 100% das gestantes; § Realizar (1) estudo/pesquisa por ano, sobre diagnóstico situacional da assistência à mulher em ginecooncologia; § Confeccionar materiais informativos sobre as ações, objetivos e metas do programa de assistência à saúde da mulher em ginecooncologia (câncer de colo de útero e mama): 04 banner's, 10.000 folhetos, 100 CD's e 02 faixas; § Realizar 02 eventos anuais - “Vamos Brincar o Carnaval com Saúde: Folia da Mulher” e “São João com saúde: Festança da mulher”; § Realizar reuniões mensais sobre prevenção do câncer de colo de útero e de mama precoce; § Realizar 05 ações educativas por semestre junto as Equipes de Saúde da Família /Unidades Saúde da Família e mulheres em atendimento, (sobre a importância do seguimento do diagnóstico de lesões intracervicais e da importância do tratamento das lesões identificadas); § Realizar 05 ações educativas por semestre junto as Equipes de Saúde da Família /Unidades Saúde da Família e mulheres em atendimento, sobre a importância da prevenção do câncer de colo de útero e de mama, precoce, sistemática e periódica; 5. Promover as ações de atenção da Criança e do Adolescente (ciclos da vida) § Reduzir a mortalidade infantil e o componente neonatal em no mínimo 5% ao ano; § Garantir 100% de cobertura vacinal no Programa Nacional de Imunização – PNI; § Realizar uma campanha anual de aleitamento materno (na Semana Mundial de Aleitamento Materno), certificando as Unidades Saúde da Família com melhor desempenho; § Elaborar 01 proposta municipal – “Unidade Amiga da Família”, buscando investimentos (FNS), que garantam ações a serem desenvolvidas pelas Equipes de Saúde da Família; § Desenvolver acompanhamento sistemático de 100% das 63 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 crianças menores de 01 ano, das gestantes, e das puérperas cadastradas pelas Equipes de Saúde da Família; § Realizar monitoramento mensal dos recém-nascidos de risco pelos Agentes Comunitários de Saúde; § Realizar curso de atenção integral às doenças prevalentes na infância (AIDPI) até 2010, para enfermeiros e médicos do Programa Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde, tornando-os multiplicadores para os Agentes Comunitários de Saúde; § Realizar o acompanhamento de 100% das crianças de 0 a 6 anos cadastradas pelas Equipes de Saúde da Família; § Realizar 02 reuniões por distrito sanitário sobre promoção da saúde da criança; § Realizar seminário de avaliação anual do PSE Programa Saúde na Escola; § Ampliar as ações do PSE para 100% dos anexos das escolas atendidas pelo programa; § Desenvolver atividades de promoção, prevenção e assistência em 100% das escolas cobertas pelo PSE; § Desenvolver atividades de educação permanente com profissionais de educação e saúde dos territórios onde se desenvolve o PSE; § Realizar oficinas com crianças e adolescentes das escolas do PSE; § Realizar atividades educativas com pais, famílias e entidades da sociedade civil dos territórios do PSE; § Implementar o sistema de monitoramento e avaliação do PSE; § Implantar caderneta do adolescente; 6. Promover as ações de atenção do idoso (ciclos da vida) 64 § Ampliar a cobertura da caderneta do idoso para 100% dos idosos cadastrados no Programa Saúde da Família; § Capacitar os profissionais de saúde na área da gerontogeriatria e implementar o Programa Idoso Educador em Saúde; PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Ampliar a realização de atividades físicas para idosos em novos espaços do município; § Implementar serviço de referência para saúde do idoso; § Garantir a participação de profissionais da coordenação do ciclo da vida e Núcleo de Apoio ao Programa Saúde da Família no curso sobre Estatuto do Idoso, para que sejam agentes multiplicadores; § Dotar as unidades básicas de saúde de infra-estrutura de acessibilidade para todos e todas, mais especificamente para as pessoas idosas e com deficiência; § Implementar ações de prevenção a incapacidade, detecção, estimulação precoce e atenção ao idoso, decorrentes do envelhecer, com interfaces aos protocolos e direitos das pessoas com deficiência; 7. Implementar o desenvolvimento de ações educativas transversais do Núcleo de Educação Popular em Saúde - NEPS para apoiar as ações básicas da Secretaria de Saúde de Olinda com prioridade nas áreas estratégicas; § Definir temas para os jingles de promoção à saúde com as coordenações de políticas específicas; § Implantar programas do Núcleo de Educação Popular em Saúde - NEPS nas rádios comunitárias; § Realizar 04 capacitações (teórico-práticas) para comunicadores de rádio e profissionais de saúde sobre forma e conteúdo dos programas do NEPS; § Estabelecer convênio com universidade para incluir o NEPS como campo de estágio na área de comunicação; § Veicular 100 programas de educação popular em saúde em rádios comunitárias; § Executar 18 programas de educação popular em saúde por semana; § Produzir 04 CDs (cada um com 12 jingles temáticos ligados à saúde); § Realizar 150 apresentações do Cine Saúde Olinda; § Adquirir equipamentos para projeção e cadeiras; § Realizar 10 oficinas para produção de documentários, longas ou curtas, com temas ligados à saúde e à educação popular, criados pelos participantes; § Realizar 10 oficinas para a formação de multiplicadores em educação popular em saúde; 65 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Definir com as coordenações, temas, roteiros e custos de vídeos educativos em saúde; § Produzir 16 vídeos educativos com temáticas da saúde; § Ampliar a produção de cordéis de temas ligados à saúde (60 cordéis educativos com 5.000 exemplares para cada um); § Realizar oficinas para capacitar Agentes Comunitários de Saúde da rede, na elaboração de roteiros e montagem de espetáculos, com a utilização de material reciclado; § Ampliar as atividades de teatro de rua e de bonecos em Olinda na temática da saúde, com 50 apresentações em espaços públicos, entidades sociais e religiosas em todas suas diversidades, escolas da rede municipal e Unidades de Saúde da Família; § Realizar 10 reuniões com os setores envolvidos para definição dos conteúdos, roteiros e custos das atividades do Projeto Ciranda da Paz; § Realizar 06 apresentações dos produtos da oficina de produção cultural em 06 bairros de Olinda (Rio Doce, Varadouro, Bom Sucesso, Amparo, Bultrins e Peixinhos), com vista a atingir todo o município; § Grafitar 10 Unidades de Saúde da Família com temas relacionados à prevenção, proteção e combate à violência física e sexual; 8. Promover as ações básicas de Saúde Bucal § Implantar 20 escovódromos em escolas da rede municipal até 2010, disponibilizando os kits de escovação; § Implantar um escovódromo para cada escola da rede municipal até 2013; § Capacitar 100% dos agentes de saúde para as ações de saúde bucal; § Monitorar mensalmente ações pactuadas (atualizar indicadores); § Adquirir 22 novos consultórios odontológicos nas Unidades de Saúde da Família; § Elaborar um plano emergencial com backup de compressores e equipamentos periféricos; atraumática) na atenção básica; 66 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Garantir e regularizar o abastecimento da rede (materiais e insumos), bem como o funcionamento das Equipes de Saúde Bucais existentes; § Desenvolver atividades de promoção de saúde em 100% das áreas cobertas pelo Programa Saúde da Família, incluindo as instituições de longa permanência para as pessoas idosas; § Estabelecer cotas de apoio diagnóstico complementares) em odontologia; (exames § Implantar a técnica do A.R.T. (tratamento restauração atraumática) na atenção básica; 9. Promover as ações básicas de Saúde Mental de § Capacitar profissionais do Programa Saúde da Família e Núcleo de Apoio ao Programa Saúde da Família sobre rede e fluxo