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político
O Estado do Maranhão - São Luís, 1° de maio de 2012 - terça - feira
Ilimar Franco
Sem panos quentes
O
relator da CPI do caso Cachoeira, deputado Odair Cunha
(PT-MG), reuniu-se com os deputados do PSDB Carlos
Sampaio (SP), que é promotor, e Fernando Francischini
(PR), que é policial federal. "Quero que vocês me ajudem a sistematizar a investigação, porque a CPI tem que ter um resultado
eficiente", pediu o petista. Após a aprovação da Lei da Ficha Limpa, ninguém tem disposição de desafiar a opinião pública. A sorte está lançada: "Quem vai querer ser o coveiro da CPI?".
O procurador na berlinda
Os petistas vão chamar o procurador-geral da República, Roberto
Gurgel, para explicar por que não deu início a uma investigação contra o senador Demóstenes Torres (GO). "Ele precisa explicar por que,
durante dois anos, depois de ter recebido a investigação da Polícia Federal, não tomou nenhuma providência", comentou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). Os integrantes dos partidos de oposição não
veem problema em convidar Gurgel para se explicar, mas avaliam que
a prioridade, no primeiro momento, é ouvir o contraventor Carlos Cachoeira, o empresário Fernando Cavendish (Delta), e o seu diretor
Cláudio Abreu.
"Diante do mal feito, meu partido não
vacilou, botou o Demóstones (Torres)
para a rua. Nós não vamos proteger
ninguém.
Onix Lorenzoni, deputado federal (DEM-RS), integrante da CPI do Caso Cachoeira
Agência Câmara/15-07-2011
Gustavo Miranda/13-03-2011
AS CENTRAIS UNIDAS. Antes mesmo de ser oficialmente anunciado
como o novo ministro do Trabalho, o deputado Brizola Neto (PDT-RJ)
tratou da composição da pasta. Ele se reuniu com os presidentes da CUT,
Artur Henrique (à direita), e da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (à esquerda), e nesta conversa ficou combinado que a secretaria executiva da
pasta seria ocupada por José Lopez Feijóo, da CUT, que é assessor do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência).
Prefeito do PT
Em 22 de março de 2011, o contraventor Carlos Cachoeira fala com
o vereador Santana Gomes (PMDB): "Tô em Goiânia, tô aqui com o
Paulo Garcia (prefeito), negociando". Santana: "Chefe, esse Paulo Garcia não vai aguentar não".
Prefeito do PMDB
Em 11 de abril de 2011, Cachoeira pergunta por Maguito Vilela (prefeito de Aparecida de Goiânia) e o senador Demóstenes Torres diz:
"Falei com ele: 'O rapaz (Cachoeira) tá lá... uma onça. Vai te explodir!
Diz que você não fez nada...'".
RJ: escândalo Cachoeira anima oposição
Os adversários do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, estão animados com o caso Cachoeira. Eles estão fazendo pesquisas para avaliar o desgaste provocado pela revelação das
relações entre o governador Sérgio Cabral e o empresário Fernando
Cavendish (Delta). A expectativa da oposição é que este caso provoque
desgaste suficiente nas forças de apoio a Paes, capaz de afetar o seu
favoritismo à reeleição.
A prova do crime
Consta na Operação São Michel que o governador Agnelo Queiroz
(DF) recebeu, em 31 de janeiro, das mãos do policial federal Dadá e
de Cláudio Abreu (Delta) escutas telefônicas ilegais do deputado Francisco Francischini (PSDB-PR).
O foco
Na CPI do Caso Cachoeira, a oposição pretende aprofundar a investigação sobre a associação entre Fernando Cavendish (Delta) e Carlos Cachoeira. Os dois atuavam juntos em dez estados e também nos
aditivos de obras no Dnit.
zzz
O QUE É ISSO? Cachoeira, no dia 24 de março de 2011: "Geovani,
os 25 do (deputado Carlos) Leréia (PSDB-GO) você lembra, né?". No
dia 28, Cachoeira fala para Geovani: "Aqueles 15 você lembra? E os 20
do Leréia, 25, você tem hoje?".
A TAREFA. Antes de tomar posse, a principal tarefa do novo ministro Brizola Neto (Trabalho) é pacificar o PDT. "O ministério é um espaço coletivo, não é individual", afirma o futuro ministro.
A OPOSIÇÃO vai querer convocar o ex-assessor de José Dirceu na
Casa Civil Waldomiro Diniz (CPI dos Bingos) para depor na CPI do
Carlos Cachoeira.
