Revista
ANO 16 nº83 JAN/FEV 2013
O CarrO E O
MEiO aMBiEntE
Conheça os elétricos que já estão
rodando nas vias brasileiras
o
As ações das seguradoras
em prol de um planeta melhor
CarrOs
vErDEs
SP n,
aPÓLiCE
sUstEntÁvEL
En
Pa tr
u
Fe lo R Ev
i
l
da dm obe st
U an rt a
Saiba tudo sobre a interação, nem sempre
equilibrada, entre o seu veículo e a natureza
Por um
mundo
melhor
Q
uem mora em São Paulo, como eu, entende bem
o que a poluição significa. Está sempre diante de nós,
no ar cinza que cobre a cidade mesmo em dias
de sol, no odor desagradável que sai dos rios que margeiam
algumas de nossas principais avenidas, na sujeira das ruas,
e até na poluição visual, que atrapalha a identificação rápida
da sinalização de trânsito, provocando riscos de acidentes.
Quem trabalha com o tema do automóvel, como eu e você,
leitor, também sabe que lidamos com um dos principais
fatores que geram poluição. Estudos apontam que, em
São Paulo, 90% da poluição do ar começa no escapamento
dos automóveis. É muita coisa. E é possível reduzir esse
impacto. Não é simples, porque há diversos interesses
antagônicos envolvidos. Mas é tão importante que todos
temos a obrigação de manter essa discussão sempre viva.
É por isso que tivemos a ideia de lançar uma edição
temática neste começo de 2013. Um número da revista
dedicado quase que exclusivamente a questões relacionadas
ao meio ambiente. Ou melhor: à interação do automóvel
– e tudo o que se associa a ele – com a natureza, o ar que
respiramos, o planeta em que vivemos – e o qual vamos
deixar para nossos filhos.
Fizemos diversos
levantamentos
de informações
e conversamos
com especialistas sobre assuntos como o carro
elétrico, o transporte de cargas nocivas ao meio
ambiente, os veículos que poluem menos e os caminhos
possíveis para que essa interação tenha menos riscos.
O tema, claro, não vai se esgotar nesta edição.
Continuaremos dando a essa relação entre o automóvel
e o meio ambiente a importância que ela merece
ter para a vida de todos nós.
Você tem alguma sugestão em prol de um mundo
menos poluído pelos carros?
Escreva para nós: [email protected]
Queremos muito ouvir a sua opinião.
Tenha uma ótima leitura.
Almir Fernandes
Diretor de operações
Diretor-presidente: Wilson Toneto
Conselho Editorial: Almir Fernandes, Carolina Circelli
e Alexandre Carvalho dos Santos.
Tiragem: 4.000 exemplares.
Publicidade: Fone: (11) 3948-4814
Editor: Alexandre Carvalho dos Santos (Mtb. 44.252)
E-mail: [email protected]
[email protected]
Assinatura e números atrasados: Juliana Sobrinho
Fotos: Alexandre Martins Xavier (Mtb. 30.982) e Luciana Ruffato
Colaboradores desta edição: Alessandro Rúbio, André Horta,
Claudemir Rodriguez, Emerson Feliciano, Estevam Prado Barbosa Silva,
Everson Ferolla, Gerson Burin, Leila Maria de Oliveira Silva,
Luiz Marcos Gonçalvez Júnior, Marcio Lopes Mario Guitti (IQA),
Paulo Roberto Weingärtner Jr. e Willians Araujo.
Direção de arte e diagramação: Yes!Brasil Comunicação
Henrique Marin, Lucas Hayashi Chinen, Roberto Shintate e Silvana Tai.
e Leila Maria de Oliveira Silva.
Redação: Av. Amador Aguiar, 700 - City Empresarial Jaraguá
CEP 02998-020 - São Paulo, SP
Fone: (11) 3948-4800 - Fax (11) 3948-4848
E-mail: [email protected]
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Matéria de capa
O CARRO
E O MEIO
AMBIENTE
Carro
Veículos verdes
6
Máquinas Pop
10
15
O carro
na música
pop/rock
Segurança viária
16 Entrevista
Paulo Roberto Feldmann,
da FEA/USP, fala sobre a situação
do carro elétrico no Brasil
18
Transporte
de produtos
perigosos
22 Estudo
Pintura à base de água X processo
à base de solvente
26 Seguros
Cases de seguradoras que mantêm
ações em prol da sustentabilidade
30 Antena
Recursos dos rastreadores podem
ser usados para proteção
do meio ambiente
36 Painel
Novo módulo do Órion:
Monitoramento
42 IQA
Por um regime automotivo mais justo artigo de Mario Guitti
Legendas
34 Aval cesvi
A lista das empresas e sistemas
de rastreamento e bloqueio
aprovados pelo CESVI
Conteúdo
digital
Confira
video online
Fotografia
Ilustração
Textos
Derrapamos
O CAR Group do Toyota Etios Hatch é 16, e não 17
como foi publicado na seção “Carro” da última edição.
yesbrasil.net
Alexandre Martins Xavier
Veículos
verdes
O
Conheça as características
técnicas dos veículos elétricos
que já estão rodando no Brasil
Estevam Prado Barbosa Silva
País está em pleno desenvolvimento econômico e, apesar
de todas as riquezas, entende-se que a tendência – como
no resto do mundo – é investir em um uso racional
dos recursos naturais. O que inclui a eficiência energética.
A oferta de veículos elétricos “zero emissões” ou híbridos
(que combinam motor a bateria com movimento a combustão)
ainda está no princípio por aqui. Mas em 2013 teremos novos
modelos à disposição do consumidor.
Não é um processo vapt-vupt. As montadoras vêm aos poucos
ampliando suas apostas nesse segmento, mas ainda aguardam
que, ao longo do tempo, o consumidor se adapte à tecnologia
e, principalmente, que o governo federal ofereça incentivos
às vendas desses carros menos poluentes.
Atualmente, no mercado brasileiro, são vendidos três modelos
híbridos, todos importados: o Ford Fusion Hybrid, o MercedesBenz S 400 Hybrid e o BMW ActiveHybrid 7L. Todos modelos
06
de luxo e, claro, custo alto. Em 2011,
o híbrido da Ford vendeu 175 unidades,
e o da Mercedes,apenas 44.
Já o modelo da BMW estreou
recentemente no mercado nacional.
Para 2013, chegam os híbridos Toyota
Prius, que já é um sucesso mundial (são
3,2 milhões de unidades vendidas no mundo)
e uma nova versão do Ford Fusion Hybrid
(tecnologicamente mais avançada que
a anterior, lançada por aqui em 2010).
Em 2014, desembarca o elétrico i3 da BMW.
São modelos que vão aumentar o leque
de opções para um público sofisticado
e que está disposto a pagar um pouco
a mais por um produto ecologicamente correto.
Divulgação
Ford Fusion Hybrid
As vantagens dos elétricos
Chegou ao mercado brasileiro
de forma pioneira e inovadora,
porque adota um princípio
de funcionamento chamado
de full-hybrid (híbrido total).
Ou seja, tem um motor a combustão e outro elétrico integrados
na transmissão, e bateria de alta capacidade, de 250 V - 275 V,
para tração. A bateria é recarregável pela própria ação energética
do veículo, sem a necessidade de ligações externas, o que garante
autonomia e flexibilidade de uso, tanto na cidade como na estrada.
A saga dos veículos elétricos no mercado
brasileiro começa pelos modelos híbridos,
que possuem dois motores: um elétrico
e outro movido a combustão interna.
O elétrico, além de reduzir a emissão
de poluentes de forma significativa,
é mais confortável e silencioso.
Usa pouco combustível em uma autonomia
maior que a de um veículo convencional
do mesmo porte.
A tendência é aumentar
Segundo um estudo da ABVE (Associação
Brasileira do Veículo Elétrico), a participação
dos carros elétricos na frota nacional terá
um aumento significativo e gradativo até 2030.
Ano
2015
2020
2025
2030
VE*
4,3%
25%
48%
60%
VEH*
VEHP*
VEB*
3,6%
15%
20%
18%
0,6%
9%
19%
24%
0,1%
1%
9%
18%
* VE (veículo elétrico totai)
* VEH (veículo elétrico híbrido)
* VEHP (veículo elétrico híbrido plug-in)
* VEB (veículo elétrico a bateria)
Já no mundo inteiro, a projeção é a seguinte:
• Até 2016, 19% híbridos e 4% a bateria.
• Em 2020, 10% híbridos e 10% a bateria.
• Em 2030, 35% híbridos, 35% plug-in
e 10% a bateria.
• Em 2040, tchau gasolina: 90% de veículos
elétricos a bateria.
Divulgação
Mercedes-Benz
S 400 Hybrid
É um sedã de alto luxo com motor
a gasolina 3.5 V6, com 205
kW/279 cv de potência e uma
unidade elétrica de 15 kW/20 cv.
Na norma europeia, o consumo
combinado de combustível é de apenas 7,9 litros por 100
quilômetros, ou seja, 12,66 km/l. Com emissão de CO2
de 186 gramas por quilômetro, o modelo da Mercedes
confirma sua condição de veículo menos poluente e mais
econômico entre veículos desse porte.
Equipado com função ECO “start/stop”, o motor do automóvel
desliga automaticamente abaixo de 15 km/h (quando
o pedal de freio está pressionado), poupando combustível
em congestionamentos. A partida é dada instantaneamente,
assim que se retira o pé do freio.
Revista CESVI
07
Tipos
Na oficina
Nem todo elétrico funciona da mesma maneira. Conheça os modelos
diferentes de motorização.
De modo geral, o veículo elétrico rompe
com os padrões e processos de reparação
utilizados nos veículos convencionais, movidos
a combustão interna. A partir do momento
que esses veículos chegarem às oficinas,
os reparadores terão de atualizar seus
conhecimentos, adquirindo informações
específicas para esse tipo de carro.
Um novo e estimulante desafio, tanto
para o mercado reparador quanto para
o setor de seguros. E que vai fazer muito
bem para os pulmões do País.
VEB (veículo elétrico a bateria)
É a pureza do conceito: um veículo exclusivamente elétrico, que
não possui motor a combustão. A bateria armazenada pode ser
carregada pela rede elétrica, como também pode ser substituída
por outra carregada.
VEH (veículo elétrico híbrido)
É o tipo que encontramos hoje no mercado brasileiro. Tem dois motores,
um elétrico e um movido a combustão interna. O abastecimento com
combustível é aquele que você costuma fazer, no posto. Esse motor
a combustão dá partida em um gerador que carrega a bateria quando
preciso, além de dar suporte ao motor elétrico em determinadas
ocasiões, como quando há necessidade de maior torque e potência.
Esses veículos apresentam também a frenagem regenerativa.
Até uma velocidade de 70 km/h, o veículo funciona com o motor elétrico.
A partir dessa velocidade, é o motor a combustão que trabalha.
Em comparação com veículos convencionais, a redução de consumo
de combustível é de 25% a 40%.
VEHP (veículo elétrico híbrido plug-in)
Também é um tipo de híbrido, mas a recarga
da bateria não depende só do motor a combustão
– pode ser recarregada conectando o veículo
à rede elétrica. A alternância entre motor
elétrico e a combustão segue os mesmos
padrões dos híbridos.