assistencial referentes à Política de Saúde Mental; § Sensibilizar profissionais da rede básica de saúde para redução do estigma da doença mental; 10. implementar as ações voltadas às pessoas com doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, tuberculose, hanseníase, transtornos mentais, alcoolismo, tabagismo e outras dependências. § Desenvolver ações educativas voltadas à prevenção e detecção precoce e promoção de orientação nutricional e hábitos saudáveis; § Implantar o programa “Sábados de Promoção à Saúde”, quando as unidades de saúde estarão abertas para atividades de promoção nas comunidades; § Implementar o Programa “Se Bole Olinda” em comunidades em situação de vulnerabilidade econômica e social; § Implementar o Programa “Se Bole Servidor”; § Introduzir a abordagem racial na atenção a hipertensão e diabetes; § Expandir a estratégia DOTS (dose supervisionada no tratamento da tuberculose) para 100% das unidades básicas de saúde; § Aumentar a taxa de cura de casos novos de tuberculose bacilífera para 90%; § Reduzir o abandono de tratamento da tuberculose e da hanseníase; § Aumentar a taxa de cura da hanseníase para mais de 85%; § Ampliar o acompanhamento dos alcoolistas, tabagistas, dependentes químicos e pessoas com transtornos 67 mentais nas unidades de atenção básica; PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Ampliar o número de Agentes Redutores de Danos § Ampliar os ambientes livres de tabaco; § Proporcionar cursos de capacitação na prevenção de incapacidade em hanseníase para todos os profissionais da atenção básica; § Realizar um estudo/pesquisa por ano para diagnóstico situacional de risco da deficiência na esfera da atenção básica; 5.1.2 Atenção Especializada Objetivo: Ampliar e qualificar o acesso à atenção especializada de forma descentralizada, resolutiva e articulada com atenção básica. PROPOSIÇÃO META 11. Ampliar a oferta de serviços especializados de média e alta complexidade § Organizar a rede de atenção especializada e implementar a referência e contra-referência nos Distritos Sanitários; § Ampliar o número de procedimentos de diagnóstico para a média e alta complexidade no município de Olinda e garantir aos usuários o atendimento mediante encaminhamento à rede Estadual; § Implantar serviço de hematologia na Policlínica Barros Barreto; § Implementar o serviço de orientação e aconselhamento genético no ambulatório de hematologia da Policlínica Barros Barreto; § Reformar as Policlínicas Ouro Preto e Rio Doce; § Construir novas Policlínicas – 01 em Peixinhos, 01 em Rio Doce, 01 em Jardim Fragoso e 01 em Bultrins; construir policlínica em Águas Compridas para diminuir a demanda da Policlínica São Benedito e a mesma ter atendimento de 24hs, para atender a área do Distrito Sanitário I; 68 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Implantar unidades de referência para atendimento às vitimas de violência; § Garantir o atendimento na rede municipal de saúde de Olinda no tratamento e prevenção do câncer de próstata; 12. Fortalecer a Política de Urgência e Emergência do Município § Consolidar o cinturão viário como eixo da Política de Urgência e Emergência; § Ampliar o número de Ambulâncias do SAMU-192 Olinda; § Qualificar profissionais do serviço do SAMU-192 na assistência ao parto de emergência; § Fortalecer o papel do SAMU-192 como fonte de informações estratégicas sobre ocorrências de acidentes de trânsito e violência; acrescentar ocorrências de saúde mental; § Implantar 01 Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde; § Qualificar o Pronto Atendimento Pediátrico no SPA de Peixinhos e o Pronto Atendimento Adulto no SPA do Varadouro; § Implantar Urgência 24 horas Oftalmológica - Serviço Credenciado – (CLINOPE); § Integrar a regulação médica das urgências de forma qualificada, interligada com outras centrais: leitos, marcação de consulta, etc; § Implantação da Urgência Odontológica na UPA do Tricentenário; § Implantação da Urgência Psiquiátrica na Comunidade Terapêutica; atendendo também usuários psiquiátricos com co-morbidade de álcool e drogas. 13. Consolidar a Política de Saúde Mental § Implantação de 01 Centro de Atenção Psicossocial infantil – CAPS Infantil; § Implantar 02 Residências Terapêuticas; § Implantar 01 albergue terapêutico com vagas para usuários do sexo masculino e feminino) em alas distintas; § Criar um conselho de políticas públicas sobre álcool e outras drogas no municipio de Olinda; 69 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Garantir locação de 02 veículos permanente para atender a necessidade do serviço do CAPS ad Dr. Antônio Carlos Escobar e CAPS Nise da Silveira para realização de visitas domiciliares, encaminhamento de usuários para outras unidades de saúde, transporte de usuários para atividades externas; § Ampliar e reformar o espaço físico do Caps ad – Dr. Antônio Carlos Escobar e CAPS Nise da Silveira; § Ampliar recursos humanos dos CAPS; § Implantar o Programa de Volta pra Casa; § Requalificar projeto terapêutico do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas – CAPS ad; § Ampliação do acesso ao tratamento e prevenção em álcool e drogas; 14. Promover as ações especializadas de Saúde Materno e Infantil de forma integral e resolutiva § Reformar e Ampliar a Maternidade Brites de Albuquerque, duplicando o número de leitos existentes de 25 para 50; § Reformar e ampliar o Tricentenário duplicando o número de leitos existentes e maior monitoramento do mesmo junto ao Conselho Municipal de Saúde; § Garantir à Maternidade Brites de Albuquerque o titulo de “Maternidade Amiga da Criança”; § Adquirir equipamentos para a Maternidade Brites de Albuquerque pelo convênio “Mãe Coruja” celebrado com a Secretaria Estadual de Saúde; § Realizar (1) estudo/pesquisa por ano, sobre diagnóstico situacional da assistência à parturiente nas maternidades de Olinda; § Oferecer 01 curso de manejo em aleitamento materno para funcionários da Maternidade Brites de Albuquerque e do Hospital Tricentenário até 2010; § Realizar palestras diárias sobre aleitamento materno para as puérperas atendidas nas maternidades; § Monitorar a assistência às puérperas das maternidades por meio de supervisões sistemáticas; § Elaborar 02 boletins por ano, sobre situação da atenção obstétrica de Olinda; § Estabelecer um sistema integrado de informação entre as maternidades de Olinda, para melhoria da 70 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 comunicação; § Garantir transporte seguro da gestante ou recémnascido para Centros de Referência; § Implantar o teste da orelhinha e o teste do reflexo vermelho na triagem neonatal; § Garantir a realização do teste do pezinho em 100% dos recém-nascidos; § Implantar 01 banco de leite humano na Maternidade Brites de Albuquerque. 15. Ampliar a atenção às pessoas com necessidades de reabilitação. § Utilizar 10% da cota de cada profissional para reavaliação cinético-funcional e comparação com avaliação inicial a cada 20 sessões de tratamento realizadas, considerando a abertura de novas vagas. § Registrar os pacientes atendidos no Núcleo de Apoio ao Saúde da Família - NASF e Centro de Reabilitação de Olinda - CRO com as 10 hipóteses diagnósticas mais freqüentes; § Construir o Centro de Reabilitação de Olinda com a construção de 01 piscina para Hidroterapia; § Qualificar a rede de referência de reabilitação nas diversas especialidades; § Contratar 4 Fonoaudiólogos e 8 Terapeutas Ocupacionais para ampliação dos procedimentos de reabilitação (NASF). 