Jonathan Beale, ex-católico, Reino Unido (parte 1 de 2) Descrição: Um jovem convertido inglês sobrecarregado por um passado traumatizante. Por Jonathan Beale Publicado em 10 Feb 2014 - Última modificação em 10 Feb 2014 Categoria:Artigos >Histórias de Novos Muçulmanos > Homens Em 2 de maio de 1987 nasci na Inglaterra, no Reino Unido. Meus pais me deram o nome de Jonathan Beale. O nome do meu pai era John Mason, mas fiquei com o nome da minha mãe porque isso permitia que reivindicassem mais benefícios. Ambos eram viciados em heroína e testemunhei meu pai bater em minha mãe muitas vezes. Às vezes ele trazia outras mulheres para a nossa casa. Regularmente pulava sobre agulhas e via pessoas estranhas chegando a nosso apartamento em um conjunto habitacional. Crescer não era fácil para mim, mas logo o serviço social interviu e fui colocado em um lar adotivo temporariamente. De alguma forma, algumas vezes ouvi sobre o conceito de Deus. A família de minha mãe era grande e tinha me deparado com o conceito de morte muitas vezes. Meu país é "civilizado", mas meu avô veio de um período difícil durante a Segunda Guerra Mundial. Era incrivelmente fragilizado, já que todos os seus amigos tinham sido mortos e ele mesmo tinha sido alvejado em duas ocasiões. Tinha sido um paraquedista e tinha pousado em território ocupado pelos nazistas muitas vezes. Depois da guerra ele e minha avó tiveram 7 filhos. Eram religiosos a seu próprio modo, mas não tinham nada depois da guerra e meu avô espancava seus filhos regularmente ou, pelo menos, é o que minha avó me conta. De um jeito ou de outro, algo desencadeou uma enorme epidemia de doença mental em minha família. Minha mãe foi diagnosticada com esquizofrenia paranoica e quando criança eu regularmente precisava persuadi-la de que as pessoas não estavam tramando contra nós, embora ela tivesse feito algumas loucuras que a colocaram nos jornais muitas vezes. Sofria bullying na escola por causa disso. Jonathan Beale, ex-católico, Reino Unido (parte 1 ... 1 of 4 www.IslamReligion.com Infelizmente meu avô faleceu quando eu tinha 4 anos de idade. Foi a primeira vez que ouvi falar de "Deus". Meu avô foi sempre um homem bom pelo que me lembro de e tenho dificuldade em saber se o que ouvi é verdade. Meu conforto era saber que estava no paraíso e a partir desse ponto sempre senti que Deus estava comigo. Quando minha mãe e meu pai tinham maus momentos e eu ia temporariamente para lares adotivos, comecei a orar. Nunca me ensinaram como, mas do meu próprio jeito sempre soube que Deus realmente estava lá e podia me ouvir. Meu primo cometeu suicídio com overdose de paracetamol quando eu era jovem e essa foi a primeira vez que chorei em um funeral. Meu tio também morreu, embora não seja claro como. Sei que aquele homem tinha uma doença mental grave e sua vida era difícil e, assim, esperava que tivesse ido para um lugar melhor. Mas ao longo de tudo isso, a crença em Deus estava firmemente enraizada em minha alma. Com a idade de sete anos fui enviado para a minha avó porque o serviço social considerou o ambiente instável demais para mim depois que meu pai se descontrolou e destruiu nosso apartamento. Minha mãe então deu à luz minha irmã Sally. Nessa época eu continuava a visitar minha casa com regularidade e fiquei muito feliz em ver minha irmã. Muitos irmãos têm rivalidades, mas eu realmente gostava da minha irmã e sentia que estávamos juntos nisso. Ela só não sabia ainda, porque tinha acabado de nascer. Infelizmente o serviço social considerou o ambiente muito arriscado e a enviaram para um lar adotivo também. Então pediram a minha avó para me adotar permanentemente e fiquei na casa dela. Quando minha irmã fez 1 ano o serviço social decidiu que era melhor se minha família não tivesse permissão para vê-la. Então, ela foi colocada para adoção com uma família em um local distante e