1) A cultura abrange todos os atos da vida
humana, tudo o que o homem possa cultivar:
pensamentos, sentimentos, hábitos, padrões
de comportamento, rituais, compreensão da
existência, interpretação e expressão da
realidade, apropriação e transformação dos
recursos naturais e muito mais. Assim,
podemos afirmar que a cultura é um processo
dinâmico
de
transformação
e
desenvolvimento de um indivíduo, um grupo,
um povo.Sobre o assunto, leia o texto abaixo.
(...) Outro dia, ouvi uma pessoa dizer que
"Maria não tinha cultura", "era ignorante" dos
fatos básicos da política, economia e
literatura. Uma semana depois, no Museu
onde trabalho, conversava com alunos sobre
a “cultura dos índios Apinayé de Goiás”, que
havia estudado de 1962 até 1976, quando
publiquei um livro sobre eles (Um mundo
dividido).”
Assinale
a
alternativa
que
melhor
corresponda à interpretação dos conceitos de
cultura presentes no texto acima:
a) No primeiro conceito, usa-se a ausência de
cultura para definir a perda dos traços
culturais e desenraizamento, enquanto o
segundo compreende a manutenção da
identidade de um povo.
b) O primeiro explica a cultura como sinônimo
de sofisticação, de sabedoria, de educação, e
o segundo, se refere à maneira de viver de
um grupo, sociedade, país ou pessoa.
c) O primeiro conceito aponta a expressão
cultural de negação da cultura dominante, e o
segundo, a afirmação de identidade de um
povo estudado pelo autor.
d) No primeiro conceito, procura-se identificar
a ausência de educação formal e escolar
enquanto, no segundo, a presença de uma
nação indígena aculturada, que se encontra
em um mundo dividido internamente.
e) O primeiro conceito usa a cultura como
forma de estereótipo e preconceito social,
enquanto no segundo, a cultura é vista como
espetáculo, uma vez que os índios se
encontram num mundo à parte.
2) Parece extraordinário, mas é pouco diante
do que narra a seguir o aventureiro Anthony
Knivet, filho ilegítimo de nobre inglês que
embarcou em viagem ao redor do mundo
para conquistar a fortuna que o nascimento
lhe negou.[...] Em busca de mais riquezas,
rumam para a região do Prata. Uma terrível
tempestade divide a frota. Embarcações
naufragam, e a força das ondas lança ao mar
roupas e o butim conquistado. A duras penas
conseguem avançar. (...) Com gangrena nos
pés, é abandonado na ilha de São Sebastião.
Ao luso-fusco de um entardecer, capturamno. Com astúcia, livra-se do abraço da morte:
“o índio brandiu uma pequena adaga. Nesse
instante, passava por ali um português. Eu o
agarrei e contei-lhe uma história que acabou
salvando minha vida. Mas, para seu
infortúnio, acaba escravo de Salvador Correia
de Sá, governador-geral do Rio de Janeiro.
Durante 10 anos, faz o trabalho pesado dos
engenhos,
serve
como
escudeiro,
mercenário, negociante de escravos. É
espancado, chicoteado, passa fome, tem os
pés agrilhoados. [...] Vive entre tribo de
índios. Em alguns períodos chega a viver nu.
Prefere a companhia de canibais a voltar a
ser escravo. Logo é recapturado. Com o
conhecimento das línguas e das terras, vira
intérprete. Aprende os caminhos dos
sertões.Inglês em busca de fortuna come o
pão que o diabo amassou. Brasil: Almanaque
de cultura popular. Ano 9, no 101, set 2007,
p. 11Considerando o relato sobre a vida de
Anthony Knivet no Brasil nos anos 1590, é
correto afirmar que, no Brasil colonial:
a) predominavam
as
regras
culturais
indígenas e os europeus se submetiam a
essas.
b) os indígenas escravizavam europeus, que
eram obrigados a trabalhar nos engenhos.
c) conviviam de maneira conflitante práticas
culturais europeias e indígenas.
d) a escravidão limitava-se aos povos
indígenas, vistos como inferiores pelos
colonizadores.
e) o canibalismo era praticado pelos
indígenas e europeus, que se aculturaram.
