MENSAL PUBHCAÇÃO RUI 271, Recreativo e Periódico Litterario •-. 'siiPuXSHY,. DE DO YISCONDE 271 9Woi fltóf ^íiUTlf uhÍm —- Secíetcwio: DIauoet!-gfwMo-&ka—-v- Rio de Janeiro, 15 de Agosto de 1891 Anno iii Num. 26 EXPEDIENTE - CONDIÇÕES Anno Semestre . N'estas noites serenas e etiluaradas,^ As azas bellas Minh'alma agita E se eleva ás paragens encantadas, A' das estrellas Plaga infinita... DE ASSIGX ATURA 2:ooo ¦. . . • • ; ¦ r;°00 Pagamento adiantado ¦ | SILVA JARDIM Ainda que tardiamente venho render meu tributo de admiração á memória do dehodado propagandistaque acaba.de suecumbir. Para muitos, que não o comprehendiam, Silva Jardim não passava de um ambicioso. E effectivamente o era! Porém ambicioso de ambição legitima os e nobre, pois que a Pátria reconhecia não ingentes esforços do filho dilectoe podia deixar .de recompensal-o. -r- Pois elle, que em pouco tempo se tornára o mais feroz athleta da Republica, não era digno da direcção de uma das suas Caprichos do Destino ! Vendo-se collhe locado em plana muito inferior á que Velho competia, Silva Jardim foi buscar no Mundo conhecimentos que julgava nao possuir. no estudo , E ahi, no labutar constante, acurado, a mil Natureza para recompensal-o deu-lhe as honras da immortalidade, dando a elle, que sempre fora—o vulcão do pende samento, um vulcão paca^servir-lhe túmulo ! M. A. R. Pinto Júnior Lá, nas in findas regiões azues, E'bria de goso, Célere àdeja, d'uma luz Qual insecto que em torno Vertiginoso, Veloz doudeja. o crépe denso Quando a aurora rompendo Em que se encerra, Surge radiosa* immenso MinlValma atravessando o espaço P egressa á terra, ...... Triste e saudosa. HORTENIA PENQUIT G0PRE.. II BIS© Um português passando-no inverno por uma cidade da Bélgica foi perseguido por uma pecães Abaixando-se pára levantar não poude despegar dra e atirar aos cães, 3ii,_: O TYMBIRA 2 nenhuma por estar tudo gelado. «Oh! maldita terra, exclamou então, onde soltam os cães e prendem as pedras!» Quatro caixinhas, fieis Presentes da Providencia, -'—Resumem-de cada bella As estações da existência. Guarda a primeira caixinha Innocentes rebuçados, Cartas d'amor a segunda D'um cento de namorados. Na terceira o arrebique, Que as faces vai besuntando, Inventa as rozas postiças Quando as outras vão murchando. Más depois que o espelho quebra, Da» idade por crua lei, Toda a ternura se encerra Na caixinha do Agnus Dei. COFRE DOS-ARCANOSExcellente noticia tenho para vos dar, estimados charadistas. Ha dias chegou de Paris o nosso distincto collega H. Lopes, o qual vém novamente deliciar-nos com süãs espirituosas charadas. Depois desta boa nova, que certamente muito vos alegrou, tratemos de Charadas Se fôr medida—i . A ave mimosa—2 Verá uma cousa Mui preciosa •** Perguntou certo sujeito a ura seu amigo de que faria .um casaco que fosse fresco no verão, e que durasse.?—Para fresco, respondeu elle, mande-o você fazer de abóbora; e para durar, da pelle de minha sogra. O ThesQureiro, Dr. Pilherico IMIlMItl^llllllM..