A economia de combustível nesse tipo
de veículo chega a cerca de 40% a 65%.
Divulgação
BMW ActiveHybrid 7L
Economia de combustível
Boa notícia para o meio ambiente: esses
veículos movidos à eletricidade e a combustível
(gasolina e etanol), chamados híbridos, reduzem
as emissões de gases do efeito estufa.
Além disso, apresentam maior eficiência
no consumo de combustível e contam com
freios regenerativos para recarregar a bateria.
Cada vez que você pisa no freio, a energia
utilizada carrega a bateria do carro.
Assim fica fácil. A frenagem regenerativa
é o fator que mais contribui para a economia
de combustível. Recupera até 94% da energia
normalmente perdida por atrito nos freios.
08
Também um sedã de alto luxo. É equipado com um motor
V8 turbo combinado com um motor elétrico trifásico
sincronizado. Oferece uma potência de 342 KW/465 HP
e um torque máximo de 70 Nm. O sistema híbrido
é de conceito “Mild-Hybrid”.
A literatura de fábrica informa que o consumo médio,
segundo o ciclo de teste, é de 9,4 litros a cada 100
quilômetros, ainda que seu valor de emissão de CO2
seja de 219 gramas por quilometro.
AMASSADO EM
COLISÃO SEMIFRONTAL
(HÁ CERCA DE 2H 32M 47S).
AVARIA PRÉ-EXISTENTE
(HÁ UNS 4D 5H 3M 27S).
350 vistorias por dia, peritos com mais 10 anos
de experiência, 17 de atuação no mercado.
(Só mesmo números assim para explicar a
precisão, a confiança e a qualidade dos outros).
Na vida, os principais valores não se conquistam da noite para o dia.
Por isso, há 17 anos, investimos como ninguém em tecnologia e
treinamento qualificado. Fomos, por exemplo, os primeiros no Brasil
a adotar sistemas de auditoria móvel. Fizemos sempre questão de
utilizar as mais avançadas ferramentas de consulta disponíveis, como
o Órion do CESVI. E tudo isso por um só motivo: oferecer agilidade e
qualidade nos nossos processos, para conquistar o respeito e a confiança
das seguradoras, dos corretores, das oficinas e, principalmente, dos
segurados. Aliás, fatos assim explicam nossos números: 350 vistorias por
dia, com 30% de solução imediata, 60% em menos de 24 horas e os 10%
restantes, mesmo os casos mais complexos, resolvidos em no máximo
48h. E mostram que se você ainda não trabalha com a gente, talvez seja
o momento de revisar suas parcerias.
www.revisar.com.br | (31) 4501-6989 | Av. do Contorno, 4.021 - Belo Horizonte
O carro e o meio ambiente
De um lado, o principal poluidor do ar. Do outro, as tecnologias
e regulamentações que tentam fazer carros mais amigos da natureza
Alessandro Rúbio
e Alexandre Carvalho dos Santos
S
Roberto Shintate
im, para quem ainda tinha dúvidas: se o meio ambiente
fosse um filme, o papel de carros, caminhões e ônibus
seria o dos vilões. Não é exagero. Dados da Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) apontam
que, na cidade de São Paulo – para ficar num exemplo
de cidade grande e muito poluída –, cerca de 90% da poluição
é provocada pelos carros. As emissões veiculares são as grandes
responsáveis pelo ar poluído que respiramos, com consequências
muito graves.
Se não há passeatas na rua contra a poluição, é porque se trata de
um problema que vai “matando aos poucos”. Você não abre a porta
de casa, respira fundo e já cai desmaiado. Mas quer ver como
o problema é sério? Segundo o laboratório de poluição atmosférica
da USP, o paulistano vive, em média, dois anos a menos por causa
do ar sujo que entra em seus pulmões... diariamente.
A poluição, sozinha, mata mais de 20 pessoas por dia. O dióxido
de nitrogênio (NO2), resultante dos processos de combustão
de veículos automotores, leva à formação de chuva ácida,
10
provoca danos à vegetação e à colheita
As partículas inaláveis de materiais
poluentes provocam câncer
e contaminam o solo.
Por isso, o mundo inteiro está tomando
medidas para reduzir a emissão de poluentes
e também os riscos da exposição à
poluição. Na Cidade do México, onde foi
constatado que os carros respondem por
75% da poluição atmosférica, o governo
local tomou uma medida interessante.
Ao constatar que ¼ dos carros que estão
na rua de manhã são de pais levando seus
filhos para a escola, simplesmente obrigou
os alunos de colégios particulares a usar
o ônibus escolar. O resultado: cada ônibus
evita que 35 carros saiam às ruas para
o trajeto casa-escola-casa.
Etanol ou gasolina?
sxc.hu
sxc.hu
Emissão de gases do veículo é principal causa da poluição do ar
Na China, onde há o maior mercado automobilístico do mundo,
a situação já saiu de controle. No dia 12 de janeiro, o centro
de alertas ambientais de Pequim recomendou que as pessoas
não saíssem às ruas por causa da forte poluição, que chegou
a encobrir o céu e a luz do sol. Segundo a embaixada dos
Estados Unidos na China, o ar na capital estava com uma
contagem superior a 800 microgramas de partículas inaláveis
por metro cúbico – sendo que a qualidade do ar só
é considerada boa quando esse número está abaixo de 100.
Seria ingênuo imaginar que o mundo vá parar de fabricar
e vender carros por causa disso. Mas governos e fabricantes
devem se unir para a oferta de produtos que poluam menos,
e as grandes cidades devem se estruturar para que
o transporte coletivo tenha prioridade. O uso do carro,
na medida certa, é uma conquista da sociedade.
Mas o exagero pode ser fatal.
É por isso que, em maior e menor grau, os países estão se
mobilizando na criação de regulamentações cada vez mais
rígidas quanto às emissões veiculares. E há novas tecnologias
surgindo. Em prol do seu pulmão. E do resto do mundo também.
Afinal, é verdade que o etanol é uma opção mais
“verde” que a gasolina como combustível para
o seu carro? De acordo com a Agência
Internacional de Energia, o etanol é o melhor.
Em comparação com a gasolina, reduziria
a emissão de poluentes em 89%. E tem mais
vantagens. Sua planta é aproveitada para
outros fins: o bagaço da cana pode servir
de alimento para o gado. E o vinhoto – subproduto
do processo de fabricação de açúcar e álcool
– é usado como fertilizante.
Só que a coisa não é tão simples. Um estudo
da Universidade de Stanford apontou, em 2007,
que o etanol não é a salvação do meio ambiente.
Os pesquisadores fizeram, em computador, uma
simulação de como estaria a qualidade do ar nos
Estados Unidos em 2020 se todos os veículos
fossem movidos a álcool. O resultado apontou
que os níveis de ozônio – gás nocivo ao aparelho
respiratório – aumentariam de forma perigosa.
O gás carbônico seria neutralizado pela cana
de açúcar plantada, mas outros poluentes
tomariam seu lugar.
Revista CESVI
11
Divulgação
A contribuição da tecnologia
Botão para mudança de parâmetro de condução
É o botão “Econ” do Honda Civic. Quando acionado, esse botão
modifica parâmetros de injeção de combustível, respostas
de câmbio automático, piloto automático, entre outros itens,
priorizando o consumo de combustível. Ou seja, o carro fica com
respostas mais lentas, de modo que o consumo de combustível
não seja excessivo.
Injeção direta de combustível
Essa tecnologia consiste na injeção de combustível diretamente
na câmara de combustão do motor, fazendo com que apenas
a quantidade necessária seja injetada em cada cilindro, permitindo
uma queima mais homogênea.
KERS
O KERS (Kinetic Energy Recovery System, ou sistema
de recuperação de energia cinética) é mais uma das tecnologias
que surgiram primeiro na Fórmula 1. O objetivo é recuperar
12
Botão “econômico” do Honda Civic
a energia gasta pelo veículo na frenagem.
Consiste em um sistema instalado nas rodas
que, durante a frenagem, transforma a
energia cinética dos freios
em energia elétrica, alimentando
os componentes elétricos do veículo.
Dessa forma, diminui o esforço do alternador
e, consequentemente, o do motor. Resultado:
menos consumo de combustível.
Pneu de baixa resistência à rolagem
Geralmente são instalados nos veículos
de “apelo verde”. Suas características
estruturais fazem com que o atrito do pneu
com o solo seja reduzido. Menor atrito,
menor desgaste, menos descarte de pneu
(que é muito poluente).
Carrocerias de alumínio e fibra de carbono
Para veículos esportivos de alto desempenho ou veículos de luxo,
a novidade é a carroceria de fibra de carbono, que confere uma
resistência superior à do aço, mas tem peso muito menor.
O alumínio também apresenta alta resistência e massa menor
que a do aço, e também tem custo alto. A expectativa é que
um aumento no uso venha a reduzir o custo.
A importância da manutenção em dia
De uma coisa você já deve saber:
a manutenção preventiva do veículo é muito
mais barata que a corretiva (aquela que você
só faz quando o problema já aconteceu).
Mas, além disso, ela é boa para o meio ambiente.
Carro em bom estado de manutenção polui
menos, tem um desgaste menor de peças
e uma vida útil mais longa.
Quer ajudar o planeta e, ainda por cima,
economizar dinheiro? Faça periodicamente
essas ações de manutenção preventiva:
- Evite que os pneus do seu carro acabem
precocemente num aterro sanitário.
Faça a calibragem uma vez por semana
– e quando eles estiverem frios.
Pneu calibrado corretamente evita
desgaste excessivo.
- Para um melhor aproveitamento do
combustível e economia de consumo, faça
uma manutenção periódica que inclua: troca
de filtros de ar, de filtro de combustível,
verificação de velas, de cabos de velas
e de injetores de combustível.
- Troque o óleo com a periodicidade
recomendada pelo fabricante. A lubrificação
adequada diminui o atrito e o esforço do motor
para funcionar.
- Fique atento ao combustível que você utiliza.
Falhas na aceleração, dificuldade na partida
e falta de potência podem ser indícios
de combustível adulterado, prejudicando seu
bolso e poluindo o meio ambiente.
Para veículos mais populares, as montadoras
estão desenvolvendo novas ligas de aço,
que, embora mantenham sua resistência,
conseguem reduzir a massa.
Com menos massa, o carro fica mais
leve e consome menos combustível.
Câmbio com mais marchas
Essa é uma evolução natural dos veículos,
que tendem a ter caixas de câmbio com
mais marchas, para aproveitar melhor
o motor e reduzir o consumo de combustível.
O fato de ter um câmbio que aproveita
melhor o rendimento do motor também
permite à montadora utilizar motores
menores. Hoje já existem carros de passeio
com caixas de câmbio de cinco, seis, sete
e até oito marchas.
Credibilidade
Qualidade
100% Precisão
Regulação de sinistros
Inspeção de riscos
Vistoria de veículos
Em todos os estados do Brasil
[email protected] | tel.:21 3621 3550
Está na lei
Lá fora, as legislações estão cada vez mais
rigorosas contra a emissão de poluentes
derivada dos veículos. E aqui? Nós também
temos nossas regulamentações e medidas
governamentais nesse sentido. Confira.
Lei de redução de emissão de poluentes
No Brasil, a lei 8.723, de 1993, obriga os
fabricantes de veículos a tomar providências
para a redução das emissões de poluentes.
