5
Dezembro 2012
Suplemento Anual sobre os Incentivos da União Europeia
Convidado Especial
Sérgio Marques
Ex-Deputado ao Parlamento Europeu
Projeto: Ensino Profissional
Entidade: CEPAM - Conservatório - Escola Profissional das Artes da Madeira
Projeto cofinanciado pelo Fundo Social Europeu
Programa Operacional Rumos – Eixo I “Educação e Formação”
Espaço Global
A Missão de informar ao grande público
O “Espaço Global” tem ao longo da sua ainda
curta existência, mantido uma qualidade que
me apraz registar. Muito mais que a qualidade
gráfica, que é excelente, destaco sobretudo o
seu conteúdo, baseado numa criteriosa relação
de temáticas que procuram elucidar o público
em geral, das principais linhas de orientação e
em que assenta a Política de Coesão da União
Europeia (U.E.) fazendo a respetiva ligação aos
Programas Regionais financiados no âmbito
daquela política. Independentemente de todo
um trabalho que nos últimos anos tem sido
efetuado, é muito importante que se continue
a levar a cabo este esforço de informação
junto do grande público, para que de uma
forma acessível e com alguma atratividade, se
transmitam as mensagens mais pertinentes aos
cidadãos em geral. Não imputando apenas ao
cidadão comum algum desconhecimento
no que concerne à forma como os Fundos
Estruturais são utilizados e a tudo o que
lhes está subjacente, não é assim tão
raro, nos mais variados contextos,
ouvirmos ou lermos afirmações de
alguns responsáveis de diversas
áreas e dos mais variados quadrantes
que, no mínimo, são inadequadas e
perfeitamente desenquadradas, sobre
a gestão dos Fundos Estruturais e
em particular à sua utilização. Ora
isto, é muito negativo. Este tipo de
mensagem acentua ainda mais a
desinformação, o que afeta, em muito,
a própria imagem dos Fundos Estruturais
e a sua credibilidade como instrumento
de incontornável importância no apoio à
materialização de ações e projetos que
constituem efetivas mais-valias para o
desenvolvimento socioeconómico da Região.
Independentemente da opinião de cada cidadão
sobre os investimentos realizados, relacionase com os Fundos Comunitários, tudo o que foi
investimento, nomeadamente quando se trata
de infraestruturas. Se fizéssemos um pequeno
inquérito nesta matéria, teríamos certamente
resultados completamente enviesados do
que é a realidade. A ideia generalizada que
a “CEE” tudo paga, é um exemplo de algum
grau de desconhecimento que subsiste. Mau
grado a falta de informação que existe, não
deixa de ser verdade também, que muitos têm
responsabilidades acrescidas nesta situação.
É na tentativa de inverter, gradualmente,
este cenário, que a Autoridade de Gestão
dos Programas Regionais, tem procurado,
pelos mais diversos meios, promover uma
série de ações que têm visado proporcionar
uma adequada divulgação e informação da
intervenção dos Fundos Estruturais e da
sua estreita relação com a Coesão e valores
indeclináveis que lhes estão associados e
que o Tratado da U.E. consagra, dos quais a
Solidariedade constitui um pilar que aglutina
a essência de um Projeto de Progresso,
Paz e de Partilha. O “Espaço Global” é um
pequeno contributo para fortalecermos este
espírito, o que só é possível, quando tivermos
um conhecimento adequado do projeto
europeu, que nos permita ser interventivos
e participativos em prol da sua permanente
consolidação.
Sílvio Costa
Presidente do Instituto de Desenvolvimento Regional, IP-RAM
5
Espaço Gl bal
Edição
Instituto de Desenvolvimento Regional, IP-RAM
Travessa do Cabido, 16 - 9000-715 Funchal
Região Autónoma da Madeira - Portugal
Tel: +351 291 214 000 - Fax: +351 291 214 001
[email protected] - www.idr.gov-madeira.pt
Coordenação - projeto editorial, design e produção
Vanda de França Correia de Jesus - Núcleo de Avaliação e Comunicação (NAC do IDR, IP-RAM)
Criação do layout
MEIO – Serviços de Publicidade e Marketing, Lda.
Fotografia
Capa – Fátima António (NAC do IDR, IP-RAM)
Projetos – Maria do Rosário Gomes e Fátima António (NAC do IDR, IP-RAM)
Separadores – Serviço do Parque Natural da Madeira
Espaço Global # 5 | Dezembro | 2012 | Anual
[Distribuição Gratuita]
Índice
5 Nota Editorial
50Programa Rumos – A Execução do Eixo
Prioritário II “Emprego e Coesão Social”
7Convidado Especial
56 POVT_ Eixo IV e o processo de reprogramação
– Ana Mota (Vogal do Conselho Diretivo do
Instituto de Desenvolvimento Regional, IP-RAM).
8Sérgio Marques (Ex-Deputado ao Parlamento
Europeu) – O Euro em Risco.
11Espaço Opinion Leaders
12 Duarte Ferreira (Administrador da ANAM, SA e
Diretor dos Aeroportos da Madeira) - Aeroporto da
Madeira – um contributo para o desenvolvimento
regional.
14Pedro Miguel de Câmara Ramos (Coordenador
do Centro de Simulação Clinica) - SESARAM - EPE
– Formação.
58
Programa de Cooperação Transnacional
Madeira, Açores e Canárias 2007-2013 (PCT
MAC) - Marisa Pestana (Núcleo de Intervenções
de Coesão e Cooperação do IDR, IP-RAM).
60
Componente Estratégica dos Programas
Operacionais em preparação no contexto da
futura Política de Coesão 2014-2020 – Céu
Andrade (Unidade de Estratégia e Avaliação do
IDR, IP-RAM).
20 Ricardo Morna (Presidente do Conselho de
Administração da Madeira Parques) - Pavilhões
Industriais nos Parques Empresariais.
63 Espaço Projetos
22 Rita Andrade (Investigador) – Fatores naturais
potenciadores do Turismo de Saúde na Ilha do
Porto Santo, Região Autónoma da Madeira.
64 Projetos Públicos
24
João Baptista Pereira Silva (Diretora de
Formação e Comunicação da Proinov) – Formar
pela diferença
64 Programa Operacional Intervir+
74 Projetos Privados
82 Programa Operacional Rumos
82 Eixo I – Educação e Formação
86 Eixo II – Emprego e Coesão Social
31 Espaço Atualidade
93 Espaço Memórias
32 FSUE – Execução da Candidatura da RAM - Ana
Mota (Vogal do Conselho Diretivo do Instituto de
Desenvolvimento Regional, IP-RAM).
94 Robert Shuman - O arquiteto do projeto de
integração europeia.
34 Avaliação Intercalar do Programa Operacional
de Valorização do Potencial Económico e
Coesão Territorial da Região Autónoma da
Madeira (Intervir+) - Augusto Medina (Professor e
Presidente da Sociedade Portuguesa de Inovação
– SPI).
99 Espaço Jovens
38Maturidade e resiliência da programação FSE
na Região Autónoma da Madeira - António
Manuel Figueiredo (Presidente do Conselho
de Administração da Quaternaire Portugal e
coordenador do estudo de avaliação intercalar do
Programa Operacional Rumos).
40 Programas Operacionais da Região Autónoma
da Madeira (Programas Intervir+ e Rumos) - o
ano da reprogramação estratégica e o contributo
para o crescimento e o emprego - Maria João
Sousa (Unidade de Estratégia e Avaliação do IDR,
IP-RAM).
44 Sobrecustos nas Regiões Ultraperiféricas - Jorge
Faria (Presidente do Instituto de Desenvolvimento
Empresarial).
46
Programa Rumos – Eixo I “Educação e
Formação” - Balanço dos seus principais
indicadores - Sara Relvas (Diretora Regional da
Qualificação Profissional).
100
Miguel Silva Pinto Correia (Mestre em
Economia Internacional e Estudos Europeus
no Instituto Superior de Economia e Gestão da
Universidade Técnica de Lisboa) – O impacto
económico-financeiro do Centro Internacional
de Negócios da Madeira.
102 Paulo Rodrigues (Aluno do último ano do
Mestrado em Design de Produto da Faculdade
de Arquitetura da Universidade Técnica de
Lisboa) - O Design como ferramenta para a
Sustentabilidade na Macaronésia: O potencial
dos Eco Materiais.
104MURAL DIGITAL – 2011-2012: Jovens
vencedores do concurso convidados a visitar
o Parlamento Europeu.
107 Último Espaço
1082013 - Ano Europeu dos Cidadãos.
110 Momentos 2012.
3
Nota
5
Editorial
Nesta Nota Editorial do ESPAÇO GLOBAL é
pertinente deixar uma mensagem de esperança
aos nossos leitores, em particular aos
madeirenses e porto-santenses. É certo que
estamos a passar por momentos de grandes
dificuldades, mas não é com pessimismo, nem
com desalento, que conseguiremos ajudar
o nosso País e a nossa Região a superá-los.
Porém, ter esperança não significa ignorar
a realidade. Ter esperança é acreditar que
os sacrifícios vão valer a pena, é encarar o
presente e o futuro com outros olhos e com
outra atitude, com empenho e confiança.
É, pois, importante que cada um de nós
esteja na sociedade com responsabilidade e
solidariedade, colocando em primeiro lugar
a prossecução do bem comum. Devemos
assumir e incutir na geração mais jovem que
cada um de nós pode e deve contribuir para
que tenhamos um País mais sustentável, mais
credível e também mais próspero. Tudo passa,
afinal, por um conceito moderno e holístico de
cidadania que compreende não só direitos, mas
também deveres e que se impõe a todos, quer
sejamos governante, empresário, trabalhador,
professor, aluno…
Quanto à Europa, tem de haver uma união
verdadeira e solidária. Todos devem trabalhar
em conjunto e respeitar-se mutuamente. Não
podem existir os bons e os maus, antes deve
reconhecer-se que cada Estado tem uma
realidade própria. Não se trata de justificar ou
branquear a má governação, o desperdício ou
o endividamento excessivo de alguns, mas de
alertar para a necessidade de se encontrarem
soluções justas e equitativas, evitando-se, a
todo o custo, a supremacia de uns sobre os
outros.
4
Orquídea da Serra Dactylorhiza foliosa
©Filipe Viveiros
Foto e informação cedida pelo Serviço do Parque Natural da Madeira
www.pnm.pt
Nesta quinta Edição, contamos com os
contributos de várias personalidades da
Região. Temos, como convidado especial, o
ex-deputado ao Parlamento Europeu Dr. Sérgio
Marques, que nos apresenta uma reflexão
sobre os problemas com que se defronta
atualmente a moeda única europeia. Depois,
os Opinions Leaders, individualidades que se
têm destacado nas várias áreas da realidade
regional.
Dando seguimento à estrutura da revista,
apresentamos a execução dos Programas
na Região no capitulo do Espaço Atualidade,
seguindo-se os Projetos, Memórias, Jovens e,
finalmente, o Último Espaço.
Para concluir, um agradecimento muito
especial a todos os que contribuíram para o
enriquecimento desta edição, tornando-se,
assim, garantes do seu sucesso.
Esperamos que o ESPAÇO GLOBAL continue
a ser também o seu espaço.
Na próxima edição abordaremos o novo
Quadro Estratégico Comum 2014-2020.
Contamos consigo!
Vanda de França Correia de Jesus
Núcleo de Avaliação e Comunicação/IDR, IP-RAM
Novembro de 2012
Convidado Especial
Dr. Sérgio Marques é o nosso convidado
especial nesta 5ª edição de Espaço Global.
Licenciou-se em direito no ano de 1980,
tendo mais tarde (1986) concluído uma pósgraduação em Estudos Europeus. No âmbito
profissional, é advogado desde 1982, integrou
os quadros da Administração Regional da
Região Autónoma da Madeira, foi diretor
regional do planeamento do Governo Regional
da Madeira, exerceu a gerência de várias
empresas no sector da navegação marítima,
operações portuárias e transitários. Foi, ainda,
deputado à Assembleia Legislativa da Madeira
e deputado ao Parlamento Europeu.
No Parlamento Europeu destacam-se as
funções que desempenhou como membro
da Comissão do Desenvolvimento Regional,
membro suplente da Comissão dos Assuntos
Económicos e Monetários, vice-presidente da
Delegação para as Relações com a África do Sul,
coordenador do Grupo informal das Regiões
Ultraperiféricas e e também como membro
suplente da Delegação para as Relações com
os Países da Comunidade Andina.
7
O Euro em Risco
Sérgio Marques
Ex-Deputado ao Parlamento Europeu
8
A atual crise da moeda única europeia não pode deixar de
confrontar-se com dúvidas antigas. É viável uma união económica
e monetária (UEM) que não esteja assente numa união política?
Não terá sido por isso a criação do euro um passo maior que
a perna? Na verdade, sem os níveis de coesão, solidariedade
e identidade que são inerentes a uma união política é quase
impossível, responder e atacar convenientemente uma crise da
dimensão daquela que o euro agora vive. Daí que as enormes
lacunas de que a UEM padecia vão sendo preenchidas, não por
uma genuína vontade própria, mas pela simples razão de que é
estritamente necessário impedir a moeda única de se precipitar
no abismo como resultado da pressão dos mercados financeiros.
O problema é que, ao contrário do que alguns pensam, uma
união política não nasce por decreto, nem se constitui dum
dia para outro, por mais que a possamos desejar e entender
que ela é a resposta para a maior parte dos males europeus.
Excessos de voluntarismo com alguma utopia à mistura, fizeram
esquecer a muitos que uma união política exige muito mais que
mecanismos, procedimentos e mesmo vontade política em a
construir. Exige também uma coisa essencial: identidade política
que por razões de todos sabidas não existe. Para quem tivesse
dúvidas, a divisão europeia em torno da guerra no Iraque prova-o
bem, tal como agora a crise do euro é acima de tudo reflexo da
ausência duma identidade política europeia, tarefa tornada ainda
mais complexa e morosa depois do grande alargamento a Leste
e do reposicionamento da Alemanha reunificada como país
“normal”, no sentido de que os seus interesses não coincidem
automaticamente com os interesses europeus.
Por outro lado, a própria moeda única em lugar de funcionar
como fator identitário e de coesão entre todos os que a partilham,
tende a favorecer uma clivagem perigosa entre Estadosmembros credores e Estados-membros devedores, inquinando
as respetivas opiniões públicas, cada vez menos predispostas,
umas a contribuir, outras a suportar a cada vez mais exigente
austeridade. Fácil é perceber que nestas circunstâncias quem
perde é o ideal europeu percecionado com cada vez maior
desconfiança pela cidadania.
O ideal europeu recua e para preencher o vazio surge-nos uma
maior afirmação dos espaços nacionais, dando mesmo lugar
a fenómenos crescentes de chauvinismo e xenofobia, com as
ideias nacionalistas e populistas em crescendo de aceitação
popular em muitos países europeus.
Mas e agora o que fazer? Em situações de crise a solução foi
sempre aprofundar o processo de integração europeia, em suma
responder com mais Europa. Neste caso, suprir as imensas
lacunas da União Económica e Monetária postas
em evidência duma forma nua e crua pela atual
crise. Nas 19 Cimeiras Europeias já realizadas
desde o início da crise das dívidas soberanas,
muitos tijolos já foram acrescentados na obra
de completar a UEM. Mas a construção está
ainda muito longe de estar completa e existe a
dúvida sobre se haverá tempo e vontade para
a finalizar. O tempo urge porque os mercados
financeiros antes da crise tão complacentes,
agora não dão tréguas. E a vontade não parece
ser clara e firme à altura da gravidade da
situação, quer por parte dos Estados Membros
credores, quer dos devedores. Porque para
aqueles, mais Europa significará a assunção
de pelo menos parte da dívida destes. E
porque para os devedores, mais Europa
significará ainda maiores perdas de soberania,
nomeadamente no plano orçamental. É isto
que está em jogo quando se fala na criação
de um superministro das finanças europeu
ou da mutualização da dívida europeia ou da
criação de um verdadeiro governo económico
europeu. É por isso que são cada vez mais
aqueles que opinam que o futuro da moeda
única passa inevitavelmente por um trade off
em que a mutualização de dívidas deverá ter
por contrapartida um forte controlo e poder
de decisão de Bruxelas (com que repartição
entre Comissão Europeia e Conselho?)
na própria elaboração dos orçamentos
nacionais. E sendo a aprovação do orçamento
uma das prerrogativas fundamentais dos
Parlamentos Nacionais a questão democrática
coloca-se inevitavelmente. E ainda não vi
respostas minimamente credíveis para esta
questão. Mas uma coisa é certa. Vivemos
um momento de não retorno. Os custos de
recuar, mesmo que fosse possível fazê-lo de
forma ordenada, seriam sempre superiores às
responsabilidades a assumir para salvaguardar
a sobrevivência e o desenvolvimento da moeda
única. Saibam todos assumir a sua quota de
responsabilidades!
Setembro.2012
9
Espaço Opinion Leaders
Mais uma vez, o Espaço Opinion Leaders
conta conta com excelentes contributos de
cinco destacadas personalidades da sociedade madeirense nas áreas aeroportuária,
saúde, empresarial, formação e investigação.
São elas o Administrador da ANAM, S.A., e
Diretor dos Aeroportos da Madeira, o Coordenador do Centro de Simulação Clinica,
o Presidente do Conselho de Administração
da Madeira Parques, a Diretora da Formação
e Comunicação da Proinov e um investigador
da Universidade de Aveiro.
Freira da Madeira Pterodroma madeira
©Filipe Viveiros
Foto e informação cedida pelo Serviço do Parque Natural da Madeira
www.pnm.pt
11
Espaço Opinion Leaders
Aeroporto da Madeira
Um contributo para o desenvolvimento regional
Duarte Ferreira
Administrador da ANAM, SA e Diretor dos Aeroportos da Madeira
12
A Ilha da Madeira, com 737km2, situa-se no Atlântico Norte e tem sido
procurada mercê do seu clima ameno e condições naturais ímpares,
desde o século dezanove como destino de lazer de alta qualidade,
o que determinou o progressivo desenvolvimento do turismo que se
tornou a principal atividade económica.
O forte desenvolvimento da indústria aeronáutica no pós-guerra,
levou à construção das infraestruturas necessárias ao suporte aereo.
É neste contexto que, em 1964, é inaugurado o Aeroporto do Funchal,
com uma pista de 1.600m de comprimento, no local de Santa Catarina,
selecionado na sequência dos estudos desenvolvidos pela então
Direção Geral de Aeronáutica Civil.
A evolução tecnológica entretanto verificada no setor da aviação comercial, com o aparecimento
de aeronaves a jato com maiores capacidades e autonomia, tornou de importância estratégica
incontornável, particularmente para os destinos turísticos, as infraestruturas aeroportuárias
necessárias para assegurar as acessibilidades sem restrições às aeronaves de grande
capacidade.
Tornou-se, assim, essencial para a Região Autónoma da Madeira, dispôr de infraestruturas
aeroportuárias que, para além de modernas, eficientes e bem equipadas, permitissem assegurar
ligações diretas, sem escala, aos grandes centros geradores de tráfego, tornando assim este
destino mais atrativo e competitivo, por via da redução dos preços unitários de transporte e dos
tempos de viagem.
No caso concreto da Madeira, dada a sua orografia extremamente difícil, não foi fácil encontrar
a solução que assegurasse, as condições operacionais adequadas em local capaz de permitir
a construção de uma plataforma aeroportuária que permitisse à Madeira, usufruir plenamente
de todo o seu potencial turístico, permitindo boas ligações não só aos mercados europeus
clássicos, mas também aos novos mercados emergentes.
Efetivamente, a solução encontrada contemplando uma pista com um comprimento de 2.781m,
em que cerca de 1.000m, são realizados numa superestrutura a 60m acima do nível do mar é,
sem dúvida, um projeto de grande complexidade e arrojo técnico.
A concretização desta obra, singular a nível da engenharia mundial, implicou um investimento
muito elevado que, nem o Estado Português, nem a Região Autónoma da Madeira, estavam em
condições de suportar.
É, neste contexto, que Portugal e a Região Autónoma da Madeira beneficiaram de apoios
comunitários dos Programas REGIS I, II e FUNDO DE COESÃO, criados com o objetivo de
diminuir as limitações e assimetrias associadas a situações de ultraperificidade contribuindo
assim para uma maior coesão do Espaço Europeu, que a viabilização deste grande projeto,
cujas características mais que regionais, têm um caráter nacional e europeu.
O investimento total realizado foi de 550 milhões de Euros, sendo que os diversos fundos
europeus contribuíram com 226 milhões de Euros (41%), tornando assim possível a construção
de uma infraestrutura que, para além de constituir um elemento essencial à coesão territorial
nacional e europeia, revelou-se um instrumento essencial ao desenvolvimento do potencial
económico da Região Autónoma da Madeira, para além da obra, por si só, constituir um marco
da engenharia mundial reconhecido internacionalmente.
O apoio comunitário concedido a este projeto, para além de ter sido decisivo e indispensável à sua
viabilização, potenciando todo um ciclo de desenvolvimento, não se restringiu exclusivamente à
fase da construção propriamente dita, que se pode considerar ter decorrido de forma exemplar
em termos do cumprimento dos objetivos, prazos e valores, tendo, à posteriori e numa outra
vertente, o Aeroporto da Madeira sido beneficiado com um apoio do Programa Operacional
Plurifundos da Região Autónoma da Madeira 2000-2006 (POPRAM III) do Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito da construção de um Centro de Salvamento
Costeiro, no valor de 7 milhões Euros, para um Investimento total de 16,7 milhões Euros.
O Centro de Salvamento é uma peça indispensável ao bom funcionamento de uma infraestrutura
como a da Madeira, permitindo garantir uma rápida acessibilidade dos meios de salvamento em
situações de emergência no mar envolvendo uma aeronave.
No sentido de se aproveitarem sinergias resultantes deste projeto, as infraestruturas são também
utilizadas pela Proteção Civil Regional, como Base e Centro de Comando e Controlo das
operações de salvamento no mar para toda a costa sul da Ilha.
Embora num âmbito mais restrito mas dentro do mesmo espírito de contribuir, e facilitar e
desenvolver as ligações da região, foi recentemente apoiado através do Programa Intervir+ do
FEDER, com um valor de 1,4 milhões Euros, para um investimento total de 1,8 milhões Euros,
um upgrade tecnológico destinado a dotar o Aeroporto da Madeira das melhores condições e
práticas operacionais, através da criação de um sistema integrado de comunicações, no espaço
aeroportuário, destinado a permitir a todos os utentes do aeroporto a possibilidade de interagir,
através de aplicações sobre banda larga, com as redes informáticas, procurando-se assim uma
integração progressiva na sociedade do conhecimento.
Julho.2012
13
Espaço Opinion Leaders
SESARAM - EPE – FORMAÇÃO
Pedro Miguel de Câmara Ramos
Cirurgião Geral
Coordenador do Centro de Simulação Clínica da Madeira
14
O SESARAM-EPE, serviço de saúde da Região Autónoma da Madeira,
é uma organização cuja atividade está centrada na área da saúde, e tal
como as outras, tem uma missão importante: proporcionar, promover
e assegurar cuidados de saúde primários, secundários e terciários de
excelência, com segurança e qualidade à sua população e a quem
nos visita, como terra de turismo que somos.
Com este propósito desenvolve-se toda a atividade que é assegurada
pelos profissionais da área clínica e não clínica, sempre com o objetivo
centrado no doente, a razão da sua existência.
Como organização, tem já uma certa dimensão, cerca de 5000
funcionários, e a sua ação depende muito de uma liderança forte,
dos seus recursos humanos que são uma valia importante, dos seus equipamentos e da sua
tecnologia, rentabilizados ao máximo, de modo a oferecer constantemente, de uma forma segura
e com qualidade a avaliação, o diagnóstico e a terapêutica para todas as situações agudas e
crónicas que os doentes apresentam.
Nesse sentido o SESARAM-EPE desde a sua origem teve uma preocupação fundamental que
foi a formação dos seus profissionais, e assim desde 2004 iniciou um projeto com vertente
interna e externa que envolveu todos os recursos humanos desta Organização e acabou por
ter resultados muito positivos na formação, diferenciação, educação e treino, nas várias áreas
abordadas.
Qualquer projeto com esta envergadura e esta dimensão,
necessita de um suporte financeiro elevado, que dado o contexto
atual é sempre difícil de obter. Daí que o recurso ás verbas do
Fundo Social Europeu e aos seus programas de desenvolvimento,
(Programa Rumos), constituíram uma oportunidade soberana
para a concretização do projeto formativo do SESARAMEPE. Anualmente é feita uma candidatura com um caderno de
encargos onde se estabelece um programa de formação para
o ano correspondente que envolve cursos das áreas médicas
e cirúrgicas, procurando envolver todos
os profissionais da Instituição, da área
hospitalar e pré-hospitalar.
O objetivo primordial é formar, educar,
treinar e diferenciar.
As áreas envolvidas foram a emergência
médica e ainda o trauma, a sua vertente
de emergência e catástrofe, com uma
sucessão de cursos com periodicidade
mensal, trimestral, semestral e anual,
procurando formar o maior número
de profissionais. O objetivo era criar,
proporcionar, promover e assegurar as
condições necessárias para cumprir
com o lema – “Talento de Bem Tratar”,
“Talento de Bem Cuidar, bandeira da
sua ACREDITAÇAO, conseguida em
2008 pelo CHKS (Caspe Healthcare
Knowledge Systems),(fig.2).
fig.1
Foi um longo caminho, desde que se deram
os primeiros passos, mas os resultados são
excelentes e são reconhecidos entre os pares,
as restantes sociedades que participaram,
colaboraram e contribuíram para este resultado
global, a Sociedade Portuguesa de Medicina
Intensiva, (SPMI), a Sociedade Portuguesa
de Cirurgia, (SPC), a Sociedade Portuguesa
de Medicina Interna, (SPMI), a Associação
Lusitana para o Trauma e Emergência
Cirurgica, (ALTEC), e ainda a European Society
for Trauma and Emergency Surgery, (ESTES),
e a International Association for Trauma
Surgery and Intensive Care, (IATSIC), (fig.3),
que abrangeu os médicos, os enfermeiros
e os técnicos. As áreas não clínicas com os
administrativos, os assistentes operacionais
e ainda os gestores, tiveram também um
percurso singular nas suas formações,
necessárias para o correto funcionamento e
articulação dos serviços na sua atividade diária
cada vez mais complexa, usando as novas
tecnologias da área da informática.
fig.3
fig.2
Temos a consciência que todo este percurso foi
feito nos timings certos pois simultaneamente
eram feitas exigências pela Direção Geral
de Saúde no âmbito da formação e da
planificação e organização dos profissionais
nas Instituições de Saúde e assim a Madeira
soube aproveitar e cumprir gradualmente com
essas exigências ao longo dos anos sendo um
dos Hospitais do País onde as mesmas foram
de imediato concretizadas, como por exemplo
as Circulares Normativas respeitantes à Via
Verde da Sepsis e à Via Verde do Trauma,
implementadas e informatizadas desde 2009,
graças à formação e diferenciação que os seus
profissionais já tinham atingido.
Os vários cursos realizados foram da
responsabilidade do Grupo de Reanimação
do SESARAM-EPE e do seu Grupo de Trauma,
entretanto criado. Realizaram-se com diversos
tipos de periodicidade os Cursos de Suporte
Básico de Vida, Suporte Avançado de Vida e
Suporte Imediato de Vida, dirigidos para todos
os profissionais que preenchiam os requisitos
necessários e ainda os Cursos de Advanced
Trauma Life Suport, ATLS), Advanced Trauma
Care Nurse (ATCN), Medical Response to Major
Incidents (MRMI), Fundamental Critical Care
Suport (FCCS), Pediatric Advanced Life Suport
(PALS), Pediatric Education for Pré-Hospital
Professionals (PEPP), Curso de Infeção e
Sepsis, Trauma Evaluation and Management
(TEAM), para além de uma série de workshops,
reuniões, cursos e congressos nas respetivas
áreas que trouxeram uma mais valia e uma
melhoria para a formação e diferenciação dos
seus profissionais.
Esta tarefa, gigantesca, foi importante pois
permitiu num curto período de tempo formar
um grande número de recursos humanos
desta Organização envolvendo o Hospital
e os Centros de Saúde, através da vinda à
região de uma série de formadores Nacionais
e Internacionais, mas ao mesmo tempo,
diferenciar aqueles que se foram evidenciando
nas várias ações formativas e posteriormente
passaram
a
instrutores
referenciados
permitindo que as várias formações ao longo
do tempo não necessitassem constantemente
de um número muito elevado de formadores
externos pois os nossos passaram a fazer
parte também das entidades formadoras o que
veio reduzir gradualmente os custos com as
formações.
Não será de mais salientar os colegas
convidados da área médica e cirúrgica, que
fizeram parte deste percurso importante do
SESARAM-EPE, e que fazem indubitavelmente
parte da nossa história recente, e que são:
Mário Mendes, Francisco Oliveira Martins e
José Luís Ferreira, (Hospital dos CapuchosLisboa), Fernando Ferreira, José Pedro
Azevedo, Eva Barbosa e Rodrigo Silva,
(Hospital Pedro Hispano-Matosinhos), Carlos
Mesquita, (Hospital Universitário de Coimbra),
Jorge Pereira e Luís Filipe Pinheiro, (Hospital
São Teotónio-Viseu), Carlos Rodrigues e
Gomes Ferreira, (Hospital de Faro), John
Preto e Salvador Massada, (Hospital de São
João), Pedro Moniz Pereira e Jorge Lamelas,
(Hospital Garcia da Orta), Patrícia Rosado
Pinto, (Faculdade de Ciências Médicas de
15
Lisboa), Carlos Neves, (Hospital de Amadora
Sintra), Fernando Carvalho Araújo (Hospital de
Évora), como formadores Nacionais.
Tivemos
também
a
participação
de
formadores Internacionais que colaboraram
ativamente neste percurso de valorização
dos recursos humanos desta Instituição e
que foram: Vinjay Appasamy (Singapura),
Hayato Khuryara (Milão), Stenn Lennquist,
Kristina Lennquist, Carl Montán Khorán Amish
(Suécia), Boris Herckovsic e Branka Bradak
(Croácia), Ari Leppanieni (Finlândia), Mark
Fisher (Alemanha), Bob Dobson e Mike Loads
(Inglaterra) e ainda os nossos formadores
regionais, Carlos Moreira, Miguel Silva, Pedro
Ramos, Ricardo Duarte, Luz Reis, Regina
Rodrigues, Jorge Bicas, João José, Júlio
Nóbrega, Ricardo Santos, Pinto de Cruz e
Nicodemos Fernandes,
Na área de Enfermagem houve também
participação externa nas ações de formação
do SESARAM-EPE e estas também trouxeram
uma maior valia para os respetivos cursos,
foram eles: Madalena Cabrita, (Hospital
Garcia da Orta), Cristina Lopes, (Hospital de
São João), António Freitas, (Hospital Garcia
da Orta), Cândida Durão, Paula Crespo, Ana
Margarida Serafim, Carla Nascimento, Sónia
Ferrão, (Escola Superior de Enfermagem de
Lisboa), Adélio Silva, (Hospital de Faro), Liliana
Lourenço, (Hospital Universitário de Coimbra),
e ainda os nossos enfermeiros já formadores,
Carlos Freitas, Dinarte Freitas, Rui Faria, Daniel
Barradas, Vítor Correia, José Manuel, Helena
Câmara, Luís Jardim, Sara Pestana, Sandra
Freitas. (fig.4)
16
fig.4
(fig.4)
acordo com a gravidade das situações, e
não de acordo com a ordem de chegada. E
assim surgiu a Triagem de Manchester em
2005, que veio ajudar uns e outros, conferindo
maior segurança e qualidade na atividade
dos profissionais, e um melhor controlo da
acessibilidade dos doentes. (fig.5)
O aparecimento e o uso da informática vieram
facilitar e agilizar a articulação e a interação dos
serviços na sua atividade diária. A velocidade e
a rapidez que trouxeram para a comunicação
interna e externa, beneficiou todos os
intervenientes, a Instituição, os Serviços e os
Profissionais.
