PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA (CFFa) ESPECIALIDADE: AUDIOLOGIA Questão 01 Os primeiros exames indicados para este caso seriam a audiometria tonal liminar e a imitanciometria (timpanometria e pesquisa dos reflexos acústicos). Como o paciente já tinha laudo anterior de normalidade da acuidade auditiva, o mais provável é que sua audição periférica esteja normal. No entanto, como sua queixa é significativa, o exame a ser indicado é a avaliação do processamento auditivo, que deverá ser composta por testes comportamentais (testes padronizados em cabina acústica) e eletrofisiológicos (potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência). Para a bateria de avaliação comportamental deverão ser realizados procedimentos de: • processamento temporal (teste de padrão de frequência e GIN-gaps no ruído, por exemplo); • escuta dicótica (SSW – dissílabos alternados ou dicótico de dígitos, sons ambientais competitivos); • interação binaural (MLD – mudanças de limiar determinadas por meio de mascaramento ou fusão binaural); • fala monoaural de baixa redundância (fala com ruído ou fala filtrada). Como procedimentos de avaliação eletrofisiológica poderão ser indicados: • Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE); • Potencial de média latência; • P300 ou potencial cognitivo. Se realmente a queixa e os sintomas apresentados forem de origem auditiva, espera-se encontrar alteração nos exames que caracterize um distúrbio ou transtorno do processamento auditivo e que seja indicada a fonoterapia com ênfase no treino auditivo das habilidades comprometidas à avaliação. Além da avaliação audiológica descrita anteriormente, deve-se encaminhar para uma avaliação fonoaudiológica abrangente e excluir as demais alterações. Caso necessário, encaminhar para avaliação psicopedagógica e neurológica também. Exemplos/hipóteses de resultados dos exames: • Avaliação comportamental – alteração do fechamento auditivo (fraco desempenho na fala monoaural de baixa redundância) e alteração do processamento temporal; • Avaliação eletrofisiológica – PEATE normal com latências absolutas e intervalos interpicos dentro da normalidade; alteração do potencial de média latência com presença de efeito eletrodo ou efeito de orelha. Fontes: • MUSIEK, Frank E; RINTELMANN, William F. Perspectivas Atuais em Avaliação Auditiva. 1ª ed. Editora: Manole, 2001. • BEVILACQUA, Maria Cecília; MARTINEZ, Maria Angelina Nardi; BALEN, Sheila Andreoli; PUPO, Altair Cadrobbi; REIS, Ana Cláudia Mirândola Barbosa; FROTA, Silvana. Tratado de Audiologia. 1ª ed. São Paulo: Santos Editora, 2012. Distribuição de valores • Definição dos exames audiológicos básicos e encaminhamento para avaliação do processamento auditivo. Valor: 4 pontos • Descrição do protocolo de avaliação do processamento auditivo, com inclusão de exames comportamentais padronizados em cabina e avaliação eletrofisiológica. Valor: 8 pontos • Hipótese de resultados dos exames. Valor: 4 pontos • Definição de conduta – treino auditivo e avaliações complementares. Valor: 4 pontos Questão 02 Quando um bebê falha na triagem auditiva neonatal, o profissional fonoaudiólogo deve orientar a família sobre as possíveis causas de falha (perda auditiva, alteração condutiva etc.) e marcar um reteste em até 15 dias. Após o reteste, mantendo a ausência de resposta, o bebê deverá ser encaminhado ao Otorrinolaringologista (ORL) e ao diagnóstico audiológico. No diagnóstico, o primeiro exame a ser realizado é a imitanciometria, a fim de definir o tipo de alteração presente (comprometimento condutivo ou coclear). Se houver um problema condutivo, o bebê deve primeiro fazer o tratamento ORL e, em seguida, repetir os exames de triagem (emissões otoacústicas evocadas ou PEATE, dependendo do protocolo utilizado pelo Programa). Como o caso se refere a uma perda neurossensorial, espera-se encontrar uma curva timpanométrica do tipo A e reflexos acústicos ausentes. Deve ser feito o PEATE (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico) com as seguintes indicações: • PEATE com cliques para verificar a integridade do sistema auditivo nervoso central (em uma perda de grau profundo espera-se ausência de formação de ondas de resposta); • PEATE com Tone Burst ou Tone Pip via aérea nas frequências 2000, 500, 4000 e 1000 Hz, para determinação do limiar eletrofisiológico; • também pode ser realizado o PEATE via óssea e o ASSR (Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável). Além da avaliação eletrofisiológica é importante realizar: • registro das EOA evocadas transientes e produto de distorção em