| CanalEnergia | Matéria: Mais gás para o complexo termelétrico do Parnaíba|
Página 1 de 1
Mais gás para o complexo termelétrico do Parnaíba
Novos campos de produção vão ampliar a oferta do insumo em 70% a partir de julho de 2016
Wagner Freire, da Agência CanalEnergia, do Rio de Janeiro, Negócios e Empresas
27/08/2015
A Parnaíba Gás Natural, fornecedora exclusiva de gás natural para o complexo termelétrico do Parnaíba, no Maranhão,
comemorou na última quarta-feira, 26 de agosto, a declaração de comercialidade da descoberta de mais um campo de
produção na Fazenda Santa Vitória (MA). Batizado de Gavião Vermelho, o novo campo contribuirá para ampliará a
capacidade de produção de gás da PGN. Com isso, a companhia consolida um modelo de negócio que pode ser a
solução para a viabilização de novas térmicas a gás no Brasil. Hoje a limitada oferta de gás e gasodutos impedem o
crescimento desse mercado no país.
"Acreditamos que a estratégia de "gas to wire" é uma estratégia vencedora", afirmou Pedro Zinner, CEO da Parnaíba
Gás Natural, uma empresa formada pela Eneva, a alemã E.On e Cambuhy Investimentos. Segundo o executivo, as
estações de tratamento de gás ficam a 800 metros do complexo termelétrico, que hoje opera com 908 MW de
capacidade - com mais 518 MW em desenvolvimento. "Conseguimos comprovar que esse é um modelo factível e
vencedor. Se a gente tiver a oportunidade de desenvolver térmicas perto das unidades de tratamento de gás, acho que
faz todo sentido econômico. O país precisa mais desse tipo de modelo."
O volume estimado de gas in place de Gavião Vermelho é de 2,65 bilhões de metros cúbicos de gás. Esta é a quarta
declaração de comercialidade da PGN este ano. Os campos de Gavião Vermelho, Gavião Branco Sudeste, Gavião Branco
Norte e Gavião Caboclo se juntam aos campos de Gavião Real, Gavião Branco e Gavião Azul, permitido que a
companhia alcance a meta de elevar sua capacidade de produção em 70%, passando de 4,9 milhões de metros cúbicos
por dia para 8,4 milhões de metros cúbicos por dia a partir de julho de 2016. Juntos, os sete campos têm volume
estimado de gas in place de 26,2 bilhões de metros cúbicos.
Para atingir essa meta, a PGN está conduzindo a maior campanha privada de perfuração onshore do Brasil neste ano,
com volumes de investimentos estimados em R$ 1 bilhão. Em 2015, a empresa deve atingir a marca de 100 poços
perfurados na Bacia do Parnaíba. "O custo de perfuração de um posso era de US$ 7,5 milhões, hoje a gente está
fazendo isso a US$ 5,5 milhões, 40% mais baixo que o preço inicial. Isso gera vantagem comparativa", disse Zinner, em
entrevista à Agência CanalEnergia. “Com esse 8,4 milhões de capacidade, essas térmicas do complexo do Parnaíba,
se elas estiverem operando a 100% do despacho, vão representar quase 7% da capacidade de geração térmica do
Brasil. Acho que é um componente importante para o país”, lembrou o executivo.
O executivo demonstrou otimismo com a 13ª Rodada de Licitações de blocos de exploração de petróleo e gás, marcada
para 7 de outubro deste ano. Ele reconheceu que o contexto econômico mundial do valor do petróleo afeta a
atratividade do leilão, mas lembrou que essa é uma indústria cíclica e que é preciso pensar a longo prazo. Apesar de
não divulgar a estratégia para o leião, Zinner deu a entender que a PGN tem interesse em ampliar seus negócios além
da fronteira do estado do Maranhão. "Não vamos só focar em um negócio. Existe um interesse em um determinado
momento da empresa diversificar. Mas o Maranhão é o core business da empresa e vai continuar sendo".
É vedada a utilização e/ou reprodução total ou parcial do conteúdo gerado pelo CanalEnergia sem prévia autorização.
http://www.canalenergia.com.br/zpublisher/materias/imprimir.asp?id=108042
28/08/2015
Download

Mais gás para o complexo termelétrico do Parnaíba