Todos se mostraram empenhados, motivados
e envolvidos na nova dinâmica da Instituição, e
isso teve reflexos positivos na área da gestão
e administração, na área clínica e não clínica.
O uso das novas tecnologias, como não
podia deixar de ser também abrangeu a área
da formação, e a Madeira não poderia ficar
para trás neste novo passo para uma nova
caminhada que se prevê muito útil para o
SESARAM-EPE.
Estamos a falar do Centro de Simulação Clínica
da Madeira (fig.6) projeto co financiado pelo
Programa Intervir+, recentemente criado e em
vias de inauguração oficial durante o corrente
mês de julho de 2012. A Simulação constitui
neste momento uma das grandes apostas
das Instituições de Saúde para a formação,
diferenciação, educação e treino dos seus
profissionais, com segurança e qualidade, e
com menos complicações para os doentes,
dada a possibilidade de treinar, as vezes que
forem necessárias de uma forma individual ou
em equipa, sem prejuízo para os doentes.
Não será de mais salientar neste percurso,
entidades como a Vet Machico e a Vet Ribeira
Brava através dos veterinários Fernando Santos
e Florinda Santos que colaboraram ativamente
desde o inicio com a cirurgia experimental
animal, contributo necessário para a
concretização de algumas das formações e
ainda o Núcleo de Formação e Desenvolvimento
do SESARAM-EPE, a Universidade da Madeira,
a Câmara Municipal do Funchal e a Escola
Superior de Enfermagem São José de Clunny,
colaborando com a logística que algumas das
formações exigia. Todos foram importantes,
todos foram indispensáveis para o sucesso
obtido, todos fazem parte de uma bela história
da área da formação do SESARAM-EPE.
Olhando para trás, chegamos à conclusão
que estávamos no caminho certo, pois hoje
em dia temos um Serviço Regional de Saúde,
assente numa Instituição ultra-diferenciada,
referenciada por outras responsáveis pelos
Cuidados de Saúde Primários, todas elas
articuladas por um Sistema de Emergência
Pré-Hospitalar que responde de forma eficaz,
eficiente e rápida às sucessivas solicitações
que uma população consciente, exigente
e informada dos seus direitos, obriga cada
vez mais que a prestação de cuidados seja
feita com segurança e qualidade, para além
da universalidade e da equidade da sua
acessibilidade.
A prioridade do atendimento, foi um aspeto
que o SESARAM-EPE, também teve no sentido
de responsabilizar prestadores e utilizadores
do nosso Sistema Regional de Saúde, de
forma que os doentes fossem tratados de
fig.5
(fig.6
Esta oportunidade de treinar, em diversas
áreas, situações reais em cenários virtuais,
confere aos profissionais a possibilidade de
evitar com segurança, o erro e a negligência,
sempre possíveis de acontecer, mas agora
mais facilmente evitáveis.
Este Centro após várias pesquisas no
mercado estabeleceu uma parceria com a
MEDSIMLAB, através do seu CEO, Dr. Nuno
Freitas, anestesista de profissão e um dos
principais especialistas portugueses na
área da simulação, um protocolo formativo
envolvendo as áreas que a região entendia
serem primordiais para a formação dos seus
profissionais.
Num contexto especial de complexidade
sócio económica, encontram fundamento
as preocupações de continuar a garantir às
populações o direito a terem cuidados de saúde
de excelência com segurança e qualidade e
ainda a necessidade de se continuar a apostar
na formação dos profissionais de saúde,
para assegurar essa prestação, sem alterar,
e, mantendo o equilíbrio e a sustentabilidade
das Instituições de saúde que prestam esses
cuidados, no que diz respeito à gestão racional
dos seus recursos.
Este projeto inovador, moderno e de
desenvolvimento na área da formação,
constitui atualmente a “menina de olhos de
ouro” desta Instituição, porque vem cimentar
as duas vertentes mais importantes na área
da saúde, que têm sido uma preocupação
constante da Secretaria Regional dos
Assuntos Sociais (SRAS), e do SESARAMEPE nos últimos anos e que são a Formação
e Diferenciação dos profissionais por um lado
e por outro a Segurança da prestação aliada à
Qualidade, para uma população cada vez mais
consciente dos seus direitos, devidamente
informada e exigente. Este projeto tem
mobilizado totalmente os esforços dos
profissionais envolvidos, e prevê-se extensivo
a toda a Instituição na sua formação interna
pós-graduada e continua e ainda ao pólo
universitário regional na sua formação externa
pré-graduada.
Este Centro de Simulação, atualmente o 3º do
País, vai desenvolver a sua atividade em várias
áreas, nomeadamente: cirurgia mini-invasiva,
enfermagem, trauma, emergência e catástrofe,
pré – hospitalar, pediatria, obstetrícia e
ginecologia, anestesia, medicina intensiva e
neurocirurgia, bloco operatório, urgência e
emergência, medicina interna, ortopedia e
cardiologia e esperamos formar anualmente
na vertente pré-graduada, pós-graduada
e continua cerca de 500 profissionais do
SESARAM-EPE e de outras Instituições, com a
realização de workshops, simpósios, cursos e
congressos nesta área da simulação.
O investimento é grande e de enorme
responsabilidade e tem de ser credibilizado
e rentável, obrigando por isso a um trabalho
árduo, que já teve inicio este ano com a
idealização do organigrama de funcionamento
do Centro, através da criação de 12 equipas
temáticas envolvendo as áreas anunciadas
17
Espaço Opinion Leaders
SESARAM - EPE – FORMAÇÃO
18
anteriormente, constituídas cada uma delas
por 3-4 profissionais que estão a aprender
as formações iniciais, nomeadamente: o Meti
Learning Space e ainda o Curso Básico de
Simulação Médica.
Todas estas formações têm tido a presença
de formadores Nacionais e Internacionais,
nomeadamente o Dr. Nuno Freitas e a Dra.
Daniela Chaló, anestesistas, Henrique Mendes
e André Ventura, engenheiros informáticos
do programa MEDSIMLAB e ainda as Dra.
Fátima Feher e Dra. Christina Castelbright, do
programa Meti Learning Space, para além do
Dr. Stefan Monk, responsável pelo Curso de
Iniciação à Simulação Clínica na Madeira.
Com a criação do Centro de Simulação
Clínica da Madeira definiu-se um programa de
trabalho para ser realizado em várias fases, a
curto, médio e longo prazo com o objetivo de
formar, treinar, diferenciar, e educar na área
da simulação os profissionais de saúde do
SESARAM-EPE, de forma a obter melhores
performances em situações reais:
Curto prazo
- apresentação, definição e caracterização do
centro bem como o estabelecimento do seu
organigrama de funcionamento,
- esta área de intervenção está a ser feita
utilizando as ultimas tecnologias ao nosso
dispor de forma a podermos divulgar
internamente a nível regional e nacional mas
também externamente a nível internacional as
potencialidades do centro, através da criação
de um site,
- criação de grupos temáticos e a nomeação
dos seus responsáveis em cada grupo que
farão a formação inicial (constituída pela
compreensão do sistema informático, o meti
learning space e o funcionamento de todos os
manequins bem como a integração destes dois
recursos) e serão responsáveis no futuro pela
utilização e dinamização da sua especialidade
na área da simulação,
- a necessidade de certificação nacional através
da Sociedade Portuguesa de Simulação
Médica
(SPSIM)) e internacional através
da Universidade de Harvard, estado de
Massachusses durante o corrente ano de 2012.
Médio prazo
- estabelecimento de programas formativos,
nas varias áreas;
- intervenção na área pré-graduada e
envolvimento com a Universidade da Madeira;
- intervenção na área pós-graduada em todas
as especialidades;
- intervenção na formação continua de todos
os profissionais de saúde ou ligados á saúde;
- possibilidade de acompanhar com os
psicólogos da área educativa (e neste caso
esperamos ter o acompanhamento de
psicólogos da Universidade da Madeira) que
farão a validação destes cursos na sua vertente
pedagógica.
Longo prazo
- obter o reconhecimento deste centro na
área formativa da simulação a nível nacional e
internacional;
- obter a recertificação do mesmo nos timings
adequados, bem como o seu desenvolvimento
de acordo com as guidelines nacionais e
internacionais e também de acordo com a
gestão adequada dos recursos financeiros;
- contínua formação dos profissionais de saúde
nas áreas clínicas e não clínicas;
Todo este percurso foi subitamente testado
em situação real a 20 de fevereiro de 2010,
quando a catástrofe de causas naturais atingiu
a Região Autónoma da Madeira, provocando
um rasto de destruição em várias localidades e
testando a capacidade de resposta da Região
perante a catástrofe. (fig.7)
fig.7
Todos puseram à prova os ensinamentos e
as competências que as formações tinham
proporcionado e atuaram de acordo com
as necessidades e com as exigências da
situação. O Hospital, os Centros de Saúde, o
Sistema de Emergência Pré-Hospitalar e as
restantes células da Proteção Civil atuaram
e interagiram de forma a dar uma resposta
rápida, eficiente e eficaz perante a situação
que se desencadeava. Era importante ajudar,
proteger, evitar mais destruição, e acima de
tudo tratar, aqueles que necessitavam de
cuidados de saúde relacionados com as
inundações, transferindo o mais rapidamente
possível para as instituições mais próximas de
forma a proporcionar o tratamento adequado.
Os exercícios e simulacros que conjuntamente o
SESARAM-EPE e a Proteção Civil têm efetuado
desde 2007 forneceram uma experiência que
foi importante e fulcral para atuar nesse dia.
Não basta ter formação e diferenciação, é
preciso testar e validar a mesma em situações
virtuais, para em situações reais a resposta ser
a mais eficaz possível.
Importa não esquecer também que hoje
em dia as atividades na área da saúde são
cada vez mais realizadas em equipa e nesse
sentido, a performance individual constitui um
contributo para a resposta final, mas esta para
ser eficaz é necessário testar em grupo sob
uma liderança forte onde o contributo de todos
com planificação e organização permite obter
resultados excelentes. Foi o que se passou no
20 de fevereiro de 2010, e por isso a resposta
final global foi considerada positiva.
Nas Organizações de Saúde a formação será
sempre uma ferramenta importante para os
seus profissionais, em termos de desempenho
e sua eficácia, e naturalmente que o sucesso
das mesmas depende muito da performance
dos seus recursos humanos perante os
desafios constantes diários.
É importante, de qualquer modo, partilhar
experiências com outras instituições quer
a nível nacional, quer a nível internacional,
de forma a enriquecermos os nossos
conhecimentos e continuarmos este processo
de aprendizagem contínuo. A Madeira,
através da sua Instituição SESARAM-EPE tem
participado em muitos congressos nacionais e
internacionais onde tem apresentado trabalhos
dos seus profissionais e este mais recente diz
respeito ao Centro de Simulação Clínica da
Madeira. (fig.8)
fig.8
19
A Simulação constitui o futuro da formação
e contribui atualmente para cerca de 4050% de ações formativas nesta área. A
Madeira, a Secretaria Regional dos Assuntos
Sociais, o SESARAM-EPE, estão de parabéns
por proporcionarem esta ferramenta aos
profissionais de saúde que assim têm a
possibilidade de continuar a treinar e testar
todas as situações em contexto de urgência
e emergência sem complicações para
os doentes, com segurança e qualidade,
contribuindo para uma prestação de cuidados
de excelência.
Julho.2012
Espaço Opinion Leaders
Pavilhões
Industriais
nos Parques
Empresariais
Ricardo Morna
Presidente do Conselho de Administração
da Madeira Parques Empresariais, Sociedade Gestora, S.A.
20
As políticas de ordenamento do território
e de ambiente assumem, atualmente, um
papel estratégico na gestão das sociedades
modernas e representam um dos mais
elevados desafios para aqueles a quem cabe
a responsabilidade de as definir e implementar.
A articulação do relacionamento do homem
com o seu meio envolvente implica a gestão
harmoniosa, sustentada e sustentável dos
diversos interesses, sejam eles de natureza
económica, social, ambiental e cultural, tendo
por denominador comum a maximização da
qualidade de vida das populações.
Ao nível regional, as condicionantes naturais
de ordem orográfica representam um desafio
adicional à capacidade de todos quantos têm
de intervir em matéria de ordenamento do
território, impondo uma estratégia integrada,
por forma a tornar o mais eficiente possível a
gestão dos recursos limitados.
Com esse propósito, foram construídos os
parques empresariais da RAM, que representam
um dos pilares sobre os quais assenta a
política de coesão social e desenvolvimento
equilibrado - uma das prioridades estratégicas
definidas no Plano de Desenvolvimento
Económico e Social da Região Autónoma da
Madeira para o período 2007-2013 - dada a sua
capacidade para promover a requalificação
dos centros urbanos e atenuar as assimetrias
intrarregionais, criando emprego, elevando o
nível de rendimento e as condições de vida das
populações locais.
Um dos seus maiores contributos é o fomento
da competitividade da base económica
regional, promovendo a sua diversificação
económica e, consequentemente, a sua
distribuição territorialmente equilibrada.
Nesta linha de orientação, a MPE- Madeira
Parques Empresariais, Sociedade Gestora,
S.A. (MPE), tem vindo, em cooperação com
o Governo Regional e demais entidades
competentes, a trabalhar no sentido de que
os parques empresariais se assumam como
a melhor solução ao nível da localização de
novos projetos de investimento.
Para a concretização desse objetivo, optouse pela Construção de Pavilhões, a serem
ocupados em regime de arrendamento, por
forma a potenciar a implantação de unidades
empresariais nos parques empresariais e
apoiar o tecido empresarial madeirense, o
qual, com a conjuntura atual, enfrenta grandes
dificuldades no acesso ao crédito bancário
para concretização dos seus projetos.
A construção de pavilhões, expressamente
consagrada no Programa de Governo em vigor
e no PDES 2007-2013, tem enquadramento
no “Eixo II” do Programa Operacional
Intervir+, cofinanciado pelo Fundo Europeu
de Desenvolvimento Regional (FEDER),
enquanto incentivo à transferência das
atividades industriais dispersas existentes,
para locais adequados ao exercício das
mesmas e visa, também, dinamizar os polos
de desenvolvimento nos diversos concelhos
da RAM, fixando as populações locais
através da criação de empregos e evitando,
consequentemente, o seu êxodo para os polos
de maior desenvolvimento.
Para o projeto “Pavilhões Industriais” foi efetuada uma candidatura ao Programa Operacional
Intervir+:
- A Candidatura foi efetuada a 28-11-2008 e aprovada em 23-03-2009;
- O Valor do Investimento Elegível é de 8.679.071,00 €;
- Sendo a comparticipação FEDER de 85%, ou seja, de 7.377.210,36 €;
- Foi efetuada uma única candidatura para duas fases, sendo que a 1º fase já se encontra
realizada e as despesas elegíveis ascenderam a 3.604.324,11 €;
- No que respeita à 2ª fase encontra-se aprovado um Investimento Elegível de cerca de
5.074.746,89 €.
A candidatura ao Programa Operacional de Valorização do Potencial Económico e Coesão
Territorial da RAM – Programa Intervir+ e sua aprovação, foram fundamentais para a realização
deste projeto, uma vez que comparticiparam com 85% das despesas elegíveis a fundo perdido.
Sem este apoio a MPE não teria capacidade financeira para levar em frente este projeto.
A 1ª fase da Construção dos Pavilhões ficou concluída no último trimestre de 2009 e consistiu na
construção de 12 Pavilhões no P.E. de Câmara de Lobos, 5 no P.E. da Ribeira Brava e 5 no P.E.
da Calheta. Todos estes pavilhões já se encontram ocupados.
A 2ª fase, que consiste na construção de mais 32 pavilhões, teve início em julho de 2011, com
conclusão prevista para o 2º semestre de 2012, sendo a sua distribuição geográfica a seguinte:
- 10 pavilhões no P.E. de Câmara de Lobos
- 4 pavilhões no P.E. da Camacha
- 6 pavilhões no P.E. de Machico
- 4 pavilhões no P.E. de Porto Moniz
- 4 pavilhões no P.E. de Santana
- 4 pavilhões no P.E. do Porto Santo
O projeto da construção de pavilhões visa proporcionar um meio alternativo para a instalação
de empresas nos Parques Empresariais, através do arrendamento de pavilhões aptos ao
funcionamento de qualquer empresa, e tem sido fundamental para satisfação das necessidades
do tecido empresarial da Região Autónoma da Madeira, essencialmente para os empresários
que não dispõem de meios para realizar o seu próprio investimento.
Julho.2012
21
Espaço Opinion Leaders
Formar
pela diferença
Rita Andrade
Diretora de Formação e Comunicação da
Proinov
22
A Proinov é uma entidade formadora
certificada pela Direção Regional de
Qualificação Profissional (DRQP), e realiza na
área da formação ações para jovens (cursos
CEF e de Aprendizagem); organiza formação
para docentes validada pela Direção Regional
de Educação (DRE); ações de formaçãoconsultoria para Empresas (PME´s) e
atualmente é entidade formadora e consultora
de um projeto de formação-consultoria na área
da Economia Social, o Consolid@r. Atua ainda
no mercado da formação em muitas outras
vertentes empresariais e na área da informática
e multimédia conta com muitas valências que
resultam num reforço de competências e de
enriquecimento curricular para as ações de
formação desenvolvidas.
Como entidade formadora certificada a formar
jovens (e adultos) na RAM desde 2005 o que
merece realmente ser partilhado é tudo aquilo
que na área do ensino profissional oferecemos
para além da formação. Porque a formação,
essa, sem dúvida nenhuma é fundamental,
tem de ser ministrada por profissionais com
perfil adaptado às necessidades dos nossos
clientes, sendo esse um requisito mínimo a
cumprir. Todo o funcionamento ao nível da
gestão, ao nível administrativo e pedagógico
deve ser de excelência, e temos vindo a
trabalhar nesse sentido, acreditando na
melhoria contínua, num contexto em que com
recursos cada vez mais escassos e com forte
apoio nas TI´s tentamos fazer cada vez mais e
melhor. Com sucesso.
Uma das preocupações da Proinov tem sido a
de incentivar a utilização das tecnologias por
parte dos professores, alunos e pessoal não
docente. Desde o desenvolvimento de uma
plataforma interna de gestão de formação,
onde são lançados os sumários, presenças,
notas e muitas outras operações, à utilização
de plataforma LMS (Moodle) que facilita a
comunicação com os alunos, passando pela
criação de recursos didáticos multimédia.
Para reforçarmos as competências dos
professores temos vindo a desenvolver cursos
de formação de docentes com um forte
enfoque na área de tecnologias educativas.
Marcar pela diferença
O trabalho que se faz para além do “básico” é
que deve marcar a diferença nas organizações
e pautar o seu quotidiano. É isso que vai deixar
a nossa identidade institucional marcada
nas vidas futuras dos nossos jovens. São
os desafios diários que dezenas de jovens
nos colocam que obrigam a sair da zona
de conforto como entidade formadora, e a
fazer um trabalho diferenciado em termos de
mercado. Com formadores na linha da frente;
com colaboradores na retaguarda. Num
contínuo trabalho de equipa que evidencia a
busca da melhoria continua e a satisfação do
nosso cliente.
Porque podemos e devemos fazer mais e
melhor, em especial quando utilizamos fundos
comunitários.
Sem dúvida que os fatores positivos podem
e devem ser partilhados, e é isso a que nos
propomos fazer neste artigo.
O FSE foi determinante na formação centenas
de jovens que temos vindo a preparar para que
de forma sustentada saibam integrar-se num
mercado de trabalho cada vez mais exigente e
competitivo. E com menos oportunidades, mas
também é verdade que apesar de em menor
quantidade, as oportunidades continuam a
existir.
Reforço positivo
Essa a 1ª mensagem que passamos aos
nossos jovens: ainda há oportunidades!
Vamos lá a acreditar que é possível. Grande
parte do sucesso está nas nossas (vossas)
mãos.
Mais de 50% dos jovens que temos formado no
âmbito dos Cursos de Educação e Formação –
CEF e no âmbito do Sistema de Aprendizagem
(que são cursos profissionais, anteriormente de
nível III, e agora, segundo a nova classificação
da ANQ de nível IV, que quando concluídos
os/as formandos/as obtêm dupla certificação
reconhecida pela União Europeia) são jovens
que por razões diversas tinham abandonado
a escola. As duas principais razões para
este abandono relacionaram-se com falta de
adaptação ao “modelo tradicional” de escola;
ou devido a condições financeiras que não
permitiram dar continuidade aos seus estudos.
Sim, acredite-se ou não, em pleno século XXI
há jovens que não têm condições de pagar os
transportes (essenciais para se deslocarem
para a escola, sobretudo se vivem fora do
Funchal). São cerca de 30% os jovens a estudar
na Proinov que residem fora deste concelho,
jovens que sem o apoio do FSE não teriam aqui
chegado. Já para não falar em todo o material
utilizado nos cursos, que disponibilizamos
aos alunos e que viabiliza financeiramente
a realização desta operação de formação. E
esse fator é naturalmente motivo de grande
satisfação, sobretudo no atual contexto
socioeconómico em que vivemos. Em que
há alunos que iniciaram os seus cursos num
contexto familiar “estável”, e que a meio do
curso veem os pais desempregados, e vivem
num clima de incerteza em que a Proinov
ainda é o pilar que têm mais seguro, devendo
por isso agarrar-se e estudar. Investir nos
estudos. Progredir, melhorar competências
para chegarem mais longe, se possível atingir
o sucesso. O sucesso dos nossos jovens
será o nosso sucesso, mas o inverso também
é verdadeiro. Por isso o que temos aqui é
um trabalho de equipa, que envolve partes
diferentes todas elas interessadas em atingir
um objetivo comum. E esta é a mensagem que
transmitimos todos os dias, e que os jovens
compreendem.
Passar a mensagem que é possível; motivar
estes jovens para atingir os seus objetivos
(normalmente são cursos de três anos); ajudálos a ter a atitude certa, na hora certa, com a
capacidade de adaptação que o mercado exige,
ajudá-los a acreditar que devem perseguir o
seu sonho e trabalhar para o conseguir é uma
meta a que tentamos atingir todos os dias.
A maioria dos cursos CEF e de Aprendizagem
que desenvolvemos estão ligados às áreas da
Informática e da Multimédia. Todos os cursos
têm previsto em cada ano um estágio, cujo
objetivo é preparar o/a aluno/a para o mercado
de trabalho, acontecendo muitas vezes que no
decorrer do próprio estágio já há convites de
trabalho feitos aos alunos quando estes têm um
bom desempenho. Isso é excelente e comprova
que estamos a preparar adequadamente os
nossos jovens para a oferta que existe em
termos de mercado de trabalho.
Casos De Sucesso
A Mónica* tem 20 anos e não tinha condições
financeiras para continuar a estudar. Entrou na
Proinov com o 9º ano. Neste momento está a
acabar o 12º ano e já está a trabalhar numa
das empresas que a acolheu para estágio
desde o início do curso. É uma das melhores
colaboradoras da cadeia de lojas onde foi
inserida. Vai tentar seguir o ensino superior
mantendo o seu posto de trabalho.
A Sofia* tem 24 anos, trabalha em part-time e
estuda na Proinov. Tem autonomia financeira
para viver sozinha. No decorrer do curso foi-lhe
detetado um problema oncológico, tem feito os
seus tratamentos e prosseguidos os estudos,
com diverso apoio nomeadamente psicológico
por parte da Proinov e está em vias de acabar
o 12º ano. A sua família somos todos nós. E
havemos de continuar a ser.
Nenhum destes casos, entre dezenas de
outros mais teria aqui chegado não fosse o
apoio do FSE, e temos a certeza que vamos
chegar muito mais longe.
Um dia cá estaremos para contar a sua
história. A história de muitos alunos que não
acreditavam chegar ao dia em que também
fariam as suas capas.
*nome fictício
Alunos finalistas da Proinov - ano 2011-2012
Julho.2012
23
Espaço Opinion Leaders
Fatores naturais potenciadores
do turismo de saúde
Na ilha do porto santo
Região Autónoma da Madeira
areia do Porto Santo. Com a necessária anuência fizeram-se então trabalhos preliminares, de
campo e de laboratório. Mais tarde, houve oportunidade de preparar um programa de tese
doutoral para o Eng. João Batista, sendo objetivo fundamental da tese estudar e procurar explicar
as propriedades específicas da areia justificativas dos seus efeitos positivos em doenças do
foro músculo-esquelético. O programa de tese abrangia também o estudo de outros recursos
naturais do Porto Santo, tais como água do mar, água de nascente e argilas (particularmente as
do tipo bentonite, únicas em Portugal), produtos agrícolas biológico-medicinais e clima. A tese
intitulada “Areia de Praia da ilha do Porto Santo: Geologia, Génese, Dinâmica e Propriedades
Justificativas do seu Interesse Medicinal” foi defendida em provas públicas em 2002 e contou
com o apoio da Comunidade Europeia e do Fundo Social Europeu, através dos programas
comunitários POPRAM II e POPRAM III, para além dos apoios da Universidade de Aveiro e
da Unidade de Investigação Minerais Industriais e Argilas (atual Unidade de Investigação
GEOBIOTEC da Fundação Para a Ciência e a Tecnologia).
Os resultados das investigações levadas a efeito têm proporcionado a publicação de alguns
artigos científicos em revistas nacionais e internacionais (Gomes & Silva, 2006b, 2007, 2008 a,
b) e de alguns livros técnicos e científicos (Gomes & Silva, 2002, 2006ª, 2012; Silva, 2002, 2003).
Desde então, a informação científica obtida tem sido usada por empresários dos ramos da
hotelaria e do turismo para o desenvolvimento de infraestruturas (por exemplo, Centros de
Geomedicina, Centros de Talassoterapia, Centros ou Resorts de Saúde Natural e Spas, Figuras
3 e 4) e para programas de Turismo de Saúde tirando benefícios dalguns dos recursos naturais
da ilha, que têm tido a participação de indivíduos oriundos, essencialmente, por ora, de países
nórdicos (Noruega, Dinamarca, Finlândia, Suíça e Suécia).
Psamoterapia
25
24
João Batista Pereira Silva
Investigador (PhD), Centro de Investigação “GeoBioTec”
da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT),
Universidade de Aveiro
Resumo
A ilha do Porto Santo possui um conjunto
de recursos naturais (areia carbonatada
biogénica, argila esmectítica, água do
mar, água de nascente, produtos agrícolas
biológico-medicinais e clima) que permitem
atribuir-lhe a designação de Estância Singular
de Saúde Natural. Alguns dos recursos foram
objeto de uso tradicional ao longo de vários
séculos com benefícios para a saúde humana
e têm sido estudados dos pontos de vista,
técnico, científico e clínico nos últimos quinze
anos por uma equipa multidisciplinar. No
presente trabalho dá-se conhecimento, de
modo sumário, do aproveitamento e aplicação
desses recursos naturais em Centros de
Geomedicina, em Resorts de Saúde Natural e
em SPAs.
Palavras-Chave: Porto Santo, recursos naturais, turismo
de saúde, geoturismo, SPAs
Introdução
Na última década o mercado do Turismo
de Saúde na ilha do Porto Santo, território
do arquipélago da Madeira, deixou de
ser apenas doméstico e avançou para a
internacionalização. Antes e, com base em
informação recolhida (a primeira remonta há
cerca de duzentos anos), a ilha era procurada
por indivíduos nacionais e estrangeiros que
utilizavam de modo empírico, mas com
reconhecido sucesso conforme relatos escritos
e depoimentos clínicos, o tradicional banho de
areia na zona de transição praia/duna frontal
da excelente praia que existe na costa sul da
ilha, para tratarem patologias do foro músculoesquelético, em particular (Figuras 1 e 2).
Só em 1995, o autor do presente artigo,
madeirense e natural do Funchal, que
frequentava a Licenciatura em Engenharia
Geológica na Universidade de Aveiro,
manifestou ao seu Professor Celso de Sousa
Figueiredo Gomes, o interesse pelo estudo da
Figura 1: Pacientes a fazerem tratamento aos membros inferiores na praia
da Calheta, ilha do Porto Santo. © João Silva, 2011
Figura 3: Tratamento com areia carbonatada biogéncia
em duas banheiras na Clínica de Geomedicina do Hotel
do Porto Santo & Spa. © João Batista, 2008
Figura 2: Pormenor da areia de praia
aderido à pele após o tratamento, na praia
do Ribeiro Salgado. © João Silva, 2010
Figura 4: Pormenor do tratamento com areia carbonatada
biogéncia em duas pacientes na Clínica de Geomedicina
do Hotel do Porto Santo & Spa. © João Batista, 2008
Espaço Opinion Leaders
Fatores naturais potenciadores
do turismo de saúde
Na ilha do porto santo
Região Autónoma da Madeira
A areia carbonatada biogénica de rara tipologia deriva da desintegração, durante a Última
Grande Glaciação, de várias espécies marinhas que se desenvolveram e fixaram em certos
setores da plataforma costeira. Para além da areia outros recursos naturais da ilha tais como,
argilas especiais, clima, água do mar, água de nascente e, ainda, vegetais e frutos comestíveis
produzidos por agricultura biológica em solos calcários tendo em vista a sua integração na dieta
alimentar dos utentes de programas abrangentes e integrados de Turismo de Saúde (Figuras
5 a 8), têm vindo a ser investigados em termos das suas relevantes propriedades específicas
(mineralógicas, térmicas, químicas, bioquímicas e hidroquímicas), tanto no estado natural, como
depois desenhados e reformulados.
A psamoterapia ou arenoterapia se associada a outras naturoterapias, tais como, climaterapia,
helioterapia, hidroterapia e peloideterapia ou peloterapia pode promover e potenciar o Porto
Santo como Estância Singular de Saúde Natural (Figuras 9 e 10).
