Benefícios da Horticultura Terapia
para a Saúde Mental
Ciclo de Palestras Terra Sã, 2011
Laura Pimpão - Psicóloga Clínica: CEP
Com colaboração de:
Lília Tavares - Psicóloga Clínica: CFP
Ana Rodrigues - Psicóloga Clínica: CAO
QUEM SOMOS
O C.E.C.D. Mira Sintra - Centro de Educação para o Cidadão Deficiente, C.R.L., é uma
Cooperativa de Solidariedade Social, sem fins lucrativos e reconhecida como Instituição de
Utilidade Pública.
Foi fundada em 1976 por pais e técnicos e desde o início que os saberes e experiência de uns
e outros estão presentes na gestão da Cooperativa.
Atende, actualmente, cerca de 1.400 pessoas, desde crianças, jovens e adultos que precisam
de apoios especializados, devido a perturbações no seu desenvolvimento e/ou deficits
acentuados no seu rendimento escolar, laboral ou social.
Dispõe de Valências diferentes, em espaços diferentes, com programas específicos e equipas
multidisciplinares, adaptadas às necessidades e características da população atendida.
MISSÃO
A Missão do C.E.C.D. Mira Sintra consiste em desenvolver serviços de qualidade para as
pessoas com deficiência intelectual, multideficiência e outras pessoas em desvantagem,
promovendo os seus direitos e contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida.
VISÃO
O C.E.C.D. Mira Sintra pretende ser uma Organização de referência, numa sociedade
inclusiva, promovendo a Igualdade, respeitando a Diferença.
VALÊNCIAS
Enquadramento
Benefícios da
Horticultura Terapia
para a Saúde Mental
ENQUADRAMENTO
AGRICULTURA MULTIFUNCIONAL
HORTICULTURA
POTENCIAL TERAPÊUTICO
SAÚDE MENTAL
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
(CONTEXTO OCUPACIONAL, FORMATIVO , LABORAL)
Leonard Maeger, 1969:
“não há melhor forma
para preservar a saúde
do que passar o tempo
livre no jardim”.
PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA
Premissa:
os sectores da saúde e dos serviços
sociais necessitam de alternativas às
terapias, tratamentos e modelos de
reabilitação tradicionais
ENQUADRAMENTO
Associação Americana de Terapia Hortícola, fundada em 1973:
As plantas:
• “crescem
e mudam, respondem aos cuidados e não julgam; estimulam a participação e os
sentidos e oferecem esperança”.
• são capazes de elevar a auto-estima, aliviar a depressão, melhorar as funções motoras, a
concentração, a motivação, a resistência no trabalho e a destreza manual daqueles que as
manipulam.
A Terapia Hortícola:
• as actividades a ela associadas podem ter também uma acção preventiva, tendo em conta que
actividades ao ar livre pressupõem uso dos músculos e cérebro, exposição aos benefícios do sol e
ar puro.
• boa alternativa contra as doenças típicas da cidade (obesidade, diabetes, doenças
cardiovasculares, osteoporose e cancro).
ENQUADRAMENTO
 Nas últimas duas décadas, uma série de investigações têm constatado que as plantas e
as actividades relacionadas com elas:
• têm efeitos especialmente importantes para pessoas com incapacidades físicas e mentais
• potenciam a recuperação da sua independência, da sua habilidade manual e da sua
qualidade de vida.
 Dr. Benjamin Rush (1746-1813):
“escavar a terra com as mãos tem um efeito curativo nos D.M.”.
 Contudo, pouco se encontra escrito e fundamentado relativamente à adaptação desta
prática à realidade da deficiência intelectual
≠
doença mental
Conceitos
•Deficiência Mental / Intelectual
• Doença Mental
• Saúde Mental
• Qualidade de Vida
• Horticultura Terapêutica
CONCEITOS
DEFICIÊNCIA MENTAL /INTELECTUAL
A deficiência intelectual não é, em si mesma, uma doença, embora possa resultar de
uma afecção orgânica ou uma alteração genética, que ocorre à nascença ou na infância.
Está definida na ICD10 (International Classification of Diseases) como uma condição
interrompida ou incompleta do desenvolvimento da mente, caracterizada por
limitações das capacidades cognitivas durante o período de desenvolvimento, do que
resultam dois aspectos:
- funcionamento intelectual abaixo da média
- incapacidade de adaptação às exigências culturais da sociedade.
CONCEITOS
DOENÇA MENTAL
A doença mental abrange um leque alargado de perturbações que afectam o
funcionamento e o comportamento emocional, social e intelectual, mais por
desadequação ou distorção do que por falta ou deficiência das capacidades anteriores à
doença.
As doenças mentais manifestam-se em determinado momento ao longo da vida, antes
do qual não existem alterações ou perda de capacidades.
A Organização Mundial de Saúde divulgou em 2001 a seguinte definição:
“A perturbação mental caracteriza-se por alterações do modo de pensar e das emoções,
ou por desadequação ou deterioração do funcionamento psicológico e social. Resulta de
factores biológicos, psicológicos e sociais.” (Relatório Mundial da Saúde 2001).
