1) A cultura abrange todos os atos da vida humana, tudo o que o homem possa cultivar: pensamentos, sentimentos, hábitos, padrões de comportamento, rituais, compreensão da existência, interpretação e expressão da realidade, apropriação e transformação dos recursos naturais e muito mais. Assim, podemos afirmar que a cultura é um processo dinâmico de transformação e desenvolvimento de um indivíduo, um grupo, um povo.Sobre o assunto, leia o texto abaixo. (...) Outro dia, ouvi uma pessoa dizer que "Maria não tinha cultura", "era ignorante" dos fatos básicos da política, economia e literatura. Uma semana depois, no Museu onde trabalho, conversava com alunos sobre a “cultura dos índios Apinayé de Goiás”, que havia estudado de 1962 até 1976, quando publiquei um livro sobre eles (Um mundo dividido).” Assinale a alternativa que melhor corresponda à interpretação dos conceitos de cultura presentes no texto acima: a) No primeiro conceito, usa-se a ausência de cultura para definir a perda dos traços culturais e desenraizamento, enquanto o segundo compreende a manutenção da identidade de um povo. b) O primeiro explica a cultura como sinônimo de sofisticação, de sabedoria, de educação, e o segundo, se refere à maneira de viver de um grupo, sociedade, país ou pessoa. c) O primeiro conceito aponta a expressão cultural de negação da cultura dominante, e o segundo, a afirmação de identidade de um povo estudado pelo autor. d) No primeiro conceito, procura-se identificar a ausência de educação formal e escolar enquanto, no segundo, a presença de uma nação indígena aculturada, que se encontra em um mundo dividido internamente. e) O primeiro conceito usa a cultura como forma de estereótipo e preconceito social, enquanto no segundo, a cultura é vista como espetáculo, uma vez que os índios se encontram num mundo à parte. 2) Parece extraordinário, mas é pouco diante do que narra a seguir o aventureiro Anthony Knivet, filho ilegítimo de nobre inglês que embarcou em viagem ao redor do mundo para conquistar a fortuna que o nascimento lhe negou.[...] Em busca de mais riquezas, rumam para a região do Prata. Uma terrível tempestade divide a frota. Embarcações naufragam, e a força das ondas lança ao mar roupas e o butim conquistado. A duras penas conseguem avançar. (...) Com gangrena nos pés, é abandonado na ilha de São Sebastião. Ao luso-fusco de um entardecer, capturamno. Com astúcia, livra-se do abraço da morte: “o índio brandiu uma pequena adaga. Nesse instante, passava por ali um português. Eu o agarrei e contei-lhe uma história que acabou salvando minha vida. Mas, para seu infortúnio, acaba escravo de Salvador Correia de Sá, governador-geral do Rio de Janeiro. Durante 10 anos, faz o trabalho pesado dos engenhos, serve como escudeiro, mercenário, negociante de escravos. É espancado, chicoteado, passa fome, tem os pés agrilhoados. [...] Vive entre tribo de índios. Em alguns períodos chega a viver nu. Prefere a companhia de canibais a voltar a ser escravo. Logo é recapturado. Com o conhecimento das línguas e das terras, vira intérprete. Aprende os caminhos dos sertões.Inglês em busca de fortuna come o pão que o diabo amassou. Brasil: Almanaque de cultura popular. Ano 9, no 101, set 2007, p. 11Considerando o relato sobre a vida de Anthony Knivet no Brasil nos anos 1590, é correto afirmar que, no Brasil colonial: a) predominavam as regras culturais indígenas e os europeus se submetiam a essas. b) os indígenas escravizavam europeus, que eram obrigados a trabalhar nos engenhos. c) conviviam de maneira conflitante práticas culturais europeias e indígenas. d) a escravidão limitava-se aos povos indígenas, vistos como inferiores pelos colonizadores. e) o canibalismo era praticado pelos indígenas e europeus, que se aculturaram. 3) Texto 1 Museu do Holocausto, em Israel Em 1953, cinco anos depois da criação do Estado de Israel, uma lei do Parlamento israelense instituiu em Jerusalém o Museu do Holocausto, ou Yad Vashem (expressão retirada do evangelho de Isaías que significa “monumento e nome”). Dedicado à memória do genocídio praticado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, quando pelo menos 6 milhões de judeus tiveram bens expropriados, foram deportados e mortos, o museu é um enorme arquivo sobre o tema. Texto 2 Declarações de presidente do Irã sobre Holocausto são "inaceitáveis", diz Rússia 75º aniversário da tomada do poder de HitlerDo 'New York Times' As declarações feitas na sexta-feira pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmando que o Holocausto de judeus na Segunda Guerra Mundial não passa de um mito são "totalmente inaceitáveis", indicou neste sábado o Ministério do Exterior russo.