Desde 2006 que está em curso o desenvolvimento e aplicação de produtos dermocosméticos
com fins medicinais (Figuras 11 e 12), tendo por base a areia carbonatada biogénica e a argila
do tipo bentonite da ilha do Porto Santo (Delfim et al., 2007 e Santos et al., 2009). O projeto
I&DT que contempla este objetivo procura conseguir desenhar e fabricar produtos genuínos e
diferenciadores. Para o efeito envolve investigadores do Centro de Investigação GEOBIOTEC da
Universidade de Aveiro, do Centro de Tecnologia Farmacêutica da Faculdade de Farmácia da
Universidade do Porto e, ainda, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando
Pessoa, Porto.
Figura 5: Cebolas e abóbora cultivadas em calcisolo.
© João Silva, 2009
Figura 9: Cebolas e abóbora cultivadas em calcisolo.
© João Silva, 2009
26
Figura 6: Rama e batata-doce cultivadas em calcisolo.
© João Silva, 2010
Figura 10: Rama e batata-doce cultivadas em calcisolo.
© João Silva, 2010
27
Figura 7: Pormenor dos cachos de uvas numa cepa
plantada em calcisolo da zona interdunar no sítio da
Lagoa. © João Silva, 2011
Figura 8: Vendedor ambulante de “uva de caracol” no
centro da cidade do Porto Santo. © João Silva, 2011
Figura 11: Boiões com espátulas de madeira contendo gel
esfoliante com partículas dispersas de areia carbonatada
biogénica da ilha do Porto Santo. © João Silva, 2010
Figura 12: Pormenor da aplicação do gel esfoliante sobre
o rosto de uma voluntária no Pavilhão da Madeira na Bolsa
de Turismo de Lisboa. © João Silva, 2010
Espaço Opinion Leaders
Fatores naturais potenciadores do turismo de saúde
Na ilha do porto santo - Região Autónoma da Madeira
Referências
Santos, D., Oliveira, R., Lopes, C., Barata, P., Amaral, H., Ferreira, D., Silva, J., Gomes, C., Gomes,
J., Santos, S., Castro, R., 2007. Desarrollo de una formulación dermocosmetica hidratante com
argilas de la Isla de Porto Santo – Portugal. Jornadas Nacionales de Dermofarmacia, VigoEspanha, comunicação em poster.
Gomes, C. S. F. & Silva, J. B. P., 2002. Beach Sand and Bentonite of Porto Santo Island:
Potentialities for Applications in Geomedicine/Areia de Praia e Bentonite da Ilha do Porto Santo:
Potencialidades para Aplicações em Geomedicina, Edição (1.000 exemplares) dos Autores,
Funchal, 60 pp.
Gomes, C: S. F. & Silva, J. B. P., 2006a. Os Minerais e a Saúde Humana: Benefícios e Riscos
/ Minerals and the Human Health: Benefits and Risks (2006). Edição (1.500 exemplares) dos
Autores, Funchal, 360 pp..
Gomes, C: S. F. & Silva, J. B. P., 2006b. Products based on clay, mud and sand with interest for
balneotherapy. 13Th International Clay Conference, Japão, Repinted from Clay Science, Vol. 12,
April 2006, Supplement 2, pp. 228-232.
28
Gomes, C: S. F. & Silva, J. B. P., 2007. Minerals and clay minerals in medical geology. Applied
Clay Science 36, pp. 4-21.
Figura 11: Boiões com espátulas de madeira contendo gel
esfoliante com partículas dispersas de areia carbonatada
biogénica da ilha do Porto Santo. © João Silva, 2010
Figura 12: Pormenor da aplicação do gel esfoliante sobre
o rosto de uma voluntária no Pavilhão da Madeira na Bolsa
de Turismo de Lisboa. © João Silva, 2010
Uma das preocupações dos investigadores é introduzir nos produtos desenvolvidos e a
certificar o conceito de denominação de origem. Por isso, está a ser feita a caracterização
detalhada das formulações para registo de produtos e de marcas, tendo em vista o surgimento
de empreendedores interessados na produção e comercialização.
A ilha do Porto Santo possui, igualmente, geosítios de características singulares (Silva & Gomes,
2003) e outro património interessante, que têm sido estudados tendo em vista a sua integração
em roteiros de turismo da natureza (ecoturismo e geoturismo – Figuras 13 e 14) e de património
construído, que possibilitam a ocupação de boa parte dos tempos livres dos indivíduos
participantes nos programas de Turismo de Saúde.
Esta e outra informação sobre os recursos geológicos da ilha do Porto Santo com interesse para
a saúde e bem-estar poderão ser consultados com bastante detalhe no livro bilingue intitulado
“Ilha do Porto Santo: Estância Singular de Saúde Natural / Porto Santo Island: Unique Resort of
Natural Health”, que foi editado em fevereiro de 2012.
A psamoterapia ou arenoterapia se associada a outras naturoterapias, tais como, climatoterapia,
helioterapia, hidroterapia e peloterapia pode promover e potenciar o Porto Santo como Estância
Singular de Saúde Natural.
Assim sendo, a informação constante neste artigo e no referido livro poderá constituir um
contributo decisivo para que o Porto Santo, se possa posicionar como um fornecedor de serviços
e com “Know-how” na área da saúde para o exterior e afirmar a Região Autónoma da Madeira,
como um importante Destino de Saúde Natural, no tratamento de patologias osteo-articular e
no turismo de saúde.
Julho.2012
Gomes, C: S. F. & Silva, J. B. P., 2008a. Porto Santo Island: a natural health resort highly dependent
upon the geochemistry of some of their natural resources. IX CGPLP, Cabo Verde, Praia, oral
presentation.
Gomes, C: S. F. & Silva, J. B. P., 2012. Ilha do Porto Santo: Estância Singular de Saúde Natural/
Porto Santo Island: Unique Natural Health Resort. Madeira Rochas – Divulgações Científicas e
Culturais, Funchal, 240 pp.
Gomes, C: S. F. & Silva, J. B. P., 2008b. Contribution of Mineral Resources for the Classification
of Porto Santo’ island as a Natural Health Resort. Livro de Homenagem ao Professor António
Ferreira Soares, Departamento de Geociências da Universidade de Coimbra (editor), pp. 291300.
Santos, D., Amaral, M. H., Padilha, M., Andreani, T., Pena Ferreira, M.R. Silva, J. B. P., Gomes, C. S.
F., 2009. Development of exfoliating formulations containing biogenic carbonate sand from Porto
Santo’ island, Madeira Archipelago. 10th Skin Forum, APGI, Versailles, França, comunicação em
poster.
Silva, J. B. P., 2002. Areia de praia da ilha do Porto Santo: geologia, génese, dinâmica e
propriedades medicinais 2002. Tese de Doutoramento em Geociências, Universidade de Aveiro,
Aveiro, 275 pp.
Silva, J. B. P., 2003. Areia de praia da ilha do Porto Santo: geologia, génese, dinâmica e
propriedades justificativas do seu interesse medicina (2003). Edição (1500 Exemplares) da
Madeira Rochas – Divulgações Científicas e Culturais, Funchal, 343 pp.
Silva, J. B. P. & Gomes, C. S. F., 2003. Património Geológico da ilha de Porto Santo: proposta para
a criação de um Geoparque. VI Congresso Nacional de Geologia, Departamento de Ciências
da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Monte da
Caparica, 4 pp.
29
Espaço Atualidade
Este Espaço pretende dar conta da aplicação
dos fundos comunitários na Região
Autónoma da Madeira, da avaliação dos
Programas Operacionais Intervir+ e Rumos
e da preparação dos futuros Programas no
contexto da futura Política de Coesão 20142020.
Freira da Madeira Pterodroma madeira
©Filipe Viveiros
Foto e informação cedida pelo Serviço do Parque Natural da Madeira
www.pnm.pt
31
Espaço Atualidade
FSUE
Execução da Candidatura
da RAM
2. Execução
Foram apoiadas 47 intervenções que envolveram 4 entidades beneficiárias (vide Quadro), sendo
que a entidade mais representativa é a Vice Presidência do Governo Regional (então Secretaria
Regional do Equipamento Social), com 70% das intervenções financiadas e 76% da ajuda paga.
Ana Mota
Entidade Intervenções
Financiamento Financiamento
Montante FSUE
Beneficiaria(nº) Aprovado Executado
PAGO
Vogal do Conselho de Direção do Instituto de
Desenvolvimento Regional, IP-RAM
32
1. Contexto_ Candidatura/ Modelo de Gestão
e Controlo/ Procedimentos
O Dossier da candidatura ao Fundo de
Solidariedade (FSUE) foi aprovado, em 13-012011, através da Decisão de Financiamento C
(2010) nº 9758/final.
Com a aprovação da subvenção do FS no
montante de 31.255.790 EUR foi preparado
Protocolo que veio a ser assinado em 21-022011, entre a Secretaria Geral do Ministério da
Administração Interna (SGMAI) e o Instituto
de Desenvolvimento Regional (IDR), na linha
do estabelecido na Resolução do Conselho
do Governo Regional nº 1619/2010, de 29
de dezembro, que atribuiu ao Instituto de
Desenvolvimento Regional as competências na
Região de gestão do Fundo de Solidariedade.
Depois foi assinado o Acordo entre o Estado
Membro e a Comissão Europeia que permitiu
o pagamento da ajuda a Portugal no início do
mês de abril de 2011 e a entrada do dinheiro
na RAM a meados do mês de abril.
Entretanto foi criado o Guia de Procedimentos
e concebida uma área reservada no site
do IDR, com o propósito promover a melhor
articulação entre as entidades intervenientes
na gestão e aplicação do Fundo.
A Área Reservada constitui assim o principal
veiculo de comunicação e reporte entre o IDR e
as autoridades nacionais (MAI) e em simultâneo
um arquivo eletrónico da candidatura de pedido
de ajuda à Comissão Europeia e de todas
as operações _ nomeadamente, aprovação,
execução, pagamentos, relatórios de auditoria.
Foi sistematizada em 5 seções:
• DECISÃO C (2010) 9758 de 13 de Jan. 2011
[Candidatura formalizada; Protocolo SGMAI/
IDR; ACORDO COM/ MAI; REG DO FS]
• PROCEDIMENTOS [Guia de Procedimentos/
Circuitos/ Formulários/ Minuta de Termo de
Aceitação/ Pedido d Pagamento/ Check-lists/
Modelo Relatório Final / ...]
• NTERVENÇÕES APOIADAS [Beneficiários/
Homologação/ Ficha+Parecer técnico/ Termo
de Aceitação/...]
• EXECUÇÃO [Execução das Intervenções/
Transferências Recebidas do MAI/ Pagamentos Efetuados/...]
APRAM, SA
EEM, SA
IHM, EPE
VP
Total
• CONTROLO [Programação Indicativo das
Ações de Controlo da responsabilidade do IDR/
Relatórios/ Follow up de Recomendações/...]
O modelo de gestão adotado para a aplicação
da ajuda do Fundo de Solidariedade atribuída
à RAM pela Decisão de Financiamento C
(2010) 9758 final, de 13-01-2011, foi concebido
em conformidade com as exigências do
Regulamento REG (CE) 2012/2002,de 11 de
novembro.
Assim, e conforme se depreende do Acordo
assinado com a Comissão Europeia e do
Protocolo estabelecido entre o Governo da
República (MAI) e o Governo Regional foram
envolvidas no sistema de gestão e de controlo
três entidades (SGMAI_ Secretaria Geral do
Ministério da Administração Interna; IDR_
Instituto de Desenvolvimento Regional; IGAI_
Inspeção Geral da Administração Interna),
conforme se apresenta de seguida:
Entidades
Intervenientes
Funções
Gestão
Controlo
SGMAI
√
datas relevantes
√
(externalizado – empresa Victor Jose & Associados)
2011
IDR
√
√
(meios internos do IDR – UC _Unidade de Controlo)
2011-2012
IGAI
-
√
No final do processo “certificação final de contas”
2012
Acordo entre DG REGIO E MAI
Principais Deveres do IDR de acordo com o Protocolo
estabelecido entre o MAI e a RAM
•Definição de procedimentos _GUIA
•Seleção das operações
•Pagamento das ajudas aos Beneficiários Diretos
•Verificação e Validação das despesas declaradas
•Criação de ÁREA RESERVADA
1
12
1
33
47
3.473.020,00 € 3.617.210,77 € 390.365,58 € 26.803.573,58 € 34.284.169,93 € 3.473.020,00 € 3.613.715,28 € 381.072,36 € 26.745.149,08 € 34.212.956,72 € 3.473.020,00 €
3.613.715,28 €
381.072,36 €
23.940.739,19 €
31.408.546,83 €
Na ótica dos domínios/áreas, as intervenções apoiadas tiveram a distribuição que se segue,
o que demonstra uma aproximação muito grande entre os montantes pagos e os inicialmente
previstos:
Dominio
a
1
2
3
4
5
Total
Interv Financiamento Financiamento Financiamento
Montante FSUE
(nº)Programado Aprovado Executado
PAGO %
b
c
d
e
fg=f/c
12
16
1
14
4
47
3.810.000,00 € 3.617.210,77 € 3.613.715,28 € 1.400.000,00 € 1.402.329,41 € 1.401.734,90 € 400.000,00 € 390.365,58 € 381.072,36 € 7.540.000,00 € 7.635.510,11 € 7.581.404,10 € 18.105.790,00 € 21.241.754,06 € 21.235.030,08 € 31.255.790,00 € 34.287.169,93 € 34.212.956,72 € 3.613.715,28 € 94,8%
1.386.934,90 € 99,1%
381.072,36 € 95,3%
7.581.404,07 € 100,5%
18.445.420,22 € 101,9%
31.408.546,83 € 100,5%
De sublinhar que os montantes aprovados ultrapassaram em 9,7% o montante de ajuda concedida
(34.287.169,93/31.255.790,00) com o objetivo de garantir uma margem de segurança no caso
de virem a serem detetadas eventuais despesas não elegíveis em futuras missões de controlo.
Os montantes executados (ou seja validados) aproximaram-se muito do montante aprovado –
99,8%, o que representa uma boa performance.
Os montantes pagos ultrapassaram ligeiramente o montante efetivamente recebido da Comissão
Europeia por ter sido aplicado também a parcela de 152.756,82€, relativos a juros gerados na
conta.
De salientar que os pagamentos no total de 31,4 Milhões de Euros cobriram 92% do montante
total de despesas validadas.
3. Processo de Encerramento
Para a execução da Decisão de financiamento suprarreferida, e nos termos do Acordo
celebrado entre a União Europeia (Comissão Europeia) e o Estado Português (MAI _ Ministério
da Administração Interna), ficou estabelecido no art. 9º a apresentação de uma declaração
que ateste a validade das despesas declaradas, assim como a legalidade e regularidade das
operações financiadas.
O IDR no prazo de 3 meses, após o fecho da aplicação do FSUE apresentou o Relatório Final da
execução do FSUE, tal como previa o Protocolo no ponto 3. da Clausula 7ª.
A IGAI emitiu a certificação de final de contas com parecer favorável no dia 25 de setembro
de 2012, após exame/verificações efetuadas e o MAI enviou todas as peças (relatório final
e certificação) à Comissão Europeia na primeira semana de outubro de 2012, dando assim
cumprimento a todos os requisitos estabelecidos no Regulamento do FSUE /Acordo.
Assim, e face ao exposto, tudo se encaminha para muito em breve os serviços da Comissão
Europeia darem por encerrado o processo, o que é deveras algo extremamente positivo para a
Região Autónoma da Madeira e para o Estado Português.
Setembro. 2012
33
Espaço Atualidade
Avaliação
Intercalar
do
Programa
Operacional de Valorização do Potencial
Económico e Coesão Territorial da Região
Autónoma da Madeira (Intervir+)
Augusto Medina
Professor e Presidente da Sociedade Portuguesa de Inovação
34
A Sociedade Portuguesa de Inovação – SPI (www.spi.pt) foi a
entidade responsável pela elaboração do estudo de “Avaliação
Intercalar do Programa Operacional de Valorização do Potencial
Económico e Coesão Territorial da Região Autónoma da
Madeira” (PO Intervir+), realizado por solicitação do Instituto de
Desenvolvimento Regional, entre setembro de 2011 e fevereiro
de 2012.
O exercício de Avaliação Intercalar, que incidiu sobre os Eixos
I a V do PO Intervir+ e assumiu como período de referência o
que decorreu entre janeiro de 2008 e dezembro de 2011, teve
como principais objetivos analisar:
• A pertinência e a coerência do PO Intervir+ face às alterações
do contexto de partida e aos níveis de concretização das
prioridades estratégicas do Plano de Desenvolvimento
Económico e Social da Região Autónoma da Madeira (PDES)
2007-2013;
• O desempenho e o impacto do PO Intervir+ numa fase intermédia do seu período de vigência;
• A concretização das prioridades estratégicas e dos objetivos específicos do PO Intervir+;
• Os contributos das principais áreas de intervenção para as prioridades estratégicas da Agenda
Temática Fatores de Competitividade e da Agenda Temática Valorização do Território do Quadro
de Referência Estratégico Nacional (QREN);
• O modelo e as soluções de gestão adotadas para o PO Intervir+.
Na prossecução destes objetivos, o trabalho de avaliação centrou-se em questões relacionadas
com as alterações socioeconómicas, o grau de cumprimento dos indicadores de realização e
resultado, eventuais explicações para o perfil de desempenho, os contributos das realizações
para os objetivos específicos, as trajetórias de concretização ao nível dos objetivos gerais, o
impacto na concretização do PDES 2007-2013, o alinhamento dos impactos antecipáveis com
os objetivos gerais e os contributos do PO Intervir+ para as Agendas Temáticas do QREN.
A abordagem metodológica contou com três fases (a primeira de aprofundamento da
metodologia de avaliação, a segunda de desenvolvimento dos trabalhos de recolha e análise da
informação e a terceira de elaboração das recomendações) e implicou um trabalho minucioso
de recolha de dados, baseado numa pesquisa bibliográfica e estatística detalhada, envolvendo
documentos de âmbito regional, nacional e comunitário. Complementarmente, foi aplicado um
conjunto diversificado de instrumentos metodológicos, incluindo:
• Entrevistas: através deste método foram envolvidos vários intervenientes no Programa,
designadamente entidades da Estrutura de Gestão e do Modelo de Governação do QREN,
entidades reconhecidas como stakeholders e entidades/empresas públicas beneficiárias, tendo
sido realizado um total de 43 entrevistas;
• Questionário: através deste método foram recolhidas 119 respostas de entidades empresariais
beneficiárias de projetos aprovados e não aprovados nos diferentes Sistemas de Incentivos;
• Estudos de caso: através deste método foram descritos 3 exemplos de boas práticas do
contributo do PO Intervir+ para os resultados e impactos esperados, nomeadamente do SI
EMPREENDINOV (Eixo I), do SI FUNCIONAMENTO (Eixo V) e das intervenções apoiadas no
âmbito da renovação do Parque Escolar (Eixo IV);
• Focus group: através deste método foi possível analisar e debater, com os elementos da
Autoridade de Gestão e do Organismo Intermédio do PO Intervir+, os principais resultados
obtidos.
As principais conclusões da Avaliação Intercalar foram agrupadas em quatro grandes categorias
que a seguir se detalham.
35
Espaço Atualidade
Avaliação
Intercalar
do
Programa
Operacional de Valorização do Potencial
Económico e Coesão Territorial da Região
Autónoma da Madeira (Intervir+)
36
No que concerne ao contexto, ficaram claros
os efeitos negativos da crise macroeconómica
e as fragilidades acrescidas da insularidade
e do aumento da taxa de desemprego na
Região. Não obstante as evoluções positivas
observadas
para
alguns
indicadores
(educação, saúde, sociedade da informação e
inovação), os desafios acrescidos à execução
colocados pelas alterações socioeconómicas
e pela real procura dos beneficiários fizeramse refletir no exercício de reprogramação
aprovado pela Comissão Europeia e na
alteração das metas de alguns indicadores.
Relativamente à execução, foi possível
observar que o perfil de desempenho do PO
Intervir+ se afigura como positivo e tende
a demonstrar que as metas definidas para
2015, quanto aos indicadores de realização
e de resultado, serão alcançáveis. Assim, em
termos gerais, o cumprimento dos indicadores
de realização e de resultado, especialmente
se se atender aos níveis de contratualização
já alcançados, apresenta níveis de eficácia e
de eficiência positivos, não obstante alguns
Eixos Prioritários apresentarem níveis de
execução moderados. Estes níveis parecem
estar associados à Estrutura de Gestão do
PO Intervir+, que se tem revelado como
facilitadora, e ao próprio processo de seleção,
no âmbito do qual as aprovações são
realizadas, dentro de cada Eixo, em sintonia
com as áreas prioritárias do Programa. De
salientar, no entanto, que a análise das
condições de acesso aos vários Sistemas de
Incentivos permitiu a identificação de alguns
fatores que podem estar a limitar o potencial
destes instrumentos para o desenvolvimento
da Região (nomeadamente o valor de despesa
elegível mínima).
Considerando os impactos antecipáveis das
realizações e resultados do PO Intervir+, em
consequência dos investimentos que têm vindo
a ser efetuados, denota-se um alinhamento
com os objetivos gerais do Programa, sendo
que este tem vindo a demonstrar um contributo
positivo e relevante para a prossecução dos
objetivos estabelecidos no PDES 2007-2013,
em particular os relacionados com a prioridade
“Inovação, empreendedorismo e sociedade do
conhecimento”.
Atendendo aos contributos para as Agendas
Temáticas, verifica-se que as intervenções
do PO Intervir+ têm contribuído para a
concretização das prioridades da Agenda
Temática
Fatores
de
Competitividade,
nomeadamente para a renovação do modelo
empresarial e para a alavancagem dos projetos
de investimento das empresas (salientandose neste contexto o número de empresas
beneficiárias dos mecanismos de engenharia
financeira e o número de novas empresas
apoiadas pelos Sistemas de Incentivos, bem
como os incentivos ao desenvolvimento
de setores intensivos em conhecimento e
média-alta e alta tecnologia). Têm também
contribuído para a concretização das
prioridades da Agenda Temática Valorização
do Território, nomeadamente para o reforço da
coesão social e territorial e para o aumento da
segurança dos habitantes da RAM (realçandose os apoios à construção/modernização
de equipamentos na área do desporto, aos
projetos de prevenção e gestão de riscos
naturais e aos equipamentos culturais, ainda
que com um impacto mais reduzido).
Face aos resultados obtidos, as recomendações
da SPI vão no sentido de serem implementadas
ações visando especificamente a melhoria
do desempenho do PO Intervir+ (incluindo,
entre outras, a análise atenta aos projetos com
baixas taxas de execução e aos “Grandes
Projetos”, a avaliação da possibilidade de
aumentar as taxas máximas de cofinanciamento
comunitário aplicáveis aos pagamentos
intermédios e aos pagamentos do saldo final
e a sensibilização das entidades do Sistema
Científico e Tecnológico Regional - SCTR - para
os incentivos existentes), o refinamento dos
seus instrumentos (incluindo, entre outras, a
eventual revisão das condições de elegibilidade
dos projetos a alguns Sistemas de Incentivos
no sentido de aumentar a sua atratividade para
as micro e pequenas empresas e a eventual
reformulação do tipo e natureza de projetos
de investimento elegíveis em alguns âmbitos
reforçando o interesse das entidades do
SCTR) e o aperfeiçoamento dos indicadores
(incluindo, entre outras, a monitorização e
apuramento dos indicadores de impacto em sede de encerramento do Programa e a alteração
da metodologia de cálculo dos indicadores de realização e de resultado que se referem a
projetos com mais do que uma intervenção física).
A SPI apresentou ainda um conjunto de recomendações para o futuro Programa Operacional
Regional, nomeadamente:
• Desenvolver atividades tendentes à concretização de uma estratégia de especialização
inteligente, integrando a plataforma europeia “S3”, concentrando os recursos num número
reduzido de prioridades e evitando a dispersão dos investimentos em diferentes áreas e setores
de atividade;
• Prever instrumentos que promovam a I&D e a inovação na Região, que privilegiem a criação de
laços de cooperação entre as empresas e as entidades do SCTR e que fomentem a cooperação
inter-regional;
• Promover uma monitorização próxima do ecossistema do empreendedorismo, nos seus
diferentes domínios, no sentido de maximizar os seus impactos na economia regional e no
sistema regional de inovação;
• Prever a definição de todos os indicadores no momento inicial de elaboração do programa,
bem como o alinhamento dos mesmos com os objetivos (operacionais, específicos e gerais).
Julho.2012
37
Espaço Atualidade
Maturidade e resilência
da programação FSE na Região Autónoma
da Madeira
António Manuel Figueiredo
Presidente do Conselho de Administração da Quaternaire Portugal
e Coordenador do estudo de avaliação intercalar do Programa Operacional Rumos
38
A conclusão, ainda em 2012, do Estudo de
Avaliação Intercalar do Programa Operacional
Rumos permite sintetizar algumas conclusões
relevantes e pertinentes que importa partilhar
com os leitores do Espaço Global. Esta partilha
de reflexão é tanto mais oportuna quanto a
conclusão da avaliação intercalar ocorre num
momento particular da situação económica a
nível europeu, nacional e regional para o qual
o contributo do Fundo Social Europeu (FSE) é
inestimável.
Antes de destacar alguns desenvolvimentos
analíticos que o estudo de avaliação permitiu
concretizar, há duas palavras que surgem
à cabeça da minha reflexão: maturidade e
resiliência. Considero-me um observador
atento das autonomias regionais, sempre
as considerei uma das mais conseguidas
realizações do Portugal democrático e é com
prazer que destaco a maturidade que o sistema
de formação tem vindo a adquirir na Região
Autónoma da Madeira. Mas o que a avaliação
intercalar do Rumos nos trouxe de novo é o
reconhecimento da resiliência adaptativa
que aquele sistema apresenta na resposta
às incidências da recessão económica na
região, revelando flexibilidade de resposta às
repercussões da crise em termos de públicosalvo a proteger e de ações a promover.
Uma nota adicional para a mais valia de
fundamentação que os resultados da avaliação
apresentam. O progresso metodológico,
observado designadamente na avaliação de
impactos e na diversificação dos métodos de
recolha de informação credível (com utilização
pioneira de grupos de controlo), coloca esta
avaliação no rumo certo da consistência e
rigor. É de destacar, a este respeito, o caráter
prenunciador do próprio programa, Rumos de
seu nome, por isso coerente com o sentido de
futuro que a sua avaliação representa.
Face a uma alteração considerável de
contexto, no qual as incidências da dupla
crise nacional e internacional, o disparar da
taxa de desemprego e os constrangimentos
orçamentais se combinam perigosamente,
é na dimensão “potencial humano e coesão
social” que o programa se destaca em termos
de capacidade de resposta. Os domínios do
combate ao insucesso e abandono escolar
(que não está erradicado mas cujos resultados
são notórios) e da melhoria paulatina mas
consolidada das qualificações escolares e
profissionais sobrelevam os restantes e a
região enfrenta agora o desafio de adaptar
o sistema de formação às novas tipologias
de procura que a população desempregada
colocará progressivamente nos próximos
tempos. É o caso, por exemplo, dos desafios
que as diferentes tipologias de população
desempregada colocam aos processos de
reconhecimento, validação e certificação de
competências.
Já no domínio “Inovação, Empreendedorismo
e Sociedade do Conhecimento”, há que
superar um dos efeitos esperados da recessão
económica: a perda de energia do tecido
produtivo e institucional regional na procura e
absorção de apoios facultados pelo programa.
O que traz uma importante implicação: a
programação FSE tem, em certos domínios,
que se preocupar com as condições de procura
dos seus apoios. É o caso, notoriamente,
dos apoios à formação avançada. Ela deve
ser repensada em função de ações de
estímulo e capacitação da procura. A Região
apresenta uma cultura organizacional muito
pouco sensível à valorização da formação
avançada que é necessário inverter e a perda
de energia observada nas instituições de base
tecnológica existentes penaliza claramente a
absorção potencial não só desses apoios, mas
fundamentalmente a internalização dessas
competências.
Do ponto de vista global, a maturidade
da gestão da programação FSE é visível
nos elevados níveis de cumprimento de
indicadores de realização e resultado que tem
atingido. A avaliação assinala, por exemplo, as
realizações no domínio do “Desenvolvimento
do mercado social de emprego e apoio a
grupos desfavorecidos” com resultados
significativos de criação de emprego e também
em matéria de estágios.
Ao nível da melhoria de qualificações, o
programa destaca-se pela dinâmica sustentada
dos cursos profissionalizantes com dupla certificação, dos cursos de educação e formação tipo
2 e 3 (que colocam sérios desafios à escola pública), da adaptabilidade e da aprendizagem ao
longo da vida (com desafios de engenharia da formação para a formação de adultos de longa
duração) e da formação para a administração pública (com melhoria desejável na estimação de
necessidades de formação).
O contributo do Rumos para a melhoria das condições de empregabilidade deve ser sublinhado:
• Nos estágios profissionais, 56% dos beneficiários está empregado 6 meses após a conclusão do
estágio, sem que os níveis de habilitação de estagiários influenciem decisivamente os resultados
obtidos; o confronto entre um grupo de ex-estagiários e um grupo de controlo evidenciou para
os primeiros uma probabilidade mais elevada de obter emprego (63,3% para 46,5%); é ainda de
realçar que 46% dos estagiários obtém emprego na empresa em que estagiou;
• Na tipologia formação-emprego, 77% dos beneficiários estão empregados em entidades
privadas 6 meses após a conclusão do processo, concluindo-se que a habilitação premeia a
empregabilidade;
• Níveis de empregabilidade de beneficiários de programas ocupacionais para desempregados
relativamente mais baixos: 35% estão empregados 6 meses após a conclusão da participação
no programa, sem que a habilitação influencie decisivamente a empregabilidade.
A avaliação conclui ainda que os impactos antecipáveis pelo Rumos serão mais fortes no
objetivo “Garantir o aumento significativo dos níveis educativos e formativos” da Região, com
destaque para:
• O forte contributo dos cursos profissionalizantes e cursos de dupla certificação educaçãoformação para o aumento das taxas de escolarização principalmente no secundário; a taxa de
escolarização aumentou sete pontos percentuais desde o arranque do programa;
• A retenção de jovens fragilizados em percursos escolares;
• 1/3 de alunos em vias profissionalizantes prosseguir estudos;
• O crescimento da taxa de participação de adultos dos 25 aos 64 anos em processos de
educação e formação, com relevo para a formação profissional para a administração pública e
os processos de RVCC que equivalem a cerca de 11,8% do total de indivíduos da Região nesse
escalão etário;
• O contributo na qualificação de mestrados.
A avaliação reconhece haver margens de progresso para que o programa possa ainda reforçar
os impactos em matérias como o aumento de competências de base tecnológica e o contributo
para a eficiência da governação regional.
Pelas conclusões atrás sintetizadas conclui-se ainda que o contributo do Rumos para a Agenda
do Potencial Humano está fortemente concentrado nos resultados e impactos conseguidos em
termos de correção do défice estrutural de qualificações escolares da população madeirense.