16. Implantar a Política de atenção às pessoas com deficiência na saúde § Implantar a Política de Atenção às Pessoas com Deficiência; § Promover encontros interacionais entre as Secretarias de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos, Saúde e Educação; § Garantir a prioridade e acessibilidade no atendimento às pessoas com necessidades especiais nos serviços de saúde; § Realizar sensibilização em 100% das unidades de saúde da rede de média complexidade para a priorização das pessoas com deficiência; § Garantir a informação em saúde para as pessoas com deficiência por meio de panfletos em braile e intérprete 71 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 de libras; § Realizar 01 capacitação em LIBRAS para profissionais de saúde das policlínicas da rede; 17. Promover as ações especializadas de Saúde Bucal de forma integral e resolutiva os § Implementar as ações do Centro de Especialidades Odontológicas - CEO; § Implantar a prótese dentária no CEO com confecção de 1.080 próteses até 2013; § Implantar a ortodontia no CEO com atendimento de 80 pacientes com aparelhos; § Ampliar oferta de serviço do CEO; 18. Implementar ações e serviços que permitam a melhoria da qualidade de vida da População Negra, promovendo a inclusão social o direito a cidadania e o enfrentamento ao racismo. § Implementar o teste do pezinho, com garantia do exame para o traço falciforme e anemia; § Ampliar para 100% a oferta universal do diagnóstico das hemoglobinopatias; § Implantar a metodologia de diagnóstico (Eletroforese da Hemoglobina) para Doença Falciforme no município; § Realizar 02 campanhas anuais para divulgação e capacitação de profissionais de saúde para identificar morbidades prevalentes na população negra; § Implantar o quesito raça/cor em 100% dos formulários da secretaria de saúde; § Realizar 01 sensibilização por ano para os profissionais de saúde, com foco à adequada abordagem dos usuários e preenchimento do quesito raça nos formulários da saúde; § Realizar 4 reuniões para estruturar o grupo de autocuidado em Doença Falciforme; § Realizar 01 Seminário para Entidades do movimento popular de Olinda sobre Doença Falciforme (Dia Nacional de Saúde da População Negra); § Realizar 02 Seminários para Entidades do movimento popular de sobre o impacto da Hipertensão Arterial e Diabetes na População Negra; § Produzir 40.000 folhetos informativos sobre o autocuidado em Doença Falciforme; § Realizar o II Simpósio em Doença Falciforme para os 72 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 profissionais da Rede; § Realizar 01 Oficina de atualização em Doença Falciforme para os profissionais dos Laboratórios; § Ampliar as ações de saúde para a população negra, inclusive nos terreiros de candomblé. 5.1.3 Assistência Farmacêutica Objetivo: Implementar a política de assistência farmacêutica tendo por base a ampliação do acesso e o uso racional do medicamento PROPOSIÇÃO 19. Consolidar a Assistência Farmacêutica no município de Olinda;. META § Reformular a padronização dos medicamentos de acordo com a necessidade dos usuários; § Propor junto ao LAFEPE a mudança nas embalagens dos medicamentos de Hiperdia para uma melhor identificação dos pacientes; § Criação da Comissão de farmácia terapêutica, estabelecimento da REMUME (relação municipal de medicamentos essenciais); § Inserir a Campanha 5 de maio pelo uso correto de medicamentos no calendário oficial. § Ampliar a relação municipal de medicamentos; § Ampliar o Laboratório de Fototerapia de Olinda – LAFITO, gerando alternativa econômica aos pequenos produtores da Base Rural e Urbana; § Ampliar a produção do laboratório de fototerápicos; § Aumentar a aquisição de medicamentos; § Ampliar e interligar pela informatização o cadastro dos usuários dos programas de hipertensão, diabetes, hanseníase, tuberculose, saúde mental, DST/AIDS, filariose, planejamento familiar, e outros; § Realizar a fármaco-vigilância, com a prática da Atenção Farmacêutica, em grupos especiais, garantindo a 73 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 notificação de reações adversas aos medicamentos, bem como o resgate dos usuários em tratamentos crônicos; § Realizar atividades interdisciplinares em busca do uso seguro e racional dos medicamentos; § Integrar as ações do LAFITO junto ao grupo de Saúde Condor e CaboGato e Centro Nordestino de Medicina Popular; § Convocação dos Aux. de Farmácia aprovados no último concurso do município e garantir capacitação permanente aos que estão atuando na Farmácia; § Sensibilização dos profissionais médicos e enfermeiros em relação ao cumprimento da Lei já existente na Saúde, referente à legibilidade da prescrição médica e utilização da DCB (Denominação Comum Brasileira). 5.2 VIGILÂNCIA À SAÚDE OBJETIVO GERAL: Desenvolver práticas sanitárias adequadas para a promoção à saúde e prevenção e controle de doenças e agravos, realizando intervenção sistemática no ambiente, garantindo a detecção de doenças e agravos, com coleta contínua e sistemática de dados relativos à saúde, para análise, interpretação e disseminação das informações. 5.2.1 Controle de Riscos à Saúde Objetivo: Intensificar o controle de riscos à saúde por intermédio do fortalecimento das Vigilâncias Ambiental e Sanitária PROPOSIÇÃO 20. Promover ações de proteção da saúde da população minimizando e/ou erradicando riscos sanitários (VISA) 74 META § Atualizar o Código Municipal de Saúde; § Emitir 4 notas técnicas e 4 roteiros de inspeção de acordo com cada área específica; § Realizar 1 oficina de capacitação por semestre, para PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 técnicos da VISA para implementação das normas; § Implantar o SINAVISA; § Atender 100% de denúncias recebidas; § Implantação do disque denuncia gratuito (0800); § Realizar inspeção em no mínimo 40% dos estabelecimentos de serviços de alimentação cadastrados; § Realizar inspeção em 100% dos serviços cadastrados de diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero e de mama; § Realizar inspeção em 100% dos serviços hospitalares cadastrados (Maternidade e UTI Neonatal); § Realizar inspeção em 100% nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) cadastradas; § Realizar inspeção em 100% das unidades de saúde do município; § Realizar inspeção em no mínimo 50% dos estabelecimentos assistenciais de saúde cadastrados; § Realizar inspeção em 100% das fábricas de gelo cadastradas; § Realizar inspeção em 100% do comércio informal (ambulantes) cadastrado no período de carnaval; § Inspecionar 100% dos mercados públicos e feiras livres semestralmente; § Realizar inspeção em no mínimo 50% das drogarias cadastradas; § Realizar inspeção em 100% manipulação cadastradas; das farmácias § Realizar inspeção em no mínimo estabelecimentos de ensino cadastrados; 50% de dos § Investigar surtos de doenças transmitidas por alimentos em conjunto com a Epidemiologia; 75 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 21. Promover ações de intervenção sistemática no meio ambiente para promoção da saúde da população (Vigilância Ambiental) § Realizar capturas noturnas em 100% das áreas com registro/denúncias de eventos com morcegos hematófagos; § Realizar uma campanha de vacinação anti-rábica animal por ano com a garantia de uma estrutura mínima necessária (uma mesa, duas cadeiras e um toldo com no mínimo dois metros quadrados); § Vacinar no mínimo 80% da população canina; § Realizar bloqueio em 100% das áreas com resultado positivo para raiva animal; § Realizar 04 capacitações para Agentes de Controle de Endemias-ACE responsáveis pela captura, abordagem e manejo adequado dos animais; § Encaminhar 0,2% de amostras caninas para pesquisa do vírus rábico; § Realizar 04 ações educativas em escolas ou associação de moradores sobre controle de vetor; § Realizar 01 censo canino por ano; § Castrar 1% dos cães em área com maior densidade canina até 2013; § Castrar 100% dos cães e gatos adotados quando da implantação do centro de controle de zoonoses; § Adquirir 01 caminhão boiadeiro; § Elaborar 