8/2013 23 Jun. ADM PROPÕE ALTERAÇÕES AO PLANO CLÁSSICO DA PT-ACS, QUE SE TRADUZEM EM MAIS UM ATAQUE AOS BOLSOS DOS TRABALHADORES ADM propõe alterações ao Plano Clássico da PT ACS, que se traduzem numa diminuição de regalias e num aumento das comparticipações. No dia 14 de Junho fomos convocados para a 1ª reunião de negociação para alterar o plano de saúde clássico da PT-C. A proposta da empresa é um dos maiores ataques aos direitos e regalias dos trabalhadores desde que tal plano de saúde foi criado. As propostas, que aumentariam as despesas dos trabalhadores EM CENTENAS OU MILHARES DE EUROS ANUAIS, são as seguintes: • Todos os beneficiários do regime geral passariam a pagar uma quota em função do rendimento familiar (incluem os filhos independentemente da idade, cônjuges e ascendentes) que varia entre os 5 euros por mês até aos 137 euros por mês; • Os filhos entre os 26 anos e os 30 anos, sem rendimento, deixariam de poder inscrever-se no regime especial com quota (apenas novas adesões); • Os ascendentes a cargo deixariam de se poder inscrever no regime especial com quota (apenas novas adesões); • Reduzir as comparticipações em internamentos e ambulatório fora da rede convencionada de 80% para 60%. • Reduzir as comparticipações na estomatologia de 95% para 60%. • Introduzir as franquias no ambulatório e na estomatologia anualmente. De 23,5 euros na rede convencionada e 47 euros na rede não convencionada. Estas verbas seriam suportadas integralmente pelo beneficiário; • O encargo para os beneficiários na estomatologia passaria dos atuais 5% para 20%; • Introduzir um plafond no ambulatório de 2.000 euros por ano com o máximo de 500 euros para medicina física e de reabilitação (fisioterapia); • Introduzir um plafond na estomatologia de 200 euros por ano; • Redução da comparticipação nas próteses de 100% para 80%; • Introduzir um plafond nas próteses de 350 euros de 3 em 3 anos; • Acabar com as isenções nos copagamentos do serviço ambulatório, passando nos internamentos os limites de copagamento dos grandes doentes de 2000€ para 4000€. • Acabar com a comparticipação no tratamento termal, na hidroginástica, no calçado ortopédico, nas despesas de alojamento e alimentação nas deslocações dos beneficiários das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Como contrapartida apresentaram as seguintes propostas: • Redução da quota do beneficiário titular de 2,1% para 1,9%; • Passam a ser abrangidos pelo Plano, as uniões de facto. Esta proposta equivaleria a uma redução média de 3,5 euros mensais por trabalhador. A PT-C daria “um chouriço e os trabalhadores tinham que lhe dar um porco”. A posição que o SNTCT transmitiu na reunião em causa foi muito clara! O Administrador Francisco Nunes tentou fundamentar com os custos de saúde em Portugal serem superiores em 10,7% à média europeia, no entanto o SNTCT rapidamente desmontou este fraco argumento. É que na realidade os trabalhadores portugueses, nomeadamente os da PT-C ganham em média menos 38% que a média europeia, e, para além disso, têm perdido muito poder de compra nos últimos anos, conjugado com um injusto congelamento de salários desde 2011. Inclusivamente casos em que trabalhadores da PT têm os vencimentos congelados há muito mais anos. Referimos ainda considerar a diminuição de quota do beneficiário titular uma falácia, porque não era preciso ser economista para perceber que o “desconto” de 0,2 era irrisório face á proposta indecente de aumentos/transferência de custos e retirada de benefícios proposta pela empresa sobre o Plano Clássico da PTC, que pretende atingir gravemente os beneficiários daquele Plano. Recordámos encontrar-se em vigor uma ordem de serviço, OS003306CAPTC, que consigna no seu ponto 6.3.2, que “os atos de estomatologia, incluindo próteses e aparelhos de ortodôncia, são comparticipados em 95% do valor fixado nas tabelas mencionadas em 6.1., sendo o encargo do beneficiário de 5%, o qual não pode ser revisto sem o acordo de todas as ERCT da PT Comunicações, SA”. Esclarecemos que não contassem com o SNTCT para acordar sobre a referida alteração ou para ser cúmplice de mais uma estratégia da ADM da PT-C para poupar à custa dos beneficiários do Plano Clássico. Deixamos aqui duas questões: • Será que esta pretensão da ADM está alinhada com uma correta aplicação da propalada Responsabilidade Social Interna? • Será que esta negociação é séria ou é mais uma encenação pré cozinhada? O SNTCT manterá os seus associados, bem como os restantes trabalhadores, informados do decorrer deste processo negocial. Sindicaliza-te sntct – a força de continuarmos juntos