Regiões Brasileiras Brasil é um país com enorme extensão territorial: apresenta área de 8.514.876 Km2, sendo seu território dividido em Regiões. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão responsável pela divisão regional do território brasileiro. Para reunir estados em uma mesma região são utilizados critérios como semelhanças nos aspectos físicos, humanos, culturais, sociais e econômicos. Muitas divisões regionais do território brasileiro já foram estabelecidas ao longo da história, atualmente está em vigor a divisão estabelecida no ano de 1970, que é composta por cinco Regiões: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sul e Sudeste. Divisão regional do Brasil A Região Centro-Oeste é composta pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal. Sua área é de 1.604.850 Km2, ocupando aproximadamente 18,8% do território do Brasil, tendo a segunda maior extensão territorial entre as Regiões brasileiras, sendo menor apenas que a Região Norte. Conforme contagem populacional realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total do Centro-Oeste é de 14.058.094 habitantes, cuja densidade demográfica é de 8,7 habitantes por quilômetro quadrado. O Nordeste brasileiro é formado pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Sua área é de 1.554.257,0 Km². Abriga uma população de aproximadamente 53.081.950 habitantes, esses estão distribuídos em nove estados. O grande número de cidades litorâneas com belas praias contribui para o desenvolvimento do turismo na região. A Região Norte é composta pelos estados de Roraima, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. Está localizada entre o maciço das Guianas, ao norte; o Planalto Central, ao sul; a cordilheira dos Andes, a oeste; e o oceano Atlântico, a noroeste. Sua extensão territorial é de 3.853.397,2 Km², sendo a maior região do Brasil, corresponde a aproximadamente 42% do território nacional. Possui uma população de cerca de 15,8 milhões de habitantes. Os estados que formam a Região Sudeste são: Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Situa-se na parte mais elevada do Planalto Atlântico, onde estão as serras da Mantiqueira, do Mar e do Espinhaço. Sua extensão territorial é de 924.511,3 Km². Abriga uma população de 80.364.410 habitantes, correspondendo a aproximadamente 40% do contingente populacional brasileiro. A densidade demográfica é de 87 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a Região mais populosa e povoada do país. O Sul do Brasil é formado pelos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Sua extensão territorial é de 576.409,6 Km². Sua população é estimada em 27,3 milhões de habitantes. Região Sul A região sul é formada pelos Estados de Santa Catarina (capital Florianópolis), Rio Grande do Sul (capital Porto Alegre), e Paraná (Capital Curitiba). Com uma área de aproximadamente 575.316 quilômetros quadrados, a região sul abriga cerca de 15% da população brasileira ficando atrás das regiões sudeste e nordeste e à frente das regiões centro-oeste e norte. Região Sul do Brasil O clima predominante na região é o subtropical, exceto no norte do Estado do Paraná onde predomina o clima tropical. Porém, o clima na região sul apresenta grandes variações, sendo o responsável pelo registro das temperaturas mais baixas do Brasil no inverno. Devido a essas variações em algumas localidades da região sul pode ocorrer até neve em determinadas épocas do ano, como é o caso da região central do Paraná, e o planalto serrano do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde são registradas as temperaturas mais baixas. Nas regiões de clima mais ameno a vegetação típica é a floresta de araucárias (pinhais), enquanto que em boa parte do Rio Grande do Sul, podemos encontrar extensas pradarias, ou campos naturais, chamados de “pampas” ou “campos sulinos”. Esta configuração climática foi um dos fatores que fez com que a região sul do Brasil fosse o destino de grande parte dos imigrantes europeus, principalmente da Alemanha e Itália que vieram para a região trazendo consigo seus costumes e tradições celebrados até hoje em festas típicas da região sul como: o Oktoberfest, festa típica de origem alemã celebrada anualmente em Blumenau (SC) e que já se tornou a segundo maior festa alemã do