BONS DIAS DE DEZEMBRO: ACOLHER O AMOR
Novena
da Imaculada
29 de Novembro
Escutar e responder
Do Evangelho segundo Lucas
No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,
a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de David e o nome da virgem era
Maria.
Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.
Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz
um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.
Reflexão
Maria escutou as palavras do mensageiro de Deus e respondeu com liberdade e amor ao
convite que Deus lhe fez.
Também a nós, em cada dia, Deus vai-nos falando ao coração, mas é preciso termos a
mesma atitude de Nossa Senhora: saber escutar e procurar fazer o que é o melhor para nós.
Deus só nos convida a seguir pelo caminho do bem.
Hoje, a começar por esta manhã, vamos procurar estar atentos às pessoas que
podem ser mensageiros de Deus para nós. Certamente que o Senhor tem algo a
dizer-nos para nos tornarmos cada vez melhores.
30 de Novembro
A disponibilidade
Do Evangelho segundo Lucas
Naqueles dias, Maria levantou-se e dirigiu-se apressadamente às montanhas, a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança
estremeceu no seu seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as
mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”.
Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa.
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Reflexão
Maria tinha acolhido a mensagem do Anjo e aceitou ser a Mãe do Salvador. Mas não teve
nenhuma atitude arrogante por vir a ser a Mãe do Salvador. Aliás, a sua primeira atitude foi
de ajudar a sua prima Isabel. Diz-nos o evangelho que partiu “apressadamente”, isto é, sem
perder tempo.
Como é que nós vivemos a experiência de ajuda aos outros? Será que procuramos ajudar
desinteressadamente ou só ajudamos se tivermos uma recompensa? Somos capazes de
perceber se alguém precisa de nós ou estamos à espera que nos peçam ajuda? Seria tão
bonito aprendermos a ter iniciativas de amor e solidariedade mesmo quando não
nos pedem directamente… e que tal se começássemos hoje? É um desafio bem
radical!
3 de Dezembro
Um coração de Paz
Do Evangelho segundo Lucas
José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à Cidade de David, chamada Belém, para se recensear,
com a sua esposa Maria, que estava grávida.
Estando eles ali, completaram-se os dias dela. Maria deu à luz o seu filho primogénito, e, envolvendo-o em
panos, reclinou-o num presépio (manjedoura), porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Reflexão
Maria e José percorrem um longo caminho para cumprirem os seus deveres como cidadãos.
Em Belém, a terminar o tempo da gravidez de Maria, procuraram um lugar, uma estalagem
para ficar mas só receberam respostas negativas.
Tentemos colocar-nos no lugar destes pais que esperavam o nascimento do filho. No
mínimo, iríamos sentir-nos desiludidos perante tantas recusas em dar-nos um local para
ficar. Qual foi a atitude de Maria e José, de noite? Continuaram a percorrer os lugares de
Belém até encontram… um estábulo. E é precisamente aí que o Deus Menino irá nascer no
silêncio da noite.
Hoje poderíamos não apenas agradecer as inúmeras coisas que possuímos ou as
comodidades que temos e às quais nem sequer damos valor. Talvez fosse
importante procurar ter um coração de paz, que não se revolta com o tempo de
espera na fila do almoço ou para ser atendido noutro lugar, nem está sempre a
reclamar para receber algo que pediu ao pai e à mãe. Que Nossa Senhora nos
ensine a saber esperar com amor e paciência nas pequenas e grandes situações da
nossa vida.
2
4 de Dezembro
Cuidar o silêncio, as palavras e os gestos
Do Evangelho segundo Lucas
Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam o seu rebanho nos campos durante a noite. Um anjo
apareceu-lhes e disse-lhes: Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo:
hoje nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em
panos e posto numa manjedoura.
Dirigiram-se logo a Belém e encontraram Maria e José, e o menino deitado na manjedoura. Vendo-o,
contaram o que lhes haviam dito a respeito deste menino. Todos os que os ouviam admiravam-se das coisas
que lhes contavam os pastores. Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração.
Reflexão
Os pastores eram pessoas humildes, habituadas ao trabalho feito em conjunto e a
admirarem a natureza à sua volta. No silêncio da noite conseguiram escutar a voz dos anjos
que lhes anunciaram o nascimento de Jesus.