CONCEITOS
SAÚDE MENTAL
O conceito de saúde mental é ainda mais lato, mas foi também definido pela OMS em
2001, como estando associada a :
• um estado de bem-estar subjectivo;
• capacidades de comunicação e relacionamento interpessoal;
• competências na vida pessoal e social;
• capacidades de autonomia e escolha de um projecto de vida;
• auto-realização intelectual e emocional;
• adequação à realidade.
Depende: factores pessoais e ambientais
Promoção através de:
• programas adequados,
• melhoria das condições sociais
• prevenção do stress
• outros factores de risco
• luta contra o estigma
CONCEITOS
Assim, a saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever
um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou a ausência de uma
doença mental.
Na perspectiva da psicologia positiva ou do holismo, a saúde mental pode incluir
a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as
actividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica.
Os problemas de saúde mental mais frequentes são ansiedade, mal-estar
psicológico ou stress continuado, depressão, dependência de álcool e outras
drogas, perturbações psicóticas, deficiência intelectual e demências.
CONCEITOS
QUALIDADE DE VIDA (Q.V.):
O.M.S.: “percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos
sistemas de cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objectivos,
expectativas, padrões e preocupações “ (WHOQOL Group, 1994, p. 28) .
Modelo Biopsicossocial: o funcionamento humano prende-se com a dimensão
física, psicológica e social:
• ter estilos de vida saudáveis, cuidar de si,
• sentir-se bem consigo mesmo, com o local
onde se vive, com a família, amigos e
outras pessoas significativas que o
rodeiam,
• ter capacidade para realizar as
actividades do dia-a-dia,
• ter tempo para actividades de lazer e
para outros hábitos que o façam sentirse bem e realizado.
CONCEITOS
Qualidade de Vida é denominador comum nas várias definições de Saúde Mental.
Quando se pensa na Q.V. das pessoas com deficiência:
Consciência responsável da sua envolvência
Desenvolvimento o mais harmónico possível, em oito domínios:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Direitos,
Autodeterminação,
Equilíbrio nas relações interpessoais,
Bem-Estar físico,
Bem-Estar psicológico
Bem-Estar material,
Cidadania
Empregabilidade
(Shalock, Gardner e Bradley, 2007; Shalock e Alonso, 2002).
CONCEITOS
HORTICULTURA TERAPÊUTICA
Horticultura: arte de plantar hortas / jardins
Terapia: tratamento de doenças
Processo de terapia que usa as plantas
Instrumento: actividades de horticultura e o mundo natural
Objectivo:
promover melhorias através dos sentidos e da mente
Maximizar: funções sociais, cognitivas, físicas,
psicológicas, melhorando a Q.V. dos pacientes
provavelmente mais antiga do que qualquer outro tipo
de terapia que conhecemos, começou desde o início
dos tempos, mas nunca foi reconhecida como tal
cultura de plantas
+
jardinagem activa e
passiva
(contemplação ou
“jardim-reflexo”)
Coadjuvante das
terapias convencionais
CONCEITOS
A influência da terapia usando as plantas:
Antigo Egipto: quando médicos prescreviam passeios no jardim para os seus pacientes.
1600: o primeiro datado dos casos de "Horticultura Terapêutica"
as pessoas pobres não podiam pagar as suas facturas de hospital, para isso tinham que
trabalhar nos jardins como forma de pagamento.
recuperaram mais rapidamente que outros pacientes sem qualquer contacto com as
plantas
Depois das duas Guerras Mundiais: alguns dos feridos militares trabalharam em jardins
para melhorar o funcionamento das partes lesadas, aumentar a função mental, e
também recuperar as capacidades físicas.
CONCEITOS
Entre os séculos XVIII e XIX:
muitas evidências dos benefícios destas abordagens, nomeadamente, em pacientes
psiquiátricos,
vários projectos a nível mundial que usam a jardinagem como forma de tratamento de
dificuldades/perturbações ligadas ao psicológico/mental, potenciando/melhorando :
• Capacidades para a realização de tarefas simples
• Capacidade de resiliência
• Capacidade de adaptação face à mudança
Muitos pacientes têm vindo a fazer
parte nesta poderosa forma da terapia
que envolve trabalho com plantas
para estimular a recuperação.
CONCEITOS
Actualmente:
Horticultura Terapia: instrumento activo de intervenção com pessoas em tratamento
Está a ser usado numa variedade de instituições:
• hospitais psiquiátricos
• clínicas de reabilitação física
• estabelecimentos prisionais
• programas de desenvolvimento de competências para pessoas com deficiência
• programas para pessoas com toxicodependências e de formação profissional
CONCEITOS
No CECD:
metodologias associadas a actividades e contextos diversos, que cruzam a função da
Horticultura terapia.
O objectivo não é encontrar a “cura”
embora seja possível aumentar as competências da pessoa com deficiência intelectual
através da aprendizagem e da reabilitação, nunca será possível atingir um funcionamento
intelectual e social completo.
Especificidade: que distancia os objectivos definidos para os casos da doença mental, em
que não existindo uma insuficiência mas uma alteração, com diversos graus de gravidade,
pode ser tratada, e em muitos casos curada.
