Seguro e áreas classificadas Empresas seguradoras demonstram rigor com indústrias que não cuidam CADERNO ATMOSFERAS de suas áreas classificadas. EXPLOSIVAS juLho’2013 painéis fotovoltaicos Empresas se organizam e projetam crescimento nos negócios no Brasil para os próximos anos. ANO 9 – Nº 93 • Potência ANO 9 N º 93 E l é t r i ca , E l e t rô n i ca , i l u m i na ç ã o e ene r g i a Programa Inova Energia, lançado pelo governo federal em abril, destina R$ 3 bilhões para que empresas do setor eletroeletrônico invistam em inovação. Foco principal está nas áreas de Smart Grid, energias renováveis e veículos elétricos. entrevista Maria Carolina Fujihara, do GBC Brasil, comenta o trabalho do Green Building Council no País e alerta: “Precisamos combater a cultura do desperdício”. sumário | Potência| 3 10 16 26 46 10Entrevista Maria Carolina Fujihara fala sobre o trabalho do Green Building Council no Brasil e alerta sobre a necessidade de se combater a cultura do des- • Foto: Dreamstime • Capa: Márcio Nami perdício no País. 16 Matéria de Capa Empresas do setor eletroeletrônico aprovam o Programa Inova Energia lançado pelo governo federal em abril. Expectativa é que iniciativa colabore para alavancar os investimentos em inovação no País. 4 Ponto de Vista 6 Ao Leitor 6Cartas 8Holofote 42 Espaço Abreme 26Mercado 48Economia Empresas ligadas ao setor fotovoltaico se organizam para estimular os 50Vitrine negócios no Brasil e projetam crescimento nos próximos anos. 46Radar Atenta às oportunidades no exterior, KRJ avança no mercado dos Emirados Árabes Unidos e incrementa vendas para o Oriente Médio. 52GTD 54Opinião 57 Link Direto 58Agenda RO * 100% S GU EG SE 100% SEGU RO RO SEGU * 100% Empresas seguradoras demonstram rigor com indústrias que não cuidam adequadamente de suas áreas classificadas. Situação tem levado muitas plantas a operarem sem seguro. O* UR % 00 Seguros e Áreas Classificadas SEGURO 00% *1 *1 Exclusivo CADERNO ATMOSFERAS EXPLOSIVAS PÁGINA 36 4 | Potência | ponto de vista Sem motivos para pânico Beth Bridi diretora de redação [email protected] Mesmo os economistas mais críticos à conduta do Governo Federal diante dos rumos da economia brasileira não acreditam que é situação para que se instale um clima de pessimismo geral. Alguns acham, até, que o pior já passou, mas a sociedade reluta a acreditar diante de tantas notícias negativas, dos impasses e das declarações desencontradas. Muitos pregam a volta da inflação para 2014, sem bases para esta afirmação. Outros, em uma contínua desvalorização do Real diante do dólar, sem previsão de trégua. A verdade é que é muito difícil numa economia de mercado capitalista acertar uma previsão, pois as expectativas são velozmente mutáveis. O Governo precisará ter uma alta dose de competência para se comunicar com o mercado. É esse clima que mais contribui para que o otimismo ou o pessimismo se instalem. E ambos são muito perigosos, quando exagerados. Talvez um bom exercício seja olhar o passado do Brasil. Temos um passado comprovado de crescimento duradouro, que transformou a economia e o País. A base de consumo nunca foi tão elástica. Talvez estejamos em um ciclo de ajustes, após esse longo período de expansão. Um país desenvolvido ou em desenvolvimento, mesmo que gigante como o Brasil, não consegue permanecer tantos anos em curva acentuadamente ascendente. Talvez tenha chegado a hora de uma estabilizada e de registrarmos crescimentos mais modestos, tímidos, mas que não devem ser encarados como o fim do mundo. Há muito já se previa que o Brasil daria uma freada. O crédito bateu recorde, o consumidor agora está endividado. Existem grandes gargalos na oferta de produtos. Se continuasse crescendo em ritmo acelerado, já se previa um colapso no abastecimento. E ainda temos o custo Brasil, as privatizações que não decolam, os leilões atrasados, uma política de saúde muito polêmica, uma E X P E DI E N T E Diretores: Habib S. Bridi (in memorian) Elisabeth Lopes Bridi ano IX • nº 93 • Julho'13 Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comunicações Ltda, com circulação nacional, dirigida a indústrias, compradores corporativos, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e instaladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos. Redação [email protected] Diretora de Redação: Beth Bridi Editor: Marcos Orsolon Repórter: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775) Conselho Editorial [email protected] Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e Roberto Said Payaro. Publicidade [email protected] Diretor Comercial: Edvar Lopes Coord. de Atendimento: Cléia Teles Contato Publicitário: Silvana Ricardo e Christine Funke Produção Visual e Gráfica [email protected] Chefe de Arte: Sérgio Ruiz Designer Gráfico: Márcio Nami Atendimento ao Leitor [email protected] Coordenação: Paola Oliva Administração [email protected] Gerente: Edina Silva Assistentes: Bruna Franchi e Ana Claudia Canellas Impressão Prol Editora Redação, Administração e Publicidade Sede Própria: Rua Afonso Braz, 579 - 11º andar Vila Nova Conceição - 04511-011 - São Paulo-SP PABX: (55) (11) 3896-7300 Fax redação: (55) (11) 3896-7303 Fax publicidade: (55) (11) 3896-7307 Site: www.grau10.com.br Fechamento Editorial: 22/08/2013 Circulação: 30/08/2013 reação às manifestações de rua um tanto quanto nebulosa. Isso contribui para uma situação de apreensão geral na economia, muito mais do que os próprios indicadores econômicos. Não estamos mais no paraíso. Mas estamos muito longe do inferno. Cautela e trabalho, arrojo e determinação talvez sejam as palavras de ordem para atravessar este momento. Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Po- Filiada ao tência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme são de responsabilidade da Associação. Não publicamos matérias pa- Circulação gas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou e tiragem parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Editora, asauditadas sinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa. ISSN 2177-1049 Experiência, tradição e presença nos principais setores da economia. Uma empresa 100% brasileira, que acredita que o futuro é agora. Por isso a Nambei investe constantemente em tecnologia de ponta, produzindo uma completa linha de fios e cabos elétricos para qualquer tipo de instalação: comercial, industrial ou residencial, com a mais alta qualidade e segurança para sua obra. QUALIDADE ANOS A FIO Av. Ibirapuera, 2033 – 14º andar – CEP 04029-100 - São Paulo, SP • Tel (11) 5056.8900 | Fax (11) 5051.0067 / 5051.4122 • VENDAS 0800 161819 | [email protected] 6 | Potência | ao leitor cartas Ponto para a Redes subterrâneas inovação D esde que foi lançada, em 2004, a revista Potência tem acompanhado a evolução do setor eletroeletrônico nacional. Em nossas páginas, temos publicado reportagens abrangentes que procuram retratar o momento vivido pelo setor, os problemas que atrapalham o seu desenvolvimento, os avanços conquistados pelas indústrias, as novas tecnologias que revolucionam os mercados, enfim, publicamos de tudo um pouco. Também procuramos dar voz às reivindicações do empresariado do setor, esteja ele ligado à indústria ou ao comércio. E, entre estas reivindicações, um tema recorrente tem sido a necessidade de o governo dar mais apoio para que as empresas invistam em inovação no Brasil. Na matéria de capa dessa edição trazemos uma boa notícia nesse sentido. Ela trata do Plano Inova Energia, um amplo programa elaborado pelo governo federal que destina R$ 3 bilhões, através do BNDES, Finep e Aneel, para que as empresas do setor desenvolvam projetos em áreas estratégicas, como a de Smart Grid, energias renováveis e veículos elétricos. Além de oferecer crédito a taxas mais atraentes e prazos elásticos para pagamento, o Inova Energia também se caracteriza por induzir a aproximação entre o meio acadêmico e a indústria, de modo que a cooperação entre as partes favoreça o desenvolvimento tecnológico no País. E a reação ao programa tem sido altamente positiva. Em sua fase de inscrições, o Inova Energia recebeu um volume de projetos que supera a marca de R$ 12 bilhões, eliminando qualquer dúvida quanto à sua utilidade e abrangência. Agora, as partes envolvidas estão analisando os planos de negócios desses projetos para fazer a seleção final dos mesmos, que deve ser divulgada no final desse ano. Mais que dinheiro, o plano traz uma nova perspectiva para as empresas do setor. Uma perspectiva em que o apoio governamental pode representar um marco para a inovação no setor eletroeletrônico nacional. E com a inovação vem mais competitividade no cenário interno e externo, novos negócios e, principalmente, um quadro mais favorável às empresas instaladas no País. Que assim seja! “Parabéns à diretoria e aos executivos da revista Potência pelo formato e qualidade dos textos e, em particular, pela matéria de capa da edição 92 (Redes Subterrâneas de Energia), pois abordou de forma clara todos os aspectos positivos da implantação e dos avanços registrados na última década pelas Redes Elétricas Subterrâneas em nosso País, e que há muitos anos foram implantadas por toda a Europa e Estados Unidos, de modo que as sociedades de lá usufruem de todos estes benefícios apontados na matéria. Mas estamos avançando...” Adilson Valera Ruiz | diretor da Plastibras | Cuiabá | MT Redação responde: Agradecemos seus comentários. Nossa redação está sempre pronta a acompanhar os temas que contribuem para o desenvolvimento do setor e do Brasil. Público-alvo “Solicitamos orientações pertinentes para passar a receber a bem escrita revista Potência, que conhecemos durante a feira Construsul, em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. Na ocasião nos aconselharam a mandar esta mensagem. Temos um exemplar em mãos e só não sabemos se empresas de pequeno porte, que se dedicam a instalações elétricas prediais estão no alvo, muito embora os assuntos das edições tenham nos interessado sobremaneira. Aguardamos orientações”. Juvenal de Castro O. Oliveira | Engenheiro de Instalações | Porto Alegre | RS Redação responde: Prezado Juvenal, com certeza a revista é feita também para profissionais do seu ramo de atuação. Aguardamos o envio de seu cadastro, conforme solicitado por e-mail, para que sua empresa passe a receber a publicação mensalmente. Marcos Orsolon, editor Fale com a Revista Potência FALE DIRETO COM A DIRETORA DE REDAÇÃO [email protected] PARA ENVIAR RELEASES E INFORMAÇÕES EDITORIAIS [email protected] PARA RECEBER A REVISTA OU ALTERAR CADASTRO [email protected] PARA ENVIAR OPINIÕES/CRÍTICAS E SUGESTÕES [email protected] PARA ANUNCIAR [email protected] 8 | Potência | holofote Notícias do Setor a lg ivu :D Foto çã o A Schneider Electric lançou em Eusébio (CE) o Programa Schneider na Comunidade. A iniciativa busca promover a inclusão digital e a capacitação profissional dos jovens da comunidade onde funciona uma fábrica da companhia, adquirida da Microsol em 2009. “Mais do que um movimento de mobilização, o programa Schneider na Comunidade é o símbolo do nosso compromisso com Eusébio e com o Ceará, que abraçou a ambição da Schneider Electric de viver em um mundo em que todos possam fazer mais usando menos recursos do nosso planeta”, afirma o vice-presidente da divisão de TI e voluntário Jesús Carmona. Em uma sala construída e equipada especialmente para o programa, a empresa promoverá um curso que conta com dois módulos (“Tecnologia e Comunidade” e “Tecnologia no Trabalho”) inspirados no Programa Intel Aprender, que desenvolve habilidades de alfabetização digital em mais de doze países. Foto: Dreamstime Destinação correta O Programa de Logística Reversa de Pilhas e Baterias Portáteis mantido pela Abinee desde novembro de 2010, em atendimento à Resolução Conama 401/2008, já coletou 420 toneladas de pilhas e baterias, por meio de mais de 1.100 postos de recebimento espalhados em todo o Brasil. O programa prevê o recebimento das pilhas e baterias portáteis usadas, entregues pelo consumidor ao comércio, e seu encaminhamento, por meio de transportadora certificada, a uma empresa que faz a reciclagem e destinação final ambientalmente adequada desse material. Desta forma, a GM&C, empresa de logística contratada pelos fabricantes e importadores legais, cumpre todas as exigências para o transporte dos produtos. Em seguida, as pilhas e baterias coletadas são encaminhas à Suzaquim Indústrias Químicas, localizada em Suzano (SP). Os custos do transporte dos materiais levados aos postos de recebimento, bem como da destinação final, são de responsabilidade das empresas participantes do programa (Alfacell, Bic, BRW, Carrefour, Duracell, Elgin, Energizer, Eveready, Kodak, Panasonic, Philips, Qualitá, Rayovac, Pleomax, Sieger, SJC Ceras). A operação contempla todas as pilhas e baterias portáteis comercializadas no País. Se forem regulares, a Abinee notifica a marca responsável para que assuma seu passivo, porém, se forem ilegais, as autoridades de órgãos como o Ibama, Polícia Federal, Receita Federal e o próprio Ministério do Meio Ambiente são informados para que adotem as medidas cabíveis. Guia de Bolso Foto: Divulgação Centro de formação Novo comando A Fluke nomeou uma nova diretora Geral, a executiva Poliana Lanari. Poliana possui sólida experiência na direção geral de grandes empresas e forte histórico de construção de equipes e impulsionar crescimento, características que devem contribuir para alavancar os negócios da Fluke no Brasil. O principal desafio da nova diretora geral será manter o crescimento contínuo, reforçando a solidez conquistada pela companhia nos 15 anos de atuação no mercado brasileiro. As metas da Fluke Corporation para o Brasil são bastante ambiciosas e a expansão geográfica, assim como o desenvolvimento de novos distribuidores, serão os principais pilares para este crescimento. Antes de ingressar na Fluke, Poliana Lanari foi diretora da Spinner, fabricante de produtos e sistemas com tecnologia em radiofrequência, comandando inclusive o início das operações da empresa no Brasil. Também acumulou posições de importância na Koerich Telecoms, Draka Cables e Alcatel. A executiva assume a posição ocupada anteriormente por Fernando Kozik. O Programa Casa Segura está lançando um Guia de Bolso, disponível online, para orientar a população sobre o funcionamento básico de uma instalação elétrica residencial e os cuidados com a segurança. Por meio de imagens, ilustrações, diagramas e uma arte visual leve, o guia informa sobre os principais componentes de uma instalação elétrica residencial, as potências dos equipamentos mais típicos em uma casa, o custo de uma instalação em 110 e 220V, o detalhamento da conta de luz, os componentes do quadro elétrico, o fio terra e o uso correto dos benjamins, entre outros aspectos. O guia está disponível no endereço: http://migre.me/fv84k. O Programa Casa Segura é uma iniciativa de conscientização e orientação do Procobre sobre os riscos de acidentes causados por instalações elétricas inadequadas e o impacto destas instalações no consumo excessivo de energia, na desvalorização das edificações e na segurança dos imóveis. Holofote | Potência | 9 Notícias do Setor Eficiência Plugues e tomadas energética Centro de Desenvolvimento Fo to :D re a m st im e Com o intuito de aprimorar a tecnologia LED, a FLC está construindo em sua sede, na cidade de São Paulo, o Centro de Desenvolvimento e Inovação LED, programado para ser inaugurado em novembro de 2013. O complexo contará com salas especializadas de treinamento, showroom e laboratório de pesquisa e desenvolvimento, que proporcionará um espaço interativo de experiências e