Os órgãos competentes para estabelecer
procedimentos de ensaio, medição,
certificação, licenciamento e avaliação
dos níveis de emissão, bem como todas
as medidas complementares,
são o Conama e o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), em
consonância com o Programa Nacional
de Controle de Poluição por Veículos
Automotores (Proconve).
O Proconve tem diversos objetivos:
reduzir os níveis de emissão de poluentes
por veículos automotores; promover
o desenvolvimento tecnológico, tanto
na engenharia automobilística como em
métodos e equipamentos para ensaios
e medições da emissão; criar programas
de inspeção e manutenção para veículos;
promover a conscientização da população
com relação à poluição do ar por veículos;
estabelecer avaliação dos resultados;
promover a melhoria dos combustíveis
líquidos à disposição nos postos
de abastecimento.
Legislação do Conama obriga destinação adequada de pneus
Legislação para descarte de pneu
A Resolução 416 do Conama, de 2009, prevê a destinação correta
de pneus usados. Para cada pneu novo comercializado para o
mercado de reposição, as empresas fabricantes ou importadoras
deverão dar destinação adequada a um pneu inservível (que não está
mais em condições de uso
ou de reforma).
Programa Inovar-Auto
O Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento
da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, do Governo
Federal, tem como objetivo estimular o investimento na indústria
automobilística nacional. Estima-se que, até 2015, o programa
levantará mais de R$ 50 bilhões em investimentos para o setor.
Mas há a contrapartida da sustentabilidade. Esse mesmo programa
estabelece regras para que as montadoras melhorem a eficiência
energética de seus produtos em pelo menos 12%. Empresas
que não produzem, mas apenas comercializam carros no País,
também terão sua responsabilidade: deverão se comprometer
a importar veículos mais econômicos, entre outras regras.
O Proconve instituiu várias fases em seu programa
de controle de emissão de poluentes e impôs datas-limites
para que os fabricantes atendam às especificações de acordo
com o tipo de veículo. Assista a um vídeo sobre o Proconve
e confira os limites máximos de emissão de poluentes
para veículos automotores: http://migre.me/cWNzB
14
Nas curvas da
estrada do pop
D
écadas antes do sucesso sertanejo “Camaro Amarelo” (argh...),
a música popular já tinha um carinho muito especial por canções
sobre carros. Do hard rock de “Highway Star” (Deep Purple)
ao breguíssimo Almir Rogério e seu “Fuscão Preto”, carangos
de todos os naipes já passaram pela cabeça de letristas mais
e menos inspirados.
Mas foi na década de 1960 que o pop e os automóveis tiveram sua
verdadeira lua de mel. Carros envenenados faziam parte da cultura
jovem, já liberta do conservadorismo da primeira metade do século.
Não há brasileiro que nunca tenha ouvido o hit “O Calhambeque”,
de Roberto Carlos, na época
o principal astro da Jovem
Guarda: “E muitos brotos que
encontrei pelo caminho / Falavam
‘que estouro, que beleza de
carrinho’ / Fui me acostumando
e do carango fui gostando /
O calhambeque, bip, bip, quero
conservar o calhambeque”.
O Rei, aliás, dedicou muitas
letras da época ao seu amor
Roberto Carlos e seus carrões,
pelos carros e pela velocidade.
em reportagem da época
Era o caso de “Parei na
Contramão” (“Vinha voando no meu carro quando vi pela frente /
Na beira da calçada um broto displicente / Joguei o pisca-pisca
à esquerda e entrei / A velocidade que eu vinha não sei”) e “As Curvas
da Estrada de Santos” (“Se você pretende, saber quem eu sou, eu
posso lhe dizer / Entre no meu carro, na estrada de Santos, e você
vai me conhecer / Você vai pensar que eu não gosto nem mesmo
de mim / E que na minha idade, só a velocidade anda junto a mim”).
A paixão de Roberto pelo volante chegou ao cinema também:
no filme Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora, de 1971,
em que interpreta um mecânico que se torna piloto de corrida.
Nos anos 60, astros do rock
e do pop amavam carangos
envenenados que eram uma
brasa, mora?
Alexandre Carvalho dos Santos
Sonho americano
Os Beach Boys ao lado de seus objetos de desejo
Nos EUA, alguns modelos de carros
ganharam suas maiores homenagens no pop
sofisticado dos Beach Boys, de Brian Wilson
e Mike Love. Como “Little Deuce Coupe”,
que faz referência a um modelo de coupé
da Ford de 1932, considerado por muitos
como o hot rod definitivo. Já a canção “409”
falava sobre o Chevrolet 409, cuja produção
começou em janeiro de 1961. A fama era
de que o carro chegava a quase 100 km/h
em menos de 6 segundos.
Apesar de serem os “garotos da praia”
e terem composto diversas músicas sobre
surf, os Beach Boys tinham muito mais
a ver com carros: o único do grupo
que realmente surfava, o baterista
Dennis Wilson, morreu afogado.
Mas a paixão pela velocidade era tanta
que o grupo até lançou
uma coletânea apenas
como músicas sobre
o assunto: “Greatest Car
Songs”. Ainda dá para achar
à venda no site da Amazon.
Capa de disco dos Beach Boys
Alexandre Martins Xavier
Muita gente não sabe, mas
“O Calhambeque”, de Roberto
Carlos, não é exatamente
uma composição do Rei.
É apenas a versão em
português da canção americana
“Road Hog”, de 1962. Conheça
a versão original, na voz de seu
compositor, John Loudermilk.
http://migre.me/cWUo9
Revista CESVI
15
Carro elétrico
é o futuro.
Menos no Brasil
Alexandre Carvalho dos Santos
Luciana Ruffato
Paulo Roberto Feldmann,
professor da FEA-USP
P
rofessor da Faculdade de Economia e Administração
da USP, além de presidente do Conselho da Pequena
Empresa da Fecomercio/SP, Paulo Roberto Feldmann
acredita que o Brasil reúne as melhores condições para
a disseminação do carro elétrico. Nossa fonte de energia
é a força das águas que movem nossas hidrelétricas,
não o carvão que polui outros gigantes, como a China.
Então por que a questão do carro elétrico, no País,
caminha a um ritmo tão lento em comparação com a
Europa – e até com vizinhos como Uruguai e Argentina?
Feldmann tem algumas respostas para esta pergunta.
Estudioso do assunto, ele comanda um projeto pioneiro
que visa a dimensionar o impacto de um país repleto
de carros elétricos para a rede de energia.
O projeto vai bem, obrigado.
O problema é outro: por enquanto, não há nenhum empenho
governamental para que tenhamos esse tipo de veículo
não-poluente rodando em nossas ruas. Por quê?
Você vai saber agora.
16
“A frota de elétricos
na Europa será maior que
a de carros a combustível.
Se continuarmos sem apoio
do governo, só o Brasil
estará na contramão
dessa evolução”
Como surgiu esse estudo que vocês estão desenvolvendo?
Surgiu graças à EDP, que é uma empresa
portuguesa responsável pela distribuição
de energia elétrica em boa parte do Estado
de São Paulo e no Espírito Santo inteiro.
Aqui em São Paulo, ela tem o nome de Bandeirante.
É uma empresa entusiasta do carro elétrico,
porque em Portugal há mais de 30 mil carros
elétricos puros circulando. Há dois anos, essa
empresa acreditou que o carro elétrico logo
seria uma realidade no Brasil. Com o intuito
de se preparar para essa possibilidade, contratou
uma parceria entre a Fundação Instituto
de Administração (FIA) da USP, o Instituto
de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP e uma
empresa chamada Sinapsis Inovação, para
estudar os impactos desse tipo de carro
na rede elétrica. Nós, da FIA, ficamos
responsáveis pela análise da viabilidade
econômica, a montagem de cenários futuros
e os modelos de negócio apropriados.
Em que pé está o projeto?
Falta meio ano para terminarmos. Temos um eletroposto
de carga lenta e de carga rápida, aqui na USP, que abastece
taxistas com carros elétricos puros, que nos fornecem
dados para o estudo. Com as informações que já temos,
derivadas de diversas análises, vamos fazer um workshop,
entre março e abril, para discutir o projeto e apresentá-lo
para autoridades do setor elétrico. Queremos colocar na
mesa a discussão de por que o Brasil não tem políticas
públicas para o carro elétrico. O projeto em si está muito
bem. Quem não está bem é o carro elétrico no País.
Por quê?
Olha, é uma vergonha, um vexame internacional.
Proporcionalmente, nós somos o país com menor número
de carros elétricos no mundo todo. A China tem entre
600 mil e 700 mil, o Japão tem 300 mil. E estou falando
de carros elétricos puros, fora os híbridos. Enquanto isso,
o Brasil tem 70 carros elétricos puros. Não estou falando
em 70 mil, são 70 mesmo. É lamentável, porque o carro
elétrico está cada vez mais consolidado como a grande
forma de reduzir a emissão de CO2 na atmosfera.
O que falta para o Brasil se mexer nesse sentido?
Por exemplo, na China, para cada carro elétrico, há quase
US$ 10 mil de redução de impostos. É por isso que tem
centenas de milhares de carros elétricos lá. Na França,
o cidadão parisiense pega o carro elétrico em determinados
parques e estacionamentos, usa um cartão para entrar
no carro e usá-lo, circula com ele, no fim do dia, devolve
o automóvel. São milhares de carros elétricos à disposição
da população, graças a uma medida da prefeitura de Paris.
Mas hoje, no Brasil, é completamente inviável ter um carro
elétrico, já que custa cerca de R$ 200 mil. É preciso ter
um incentivo fiscal para as pessoas se animarem a comprar.
Também é preciso que o cidadão encontre lugares
para carregar a bateria...
Aí temos o problema do ovo e da galinha. Quem é que
vai investir numa rede de abastecimento específica se
o governo não faz nada para que tenhamos carros elétricos
nas ruas? Em Portugal, o governo bancou. Há um ano, havia
mais de mil eletropostos nas ruas portuguesas. E, quando
a gente começou esse projeto, Israel, que tem uma área
minúscula perto do Brasil, tinha mais de 2 mil eletropostos.
Lá, o governo também investe porque acredita que tornar
o petróleo desnecessário é uma forma de enfraquecer
os países árabes. Mas o abastecimento não precisa ser
patrocinado pelo governo. As empresas de energia estão
dispostas a bancar. Mas elas têm de visualizar que vai ter
carro na rua para abastecer. Pelo nosso estudo, um táxi,
para encher a bateria, paga só R$ 7. Os taxistas têm dito
que rodam por volta de 115 quilômetros em São Paulo com
esses R$ 7. É altamente vantajoso em relação à gasolina.
E em relação ao tempo gasto para encher a bateria?
Há cerca de dois anos, quase só tínhamos o modelo
de carga lenta, que leva de seis a oito horas para deixar
o carro totalmente carregado. Mas a tecnologia está
mudando muito rapidamente, e hoje já trabalhamos
também com o modelo de carga rápida, que carrega
a bateria em torno de 20 a 25 minutos.
Logo, vai ficar ainda mais rápido.
O que o estudo já identificou em relação
a hábitos de consumo?