protocolo diagnóstico; • observação do comportamento auditivo (pesquisa do reflexo cócleo palpebral, observação das respostas a sons instrumentais de diferentes intensidades e espectros de frequência, pesquisa dos níveis mínimos de resposta). Com a confirmação da perda auditiva, a família deverá receber orientações acerca das medidas de intervenção fonoaudiológica e prevenção dos problemas de linguagem que podem acompanhar a deficiência auditiva. A criança será encaminhada para a adaptação de aparelhos de amplificação sonora individual (próteses auditivas) e fonoterapia. A família será orientada para escolher uma opção de tratamento para oralização (terapia auditivo-verbal) ou bilinguismo, com o aprendizado de língua de sinais. Fontes: • NORTHERN, Jerry L.; DOWNS, Marion P. Audição na infância. 5ª ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2005. • MUSIEK, Frank E; RINTELMANN, William F. Perspectivas Atuais em Avaliação Auditiva. 1ª ed. Editora: Manole, 2001. • BEVILACQUA, Maria Cecília; MARTINEZ, Maria Angelina Nardi; BALEN, Sheila Andreoli; PUPO, Altair Cadrobbi; REIS, Ana Cláudia Mirândola Barbosa; FROTA, Silvana. Tratado de Audiologia. 1ª ed. São Paulo: Santos Editora, 2012. Distribuição de valores • Conhecimento acerca do protocolo TANU. Valor: 4 pontos • Hipótese dos resultados dos exames no seguimento. Valor: 4 pontos • Características do PEATE (protocolos necessários ao diagnóstico). Valor: 4 pontos • Descrição de exames e avaliações complementares (emissões otoacústicas, observação do comportamento auditivo etc). Valor: 4 pontos • Conclusão do caso e definição da conduta (amplificação sonora e terapia fonoaudiológica). Valor: 4 pontos PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA (CFFa) ESPECIALIDADE: DISFAGIA Questão 01 A traqueostomia tem impactos tanto mecânicos quanto funcionais na deglutição. Com relação aos impactos mecânicos, a maioria dos pacientes com traqueostomia passou antes por um tempo de intubação prolongada, que pode trazer consequências para a mucosa e musculatura da região faríngea e laríngea, acarretando alterações sensoriais e motoras para essa região. Outro fator mecânico é a redução da elevação da laringe. A técnica cirúrgica, o peso e o tipo de material da cânula influenciam na perda dessa movimentação. A dificuldade na elevação favorece a entrada de alimentos antes, durante e após a deglutição, nas vias aéreas. Deve-se verificar, ainda, se na presença do cuff este não está hiperinsuflado, comprimindo a parede anterior do esôfago e dificultando o trânsito alimentar. Quanto ao impacto funcional, o desvio de fluxo aéreo para o estoma reduz a pressão e a quantidade do fluxo e, consequentemente, as pregas vocais fecham com menos força podendo facilitar a aspiração do bolo. Outras alterações que podem estar presentes são: ausência de tosse protetora ou presença de tosse com intensidade fraca; alterações do olfato e do paladar difultando as fases antecipatória e oral; alteração da temperatura do fluxo nas vias aéreas inferiores proporcionando dessensibilização da mucosa e risco de aspiração silenciosa. Fontes: • Furkim, Ana Maria; Santini, Célia Regina Queiróz Salviano. Disfagias Orofaríngeas. Vol. 2. São Paulo: Editora Pró Fono, 2007. • Barros, Ana Paula Brandão; Portas, Juliana Godoy; Queija, Débora dos Santos. Implicações da traqueostomia na comunicação e na deglutição. Revista Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Vol. 38, nº 3, 2009. Distribuição de valores • Elevação laríngea: motivo e consequências da alteração da elevação laríngea – Valor: 5 pontos • Cuff hiperinsuflado alterando o trânsito do bolo alimentar – Valor: 3 pontos • Desvio do fluxo aéreo – Valor: 3 pontos • Ausência ou redução da tosse protetora – Valor: 3 pontos • Alteração do olfato e paladar – Valor: 3 pontos • Alteração da temperatura do fluxo aéreo interferindo na sensibilidade da mucosa – Valor: 3 pontos Questão 02 As manobras podem ser divididas em posturais, de proteção das vias aéreas e de limpeza dos recessos faríngeos. Dentre as manobras posturais, as principais são: • cabeça abaixada: paciente é orientado a colocar o queixo no peito. Essa posição estreita a entrada da via aérea e empurra a base da língua e epiglote para trás, em direção à parede posterior da faringe, aumentando a proteção da via aérea. • cabeça para trás: paciente é orientado a engolir com a cabeça para trás. Essa manobra facilita o trânsito do alimento para a faringe pela ação da gravidade e melhora a velocidade do tempo de trânsito oral. • cabeça virada para o lado comprometido: o paciente gira a cabeça para o