01 diagnóstico situacional e mapeamento dos criadouros dos vetores da dengue e da filariose em 100% do município; § Cadastrar 80% dos criadouros potenciais para o vetor da filariose a cada ciclo; § Atender 100% das denúncias com visita domiciliar de inspeção em filariose; § Visitar 100% dos imóveis cadastrados no FAD (Sistema Febre Amarela e Dengue); § Cadastrar e fiscalizar 100% dos pontos estratégicos (0,4% dos imóveis cadastrados no FAD); § Realizar 06 ciclos do LIRA/ano; § Eliminar/tratar 100% dos criadouros potenciais para o 76 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 vetor da filariose; § Realizar atividades de educação ambiental em 100% das escolas municipais, estaduais e particulares; § Realizar 1 mutirão para o controle vetorial da dengue em áreas com índice de infestação predial elevado; § Monitorar 100% das armadilhas de (OVITRAMPAS) nos pontos estratégicos; oviposição § Realizar o bloqueio de 100% das áreas com casos notificados e confirmados de dengue, filariose, acidentes com animais peçonhentos, leptospirose e esquistossomose; § Realizar uma pesquisa de infectividade do culex em 02 bairros sentinela; § Capacitar 100% dos Agentes de Controle de EndemiasACE para manejo ambiental do vetor da esquistossomose (Biomphalaria ) das áreas de risco; § Realizar 1 captura de caramujos (vetor da esquistossomose) em cada área de risco para avaliação de infectividade; § Atender 100% das denúncias de infestação escorpiões, caracol africano e pulga (bicho de pé); por § Capacitar 100% dos técnicos para identificação dos vetores (flebotomíneo e caramujo); § Realizar 1 captura/ano para flebotomíneo em área de risco; § Realizar coleta em 100% das áreas de risco para esquistossomose; § Realizar 1 inquérito canino leishmaniose em área de risco; para identificação de § Realizar tratamento (anti-ratização e desratização) em 100% das áreas de risco; § Atender 100% das denúncias de infestação de roedores recebidas; § Realizar coleta de água em pontos de abastecimento público, fontes alternativas, escolas, creches municipais para análise de cloro e turbidez (1.000 coletas); § Realizar 800 coletas por ano em pontos da rede para 77 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 análise microbiológica; § Cadastrar e monitorar abastecimento público; 100% dos poços de § Distribuir hipoclorito com orientações técnicas em 100% das áreas com coleta em desacordo com os parâmetros da água estabelecidos; § Inspecionar 100% dos ambientes com casos notificados de doenças de veiculação hídrica; § Preencher um instrumento de avaliação da qualidade do ar conforme modelo padronizado; § Preencher um instrumento de avaliação da qualidade do solo conforme modelo padronizado; § Preencher um instrumento de avaliação da qualidade da água conforme modelo padronizado; § Acompanhar o cumprimento do plano de gerenciamento de resíduos sólidos em 100% das unidades de saúde municipais; § Garantir a implantação de pontos de apoio adequados nas unidades de saúde para Agentes de Controle de Endemias-ACE; § Realizar 2 relatórios anuais sobre o desempenho das visitas domiciliares realizadas pela vigilância ambiental; 5.2.2 Vigilância de Doenças, Agravos e Eventos Vitais Objetivo: Fortalecer ações de Vigilância Epidemiológica que visem à agilidade, a boa cobertura e a boa qualidade das informações referentes à mortalidade, natalidade, doenças e agravos de notificação compulsória PROPOSIÇÃO 22. Promover o fortalecimento da Vigilância Epidemiológica das doenças e agravos notificáveis 78 META § Descentralizar em 100% o Sistema de Notificação de Agravos Notificáveis – SINAN; § Realizar 01 capacitação em Curso Básico de Vigilância Epidemiológica-CBVE, para os profissionais da Vigilância Epidemiológica do nível central e dos distritos PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 sanitários; § Realizar 12 supervisões/ano nos distritos sanitários e Unidades de Saúde da Família para sensibilização quanto à notificação compulsória, encerramento de fichas de investigação e monitoramento de doenças e agravos; § Realizar a notificadas; investigação em 100% das doenças § Investigar 100% dos surtos de doenças transmitidas por alimentos; § Estabelecer fluxo operacional de comunicação com a Vigilância Ambiental sobre todos os casos notificados de dengue, filariose, leptospirose e atendimento anti-rábico humano; § Estabelecer fluxo operacional de comunicação com a Vigilância Ambiental e a Vigilância Sanitária em todos os casos notificados de doença de veiculação hídrica; § Realizar 01 treinamento em Epi Info para os técnicos da epidemiologia do nível central e distritos sanitários para tabulação e emissão de dados; § Investigar 100% dos óbitos maternos; § Investigar 100% das mortes de mulheres em idade fértil; § Realizar 12 monitoramentos junto à coordenação estadual de meningites sobre os critérios laboratoriais para encerramento dos casos notificados de meningite bacteriana; § Produzir 02 informes epidemiológicos anuais e distribuílos para todos os profissionais de saúde da rede municipal, destacando a importância da notificação pelas unidades de saúde; § Realizar inquérito coproscópico para esquistossomose com 4.000 coletas/ano; § Implantar a administração do soro anti-rábico humano nos Serviços de Pronto Atendimento; § Capacitar os 02 Distritos Sanitários na investigação dos óbitos infantis – processos e rotinas; 79 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 5.2.3 Vigilância das Principais Endemias – Tuberculose, Hanseníase, Filariose, Esquistossomose, Dengue e outras endemias relevantes Objetivo: Implementar ações coordenadas e articuladas para a redução da morbimortalidade pelas principais doenças endêmicas do município – tuberculose, hanseníase, filariose, dengue e esquistossomose. PROPOSIÇÃO PROPOSIÇÃO 23. Promover as ações de prevenção e controle das principais endemias do município § Capacitar 100% dos profissionais de saúde das Unidades de Saúde da Família em aspectos básicos de diagnóstico, tratamento e controle da filariose; § Realizar tratamento coletivo da filariose em 14 bairros do Distrito Sanitário I; § Notificar e tratar 100% dos pacientes positivos de filariose; § Emitir 02 relatórios anuais sobre desempenho das unidades com relação à garantia do tratamento individual de filariose; § Disponibilizar 02 postos fixos de coletas gota espessa (GE), nos Serviços de Pronto Atendimento Adulto e Infantil; § Realizar 04 (quatro) coletas especiais por semana em comunidades endêmicas ou solicitadas pela população; § Realizar 01 oficina educativa sobre doenças endêmicas com estudantes das escolas municipais e estaduais por ano; § Capacitar 120 (cento e vinte) profissionais de saúde – médicos e enfermeiros - para manejo clínico da dengue (parceria OPAS); § Capacitar 15 (quinze) técnicos da coordenação de endemias e Diretoria de Vigilância em Saúde em análise de dados (parceria OPAS); § Produzir 02 boletins anuais sobre a dengue; § Realizar 01(uma) campanha anual em torno das medidas de controle da tuberculose; § Realizar no mínimo 01(uma) capacitação anual para promover a cura e prevenir o abandono do tratamento da tuberculose e hanseníase com Agentes Comunitários 80 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § de Saúde dos Distritos Sanitários I e II; § Realizar 01(uma) capacitação anual para promover a cura e prevenir o abandono do tratamento da tuberculose com profissionais de nível superior; § Capacitar enfermeiros (as) de USF para realização do teste rápido de diagnóstico de HIV para pacientes de tuberculose; § Emitir 02 relatórios anuais de avaliação situacional da vigilância da tuberculose por USF; § Promover 01 campanha anual de mobilização social em torno das medidas de eliminação da hanseníase; § Realizar 