Em síntese final, podemos assim concluir que, embora enfrentando o desafio de ter de responder
a tipologias de procura provenientes de públicos mais problemáticos, deve ser reconhecida a
maturidade atingida na programação e na resposta a uma alteração desfavorável de contexto
na economia regional. A resiliência adaptativa manifestada constitui um bom argumento para se
reconhecer ao programa, facultando-lhe os meios financeiros adequados, o seu forte contributo
para minorar os impactos da recessão económica na economia madeirense, no mercado de
trabalho e na coesão social. Até porque em grande parte dos domínios em que o contributo do
programa é mais modesto, isso acontece porque o modelo de desenvolvimento económico da
Região enfrenta uma transição para novos paradigmas de competitividade em que a qualificação
e a incorporação de conhecimento apresentem uma maior intensidade. Nesses domínios, a
programação FSE pode influenciá-los mas também é deles tributária.
Agosto.2012
39
Espaço Atualidade
Programas Operacionais da
Região Autónoma da Madeira
(Programas Intervir+ e Rumos)
O ano da reprogramação estratégica
e o contributo para o crescimento e o
emprego
Maria João Sousa
Unidade de Estratégia e Avaliação do Instituto de Desenvolvimento Regional, IP-RAM
Tabela 1 Ponto Situação dos Programas Operacionais da RAM a 30.06.2012
Programa Intervir+
%
Programa Rumos
%
Taxa de Compromisso
Taxa de Execução
88
44,4
Taxa de Compromisso
Taxa de Execução
105,5
65,8
Fonte: Instituto Desenvolvimento Regional (IDR)
40
Uma reflexão sobre o ano de 2012 no âmbito
da execução dos Programas Operacionais não
pode deixar de considerar os problemas que
os órgãos de gestão vêm enfrentando e as
medidas tomadas para a sua resolução. Mais,
dado o sentimento (generalizado) de urgência
na “prestação de contas”, importa partilhar os
pressupostos inerentes às opções efetuadas e
que justificam o pedido à Comissão Europeia
de alteração dos dois Programas, em 2012.
Assinalam-se os problemas significativos
que obstam ao normal desempenho dos
Programas, os quais entroncam num quadro
de dificuldades financeiras que remonta a 2007
e que tem influenciado de forma marcante o
contexto de sua execução:
- As drásticas alterações socioeconómicas
face ao momento de programação induziram
alterações substanciais das respetivas
condições de implementação. Em particular
no campo de intervenção do Fundo Social
Europeu, onde assistiu-se ao estreitamento
das condições de inserção na vida ativa e
de rotação de empregos, agravamento do
desemprego jovem e de adultos de baixas
qualificações, alastramento da exclusão
social e estrangulamento do potencial de
dinamização de iniciativas de desenvolvimento
local e outras de economia social.
- Os elevados índices de compromisso
atingidos por ambos os Programas, destaque
para o Programa Rumos, delimitam as margens
de atuação em matéria de prioridades e/ou de
reafectação de recursos financeiros.
- As implicações do Plano de Ajustamento
Económico e Financeiro da Região (PAEF)
sobre a concretização efetiva de algumas
prioridades para ambos os Programas,
desta feita, com ênfase sobre o Programa
Intervir+, nomeadamente em resultado dos
constrangimentos orçamentais e de realização
de despesas de investimento das entidades da
Administração Pública Regional beneficiárias
de ajudas, obrigam a um processo de
ajustamento orçamental exigente.
Neste contexto, foi proposto pelos órgãos de
gestão um reforço da dotação financeira do
Programa Rumos (por transferência da dotação
do Programa Intervir+) e uma readequação
das dotações internas do Programa Intervir+,
subordinados a orientações de afetação
prioritária para intervenções que fomentem
o crescimento económico e a criação de
emprego, justificado nas seguintes condições:
Alterações significativas das prioridades
comunitárias
Em sede da Declaração sobre o Crescimento
e o Emprego datada de 30 de janeiro de 2012,
o Presidente da Comissão Europeia, Dr. Durão
Barroso, vem reconhecer que é necessário
envidar de imediato esforços especiais a nível
nacional para melhorar a oferta de mão de
obra e reduzir o desemprego dos jovens, tendo
avançado que urge tomar (…) medidas, a
implementar até junho [no sentido de] mobilizar
melhor os fundos estruturais, acelerando a
implementação dos programas e projetos
existentes, se necessário reprogramando
fundos e autorizando rapidamente verbas
ainda não afetadas a projetos específicos,
colocando a tónica no reforço do crescimento
e na criação de emprego.
Alterações socioeconómicas significativas
Os Programas tem-se desenvolvido, nos anos
mais recentes, num ambiente macroeconómico
marcado por uma conjuntura adversa,
com repercussões visíveis no desempenho
da
atividade
económica
regional
e,
consequentemente, na dinâmica do mercado
de trabalho.
A criação líquida de emprego e a taxa de
desemprego foram condicionadas já no
ano 2011 pelo abrandamento da atividade
económica, tendo a taxa de desemprego
registado um agravamento em cerca de 6 p.p.
face a 2010, apresentando o valor de 13,8%
em termos médios anuais. Os grupos etários
onde a incidência da taxa de desemprego foi
mais significativa foram o dos 15 aos 24 anos
(39,1%) e o dos 25 aos 34 anos (14,8%), o que
atesta uma predominância clara nos escalões
mais jovens da população.
Gráfico 1 Taxa de desemprego
Em termos de volume, a população
desempregada em 2011 registou um forte
aumento (87%) relativamente ao ano 2010,
tendo havido uma quebra na população
empregada na ordem dos 6%.
A atual conjuntura contribui para um
afastamento da Região das metas da Estratégia
de Lisboa em matéria de emprego, que deverá
agravar-se no ano 2012, uma vez que as
previsões são no sentido da manutenção de
um estado recessivo da economia. A taxa de
emprego em 2011 foi de apenas 45,3%, o que
equivale a uma diminuição na ordem dos 13
p.p. face ao valor registado em 2010 e revela a
tendência que deverá manter-se na economia
regional no ano 2012.
Gráfico 3 Taxa de emprego
Fonte: Direção Regional de Estatística (DRE) - Estatísticas
do Emprego
Gráfico 2 Taxa de variação anual da população
empregada e da população desempregada
Fonte: DRE - Estatísticas do Emprego
Fonte: DRE - Estatísticas do Emprego
Avaliações
relacionadas
com
o
acompanhamento dos programas operacionais
Os exercícios de Avaliação Intercalar
desenvolvidos para ambos os Programas
(http://www.idr.gov-madeira.pt/portal/)
vêm
atestar as dificuldades sentidas nas respetivas
sedes de implementação no terreno, por
oposição ao cenário que remonta à fase de
adoção dos mesmos.
Com efeito, o Relatório Final da Avaliação
Intercalar do Programa Rumos é perentório
41
Espaço Atualidade
Programas Operacionais
da Região Autónoma da
Madeira (Programas Intervir+
e Rumos) - O ano da
reprogramação estratégica e o
contributo para o crescimento
e o emprego
42
ao afirmar que as principais alterações
socioeconómicas ocorridas nas dimensõesproblema que caracterizam a situação de partida
em ambos os domínios residem em dois vetoreschave fortemente interdependentes que têm
contextualizado a implementação do Programa:
- Crescimento acentuado do volume de
desemprego registado (…) [que] tem gerado
naturais tensões na gestão das medidas ativas
da política de emprego, designadamente sobre
as tipologias de operação (…) mobilizáveis
para apoio aos desempregados, e de formação
de adultos (…).
- Persistência prolongada de constrangimentos
orçamentais (acentuados pelo contexto
de reduzido dinamismo do investimento
económico empresarial), associados à crise
económica e financeira que afeta tanto
entidades públicas, como associações e
beneficiários privados com implicações no
ritmo e qualidade da absorção das ajudas,
nomeadamente na ótica da empregabilidade.
A combinação destas duas vertentes teve
notórias implicações nas dinâmicas de
absorção de recursos (…), com destaque
para o Eixo [Emprego e Coesão Social] que
rapidamente esgotou a dotação financeira (...).
Por outro lado, o Relatório Final de Avaliação
Intercalar do Programa Intervir+ corrobora que
a grave crise financeira e o clima de restrição
orçamental que atualmente afetam o País e
a Região colocam desafios acrescidos a um
Programa inserido no objetivo Competitividade
e Emprego da Política de Coesão (…). Se por
um lado os intervenientes consideram que
sem financiamento teriam muita dificuldade
em desenvolver projetos nos domínios de
maior ambição do Programa (nomeadamente
a modernização e internacionalização da
base económica regional), em continuar
com os investimentos públicos previstos
(especialmente os associados ao domínio do
desenvolvimento sustentável) e em combater
as fragilidades associadas à ultraperifericidade,
reconhecem também que as atuais restrições
orçamentais e o abrandamento da economia
provocam constrangimentos severos ao nível do
investimento, não dispondo dos meios financeiros
que lhes permitam suportar as comparticipações
necessárias ou recorrer ao crédito.
Dificuldades de execução
No que concerne ao Programa Rumos em
particular, e em linha com a evolução mais recente
dos indicadores macroeconómicos relevantes, as
entropias decorrentes do crescimento acentuado
do volume de desemprego registado, tem gerado
inevitáveis tensões na gestão das medidas ativas
da política de emprego, designadamente sobre as
tipologias de intervenção direcionadas para o apoio
aos desempregados e de formação de adultos.
Se por um lado se deverá continuar a assistir
ao agravamento recorrente do desemprego
registado na Região, por outro, o crescente
comprometimento das verbas comunitárias
afetas e os estrangulamentos de natureza
orçamental deverão continuar a condicionar a
capacidade de resposta às pressões laborais
e sociais sentidas no mercado de trabalho
regional.
Por seu turno, e no contexto concreto do
Programa Intervir+, constrangimentos práticos
associados às repercussões da envolvente
macroeconómica desfavorável, são visíveis tanto na insuficiente capacidade
económica e financeira dos promotores de projetos para dinamizar
candidaturas e concretizar os projetos aprovados, como ainda nas baixas
expectativas de dinamizar a formalização de novas candidaturas.
Um dos particulares reflexos da instabilidade económico-financeira é pois
o das crescentes dificuldades com que os agentes económicos se têm
vindo a deparar no recurso ao crédito e, por conseguinte, na capacidade
de dinamização de projetos ao abrigo dos Sistemas de Incentivos ao
investimento. Paralelamente, as circunstâncias particularmente difíceis das
contas públicas agravaram a implementação de medidas de ajustamento
orçamental e de correção dos níveis de endividamento público, acentuando
as pressões descendentes sobre a atividade económica regional.
Acresce que a forte exposição e vulnerabilidade do tecido empresarial
às pressões atuais, nomeadamente do mercado e da banca, tem ditado
a retração da atividade económica em diversas frentes, e/ou a própria
insolvência dos agentes, bem como o subsequente agravamento da taxa de
desemprego na Região, com uma evolução particularmente expressiva desde
2011. Por outro lado, as restrições orçamentais e sequentes dificuldades de
liquidez sentidas pelas autoridades públicas regionais têm colocado várias
condicionantes à implementação dos instrumentos operacionais.
A par das condicionantes que se têm feito sentir à escala macroeconómica,
o próprio pedido de assistência financeira do Estado Português ao Fundo
Monetário Internacional (FMI) e o processo desencadeado pelo pedido de
ajuda financeira, por parte do Governo Regional da Madeira à República
Portuguesa, vieram amplificar os demais entraves práticos sentidos, tanto
por parte dos (potenciais) promotores - públicos e privados -, como também
por parte dos diversos órgãos de gestão.
P.S.: Consulte Espaço Projetos – A partir da Pág. 63
Instituto de Desenvolvimento Regional, IP-RAM – Autoridade de Gestão
do Programa Intervir+ e do Programa Rumos
[IDR, IP-RAM]: www.idr.gov-madeira.pt/
[Programa Intervir+]: www.idr.gov-madeira.pt/intervir+/
“Intervir+ para uma Região cada vez mais europeia”
[Programa Rumos]: www.idr.gov-madeira.pt/rumos/
“Os melhores RUMOS para os Cidadãos da Região”
43
Espaço Atualidade
Sobrecustos nas Regiões
Ultraperiféricas
Jorge Faria
Presidente do Instituto de Desenvolvimento Empresarial
44
Como corolário das especificidades consagradas no nº2
do artigo 299º do Tratado da União Europeia, isto é, as
especificidades das nossas Regiões, cuja persistência e
conjugação contribuem para um nível de convergência muito
abaixo em relação à situação das outras regiões centrais da
União Europeia e prejudicam gravemente o desenvolvimento
económico das Regiões Ultraperiféricas, estas beneficiam
dados os seus condicionalismos específicos, de um
financiamento suplementar do Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER) – Dotação Específica
dos Sobrecustos.
Assim, mais do que uma região-problema queremos que as
nossas regiões sejam regiões-oportunidade.
Em junho do presente ano, uma comunicação da Comissão
Europeia diz, “As Regiões Ultraperiféricas da União Europeia: parceria para um crescimento
inteligente, sustentável e inclusivo”.
Muito já foi realizado nas RUP, mas a verdade é que as suas economias, continuam frágeis. Cada
Região Ultraperiférica é especial e precisa encontrar um caminho próprio de desenvolvimento,
de acordo com as suas especificidades.
Obviamente que esta via para o crescimento e desenvolvimento económico, terá necessariamente
de assentar na Estratégia 2020 da União Europeia.
Os pilares desta estratégia, que também são válidos para as RUP, passam por uma economia
baseada no conhecimento e inovação, numa economia mais eficiente em termos de recursos,
mais ecológica e mais competitiva, tendo de elevar os níveis de emprego e assegurar
simultaneamente a coesão social e territorial.
Os princípios subjacentes a esta proposta de parceria para o crescimento são, nomeadamente:
- apoiar as RUP a explorar todas as oportunidades de crescimento inteligente, sustentável e
inclusivo, com base no seu ativo e no potencial endógeno;
- contribuir de uma forma simples e significativa para a plena integração no mercado único;
- aumentar o reconhecimento das RUP como ativo para todos e da necessidade de ter em conta
as suas especificidades e limitações;
- reforçar a competitividade através da modernização e da diversificação das economias das
RUP.
A Política de Coesão é o principal instrumento da União Europeia para realizar a Europa 2020,
com a maior concentração dos fundos europeus destinados a criar emprego e crescimento
económico.
Nas Regiões Ultraperiféricas, a política de coesão terá de prestar apoios aos investimentos no
crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.
Em outubro do ano transato foi publicado o Relatório de “Pedro Solbes” sobre “Melhor integrar
as RUP da União Europeia no mercado único através da valorização dos seus trunfos por forma
a alcançar os objetivos da Estratégia 2020”.
O Relatório estabelece, entre outros, os seguintes objetivos:
- melhorar o acesso ao financiamento para as PME das RUP, nomeadamente as micro pequenas
empresas;
- usar as redes para reduzir o défice de acessibilidade e promover a integração económica das RUP;
- apoiar a integração das RUP nos respetivos mercados regionais;
- promover as RUP enquanto “portas de entrada na Europa” nos respetivos espaços geográficos.
Este Ex-Comissário Europeu diz que “a situação geográfica das RUP permite que estas regiões
desempenhem um papel essencial no desenvolvimento das dimensões externas do mercado
único”.
45
Nas RUP, aliás como nas restantes regiões europeias, o
desenvolvimento das PME constitui uma prioridade essencial
para o crescimento económico e a competitividade do
território, sabendo que a política da Comissão Europeia a
favor das empresas constitui um eixo central da estratégia
E.U.2020.
Neste contexto e para a prossecução da Estratégia 2020
nas RUP e em particular na R.A.M., é fundamental estimular
a oferta de financiamento e de capital de risco às PME,
contribuindo para melhorar o difícil acesso das empresas ao
financiamento.
É importante também ressalvar a importância das TIC no
desenvolvimento das nossas empresas e promover um
espirito de cooperação empresarial.
Pensamos que no futuro quadro (2014-2020) inserido na
estratégia 2020, que a continuação da dotação específica para
a compensação dos sobrecustos da ultraperifericidade seja
utilizada para apoiar as empresas regionais, é de fundamental
importância.
Importante também, na implementação desta estratégia que
a nossa Região tenha acesso ao Fundo de Coesão como
principal instrumento de realização da estratégia 2020.
Entre outras, pensamos igualmente ser importante melhorar a
competitividade, o comércio e o intercâmbio do conhecimento
com as regiões e países vizinhos através da Cooperação
Territorial.
Outubro.2012
P.S.: Consulte Espaço Projetos – Pág. 74 a 81
Instituto de Desenvolvimento Empresarial da RAM – Organismo Intermédio
no Programa Intervir+
[IDE] www.ideram.pt/
[Programa Intervir+] www.idr.gov-madeira.pt/intervir+/
“Intervir+ para uma Região cada vez mais europeia”
Espaço Atualidade
Programa Rumos
Eixo I “Educação e Formação”
Balanço dos seus principais indicadores
Sara Relvas
Diretora Regional da Qualificação Profissional
Decorridos cinco anos de implementação do Eixo 1 “Educação e
Formação” do Programa Rumos, podemos efetuar um balanço dos
seus principais indicadores. Assim, este Eixo tem-se caracterizado
por uma intensa dinâmica de execução, demonstrada por um
montante aprovado de 114.819.657€ de Despesa Pública, o que
representa 100% da dotação financeira para o período 2007-2013.
No que respeita à execução financeira do Eixo regista um valor
de 59.607.309 €, representando uma taxa de 52 % em relação ao
montante programado.
Unidade: Euros
Montantes Aprovados no Programa Rumos 2007-2011
46
Eixos Prioritários
Programação Financeira 2007-2013
(PR)
Despesa Pública
Eixo I
114.625.000
Fundo
Aprovações 2007-2011
(AP)
Despesa Pública
91.700.000
114.819.657
Taxa de Compromisso
(AP/PR)
Fundo
Despesa Pública
Fundo
100%
100%
91.855.725
Montantes Executados no Programa Rumos 2007-2011
Eixos Prioritários
Programação Financeira 2007-2013
(PR)
Despesa Pública
Eixo I
Fundo
114.625.000
Unidade: Euros
Execução 2007-2011
(EX)
Despesa Pública
91.700.000
59.607.309
Taxa de Execução
(EX/PR)
Fundo
Despesa Pública
Fundo
47.685.847
52%
52%
Se consideramos as diferentes vertentes de intervenção do Eixo 1, constata-se que todas elas
apresentam um desenvolvimento sustentado, ou seja, não existem vertentes onde os níveis
de aprovação e de execução financeira apresentem disparidades significativas. Todas elas têm
taxas de compromisso significativas, sendo inferior na Qualificação Inicial, uma vez que pela
natureza dos apoios, os mesmos são mais distendidos ao longo do período de programação,
bem como níveis de execução financeira que não se distanciam grandemente entre eles, o que
traduz a maturidade das intervenções apoiadas.
Unidade: Euros
Montantes Aprovados no Eixo I “Educação e Formação” 2007-2011
Vertente de Intervenção
Programação Financeira 2007-2013
(PR)
Despesa Pública
Fundo
Qualificação Inicial
72.678.275
58.142.620
Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida
35.268.287
28.214.630
Formação Avançada
Total
6.678.438
5.342.750
114.625.000
91.700.000
Aprovações 2007-2011
(AP)
Despesa Pública
64.229.083
41.706.494
8.884.079
114.819.657
Fundo
51.383.266
33.365.195
7.107.264
91.855.725
Programação Financeira 2007-2013
(PR)
Despesa Pública
Despesa Pública
88%
118%
118%
133%
133%
100%
100%
Adaptabilidade
e Aprendizagem ao Longo
da Vida
Fundo
Taxa de Execução
(EX/PR)
Despesa Pública
Fundo
72.678.275
58.142.620
32.092.709
25.674.167
44%
44%
Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida
35.268.287
28.214.630
22.935.230
18.348.184
65%
65%
Total
Qualificação
Inicial
Unidade: Euros
Execução 2007-2011
(EX)
Despesa Pública
Vertente de
Intervenção
Fundo
88%
Qualificação Inicial
Formação Avançada
Fundo
Montantes Executados no Programa Rumos 2007-2011
Taxa de Compromisso
(AP/PR)
Montantes Executados no Eixo I “Educação e Formação” 2007-2011
Vertente de Intervenção
Podemos salientar também como um indicador do dinamismo do Programa, o elevado grau de
seletividade do mesmo, traduzido no facto de terem sido apresentadas para financiamento um
total de 1.107 candidaturas, com um investimento total correspondente a 247.613.326 €, tendo
sido aprovados 584 projetos, ou seja 53% da totalidade dos apresentados.
Numa análise das candidaturas apresentadas por tipologia de intervenção, podemos salientar
que a vertente de intervenção “Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida” concentrou
cerca de 59 % do número total de candidaturas aprovadas, no entanto em termos de tipologias
de intervenção, temos a destacar os “Cursos de Educação e Formação”, que representam 24%
da totalidade dos projetos aprovados. Em relação ao volume financeiro, os projetos aprovados
na “Qualificação Inicial”, representam 55% do total do Eixo 1, situação que se justifica face à
natureza da formação apoiada nesta vertente, caracterizada por cursos de longa duração e com
custos mais elevados.
Em termos financeiros, em relação às tipologias de intervenção os “Cursos Profissionalizantes”
concentram a maior dimensão dos apoios com cerca de 31.482.026 €, o que representa quase
27% da totalidade dos apoios concedidos.
6.678.438
5.342.750
4.579.370
3.663.496
69%
69%
114.625.000
91.700.000
38.567.759
30.854.207
52%
52%
Formação
Avançada
Unidade: Euros
Candidaturas Apresentadas
Tipologia de Operação
Sistema de Aprendizagem
Cursos Profissionalizantes
Cursos de Educação e Formação
Cursos de Especialização Tecnológica
N.º
20
55
161
28
Inv. Total
10.710.117
42.179.808
35.255.241
15.504.062
Cursos de Qualificação Profissional de Jovens
0
Educação Especial e Reabilitação
Sub-total
Cursos de Qualificação / Reconversão / Aperfeiçoamento e Especialização de Ativos
Profissional da Administração Pública
Ações Formação-Consultoria
Formação de Docentes e Formadores
Formação de adultos
RVCC
Recursos e Materiais Didáticos
Sub-total
Bolsas para Professores / Investigadores
Programas e Bolsas de Pós-Graduação, Mestrado, Doutoramento e Pós-Doutoramento
Cursos de Formação Avançada
Projetos de Investigação
Sub-total
Total
11
275
5.608.837
109.258.065
248
19.618.433
126
23
138
224
18
16
793
5
22.288.320
9.262.993
8.168.919
54.488.428
10.682.037
3.291.031
127.800.162
517.162
19
14
1
39
1.107
0
7.843.911
1.659.682
534.344
10.555.100
247.613.326
Candidaturas Aprovadas
N.º
Inv. Total
Taxa de
aprovação
11
43
139
17
5.372.553
31.482.026
19.090.673
6.099.416
55%
78%
86%
61%
0
6
216
89
80
12
65
67
18
12
343
5
17
3
0
25
584
0
0%
2.346.764
64.391.432
55%
79%
5.250.880
36%
5.188.213
6.816.428
2.962.917
12.752.615
9.128.857
1.030.866
43.130.776
218.920
63%
52%
47%
30%
100%
75%
43%
100%
8.605.969
89%
91.062
0
8.915.951
116.438.158
21%
0%
64%
53%
47
48
A execução física abrangeu até ao momento cerca de 67.254 pessoas em
diversos tipos de intervenções, desde a qualificação inicial, a formação de
pessoas com deficiência, os processos RVCC, a educação e formação de
adultos, as formações modulares certificadas, a formação de formadores e
professores. Destaque-se também a intervenção do Rumos na área da ciência
e tecnologia com o apoio a bolsas e programas de pós – graduação, mestrado,
doutoramento e pós – doutoramento, bem como o apoio às empresas, com
o envolvimento até ao momento de 568 PME´s em ações de formação –
consultoria.
N.º Participantes Abrangidos 2007 – 2011
TOTAL
Tipologias de Operação
1.1.1 - Sistema de aprendizagem
Escolas de Turismo
1.1.2 - Cursos Profissionalizantes
Ensino Profissional
H
M
Total
262
123
385
564
474
1 038
1579
1061
2 640
1.1.3 – Cursos de Educação e Formação
2147
1510
3 657
1.1.4 – Cursos de Especialização Tecnológica
254
358
612
1.1.6 – Educação Especial e Reabilitação
377
243
620
5 183
3 769
8 952
1.2.1 - Cursos de Qualificação / Reconversão / Aperfeiçoamento e Especialização de Ativos
4375
5764
10 139
1.2.2 - Profissional da Administração Pública
6153
13675
19 828
Formação de Docentes
1849
8245
10 094
Formação de Formadores
526
1442
1 968
Educação e Formação de Adultos
339
371
710
Formação Modular
2181
4093
6 274
Outras Formações
649
1147
1 796
2790
2892
5 682
18862
37629
56 491
1.3.1 - Bolsas para Professores / Investigadores
56
58
114
1.3.2 - Programas e Bolsas de Pós –Graduação, Mestrado, Doutoramento e Pós
- Doutoramento
659
993
1 652
1.3.3 - Cursos de Formação Avançada
22
23
45
1.3.4 - Projetos de Investigação
0
0
0
737
1074
1 811
Qualificação Inicial
1.2.4 - Formação de Docentes e Formadores
1.2.5 - Formação de Adultos
1.2.6 - RVCC
Adaptabilidade e Aprendizagem ao longo da vida
Formação Avançada
Total
24 782 42 472
67 254
Podemos concluir que o Eixo 1 do Programa Rumos, encontra-se numa fase plena de
implementação, tanto ao nível das aprovações, como da execução no terreno, apresentando
níveis de aprovação e de execução dos projetos que, perspetivam que o mesmo se irá desenrolar
de acordo com o programado inicialmente, sem necessidade de alterações significativas ao
mesmo.
Junho.2012
P.S.: Consulte Espaço Projetos – Pág. 82 a 85
Direção Regional de Qualificação Profissional – Organismo Intermédio no Programa Rumos
[DRQP]: http://www.drfp.pt/
[Programa Rumos]: www.idr.gov-madeira.pt/rumos/
“Os melhores RUMOS para os Cidadãos da Região”
49
Espaço Atualidade
Programa Rumos
A Execução do Eixo prioritário II
“Emprego e Coesão Social”
Cumprimento de metas e análise dos progressos
50
Os indicadores de realização (vd. 1) registam, embora de forma pouco significativa, um
abrandamento nas aprovações em 2011 em relação ao ano 2010. No entanto, todos os
indicadores superam as metas definidas para o ano transato (2011), à exceção do indicador “N.º
de jovens que frequentaram uma ação de informação e orientação profissional”. Este indicador
nunca apresentou aprovações, atendendo a que a estrutura de custos resulta exclusivamente
da utilização de recursos próprios da entidade beneficiária (O Instituto de Emprego da Madeira).
A este propósito é de referir que até 31.12.2011, a entidade beneficiária (IEM) organizou várias
ações de informação e orientação profissional, nas quais participaram 34.249 pessoas, com
especial predominância para os jovens.
A superação das metas previstas foi mais marcante em determinados indicadores, nomeadamente
no “N.º de participantes apoiados” e “N.º de estagiários apoiados”, fruto da resposta da política
pública regional empenhada em abranger o maior número de participantes nas medidas que
potenciam uma rápida integração no mercado de trabalho, bem como da procura verificada por
parte de entidades associadas a atividades de utilidade social, em resposta à intempérie de 20
de fevereiro 2010 e aos incêndios que assolaram a Região nesse ano.
Regista-se uma ligeira quebra na evolução do número de postos de trabalho apoiados, que
em 2011 registou uma redução de 32% face ao ano anterior (i.e., de 298 para 202 postos de
trabalho). Todavia, comparativamente com os dados de 2009 verifica-se, ainda assim, um
acréscimo de 108%.
A concretização destas metas deve-se, em especial, à necessidade de reforçar a utilização das
medidas ativas e preventivas da política de emprego na Região, dada a persistência de níveis
elevados de desemprego que pressionam as condições de aplicação destas medidas.
Quadro 1 Ventilação dos Indicadores de Realização Física do Eixo II 2011
Eixo Prioritário
Tipologia de Operação
Indicadores de Realização
N.º
Física
Tipo de EntiPúblico Alvo
dade
PrivaM
Público Desemp. DLD
do
629 219
726
 
 
Género
H
Estágios Profissionais
N.º de estagiários apoiados
945
316
Assistência e orientação para a inserção na vida activa
N.º de jovens que frequentaram uma acção de informação e orientação profissional
0
0
N.º de postos de postos de
trabalho apoiados
202
84
118
 
 
66
136
N.º participantes apoiados
166
17
149
 
 
89
77
N.º de clubes de emprego
apoiados
19
 
 
0
19
 
 
1.523
904
619
15
1.508
893
630
Prémios à auto-colocação
Apoios à Contratação
Apoios à Criação do Próprio Emprego
Iniciativas Locais de Emprego
Eixo II
Apoios à Substituição Temporária de Trabalhadores e
- Emprego
Apoios à Família
e Coesão
Formação/Emprego
Social
Clube de Emprego
Integração Socioprofissional de Pessoas Desfavorecidas
Integração Socioprofissional de Pessoas Portadoras de
Deficiência
Ocupação de Desempregados
N.º participantes apoiados
Empresas de Inserção
Ocupação e Formação de Beneficiários do Rendimento
Social de Inserção
Fonte: SIIFSE
0
 
 
 
 
Relativamente aos indicadores definidos para o Eixo II, as suas diferentes formas de ventilação
permitem-nos inferir o seguinte:
• Na distribuição por género, verifica-se a predominância do género feminino na generalidade
dos indicadores, à exceção do “N.º participantes apoiados”, onde existe uma predominância do
sexo masculino, sendo de destacar o facto desta Tipologia de Operação comportar indivíduos
que participaram nas atividades relacionadas com a intempérie de 20 de fevereiro e os incêndios
ocorridos no Verão de 2010, cujas profissões solicitadas são predominantemente ocupadas por
homens;
• Quanto ao tipo de entidade, é o sector público que mais estagiários tem acolhido, atingindo
os 77%;
• Relativamente ao público-alvo, regista-se o predomínio dos desempregados inscritos há
menos de 12 meses em quase todas as Tipologias de Operação.
No que respeita à apresentação de candidaturas no âmbito do Eixo II, as mesmas são
apresentadas ao longo do período de programação, i.e., funcionam em regime de candidatura
aberta.
Em 2011 foram apresentadas a cofinanciamento 17 candidaturas, tendo as mesmas sido todas
aprovadas na totalidade. Efetuando uma análise por Vertente de Intervenção, verifica-se que foi
a Vertente “Apoio ao Emprego e Desenvolvimento Local” que teve maior registo de candidaturas
apresentadas e aprovadas.