lado comprometido no momento de engolir. Com a rotação da cabeça para um lado fecha-se o seio piriforme do mesmo lado, direcionando o alimento para baixo pelo lado oposto ou não comprometido. • cabeça inclinada para o lado não comprometido: na hora de deglutir, o paciente inclina a cabeça para o lado não comprometido. Esta posição faz com que o alimento se direcione para baixo, pelo mesmo lado, tanto na cavidade oral quanto na faringe. Manobras de proteção de via aérea e para musculatura extrínseca da laringe: • Supraglótica: utilizada em pacientes com reduzido fechamento glótico, atraso na eliciação da fase faríngea ou voz molhada. O paciente é orientado a segurar a respiração antes de engolir, aduzindo, assim, as pregas vocais antes de engolir. Deve então engolir e, imediatamente após a deglutição, tossir para limpar a faringe. • Super supraglótica: indicada para pacientes com fechamento glótico reduzido, que causa risco de aspiração. O objetivo desta manobra é eliciar mais adução, utilizando duas fontes de fechamento: as pregas vocais verdadeiras e as falsas. A orientação é a mesma da manobra anterior, porém, solicita-se ao paciente que segure com mais força o ar antes de engolir. Auxilia também na retração da língua. • Manobra de Shaker: o paciente fica deitado, sem travesseiro e com os ombros encostados na cama, eleva a cabeça e olha para os próprios pés, sem tirar os ombros da cama. Esta manobra tem como objetivo melhorar a força e a eficiência da musculatura extrínseca da laringe, a qual é responsável por sua elevação. Manobras de limpeza faríngea: • Deglutição com esforço: solicitar ao paciente que aperte os músculos da garganta ao engolir, “engolir forte”. É indicada para pacientes que apresentam resíduos nas paredes da faringe após a deglutição por fraqueza dessa musculatura e para pacientes com dificuldades de ejeção pela língua. • Manobra de Mendelsohn: solicitar ao paciente que, ao deglutir, segure a laringe na posição mais alta por alguns segundos. É indicada para pacientes com dificuldade na excursão laríngea e para pacientes que apresentam dificuldade na abertura do esfíncter esofágico superior. • Língua entre os dentes: também conhecida como Massako, o paciente deve deglutir com a língua entre os dentes, exigindo, assim, maior contração dos músculos constritores da faringe. Utilizada para fraqueza, paresia ou hipotonia dos músculos da faringe. • Deglutições múltiplas: solicitar ao paciente que degluta o bolo e depois degluta mais duas ou três vezes, sem alimento na cavidade oral, na tentativa de limpar os resíduos que permaneceram na faringe, valéculas e seios piriformes. Essa manobra é indicada a pacientes com resíduo faríngeo após a deglutição, causando risco de aspiração deste resíduo. • Tosse ou escarro voluntário: solicitar ao paciente para tossir ou escarrar voluntariamente. É indicada para pacientes que apresentam voz molhada por penetração laríngea de saliva e alimentos em pregas vocais. É uma medida de segurança após a deglutição quando se suspeita de penetração. • Técnicas de Valsalva: solicitar ao paciente que utilize uma força de contração “parecida” com a utilizada na defecação. Suas indicações, portanto, seriam para auxiliar na abertura do esfíncter esofágico superior aumentando a contração dos grupos musculares adjacentes. É contraindicada para pacientes com problemas cardíacos, problemas pulmonares e diverticuloses de intestino. • Alternância com líquidos: recomendar ao paciente que degluta líquido quando estiver se alimentando com consistências pastosa e sólida. Auxilia na propulsão do alimento e retira estases alimentares da cavidade oral e recessos faríngeos. • Mobilidade faríngea: solicitar ao paciente que faça a fonação “i” agudo e entrecortado. Estimula a aproximação das paredes laterais da faringe, aumentando sua pressão, empurrando o bolo para o esôfago. Fonte: Tratado da Deglutição e Disfagia no Adulto e na Criança. Geraldo Pereira Jotz; Elisabete Carrara de Angelis e Ana Paula Brandão Barros. Capítulo 52: Princípios da Reabilitação das Disfagias Orofaríngeas. Distribuição de valores • Manobras posturais – Valor: 6 pontos (cada manobra postural citada corretamente vale 1,5 pontos) • Manobras de proteção de via aérea e para musculatura extrínseca da laringe – Valor: 6 pontos (cada manobra citada corretamente vale 2 pontos) • Manobras de limpeza faríngea – Valor: 8 pontos (cada manobra citada corretamente vale 1 ponto) PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA (CFFa) ESPECIALIDADE: FONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL Questão 01 • Formação de