A gente fez uma pesquisa com 300 pessoas sobre
quais seriam esses hábitos. Em que horário ela
preferiria abastecer o carro elétrico, se gostaria
de abastecer em sua própria casa, ou não... Uma das
conclusões é que a grande maioria vai preferir carregar
seu carro de madrugada. Ela vai chegar ao prédio
à noite, o prédio vai ter diversos eletropostos de carga
lenta, e o carro vai ficar carregando ao longo da noite,
da mesma forma que você faz com o celular. Esse
é um dado muito importante, porque a empresa de
energia elétrica precisa saber em que hora vai haver
aumento de consumo. O pico vai mudar. Por outro lado,
as pessoas vão precisar abastecer quando estiverem
viajando. Então, nos países em que o carro elétrico
já está consolidado, os eletropostos estão sendo
instalados, preferencialmente, nas estradas. Na cidade,
só os taxistas precisariam de postos de abastecimento
nas ruas, porque o resto da população já poderia rodar
com a carga feita à noite.
Qual o risco do Brasil ficar para trás nessa questão?
São muitos. Vamos perder o bonde da história,
perder competitividade e ainda passar a imagem
de país sem compromisso contra a poluição.
Estima-se que, daqui a quatro anos, já teremos
muitos carros nas ruas fabricados com fibra
de carbono, não mais com aço. Com a fibra
de carbono, o carro vai ser muito mais leve,
de modo que a bateria não vai ter de ser mais tão
possante nem tão pesada. Então, vai cair muito
o custo da bateria. E o preço do carro elétrico, por
isso, vai cair muito também. Todos os estudos
apontam que o carro passará a ser de fibra
de carbono entre 2016 e 2018. Por isso, o carro
elétrico vai deslanchar no mundo inteiro. Mas não
no Brasil, porque aqui não teremos a estrutura
pronta. A expectativa é de que, lá por 2035,
a frota de carros elétricos na Europa será maior
que a de carros a combustível. Se continuarmos
sem apoio do governo, só o Brasil estará
na contramão dessa evolução.
Revista CESVI
17
Transporte de produtos
perigosos
André Horta
Alexandre Martins Xavier
Dependendo
do material
transportado,
um acidente
pode virar
uma tragédia
ambiental
18
S
ustentabilidade pode ser
entendida como “a capacidade
do ser humano interagir com o
mundo, preservando o meio ambiente
para não comprometer os recursos
naturais das gerações futuras, devendo
atender a um conjunto de variáveis
interdependentes, como integrar
as questões sociais, energéticas,
econômicas e ambientais”.
Mas, qual a relação entre segurança
viária e sustentabilidade?
É esta: uma condução segura do veículo
deve evitar acidentes que possam
causar algum tipo de desequilíbrio na
natureza. Isso inclui efeitos colaterais
do acidente, como a contaminação de
um rio, do solo ou do ar – e mesmo a
perda de vidas humanas.
Por isso, os transportadores de
produtos perigosos e seus motoristas
merecem uma atenção muito especial.
Já que, no caso deles, qualquer
acidente pode se transformar
em um desastre ambiental, com
consequências que vão bem além do
impacto local.
É na estrada que eles acontecem
Os acidentes ambientais, na maioria das vezes, estão associados
ao transporte rodoviário de substâncias perigosas.
Estatísticas do Ibama, de 2010, indicam o percentual de 34%
do total de acidentes, justificado pela predominância do modal
rodoviário na matriz de transporte brasileiro1.
O modo rodoviário é responsável por 61,1%2 do transporte de carga
no Brasil, e aproximadamente 2% dos veículos pesados que trafegam
pelas rodovias federais transportam mercadorias consideradas
perigosas. Substâncias como líquidos e sólidos inflamáveis,
gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos sob pressão
representaram, aproximadamente, 90% do total do transporte
rodoviário de cargas perigosas.
O que é perigoso?
A Organização das Nações Unidas define como produto
perigoso a substância que, por suas características
físico-químicas, represente risco para a saúde das
pessoas, para a segurança pública ou para o meio
ambiente. O Orange Book, manual publicado pela
ONU, contém diversas informações pertinentes ao
transporte de substâncias perigosas.
1
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA - Relatório de Acidentes
Ambientais - 2010, Abril 2011, p. 13.
2
Confederação Nacional do Transporte – CNT, Revista
Transporte Atual – 2012 – ed. n.º 207, pg. 73.
Revista CESVI
19
E por que acontecem os acidentes?
Os fatores mais comuns são: as condições das vias, a intensidade
do trânsito, o estado de conservação dos veículos transportadores,
despreparo de motoristas.
Conhecer melhor os riscos de transportar produtos perigosos reduz
a possibilidade de perdas humanas e materiais.
As autoridades estatais desenvolvem normas3 e atuam na fiscalização
do transporte de produtos perigosos a fim de prevenir e coibir eventuais
ocorrências de acidentes.
As companhias de seguros devem ter atenção especial quanto
às condições de manutenção da frota destinada ao transporte
e à capacitação dos condutores profissionais.
Aos profissionais que trafegam pelas rodovias transportando cargas
perigosas recai grande responsabilidade em prevenir acidentes:
devem saber identificar o perigo que este tipo de carga representa,
conhecer as medidas de emergência em caso de acidentes
e estar equipados com os recursos materiais necessários à segura
intervenção, se necessário.
Este conhecimento pode ser adquirido em curso específico
e obrigatório para conduzir veículos com cargas perigosas,
conforme determina a Resolução Contran4 nº 168/2004 e suas
alterações, conhecida como MOPP - Movimentação e Operação
de Produtos Perigosos.
Constam da estrutura curricular do curso temas de direção defensiva,
primeiros socorros, legislação específica e normas sobre transporte
de produtos perigosos, responsabilidade do condutor durante
o transporte, documentação e simbologia, meio ambiente, prevenção
de incêndio...
Os demais condutores e pedestres devem ter o conhecimento
básico do risco que estes produtos representam. Não é razoável
que conheçam os mais de 3 mil produtos considerados perigosos,
que na maioria são constituídos por combustível líquido, mas alguns
detalhes são importantes de reconhecer.
A identificação do produto perigoso transportado é feita por meio
de retângulos na cor laranja e losangos cujas cores e símbolos
podem variar.
O painel laranja é composto de:
- Número de risco: correspondente à classe de risco
do produto (336 - líquido muito inflamável, tóxico).
Se eventualmente contiver letra X antes dos números,
indica que o produto reage perigosamente com a água.
- Número ONU: identifica a carga transportada (1203
- combustível para motores, inclusive gasolina).
Número de risco
Número ONU
Neste exemplo, o número de risco X423 indica
produto sólido,que libera vapores e é inflamável.
O número ONU 2257 aponta
que o produto transportado é
potássio.
Caso o painel de segurança
não apresente nenhuma
identificação,
significa que está sendo
transportado mais de um
produto perigoso.
Estas informações são relevantes para oferecer
às pessoas noções de segurança viária.
Caso estejam próximas
a veículos que transportam substâncias
perigosas, elas poderão adotar algum tipo
de postura preventiva, como:
- Redobrar a atenção quando circular próximo a estes veículos.
- Manter distância segura ou evitar aproximação excessiva.
- Facilitar a execução de manobras feitas por esses veículos.
- Evitar as áreas cegas desses veículos de carga.
O comportamento seguro no trânsito é capaz
de prevenir acidentes viários, mesmo aqueles
que eventualmente possam se transformar
em acidentes ambientais. Todos os motoristas
devem ter consciência de suas ações
e dos resultados que podem afetar o tênue
equilíbrio da vida.
X423
2257
336
1203
LÍQUIDO
INFLAMÁVEL
3
336
1203
LÍQUIDO
INFLAMÁVEL
3
Rótulo de risco
3
Algumas delas: Portaria nº 204/97 do Ministério dos Transportes; Resolução nº 420/04, da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT; Decreto Municipal nº 50.446/2009, Regulamenta o transporte de produtos perigosos no município de São Paulo; Portaria nº 54/2009, que trata do Plano de Atendimento a Emergências (PAE), Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do município de São Paulo (SVMA).
4
Conselho Nacional de Trânsito.
20
Rótulos de riscos
Classificação
das cargas
Classe 1 – EXPLOSIVOS
Classe 2 - GASES, com as seguintes subclasses:
Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis.
Subclasse 2.2 - Gases não-inflamáveis,
não-tóxicos.
Subclasse 2.3 - Gases tóxicos.
Classe 5 - Esta classe se divide em:
Subclasse 5.1 - Substâncias oxidantes.
Subclasse 5.2 - Peróxidos orgânicos.
Classe 6 - Esta classe se divide em:
Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas (venenosas).
Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes.
Classe 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
Classe 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS
Classe 4 - Esta classe se divide em:
Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis.
Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas
a combustão espontânea.
Subclasse 4.3 - Substâncias que, em contato
com a água, emitem gases inflamáveis.
Classe 8 – CORROSIVOS
Classe 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS
Revista CESVI
21
Pintura:
água ou
solvente?
Gerson Burin
e Luiz Marcos Gonçalves Júnior
N
ão é só o carro que emite
poluentes. O trabalho na oficina
também. É o que acontece nas
atividades de repintura. A boa notícia
é que os fabricantes de tinta têm
trabalhado no desenvolvimento de
produtos à base de água, seguindo os
requisitos estabelecidos pelos comitês
europeus e americanos de controle de
emissões. De fato, esse tipo de tinta
proporciona um trabalho muito menos
poluente – o que é bom para o planeta
e para a atividade do profissional.
Isso acontece porque as tintas à base
22
Novo estudo do CESVI aponta que, além
de menos poluente, processo de pintura
à base de água consome menos produto
de água – diferentemente do que ocorre com as de base
solvente – têm um nível baixo de compostos orgânicos
voláteis (VOCs, na sigla em inglês).
Ótimo, mas e quanto ao desempenho? Além de menos
poluente, essa tinta teria outras vantagens em relação
à tinta à base de solvente – que ainda domina o mercado
reparador brasileiro? Como seria sua produtividade?
Foi o que o CESVI BRASIL resolveu estudar.
Os especialistas do centro desenvolveram um estudo
comparativo entre os processos à base de água e de
solvente, apontando as diferenças entre as quantidades
de produtos utilizados e os tempos exigidos entre
preparação e aplicação. O resultado?
Você vai conferir agora.
Metodologia
Medição de quantidades
Os comparativos foram feitos para um processo de pintura completa
e na reparação de uma peça específica. O CESVI criou, para isso, uma
metodologia que reproduzisse de modo fiel as condições encontradas
numa oficina de funilaria e pintura.
As amostras da peça a ser reparada – pelo processo à base de água
e pelo à base de solvente – tiveram as mesmas dimensões
e características. Porque todo comparativo deve partir de um padrão.
Mas, então, como encontrar duas peças com o mesmo dano a ser
reparado? Para isso, o CESVI criou um dispositivo capaz de provocar
avarias padronizadas em todas as peças – de modo que os danos
tivessem as mesmas proporções em cada amostra.
Foi realizado um total de 48 processos de pintura de peça nova
e pintura em peça reparada, com a utilização de produtos de três
grandes fornecedores.
Os pesquisadores seguiram à risca todas as recomendações
e informações técnicas fornecidas para o uso das tintas – de modo
a garantir a melhor eficiência e resultado em cada modelo.