HORTICULTURA NO C.E.C.D. MIRA SINTRA
AGRICULTURA
MULTIFUNCIONAL
- Horticultura -
HORTICULTURA
Relato de Experiências
APRESENTAÇÃO
Estrutura vocacionada para o atendimento de jovens e adultos com deficiência intelectual,
com mais de 16 anos, com alto nível de dependência e com reduzidas capacidades de
trabalho produtivo.
OBJECTIVOS
 Promover e maximizar o desenvolvimento da autonomia pessoal e social dos seus utentes;
 Valorizar as suas competências através do desenvolvimento de actividades socialmente
úteis;
 Promover os seu bem-estar individual, respeitando as suas características e necessidades
específicas;
 Promover a sua integração sócio-familiar e comunitária.
UNIDADES FUNCIONAIS
Unidade A:
Unidade de lazer e bem-estar vocacionada para o desenvolvimento de actividades de bemestar, ligadas fundamentalmente às actividades da vida diária nas suas diversas componentes.
Unidade B:
Unidade de apoio ocupacional em que se desenvolvem actividades com uma forte
componente de investimento nas autonomias.
Unidade C:
Unidade de apoio pelo trabalho, voltada para as actividades socialmente úteis, de
preferência, desenvolvidas num meio o mais integrado possível.
ACTIVIDADES
São desenvolvidas as seguintes actividades, de acordo com o definido no Plano Individual de
cada cliente:
 Actividades Complementares e de Apoio Técnico:
- Actividade Motora Adaptada;
- Terapia Ocupacional;
- Conhecimentos Gerais/TIC
- Psicologia;
- Serviço Social;
- Equitação Terapêutica;
- Dança e Expressão Dramática.
 Actividades Ocupacionais:
- Jardinagem;
- Limpeza Urbana;
- Artes Decorativas;
- Artes Culinárias;
- Azulejaria;
- Reciclagem;
- Horta Pedagógica.
HORTICULTURA NO C.A.O.
Em Março de 2010, fruto da revisão dos programas individuais dos clientes do CAO
(Unidade de Apoio Ocupacional -B)
necessidade de um aumento da diversidade de tarefas:
•Em pequeno grupo
• Ao ar livre
Identificação de um conjunto de 11 clientes com as seguintes características:
• motivação e participação nas actividades propostas ao grupo tinha vindo a reduzir
• crescendo de comportamentos disruptivos.
Projecto “Cores, Aromas e Sabores”
HORTICULTURA NO C.A.O.
Projecto “Cores, Aromas e Sabores”
OBJECTIVOS:
- Diversificar as actividades ocupacionais;
- Manter os clientes activos, motivados e participativos;
- Desenvolver o sentido de responsabilidade;
- Promover o sentimento de competência e auto-valorização;
- Adquirir competências e conhecimentos básicos sobre a plantação e manutenção de
espécies cultivadas.
HORTICULTURA NO C.A.O.
Numa das suas vertentes – cuidar da Horta Pedagógica –
de acordo com um horário de distribuição dos clientes por dias da semana com tarefas
específicas
clientes:
• semeiam produtos hortícolas (couves, tomates, pepinos, favas, ervas aromáticas, etc);
• regam;
• mondam;
• colhem;
• vendem, porta a porta, aos colaboradores do CECD
HORTICULTURA NO C.A.O.
Volvidos estes meses, pese embora o facto de muito ainda estar por fazer,
(nomeadamente a criação de uma Estufa e Floreiras decorativas de espaços exteriores)
sentimos que o mesmo tem contribuído para o enriquecimento da Q.V. dos clientes
na medida em que é possível vislumbrar ganhos consideráveis no que diz respeito à sua
actividade e participação, nas seguintes áreas das Funções Mentais, entre outras:
- Temperamento e personalidade
- Controlo das Funções Psicomotoras
- Controlo da atenção
- Treino da memória
- Controlo dos impulsos
HORTICULTURA NO C.A.O.
Temperamento e Personalidade, potenciando:
• a responsabilidade (ao fomentar um temperamento pessoal trabalhador e metódico)
• a estabilidade psíquica (estas actividades hortícolas produzem um temperamento
pessoal equilibrado, calmo e sossegado).
Controlo dos Impulsos – pelo acréscimo da motivação, pretende-se assistir a um maior
domínio da impulsividade, nos perfis com comportamento disruptivo associado.
Controlo da atenção – tendem a controlar melhor os elementos distrateis, treinando a
divisão e a partilha da atenção ao concentrarem-se em dois ou mais estímulos ao
mesmo tempo, junto do grupo de pares, com a Supervisão da Monitora/ Auxiliar Grupo
HORTICULTURA NO C.A.O.
Treino da memória – o facto deste tipo de actividade permitir observar as implicações
dos contributos pessoais (semear, regar, ver crescer, cuidar, colher, vender …) promove a
fixação de procedimentos, logo, favorece a recordação de informações armazenadas.
Controlo das Funções Psicomotoras – Este tipo de actividade proporciona momentos de
maior controlo de eventos motores e psicológicos (treino da planificação e coordenação
da actividade motora e controlo do pensamento obsessivo, por exemplo).