Encantados com a notícia, correram ao presépio para adorar o Menino Deus e oferecer-lhe
os frutos melhores do seu trabalho. E nós? Será que damos valor ao nosso trabalho ou ao
estudo de cada dia? Procuramos dar o melhor que podemos ou contentamo-nos em fazer
as coisas em estilo light?
Ao longo deste dia, vamos procurar dar o nosso melhor em tudo o que fazemos e
dizemos. Saber bem quais são os gestos, as palavras e os silêncios mais adequados
ao momento que vivemos: na capela, no pátio, na sala, em casa, etc.
5 de Dezembro
A verdade e a transparência
Do Evangelho segundo Lucas
Completados que foram oito dias, foi-lhe posto o nome de Jesus. Concluídos os dias da sua purificação, segundo a Lei de
Moisés, Maria e José levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor. Ora, havia em Jerusalém um homem chamado
Simeão. A este homem, justo e piedoso, fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o
Messias. Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a
respeito dele os preceitos da lei, tomou-o em seus braços e louvou a Deus. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe:
“Eis que este menino está destinado a ser um sinal que provocará contradições. E uma espada trespassará a tua alma”.
Reflexão
O nosso Deus fez-se homem e assumiu em si todas as contradições que nós vivemos e as
lutas interiores que temos. Por vezes, também nós percebemos que deveríamos fazer uma
coisa que está certa mas fazemos outra. Por exemplo, devíamos defender alguém na escola
mas temos receio do que outros irão pensar. Deveríamos dizer a verdade sobre uma
pergunta que nos fazem mas não dizemos por acharmos que nos vão chamar queixinhas.
Na nossa vida, e especialmente como cristãos, devemos procurar ser e agir sempre
com verdade e transparência, mesmo que, por vezes, as consequências não sejam
simpáticas. Que Maria nos ajude a ser corajosos no dia a dia para aprendermos a
crescer em estatura e em sabedoria.
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6 de Dezembro
Preparar o coração para o Natal
Do evangelho segundo Mateus
O rei Herodes, chamou secretamente os reis magos e perguntou-lhes sobre a época exacta em que a estrela
lhes tinha aparecido. E, enviando-os a Belém, disse: Ide e informai-vos bem a respeito do menino. Quando o
tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo.
Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que a estrela que tinham visto no oriente, os foi
precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou.
Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois,
abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.
Avisados em sonhos de não voltarem a encontrar-se com o rei Herodes, voltaram para a sua terra por outro
caminho.
Reflexão
O Rei Herodes pensou que Jesus iria tirar-lhe o lugar no trono e ele deixaria de ser rei. Para que tal não
acontecesse, Herodes quis enganar os Magos, pedindo-lhes que o informassem no regresso sobre o lugar onde
se encontrava o Menino. A sua intenção era matar Jesus.
Isto faz-nos pensar que também nós podemos ter atitudes de ciúme e inveja que prejudicam a vida dos nossos
colegas, amigos, pais e professores. Como é que nos estamos a preparar para o Natal de Jesus?
Vamos estar atentos ao nosso coração, para que quando que nos vier à ideia uma palavra ou um
gesto que pode causar mal a alguém, tenhamos a força de vontade para não o fazer. E se há alguma
coisa que não fizemos bem, talvez o dia de hoje seja uma oportunidade para nos arrependermos e
pedir desculpa.
7 de Dezembro
O espírito de família
Do Evangelho segundo Mateus
Depois dos Reis Magos partirem, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: Levanta-te, toma o
menino e sua mãe e foge para o Egipto. Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino
para o matar. José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egipto.
Ali permaneceu até à morte de Herodes.
Reflexão
O espírito de união familiar que José, Maria e o Menino viveram ajudou-os a enfrentar
muitas situações difíceis.
Também na nossa família é importante que reine o amor e o espírito de família.
Mas o amor não se inventa, é feito de carinho, de pequenos gestos, da alegria
partilhada por todos, da colaboração em casa nas tarefas do dia a dia, da paciência
para esperar, da responsabilidade em não exigir mais do que aquilo que pode ser
dado pelos pais, etc…
No dia de hoje, agradecemos a Deus e a Nossa Senhora pela sua protecção à nossa
família. E peçamos-lhe que nos ajude ter um coração grande, capaz de contribuir
para que haja alegria e paz este Natal em nossa casas.
