3 • Relatório da Direcção
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Síntese de gestão
Situação económica e financeira
Propostas de aprovação dos relatórios e contas: individuais
Proposta de aplicação de resultados individuais
ÁREA INSTITUCIONAL
–
–
–
–
Direcção de Associativismo
Direcção de Economia e Informação
Informação, Comunicação e Relações Públicas
Representação externa (Delegação de Bruxelas)
ÁREA INSTRUMENTAL
– DACE – Direcção de Apoio à Competitividade Empresarial
ÁREA EMPRESARIAL
– Feira Internacional de Lisboa
– AIP Congressos
– Participadas (APA, APJ, Iwaytrade, APCER, IBEROPARK, ACIE
e Fundação AIP)
ÁREA DE ESTRUTURA
RELATÓRIO DA DIRECÇÃO
Síntese de Gestão
O exercício de 2009 decorreu num ambiente de
autonomização empresarial dos serviços da FIL
crise económica muito agravada pela recessão
de decoração e montagem de stands. Este pro-
internacional, mas que já se tinha manifestado,
cesso
com um pendor mais nacional, nos anos de
FILDESIGN que irá aproveitar a larga experiência
2007 e 2008.
nacional e internacional de decoração de stands,
culminou
na
criação
da
empresa
procurando aumentar os seus mercados,
Estas condições económicas mais adversas
sobretudo os dos eventos não organizados na
encontraram, no entanto, a AIP-CE parcialmente
FIL, quer em Portugal quer no estrangeiro.
crise dos anos transactos tinham suscitado já al-
A área de Congressos da AIP-CE, em contrapar-
gumas alterações orgânicas na Instituição e ins-
tida, comportou-se favoravelmente, tendo me-
pirado outras que, entretanto, ficaram em condi-
lhorado os seus resultados face aos apurados no
ções de ser implementadas.
exercício transacto.
Do lado dos Custos, desenvolveu-se, por essa
A acção da AIP-CE, na área da formação profis-
razão, um Programa de Redução de Custos que
sional e consultadoria, continuou a pautar-se pe-
procurou racionalizar os encargos transversais
la política de serviço às empresas nacionais, so-
com maior expressão económica, entre os quais,
bretudo no campo dos projectos co-financiados,
os relativos aos consumos energéticos.
para os quais a AIP-CE goza de estatuto reconhecido e privilegiado por parte do Estado.
Os resultados deste ano experimental do Programa, globalmente positivos, aconselharam a repe-
Nesse sentido, foi atribuída à Instituição impor-
tição, no próximo exercício de uma iniciativa se-
tante participação no projecto tecnológico ePME
melhante, naturalmente revista pela experiência
e no MOVE, para além da intervenção nos pro-
adquirida.
jectos regulares de valorização dos recursos humanos das empresas. Não obstante os meios fi-
A área dos Proveitos reflectiu, de forma diferen-
nanceiros avultados envolvidos nestes progra-
ciada, as consequências da recessão económi-
mas comunitários, foi possível conceberem-se
ca. Nas feiras, o impacto negativo da crise reve-
modelos de financiamento destes projectos que
lou-se muito pronunciado, tendo, praticamente,
respeitassem as actuais exigências financeiras
todas as iniciativas da FIL, área da AIP-CE dedi-
que impendem sobre a Instituição e sobre as em-
cada àquela actividade, apresentado decrésci-
presas nacionais, em geral.
mos nos seus desempenhos. Esta situação teve
correspondência internacional, especialmente
Em conclusão, as consequências económicas
europeia, tendo os organismos mundiais mais re-
das actividades referidas situaram-se dentro das
presentativos das feiras (UFI – Union des Foires
expectativas orçamentais definidas para o
Internationales e a EMECA – European Major Ex-
exercício, mas consagraram também um agrava-
hibition Centres Association) reportado decrésci-
mento, já esperado, dos resultados da AIP-CE
mos de actividade muito acentuados, prevendo-
face ao exercício anterior.
se já e no entanto, alguma recuperação para
2010.
No entanto, os dados disponíveis permitem antever um desanuviamento nalguns dos sectores
Não obstante as dificuldades experimentadas no
de actividade onde a AIP-CE actua, pelo que se
âmbito da organização e realização de feiras,
poderá admitir uma evolução mais favorável,
concretizou-se, neste período, um projecto de
económica e financeira, em 2010.
42/43
preparada, uma vez que as manifestações de
Situação económica e financeira
A Associação Industrial Portuguesa–Confederação Empresarial (AIP-CE) apresentou, no exercício de
2009, resultados, antes de impostos, de - 914,94 milhares de euros (m.e.), face a um valor de + 453,25
m.e., em 2008. Após a introdução do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC), os
resultados da AIP-CE situaram-se, no exercício agora findo, em – 1.090,55 m.e. comparando-se com o
valor de + 292,09 m.e. obtido em 2008.