“Declarações como estas, independente de onde venham, contradizem a verdade e são totalmente inaceitáveis”, condenou em um comunicado Andrei Nesterenko, porta-voz do ministério russo. A maioria dos países comemora os melhores momentos de sua história. A Alemanha, porém, não cansa de promover o que houve de pior na sua.O gigantesco memorial do Holocausto que toma conta de uma parte do centro de Berlim só foi concluído depois de anos de polêmicas. Mas a construção de monumentos em memória ao ultraje nazista segue inabalável.Como se pode verificar na reportagem, a sociedade alemã constantemente relembra e produz memória sobre o Holocausto. Pode-se afirmar que isso representa: “Tentativas de reescrever a história, principalmente com o aniversário de 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial [19391945] neste ano, são uma ofensa à memória de todas as vítimas e de todos aqueles que combateram o fascismo”, destacou. Ahmadinejad disse ontem que o Holocausto é um mito, uma mentira criada para justificar a criação do Estado de Israel que os iranianos têm obrigação religiosa de confrontar. A declaração foi feita no dia em que o Irã marca o “Dia de Jerusalém”, marcha anual própalestinos que, neste ano, levou opositores de Ahmadinejad às ruas para protestar contra o governo.Após ler e analisar os textos acima, pode-se concluir que: a) a negação do Holocausto fere a memória do povo judeu, pois este evento é parte constituinte da identidade judia, conforme comprova a proposta do Museu do Holocausto. b) o presidente iraniano, ao negar o Holocausto, está apenas defendendo seu ponto de vista, o que não caracteriza desrespeito à memória do povo judeu. c) a criação do Museu do Holocausto coloca em evidência a preservação da memória judia, que é defendida pelo presidente Ahmadinejad do Irã. d) a declaração do presidente iraniano comprova que o Museu do Holocausto tem pouca importância para a preservação da memória do povo judeu. e) a posição do presidente Ahmadinejad sobre o Holocausto não contradiz efetivamente a proposta do Museu do Holocausto. 4)Alemanha expõe história do nazismo em memória ao aniversário do Holocausto Ministro diz que país vai construir monumentos em homenagem a ciganos e gays mortos.Nesta quarta (30) relembra-se o a) uma maneira de conciliar as boas ações do Governo nazista, de Adolf Hitler, com suas más ações. b) a necessidade de esquecer completamente o extermínio de judeus, gays, ciganos e outras minorias realizado pelos nazistas. c) uma ação contraditória do Governo e da sociedade alemã, pois não se deveria lembrar o que houve de pior na história de um país. d) apenas um pedido de desculpas ao mundo e, em especial, às famílias das milhares de vítimas do Holocausto. e) um modo encontrado pelos alemães para preservar a traumática memória do Holocausto. 5) Depois de muito tempo, a Capoeira foi reconhecida como patrimônio cultural brasileiro. Com base nos seus conhecimentos sobre a cultura e a história nacional, podemos afirmar que a capoeira representa: a) um rito de grande importância para a comunidade negra escrava no período colonial, mas não é um elemento da cultura brasileira atual. b) uma manifestação cultural de grande valor para a compreensão da cultura e da história do povo brasileiro. c) um elemento da cultura nacional que deve ser valorizado pelas políticas públicas de incentivo ao turismo. d) uma atividade pouco praticada e valorizada no Brasil, apesar da sua importância histórica. e) um movimento não reconhecido pelo Estado brasileiro como uma manifestação cultural de grande valor para a cultura do país. 6) Leia atentamente o texto abaixo: Promover a culinária como registro e expressão da diversidade brasileira A cozinha brasileira é formada pelo intercâmbio das práticas culturais de vários segmentos da população. A formação de pratos como símbolos regionais e nacionais reforça a dimensão da culinária como representação da diversidade. A culinária de um país é o registro de sua história e da intensidade das trocas entre diferentes culturas em um território. Os desafios centrais colocados