professores e servidores: temas que podem ser abordados: saúde vocal, alunos com dificuldades linguísticas em sala de aula, alunos da educação especial. Valor: 5 pontos • Núcleo de acessibilidade: assessoria, junto com a equipe pedagógica, de alunos que são públicos-alvo da educação especial. Entrevistas, encaminhamentos, orientação aos professores, acompanhamento desses alunos junto com a equipe pedagógica no núcleo. Valor: 5 pontos • Apoio pedagógico ao aluno: assessoria ao aluno com dificuldades de aprendizagem; encaminhamentos e orientações aos professores. Valor: 5 pontos • Oficinas: oficinas de letramento e oficinas de saúde vocal. Valor: 5 pontos Respostas possíveis: caso a universidade tenha colégio de aplicação, é necessário ampliar essas ações para o nível de ensino. Fonte: Conselho Federal de Fonoaudiologia. As atribuições e competências do profissional especialista em Fonoaudiologia Educacional. Resolução nº 387. São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.valorjuridico.com.br/legislacao/resolucaocffa387_2010.htm Questão 02 A proposta deverá: • partir de uma escuta das necessidades levantadas pelos professores e/ou estudo do diagnóstico institucional; Valor: 5 pontos • abranger não somente os professores, mas toda a equipe educacional. Valor: 5 pontos Os temas propostos devem incluir: • desenvolvimento típico da comunicação e seus desvios; • linguagem, aprendizagem, os quadros patológicos relacionados e sua identificação precoce; • consciência fonológica; • alfabetização, letramento e gêneros textuais; • saúde vocal do professor. Valor: 5 pontos O enfoque não deve ser centrado exclusivamente no patológico, mas, também, visar o aprimoramento da aprendizagem e das condições de letramento. Valor: 5 pontos Fontes: • CÉSAR, P. H. A. R.; CALHETA, P. P. Assessoria e Fonoaudiologia: perspectivas de ação. Rio de Janeiro: Revinter, 2005. • ZABOROSKI, A. P.; OLIVEIRA, J. P. Atuação da Fonoaudiologia na escola: reflexões e práticas. Rio de Janeiro: Wak, 2013. PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA (CFFa) ESPECIALIDADE: LINGUAGEM Questão 01 Manifestações: São sinais que podem fazer parte das queixas e, também, muitas causas que podem estar associadas: 1. Quanto à comunicação oral: Valor: 5 pontos • articulatórios envolvendo os sons /r/ e /l/, /s/ e /z/; • gagueja ao falar; • fica confuso ao narrar uma história ou quando tem que dar um recado; • problemas de linguagem expressiva envolvendo regras da língua; • dificuldade em seguir ordens; • compreensão prejudicada em ambientes ruidosos; • dificuldade em compreender palavras com duplo sentido, piadas, expressões idiomáticas e ditados populares. 2. Quanto à comunicação lida e escrita: Valor: 4 pontos • inversão da posição da letra na palavra escrita; • trocas de letras na escrita (principalmente, surda-sonora); • letra “feia” (disgrafia); • dificuldade em compreender o que lê; • dificuldade em organizar a linguagem escrita; • demora a aprender a ler e escrever. 3. Quanto ao comportamento social: Valor: 3 pontos • mostra-se excessivamente desatento; • desorganizado; • agitado ou quieto demais; • ansioso e impaciente; • impulsivo; • tendência ao isolamento; • baixa autoestima. É importante considerar que, nessas crianças, o cérebro faz um esforço muito grande para processar as informações auditivas corriqueiras. Consequentemente, esses indivíduos não resistem a tanto esforço mental e “desligam-se” com frequência, em momentos onde a atenção é exigida. Por isso, são normalmente distraídos. 4. Quanto ao desempenho escolar: Valor: 3 pontos • baixo desempenho em várias matérias (leitura, gramática, ortografia e interpretação de problemas matemáticos); • dificuldade em memorizar. 5. Quanto à audição: Valor: 5 pontos • apresenta reações exacerbadas para sons intensos; • reação lenta ao responder a estímulos auditivos (aumento do tempo de latência das respostas); • dificuldade na localização sonora; • dificuldade em acompanhar uma conversa quando muita gente fala ao mesmo tempo; • não atende prontamente quando é chamado ou necessita que o chamemos muitas vezes para que responda; • procura pistas visuais no rosto do falante; • solicita a repetição de informações auditivas; • tem histórico de infecções repetitivas nos ouvidos (otites). Fontes: • SCHETTINI, R. C.; ROCHA, T. C. M.; ALMEIDA, Z. L. M. Distúrbio do Processamento Auditivo: o que é? Orientações aos Pais e Professores. Brasília: Editora Ser, 2008. • PEREIRA, L. D.; SCHOCHAT, E. Processamento Auditivo Central – Manual de Avaliação. São Paulo: Lovise, 1997. Questão 02 As orientações pertinentes