— No campo (A' D/ Eugenia Souza) Como é 4bella a Natureza Em seu meigo despertar! Revela tanta belleza Que a alma nos vém encantar ! As avesinhas mimosas Em seus suaves trinados, lembramrfallasmelodiosas -jBe-getttis^:enamoradosT3z^= =^ Ào rudo trabalho diário O laborioso operário Vai contente se entregar... Alegre busca o arado, Ê". cantando descuidado, Vai 6 campo rotear. Tülipa Noapin Tülipa Nóapin llll^llllM"»^— i-2 2-2 1-2 i-i 1-2 1-3 Isolada subjuga, a cidade Adore a mulher por ser moça. O numero tém espirito na infelicidade. Obriga o pronome a bebida. O advérbio é do jogo na igreja. E' grande no monte a mulher. Miss White Rose Se estiver este advérbio—1 Ligado a certo appellido—2 Terás como resultado Um animal conhecido. Parm -5-*-^ (Decapitada Jfe^-não-se—oD. PlCHÓTE DE LA PlNTA. s_ O TYMBIRA iuppliea Telegraphicas § i-i Pata é de lâ? i-i Cara é pedaço? i-i Bolo é jogo? Majosil Logogripho Será muito verdadeiro—3, 4, 7, 5 O que venho vos contar, ' Pois que vejo nesta hora No céo um astro a brilhar.—5, 2, i Conheci formosa moça—6, 3, 6,1.,., N'um solitário logar, "Que tinha por appellido—5, 2, 5, 2 Ura nome muito vulgar.—7, 2, 3, 4, 1. Pouco depois n'uma praia—1, 3, 4, 6, 7 Então de novo encontrei Essa gentil creatura—5, 6, 1 Cujo nome não direi. -SHHt- Senhor. Vós que destes ao vento a—melodia, Aq iKiar^=^ondas repktes^eardentiap" A' brisa o—ciciar, Ao Armamento—estreitas mui formosas, A's campinas—as flores mais mimosas, E á noite o-—luar; Vós que destes á flor—doce perfume, Luz errante ao formoso vagalume, Belleza á solidão; Ao regato o—suave murmúrio, Ao leão o—recanto mais sombrio, A' luz a—diffusão; Vós que destes ao lyrio—eburnea cor, Ao pássaro,—o mais puro e doce amor, Ao homem—coração, Senhor!".. vós que fizestes isso tudo Porque deixaes que soffra o pobre mudo E o misero ancião?. Porque deixaes que a loura creancinha, Penda tristonha a meiga çabecmha E morra tristemente?... ••• ••••» E' horrível senhor!...Vos que sois Deos Porque deixaes que pobres filhos teus Soffrão tão cruelmente ? D. PlCHOTE DE LA PlNTA Rio, 16 de Julho de 1891 Ignacio Tavares be-S Tttmitvp j trJ>ri\/K.. MjjT «-¦. Decifrações dos trabalhos publicados nõ numero, passado:—Camarada, mgalume, JPaulino, varíola, vaidade, abacate, Carolina, piedade, Botafogo, Eva, jacaré, bota, pala e café. ^ Decifradores: Tulipa Noapin, D. Joséphina B., Miss White Rose, D. R. Nestina C, Majosil, Parm, D. Pichote de Ia Pinta, H. Lopes, Dr. Cow-Pox e René. Hortenia Penquit -¦¦ — (A Eduardo Magalhães) N'essa manhã Juvencia ficou perplexa encontrando-se sò no seu leito jie noivado. Era casàdâ-de^fresco conro Arthur, umrbelío" moço, talhado para marido; bonachão, meigo, dócil a todos os caprichos. Na véspera tinha dito a sua mulher que negocio urgente o chamava cedo á cidade; e fiel ao cumprimento do dever, não querendo incommodar a esposa, deixou p leito" beijam-. do-a depois de telx-a admirado pòrTõmgb) tempo. ,*;': O TYMBIRA auxilio os-anjos Juvencia chamou em seu -eelestes-e logo-após-as-imifflrtnfeRSãSrTStalava de raiva ao ver-se assim tão abandona da, dias depois do casamento. Era üma affronta aos seus lotes physicos _eao jm oj^ulhoj^mo^aJ3onita.