não a vi desde então. Estava muito triste e penso nela com frequência, pensando se ela tentará entrar em contato comigo. Acho que seríamos próximos, mas eu teria sido um irmão mais velho superprotetor. Ela agora está com 15 anos e, insh'Allah, posso ainda ter tempo quando ela estiver com 18 e planejo compensar o tempo perdido. Aos onze fui enviado para um colégio interno. Sofria um pouco de "bullying" por causa de minha origem pobre, mas no geral diria que foi uma boa experiência. Claramente era um jovem problemático e comecei a ficar obcecado com drogas e álcool, sendo suspenso 4 vezes. Tive sorte de não ter sido expulso porque tirei 5 Cs e 3 Bs nas provas. Ninguém sabia como porque nunca apareci para as aulas, mas essas notas seriam importantes mais tarde. Embora problemático, minha crença em Deus continuava lá. Escolhi me tornar um católico romano aos 12 anos e minha escola organizou as aulas. Raramente prestava atenção às aulas, mas amava o conceito de Deus. Amava ir à igreja. Depois de sair da escola, meus problemas aumentaram. Quando comecei a fumar maconha nunca pensei que experimentaria algo mais pesado, mas então experimentei Jonathan Beale, ex-católico, Reino Unido (parte 1 ... 2 of 4 www.IslamReligion.com cocaína, êxtase e metanfetamina e muito em breve isso se tornou a minha vida. Diria que era viciado, mas era muito bom que quisesse deixar aquela vida. Bebia com frequência e me tornei violento contra a polícia. Meus amigos e eu destruíamos carros, vendíamos drogas e fazíamos o que quiséssemos. O sistema criminal na Inglaterra é tão liberal que não havia essa coisa de punição! Finalmente, depois de ameaçar esfaquear alguém, fui enviado para a prisão. Isso mudou minha vida. Era um acampamento de férias, mas no fundo não queria ser um criminoso. Só precisava ser retirado do ambiente em que estava. Três boas refeições ao dia, uma TV em meu quarto, exercícios todos os dias, faculdade, igreja todos os domingos. Foi um dos melhores períodos em minha vida e finalmente estava longe de minha família, que me causou tanto estresse. Sempre invejei famílias normais. Vê-los fazendo compras juntos ou indo tomar chá na casa de alguém sempre me deixava feliz e, no fundo, ansiava por isso. O álcool era meu problema principal. Não era um alcoólatra, mas toda vez que bebia me envolvia em problemas. Acordava de ressaca e, às vezes, na delegacia. Algumas vezes estava coberto de cortes e hematomas de brigas. Mas estando na prisão fui mantido afastado disso (e do fumo) e estava em ótima forma. Queria manter isso do lado de fora. Infelizmente quando sai tive outro julgamento por causar lesão corporal grave. Podia pegar 4 anos por algo que não tinha feito. Meu "amigo" estava com suas calças cobertas de sangue e tecido epitelial e, no fim, confessou sua culpa. Quando estava no tribunal me perguntaram se tinha sido ele. Como ele já havia admitido, pensei que não havia problema em dizer "sim", já que meu advogado tinha me avisado que dizer "não" não salvaria meu amigo por ele já ter admitido. E por que passar 4 anos na cadeia? Liguei para meu amigo, expliquei a ele e ele disse "ok". Estava saindo com uma bela garota chamada Melissa que ficou do meu lado todo o tempo. Depois do caso no tribunal a família do meu "amigo" decidiu que eu era responsável por ele ter sido enviado para a prisão. A informação se espalhou e estava constantemente envolvido em brigas e sendo atacado. Minha namorada me disse que eu devia começar de novo em outro lugar e gostei da ideia. Comecei a planejar a mudança. Nosso relacionamento estava estremecido e ela não queria mais ficar comigo. Então parti, com pouquíssimos laços com minha cidade natal. Tinha alguns amigos dos quais decidi imediatamente me distanciar. Continuavam a fazer as mesmas coisas e eu queria começar de novo. 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