mundo perdendo apenas para a festa original realizada em Munique (Alemanha); e a “Festa da Uva”, realizada em Caxias do Sul (RS) a cada dois anos, inicialmente para celebrar a colheita da uva (ou vindima), tradição deixada pelos italianos. Tradicionalmente, a agropecuária é a principal atividade econômica da região sul. Mas esta região também conta com um contingente bastante desenvolvido de indústrias (principalmente alimentícias) e com a mecanização agrícola que a colocam no segundo lugar brasileiro em geração de renda (perdendo apenas para a região sudeste). Outro setor que merece destaque é o de geração de energia. Fica no Paraná, na divisa com Paraguai, uma das três maiores usinas hidrelétricas do mundo, a usina de Itaipu. Região Sudeste A região Sudeste é composta pelos estados de Minas Gerais (capital Belo Horizonte), São Paulo (capital São Paulo), Rio de Janeiro (capital Rio de Janeiro) e Espírito Santo (capital Vitória). Com 927.286,2 quilômetros quadrados, a região sudeste responde por mais da metade do PIB brasileiro e também é a região de maior densidade demográfica: 78,09 habitantes por quilômetro quadrado. Ou seja, aproximadamente 43% dos habitantes do país (72.412.411 habitantes). Região Sudeste O relevo da região sudeste é caracterizado pela grande quantidade de cadeias montanhosas e serras, como a Serra do Mar, a Serra da Mantiqueira e a Serra do Espinhaço o que influi no clima da região. Na área litorânea o clima predominante é o tropical atlântico enquanto que na região planáltica predomina o clima tropical de altitude. Por seu relevo característica a região possui também, um excelente potencial para geração de energia hidrelétrica que é, em sua maior parte, bastante aproveitado em usinas como a de Urubupungá (SP), que é a maior da região. É na região sudeste que nascem dois dos principais rios brasileiros: o Rio São Francisco, que nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, e o Rio Paraná que nasce da confluência dos Rios Grande e Paranaíba na divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul. A vegetação da região sudeste (predominantemente de Mata Atlântica, com exceção da região norte de Minas Gerais onde encontramos a Caatinga), foi quase totalmente suprimida na época da colonização para dar lugar às culturas de cana-de-açúcar e café. Mais tarde, o intenso processo de industrialização conferiu a região as duas maiores megalópoles do país, as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, capitais dos Estados de mesmo nome, e as feições que a caracterizam atualmente. Região Centro-Oeste A região centro-oeste compreende os Estados de Goiás (capital Goiânia, e onde se encontra o Distrito Federal), Mato Grosso (capital Cuiabá) e Mato Grosso do Sul (capital Campo Grande). O centro-oeste se caracteriza pelo imenso planalto onde está situado, chamado de “planalto central”, pelos “chapadões” e pelas planícies alagadas que constituem o bioma do “Pantanal”. O clima predominante na região é o tropical semi-úmido e a vegetação, com exceção da região do Pantanal, e o Cerrado. Região Centro-Oeste Os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás abrigam pouco mais de 6% da população do país e têm uma área de aproximadamente 1.612.077 quilômetros quadrados onde predominam atividades como a pecuária, em substituição a extração de ouro e diamantes que foram os propulsores da urbanização local, e o turismo que tem se desenvolvido rapidamente nas últimas décadas. Outro fator importantíssimo para a ocupação da região centro-oeste foi a transferência da capital brasileira do Rio de Janeiro para Brasília em 1960 e a conseqüente construção de estradas e ferrovias. A taxa de urbanização da região centro-oeste é de 81,3%. Ainda hoje a região do Pantanal (Maciço do Urucum) abriga a maior reserva de manganês do país, ainda pouco explorada devido às dificuldades de acesso ao local. Mesmo assim, as atividades de extração mineral são importantes para a região que contém reservas de calcário, cobre, amianto, etc. Região Nordeste A região nordeste é composta pelos Estados do Maranhão (capital São Luís), Piauí (capital Teresina), Ceará (capital Fortaleza), Rio Grande do Norte (capital Natal), Paraíba (capital João Pessoa), Pernambuco (capital Recife), Alagoas (capital