APRESENTAÇÃO
Estrutura vocacionada para jovens com mais de 15 anos e que manifestam necessidades
especiais de formação e integração profissional. O objectivo principal é a qualificação social e
profissional dos formandos.
OBJECTIVOS
 Qualificar profissionalmente os formandos, com vista à sua integração sócio-profissional,
permitindo-lhe deste modo uma realização pessoal e uma participação activa na sociedade.
 Sensibilizar/ informar/ dar encaminhamento a pessoas com deficiências à procura de
emprego, após aferição de expectativas e competências.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Cursos:
 Serviços Auxiliares de Reparação e Manutenção
 Serviços Doméstico-Sociais
 Artes Gráficas
 Jardinagem
A Formação Profissional tem a duração máxima de 2 anos e desenvolve-se da seguinte forma:
 Formação Inicial
 Formação em Contexto de Trabalho:
- Em Prática Simulada
- Em Posto de Trabalho
- Em Alternância
HORTICULTURA NO C.F.P.
CURSO DE OPERADOR DE JARDINAGEM:
No Centro de Formação Profissional (CFP):
50% dos formandos (30 em 60)
integrados no Curso de Operador de Jardinagem.
Idades compreendidas entre os 16 e os 60 anos (prevalecendo as camadas mais jovens)
Não sendo, muitas das vezes, a 1ª escolha aquando da candidatura os clientes com :
• deficiência motora compatível
sentem-se
• deficiência intelectual
• dupla patologia e/ou com graves problemas de inserção social compensados quando
praticam estas
actividades
HORTICULTURA NO C.F.P.
Contacto com a terra
Estar ao ar livre em comunhão com os elementos-natureza
aumento de auto-realização
O facto de:
• poder 'modificar' a natureza com as próprias mãos,
• obter resultados visíveis a curto ou médio prazo,
• quer no seu trabalho, quer nos reforços positivos mais imediatos,
aumento da auto-estima: "Afinal, sou capaz"
São actividades que levam a acalmar ou normalizar determinados traços de ansiedade,
agressividade
SECURIZANTES
HORTICULTURA NO C.F.P.
J.L., 55 anos:
“…estou mais calmo e tenho melhor relação com os outros. Gosto muito das
tarefas que me fazem esquecer os problemas de fora.”
H. C., 24 anos:
“…estou mais responsável, sinto-me mais calmo e menos nervoso. Estou mais
autónomo e mais independente. Como tenho um passado complicado, a
jardinagem tem-me ajudado a saber ultrapassar as dificuldades com mais calma.”
M.S., 16 anos:
“…estou menos agressivo, mais calmo e acho que não preciso de tomar tantos
comprimidos. Estou melhor na relação com as outras pessoas.”
HORTICULTURA NO C.F.P.
CURSO DE OPERADOR DE JARDINAGEM:
Actividade multifacetada
complementada por tarefas de hetero-ajuda e cooperação
esforço comum
bem-estar por bem-fazer (também ele comum)
muito terapêutico nesta franja de população que atendemos
contexto de mainstreaming.
De um modo geral, os ganhos terapêuticos que os clientes do CECD obtêm:
• têm um tronco comum
• diferem também segundo os objectivos da estrutura onde se encontram.
HORTICULTURA NO C.F.P.
Uma percentagem de formandos encontram no Emprego Protegido (Curva Quatro)
continuidade para os seus projectos de vida
muito do que já se conseguiu em ganhos terapêuticos, se prolonga nesta estrutura.
As características dos profissionais que convivem e ensinam os formandos devem
passar por:
•
•
•
•
•
tolerância,
contenção de afectos,
aceitação da diferença pela igualdade de oportunidades,
motivação
vector humano muito desenvolvido e maduro
APRESENTAÇÃO
Estrutura que emprega jovens e adultos com dificuldades intelectuais e outras. Funciona em
moldes empresariais e visa assegurar a estabilidade do emprego e sobretudo valorizar a
capacidade de trabalho das pessoas com mais dificuldades de inserção profissional.
OBJECTIVOS
 Proporcionar ao Cidadão com deficiência o exercício de uma actividade útil e remunerada;
 Assegurar a estabilidade do emprego e, sobretudo, valorizar a capacidade de trabalho da
pessoa com deficiência;
 Promover, sempre que possível, a transição para o mercado normal de trabalho.
SERVIÇOS
Vertente Comercial:
 Construção e Manutenção de Espaços Verdes
 Viveiros
 Cantinho do Verduras – Educação Ambiental e Social
 Lavandaria/Limpeza a Seco
Enquadramento Psico-social:
De acordo com o definido no Plano de Desenvolvimento de Competências de cada cliente:
 Articulação com as famílias dos trabalhadores em regime de emprego protegido, no
sentido de contribuir para o seu bem-estar pessoal e psicológico;
 Acompanhamento psicológico.
HORTICULTURA NO C.E.P.