para as políticas públicas de cultura são os de registrar e preservar a memória dos costumes brasileiros, diagnosticar nacionalmente as diversas culinárias existentes, difundir o conhecimento da culinária nacional e garantir condições de segurança alimentar por intermédio de uma política de difusão da nossa culinária que garanta a apropriação, real e simbólica, por parte da população.A cozinha brasileira é muito rica. A reunião dos pratos típicos das diferentes regiões do Brasil forma um conjunto diversificado que constitui a culinária nacional. Essa culinária diversificada é também um registro da história e das trocas culturais ocorridas no território brasileiro ao longo de séculos. Sendo assim, podemos afirmar que: a) a culinária nacional não tem história e não deve ser encarada como uma manifestação da cultura brasileira. b) o povo brasileiro não tem criatividade na hora de criar seus pratos típicos e está sempre imitando os hábitos alimentares estrangeiros. c) por conta de sua diversidade, a culinária brasileira não possui originalidade, pois sofreu influência de várias culturas estrangeiras. d) a culinária brasileira sofreu grande influência dos indígenas, dos colonizadores europeus e dos africanos, que foram trazidos ao Brasil como escravos. e) a culinária brasileira é excessivamente heterogênea e, por essa razão, não pode ser preservada. 7) Atente para as informações abaixo: Abóbora só se for com carne seca– Raloim Caipira. Desenho de José Luis Ohi. A mobilização de políticos, artistas e educadores pela comemoração do Dia do Saci em 31 de outubro não tem agradado todo mundo. A ideia de se homenagear o personagem do folclore nacional no Dia das Bruxas, deixando fantasias e abóboras de lado, não é aprovada por empresários, nem por bruxas. Jô Amado, jornalista e um dos fundadores da Sosaci [Sociedade dos Observadores de Saci], diz que o perneta é “dentre todos os mitos e lendas do nosso folclore, a essência da brasilidade”. Isso porque ele integra as diversas raízes do povo brasileiro – indígena, africana e europeia. “O mito do Saci nasceu entre os indígenas da região de Missões. [...] Quando o mito entrou em contato com a mitologia africana, ele virou um negrinho que perdeu uma perna [...] e herdou também [...] o inseparável pito”, disserta. E, finalmente, ele encontra a mitologia europeia quando herda o gorrinho vermelho chamado píleo, que os romanos davam aos escravos libertos. “Portanto, o Saci também é símbolo do Homem Livre, o que tem tudo a ver com resistência cultural”, afirma Amado.Saci pode se tornar arma brasileira no combate a bruxas americanas. 2005.A análise atenta das informações acima nos permite concluir que dizem respeito: a) à influência direta de culturas estrangeiras na formação da cultura brasileira. O mito do saci, por exemplo, de acordo com as informações, não apresenta, efetivamente, traços de culturas pré-europeias, sendo, por isso, a maior expressão da influência de culturas estrangeiras no Brasil. b) à tentativa de preservação de padrões culturais brasileiros, buscando reduzir a influência de culturas estrangeiras. Aponta, ainda, o Saci como o mito que melhor representa a formação da cultura nacional, por sofrer influências dos principais grupos que se fundiram no Brasil desde os tempos da colonização. c) à originalidade no processo de criação da cultura brasileira. No mito do Saci, por exemplo, podemos observar que apenas padrões culturais existentes no país, antes e durante o processo de colonização, se combinaram para sua criação e difusão por todo o território. d) ao processo de formação da cultura brasileira, representado pela figura do Saci. De acordo com as informações, o mito não apresenta nada de original, tendo sido criado por meio da fusão de padrões culturais estrangeiros, como os europeus e os africanos. e) à tentativa de preservação da cultura brasileira. Aponta, ainda, o mito do Saci como sendo a única expressão cultural nativa do Brasil, apesar de receber influências de culturas estrangeiras, como a europeia, trazida pelos colonizadores, e a africana, trazida pelos escravos. 