Foram adotadas as quatro cores mais usadas no mercado brasileiro:
branco, preto, prata e vermelho.
O profissional que aplicou as tintas foi sempre o mesmo – para que não
houvesse um desvio de padrão associado ao estilo de trabalho do pintor.
A medição dos componentes utilizados tomou
como base de valores os volumes em mililitros
aplicados na área – especificada em metros
quadrados.
Para a obtenção destes valores, foram
utilizadas fórmulas de densidade.
O objetivo foi especificar o volume das bases,
usando balanças de precisão, para mensurar
os valores em gramas de cada um dos
componentes das formulações.
Foram tabuladas as quantidades das bases,
verniz e primer para o processo comparativo
– tanto na etapa de pintura de peça nova
quanto na de peça reparada.
Confira a seguir os resultados.
Análise do tempo
Média geral de consumo de bases
Para o processo de pintura de peça nova,
foram obtidas as seguintes médias
de consumo de bases:
• Base de água – média de 153,01 ml/m²
• Base de solvente – média
de 206,33 ml/m²
Base
de
tem coágua
ns
25,84%umo
menor
Para o processo de pintura em peça reparada,
os resultados foram:
• Base de água – média de 475,53 ml/m²
• Base de solvente – média
de 537,83 ml/m²
Base
de águ
tem co a
ns
11,58%umo
menor
Média de consumo de primer
Alexandre Martins Xavier
Aplicando a tinta
Além dos processos de preparação da superfície e aplicação da tinta,
o CESVI mediu ainda os tempos de limpeza dos equipamentos usados.
Aqui, o resultado foi igual. A pintura à base
de água não precisa de um primer específico,
de modo que o mesmo produto foi aplicado
nas duas linhas.
Os volumes médios mensurados foram
de 191,03 ml/m2 na fase de pintura de peça
nova e 202,53 ml/m2 na fase de pintura
de peça reparada.
Revista CESVI
23
Consumo de verniz
Conclusões do CESVI
A aplicação do verniz também não apresentou
diferenças, sendo usado o mesmo produto
nas duas linhas.
Na fase de reparação, a aplicação se deu
na peça quase completa, cobrindo uma área
de 0,72 m2.
Os volumes médios de verniz foram de 242,61
ml/m² para pintura de peça nova e de 107,47
ml/m² para a pintura de peça reparada.
Neste estudo, o centro de pesquisa concluiu que o processo
de pintura à base de água – tanto para peça nova quanto para
peça reparada – apresenta uma série de vantagens em seu
processo de preparação e aplicação.
Veja a seguir as constatações do estudo:
- Em comparação com as tintas à base de solvente, precisa-se
de uma quantidade menor de produto à base de água para cobrir
a mesma área da superfície.
- Não há diferenças significativas entre os tempos de trabalho
nos dois processos: é pouco mais de 1% em favor do solvente.
- Existe compatibilidade entre sistemas. Automóveis pintados
com produtos à base de água podem ser repintados com produtos
à base de solvente – e vice-versa.
- O tempo de vida dos produtos à base de água é maior, e as tintas
não utilizadas podem ser armazenadas em recipientes para serem
usadas futuramente.
Considere que o tempo de vida dos produtos mesclados com
o ativador oscilará ao redor de três meses, podendo variar
de acordo com a marca.
Tempos obtidos
Alexandre Martins Xavier
Peças pintadas no estudo do CESVI
Aqui, temos uma novidade interessante.
Os tempos obtidos apresentaram pouca
variação entre as duas linhas de produto.
Isso desfaz o mito de que o processo à base
de água leva muito mais tempo para ser
aplicado e curado. Confira os resultados:
•Pintura de peça nova
à base de água
– 6,56 horas decimais.
•Pintura de peça nova
à base de solvente
– 6,46 horas decimais.
Difere
de ape nça
na
1,5 s
em fav %
o
solventr do
e
Já para a pintura de peça reparada, tivemos
um tempo médio de:
•Pintura de peça reparada
à base de água
– 6,55 horas decimais.
•Pintura de peça reparada
à base de solvente
– 6,46 horas decimais.
Difere
de ape nça
na
1,3 s
em fav %
o
solventr do
e
Tendência certa
Disso, você já sabe: a temática ambiental é prioridade nos dias de hoje
– uma verdadeira questão de sobrevivência da espécie humana.
E toda atividade que envolve emissão de poluentes – como é o caso
da reparação automotiva – precisa repensar seus modelos de trabalho,
já que a tendência é a de um rigor cada vez maior das regulamentações
que exijam um controle na emissão.
A pintura à base de água parece ser um caminho inescapável para
essa adequação – pelo menos até que surja uma tecnologia ainda
mais moderna e limpa.
O estudo do CESVI comprovou: o processo à base de água apresenta
um resultado final surpreendente, com ótima qualidade de acabamento,
e um processo de aplicação fácil e rápido, com tempos muito próximos
aos da pintura à base de solvente.
A oficina que ainda não experimentou essa opção deve refletir sobre
essa possibilidade. Precisando de informação e orientação técnica
para essa mudança, sabe que pode contar com o CESVI BRASIL.
Prepare-se
Para entrar no mundo ambiental e de qualidade, serão necessários
investimentos como:
- Pistola de pintura específica
- Lavadora de pistola de pintura
- Cabine de pintura ou adequação da cabine existente
- Venture (sopradores de ar)
- Local para armazenamento das bases com temperatura ambiente
- Treinamento
24
yesbrasil.net
Ações
sustentáveis
Mercado segurador
tem importância
fundamental
na causa do meio
ambiente. Conheça
cases de seguradoras
que investem no
bem-estar do planeta
Willians Araujo
Quer saber tudo sobre o Protocolo
do Seguro Verde, que orienta e reforça
o posicionamento do mercado segurador
quanto à questão ambiental? Confira aqui:
http://bit.ly/Wd6TdN
26
Luciana Ruffato
U
Divulgação
ma publicação da ONG WWF (World Wildlife Fund)
mostrou recentemente que a população mundial
consome uma vez e meia o que necessita.
Segundo Estanislau Maria de Freitas Junior, coordenador
de conteúdo do Instituto Akatu, ONG que atua pelo consumo
consciente, a população mundial vive em um padrão
insustentável de consumo: é como se o planeta estivesse
usando o cheque especial.
As ações para a sustentabilidade precisam estar voltadas
para as premissas definidas pelo Relatório Brundtland,
da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente
e Desenvolvimento, da ONU: ações socialmente justas,
economicamente viáveis e ambientalmente corretas.
É justamente esse caminho que tem guiado ações
de seguradoras que firmaram compromisso com
a sustentabilidade.
Como bem disse a diretora executiva da CNSeg, Solange
Beatriz Palheiros Mendes, “faz parte da vocação natural
do setor de seguros garantir e preservar vidas,
patrimônios e bens”.
Uma pesquisa solicitada pela CNSeg à BSD Consulting,
para medir o nível de adesão do mercado ao tema
sustentabilidade, aponta que metade das seguradoras
desenvolveu ou está pensando em novos produtos com
base em modelos socioambientais.
Esta pesquisa foi realizada com 28 seguradoras atuantes
no País e responsáveis por 80% da arrecadação total
do setor. Identificou que 75% das seguradoras adotam
práticas de redução do uso de papel e de energia – como
a substituição da impressão pela digitalização de consultas
e de aberturas de sinistros, incentivo da coleta seletiva
e reciclagem de sucata. Seis em cada dez companhias
criam campanhas ou usam canais de relacionamento
com os clientes para incentivar práticas sustentáveis.
E metade implanta iniciativas de ecoeficiência.
Além das ações individuais, o setor aderiu, de modo geral,
aos Princípios de Sustentabilidade em Seguros (PSI),
que integram um programa da Organização das Nações Unidas.
Achim Stainer, subsecretário geral da ONU, enfatiza
a importância do mercado segurador para a causa ambiental
devido à sua grande participação no PIB global, algo em
torno de 8%.
E as empresas brasileiras estão, de fato, se mobilizando.
Prova disso são os cases que você vai ver a seguir.
Villa Ambiental, do Grupo Segurador BB
e MAPFRE, promovendo a consciência
ambiental entre os jovens
Revista CESVI
27
SULAMÉRICA
O envolvimento da SulAmérica Seguros com a causa ambiental não
é de hoje. Em 2009, a companhia já determinava o uso da pintura à base
de água na reparação dos veículos de seus clientes – uma opção menos
poluente que a pintura convencional à base de solvente, e que ainda gera
menor consumo de tinta, maior facilidade no acerto de cores e outras
vantagens (confira mais detalhes na seção “Reparo” desta edição).
“Além disso, ao adotar esta tecnologia, estamos trazendo para o nosso
cliente a mesma qualidade da sua montadora, e igualando o serviço
de reparo ao padrão da pintura original”, afirma o diretor de automóveis
da SulAmérica, Eduardo Dal Ri.
Todas as oficinas cadastradas no C.A.S.A. (Centros Automotivos
de Super Atendimento da SulAmérica) passaram por um processo
de adequação ao novo modelo de pintura com tinta à base d’água.
E os profissionais das oficinas foram capacitados para seguir
procedimentos de utilização do material sem desperdícios ou prejuízos
ao meio ambiente. Apenas no primeiro semestre de 2012, deixaram
de ser emitidas 2,9 toneladas de componentes orgânicos voláteis.
Em Londrina, as instalações do C.A.S.A. são equipadas com um
sistema que captura e redireciona a iluminação solar, distribuindo a
luz para dentro do ambiente de forma homogênea, filtrando os raios
nocivos e minimizando o calor, mesmo em
dias nublados.
Há também um equipamento para a captação
e reaproveitamento de água da chuva, que
é reutilizada nos vasos sanitários e nas
torneiras do jardim. A economia de água
chega a 30%.
A preocupação com a sustentabilidade
esteve presente desde a construção.
O prédio onde funciona a unidade comercial
e o centro automotivo foi preparado com uma
metodologia que reduziu o impacto da obra
no ambiente: os resíduos da demolição
do antigo imóvel, como areia e pedras de
tamanhos variados, foram enviados para
uma empresa especializada em tratá-los
para transformá-los em novos produtos para
aplicação no próprio setor de construção civil.
Além disso, a tinta utilizada na pintura do
prédio foi à base de água.
Divulgação
Apoio mecânico com bicicletas elétricas
28
GRUPO SEGURADOR BB E MAPFRE
ALLIANZ
O intuito do Grupo BB e MAPFRE é investir
no relacionamento empresa-comunidade.
“Mais do que um simples patrocinador,
atuamos como agente de desenvolvimento
humano, contribuindo para o bem-estar das
gerações atuais e futuras”, destaca Fátima
Lima, diretora de sustentabilidade do grupo.
Há investimento na revisão de processos
internos e no desenvolvimento de programas
de ecoeficiência. Tais como:
• Villa Ambiental – promove a consciência ambiental entre alunos do ensino fundamental das redes pública e privada,
a partir de atividades lúdicas e interativas.
• Pomar Urbano – desde 2007, o grupo apoia esse projeto de revitalização de áreas degradadas às margens do rio Pinheiros,
em São Paulo.
• Frente e Verso – iniciativa que mudou
a impressão em papéis para o padrão frente e verso, gerando uma economia
de mais de 713 mil folhas de papel
em 2012.