Expressões da agricultura multifuncional na Curva Quatro
CONSTRUÇÃO E MEANUTENÇÃO DE ESPAÇOS VERDES:
A Curva Quatro tem vindo a utilizar a jardinagem e as actividades a ela associadas
como forma de intervenção socioprofissional e terapêutica de pessoas com deficiência
intelectual com autonomia nas actividades da vida diária e capacidade de trabalho.
A experiência tem-nos mostrado que este tipo de trabalho desperta a auto-estima,
desenvolvendo a relação com o outro e potenciando a percepção de Q. V. positiva.
HORTICULTURA NO C.E.P.
Não tendo uma orientação puramente terapêutica, temos vindo a perceber que a
responsabilidade de cada colaborador com o seu trabalho, com as plantas, a manutenção
dos espaços verdes e o uso das ferramentas:
Produzem um carácter terapêutico que poderá interferir na forma de lidar com os
cuidados pessoais e com a capacidade de entendimento social.
Azevedo In "American Horticultural Therapy Association”:
“(…) quando o participante tem a preocupação de cuidar do seu canteiro, está indirectamente a auto-cuidar-se e a
descobrir a sua capacidade de criar vida (…)”
HORTICULTURA NO C.E.P.
Os colaboradores com deficiência intelectual que desenvolvem actividades na área da
construção e manutenção de espaços verdes e viveiros, na sua grande maioria, têm
conseguido:
• uma maior autonomia nas suas relações interpessoais
• tornaram-se mais participativos
• aprendem a lidar melhor com as suas dificuldades nas situações quotidianas.
meio privilegiado de integração social
benefícios terapêuticos proporcionados pelo contacto com as plantas
parecem ir além do conhecimento do senso comum.
HORTICULTURA NO C.E.P.
VIVEIROS:
• projecto laboral de componente rural
(Viveiros de produção de ornamentais)
• auto-investimento desde 2000
• 3 grandes eixos:
• produção de herbáceas e arbustivas
• desenvolvimento de tarefas em meio rural, tendo em conta o plano de
desenvolvimento de competências de cada colaborador com deficiência intelectual
• implementação do projecto de educação social e ambiental.
HORTICULTURA NO C.E.P.
Algumas Constatações:
os colaboradores em regime de emprego protegido:
• com duplo diagnóstico (deficiência intelectual e doença mental)
• cujas características de personalidade parecem comprometer a sua capacidade de
adaptação ao registo e aos ritmos do trabalho em obras de construção e manutenção de
espaços verdes
demonstram ganhos significativos:
• estabilidade emocional
• percepção de bem-estar geral
Quando começam a desempenhar tarefas nos Viveiros:
• produção de herbáceas e arbustivas
• manutenção do espaço envolvente
Espaço de características
rurais
longe da pressão quotidiana
que tão bem caracteriza os
espaços urbanos
Função terapêutica
HORTICULTURA NO C.E.P.
J. M., 34 anos:
“ Sinto-me bem, estou onde tenho prazer em estar e sinto-me feliz por poder
fazer algo que me dá prazer. Gosto muito do ar puro que se respira aqui…
Traz-me calma, tranquilidade e liberdade. Ajuda-me a superar as minhas
dificuldades. “
“Antes de trabalhar aqui, tremia muito mais e sentia-me bem mais limitado.
Este trabalho tira-me de casa e é um trabalho que eu consigo fazer e que gosto
de fazer.”
HORTICULTURA NO C.E.P.
A. C., 41 anos:
B. “ Sinto-me muito bem, muito calma e tranquila.
Este trabalho traz-me muitos amigos, gosto pelas coisas da terra e tranquilidade,
… muita coisa boa. Principalmente, ocupo o tempo.”
R. P., 35 anos:
“Gosto de trabalhar aqui, gosto do ar puro e das funções de limpar as plantas,
retirar as ervas. Este trabalho traz-me amigos e calma. distrai-me e faz com que
eu saia de casa .”
HORTICULTURA NO C.E.P.
É para este contexto que têm vindo a ser encaminhadas situações de colaboradores com
deficiência intelectual que revelam maior dificuldade de adaptação aos ritmos e nível de
exigência produtiva associada ao contexto competitivo que caracteriza a Curva Quatro
empresa inserida no tecido empresarial da região
Colaboradores que desenvolvem:
actividades nos Viveiros
tarefas de jardinagem em
espaço urbano
Beneficiam de forma holística
dos ganhos decorrentes destas actividades: corpo e mente
HORTICULTURA NO C.E.P.
Experiências e realidades vivenciais :
 aproximam-se do conceito de Horticultura Terapêutica
utilizam-se plantas vivas e actividades horticulturais para melhorar os aspectos
psicológicos físicos das pessoas com deficiência intelectual.
Usufruem: de uma medida de reabilitação
profissional que pressupõe a definição de planos
Não usufruem de : planos de
intervenção terapêutica .
de desenvolvimento de competências pessoais e
sociais
Promoção da sua Q.V.
Potencia a sua saúde mental
HORTICULTURA NO C.E.P.
CANTINHO DO VERDURAS:
Cantinho do Verduras - Educação ambiental e Social:
Projecto que se desenvolve no espaço dos viveiros do CECD Mira Sintra, numa lógica de
rentabilização da capacidade instalada.
