O Gênero Lírico na História da Literatura Brasileira O “eu” lírico expressando suas emoções, ideias e seu mundo interior ante o mundo exterior. Formas poéticas fixas: Soneto Canção Elegia Ode Écogla Ando devagar Porque já tive pressa E levo esse sorriso Porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte, Mais feliz, quem sabe Eu só levo a certeza De que muito pouco sei, Ou nada sei Conhecer as manhas E as manhãs O sabor das massas E das maçãs Almir Sater É preciso amor Pra poder pulsar É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir Sinto que seguir a vida Seja simplesmente Conhecer a marcha E ir tocando em frente Como um velho boiadeiro Levando a boiada Eu vou tocando os dias Pela longa estrada, eu vou Estrada eu sou Conhecer as manhas E as manhãs O sabor das massas E das maçãs Conhecer as manhas E as manhãs O sabor das massas E das maçãs É preciso amor Pra poder pulsar É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir É preciso amor Pra poder pulsar É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir Todo mundo ama um dia, Todo mundo chora Um dia a gente chega E no outro vai embora Ando devagar Porque já tive pressa E levo esse sorriso Porque já chorei demais Cada um de nós compõe a sua historia Cada ser em si Carrega o dom de ser capaz De ser feliz Cada um de nós compõe a sua historia Cada ser em si Carrega o dom de ser capaz De ser feliz Barroco Uma Literatura de Contrastes A Arte Barroca Contexto Histórico: A Reforma Protestante; A Contrarreforma; O fortalecimento da Companhia de Jesus. Principais Características: Pessimismo; Contraste; Conflito; Fusionismo: perspectivas renascentista e medieval; Feísmo; Rebuscamento Cultismo: (Gongorismo) Jogo de palavras, exagero, uso frequente de figuras de linguagem. Objetivo de embelezar o texto. Conceptismo: (Quevedismo) Jogo de ideias, rebuscamento menos intenso. Objetivo de convencer o leitor. O Barroco no Brasil: 1601 - 1768 Marco inicial com a publicação de PROSOPOPÉIA, de Bento Teixeira, em 1601. Principais autores: Padre Antônio Vieira Gregório de Matos Gregório de Matos Guerra “O Boca do Inferno” O todo sem parte não é todo, A parte sem o todo não é parte, Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que é parte, sendo todo Em todo sacramento está Deus todo, E todo assiste inteiro em qualquer parte, E feito em partes todo em toda parte, Em qualquer parte sempre fica todo. O braço de Jesus não seja parte, Pois que feito Jesus em partes todo, Assiste cada parte em sua parte. Não se sabendo parte deste todo, Um braço que lhe acharam, sendo parte, Nos disse as partes todas deste todo. Pica-flor Se Pica-flor me chamais, Pica-flor aceito ser, mas resta agora saber, se no nome, que me dais, meteis a flor, que guardais no passarinho melhor! se me dais este favor, sendo só de mim o Pica, e o mais vosso, claro fica, que fico então Pica-flor. Anjo no nome, Angélica na cara! Isso é ser flor e Anjo juntamente: Ser Angélica flor e Anjo florente, Em quem, senão em vós, se uniformara? Quem vira uma tal flor que a não cortara De verde pé, da rama florescente; E quem um Anjo vira tão luzente Que por seu Deus o não idolatrara? Se pois como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu Custódio e a minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo, que por bela, e por galharda, Posto que os Anjos nunca dão pesares, Sois Anjo que me tenta, e não me guarda. Arcadismo Uma Literatura Bucólica Contexto Histórico 1687 : Newton publica a lei da gravidade; 1756: Fundação da Arcádia Lusitana; 1759: Os jesuítas são expulsos do Brasil; 1764: Mozart escreve a sua primeira sinfonia, aos 8 anos de idade; 1776: A Declaração de Independência dos EUA é assinada; 1789: Revolução Francesa e a Inconfidência Mineira acontece no Brasil. O bucolismo Lira XXIII O modelo de vida ideal adotado pelos autores do período envolve a representação idealizada da Natureza como um espaço acolhedor, primaveril, alegre. Os poemas apresentam cenários em que a vida rural é sinônimo de tranquilidade e harmonia. Bucolismo: faz referência a tudo aquilo que é relativo a pastores e seus rebanhos, à vida e aos costumes do campo. Num sítio ameno, Cheio de rosas, De brancos lírios, Murtas viçosas, Dos seus amores Na companhia, Dirceu passava Alegre o dia. Tomás Antônio Gonzaga O resgate dos temas clássicos: Principais autores: Cláudio Manuel da Costa Ele é considerado o iniciador do Arcadismo no Brasil quando publica Obras Poéticas, em 1768. Como poeta, adotou o pseudônimo árcade de Glauceste Satúrnio. Tomás Antônio Gonzaga: Lembrado e celebrado até hoje pela publicação de Marília de Dirceu, ele é o mais conhecido entre os árcades brasileiros. Já em Cartas Chilenas, os desmandos morais e administrativos do governador da Capitania de Minas, chamado de “Fanfarrão Minésio”, são duramente criticados de forma satírica. Nesse texto, o Chile corresponde a Minas Gerais e sua capital, Santiago, a Vila Rica. Gonzaga assume o pseudônimo de Critilo e dialoga com o amigo Doroteu. Sim, dos teus pés na terra nascem flores A tua voz macia aplaca as dores E espalha cores vivas pelo ar Ah..Ah...Ah... Sim, dos teus olhos saem cachoeiras Sete lagoas, mel e brincadeiras Espumas ondas, águas do teu mar Ah..Ah...Ah... Ee La Ia