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IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO
Nome completo (em letra de forma)
ª
Nº da Turma
ª
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ª
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Prova de Redação
•
Redija um artigo de opinião (em prosa, no registro padrão da língua portuguesa
escrita, de forma coesa e coerente) em que você se posicione em relação ao tema
seguinte:
Conhecimento: via de acesso para o crescimento humano e profissional.
•
NÃO assine o artigo que você produzir.
ESPAÇO DESTINADO À REDAÇÃO DEFINITIVA
UFRN Ð Reingresso 2008
1
NÃO assine o artigo que você produzir.
2
UFRN Ð Reingresso 2008
Prova de História
01 a 20
01. Entre os hebreus da Antigüidade, os profetas eram considerados mensageiros de Deus,
lembrando ao povo as demandas da justiça e da Lei dadas por Javé. Isaías, um dos profetas
dessa época, em nome de Javé proclamou:
Ai dos que decretam leis injustas; dos que escrevem leis de opressão, para
negarem justiça aos pobres, para arrebatarem o direito aos aflitos do meu
povo, a fim de despojarem as viúvas e roubarem os órfãos! (Isaías 10:1-2)
Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja
mais lugar, e ficam como únicos moradores no meio da terra! (Isaías 5:8)
Esses pronunciamentos do profeta Isaías estão ligados a uma época da história hebraica em
que ocorre
A) a saída dos hebreus do Egito, sob o comando de Moisés, e o estabelecimento em Canaã,
conquistando as terras dos povos que ali habitavam.
B) a imigração para o Egito, quando os hebreus receberam terras férteis no delta do rio Nilo,
por influência de José, que exercia ali o cargo de governador.
C) a formação de uma aristocracia, que enriquecera com o comércio e com a apropriação
das terras dos camponeses endividados.
D) a conquista de Jerusalém por Nabucodonosor, quando os judeus foram despojados de
suas terras e deportados para a Babilônia.
02. Do século V a.C. ao III a.C., Roma procurou expandir-se, acabando por dominar toda a
península Itálica. Essas aspirações expansionistas foram motivadas
A) pela necessidade de obter gêneros alimentícios e acabar com as ameaças de invasão dos
povos vizinhos rivais.
B) pelo desejo dos imperadores de controlar as revoltas existentes no Império, provocadas
pelo excesso de população.
C) pela ambição de fundar uma poderosa confederação, constituída a partir da aliança com
as colônias comerciais cartaginesas.
D) pelo ideal dos imperadores de construir um mundo dominado pelos povos latinos, com
uma só língua e um só rei.
03. O trecho abaixo, escrito pelo historiador Jacques Le Goff, trata do movimento encabeçado
por Francisco de Assis, na primeira metade do século XIII.
A intransigente vontade de praticar um Evangelho integral [...], o desejo de
fazer reinar entre os Menores uma igualdade quase absoluta [...] a paixão da
miséria levada até à manifestação exterior do nudismo que Francisco e seus
irmãos praticaram à semelhança dos adamitas, o lugar dado aos leigos, tudo
isso parecia perigoso, quase suspeito, à cúria romana.
LE GOFF, Jacques. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 111.
A respeito da relação desse movimento com a Igreja Católica, é correto afirmar que o
franciscanismo
A) realizava a livre interpretação da Bíblia, recusando a doutrina professada pela Igreja
Católica.
B) pregava o retorno aos ideais propagados por Cristo, reagindo às ambições de riqueza e
poder da Igreja Católica.
C) apoiava as seitas heréticas, contestando a autoridade do papa como líder da Igreja
Católica.
D) condenava a hierarquia eclesiástica, pregando a igualdade entre os fiéis e os clérigos da
Igreja Católica.
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04. Acerca de Alexandre Magno (356-323 a. C.), o historiador inglês Arnold Toynbee comenta:
Alexandre viveu o bastante para superar a estreita concepção de uma
ascendência helênica sobre os não-helenos, em favor de um ideal maior
da fraternidade da humanidade. Em seu contacto com os persas,
reconheceu e admirou todas as virtudes que lhes permitiram governar
uma parte do mundo por mais de duzentos anos, e passou a sonhar com
um mundo governado em conjunto por persas e helenos.
TOYNBEE, Arnold J. Helenismo: história de uma civilização. Rio de Janeiro: Zahar,
1975. p. 118.
