4 Cidades Sexta-feira, 16 de outubro de 2015 jornaldat.com.br OBRA ANTICRISE Sistema para trazer água de braço da represa Billings, do ABC para o Alto Tietê, ainda não opera no volume máximo Volume de água captado é menor que previsto em transposição Eduardo Saraiva Cibelli Marthos Duas semanas após ter entrado em operação, o bombeamento de água da Represa Billings para o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) ainda não alcançou sua força total. A redução no volume repassado, previsto inicial para ser de 4 mil litros por segundo, se deve ao assoreamento de aproximadamente 3 quilômetros do rio que recebe a água logo após a transposição. Segundo a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH), o bombeamento não está paralisado, “está em período de operação assistida, o que significa que milhões de litros já foram e continuam sendo transferidos, contribuindo para o aumento da segurança hídrica da Região Metropolitana de São Paulo”. Ainda de acordo com a pasta, como em toda obra de grande porte, o período de operação assistida “é necessário para que eventuais ajustes, perceptíveis apenas na prática, sejam feitos. No caso da transposição da Represa Billings, não há qualquer ajuste a ser feito na tubulação e bombas executadas pela Companhia de Saneamento Básico (Sabesp) que captam água do Rio Grande, no ABC, e levam ao córrego Taiaçupeba-Mirim”. A Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos também ressaltou 65% dos consumidores conseguem bônus Secretaria afirma que bombeamento não está paralisado, mas que “está em período de operação assistida” que já iniciou as obras para reforçar a canalização do córrego onde acontece a chegada da água que, com sua força, causou o aumento de nível e consequente refluxo nas galerias pluviais. “Em questão de dias, o bombeamento alcançará sua força total”, completou a pasta, por meio de nota. Apesar da obra de Período de “operação assistida” é necessário em grandes obras transposição para reforçar o abastecimento do Sistema Alto Tietê e com isso reduzir a captação do Sistema Cantareira, a Sabesp já solicitou a Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) que o volume de retirada seja mantido em 13,5 mil litros por segundo e não reduzido para 10 mil litros por segundo no Cantareira, conforme havia sido anunciado anteriormente. De acordo com a SSHR o pedido já feito visa manter a segurança hídrica nos dois sistemas, que hoje operam se forma estável, segundo a pasta. O objetivo é manter a captação atual, podendo ser reduzida somente em caso de mudanças climáticas futuras. Em Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis, Suzano e em alguns bairros de Mogi das Cruzes, que usam água comprada, 78% dos clientes conseguiram reduzir o consumo de água, sendo que 65% atingiram o consumo mínimo definido pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e obtive o bônus. Segundo a companhia, o volume economizado em setembro de 2015 é suficiente para abastecer aproximadamente 240 mil pessoas. No total, a economia foi de 790,8 milhões de litros. Já entre o período de abril de 2014 a setembro deste ano, foram economizados 15,7 bilhões de litros. No mês passado, o programa de bônus da Sabesp incentivou na economia de 778,8 milhões de litros de água no Alto Tietê, o suficiente para abastecer 236 mil pessoas durante um mês, ou a cidade de Biritiba Mirim por, pelo menos, seis meses. Se tiver rodízio... Sabesp garante água a alguns locais Fabio Miranda A Sabesp divulgou ontem lista de estabelecimentos que terão o abastecimento de água garantido, caso haja rodizio na Região Metropolitana. Boa parte desses locais são abastecidos pelo Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) e pelo Sistema Cantareira, entre outras represas. Na região, 18 estabelecimentos terão o abastecimento garantido caso o esquema seja colocado em prática. Entretanto, a Sabesp destacou que esta medida está muita mais relacionada a um cenário extremo de falta de água, do que algo realmente previsto para ocorrer nos próximos meses. Entre os locais garantidos estão as delegacias de Suzano e Poá, os hospitais Santa Marcelina, de Itaquaquecetuba, o Regional de Ferraz ‘Osíris Florindo Coelho’, e o Guido Guida, de Poá. Além destas unidades de saúde, também tiveram o abastecimento confirmado os hospitais Santo Antônio, de Arujá, e das Clinicas de Suzano. Ainda não correm riscos a Santa Casa de Misericórdia de Suzano, a Clínica de Nefrologia, também de Suzano, e o Hospital Ipiranga, de Arujá. Estão salvaguardados também os recursos para a Fundação Casa de Arujá, Ferraz e Itaquá (I e II) e para os Centros de Detenção Provisória (CDPs) de Mogi das Cruzes e Suzano. Questionada como esta seleção foi criada, a Sabesp revelou que “a lista de pontos prioritários de abastecimento foi definida pelo Comitê de Crise Hídrica, formado pela Sabesp e por todas as prefeituras da Região Metropolitana de São Paulo, bem como suas respectivas concessionárias de saneamento, membros das universidades e da sociedade civil organizada”. A empresa informou também que a priorização foi dada para os locais que precisam de abastecimento ininterrupto, como hospitais e prédios ligados à segurança pública, principalmente aqueles que recebem água dos dois principais reservatórios da Grande São Paulo. Mesmo com toda essa movimentação, a Sabesp destacou que, graças as obras emergências já entregues e às chuvas recentes, a possibilidade de rodizio está descartada, ao menos por enquanto. Saiba mais Locais com água garantida, em caso de rodízio Delegacias de Suzano e Poá Fundação Casa de Arujá, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba (I e II) Clínica de Nefrologia de Suzano Hospital das Clinicas de Suzano Hospital Regional Doutor Osíris Florindo Coelho, em Ferraz Hospital e Maternidade Campos Salles, de Suzano Hospital Ipiranga, de Arujá Hospital Municipal Guido Guida, de Poá Santa Marcelina de Itaquá Hospital Santo Antonio, em Ferraz Santa Casa, de Suzano Unidade de Pronto Atendimento de Itaquá CDPs de Suzano e Mogi das Cruzes Fonte: Sabesp