3)
Texto 1
Museu do Holocausto, em Israel
Em 1953, cinco anos depois da criação do
Estado de Israel, uma lei do Parlamento
israelense instituiu em Jerusalém o Museu do
Holocausto, ou Yad Vashem (expressão
retirada do evangelho de Isaías que significa
“monumento e nome”). Dedicado à memória
do genocídio praticado pelos nazistas durante
a Segunda Guerra Mundial, quando pelo
menos 6 milhões de judeus tiveram bens
expropriados, foram deportados e mortos, o
museu é um enorme arquivo sobre o tema.
Texto 2
Declarações de presidente do Irã sobre
Holocausto são "inaceitáveis", diz Rússia
75º aniversário da tomada do poder de
HitlerDo 'New York Times'
As declarações feitas na sexta-feira pelo
presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad,
afirmando que o Holocausto de judeus na
Segunda Guerra Mundial não passa de um
mito são "totalmente inaceitáveis", indicou
neste sábado o Ministério do Exterior
russo.“Declarações
como
estas,
independente de onde venham, contradizem
a verdade e são totalmente inaceitáveis”,
condenou em um comunicado Andrei
Nesterenko, porta-voz do ministério russo.
A maioria dos países comemora os melhores
momentos de sua história. A Alemanha,
porém, não cansa de promover o que houve
de pior na sua.O gigantesco memorial do
Holocausto que toma conta de uma parte do
centro de Berlim só foi concluído depois de
anos de polêmicas. Mas a construção de
monumentos em memória ao ultraje nazista
segue inabalável.Como se pode verificar na
reportagem,
a
sociedade
alemã
constantemente relembra e produz memória
sobre o Holocausto. Pode-se afirmar que isso
representa:
“Tentativas de reescrever a história,
principalmente com o aniversário de 70 anos
do início da Segunda Guerra Mundial [19391945] neste ano, são uma ofensa à memória
de todas as vítimas e de todos aqueles que
combateram o fascismo”, destacou.
Ahmadinejad disse ontem que o Holocausto é
um mito, uma mentira criada para justificar a
criação do Estado de Israel que os iranianos
têm obrigação religiosa de confrontar. A
declaração foi feita no dia em que o Irã marca
o “Dia de Jerusalém”, marcha anual própalestinos que, neste ano, levou opositores
de Ahmadinejad às ruas para protestar contra
o governo.Após ler e analisar os textos acima,
pode-se concluir que:
a) a negação do Holocausto fere a memória
do povo judeu, pois este evento é parte
constituinte da identidade judia, conforme
comprova a proposta do Museu do
Holocausto.
b) o presidente iraniano, ao negar o
Holocausto, está apenas defendendo seu
ponto de vista, o que não caracteriza
desrespeito à memória do povo judeu.
c) a criação do Museu do Holocausto coloca
em evidência a preservação da memória
judia, que é defendida pelo presidente
Ahmadinejad do Irã.
d) a declaração do presidente iraniano
comprova que o Museu do Holocausto tem
pouca importância para a preservação da
memória do povo judeu.
e) a posição do presidente Ahmadinejad
sobre
o
Holocausto
não
contradiz
efetivamente a proposta do Museu do
Holocausto.
4)Alemanha expõe história do nazismo em
memória ao aniversário do Holocausto
Ministro diz que país vai construir
monumentos em homenagem a ciganos e
gays mortos.Nesta quarta (30) relembra-se o
a) uma maneira de conciliar as boas ações do
Governo nazista, de Adolf Hitler, com suas
más ações.
b) a necessidade de esquecer completamente
o extermínio de judeus, gays, ciganos e
outras minorias realizado pelos nazistas.
c) uma ação contraditória do Governo e da
sociedade alemã, pois não se deveria lembrar
o que houve de pior na história de um país.
d) apenas um pedido de desculpas ao mundo
e, em especial, às famílias das milhares de
vítimas do Holocausto.
e) um modo encontrado pelos alemães para
preservar
a
traumática
memória
do
Holocausto.