Analisando-se a evolução histórica do período, pode-se afirmar que, em parte, o ideal de
Alexandre realizou-se na medida em que suas conquistas
A) estimularam a retomada do despotismo oriental, que se somou às conquistas de
liberdade e direitos que fundamentaram a democracia grega.
B) favoreceram a fusão entre as culturas dos povos asiáticos dominados e os valores
gregos, originando a cultura helenística.
C) possibilitaram o domínio das províncias asiáticas pelos romanos, que difundiram a cultura
helenística em toda a Europa ocidental.
D) expandiram os direitos de cidadania a todos os súditos, adotando a autonomia e as
liberdades gregas como modelo de administração do Império.
05. A política expansionista dos árabes, durante os séculos VII e VIII d.C., possibilitou-lhes o
contato cultural com diferentes civilizações. Com relação ao tratamento dado a essas
civilizações, os árabes
A) estimulavam, nos territórios dominados, a diversificação dos costumes por meio da
religião.
B) controlavam hábitos culturais e práticas religiosas dos povos de todas as regiões
conquistadas.
C) respeitavam costumes e crenças das nações dominadas, permitindo-lhes manter sua
identidade cultural.
D) promoviam intensa assimilação entre os povos dominados, por meio da cultura e da
religião.
06. Entre os séculos XIV e XVI, na Europa Ocidental, ocorreu um amplo movimento artístico,
científico e literário, denominado de Renascimento. Os artistas e intelectuais do
Renascimento chamaram os séculos imediatamente anteriores de “Idade Média”,
concebendo-a como uma Idade das Trevas, porque os renascentistas
A) desejavam difundir a filosofia escolástica, que até então ficara restrita aos mosteiros e
conventos.
B) rejeitavam o antropocentrismo do homem medieval, que, ao valorizar a razão, desprezava
a revelação de Deus.
C) tomavam como ideal o homem da Antigüidade Clássica, buscando subsídios nos modelos
da cultura greco-romana.
D) repudiavam a paixão do homem medieval pela cultura dos povos gregos e romanos,
imersos no paganismo.
07. Escrevendo sobre a democracia em vigor nas sociedades capitalistas contemporâneas, o
historiador Eric Hobsbawm afirma:
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Entre 1960 e 1988, a proporção de trabalhadores braçais que deram seu voto
em eleições presidenciais americanas caiu em um terço. O declínio dos partidos
de massa organizados com base em classe, ou ideológicos, ou as duas coisas
juntas, eliminou a grande máquina social para transformar homens e mulheres
em cidadãos politicamente ativos. Para a maioria das pessoas, mesmo a
identificação coletiva com seu país vinha agora mais facilmente por intermédio
dos esportes nacionais [...] do que das instituições do estado. Poder-se-ia supor
que a despolitização deixaria as autoridades mais livres para tomar decisões.
Na verdade teve o efeito oposto. As minorias que saíam em campanha [...] por
questões específicas podiam interferir no governo [...] até mais do que partidos
políticos de propósitos abrangentes.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras,
1997. p. 558-559.
A partir dessa reflexão, podemos chegar à conclusão de que
A) os partidos políticos organizados, legítimos representantes das diferentes classes sociais,
são os principais elementos da democracia na atualidade.
B) o sufrágio universal, expressão dos anseios da maioria da população, assegura a escolha
de governos que garantem ao povo os direitos de cidadania.
C) o sentido de cidadania, nos dias de hoje, inclui, além da participação eleitoral,
reivindicações que ultrapassam os programas partidários.
D)
a organização dos sindicatos classistas garante
trabalhadores e, conseqüentemente, da democracia.
a
defesa
dos
interesses
dos
08. Tratando do Nazismo, o escritor Goldhagen escreveu:
A revolução nazista alemã, assim como todas as revoluções, teve duas forças
propulsoras fundamentais: um empreendimento destrutivo – uma completa
revolta contra a civilização – e um empreendimento construtivo – uma tentativa
singular de construir um homem novo, um corpo social novo e uma nova e
nazificada ordem na Europa e além. Foi uma revolução incomum, que,
internamente, era realizada   a pesar da repressão à esquerda nos primeiros anos
  s em coerção e violência maciças. Essa revolução significava em primeiro lugar
a transformação das consciências   i nculcar um novo etos [costumes, hábitos,
comportamentos] nos alemães. Em sua maior parte, foi uma revolução pacífica,
voluntariamente aceita pelo povo alemão. Dentro de casa, a revolução nazista
germânica foi, como um todo, consensual.
GOLDHAGEN, Daniel Jonah. Os carrascos voluntários de Hitler. São Paulo: Companhia das
Letras, 1997. p. 486.
