Seguro e áreas classificadas
Empresas seguradoras demonstram
rigor com indústrias que não cuidam
CADERNO
ATMOSFERAS
de suas áreas classificadas.
EXPLOSIVAS
juLho’2013
painéis fotovoltaicos
Empresas se organizam e projetam
crescimento nos negócios no Brasil
para os próximos anos.
ANO 9 – Nº 93 • Potência
ANO 9
N º
93
E l é t r i ca , E l e t rô n i ca ,
i l u m i na ç ã o e ene r g i a
Programa Inova Energia, lançado pelo governo federal em
abril, destina R$ 3 bilhões para que empresas do setor
eletroeletrônico invistam em inovação. Foco principal está nas
áreas de Smart Grid, energias renováveis e veículos elétricos.
entrevista Maria Carolina Fujihara, do GBC Brasil, comenta o trabalho do Green
Building Council no País e alerta: “Precisamos combater a cultura do desperdício”.
sumário | Potência| 3
10
16
26 46
10Entrevista
Maria Carolina Fujihara fala sobre o trabalho do Green Building Council
no Brasil e alerta sobre a necessidade de se combater a cultura do des-
• Foto: Dreamstime • Capa: Márcio Nami
perdício no País.
16
Matéria de Capa
Empresas do setor eletroeletrônico aprovam o Programa Inova Energia
lançado pelo governo federal em abril. Expectativa é que iniciativa colabore para alavancar os investimentos em inovação no País.
4
Ponto de Vista
6
Ao Leitor
6Cartas
8Holofote
42 Espaço Abreme
26Mercado
48Economia
Empresas ligadas ao setor fotovoltaico se organizam para estimular os
50Vitrine
negócios no Brasil e projetam crescimento nos próximos anos.
46Radar
Atenta às oportunidades no exterior, KRJ avança no mercado dos Emirados Árabes Unidos e incrementa vendas para o Oriente Médio.
52GTD
54Opinião
57 Link Direto
58Agenda
RO * 100% S
GU
EG
SE
100% SEGU
RO
RO
SEGU * 100%
Empresas seguradoras demonstram rigor com indústrias
que não cuidam adequadamente de suas áreas
classificadas. Situação tem levado muitas plantas a
operarem sem seguro.
O*
UR
%
00
Seguros e Áreas Classificadas
SEGURO
00%
*1
*1
Exclusivo
CADERNO ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
PÁGINA
36
4 | Potência | ponto de vista
Sem motivos
para pânico
Beth Bridi
diretora de redação
[email protected]
Mesmo os economistas mais críticos à conduta do Governo
Federal diante dos rumos da economia brasileira não acreditam
que é situação para que se instale um clima de pessimismo geral. Alguns acham, até, que o pior já passou, mas a sociedade
reluta a acreditar diante de tantas notícias negativas, dos impasses e das declarações desencontradas.
Muitos pregam a volta da inflação para 2014, sem bases
para esta afirmação. Outros, em uma contínua desvalorização
do Real diante do dólar, sem previsão de trégua. A verdade é
que é muito difícil numa economia de mercado capitalista acertar uma previsão, pois as expectativas são velozmente mutáveis.
O Governo precisará ter uma alta dose de competência para
se comunicar com o mercado. É esse clima que mais contribui
para que o otimismo ou o pessimismo se instalem. E ambos são
muito perigosos, quando exagerados. Talvez um bom exercício
seja olhar o passado do Brasil. Temos um passado comprovado de crescimento duradouro, que transformou a economia e o
País. A base de consumo nunca foi tão elástica. Talvez estejamos
em um ciclo de ajustes, após esse longo período de expansão.
Um país desenvolvido ou em desenvolvimento, mesmo que
gigante como o Brasil, não consegue permanecer tantos anos
em curva acentuadamente ascendente. Talvez tenha chegado a
hora de uma estabilizada e de registrarmos crescimentos mais
modestos, tímidos, mas que não devem ser encarados como o
fim do mundo.
Há muito já se previa que o Brasil daria uma freada. O crédito bateu recorde, o consumidor agora está endividado. Existem
grandes gargalos na oferta de produtos. Se continuasse crescendo
em ritmo acelerado, já se previa um colapso no abastecimento.
E ainda temos o custo Brasil, as privatizações que não decolam,
os leilões atrasados, uma política de saúde muito polêmica, uma
E X P E DI E N T E
Diretores:
Habib S. Bridi (in memorian)
Elisabeth Lopes Bridi
ano
IX
•
nº
93
•
Julho'13
Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comunicações Ltda, com circulação nacional, diri­gida a indústrias, compradores corporativos, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e
insta­ladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico
e de iluminação; geradoras, trans­misso­ras e distribuidoras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Re­vendedores e Distribuidores de
Materiais Elétricos.