Quadro 2 Candidaturas apresentadas e aprovadas no Eixo II por Vertente de Intervenção 2011
Vertente de Intervenção
N.º de CandidaN.º de Candida- N.º de Candidaturas
turas Apresenturas Admitidas
Aprovadas
tadas
N.º de Candidaturas Não
Aprovadas
N.º de Candidaturas N.º de CandidaContratadas
turas Concluídas
Transição para a Vida Activa
3
3
3
3
3
4
Apoio ao Emprego e Desenvolvimento Local
Desenvolvimento do Mercado Social de
Emprego e Apoio aos Grupos Desfavorecidos face ao mercado de trabalho
Total
9
9
9
7
9
9
5
5
5
5
5
5
17
17
17
15
17
18
Em termos acumulados, até ao final de 2011 este Eixo contou com 75 candidaturas apresentadas,
verificando-se a maior parcela na Vertente de Intervenção “Apoio ao Emprego e Desenvolvimento
Local”.
Quadro 3 Candidaturas apresentadas e aprovadas no Eixo II por Vertente de Intervenção 2007-2011
Unidade: Euros
Vertente de Intervenção
Transição para a Vida Activa
Apoio ao Emprego e Desenvolvimento
Local
Desenvolvimento do Mercado Social de
Emprego e Apoio aos Grupos Desfavorecidos face ao mercado de trabalho
Total
N.º de CandidaN.º de Candida- N.º de Candidaturas Apresenturas Admitidas turas Aprovadas
tadas
N.º de Candidaturas Não
Aprovadas
N.º de Candidaturas Contratadas
N.º de Candidaturas Concluídas
17
17
14
3
14
14
45
45
38
7
38
37
30
30
23
7
23
23
92
92
75
17
75
74
51
Espaço Atualidade
Programa Rumos
A Execução do Eixo prioritário II “Emprego e Coesão Social”
52
Fazendo uma análise à distribuição dos projetos aprovados por Tipologias de Intervenção,
constata-se que o enfoque recaiu no reforço da integração na vida ativa dos jovens à procura do
primeiro emprego, via estágios profissionais, o que significou a afetação de 44% da verba FSE.
A Vertente de Intervenção “Apoio ao Emprego e Desenvolvimento Local” envolveu a maior
percentagem de projetos (51%), ficando em segundo lugar no que diz respeito ao peso no total
do valor FSE aprovado, e de onde se destaca a Tipologia “Formação Emprego”, com a maior
fatia.
O padrão de distribuição dos projetos replica as opções das políticas ativas de emprego
enquadradas pelo Plano Regional de Emprego, sendo de destacar as prioridades referentes
ao apoio aos “Estágios Profissionais” 44%, à “Ocupação de Desempregados” 25%, e por fim,
“Formação/Emprego” com 9% (vd. Quadro 56).
A Tipologia “Assistência e orientação para a inserção de jovens na vida ativa” (vd. Quadro 53),
que contribui para alimentar o referido indicador “N.º de jovens que frequentaram uma ação de
informação e orientação profissional”, não apresenta aprovações, aliás como anteriormente já
foi explicado em relação ao indicador “N.º de jovens que frequentaram uma ação de informação
e orientação profissional”.
Existem no entanto outras Tipologias que não apresentaram aprovações, como são os casos
das Tipologias “Apoios à Substituição Temporária de Trabalhadores e Apoios à Família”,
“Desenvolvimento e Melhoria das Estruturas e dos Serviços Públicos de Emprego”, “Integração
Socioprofissional de Pessoas Portadoras de Deficiência” e “Ocupação e Formação de
Beneficiários do Rendimento Social de Inserção”. No que respeita aos indicadores “Integração
Socioprofissional de Pessoas Portadoras de Deficiência” e “Ocupação e Formação de
Beneficiários do Rendimento Social de Inserção”, por motivos de revisão e racionalização, os
projetos a incluir nestas Tipologias foram integrados noutras.
A não apresentação de aprovações nas Tipologias “Apoios à Substituição Temporária de
Trabalhadores e Apoios à Família” e “Desenvolvimento e Melhoria das Estruturas e dos Serviços
Públicos de Emprego”, apesar de pertinentes aquando da elaboração do Programa, veio
entretanto revelar-se pouco interessante, não tendo, inclusive, sido criada regulamentação
específica para a formalização de candidaturas.
Quadro 4 Distribuição dos projetos aprovados, por Tipologia de intervenção do Eixo II 2007-2011
Vertente de intervenção/Tipologia de Operação
Aprovações
N.º Proj.
Distribuição
FSE (Euros)
N.º Proj.
FSE
2.1. Transição para a Vida Ativa
14
16.327.545
19%
44%
2.1.1. Estágios Profissionais
14
16.306.965
19%
44%
2.1.2. Assistência e orientação para a inserção na vida ativa
0
0
2.2. Apoio ao Emprego e Desenvolvimento Local
38
8.575.324
0%
0%
51%
23%
6%
2.2.1. Apoios à Contratação
5
2.161.976
7%
2.2.2. Apoios à Criação do Próprio Emprego
9
343.853
12%
1%
2.2.3. Prémios à autocolocação
3
160.022
4%
0%
2.2.4. Iniciativas Locais de Emprego
6
1.665.664
8%
4%
2.2.5. Formação/Emprego
5
3.251.805
7%
9%
2.2.6. Clubes de Emprego
10
992.003
13%
3%
2.2.7. Apoios à Substituição Temporária de Trabalhadores e Apoios à Família
0
0
0%
0%
2.2.8. Desenvolvimento e Melhoria das Estruturas e dos Serviços Públicos de Emprego
0
0
0%
0%
2.3. Desenvolvimento do Mercado Social de Emprego e Apoio aos Grupos Desfavorecidos face ao mercado de trabalho
23
12.124.875
31%
33%
2.3.1. Integração Socioprofissional de Pessoas Desfavorecidas
5
597.916
7%
2%
2.3.2. Integração Socioprofissional de Pessoas Portadoras de Deficiência
0
0
0%
0%
2.3.3. Empresas de Inserção
5
2.097.736
7%
6%
2.3.4. Ocupação de Desempregados
13
9.429.223
17%
25%
2.3.5. Ocupação e Formação de Beneficiários do Rendimento Social de Inserção
Total
0
0
75
37.027.743
0%
0%
100%
100%
Não obstante a diversidade das Tipologias de Operações em presença, que responde de forma
significativa aos pilares/diretrizes do Plano Regional de Emprego, os volumes de investimento
na maioria dessas Tipologias apresentam-se residuais. No entanto, são de destacar as verbas
aprovadas para as Tipologias que remetem para o empreendedorismo local de base social,
designadamente os apoios destinados às “Empresas de Inserção”, com 6%, e às “Iniciativas
Locais de Emprego”, com 4%. Trata-se de Tipologias relativamente às quais as dificuldades
existentes, nomeadamente com origem na envolvente desfavorável do mercado, não
proporcionam condições de valorização económica dos bens e serviços indispensáveis à
sustentabilidade das iniciativas de pequena escala de base local.
A ativação destes instrumentos de apoio, previstos no Plano Regional de Emprego, carece
de uma combinação de esforços, nomeadamente com as áreas do comércio e indústria e do
turismo, de modo a obter efeitos de escala e condições mais atrativas, num contributo que se
justifica pelas potencialidades de criação de emprego e valor acrescentado, reconhecidas às
iniciativas e projetos de base local.
A dinamização destas Tipologias de Operação deverá continuar a constituir uma componente
relevante do esforço de divulgação e suscitação de iniciativas, desenvolvido pelo serviço público
de emprego regional, a par da ativação dos instrumentos de apoio à procura de emprego
(“UNIVAS” e “Clubes de Emprego”).
No ano 2011 foram aprovados um montante de 11.893.193 euros de despesa pública e 9.514.554
euros de fundo, o que representa uma taxa de compromisso de 31% face ao programado. O
contributo com maior expressão para esta taxa foi dado pela Vertente de Intervenção “Transição
para a Vida Ativa” com 44%.
Quadro 5 Montantes Aprovados no Eixo II 2011
Vertente de Intervenção
Unidade: Euros
Programação Financeira 2007-2013
(PR)
Despesa Pública
Fundo
Aprovações 2007-2010
(AP)
Despesa Pública
Fundo
Taxa de Compromisso
(AP/PR)
Despesa Pública
Fundo
Transição para a Vida Activa
11.581.948
9.265.558
5.076.819
4.061.455
44%
44%
Apoio Ao Emprego e Desenvolvimento Local
Desenvolvimento do Mercado Social de Emprego e Apoio aos Grupos Desfavorecidos face ao
mercado de trabalho
Total
11.872.930
9.498.344
2.238.019
1.790.415
19%
19%
15.268.620
12.214.896
4.578.355
3.662.684
30%
30%
38.723.498
30.978.798
11.893.193
9.514.554
31%
31%
Relativamente à situação financeira, o Eixo II - Emprego e Coesão Social apresenta um nível de
aprovações elevado (120%) face ao programado, sendo a Vertente de Intervenção “Transição
para a Vida Ativa” (176%) a que abarca a maior parcela de aprovações, contribuindo assim para
o desempenho deste Eixo
Quadro 6 Montantes Executados no Eixo II 2007-2011
Vertente de Intervenção
Unidade: Euros
Programação Financeira 2007-2013
(PR)
Despesa Pública
Fundo
Aprovações 2007-2010
(AP)
Despesa Pública
Taxa de Compromisso
(AP/PR)
Fundo
Despesa Pública
Fundo
Transição para a Vida Activa
11.581.948
9.265.558
20.409.431
16.327.545
176%
176%
Apoio Ao Emprego e Desenvolvimento Local
Desenvolvimento do Mercado Social de Emprego e Apoio aos Grupos Desfavorecidos face ao
mercado de trabalho
Total
11.872.930
9.498.344
10.719.155
8.575.324
90%
90%
15.268.620
12.214.896
15.156.093
12.124.875
99%
99%
38.723.498
30.978.798
46.284.679 37.027.743
120%
120%
53
Espaço Atualidade
Programa Rumos
A Execução do Eixo prioritário II “Emprego e Coesão Social”
54
Releva-se, tendo em conta os valores das aprovações retificadas do valor do saldo final (Quadro
7), que a taxa de compromisso do Eixo fica-se pelos 106%, com um volume de despesa
pública de 41.128.879 euros e um montante de comparticipação de fundo de 32.903.103 euros,
mantendo-se uma distribuição semelhante em termos de Vertentes de Intervenção.
Contudo, verifica-se que os montantes aprovados retificados assumem uma taxa superior a 100%,
o que indicia que a resposta deste Eixo às condições adversas da economia regional suporta
a perspetiva de absorção antecipada dos meios financeiros disponibilizados. Se tivermos em
linha de conta a programação FSE na Região e o desempenho do sistema de emprego regional,
conclui-se rapidamente pela necessidade de tomar medidas de reforço das disponibilidades
financeiras justificadas pelo contínuo incremento das condições de degradação do mercado de
emprego.
Quadro 7 Montantes Aprovados no Eixo II 2007-2011 (Aprovações retificadas com os valores de saldo final a
Unidade: Euros
31.12.2011)
Vertente de Intervenção
Programação Financeira 2007-2013
(PR)
Despesa Pública
Fundo
Aprovações 2007-2010
(AP)
Despesa Pública
Taxa de Compromisso
(AP/PR)
Fundo
Despesa Pública
Fundo
Transição para a Vida Activa
11.581.948
9.265.558
18.100.542
14.480.434
156%
156%
Apoio Ao Emprego e Desenvolvimento Local
Desenvolvimento do Mercado Social de Emprego e Apoio aos Grupos Desfavorecidos face ao
mercado de trabalho
Total
11.872.930
9.498.344
8.801.003
7.040.802
74%
74%
15.268.620
12.214.896
14.227.334
11.381.868
93%
93%
38.723.498
30.978.798
41.128.879 32.903.103
106%
106%
Relativamente a execução, no ano 2011, este Eixo executou 27% do programado, taxa esta
superior à média do Programa.
Paralelamente ao que se verifica nas aprovações, é a Vertente de Intervenção “Transição para a
Vida Ativa”, com 49%, que mais contribuiu para a elevada taxa de execução que o Eixo apresenta
(vd. Quadro 8).
Quadro 8 Montantes Executados no Eixo II 2011
Vertente de Intervenção
Unidade: Euros
Programação Financeira 2007-2013
(PR)
Despesa Pública
Fundo
Aprovações 2007-2010
(AP)
Despesa Pública
Fundo
Taxa de Compromisso
(AP/PR)
Despesa Pública
Fundo
Transição para a Vida Activa
11.581.948
9.265.558
5.644.582
4.515.665
49%
49%
Apoio Ao Emprego e Desenvolvimento Local
Desenvolvimento do Mercado Social de Emprego e Apoio aos Grupos Desfavorecidos face ao
mercado de trabalho
Total
11.872.930
9.498.344
1.633.975
1.307.180
14%
14%
15.268.620
12.214.896
3.012.887
2.410.309
20%
20%
38.723.498
30.978.798
10.291.443
8.233.155
27%
27%
Relativamente ao período de programação, o Eixo II apresenta uma taxa acima da média do
Programa (98%) face ao programado para o período de referência (vd. Quadro 9). A Vertente
de Intervenção “Apoio ao Emprego e Desenvolvimento Local” com uma taxa de execução de
64% contribuiu para atenuar a forte execução na Vertente de Intervenção “Transição para a Vida
Ativa” (152%).
Quadro 9 Montantes Executados no Eixo II 2007-2011
Vertente de Intervenção
Unidade: Euros
Programação Financeira 2007-2013
(PR)
Despesa Pública
Fundo
Aprovações 2007-2010
(AP)
Despesa Pública
Taxa de Compromisso
(AP/PR)
Fundo
Despesa Pública
Fundo
Transição para a Vida Activa
11.581.948
9.265.558
17.583.059
14.066.447
152%
152%
Apoio Ao Emprego e Desenvolvimento Local
Desenvolvimento do Mercado Social de Emprego e Apoio aos Grupos Desfavorecidos face ao
mercado de trabalho
Total
11.872.930
9.498.344
7.551.288
6.041.031
64%
64%
15.268.620
12.214.896
12.775.902
10.220.722
84%
84%
38.723.498
30.978.798
37.910.249 30.328.199
98%
98%
Problemas significativos encontrados e medidas tomadas para os resolver
O crescimento acentuado (e continuado) do volume de desemprego registado, com
implicações diretas e imediatas na própria gestão corrente do PO - gerando inevitáveis
tensões na gestão das medidas ativas da política de emprego, designadamente sobre as
tipologias de intervenção direcionadas para o apoio aos desempregados -, a perspetiva de
se continuar a assistir ao agravamento recorrente do desemprego registado na Região e, por
fim, o crescente comprometimento e estrangulamento dos recursos financeiros, constituíram
sérios constrangimentos na capacidade de resposta às pressões laborais e sociais sentidas no
mercado de trabalho regional deste Eixo.
A gestão em overbooking - determinante do elevado nível de compromisso atingido e dos índices
de execução demonstrados pelo Eixo II - mesmo beneficiando da experiência acumulada, constitui
um aspeto crítico para processamento de informação de acompanhamento. A reflexão iniciada
em torno da perspetiva de reforço das disponibilidades financeiras, não invalida a necessidade
de ponderação sobre a adequação de determinadas medidas, igualmente justificada pelo
contínuo incremento das condições de degradação do mercado de trabalho.
Junho.2012
In: Relatório de Execução de 2011 do Programa Rumos
P.S.: Consulte Espaço Projetos – Pág. 86 a 91
Instituto de Emprego da Madeira, IP-RAM – BREPP e OREPP no Programa Rumos
[IEM]: http://www.iem.gov-madeira.pt/
[Programa Rumos]: www.idr.gov-madeira.pt/rumos/
“Os melhores RUMOS para os Cidadãos da Região”
55
Espaço Atualidade
POVT_ Eixo IV e
o processo de
reprogramação
Ana Mota
56
Vogal do Conselho de Direção
Desenvolvimento Regional, IP-RAM
do
Instituto
de
O Programa Operacional Temático da Valorização do
Território (POVT) aprovado pela Decisão da Comissão
Europeia C (2007) 5110, de 12 de outubro de 2007, é um
instrumento do Quadro de Referência Estratégico Nacional
(QREN), que contempla a aplicação da política comunitária
de coesão económica e social em Portugal no período
2007-2013, concentrado na prossecução das prioridades
contidas na Agenda da Valorização do Território. Abrange todo o território do Continente e das
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Trata-se de um Programa com financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
(FEDER) e do Fundo de Coesão (FC), 34% e 66% respetivamente do financiamento global do
Programa, que ascende a 4.6 mil milhões de euros.
A RAM beneficia ao abrigo deste Programa de uma dotação FC no montante de 100 Milhões
de Euros (cerca de 2,2% do Programa) que com a configuração atual do Programa, dada pela
decisão em vigor [Decisão C (2011) 9334, de 9 de dezembro], se designa de EIXO IV – Redes
e Equipamentos Estruturantes.
A citada Decisão de financiamento que aprovou a reprogramação realizada pela Autoridade de
Gestão, no ano de 2011, permitiu alargar as tipologias elegíveis de investimento no EIXO IV e o
aumento da taxa máxima de financiamento para 85%.
As novas tipologias inseridas no Eixo consistem, basicamente, na implementação de um conjunto
de ações/projetos em matéria de proteção ambiental, nomeadamente ao nível da correção
torrencial, através da execução de muralhas de canalização em varias ribeiras e a reflorestação
das suas cabeceiras, assim com a construção de bacias de retenção para diminuição do caudal
sólido. As intervenções na hidráulica a serem financiadas pelo FC inserem-se numa ótica de
gestão prudente dos cursos de água, identificando e corrigindo as vulnerabilidades do território
e simultaneamente de reforço da segurança/proteção das populações e edificações nas zonas
com maior potencial de risco.
No entanto, a reprogramação aprovada ficou muito aquém das expetativas da RAM, pois o
reforço de financiamento FC de 265 Milhões de Euros, previsto na sua versão original, não teve
sucesso em resultado da análise e apreciação por parte dos serviços da Comissão Europeia
que entendeu que esta modificação financeira só seria viável no contexto da reprogramação
estratégica do QREN agendada para 2012.
Este retrocesso no processo de reprogramação juntamente com a Resolução do Conselho de
Ministros nº 33/2012, de 15 de março, que suspendeu a aprovação de novos projetos, causou
naturalmente atrasos consideráveis sobretudo na implementação dos projetos na área da
gestão e prevenção de riscos e contribuiu indubitavelmente para uma quebra acentuada no
ritmo de execução.
Note-se que estão aprovados até à presente data apenas 3 projetos, 2 na área dos transportes
e 1 na área do ambiente, a saber:
• TRANSPORTES
o Via Expresso ao Porto do Funchal (aprovado em 2008);
o Infraestruturas do Porto do Porto Santo (aprovado em 2009);
• AMBIENTE
o 3ª Fase do Aterro Sanitário na Meia Serra (aprovado em 2011).
3ª fase do aterro sanitário da etrs da meia serra
Entidade Beneficiária: VALOR AMBIENTE - Gestão e
Administração de Resíduos da Madeira, S.A.
POVT: Eixo IV - Redes e Equipamentos Estruturantes da
Região Autónoma da Madeira (FC)
A execução registada no ano de 2011 foi
inexpressiva mantendo-se nos 34% em
resultado fundamentalmente da morosidade
do processo de reprogramação do POVT e
também da própria aprovação do projeto no
domínio ambiental que só se concretizou
no final do ano, o que tornou inviável a
apresentação de pedidos de pagamento e
respetiva validação nesse período.
Esta tendência já se tinha registado no ano
precedente, e, de alguma forma, se está
a repetir no presente ano, contrariamente
ao expectável, fruto do abrandamento do
ritmo de aprovação de novos projetos,
do congelamento de novos projetos e da
reorientação das prioridades regionais, em
virtude do surgimento de novas necessidades
que a intempérie registada na Madeira no dia
20 de fevereiro de 2010 provocou.
Não obstante todas estas adversidades é
de sublinhar a particularidade que se tem
verificado na execução dos investimentos
aprovados,
evidenciando
uma
grande
performance e harmonia com os cronogramas
de realização (física e financeira) previstos.
Em 2011 deram-se importantes alterações
no Regulamento específico do Eixo IV, a par
da ampliação das tipologias de investimento.
Por um lado, os projetos só poderão
ser submetidos ao Programa, mediante
lançamento pela AG de convites os quais
carecem de aprovação prévia da Comissão
Ministerial de Coordenação do POVT, por outro,
a taxa de financiamento máxima foi elevada
a 85% o que veio aliviar substancialmente,
na atual conjuntura de grandes dificuldades
económicas e financeiras, a contribuição do
Orçamento Regional para os investimentos.
Estas alterações do Regulamento já surtiram
os seus efeitos pois neste momento as
entidades beneficiárias viram majorado em
15% o financiamento Fundo de Coesão dos
seus projetos e já foram reembolsados do
pagamento resultante do ajustamento da taxa
de financiamento de 70 para 85%.
Complementarmente, já se encontra lançado
o convite com a referência POVT-58-201250 dirigido à Vice Presidência do Governo
Regional da Madeira com a finalidade de ser
apresentada, em breve, candidatura referente
aos Troços Terminais das Principais Ribeiras
do Funchal.
Com a aprovação desta candidatura, será
esgotado o saldo disponível de financiamento
FC no Eixo, o que é uma situação transitória pois
aguarda-se aprovação por parte da Comissão
Europeia de uma Proposta de Reprogramação
(no âmbito da reprogramação estratégica do
QREN) que vai elevar a dotação do Eixo IV a
235 Milhões de Euros (mais 135%).
Em conclusão, digamos que existem
perspetivas animadoras para que a Região
possa, no âmbito do Fundo de Coesão
(POVT), em articulação e complementaridade
com o Programa FEDER (INTERVIR+), obter
os financiamentos necessários à execução
de projetos de investimentos ambientais
estruturantes mais prioritários, relativos à
mitigação do risco de torrentes e aluviões na
Região, em resultado dos estudos realizados
em redor da catástrofe registada na RAM em
20-02-2010 e subsequentemente alcançar com
sucesso as metas programadas.
Novembro.2012
Instituto de Desenvolvimento Regional, IP-RAM
Organismo Intermédio no POVT
[IDR, IP-RAM]: www.idr.gov-madeira.pt/
[POVT]: www.povt.qren.pt/
“Ligações para o desenvolvimento sustentável”
–
57
Espaço Atualidade
Programa de Cooperação
Transnacional
Madeira, Açores e Canárias
2007-2013 (PCT MAC)
Marisa Pestana
Núcleo de Intervenções de Coesão e Cooperação do IDR, IP-RAM
58
Desde que o Programa de Cooperação Territorial Madeira-AçoresCanárias (MAC 2007-2013) foi aprovado pela Comissão Europeia
em setembro de 2007, com uma dotação do Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER) de 55 Milhões de Euros (M€),
implementaram-se todos os mecanismos de gestão, organização
e controlo do programa.
Desde então já decorreram 2 convocatórias para apresentação
de candidaturas distribuídas pelas seguintes grandes prioridades
estratégicas:
1 - Promoção da Investigação, desenvolvimento tecnológico e da
Sociedade da Informação;
2 - Reforço da Gestão Ambiental;
3 - Cooperação com Países Terceiros e Articulação da grande Vizinhança (FED – FEDER).
As 2 convocatórias realizadas (2008 e 2009) permitiram a aprovação de cerca de 50% das
candidaturas apresentadas e o comprometimento da totalidade dos fundos disponíveis.
De referir que nos 101 projetos em plena execução atual o Programa demonstra o seu claro
carater de cooperação transnacional pois em 45% dos projetos aprovados participam entidades
das 3 Regiões. No que concerne à cooperação com países terceiros o Programa é pioneiro, ao
iniciar a sua experiência no anterior programa INTERREG IIIB AMC 2000-2006, contando neste
momento com 53 projetos em execução, a maioria com a participação de entidades da grande
vizinhança como Cabo Verde, Senegal e Mauritânia.
No caso específico da Madeira, é de realçar que são 54 os projetos que contam com a participação
de entidades regionais num total de 25 diferentes parceiros, registando um nível de execução
equilibrado nesta data, na ordem dos 63% face à despesa declarada e dos 24% face à despesa
total aprovada.
Do conjunto de atividades realizadas no período junho.2011 a junho.2012, destaca-se as
seguintes:
• O mês de junho de 2011 ficou marcado pela entrada em vigor de novos documentos
justificativos de despesas de pessoal e algumas melhorias de conteúdo do Guia de Gestão
Financeira de Projetos, resultantes da reunião dos Interlocutores Regionais realizada no mês de
maio na ilha Terceira, nos Açores. Neste mesmo mês foi também dado a conhecer aos órgãos
de gestão do programa a resposta da Comissão Europeia, à consulta feita no mês de março
de 2011 referente à aplicação do ponto 3 do artigo 21º do Regulamento n.º1080/2006, relativo
à elegibilidade geográfica fora da UE. Nessa comunicação a UE manifestou a sua posição
relativamente à interpretação que deve ser dada a cada tipologia de despesa, no sentido de
determinar o financiamento do Fundo FEDER em Países terceiros;
• Durante todo o 2º semestre de 2011 foram vários os projetos que foram objeto de prorrogação
da data de conclusão justificada pela conjuntura financeira atual que a Europa atravessa e mais
precisamente pelas medidas implementadas pela “Troika” a Portugal, para combater o elevado
deficit orçamental;
• No dia 25 de outubro de 2011 teve lugar em Bruxelas a reunião anual de autoridades de
gestão de programas de cooperação transfronteiriça, a qual contou com a participação dos
representantes do programa PCT-MAC que devido às suas especificidades é gerido pela Direção
Geral de Política Regional da Comissão Europeia, Unidade de Cooperação Transfronteiriça.
Neste encontro com a CE foram apresentados as Propostas dos Regulamentos dos fundos
estruturais para o período de 2014-2020 e foram igualmente lançadas as primeiras linhas de
Foto 1 e 2
Legenda:
Rede BANGENMAC: Banco Genético Marinho da Macaronésia
Parceiros: Instituto Canario de Ciencias Marinas (Chefe de Fila) e a Universidade dos Açores (Parceiro).
Parceiros Regionais: Câmara Municipal do Funchal / Museu Municipal do Funchal / Estação de Biologia Marinha do
Funchal; Universidade da Madeira; Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais / Direção Regional de Pescas
/ Direção de Serviços de Investigação das Pescas.
atuação para o futuro da cooperação territorial
europeia. Neste âmbito o programa estará
atento ao papel que as RUP´s terão e mais
precisamente à continuidade do espaço de
cooperação Madeira-Açores-Canárias;
• No final do ano de 2011 é de destacar o
importante esforço financeiro que as entidades
participantes realizaram, numa época de
difícil situação económica, o que permitiu
que o programa conseguisse no final do ano
satisfazer a exigência comunitária de certificar
toda a despesa necessária para o cumprimento
da regra n+3 e assim evitar qualquer risco de
descomprometimento automático e devolução
de fundos à CE;
• O mês de dezembro de 2011 ficou ainda
marcado pela publicação do 2º boletim de
notícias do programa, que deu a conhecer
a evolução do programa e as atividades que
foram desenvolvidas, no decurso do ano de
2011 e que está disponível na página web do
programa www.pct-mac.eu ;
• Em janeiro de 2012 deu-se início ao processo
de Auditoria de Operações e Sistemas no
âmbito do PCT_MAC, através da contratação
da empresa BDO Auditores, tendo sido
aprovada pelo Grupo de Controlo do Programa
a respetiva amostra de projetos a auditar. Ainda
no decurso deste mês foram desencadeadas
as respetivas comunicações aos beneficiários
selecionados, incluindo os quatro parceiros da
RAM cujas visitas se concretizaram no decurso
dos meses de fevereiro e março.2012.
• No mês de fevereiro.2012 o Instituto de
Desenvolvimento Regional como Interlocutor
Regional da Madeira, realizou a 2ª fase das
visitas in situ aos beneficiários de acordo com
a amostra de projetos selecionada com base
nas despesas declaradas em infraestruturas
e equipamentos até final de 2011. Esta
tarefa de verificação física no local, das
aquisições de equipamentos e da realização
de infraestruturas, que está legalmente
fundamentada no art.º 13 do REG (CE) nº
1828/2006 da Comissão de 8 dezembro,
cobriu um total de 52 M€ correspondente a 6
diferentes projetos e 3 entidades executoras/
parceiros. Esta 2ª fase de verificações in situ
fez parte integrante do relatório anual de
verificações físicas que o Interlocutor Regional
da Madeira tem de enviar todos os anos até
final de março à autoridade de gestão.
• No dia 16 de maio, realizou-se a V Reunião
do Comité de Gestão e a VI reunião do
Comité de acompanhamento em Las Palmas
de Gran Canária, onde foram tratados vários
assuntos como o estado das auditorias de
controlo, situação do cumprimento da regra
n+3 e possível utilização de remanescentes
gerados pelos projetos com execução abaixo
dos 100%, aprovação do relatório anual de
2011, aprovação da assistência técnica 2011 e
orçamento para 2012, e foram ainda debatidas
as perspetivas de futuro para o próximo período
de programação 2014-2020. De referir que
foram já realizados no âmbito do Programa,
um total de 6 Comités de Acompanhamento
e 5 Comités de Gestão sendo estes os órgãos
responsáveis pela aprovação dos mecanismos
de gestão e acompanhamento dos projetos.
•No mês de junho.2012, o Secretariado
Técnico do Programa deu início ao processo
de preparação de uma nova convocatória
através da qual se pretende maximizar o
aproveitamento da subvenção total atribuída
e, neste particular os remanescentes gerados
pela inexecução de projetos aprovados no
âmbito do Eixo 3.
Agosto.2012
IDR, IP-RAM – Interlocutor Regional da Madeira no PCT
MAC
[IDR, IP-RAM] www.idr.gov-madeira.pt/mac/
[PCT MAC] www.pct.mac.org/
“Investimos no seu futuro”
59
Espaço Atualidade
Componente Estratégica dos Programas
Operacionais em preparação
no contexto da futura Política de Coesão 2014-2020
60
Céu Andrade
Unidade de Estratégia e Avaliação do Instituto de Desenvolvimento Regional, IP-RAM.
Em outubro de 2011, a Comissão Europeia (CE) apresentou o pacote legislativo que, no
essencial, deverá corporizar a Política de Coesão da União Europeia (UE) para o próximo período
de programação 2014-2020.
Neste domínio, a CE propôs uma série de importantes alterações no que concerne à conceção e
implementação da Política de Coesão, designadamente: concentração nas metas da Estratégia
Europa 2020; compensação do bom desempenho; apoio à programação integrada; incidência
nos resultados e atenta monitorização do progresso; reforço da coesão territorial; e simplificação
da execução.
Para este novo quadro financeiro, a Comissão visa por conseguinte uma aplicação mais
coerente dos fundos, devendo para tal assegurar: uma estratégia de investimento em linha com
os objetivos da Estratégia Europa 2020; a coerência com os Programas Nacionais de Reforma
(PNR); a coordenação entre fundos das Políticas de Coesão, de Desenvolvimento Rural e de
Assuntos Marítimos e Pescas; a eficácia dos fundos, mediante a introdução de um quadro de
desempenho; e a eficiência dos mesmos, por via do reforço da capacidade administrativa,
eliminando a burocracia excessiva.
