Anais do 5º Encontro do Celsul, Curitiba-PR, 2003 (516-520)
A CONSTRUÇÃO DO SENTIDO NO ENSINO DE INGLÊS: LÍNGUA E CULTURA
Eulia Rejane SILVA (Universidade Federal de Uberlândia)
ABSTRACT: This paper aims to verify how English teachers construct the Sense. We focus on Language
and Culture to show how Ideologial formations, methodological process and historical formations are
involved in Sense´s construction.
KEYWORDS: Sense, Language, Culture
O.Introdução:
A observação de aulas de Língua Inglesa (LI) permite verificar que há um distanciamento entre o
Discurso e a práxis pedagógica.Tal distanciamento, que às vezes parece ocorrer de maneira inconsciente,
pode ser resultado do processo de formação do professor assim como, da própria atuação. Em ambos os
casos, percebe-se a influência de concepções teórico-metodológicas norteadoras. Será verificado como, e
em que momento, essas influências ocorrem; pela identificação das bases teóricas adotadas. Avaliar-se-á
a construção do sentido para os professores de LI analisados e, também, como esses sentidos se realizam.
Deseja-se explicitar o processo de construção dos sentidos por meio dos enunciados; pois, os sentidos são
administrados e, conforme Orlandi (2001), “dependem do meio no qual o sujeito que o realiza está
inserido” .Produzir sentido faz parte da vida de todo sujeito enquanto membros de uma sociedade. O
professor de LI, por influência de sua formação, muitas vezes não consegue materializar o sentido que
construiu sobre a Língua que se propõe a ensinar. Pode ocorrer ainda, que o próprio professor não tenha
clareza das concepções teóricas que direcionam sua prática e não consegue explicitar a ideologia que diz
referendar sua atuação. Verificar-se-á como o professor de LI se posiciona em relação à Língua que
ensina, e quais aspectos culturais exercem influência nessa opção.
1.Perspectiva Teórica:
O sentido tem sido pesquisado e analisado por diferentes estudiosos e deriva-se de concepções
teóricas diversas. Neste trabalho o Sentido será interpretado com bases nos estudos de Michel Pêcheux,
que se preocupava em discutir a epistemologia da ciência, procurando incorporar à ela a investigação
semântica. A Análise do Discurso proposta por Pêcheux considera que
[...] o sentido de uma palavra, de uma expressão, de uma proposição, etc., não existe ‘em si
mesma’ (isto é, em relação transparente à literalidade do significante) mas é determinada pelas
posições ideológicas colocadas em jogo no processo social histórico em que as palavras,
expressões e proposições ideológicas são produzidas (isto é, reproduzidas).” (Pêcheux, 1998 p.15)
Observa-se que o sentido é construído em um contexto onde diferentes sujeitos se inscrevem
conforme suas concepções teórico-ideológicas. Na sala de aula, envolve espaços discursivos diversos,
pois professor e aluno apresentam diferentes condições sócio-históricas de aprendizagem. Não possuem
posições ideológicas, que permita construir o mesmo sentido para a língua. Os Discursos, nas aulas de LI,
acabam por determinar valores e crenças que serão transmitidos aos aprendizes dessa língua. Pois,
Discursos e Práticas discursivas influenciam no modo como o sujeito professor direciona suas
concepções.
“Poderíamos resumir essa tese dizendo: as palavras, expressões, proposições, etc. mudam de
sentido segundo as posições, isto é, em referencia as formações ideológicas nas quais essas
posições se inscrevem.” (Pêcheux, 1998 p.15)
Identificar a construção do sentido, no ensino de LI, implica em conhecer os elementos que o
constitue e como se relacionam intra e interdiscursivamente. Torna-se necessário conhecer o
comportamento de professores e, também, dos alunos de inglês, considerando a posição histórica, política
e social que apresentam; para facilitar a compreensão construídos em relação à Língua Estrangeira.“ O
lugar do qual fala o sujeito é constitutivo do que ele diz” (Orlandi, 2001). O Sentido que o sujeito
professor constrói sobre a LI evidencia a sua realidade e o conjunto de significações conhecidas e aceitas
como verdadeiras. Esse discurso, do sujeito professor, também explicita suas concepções histórico-
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metodológicas. Visto que, todo Discurso “é a materialização de uma determinada ideologia” (Orlandi,
2001). Consciente, ou inconscientemente, o Sentido torna-se conhecido através da formação discursiva
que ele domina. Cada Discurso torna-se, mais ou menos relevante, na construção do Sentido, conforme o
lugar de onde é dito e do sujeito que o diz.