O agravamento dos resultados apurados em 2009, quando comparados com os do ano transacto, deve
ser entendido no quadro económico difícil que acompanhou toda a actividade da AIP-CE durante o ano
de 2009. Como primeira consequência daquele contexto, resultou a contracção dos proveitos em 5.454
m.e., ou seja, menos 11% que o obtido no exercício de 2008. A esta diminuição de proveitos
correspondeu uma redução dos custos inferior (menos 4.072 m.e.) por haver encargos de natureza algo
rígida, como sejam, por exemplo, os encargos com pessoal ou outros com limitações contratuais à sua
redução num curto prazo.
A reacção diferenciada entre proveitos e custos, atrás mencionada, produziu o agravamento de
resultados (depois de impostos) de 1.383 m.e. observado na comparação com o exercício transacto.
Proveitos
A redução de proveitos identificada resultou, essencialmente, do decréscimo dos mesmos na área de
feiras (menos 5.206 m.e.), uma vez que a actividade de congressos experimentou mesmo um aumento
de proveitos de 3.271 m.e..
Evolução dos proveitos – 2008/2009
em milhares de euros
2008
Prestação de serviços estatutários
Subsídios à exploração*
Outros proveitos**
TOTAL
2009
VALOR
%
VALOR
%
40.582
84%
35.837
84%
3.618
8%
1.756
4%
3.881
8%
5.034
12%
48.081
100%
42.627
100%
(*) Inclui comparticipações financeiras de entidades oficiais para a cobertura parcial dos custos de projectos específicos de apoio a
empresas, a conceder à AIP-CE em condições pré-estabelecidas por tais entidades. A efectiva concessão das comparticipações
depende da realização dos custos de execução dos projectos, sendo indispensável demonstrá-la para que se concretize a recepção
dos subsídios.
(**) Inclui outros proveitos e ganhos operacionais, reversões de amortizações e ajustamentos, proveitos e ganhos financeiros e
proveitos e ganhos extraordinários.
RELATÓRIO DA DIRECÇÃO
A redução mais acentuada nos proveitos ocorreu na categoria da Prestação de Serviços Estatutários a
que se aplicam as explicações expendidas para o comportamento da generalidade dos proveitos. As
indicações de que já se dispõem, permitem antecipar, para 2010, a recuperação destes proveitos na
área da organização de feiras.
Os Subsídios à Exploração apresentaram um decréscimo, em relação a 2008, resultante do facto de
grandes projectos co-financiados como o ePME e o MOVE só terem tido maior desenvolvimento no final
do ano, sendo de admitir que, em 2010, aquelas iniciativas atinjam a plenitude de execução prevista.
quais uma relacionada com a autonomização dos serviços de decoração e montagem de stands de feiras e a sua consequente venda (2.500 m.e.) à FILDESIGN, empresa constituída pela AIP-CE para prosseguir aqueles objectivos. A outra operação, empreendida no âmbito desta rubrica, foi a da anulação de provisões (750 m.e.) para reestruturação, por ter deixado de se justificar no actual contexto da Instituição.
Não obstante as contrariedades macro-económicas atrás referidas, a origem de proveitos com base na
Prestação de Serviços Estatutários manteve, em 2009, o contributo percentual identificado em 2008. Já
os Subsídios e os Outros Proveitos apresentaram comportamentos diferentes, tendo esta última rubrica
revelado uma evolução crescente pela realização, com carácter extraordinário, das iniciativas atrás
referidas.
Composição dos Proveitos 2009
Outros proveitos
12%
Subsidios à
Exploração
4%
Prestação
de Serviços
Estatutários
84%
44/45
Em Outros Proveitos, o montante observado em 2009 proveio, primordialmente, de duas operações, das
Custos
Os custos totais da AIP-CE em 2009 (43.717 m.e.) revelaram alguma correlação com a evolução dos
proveitos, tendo decrescido, face ao exercício de 2008, 9% para uma redução dos proveitos de 11%,
cujas causas se enquadram na explicação já fornecida no preâmbulo desta análise
Evolução dos custos – 2008/2009
em milhares de euros
2008
2009
VALOR
%
VALOR
%
Matérias consumidas e fornecimentos
e serviços externos
31.854
67%
27.654
63%
Custos com pessoal
11.207
23%
11,437
26%
Amortizações
2.451
5%
2.590
6%
Outros custos*
2.277
5%
2.036
5%
47.789
100%
43.717
100%
TOTAL
(*) Inclui ajustamentos e provisões, impostos e outros custos operacionais, custos e perdas financeiras, custos e perdas
extraordinárias e o imposto sobre o rendimento do exercício.
O decréscimo de custos mais pronunciado, face ao ano anterior, surgiu nas Matérias Consumidas e nos
Fornecimentos e Serviços Externos, com uma redução conjunta de 13%, evidenciando elevada
correlação com a diminuição dos Proveitos Estatutários (12%). Esta rubrica perde, também, importância
relativa no conjunto dos custos, uma vez que, dada a sua elasticidade, reduz a sua expressão em
correlação com o decréscimo dos proveitos.
Os Custos com Pessoal que, no exercício anterior respondiam por 23% dos custos, assumiram, em
2009, uma responsabilidade de 26%. Esta evolução decorreu da diminuição dos custos totais entre os
dois exercícios e da rigidez deste tipo de custos que não acompanhou aquela retracção geral dos
encargos.