encontros sobre LED - onde profissionais, clientes e consumidores poderão ampliar seus conhecimentos sobre a tecnologia, desde características elétricas básicas até complexos dados fotométricos da luz. O espaço contará com equipamentos sofisticados e precisos, além de engenheiros e técnicos dedicados ao desenvolvimento de produtos e pesquisas sobre componentes e soluções tecnológicas para novos nichos de mercado. Rafael Paniagua é o novo presidente da ABB Brasil. Com vasta experiência no mercado de Energia e Automação, ele iniciou a trajetória na empresa em 1994. Ocupou diversas posições estratégicas na Espanha, nos Estados Unidos e vinha respondendo pela Divisão de Produtos de Potência na Espanha. “Minha missão é dar continuidade na implementação da estratégia da empresa de crescer de maneira sustentável, garantindo a lucratividade da ABB no País”, afirma. A região da América do Sul fica sob a responsabilidade de Enrique Santacana, que também é responsável pela América do Norte. Pré-Automação O conceito de Pré-Automação segue conquistando abrangência em vários pontos do País. Em Cristalina (GO) está em construção o primeiro edifício pré-automatizado da região utilizando produtos Finder. O Residencial Pedras Cristalinas contou com a CED Engenharia Domótica, integrador oficial Finder, para realizar projeto e instalação de pré-automação. As duas torres do empreendimento contam com o diferencial deste conceito, também conhecido como Infraflex Finder, uma inovação que promove a união de soluções simples com produtos Finder e a sugestão de uma instalação elétrica inovadora. Desta forma, o imóvel é entregue totalmente preparado e o usuário decide como e quando realizar um upgrade ou a melhoria em sua instalação elétrica. Foto: Divulgação Crescimento sustentável Foto: Divulgação A Osram Brasil anunciou a implantação de melhorias nas instalações de sua fábrica, localizada em Osasco (SP), com o intuito de ampliar a eficiência energética da unidade. A planta, que possui 40 mil metros quadrados de área, é a única da companhia em atividade na América do Sul e já possui capacidade de gerar a energia que consome nos horários de pico, das 18:00 às 21:00h. Recentemente, a unidade iniciou o processo de modernização do sistema de iluminação de toda a área externa da fábrica. Segundo o presidente da Osram Brasil, Everton Mello, no ambiente externo, o projeto prevê a substituição de 39 luminárias de vapor de sódio por modernas luminárias de LED do modelo HPMSL, constante no portfólio de produtos produzidos pela própria companhia. Estas luminárias incorporam tecnologia de ponta com o uso de LEDs e irão proporcionar 60% de economia de energia, ampliar a vida para 50.000 horas, além de proporcionar uma luz completamente branca e de excelente reprodução das cores. Adicionalmente, os sistemas de geração de ar comprimido e ar condicionado foram modernizados, proporcionando economia de energia e maior segurança na operação. “Essas ações fazem parte da política global de sustentabilidade do Grupo Osram e seguem o posicionamento geral da companhia, que sustentou 72% de sua receita do ano fiscal de 2012 em um portfólio de soluções verdes (produtos de tecnologia mais eficientes, incluindo os com tecnologia LED). Em conjunto, as medidas internas devem reduzir a emissão de CO2 em 366 toneladas e gerar R$ 720 mil de economia por ano, o que reforça nossa preocupação em eliminar gastos desnecessários de energia e, consequentemente, com a diminuição dos custos operacionais”, explica Mello. Desde o dia 9 de agosto está valendo a norma ABNT NBR 16188:2013 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo - Adaptadores providos de protetor e/ou filtro de linha - Requisitos específicos, que foi elaborada pelo Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03). Publicada no dia 9 de julho de 2013 pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, a norma estabelece os requisitos mínimos exigíveis de desempenho e segurança para adaptadores de plugues e tomadas providos de protetores e/ou filtros de linha com tensão nominal não superior a 250Vc.a. e corrente nominal de até 20A destinados para uso doméstico e análogo, tanto interno como externo. 10 | Potência | entrevista Maria Carolina Fujihara É preciso combater a cultura do desperdício o mundo, 40% da energia gerada é consumida pelos edifícios. Cientes das implicações desse fato, cada vez mais os profissionais da área da construção civil procuram adotar uma postura proativa. Hoje, é possível afirmar que a eletricidade tornouse alvo de atenção constante por parte de arquitetos, engenheiros, lighting designers, agentes do governo, ONGs e também dos consumidores. A busca é por tecnologias e sistemas mais eficientes, de forma a reduzir o consumo de energia. A tecnologia LED (light-emitting diode) assumiu uma posição de destaque no campo da iluminação, enquanto aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos precisam aliar desempenho com economia. A própria arquitetura tem evoluído, gerando as chamadas construções verdes (ou inteligentes). Em 2007, esse movimento ganhou um reforço de peso no País com a criação do Green Building Council Brasil, Organização Não Governamental que visa fomentar a indústria de construção sustentável, atuando por meio de parcerias com o governo, empresas e entidades setoriais, de forma a promover e divulgar as melhores práticas. Entre outras ações, o Green Building Council é responsável pela promoção da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações. O intuito dessa iniciativa é incentivar a transformação dos projetos, obras e a operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade. A entidade realiza ainda aquele que se tornou o principal evento sobre construção sustentável na América Latina, o Greenbuilding Brasil - Conferência Internacional e Expo. A quarta edição aconteceu no mês de agosto, em São Paulo (leia mais a respeito no próximo número da revista Potência). É justamente sobre o despertar da indústria da construção civil para a nova realidade e o trabalho do Green Building Council que abordamos nesta entrevista com Maria Carolina Fujihara, coordenadora técnica do GBC Brasil. Na opinião da porta-voz, ainda é possível perceber traços da cultura do desperdício no Brasil, até pelo fato do País sempre dispor de recursos naturais abundantes. Entretanto, a executiva defende a adoção de novas posturas por parte da sociedade. “O mundo está mudando, e se não tivermos consciência de que nossa atuação local influencia na atividade global, não sobreviveremos a este processo”, alerta Maria Carolina. Que relação é possível estabelecer entre o uso de energia elétrica e a sustentabilidade de uma edificação? distribuição de energia, veremos que este é um setor de extrema relevância para a sustentabilidade, pois todas as formas de utilização das fontes de energia, sejam elas convencionais ou alternativas, agridem em maior ou menor intensidade o meio ambiente. Além disso, a geração de energia está relacionada diretamente com a demanda da mesma, ou seja, se possuímos edificações antigas, obsoletas, que necessitam de muita energia para se manterem ativas, necessitaremos aumentar a fonte de geração cada vez mais. Caso mantivermos nossos padrões de consumo energético conforme os números atuais, necessitaremos construir mais usinas como Belo Monte por ano para atender esta demanda crescente de energia elétrica. Desta forma, se torna essencial construir edificações energeticamente eficientes, para reduzir a demanda de energia atual e não corrermos o risco de passar por um “apagão” novamente. Não é à toa que a certificação O consumo de energia elétrica de uma edificação está diretamente relacionado com a sustentabilidade. Os edifícios consomem hoje no Brasil cerca de 42% de toda a energia gerada, e no mundo, cerca de 40%, segundo dados da UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Se pensarmos em toda a cadeia de geração e Foto: Ricardo Brito/Grau 10 N Entrevista a Paulo Martins entrevista | Potência | 11 Maria Carolina Fujihara LEED tem um foco enorme nas questões energéticas, sendo esta a área que possui mais pontos para certificação. Quais são as principais ações de eficientização energética praticadas na construção civil? Existem diversas formas de reduzir o consumo energético das edificações. A mais simples e básica, que deveria ser aplicada a todos os projetos do mundo, é a arquitetura passiva, ou bioclimática. Esta tipologia arquitetônica se preocupa com a incidência de sol, ventos, sombra, entorno, carga térmica dos elementos de fechamento, ventilação cruzada e natural, além de diversos outros requisitos básicos de projeto, que devem ser pensados durante seu desenvolvimento, para melhorar o atendimento às condições climáticas do local de implantação. Quando se tem um projeto que respeita e é condizente com o clima local, com certeza isso influenciará drasticamente no seu consumo de ar condicionado, iluminação, automação e qualquer consumo energético do edifício. Quais são os principais produtos e tecnologias disponíveis para promover a eficiência energética em uma edificação? O mercado atual de fornecedores é bastante amplo e possui uma gama imensa de produtos com menor consumo energético e sistemas com maior eficiência. Existem desde lâmpadas LEDs até elevadores com frenagem re- 12 | Potência | entrevista Maria Carolina Fujihara generativa que produzem energia, ao invés de consumir, quando são acionados os freios. Também podemos citar lâmpadas e equipamentos eletrônicos eficientes, geração de energia renovável in loco por meio de placas fotovoltaicas, turbinas eólicas ou até mesmo aquecimento solar de água, utilização de sistemas de automação que ligam e desligam as luminárias conforme a presença, incidência luminosa ou qualquer outra necessidade em geral e medição e verificação dos sistemas periodicamente. Quais são os principais benefícios proporcionados por essas ações? Além da redução da conta de energia elétrica, reduz-se a demanda geral de energia, fazendo bem ao meio ambiente. implantadas, o retorno pode acontecer em cerca de três a cinco anos. A partir daí, todo o seu consumo é lucro. Existe financiamento específico para essa tarefa? Existem iniciativas de diversos setores para a construção sustentável de uma forma geral, inclusive linhas de financiamento específicas. Em relação à eficiência energética, o Brasil possui o Plano Nacional de Eficiência Energética, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, que entre outras abordagens prevê a redução do consumo energético em 10% até 2030, com incentivos para as edificações que buscarem eficiência. O BNDES possui linhas de crédito específicas para isso. Quais as dificuldades de implantar a cultura da sustentabilidade no setor da construção? Pode variar muito. Os sistemas mais tecnológicos podem custar um pouco mais caro no início, mas o retorno do investimento não tarda a acontecer. Dependendo novamente das abordagens A principal dificuldade ainda é o pré conceito da maioria dos profissionais do setor em relação aos Green Buil dings. Outro ponto de atenção é a falta de conhecimento sobre as principais Foto: Ricardo Brito/Grau 10 Quanto custa fazer a eficientização energética de uma edificação? A visão do setor está se modificando e percebendo a importância das práticas sustentáveis nas construções. práticas sustentáveis hoje vistas no mercado. É por conta deste cenário que o GBC Brasil vem trabalhando na capacitação dos profissionais da área, fornecendo os cursos de MBA em Construções Sustentáveis, além de trabalhar constantemente com a mídia para disseminar cada vez mais estas práticas importantes no mundo de hoje. Como tem evoluído a capacitação de profissionais para atuar nessa área? Acreditamos que a capacitação de profissionais de toda a cadeia é fundamental para a adoção de práticas sustentáveis. Para isso foi criado o Programa Nacional de Educação, que já alcançou mais de 47 mil profissionais com cursos de curta duração, online e MBAs em parcerias com instituições de ensino. O programa está presente em 15 cidades brasileiras que, consequentemente, são as que têm apresentado maior crescimento e destaque em empreendimentos sustentáveis. Além disso, por meio de diretrizes que serão traçadas pelos projetos-piloto do Referencial Casa, um novo curso de MBA está sendo lançado. Trata-se do MBA em Cidades, Bairros e Condomínios Sustentáveis. A saber, o Referencial GBC Brasil Casa® é específico para certificação de residências sustentáveis. O trabalho tem o objetivo de criar parâmetros nacionais de sustentabilidade para residências unifamiliares ou multifamiliares, de baixo, médio e grande porte, que buscam viabilidade econômica, redução do impacto ambiental e a conscientização de todos os envolvidos no setor, além de suprir a demanda crescente do setor residencial. Existem nove projetos-piloto e, ainda este ano, alguns serão finalizados. Voltando a falar sobre a certificação LEED, como estão os números no Brasil e no mundo? Em junho ultrapassamos a marca de 100 empreendimentos com o selo VCL PLUGÁVEL BASE QUADRIPOLAR BASE MONOPOLAR VCL e GCL SLIM BASE BIPOLAR SCL e GCL BASE TRIPOLAR VCL PERFURANTE QUEM USA QUEM USACLAMPER, CLAMPER, TÁ LIGADO! FICA SEMPRE LIGADO! Profissional que não quer dor de cabeça usa Clamper. Possuímos a melhor e mais completa linha de produtos para a proteção de quadros elétricos, seja qual for a sua necessidade. Fique tranquilo com quem é especialista. protetor.eletronico.clamper @clamperoficial www.clamper.com.br CONHEÇA NOSSA LINHA COMPLETA DE PRODUTOS 14 | Potência | entrevista Maria Carolina Fujihara Não é necessário diminuir os padrões de vida, mas é essencial ter maior consciência coletiva e ficar atento às mudanças pelas quais o mundo está passando. Foto: Ricardo Brito/Grau 10 Quais os quesitos a serem atendidos dentro da área de energia para obter a certificação LEED? LEED no Brasil. Mais precisamente, possuímos hoje 109 já certificados e 769 registrados, em processo de certificação. Em termos mundiais, já foram certificados mais de 15.000 empreendimentos e mais de 60.000 estão em processo de certificação. Como tem caminhado a evolução dessa certificação? Cada vez mais percebemos a evolução por meio dos números. No Brasil, nos primeiros meses de 2013, o número de empreendimentos que buscavam o selo aumentou cerca de 40%, em relação ao mesmo período de 2012. Ou seja, cada vez mais, a visão do setor está se modificando e percebendo a importância das práticas sustentáveis nas construções, pois o setor de construção civil é um dos que mais utilizam e transformam recursos naturais. Portanto, se adquirir essas práticas o impacto certamente será reduzido, além da certeza de redução de custos operacionais em longo prazo. Para a certificação LEED para Novas Construções (LEED NC) são três pré- requisitos obrigatórios de atendimento: comissionamento fundamental dos sistemas instalados, desempenho energético mínimo mais eficiente em 10% do que a ASHRAE 90.1 e gestão fundamental de gases refrigerantes. Os créditos tratam de otimização do desempenho energético em até 48% em relação à ASHRAE, podendo ganhar até 19 pontos, geração de energia renovável no local, comissionamento avançado, gestão avançada de gases refrigerantes, medição e verificação das instalações e compra de RECs (certificados de energia renovável). É importante lembrar que a arquitetura e a escolha de equipamentos têm influência direta sobre o consumo energético. Quais os benefícios de obter a certificação LEED? Além de reduzir drasticamente os impactos ambientais da construção civil, que atualmente são a geração de 70 a 80% dos resíduos, consumo de cerca de 47% da energia total gerada, consumo de cerca de 30 a 50% dos recursos naturais e consumo de cerca de 30% da água potável, o empreendimento ganha grande eficiência energética com redução do consumo em até 30%, redução do consumo de água em até 50% e redução da gera- ção de resíduos de até 80%, além de redução de custos em manutenções em toda a vida útil do prédio. Outro ponto importante é que um empreendimento certificado tende a ter aumento em seu preço de revenda em torno de 10% a 20%. Em sua opinião, que motivação predomina no Brasil: financeira ou ambiental? Ambas estão interligadas. Não existe sustentabilidade se não há viabilidade econômica. A cultura do desperdício ainda é forte no País? Como mudar isso? De certa forma sim. Acredito que sempre tivemos abundância de recursos, nunca tivemos que racionar nada, como a Europa, por exemplo, que já passou por duas guerras mundiais, fazendo com que os brasileiros tivessem essa cultura do desperdício bastante enraizada. Vivemos num país abundante de recursos naturais, vegetação nativa, energia limpa, agricultura e pecuária intensiva. Mas acredito que o mundo está mudando, e se não tivermos consciência que nossa atuação local influenciará na atividade global, não sobreviveremos a este processo de mudança. Não é necessário diminuir os padrões de vida ou voltar a viver em comunidades independentes, mas é essencial ter maior consciência coletiva e ficar atento às mudanças pelas quais o mundo está passando. 