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Algumas histórias de Natal
A ESPERANÇA RENOVADA
Era uma vez, milhões e milhões de estrelas no céu. Havia estrelas de todas as cores: brancas, lilás,
azuis, prateadas, douradas e vermelhas. Um dia procuraram o Senhor Deus todo-poderoso, o
Senhor do Universo e pediram-Lhe:
- Senhor, gostaríamos de viver na Terra, entre os seres humanos.
- Assim será feito, disse Deus, podem descer até a Terra onde vivem os seres humanos.
Conta-se que naquela noite houve uma linda chuva de estrelas. Algumas aninharam-se nos píncaros
das igrejas, outras foram correr pelos campos, outras misturaram-se nos brinquedos das crianças e a
Terra ficou maravilhosamente iluminada.
Passado, porém, algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os seres humanos e voltar aos céus,
deixando a terra escura e triste.
- Por que voltaram? - perguntava Deus à medida que chegavam.
- Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá há muita miséria, muita desgraça, muita
fome, muita doença, muita violência, muita guerra, muita maldade e muito egoísmo nos seres
humanos.
E o Senhor disse-lhes: - Percebo… o vosso lugar é aqui no céu. Não estais habituadas a viver entre o
que se passa na Terra, onde nada parece perfeito. Aqui no céu é o lugar da perfeição.
Depois de conferir o número das estrelas, Deus exclamou:
- Mas, falta uma estrela. Será que ela se perdeu pelo caminho?
Um anjo que estava perto, respondeu: - Não, Senhor! Houve uma estrela que resolveu ficar com os
seres humanos. Ela descobriu que o seu lugar é exactamente onde existe imperfeição, onde há
limites, onde as coisas não estão bem.
- Mas… que estrela é esta?
- Por coincidência, Senhor, era a única estrela desta cor.
- E qual é a cor desta estrela? - insistiu Deus.
E o anjo disse:
- A estrela é verde, Senhor. Verde como a esperança. E quando olharam para a terra, a estrela verde
já não estava só. A Terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração
de cada ser humano.
UMA HISTÓRIA DE NATAL
Era uma vez um menino que se chamava Rafael.
Um dia ele ouviu o pai a falar com a mãe, que iam preparar uma festa para festejar o Natal.
O Rafael pensou logo em convidar o seu grande amigo João, que vivia numa barraca, numa zona
muito pobre junto de um rio.
Como o seu amigo não tinha telefone teve de ir à casa dele.
Quando lá chegou perguntou:
- Está alguém em casa? - e ninguém respondeu.
Então ele decidiu entrar, e o João estava lá dentro.
- Então João, porque é que não respondeste?
- Porque estava distraído.
- Ah! Olha eu vim aqui, para te convidar para ires lá a casa passar o Natal.
- Não posso.
- Então porquê?
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- Porque a minha mãe está doente.
- O que é que ela tem?
- Tem uma gripe muito forte.
- Ah! Mas se ela tomar um bom remédio, de certeza que vai ficar boa.
- Isso já eu pensei, mas eu não tenho dinheiro para ir ao médico nem à farmácia.
- Eu vou pedir aos meus pais.
- O Rafael foi ao carro e perguntou aos pais:
- Pai, podes emprestar dinheiro ao João, para ele ir comprar os remédios à mãe?
- Está bem eu empresto.
- Obrigado pai; eu adoro-te. Vou já contar ao João.
- Então o João foi comprar os remédios e a mãe ficou boa.
- No dia de Natal o João e a mãe foram lá a casa do Rafael e festejaram o Natal todos juntos.
- Só é pena, que todas as crianças não tenham um Natal assim nem um amigo como o Rafael.
DECRETO-LEI REAL DO ORIENTE: A NATALIDADE
A Lei nº 25 de 25 de Dezembro de todos os anos - Belém, D.C. dispõe sobre normas a serem vividas
por aqueles que um dia, guiados por uma estrela, chegaram a um estábulo deixando-se cativar pelo
recém-nascido que ali estava. A partir da presente data, entra em vigor a seguinte Lei:
Art. 1º - Todos os homens devem respeitar-se mutuamente.