5) Depois de muito tempo, a Capoeira foi
reconhecida
como
patrimônio
cultural
brasileiro. Com base nos seus conhecimentos
sobre a cultura e a história nacional, podemos
afirmar que a capoeira representa:
a) um rito de grande importância para a
comunidade negra escrava no período
colonial, mas não é um elemento da cultura
brasileira atual.
b) uma manifestação cultural de grande valor
para a compreensão da cultura e da história
do povo brasileiro.
c) um elemento da cultura nacional que deve
ser valorizado pelas políticas públicas de
incentivo ao turismo.
d) uma atividade pouco praticada e valorizada
no Brasil, apesar da sua importância
histórica.
e) um movimento não reconhecido pelo
Estado brasileiro como uma manifestação
cultural de grande valor para a cultura do
país.
6)
Leia atentamente o texto abaixo:
Promover a culinária como registro e
expressão da diversidade brasileira
A cozinha brasileira é formada pelo
intercâmbio das práticas culturais de vários
segmentos da população. A formação de
pratos como símbolos regionais e nacionais
reforça a dimensão da culinária como
representação da diversidade. A culinária de
um país é o registro de sua história e da
intensidade das trocas entre diferentes
culturas em um território. Os desafios centrais
colocados para as políticas públicas de
cultura são os de registrar e preservar a
memória
dos
costumes
brasileiros,
diagnosticar nacionalmente as diversas
culinárias existentes, difundir o conhecimento
da culinária nacional e garantir condições de
segurança alimentar por intermédio de uma
política de difusão da nossa culinária que
garanta a apropriação, real e simbólica, por
parte da população.A cozinha brasileira é
muito rica. A reunião dos pratos típicos das
diferentes regiões do Brasil forma um
conjunto diversificado que constitui a culinária
nacional. Essa culinária diversificada é
também um registro da história e das trocas
culturais ocorridas no território brasileiro ao
longo de séculos. Sendo assim, podemos
afirmar que:
a) a culinária nacional não tem história e não
deve ser encarada como uma manifestação
da cultura brasileira.
b) o povo brasileiro não tem criatividade na
hora de criar seus pratos típicos e está
sempre imitando os hábitos alimentares
estrangeiros.
c) por conta de sua diversidade, a culinária
brasileira não possui originalidade, pois
sofreu
influência
de
várias
culturas
estrangeiras.
d) a culinária brasileira sofreu grande
influência dos indígenas, dos colonizadores
europeus e dos africanos, que foram trazidos
ao Brasil como escravos.
e) a culinária brasileira é excessivamente
heterogênea e, por essa razão, não pode ser
preservada.
7) Atente para as informações abaixo:
Abóbora só se for com carne seca– Raloim
Caipira. Desenho de José Luis Ohi.
A mobilização de políticos, artistas e
educadores pela comemoração do Dia do
Saci em 31 de outubro não tem agradado
todo mundo. A ideia de se homenagear o
personagem do folclore nacional no Dia das
Bruxas, deixando fantasias e abóboras de
lado, não é aprovada por empresários, nem
por bruxas.
Jô Amado, jornalista e um dos fundadores da
Sosaci [Sociedade dos Observadores de
Saci], diz que o perneta é “dentre todos os
mitos e lendas do nosso folclore, a essência
da brasilidade”. Isso porque ele integra as
diversas raízes do povo brasileiro – indígena,
africana e europeia. “O mito do Saci nasceu
entre os indígenas da região de Missões. [...]
Quando o mito entrou em contato com a
mitologia africana, ele virou um negrinho que
perdeu uma perna [...] e herdou também [...] o
inseparável pito”, disserta. E, finalmente, ele
encontra a mitologia europeia quando herda o
gorrinho vermelho chamado píleo, que os
romanos davam aos escravos libertos.