01(uma) capacitação anual para promover a cura e prevenir o abandono do tratamento da hanseníase com profissionais de nível superior; § Emitir 02 relatórios anuais de análise situacional da hanseníase por Unidade de Saúde da família; 5.2.4 Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis Objetivo: Implementar e fortalecer a vigilância das doenças crônicas não transmissíveis por meio de ações intersetoriais. PROPOSIÇÃO 24. Promover ações de prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis META § Realizar 02 monitoramentos anuais da Notificação Compulsória da Violência em 100% das USF com emissão de relatório; § Realizar 01 campanha de mobilização social/ano contra a violência; § Realizar 01(uma) oficina de redução de danos em cada uma das 20(vinte) escolas municipais inseridas no Programa de Saúde na Escola, anualmente; § Realizar 80 oficinas anuais de percussão em áreas de risco com adolescentes em situação de vulnerabilidade social; § Realizar 01 oficina por ano junto aos usuários de drogas em 100% das USF sobre redução de danos; 81 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Realizar 02 monitoramentos anuais da Notificação § Realizar 20 (vinte) oficinas anuais para formação de agentes multiplicadores da cultura da paz e não violência, em associações de moradores e/ou grupos comunitário de áreas de risco; § Elaborar e divulgar 01 relatório anual sobre acidentes de trânsito no município de Olinda para identificação de áreas de risco; § Realizar 12 mobilizações sociais para promover a cultura da paz, prevenir acidentes e violência em 100% das áreas de risco identificadas; § Cadastrar no mínimo 05(cinco) Escolas Municipais Livres do Fumo pelo Protocolo do INCA (Instituto Nacional do Câncer); § Realizar 01(uma) campanha anual de controle ao tabagismo; § Realizar 01(um) seminário anual sobre tabagismo para profissionais de saúde e usuários; § Garantir a capacitação de 02(dois) profissionais do CAPS AD para controle do tabagismo pela Coordenação Estadual de Tabagismo/Secretaria Estadual de Saúde; § Realizar, anualmente, 12 mobilizações sociais para promover ambientes livres de fumo em bares e restaurantes em conjunto com a Vigilância Sanitária; 5.2.5 Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST/AIDS Objetivo: Implementar as ações de enfrentamento às DST/AIDS com vistas a prevenção e redução priorizando grupos de maior vulnerabilidade. PROPOSIÇÃO 25. Promover as ações de prevenção e controle de DST/HIV/Aids META § Realizar 4 campanhas em cada ano durante o Carnaval, o São João, o Dia Nacional de Combate à Sífilis e o Dia Mundial de Luta Contra a Aids; § Elaborar e reproduzir material de divulgação para 82 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 realização de campanhas; § Realizar em cada ano, 19 oficinas de sensibilização para agentes comunitários de saúde, sobre prevenção das DST/HIV/Aids relacionadas às mulheres, aos adolescentes e a outros grupos populacionais mais vulneráveis; § Promover em cada ano, 1 encontro de atualização para profissionais de saúde, com ênfase nas vulnerabilidades relacionadas as DST/HIV/Aids e co-infecção tuberculose e HIV; § Garantir a aquisição anual de 120.000 unidades preservativos masculinos e femininos com recursos contrapartida do incentivo do programa municipal DST/AIDS, para distribuição nas unidades de saúde Município; de da de do § Qualificar e atualizar, no mínimo 10 profissionais da Coordenação de DST/Aids e de outras áreas afins da Secretaria de Saúde de Olinda, através da participação em capacitações, seminários, congressos nacionais, regionais e locais com temas relacionados a DST/HIV/Aids e hepatites virais; § Garantir a aquisição dos medicamentos para DST preconizados pelo Ministério da Saúde e pactuados pelo município na CIB como contrapartida do incentivo do Programa Municipal de DST/AIDS; § Organizar 1 seminário e 2 oficinas anualmente por distrito, sobre prevenção das DST/HIV/Aids, com ênfase nas vulnerabilidades relacionadas à violência, gênero, raça e etnia e redução de danos do uso abusivo de álcool e outras drogas para adolescentes e educadores; § Realizar 2 oficinas, em cada ano, para profissionais do sexo masculino e feminino estimulando a formação de multiplicadores; § Promover 1 oficina anual para conselheiros de saúde, de direitos humanos, de assistência social, da criança e do adolescente, e do idoso; § Ampliar o aconselhamento e o teste rápido de diagnóstico de HIV em 100% das Unidades de Saúde que realizam a coleta; § Implantar um Serviço de Assistência Especializada (SAE) - em DST/HIV/Aids em uma Policlínica do Distrito 83 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Sanitário I; § Produzir 1 boletim anual sobre DST/HIV/Aids em Olinda; a situação das § Implantar um Sistema de Informação do Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/HIV/Aids (SICTA); 5.2.6 Política de Saúde do Trabalhador Objetivo: Reestruturar a Política de Saúde do Trabalhador do município de Olinda fortalecendo as ações de vigilância, promoção e atenção à saúde voltadas aos trabalhadores. PROPOSIÇÃO META 26. Reestruturar a Política de Saúde do Trabalhador no município de Olinda § Realização de 10 oficinas temáticas em Saúde do Trabalhador até dezembro de 2010. § Implantar um serviço para diagnóstico e tratamento dos agravos relacionados ao trabalho (público, privado e informal) na Policlínica Barros Barreto. § Ampliar a cobertura de fiscalizações para 70% dos estabelecimentos cadastrados pelos Distrito Sanitário 1, Distrito Sanitário II e Nível Central; § Implantar sistema de informação epidemiológica em saúde do trabalhador. § Realizar 1 campanha anual com diversos parceiros, para divulgar as ações de prevenção e controle dos agravos relacionadas ao trabalho. 84 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 5.3 GESTÃO DO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE OBJETIVO GERAL: Fortalecer a gestão do sistema de saúde, aperfeiçoando os instrumentos de gestão por meio da utilização de informações estratégicas para o planejamento, a tomada de decisões, o controle social e a avaliação das políticas implantadas, visando à melhoria na qualidade da atenção à Saúde da população. 5.3.1 Aprimoramento dos Instrumentos de Gestão Objetivo: Aperfeiçoar os instrumentos de Gestão da Saúde de Olinda por meio da integração dos atores que compõem o SUS e instrumentalizando-os com informações estratégicas para a tomada de decisão. PROPOSIÇÃO 27. Implantar a Sala de Situação de Saúde para tomada de decisões e monitoramento das ações estratégicas, democratizando a informação em saúde para todos os atores do SUS/Olinda META § Definir e atualizar um grupo de indicadores estratégicoprioritários para auxílio da gestão na tomada de decisões; § Monitorar esses indicadores e divulgar, bimensalmente, por meio de boletins; § Promover a integração das diversas áreas técnicas da Secretaria de Saúde com outras Secretarias e com o Controle Social, por meio de reuniões trimestrais para a discussão dos indicadores de saúde do município; § Elaborar e distribuir, anualmente, o “Folheto de Indicadores Básicos da Saúde de Olinda” e um “Painel da Saúde de Olinda”; § Publicar uma “Análise da Situação de Saúde do Município” anualmente, com base nos dados epidemiológicos e assistenciais; § Realizar dois estudos sobre a Qualidade dos Sistemas de Informação em Saúde no município de Olinda; § Realizar estudos temáticos, aprofundando as análises das prioridades definidas pela gestão (Saúde MaternoInfantil; Violência e Doenças Endêmicas); § Disponibilizar as informações produzidas e atualizadas na Internet, pelo Site da Prefeitura e das Redes Sociais (orkut, twiter, Blogs); 85 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Capacitar o corpo técnico