As novas propostas regulamentares propõem-se nomeadamente a reforçar a dimensão
estratégica da Política de Coesão e a assegurar o direcionamento do investimento da UE para as
metas a longo prazo em matéria de Crescimento e de Emprego, no contexto da materialização
da Estratégia Europa 2020.
De notar que a Estratégia Europa 2020 estabelece três prioridades que se reforçam mutuamente,
concretamente: o crescimento inteligente (economia baseada no conhecimento e na inovação);
o crescimento sustentável (economia mais eficiente em termos de utilização dos recursos, mais
ecológica e mais competitiva); e o crescimento inclusivo (economia com níveis elevados de
emprego que assegura a coesão social e territorial).
Os Estados-Membros, através de Contratos de Parceria, deverão comprometer-se a centrar a
atenção num menor número de prioridades de investimento com base nas referidas metas de
longo prazo.
Neste particular, realce-se que em sede dos Contratos de Parceria, a serem celebrados entre a
Comissão e os Estados-Membros, serão definidos quer a contribuição global, a nível nacional,
para os objetivos temáticos, quer os compromissos relativamente às ações que deverão
concretizar os objetivos da Estratégia Europa 2020.
Na Região Autónoma da Madeira (RAM), a aplicação da Política de Coesão da UE é assegurada
pela Secretaria Regional do Plano e Finanças (SRF) do Governo Regional da Madeira (GRM),
cujas atribuições são prosseguidas pelo Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR) – organismo
de administração indireta deste Departamento Governamental –, ao qual incumbe assegurar a
promoção dos trabalhos de preparação e definição da Componente Estratégia dos Programas
Operacionais (PO) com aplicação na RAM em termos de contributo para a estratégia da União
Europeia para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo no horizonte 2020 e em
conformidade com as orientações/calendarização a serem estabelecidas a nível comunitário,
nacional e regional.
Neste contexto, em ordem à preparação dos instrumentos de programação e no cumprimento
das disposições regulamentares ao abrigo da futura Política de Coesão, o IDR deu início ao
levantamento do estado de arte junto dos diferentes Departamentos do GRM nestas matérias
em específico. Concretamente, e com base nas responsabilidades que cada um destes
Departamentos detém em matéria de conceção, acompanhamento e avaliação de Políticas
Públicas, estes deverão salvaguardar a aplicação de referenciais estratégicos setoriais no
horizonte 2020, bem como o cumprimento das condicionalidades ex ante temáticas e gerais,
sempre que aplicável.
Neste enquadramento, importa relevar que as condicionalidades constituem um elemento
inovador face a precedentes períodos de programação. Concretamente, estas novas disposições
em matéria de condicionalidade – destinadas a
reforçar o desempenho, mediante o incentivo à
realização dos objetivos e metas da Estratégia
Europa 2020 – assumirão a forma de condições
ex ante, que deverão estar em vigor antes de
os fundos serem pagos, e de condições ex
post, que permitirão o pagamento de fundos
adicionais em função do desempenho.
Em fase posterior à validação e estabilização do
levantamento acima referenciado, o IDR deverá
colaborar com cada um dos Departamentos
nas atividades necessárias à interpretação dos
referidos referenciais estratégicos setoriais à
luz da Estratégia Europa 2020 e à sequente
incorporação dos mesmos na Componente
Estratégica dos PO a elaborar.
Pretende-se com este processo garantir as
condições para a concretização dos trabalhos
de definição e validação da Componente
Estratégica dos PO em articulação com os
vários Departamentos e demais parceiros
institucionais e sociedade civil relevantes a um
processo que se pretende tão refletido e focado
quanto dinâmico e participativo, mediante a
sujeição dos mesmos a discussão e consulta
pública e a posterior aprovação por parte das
instâncias regionais, nacionais e comunitárias.
Julho.2012
Fontes:
http://ec.europa.eu/europe2020/index_pt.htm
http://ec.europa.eu/regional_policy/what/future/
proposals_2014_2020_pt.cfm
http://ec.europa.eu/regional_policy/information/panorama/
index_en.cfm
61
Mero Epinephelus marginatus
©Carlos Freitas
Foto e informação cedida pelo Serviço do Parque Natural da Madeira
www.pnm.pt
Espaço Projetos
Neste Espaço pretende-se, à semelhança do
que tem acontecido nas edições anteriores,
dar a conhecer alguns exemplos de projectos
considerados como promissores de boas
práticas na Região, no âmbito dos Programas
Operacionais Regionais 2007-2013 (Intervir+
e Rumos).
63
Programa Intervir+
Projetos Públicos ou Equiparados
Nome do Projeto: ANAM- SITI- Sistema Integrado de Telecomunicações e
Informação - MADFDR-01-0266-FEDER-000010
Nome do Beneficiário: ANAM - Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, S.A.
Fundo Comunitário: FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
Região de Intervenção do Projeto: Santa Cruz/Porto Santo - Região Autónoma
da Madeira
Custo Total do Projeto: 2.019.209,58€
Custo Total Elegível: 1.740.698,00€
Fundo Comunitário (FEDER): 1.392.558,40€
Comp. OU: 348.139,60€
Data de Início: 02-11-2011
Data de Conclusão: 30-12-2012
64
Descrição do Projeto: A candidatura ANAM – SITI visa um objetivo de
convergência de comunicação de dados, voz, imagem, informação interativa
e aplicações de serviços de valor acrescentado, baseada na instalação e
desenvolvimento de aplicações sobre rede de banda larga nos Aeroportos
da Madeira. A criação desta rede permitirá criar uma plataforma tecnológica
integrada, abrangendo comunicações de dados e voz, segurança por CCTV,
gestão de sistemas informativos interativos e, ainda, a monitorização da rede de
água, de modo a evitar-se percas. Os atuais sistemas de telecomunicações dos
aeroportos da ANAM, estão desatualizados e obsoletos tecnologicamente, o que,
para além dos riscos associados à perca de fiabilidade, torna indispensável, em
nome da competitividade desta Região Turística, dar o salto qualitativo para uma
sociedade de informação, inerente à sua sustentabilidade e crescimento pelo que
o desenvolvimento deste projeto (ANAM-SITI) é estratégico.
Nome do Projeto: Centro das Artes Global - MADFDR-02-0228-FEDER-000025
Nome do Beneficiário: SDPO – Sociedade de Promoção e Desenvolvimento da
Zona Oeste da Madeira, S.A.
Região de Intervenção do Projeto: Calheta, São Vicente, Câmara de Lobos,
Porto Santo e Machico - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 2.259.516,67€
Custo Total Elegível: 1.666.559,08€
Fundo Comunitário (FEDER): 1.333.247,26€
Data de Início: 02-11-2010
Data de Conclusão: 30-07-2012
Descrição do Projeto: Projeto “Centro das Artes Global” pretende dinamizar a
oferta cultural da Região Autónoma da Madeira, mediante a realização de 300
iniciativas culturais em diversas áreas do Arquipélago, nomeadamente: Calheta,
São Vicente, Câmara de Lobos, Porto Santo e Machico. Desta feita, este projeto
contribuirá claramente para a descentralização da existência de eventos culturais
que atualmente encontram-se muito concentrados na Cidade do Funchal,
fomentando ainda o empreendedorismo local na gestão cultural, sector que a RAM
é altamente deficitária.
Nome do Projeto: Temporal de 20 de Fevereiro - Ações de recuperação urbana
e ambiental da Cidade - MADFDR-04-0274-FEDER-000017
Nome do Beneficiário: Município do Funchal
Fundo Comunitário: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Região de Intervenção do Projeto: RAM - Machico
Custo Total do Projeto: 581.295,58€
Custo Total Elegível: 581.295,58€
Comp. OU: 87.194,34€
Data de Início: 28-12-2011
Data de Conclusão: 17-04-2012
Descrição do Projeto: Em consequência do temporal que assolou a Região
a 20 de Fevereiro de 2010, com particular relevância no Concelho do Funchal,
ocorreram várias situações de graves inundações e aluimentos de terras que
originaram a danificação e assoreamento de espaços públicos por toda a
cidade, obrigando não só a ações imediatas, como também de curto e médio
prazo, para o restabelecimento das condições de mobilidade e habitabilidade
do concelho. As ações previstas neste projeto referem-se a uma empreitada de
aquisição dum serviço para proceder à remoção integral dum aterro provisório
criado logo após o temporal num terreno junto à Praia Formosa, onde foram
depositados temporariamente uma parte significativa dos materiais não pétreos
recolhidos nas limpezas da cidade e uma outra empreitada para recuperação
dum Jardim Público que foi quase integralmente destruído em consequência da
inundação provocada pelo assoreamento da Ribeira de João Gomes.
Nome do Projeto: Melhoria do Desempenho da Central Dessalinizadora do
Porto Santo - MADFDR-03-0154-FEDER-000010
Nome do Beneficiário: IGA – Investimentos e Gestão da Água, S.A.
Fundo Comunitário: Porto Santo - Região Autónoma da Madeira
Região de Intervenção do Projeto: RAM - Funchal
Custo Total do Projeto: 1.710.711,31€
Custo Total Elegível: 1.457.412,21€
Comparticipação FEDER: 1.238.800,37€
Comp. OU: 218.611,84€
Data de Início: 11-11-2008
Data de Conclusão: 31-12-2012
Descrição do Projeto: O projeto é constituído por duas intervenções principais.
A primeira, com a instalação do Sistema de Mineralização de Água da Central
Dessalinizadora do Porto Santo, destinada a proceder à correção do desequilíbrio
químico da água produzida na central mediante o processo de adição de dióxido
de carbono e percolação em filtros com leito de carbonato de cálcio. A segunda,
com a otimização energética da Central Dessalinizadora do Porto Santo que
visou a remodelação de uma das unidades de produção e de alteração do
sistema de bombagem para o campo de golfe tendo em vista reduzir o atual
consumo específico de 4,5 para 3 kWh/m3.
65
Programa Intervir+
Projetos Públicos ou Equiparados
Nome do Projeto: Sistema de Tratamento de Lamas da ETAR do Porto Santo MADFDR-03-0154-FEDER-000011
Nome do Beneficiário: IGA – Investimentos e Gestão da Água, S.A.
Região de Intervenção do Projeto: Porto Santo - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 1.237.215,00€
Custo Total Elegível: 1.021.333,33€
Comparticipação FEDER: 868.133,33€
Comp. OU: 153.200,00 €
Data de Início: 06-05-2010
Data de Conclusão: 30-06-2013
66
Descrição do Projeto: O projeto consiste na construção de um sistema de
tratamento de lamas de ETAR, constituído por uma unidade de secagem solar por
estufa. A estufa terá um comprimento de 60 metros e uma largura de 12 metros e
assentará numa plataforma de betão armado. A estrutura da estufa será realizada
em perfis de aço galvanizado, revestida com chapa translúcida de policarbonato,
cobertura insuflável em filme de polietileno, possuindo, assim, um sistema de
escarificação de lamas assente sobre carris e ventiladores destratificadores e de
extração de ar. O sistema de secagem solar a construir terá uma capacidade de
produção de 1.553 ton/ano de lamas desidratadas, produzindo um produto final
com sicidade mínima de 70% e granulometria 4 a 40mm.
Nome do Projeto: Sistema Intercetor de Águas Residuais do Santo da Serra Estação Elevatória nº 2 - MADFDR-03-0154-FEDER-000013
Nome do Beneficiário: IGA – Investimentos e Gestão da Água, S.A.
Região de Intervenção do Projeto: Santo da Serra - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 219.240,00€
Custo Total Elegível: 189.000,00€
Comparticipação FEDER160.650,00 €
Comp. OU: 28.350,00 €
Data de Início: 09-04-2012
Data de Conclusão: 01-11-2012
Descrição do Projeto: O projeto compreende a execução de uma estação
elevatória (EE2) constituída por um edifício semienterrado em betão armado (poço
de bombagem, câmara de válvulas e caixa de válvulas), equipada com duas
eletrobombas submersíveis de caudal unitário de 20 l/s e 46 m.c.a., equipamentos
hidráulicos de manobra e de segurança e de instalações elétricas. A intervenção
inclui a ligação ao sistema coletor existente à EE2 mediante o lançamento de 144
metros de coletores gravíticos.
Nome do Projeto: Promoção do Bordado Madeira e do Artesanato Regional
(2009-2010) - MADFDR-02-0228-FEDER-000020
Nome do Beneficiário: IVBAM – Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato
da Madeira, I.P.
Região de Intervenção do Projeto: Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 594.843,41€
Custo Total Elegível: 3.283.681,61€
Comparticipação FEDER: 587.247,35€
Comp. OU: 499.160,25€
Data de Início: 17-02-2010
Data de Conclusão: 31-05-2012
Descrição do Projeto: O presente projeto visa reforçar a notoriedade do Bordado
Madeira, através do reforço da sua presença nos mercados regional, nacional e
internacionais, nos mercados tradicionais e emergentes. Os objetivos do presente
projeto são: contribuir para o aumento da produtividade e competitividade das
empresas de Bordado Madeira; identificar e conquistar novos segmentos/
nichos de mercado com elevado poder aquisitivo; criar oportunidades ao tecido
empresarial para que se criem novas redes de contacto com os mercados de
exportação, contribuindo, assim, para a abertura de novos canais de distribuição;
e, criar condições para que as empresas regionais procedam à renovação do
produto adaptando-o às tendências de mercado.
Nome do Projeto: Cadastro Vitícola (Sistema Integrado de Gestão do Cadastro
Vitícola da RAM) - SIGCV-RAM - MADFDR-01-0326-FEDER-000020
Nome do Beneficiário: IVBAM – Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato
da Madeira, I.P.
Região de Intervenção do Projeto: Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 202.828,87€
Custo Total Elegível: 120.547,27€
Comparticipação FEDER: 102.465,18€
Comp. OU: 18.082,09€
Data de Início: 08-07-2011
Data de Conclusão: 30-12-2012
Descrição do Projeto: Utilizar um Sistema de Informação Geográfica (SIG)
para georreferenciar as parcelas de vinha, através do desenvolvimento de uma
plataforma informática com componente geográfica e respetiva integração nos
dados já existentes no Sistema Integrado de Gestão do Sector Vitivinícola da
RAM (SIGSVV_RAM), desenvolvido internamente pelo IVBAM. Pretende-se
também a aquisição de todo o software necessário à sua correta implementação,
nomeadamente, ao nível do Sistema Operativo e Sistema de Gestão de Bases
de Dados (SGBD), assim como, todo o hardware necessário à instalação
da aplicação, recolha e manutenção deste sistema de informação. Para a
implementação e manutenção do sistema, é necessário a aquisição de viaturas
para a deslocação dos técnicos ao campo, com vista à resolução de dificuldade
de marcação das parcelas e à recolha de informação.
67
Programa Intervir+
Projetos Públicos ou Equiparados
Nome do Projeto: Centro de Simulação Clinica - MADFDR-04-0177FEDER-000017
Nome do Beneficiário: Região Autónoma da Madeira / SESARAM - Serviço de
Saúde da RAM
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 2.018.412,10€
Custo Total Elegível: 2.018.412,10€
Comparticipação FEDER1.715.650,29€
Comp. OU: 1.715.650,29€
Data de Início: 22-12-2011
Data de Conclusão: 31-12-2012
68
Descrição do Projeto: A simulação médica constitui um dos mais inovadores domínios
científicos a nível mundial. Editoriais nas principais revistas científicas médicas
fazem referência a uma “revolução” no ensino da medicina através de simuladores
complexos de alta fidelidade, que reproduzem as condições fisiológicas e patológicas
do Ser Humano com fidedignidade e em tempo real, permitindo o treino intensivo de
atos médicos críticos e de equipas de saúde multidisciplinares.
No dia 4 de setembro de 2012 foi inaugurado o Centro de Simulação Clinica da
Região Autónoma da Madeira, localizado no andar técnico do Hospital Dr. Nélio
Mendonça.
Com este Centro está previsto:
1-Incremento de boas práticas médicas para a melhoria da qualidade assistencial
e da segurança dos doentes;
2- Dotar o SESARAM de competências educacionais, científicas e tecnológicas na
prestação de cuidados de saúde à população;
3-Aplicar a inovadora Internacional Gold Standard, para o treino contínuo de
competências clinicas e capacidades técnicas dos profissionais e equipas de
saúde regionais;
4-Alargar o leque de profissionais clínicos com acesso à formação avançada.
Este Centro, de aproximadamente 330 m2, divide-se em quatro tipos de espaços:
zona administrativa, zona de formação técnica, zona de formação prática e zonas
técnicas e está equipado com os mais avançados e inovadores simuladores
médicos referenciados no treino médico mundial.
De salientar que a simulação médica constitui hoje um dos domínios científicos
mais importantes para a segurança dos doentes e proficiência clínica.
Nome do Projeto: Aquisição de viaturas para reforço da prevenção florestal - MADFDR-03-0235-FEDER-000018
Nome do Beneficiário: SRARN - Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais - Direção Regional de Florestas
Região de Intervenção do Projeto: Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 377.720,63€
Custo Total Elegível: 377.720,63€
Despesa Pública: 377.720,63€
Comparticipação FEDER321.062,54€
Comp. OU: 56.658,09€
Data de Início: 01-06-2011
Data de Conclusão: 31-12-2012
Descrição do Projeto: Este projeto consiste na aquisição de 13 viaturas do tipo todo-o-terreno e assume-se
como elo crucia e potenciador da defesa e valorização da floresta e ambiente. Tem por objetivo o de assegurar a
operacionalidade do Corpo de Polícia Florestal na missão relativa à proteção do património florestal e demais recursos
associados, nomeadamente: proteção da fauna e da flora, da biodiversidade e dos habitats, do solo e dos recursos
hídricos, controlo da erosão e no combate de pragas e doenças. A sua atuação terá uma especial relevância nos
períodos em que é premente intensificar as ações de vigilância e de fiscalização no âmbito da proteção da floresta
contra incêndios e da cinegética, nas ações de vigilância e de monitorização associadas aos fenómenos de erosão
hídrica dos solos e à proteção de espécies e habitats e, nas ações de fiscalização e acompanhamento no âmbito da
inspeção fitossanitária florestal.
69
Programa Intervir+
Projetos Públicos ou Equiparados
Nome do Projeto: Projeto Pélagos - MADFDR-01-0224-FEDER-000017
Nome do Beneficiário: SRARN - Secretaria Regional do Ambiente e Recursos
Naturais (Centro de Maricultura da Calheta)
Região de Intervenção do Projeto: Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 352.206,82€
Custo Total Elegível: 352.206,82€
Comparticipação FEDER: 299.375,79€
Comp. OU: 52.831,03€
Data de Início: 01-10-2010
Data de Conclusão: 30-09-2013
70
Descrição do Projeto: A diversificação da produção no sector da aquicultura,
mediante a introdução de novas espécies nos mercados, constitui um dos
objetivos mais importantes para a viabilidade e desenvolvimento sustentável desta
indústria. É conhecido o interesse das empresas de aquacultura na produção de
peixes marinhos com um elevado potencial de crescimento. Destacam-se entre
estas, duas espécies pertencentes à Família Carangidae: o charuteiro (Seriola
spp.) e o encharéu (Pseudocaranx dentex). A incorporação de ambas as espécies
na aquicultura regional e nacional permitirá, devido ao seu rápido crescimento,
reduzir significativamente o período de produção atual em pisciculturas e,
consequentemente, diminuir os respetivos custos de produção. Adicionalmente, a
realização dos objetivos propostos de aperfeiçoamento das técnicas de produção
comercial destas duas espécies, representaria uma vantagem competitiva
definitiva para este sector no Arquipélago, com um mercado alargado a todo o
litoral Mediterrânica.
Nome do Projeto: Acreditação Laboratório Regional de Veterinária e Segurança
Alimentar - MADFDR-01-0326-FEDER-000015
Nome do Beneficiário: SRARN - Secretaria Regional do Ambiente e Recursos
Naturais - Laboratório Regional de Veterinária e Segurança Alimentar
Região de Intervenção do Projeto: Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 312.109,26€
Custo Total Elegível: 312.109,26€
Comparticipação FEDER: 249.687,41€
Comp. OU: 62.421,85€
Data de Início: 03-06-2011
Data de Conclusão: 31-12-2013
Descrição do Projeto: O projeto engloba duas vertentes integradas
e complementares que consistem, por um lado, na conceção,
desenvolvimento e implementação do sistema de gestão da qualidade
e, por outro lado, na
implementação de um sistema informático de
gestão de laboratórios, que irá assegurar a execução física do primeiro.
Tem como objetivo a obtenção da acreditação do laboratório pela Entidade
Certificadora IPAC, dando cumprimento às exigências do Regulamento (CE) n.º
882/2004 e Regulamento (CE) nº 2076/2005 da Comissão, de 5 de Dezembro.
Nome do Projeto: P@GE - Plataforma de Apoio à Gestão de Escolas - MADFDR01-0326-FEDER-000018
Nome do Beneficiário: Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos SRE
Região de Intervenção do Projeto: Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 475.760,80€
Custo Total Elegível: 470.593,30€
Comparticipação FEDER: 400.004,30€
Comp. OU: 70.589,00€
Data de Início: 03-03-2011
Data de Conclusão: 30-06-2013
Descrição do Projeto: Com o presente projeto pretende-se disponibilizar uma plataforma de Apoio à Gestão Escolar
comum a todas as Escolas do Segundo e Terceiro Ciclos e Secundárias da RAM, com vista a medir e analisar os proveitos,
custos e resultados, de forma a garantir os 3 E’s (Eficácia, Eficiência e Economia) na gestão escolar bem como, cumprir
os normativos legais de prestação de contas, segundo a Contabilidade Pública para o Sector da Educação. A Plataforma
de Apoio à Gestão Escolar prevê suportar os seguintes processos: Gestão Financeira e Orçamental (Contabilidade
Orçamental e POC-Educação), Gestão de Imobilizado, Gestão de Recursos Humanos e Relatórios. Os objetivos deste
projeto são os seguintes: melhorar qualitativamente o processo global de gestão escolar na vertente de recursos humanos
e financeira; reduzir e simplificar as operações necessárias à gestão financeira e orçamental, bem como, satisfazer todas
as obrigações decorrentes do POCP, POC-Educação, Cadastro e Inventário dos Bens do Estado; reduzir e simplificar as
operações necessárias à gestão do imobilizado; reduzir e simplificar as operações necessárias à gestão dos Recursos
Humanos (Pessoal Docente e Não Docente); obter informação consolidada das contas ao nível da SRE (consolidação por
tipo de orçamento para todas as escolas e consolidação de todos os orçamentos de todas as escolas); obter informação
fidedigna e em tempo útil, de apoio à decisão na área de gestão recursos humanos e financeira.
Nome do Projeto: Festivais Culturais da Madeira (2009-2013) - MADFDR-020228-FEDER-000017
Nome do Beneficiário: SRT - Secretaria Regional da Cultura, Turismo e
Transportes - Direção Regional dos Assuntos Culturais
Região de Intervenção do Projeto: Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 2.182.948,42€
Custo Total Elegível: 2.177.609,53€
Despesa Pública: 2.177.609,53€
Comparticipação FEDER1.850.968,10€
Comp. OU: 326.641,43€
Data de Início: 01-01-2009
Data de Conclusão: 31-12-2013
Descrição do Projeto: Com o projeto “Festivais Culturais da Madeira”, a Direção
Regional dos Assuntos Culturais (DRAC) pretende criar e gerir uma marca que
passa por integrar quatro grandes eventos culturais, nomeadamente: Festival de
Música da Madeira, Festival Raízes do Atlântico, Encontro Regional de Bandas
Filarmónicas e o Festival de Órgão da Madeira. Com esta iniciativa, a DRAC vai
incentivar o sector da cultura na Região Autónoma da Madeira, designadamente
pelo apoio ao empreendedorismo cultural, diversificando e requalificando a oferta
turístico-cultural e a abertura da cultura madeirense ao mercado internacional,
permitindo, assim, a exposição e troca de experiências artísticas entre agentes
culturais regionais e internacionais. Com a implementação deste projeto, a DRAC
pretende contribuir para formar e qualificar novos públicos, assim como, atrair
aficionados e profissionais das diversas Artes até esta pequena ilha na periferia
da Europa.
71
Programa Intervir+
Projetos Públicos ou Equiparados
Nome do Projeto: SEE - Simulação Empresarial e Empreendedorismo - MADFDR01-0224-FEDER-0000027
Nome do Beneficiário: Região Autónoma da Madeira / Universidade da Madeira
Região de Intervenção do Projeto: Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 1.290.000,00€
Custo Total Elegível: 1.290.000,00€
Comparticipação FEDER: 1.032.000,00€
Data de Início: 23-03-2009
Data de Conclusão: 31-12-2013
72
Descrição do Projeto: O projeto “Simulação Empresarial e Empreendedorismo” tem
como objetivo central contribuir para o incremento do empreendedorismo na RAM,
através do reforço de conhecimentos, de competências técnicas e de renovação e
consolidação de práticas profissionais, pessoais e comportamentais, de estímulo
ao desenvolvimento de capacidades empreendedoras no tecido empresarial da
região. Um segundo objetivo, de crucial importância do projeto, é o de facultar e
promover oportunidades de negócio em ambiente de simulação (embora virtual),
visando a empregabilidade e a criação de empresas dotadas de bases sólidas e de
competências de organização e gestão face a mercados cada vez mais competitivos,
com o apoio e orientação de professores e consultores académica e profissionalmente
aptos, utilizando para o efeito adequadas tecnologias de informação e comunicação e
meios lógicos de sistemas de informação e gestão integrada.
Nome do Projeto: OTIC/TecMU-PETT - Oficina de Transferência de Tecnologia e
Conhecimento - MADFDR-01-0224-FEDER-000003
Nome do Beneficiário: UMa - Universidade da Madeira
Região de Intervenção do Projeto: Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 398.261,59€
Custo Total Elegível: 395.000,00€
Comparticipação FEDER: 335.750,00€
Data de Início: 01-06-2009
Data de Conclusão: 31-12-2013
Descrição do Projeto: A iniciativa OTIC – TeCMU surge no âmbito da criação de
Oficinas de Transferência de Tecnologia Inovação e Conhecimento, com a finalidade
de identificar e promover a transferência de ideias e conceitos novos e inovadores para
o tecido empresarial, contribuindo para um crescente desenvolvimento económico,
social e empresarial das regiões e do nosso país. Constituem objetivos centrais deste
projeto o de proporcionar um ambiente de cooperação Universidade-Empresa através
da transferência de tecnologia e de conhecimento em projetos conjuntos, identificar e
difundir a oferta tecnológica nas Universidades e Institutos Politécnicos e identificar as
solicitações tecnológicas do sector empresarial e correspondente transformação em
projetos inovadores e competitivos de desenvolvimento tecnológico, que possam ser
cumpridos na RAM no âmbito das suas unidades de ensino / investigação / inovação.
Nome do Projeto: Reforço das condições de segurança e requalificação da zona
nascente da marginal da Calheta - MADFDR-03-0235-FEDER-000015
Nome do Beneficiário: Calheta - Região Autónoma da Madeira
Região de Intervenção do Projeto: Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 5.844.990,00€
Custo Total Elegível: 5.844.990,00€
Comparticipação FEDER: 4.968.241,50€
Comp. OU: 876.748,50€
Data de Início: 21-12-2007
Data de Conclusão: 01-10-2013
Descrição do Projeto: A área de intervenção deste projeto diz respeito à zona
superior e faixas laterais da escarpa sobranceira ao porto de recreio da Calheta,
situada na costa SW da ilha da Madeira, ao arruamento junto à marginal da
Calheta e ao alargamento do pontão existente na ribeira da Autoguia/Serra
D’Água para suporte da rotunda a construir. Devido ao resultado natural da
erosão ocorrida, foram assinalados diversos desprendimentos de blocos,
fragmentos rochosos e terrosos da escarpa, assim como, derrocadas avultadas
resultantes do desmantelamento de partes de bancadas rochosas que, caindo
sobre a estrada marginal, interditaram a circulação automóvel e pedonal nessa
zona.
Nome do Projeto: Estabilização do Talude Leste Sobranceiro à Vila da Ponta do
Sol - MADFDR-03-0235-FEDER-000012 Nome do Beneficiário: Vice-Presidência do Governo Regional Governo Regional
Região de Intervenção do Projeto: Ponta do Sol / Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 516.420,00€
Custo Total Elegível: 445.448,88€
Comparticipação FEDER: 378.631,55€
Comp. OU: 66.817,33€
Data de Início: 05-08-2008
Data de Conclusão: 30-06-2012
Descrição do Projeto: Este projeto inclui o estudo geológico-geotécnico,
anteprojeto e o projeto de execução da respetiva empreitada para a estabilidade
do talude na Vila da Ponta do Sol. O local em estudo situa-se na costa SW da
Madeira, no extremo Este da estrada marginal que acompanha a pequena baía
da Ponta do Sol, num esporão rochoso, cujo extremo Sul se encontra saliente
sobre o mar. Este esporão é delimitado por três escarpas, encontrando-se já
parte da escarpa Oeste e da escarpa Sul parcialmente consolidadas com redes
pregadas, desde a base até cerca da cota 60 m, e com uma barreira dinâmica
associada a redes de encaminhamento, acima desta. A área intervencionada,
com cerca de 90 metros e uma altura entre 55 a 65 metros, corresponde à parte
da escarpa Oeste que ainda não foi tratada e que se desenvolve desde a boca
do túnel construído ao nível da base e o extremo Norte.
73
Programa Intervir+
Projetos Privados
Nome do Projeto: Novas tecnologias que combinam a diminuição do tamanho do
sensor de imagem e aumento da qualidade - MADFDR-01-0190-FEDER-000007
Nome do Beneficiário: Awaiba - Consultadoria, Desenvolvimento e Comercio de
Componentes Micro eletrónicos, Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 789.604,21€
Custo Total Elegível: 769.963,64€
Comparticipação FEDER: 462.325,91€
Data de Início: 01-09-2010
Data de Conclusão: 30-04-2012
74
Descrição do Projeto: O “core business” da Awaiba, Lda tem por objetivo o
desenvolvimento de sensores de imagem em tecnologia CMOS com aplicações
no sector da visão artificial por computador. Os sensores desenvolvidos pela
Awaiba primam pela capacidade na velocidade de aquisição de imagem, pela
versatilidade ao contraste luminoso, assim como, pela sua dimensão. Tais
caraterísticas são imprescindíveis para o desenvolvimento de sensores de
imagem destinados a serem integrados em sistemas de visão artificial específicos.
A Awaiba fornece desta maneira a indústria de inspeção (controlo industrial), a
biomédica (endoscopia), assim como a do sistema de vídeo de alta velocidade e
do automóvel (câmaras a bordo).
Nome do Projeto: Abertura de um Ginásio - MADFDR-01-0112-FEDER-000070
Nome do Beneficiário: Dan Cristian Berim (Happiness Rhythm - Lda.)