Considerando as reflexões do autor e levando em conta a situação da Alemanha no período
entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, podemos afirmar que o Nazismo cresceu
A) convencendo as diversas etnias, por meio dos veículos de comunicação de massa, de que
a raça ariana era superior.
B) obtendo o apoio de todas as tendências políticas interessadas na derrota do capital
financeiro e da alta burguesia.
C) estimulando a luta de classes, em razão do forte apoio dado às tendências radicais do
movimento operário.
D) estabelecendo uma aliança decisiva entre o estado nacional e os anseios da população
alemã.
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09. Entre as décadas de 1960 e 1970, os países da América Latina viveram intensos confrontos
entre tendências ideológicas que defendiam diferentes projetos de organização política,
social e econômica. O Chile, por exemplo, viveu uma experiência de reformas, com Salvador
Allende, que governou o país entre 1970 e 1973.
O governo de Salvador Allende caracterizou-se pelo (a)
A) adoção do socialismo de inspiração marxista, que promoveu a nacionalização das minas
de cobre, dos bancos e das telecomunicações.
B) luta contra os guerrilheiros de direita, que haviam tomado o poder das mãos do seu
principal aliado, o democrata cristão Eduardo Frei.
C) fortalecimento da estrutura capitalista do país, por meio da construção de grandes obras
que atraíram o capital internacional.
D) apoio dos militares, com os quais ele firmaria o acordo que permitiu, mais tarde, a
instalação do governo do general Pinochet.
10. Sobre a independência política do Brasil, Cáceres comenta:
A independência foi obra dos proprietários rurais e grandes comerciantes.
Esses beneficiários da sociedade colonial não pensaram na formação de
uma nova sociedade, na abolição da escravidão e na promoção das camadas
marginalizadas. O liberalismo, segundo a visão desses segmentos, consistia
em acabar com os últimos resquícios do sistema colonial, limitar o poder do
imperador, mas mantendo a forma monárquica de governo.
CÁCERES, Florival. História do Brasil. São Paulo: Moderna, 1995. p. 153.
Essas idéias dominaram a Assembléia Constituinte. O projeto constitucional de 1823, por ela
elaborado, expressou fortemente os interesses das facções aristocráticas, uma vez que
A) instituía que o eleitor ou candidato aos cargos de deputado e senador teria que
comprovar elevada renda, proveniente, sobretudo, da atividade agrícola.
B) estabelecia o exercício do poder moderador como atribuição exclusiva do imperador, que
poderia interferir em decisões tomadas pelo Legislativo ou Judiciário.
C) adotava diretrizes políticas que privilegiavam os proprietários de terras e de escravos e os
grandes comerciantes portugueses que tivessem renda em dinheiro.
D) determinava a adoção do voto universal para os homens brancos, livres e cristãos, mas
impedia que mulheres, escravos e não-católicos se expressassem nas eleições.
11. O movimento militar chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca, em 1889, proclamou a
República no Brasil, implantando um modelo de governo que se declarava democrático.
Décio Saes, ao estudar posteriormente esse movimento, afirma que a democracia nascente
definia-se desde logo como uma democracia elitista e limitada, que correspondia a um
refinamento da dominação de classe dos proprietários de terras no plano das instituições
políticas, configurando um novo modelo de exclusão política.
SAES, Décio. Classe média e sistema político no Brasil. São Paulo: T. A. Queiroz, 1984.
Pode-se afirmar que a democracia da República Velha foi um novo modelo de exclusão
política na medida em que, nesse período,
A) implantou-se o federalismo, em que cada estado-membro ganhava autonomia para eleger
o governador do estado e os deputados, que deveriam ser grandes proprietários rurais.
B) adotou-se como sistema de governo o presidencialismo, em que o presidente da
República deveria escolher seus ministros entre os grandes cafeicultores paulistas.
C) garantiu-se o direito de voto aos brasileiros do sexo masculino, maiores de 21 anos,
excetuando analfabetos, mendigos, soldados e religiosos sujeitos à obediência
eclesiástica.
D) proclamou-se a independência entre o Estado e a Igreja, pondo fim ao regime do
padroado, vigente no Império, embora fosse vetado o acesso de protestantes aos cargos
públicos.