• Recicla BBMAPFRE – instalação
de coletores para pilhas e baterias
em diversos pontos, que arrecadaram
368 kg desses produtos potencialmente tóxicos em 2012.
• Bicicletas elétricas – o Projeto Anjos da Guarda, lançado ano passado, emprega bicicletas para o serviço de apoio mecânico e técnico ao segurado – uma opção pela mobilidade urbana e a proteção
ao meio ambiente.
• Pátios de salvados – os resíduos
das carcaças dos automóveis que saem de circulação vão para a reciclagem e são reaproveitados na produção
de eletrodomésticos, mesas, postes, materiais de construção, etc. Entre janeiro
e outubro de 2012, foram recicladas mais de 427 toneladas de materiais.
• Programa ECO MAPFRE – quem tem
o carro aprovado na Inspeção Veicular Ambiental ganha desconto na apólice.
• Tudo digital – a seguradora investiu
na digitalização da documentação
e da comunicação entre companhia
e segurado, deixando de imprimir
toneladas de papel.
A companhia aposta na conscientização
de segurados e colaboradores.
Aproveita suas experiências para compartilhar,
por meio de um website, estudos, pesquisas
e práticas relacionadas à sustentabilidade.
O endereço é http://zustentabilidade.allianz.com.br
A seguradora enfatiza que o conteúdo divulgado
leva em consideração os princípios do Protocolo
do Seguro Verde – acordo firmado, em 2009,
ntre a CNSeg, o sindicato das seguradoras
do Rio de Janeiro e Espírito Santo, e o Ministério
do Meio Ambiente, e que tem como principal
objetivo a adoção de políticas socioambientais
para a promoção do desenvolvimento sustentável.
Tecnologia a se
30
rviço do planeta
Rastreadores incluem recursos capazes de contribuir
para a sustentabilidade ambiental. Basta querer usar
Marcio Lopes
Colaborou Everson Ferolla
Lucas Hayashi Chinen
uando falamos sobre qualquer
produto relacionando-o
à preservação do meio ambiente,
o assunto costuma ser a produção
a partir de uma matéria-prima reciclada
– ou que pelo menos venha de uma fonte
sem nenhum grande impacto ambiental,
como desmatamento ou poluição do ar.
No setor voltado para o rastreamento
de veículos, não é diferente. Só que
as possibilidades dessa tecnologia vão
muito além, por exemplo, da produção
de módulos com material reciclado.
Há muitas alternativas pouco
consideradas que podem resultar
em vantagem para a preservação do meio ambiente.
Softwares cada vez mais sofisticados já permitem,
por exemplo, a roteirização de percursos com a intenção
de reduzir distâncias a serem percorridas – otimizando
gastos com combustível, consumo de pneu, horas
trabalhadas, entre outros fatores.
Isso, é claro, diminui o impacto ambiental provocado
pelo excesso de consumo de combustível, para ficar
num único exemplo.
A redução da poluição poderia ser um dos principais
argumentos para o uso desta tecnologia, já que sabemos
que a queima de combustíveis fósseis – gasolina e diesel
– é um dos principais causadores do efeito estufa.
E isso é só o começo.
Q
Controlar = preservar
Outro recurso sustentável dos sistemas
é o acompanhamento em tempo real de todas
as informações geradas nos veículos, graças
ao monitoramento da rede CAN (sistema criado
para a interconexão ou “conversa” entre
os módulos eletrônicos embarcados).
O gerenciamento logístico relacionado à tecnologia
pode servir para a preservação do meio ambiente.
Hoje já é possível monitorar o acionamento
da embreagem e do freio durante a viagem
de um caminhão. Há ainda possibilidades como
a geração de relatórios com o perfil de condução
de cada motorista, agendamento de manutenções
e acompanhamento de desgastes de quase todas as peças
e componentes do veículo.
Os objetivos principais dessa tecnologia, claro, são outros. Têm a ver
com redução de custos, foco na utilização adequada do veículo
(identificando a necessidade de treinamento do motorista), otimização
do consumo de componentes e até prevenção de acidentes.
No entanto, o efeito colateral é positivo para o meio ambiente. Se há um
controle visando a evitar o desgaste excessivo de peças e componentes,
estamos reduzindo a necessidade de empregar mais recursos naturais
para a fabricação de uma nova peça. Também evitamos o descarte
precoce de uma peça danificada, que nem sempre pode ser
recondicionada, acabando em aterros sanitários – e aguardando
séculos para a sua decomposição.
Revista CESVI
31
Multiuso
A evolução da tecnologia para
a fabricação dos módulos de
rastreamento não trouxe benefícios
apenas para as seguradoras.
Pois o rastreador já não é mais
apenas uma ferramenta utilizada
para a proteção do casco – ou seja,
um dispositivo utilizado para
a localização e recuperação do veículo
durante uma situação de roubo ou furto.
32
Sua utilização hoje vai muito além disso.
O usuário já conta com diversas alternativas de uso:
proteção da carga transportada, monitoramento em tempo
real, gerenciamento do desempenho do veículo (e do motorista)
por telemetria – verificando, por exemplo, se um caminhão
trafega na velocidade adequada e se o motorista para apenas
nos locais determinados.
Tudo isso tem otimizado tempo, poupado mão de obra
e, principalmente, reduzido custos. Só falta vestir a camisa
da sustentabilidade ambiental.
Menos borracha
Só falta querer usar
Uma novidade é o monitoramento remoto
da pressão dos pneus – mesmo com
as rodas em movimento – graças
à instalação de sensores. Um fabricante
de pneus associado com um desenvolvedor
de hardware para rastreamento de veículos
lançou recentemente um sistema capaz
de fazer este controle.
Os criadores da tecnologia destacam o foco
no monitoramento da temperatura do pneu,
na identificação de uma perda rápida de pressão
(pneu furado) e na correta pressão de trabalho.
Esses acompanhamentos verificam se
a resistência à rolagem é a adequada e, portanto,
tendem a evitar um desgaste mais rápido
do pneu – que costuma acontecer quando ele
está descalibrado.
Ok, sabemos que o grande apelo desse recurso
é a durabilidade do pneu. Mas, mais uma vez,
trata-se de uma economia que faz bem para
o planeta. Imagine o benefício para a natureza
se utilizarmos os pneus de uma forma mais
consciente, melhorando o seu desempenho
e sua vida útil... Sabe-se que soluções como
a recauchutagem não são muito populares,
e no Brasil pouco se fala sobre a reciclagem
de pneus.
Como vimos, o rastreador tem tudo para servir como ferramenta
para reduzir custos e, ao mesmo tempo, poupar o meio ambiente
de mais agressões e desperdícios de recursos naturais.
A tecnologia existe, basta que haja demanda e foco. Temos empresas,
profissionais e equipamentos capazes de reduzir o impacto ambiental
provocado pela indústria automotiva. Estamos falhando apenas em não
dar a devida importância a este assunto para, enfim, utilizar tecnologias
que possam, além de tornar a operação de uma grande frota mais barata,
contribuir para um planeta menos poluído.
Procure um sistema
O CESVI certifica sistemas com funções voltadas para
o gerenciamento da telemetria de veículos – o que resulta
em soluções capazes de ajudar na preservação do meio
ambiente. Você pode consultar a lista dos sistemas
aprovados na seção “Aval CESVI” desta revista, ou no site
do CESVI BRASIL.
yesbrasil.net
Sistemas de rastreamento e bloqueio
Confira empresas e sistemas aprovados pelo CESVI
O
CESVI BRASIL realiza uma avaliação para apontar os sistemas de rastreamentoe bloqueio de veículos
que realmente cumprem o que prometem. Este estudo engloba diversas análises, como a estrutura
da empresa que oferece o sistema, sua central de atendimento, a forma de comunicação usada,
a qualidade da instalação e, é claro, a eficiência do produto.
Todas as empresas e os sistemas que constam
da relação que você encontra nesta seção foram devidamente testados e aprovados pela área de Operações
do CESVI. Estas realmente oferecem a segurança que você busca para o seu patrimônio.
34
SISTEMA DE RASTREAMENTO E BLOQUEIO DE VEÍCULOS
Telefone
SITE
Alarcom Sistema
MXT 151
de Segurança Eletrônica
BR Lock Securit
BR Lock GPS/GPRS
Bysat Automação
Kit Bysat
e Controle Ltda.
