Escola Secundária de Silves
Professora: Paula Torres
Devido ao lago Baikal ter uma grande profundidade, tem-se como objectivo
descobrir novas espécies de peixes abissais, pois estes habitam onde a luz do sol não
consegue penetrar, zonas ainda desconhecidas pela comunidade científica, e tentar
descobrir se o lago Baikal foi sempre um lago, descobrindo vestígios ou ruínas de algo da
superfície. Espécies nunca antes vistas, solos nunca antes estudados, esse é o nosso
verdadeiro objectivo, a inovação e progresso da ciência. Mas, como qualquer explorador
curioso que se preze, não ficaria nada mal se encontrássemos um navio afundado, um
tesouro ou, quem sabe, até um “monstro”.
Um sítio perfeito para a nossa expedição seria o lago Baikal. A superfície do lago
Baikal é de trinta e um mil e quinhentos quilómetros quadrados. É maior do que um país
do tamanho da Bélgica. Fica situado na Sibéria, na União Soviética e é o lago mais
profundo da Terra. Lago Baikal: um mistério, uma beleza natural sem par. O lago Baikal é
tão grande que se todos os rios na Terra depositassem as suas águas no seu interior,
levaria pelo menos um ano para encher. Nalguns sítios ultrapassa os mil e seiscentos
metros de profundidade, sendo responsável por 20% da água doce do planeta,
simplesmente fascinante.
Mas é evidente que os seres humanos não conseguem atingir tão monstruosas
profundidades, e como estamos na era do progresso e da tecnologia, em que a ciência
impera recorreríamos à mais alta tecnologia disponível para o efeito. A ideia de se
construir um barco que pudesse navegar tanto à superfície como debaixo de água
remonta à Antiguidade. Consta que os Romanos utilizaram este tipo de embarcação para
atacar as esquadras inimigas e Leonardo da Vinci construiu um aparelho que se deslocava
debaixo de água. Em 1620, o holandês Cornelius Drebell navegou, no Tamisa, a mais de
quatro metros de profundidade, num pequeno barco feito por ele. Foram-se fabricando
outros submarinos ao longo do tempo, mas foram John Holland e Labeuf que
desenharam, no princípio do século, os protótipos do submarino moderno. O batíscafo
seria também uma excelente opção. O batíscafo foi inventado por Auguste Piccard nos
finais da década de 1940. É uma espécie de submarino que suporta muito bem a pressão
Grupo: Bruno Frederico, Mauro Pinheiro e Ricardo Martins
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da água. Seria por isso utilizado por nós, grandes exploradores, na nossa expedição,
atingindo profundidades da ordem dos 10 000 metros. O batíscafo é impulsionado por
motores eléctricos e possui um braço mecânico, manejado por um operador, que vai
recolhendo as amostras necessárias aos estudos pretendidos. Utilizaríamos também
AUVs. ROVs e UAVs e, claro, não poderíamos dispensar o impressionante sonar, para nos
guiar e para que possamos fazer a nosso mapa do local para que de futuro outros
exploradores como nós possam investigar o local.
Começaríamos, então, a tão esperada viagem ate as profundezas do lago Baikal.
Esperávamos que acontecesse se algo de emocionante, foi então que, quando atingimos
uns mil e duzentos metros, devíamos estar então numa fossa abissal onde não havia
qualquer luz, descobrimos algo a emitir luz. Aproximámo-nos e apercebemo-nos que
eram peixes que estavam a emitir essa luz e ficámos perplexos, pois, até agora, só se
conhecia um género de peixe que fazia algo igual e que habita em água salgada: os
peixes abissais. Estes peixes habitam em regiões muito profundas onde nunca chega a luz
do sol e onde não há vegetação. A temperatura média é de 2 graus, vicejam estranhas
espécies de peixes escuros e de aspecto horroroso aos olhos humanos, que fascinam
porém os cientistas, como nós, pela sua adaptação à vida sob pressões praticamente
insuportáveis, pouco alimento e reprodução difícil. São os peixes abissais, formas de vida
extremamente peculiares. Alguns tem boca e estômago capazes de engolir e digerir
presas com o dobro do seu tamanho. Nas condições do que seja talvez o mais inóspito
dos ambientes, por sinal o maior habitat do mundo, muitos desses peixes desenvolveram
sistemas orgânicos destinados a iluminar as trevas e atrair as presas: possuem luzes no
próprio corpo, que acendem e apagam como lanternas quando necessário. Estes peixes
são saprófagos ou necrófagos. Os peixes que havíamos descoberto eram do mesmo tipo
só que habitavam em água doce.
Continuamos a nossa jornada e desta vez subimos mais um pouco à superfície e
deparámo-nos com algo esquisito, que não estávamos a espera de encontrar. Era
parecido com um pilar, sim, era de facto um pilar. Era mesmo algo que nenhum de não
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estávamos a espera, não fazíamos ideia de onde poderia vir ou se já lá estava antes do
lago ser um lago. Estávamos a pensar regressar, mas, devido à descoberta do pilar,
decidimos aprofundar ainda mais. Íamos com muita atenção para ver se conseguíamos ver
mais alguma coisa quando se vê lá ao fundo uma luz intensa a vir em nossa direcção.
Ficámos a imaginar o que seria, mas depressa o saberíamos... A luz começava a
intensificar-se cada vez mais na nossa direcção e foi então que nos deparamos com algo
inimaginável, nem sabiamos que nome lhe atribuir, era do género dos peixes que já
tínhamos encontrado, pois este também emitia luz, mas só que deveria ter uns 10 metros
de comprimento. Ficámos todos sem reacção, ao descobrirmos “ aquilo “, mas após a sua
passagem por nós ficamos todos entusiasmados e, enquanto regressávamos a superfície,
íamos tentando arranjar explicações para o que tínhamos visto, cada uma mais maluca
que a outra: podia ser o resultado de alguma experiência ou alguma bomba radioactiva
caiu por perto e o modificou…. Quando chegámos à superfície, não agimos como talvez
outro cientista agiria e decidimos não contar, pois poderiam vir a acabar com “ aquilo “, a
nossa descoberta.
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