Objectivos:
estimular a sensibilidade para as questões sociais e ambientais potenciar a aquisição de
valores, conhecimentos e competências para a defesa do ambiente e do valor da
diferença
Destinatários: todos os públicos, com especial orientação para as camadas jovens em
idade pré-escolar e escolar.
HORTICULTURA NO C.E.P.
Actividades:
• dirigidas a grupos heterogéneos, com a participação activa e o saber adquirido dos
nossos colaboradores com deficiência intelectual, em actividades relacionadas com
o cuidado das plantas e preservação do ambiente.
• ao desenvolverem-se actividades relacionadas com a jardinagem direccionadas à
população idosa e à população geral
Contributo para a sua saúde mental
Horticultura
Benefícios para a Saúde
Mental
BENEFÍCIOS PARA O PRÓPRIO
O simples acto de cuidar das plantas e do meio envolvente:
 Promotor de uma forma de expressão que ajuda as pessoas a relacionarem-se com as
outras, para além dos benefícios psicológicos de estar ao ar livre e trabalhar em
contacto com a natureza.
 Contribui para activar funções cerebrais, cujo estímulo é essencial em qualquer fase
de desenvolvimento, nomeadamente:
•Habilidades e destreza manuais;
•Sensibilização;
•Memória visual, semântica e de procedimento;
•Planeamento e organização;
•Auto-monitorização da acção;
•Percepção visuo-espacial;
•Estética;
•Orientação espacial;
•Percepção e orientação temporal;
•Atenção sustentada;
•Criatividade;
•Interesse e motivação
BENEFÍCIOS PARA O PRÓPRIO
Todo o contexto de construção e manutenção de espaços verdes e de produção de
herbáceas e arbustivas :
• estimula todos os sentidos
• alivia o stress.
• melhora o corpo, a mente, e a Q.V.
Com o desenvolvimento continuado de actividades ligadas à jardinagem, os
colaboradores com deficiência intelectual, têm vindo a adquirir vários benefícios,
nomeadamente ao nível de quatro áreas básicas:
- desenvolvimento cognitivo
- desenvolvimento social
- desenvolvimento psicológico
- desenvolvimento físico
BENEFÍCIOS PARA O PRÓPRIO
Os benefícios cognitivos :
• envolvem aprendizagem de novas habilidades
De uma forma geral, os colaboradores com deficiência intelectual tendem :
- a potenciar o seu processo de tomada de decisão e resolução de
problemas e habilidades
- a aprender a seguir instruções mais ou menos complexas.
- a trabalhar com algum nível de independência, ainda que sempre
com supervisão
- a aumentar a consciência do mundo à sua volta
BENEFÍCIOS PARA O PRÓPRIO
Os benefícios sociais :
• derivam do trabalho compartilhado dentro de uma equipa:
• de relacionamento
• de compromisso
• de trabalho em prol de um objectivo comum.
A interacção social através de um trabalho em grupo ajuda as pessoas, fazendo
com que se sintam melhor consigo mesmas:
• Oportunidade para interagir com os outros
• Cooperação em equipa
• O trabalho das competências
• Lidar com o sucesso e o fracasso
proporciona um ambiente para aprender e
servir de exemplo para os outros
BENEFÍCIOS PARA O PRÓPRIO
Os benefícios psicológicos :
O desenvolvimento psicológico ajuda na melhoria da auto-estima e autoconfiança.
Também temos constatado que o trabalho com plantas vivas faz com que os
colaboradores com deficiência sintam o significado de responsabilidade.
Sabendo que se deve alimentar e cuidar das plantas, sentem-se mais produtivos e
motivados, alem de se sentirem mais tranquilos, como tantas vezes verbalizam.
BENEFÍCIOS PARA O PRÓPRIO
Esta experiência permite uma atmosfera melhor com os colaboradores:
- deixando-os mais relaxados
- tornando-os mais abertos a falar sobre os seus problemas
- aumenta :
- a autonomia
- a competência para a observação
- a capacidade para resolver problemas
- utilização prática de habilidades
potenciando
incentivando a criatividade
consequentemente a sua
diminuindo o stress
auto-estima
aumentando o auto-controlo das emoções
BENEFÍCIOS PARA O PRÓPRIO
Benefícios físicos:
• a actividade de jardinagem actua no aumento da intensidade do movimento e
melhora as habilidades motoras, ao utilizar os músculos, melhora a coordenação e
equilíbrio, consequentemente, aumento da força muscular.
• as melhorias físicas são resultantes do trabalho ao ar livre, na medida em que a
pessoa move o seu corpo e adapta-se a mudanças físicas do ambiente de forma
segura.
BENEFÍCIOS PARA O PRÓPRIO
Benefícios sensoriais:
potenciar ou recuperar o sentido de cor, textura, forma e cheiro, através da
observação e cuidado das plantas e flores.
Cristina Borghi (médica e consultora especializada em Healing Gardens (Jardins da cura)
da Faculdade de Agronomia e Farmácia da Universidade de Estudos de Milão):
“a abordagem terapêutica das actividades ligadas à jardinagem e ao cuidar das plantas,
funciona colocando em movimento três mecanismos distintos: a interacção com as
plantas, a acção e a reacção”.