Com Fernanda Krakovics, sucursais e correspondentes
[email protected]
Brizola Neto será o novo
ministro do Trabalho;
escolha divide o PDT
Deputado federal do PDT ficará no lugar do interino Paulo Roberto Pinto;
PDT cobrava nomeação desde a saída de Carlos Lupi, no fim de 2011
B
RASÍLIA - A Presidência da República anunciou ontem o deputado
federal Brizola Neto (PDT-RJ)
como o novo ministro do Trabalho. A nomeação era cobrada pelos pedetistas e pelas
centrais sindicais e saiu na
véspera do Dia do Trabalho,
que se celebra hoje.
O anúncio foi feito pela ministra da Comunicação Social,
Helena Chagas. A posse deve
ocorrer amanhã. Em nota, a
presidente Dilma "manifestou
confiança" de que Brizola Neto "prestará grande contribuição ao país".
O nome, que era o preferido da presidente Dilma Rousseff para o cargo, foi definido
após reunião dela com o presidente do PDT, Carlos Lupi
(PDT-RJ), que comandou a
pasta por mais de quatro anos
e deixou o cargo em dezembro
do ano passado, após uma série de denúncias de corrupção
na pasta. Desde então, o secretário-executivo da pasta, Paulo Roberto Pinto, estava interinamente no comando do
ministério.
"A presidente agradeceu a
importante colaboração do exministro Carlos Lupi, que esteve à frente do ministério no primeiro ano de seu governo, e do
ministro interino Paulo Roberto dos Santos Pinto na consolidação das conquistas obtidas
pelos trabalhadores brasileiros
nos últimos anos", diz a nota.
Brizola Neto será o ministro
mais jovem da equipe presidente Dilma. Ele tem apenas 33
anos e é neto do fundador do
PDT e ex-governador do Rio de
Janeiro, Leonel Brizola, que
morreu em 2004.
Ontem, o vice-presidente do
PDT, deputado André Figueiredo (CE), afirmou que Brizola
Neto não era o preferido da legenda. "É uma decisão pessoal
da presidenta. Dentro do partido não é o que agrada mais",
afirmou. Também eram cotados Manoel Dias, secretário-geral do PDT e o deputado Vieira
da Cunha (PDT-RS), nome de
preferência da bancada do PDT
na Câmara.
Em março, em meio à crise
do governo com a base aliada,
Figueiredo chegou a criticar, em
discurso no plenário da Câmara, a demora da presidente Dilma em indicar um nome apoiado pelo partido para o Ministério do Trabalho.
Juventude - O novo ministro
do Trabalho, deputado Brizola
Neto (PDT-RJ), com apenas 33
anos será o ministro mais jovem da equipe da presidente
Dilma Rousseff.
O comando da pasta era
ocupado interinamente pelo
ex-secretáro-executivo Paulo
Roberto Pinto. A indicação do
novo ministro acontece na véspera do Dia do Trabalho, 1º de
maio. Brizola Neto não era o
nome preferido do PDT, mas
sua indicação era defendida por
sindicalistas e pelo deputado
Paulo Pereira da Silva (PDT-SP),
presidente da Força Sindical.
"É uma decisão pessoal da
presidenta. Dentro do partido
não é o que agrada mais", afirmou o vice-presidente do
PDT, André Figueiredo (CE).
Também eram cotados Manoel Dias, secretário-geral do
PDT e o deputado Vieira da
Cunha (PDT-RS), nome de
preferência da bancada do
PDT na Câmara.
Saulo Cruz/Ag. Câmara
Mais
Em dezembro do ano passado,
Lupi encerrou no Trabalho uma
trajetória que teve início em
março de 2007, no governo do
então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por indicação do PDT,
permaneceu no cargo no começo do governo Dilma Rousseff,
em 2011.Ao deixar o cargo, Lupi diz que sofreu "perseguição
política e pessoal da mídia".
As denúncias contra o ministro Lupi começaram no começo
de novembro do ano passado,
quando surgiu a informação de
que haveria um esquema de cobrança de propina de ONGs contratadas para capacitar trabalhadores.Como ministro, Lupi tinha
por costume dar declarações polêmicas. Após as denúncias, disse que só sairia do cargo "abatido à bala", o que não foi bem recebido no Planalto.
Neto diz que nomeação melhorará a relação entre governo e PDT
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Brizola Neto será o novo ministro do Trabalho