Parágrafo Único - É dever de todos promover a paz e uma vida mais humana.
Art. 2º - O verdadeiro amor é gratuito, não procura o prazer pessoal, mas sim o bem e felicidade
dos outros.
Art. 3º - O Natal não é um comércio e troca de presentes, mas sim um dia em que o perdão e a
solidariedade devem fazer-se mais presentes na vida de cada um.
Art. 4º - Natal é tempo de acreditar nas pequenas coisas e de nascer de novo.
Art. 5º - A partir da presente data fica estipulado que:
a. O nosso sorriso não tem um só destinatário.
b. As nossas mãos devem carregar os mais fracos e conduzir aqueles que precisam de ajuda.
c. Os nossos pés devem caminhar em direcção aos outros para os acolher.
d. Os nossos olhos devem ser capazes de ver as crianças com fome, os amigos angustiados,
os velhinhos desamparados.
Art. 6º - O Natal é Jesus a fazer nascer em cada homem um coração novo com a luz da esperança.
Parágrafo Único - Todo aquele que aceitar o Salvador deve libertar-se do rancor que existe em si
próprio.
Art. 7º - O Natal marca o início de uma era onde a Fé, a Esperança e o Amor são os critérios básicos
para se construir um mundo melhor.
Art. 8º - Fica decretado que o Natal será como a alegria imensa de vidas que renascem e se
renovam.
Art. 9º - O tempo de Natal é o seguinte: 24 de Dezembro deste ano até 24 de Dezembro do ano
seguinte.
Art. 10º - Esta lei entrará em vigor a partir do momento em que as pessoas tomarem conhecimento
da mesma.
Art. 11º - Faça-se cumprir esta Lei real e revoguem-se todas as disposições em contrário. Parágrafo
Único - Feliz Natal! Hoje e sempre!
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UM NATAL DIFERENTE
As mensagens de Natal prometem (se nós deixarmos) um mundo de amor, de paz e de calma. É o
amor fraterno que reina por um curto dia de cada ano, quando as pessoas celebram, dando,
repartindo, abrindo as mãos e os corações uns aos outros, mostrando como as vidas dos seres
humanos poderiam ser todos os dias uma festa de Natal.
Esta é uma história de encantar, contada por uma mãe que ama de verdade a sua família:
"Quando o nosso filho Jorge tinha seis anos, estávamos a atravessar um período de má situação
financeira e só podíamos comprar o indispensável para viver. Alguns dias antes do Natal, dissemoslhe que não poderíamos comprar presentes. Mas, com imaginação e amor, poderíamos brincar aos
presentes uns aos outros. Assim, combinamos que cada um desenharia o presente que gostaríamos
de dar aos outros da família. A ideia agradou e a partir desse dia começamos a trabalhar em segredo
com muita alegria e sorrisos misteriosos.
Um carro verde para o pai. Uma pulseira e uns brincos para mim. Para o Jorge, os presentes eram
aqueles que recortávamos de algumas revistas. Os melhores presentes para ele foram uma tenda de
índio a brincar e uma piscina de plástico, desenhadas pelo pai. O presente melhor do pai para mim
foi a casa dos nossos sonhos, pintada a aguarela, branca, com janelas verdes e vasos de flores no
jardim. O pai recebeu um punhado de versos meus, inspirados nas coisas tristes e nos
acontecimentos alegres das nossas vidas.
Naturalmente não esperávamos nenhum "melhor presente" do Jorge. Mas, com gritos de alegria, ele
entregou um desenho grande, feito por ele, com lápis de cor, dentro da mais pura "técnica
surrealista". Era sem dúvida um grupo de três pessoas rindo: um homem, uma mulher e um menino.
Tinham os seus braços entrelaçados uns nos outros de tal forma que pareciam uma só pessoa. E, por
baixo do desenho, ele escreveu apenas uma palavra "Nós".
Foi, sem dúvida, um Natal de Amor!"
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PDF-824kb - Filhas de Maria Auxiliadora