Redação
[email protected]
Diretora de Redação: Beth Bridi
Editor: Marcos Orsolon
Repórter: Paulo Martins
Fotos: Ricardo Brito
Jornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775)
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Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e
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Prol Editora
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Site: www.grau10.com.br
Fechamento Editorial: 22/08/2013
Circulação: 30/08/2013
reação às manifestações de rua um tanto quanto nebulosa. Isso
contribui para uma situação de apreensão geral na economia,
muito mais do que os próprios indicadores econômicos.
Não estamos mais no paraíso. Mas estamos muito longe do
inferno. Cautela e trabalho, arrojo e determinação talvez sejam
as palavras de ordem para atravessar este momento.
Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não
refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Po- Filiada ao
tência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes
publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme
são de responsabilidade da Associação. Não publicamos matérias pa- Circulação
gas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou
e tiragem
parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Editora, asauditadas
sinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de
acordo com a Lei de Imprensa.
ISSN 2177-1049
Experiência, tradição e
presença nos principais
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6 | Potência | ao leitor
cartas
Ponto para a
Redes subterrâneas
inovação
D
esde que foi lançada, em 2004, a revista Potência tem acompanhado a evolução do setor
eletroeletrônico nacional. Em nossas páginas,
temos publicado reportagens abrangentes que
procuram retratar o momento vivido pelo setor, os problemas que atrapalham o seu desenvolvimento, os avanços conquistados pelas indústrias, as novas tecnologias que revolucionam os mercados, enfim, publicamos de tudo um pouco.
Também procuramos dar voz às reivindicações do empresariado do setor, esteja ele ligado à indústria ou ao comércio.
E, entre estas reivindicações, um tema recorrente tem sido a
necessidade de o governo dar mais apoio para que as empresas invistam em inovação no Brasil.
Na matéria de capa dessa edição trazemos uma boa notícia nesse sentido. Ela trata do Plano Inova Energia, um amplo programa elaborado pelo governo federal que destina R$
3 bilhões, através do BNDES, Finep e Aneel, para que as empresas do setor desenvolvam projetos em áreas estratégicas,
como a de Smart Grid, energias renováveis e veículos elétricos.
Além de oferecer crédito a taxas mais atraentes e prazos
elásticos para pagamento, o Inova Energia também se caracteriza por induzir a aproximação entre o meio acadêmico e a
indústria, de modo que a cooperação entre as partes favoreça
o desenvolvimento tecnológico no País.
E a reação ao programa tem sido altamente positiva. Em
sua fase de inscrições, o Inova Energia recebeu um volume
de projetos que supera a marca de R$ 12 bilhões, eliminando
qualquer dúvida quanto à sua utilidade e abrangência. Agora,
as partes envolvidas estão analisando os planos de negócios
desses projetos para fazer a seleção final dos mesmos, que
deve ser divulgada no final desse ano.
Mais que dinheiro, o plano traz uma nova perspectiva para
as empresas do setor. Uma perspectiva em que o apoio governamental pode representar um marco para a inovação no
setor eletroeletrônico nacional. E com a inovação vem mais
competitividade no cenário interno e externo, novos negócios
e, principalmente, um quadro mais favorável às empresas instaladas no País. Que assim seja!
“Parabéns à diretoria e aos executivos da revista
Potência pelo formato e qualidade dos textos e, em
particular, pela matéria de capa da edição 92 (Redes
Subterrâneas de Energia), pois abordou de forma clara
todos os aspectos positivos da implantação e dos avanços registrados na última década pelas Redes Elétricas
Subterrâneas em nosso País, e que há muitos anos foram implantadas por toda a Europa e Estados Unidos,
de modo que as sociedades de lá usufruem de todos
estes benefícios apontados na matéria.
Mas estamos avançando...”
Adilson Valera Ruiz | diretor da Plastibras | Cuiabá | MT
Redação responde: Agradecemos seus comentários. Nossa redação está sempre pronta a acompanhar os temas que contribuem
para o desenvolvimento do setor e do Brasil.
Público-alvo
“Solicitamos orientações pertinentes para passar a receber
a bem escrita revista Potência, que conhecemos durante a feira
Construsul, em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. Na ocasião
nos aconselharam a mandar esta mensagem. Temos um exemplar
em mãos e só não sabemos se empresas de pequeno porte, que
se dedicam a instalações elétricas prediais estão no alvo, muito
embora os assuntos das edições tenham nos interessado sobremaneira. Aguardamos orientações”.