“Portanto, o Saci também é símbolo do
Homem Livre, o que tem tudo a ver com
resistência cultural”, afirma Amado.Saci pode
se tornar arma brasileira no combate a bruxas
americanas. 2005.A análise atenta das
informações acima nos permite concluir que
dizem respeito:
a) à influência direta de culturas estrangeiras
na formação da cultura brasileira. O mito do
saci, por exemplo, de acordo com as
informações, não apresenta, efetivamente,
traços de culturas pré-europeias, sendo, por
isso, a maior expressão da influência de
culturas estrangeiras no Brasil.
b) à tentativa de preservação de padrões
culturais brasileiros, buscando reduzir a
influência de culturas estrangeiras. Aponta,
ainda, o Saci como o mito que melhor
representa a formação da cultura nacional,
por sofrer influências dos principais grupos
que se fundiram no Brasil desde os tempos
da colonização.
c) à originalidade no processo de criação da
cultura brasileira. No mito do Saci, por
exemplo, podemos observar que apenas
padrões culturais existentes no país, antes e
durante o processo de colonização, se
combinaram para sua criação e difusão por
todo o território.
d) ao processo de formação da cultura
brasileira, representado pela figura do Saci.
De acordo com as informações, o mito não
apresenta nada de original, tendo sido criado
por meio da fusão de padrões culturais
estrangeiros, como os europeus e os
africanos.
e) à tentativa de preservação da cultura
brasileira. Aponta, ainda, o mito do Saci como
sendo a única expressão cultural nativa do
Brasil, apesar de receber influências de
culturas estrangeiras, como a europeia,
trazida pelos colonizadores, e a africana,
trazida pelos escravos.
8)
Leia os textos a seguir:
Texto 1
A Revolução Francesa e a Revolução
Industrial inglesa provocaram uma série de
mudanças de grande alcance. Esses
processos de transformações profundas
foram exportados pelos europeus por toda
parte, mesmo que só vingassem lenta e
parcialmente. É essa razão por que o
processo global foi designado com o nome de
ocidentalização.
Texto 2
Um elemento evidente da “presença
ocidental” no mundo contemporâneo é o
fenômeno dos esportes. Eles vêm-se
mundializando. Segundo dados de 2004 da
CBF, nada menos que 846 jogadores
brasileiros foram para clubes de 80 diferentes
países. O país que mais recebeu jogadores
(132) foi Portugal, pela óbvia facilidade
linguística. Mas 35 partiram para o Japão, 32
para a Coreia, e outros tantos para países
ainda mais exóticos aos olhos dos brasileiros:
26 para a Indonésia, 17 para o Vietnã, 13
para a China, 12 ao Azerbaijão. Entre os
grupos menores, a Finlândia, o Kuwait e o
Qatar receberam, cada uma, 6 jogadores, e a
Bósnia e as Ilhas Faroe, 3.
O fenômeno da ocidentalização mencionado
nos trechos dos textos pode ser explicado
por:
a) homogeneização cultural em todos os
países do planeta.
b) aumento das diferenças culturais nos
países do ocidente.
c) resistência à homogeneização cultural
imposta pelo oriente.
d) expansão da cultura ocidental em países
da Ásia e Oceania.
e) redução
das
desigualdades
socioeconômicas entre os países.
9) “Herdeira de uma tradição humanista, a
reflexão sobre a diversidade se torna,
portanto, central quando, no século XVIII, a
partir dos legados políticos da Revolução
Francesa e dos ensinamentos da Ilustração,
estabelecem-se as bases filosóficas para se
pensar a humanidade enquanto totalidade
[...]. O final do século XVIII representa, dessa
forma, o prolongamento de um debate ainda
não resolvido. Prevalecia, porém, certo
otimismo próprio da tradição igualitária que
advinha da Revolução Francesa e que tendeu
a considerar os diversos grupos como
„povos‟, „nações‟ [...]”.
Figura 1: estudo de antropologia
Figura 2: “A
Michelangelo
criação
de
Adão”,
de
Lendo o texto e observando as figuras,
verificamos explicações distintas sobre o
mesmo assunto: a origem do homem.
e) I, II e III.
Analise as assertivas a seguir:
Reportagem 1
Um quadro do pintor paulista Cândido
Portinari (1903-1962) avaliado em R$ 1,2
milhão foi roubado do Museu de Arte
Contemporânea (MAC) de Olinda (PE), […].