da secretaria de saúde em ferramentas de captação, tabulação e análise dos dados dos sistemas de informação em saúde; 28. Fortalecer e aprofundar a capacidade de análise do Núcleo de Geoprocessamento NUGEO § Manter atualizada a base cartográfica do município em articulação com outros setores (Secretaria da Fazenda; Planejamento; IBGE); § Subsidiar a sala de situação de saúde com análises espaciais das doenças e agravos prevalentes no município; § Apoiar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no georreferenciamento das ocorrências atendidas; § Elaborar 04 Boletins trimestrais do georreferenciamento das ocorrências atendidas pelo SAMU; § Elaborar 01 relatório por ano, do georreferenciamento das ocorrências atendidas pelo SAMU; § Realizar uma capacitação por ano sobre Geoprocessamento (uso do GPS, Preenchimento da Ficha, Banco de Dados) com os técnicos do SAMU; § Georreferenciar 100% dos óbitos infantis e maternos por meio de articulação com a Vigilância Epidemiológica; § Manter atualizado o georreferenciamento da Rede de Atenção à Saúde de Olinda; § Atualizar as áreas de cobertura dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Endemias; § Apoiar a Coordenação da Atenção Básica na compatibilização das áreas de cobertura dos Agentes Comunitários de Saúde com os setores censitários; § Realizar um treinamento com técnicos de áreas estratégicas da Secretaria de Saúde sobre Geoprocessamento; § Realizar um curso/oficina por ano para aprimoramento dos técnicos do NUGEO; 29. Promover o resgate e a consolidação da cultura de Monitoramento 86 § Acompanhar a cada quadrimestre as prioridades definidas e integradas sob a forma de pactos; § Implementar rotina quadrimestral de avaliação e monitoramento dos indicadores da prioridade III do Pacto pela Vida - redução da mortalidade materno- PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 infantil; § Estruturar um Plano de Monitoramento de Indicadores e Ações da Atenção Básica da Saúde, utilizando como um dos instrumentos a AMQ (Avaliação para Melhoria da Qualidade da Estratégia de Saúde da Família); § Realizar uma oficina para profissionais de áreas estratégicas sobre monitoramento e avaliação; 30. Elaborar Planos e § Elaborar os Instrumentos de gestão (Planos e Programações que Programações) de forma articulada e pactuada, a partir orientem a Política de de informações estratégicas e das prioridades definidas saúde do município de pela gestão; Olinda baseados na articulação intra e § Elaborar anualmente 01 Relatório de acompanhamento intersetorial, cooperação, das ações desenvolvidas; solidariedade e gestão democrática. § Promover o acompanhamento permanente e divulgar os Instrumentos de Gestão exigidos através da Portaria 548/GM de 12/04/01; § Realizar 02 Capacitações sobre Planejamento Estratégico em Saúde envolvendo técnicos da Secretaria de Saúde, dos Distritos Sanitários e do Conselho Municipal de Saúde; 5.3.2 Gestão Territorial Objetivo: Fortalecer o papel dos Distritos Sanitários no desenvolvimento das ações e serviços de saúde na área de adstrição dos distritos, promovendo a articulação entre os atores institucionais que têm interface com a saúde e a sociedade civil organizada. PROPOSIÇÃO 31. Fortalecer o Modelo de Atenção a Saúde tendo como base de sua organização o território PROPOSIÇÃO § Consolidar o papel do Núcleo de Apoio ao Programa de Saúde da Família na gestão local das ações e serviços de saúde nos diversos níveis de complexidade em seu território; § Garantir a supervisão técnica das ações e serviços de saúde no território; § Realizar reuniões administrativas semanais com todas as unidades da área de adstrição de cada NASF; 87 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Descentralizar os sistemas de informações assistenciais (SIAB, SISPRENATAL, SISCOLO, SISMAMA e HIPERDIA) e de racionalidade epidemiológica (SIM, SINASC e SINAN) para os Distritos Sanitários; § Realizar o monitoramento mensal dos indicadores de situação de saúde e de produção dos serviços na área dos Distritos Sanitários; § Trabalhar em articulação com as associações, entidades civis organizadas, instituições de ensino, dentro do seu território, com participação do controle social; 5.3.3 Regulação Assistencial Objetivo: Implementar a Regulação do sistema municipal de Saúde na perspectiva de facilitar o acesso às ações e serviços de saúde com integralidade, equidade e de otimização de recursos. PROPOSIÇÃO 32. Implementar a Central de Marcação de Consultas, exames e Regulação, por meio de uma rede informatizada META § Implementar sistema de referência e contra- referência das consultas ambulatoriais e dos exames de apoio ao diagnóstico; § Interligar todas as unidades de saúde a Central de Marcação de Consultas e Exames no Sistema SISREG III; § Ordenar os fluxos gerais de necessidades/respostas da assistência ambulatorial, de urgência e de emergência; 33. Reformular a Programação Pactuada Integrada PPI § Desenvolver um Plano Diretor de Regionalização da Assistência, organizando a rede especializada com base na necessidade da população; § Garantir o atendimento especializado para toda a população de Olinda, pactuando com outros municípios o atendimento às suas demandas; 34. Fortalecer a operacionalização do Controle, Avaliação e Auditoria da assistência à saúde 88 § Cadastrar e atualizar 100% dos estabelecimentos de saúde, profissionais e serviços de saúde no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde- CNES; § Atualizar informações e realizar o cadastramento de novos serviços em 100% das unidades; PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Acompanhar a produção de 100% das unidades conveniadas e das unidades públicas; § Contratualizar 100% dos prestadores de acordo com a política nacional de contratação de serviços de saúde e em conformidade com o planejamento e a programação pactuada e integrada da atenção à saúde; § Monitorar e fiscalizar 100% dos contratos e convênios com prestadores contratados e conveniados; § Realizar 100% dos procedimentos programados no projeto de “cirurgias eletivas”; § Avaliar com o PNASS (Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde) em 100% da rede vinculada ao SUS; § Monitorar a cobertura e produtividade de 100% das Policlínicas, CAPS e Centros de saúde do município; § Monitorar a cobertura e produtividade de 100% das unidades básicas de saúde do município; § Avaliar a satisfação do usuário, por meio de aplicação de questionário, na atenção básica e média complexidade da rede; § Atender a 100% das demandas de auditoria em estabelecimentos de saúde; § Apurar 100% das denúncias encaminhadas por órgão de controle interno e externo 5.3.4 Gestão do Trabalho em Saúde Objetivo: Desenvolver a Política de Gestão do trabalho, considerando os princípios da humanização, da participação, da democratização das relações de trabalho e da valorização dos trabalhadores 89 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 PROPOSIÇÃO 35. Desenvolver ações de Gestão do Trabalho com vistas à qualificação e valorização dos trabalhadores e à participação democrática META § Estruturar a Gestão do Trabalho e Educação na Saúde da Secretaria de Saúde de Olinda; § Adotar Sistema de Informação Gerencial para o Setor de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, que contempla a participação do Ministério da Saúde, Estado e Município, descentralizando o curso da informação sobre o trabalho em saúde; § Integrar-se ao Sistema Nacional de Informações em Gestão do Trabalho do SUS (InforSUS); § Qualificar e garantir a educação permanente do corpo técnico profissional do setor de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde da Secretaria de Saúde do Município de Olinda; § Implementar a política de Educação Permanente