CEABS
CEABS GSM
CELTEC
Auto Cargo GPRS
Cielo Telecom
CIELOCEL
ENGESEG Rastreamento
Engetrack
FOCLOG Rastreadores
FOCLOG GSM
Graber Rastreamento
Graber Rastreador Light
Graber Rastreamento
Graber Bloqueador
GSR
AUTOCARGO GPRS
Link Monitoramento
Link Auto
Logikos
LR 800
Logos
LOGOSNET
MF Segurança
RENATRACK
Mirus Rastreamento
Mirus Veicular
Nacional GPS
RST-VT
Nusa
MXT 150/151
Pointer Brasil
Pointer Cellocator Cello F
Pósitron Rastreadores
Bloqueador RDLink Pósitron
Pósitron Rastreadores Rastreador Pósitron GPRS/GPS
Pósitron Rastreadores Rastreador Pósitron GPRS/GPS
com Alarme
Reforce
MXT 150
Sascar Tecnologia
Sascar GPS/GSM/GPRS
e Segurança Automotiva
Sascar Tecnologia
SASCAR LOC RF
e Segurança Automotiva
Satcom Rastredores
Alfa Track
Segminas
Segcar
SIM Track
SIM 300K
SpySat Rastremanto
SpySat GSM
SUHAI Rastreamento
Suntech
TESB - Telefônica
RSV Telefônica/Telefônica GSM
TotalSat
TS Blocker 5000
Tracker do Brasil
Tracker Auto
Rastreador
GPS
GPRS
(19) 3671-5896
www.alarcom.com.br
Rastreador
Rastreador
GPS
GPS
GSM/GPRS
GPRS
(11) 2613-4401
(31) 3057-4401
www.brlock.com.br
www.bysat.com.br
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Bloqueador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Bloqueador
Rastreador
Rastreador
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPRS/GSM
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Pager
GSM/GPRS
GSM/GPRS
iDEN
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GPRS
Radiofrequencia
GSM/GPRS
GSM/GPRS
(41) 3535-7400
0800 600 3800
(54) 3312-3399
(12) 2138-2815
(51) 3720-4241
(11) 4689-9175
(11) 4689-9175
(51) 3553-3500
(41) 3078-1700
(21) 3385-4333
(41) 3232-1200
(71) 2108-2688
(12) 3307-1002
(41) 3078-6564
(11) 3384-0035
(11) 3660-5500
(19) 3787-6320
(19) 3787-6320
(19) 3787-6320
www.ceabs.com.br
www.autocargo.com.br
www.grupocielo.com.br
www.engseg.com.br
www.foclog.com.br
www.graber-rastreamento.com
www.graber-rastreamento.com
www.localmonitorado.com.br
www.linkmonitoramento.com.br
www.logikos.com.br
www.logosst.com.br
www.mfseguranca.com.br
www.mirus.com.br
www.nacionalgps.com.br
www.rastrocompleto.com
www.pointerbrasil.com.br
www.positron.com.br
www.positron.com.br
www.positron.com.br
Rastreador
Rastreador
GPS
GPS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
(67) 3324-0160
(41) 3299-6004
www.gruporental.com.br
www.sascar.com.br
Localizador
Radiofrequencia
(41) 3299-6004
www.sascar.com.br
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Radiofrequencia
(21) 3545-9500
(31) 2128-0808
(11) 2199-0701
(11) 2199-4455
(11) 3058-3350
(11) 3120-7438
(41) 2109-7709
(11) 3506-5701
www.alfasatcom.com.br
www.segminas.com.br
www.simtrack.com.br
www.spysat.com.br
www.suhai.com.br
www.tesb.com.br
www.totalsat.com.br
www.trackerdobrasil.com.br
Veltec
Vigauto
Volpato Rastreamento
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Triangulação
de Antenas
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
Aproximação
de Antenas
GPS
GPS
GPS
Empresa
Equipamento
MFA City
Vigauto
MXT 150/151
TIPO
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Localizador
Localização Comunicação
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
(43) 2105-5000
www.veltec.com.br
(27) 3025-8080 www.grupovigserv.com.br/vigauto
(51) 3342-5551 www.volpatorastreamento.com.br
SISTEMA DE RASTREAMENTO E BLOQUEIO DE MOTOCICLETAS
Equipamento
TIPO
Telefone
SITE
Graber Bloqueador Moto
Graber Rastreador Light Moto
Pointer Cellocator Cello F
Bloqueador RDLink Pósitron
Bloqueador RDLink Pósitron
com Alarme
Rastreador Pósitron
GPRS/GPS Selado
Tracker Moto
Bloqueador
Rastreador
Rastreador
Bloqueador
Bloqueador
GPS
GPS
-
Pager
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Radiofrequencia
Radiofrequencia
(11) 4689-9175
(11) 4689-9175
(11) 3660-5500
(19) 3787-6320
(19) 3787-6320
www.graber-rastreamento.com
www.graber-rastreamento.com
www.pointerbrasil.com.br
www.positron.com.br
www.positron.com.br
Rastreador
GPS
GSM/GPRS
(19) 3787-6320
www.positron.com.br
Localizador
Aproximação
de Antenas
Radiofrequencia
(11)3506-5701
www.trackerdobrasil.com.br
Empresa
Graber Rastreamento
Graber Rastreamento
Pointer Brasil
Pósitron Rastreadores
Pósitron Rastreadores
Pósitron Rastreadores
Tracker do Brasil
SEGMENTO CASCO =
Empresa
Carrierweb
CEABS
Cielo
ENGESEG Rastreamento
FOCLOG Rastreadores
Graber Rastreamento
Link Monitoramento
LOG2BR
Omnilink Tecnologia
Omnilink Tecnologia
Omnilink Tecnologia
Omnilink Tecnologia
Omnilink Tecnologia
OnixSat
OnixSat
OnixSat
OnixSat
OnixSat
Pointer Brasil
Pósitron Rastreadores
Pósitron Rastreadores
Sascar Tecnologia
e Segurança Automotiva
Satcom Rastreadores
SIM Track
TESB - Telefônica
Tracker do Brasil
Tracker do Brasil
Veltec
CARGA =
Localização Comunicação
LOGÍSTICA =
SISTEMA DE RASTREAMENTO E BLOQUEIO DE CAMINHÕES
Telefone
SITE
GSM/GPRS
GPRS/GSM
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
(21) 2187-8685
(41) 3535-7400
(54) 3312-3399
(12) 2138-2815
(51) 3720-4241
(11) 4689-9175
www.carrierweb.com.br
www.ceabs.com.br
www.cielo.ind.br
www.engeseg.com.br
www.foclog.com.br
www.graber-rastreamento.com
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Híbrida
Híbrida
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GPRS/Inmarsat D
GSM/GPRS
GPRS/Inmarsat D
GSM/GPRS
GPRS
GSM/GPRS
(41) 3078-1700
(34) 3233-3430
(11) 4689-9175
(11) 4689-9175
(11) 4689-9175
(11) 4689-9175
(11) 4689-9175
(43) 3371-3700
(43) 3371-3700
(43) 3371-3700
(43) 3371-3700
(43) 3371-3700
(11) 3660-5500
(19) 3787-6320
www.linkmonitoramento.com.br
www.log2br.com.br
www.omnilink.com.br
www.omnilink.com.br
www.omnilink.com.br
www.omnilink.com.br
www.omnilink.com.br
www.onixsat.com.br
www.onixsat.com.br
www.onixsat.com.br
www.onixsat.com.br
www.onixsat.com.br
www.pointerbrasil.com.br
www.positron.com.br
Rastreador
GPS
GSM/GPRS
(19) 3787-6320
www.positron.com.br
Rastreador
GPS
GSM/GPRS
(41) 3299-6004
www.sascar.com.br
Alfa Track Frota
SIM 300K
RSV Telefônica/Telefônica GSM
Traker Caminhão
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Localizador
GSM/GPRS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
Radiofrequencia
(21) 3545-9500
(11) 2199-0701
(11) 3120-7438
(11) 3506-5701
www.alfasatcom.com.br
www.simtrack.com.br
www.tesb.com.br
www.trackerdobrasil.com.br
Traker GPS Caminhão/Picape
MFA City
Rastreador
Rastreador
GPS
GPS
GPS
Aproximação
de Antenas
GPS
GPS
GSM/GPRS
GSM/GPRS
(11) 3506-5701
(43) 2105-5000
www.trackerdobrasil.com.br
www.veltec.com.br
Equipamento
TIPO
CWSL-H
CEABS GSM
CIELOCEL GS12
Engetrack
FOCLOG GSM
Graber Rastreador
Light Caminhão
Link Full
Logcasco Caminhão
Omni Dual
Omni Super
Omni Flex
Omni Turbo
Omni Light
OnixSmart GPRS
OnixSmart Híbrido
OnixTrailer
OnixSmart Light
OnixSlim
Pointer Cellocator Cello F
Rastreador Pósitron
GPRS/GPS
Rastreador Pósitron
GPRS/GPS selado
Sascar Full SAT/GPRS
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
GPS
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Bloqueador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Rastreador
Localização Comunicação
Avalie seu sistema
Empresas interessadas em avaliar seu sistema
com o CESVI BRASIL, obtendo um aval de qualidade
para o seu produto, podem entrar em contato
pelo e-mail [email protected]
Revista CESVI
35
Órion Tablet teve evento de lançamento
36
N
o finalzinho do ano passado, o CESVI
lançou no mercado o Órion Tablet, nova
plataforma de seu sistema de gestão
integrada de sinistros, que pretende aposentar
as pranchetas e os papéis na hora da vistoria.
Com ele, a realização das análises e orçamentos
de reparos automotivos ganha uma mobilidade
inédita, uma evolução no trabalho das oficinas,
seguradoras e reguladoras, e um nível de
qualidade com reflexos diretos na redução
de custos e agilidade do processo.
De funcionamento 100% web, o Órion
Tablet elimina, de uma só vez, a vistoria em
prancheta, a necessidade de uma máquina
digital e a digitação e upload de arquivos no
computador ou notebook. As informações
são preenchidas no próprio tablet, que também
faz a foto e envia o material às seguradoras.
Todos os processos são realizados num único
equipamento, o que reduz os custos, os riscos
de extravio ou perda de dados do processo –
e proporciona mais agilidade e flexibilidade.
Outra vantagem da nova plataforma é que
as informações sobre o processo de sinistro
ficam dispostas em tempo real, sem contar
a possibilidade de se agregar outros aplicativos
ao sistema – como, por exemplo, um GPS para
ajudar nos roteiros de vistorias do dia.
De acordo com Almir Fernandes, diretor
executivo do CESVI, a “integração entre
seguradora, oficina e reguladora permitida pelo
Órion Tablet gera benefícios diretos para todos
esses participantes, já que elimina a necessidade
de alocar recursos em ambientes diferentes
dentro do processo de orçamentação”, conclui.
Confira a seguir a opinião de alguns profissionais
do mercado, presentes no evento de lançamento
do Órion Tablet.
- Domingos Rizzo – Superintendente de sinistros
da Allianz: “O Órion Tablet definitivamente fará
a função que o notebook não fez – ou seja, será
uma ferramenta de integração. Além de ganhar
em mobilidade, por se tratar de um único aparelho.
Trata-se de uma ferramenta completa, que trará
um ganho de tempo e praticidade”.
PA
Alexandre Martins Xavier
Demonstração dos recursos do sistema
- Adilson Pergoli – Gerente de sinistros de automóvel da Chubb: “É uma ideia
fantástica. O CESVI está saindo na frente e, acredito, que em nível mundial.
O que nos foi apresentado hoje é uma realidade, uma tendência.
O cliente precisa de agilidade, e tudo o que a companhia fizer para
ganho de tempo é importante”.
- Paulo Pinheiro – Superintendente de relacionamento a fornecedores
da SulAmérica: “Trata-se de uma ferramenta muito boa, que integra
diversos dispositivos e possibilita integração de mensagens à equipe
que vai trabalhar, o que é fundamental para o ganho de tempo”.
- Marcio Henrique dos Santos – Gerente de regulação de sinistros da
Bradesco Auto R.E.: “O Órion, de fato, transformou-se em um aplicativo
de orçamentação eletrônica. O produto é muito bom, de fácil navegação
e foi muito bem construído. Ganho de tempo, benefícios de custos
e integração de plataformas fazem do programa uma excelente
ferramenta.”
- Gilmar Luis e Cleverson Ogeda – Gerentes de sinistros da Mapfre Seguros:
“O Órion Tablet é uma evolução fantástica. A facilidade e a mobilidade fazem
a diferença e geram ganho.”
“Ele proporcionará, ainda, uma melhora na produtividade que vai
beneficiar de forma significativa o cliente, além de proporcionar a ele
um importante diferencial.”
- Ricardo Rocha Botti – Diretor técnico da Revisar: “A integração das
ferramentas é uma das principais conquistas do Órion, pois facilitará
de forma significativa o trabalho dos peritos. Com uma ferramenta
100% online, você ganha muito em mobilidade, o que, aproximará
cada vez mais os profissionais que estão em campo da sua sede”.
IN E L
Novo módulo
Monitoramento
Ó
rion lança mais um módulo para melhorar
as atividades de seguradoras e reguladoras.
O Órion Monitoramento permite um controle
completo das atividades de envio e recebimento
de processos, mensurando inclusive o tempo
de cada ação tomada.
Com ele, os envolvidos conseguem monitorar
o andamento dos processos, descobrir
gargalos e identificar o status de performance
da operação.
A reguladora ainda consegue ter uma visão
macro do desempenho de toda a sua rede
de peritos.
Maior rigor na lei
A
presidente Dilma Rousseff sancionou
mudanças na Lei Seca. As alterações
já estão valendo desde dezembro,
e a vida do motorista infrator ficou muito
mais dura.
A começar porque o uso do bafômetro, pelo
agente de fiscalização, não é mais indispensável.
Agora há outras formas de identificar
o estado de embriaguez: depoimento do
policial, vídeos, testes clínicos e testemunhos.
Há ainda uma alteração no CTB que dobra
a multa aplicada a quem for pego dirigindo
embriagado: dos atuais R$ 957,70 para
R$ 1.915,40. Se houver reincidência,
o valor pode dobrar.