16 | Potência | Matéria de Capa Plano Inova Energia Incentivo à Plano Inova Energia, lançado pelo governo federal, pode elevar investimentos em pesquisa e desenvolvimento a um novo patamar no setor eletroeletrônico brasileiro. Por Marcos Orsolon I nvestir em inovação no Brasil nunca foi tarefa fácil. Embora o País tenha cases de sucesso para apresentar ao mundo, com destaque para a construção de Itaipu e para as áreas de etanol e biodiesel, o fato é que a maior parte das empresas afirma ter dificuldades para destinar recursos para a pesquisa e desenvolvimento. Geralmente, as multinacionais acabam optando por fazer estes aportes em outras regiões, onde já possuem laboratórios montados e a cultura da inovação se mostra mais presente. As companhias nacionais, por sua vez, cobram mais estímulo por parte do governo, seja através de isenções fiscais ou de linhas de crédito mais atrativas. Nesse contexto, um fato novo acaba de surgir na área de energia e promete elevar não apenas o nível das discussões, mas principalmente o volume dos investimentos em inovação. Foi o lançamento, no âmbito do governo federal, do Plano de Apoio à Inovação Tecnológica no Setor Elétrico, ou simplesmente Plano Inova Energia. Como explica Caio Torres Mazzi, coordenador Técnico do Inova Energia, este programa surgiu no contexto do Inova Empresa, um amplo plano de investimentos em inovação do governo federal que prevê a articulação de diferentes ministérios e grande aporte de recursos para estimular o desenvolvimento da inovação no Brasil. No caso específico do Inova Energia, a sua estruturação envolveu Finep, BNDES e Aneel, sendo que as duas primeiras entidades, a princípio, irão disponibilizar para o programa R$ 2,4 bilhões (R$ 1,2 bilhão cada). A Agência Nacional de Energia Elétrica colocou à disposição outros R$ 600 milhões. Um ponto relevante é que este programa não começa do zero. Ele foi inspirado no Programa PAISS (Plano BNDES-FINEP de Apoio Matéria de Capa | Potência | 17 Plano Inova Energia rea :D Foto e tim ms 18 | Potência | Matéria de Capa à Inovação dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico), implantado em 2011, que também previa a utilização conjunta de instrumentos reembolsáveis e não reembolsáveis do BNDES e da Finep. “O Inova Energia é a terceira rodada de programas conjuntos de fomento. Sua inspiração original foi o PAISS, que trouxe bons resultados no setor sucroalcooleiro, o que nos faz acreditar que o programa de fomento pode ser um modelo interessante de atuação”, comentou Maurício Neves, superintendente do BNDES, no lançamento do Inova Energia, ocorrido em primeiro de abril de 2013, durante a AbineeTec, em São Paulo. Para ter uma dimensão da força do PAISS, entre 2012 e 2015 ele deverá somar R$ 3,1 bilhões em investimentos voltados à inovação. Em 2010, o setor sucroalcooleiro havia investido R$ 114,1 milhões. “É um resultado que nos faz parar para pensar, dado que nenhum instrumento novo foi criado pelo BNDES ou pela FINEP”, analisou Maurício Neves, lembrando que o programa de apoio conjunto não pressupõe a criação de nenhum instrumento novo de Foto: Ricardo Brito/Grau 10 Plano Inova Energia Este é um programa que mostra que ciência, tecnologia e inovação têm de atuar como eixo estruturante do programa de desenvolvimento sustentável do País. Marco Antonio Raupp | MCTI crédito ou financiamento por parte das entidades de fomento, sejam eles reembolsáveis ou não. O que há de novo é o processo, a lógica de funcionamento. “Serão utilizados os instrumentos padrão da Finep para o Inova, como o crédito reembolsável do Inova Brasil, a Subvenção Econômica e financiamentos não reembolsáveis para projetos cooperativos entre Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT) e empresa”, explica Caio Torres Mazzi, destacando alguns pontos positivos do Inova Energia: “Ele prevê a interlocução entre diferentes agentes atuantes no setor de energia, o que permite congregar diferentes aspectos sobre o setor. Além disso, o programa proporciona um efeito sinérgico importante, na medida em que direciona diferentes instrumentos de apoio financeiro para temáticas específicas”. Programa faz parte de um plano maior de estímulo à inovação Foto amstime : Dre Antes de nos aprofundarmos no Inova Energia, vale uma explanação sobre o Inova Empresa, que pode ser considerado como um grande guarda-chuva, sob o qual fazem (e farão) parte vários programas que colocam a inovação no centro das atenções. Grosso modo, o Inova Empresa é um grande programa de investimentos, que atinge diretamente vários setores da economia, como o de petróleo, saúde, energia e sucroalcooleiro. Para a sua estruturação, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação atuou como o principal articulador e formulador, envolvendo outros dez ministérios, além de empresas, como a Petrobras, e as agências reguladoras, como a Aneel. “Este é um programa que mostra que ciência, tecnologia e inovação têm de atuar como eixo estruturante do programa de desenvolvimento sustentável do País. É um plano robusto, sem precedentes e com valores muito altos. São R$ 32,9 bilhões para 2013 e 2014. Destes, R$ 28,5 bilhões são diretos do governo federal, sendo operados pelo BNDES e pela Finep. E com o apoio de entidades como a Agência Nacional do Petróleo (ANP), Aneel e Sebrae, que vão oferecer mais R$ 4,4 bilhões para esse esforço em torno da inovação no Brasil”, afirmou Marco Antônio Raupp, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, durante o evento de 20 | Potência | Matéria de Capa Plano Inova Energia time Foto: Dreams lançamento do Inova Energia. Raupp completou: “A nossa estratégia para inovação se baseia em três pontos: ampliação dos investimentos; maior apoio a projetos de risco tecnológico e o fortalecimento das relações entre ICTs e empresas”. Glauco Arbix, presidente da Finep, também destacou na ocasião que o Brasil tem boas chances de se tornar uma potência global na área energética, e que o Inova Empresa, através de seus vários programas, pode ajudar, e muito, nessa caminhada. “No caso da área de energia, a partir das descobertas do pré-sal, juntamente com a nossa competitividade no etanol, se nós investirmos em pesqui- sa, teremos condições de transformar o País numa potência global. Mas, insisto, temos que investir e elevar o padrão dos nossos projetos, da nossa pesquisa, daquilo que é desenvolvido dentro das empresas. A tecnologia é chave para nós”, destacou Arbix, ressaltando que não haverá falta de recursos para quem quer desenvolver tecnologia no Brasil. Inova Energia é estruturado em torno de áreas temáticas Foto: Ricardo Brito/Grau 10 Como foi colocado anteriormente, o Plano Inova Energia é um programa destinado a aprimorar a coordenação das ações de fomento à inovação e à integração dos instrumentos de apoio disponibilizados por Finep, BNDES e Aneel, com o objetivo de desenvolver o setor de energia. No entanto, até pela abrangência desse mercado, os organizadores do programa selecionaram algumas áreas temáticas para direcionar os empreendedores interessados em inscrever seus projetos. Esta, aliás, é uma formatação que vale para todos os programas que fazem parte do Inova Empresa. “Todo ‘Inova’ tem um edital com áreas temáticas, escolhidas a partir de um diagnóstico feito pelas partes envolvidas. No caso do Inova Energia, as equipes das três instituições (Finep, Aneel e BNDES) se juntaram, mapearam o setor, conversaram com vários Não haverá falta de recursos para quem quer desenvolver tecnologia no Brasil. Glauco Arbix | Finep players e identificaram onde que, do ponto de vista tecnológico, olhando para a frente e projetando o futuro, existem janelas de oportunidades para a inserção, dado que pesquisa, desenvolvimento e inovação não são objetos de curto prazo”, explica Maurício Neves, acrescentando que, após este período de análise, foram definidas três áreas temáticas: Smart Grid e Transmissão em Ultra Alta Tensão (UAT), energias alternativas (solar fotovoltaica, termossolar e eólica) e veículos elétricos, híbridos e convencionais eficientes. Máximo Pompermayer, superintendente da Aneel, justifica a seleção das áreas. “A rede elétrica inteligente abre caminhos para várias outras coisas, inclusive interação com a área de fontes renováveis, a questão da eficiência energética e os veículos elétricos. Mas especificamente nessa área de redes 26 28 Setembro/2013 CENTRO DE CONVENÇÕES DE PERNAMBUCO RECIFE - PE Qui. e sex. - 16h às 22h | Sáb. - 10h às 16h OS MAIOR ES Com 21 anos de existência, a Feicon Batimat é o principal salão de construção da América Latina. Agora, esse grande evento chega ao Nordeste, um dos maiores centros nacionais de progresso e oportunidades. DO SETOR RQUITET DECORAÇURA ÃO GRANDE NEGÓCIO S S E DESIGN O PRINC IPAL SALÃO D A AMÉRICA MUITOS L AGORA N ATINA O RECIFE LANÇAM ENT E NOVIDA OS D DO MERC ES ADO O evento inova lançando no Brasil um novo formato de abordagem com a participação de renomados arquitetos e lojas do setor. A DECOR PRIME SHOW trará, em um mesmo espaço, ambientes projetados e show room de grandes marcas de design. VISITE E TENHA GARANTIA DE BONS NEGÓCIOS! FAÇA JÁ SEU CREDENCIAMENTO ONLINE! É RÁPIDO, FÁCIL E GRATUITO. 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Assim como a de veículos elétricos”, avalia o executivo. Pompermayer também cita que a iniciativa reforça a preocupação das entidades envolvidas em discutir assuntos de grande relevância para o setor elétrico. Além disso, lembrou que os investimentos em inovação podem ajudar o Brasil a reduzir a dependência tecnológica que possui em vários setores da economia, entre eles, alguns na área de energia elétrica. Sem contar que os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e ino- vação podem abrir oportunidades interessantes às empresas estabelecidas no Brasil, ou que estudam a possibilidade de entrar no mercado brasileiro. Pompermayer cita que na parte de equipamentos para Smart Grid, por exemplo, há uma grande oportunidade para estruturarmos uma indústria para produzir localmente e não apenas importar os vários dispositivos e equipamentos que envolvem uma rede elétrica inteligente. “Não estamos propondo a reinvenção da roda, mas acho que tem muito espaço aqui para uma estruturação da indústria nacional em torno desses vários dispositivos e equipamentos que essa rede elétrica demanda. Obviamente, em parceria com empresas e instituições que estão mais à frente em Foto: Ricardo Brito/Grau 10 Plano Inova Energia Os investimentos em inovação podem ajudar o Brasil a reduzir a dependência tecnológica que possui em vários setores da economia. Máximo Pompermayer | Aneel relação a isso, mas fazendo a devida transferência tecnológica e o desenvolvimento nacional”, completa. Empresas do setor reagem bem ao plano Foto: Dreamstime Ao to e In do, 3 7 s e Te tituiç 3 em ins cnol ões C pre cre s ó ver gicas ientífi as am c no (ICTs) as pro gra se ma . A julgar a repercussão entre as empresas do setor elétrico, o Inova Energia já pode ser considerado um sucesso. E isso pode ser confirmado no número de inscrições, que foram finalizadas no dia 03 de maio. Segundo os organizadores do programa, ao todo, 373 empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) se inscreveram no programa, com projetos que geram uma demanda de R$ 12,3 bilhões. O montante é praticamente três vezes maior que o previsto inicialmente pelas entidades de fomento, que não descartam a possibilidade de ampliar o volume de dinheiro para atender às solicitações. Mas essa decisão será tomada apenas após a conclusão da etapa de seleção dos planos de negócios que foram apresentados para cada projeto, prevista inicialmente para novembro desse ano. Até porque, há a possibilidade de parte dos projetos serem desconsiderados por não atenderem às exigências do plano. Fabián Yaksic, gerente de tecnologia da Abinee, entende que o interesse das empresas do setor eletroeletrônico no Inova Energia decorre da própria carência de estímulos à inovação no País. “Trabalhamos há muito tempo na questão da inovação e da necessidade das empresas trabalharem a inovação. E quando o governo sinalizou que haveria recursos, e são recursos consideráveis, de R$ 3 bilhões para a parte de energia, as empresas tiveram uma repercussão extremamente favorável. Tanto, que num prazo relativamente curto desde que o Inova Energia foi lançado (cerca de um mês), um número grande de projetos foram apresentados”, destaca. O executivo da Abinee cita que ainda há um percurso a ser percorrido, onde os planos de negócios apresentados pelos interessados no final de julho deverão ser analisados pelos responsáveis do programa, até que, em 28 de novembro, sairá o resultado final dos planos de negócios com os recursos. Devido ao grande número de projetos inscritos, há ainda a possibilidade desta data ser revista. Matéria de Capa | Potência | 23 Plano Inova Energia Plano trará resultados favoráveis ao setor como um todo, alavancando os projetos de inovação. Fabián Yaksic | Abinee “A resposta inicial do setor ao programa, apresentando grande demanda de recursos, indica que ele provavelmente será efetivo em enfrentar muitos desafios dessa indústria”, afirma Mazzi. Seguindo a mesma linha de raciocínio, Fabián Yaksic entende que, a partir da execução do programa e dos projetos, é possível caminharmos para um novo patamar de inovação no setor, pelo menos na área de energia. “Acho que o programa pode ser um divisor de águas. As empresas vão sentir que temos recursos para trabalhar de forma sustentável na inovação de energia. Será uma ação muito positiva a partir de 2014”, ressalta. Foto: Ricardo Brito/Grau 10 “O programa estabelece que até 90% será feito com recursos da Aneel, Finep ou BNDES, dependendo do projeto. E 10% com recursos próprios das empresas. Acredito que isso trará resultados muito favoráveis para o setor como um todo, porque vai possibilitar que se alavanque os projetos de inovação de forma considerável. Será muito positivo”, avalia Yaksic. Para Caio Torres Mazzi, o Inova Energia poderá representar um marco no desenvolvimento de inovação no setor energético nacional, pois, além de possibilitar a integração de instrumentos de apoio financeiro de instituições que já tinham forte exposição aos setores abarcados, o programa está focado em temas que estão na vanguarda tecnológica do setor elétrico. 