Em maio do ano passado, outros dois
quadros de Portinari foram roubados junto
com obras de Tarsila do Amaral e Orlando
Teruz de uma coleção privada mantida em
uma mansão em São Paulo […].
As obras roubadas nessa ocasião foram
"Figura em Azul" (1923), de Tarsila;
"Cangaceiro" (1956) e "Retrato de Maria"
(1934), de Portinari, e "Crucificação de
Jesus", de Teruz.
I - As três fontes levam a acreditar que a
humanidade era una. O homem teria se
originado de uma fonte comum, sendo os
demais tipos apenas uma degeneração da
mesma.
II - A segunda fonte mostra a medição de um
crânio humano, técnica que buscava
comprovar as diferenças raciais, no século
XIX.
III - As figuras 1 e 2 utilizam os mesmos
métodos de pesquisa para explicar a origem
da humanidade.
11)
Reportagem 2
IV - A figura 2 indica a ideia de criação da
humanidade a partir de uma origem comum.
Está correto o que se afirma apenas em:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) II e IV.
e) I e IV.
10) Os três principais grupos que constituem
a matriz étnica brasileira são os nativos
indígenas, os europeus e os africanos. A
herança desses povos é extremamente rica e
diversificada. Com relação às influências
socioculturais desses três grupos, observe
alguns aspectos relacionados abaixo:
I.
Aparecimento
das
mais
variadas
manifestações culturais trazidas pelos negros
como, por exemplo, a capoeira.
II. Existência de um grande número de nomes
de lugares (cidades, acidentes geográficos)
cuja origem são as línguas indígenas.
III. Presença da igreja católica em uma
posição de destaque na paisagem urbana das
cidades, erguidas pelo colonizador europeu.
Com relação aos aspectos da herança
cultural brasileira, está correto apenas o que
se afirma em:
a) III.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
Em meados de 2008, foram roubadas da
Pinacoteca do Estado de São Paulo as
gravuras "O Pintor e seu Modelo" (1963) e
"Minotauro, Bebedouro e Mulheres" (1933), o
óleo "Mulheres na Janela" (1926), de Di
Cavalcanti, e a aquarela "Casal", de Lasar
Segall.
Reportagem 3
Cinco quadros avaliados no total de 100
milhões de euros, entre eles uma obra de
Pablo Picasso e outra de Henri Matisse,
foram roubados durante a madrugada desta
quinta-feira (20) do Museu de Arte Moderna
de Paris, informaram fontes ligadas às
investigações a agências internacionais de
notícias.
Assinale a alternativa que indica corretamente
quais trechos de reportagem podem ser
associados à preservação do patrimônio
artístico nacional.
a) 1, apenas.
b) 1 e 2.
c) 1 e 3.
d) 2 e 3.
e) 1, 2 e 3.
12)
Texto 1: "O Brasil terá seus programas de
financiamento do Banco Nacional de
Desenvolvimento
Econômico
e
Social
(BNDES) avaliados na Organização Mundial
do
Comércio
(OMC).
[...] Pelas
leis
internacionais, subsídios ao setor industrial
estão proibidos. [...] Na última vez em que o
Brasil teve suas políticas de incentivos
avaliadas na OMC, em 2007, os Estados
Unidos, a União Europeia (UE) e até a
Argentina aproveitaram a ocasião para cobrar
explicações sobre a então “MP do Bem” e,
principalmente, a ação do BNDES."
Texto 2: "Depois de seis anos de disputa, a
OMC anunciou sua decisão de que alguns
dos subsídios concedidos pela União
Europeia (UE) à fabricante de aviões Airbus
são ilegais.[...] A OMC aceitou três das sete
queixas americanas e concluiu que governos
europeus subsidiaram ilegalmente a Airbus
por meio de empréstimos livres de risco e de
financiamentos
para
pesquisa
e
infraestrutura."
A crescente importância das organizações
multilaterais, como a OMC, identificada nos
textos 1 e 2, pode ser relacionada:
a) à regulação das trocas entre nações no
mundo, intensificadas com o processo de
globalização.
b) ao controle dos fluxos entre nações,
regulando a distribuição desigual de
investimentos no mundo.
c) à estabilização da economia dos países
subdesenvolvidos, deterioradas com as crises
do petróleo.
d) à influência sobre ações militares,
encerrando qualquer risco de ameaça de uma
nação contra outra.
e) à intervenção política em países pobres,
onde as democracias foram substituídas por
regimes ditatoriais.
