Federação Nacional dos Professores
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Professores podem indicar escola preferida até segunda-feira
O Ministério da Educação alargou por mais três dias o prazo para que cem mil professores indiquem as escolas
onde pretendem leccionar no próximo ano lectivo, anunciou hoje o director-geral dos Recursos Humanos da
Educação, Diogo Simões Pereira.
O alargamento do prazo destina-se aos professores que pertencem aos quadros de uma região educativa, aos que
pediram destacamento para outro estabelecimento de ensino, por exemplo, para ficarem mais próximo de casa, e aos
candidatos a um contrato.
O período de manifestação de preferências começou no dia 26 e deveria terminar amanhã, mas a Direcção-Geral de
Recursos Humanos da Educação (DGRHE) decidiu prolongá-lo por mais três dias, até às 24h00 de segunda-feira, para
evitar um congestionamento do sistema informático.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) tinha pedido um alargamento do prazo de candidatura por mais
uma semana, alegando que os docentes não conseguem aceder ao formulário electrónico.
De acordo com Diogo Simões Pereira, não existe qualquer problema informático, sendo que o alargamento do prazo
surge apenas devido ao número de candidatos a esta fase ser maior do que em 2005, uma vez que os professores que
concorrem a uma contratação têm também de indicar os estabelecimentos de ensino onde gostariam de dar aulas, um
processo que anteriormente decorria em separado.
"Como a candidatura para contratação ocorre também nesta fase, o que não acontecia, o número de utilizadores do
sistema sobe de 60 mil para cerca de 100 mil, o que podia levar a um congestionamento do sistema, caso o prazo
terminasse amanhã", explicou o director da DGRHE.
Até agora, apenas 40 mil docentes fizeram a sua candidatura na Internet, num universo estimado em cerca de 100 mil
candidatos. "Com este prolongamento, os professores podem aceder ao sistema com mais calma para não haver um
pico de utilização. É importante que não deixem para o último dia, porque isso poderia criar um congestionamento, que é
exactamente o que estamos a querer evitar", alertou o responsável.
Os resultados desta fase deverão ser conhecidos na segunda quinzena de Agosto, altura em que os docentes ficarão a
saber em que escola irão leccionar nos próximos três anos.
É também nessa altura que o Ministério da Educação divulga o número de contratos a prazo que serão celebrados, que
deverá ficar abaixo dos 15 mil estabelecidos no ano passado, o que significa que mais de 25 mil candidatos não deverão
ficar colocados em nenhuma escola.
Com as alterações introduzidas este ano no concurso de professores, todas as colocações são válidas por três anos
lectivos, uma regra que se aplica aos professores dos quadros de escola e aos quadros de zona pedagógica,
abrangendo também os docentes que pediram destacamento por razões de doença ou para aproximação à residência.
Em todos os casos, os docentes terão de permanecer obrigatoriamente até ao ano lectivo 2008/2009 no estabelecimento
de ensino em que foram colocados ou para o qual vieram a ser destacados.
Lusa, 29/06/2006
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