24 | Potência | Matéria de Capa Plano Inova Energia Hoje, os processos de inovação exigem a estruturação de ecossistemas, o compartilhamento de especialidades entre empresas. Objetivos do Plano Inova Energia Na parte de medição inteligente, por exemplo, Marcos Leão, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Itron, acredita que o Inova Energia será fundamental para estimular o desenvolvimento de produtos e soluções sob medida para a realidade brasileira. Ele lembra que a iniciativa complementa a Resolução 502/2012, que regulamenta a medição inteligente para consumidores residenciais, primeiro passo para a concretização do conceito de Smart Grid no Brasil. “A implantação das redes elétricas inteligentes permitirá maior modernização, confiabilidade e eficiência no fornecimento de energia e maior conscientização e participação do consumidor no gerenciamento do sistema elétrico e de seu próprio consumo. Ainda nesse sentido, possibilitará iniciativas como o uso da geração distribuída ou cogeração de energia e a adoção da tarifa branca, que aperfeiçoarão o perfil do consumo de energia no Brasil e seus impactos financeiros e ambientais”, explica o executivo. A diretoria da Light também reconhece a importância do Inova Energia para o setor elétrico e, em especial, para os projetos de Smart Grid das concessionárias, uma vez que agrega os esforços da Aneel, Finep e BNDES no mesmo programa, aproximando ainda os ICTs, fornecedores de equipamentos e de sistemas de software. “Diversos projetos de inovação, implantação e ampliação de fábricas deverão ser viabilizados no Programa Inova Energia”, avaliam os executivos da Light. 1 Apoiar o desenvolvimento e a difusão de dispositivos eletrônicos, microeletrônicos, sistemas, soluções integradas e padrões para implantação de redes elétricas inteligentes (smart grids) no Brasil; 2 Apoiar as empresas brasileiras no desenvolvimento e domínio tecnológico das cadeias produtivas das seguintes energias renováveis alternativas: solar fotovoltaica, termossolar e eólica para geração de energia elétrica; 3 Apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento de integradores e adensamento da cadeia de componentes na produção de veículos elétricos e híbridos a etanol, e melhoria de eficiência energética de veículos automotores no País; Fonte: BNDES Foto: Ricardo Brito/Grau 10 Luciano Coutinho | BNDES 4 Aumentar a coordenação das ações de fomento e aprimorar a integração dos instrumentos de apoio financeiro disponíveis. Programa estimula a inovação de caráter sistêmico O caráter sistêmico tem sido apontado como um ponto altamente positivo do programa. Não que as iniciativas isoladas, sejam de indústrias ou de ICTs, sejam malvistas. Ao contrário, elas continuam sendo bem-vindas e apoiadas, tanto pelo governo, quando pelas entidades de fomento. “Mas entendemos que o grande potencial, a renovação sistêmica, é a junção de atores. Existe um estímulo grande para a parceria no âmbito do programa de fomento à inova- ção como esse”, declara Maurício Neves. Luciano Coutinho, presidente do BNDES, completa: “O Inova Energia reservará R$ 3 bilhões para a promoção da inovação empresarial, sendo que o destinatário, o ator desse processo, é a empresa privada em conjugação com parceiros. Porque, hoje, os processos de inovação exigem a estruturação de ecossistemas, o compartilhamento de especialidades entre empresas”. Caio Mazzi vai além e afirma que a estruturação de parcerias entre empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas possibilitará a integração entre pesquisa básica e aplicada e a efetiva introdução de novos produtos no mercado. “Desse modo é que se alcançará a sistematicidade pretendida”, destaca. As empresas que apresentaram projetos também nutrem uma expectativa positiva em relação aos possíveis resultados do programa e seu perfil colaborativo entre os vários agentes envolvi- Matéria de Capa | Potência | 25 Plano Inova Energia pal vantagem é a proteção de receita das empresas distribuidoras de energia elétrica através da redução dos custos de operação e detecção de perdas não técnicas (fraudes), resultando em uma tarifa mais barata para os consumidores”, explica Leão. Já a Light inscreveu o projeto “Medição e Automação Integradas – Light”. Na verdade, a companhia já vem desenvolvendo uma estratégia de inovação em Smart Grids por meio de recursos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Setor Elétrico e de recursos próprios. Assim, o projeto inscrito no Inova Energia consiste em dar continuidade às ações do Programa Smart Grid com foco em telemedição, automação nas redes subterrâneas com comunicação RF Mesh e nas redes áreas com comunicação GPRS. Segundo a direção da empresa, foi desenvolvido um Plano de Negócios de dez anos para a implantação da tecnologia com protocolo aberto a dois milhões de medidores inteligentes, mil religadores de rede aérea de distribuição e quatro mil câmaras subterrâneas, possibilitando o compartilhamento da mesma rede inteligente por sistemas de telemedição e automação de redes de distribuição. Linhas temáticas do Plano Inova Brasil O fomento e a seleção de Planos de Negócio no âmbito do Inova Energia se destinarão a cadeias produtivas ligadas a três linhas temáticas: Fonte: BNDES dos. “A Itron acredita que o Inova Energia vai impulsionar a área de pesquisa no setor energético no Brasil uma vez que proporciona a integração de empresas com interesses comuns, mas que, sozinhas, dificilmente teriam oportunidade e recursos financeiros para investir em projetos de tamanha magnitude”, comenta Marcos Leão, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa. Leão observa ainda que, mais do que nunca, as distribuidoras no Brasil terão que buscar melhores níveis de eficiência e isso só é possível por meio de tecnologia. “Modernização em um sentido mais amplo só pode ser alcançada com parceria entre distribuidoras, empresas de tecnologia, órgãos reguladores, etc. Esse tipo de colaboração acelera o ciclo de inovação e guiará a inovação de maneira muito mais rápida do que qualquer companhia poderia conseguir sozinha”, completa Leão. A Itron inscreveu o projeto Plataforma Integrada de Medição Antifraude no Inova Energia. A proposta é desenvolver uma rede inteligente de medição centralizada de energia com foco na identificação de perdas não técnicas via sistema. “Na prática, a princi- Redes Elétricas Inteligentes (Smart Grids) e Transmissão em Ultra-Alta Tensão (UAT) Geração de Energia através de Fontes Alternativas Veículos Híbridos e Eficiência Energética Veicular “O objetivo do projeto é, portanto, a aplicação em larga escala dos produtos resultantes dos projetos de P&D, com ênfase na redução de perdas e inadimplência”, afirma a direção da Light, destacando que, para o desenvolvimento do projeto, foram firmadas parcerias com diversas empresas e ICTs, como o CPqD, LacTec, CAS Tecnologia, Eletra e Axxiom. Cabos de Alumínio Multiplexado, Duplex 10mm2 até o Quadruplex 120mm2, isolados em PE/XLPE. Anil Metais, qualidade e serviço iluminando o nosso futuro. 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Ainda é preciso resolver sérios problemas estruturais para que a atividade deslanche, mas as perspectivas são positivas, por conta da tendência mundial de queda do custo da tecnologia e do crescente reconhecimento da importância das fontes de energia limpa em todo o planeta. No momento, a produção de energia solar fotovoltaica no País é bastante modesta. Segundo dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), até 2012, os sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica no Brasil geravam entre 1,4 e 1,5 Megawatt-pico (MWp). Mercado pequeno Até o momento, Brasil possui apenas duas fábricas de módulos fotovoltaicos. mercado | Potência | 27 Painéis Fotovoltaicos Apoio ao desenvolvimento tecnológico e mstim Drea Foto: Ricardo Brito/Grau 10 ção: Em 2012, foram instalados 2MWp. Ou seja, a base acumulada ao final do ano passado chegou a 3,5MWp. Para 2013, a expectativa é que a capacidade instalada atinja 30MWp. Apesar de partir de uma base pequena, o crescimento não deixa de ser substancial. No cenário internacional, os números impressionam. Em 2012, o parque fotovoltaico global totalizava 100GW instalados. Segundo o relatório “Estádios Solares - Opção Sustentável para a Copa 2014 no Brasil”, a capacidade de vendas do mercado fotovoltaico mundial passou de 176MWp, em 1999, para 14.200MWp em 2009. Ou seja, um crescimento de 7.968%, em dez anos. A eletrônicos de alto valor agregado. E mais: num momento em que a palavra de ordem é agregar valor, a indústria fotovoltaica é um campo fértil também para o desenvolvimento local de soluções tecnológicas inovadoras. Nesse aspecto, a VIS Technology é uma das empresas brasileiras que têm se destacado. Um rastreador solar inteiramente nacional (solar tracker) foi desenvolvido pela equipe e logo chamou atenção do mercado. Assim, o projeto foi adquirido por outra companhia, que adaptou o mesmo para uso em uma grande usina solar com módulos geo-referenciados. O sistema eletromecânico posiciona os painéis solares perpendicularmente em relação ao Sol, de forma a obter o máximo da radiação solar. O diferencial da solução é a orientação geo-referenciada, não dependendo das condições climáticas ou visibilidade para se orientar. Ele baseia-se na posição aparente do Sol, apontando diretamente para o mesmo quaisquer que sejam as condições climáticas. A empresa já se dedica ao desenvolvimento de novos projetos. “Uma das ideias a Ilustr Quando um País detém controle total sobre a produção de determinado bem, desde a matéria-prima até a manufatura em si, a tendência é impulsionar também outras cadeias produtivas e favorecer os campos da pesquisa e da inovação. Neste caso específico, partindo do ponto que o Brasil possui grandes reservas de silício e um potencial solar inesgotável, promover o desenvolvimento da indústria fotovoltaica é um passo fundamental para consolidar o País na posição de liderança no universo das energias renováveis e, mais do que isso, para garantir sua autonomia energética por tempo indeterminado. Esse processo proporcionaria também um avanço significativo para a indústria eletroeletrônica como um todo, pois o silício é vital ainda para a fabricação de componentes eletrônicos, especialmente semicondutores, o que lhe dá um forte viés estratégico, pois poucos países no mundo dominam completamente essa cadeia de produção. Vale lembrar que os semicondutores são utilizados largamente em quase toda a indústria de produtos elétricos/ envolve a instalação de usinas solares comunitárias nos pequenos e médios municípios, através da qual vários usuários podem usufruir dos recursos proporcionados por uma usina solar fotovoltaica”, revela Carlos Evangelista, diretor da VIS. “Essa ideia não é uma invenção nossa, mas é absolutamente nova no Brasil. Foi adaptada à nossa regulamentação e às tecnologias disponíveis no País e possibilita que qualquer cidadão, tenha ele capacidade de investimento ou não, esteja ele localizado em local de muita insolação ou na sombra, possa utilizar a tecnologia fotovoltaica para converter energia solar em energia elétrica. É a abundância da energia solar levada a todos os cidadãos igualmente. Isso sim que é luz para todos”, projeta Evangelista. venda de módulos fotovoltaicos, especificamente, aumentou 140%, somente no período compreendido entre o fim de 2008 e o fim de 2009. O relatório em questão foi elaborado pela Universidade Federal de Santa Catarina e Instituto para o Desenvolvimento das Energias Alternativas na América Latina (Ideal) para a Agência de Cooperação Técnica Alemã - GTZ. Temos uma política distorcida que só atrapalha, a ponto de ser mais vantajoso importar do que produzir no Brasil. Carlos Evangelista | VIS Technology 28 | Potência | mercado Construções sustentáveis A princípio, qualquer tipo de edifício pode receber módulos fotovoltaicos e gerar a própria energia. ção de leilões exclusivos de energia fotovoltaica no ambiente regulado poderia fazer o preço cair - como aconteceu com a fonte eólica -, além, claro, de estimular a demanda. Entretanto, pode ser que a realização desse desejo tenha de esperar um pouco mais. O Leilão A-3/2013, previsto para outubro, de fato será aberto à fonte solar (fotovoltaica e heliotérmica). Entretanto, o páreo será duro. Serão negociados contratos na modalidade ‘por quantidade’ para empreendimentos hidrelétricos e na modalidade ‘por disponibilidade’ para empreendimentos de geração a partir de fonte eólica, solar, termelétrica a gás natural e a biomassa. Além disso, também poderão participar do leilão os empreendimentos de geração que utilizem Foto: Ricardo Brito /Grau 10 A Alemanha, a propósito, é a maior produtora de energia solar do mundo. Japão, República Tcheca e Bélgica também se destacam no ranking dos principais geradores, embora possuam extensão territorial muito menor e condições climáticas menos favoráveis que o Brasil. Analisando essa conjuntura, é impossível não se indignar com o fato de que essa fonte ainda não alcançou uma participação mais significativa na nossa matriz elétrica. “O Brasil detém um dos maiores índices de irradiação solar do mundo. O lugar menos ensolarado do País recebe 40% mais energia que o lugar mais ensolarado da Alemanha”, compara Arthur Ribeiro, coordenador da EnerSolar+Brasil/Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar, realizada em julho em São Paulo (SP). Na opinião do executivo, o custo da energia solar no Brasil é o maior entrave do setor. “Faltam políticas que incentivem a inovação tecnológica e que reflitam no desenvolvimento de um parque industrial nacional e no aumento da oferta de equipamentos solares”, analisa. De fato, o custo da geração solar fotovoltaica ainda é bem mais alto que outras fontes. Alguns agentes do setor estimam que esse preço possa chegar a R$ 300 o megawatt- hora (MWh). Só para ter ideia da discrepância, vale lembrar que no Leilão de Energia A-5/2012, realizado em dezembro passado, o preço médio dos projetos contratados foi de R$ 93,46/MWh, no caso da fonte hídrica, e de R$ 87,94/ MWh, para a eólica. Os agentes do mercado solar acreditam que a realiza- Foto: Dreamstime Painéis Fotovoltaicos como combustível principal a biomassa composta de resíduos sólidos urbanos e/ou biogás de aterro sanitário ou biodigestores de resíduos vegetais ou animais, assim como lodos de estações de tratamento de esgoto, que serão enquadrados como empreendimentos termelétricos a biomassa. Para Carlos A. F. Evangelista, diretor da VIS Technology, empresa que atua no desenvolvimento de projetos na área de energias renováveis, competir com as fontes hídrica e eólica é uma missão ingrata, neste momento. “É a mesma coisa que fazer uma luta de MMA e colocar juntos os pesos pesado, médio e pena. A energia solar é peso pena, ainda. Provavelmente algumas empresas entregarão propostas, mas do jeito que está configurado o leilão, dificilmente elas conseguirão competir com um preço factível”, acredita Evangelista. Conforme defende o Grupo Setorial de Sistemas Fotovoltaicos da Abinee, a realização de um leilão específico proporcionaria uma série de oportunidades ao Brasil. Patrocínio Master Apoio Institucional Realização 30 | Potência | mercado Painéis Fotovoltaicos Afinal, um aumento substancial da demanda poderia colocar o País na vitrine da área solar (até por conta do período de retração