Analise as afirmativas a seguir, que
apresentam argumentos contra a tese da
passagem de um mundo bipolar a um mundo
unipolar.
I.
Não há hegemonia norte-americana,
pois
devemos
considerar
o
poderio
econômico do Japão e dos países da União
Europeia.
II.
A hegemonia militar dos EUA foi
quebrada pelo crescimento, nos últimos anos,
do poderio bélico dos países do leste
europeu.
III. A formação dos blocos regionais, com o
fortalecimento de países como a Inglaterra, a
França e a Alemanha, põe em cheque a
hegemonia dos EUA.
IV. Ainda não se pode falar em hegemonia
norte-americana enquanto existirem países
socialistas no mundo.
As afirmativas que apresentam corretamente
o jogo de poder entre as nações na nova
ordem mundial são apenas:
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I, II e IV.
14)
13)O mapa confirma o enorme poderio militar
dos EUA, o qual se somaria ao poderio
econômico e cultural, configurando, segundo
alguns autores, a formação de um império
norte-americano no mundo, como base de
uma nova ordem mundial unipolar.
(CRUMB, Robert. Blues. SP: Conrad, 2004 capa do livro.)
“O blues nasceu com o primeiro escravo
negro na América. Da África os negros
trouxeram sua expressão vocal básica –
os hollers –, gritos de entonações estranhas
que cortavam os céus do Novo Mundo como
uma espécie de sonar, explorando um
território desconhecido. Enquanto o escravo
mergulhava
na
cultura
americana
–
representada, no plano musical, pela tradição
europeia –, o grito primal se alterava e sofria
mutações. [...] O negro era uma ferramenta
de trabalho. [...] Não podia tocar instrumentos
de percussão ou de sopro. Os brancos
receavam que pudessem ser usados como
um código, incitando à rebelião. Assim, a voz
ficou sendo o principal – senão o único –
instrumento musical do negro. Era usada
naswork-songs, canções em que o feitor
cadenciava o trabalho dos escravos, a batida
dos martelos ou machados, o levantamento
de cargas etc. Estas canções ajudavam a
amenizar e racionalizar o trabalho e o
tornavam mais rentável. Tranquilizavam
também o proprietário, que as ouvia,
garantindo que os seus escravos estavam
sob controle, no devido lugar.”
a) é um estilo musical criado pelos negros
escravizados nas plantações de algodão do
sul, com o objetivo de preservar sua cultura,
ameaçada pelos padrões musicais europeus
predominantes no Novo Mundo.
b) foi utilizado pelos negros escravizados no
sul como uma espécie de código que incitava
outros trabalhadores à rebelião; teve sua
execução proibida pelos patrões e feitores.
c) é uma evolução das chamadas worksongs, canções entoadas pelos feitores com
o objetivo de cadenciar o trabalho dos negros
escravizados, caracterizadas pela ausência
de instrumentos musicais em sua execução.
d) foi utilizado como forma de os patrões
controlarem seus trabalhadores, cujo canto
demonstrava onde estavam. Ao mesmo
tempo, era uma forma de os negros
amenizarem os sofrimentos do trabalho e da
escravidão.
e) é resultado da fusão de padrões musicais
trazidos pelos negros africanos, escravizados
no sul, com a cultura musical europeia,
predominante no país; além de apresentar
características de canções entoadas pelos
nativos americanos.
15)
Atente para as informações abaixo.
Mapa exibindo o desenho da “América do Sul
Nazista”, encontrado por um agente inglês na
pasta de um alemão, no Rio de Janeiro:
vários países desapareceriam, restando,
apenas, o Brasil, a Argentina e o Chile.
Academia Brasileira de Letras.