“[...] o discurso (...) não é manifestação, majestosamente desenvolvida, de um sujeito
que pensa, que conhece, e que diz; é ao contrário, um conjunto em que podem ser
determinadas a dispersão do sujeito e sua descontinuidade em relação a si mesmo”.
(Foucault, 1986 p. 61- 62)
É pelo discurso, e a prática discursiva, que o sentido é levado à realidade. No ensino de línguas,
determinam as relações de poder, as formações históricas, as ideologias e verdades defendidas.
2.Hipóteses:
Existem nas instituições de ensino, sejam elas públicas ou privadas, uma variedade de concepções
teórico-metodológicas que, visando cumprir exigências do Ministério da Educação, não atendem as reais
necessidades de um curso que tem por objetivo a formação de professores. A não preocupação, pelo
menos explícita, com o contexto sócio-histórico, colabora para a existência de disciplinas, na área de
Línguas, cujos conteúdos enfatizam a necessidade do ensino de cultura; sem observar que tal
procedimento transforma o ensino da Língua em instrumento ideológico da classe dominante.
Professores, “em formação”, por ainda não ter absoluta consciência do papel que devem exercer na
sociedade, enquanto professores de LE, geralmente não conseguem perceber nas escolhas teóricas, feitas
ao longo do processo de formação, concepções filosóficas, políticas, históricas e culturais reprodutoras de
discursos que referendam a instituição em que estão inseridos. A heterogeneidade discursiva, presente
nos cursos de graduação, pode contribuir para a ausência, ou obscuridade, de conhecimentos teóricos
facilitadores da prática pedagógica.
3.Análise dos dados:
Os dados coletados para análise fazem parte do corpus da dissertação “A festa Halloween e o
inglês no Ensino Fundamental – Fragmentos da imposição de uma prática cultural e ideológica”,
defendida em 2001 na Universidade Federal de Uberlândia. Pois, valem como uma amostragem das
concepções apresentadas neste trabalho. As entrevistas foram realizadas com professoras de Inglês, de
escolas públicas e os “recortes” aqui analisados validam os conceitos previamente, esboçados. Acreditase que o professor, quando propõe trabalhar aspectos culturais em sala de aula, conheça o conceito de
Cultura, mesmo que não esteja evidenciado no discurso que apresenta. Observa-se, entretanto, que não há
clareza quanto tal concepção, quando se questiona “Você costuma trabalhar aspectos culturais com seus
alunos?” e se obtém como resposta: i) “sim diante de algum texto, que possa aparecer em algum livro,
ou mesmo relacionado à data; geralmente eu costumo introduzir algum aspecto cultural trazendo uma
informação para esse aluno, que por ventura tenha alguma dúvida, ou ainda não tenha noção dessas
datas.” ii) sim costumamos trabalhar os aspectos culturais com nossos alunos (...) trabalhamos o
Hallowen, o Thanksgiven Day, Valentine´s Day; já trabalhamos Labor´s Day...” e, também, iii) sempre
que vem alguma data comemorativa eu costumo falar o porquê daquela situação...”. Apresentar e
comentar, datas comemorativas, não é suficiente para justificar o ensino de Cultura; quando se entende,
esta, como modo particular de vida, de um grupo social. Cultura não se resume a aspectos isolados das
condições de vida, em determinadas circunstâncias. Compreende práticas ideológicas e valores que uma
sociedade se utiliza para dar sentido ao mundo. Pode-se perceber a influência das concepções teóricometodológicas, absorvidas do discurso acadêmico, que não tem como preceitos a reflexão crítica. Tendo
ideologia como produção e representação de idéias, valores e crenças; nota-se que há uma reprodução
daquela, implícita em materiais didáticos e pára-didáticos, quando desconsidera formas de representar e,
talvez, explicar Cultura. Como religiosidade, vestuário, hábitos alimentares, dialetos, etnias, entre outros.