8) Leia os textos a seguir: Texto 1 A Revolução Francesa e a Revolução Industrial inglesa provocaram uma série de mudanças de grande alcance. Esses processos de transformações profundas foram exportados pelos europeus por toda parte, mesmo que só vingassem lenta e parcialmente. É essa razão por que o processo global foi designado com o nome de ocidentalização. Texto 2 Um elemento evidente da “presença ocidental” no mundo contemporâneo é o fenômeno dos esportes. Eles vêm-se mundializando. Segundo dados de 2004 da CBF, nada menos que 846 jogadores brasileiros foram para clubes de 80 diferentes países. O país que mais recebeu jogadores (132) foi Portugal, pela óbvia facilidade linguística. Mas 35 partiram para o Japão, 32 para a Coreia, e outros tantos para países ainda mais exóticos aos olhos dos brasileiros: 26 para a Indonésia, 17 para o Vietnã, 13 para a China, 12 ao Azerbaijão. Entre os grupos menores, a Finlândia, o Kuwait e o Qatar receberam, cada uma, 6 jogadores, e a Bósnia e as Ilhas Faroe, 3. O fenômeno da ocidentalização mencionado nos trechos dos textos pode ser explicado por: a) homogeneização cultural em todos os países do planeta. b) aumento das diferenças culturais nos países do ocidente. c) resistência à homogeneização cultural imposta pelo oriente. d) expansão da cultura ocidental em países da Ásia e Oceania. e) redução das desigualdades socioeconômicas entre os países. 9) “Herdeira de uma tradição humanista, a reflexão sobre a diversidade se torna, portanto, central quando, no século XVIII, a partir dos legados políticos da Revolução Francesa e dos ensinamentos da Ilustração, estabelecem-se as bases filosóficas para se pensar a humanidade enquanto totalidade [...]. O final do século XVIII representa, dessa forma, o prolongamento de um debate ainda não resolvido. Prevalecia, porém, certo otimismo próprio da tradição igualitária que advinha da Revolução Francesa e que tendeu a considerar os diversos grupos como „povos‟, „nações‟ [...]”. Figura 1: estudo de antropologia Figura 2: “A Michelangelo criação de Adão”, de Lendo o texto e observando as figuras, verificamos explicações distintas sobre o mesmo assunto: a origem do homem. e) I, II e III. Analise as assertivas a seguir: Reportagem 1 Um quadro do pintor paulista Cândido Portinari (1903-1962) avaliado em R$ 1,2 milhão foi roubado do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Olinda (PE), […]. Em maio do ano passado, outros dois quadros de Portinari foram roubados junto com obras de Tarsila do Amaral e Orlando Teruz de uma coleção privada mantida em uma mansão em São Paulo […]. As obras roubadas nessa ocasião foram "Figura em Azul" (1923), de Tarsila; "Cangaceiro" (1956) e "Retrato de Maria" (1934), de Portinari, e "Crucificação de Jesus", de Teruz. I - As três fontes levam a acreditar que a humanidade era una. O homem teria se originado de uma fonte comum, sendo os demais tipos apenas uma degeneração da mesma. II - A segunda fonte mostra a medição de um crânio humano, técnica que buscava comprovar as diferenças raciais, no século XIX. III - As figuras 1 e 2 utilizam os mesmos métodos de pesquisa para explicar a origem da humanidade. 11) Reportagem 2 IV - A figura 2 indica a ideia de criação da humanidade a partir de uma origem comum. Está correto o que se afirma apenas em: a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) II e IV. e) I e IV. 10) Os três principais grupos que constituem a matriz étnica brasileira são os nativos indígenas, os europeus e os africanos. A herança desses povos é extremamente rica e diversificada. Com relação às influências socioculturais desses três grupos, observe alguns aspectos relacionados abaixo: I. Aparecimento das mais variadas manifestações culturais trazidas pelos negros como, por exemplo, a capoeira. II. Existência de um grande número de nomes de lugares (cidades, acidentes geográficos) cuja origem são as línguas indígenas. III. Presença da igreja católica em uma posição de destaque na paisagem urbana das cidades, erguidas pelo colonizador europeu. Com relação aos aspectos da herança cultural brasileira, está correto apenas o que se afirma em: a) III. b) I e II. c) I e III. d) II e III. Em meados de 2008, foram roubadas da Pinacoteca do Estado de São Paulo as gravuras "O Pintor e seu Modelo" (1963) e "Minotauro, Bebedouro e Mulheres" (1933), o óleo "Mulheres na Janela" (1926), de Di Cavalcanti, e a aquarela "Casal", de Lasar Segall. Reportagem 3 Cinco quadros avaliados no total de 100 milhões de euros, entre eles uma obra de Pablo Picasso e outra de Henri Matisse, foram roubados durante a madrugada desta quinta-feira (20) do Museu de Arte Moderna de Paris, informaram fontes ligadas às investigações a agências internacionais de notícias. Assinale a alternativa que indica corretamente quais trechos de reportagem podem ser associados à preservação do patrimônio artístico nacional. a) 1, apenas. b) 1 e 2. c) 1 e 3. d) 2 e 3. e) 1, 2 e 3. 