do mercado mundial) e reforçaria sua posição já privilegiada na cadeia de energias renováveis. Também atrairia empresas competitivas no nível global, promovendo a cadeia produtiva local e beneficiando o consumidor final. Serviria ainda de incentivo a fabricantes locais de módulos fotovoltaicos, inversores, estruturas metálicas, cabos, disjuntores e quadros elétricos – principais itens que compõem os sistemas. Isso sem falar na possibilidade de desenvolvimento da indústria de semicondutores e componentes eletrônicos. Além do custo ainda relativamente alto, existem outros ‘inconvenientes’ que atrapalham a massificação da tecnologia fotovoltaica. Como o retorno pode demorar alguns anos, o investimento acaba ‘concorrendo’ com outras prioridades mais imediatas do consumidor, como a compra de eletrodo- mésticos, eletrônicos e até automóveis. Conforme destaca a Abinee, um dos entraves para o desenvolvimento do setor no Brasil é a falta de linhas de financiamento que permitam que o sistema fotovoltaico seja pago com o custo evitado do consumo de energia elétrica do domicílio. Segundo cálculos da associação, as linhas de crédito direto ao consumidor final precisam de prazos superiores a dez anos e juros inferiores a 8,5% para efetivar a viabilidade dos sistemas. O mercado fotovoltaico aposta ainda em outro artifício para crescer e se desenvolver com mais vigor: o net metering. Esse regime permite que o consumidor instale geradores em sua propriedade (painéis solares fotovoltaicos, por exemplo) e produza sua própria energia - ainda que parcialmente. Quando a geração de energia for maior que o consumo no local de uso, o saldo positivo de eletricidade (energia excedente que é injetada na rede) servirá para abater o consumo nesse mesmo local ou em outro ponto (com mesmo CNPJ OU CPF). Esse abatimento virá na fatura do mês subsequente. Para tanto, basta comunicar a distribuidora de energia local, que após uma vistoria com a devida aprovação do sistema instalado, já configura o cliente como mini ou micro produtor de energia. A microgeração engloba a produção de 0 a 100kW, enquanto e minigeração vai de 100kW a 1MW. Existe a expectativa de uma boa adesão a esse sistema. Entretanto, ninguém contava com um empecilho: a incidência de ICMS sobre a energia excedente que o consumidor injetar na rede. O fato caiu como um balde de água fria no setor. “Isso está desincentivando o investimento em geração distribuída no mercado fotovoltaico. Sem contar que também são cobrados PIS e Cofins”, confirma Carlos Evangelista. De qualquer forma ele ainda acredita que esse sistema poderá alavancar o mercado de energia fotovoltaica e diz que é preciso ter paciência, pois o net metering ainda é uma experi- Foto: Dreamstime Telhados e até lagos podem receber painéis Estimativa do custo de investimento em sistemas fotovoltaicos - referência no Brasil (R$/kWp) (1) Potência Residencial (4-6kWp) Residencial (8-10kWp) Comercial (100kWp) Industrial (≥1.000kWp) Painéis (2) Inversores Instalação e montagem Total 4,88 4,42 3,81 3,50 1,25 1,09 0,92 0,66 1,53 1,38 1,18 1,04 7,66 6,89 5,91 5,20 Notas: (1) Calculado a partir de referências internacionais (US$ 1 = R$ 1,75), com acréscimo de 25% de tributos nacionais. (2) Painéis fixos, que não acompanham o movimento do Sol. Fonte: EPE De graça O Sol pode oferecer a energia necessária para alimentar pontos de iluminação nas vias públicas. mercado | Potência | 31 Painéis Fotovoltaicos Foto: Divulgação/Coelba/Shirley Stolze Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica no Brasil Instalados até 2012 = 1,4 a 1,5MWp Instalados em 2012 = 2MWp Acumulado 2012 = 3,5MWp Estimativas 2013 = 30MWp Fonte: Grupo Setorial de Sistemas Fotovoltaicos – Abinee ência de poucos meses. Segundo o executivo, alguns estados já estariam estudando uma possível modificação na legislação, para que o ICMS deixe de ser cobrado. “Os governos estão sensíveis ao problema, mas não é algo que se muda da noite para o dia. Depende-se de resoluções, leis ou decretos. Estamos em uma fase de ajustes”, reconhece Evangelista. Para o executivo, é importante criar e manter canais de comunicação entre a sociedade, meio acadêmico, governo e a indústria. “Algumas leis ou resoluções, por vezes, são adequadas do ponto de vista regulatório, mas sofríveis para incentivar o desenvolvimento do mercado, criar demanda Bahia Estádio de Pituaçu é o primeiro da América Latina a contar com geração fotovoltaica. e estimular a indústria nacional. Sem um incentivo adequado estamos fadados a sermos meros usuários de tecnologia vinda de fora ou compradores de equipamentos produzidos no exterior”, alerta Evangelista. LINHA INDUSTRIAL HD PLASTIBRAS ® PARA QUEM NÃO ABRE MÃO DE QUALIDADE, DURABILIDADE E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE. HD ABNT NBR 15.715:2009 NBR 15.073:2004 Com fio guia 50kgf de tração www.plastibras.ind.br Bitolas de 40 a 200ml Bitolas de 100 a 200ml 32 | Potência | mercado O mais importante é que já aconteceu o start do programa, abrindo a possibilidade para que praticamente todo tipo de propriedade venha a se tornar uma usina elétrica em escala reduzida. “A energia solar fotovoltaica tem duas características que a torna versátil para instalar quase em qualquer lugar: como o sistema é modular, pode começar pequeno e ir crescendo, sem a necessidade de um projeto grande e complexo desde o início. Além disso, é possível produzir e consumir no mesmo local”, defende Evangelista. É possível instalar desde um pequeno número de painéis sobre o telhado das residências até fazer parques geradores de maior porte, ocupando a cobertura de edificações como shoppings, supermercados, universidades e aeroportos, por exemplo. Os módulos fotovoltaicos também podem cobrir fachadas de prédios e até mesmo ser instalados em estruturas flutuantes sobre lagos ou às margens de estradas. É possível ainda construir pequenos sistemas isolados para alimentar o bombeamento de água, a irrigação de plantações, estações repetidoras e unidades de backup de telecomunicações. Outra tendência que vem ganhando força é a instalação de usinas solares fotovoltaicas sobre a cobertura de estádios de futebol. Em Belo Horizonte (MG), por exemplo, o Mineirão, que receberá jogos da Copa do Mundo FIFA 2014, conta com 6 mil módulos, que representam 1,42MWp de potência instalada - energia suficiente para atender ao consumo de 900 residências. As motivações para adoção do sistema fotovoltaico são diversas. O sistema pode ser bastante útil em locais onde a rede elétrica convencional não chega ou como fonte complementar onde ainda se usa combustíveis caros e poluentes, como óleo diesel. Carlos Evangelista conta que a VIS Technology fechou recentemente um contrato interessante no interior de São Paulo. A empresa ficará encarregada de projetar, montar e operar uma miniusina fotovoltaica de 150kWp de potência dentro de um condomínio industrial. “Os objetivos Foto: Dreamstime Painéis Fotovoltaicos desse cliente são diminuir a conta de luz das empresas e transmitir a imagem de ambiente sustentável”, enumera o executivo. Indústria brasileira ensaia primeiros passos sobrevivência para os empresários. No setor eletroeletrônico a situação é ainda mais complicada em de- A alta carga de impostos, as deficiências na infraestrutura básica e a burocracia são verdadeiros testes de Fotos: Divulgação/Cemig Conforme retratado frequentemente pela imprensa, as dificuldades de se produzir no Brasil são enormes. Oportunidades Módulos fotovoltaicos podem ser instalados no telhado de shoppings, supermercados e estádios, na cobertura de estacionamentos, na fachada de prédios e até sobre lagos. mercado | Potência | 33 Painéis Fotovoltaicos time Ilustração: Dreams terminados nichos, por conta de especificidades que resultam em uma total falta de competitividade. Na opinião dos especialistas, a fabricação de módulos fotovoltaicos está entre aquelas que não dispõem de incentivos suficientes. “Muito pelo contrário. Temos uma política distorcida que só atrapalha, a ponto de ser muito mais vantajoso importar do que O Brasil já se destaca produzir no Brasil”, lamenta Carlos Evanna produção do silício, um gelista. dos elementos importantes Uma das dificuldades para produzir para a fabricação dos módulos fotovoltaimódulos fotovoltaicos. cos no País é a indisponibilidade local de insumos. É o caso de vidros e plásticos especiais, que precisam ser importados. A história por trás do silício, que serve de matéria-prima para a produção de células fotovoltaicas, é um claro exemplo das nossas deficiências. O Brasil possui amplas reservas desse elemento e até se destaca na produção do chamado ‘silício grau metalúrgico’ (99,5-99,9% de pureza). Entretanto, as células fotovoltaicas exigem o uso do ‘silício grau solar’, mais puro (99,999-99,9999%). A transformação do grau metalúrgico em grau solar exige uma grande e dispendiosa capacidade industrial, que hoje o País simplesmente não tem. O mais grave é que exportamos silício grau metalúrgico a menos de três dólares o quilo e importamos si- 34 | Potência | mercado lício grau solar a trinta dólares o quilo, em média. O consumo de silício na indústria solar fotovoltaica em 2009 foi superior a 100.000 toneladas, e as perspectivas de crescimento do consumo do silício de grau solar (SiGS) indicam um consumo superior a 200.000 toneladas em 2020, representando um mercado de aproximadamente US$ 5 bilhões, mesmo considerando taxas de crescimento mais modestas que as atuais (27% ao ano). Em tempo: o Brasil é hoje um dos maiores produtores mundiais de silício grau metalúrgico, com capacidade de produção de aproximadamente 200 mil t/ano. Um dos motivos que desestimulam os investimentos em grande escala no setor fotovoltaico nacional é a pequena demanda. Entretanto, há quem defenda que esses investimentos deveriam ser feitos antes mesmo do mercado estar maduro. “O País precisa de empreendedores externos e internos, empresários que acreditem na inovação, corram riscos e tenham visão de mercado, e não de empresas que apenas querem subsídios, esperando colher os frutos de um mercado maduro, e que só decidam investir quando este já estiver explodindo de oportunidades”, alfineta Evangelista. A carência de mão de obra especializada sempre foi outro problema sério para o setor. Finalmente o mercado reagiu e começam a surgir cursos de graduação e especialização. Além disso, muitos estrangeiros estão vindo para o País em busca de trabalho, atraídos pelo potencial do mercado. Quanto ao futuro do Brasil nesta área, segundo os especialistas, a tendência é surgirem novos fabricantes, ainda que com linhas de produção pequenas, mais para atender à demanda local com pronta-entrega e participar de licitações do que para competir mundialmente. É esperar para ver. Foto: Dreamstime Painéis Fotovoltaicos Massificação Em todo o mundo, tendência é de queda dos preços dos módulos fotovoltaicos, o que pode favorecer a disseminação dessa tecnologia. Neste momento, o País conta com apenas duas fábricas de módulos fotovoltaicos: a Tecnometal, de Campinas (SP) e a AGA Brasil, que começou a produzir em junho último na cidade de Eusébio (CE), na Região Metropolitana de Fortaleza. Por enquanto a AGA dedica-se à produção de painéis solares Modelo MC60 (policristalinos) com tecnologia canadense DAY4 e à distribuição de produtos importados da empresa italiana BS Energie. A capacidade de produção atual é de 1MWp/mês. A programação para 2014 é elevar este número para 6MWp/mês. Os principais clientes da empresa são os instaladores e os distribuidores. David Banon, diretor Comercial da companhia, destaca que o mercado promissor levou a AGA a produzir módulos fotovoltaicos no Brasil. De acordo com ele, as vendas vão bem, considerando o atual momento por qual passa o País. “Falo por mim, como profissional com experiência na Europa e aqui no Brasil: as empresas podem esperar o melhor”, anima-se. Sobre as dificuldades encontradas pela AGA em sua experiência no Brasil, Banon cita basicamente os problemas que todo empresário já conhece bem: altos impostos, falta de incentivo, de legislação e também de mão de obra especializada. “Temos de formar pessoal”, destaca o executivo. O potencial do mercado brasileiro atraiu recentemente mais um player de peso, a chinesa Yingli, uma das maiores fabricantes de módulos fotovoltaicos completamente integrada verticalmente. A empresa abriu escritório em São Paulo neste ano, mas, por enquanto, não prevê instalação de fábrica no País. Através da marca Yingli Solar, a companhia atende aos mercados europeu, asiático e americano, entre outros. No Brasil, um dos contratos prevê o fornecimento de painéis para o Estádio do Maracanã. CADERNO Atmosferas Explosivas • CADERNO Atmosferas Explosivas • CADER 36 | Potência | Seguros e Áreas Classificadas CADERNO Ex RO SEGU * 100% Foto: Dreamstime % 00 RO * 100% S GU EG E S 100% SEGU RO SEGURO 00% *1 *1 O* UR Foto: Dreamstime ERNO Atmosferas Explosivas • CADERNO Atmosferas Explosivas | Potência | 37 Seguros e Áreas Classificadas Semguranca, se sem seguro Empresas que não cuidam adequadamente de suas áreas classificadas enfrentam dificuldades para firmar contratos com as companhias seguradoras. O setor de áreas classificadas vive um momento de forte evolução no Brasil. Depois de anos sendo tratado de forma indevida, com negligências de toda ordem, o mercado vem se organizando e cresce o número de empresas interessadas em fazer um bom trabalho nesse setor, tornando suas plantas mais seguras e eficientes. Mas a que se deve este fenômeno? Na verdade, não há apenas um motivo. Este segmento foi se organizando aos poucos no País, de forma gradativa. De um lado, os próprios agentes do setor se mobilizaram para criar e publicar normas técnicas alinhadas ao que há de mais moderno no mundo. De outro, o mercado tem sofrido a influência, benéfica, de Leis, Portarias e Normas Regulamentadoras mais recentes, que induzem as empresas e profissionais a seguirem estas normas. Agora também notamos uma influência nessa área que, de certa forApoiador: ma, tem surpreendido algumas companhias. São as empresas seguradoras que, desde 2007, quando o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) deixou de ter o monopólio em sua área de atuação, passaram a adotar uma postura diferente em situações em que um eventual seguro envolve indústrias com áreas classificadas. Em outras palavras, muitas dessas empresas passaram a negar o seguro para plantas que apresentam riscos. E com a negativa, muitas indústrias “correm” para regular a situação para não ficarem “descobertas”. Ou seja, há um novo estímulo para avanços no setor de áreas classificadas. Mas por que a quebra de monopólio do IRB na parte de resseguros levou a esta mudança nas diretrizes das seguradoras? Para responder a esta questão, é preciso entender a importância do resseguro nesse contexto. Quando o seguro envolve grandes valores, como é o caso de uma indústria ou plataforma Reportagem: Marcos Orsolon de petróleo, por exemplo, o risco não é absorvido apenas por uma companhia. Em geral, a seguradora transfere parte desse risco para outras companhias, de forma a reduzir suas responsabilidades. Grosso modo, é como se ela fizesse um contrato de “seguro do seguro”, uma medida que visa diluir os riscos. “Uma seguradora não vai bancar sozinha um seguro de R$ 10 ou R$ 20 milhões. Ela vai ressegurar, porque tem um limite. Pode ocorrer, por exemplo, de ela ter um limite de R$ 3 ou R$ 4 milhões e o valor que passar disso ela faz o resseguro”, explica Paulo Roberto de Campos Castro, executivo da Paulo Castro & Associados, que foi diretor do Bradesco e fundador da Bradesco