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12. Ironizando a vida política brasileira no Segundo Império, o escritor Machado de Assis, no dia
1º de dezembro de 1861, escreveu no Diário do Rio de Janeiro:
O que há de política? É a pergunta que naturalmente ocorre a todos, e a que
me fará o meu leitor, se não é ministro. O silêncio é a resposta. Não há nada,
absolutamente nada. A tela da atualidade política é uma paisagem uniforme;
nada a perturba, nada a modifica. Dissera-se um país onde o povo só sabe
que existe politicamente quando ouve o fisco bater-lhe à porta.
Apud ALENCAR, Francisco et al. História da sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Ao Livro
Técnico, 1985. p. 151.
O texto de Machado de Assis se refere à
A) opressão exercida contra a população brasileira, com a cobrança de impostos destinados
à manutenção de uma corte dispendiosa.
B) censura que vigorou no período imperial, decorrente da forma autoritária como o
Imperador conduzia os destinos do país.
C) permanência das elites no poder, garantida pela convergência de interesses entre os
partidos liberal e conservador.
D) indiferença da classe política brasileira pelos problemas relacionados à administração do
Estado.
13. Em 1910, marinheiros brasileiros se revoltaram, protestando contra a alimentação
insuficiente, a sobrecarga de trabalho e os castigos corporais. Eles controlaram os navios e
ameaçaram bombardear a Capital Federal. Depois de votado um projeto de anistia, os
marinheiros enviaram ao Presidente da República uma última mensagem:
confiados na vossa justiça, esperamos, com o coração transbordando de
alegria, a vossa resolução, pois os culpados da nossa rebelião são os maus
oficiais da marinha, que nos fazem escravizados deles e não da bandeira que
temos. Estaremos ao vosso lado, pois não se trata de política e sim dos direitos
dos miseráveis marinheiros.
Apud SILVA, Hélio et al. História da república brasileira: 3 – Luta pela democracia, 1911-1914.
São Paulo: Editora Três, 1975. p. 135.
Entretanto, agindo de modo traiçoeiro, as autoridades da República puniram os revoltosos
com prisões, exílios e mortes. A atitude em relação a esses marinheiros expressa um forte
componente da vida política brasileira do período da República Velha, a saber:
A) a limitação do gozo de direitos sociais e políticos individuais e coletivos, provocada pelo
autoritarismo que predominava no país.
B) a tradição golpista existente dentro das forças armadas, particularmente na Marinha, que
tinha uma feição mais elitista.
C) a continuidade das relações de trabalho predominantes no período imperial, que somente
foram abolidas nas grandes cidades.
D) a política por meio da qual trabalhadores pobres desejavam obter favores das
autoridades, dentro da estrutura personalista da época.
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14. Em 1930, Luís Carlos Prestes, protestando contra a situação vivida pelo Brasil durante a
República Velha, escreveu um manifesto em que conclamava:
Lutemos pela completa libertação dos trabalhadores agrícolas de todas as
formas de exploração feudais e coloniais, pela confiscação, nacionalização e
divisão das terras [...]. Pela libertação do Brasil do jugo do imperialismo, pela
confiscação e nacionalização das empresas nacionalistas de latifúndios,
concessões, vias de comunicações, serviços públicos, minas, bancos, anulação
das dívidas externas. Pela instituição de um governo realmente surgido dos
trabalhadores das cidades e das fazendas.
Apud FAORO, Raymundo. Os donos do poder. São Paulo: Globo, 1995. p. 680.
Com a eclosão do Estado Novo, em 1937, essas idéias expressas por Prestes
A) garantiram a aliança formada entre Vargas e os comunistas, o que permitiu a estabilidade
das instituições políticas.
B) serviram de sustentação para a plataforma de governo de Getúlio Vargas, que se alinhou
politicamente aos comunistas.
C) sustentaram ideologicamente os guerrilheiros, concentrados na região do Araguaia, que
desejavam a revolução proletária.
D) foram fortemente reprimidas pelo governo, que implantou uma ditadura com inspirações
nitidamente fascistas.
15. No final do século XIX, no sertão da Bahia, formou-se a comunidade de Canudos, que
abrigou um grande contingente de pessoas, entre as quais ex-escravos, vaqueiros e
agricultores. Em 1897, o governo republicano conseguiu liquidar com Canudos, por meio de
violentas operações militares.
Considerando a situação agrária do nordeste do Brasil no período, podemos afirmar que
Canudos foi reprimida porque
A) concorria com as grandes fazendas do sertão, produzindo alimentos para a exportação.
B) despertava o temor nos grandes proprietários, com a possibilidade de redução da oferta
de mão-de-obra.