12) Texto 1: "O Brasil terá seus programas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avaliados na Organização Mundial do Comércio (OMC). [...] Pelas leis internacionais, subsídios ao setor industrial estão proibidos. [...] Na última vez em que o Brasil teve suas políticas de incentivos avaliadas na OMC, em 2007, os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e até a Argentina aproveitaram a ocasião para cobrar explicações sobre a então “MP do Bem” e, principalmente, a ação do BNDES." Texto 2: "Depois de seis anos de disputa, a OMC anunciou sua decisão de que alguns dos subsídios concedidos pela União Europeia (UE) à fabricante de aviões Airbus são ilegais.[...] A OMC aceitou três das sete queixas americanas e concluiu que governos europeus subsidiaram ilegalmente a Airbus por meio de empréstimos livres de risco e de financiamentos para pesquisa e infraestrutura." A crescente importância das organizações multilaterais, como a OMC, identificada nos textos 1 e 2, pode ser relacionada: a) à regulação das trocas entre nações no mundo, intensificadas com o processo de globalização. b) ao controle dos fluxos entre nações, regulando a distribuição desigual de investimentos no mundo. c) à estabilização da economia dos países subdesenvolvidos, deterioradas com as crises do petróleo. d) à influência sobre ações militares, encerrando qualquer risco de ameaça de uma nação contra outra. e) à intervenção política em países pobres, onde as democracias foram substituídas por regimes ditatoriais. Analise as afirmativas a seguir, que apresentam argumentos contra a tese da passagem de um mundo bipolar a um mundo unipolar. I. Não há hegemonia norte-americana, pois devemos considerar o poderio econômico do Japão e dos países da União Europeia. II. A hegemonia militar dos EUA foi quebrada pelo crescimento, nos últimos anos, do poderio bélico dos países do leste europeu. III. A formação dos blocos regionais, com o fortalecimento de países como a Inglaterra, a França e a Alemanha, põe em cheque a hegemonia dos EUA. IV. Ainda não se pode falar em hegemonia norte-americana enquanto existirem países socialistas no mundo. As afirmativas que apresentam corretamente o jogo de poder entre as nações na nova ordem mundial são apenas: a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) II, III e IV. e) I, II e IV. 14) 13)O mapa confirma o enorme poderio militar dos EUA, o qual se somaria ao poderio econômico e cultural, configurando, segundo alguns autores, a formação de um império norte-americano no mundo, como base de uma nova ordem mundial unipolar. (CRUMB, Robert. Blues. SP: Conrad, 2004 capa do livro.) “O blues nasceu com o primeiro escravo negro na América. Da África os negros trouxeram sua expressão vocal básica – os hollers –, gritos de entonações estranhas que cortavam os céus do Novo Mundo como uma espécie de sonar, explorando um território desconhecido. Enquanto o escravo mergulhava na cultura americana – representada, no plano musical, pela tradição europeia –, o grito primal se alterava e sofria mutações. [...] O negro era uma ferramenta de trabalho. [...] Não podia tocar instrumentos de percussão ou de sopro. Os brancos receavam que pudessem ser usados como um código, incitando à rebelião. Assim, a voz ficou sendo o principal – senão o único – instrumento musical do negro. Era usada naswork-songs, canções em que o feitor cadenciava o trabalho dos escravos, a batida dos martelos ou machados, o levantamento de cargas etc. Estas canções ajudavam a amenizar e racionalizar o trabalho e o tornavam mais rentável. Tranquilizavam também o proprietário, que as ouvia, garantindo que os seus escravos estavam sob controle, no devido lugar.” a) é um estilo musical criado pelos negros escravizados nas plantações de algodão do sul, com o objetivo de preservar sua cultura, ameaçada pelos padrões musicais europeus predominantes no Novo Mundo. b) foi utilizado pelos negros escravizados no sul como uma espécie de código que incitava outros trabalhadores à rebelião; teve sua execução proibida pelos patrões e feitores. c) é uma evolução das chamadas worksongs, canções entoadas pelos feitores com o objetivo de cadenciar o trabalho dos negros escravizados, caracterizadas pela ausência de instrumentos musicais em sua execução. d) foi utilizado como forma de os patrões controlarem seus trabalhadores, cujo canto demonstrava onde estavam. Ao mesmo tempo, era uma forma de os negros amenizarem os sofrimentos do trabalho e da escravidão. e) é resultado da fusão de padrões musicais trazidos pelos negros africanos, escravizados no sul, com a cultura musical europeia, predominante no país; além de apresentar características de canções entoadas pelos nativos americanos. 