BENEFÍCIOS PARA O PRÓPRIO
Na deficiência intelectual:
INTERACÇÃO: Favorece a reciprocidade a partir do técnico
• mostra-se tanto mais verdade em contextos de duplo diagnóstico
• muitas vezes o profissional tem dificuldade em aproximar-se porque a pessoa , para lá
do seu défice intelectual, está inserido numa realidade de “desafecto”, delírios e
alucinações.
A capacidade de interagir é fundamental para
todos, nomeadamente:
Esta
• sintomatologia depressiva
atenuar sintomas como:
• ansiedade
• baixa resistência ao stresse
• autismo
• baixa auto-estima
• demência.
abordagem
também
parece
BENEFÍCIOS PARA O PRÓPRIO
ACÇÃO: mantém a pessoa ocupada, descentrando-a do foco do seu mal estar e
potenciando sentimentos de segurança.
Nos contextos ocupacionais apresenta-se como um potencial substituto do trabalho.
Favorece a concentração, sendo também um satisfatório processo criativo.
REACÇÃO: constitui um elemento de ligação entre o paciente e o espaço rural ou o jardim,
que se estabelece a partir da resposta emotiva que uma paisagem ou uma flor suscitam.
BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS
Benefícios comunitários:
As áreas verdes são reconhecidas por trazerem valiosos contributos para o meio ambiente
e para o bem-estar social no âmbito urbano.
As funções que esses espaços exercem e os benefícios providos são extensivos e
múltiplos.
Diferentes autores já investigaram e forneceram evidências
destas diferentes funções e dos benefícios gerados.
BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS
Variedade e Multifuncionalidade de uma área verde:
• pode prover os mais variados benefícios de maneiras
diversas, a usuários diferentes e com resultados diversos.
As áreas verdes urbanas :
• Papel importante em relação à Q.V. dos seus habitantes
• Essenciais na formação da identidade da comunidade
(carácter e a imagem de um bairro / cidade)
Muitos dos actuais programas de desenvolvimento procuram melhoria da Q.V. no
meio urbano
melhoria do meio ambiente e do equilíbrio ambiental
BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS
Acreditamos que com o contributo dado ao nível da construção e manutenção de
espaços verdes, nomeadamente, ao nível do concelho de Sintra,
o CECD tem vindo a contribuir para melhorar/potenciar a saúde mental da comunidade
envolvente:
As áreas verdes são relevantes para o bem-estar e as condições de saúde da população:
• promovem a biodiversidade
• constituem importante parte da paisagem urbana
• trazem benefícios económicos significativos
• formam espaços estruturais e funcionais
fundamentais para
transformar as nossas
cidades em áreas mais
agradáveis de viver.
BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS
Acreditamos que apostar nas áreas verdes pode assumir um papel primordial nos
esforços para melhorar:
• a qualidade de vida da população
• o desenvolvimento sustentável
Porquê?
Porque também acreditamos haver uma intrínseca relação entre o acesso das
pessoas a áreas verdes e a qualidade desses espaços:
• A saúde física e psíquica
• O desenvolvimento social
• O sentimento de bem-estar
e de qualidade de vida
geralmente estimulados quando a
pessoa passa tempo ao ar livre,
sendo este tanto maior
de cada cidadão
quanto mais apelativo for o
contexto
BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS
Áreas verdes :
• não constituem somente o habitat para plantas e animais
• funcionam como lugares da recreação e lazer,
• servindo para neutralizar os factores urbanos stressantes
(ruído, calor e poluição do ar)
O exercício do lazer e da recreação em espaços
adequados funciona como anti-stressante
as pessoas relaxam com o contacto com os
elementos naturais nessas áreas
BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS
ESTUDO 1: Investigadores da Universidade de Essex (Inglaterra) – coordenados por Rachel
Hine e Jules Pretty do Departamento de Ciências Biológicas –
compararam, em 20 pessoas com depressão, os efeitos de passeios a pé de 30 minutos
num parque e de caminhadas da igual duração num centro comercial da cidade.
Depois dos passeios a pé na natureza:
71% dos participantes baixou o nível de
depressão
90% aumentou a auto-estima
Dos que caminharam num centro comercial:
45% mostrou uma diminuição do nível da depressão
22% mostrou um aumento do nível da depressão
50% ficou mais tenso
44% perdeu auto-estima
Conclusão: os resultados provam que as abordagens terapêuticas com base em actividades
ao ar livre devem ser consideradas como opções de tratamento adequadas.
BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS
ESTUDO 2: A Universidade de Essex fez um segundo estudo em que interrogou 108 pessoas
com vários problemas mentais sobre os resultados das suas experiências ao ar livre.
94 % indicaram que as actividades ao ar livre melhoraram-lhes o estado de saúde
mental
90 % indicaram que o exercício tinha melhores efeitos quando associado à natureza.