A evolução das amortizações repercutiu a transferência para imobilizado firme de alguns projectos que
se encontravam em curso em 2008 e que, entretanto, se concluíram.
RELATÓRIO DA DIRECÇÃO
Composição dos custos – 2009
Amortizações
6%
Outros custos
5%
46/47
Custos
com Pessoal
26%
Matérias Consumidas
e Fornecimentos e Serviços Externos
63%
Resultados operacionais
O exercício de 2009 foi encerrado com Resultados Operacionais negativos de 2.845 mil euros contra um
valor de +1.353 mil euros em 2008. Importa referir que do cálculo dos resultados operacionais foram
expurgados os juros da dívida do empréstimo a longo prazo, suportados pela AIP-CE, sob a forma de
rendas das instalações da FIL que mensalmente são debitadas pela APA.
Em termos de apresentação legal das contas, este método não é adoptado, razão pela qual os referidos
resultados operacionais se cifraram, de acordo com esse método de evidenciação, em -4.434 milhares
de euros e, no ano transacto, em -1.482,05 m.e..
Meios Libertos
No exercício de 2009, os meios financeiros produzidos pela AIP-CE situaram-se nos 1.782,74 m.e. para
um valor homólogo, em 2008, de 2.813,56 m.e. Esta redução radicou na obtenção, em 2009, de
menores resultados, especialmente, na área de feiras.
Endividamento Bancário
As responsabilidades exigíveis no curto, médio e longo prazo, perante as instituições bancárias,
situaram-se em 14.543,31 m.e., em 31 de Dezembro de 2009, tendo aumentado, face a 2008, ano em
que as dívidas ao sistema bancário se situaram nos 11.110,90 m.e..
Capital próprio associativo (património associativo)
O capital próprio associativo (património associativo ou situação líquida) situou-se nos 81.575,39 m.e.
em 2009, para um montante de 82.856,96 m.e. apurado em 2008, verificando-se uma evolução
desfavorável, resultante dos Resultados Líquidos do Exercício negativos incorporados no exercício
agora findo.
Evolução do património associativo 2005-2009
em milhares
de euros
83.000
82.500
82.000
81.500
81.000
80.500
80.000
79.500
79.000
78.500
78.000
77.500
2005
RELATÓRIO DA DIRECÇÃO
2006
2007
2008
2009
Activo
A AIP-CE adequou, no exercício de 2009, a sua política de apetrechamento patrimonial às exigências do
actual ambiente financeiro, baixando, por essa razão, o nível de investimentos concretizados. Por esta
razão, o incremento no imobilizado líquido, face a 2008, foi de 1,3%.
A rubrica de Acréscimos e Diferimentos reflectiu o reembolso, no decurso de 2009, de saldos de
48/49
projectos que, em 2008, se encontravam a aguardar regularização por parte do Estado.
Evolução do activo bruto e líquido 2005-2009
180.000
160.000
em milhares
de euros
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
2005
2006
Activo Bruto
2007
2008
2009
Activo Líquido
Proposta de Aprovação
do Relatório e Contas Individuais
Exmo. Senhor
Presidente da Mesa da Assembleia Geral,
Nos termos da alínea l) do n.º 2 do artigo 25.º dos Estatutos da Associação Industrial
Portuguesa-Confederação Empresarial (AIP-CE), que confere à Direcção a competência
de apresentar anualmente à Assembleia Geral o Relatório e Contas do exercício bem
como a Proposta de Resultados, solicito a V. Exa. a apresentação, aos Exmos. Senhores
Associados, da seguinte proposta:
Senhores Associados,
Nos termos das competências conferidas pelos Estatutos da AIP–CE à Direcção, vem
este órgão apresentar a V. Exas. o Relatório e Contas Individuais da Associação Industrial
Portuguesa-Confederação Empresarial, referentes ao exercício de 2009, propondo a sua
apreciação e aprovação.
Lisboa, 10 de Abril de 2010
O Presidente da Direcção
JORGE ROCHA DE MATOS (comendador)
RELATÓRIO DA DIRECÇÃO
Proposta de Aplicação
de Resultados Individuais
Exmo. Senhor
Presidente da Mesa da Assembleia Geral,
Nos termos da alínea l) do n.º 2 do artigo 25.º dos Estatutos da Associação Industrial
de apresentar à Assembleia Geral a proposta de aplicação de resultados das contas
individuais, solicito a V. Exa. a apresentação, aos Exmos. Senhores Associados, da
seguinte proposta:
Senhores Associados,
Nos termos das competências conferidas pelos Estatutos da AIP-CE à Direcção, vem
este órgão propor a V. Exas. que o Resultado Líquido negativo das Contas Individuais do
Exercício de 2009, no montante de 1.090.546,05 euros (um milhão noventa mil
quinhentos e quarenta e seis euros e cinco cêntimos) seja transferido para a conta de
Resultados Transitados.
Lisboa, 10 de Abril de 2010
O Presidente da Direcção
JORGE ROCHA DE MATOS (comendador)
50/51
Portuguesa-Confederação Empresarial (AIP-CE), que confere à Direcção a competência
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3 • Relatório da Direcção