15) Atente para as informações abaixo. Mapa exibindo o desenho da “América do Sul Nazista”, encontrado por um agente inglês na pasta de um alemão, no Rio de Janeiro: vários países desapareceriam, restando, apenas, o Brasil, a Argentina e o Chile. Academia Brasileira de Letras. O continente sul-americano, sobretudo o Brasil, com seus 8 milhões de quilômetros quadrados quase desabitados e inexplorados, bastava para comprovar a validade do teorema nazista dos espaços vitais a conquistar e a redistribuir. “A América do Sul”, afirmavam os apóstolos do Lebensraum [espaço vital] de ultramar, “fornecerá a solução definitiva ao problema demográfico europeu”. Logo que “esse continente de mestiços se tornar um protetorado alemão”, expressão atribuída a Adolf Hitler, “a emigração europeia deverá ser intensificada por um organismo especial e se dirigirá de preferência aos países latino-americanos”. Assinale a alternativa que mais representa o conteúdo expresso informações acima. bem nas a) O projeto nazista de ocupação da América do Sul aparece em destaque no mapa. O objetivo exclusivo dos alemães, após dominar o continente, era transformar os países sulamericanos em protetorados, explorando a mão de obra nativa na produção de armamentos. b) As informações nos permitem concluir que, apesar do apoio da Argentina, que seria beneficiada caso a Alemanha dominasse a América do Sul, a posição contrária dos outros países do continente e a oposição interna ao projeto nazista levou Hitler a abandonar o projeto. c) A criação do espaço vital para a raça ariana pode ser apontado como única causa para o interesse dos alemães em dominar a América do Sul. Com o apoio dos governos de Brasil e Argentina, o projeto não se realizou devido ao início da guerra na Europa. d) As informações tratam do projeto nazista de transferência da população europeia para a América do Sul como forma de resolver o problema demográfico do continente e, ao mesmo tempo, implementar a criação do espaço vital para a raça ariana. e) A preocupação com as crises geradas pelo aumento populacional na Europa, bem como a necessidade de implementar a criação do espaço vital para os arianos, levou Hitler a se aproximar dos países da América do Sul, levando a um acordo entre eles e ao redesenho do continente. 16) REPORTAGEM: VEJA O QUE OS RICOS PENSAM Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica de organização de uma sociedade. Analisando as falas da reportagem acima e utilizando os seus conhecimentos sobre o sistema econômico da sociedade ocidental, a partir do século XIX, julgue as afirmativas abaixo. I. O socialismo burguês do século XXI é capaz de gerar sentimentos semelhantes, de acordo com o momento econômico. II. O marxismo do século XIX expandiu-se e pode gerar, hoje, sentimentos como a insegurança financeira. III. O capitalismo, em sua fase atual, neste século XXI, é capaz de produzir tais sentimentos, por temor a possíveis crises, em função domomento econômico. É correto, apenas, o que afirma em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I, II e III. 17) Leia o excerto abaixo para responder à questão. As balas que matam podem ser xiitas ou sunitas, moderadas ou radicais, próocidentais ou “anti-imperialistas”. As populações que morrem, também. Mas os regimes que atiram se parecem entre si. [...] Assim, Teerã afirmou detectar na insurreição democrática árabe as premissas de um “despertar islâmico” inspirado na Revolução Iraniana de 1979. Israel recuperou essa comparação fantasiosa, só que para fingir alarmar-se com ela. Contudo, quando opositores iranianos quiseram saudar os manifestantes do Cairo, a teocracia no poder mandou atirar neles. O exército israelense, por sua vez, não massacra civis desarmados – exceto quando