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 249.551,50€
Custo Total Elegível: 249.551,50€
Comparticipação FEDER127.271,27€
Data de Início: 21-06-2011
Data de Conclusão: 31-03-2012
Descrição do Projeto: Nos dias de hoje, cada vez mais, a atividade física tem
mostrado os seus benefícios. O ser saudável é abraçar um modo de vida, na luta
contra as doenças e na prevenção delas. As doenças como o stress, a fadiga, a
obesidade, a depressão, … podem ser amenizadas ou reduzidas com o exercício
físico. Pensámos ainda abarcar dois sectores de pessoas pouco explorados ou
esquecidos, nomeadamente os deficientes motores e os atletas de alta performance
ou olímpicos. Foi constatado que nenhum estabelecimento deste ramo acolhe de
forma adequada estes grupos de pessoas. De referir que existe, a nível Regional,
mais de 16 mil desportistas federados em diversas modalidades, sendo um número
bastante significativo para intervir. Outra novidade é o “Polar Team2” que consiste
em 10/20 cardiofrequencimetros (bandas que medem o batimento cardíaco) e que
proporcionará a execução do treino entre os parâmetros seguros e saudáveis,
consoante o objetivo de cada pessoa.
Nome do Projeto: Centro de lavagens e Serviços - Elefante Azul - Santa Cruz MADFDR-02-0119-FEDER-000012
Nome do Beneficiário: R. L. & C. Cassianos Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Santa Cruz - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 1.150.046,04€
Custo Total Elegível: 858.103,88€
Comparticipação FEDER: 386.146,75€
Data de Início: 04-08-2010
Data de Conclusão: 01-03-2012
Descrição do Projeto: O projeto de investimento visa desenvolver áreas de
negócio distintas mas complementares, nomeadamente o “Centro de Lavagens
Elefante Azul” e a “Oficina de veículos automóveis”.
75
Nome do Projeto: Criação de uma plataforma web de produção audiovisual MADFDR-01-0112-FEDER-000074
Nome do Beneficiário: Marítimo da Madeira TV Unipessoal, Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 296.808,55€
Custo Total Elegível: 236.808,55€
Despesa Pública: 142.085,13€
Comparticipação FEDER: 120.772,36€
Comp. OU: 21.312,77€
Data de Início: 22-07-2011
Data de Conclusão: 17-07-2012
Descrição do Projeto: A Marítimo TV é uma estação de televisão baseada numa
plataforma Web, assumindo-se numa primeira fase como uma Web TV e numa
segunda fase como um canal de produção audiovisual para multiplataformas de
televisão, produzindo e distribuindo conteúdos audiovisuais desportivos, sociais,
educacionais e de lazer ligados à marca Marítimo e igualmente à marca Madeira.
A Marítimo TV terá numa primeira fase uma produção diária original de 4 horas,
assumindo o objetivo de até 31 de dezembro de 2012 ter 8 horas diárias de
produção audiovisual, incluindo programas realizados e transmitidos em direto.
A Marítimo TV é uma estação de televisão privada com intuitos comerciais,
com uma filosofia própria de produção audiovisual, tendo como públicos-alvo
principais os sócios do Clube Sport Marítimo na Madeira e os seus adeptos e
simpatizantes radicados na diáspora madeirense.
Programa Intervir+
Projetos Privados
Nome do Projeto: Produção e confeção de pratos pré-cozinhados - MADFDR-020114-FEDER-000009
Nome do Beneficiário: MILHO FRITO, LDA
Região de Intervenção do Projeto: Câmara de Lobos - Região Autónoma da
Madeira
Custo Total do Projeto: 147.902,00€
Custo Total Elegível: 114.698,00€
Despesa Pública: 63.083,90€
Comparticipação FEDER: 63.083,90€
Data de Início: 24-11-2011
Data de Conclusão: 31-12-2011
76
Descrição do Projeto: A entidade beneficiária tem como objetivo responder a uma
necessidade do consumidor em geral, nomeadamente através da comercialização
de milho pré-cozinhado, visto ser um produto de grande consumo na Região para
o qual não existe resposta; alterar os hábitos de consumo, os quais são atualmente
“semanais” para hábitos de consumo regula; atingir novos nichos de mercado,
sobretudo na população mais jovem assim como nos mais idosos; permitir aos
Hotéis e aos Restaurantes poupanças de mão-de-obra e a possibilidade de
colocação nos menus sem condicionalismos; e, tornar a médio prazo, um produto
de consumo à escala nacional e europeia ganhando parte da quota atual do
mercado das batatas pré-cozinhadas.
Nome do Projeto: Remodelação e investimento em eficiência energética MADFDR-02-0120-FEDER-000032
Nome do Beneficiário: Nóbrega & Hipólito, S.A. (Hotel Oásis)
Região de Intervenção do Projeto: Santa Cruz - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 7.786.129,14€
Custo Total Elegível: 7.786.129,14€
Comparticipação FEDER: 1.250.000,00€
Data de Início: 15-03-2011
Data de Conclusão: 31-12-2011
Descrição do Projeto: O projeto tem por objetivo a modernização da unidade
hoteleira no que toca a: alojamento, restaurantes e bares, assim como dos espaços
comuns e de lazer. Visa a introdução de boas práticas ambientais e a realização
da certificação energética e prevê a adesão ao sistema German Eco Hotel. Sendo
também o objetivo do hotel a criação de um novo serviço qualificado, o SPA.
Nome do Projeto: Criação e desenvolvimento de novos serviços integrados MADFDR-02-0113-FEDER-000024
Nome do Beneficiário: Pilar Empresarial, Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 210.777,94€
Custo Total Elegível: 180.242,12€
Comparticipação FEDER: 61.282,32€
Comp. OU: 10.814,53€
Data de Início: 01-04-2009
Data de Conclusão: 13-02-2012
Descrição do Projeto: Ao abrigo do presente projeto, a empresa pretende
desenvolver atividades no tecido empresarial regional, através da implementação
de duas áreas de negócio distintas, nomeadamente: o Arquivo Documental, onde
a empresa irá dispor de um espaço a ser requalificado, com mais de 200m2,
onde os clientes pagarão uma taxa de utilização por cada espaço ocupado, de
acordo com vários níveis de qualidade e acessibilidade; e a Loja do Empresário
que tem por objetivo a prestação de multiserviços às empresas, oferecendo
aos seus clientes um conjunto de serviços integrados por forma a que o cliente
possa tratar de todos os seus assuntos e resolver todos os seus problemas num
único espaço, ganhando assim tempo e evitando deslocações a diversos locais
para tratar dos assuntos.
Nome do Projeto: Requalificação de uma unidade hoteleira - MADFDR-02-0120FEDER-000031
Nome do Beneficiário: Quinta do Furão Sociedade de Animação Turística e
Agrícola de Santana, SA
Região de Intervenção do Projeto: Santana - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 863.559,42€
Custo Total Elegível: 863.559,42€
Comparticipação FEDER: 388.601,74€
Data de Início: 14-01-2011
Data de Conclusão: 31-12-2012
Descrição do Projeto: O Hotel Quinta do Furão tem um total de 45 quartos,
sendo 39 duplos, 4 Júnior Suites e 2 Villas, todos eles com vista sobre as serras.
O restaurante, o Pub e a adega estão abertos ao público com capacidade máxima
de 240 pessoas oferecendo uma cozinha de gastronomia típica madeirense e
cozinha internacional. O Hotel dispõe também de uma Piscina interior/exterior
aquecida, Ginásio, Sala de Jogos, Biblioteca, Receção (serviço 24h), elevador,
dois Bares, Loja de Artesanato e uma Adega onde é possível provar e comprar
os vários tipos de Vinho Madeira complementada com dois lagares tradicionais.
A candidatura apresenta investimentos na área da eficiência energética, para
o aproveitamento de energias renováveis. Inclui também um investimento
destinado à Certificação Energética e à Qualidade do Ar Interior, o que assegura
o cumprimento dos requisitos legais aplicáveis.
77
Programa Intervir+
Projetos Privados
Nome do Projeto: Aumento da competitividade da empresa através do apoio dos
sobrecustos - MADFDR-05-0121-FEDER-000257
Nome do Beneficiário: Saul Paiva Herdeiros
Região de Intervenção do Projeto: Porto Moniz - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 291.495,86€
Custo Total Elegível: 291.495,86€
Comparticipação FEDER: 30.607,07€
Comp. OU: 13.117,31€
Data de Início: 31-07-2009
Data de Conclusão: 15-07-2010
Nome do Projeto: Restaurante - Churrascaria - MADFDR-02-0113-FEDER-000097
Nome do Beneficiário: Fátima Nobrega, Unipessoal Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Machico (Ribeira Machico) - Região
Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto:151.380,67€
Custo Total Elegível: 151.380,67€
Comparticipação FEDER61.119,95€
Comp. OU: 10.785,87€
Data de Início: 01-01-2011
Data de Conclusão: 31-12-2012
Descrição do Projeto: Este incentivo representa para este empresário uma ajuda
face aos encargos que a empresa suporta com os custos salariais e respetivos
encargos sociais.
Descrição do Projeto: O objetivo da criação desta empresa é o desenvolvimento
deste projeto de investimento, criar um Restaurante típico de excelência, com
toda a qualidade gastronómica e de serviço, que passe a ser considerado uma
referência regional e com vocação para o turista.
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79
Nome do Projeto: Aquisição de novas embarcações e equipamentos com
tecnologias de ponta - MADFDR-02-0120-FEDER-000038
Nome do Beneficiário: Rhea-Dive - Atividades Marítimo Turísticas, Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Porto Santo - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 381.737,19€
Custo Total Elegível: 381.737,19€
Comparticipação FEDER: 146.014,48€
Comp. OU: 25.767,26€
Data de Início: 31-05-2011
Data de Conclusão: 31-12-2011
Descrição do Projeto: A entidade beneficiária Rhea Dive propôs-se a concretizar
dois objetivos: um no âmbito mais imediato e que segue no natural crescimento da
atividade e outro, a médio prazo, que visa complementar toda a oferta relacionada
com a sua atividade principal que é o mergulho. No que se refere ao aumento
da capacidade produtiva e à concretização do objetivo mais imediato, a Rhea
Dive elegeu um fabricante de embarcações que, pela sua qualidade, assegura a
entrega de dois modelos (um de 8metros e um segundo com 10metros) que vêm
ao encontro das necessidades e objetivos da empresa.
Nome do Beneficiário: Ribeiro Frio Exploração de Restaurantes e
Estabelecimentos de Bebidas, Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Ribeiro Frio - Santana - Região Autónoma
da Madeira
Custo Total do Projeto: 156.346,92€
Custo Total Elegível: 156.346,92€
Comparticipação FEDER: 74.264,79€
Data de Início: 18-10-2011
Data de Conclusão: 15-11-2012
Descrição do Projeto: O Restaurante “Ribeiro Frio” apresentava-se com graves
problemas de conservação, uma vez que se situa numa zona bastante húmida
e o facto da sua construção ser em madeira, com o passar dos anos, foi-se
deteriorando. Apresenta também um outro problema que é o da funcionalidade
e capacidade, dado o elevado número de clientes que procura as suas
famosas iguarias. Deste modo, a sala principal, a cozinha e as instalações
sanitárias apresentavam-se demasiado exíguas para poderem oferecer uma
resposta eficiente à grande afluência de visitantes. Assim, além do problema da
funcionalidade da cozinha, o restaurante apresentava falta de uma instalação
sanitária no piso térreo. Todos estes aspetos foram influenciados negativamente
pela intempérie de 2010.
O projeto de investimento visa colmatar todas estas dificuldades, através da
realização de obras de adaptação a de aquisição de equipamentos.
Programa Intervir+
Projetos Privados
80
Nome do Projeto: Abertura de uma loja de conveniência / MADFDR-02-0113FEDER000034
Nome do Beneficiário: Padaria e Pastelaria Solar dos Álamos Sociedade
Unipessoal, Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 107.135,59€
Custo Total Elegível: 107.135,59€
Comparticipação FEDER: 48.211,02€
Data de Início: 28-01-2010
Data de Conclusão: 30-09-2010
Nome do Projeto: Criação Unidade empresarial para a Monitorização, limpeza e proteção das zonas marinhas
costeiras - MADFDR-01-0112-FEDER-000057
Nome do Beneficiário: Waterfriends Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Santa Cruz - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 249.135,10€
Custo Total Elegível: 249.135,10€
Despesa Pública: 149.481,06€
Comparticipação FEDER: 149.481,06€
Data de Início: 12-09-2011
Data de Conclusão: 30-06-2012
Descrição do Projeto: A firma “Padaria e Pastelaria Solar dos Álamos - Sociedade
Unipessoal, Lda.” foi constituída em 8 de Abril de 2002. A filosofia subjacente à
constituição desta empresa foi a da prestação de um serviço de qualidade superior
na área da panificação e pastelaria.
Com o objetivo de diversificar a sua área de atuação e aumentar a faturação, a
empresa pretendeu abrir um novo estabelecimento dedicado à comercialização de
produtos de conveniência. Esta segunda loja, arrendada no espaço contíguo, com
a denominação de “Loja de Conveniência”, contará com dois colaboradores. O
projeto visa dotar a empresa com as adequadas condições técnicas e comerciais
que lhe permitam desenvolver de uma forma correta e apropriada à sua atividade.
Descrição do Projeto: O projeto WATERFRIENDS pretende criar uma unidade empresarial especializada na
monitorização, limpeza e proteção das zonas marinhas costeiras, para beneficiar os ecossistemas aquáticos e promover
uma utilização sustentável da água. Este objetivo afeta positivamente vários sub-sectores económicos ligados ao
cluster do Mar, desde o mergulho desportivo à pesca, passando pelas atividades de Investigação e Desenvolvimento
relacionadas com o mar, bem como à própria monitorização de marés, ondas e movimentos geológicos submarinos
que influenciam o meio ambiente da Madeira. A empresa terá, ainda, uma atividade complementar mais vocacionada
para o apoio ao turismo náutico e à criação de produtos relacionados com iniciativas paralelas ligadas a este sector.
Nome do Projeto: Instalação de meios informáticos, logísticos e funcionais - MADFDR-02-0113-FEDER-000041
Custo Total do Projeto: 36.478,81€
Custo Total Elegível: 36.478,81€
Comparticipação FEDER: 8.207,73€
Comp. OU: 8.207,73€
Data de Início: 01-02-2010
Data de Conclusão: 31-12-2010
Descrição do Projeto: O investimento tem como objetivo obras para a modernização do espaço, aquisição de
equipamentos informáticos e de mobiliário de escritório.
81
Programa Rumos
Eixo I - Educação e Formação
82
Nome do Projeto: Outras formações / 001547/2011/125
Entidade Beneficiária: A.D.C.F. - Associação de Desenvolvimento Comunitário do
Funchal
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 77.885,86€
Comparticipação FSE: 62.308,69€
Data de Início: 03-10-2011
Data de Conclusão: 19-10-2012
Descrição do Projeto: Esta candidatura destina-se a adultos e idosos carenciados
que frequentam os seis centros comunitários geridos pela Associação de
Desenvolvimento Comunitário do Funchal. O presente projeto prevê a realização
de um conjunto de ações de formação na área da informática, fotografia, pintura
e arranjos florais. Pretende-se promover a inclusão social, dotando os utentes de
competências e ferramentas básicas nas áreas acima referidas. Apresentamos
ações inovadoras e de grande relevância para o nosso público-alvo, quer ao nível
do primeiro contacto com a informática, quer para estimular a criatividade artística
através da fotografia e pintura. Atendendo à importância da formação ao longo
da vida, não com o objetivo de inserção no mercado de trabalho, mas visto como
fonte de realização pessoal e social, foi considerado que este tipo de formações
não só são fundamentais para a população já reformada, como também para os
adultos ainda aptos para a inserção no mercado de trabalho. Isto porque, dotalos de maiores conhecimentos, conferindo consequentemente mais aptidões para
que a inserção no mercado de trabalho seja uma realidade mais próxima. De
uma forma geral, a realização destas formações, será uma mais-valia ao nível da
otimização de competências/conhecimentos dos utentes.
Nome do Projeto: Ações de Formação-Consultoria - 001645/2012/123
Entidade Beneficiária: Associação Casa do Voluntário
Região de Intervenção do ProjetoFunchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 151.642,00€
Comparticipação FSE: 151.642,00€
Data de Início: 02-04-2012
Data de Conclusão: 31-05-2013
Descrição do Projeto: A economia social encontra-se em decréscimo a nível
mundial, agravada pela grave crise que atravessamos, originando um forte
aumento das necessidades sociais. Neste contexto de urgência social, a procura
dos serviços junto destas entidades têm crescido exponencialmente o que
compromete a qualidade dos serviços que prestam, assim como, tende a reduzir
a sua eficiência. Em síntese, as organizações de economia social enfrentam um
desafio muito exigente: responder a novas necessidades, otimizar os seus recursos
e fontes de financiamento e adaptar a sua dimensão. É neste enquadramento
que se justifica promover um projeto de formação-consultoria com o objetivo de
melhorar a qualidade dos serviços prestados pelas organizações da economia
social da RAM, cujo universo ultrapassa já as 60 unidades.
Nome do Projeto: Outras formações / 001547/2011/125
Entidade Beneficiária: A.D.C.F. - Associação de Desenvolvimento Comunitário do Funchal
Região de Intervenção do ProjetoFunchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 77.885,86€
Comparticipação FSE: 62.308,69€
Data de Início: 03-10-2011
Data de Conclusão: 19-10-2012
Descrição do Projeto: Esta candidatura destina-se a adultos e idosos carenciados que frequentam os seis centros
comunitários geridos pela Associação de Desenvolvimento Comunitário do Funchal. O presente projeto prevê a
realização de um conjunto de ações de formação na área da informática, fotografia, pintura e arranjos florais. Pretendese promover a inclusão social, dotando os utentes de competências e ferramentas básicas nas áreas acima referidas.
Apresentamos ações inovadoras e de grande relevância para o nosso público-alvo, quer ao nível do primeiro contacto
com a informática, quer para estimular a criatividade artística através da fotografia e pintura. Atendendo à importância
da formação ao longo da vida, não com o objetivo de inserção no mercado de trabalho, mas visto como fonte de
realização pessoal e social, foi considerado que este tipo de formações não só são fundamentais para a população já
reformada, como também para os adultos ainda aptos para a inserção no mercado de trabalho. Isto porque, dota-los
de maiores conhecimentos, conferindo consequentemente mais aptidões para que a inserção no mercado de trabalho
seja uma realidade mais próxima. De uma forma geral, a realização destas formações, será uma mais-valia ao nível da
otimização de competências/conhecimentos dos utentes.
83
Programa Rumos
Eixo I - Educação e Formação
Nome do Projeto: Formação Modular - 001530/2011/125
Entidade Beneficiária: CELFF Centro de Estudos, Línguas e Formação do Funchal, S.A.
Região de Intervenção do Projeto Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 406.097,48€
Comparticipação FSE: 324.877,98€
Data de Início: 16-05-2011
Data de Conclusão: 11-04-2012
Descrição do Projeto: À semelhança do ano anterior e com o objetivo de melhorar as competências
de empregabilidade dos desempregados inscritos no Centro de Emprego, o CELFF, em parceira com o
Instituto de Emprego da Madeira (IEM, IP-RAM), pretende desenvolver diversas formações modulares. Estas
ações destinam-se aos adultos desempregados com idade igual ou superior a 18 anos, sem a conclusão
do ensino básico ou secundário e a qualificação adequada para efeitos de inserção ou progressão no
mercado de trabalho. De forma a fazer face às necessidades existentes, o IEM destacou vários concelhos
da RAM e identificou como prioritária diversas áreas de formação modular.
84
Nome do Projeto: Cursos de Educação e Formação - 001582/2011/113
Entidade Beneficiária: Escola Básica e Secundária de Gonçalves Zarco
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 79.461,22€
Comparticipação FSE: 63.568,98€
Data de Início: 19-09-2011
Data de Conclusão: 25-07-2012
Descrição do Projeto: A Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco localizase na zona turística por excelência do Funchal. É normal que grande parte dos
agregados familiares da comunidade educativa tenha um ou mais elementos a
trabalhar na indústria hoteleira, restauração e construção. Por isso, muitos dos
nossos alunos revêem-se como profissionais daquelas áreas.
Nestes casos específicos, e tendo por base o inquérito à comunidade Educativa
e o estudo prospetivo da economia da RAM, foi decido apostar nestas áreas
no desenvolvimento de cursos de formação, de grande procura por parte dos
discentes.
Nome do Projeto: Cursos de Especialização Tecnológica - 001592/2011/114
Entidade Beneficiária: Universidade da madeira
Região de Intervenção do ProjetoRegião Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 482.175,34€
Comparticipação FSE: 385.740,27€
Data de Início: 27-02-2012
Data de Conclusão: 31-12-2013
Descrição do Projeto: Identificada a necessidade de combater o abandono
escolar, surgiu a necessidade de dar novas oportunidades aos adultos,
promovendo a sua recuperação escolar e requalificação profissional. Neste
sentido a proposta dos Cursos de Especialização Tecnológica (CETs), constituise num projeto que procura ir ao encontro da satisfação de necessidades desde
há muito reconhecidas pela UMa e sentidas ao nível do mercado de trabalho.
O CETUMa, no essencial, visa em simultâneo o incremento da qualificação
profissional e a criação de vias supletivas de acesso à formação técnica
especializada de nível superior.
85
Programa Rumos
Eixo II – Emprego e Coesão Social
Nome do Projeto: Programa de Apoio a Desempregados Empreendedores - 1445/2011/224
Nome do Beneficiário: Alina Freitas - Podologista, Unipessoal, Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 356.184,00€
Comparticipação FSE: 284.947,20€
Data de Início: 06-09-2011
Data de Conclusão: 05-09-2015
86
Descrição do Projeto: Este projeto visa combater o desemprego através do estímulo à criação do próprio
emprego por parte de pessoas desempregadas que, possuindo espírito empreendedor, se mostrem
disponíveis e motivados para enveredar pela criação de uma pequena iniciativa empresarial que lhes
proporcione uma solução de emprego e, eventualmente, a criação de mais alguns postos de trabalho.
A atividade a desenvolver consiste na prestação de serviços de podologia, podendo tratar diversas áreas
de intervenção desta ciência, como sejam: podologia pediátrica, podo geriatria (pé do idoso), pé de risco
(pé diabético), podologia desportiva, podologia laboral.
Esta candidatura permitiu a criação de 2 postos de trabalho, sendo 1 posto ocupado pela promotora do
projeto.
Nome do Projeto: Programa de Apoio a Desempregados Empreendedores 1052/2010/224
Entidade Beneficiária: Ana Gomes Garcia Capelo
Região de Intervenção do ProjetoFunchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 566.865,00€
Comparticipação FSE: 453.492,00€
Data de Início: 18-08-2010
Data de Conclusão: 17-08-2013
Descrição do Projeto: Este projeto visa de combater o desemprego através do
estímulo à criação do próprio emprego por parte de pessoas desempregadas,
que possuindo espírito empreendedor, se mostrem disponíveis e motivados
para enveredar pela criação de uma pequena iniciativa empresarial que lhes
proporcione uma solução de emprego e, eventualmente, a criação de mais
alguns postos de trabalho.
A atividade consiste na prestação de serviços de estética, como sejam: tratamentos
faciais (limpezas de pele, tratamento de rugas, acne, etc.), tratamentos corporais
(ex: massagens, envolvimentos corporais, drenagem linfática, vaso terapia),
depilação (em todo o corpo), manicure e pedicure (tratamento de calosidades).
Permitiu a criação do posto de trabalho da promotora.
Nome do Projeto: Programa de Apoio a Desempregados Empreendedores 1445/2011/224
Nome do Beneficiário: Mara José Alves Correia
Região de Intervenção do Projeto: Santa Cruz - Região Autónoma da Madeira
A atividade consiste num gabinete de estética.
Custo Total de Projeto: 349.637,76€
Comparticipação FSE: 279.710,21€
Data de Início: 17-01-2011
Data de Conclusão: 16-01-2014
Descrição do Projeto: Este projeto visa de combater o desemprego através do
estímulo à criação do próprio emprego por parte de pessoas desempregadas,
que possuindo espírito empreendedor, se mostrem disponíveis e motivados
para enveredar pela criação de uma pequena iniciativa empresarial que lhes
proporcione uma solução de emprego e, eventualmente, a criação de mais
alguns postos de trabalho.
Além de ter sido criado o posto de trabalho da promotora, foi criado mais 1 posto
de trabalho.
87
Programa Intervir+
Eixo II – Emprego e Coesão Social
88
Nome do Projeto: Programa de Apoio a Desempregados Empreendedores 1445/2011/224
Nome do Beneficiário: Belkis Maria Barros Freitas
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 356.184,00€
Comparticipação FSE: 284.947,20€
Data de Início: 14-09-2011
Data de Conclusão: 13-09-2015
Nome do Projeto: Programa de Apoio a Desempregados Empreendedores 606/2009/224
Nome do Beneficiário: Clip de Aguarela – Unipessoal, Lda
Região de Intervenção do Projeto: Santa Cruz - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 432.912,00€
Comparticipação FSE: 346.329,60€
Data de Início: 21-10-2009
Data de Conclusão: 20-10-2013
Descrição do Projeto: Este projeto visa combater o desemprego através do
estímulo à criação do próprio emprego por parte de pessoas desempregadas
que, possuindo espírito empreendedor, se mostrem disponíveis e motivados
para enveredar pela criação de uma pequena iniciativa empresarial que lhes
proporcione uma solução de emprego e, eventualmente, a criação de mais alguns
postos de trabalho.
A atividade a desenvolver consiste na abertura de um salão de cabeleireiro,
localizado no Concelho do Funchal, e contempla a criação de 2 postos de trabalho,
sendo um deles ocupado pela promotora.
Descrição do Projeto: Este projeto visa de combater o desemprego através do
estímulo à criação do próprio emprego por parte de pessoas desempregadas,
que possuindo espírito empreendedor, se mostrem disponíveis e motivados
para enveredar pela criação de uma pequena iniciativa empresarial que lhes
proporcione uma solução de emprego e, eventualmente, a criação de mais
alguns postos de trabalho.
A atividade consiste na comercialização de material escolar, material de
escritório, jogos didáticos e material para criações artísticas. Acresce ainda o
serviço de fotocópias a cores e a preto e branco, bem como a encadernação,
plastificação, digitalização e impressão e possibilitou a criação do posto de
trabalho da promotora.
Nome do Projeto: Programa de Apoio a Desempregados Empreendedores 1713/2011/224
Entidade Beneficiária: Cantinho com Charme, Unipessoal, Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 238.643,28€
Comparticipação FSE: 190.914,62€
Data de Início: 01-07-2011
Data de Conclusão: 30-06-2014
Nome do Projeto: Programa de Apoio a Desempregados Empreendedores 1052/2010/224 e 1445/2011/224
Nome do Beneficiário: Coordproject – Coordenação e Projetos, Lda.
Região de Intervenção do ProjetoFunchal - Região Autónoma da Madeira.
Custo Total do Projeto: 356.184,00€
Comparticipação FSE: 284.947,20€
Data de Início: 01-04-2011
Data de Conclusão: 31-03-2015
Descrição do Projeto: Este projeto visa de combater o desemprego através do
estímulo à criação do próprio emprego por parte de pessoas desempregadas,
que possuindo espírito empreendedor, se mostrem disponíveis e motivados
para enveredar pela criação de uma pequena iniciativa empresarial que lhes
proporcione uma solução de emprego e, eventualmente, a criação de mais alguns
postos de trabalho.
A atividade consiste na produção e venda de panificação. O espaço localiza-se no
Concelho do Funchal, e contempla a criação do posto de trabalho do promotor e
a contratação mais dois desempregados.
Descrição do Projeto: Este projeto visa de combater o desemprego através do
estímulo à criação do próprio emprego por parte de pessoas desempregadas
que, possuindo espírito empreendedor, se mostrem disponíveis e motivados
para enveredar pela criação de uma pequena iniciativa empresarial que lhes
proporcione uma solução de emprego e, eventualmente, a criação de mais
alguns postos de trabalho.
O beneficiário desenvolve a atividade na área de serviços de engenheira e
técnicas afins, nomeadamente na coordenação de obra na área de higiene e
segurança no trabalho e pareceres para a certificação energética de edifícios
sendo que, posteriormente, pretende alargar a sua atividade à certificação de
qualidade.
A abertura desta entidade permitiu a criação de 3 postos de trabalho, sendo 1
dos postos ocupados pelo promotor do projeto
89
Programa Intervir+
Eixo II – Emprego e Coesão Social
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Nome do Projeto: Programa de Apoio a Desempregados Empreendedores 1713/2011/224
Nome do Beneficiário: Lampião da Sorte, Restauração, Lda.
Região de Intervenção do ProjetoFunchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 238.643,28€
Comparticipação FSE: 190.914,62€
Data de Início: 25-10-2011
Data de Conclusão: 24-10-2014
Nome do Projeto: Apoios à Contratação - 1439/2011/221
Entidade Beneficiária: Nobrepólis - Sociedade de Mediação Imobiliária, Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Funchal - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 861.841,40€
Comparticipação FSE: 689.473,12€
Data de Início: 16-08-2010
Data de Conclusão: 15-08-2014
Descrição do Projeto: Este projeto visa de combater o desemprego através do
estímulo à criação do próprio emprego por parte de pessoas desempregadas,
que possuindo espírito empreendedor, se mostrem disponíveis e motivados
para enveredar pela criação de uma pequena iniciativa empresarial que lhes
proporcione uma solução de emprego e, eventualmente, a criação de mais alguns
postos de trabalho.
A atividade consiste na exploração de um restaurante que confeciona comida
tradicional madeirense e venezuelana.
Descrição do Projeto: Este projeto visa incentivar os empregadores a recorrer
aos serviços de emprego quando pretendam recrutar novos trabalhadores,
disponibilizando apoios para os que optem pela contratação sem termo ou
que, tendo optado pela contratação a termo, a convertam posteriormente numa
relação laboral sem prazo.
Este projeto inicialmente beneficiou um apoio à contratação a termo certo de
1 desempregado de longa duração, sendo que findo o termo do contrato,
beneficiou do prémio à contratação sem termo por ter sido convertido aquele
contrato para esta modalidade.
Este beneficiário desenvolve a atividade na área de mediação imobiliária.
Nome do Projeto: Apoios à Contratação - 1439/2011/221
Nome do Beneficiário: Maria da Conceição Silva Pita - Cabeleireiro Maria
Região de Intervenção do ProjetoPonta do Sol - Região Autónoma da Madeira
Custo Total do Projeto: 11.143,50€
Comparticipação FSE: 8.914,80€
Data de Início: 11-10-2010
Data de Conclusão: 10-10-2013
Nome do Projeto: Iniciativas Locais de Emprego - 001445/2011/224
Entidade Beneficiária: Rochinha Solar, Unipessoal, Lda.