--EsqueGerase de que o marido devia descer cedo, e também que eram sete horas da manhã e e a depressão que os amarfanhados lençóes de seu. marido, produzida pelo grosso corpo no colchão, ainda conservavam uma tepida quentura. Julgou-se abandonada. A principio espremeu-se quanto poude o e para chorar; queria confundir perturbar Aquella dôr. pérfido com as suas lagrimas de natureza porém, nervosa e caprichosa tornouse rebelde ás lagrimas, e-por mais que Juvencia expremesse e inchasse, não poude n'aderramar o pricioso liquido, quelle momento "do de setrmarido, socego perturbador Sahir sem lhe dizer nada!... Pensou em ir á casa de sua mãe relatar o ocçorrido, porém mudou de resolução retlectindo que isso era dar parte de fraca, e ella era forte, bem forte: saberia em silencio soffrer a affronta. Durante as primeiras horas do dia conservou-se de mau* humor; nada lhe agradava. Teve idéas extravagantes: pensou em fechar se no quarto, quando o marido chegasse, recusando-se a recebel-o; ao mesmo tempo pensava nas lagrimas; uma só, uma só que fosse bastava paraperturbal-o...em vão! Juvencia" estava visivelmente nervosa. Recordava-se agora do aviso do marido, mas não perdoava a sahida clandestina; queria vingar-se. Uma lagrima...uma lagrima! Depois de meio dia estava mais calma; vestiu-se e foi arranjar o toucador. Ahi abriu límãTcaixa õhdè guardava as cartas que lhe escrevera o namorado, depois nòiVfr e hoje marido. Leu-as, releu-as e guardou-as de' " , pòfltlé ter beijado üthsfí" Para distrahir-se fez um doce e recommendou á cozinheira todo o cuidado com o jantar. Quando eratiLf horas de chegar o maridóyíjbi de novo vestirrse^agora com certo apuio; vestindo-se lembrou-se ainda da lagrima r£belde, desta vez sem provocal-a. ^ Ào en|rar na sala sentiu-se o Arthuífénlaçado peícs braços de Juvencia que fitava-o amorosamente, ,e quando elle n'um amplexo apaixonado deu-lhe um beijo em plena bocea, Juvencia sentiu umaJagrima-deslisar-se pelas mimosas faces, indo esconder-se no espesso bigode de seu esposo. Tardia lagrima! M. Castagnino -*5H5* Nào posso, minha querida, -Eaze^r-o-^e^tú-d&sejas^ Metter-me em uma tal lida, Não posso, minha querida! De meu amor não duvida Quando casada já estejas..'. Não posso, minha querida, Fazer b que tú desejas. René Fazem annos no corrente mez: A 4, a galante menina Aida, prezada Ignacio Tavafilha do nosso digno collega ^ res ctFSouza Júnior: A ii, o nosso collegaeamigo AlfredoCosta. _ A 21, o nosso collega e amigo Ernesto'....-.¦:; ' J-^v™*™^,*.-.™-***.™-.-- ¦ Costa. CONYITES Club do Riachuelo—A n do passado, realisou este club a sua-recita^levando á scena o drama em 5 actos O modelo vivo, em cujo desempenho muito se distinguiram a Exma. Sra. D. Anna Coulomb e os Snrs. Lopes, Teixeira Júnior, Honorio Lobo, Briani, F. Costa, Mattos, Tancredo França, Barreiros e Azevedo. A Exma. Sra. D. A. Coulomb, no papel de protogonista, muito mereceu os applausos um belLa-ramoi que eonquistou, recebendo de flores artificiaes, offerta do elub. * Club da Gávea—A ^5 do passado, realisou uma recita em beneficio com as comedias Ao calçar das luvas, O Noviço, e a opereta O Sr. Mello Dias. J Oscar Motta, travesso e endiabrado Noviço, D. Irene CpstaTTio sympathico papel de Florencia, Mlle. Maria Ferrão, uma seductora Emilia, João Costa, um Mello Dias impagável, Canongia, um verdadeiro ZÈ P'reira, Ferrão Júnior, D. Ernèsiina Meirelles, G. Macedo, Lima e Flores, corique ósapquistaram assympathias dalplatéa, ~~~" ^ rüidõsãnTénte. plãudiu __Z s; - Pètit Repórter Typ. J. Barreiros & SantosR. Carmo 37-sob.