Percebe-se a presença de uma ideologia que despreza a identidade cultural do aprendiz quando
supervaloriza a cultura estrangeira, pelas afirmações: “porque nós acreditamos que se uma pessoa está
estudando um idioma não é importante (...) que ela saiba somente a lingüística daquele idioma, e sim que
entra naquele mundo. Que sinta como se fizesse parte daquele mundo.” e “porque eu acho que fica difícil
não trab/ não estar trabalhando esses aspectos já que estou ensinando uma língua estrangeira (+)
porque eh está tudo muito ligado tanto os aspectos culturais quanto: o ensino da língua.” O ensino da LI,
nessa situação, não está considerando as necessidades dos alunos e os interesses do país. Quando se
reproduz um discurso que já está posto, sem questiona-lo, não se está exercendo a função que a língua
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estrangeira deveria ter em uma escola pública. Isto é, permitir que o aprendiz pense sobre si mesmo e seu
papel político e social através de comparações com outras culturas diferentes da sua. Reforça-se uma
admiração pelo que é estrangeiro, quando se diz que “acredito que quando a pessoa Vai vai a um país
estrangeiro e vivencia algo assim da cultura desse povo eh: completamente diferente do que a gente
tentar imitar (...) porque quando você faz isso no seu país você: já ta impregnado com coisas nossas
então né não fica a mesma coisa:”. Fica implícito um preconceito em relação ao próprio país quando
atribui um valor à LI. Não é possível observar concepções metodológicas que justifiquem o ensino de LI.
Afirmações baseadas no senso comum como: i) “[...] nossa intenção (...) e para que o aluno não saiba
somente a gramática que não saiba somente conversar a a parte (de) li:stening e sim que ele entenda a
cultura daquele idioma no qual ele está estudando no qual ele está especializando, é a nossa intenção.”
e ii) “discutir mesmo, dar opinião eles não costumam não.” O Discurso determina valores e crenças
porque é a transmissão, mesmo que inconsciente, de teorias aceitas, e repassadas, como verdades. Nossa
sociedade é constituída de hierarquias; na sala de aula o Discurso do professor tem mais valor que o do
aluno. O Sentido construído fica evidenciado nessa relação entre os interlocutores, professor e aluno,
onde aquele impõe seu assujeitamento, sobre este . O que está justificado na fala “quando eles são
contrários eu digo’ nós estamos estudando a Língua Inglesa e eu estou demonstrando pra vocês um
aspecto cultural que lá acontece, então eu não digo que estou fora da realidade (...)”. Aprender LI,
ainda, pressupõe status. A Língua é vista como instrumento de dominação, uma forma de atender
interesses particulares.
4. Considerações finais:
O conhecimento adquirido em sala de aula de LI deveria ser capaz de fazer com que os aprendizes
participassem de questões, e situações diretamente relacionadas as suas experiências diárias; e não apenas
reproduzir valores, supostamente dominantes, que tal língua possui. Observa-se que o Sentido só faz
sentido conforme as concepções e os lugares de cada sujeito. Quando se constrói sentidos a realidade, do
sujeito que o faz, é evidenciada pelas significações mantidas como valor de verdade. Neste caso, explicita
as ideologias defendidas, ou incorporadas, mesmo que inconscientemente. O contexto, dos
acontecimentos e do sujeito, favorece a construção dos sentidos já que os processos discursivos se
materializam por toda parte e funcionam como mediadores da realidade natural e social da qual o sujeito
faz parte. Pelos discursos, e interdiscursos, os sujeitos buscam uma imposição que dissimule, ou
descaracterize, o seu assujeitamento. Há uma tentativa de demonstrar autonomia, e até autoridade,
encobrindo esse assujeitamento vivido. Não existe sujeito sem discurso e todo discurso possui sentido.
Pois, fazer sentido é o resultado dos processos discursivos vividos e vivenciados pelo sujeito conforme
suas individualidades histórico-discursiva.
RESUMO: Este trabalho pretende verificar como os professores de Inglês constroem os Sentidos, com
enfoque em Língua e Cultura. Tenta explicar, a partir de evidências encontradas no discurso, as razões
pelas quais a construção do sentido envolve formação discursiva e histórica, inscrições ideológicas e
lugar discursivo.
PALAVRAS CHAVES: Sentido, Língua , Cultura
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
GREGOLIN, M. Baronas, R. & Cruvinel, M. F. (org.). Análise do Discurso: diálogos, fronteiras, limites
do sentido. Araraquara: FCL-Unesp, 2001 (no prelo)
ORLANDI, E. P. Análise do Discurso: Princípios e Procedimentos. Campinas. Pontes, 2001.