Região de Intervenção do Projeto: Funchal
Custo Total do Projeto: 356.184,00€
Comparticipação FSE: 284.947,20€
Data de Início: 01-04-2011
Data de Conclusão: 30-03-2014
Descrição do Projeto: Este projeto visa incentivar os empregadores a recorrer
aos serviços de emprego quando pretendam recrutar novos trabalhadores,
disponibilizando apoios para os que optem pela contratação sem termo ou que,
tendo optado pela contratação a termo, a convertam posteriormente numa relação
laboral sem prazo.
Este beneficiário desenvolve a atividade em Salões de Cabeleireiro, tendo criado
2 postos de trabalho sem termo, preenchidos por um desempregado de longa
duração e por um desemprego inscrito há mais de 3 meses.
Descrição do Projeto: Este projeto visa de combater o desemprego através do
estímulo à criação do próprio emprego por parte de pessoas desempregadas
que, possuindo espírito empreendedor, se mostrem disponíveis e motivados
para enveredar pela criação de uma pequena iniciativa empresarial que lhes
proporcione uma solução de emprego e, eventualmente, a criação de mais
alguns postos de trabalho.
O beneficiário desenvolve a atividade na área comercialização a retalho de
equipamentos de painéis solares, nomeadamente da marca Megasun. O projeto
permitiu a criação de 2 postos de trabalho, sendo 1 dos postos ocupado pelo
próprio promotor.
91
Massaroco Echium candicans
©Filipe Viveiros
Foto e informação cedida pelo Serviço do Parque Natural da Madeira
www.pnm.pt
Espaço Memórias
Nesta edição apresentamos uma nota biográfica de
Robert Schuman, conhecido como o “Arquiteto do
projeto de integração europeia”.
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Espaço Memórias
Robert
Schuman
O arquiteto do projeto de integração europeia
Robert Schuman, político, advogado de alto nível e ministro
dos Negócios Estrangeiros francês entre 1948 e 1952, é
considerado um dos promotores da unificação europeia.
Schuman nasceu a 29 de junho de 1886 no Luxemburgo,
numa região de fronteira entre a França e a Alemanha. Robert
Schuman torna-se alemão quando a região onde vive é anexada
pela Alemanha, mas quando, em 1919, após a Primeira Guerra
Mundial, a região da Alsácia-Lorena é devolvida à França,
passa a ter a nacionalidade francesa.
Antes da guerra, estuda Direito, Economia, Filosofia Política,
Teologia e Estatística nas Universidades de Bona, Munique,
Berlim e Estrasburgo, licenciando-se em Direito com a mais
alta distinção pela Universidade de Estrasburgo. Depois da
licenciatura, inicia a prática da advocacia em Metz, em 1912.
Dois anos depois, deflagra a Primeira Guerra Mundial e
Schuman é dispensado do serviço militar por razões médicas.
Quando a guerra termina, começa a ter uma vida política ativa,
iniciando a sua carreira no serviço público como deputado ao
Parlamento francês pela região de Moselle.
Quando a Segunda Guerra Mundial começa, Schuman é
ministro adjunto do Governo francês. Participa ativamente
na resistência francesa durante a guerra e é feito prisioneiro.
Escapando por pouco à deportação para o campo de
concentração de Dachau, foge para a zona «livre» de França
e passa à clandestinidade depois da sua invasão pelos
nazis. Durante três anos vive na clandestinidade, desafiando
os alemães, que ofereciam uma recompensa de 100 000
Reichsmark pela sua cabeça. Recusa o convite do líder francês
no exílio, De Gaulle, para ir para Londres, preferindo ficar com
os seus compatriotas na França ocupada pelos nazis.
Depois da guerra, regressa à política nacional, ocupando uma
série de cargos de alto nível: ministro das Finanças, primeiro
ministro, em 1947, ministro dos Negócios Estrangeiros, entre
1948 e 1952, e novamente ministro das Finanças, entre 1955
e 1956. Foi um negociador fundamental de importantes
tratados e iniciativas, como o Conselho da Europa, o Plano
Marshall e a NATO: iniciativas que procuravam reforçar a
cooperação no âmbito da aliança ocidental e unificar a Europa.
No entanto, Schuman ficou sobretudo conhecido devido à
agora denominada «Declaração Schuman», na qual propôs à
Alemanha e aos restantes países europeus que conjugassem
esforços com vista à união dos seus interesses económicos.
Schuman acreditava que a interligação desses interesses
tornaria a guerra «não só impensável como materialmente
impossível».
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95
Espaço Memórias
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Robert
Schuman
O seu discurso não foi em vão, visto que o Chanceler
alemão Konrad Adenauer reagiu rapidamente de forma
positiva, o mesmo fazendo os governos dos Países
Baixos, da Bélgica, da Itália e do Luxemburgo. Um ano
depois, a 18 de abril de 1951, os seis membros fundadores
assinam o Tratado de Paris que cria a Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço: a primeira comunidade
supranacional da Europa. Esta organização inovadora
abriu o caminho para a Comunidade Económica
Europeia e, posteriormente, para a União Europeia, que
ainda hoje é gerida por instituições europeias inovadoras
como as concebidas em 1950.
Robert Schuman continua a defender a causa europeia
e tornasse um grande defensor do reforço da integração
através da criação de uma Comunidade Europeia de
Defesa. Em 1958, é o primeiro Presidente do órgão
que antecede o atual Parlamento Europeu. Quando
deixa esse cargo, o Parlamento atribui-lhe o título de
«Fundador da Europa» e, devido à importância da sua
«Declaração de Schuman», o dia 9 de maio é designado
«Dia da Europa». Em honra do seu trabalho pioneiro em
prol da unificação da Europa, o bairro de Bruxelas onde
estão sedeadas várias instituições da União Europeia
ostenta o seu nome.
A Declaração Schuman
Em colaboração com Jean Monnet, elaborou o famoso Plano Schuman, que divulgou a 9 de
maio de 1950, hoje considerada a data de nascimento da União Europeia. Foi nesse dia, 9 de
maio de 1950, que Robert Schuman, então ministro dos Negócios Estrangeiros da França, fez
uma declaração oficial aos jornalistas convidados para apresentar um plano de paz, estabilidade
e crescimento para a Europa, cinco anos depois da saída devastadora de uma horrível guerra
que também foi mundial, com dezenas de milhões de mortos. Nesse plano, Schuman propunha
o controlo conjunto da produção do carvão e do aço, as matérias-primas mais importantes para
a produção de armamento. A ideia fundamental subjacente à proposta era a de que um país que
não controlasse a produção de carvão e de aço não estaria em condições de declarar guerra a
outro.
Schuman apresentou o seu plano ao Chanceler alemão Konrad Adenauer que, vendo nele
imediatamente uma oportunidade para pacificar a Europa, o aprovou. Pouco tempo depois, foi
a vez dos governos de Itália, Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos reagirem favoravelmente. Os
seis países assinaram o acordo constitutivo da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço em
Paris, em abril de 1951. A União nasceu, assim, de uma iniciativa de paz.
In: http://europa.eu/about-eu/eu-history/founding-fathers/index_pt.htm
O arquiteto do projeto de integração europeia
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Freira do Bugio Pterodroma deserta
©Filipe Viveiros
Foto e informação cedida pelo Serviço do Parque Natural da Madeira
www.pnm.pt
Espaço Jovens
Neste Espaço, que conta com a participação
de jovens, apresentamos:
- Uma súmula da tese apresentada na XII
Conferência Islands of the World nas Ilhas
Virgens Britânicas (29 de maio a 1 de junho
de 2012) – “O impacto económico-financeiro
do Centro Internacional de Negócios da
Madeira” – de Miguel Pinto Correia,
Mestre em Economia Internacional e Estudos
Europeus;
- Uma nota sobre o projeto de investigação,
subordinado ao tema “O Design como
ferramenta para a Sustentabilidade na
Macaronésia: O potencial dos Eco Materiais”de Paulo Rodrigues, Aluno do último ano
do Mestrado em Design de Produto da
Faculdade de Arquitetura da Universidade
Técnica de Lisboa Designer de Produto;
- O concurso “Mural Digital” e a viagem
ao Parlamento Europeu a convite do
Eurodeputado Dr. Nuno Teixeira.
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Espaço Jovens
O impacto económico-financeiro
do Centro Internacional de
Negócios da Madeira
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Miguel Pinto Correia
Mestre em Economia Internacional e Estudos Europeus no Instituto Superior de Economia
e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa
Tendo em conta a atual estagnação dos setores económicos que atuam com os pilares da
economia madeirense (turismo, construção e setor público) e as condicionantes estruturais
inerentes a um pequena economia insular, o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM),
criado na década de 80 do séc. XX, com vista a diversificação da economia da RAM, demonstrou
ser, ao longo do tempo, uma importante ferramenta para o desenvolvimento socioeconómico da
RAM. Afigurando-se, assim, como uma alternativa sustentável que permite o desenvolvimento
económico sustentado da RAM.
Os impactos económicos do CINM são do conhecimento de todos, através dos dados publicados
pela Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, concessionária do CINM e reforçados pelo
estudo da Professora Fiona Wishlade, da Universidade de Starthclyde, Glasgow, Escócia.
Sendo do conhecimento dos agentes económicos regionais o impacto económico do CINM,
nunca foi conduzido um estudo sobre a potencialidade do mesmo em termos de receita fiscal.
No período de 2005-2010 o CINM contribui para uma média de 21,9% das receitas do IVA,
demonstrando o potencial do CINM enquanto fonte de receita do Governo Regional.
Através dos dados referentes à matéria coletável, gentilmente cedidos pela Direção Regional dos
Assuntos Fiscais e com base nos seguintes pressupostos foi-me possível calcular a receita fiscal
perdida por inexistência de soberania fiscal, isto é: foi-me possível calcular o potencial de receita
fiscal caso a RAM possuísse poderes legislativos para implementar um sistema fiscal próprio, no
mínimo semelhante ao CINM, em todo o território regional.
Foram tidos em conta os seguintes pressupostos:
• Soma de todas a matérias coletáveis (CINM e RAM) em termos de IVA e IRC.
• Cálculo da proporção do IVA em relação ao IRC com vista a apurar, por estimativa, a matéria
coletável de IVA.
• As taxas de IVA consideradas foram as mesmas verificadas no período 2005-2010.
• Calculo da receita fiscal de toda a RAM em sede de IRC com uma taxa de 4% e 5%. A receita
de IVA foi calculada multiplicando a proporção IVA/IRC de cada ano pela receita fiscal de IRC
obtida a taxas de 4% e 5%.
• Foram consideradas as taxas de 4% e 5% dado que estas afiguram-se tão competitivas como
aquelas praticadas pelos principais concorrentes, à data, do CINM: Malta, Luxemburgo, Holanda,
Ilha de Jersey, Ilha de Guernsey e Ilha de Man.
Com base nos pressupostos acima mencionados obteve-se a seguinte tabela:
Tendo em conta os resultados obtidos é possível
verificar que se houvesse soberania fiscal seria possível
arrecadar, apenas em sede de IRC e IVA, o suficiente
para obter um excedente orçamental cumulativo de
cerca de 2 mil milhões de euros entre 2005-2010 (com
um IRC de 5%). Caso fosse aplicada uma taxa de IRC
de 4% obter-se-ia um défice de apenas 12 milhões de
euros entre 2005-2010, se tivesse sido aplicada uma
taxa de IRC de 4%.
Note-se que tais cálculos são extremamente
conservadores, pois não foram tidos em conta os
seguintes fatores:
• A existência de soberania fiscal com as taxas
consideradas nas hipóteses atrairia muito mais
empresas do que aquelas existentes no período
considerado, pelo que a receita fiscal seria superior à
calculada;
• Não foram tidas em conta as receitas derivadas
dos impostos especiais sobre o consumo, as receitas
do jogo ou as receitas aduaneiras para o cálculo
excedente/défice orçamental obtido às taxas de IRC de
4% e 5% no período de 2005-2010, pelo que mais uma
vez os cálculos são tidos como conservadores;
• Não foi considerada a possibilidade de uma
soberania fiscal introduzir um regime económico e
regulatório mais liberalizados e consequentemente
mais atrativo em termos de captação de empresas, e
por conseguinte maior gerador de receita fiscal. Apenas
foi considerado que o setor financeiro continuaria a
beneficiar do regime do CINM no período considerado.
Torna-se por isso evidente não só enorme potencial
de receita fiscal do CINM, mas também o enorme
potencial e vantagens e termos de geração de receita
que a existência de soberania fiscal proporcionaria
à RAM, bastando que para tal fossem concedidos
constitucionalmente poderes para o efeito e em
conformidade com a jurisprudência emitida pelo
Tribunal de Justiça da União Europeia.
Tese apresentada na XII Conferência Islands of the World nas
Ilhas Virgens Britânicas (29 de maio a 1 de junho de 2012)
Para aceder: http://www.hlscc.edu.vg/islandsxii/
102
Espaço Jovens
O Design como ferramenta para a Sustentabilidade
na Macaronésia: O potencial dos Eco Materiais *
Paulo Rodrigues
Aluno do último ano do Mestrado em Design de Produto da Faculdade de Arquitetura da
Universidade Técnica de Lisboa Designer de Produto - Colónia, Alemanha
Esta investigação, sob orientação da Professora Rita Assoreira Almendra, estabelece a relação
entre design de produtos com materiais ecológicos e o crescimento sustentável das ilhas
da Macaronésia, procurando qualificar as potencialidades desta simbiose.
A ideia desta
investigação surgiu com o objetivo de aprofundar o tema “Sustentabilidade” na atividade
projetual e do interesse como Designer de Produto por novas tecnologias de materiais que
permitam substituir os atuais Plásticos de origem Fóssil, e que possam também assim constituir
uma porta para a criação e desenvolvimento de novos produtos em contextos onde o acesso
às matérias-primas dominantes é reduzido. A incidência sobre a Macaronésia surgiu não só
por questões de proximidade, mas também por se tratar de um espaço Insular, de recursos
limitados, e constantemente exposto a problemas sociais, económicos e catástrofes ambientais
que colocam em risco o seu ecossistema. O Design tem surgido cada vez mais como uma
ferramenta importante para o desenvolvimento global. Enquanto atividade de projeto o Design
trabalha o desenvolvimento tecnológico tendo em foco o Utilizador, procurando agregar valor
a experiências e produtos. O Design de Produto é uma atividade que se alimenta da indústria
de bens “Hardware”, necessitando sempre de Matéria-prima e Maquinaria disponíveis, sendo
estas, obviamente, duas condicionantes para o território Insular. No entanto, atravessamos uma
fase de mudança com o crescente aparecimento de pequenas séries de produtos de menor
investimento tecnológico e que acima de tudo são procurados pela’ sua narrativa’. Assim o Design
vem ganhando cada vez mais importância como ferramenta de inovação dentro de Empresas
e promoção de Países, funcionando também como um serviço de potencial exportador. É com
base nesta realidade que este estudo se desenrola, e procura obter resposta para a questão
“Como pode o design contribuir para o crescimento Sustentável das economias Insulares?” A
hipótese assenta no necessário reconhecimento do Design como ferramenta de valor e também
na propagação de tecnologias verdes como os Materiais Naturais que possibilitem assim um
conhecimento mais aprofundado dos recursos existentes na Macaronésia que podem resultar
em novos produtos produzidos e consumidos localmente, ou então em conhecimento possível
de ser exportado através de serviços de Design e Desenvolvimento de produto. Esta é uma
investigação teórico-prática que passou num primeiro momento por uma fase de pesquisa,
leitura e realização de entrevistas exploratórias que irão suportar o projeto prático que envolve
a conceção de um produto exemplo, pensado ao longo do seu ciclo de vida. As possibilidades
são variadas desde equipamentos desportivos, turismo, brinquedos, produtos do dia-a-dia
etc..., devendo pensar-se qual a narrativa que melhor serve o contexto da Macaronésia e os
seus habitantes. Neste momento o estudo encontra-se suspenso pelo facto do investigador se
encontrar a frequentar um estágio na Alemanha, uma experiencia profissional importante para o
desenrolar da investigação.
Novembro.2012
*Título do projeto de investigação de Paulo Rodrigues, aluno do último ano do Mestrado em Design de Produto da
Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa. Referências para o projeto: Blog oficial: http://cleverislands.
wordpress.com/ Pagina de Facebook: https://www.facebook.com/IslaDesignNetwork
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Espaço Jovens
MURAL DIGITAL
Ano Letivo 2011/2012
Jovens vencedores do concurso convidados
a visitar o Parlamento Europeu
Núcleo de Avaliação e Comunicação do IDR, IP-RAM
Em julho de 2012 realizou-se, pelo 3º ano consecutivo, o concurso relativo ao projeto MURAL
DIGITAL onde foram selecionadas as três melhores mensagens dos jovens que participaram
nesta ação.
A seleção teve por base os seguintes critérios de apreciação:
- Adequada relação com os Programas Operacionais e a sua execução com o conteúdo da
mensagem;
- Grau de complexidade do texto escrito, tendo em conta o grau de escolaridade do(s) autor(es)
da mensagem;
- Originalidade do conteúdo;
- Criatividade.
a votação do júri, composto por:
- Presidente do Instituto de Desenvolvimento Regional, Autoridade de Gestão dos Programas
Operacionais da RAM, Intervir+ e Rumos;
- Diretora Regional da Direção Regional de Qualificação Profissional, Organismo Intermédio do
Programa Rumos/Eixo I “Formação e Educação”;
- Presidente do Instituto de Desenvolvimento Empresarial, Organismo Intermédio do Programa
Intervir+ / Sistema de Incentivos às PME´s;
insidiou nas três mensagens seguintes:
Mensagem do 9º Ano de Escolaridade:
Titulo: Programa Rumos
Mensagem: “O programa Rumos veio melhorar a nossa vida
ao nível pessoal e profissional, proporcionando diferentes
oportunidades aos jovens e a muitos madeirenses que
desejavam uma 2ª oportunidade para alcançarem algum
êxito. No fundo, este programa é a oportunidade de
realizarmos os nossos sonhos e de sermos alguém...
Daqui, seguramente sairemos com novos rumos...”
Autor: Fátima Jéssica Freitas Pereira
Ano: 9º Ano de Escolaridade – Turma B-nº 6
Estabelecimento de Ensino: Escola Básica 2º e 3º Ciclos
Cónego João J. G. Andrade (Campanário)
Atualmente frequenta o 10º ano na Escola Secundária
Jaime Moniz
Mensagem do Ensino Secundário (10º ano):
Titulo: Não esquecer …
Mensagem: “Trabalha pelo teu Futuro...Agarra a tua
formação...Segue o teu rumo e aprende a ser inovador.”
Autor: Andreia Filipa Santos Silva
Ano: 10º Ano – Turma 1 /nº 2
Estabelecimento de Ensino: Escola Básica e Secundária
Professor Dr. Francisco de Freitas Branco, Porto Santo
Mensagem do Ensino Técnico-Profissional:
Titulo: Programa Rumos
Mensagem: “O programa Rumos é uma mais-valia, nos
dias que correm, sobretudo com a crise, é uma excelente
oportunidade de completar os estudos e especializar-se
numa área específica, no meu caso, Técnico de Receção
e Orçamentação de Oficina.”
Autor: José Alexandre Câmara Freire
Ano/Turma: T.R.O.O /5
Estabelecimento de Ensino: Direção Regional de
Qualificação Profissional
A visita ao Parlamento Europeu realizou-se
de 26 a 28 de novembro de 2012, a convite
do Eurodeputado Dr. Nuno Teixeira, que
desde o início apoiou esta iniciativa. Os
jovens, a Fátima Jéssica e o José Alexandre,
à exceção da Andreia Filipa que por razões
de ordem pessoal não pode participar na
visita, foram acompanhados pelas Docentes
que dinamizaram o projeto na sala de aula, a
Professora Vera Martins e a Drª Susana Ramos.
Os depoimentos dos jovens são elucidativos
da excelente experiência que foi visitar o
Parlamento Europeu e Bruxelas. Ficam aqui os
testemunhos:
«A viagem foi perfeita! Foi pena terem
sido apenas três dias! Diverti-me imenso e
conheci pessoas novas! Foi uma experiência
maravilhosa, que eu adoraria repetir! A
companhia, o Parlamento Europeu, o hotel
e a cidade, também foram excecionais, e os
chocolates e os waffles deliciosos! Gostei
imenso de conhecer o sr. deputado Dr. Nuno
Teixeira, ele é muito simpático e é extremamente
divertido!
Foram três dias inesquecíveis! OBRIGADA
POR TUDO!»
Fátima Jéssica Freitas Pereira
«A nossa viagem correu muito bem. Gostei
muito, foi pena ter sido poucos dias, pois,
havia muito para ver e o tempo foi escasso.
Fomos muito bem recebidos no Parlamento
Europeu pelo Sr. Deputado Dr. Nuno Teixeira, o
qual é uma pessoa muito simpática, acessível
e agradável.
Também gostei bastante da colega de viagem
(Fátima Jéssica) e das senhoras professoras
Susana Ramos e Vera Martins.
Foi uma experiência boa, falando por mim que
nunca tinha visitado Bruxelas.
Na minha opinião este tipo de concurso/
programa (Mural Digital) deve-se repetir de
modo a dar oportunidade a outros alunos.
Só tenho a agradecer pela oportunidade que
me foi dada.»
José Alexandre Câmara Freire
Organização:
Instituto de Desenvolvimento Regional
(Núcleo de Comunicação e Imagem)
Apoio:
Eurodeputado Dr. Nuno Teixeira
Participantes:
Direção Regional de Qualificação Profissional
Instituto de Desenvolvimento Empresarial
Estabelecimentos de Ensino que participaram no projeto
no ano letivo 2011-2012
Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco
Escola Básica 2º e 3º Ciclos da Torre
Escola Básica 2º e 3º Ciclos do Caniçal
Escola Básica e Secundária do Porto Moniz
Escola Básica e Secundária Professor Dr. Francisco de
Freitas Branco, Porto Santo
Escola Básica 23 Cónego João Jacinto Gonçalves Andrade
(Campanário)
Escola Básica e Secundária Bispo D. Manuel F. Cabral
(Santana)
Escola Básica 2º e 3º Ciclos do Caniço
Escola Profissional Atlântico
Direção Regional de Qualificação Profissional
[Direções
Executivas
e
corpos
docentes
dos
estabelecimentos de ensino e de formação profissional]
Mural Digital: http://muraldigital.gov-madeira.pt/ Os melhores RUMOS para os Cidadãos da Região
Novembro.2012
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Último Espaço
Nesta Edição apresentamos-lhe uma breve
nota sobre “2013 - Ano Europeu dos Cidadãos”
e um registo dos momentos mais marcantes
das ações organizadas pelo Instituto de
Desenvolvimento Regional , IP-RAM durante
o ano de 2012, bem como as organizadas
por outras entidades em que o Instituto foi
convidado a participar.
Múchia dourada Musschia aurea
©Filipe Viveiros
Foto e informação cedida pelo Serviço do Parque Natural da Madeira
www.pnm.pt
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Último Espaço
2013
Ano Europeu dos Cidadãos
Núcleo de Avaliação e Comunicação do IDR, IP-RAM
A cidadania da União e os direitos que lhe são inerentes constituem um
dos principais pilares da União Europeia. Com a celebração do vigésimo
aniversário da introdução da cidadania da União pelo Tratado de Maastricht,
a 1 de novembro de 1993, a Comissão Europeia propôs que 2013 fosse
designado «Ano Europeu dos Cidadãos». O objetivo do Ano Europeu dos
Cidadãos consiste em facilitar aos cidadãos da União o exercício do seu
direito de circular e residir livremente no território da UE, assegurando um
fácil acesso às informações sobre os seus direitos.
A Comissão Europeia designou 2013 como o Ano Europeu dos Cidadãos
com o objetivo de facilitar aos cidadãos da União o exercício do seu direito
de circular e residir livremente no território da UE, assegurando um fácil
acesso às informações sobre os seus direitos.
A liberdade de circulação é o direito mais precioso inerente à cidadania da
UE. Com efeito, são cada vez mais os europeus que beneficiam deste direito
e vivem noutro Estado-Membro da UE: em 2009, estimava-se que 11,9
milhões de cidadãos residia num Estado Membro que não o seu; em 2010,
este número aumentou para 12,3 milhões. Graças à cidadania da UE – que
não substitui mas complementa a cidadania nacional – os cidadãos da UE
têm acesso a um leque alargado de direitos em todos os Estados-Membros
da União, incluindo o direito, enquanto consumidores, ao acesso a bens
e serviços noutros Estados-Membros e, enquanto cidadãos, à educação,
à obtenção do reconhecimento das suas qualificações profissionais, aos
cuidados de saúde, a adquirir ou manter os direitos de segurança social
ou a votar e a candidatar-se nas eleições para o Parlamento Europeu e nas
eleições autárquicas no Estado-Membro de residência.
Não obstante, e embora mais de um terço (35 %) dos trabalhadores
considerem a hipótese de ir trabalhar para outro Estado-Membro, quase
1 em cada 5 continua a pensar que existem demasiados obstáculos. Em
conjunto com as dificuldades da língua, uma falta de informação crónica é
o mais importante obstáculo às deslocações transfronteiras para trabalhar.
Um inquérito de 2010 revelou que ainda são muitas as pessoas que não
se sentem adequadamente informadas sobre os diferentes direitos de
que podem beneficiar: apenas 43 % conhecem o significado do conceito
«cidadão da União Europeia» e quase metade dos cidadãos europeus (48
%) referem que «não estão bem informados» sobre os seus direitos
A Comissão Europeia designou 2013 como o Ano Europeu dos Cidadãos
cumprindo a promessa feita no Relatório sobre a cidadania da UE e sobre dar
resposta ao apelo do Parlamento Europeu para ser tomada esta iniciativa.
O objetivo do Ano Europeu consiste mais especificamente em:
- Aumentar a sensibilização dos cidadãos para o seu direito de
residir livremente na União Europeia;
- Aumentar a sensibilização para a forma como os cidadãos podem
beneficiar dos direitos e políticas da UE e estimular a sua participação
ativa no processo de elaboração das políticas da União;
- Estimular o debate sobre o impacto e o potencial do direito de
livre circulação, em especial em termos de reforço da coesão e de
compreensão mútua.
Para assinalar o Ano Europeu dos Cidadãos de 2013, será organizada
em toda a UE uma série de eventos, conferências e seminários, a
nível nacional, regional ou local. A Comissão tenciona igualmente
reforçar a visibilidade dos portais Web multilingues – Europe Direct
e A sua Europa – como elementos chave de um «balcão único» de
informação sobre os direitos dos cidadãos da União, bem como o
papel e a visibilidade dos instrumentos de resolução de problemas,
tais como o SOLVIT, para que os cidadãos da União exerçam e
defendam melhor os seus direitos.
Fonte:
http://ec.europa.eu/portugal/comissao/destaques/20110817_2013_ano_
europeu_cidadaos_pt.htm
http://europa.eu/rapid/press-release_IP-11-959_pt.htm?locale=en
109
Último Espaço
Momentos 2012
Aqui ficam alguns momentos a registar…
Núcleo de Avaliação e Comunicação do IDR, IP-RAM
110
Dia da Europa
Travessa do Cabido / Funchal - 09.05.2012
111
6ª Reunião da Comissão de Acompanhamento dos Programas Operacionais da RAM (Intervir+ e Rumos)
13.06.2012
Exposição «O Fundo de Coesão em Portugal»
Metropolitano do Aeroporto de Lisboa - 16.07.2012
Em parceria com a empresa Metro Lisboa, SA., o IFDR, produziu a exposição «O Fundo de Coesão em
Portugal», para a inauguração da estação do Metropolitano do Aeroporto de Lisboa.
O IDR participou na Exposição
Grande Evento – Seminário sobre “Avaliação do QREN 2007-2013 e do
próximo Quadro Estratégico Comum 2014-2020”
Museu da Casa da Luz – 16.10.2012
Último Espaço
Momentos 2012
Aqui ficam alguns momentos a registar…
112
Encontro Anual CE e Programas Operacionais FEDER
e Fundo de Coesão 2007/2013
20 e 21.11.2012
Realizou-se no dia 21 de novembro, o Encontro Anual entre a Comissão Europeia e as Autoridades de
Gestão (AG) dos Programas Operacionais financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
(FEDER) e Fundo de Coesão, no período de programação 2007-2013, que teve lugar no CCB - Centro
Cultural de Belém, em Lisboa.
O Encontro foi constituído por um conjunto de reuniões bilaterais (AG e Comissão Europeia), a primeira
das quais teve lugar dia 20 à tarde no IFDR e a segunda dia 21 de manhã, concluindo-se com a Reunião
Plenária envolvendo todas as Autoridades de Gestão, à tarde no CCB.
Fórum e Exposição «Portugal 2020 - Crescimento Inclusivo,
Inteligente e Sustentável»
Fundação Champalimaud - 08.11.2012
Este Fórum contou com a participação do Comissário Europeu para a Política Regional, Johannes Hahn,
com o Ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira e com o Secretário de Estado Adjunto
da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques
Encontro Anual entre a Comissão Europeia e as
Autoridades de Gestão do FSE
Teve lugar no dia 13 de dezembro, no Hotel Altis, em
Lisboa, o Encontro Anual entre a Comissão Europeia
e as Autoridades de Gestão do FSE 2007-2013, onde
estiveram presentes a Autoridade de Gestão do FSE,
inclusive do Programa Rumos e representantes dos
Organismos, e contou ainda com a participação do
Secretário de Estado do Emprego e do Secretário
de Estado da Solidariedade e da Segurança Social.
3º Congresso de Habitação Social “Repensar a Habitação Social – Necessidade ou Oportunidade”
CECODHAS.P - Comité Português de Coordenação da Habitação Social
ISCTE-IUL - 08.11.2012
O Instituto de Desenvolvimento Regional, IP-RAM esteve presente neste Congresso a convite do Senhor
Presidente da Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM), Arquiteto Carlos Gonçalves, onde participou
no Tema “Eficiência Energética e Arquitetura Sustentável na Reabilitação da Habitação Social – Uma
Obrigação ou Uma Janela de Oportunidade?”,
integrado na Sessão “Património e Urbanismo”.
Neste tema foram oradores:
Pelo Instituto Green Lines - Prof. Doutor Rogério Amoêda
Pela AREAM - Eng.º José Filipe Nunes Oliveira
Pelo IDR, IP-RAM - Drª Vanda de França Correia de Jesus
Pelo IHM – Arquiteto Carlos Gonçalves
Moderador: Arquiteto João Belo Rodeia - Bastonário da Ordem dos Arquitetos.
113
Instituto de Desenvolvimento Regional, IP-RAM
Travessa do Cabido, 16
9000-715 Funchal
Região Autónoma da Madeira
Portugal
www.idr.gov-madeira.pt
“INTERVIR+ para uma Região cada vez mais europeia”
“Os melhores RUMOS para os Cidadãos da Região”
“Ligações para o desenvolvimento sustentável”
“Investimos no seu futuro”
REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
Governo Regional
Secretaria Regional do Plano e Finanças
REPÚBLICA PORTUGUESA
UNIÃO EUROPEIA
Fundo de Coesão
Fundo Social Europeu
Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
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Dezembro 2012 Sérgio Marques - Instituto de Desenvolvimento