O continente sul-americano, sobretudo o
Brasil, com seus 8 milhões de quilômetros
quadrados quase desabitados e inexplorados,
bastava para comprovar a validade do
teorema nazista dos espaços vitais a
conquistar e a redistribuir. “A América do Sul”,
afirmavam os apóstolos do Lebensraum
[espaço vital] de ultramar, “fornecerá a
solução definitiva ao problema demográfico
europeu”. Logo que “esse continente de
mestiços se tornar um protetorado alemão”,
expressão atribuída a Adolf Hitler, “a
emigração europeia deverá ser intensificada
por um organismo especial e se dirigirá de
preferência aos países latino-americanos”.
Assinale a alternativa que mais
representa o conteúdo expresso
informações acima.
bem
nas
a) O projeto nazista de ocupação da América
do Sul aparece em destaque no mapa. O
objetivo exclusivo dos alemães, após dominar
o continente, era transformar os países sulamericanos em protetorados, explorando a
mão de obra nativa na produção de
armamentos.
b) As informações nos permitem concluir que,
apesar do apoio da Argentina, que seria
beneficiada caso a Alemanha dominasse a
América do Sul, a posição contrária dos
outros países do continente e a oposição
interna ao projeto nazista levou Hitler a
abandonar o projeto.
c) A criação do espaço vital para a raça
ariana pode ser apontado como única causa
para o interesse dos alemães em dominar a
América do Sul. Com o apoio dos governos
de Brasil e Argentina, o projeto não se
realizou devido ao início da guerra na Europa.
d) As informações tratam do projeto nazista
de transferência da população europeia para
a América do Sul como forma de resolver o
problema demográfico do continente e, ao
mesmo tempo, implementar a criação do
espaço vital para a raça ariana.
e) A preocupação com as crises geradas pelo
aumento populacional na Europa, bem como
a necessidade de implementar a criação do
espaço vital para os arianos, levou Hitler a se
aproximar dos países da América do Sul,
levando a um acordo entre eles e ao
redesenho do continente.
16)
REPORTAGEM: VEJA O QUE OS RICOS
PENSAM
Um sistema econômico pode ser definido
como sendo a forma política, social e
econômica
de
organização
de
uma
sociedade.
Analisando
as
falas
da
reportagem acima e utilizando os seus
conhecimentos sobre o sistema econômico
da sociedade ocidental, a partir do século
XIX, julgue as afirmativas abaixo.
I. O socialismo burguês do século XXI é
capaz de gerar sentimentos semelhantes, de
acordo com o momento econômico.
II. O marxismo do século XIX expandiu-se e
pode gerar, hoje, sentimentos como a
insegurança financeira.
III. O capitalismo, em sua fase atual, neste
século XXI, é capaz de produzir tais
sentimentos, por temor a possíveis crises, em
função domomento econômico.
É correto, apenas, o que afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I, II e III.
17) Leia o excerto abaixo para responder à
questão.
As balas que matam podem ser xiitas ou
sunitas, moderadas ou radicais, próocidentais
ou
“anti-imperialistas”.
As
populações que morrem, também. Mas os
regimes que atiram se parecem entre si. [...]
Assim, Teerã afirmou detectar na insurreição
democrática árabe as premissas de um
“despertar islâmico” inspirado na Revolução
Iraniana de 1979. Israel recuperou essa
comparação fantasiosa, só que para fingir
alarmar-se com ela. Contudo, quando
opositores iranianos quiseram saudar os
manifestantes do Cairo, a teocracia no poder
mandou atirar neles. O exército israelense,
por sua vez, não massacra civis desarmados
– exceto quando eles são palestinos.
Assinale a alternativa que expressa melhor o
conteúdo expresso no fragmento acima.
a) As revoluções ocorridas atualmente nos
países árabes foram influenciadas pela
Revolução Iraniana de 1979, uma vez que, da
mesma forma que a original, tendem a
eliminar
governos
ditatoriais
e
criar
teocracias.
b) A fidelidade religiosa, característica dos
povos do Oriente Médio, garante que a
população possa se manifestar contra as
tiranias existentes em outros países sem
correr o risco de ser reprimida por seus
governos.
c) A legitimação de governos teocráticos,
como o do Irã e o de Israel, baseia-se em
uma cruel repressão a grupos de opositores,
mesmo que estes compartilhem as mesmas
concepções dos governantes.
d) Tanto o governo de Israel como o do Irã
procuram reprimir manifestações de outras
religiões
em
seu
território
visando,
unicamente, à preservação do bem-estar da
maioria de sua população.
e) A prática de governos opostos, como o do
Irã e o de Israel, se assemelha na medida em
que reprimem manifestações políticas ou
religiosas como forma de legitimar-se no
poder, mesmo que contrarie suas concepções
teóricas.