solicitadas são: Valor: 2 pontos para cada orientação correta • não diga para a criança falar mais devagar ou relaxar; • fale com a criança de forma calma, sem pressa, pausando frequentemente. Antes de começar a falar, ouça a criança até o fim e espere alguns segundos após ela ter concluído aquilo que queria dizer. Isso desacelera o ritmo geral da conversa; • ajude todos os alunos da classe a aprender que há momentos de falar e de escutar. Todas as crianças, especialmente aquelas que gaguejam, acham mais fácil falar quando há poucas interrupções e quando elas têm a atenção dos ouvintes; • use expressões faciais, contato visual e outras formas de linguagem corporal para comunicar à criança que você está prestando atenção ao conteúdo da mensagem e não somente à forma como ela está falando; • não subestime a criança. Espere a mesma qualidade e quantidade de trabalhos por parte de crianças que gaguejam; • procure reduzir críticas, padrões rápidos de fala e interrupções; • não complete as palavras para a criança, nem fale por ela; • converse individualmente com o aluno que gagueja sobre as modificações necessárias à sua adaptação em sala de aula. Respeite suas necessidades, sem subestimá-lo; • não torne a gagueira algo vergonhoso. Fale sobre gagueira como se estivesse falando sobre qualquer outro assunto. • se for uma arguição oral para toda classe, procure chamar o aluno em segundo ou terceiro lugar. A ansiedade de aguardar sua hora de falar pode perturbar muito sua tranquilidade; • antes de iniciar a arguição, diga a toda classe que gostaria que ele pensasse calmamente antes de responder; • arguindo o aluno que gagueja, faça perguntas que possam ser respondidas em poucas palavras, o que não significa necessariamente perguntas fáceis; • se a clareza da resposta foi muito perturbada pelas rupturas, reproduza-a para classe, de modo casual, acrescentando algum comentário ou mesmo dando continuidade para questionamento dos demais. (Ex.: “Muito bem, Augusto! Você já nos disse que Brasília é a capital do Brasil. E Beatriz, poderia nos dizer o nome de uma capital de algum estado brasileiro?”); • valorize toda iniciativa espontânea de participação oral do aluno, independente do resultado em termos de fluência. Estas participações vão permitir que ele experimente sua fala e se familiarize com as situações de exposição oral; • nas atividades de leitura oral, coloque as crianças para ler em duplas, sempre devagar e calmamente. Aos poucos, modifique esta atividade para que pequenos trechos possam ser lidos pelo aluno que gagueja. A leitura oral, geralmente, é uma atividade muito difícil para a maioria dos que gaguejam. Mas não para todos. Por isso, veja qual é o caso específico do seu aluno; • em alguma situação de extrema agitação, como um desentendimento entre os alunos em classe, por exemplo, busque, inicialmente, o retorno à ordem e à calma e só então converse sobre o ocorrido. Se o tumulto for muito grande, busque a calma geral e diga que conversarão logo mais e faça, em particular, apenas com os envolvidos; • se perceber que existe aceitabilidade, procure dizer a este aluno, em uma rápida e discreta conversa, que você percebe que ele tem dificuldade para falar em alguns momentos, e que gostaria de ajudá-lo do modo que for melhor para ele; • será um bálsamo para o aluno perceber que, caso necessite, pode contar com seu professor. Esta possibilidade de auxílio será maior se o professor demonstrar ao aluno que sabe um pouco sobre o que ele vivencia. Fontes: • ANDRADE, C. R. F. Gagueira infantil: risco, diagnóstico e programas terapêuticos. Baruei: Profono, 2009. • Notes to the Teacher: The Child Who Stutters at School Autora: Lisa Scott Trautman Fonte: Stuttering Foundation of America Tradução e adaptação: Hugo Silva. Revisão: Sandra Merlo. PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA (CFFa) ESPECIALIDADE: MOTRICIDADE OROFACIAL Questão 01 Deglutição atípica: refere-se à movimentação inadequada da língua e/ou de outras estruturas que participam do ato de engolir, durante a fase oral da deglutição, sem que haja nenhuma alteração de forma da cavidade oral. Valor: 10 pontos Deglutição adaptada: acontece porque a “atipia” encontrada é consequência de algum outro problema já existente, como, por exemplo, a maloclusão ou respiração oral. A língua já adaptou-se à forma da cavidade oral ou tipo facial do indivíduo. Valor: 10 pontos Fonte: Marchesan, I. Q. Fundamentos em Fonoaudiologia – Aspectos Clínicos da Motricidade Oral. São Paulo: Guanabara Koogan, 1998. Questão 02 Distúrbios orais miofuncionais referem-se a alterações que