C)
realizava saques constantes
proprietários de terras.
a
fazendas
da
região,
amedrontando
os
grandes
D) ocupava as terras férteis da região, apoiando-se nos monarquistas que pretendiam voltar
ao poder.
16. No século XIX, atendendo-se a necessidades de mão-de-obra na agricultura, adotou-se uma
política de imigração de trabalhadores livres para o Brasil. Naquele período,
A) o s cafeicultores paulistas opunham-se à vinda de imigrantes italianos, que, influenciados
pelas idéias socialistas-anarquistas, lideravam movimentos reivindicatórios.
B) a aprovação da Lei de Terras facilitou a fixação dos colonos em pequenas propriedades,
exploradas por mão-de-obra familiar e voltadas para o mercado interno.
C) o s senhores de engenho pressionaram para que o governo brasileiro patrocinasse a
vinda de imigrantes, de modo a reerguer a produção açucareira.
D) o ajustamento social dos colonos imigrantes foi dificultado pelo padrão escravista de
administração e pela influência da mentalidade senhorial nas relações de trabalho.
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17. Durante o século XIX, no Brasil, desenvolveu-se uma campanha em favor da abolição da
escravidão negra. A culminância dessa campanha deu-se com a Lei Áurea, em 1888. Ao ser
extinta a escravidão, os libertos
A) permaneceram nas mesmas condições de vida, dada a inexistência de uma política
governamental que os integrasse à sociedade.
B) iniciaram negócios próprios, inserindo-se no mercado capitalista, graças a subsídios do
governo.
C) ocuparam postos no mercado de trabalho capitalista, em razão da política governamental
de educação formal.
D) foram alvo de atitudes segregacionistas da sociedade branca, dificultando-lhes a
ascensão social em razão das disposições previstas nas leis abolicionistas.
18. Na década de 1950, o Brasil viveu os “anos dourados”, quando o governo adotou uma política
industrializante, estimulada pelo processo de internacionalização da economia. No que diz
respeito às zonas urbanas, essas mudanças se refletiram na vida das pessoas na medida em
que foram
A) ampliados os níveis de automação das indústrias nacionais, com vistas a conseguir maior
qualidade e melhores preços de seus produtos no mercado internacional.
B) adotados novos modelos de organização do trabalho e aplicadas novas tecnologias,
gerando o denominado “desemprego estrutural”.
C) introduzidas as técnicas de propaganda com a criação de um grande complexo de
comunicação e informação, voltado para os mais variados tipos de consumidores.
D) desenvolvidas as indústrias de bens de consumo duráveis, cujos produtos ajudaram a
mudar os costumes dos brasileiros .
19. Entre 1945 e 1964, liberdades democráticas foram vivenciadas no Brasil. Tais liberdades
trouxeram conseqüências para as práticas coronelísticas, tendo em vista que
A) os coronéis consolidaram sua influência política nas cidades, aproveitando-se das
populações rurais que, embora migrassem para as zonas urbanas, não se desligavam da
dependência em relação aos chefes políticos locais.
B) o coronelismo, que fora fortalecido durante a Era Vargas, sofreu um processo de
enfraquecimento a partir de 1945, quando os governos populares passaram a adotar
políticas visando ao desenvolvimento das cidades.
C) a autoridade política dos coronéis foi fortalecida após 1945, uma vez que as eleições, em
todos os municípios, eram manipuladas pelos militares que participaram do poder durante
a ditadura Vargas.
D) a capacidade de coerção dos coronéis deixou de ser a principal fonte de conquista e
manutenção do poder, porque o voto da população urbana tornou-se determinante na
escolha dos governantes.
20. Nas duas primeiras décadas da República, o Rio Grande do Norte foi governado pela
oligarquia Albuquerque Maranhão. Os vínculos que existiam entre o poder exercido por essa
oligarquia e seus interesses econômicos podem ser percebidos claramente durante o
segundo governo de Alberto Maranhão (1908-1913), quando foram
A) abertas estradas de automóvel ligando o litoral aos principais troncos ferroviários do
estado, como forma de apoio à produção salineira.
B) feitos investimentos na modernização da capital, com introdução de melhoramentos, tais
como energia elétrica, bondes, água e esgoto.
C) iniciados os serviços de navegação de cabotagem, de modo a intensificar as relações
comerciais entre o litoral ao norte e o litoral ao sul de Natal.
D) tomadas medidas de incremento à lavoura algodoeira do Seridó, mediante a criação de
órgãos técnicos especializados.
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