18) Analise atentamente os excertos abaixo,
constantes de duas das maiores obras sobre
a organização política das sociedades: O
Leviatã, de Thomas Hobbes, e Do Contrato
Social, de Jean-Jacques Rousseau:
“O fim último, causa final e desígnio dos
homens [...], ao introduzir aquela restrição
sobre si mesmo sob a qual os vemos viver
nos Estados, é o cuidado com sua própria
conservação e com uma vida mais satisfeita.
Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera
condição de guerra que é a consequência
necessária [...] das paixões naturais dos
homens, quando não há um poder visível
capaz de os manter em respeito, forçando-os,
por medo do castigo, ao cumprimento de
seus pactos e ao respeito àquelas leis de
natureza [...]. [...] E os pactos sem a espada
não passam de palavras, sem força para dar
qualquer segurança a ninguém. Portanto,
apesar das leis de natureza [...], se não for
instituído um poder suficientemente grande
para nossa segurança, cada um confiará, e
poderá legitimamente confiar, apenas em sua
própria força e capacidade, como proteção
contra todos os outros.”HOBBES, Thomas.
Leviatã. Segunda parte, capítulo XVII. In
Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril
Cultural, 1979. p. 103.
“Os compromissos que nos ligam ao corpo
social só são obrigatórios por serem mútuos,
e tal é sua natureza, que, ao cumpri-los, não
se pode trabalhar por outrem sem também
trabalhar para si mesmo. Por que é sempre
certa a vontade geral e por que desejam
todos constantemente a felicidade de cada
um, senão por não haver ninguém que não se
aproprie da expressão cada um e não pense
em si mesmo ao votar por todos? – eis a
prova de que a igualdade de direito e a noção
de justiça, por aquela determinada, derivam
da preferência que cada um tem por si
mesmo, e, consequentemente, da natureza
do homem; a prova de que a vontade geral,
para ser verdadeiramente geral, deve sê-lo
tanto no objeto quanto na essência; a prova
de que essa vontade deve partir de todos
para aplicar-se a todos, e de que perde sua
explicação natural quando tende a algum
objetivo individual e determinado, porque
então, julgando aquilo que nos é estranho,
não temos qualquer princípio verdadeiro de
equidade para guiar-nos. ”ROUSSEAU, JeanJacques. Do Contrato Social. Livro segundo,
capítulo IV. In Coleção Os Pensadores. São
Paulo: Nova Cultural, 1991.p. 49.
Assinale a alternativa que mais bem
apresenta o conceito de poder político para
os dois autores, expresso nos textos.
a) Para Hobbes, o poder político se funda no
medo e na força do governante, enquanto
que, para Rousseau, o que garante a
manutenção de um corpo social é a vontade
geral, independente das vontades pessoais.
b) Hobbes defende a República como a forma
mais legítima de organização política,
enquanto Rousseau prega a necessidade de
se mesclar tendências republicanas e
monarquistas na organização do poder.
c) Ambos defendem o governo republicano,
apesar de diferirem na forma como deve ser
implementado: para Hobbes, é legítima a
tomada do poder, enquanto que para
Rousseau apenas a vontade da maioria pode
levar alguém ao poder.
d) Rousseau prega que apenas um governo
republicano centralizado pode impedir que as
vontades individuais superem as gerais,
enquanto Hobbes defende a Monarquia
Absolutista como a forma mais eficiente de
poder.
e) Ambos defendem a Monarquia como
melhor forma de se organizar politicamente
uma sociedade; porém, para Rousseau, a
monarquia
deve
ser
parlamentarista,
enquanto que para Hobbes deve ser
absolutista.
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