não se restringem apenas a uma alteração de tônus, postura, mobilidade e força dos órgãos fonoarticulatórios (Valor: 10 pontos) e das funções estomatognáticas desempenhadas como: mastigação, sucção, deglutição, respiração e fonoarticulação (Valor: 10 pontos). Fonte: Marchesan, I. Q. Fundamentos em Fonoaudiologia – Aspectos Clínicos da Motricidade Oral. São Paulo: Guanabara Koogan, 1998. PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA (CFFa) ESPECIALIDADE: SAÚDE COLETIVA Questão 01 Deve elaborar as estratégias de: • promoção do envelhecimento saudável. Valor: 4 pontos • manutenção da capacidade funcional. Valor: 3 pontos • assistência às necessidades de saúde do idoso. Valor: 2 pontos • reabilitação da capacidade funcional comprometida. Valor: 3 pontos • capacitação de recursos humanos especializados. Valor: 3 pontos • apoio ao desenvolvimento de cuidados informais. Valor: 2 pontos • apoio a estudos e pesquisas. Valor: 3 pontos Fonte: Política Nacional de Saúde da Pessoa Idoso. (Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006). Questão 02 O fonoaudiólogo poderá atuar: • no pré-natal, orientando sobre as vantagens da amamentação (prevenção ou atenção básica). Valor: 6 pontos • no período logo após o nascimento com técnicas para facilitação da sucção (atenção secundária). Valor: 6 pontos • na intervenção terapêutica direta com a criança para a adequação da linguagem oral (atenção básica e terciária). Valor: 8 pontos Tal atuação se encaixa em estratégias de reabilitação, que podem ser realizadas em unidades básicas de saúde de forma individualizada ou em grupo. Fontes: • A fonoaudiologia e sua inserção na saúde pública (The insertion of the phonoaudiology in public health). Maíra Somenzari Lipay; Elizabeth Crepaldi de Almeida. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 16(1):31-41, jan./fev., 2007. • Maria da Conceição Carneiro Pessoa de Santana; Bárbara Niegia Garcia de Goulart; Brasília Maria Chiari; Adriana de Medeiros Melo; Érika Henriques de Araújo Alves da Silva. Aleitamento materno em prematuros: atuação fonoaudiológica baseada nos pressupostos da educação para promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, vol. 15, núm. 2, marzo, 2010, pp. 411-417. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/630/63012321013.pdf PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA (CFFa) ESPECIALIDADE: VOZ Questão 01 1. Técnica de firmeza glótica A técnica de firmeza glótica é um dos procedimentos de maior impacto imediato, sendo comuns referências positivas de pacientes, imediatamente após sua execução, incluindo relatos de voz mais fácil, mais limpa e com maior tempo de fonação. Procedimento básico: • Ocluir quase totalmente a boca com a palma da mão sobre os lábios entreabertos (como se alguém estivesse tapando sua boca e impedindo-o de falar), enquanto se produz uma emissão indiferenciada e prolongada (semelhante a produção grave de um “u” ou “v”), mantendo a língua relaxada e em posição baixa na boca, repetindo a emissão por, pelo menos, cinco vezes e evitando inflar as bochechas. Pode ser feita com o dedo na frente dos lábios, como no gesto do silêncio, ou usar canudinhos mais rígidos e estreitos, mantendo “u” sustentado ou em escalas. Objetivos: • favorecer os ajustes da musculatura laríngea; • expandir o trato vocal; • melhorar a coaptação glótica; • reduzir a interferência supraglótica; • estimular o aumento da ressonância; • aumentar o componente oral da ressonância; • estimular a elevação do palato mole; • proporcionar melhor coordenação pneumofônica; • desenvolver o monitoramento proprioceptivo da voz. Aplicações principais: • fonação vestibular ou envolvimento supraglótico negativo; • pós-operatório de lesões laríngeas, com presença de fenda glótica; • fendas glóticas em geral; • aperfeiçoamento vocal; • vozes de qualidade destimbradas. 2. Técnica de movimento corporais associados A técnica de movimentos corporais associados à emissão de sons facilitadores envolve inúmeros exercícios corporais, que podem ser também adaptados às técnicas de alongamento, de exercícios de relaxamento dinâmico, eutonia e ioga. Pode ser empregada a movimentação de todo o corpo ou de regiões mais específicas, como o pescoço e os ombros. Possibilita ao paciente desenvolver uma expressão corporal associada a uma voz equilibrada. As técnicas de relaxação dinâmica são mais fáceis de serem executadas e auxiliam o paciente a identificar estados de hipercontração indesejáveis, aumentando sua consciência corporal, podendo anteceder aos exercícios específicos de aquecimento vocal para profissionais da voz. Procedimento básico: • movimentações amplas do corpo associadas a sons facilitadores. Objetivos: • relaxamento dinâmico; • melhor integração corpo-voz. Aplicações principais: • voz profissional; • disfonias por tensão muscular; • disfonia infantil. 