Maceió), Sergipe (capital Aracaju), e Bahia (capital Salvador). A região nordeste é ainda subdividida em quatro regiões de acordo com características climáticas e de urbanização: Região Nordeste Zona da Mata: é a região mais populosa e urbanizada. Compreende a faixa litorânea (mais ou menos 200 km de largura) que vai do Estado do Rio Grande do Norte à Bahia (litoral leste da região nordeste) e é caracterizada pelo clima tropical úmido, grande aporte de turistas, presença de mata atlântica (que assim como na região sudeste, já foi bastante devastada para cultivo de culturas como a canade-açúcar), pluviosidade bastante regular, principalmente na região sul da Bahia, e solo bastante fértil. Agreste: é a região de transição entre a Zona da Mata, bastante úmida, e o Semi-árido, região bastante seca, acompanhando a faixa da Zona da Mata do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. No agreste, predominam os minifúndios dedicados a produção de subsistência e a pecuária leiteira, sendo o excedente comercializado na região da Zona da Mata. Sertão: região de clima semi-árido que compreende o centro da região nordeste em uma extensão que vai desde o litoral do Ceará e Rio Grande do Norte (neste último, até próximo a cidade de Natal), até a região sudoeste da Bahia. As chuvas são escassas e, por isso a pecuária e agricultura são atividades bastante difíceis na região. O único rio perene do sertão é o São Francisco do qual é desviada água para irrigação em alguns locais e que também é fonte de energia através de hidrelétricas como a de Sobradinho (BA). A vegetação típica dessa sub-região é a caatinga. Meio-Norte: a região do meio-norte já apresenta uma pluviosidade maior conforme se afasta para oeste, em direção aos Estados do Norte e compreende o Estado do Maranhão e grande parte do Piauí. Nesta região é comum a presença das “matas de cocais” que fornecem bastante insumo para a atividade de extrativismo vegetal. Outras atividades praticadas nesta região são a criação de gado, o cultivo de algodão e arroz. Sub-regiões do Nordeste Uma outra “sub-região” compreendida na região nordeste é o chamado “polígono da seca” que compreende quase todos os Estados do nordeste com exceção do Maranhão. Região Norte A região norte é composta pelos Estados do Amazonas (capital Manaus), Roraima (capital Boa Vista), Acre (capital Rio Branco), Rondônia (capital Porto Velho), Pará (capital Belém), Amapá (capital Macapá) e Tocantins (capital Palmas). A maior região do Brasil em área, com 3.869.639,9 quilômetros quadrados (ou mais de 45% do território brasileiro), é também a que abriga a menor parcela da população por quilômetro quadrado: apenas 7% do total de habitantes, ou 2,91 por quilômetro quadrado. O clima predominante na região norte é o tropical úmido e a vegetação, sua característica mais marcante, é a Floresta Amazônica com algumas áreas de transição entre esta e os outros tipos de vegetações das regiões adjacentes Região Norte Podemos subdividir os ecossistemas locais em três categorias: os igapós, regiões permanentemente inundadas e que desenvolveram vegetação típica; as várzeas, regiões que se inundam na época das cheias; e as terras firmas, ou platôs, que ficam em locais mais altos, livres das cheias. Devido às características de clima, hidrografia, vegetação densa e difícil acesso, a região norte apresenta baixa taxa de industrialização, sendo as principais atividades econômicas da região o extrativismo vegetal e a exploração de minérios em regiões específicas como as jazidas de ferro da Serra dos Carajás (Pará). É na região norte que se encontra a maior bacia hidrográfica das Américas e o maior rio do mundo , o rio Amazonas. Outro rio importante da região é o rio Tocantins que abriga a maior usina hidrelétrica da região norte, a Usina de Tucuruí. A região norte ainda abriga grande parte das comunidades indígenas do Brasil que devido ao isolamento propiciado pelas características locais puderam manter seu modo de vida tradicional. As indústrias que se estabelecem na região norte recebem incentivos fiscais para compensar as dificuldades inerentes à localização e falta de mão de obra. Estes incentivos fazem parte do plano geo-econômico que constituiu a Zona Franca de Manaus ainda no período da ditadura militar.