No ponto mais alto Uma vista deslumbrante, de dentro da Coroa Na torre da Basílica de Fátima A 3 de maio d e 2013, a turma B do 12.º Ano teve a rara oportunidade de conhecer melhor o Santuário de Nª. Srª. do Rosário de Fátima e subir à torre da antiga basílica, podendo olhar para a cidade de Fátima de um ponto de observação muito diferente. Situado no centro da cidade, o Santuário é um ponto de referência para todos. E, devido à imponência da basílica, destaca-se no topo da sua Torre sineira a coroa, visível a partir de quase todos os locais de Fátima. Esta imagem tão marcante para os olhares é comum a todos, mas, na realidade, quantos poderão dizer que a conhecem mesmo de perto, ou – certamente mais raro ainda – que já lá estiveram? Quantos poderão dizer que olharam para Fátima daquela altura, a mais de 70 metros do solo, desfrutando de uma vista aérea… vertiginosa? Esta experiência maravilhosa permitiu-nos sentir a grandiosidade da basílica, conhecer ou recordar um pouco da sua história, a começar pela sede do Coro, com uma vista privilegiada para a Capelinha das Aparições. E «foi ali que tudo começou», como nos explicou o senhor Padre Artur Oliveira, nosso paciente guia! Outro privilégio foi podermos admirar o interior da basílica, terminada há quase 60 anos, e conhecer a sua história, estando no Coro, junto ao monumental órgão com os seus 152 registos e 12.000 tubos: o maior mede 11 metros e o mais pequeno apenas 9 milímetros… Olhando para os seus cinco teclados, é triste saber que este órgão já não funciona e não se pode restaurar… Depois da introdução e evocação da história e do significado da Arte e do valor religioso do templo, fomos conhecer os sinos da basílica, aqueles que habitualmente ouvimos tocar a “Avé-Maria” e dar as badaladas das horas. Sentimos a majestosidade de todos eles, pequenos e grandes, programados para tocarem à hora certa. E, protegendo os ouvidos, pudemos ouvir e saborear a bela melodia que eles produzem e que é conhecida em todo o mundo católico. Apesar do medo e falta de coragem que enchia a cabeça de vários elementos da turma, a maioria respirou fundo, ganhou coragem e subiu até ao cimo. Com a ajuda de um dos guardas do Santuário e do padre Artur, que nos acompanhou durante toda a visita, superámos o cansaço físico e psicológico e, medindo prudentemente a altura de cada degrau das muitas escadas – de todos os tipos – alcançámos o topo! Incrivelmente DENTRO da coroa, lançámos o olhar para a cidade que tão bem conhecemos, mas agora com uma diferente perspetiva e outro significado. Pareciam formigas, os peregrinos, no imenso recinto entre as duas basílicas, e pequenos surgiam também os outros edifícios, sobressaindo em grandeza os antigos seminários e os modernos hotéis. A vista majestosa e o saber que tivemos uma oportunidade única tornaram o momento em que estávamos na coroa ainda mais especial. Independentemente da frequência e dos sentimentos com que cada um de nós visita este lugar de culto mariano conhecido em todo o mundo, esta experiência, que decorreu durante uma aula de EMRC, ficará certamente na memória para a vida inteira e todos os alunos vão sentir a responsabilidade de terem sido acolhidos no interior desta coroa de Nossa Senhora, e vão também guardar no coração um sentimento de gratidão para quantos tornaram possível a visita, a começar pela Reitoria do Santuário. Inforcef – n. 69 Beatriz Caetano Lucas, 12º B 32