3. Técnica de sons plosivos Essa técnica envolve tanto a utilização de exercícios com plosivos surdos quanto sonoros. Os exercícios com emissão do plosivo surdo, embora sem vibração da mucosa, provoca um ajuste pré-sonorizado que consiste na aproximação das pregas vocais na linha média, que pode ser utilizado para reforço do controle glótico emitindo-se o som repetidas vezes, por exemplo, “p,p,p,p,p,p,p,p”. Podem ser usados em sons plosivos sonoros, quando se quer também estimular a vibração da mucosa. O uso desses sons reforça a cavidade oral como ressonador e pode contribuir para a redução da nasalidade. Procedimento básico: • emissão repetida de “p”, “t”, “k” ou seus sonoros; • exercícios envolvendo diadococinesia. Objetivos: • favorecer a coaptação das pregas vocais; • reforçar a ressonância oral; • clareza de emissão; • estabilizar a emissão; • estimular vibrações de mucosa – plosivos sonoros. Aplicações principais: • disfonias hipocinéticas; • doença de Parkinson; • paralisia unilateral de prega vocal; • pós-laringectomias parciais; • como alternativa na impossibilidade de se usar técnica de esforço (empuxo); • voz profissional para adquirir precisão articulatória. Variações: • emissões associadas às vogais, técnicas de esforço (empuxo) e mudança postural de cabeça; • emissões com variação de ritmo e intensidade. 4. Técnica do sniff É uma estratégia muito simples para afastar as estruturas do vestíbulo laríngeo, particularmente as pregas vestibulares, favorecendo uma coaptação adequada, em nível glótico. Esta técnica consiste em realizar múltiplas inspirações nasais, aspirando o ar rapidamente (como que fungando), o que abre, de modo reflexo, a laringe, possibilitando a entrada rápida de ar. Após múltiplos sniffs, solicita-se que o paciente faça uma emissão solta, de boca bem aberta, usando-se vogais, de preferência. Em razão ao movimento fisiológico associado ao sniff, essa técnica tem indicação específica para afastamento das pregas vestibulares. Procedimento básico: • aspirar rapidamente o ar, pelo nariz, em inspirações curtas e repetidas. Objetivos: • afastar as pregas vestibulares da linha média; • favorecer a coaptação adequada das pregas vocais. Aplicações principais: • disfonia vestibular; • interferência supraglótica mediana; • paralisia de laringe uni ou bilateral em adução com interferência supraglótica. 5. Técnicas de leitura somente de vogais Procedimento básico: • eliminar as consoantes e ler apenas as vogais de um texto, de forma encadeada e modulada. Objetivos: • controle da fonte glótica; • redução das contrições no trato vocal; • melhora do padrão articulatório; • estabilização da qualidade vocal; • conscientização vocal. Aplicações principais: • tratamento articulatório; • falta de volume e projeção; • voz profissional. Variações: • produzir as vocais encadeadas de frases simples, poesias e sequências automáticas de fala; • cantar pequenas músicas somente com as vogais da letra; • associar à técnica de voz salmodiada. 6. Técnica do sopro e som agudo É um recurso adicional para favorecer a coaptação glótica sem o envolvimento das estruturas da supraglote e sem a ação conjunta e inadequada dos músculos laríngeos intrínsecos (isometria laríngea). A execução do exercício deve ser realizada iniciando pelo sopro, exatamente para desativar o envolvimento supraglótico e induzir a produção de um som hiperagudo com a mínima ação do músculo tireoaritenoideo, o que quase sempre é difícil sem o auxílio do sopro que, neste caso, funciona como uma estratégica para atingir o hiperagudo de modo adequado. Deve-se ressaltar que o indivíduo pode referir “esforço” na produção desta técnica, contudo, o esforço é situado na parede abdominal e na musculatura faríngea, e não na laringe, onde devem ocorrer sensações desagradáveis. Procedimento básico: • iniciar soprando o ar, em fluxo contínuo, na palma da mão, para controlar o fluxo, e acrescentar uma emissão aguda, preferivelmente hiperaguda, contínua, mantendo-se o grande fluxo de ar e os lábios no gesto do sopro. Objetivos: • afastar as pregas vestibulares da linha média; • favorecer a coaptação adequada das pregas vocais; • Favorecer o equilíbrio muscular laríngeo; • Desativar a isometria laríngea; • Desativar constrição mediana do vestíbulo. Aplicações principais: • disfonia vestibular; • interferência supraglótica mediana; • voz profissional. 