O futuro da reparação
M
ais um grupo de jovens renova suas expectativas
de um 2013 melhor – e de muito trabalho.
Isso porque a turma de 2012 do projeto Repare Bem –
uma realização do CESVI BRASIL – acaba de se formar em práticas
de funilaria e pintura. Os jovens foram treinados ao longo do ano todo
na entidade Cidade dos Meninos, de Campinas, com a qual o CESVI
conduz essa parceria.
O projeto, que visa a dar formação profissionalizante em reparação
automotiva para jovens carentes, é realizado pelo CESVI desde 2004.
O centro de pesquisa é responsável por todo o conteúdo técnico
e também pelo material didático fornecido aos garotos.
Parabéns aos formandos!
Luciana Ruffato
Nova categoria no CAR Group
O
último mês de 2012 veio com novidades
no ranking CAR Group, que, com a entrada
do Suzuki Jimny, passou a ter uma nova
categoria: Utilitário Esportivo Off-Road.
Também no mês de dezembro, pelo término
de sua comercialização, foi retirado do ranking
o Citroën Xsara Picasso.
A montadora Nissan aumentou o preço
de todas as suas peças. Já as montadoras
Ford e Chevrolet tiveram algumas alterações
em seus preços.
Revista CESVI
37
Segurança sob chuva
A
inda sofrendo com as chuvas de verão?
Durante esse período, os motoristas
precisam ficar atentos para a ocorrência
de alagamentos nas vias, que comprometem
o funcionamento do veículo, e até mesmo
provocam situações de risco à vida.
Confira abaixo, dez recomendações para
preservar o veículo em áreas alagadas.
Caso o motor morra durante a travessia,
jamais tente dar a partida. Mantenha-o
desligado e remova o veículo até uma
oficina. Diante da possibilidade de admissão
de água, essa prática reduz o risco de danos
causados ao motor por um calço hidráulico.
Observe a altura do nível de água do
trecho alagado, a maioria das montadoras
estabelece uma altura máxima para
essas travessias, não podendo exceder o
centro da roda.
É prudente que o veículo, durante
o alagamento, seja dirigido em baixa
velocidade, mantendo uma rotação maior
e constante ao motor, em torno de 2.500
RPM, o que diminui a variação do nível da água
e seu respingar junto ao motor, dificultando
sua admissão indevida e a contaminação de
componentes eletroeletrônicos, melhorando
a aderência e a dirigibilidade do veículo.
No caso de veículos equipados com
transmissão automática, a troca de
marchas deve ser feita manualmente,
selecionando a posição “1”. Dessa forma,
o veículo não desenvolve tanta velocidade,
sendo possível imprimir uma rotação maior
ao motor. Outra possibilidade é alternar
a troca de marchas manualmente entre “N”
e “1”, de modo a manter a velocidade do
veículo baixa durante o trecho alagado,
sem descuidar da rotação do motor, sempre
em torno de 2.500 RPM.
Alguns veículos automáticos oferecem como
opcional o ajuste da tração, conhecido como
“winter” ou “snow”. Embora sua função seja
a de conferir maior segurança durante trechos
de baixa aderência, como neve ou lama, evitando
que o veículo patine graças ao bloqueio do
diferencial, também deve ser utilizado durante
alagamentos, pois beneficia o controle da
velocidade do veículo e da rotação do motor.
1
2
3
4
6
Mantenha a calma nos casos em que, durante a travessia, sejam
constatados sintomas como o aumento de esforço ao esterçar
(direção hidráulica), variação na luminosidade das luzes do painel
de instrumentos, alertas sonoros, flutuação dos ponteiros, luzes
de anomalia da injeção eletrônica, bateria e ABS (se disponível) acesas,
aumento do esforço ao acionar os freios e interrupção do funcionamento
da tração 4 X 4 (veículos diesel). Provavelmente todo esse quadro é
causado pela perda de aderência entre a correia auxiliar e as respectivas
polias da bomba da direção hidráulica, alternador e bomba de vácuo
(veículo diesel). Apenas reforce a cautela e mantenha o menor número
possível de equipamentos ligados.
É recomendado desligar o ar-condicionado, reduzindo assim o risco
de calço hidráulico. Essa prática impede que alguns componentes
joguem água na tomada de ar do motor. Veículos rebaixados
e turbinados, na maioria das vezes, apresentam maiores riscos de
sofrer calço hidráulico. Por isso, é aconselhável manter a originalidade
da montadora. Se o veículo estiver nessas condições, redobre a atenção
aos procedimentos sugeridos.
Para os casos mais sérios de alagamentos, é recomendado fazer
um check-up preventivo, corrigindo, por exemplo, possíveis alterações
do sistema de injeção eletrônica – muitas vezes simples e imperceptíveis
nessa fase – como maus contatos, mas que posteriormente podem gerar
grandes transtornos.
Pode haver, entre outros, a contaminação do cânister, do óleo
da transmissão, do(s) eixo(s) diferencial(is), no caso de veículos
com tração traseira ou mesmo 4x4, o que determina a redução
da vida útil dos componentes desses conjuntos, além de riscos acentuados
de falhas na embreagem, suspensão e freios. Para combater os efeitos
dessa possibilidade, é recomendável encaminhar-se rapidamente até uma
oficina e solicitar a avaliação desses itens.
Havendo travessias consecutivas de alagamentos, recomenda-se
uma limpeza do sistema de ventilação, pois estará sujeito
à contaminação por fungos, microorganismos e bactérias,
demandando limpeza de todo o sistema para a utilização segura.
7
8
9
10
5
38
sxc.hu
Bastam 3 segundos...
sxc.hu
U
m estudo da Universidade Estadual de Michigan apontou que uma
pequena interrupção de 3 segundos, como o tempo para desligar
um celular, é o que basta para dobrar as chances de um erro na
atividade que a pessoa está desenvolvendo, como uma ação ao volante
de um automóvel.
Aplicativos verdes
Q
ue tal ter uma fonte de informação contínua
sobre comportamento sustentável?
Confira aplicativos para celular que
podem melhorar a sua vida no trânsito –
e a do planeta também.
- Ride Off Carbon (para Android) – Permite ver
quanto CO2 você emite de carro, e quanto
esse valor seria reduzido se você estivesse
de ônibus ou bike.
- Greenmeter (para iPhone) – Usa sensores
de movimento para calcular a velocidade
e a aceleração do carro, orientando sobre
como dirigir de forma mais econômica.
- Ride Joy (para iPhone) – Você diz para onde
está indo se quer receber (ou dar) carona.
Outras pessoas que estarão no mesmo caminho
podem entrar em contato e evitar que você
precise tirar o carro da garagem.
O estudo foi feito com 300 pessoas. E pode ser
relacionado com diversas distrações que ocorrem
dentro do carro, como a troca de uma estação
de rádio, atender ao celular, virar-se para falar
com alguém do banco traseiro, entre outras.
Jovens talentos
Luciana Ruffato
O
Peritos em treinamento
CESVI já começou o ano capacitando novos talentos. O centro recebeu,
na primeira quinzena de janeiro, trainees da Chubb Seguros, que
foram apresentados a conceitos técnicos relacionados a funilaria
e repintura automotiva.
Os jovens profissionais viram tudo na prática, nos laboratórios de reparação
40
do CESVI BRASIL – uma maneira de conferir
ao vivo as atividades diárias de seus parceiros
de negócios: as oficinas. E também de conhecer
mais profundamente um trabalho que impacta
diretamente na satisfação de seus clientes.
D
isseminando informações para o mercado
segurador, o CESVI recebeu, entre 14
e 18 de janeiro, 15 profissionais do Centro
de Atendimento SulAmérica (C.A.S.A.) para um
treinamento especial para peritos de automóveis.
O conteúdo abordado envolveu classificação
de vistorias, regulação de sinistro aplicado,
funilaria, pintura, mecânica, eletrônica
e reconstituição de acidentes de trânsito (RAT).
O treinamento do CESVI é aberto a profissionais
de todo o mercado, elevando a qualidade
dos serviços prestados pelo setor de seguros
ao cliente final brasileiro.
Luciana Ruffato
yesbrasil.net
Por um regime automotivo
mais justo
Mario Guitti
Mario Guitti
é superintendente do IQA Instituto da Qualidade Automotiva
42
Meio ambiente pode
ser beneficiado
Penso que, neste sentido, há diversas inovações
de que já podíamos estar usufruindo, mas ainda
não saíram do papel. Hoje, temos tecnologia
para estudar o ciclo de vida de um produto
e de que forma ele impacta na vida do ser
humano e no meio ambiente. Isso significa
que somos capazes de nos sustentar sem
degradar o ambiente em que vivemos.
Os valores humanos mudam conforme o tempo,
individualmente e em grupo. Quando crianças,
estimamos objetos que na fase adulta não nos
dizem sentido, e em cada época há diferentes
opiniões e ideias – além disso, cada cultura tem
valores distintos. O que temos de buscar, assim,
é o equilíbrio. Nossa torcida é para que
o novo regime automotivo vislumbre isso,
e traga justiça para o Brasil e demais países
na tarefa de produzir e comercializar veículos.
Divulgação
E
quilíbrio. Esta é uma palavra que rege o universo. Tudo está
bem quando ele é mantido dentro de limites aceitáveis,
é o que nos ensina as leis da física. Somos humanos e temos
capacidade intelectual para entender isso; compreendemos
que toda ação resulta em uma reação, e isso ocorre também
no mundo dos negócios, que é regido pelas leis dos homens,
e que nem sempre respeita os conceitos de equilíbrio.
Estamos diante de uma nova proposta que vem com a regulamentação
de um novo regime automotivo para a indústria brasileira.
Este assunto tem gerado expectativas em todo o setor, pois vai definir
novas regras, com impactos diretos a todos os elos da cadeia.
Pode ser que seja excelente para alguns, e ruim para outros,
mas nós, do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, esperamos
que reflita justiça para todos os lados, sem exploração dos valores
verdadeiros do homem, e que haja equilíbrio.
O mercado é volátil, mas creio que há equilíbrio, apesar de perceber
incoerências na forma com que tratamos nossos consumidores,
nossos profissionais e nossa sociedade. Nem sempre acertamos,
e é importante aprender com os erros. Quero acreditar que o novo
regime automotivo será justo, e isso significa atender aos interesses
do ser humano como um todo, e não somente os de ordem econômica.
Criamos políticas para evoluir, mas só vamos atingir nossos objetivos
se conseguirmos preservar os valores humanos. Muito tem se discutido
sobre inovação, porém nosso conceito de inovação precisa ser ampliado
e não ficar restrito apenas a algo novo e diferente que traz retorno
financeiro. Inovação tem de ser algo que beneficie o ser humano,
que traga bem estar, uma vida melhor.
yesbrasil.net
Respeite a sinalização de trânsito
Peugeot 308 e 408:
1º lugar Nas categorias com
meNor custo de reParabilidade.
A marca Peugeot ganhou
o Prêmio CAR Group
2012 nas categorias
“Hatchback Médio” e
“Sedã Médio” com os
modelos 308 e 408.
Todos os veículos Peugeot estão de acordo com o PROCONVE, Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores. Imagens ilustrativas.
ÓS
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Download

O CarrO E O MEiO aMBiEntE