Presságios de Inverno(Acácia #2) by David Anthony Durham A segunda parte do primeiro volume da Trilogia de Acácia, traz-nos as mudanças e as resoluções que todo o Mundo Conhecido está prestes a sofrer e, mais uma vez, o controlo do Trono está entre Hanish Mein e os herdeiros de Leodan Akaran. Com destinos afastados mas entrançados os quatro príncipes têm uma guerra para vencer, em que vão ter de escolher entre o passado e um novo futuro, entre lutarem por si próprios ou convocarem os antepassados e em que nada pode correr como estão a espera. Numa aventura inigualável por um novo mundo, Durham dá-nos a sua visão tão elogiada no mundo da Fantasia. Mais uma vez, vou ter de referir a pena que tenho que este livro tenha sido dividido em duas partes. Apesar de achar que a divisão foi bem feita, uma vez que cada parte conta uma história diferente, acho que este livro teria tido uma maior aceitação entre os leitores se tal divisão não tivesse acontecido. Por outro lado, tenho de elogiar as capas desta série. São lindas! E são umas lombadas que ficam tão bem na estante! Quanto ao livro em si, não estava a espera de nada de surpreendente e de uma segunda parte calma, em que não houvesse grandes mudanças… como eu estava enganada! O autor começa calmamente para a partir do meio do livro nos encher de grandes momentos, surpresas inesperadas e um final auspicioso surpreendente, prometendo dois próximos volumes enigmáticos. Para quem pensava, como eu, que sabia como esta trilogia ia terminar, este livro desengana-nos por completo. Infelizmente, achei que a acção foi demasiado rápida, não sei se é por estar habituada à lentidão do Martin, mas pareceu-me que foi tudo pouco explícito e que vários momentos e situações teriam sido muito melhores aproveitadas se mais explicadas ou se tivessem sido mais demoradas. Em contrapartida, temos mudanças de alto risco na história, mortes que me surpreenderam muito, principalmente a de uma personagem que eu considerava indispensável para esta história mas enfim, o autor lá terá as suas razões. Mesmo assim, fiquei estupefacta com o rumo que o livro levou, e apesar de achar que devia ter sido melhor explorado e feito com mais calma e pormenor, este segunda parte consegue agarrar o leitor a meio do livro com momentos brilhantes de escrita. Outra coisa que tem-se de elogiar é as suas personagens. A variedade de personalidades que encontrámos, principalmente nos príncipes Akaran é soberba, e o escritor soube aproveitar as características da meninice, as Outra coisa que tem-se de elogiar é as suas personagens. A variedade de personalidades que encontrámos, principalmente nos príncipes Akaran é soberba, e o escritor soube aproveitar as características da meninice, as reviravoltas do passado e a forma como cada um foi criado para criar quatro personalidades distintas, fortes entre si, e que acabam por se tornar os pontos altos deste livro. De salientar, Corinn, a minha personagem preferida, que neste livro demonstra muito mais do que seria de esperar da princesa fútil. Também, Maender e Hanish, são duas personagens de peso, diferentes entre si, que proporcionaram momentos de grande relevo. Mantêm-se as características na escrita e a qualidade soberba deste Mundo Conhecido. Durham apresenta-nos novas sociedades e povos e uma mensagem acerca da pluralidade de povos que devia ser ouvida actualmente e que nos põe a pensar. Foi um livro que me surpreendeu mas ao mesmo tempo queria muito mais dele, vamos ver o que o próximo volume nos traz. Recomendo-o a qualquer pessoa que goste de Fantasia e não seja elitista porque muito possivelmente não sabem o que estão a perder. http://girlinchaiselongue.blogspot.co...|Bem acabado de ler este livro e tal como previa tudo indiciava que este seria bem melhor que o anterior e veio a confirmar-se, por norma quando os livros na sua versão original são divididos a segunda parte é bem mais empolgante e claro acaba por se fechar um ciclo. Foi o que aconteceu neste livro e mesmo tendo ficado um ciclo encerrado o escritor deixou as coisas de uma maneira que ficamos com muita vontade de ler os seguintes pois são muitas as intrigas e pistas que foram deixadas nestes dois volumes que há um mundo desconhecido por descobrir e que é bem poderoso, falo dos Lothan Aklun. Mas isso será para o futuro, neste livro tivemos um enredo muito interessante, confesso que levei alguns KO que não estava nada à espera, logo o escritor consegui-me surpreender. Bem nas descrições de alguns combates existentes, nas sua preparação, excelente nos jogos de intrigas, em algumas aventuras proporcionadas quer em Vumu, quer um acontecimento muito interessante que aconteceu na liga :D. Quanto a personagens houve um maior aprofundamento de algumas, outras que foram mais secundárias no 1º volume cresceram e que adorei, como é o caso de Mélio e neste capitulo penso que o escritor esteve bem, tendo