em Saúde, em parceria com os setores colaboradores (ex.: Pólos de Educação Permanente em Saúde (Estadual e/ou Federal, consultores externos) e ao Núcleo de Educação Popular em Saúde; § Formar facilitadores para o processo de educação permanente do corpo técnico já existente no setor; § Garantir o curso introdutório a todos os profissionais novos da atenção básica; § Estabelecer espaços de negociação permanente entre trabalhadores e gestores; § Considerar as diretrizes nacionais para Planos de Carreiras, Cargos e Salários para o SUS – PCCS/SUS, quando da elaboração, implementação e/ou reformulação de Planos de Carreiras, Cargos e Salários no âmbito da gestão local; § Implementar e pactuar diretrizes para políticas de educação e gestão do trabalho que favoreçam o provimento e a fixação de trabalhadores da saúde; § Revisar a Lei de Produtividade e incentivo SUS com a participação do SISMO, SINDISAÚDE, Conselho Municipal de Saúde, trabalhadores de saúde, trabalhadores municipalizados, Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Vigilância Ambiental a partir de janeiro de 2010; 90 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 § Garantir melhores condições de trabalho como: insalubridade, periculosidade, abono família, ambiência, filtro solar; fardamentos, segurança e tickets refeição e VEM para Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias, para os trabalhadores de acordo com as suas especificidades;Diagnosticar e revisar os processos de insalubridade, periculosidade, risco de vida e abono família; § Garantir encaminhamentos para isonomia das gratificações para os trabalhadores que exercem a mesma função; § Implantar ações na área de Saúde do Trabalhador nas feiras livres, cemitérios, canais e locais de coleta de lixo de forma intersetorial, incluindo as áreas de vigilância à saúde, educação, obras e desenvolvimento social; 5.3.5 Gestão Democrática e Participativa Objetivo: Fortalecer a Gestão Democrática ampliando a participação social na política municipal de saúde. PROPOSIÇÃO 36. Fortalecer o Controle Social na Política de Saúde de Olinda META • Garantir a infra-estrutura necessária ao pleno funcionamento do Conselho Municipal de Saúde, incluindo a disponibilização de no mínimo três pessoas para o apoio administrativo, carro permanente para realização das atividades do Conselho e aluguel de um imóvel para instalação da sede própria; § Implantar os conselhos de unidade em 100% das unidades de saúde e conselhos distritais com início no primeiro semestre de 2010 adotando-se uma metodologia de educação popular em saúde e com a participação dos conselhos de direito; § Desenvolver uma agenda de educação permanente para os conselheiros do conselho municipal e dos conselhos de unidades, realizando uma oficina por semestre; § Garantir a realização das conferências municipais, 91 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 plenárias anuais e outros fóruns; § Realizar uma oficina com os conselheiros municipais de saúde sobre “Informação em Saúde” na perspectiva do empoderamento e autonomia dos conselheiros no acompanhamento das ações/informações da saúde; § Realizar, a cada semestre, uma reunião com o conselho municipal de saúde, representantes de outras secretarias e conselhos de direitos para apresentação e discussão do perfil sanitário do município e do monitoramento dos indicadores do Pacto pela Vida por meio da Sala de Situação de Saúde; § Criar instrumentos de divulgação, como boletins informativos, vídeos e site sobre as funções e ações dos conselhos de saúde para as entidades, comunidade e trabalhadores da saúde; § Garantir a participação de conselheiros nos eventos de controle social e outros fóruns dentro e fora do município; § Criar uma rede de articulação para integração das diversas instâncias e espaços de controle social: fóruns, conselhos, OP, entre outros; 37. Garantir a implantação e manutenção da Rede de Humanização e Ouvidoria da Saúde, com participação do conselho de saúde; § Implementar a Política de Humanização e de Ouvidoria em 100% das unidades de saúde de Olinda; § Realizar 4 seminários sobre Humanização e Ouvidoria para profissionais de saúde e as coordenações de políticas; § Realizar ações para incorporação do conceito de “Ouvidor” da Saúde por todos os profissionais do SUS/Olinda; § Fortalecer o sistema de Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde, envolvendo as instâncias de controle social garantindo ampla participação e divulgação dos resultados; § Elaborar materiais educativos sobre ouvidoria e humanização da saúde (folders, cartazes, cordéis e outros); § Implementar o conceito de ambiência do Ministério da Saúde em 100% das unidades de saúde; § Analisar 92 sugestões das unidades de saúde e PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 encaminhar as providências necessárias; § Implantar o projeto de “Transporte Social” para facilitar o deslocamento de pacientes com doenças crônicas (hemodiálise, câncer, anemia falciforme, entre outras); § Estruturar a coordenação de Humanização e Ouvidoria; § Implantar uma linha 0800 para Ouvidoria da Saúde; § Implantar 08 brinquedotecas em unidades de saúde; § Realizar oficinas de estímulo da memória e atividades de terapia ocupacional para os idosos nas unidades de saúde; 91 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 MOÇÕES APROVADAS MOÇÃO DE RECOMENDAÇÃO SOBRE A FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO DE OLINDA Considerando que o abastecimento de água no município no ano 2000, observa-se que a grande maioria da população usufrui da rede geral de abastecimento (93,7%) e (3,9%) da população faz uso da água advinda de poços ou nascentes localizadas nas propriedades do plano municipal de saúde. Propomos a fluoretação das águas de abastecimento como uma maneira de plauzirmos o maior problema de saúde pública (cárie dentária0 em saúde bucal, por ser uma medida democrática, contempla, crianças, jovens, adultos e idosos e o mais importante tem uma linha de financiamento próprio através da FUNASA / MS. MOÇÃO DE REPÚDIO AO GOVERNO DO ESTADO Considerando que a saúde pública é um direito de todos e dever do estado, como principio constitucional. Propomos que os delegados da 9ª Conferência Municipal de Saúde de Olinda repudiam a implementação de tal projeto pelo governador Eduardo Campos que afronta a população, sobretudo a população pobre e todos os que lutam em defesa do SUS. MOÇÃO DE APOIO E SOLIDARIEDADE Considerando que há um processo sendo implementado no Estado de Pernambuco das Fundações de Saúde Pública de Direito Privado. Propomos que os delegados(as) à IX Conferencia Municipal de Saúde de Olinda se somarem a campanha do CREMEPE e SIMEPE contra a privatização da saúde publica, processo que vem sendo implementado pelo Governo do Estado. 