POSSENTI, S. Sobre as noções de Sentido e de efeito de sentido. In Cadernos da Faculdade de Filosofia e
Ciências – UNESP. Marília: Ed. da UNESP, 1997.
SÁ, Cristina Rita Alves. A Festa Halloween e o inglês no ensino Fundamental – Fragmentos da
imposição de uma prática cultural e ideológica. Uberlândia: ILEL. Dissertação de Mestrado. 2001
Eulia Rejane SILVA
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Anexo: Entrevistas
Professora Pl
P: Você costuma trabalhar aspectos culturais com seus alunos?
Pl: Sim’ diante: o/ algum texto que possa aparecer em algum livro’ ou mesmo relacionado à data’
geralmente eu costumo introduzir algum: aspecto cultural eh:: (+) trazendo: uma informação para esse
aluno alguma coisa que ele não’ por ventura tenha alguma dúvida ou ainda nun (1.5) eh não tem noção
dessas datas (2.0) desses (2.0) dessas eh: (1.5) desses aspectos culturais geralmente’ eu posso introduzir
em algum texto.
P: porque’ Pl’ você toma essa atitude de abordar aspectos culturais dentro do ensino de língua inglesa’’
Pl: porque eu acho que fica difícil não trab/ não estar trabalhando esses aspectos já que eu estou
ensinando uma língua estrangeira (+) porque eh tudo está muito liga:do tanto os aspectos culturais
quanto: o ensino da língua’ e:: (2.5) fica: fica muito: eh precisa ser conecta:do essas coisas tanto aspectos
culturais quanto: a aspecto do ensino da língua
P: você aborda aspectos culturais nacionais e estrangeiros quando você dá a sua aula de inglês’’
Pl: sim (+) eh por exemplo’ carnaval, é abordado (+) tanto (2.5) das duas formas no inglês quanto no falo’
assim, nós falamos eh a respeito dessas da:tas qui exi:stem pra nós eh e também’ comentando o que se
comemora (+) em países americanos como por exemplo ah em países qui qui fala a língua inglesa eh:
doze de fevereiro por exemplo, lá se comemora o dia dos namorados né aqui carnaval, 1 então assim é
trabalhado esses aspectos dentro do mês, geralmente
P: eh:: então você recorre á história quando você trata do assunto em sala de aula’’
P1: sim eh:: muito importante não só colocar isso pro aluno, Halloween’ sem um entendimento do que
seja sem um embasamento cultural eh porque fica assim muito sem sentido você: vamos comemorar o
Halloween sem saber por/ porque eh existe essa festa’ eu acho que fica muito vago pro/ principalmente
não faz parte da nossa cultura’ fica muito vago pro aluno
P: certo e você quer deix/ quer acrescentar alguma coisa, P1, você acha válido falar alguma co::Isa
P1: eh eu acho qui válido acrescentar qui:: é muito diferente’ eu (+) acredito quando a pessoa Vai vai a
um país estrangeiro e vivencia algo assim da cultura desse povo’ eh:: completamente diferente do que a
gente tentar imitar’ no nosso país’ porque quando você faz isso no seu país você: já ta impregnado com
coisas nossas então né não fica a mesma coisa::
Professora P2:
P: P2, você costuma trabalhar aspectos culturais com seus alunos’’
P2: sim, eu costumo trabalhar os aspectos culturais com os nossos alunos ah:: principalmente no (*) qui é
onde eu trabalho há muito tempo, eh trabalhamos o Halloween’ tranbalhamos o Thanksgiven Day’
Valentine’s Day, já trabalhamos Labor’s Day não vou falar que TOdos os anos trabalhamos Labor’s Day
mas os três’ sim, todas as vezes nós trabalhamos, a nossa intenção esses aspectos culturais é para que o
nosso aluno’ ele não assimile somente a lingüística, que ele não saiba somente a gramá:tica’ que não
saiba somente conversa:r’ a a parte (de) li:stening’ e sim qui ele entenda a cultura daquele idioma no qual
ele está/ qui ele está estudando’ no qual ele está especializando, é a nossa intenção
P: Porquê’ P2’ você aborda esses aspectos culturais na aula de língua inglesa’’
P2: Porque nós lá no (*)’ nós acreditamos que se uma pessoa está estudando idioma’ não é interessante’
não é importante’ assim como eu já disse’ que ela saiba somente a:: lingüística daquele idioma’ e sim qui
ela entre naquele mundo’ qui ela sinta como se ela fizesse parte, daquele mundo qui ela possa