Segundo Paul Farmer (director da Mind):
estas abordagens constituem "uma opção de tratamento credível, clinicamente válida, que
devia ser prescrita pelos médicos, particularmente quando para muitas pessoas o acesso a
alternativas aos anti-depressivos é muito limitado (…) Não estamos a dizer que deve
substituir os medicamentos, mas que o debate deve ser alargado"
BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS
Por outro lado, do ponto de vista social, no âmbito das actividades de voluntariado
desenvolvidas por várias empresas no CECD
Ex: Resiquimica e a Tabaqueira
Acções:
• no espaço dos Viveiros (actividades de requalificação do espaço envolvente, desempenho
de tarefas relacionadas com o cuidar das plantas)
• no evento “35 anos 35 árvores” (plantação de 35 árvores no espaço urbano de Mira
Sintra, no âmbito da comemoração dos 35 anos do CECD Mira Sintra)
criam-se oportunidades que concorrem para a promoção da Qualidade de Vida da
comunidade
BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS
•Inclusão social e Sustentabilidade Social (se considerarmos que a sustentabilidade
social está voltada para o crescimento social e para a melhoria da qualidade de vida
da população, e que para isso, deve contemplar dimensões da Sustentabilidade (que
incluem a “promoção da Inclusão Social”).
•Acesso e participação, como parâmetro essencial da Q.V. das pessoas.
• Educação para a diferença (importância de fomentar a participação de grupos
especialmente excluídos no usufruir de todas as actividades e interacções permitidas
à população em geral)
BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS
• Partilha de saberes
(os colaboradores, formandos e clientes com deficiência intelectual, têm oportunidade
de trabalhar lado a lado, partilhar experiências e saberes com pessoas da comunidade
envolvente).
•Oportunidade de desempenho de tarefas ao ar livre relacionadas com a jardinagem
(para pessoas que geralmente desempenham trabalhos confinados ao espaço interior
das empresas),
combatendo o stress e a rotina e potenciando sentimentos de responsabilidade social
BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS
• Responsabilidade Social das empresas:
Estas acções de voluntariado inserem-se nesta filosofia, em que as empresas se
organizam internamente para partilhar parte dos seus recursos em acções de apoio social
a diversos níveis.
Ganhos para:
• Os voluntários (ganhos pessoais)
• As empresas (associam a sua marca a um
consumo responsável)
• As instituições que beneficiam das acções
Horticultura e
Deficiência Intelectual
Perfil do Profissional de
Enquadramento
REFLEXÕES FINAIS
Perfil do profissional que trabalhe áreas relacionadas com a Horticultura, aplicadas
à deficiência intelectual (D.I.):
• apoiar a pessoa nas suas limitações e
• capacidade
programar um tipo de actividade
comportamento pode ser incomum
ajustada às suas necessidades
•capacidade de motivar, encorajar e reconhecer quando
• capacidade de enquadrar pessoas no
elogiar os pequenos avanços da pessoa com D.I.
desenvolvimento das competências
• comunicação eficaz
previstas no seu P.I.
• paciência, compreensão e tolerância
de
trabalhar
com
pessoas
Promover e apoiar programas que melhorem a Q.V. das pessoas
com D.I., através da jardinagem e da interacção com o mundo
natural.
cujo
REFLEXÕES FINAIS
Perfil: generalista, humanista e reflexivo, capaz de situar-se criticamente em relação às
outras áreas do saber que participam na sua formação e actuação, e ser capaz de
reflectir e actuar sobre as complexas dimensões das questões clínicas, terapêuticas,
científico - filosóficas, éticas, políticas e socioculturais, observando e interpretando, de
modo fundamentado e crítico, as situações do seu universo profissional.
ESPECIALIZAÇÃO
Áreas :
Horticultura
Psicologia
FORMAÇÃO
Ciências Sociais
Ciências do Comportamento, …
SENSIBILIZAÇÃO
REFLEXÕES FINAIS
Qualquer interveniente no processo de
enquadramento
de
pessoas
com
deficiência intelectual:
NECESSIDADES
INDIVIDUAIS
Não tendo formação específica na área
Não estando em contexto institucional
PARCERIAS
Deverá ter o enquadramento de
rectaguarda institucional
trabalho articulado e multidisciplinar:
Assegurar o cumprimento dos
planos individuais
QUALIDADE DE VIDA
INTERVENÇÃO
MULTIDISCIPLINAR
“Sendo que o que Deus tinha feito era perfeitamente belo e parecia que não faltava
nada na Terra que Deus tinha criado para fazer Adão e Eva felizes, manifestou-lhes o
seu grande amor plantando um jardim especialmente para eles. Numa parte do seu
tempo, deviam ocupar-se da alegre tarefa de cultivar o jardim. O seu trabalho não era
cansativo, antes agradável e revigorante. Este formoso jardim deveria ser o seu lar e a
sua morada especial”.
(Ellen White, 1864, in comentário ao relato da Criação presente no livro de Génesis)
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Obrigada
[email protected]
Av. 25 de Abril 190, Mira Sintra, 2735-148 Cacém
Tel: 219 188 560 | Fax: 219 188 579 | [email protected] | www.cecdmirasintra.org
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Benefícios da Horticultura-Terapia para a saúde mental