95 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 MOÇÃO DE RECOMENDAÇÃO Considerando que Olinda aderiu à Campanha Nacional de Acessibilidade, em 6 de agosto de 2009 e que o concerto de acessibilidade e inclusão tem sido objeto de interpretações distorcidas pela mídia, contrariando a convenção de defesa dos direitos da pessoa com deficiência da ONU da qual o Brasil é signatário e incluída à constituição do Brasil. Propomos que seja adotada pela saúde de Olinda o principio da Acessibilidade universal, entendendo como garantia de acesso e as metas necessárias para usufruir de modo autônomo, de todos os produtos e serviços públicos ofertados pela PMO de uma fonte única para todas e todos independente de suas diferenças prioritariamente para pessoas com deficiências e/ou idosas. MOÇÃO DE REPÚDIO ÀS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS Considerando que a 9° Conferência Municipal de Saúde de Olinda, de acordo com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) como patrimônio da humanidade, conquistado e legitimado nos espaços democráticos de participação, REPUDIA a iniciativa da Secretaria Estadual de Saúde por introduzir as Organizações Sociais (O.S) como entidade gestora das Unidades de Prontoatendimento (UPAS) e novos hospitais, por entender que esta iniciativa de administração, fere os princípios do SUS. Propomos que os gestores, trabalhadores e usuários do SUS do município de Olinda não permitam à adoção deste modelo de gestão, bem como manifestem o seu posicionamento contrário à Secretaria Estadual de Saúde como medida de fortalecimento do Estado de bem estar social e da gestão pública. MOÇÃO DE APOIO À CRIAÇÃO DA COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA Considerando que existe a necessidade da criação de uma relação municipal de medicamentos essenciais, o que inclui a reformulação da padronização e ampliação do elenco de medicamentos disponíveis e devido à ausência desta comissão no município. Propomos a criação da comissão farmacêutica e terapêutica para estabelecer e revisar a REMUNE (Relação Municipal de Medicamentos Essenciais). 96 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 MOÇÃO DE REPÚDIO À PREFEITURA DE OLINDA Considerando que os servidores estão com baixos salários e péssimas condições de trabalho e ainda que não tiveram reajuste salarial neste ano (2009) em desrespeito à database da categoria. Propomos que os delegados da 9° Conferência Municipal de Saúde de Olinda repudiem a administração municipal em não respeitar a data-base da categoria para reajuste salarial. MOÇÃO DE RECOMENDAÇÃO Considerando que muitas pessoas têm dúvidas e comprometem o bom andamento da Conferência pela falta de atenção e permanência na plenária e eu essa falta é um verdadeiro problema que eu como delegado percebo. Venho propor à seguinte moção: Propomos que as pessoas que organizam as Conferências de Saúde peçam aos participantes todos, para que não esvaziem a plenária a toda hora como está acontecendo nesta conferência. Diminuiria muitas dúvidas e discórdias, pela ausência de pessoas nas plenárias e falta de atenção. 97 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 ORGANIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE Diretoria de Planejamento em Saúde Lívia Souza Maia Andréa Lobo Carmen Dhália Luciana Mendes COMISSÃO ORGANIZADORA DA 9° CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE Adetilde de Lourdes Morais Álvaro Henrique Dias Ceci Alencar Edna Melo Esron Messias de Santana Israel Barbosa de Souza João Domingos dos Santos Juarez José dos Santos Lívia Souza Maia Maurina Lins Câmara Romero Dias Sandra Britto Tereza Cristina Santiago Ouvintes Carlos Roberto da Hora Fernanda da Silva Miranda COMISSÃO ELEITORAL DA 9° CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE Álvaro Henrique Dias Elenilda Martins Ferreira João domingos Sandra Britto 99 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 COMISSÃO DE MOBILIZAÇÃO PRÉ-CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE Alex dos Santos Fernanda da Silva Miranda Fernanda Denivane Joseane Vieira Joselma Bispo Juarez José dos Santos Maria Aparecida Tenório Neilton dos Santos Rosicleide da Silva Walmir Miranda COMITÊ EXECUTIVO DA 9° CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE Diretoria de Planejamento em Saúde Lívia Souza Maia Andréa Lobo Ceci Alencar Aelildes Arichelle Queiroz Carmen Dhália Eliane Siqueira Luciana Mendes Fábio Alencar Givanildo Marques Juliana Régis Leide Flôr Luana Cibele Wilma Theodósio Diretoria de Atenção à Saúde Tânia Redvivo Diretoria de Vigilância em Saúde Marcia Marcondes Maria da Conceição 100 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Diretoria Administrativa e Financeira Markene Fernades Vieira Willames Mendes Rinaldo Peixoto Ricardo Robson Distrito Sanitário I Mesullan Torres Verônica Magalhães Pedro Henrique Andrea Ribeiro Distrito Sanitário II Wanessa Régis Adenilda Andrade Josefa Tenório Coordenação de DANTS Ângela Marcondes Ana Carolina Aguiar Coordenação do NEPS Luzia Azevedo Assessoria de Comunicação Pedro Morais Chefia do Gabinete Davi Barros COMISSÃO DE RELATORIA Coordenação Andréa Lobo Aelildes Arichelle Queiroz Relatores Convidados Ana Coelho de Albuquerque 101 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 Andréa Lopes de Oliveira Carmen Elizabete Cavalcanti Xano Emmanuelly Correia de Lemos Ingrid D’Ávila Freire Pereira Jaqueline Maria de França Juliana Régis Nogueira Kátia Kelly da Silva Priscilla de Souza Lima COMISSÃO DE APOIO Edna Lopes Genilson Venâncio Iolanda Bandeira Jezanias Ferreira José Roberto Filho Josinalva Clementino Maria da Conceição Maria do Carmo Alves REVISÃO DO RELATÓRIO FINAL Lívia Souza Maia Andrea Lobo Ceci Alencar Diagramação João Ricardo da Silva Freire Maria do Socorro de Freitas 102 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - 2010/2013 ANEXO CORDEL para a 9ª Conferencia de Saúde de Olinda Sou Homem da Meia Noite Sou Brites, história infinda Sou o frevo na ladeira Sou Hino da Pitombeira Eu sou mulher, sou Olinda. I Sou o povo organizado Branco, Negro, Mameluco Sou gente brava, da gema Do SUS, integro o Sistema Estado, sou Pernambuco. II Eu sou jovem, adolescente Tenho um sonho que seduz A ver as leis da saúde Com mudança e atitude Sou a política do SUS. III E o SUS é Patrimônio De toda sociedade De acesso UNIVERSAL Cuidar de forma INTEGRAL Um olhar para EQUIDADE. IV Na caravana do SUS Foi pauta e é referencia O controle social Como agente principal Para esta conferência V Delegados, delegadas Eis que é luta, ativistas. Para construir mudança O desafio é esperança Objetivos, conquistas. VI Do encontro coletivo O debate é a grande ação Fortalece e irradia Nasceu na democracia Está na Constituição. VII A Gestão está atenta À agenda permanente Construindo, acompanhando Apoiando, orientando Que saúde é emergente. VIII Uma demanda comum È apelo popular A emenda vinte e nove É preciso que aprove Falta regulamentar. IX Fortalecendo a saúde E a todos atender Acompanhar a criança Que é a nossa esperança Do futuro acontecer. 104 X Do passado somos todos Com sentido valioso Temos avós, temos pais Filhos, amigos e mais Vamos cuidar do idoso. XI A saúde da mulher Tem fases, é importante Incluir e orientar Prevenir e acompanhar O controle da gestante. XII Para o homem é necessário Atentar à prevenção Mudar conceito, atitude Que a minha e a tua saúde É a saúde da nação. XIII Todos cuidando de todos É meta de qualidade O afeto e a escuta Faz parte da nobre luta Para integralidade. XIV Trabalhadores aqui Apostem no ideal Participação aquece E o SUS se fortalece Com o Controle Social. XV Usuários participem Da Conferência atuando Ouvir, propor e votar Para assim deliberar Que o SUS tem seu comando. XVI A luta que convocamos Tem nome: DEMOCRACIA O governo é popular O lema aqui é lutar E a luta é todo dia. XVII Cordel apresentado em Jogral na abertura da IX Conferência Municipal de Saúde de Olinda. Ceci Alencar (autora do texto, Direção do Jogral). Grupo de ap resentadores do Jogral Adetilde Morais (Conselheira Usu ária) Álvaro Henrique Duarte (Conselheiro Gestor) Ceci Alencar (Dep.Programação em Saúde) João Domingos (Conselheiro Usuário) Fernanda da Silva (Pastoral da Cri ança) Inêz Tenóri o (Coordenação Saúde Mulher) Josilene Félix (Co ordenação dos Ciclos da Vida) Tamy de Paula Souza (Técnica So cial-NEPS) Maurina Lins (A ux. de Enfer.do PSF C. d´água) Pedro Henrique (C.NASF –Peixinhos). Roberta Maria (Tec. Administrativo-DST/AIDS) Romero Dias (Conselheiro/Trabalhador) Sandra Britto (ConselheiraT rabalhadora) Socorro Malafaia (Coordenação D ST/AIDS) Tereza Cristina (Conselheira Trabalhadora) Tereza Sales (Gerente Laboratório Municipal