Previdência Privada. Ocorre que no Brasil, até 2007, o IRB detinha o monopólio dessa área de resseguros. Mais que isso, o Instituto, criado em 1939, ressegurava praticamente tudo o que aparecia, mesmo em situações de grande risco. Uma situação bastante cômoda para as indústrias Apoio Institucional: CADERNO Atmosferas Explosivas • CADERNO Atmosferas Explosivas 38 | Potência | que precisavam de uma apólice, mesmo sem dar a devida atenção a suas áreas classificadas. Mas a situação mudou. Em 2007 teve início a abertura do mercado brasileiro de resseguros e o IRB entrou em uma nova fase, se tornando “apenas mais um player no mercado”. Com isso, suas políticas internas foram revisadas e as taxas para aceitação de riscos, atualizadas. “O IRB passou a ficar com 60% do resseguro. Agora, esse percentual passou para 40%. E tem um detalhe: hoje, o IRB não é obrigado a assumir os 40%. Ele pode dizer que não aceita o risco. Ele mudou, é mais um competidor no mercado, não sendo obrigado a acei- Foto: Dreamstime Seguros e Áreas Classificadas tar tudo como ocorria no passado”, comenta Paulo Castro, que completa: “O ressegurador vive desse resseguro, mas ele quer saber o tamanho do risco de cada operação”. O fato é que a quebra de monopólio tornou o mercado mais exigen- te. Segundo Castro, hoje o mercado de Londres, na Inglaterra, é que tem sido utilizado pelas seguradoras para fazer o resseguro. “E o mercado de Londres não aceita risco, ele não tem obrigação de aceitar o risco. O IRB tinha, pois era o único ressegurador”, observa. CADERNO Ex Vivemos um período de transição no mercado As multinacionais já entendem que não vale a pena correr o risco de ficar sem seguro. Paulo Roberto de Campos Castro | Paulo Castro & Associados Apoiador: Project-Explo. Na opinião de Rausch, o setor passa hoje por um período de transição, onde as próprias seguradoras têm investido para se preparar melhor para atender a este tipo de cliente, especialmente no momento de fazer a inspeção nas plantas fabris. “É complicado passar este tipo de conhecimento. Mas algumas seguradoFoto: Divulgação Ao adotar uma postura mais cautelosa frente os riscos que envolvem as áreas classificadas, as seguradoras têm provocado mudanças importantes no comportamento das indústrias, ou pelo menos em parte delas. Isso porque para não ficarem sem seguro, muitas acabam optando por investir nas correções necessárias, seguindo todas as etapas, o que inclui o estudo de classificação de área e a adoção das medidas para garantir a redução e o controle dos riscos. “O que precisa ser entendido é que é um direito da corretora não aceitar fazer o seguro de uma empresa que não é segura, que não segue as normas. Por isso, muitas empresas estão sendo induzidas a fazer este trabalho de adequação para atender as exigências das seguradoras”, explica Ivo Rausch, gerente da ras já vêm se preparando desde 2007. As grandes empresas, principalmente as multinacionais, estão trazendo este treinamento, pois já têm essa consciência no exterior”, destaca Rausch, ponderando que o processo ainda está em evolução: “Às vezes, nos deparamos com exigências descabidas feitas pelas seguradoras em determinadas empresas. Nesse momento é que percebemos que o processo está em evolução. Mas há a tendência das seguradoras terem cada vez mais profissionais treinados para essa área, justamente para conseguir identificar qual empresa pode segurar e qual não pode”. Segundo Rausch, os efeitos no mercado são visíveis em função da atuação das seguradoras, inclusive com o aumento de consultas e contratação de serviços. “Já tivemos alguns trabalhos gerados em função de exigências de seguradoras. Algumas vezes porque a empresa sequer tinha um estudo de classificação de área. Mas também tiveApoio Institucional: a sta Lim i t p a B eiro. Oliveira m e i d r p a r o d i n o filho, f o rizi a l a e h c c r o a R M ntos da a s a r i e per APOIO patrocínio CADERNO Atmosferas Explosivas • CADERNO Atmosferas Explosivas • CADER 40 | Potência | É um direito da corretora não aceitar fazer o seguro de uma empresa que não é segura. Ivo Rausch | Project-Explo mos casos pontuais de exigências absurdas que foram feitas. Nos casos em que há exagero, o importante é que do lado do segurado exista o conhecimento técnico para contra-argumentar. Isso vale para seguradora, Ministério do Trabalho, auditorias da ISO, etc”, orienta. Um aspecto a ser considerado, é que nem sempre os exageros e absurdos ocorrem por má fé. Há também desconhecimento e má interpretação das normas técnicas. Rausch alerta que é preciso ter cuidado na interpretação e cita como exemplo de exagero um Foto: Ricardo Brito/Grau10 Seguros e Áreas Classificadas caso que vivenciou recentemente numa fábrica de tintas. Na ocasião, havia a constatação de que para fazer a manu- tenção no ambiente com área classificada deveriam ser utilizadas ferramentas de um material não faiscante, feitas de ligas que não geram centelhas. Só que este é um material bem mais caro, inviável para a empresa em questão. “Ao analisar a situação, notamos que, para efetuar a manutenção, a empresa para o processo, limpa o chão e mede o ambiente para garantir que não há mais risco de explosão. Apenas depois disso é que a área é liberada para que o eletricista possa trabalhar. Ou seja, ela elimina a área classificada antes de fazer a manutenção. E se não tem mais área classificada, não precisa da ferramenta especial”, esclarece. Há empresas trabalhando sem seguro Foto: Dreamstime CADERNO Ex Se a maior rigidez por parte das seguradoras tem levado algumas empresas a regularizarem sua situação, há também uma fatia do mercado que ainda não se sensibilizou com a situação e, mesmo sendo alertada sobre os riscos de explosão, não toma as devidas providências. Via de regra a situação tem se mostrado melhor nas grandes empresas nacionais e, principalmente, nas multinacionais que trazem a cultura da segurança seguida por suas matrizes. “As multinacionais já têm isso organizado, pois sabem que uma explosão pode levar a um incêndio e à destruição de sua empresa. Elas entendem que não vale a pena correr o risco de ficar sem seguro”, afirma Paulo Castro. De outro lado, persiste em uma faixa do mercado a sensação de que os alertas são “exagerados” e que os riscos não são tão grandes. “Muita empresa acha que estamos exagerando, que há muita fantasia nisso tudo. Isso porque nunca tiveram problema. Mas isso não significa que elas estejam seguras”, comenta Nelson López, presidente da ABPEx. O resultado é que essas empresas são inspecionadas pelas seguradoras - que identificam os riscos e explicam o que deveria ser feito para eliminá-los ou controlá-los -, mas se negam a fazer o seguro. “O pior de tudo é que este pessoal fica sem cobertura, mas permanece tranquilo, mesmo sabendo que há risco de explosão”, lamenta Paulo Castro. Para Nelson López, outro problema é que muitas empresas apresentam falhas graves de comunicação entre o setor financeiro, que é o responsável pela contratação do seguro, e o departamento de segurança, de engenharia, que é o responsável pela implantação de soluções seguras. 100% SEGURO ERNO Atmosferas Explosivas • CADERNO Atmosferas Explosivas | Potência | 41 Seguros e Áreas Classificadas I N F O R M E P U B L I C I TÁ R I O Extreme Soluções eficientes A Project-Explo é a mais tradicional empresa especializada em Atmosferas Explosivas do país. Há mais de 25 anos oferece soluções e presta serviços de alto nível em todo o Brasil e América Latina, apresentando soluções práticas e eficientes para prevenção, proteção, controle e eliminação de riscos de explosões. Para maiores detalhes ou informações, contate-nos através do www.project-explo.com.br ou pelo tel. 11 5589-4332. “Às vezes fico surpreso de ver que o departamento financeiro não sabe nem que o sistema ressegurador brasileiro não é mais monopólio do IRB. E, por isso, continua com a postura de sempre: ‘seja qual for o risco, ele será segurado pelo IRB’. Mas a realidade é outra. E ele fica sabendo disso apenas quando contata uma seguradora que faz a inspeção do risco na empresa e não aceita fazer o seguro”, lamenta López. Outro argumento usado pelas empresas que insistem em não se adequar, é que elas não dispõem de recursos para investir nos ajustes necessários. Pensando nisso, a ABPEx conseguiu aprovar uma linha de crédito junto ao BNDES em novembro de 2012, com condições especiais de taxas e prazos. Algumas empresas já tiraram proveito da iniciativa, mas ainda há bastante espaço para evolução. Apoiador: // SENSORES PARA AMBIENTES EXTREMOS A steute traz ao mercado brasileiro o Ex RC 2580, um novo sensor magnético certificado para a utilização em zonas com risco de explosão 1 e 21, de acordo com a ATEX. Por ter grau de proteção IP 69K e corpo em aço inoxidável, é adequado para utilização em indústrias alimentícias e em temperaturas que vão de -40°C a 70°C. www.steute.com.br Wireless Automation Meditec Apoio Institucional: 42 | espaço abreme Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos Refletindo sobre o contexto das mudanças. Carlos Soares Peixinho | Diretor Colegiado Abreme | [email protected] O peramos em um país que deve chegar a duzentos e cinquenta milhões de habitantes em algumas décadas. Nossos recursos naturais ainda se encontram em grande parte inexplorados. Esta combinação, disponibilidade de mercado consumidor e fatores de produção, devem sempre representar oportunidades de bons negócios e investimentos. Os efeitos da migração da população das áreas agrícolas para os centros urbanos em nosso país se fazem sentir mais do que nunca. As recentes manifestações nas ruas, que surpreenderam a todos, com desdobramentos ainda desconhecidos, colocam o Brasil em outro momento distinto da recente euforia vivida quando o PIB crescia a mais de sete por cento ao ano baseado em uma economia de consumo. A competição por atração de capital e investimentos entre os países é cada vez mais evidente. Atualmente observamos a economia dos Estados Unidos sendo considerada entre as melhores oportunidades de investimento. Mesmo tendo originado a maior crise econômica das últimas décadas, os Estados Unidos oferecem ambientes de negócios com forte atração de capital baseados no tamanho do mercado, moeda forte, juros baixos, respeito às regras, estímulo ao empreendedorismo e inovação, entre outros. Os desafios do ambiente internacional e a competição sobre oportunidades de investimentos se agravam, assim como os gargalos internos de nossa economia e infraestrutura. Do lado positivo, a retomada do crescimento dos Estados Unidos, a manutenção do mercado comum europeu e do euro, bons indicadores econômicos no Japão e Alemanha, devem realimentar os motores da economia mundial juntamente com a China (também passando por processo de rees- truturação) especialmente na demanda por nossas commodities agrícolas e minerais. O crescimento da classe média brasileira demonstrou o potencial do país além dos recursos naturais. A necessidade e urgência de reformas na saúde, educação, tributos e previdência social parecem estar atingindo um consenso semelhante ao que resultou há quase duas décadas no Plano Real, que serviu de base para o crescimento do país verificado nos últimos anos. Trata-se, portanto, da necessidade de continuar as reformas. Não podemos conviver com escolas de meio período, programas pedagógicos defasados, má gestão dos recursos nas cadeias de ensino. Como dizem os especialistas, precisamos de duas ou mais gerações até que o problema educacional seja resolvido. É tempo demais. Portanto, não se pode continuar protelando a implantação da reforma na educação. Somente com cidadania, pessoas saudáveis que estudam e se aprimoram, atingiremos um patamar de melhoria contínua que não admite retrocesso. Do ponto de vista dos negócios, este é o único ambiente possível para atingir produtividade e vantagem competitiva. Uma palavra sobre a indústria. O termo país industrializado já foi usado para definir o grau de desenvolvimento de uma sociedade. Depois, se utilizou o termo emergente. Hoje parece mais apropriada a definição de país avançado. Para que o Brasil seja um país avançado, precisamos da indústria. Qual é o perfil da indústria do terceiro milênio? Há necessidade de diversificação da matriz energética, sustentabilidade na utilização dos recursos, eliminação de resíduos tóxicos, absorção de mão de obra qualificada, fontes de financiamentos economicamente viáveis e boas práticas de gestão. O desenvolvimento requer a integração entre o mundo acadêmico e a atividade econômica. A universidade deve ser celeiro de empreendedorismo, urbanismo, inovação, pesquisa, desenvolvimento e geração de patentes. Estamos servindo a um mercado inserido nas transformações tecnológicas, com demandas por máxima eficiência, equilíbrio e ética na utilização de recursos, bem-estar das pessoas e respeito ao meio ambiente; conciliados com retorno atrativo aos investidores. Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos FUNDADA EM 07/06/1988 Rua Oscar Bressane, 291 - Jd. da Saúde 04151-040 - São Paulo - SP Telefone: (11) 5077-4140 Fax: (11) 5077-1817 e-mail: [email protected] site: www.abreme.com.br Membros do Colegiado Roberto Said Payaro Nortel Eletricidade Suprimentos Industriais S/A Francisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda. José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda. José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda. Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda. Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda. Marcos Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda. Conselho do Colegiado Nemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda. Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industrial Ltda. Daniel Tatini Grupo Sonepar Secretária Executiva Nellifer Obradovic 44 | espaço abreme P E R F I L D O A Alumbra 50 anos de mercado F undada em 1963, a Alumbra é uma empresa 100% nacional especialista na fabricação e comercialização de materiais elétricos e de iluminação. Com sede em São Bernardo do Campo (SP), numa área de 20.000m² que conta com duas fábricas e cinco armazéns logísticos, a empresa possui sistema de gestão da qualidade certificado, desde 1994, pela IS0: 9001:2008, e, ao longo dos 50 anos de mercado, tem desenvolvido produtos que conferem conforto, segurança e economia aos consumidores. A Alumbra tem posição de destaque entre as principais empresas do setor e orienta os negócios visando atender a vários níveis de público-alvo: lojistas, distribuidores, atacadistas, eletricistas, engenheiros, projetistas, arquitetos, designers e consumidores de todas as classes sociais. A sua política de qualidade prevê que os consumidores devam ter suas necessidades atendidas em todos os aspectos. A multiplicação dos produtos e soluções que a empresa oferece aos mercados de materiais elétricos, iluminação, comando e proteção industrial, é a maior prova de que a Alumbra elevou seu índice de crescimento anual. Para se manter competitiva, a empresa aposta em duas estratégias: ampliar e melhorar constantemente o mix de produtos e oferecer soluções de alta qualidade, tecnologicamente evoluídas e que respeitem o meio ambiente. Também entende que, hoje, além de qualidade e confiabilidade, os consumidores buscam produtos de alta performance, tecnologia, segurança e ótima relação custo x benefício. S S O Foto: Divulgação Materiais elétricos Com mais de 10 linhas de produtos para o segmento de materiais elétricos, a Alumbra produz e comercializa uma ampla gama de soluções para instalações elétricas em baixa tensão, incluindo interruptores, tomadas, plugues, conectores, canaletas e acessórios que tornam a instalação bonita, segura e confiável. A empresa entende a importância de oferecer uma proposta diferente para cada tipo de necessidade dos projetos elétricos e de decoração, por isso oferece linhas de interruptores e tomadas como Bliss, com 17 opções de cores de placas para harmonizar, contrastar ou realçar a decoração dos ambientes; e a Inova, que permite o ajuste e nivelamento das placas de interruptores e tomadas à superfície da parede através de Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos I A D O Foto: Divulgação C mercado Empresa é especialista na fabricação de materiais elétricos e itens de iluminação. um sistema exclusivo de presilhas serrilhadas que substituem os tradicionais suportes, com rapidez e economia. Há ainda as linhas Allegra, que conta com 12 opções de cores de molduras, a Ravelo, a Siena, a Bari e a tradicional. Iluminação B A companhia conta também com a linha Superled, com produtos de última geração como lâmpadas, acendimento instantâneo, excelente luminosidade com menor consumo de energia, proporcionando melhor rendimento em relação às demais lâmpadas. Disponíveis nas versões MR, AR, PAR, A19, Fitas e Mangueiras luminosas, e refletores de LED. As Luminárias decorativas para Lâmpadas Eletrônicas e de LED, as Luminárias de Alto Rendimento e as Luminárias de emergência completam o mix que a Alumbra oferece aos clientes e consumidores. Industrial A Alumbra também investe em soluções para a área industrial. Entre os destaques está a linha de comando e proteção Smart Tec, que representa uma nova geração de produtos e soluções industriais da empresa, destinada às instalações que necessitam de maior nível de proteção, controle de energia, segurança e desempenho. São disjuntores termomagnéticos em caixa moldada, de 6 a 630A, que suportam altas correntes de curto-circuito e têm capacidade de operação em altas temperaturas, além de contatores de potência, blocos de contato auxiliar e relês térmicos, que são dispositivos destinados a manobra e proteção de motores em geral, evitando danos ou a queima dos mesmos. As chaves de partida magnética e disjuntores-motor completam o mix de dispositivos de comando e proteção, que tem como proposta principal garantir R E M E a integridade e segurança dos circuitos, redes elétricas, aparelhos e, sobretudo, a vida humana. Todos estes produtos e soluções fazem parte da atividade de uma empresa que demonstra postura consciente, correta e que entende que a responsabilidade socioambiental é a forma de se pensar no futuro do planeta. Em todas as linhas, a Alumbra garante uma produção ecologicamente responsável, além de oferecer diversos produtos que geram economia de energia, sejam residenciais ou comerciais. No dia a dia da indústria, a Alumbra economiza água ao máximo e trata todos os efluentes. Recicla os resíduos plásticos, faz coleta seletiva, gerencia a energia utilizada. Não emite gases ou substâncias que poluam o ar, tampouco poluição sonora. Os métodos de comunicação da empresa e estratégias de marketing também evoluíram ao longo dos anos. A propaganda “boca a boca”, que foi eficiente no começo de sua história, deu lugar a campanhas publicitárias de nível nacional, na TV, rádio, internet, revistas especializadas e promoção no ponto de venda, onde, através de parcerias com lojistas, garantimos que os produtos ganhem posição de destaque na gôndola. Por fim, é uma empresa de 50 anos que se renova a cada dia através de muito trabalho, e que faz parte da vida, da casa, dos negócios e dos projetos de seus consumidores através de uma postura sólida e consistente. Hoje, esses consumidores podem encontrar na Alumbra uma empresa nacional, com padrões de qualidade equivalentes aos das melhores empresas do mundo. Fotos: Divulgação Recentemente, a Alumbra ampliou os negócios ao lançar produtos e soluções em iluminação. A proposta central é oferecer a luminosidade adequada para cada tipo de ambiente ou projeto. Hoje, a empresa também concentra esforços para comercializar uma grande família de lâmpadas compactas, miniespirais, tubulares, halógenas e de vapores de alta pressão. A informação Trabalho de divulgação e informação é essencial para o sucesso da empresa. 46 | Potência | Radar Comércio Internacional Oportunidades no exterior KRJ avança no mercado dos Emirados Árabes Unidos e incrementa vendas para países do Oriente Médio. O Foto: Dreamstime sucesso de uma indústria depende de diversos fatores. Boa gestão, qualidade e diversidade de produtos, política de preços adequada e bom nível dos colaboradores são alguns desses aspectos. Mas há outros, como a definição da política de vendas, que pode estar direcionada exclusivamente ao mercado doméstico, às exportações, ou que mescla as duas modalidades. A KRJ, que há dez anos desenvolve e produz conectores elétricos, optou pela última alternativa. Tradicional fornecedora do mercado nacional, a empresa tem deflagrado diversas ações para incrementar as vendas para outros Reportagem: Marcos Orsolon países. E, a julgar pelos resultados, a estratégia tem dado certo. De acordo com o engenheiro Roberto Karam, diretor Comercial da companhia, o volume total de exportações da empresa já corresponde a cerca de 25% das vendas. Os destinos variam entre países da América Latina, Europa e Ásia. E as ações em busca de novos mercados não param, sendo que um foco importante tem sido os países do Oriente Médio. Atualmente, a KRJ exporta produtos para os Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Líbano. E, segundo Karam, a empresa trabalha forte para ampliar a participação de seus produtos nesses mercados. “Nosso objetivo é levar so- luções e melhorias para a rede elétrica desses países”, declara o executivo, revelando que os itens mais comercializados para esta região são os conectores da família KLOK e da família KATRO. O trabalho com foco no Oriente Médio teve início em 2010 e ele foi motivado, em grande parte, pelas características similares das redes elétricas de alguns dos países da região com as redes instaladas no Brasil. Como explica Karam, diante dessa realidade “a KRJ vislumbrou a oportunidade de negócios e foi atrás dos potenciais mercados e compradores”. O resultado deste trabalho é que, para 2014, a companhia estima exportar cerca de US$ 2 milhões para os países do Oriente Médio. Radar | Potência | 47 Comércio Internacional Outro fato relevante para os planos da companhia que acaba de ocorrer, foi sua aprovação como fornecedora de conectores para via aérea pela DEWA - Dubai Electricity & Water Authority, empresa responsável pela distribuição de energia em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Conforme revela Karam, a aprovação é resultado de mais de dois anos de teste em campo dos conectores PT e KLOK, que até o presente momento atenderam a todas as especificações técnicas necessárias ao mercado local, sem apresentar nenhuma dificuldade de funcionamento ou problema de ordem técnica. O engenheiro explica que os conectores PT e KLOK apresentam difeFoto: Divulgação Obviamente, para entrar em qualquer mercado é preciso estar preparado, principalmente no que tange às características técnicas dos produtos ofertados. Por isso, foi necessário que a KRJ investisse em testes de laboratório credenciado e de acordo com as normas internacionais antes de iniciar as exportações para esta região. Em alguns casos, também foram feitas pequenas modificações nos produtos, de acordo com a demanda e a necessidade dos clientes. Um exemplo deste trabalho ocorreu em maio, quando um grupo de engenheiros da empresa jordaniana IDECO - Irbid Electricity estiveram no Brasil para fazer a homologação industrial da KRJ para torná-la apta a fornecer para a Jordânia. “Eles vieram conhecer a empresa, os processos produtivos e de qualidade, assim como a equipe de desenvolvimento, além de estreitar o relacionamento com a nossa equipe de vendas”, comenta Roberto Karam, acrescentando que, na oportunidade, também foi realizada uma visita à Câmara Árabe, entidade a que a KRJ está associada. A KRJ vislumbrou a oportunidade de negócios e foi atrás dos potenciais mercados e compradores. Roberto Karam | Diretor Comercial renciais competitivos importantes. O KLOK, por exemplo, é fabricado em liga de alumínio com um acabamento superficial inibidor da corrosão galvânica, permitindo conexões com condutores de cobre ou alumínio no range de 16 a 400mm2, utilizado em conexões de equipamentos e acessórios para rede de distribuição elétrica de média e baixa tensão. Em função de seu projeto eletromecânico, apresenta grande confiabilidade elétrica graças ao conceito de conexão por efeito mola que alia facilidade de aplicação e possibilidade de reutilização, sem afetar a estrutura dos condutores aos quais estavam conectados. Já o conector PT pode apresentar mínimas perdas de energia devido ao conceito de conexão por efeito mola. Normalmente, ele pode ser aplicado em condutores de alumínio, sólidos ou encordoados, e possui graxa antióxida como fornecimento regular nos componentes montados do conector, que tem função de limpeza de óxidos durante a aplicação do conector e proteção do contato elétrico contra corrosão. 48 | Potência | economia Vendas de iluminação A fim de estreitar o relacionamento com um de seus principais públicos- alvo, a SIL anunciou o patrocínio da Série C do Campeonato Brasileiro de Futebol, com base na Lei de Incentivo ao Esporte. O marketing esportivo tem sido uma importante ferramenta de divulgação da marca, em um canal de comunicação que ‘fala’ diretamente aos profissionais especificadores. A ação envolve a instalação de placas estáticas nos estádios durante os jogos da série, com a transmissão de algumas partidas por emissora de TV a cabo. “A marca SIL já é reconhecida no meio esportivo graças à paixão dos consumidores e instaladores pelo futebol e ao apoio que a empresa direciona ao esporte”, afirma Rodrigo Morelli, supervisor de Marketing da SIL. Este ano a SIL já patrocinou a série A dos Campeonatos Paulista e Carioca. No rádio, a empresa patrocina os segmentos de futebol da Rádio Bandeirantes, em São Paulo, e Rádio Tupi, no Rio de Janeiro. Outros destaques são os patrocínios ao programa esportivo Cartão Verde, transmitido pela TV Cultura; e ao Torneio Internacional de Seleções de Futebol Feminino. Para Morelli, essas são ações que trazem um retorno positivo para a empresa, tanto institucional como mercadológico. As vendas no varejo de produtos de iluminação apresentaram crescimento de 3% em julho, na comparação ao mês de junho. Os dados foram apurados pelo Instituto Anamaco de Pesquisas em todos os estados do País para a pesquisa mensal Abilux/Anamaco. Os demais segmentos do setor da construção avaliados pelo instituto apresentaram um aumento no volume de vendas que variou de 7% a 12%. Além dos produtos de iluminação, ‘metais’ também apresentou aumento - um crescimento de 4%. Os lojistas das regiões Centro-Oeste e Nordeste foram os que registraram melhor desempenho nas vendas de produtos de iluminação em julho. Para o mês de agosto as perspectivas são de que as vendas permaneçam nos mesmos patamares das verificadas em julho. Capacidade fabril A Forjasul Eletrik, empresa de materiais elétricos da Tramontina, tem planos ousados de crescimento para os próximos anos. E, para dar suporte aos avanços, a companhia tem investido constantemente na melhoria dos seus processos fabris e na ampliação da capacidade produtiva. Uma das últimas ações nesse sentido foi a aquisição de um forno de indução da marca Inductotherm, já em operação na fábrica de Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul. O novo equipamento se junta aos outros dois fornos que a Forjasul Eletrik possui nessa unidade fabril, e sua instalação eleva a capacidade de processamento de alumínio para 3.500 toneladas por ano. “Nos últimos anos temos incrementado os investimentos no parque fabril para assegurar e aprimorar a qualidade dos produtos, além de ampliar nossa capacidade de produção”, declara Roberto Aimi, diretor da Forjasul Eletrik, acrescentando que o forno atenderá às demandas de todas as divisões da empresa. Balança deficitária Foto: Dreamstime Foto: Divulgação Apoio ao esporte Foto: Dreamstime finanças & investimentos Dados da Abinee apontam que, no acumulado de janeiro-junho de 2013, o déficit da balança comercial de produtos do setor eletroeletrônico atingiu US$ 17,72 bilhões, 10% acima do ocorrido no mesmo período de 2012 (US$ 16,16 bilhões). O maior déficit ocorreu com os países da Ásia (US$ 13,0 bilhões), sendo US$ 7,5 bilhões com a China e US$ 5,5 bilhões com os demais países daquele continente. Para o ano de 2013, é esperado que o déficit atinja US$ 35,5 bilhões, 9% superior ao ocorrido em 2012 (US$ 32,5 bilhões). Encontro político A ABB anunciou a aquisição da empresa francesa de software Newron System. A intenção é expandir sua abrangência de mercado e seu portfólio de automação predial. As partes concordaram em não divulgar os termos da transação. A Newron System, localizada em Toulouse, desenvolve soft wares para soluções de automação predial e faz suas vendas através de distribuidores e instaladores. O software permite que dispositivos, como controles de persianas e luzes, se comuniquem uns com os outros, além do gerenciamento centralizado. A aquisição reforça a estratégia da ABB no crescente mercado de automação predial, que é de expandir seu alcance de mercado e portfólio para parceiros. O software Newron System complementa a linha de produtos da empresa, adicionando soluções de automação flexíveis ao portfólio. A empresa será integrada à divisão de Produtos de Baixa Tensão (LP) da ABB. “As soluções do software de automação predial premium da Newron System vão ganhar alcance mundial através da rede de vendas da ABB”, afirma Hans-Georg Krabbe, chefe da unidade de negócios de Wiring Accessories, que acrescenta: “Estamos comprando software avançado e know how. Essa aquisição irá ampliar nossa oferta em soluções de automação predial”. O presidente da Abinee Humberto Barbato participou no último dia 16 de agosto, em São Paulo, da reunião do Fórum Nacional da Indústria da CNI. O evento, coordenado pelo presidente da CNI Robson Braga de Andrade, contou com a presença do ministro da Fazenda Guido Mantega, que conversou com líderes empresariais sobre as perspectivas para a economia neste segundo semestre. Na ocasião, Barbato apresentou ao ministro os dados do setor eletroeletrônico, que, após obter desempenho modesto no primeiro semestre, espera por melhores resultados para o decorrer do ano. “As expectativas são melhores do que vinham acontecendo, mas as indústrias ainda demonsau tram precaução em relação aos rumos da econoGr ito/ Foto: Ricardo Br mia”, afirmou o presidente da Abinee. Esta impressão do setor eletroeletrônico vai ao encontro das perspectivas apresentadas por Mantega, que acredita em recuperação para o segundo semestre. De acordo com o ministro, os leilões de concessão de obras de infraestrutura, a inflação, que começa a dar sinais de estabilidade, e a expansão do crédito deverão contribuir para este desempenho. 