inclusivamente a coragem de "matar" algumas personagens chave, gosto disso. Uma saga que tem um enorme potencial, ele há ali coisinhas que dispensava, dai não lhe dar nota máxima, mas para primeiro volume de uma trilogia (versão original) penso que o escritor esteve bem e promete novas aventuras. Não fiquei admirador incondicional mas vou querer ler os livros seguintes sem a menor duvida -) Recomendo|Quando a paz ilusória que percorre a imensidão de todo um novo mundo e comércio governantes é substituída pelo terror de uma guerra que se aproxima, e de uma revolta extremamente desejada e apoiada por muitos, a benevolência e graça prestadas poderão ser igualmente moldadas numa enlouquecedora cobrança de favores e mérito. Nas mãos de uns está o poder ancestral de uma linhagem de puro sangue... nas mãos de outros, a devoção para com uma nação marcada pela escravidão e pela droga. Qual das duas frentes sairá vencedora? E, pelo meio, quantos terão de perecer para, no final, o objectivo máximo ser alcançado por aquele que tiver a maior e mais forte ambição? ‹‹Acácia – Presságios de Inverno›› trata-se da tão aguardada – pelo menos, por mim – continuação de ‹‹Acácia – Ventos do Norte››. Com uma primeira parte pontuada pela tensão e mudança em torno de um povo gerido a mão leve, desenvolvida numa escrita aliciante e pausada, atenta aos pormenores e ao conhecimento, ‹‹Acácia – Presságios de Inverno›› seria o livro que iria revolucionar tudo. Bem dito, bem o certo. Apresentando um começo algo explicativo e que vai ao encontro do estilo do volume que o antecede, nada seria suficientemente possante de modo a preparar o leitor para a explosão de acontecimentos, surpresas avassaladoras e alianças inimagináveis que compõe as mais de duzentas páginas que se seguem. Vários foram os momentos em que fiquei boquiaberta, em que recuei algumas linhas mais de forma a voltar a maravilhar-me não só com a escrita do autor – de que tanto gosto – como com a própria situação retratada. Para mim, não existem palavras para descrever todo um conteúdo alucinante, num livro que, à primeira vista, julgamos saber mais ou menos como se vai desenrolar. A verdade é que ‹‹Acácia – Presságios de Inverno›› é uma obra enganadora, na medida em que, com relativa facilidade, surpreende o leitor a um nível, por poucos, alcançado. Opinião completa, em: http://pedacinho-literario.blogspot.c... |Opinião aqui: http://ludutopia.blogspot.pt/2015/07/...|Foi em Janeiro de 2012 que li o primeiro livro desta série, Acácia - Ventos do Norte . Na altura, o meu entusiasmo com a leitura foi um pouco inconstante, mesmo reconhecendo a capacidade do autor em construir um mundo complexo, cheio de surpresas, tramas complexas e teias enganosas. Não tenho uma justificação para ter deixado passar tanto tempo até ler este segundo volume, mas acredito que cada leitura tem o seu timing certo e a verdade é que, no meio da minha vida mais que atarefada dos últimos tempos, este foi aquele livro que não consegui deixar para trás sempre que via uma oportunidade de percorrer algumas páginas. O que mais me fascinou desde o início, para além de ter sido fácil juntar as peças que deixei em pausa há quase três anos, foi a capacidade de desenvoltura de David Anthony Durham. A oscilação entre momentos de desenvolvimento e de transição, impôs um compasso enérgico à acção levando o leitor a interrogar-se constantemente sobre o futuro das personagens. A empatia que muitas vezes procuramos nos protagonistas não é fácil de definir. A dualidade presente em cada um deles torna-os tão humanos que o vilão parece ganhar alguma credibilidade quando não devia e o herói algum cepticismo quando inesperado. A luta entre as famílias Mein e Akaran toma contornos brutais, levando a um destino imprevisível, com dor, sangue, sofrimento e uma grande repressão interior. Os interesses mudam tão rapidamente que esperar um certo rumo nos acontecimentos é um erro, a única certeza é que a tragédia está sempre à espreita. Acordam-se espírito e seres antigos, encerram-se outros mitos e, no fim, é a essência da incerteza que impera. Adorei Mena e Alaric, Hanish foi sempre um querer não gostar, mas ainda assim simpatizar, Corinn foi sempre a mais difícil de julgar e o fim não abona a seu favor. Temerária, mas com o seu tom frágil, atinge à distância em dimensões inimagináveis por quem a rodeia. Os sacrifícios que acontecem ao longo destas páginas ultrapassam qualquer consolo que se pudesse sentir com o resultado. Desde a estrutura da narrativa à exploração e evolução das personagens, o autor soube como elevar a fasquia do universo Acácia colocando-o ao nível de outros grandes mestres da Literatura Fantástica. Não sendo as estórias, de todo, parecidas, fez-me lembrar a frieza de George R.R. Martin na forma como lidou com os intervenientes. Gostei bastante e fiquei, definitivamente, conquistada pela escrita de David Anthony Durham.