7. Técnica do estalo de língua associado ao som nasal Essa técnica compõem-se de dois exercícios básicos, feitos associados e conjuntamente. O exercício de estalo de língua movimenta a laringe verticalmente no pescoço, favorece uma melhor tonicidade da musculatura paralaríngea e, portanto, dificulta a manutenção do foco de ressonância baixo. O segundo exercício associado é a produção de um som nasal (“n....”), cujas propriedades são: reduzir o esforço laríngeo e difundir a ressonância no trato vocal. A função desses dois exercícios constitui a técnica de estalo de língua associado ao som nasal, também conhecida pelo nome “técnica do carro e cavalo”, devido à semelhança do som produzido durante esse exercício. Procedimento básico: • estalar a ponta da língua de modo constante e repetido, associado à emissão do som nasal “n” prolongado. Pode-se iniciar tanto pelo estalo quanto pelo som nasal, de acordo com a facilidade do paciente. Objetivos: • relaxamento da musculatura supra-hioidea; • reequilíbrio fonatório; • movimentação vertical da laringe; • sintonia fonte-filtros; • auxilia a anteriorizar a ressonância; • disfagia discreta. Aplicações principais: • travamento articulatório; • foco ressonantal baixo ou posterior; • disfonias por tensão muscular; • disfonias da muda com laringe elevada. 8. Técnica dos sons nasais Denomina-se, também, técnica de ressonância ou trabalho de colocação da voz na máscara. Os sons nasais auxiliam a deslocar o foco de ressonância de inferior para superior, reduzindo, assim, a tensão da laringe e da faringe, funcionando como um trampolim de projeção da voz no espaço, quando coarticulados com vogais. São também considerados excelentes para treinar a relaxação mandibular e de todo o aparelho fonador. Procedimento básico: • emissão dos sons “m” – com a boca fechada, “n” ou “nh” contínuos, sustentados, modulados ou em escalas. Objetivos: • suavizar a emissão; • reduzir o foco de ressonância laringofaríngea, aumentando o componente oral da ressonância nasal; • aumentar os tempos máximos de fonação sem esforço; • auxiliar o monitoramento da voz; • dissipar a energia sonora no trato vocal, melhorando a projeção vocal. Aplicações principais: • técnica universal; • laringe isométrica (fenda triangular médio-posterior); • nódulo vocal. Fonte: BEHLAU, Mara. Voz: O livro do Especialista. Vol. 2. Rio de Janeiro: Revinter Ltda, 2005. Distribuição de valores Técnica de firmeza glótica – Valor: 10 pontos • Objetivos (no mínimo 2) – Valor: 3 pontos • Aplicações (no mínimo 2) – Valor: 3 pontos • Fisiologia – Valor: 2,5 pontos • Procedimentos básicos – Valor: 1,5 pontos Técnicas escolhidas – Valor: 10 pontos (5 pontos cada) • Objetivos (no mínimo 2) – Valor: 1 ponto • Aplicações (no mínimo 2) – Valor: 1 ponto • Fisiologia – Valor: 1,5 ponto • Procedimentos básicos – Valor: 1,5 ponto Questão 02 Fendas glóticas triangulares Tipo de Fenda Glótica Fatores Subjacentes Triangular Anatômica/Funcional Correlatos Fisiopatológicos Tipos de Voz Posterior Cartilagens aritenoidas em posição mais lateral; cricoide a de forma circular; hipotonia do feixe transverso do músculo aritenoideo Nenhum padrão de laringe do sexo feminino Voz adaptada Médio-posterior Aspectos tensionais hipercinéticos; contração intensa do CAP durante a fala; laringe isométrica Síndrome de tensão Musculoesquelética; Predisposição a nódulos; disfonia funcional Voz soprosa, adaptada ou rouco-soprosa Ântero-posterior Hipofunção acentuada de CAL e A; inervação insuficiente; distúrbio na junção mioneural Estados hipofuncionais; afonias de conversão; doença de Parkinson; miastenia grave Voz sussurrada extrema; voz soprosa e astênica Valor: 10 pontos Fenda em ampulheta: é essencialmente estrutural. Fusiforme de base com lesão secundária, por exemplo: AEM, sulco vocal com lesão secundária. A voz é rouco-soprosa ou rouco-áspera. Valor: 3,5 pontos Fenda dupla: é essencialmente funcional, pode aparecer na síndrome de tensão musculoesquelética com lesão de massa. A voz é rouca com ou sem soprosidade. Valor: 3,5 pontos A fenda em ampulheta difere da fenda dupla já que na fenda em ampulheta a região posterior da glote ou das pregas vocais, apresenta aproximação dos processos vocais das cartilagens aritenoideas. Já na fenda dupla não observamos essa aproximação (dos processos vocais), mas sim da região antero-medial das pregas vocais, podendo ter ou não espessamento ou uma lesão de massa do tipo nódulo, por exemplo. Valor: 3 pontos Fonte: BEHLAU, Mara. Voz: O livro do Especialista. Vol. 1. Rio de Janeiro: Revinter Ltda, 2001.