10 Aquisição Passeio ciclístico Em comemoração aos seus 90 anos, a Lorenzetti patrocinou a primeira edição do passeio ciclístico noturno Night Riders. O evento ocorreu dia 17 de agosto e teve como cenário os principais pontos turísticos do centro de São Paulo. “Para a Lorenzetti, o patrocínio ao evento foi fundamental para a disseminação do uso das bicicletas como meio de transporte, ação positiva para o desenvolvimento de São Paulo, além da fomentação do ciclismo como prática esportiva”, afirma Alexandre Tambasco, gerente de Marketing da companhia. Foto: Dreamstime INTELIGÊNCIA EM COMPONENTES PROFISSIONAIS Micro Chaves MARQUARDT - Alemanha Alta qualidade e confiabilidade. As chaves de tecla da Marquardt são utilizadas em diversas aplicações, entre elas equipamentos médicos, eletrodomésticos, máquinas industriais e equipamentos de som. Possuem aprovação UL, VDE e ENEC. Seu diferencial está na alta capacidade de corrente e tensão, encontradas de 1 a 3 pólos, até 400V e 25A. IP65. Estão disponíveis em diversos modelos, cores, tamanhos, serigrafias, terminação dos contatos e capas de proteção. www.sob-brasil.com REVISTA POTENCIA - MARQUARDT CHAVE 010813_FINAL.indd 1 (11) 5090-0030 • [email protected] 02/08/2013 14:02:12 50 | Potência | vitrine Produtos e soluções Automação residencial Com gabinete feito em material ABS autoextinguível, a linha iTouch da Sob-Brasil é indicada para automação residencial, sendo dividida em três opções: IShape, STD, e CSF. O IShape tem como característica a flexibilidade, já que aceita vários tipos de painéis na parte frontal: plástico, vidro ou com toque integrado às funções do painel. A versão STD é mais simples, uma vez que não necessita de painel, mas sim de um equipamento com display e função de toque integrado ao painel. O CSF é mais semelhante às aplicações tradicionais, com cores coordenadas e painel frontal fechado, podendo ser equipado com botões. Termômetro infravermelho O termômetro infravermelho TI-410 é o mais novo lançamento da Instrutherm. O aparelho vem com câmera digital integrada com resolução de 640x480 pixels, laser duplo que facilita a visualização do alvo ou local durante a medição, ajuste de emissividade, função de gravador de vídeos em AVI, fotos em JPG, entrada para cartão MicroSD de até 8 GB, soquete para Termopar tipo K e bateria recarregável, além de medir temperatura e umidade do ar. O equipamento é de fácil manuseio, com display LCD colorido, controles de data e hora e desligamento automático. Durabilidade e eficiência Com a proposta de oferecer ao mercado uma ampla linha de produtos com qualidade e eficiência energética, a Sylvania apresenta as novas lâmpadas Led TUB 8, com opções de 9 e 18W, em 100 e 240V. Com vida mediana de 30 mil horas, elas são indicadas especialmente para lugares de difícil manutenção. Além disso, têm design moderno, compacto e são substitutas das lâmpadas fluorescentes T8 16 e 32W. vitrine | Potência | 51 Produtos e soluções Linha adesivada A Dutoplast apresenta ao mercado as canaletas equipadas com fita dupla face para fixação. Graças à fita, a instalação das peças pode ser feita sem a necessidade de quebrar ou furar as paredes. A novidade envolve as linhas Duto-X, Dutopop, Dutopiso e as canaletas 15x15; 15x22; 22x22; 30x30; 30x50; 50x50; 50x35; 80x35; 22x30; 30x38,5 e 40x40mm. Nobreaks senoidais A APC by Schneider Electric anuncia o lançamento dos nobreaks bivolt senoidais APC Smart-UPS BR 1000VA e 1500VA voltados a ambientes de TI de pequenas e médias empresas, para potências de até 1.000VA e 1.500VA, respectivamente. Os equipamentos são recomendados para a proteção de energia de equipamentos em ambientes corporativos, como servidores de rede, terminais de computador e centrais PABX. Eles têm design moderno, em formato torre, e são construídos em gabinete metálico robusto. Possuem estabilizador, filtro de linha e minidisjuntor rearmável (modelo 1.000VA), além de um software de gerenciamento de suas características funcionais e dos eventos que ocorrem na rede elétrica. A linha possibilita ainda a expansão da autonomia por meio de um conector para módulos de baterias externas. Controle de líquidos A Finder apresenta a Série 72, que oferece soluções para controle de líquidos. Um dos destaques da linha é o modelo Tipo 72.11 (foto), que possui sensibilidade fixa de 150kΩ e funções de enchimento ou esvaziamento selecionáveis por jumper com tempo de retardo fixo de 1 segundo. O modelo possui acessórios como sensor de alagamento, eletrodos suspensos ou haste e porta eletrodos. Outros itens que compõem a linha são os modelos: Tipo 72.01; Tipo 72.42 e os Tipos 72.A1 e 72.B1. 52 | Potência | GTD Smart Grid A AES Eletropaulo implantou um programa de capacitação de eletricistas em redes inteligentes, como parte do projeto Smart Grid em Barueri, Região Metropolitana de São Paulo. O objetivo é preparar esses profissionais para o futuro do setor elétrico, que abrange uma nova forma de operar o sistema de distribuição de energia. Na primeira fase, cerca de 100 colaboradores participaram de dois cursos, com carga horária de 8 e 16 horas, ministrados por profissionais qualificados da própria distribuidora. “Ao investir em tecnologia Smart Grid, a AES Eletropaulo também tem foco no desenvolvimento profissional de seus colaboradores, não só devido à exigência de qualificação para trabalhar dentro desse novo conceito de distribuição de energia, mas também para valorizar talentos internos”, afirma Maria Tereza Vellano, diretora Regional da AES Eletropaulo. Além dessas turmas, o programa de capacitação da distribuidora possui mais três etapas que contemplarão engenheiros, técnicos de operação e gestores até 2015. No total, cerca de mil profissionais passarão por treinamentos. Foto : Divulgação Este é o primeiro Projeto de Rede Inteligente (Smart Grid) completo do País. Na área de concessão da AES Eletropaulo está sendo implantado inicialmente no município de Barueri e parte de Vargem Grande, beneficiando 250 mil habitantes e terá um sistema integrado ao Centro de Operações e Medição da concessionária. O investimento é de R$ 70 milhões e está programado para conclusão em 2015. Capacidade ampliada A Usina Termelétrica do Terminal Portuário de Pecém (UTE Porto) aumentou sua capacidade de geração de energia para 15,25MW, com funcionamento em Paralelismo Estendido com a Concessionária Coelce. A Distribuidora Cummins Diesel do Nordeste (DCDN) executou o projeto e a instalação dos cinco grupos geradores a gás natural fabricados pela Cummins Power Generation. “Anteriormente, a usina tinha 5,25MW, e com a ampliação de 10MW, sendo cinco máquinas de 2MW, a potência total da usina foi para 15,25 MW. Atualmente a DCDN faz a operação e manutenção de toda a usina”, explica Luiz Antonio Trotta Miranda, diretorexecutivo da empresa. Novo CEO Foto: Dreamstime Geração, Transmissão e Distribuição Ao todo, a UTE Porto está operando com oito grupos geradores. Os equipamentos foram adquiridos mediante convênio entre a Secretaria da Infraestrutura do Estado e a Secretaria Especial dos Portos no valor de R$ 17,6 milhões. Os grupos geradores foram fabricados pela Cummins Power Generation em sua unidade na Inglaterra, e funcionam a gás natural. Cada conjunto tem potência individual de 2.000kW. Com a ampliação, o Sistema Elétrico do Porto do Pecém, administrado pela Cearaportos, proporcionará segurança integral na oferta de energia elétrica de reserva e de emergência demandada pelos diversos empreendimentos que ali se instalam. A BRIX, plataforma eletrônica pioneira no Brasil de negociação de energia elétrica, informou que Levindo Santos é seu novo CEO. O executivo assume o posto com a missão de liderar a nova fase de desenvolvimento da BRIX, que inclui a participação de agentes do mercado financeiro em contratos bilaterais de derivativos de energia com liquidação financeira. Santos tem sólida experiência no universo financeiro, com passagens por instituições como HSBC, Morgan Stanley e Banco Pactual, entre outras. Com a contratação do executivo, a BRIX e seus acionistas reforçam o compromisso de oferecer uma plataforma segura, avançada e transparente para a negociação de energia elétrica no País, garantindo o aporte dos recursos financeiros necessários a esses novos desenvolvimentos. De acordo com o novo CEO, “a entrada de agentes do setor financeiro na plataforma aumentará a liquidez nas negociações de energia elétrica e tornará mais fácil o gerenciamento de portfólio para os agentes do Mercado Livre por meio de estratégias de hedge”. O processo de obtenção das aprovações necessárias junto às autoridades competentes para o início da segunda fase da plataforma está em andamento. Estarão disponíveis os mesmos produtos já comercializados na plataforma durante a primeira etapa: “Energia Convencional” (a preço fixo), “Energia Convencional” (a PLD + Prêmio) e “Energia Incentivada” (a preço fixo), para diferentes períodos – mensais, trimestrais, semestrais e anuais até 2015, com entrega em todos os submercados brasileiros. GTD | Potência | 53 Foto: Dreamstime Geração, Transmissão e Distribuição Microgeração de energia de microgeração eólica e solar. Até novembro, o projeto piloto vai receber um investimento de R$ 6,2 milhões. A energia gerada vai abastecer as áreas comuns de cada condomínio. O excedente de eletricidade será vendido à concessionária local ou a consumidores livres. O retorno da venda dessa energia irá constituir um fundo que será revertido para o condomínio e para os A Caixa Econômica Federal deu início ao projeto Geração de Renda e Energia Renovável nos empreendimentos do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) Morada do Salitre e Praia do Rodeadouro, em Juazeiro (BA). Com recursos do Fundo Socioambiental Caixa (FSA), os empreendimentos já começaram a receber sistemas próprios moradores, na forma de um bônus de até R$ 110 por família. Os moradores também foram treinados e capacitados para instalar os equipamentos. Serão beneficiadas cerca de mil famílias com renda de até três salários mínimos. A iniciativa será modelo para instalação de equipamentos de energia solar em outras unidades do programa MCMV. Balanço positivo Fábrica de torres A Energisa registrou lucro líquido consolidado de R$ 107 milhões (R$ 0,45 por Unit ou R$ 0,09 por ação) no primeiro semestre de 2013, contra R$ 125,5 milhões em igual período do ano passado. Já a geração operacional consolidada de caixa (EBITDA consolidado) foi de R$ 345,6 milhões e o EBITDA Ajustado Consolidado totalizou R$ 367,2 milhões no período, ante os R$ 343,1 milhões registrados no primeiro semestre de 2012. Mantendo a política de remuneração aos acionistas, a companhia iria antecipar, a partir de 21 de agosto, mais um dividendo do exercício corrente, no montante de R$ 28,5 milhões, que somado aos dividendos já distribuídos em 3 de junho deste ano (R$ 40 milhões), totalizam R$ 68,5 milhões, ou seja, o mesmo valor pago em igual período do ano passado. A Alstom inaugurou sua primeira fábrica de torres eólicas na América Latina. Instalada em Canoas (RS), a unidade terá capacidade para produzir 120 torres de aço por ano, o suficiente para fornecer aproximadamente 350MW de eletricidade. A fábrica abastecerá a região sul da América Latina, um mercado que atualmente está em franco crescimento. “A posição geográfica da planta nos permite estar próximos de nossos clientes, e possibilita importante interação com outros países, como Argentina, Chile e Uruguai. Temos um longo e sólido histórico nos mercados eólicos da América Latina, e continuamos investindo na região para atender às crescentes demandas de energia”, afirma Marcos Costa, presidente da Alstom Brasil. Foto: Divulgação Correção de harmônicas A ABB fechou um contrato da ordem de R$ 4 milhões para o fornecimento de 38 filtros ativos, modelo PQFM, incluindo serviços de comissionamento e materiais para instalação, para parques eólicos localizados em Sant’Ana do Livramento (RS), que têm participação da Eletrosul. Os equipamentos devem ser instalados no segundo semestre deste ano. Os filtros ativos serão instalados dentro das torres dos aerogeradores para realizar a correção de harmônicas, ou seja, frequências distorcidas da rede, que afetam o nível de tensão no ponto de conexão do parque eólico ao Sistema Interligado Nacional, controlado pelo Operador Nacional do Sistema. Eles têm a capacidade de monitorar a corrente de linha em tempo real analisando a frequên cia distorcida e injetando uma corrente em frequência oposta, com a finalidade de cancelar o efeito harmônico. Essas distorções são causadas por cargas elétricas não lineares que podem afetar o desempenho de outros equipamentos, além de causar superaquecimento de cabos, motores e transformadores, danos a equipamentos sensíveis e envelhecimento precoce da instalação. O filtro é flexível, podendo se adaptar facilmente às mudanças da rede, através de configurações do seu software. Foto : Dreamstime Link Direto | Potência facilita o contato rápido e direto, sem intermediários, entre leitores e anunciantes desta edição. Consulte e faça bons negócios. Empresa anunciante Página Site Telefone E-mail ACOMAC-BA 29 (71) 3113-2480 www.acomac-ba.com.br [email protected] ANIL METAIS 25 (15) 3228-2429 www.anilmetais.com.br [email protected] CLAMPER 13 (31) 3689-9500 www.clamper.com.br [email protected] FEICON NORDESTE 21 (11) 3060-5000 www.feiconne.com.br - FÓRUM NACIONAL 39 (11) 5589-4332 www.forum.project-explo.com.br [email protected] IDEAL WORK ENGENHARIA 41 (11) 4619-1039 www.idealworkeng.com.br [email protected] IFC - COBRECOM 33 (11) 4023-3163 www.cobrecom.com.br [email protected] INTELLI 2 (16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br [email protected] INTERCON 35 (47) 3451-3000 www.feiraintercon.com.br [email protected] J MALUCELLI CONTROLE DE RISCO 19 (41) 3351-5669 www.jmalucelli.com.br - MARGIRIUS 7 www.margirius.com.br [email protected] NAMBEI FIOS E CABOS 5 (11) 5056-8900 www.nambei.com.br [email protected] PHELPS DODGE 59 (11) 3457-0300 www.pdic.com [email protected] PLASTIBRAS 31 (65) 3667-6201 www.plastibras.ind.br [email protected] PROJECT - EXPLO 15 (11) 5589-4332 www.project-explo.com.br [email protected] SIL FIOS E CABOS ELÉTRICOS 23 (11) 3377-3333 www.sil.com.br [email protected] SOB SCHURTER 49 (11) 5090-0030 www.sob-brasil.com [email protected] STECK IND. ELÉTRICA 60 (11) 2248-7000 www.steck.com.br [email protected] STEUTE 41 (19) 3836-2414 www.steute.com.br [email protected] 0800-7073262 58 | Potência | agenda Agosto/Setembro 2013 Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Exposição Data/Local: 27 a 29/08 – São Paulo – SP Informações: (11) 2129-6303 / www.expogbcbrasil.org.br Fenasucro – 21ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética Data/Local: 27 a 30/08 – Sertãozinho – SP Eventos Informações: www.fenasucro.com.br 14ª Edição Energy Summit Data/Local: 11 a 13/09 – Rio de Janeiro – RJ Informações: (11) 3017-6808 / www.energysummit.com.br 1º Workshop Internacional: Automation UpDate Data/Local: 16/09 – Joinville – SC Informações: (11) 4126-3232 / www.beckhoff.com.br Intersolar South America Data/Local: 18 a 20/09 – São Paulo – SP Informações: (11) 3824-5300 / www.intersolar.net.br Power-Gen Brasil Data/Local: 24 a 26/09 – São Paulo – SP Informações: www.powergenbrasil.com Comandos Elétricos Data/Local: 28/08 – Rio de Janeiro – RJ Informações: (21) 4105-4435 / www.serae.com.br Sistemas de Gestão da Energia Data/Local: 02 e 03/09 – São Paulo – SP Cursos Informações: (11) 3017-3600 / www.abnt.org.br Energia Solar Fotovoltaica Data/Local: 10 e 11/09 – Porto Alegre – RS Informações: (21) 3872-0355 / www.ambienteenergia.com.br Subestação de Média e Alta Tensão Data/Local: 16 a 18/09 – Uberlândia – MG Informações: (34) 3210-9088 / www.conprove.com.br Qualidade da Energia Elétrica Data/Local: 16 a 18/09 – São Paulo – SP Informações: (11) 5031-1326 / www.barreto.eng.br Compensação de Reativos em Sistemas Elétricos Data/Local: 23 e 24/09 – Uberlândia – MG Informações: (34) 3210-9088 / www.tllv.com.br SEGURANÇA E TECNOLOGIA QUE VOCÊ VÊ! 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