eles são palestinos. Assinale a alternativa que expressa melhor o conteúdo expresso no fragmento acima. a) As revoluções ocorridas atualmente nos países árabes foram influenciadas pela Revolução Iraniana de 1979, uma vez que, da mesma forma que a original, tendem a eliminar governos ditatoriais e criar teocracias. b) A fidelidade religiosa, característica dos povos do Oriente Médio, garante que a população possa se manifestar contra as tiranias existentes em outros países sem correr o risco de ser reprimida por seus governos. c) A legitimação de governos teocráticos, como o do Irã e o de Israel, baseia-se em uma cruel repressão a grupos de opositores, mesmo que estes compartilhem as mesmas concepções dos governantes. d) Tanto o governo de Israel como o do Irã procuram reprimir manifestações de outras religiões em seu território visando, unicamente, à preservação do bem-estar da maioria de sua população. e) A prática de governos opostos, como o do Irã e o de Israel, se assemelha na medida em que reprimem manifestações políticas ou religiosas como forma de legitimar-se no poder, mesmo que contrarie suas concepções teóricas. 18) Analise atentamente os excertos abaixo, constantes de duas das maiores obras sobre a organização política das sociedades: O Leviatã, de Thomas Hobbes, e Do Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau: “O fim último, causa final e desígnio dos homens [...], ao introduzir aquela restrição sobre si mesmo sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária [...] das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza [...]. [...] E os pactos sem a espada não passam de palavras, sem força para dar qualquer segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis de natureza [...], se não for instituído um poder suficientemente grande para nossa segurança, cada um confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas em sua própria força e capacidade, como proteção contra todos os outros.”HOBBES, Thomas. Leviatã. Segunda parte, capítulo XVII. In Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979. p. 103. “Os compromissos que nos ligam ao corpo social só são obrigatórios por serem mútuos, e tal é sua natureza, que, ao cumpri-los, não se pode trabalhar por outrem sem também trabalhar para si mesmo. Por que é sempre certa a vontade geral e por que desejam todos constantemente a felicidade de cada um, senão por não haver ninguém que não se aproprie da expressão cada um e não pense em si mesmo ao votar por todos? – eis a prova de que a igualdade de direito e a noção de justiça, por aquela determinada, derivam da preferência que cada um tem por si mesmo, e, consequentemente, da natureza do homem; a prova de que a vontade geral, para ser verdadeiramente geral, deve sê-lo tanto no objeto quanto na essência; a prova de que essa vontade deve partir de todos para aplicar-se a todos, e de que perde sua explicação natural quando tende a algum objetivo individual e determinado, porque então, julgando aquilo que nos é estranho, não temos qualquer princípio verdadeiro de equidade para guiar-nos. ”ROUSSEAU, JeanJacques. Do Contrato Social. Livro segundo, capítulo IV. In Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991.p. 49. Assinale a alternativa que mais bem apresenta o conceito de poder político para os dois autores, expresso nos textos. a) Para Hobbes, o poder político se funda no medo e na força do governante, enquanto que, para Rousseau, o que garante a manutenção de um corpo social é a vontade geral, independente das vontades pessoais. b) Hobbes defende a República como a forma mais legítima de organização política, enquanto Rousseau prega a necessidade de se mesclar tendências republicanas e monarquistas na organização do poder. c) Ambos defendem o governo republicano, apesar de diferirem na forma como deve ser implementado: para Hobbes, é legítima a tomada do poder, enquanto que para Rousseau apenas a vontade da maioria pode levar alguém ao poder. d) Rousseau prega que apenas um governo republicano centralizado pode impedir que as vontades individuais superem as gerais, enquanto Hobbes defende a Monarquia Absolutista como a forma mais eficiente de poder. e) Ambos defendem a Monarquia como melhor forma de se organizar politicamente uma sociedade; porém, para Rousseau, a monarquia deve ser parlamentarista, enquanto que para Hobbes deve ser absolutista.