compreender o:: por exemplo’ o porquê daquela comemoração do Halloween’ o porquê do Tanksgiven
Day’ qui é a data mais importante dos Estados Unidos, então por exemplo’ se se aprender’ se eu souber o
idioma eu sei, falá, eu sei escrevê, mas se me questiona qualquer coisa a respeito ô P2 porque qui é
comemorado o Halloween’’ que quer dizer isso? (+) que qui adianta’’ eu eu não sei explicá’ eu não estou
dentro daquele mundo e sei falá o idioma daquele mundo, então nós achamos qui é importante qui os
alunos se:: inteirem desse:: desse mundo que no qual eles estão entrando, não somente na forma
lingüística
P: e o qui os meninos falam eh: o que eles acham como você falou’ vocês explicam o porquê e o que eles
acham que é essa festa pra eles? Eles falam com vocês’’ ou simplesmente fica aquela coisa’ eu quero
fazer o Halloween: gostam da festa e ssim’ eu quero saber se eles discutem com vocês o que qui eles
acham do Halloween
P2: bom’ Discutir mês:mo’ dar opinião deles não costumam não, eles ficam tão loucos pra chegar a festa
e querer simplesmente participar daquela alegria qui muitas vezes quando nós estamos explicando e
pedimos a opinião deles eh muitos deles falam assim qui:: ah quis crendices bobas (+) qui qui/ quis coisas
mais sem pé nem cabeça ah:: {...}
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P: certo, e pra você o que significa o Halloween na escola, dentro da escola?
P2: ah:: eu acho qui::: desculpa re repete sua pergunta fazendo favor,
Professora P3
P: P3 você costuma trabalhar aspectos culturais com seus alunos eh na aula de LI’’
P3: sim, eh sempre que eu, sempre que vem alguma data comemorati::va eu costumo falar o porquê
daquela da daquela situação o porq/ o qui é qui eles estão estudando eh:: o porque daquilo’ vamos supor’
se é se é o Halloween’ o porquê qui ele estuda o Halloween, qui não é apenas uma festa onde vê/ vamos
vestir de vamos fantasiar e vamos assustar não, o porquê daquilo sempre
P: eh você aborda aspectos culturais nacionais e estrangeiros’’
P3: sim eh vamos supor a Páscoa’ a Páscoa é comemorada aqui e é é é é é nacional e também comemorase em outro país então eu trabalho a Páscoa den eh falando como qui se comemora né como qui se diz
Feliz Páscoa quais são os símbolos da Páscoa em inglês o coelhinho, a música’ tudo em inglês
P: você costuma discutir com seus alunos e escuta também as opiniões deles sobre a comemoração dessa
festa no Brasil ou mesmo das atividades dentro da sala de aula’’
P3: sim porque antes de começar qualquer traba:lho primeiro eu escuto primeiro eu colho a as
informações que eles têm as experiências que eles têm pra depois partir daquilo que eu sei pra eu poder
ensinar mais daquilo que eles não falaram ou que eles não sabem
P: quando o aluno, como você disse que pede a opinião dos alunos, quando os alunos são de opinião
contrária à celebração do Halloween:: o: que você costuma fazer’’
P3: quando eles são contrários eu digo’ nós estamos estudando a língua inglesa e eu estou demonstrando
pra vocês um aspecto cultural que lá acontece, então eu não digo que estou fora da realidade dé desse
aspecto cultural sobre o Halloween, eu explico’ eu eu conto a história’ eu vivo com eles a situação mas
porque eu leciono a língua inglesa
P: você eh:: eu gostaria que você deixasse registrado’ segundo o seu ponto de vista’ o Halloween na
escola brasileira,
P3: eh tem t/ eh: esse ponto é um ´pouco polêmico porque muitas pessoas trabalham o Halloween APEnas
com eh eh como se diz vamo fazer uma festa eh: própria em todo calendário’ a maioria dos calendários do
Brasil’ de escola fazem o Halloween independente se é a língua inglesa ou não qui ta demonstrando,
agora no meu ponto de vista’ como professora de língua inglesa’ eu acho qui pra comemorar essa festa
tem qui se dizer os alu/ ao aos alunos o porquê o o porquê desse Halloween, o qui ele é, não é apenas uma
festa de bruxas, eles têm eu eu acredito qui eles têm qui saber o motivo’ a origem’ e isso n/ dificilmente
acontece, {...}
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