Juvenal de Castro O. Oliveira | Engenheiro de Instalações | Porto Alegre | RS
Redação responde: Prezado Juvenal, com certeza a revista é feita também para profissionais do seu ramo de atuação. Aguardamos
o envio de seu cadastro, conforme solicitado por e-mail, para que
sua empresa passe a receber a publicação mensalmente.
Marcos Orsolon, editor
Fale com a
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8 | Potência | holofote
Notícias do Setor
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A Schneider Electric lançou em Eusébio (CE) o Programa Schneider na
Comunidade. A iniciativa busca promover a inclusão digital e a capacitação
profissional dos jovens da comunidade onde funciona uma fábrica da companhia, adquirida da Microsol em 2009.
“Mais do que um movimento de mobilização, o programa Schneider
na Comunidade é o símbolo do nosso compromisso com Eusébio e com
o Ceará, que abraçou a ambição da Schneider Electric de viver em um
mundo em que todos possam fazer mais usando menos recursos do
nosso planeta”, afirma o vice-presidente da divisão de TI e voluntário
Jesús Carmona.
Em uma sala construída e equipada especialmente para o programa, a
empresa promoverá um curso que conta com dois módulos (“Tecnologia e Comunidade” e “Tecnologia no Trabalho”) inspirados no Programa Intel Aprender,
que desenvolve habilidades de alfabetização digital em mais de doze países.
Foto: Dreamstime
Destinação correta
O Programa de Logística Reversa de Pilhas e Baterias Portáteis mantido
pela Abinee desde novembro de 2010, em atendimento à Resolução Conama
401/2008, já coletou 420 toneladas de pilhas e baterias, por meio de mais de
1.100 postos de recebimento espalhados em todo o Brasil. O programa prevê
o recebimento das pilhas e baterias portáteis usadas, entregues pelo consumidor ao comércio, e seu encaminhamento, por meio de transportadora certificada, a uma empresa que faz a reciclagem e destinação final ambientalmente
adequada desse material.
Desta forma, a GM&C, empresa de logística contratada pelos fabricantes e
importadores legais, cumpre todas as exigências para o transporte dos produtos.
Em seguida, as pilhas e baterias coletadas são encaminhas à Suzaquim Indústrias Químicas, localizada em Suzano (SP). Os custos do transporte dos materiais levados aos postos de recebimento, bem como da destinação final, são
de responsabilidade das empresas participantes do programa (Alfacell, Bic, BRW,
Carrefour, Duracell, Elgin, Energizer, Eveready, Kodak, Panasonic, Philips, Qualitá, Rayovac, Pleomax, Sieger, SJC Ceras). A operação contempla todas as pilhas
e baterias portáteis comercializadas no País.
Se forem regulares, a Abinee notifica a marca responsável para que assuma
seu passivo, porém, se forem ilegais, as autoridades de órgãos como o Ibama,
Polícia Federal, Receita Federal e o próprio Ministério do Meio Ambiente são informados para que adotem as medidas cabíveis.
Guia de Bolso
Foto: Divulgação
Centro de formação
Novo
comando
A Fluke nomeou uma nova diretora Geral, a executiva Poliana Lanari.
Poliana possui sólida experiência na
direção geral de grandes empresas e
forte histórico de construção de equipes e impulsionar crescimento, características que devem contribuir para alavancar os negócios da Fluke no Brasil.
O principal desafio da nova diretora geral será manter o crescimento contínuo, reforçando a solidez conquistada
pela companhia nos 15 anos de atuação no mercado brasileiro. As metas
da Fluke Corporation para o Brasil são
bastante ambiciosas e a expansão geográfica, assim como o desenvolvimento
de novos distribuidores, serão os principais pilares para este crescimento.
Antes de ingressar na Fluke, Poliana Lanari foi diretora da Spinner,
fabricante de produtos e sistemas
com tecnologia em radiofrequência,
comandando inclusive o início das
operações da empresa no Brasil. Também acumulou posições de importância na Koerich Telecoms, Draka Cables e Alcatel. A executiva assume a
posição ocupada anteriormente por
Fernando Kozik.
O Programa Casa Segura está lançando um Guia de Bolso, disponível online, para orientar a população sobre o funcionamento básico de uma instalação elétrica residencial e os cuidados com a segurança. Por meio de imagens, ilustrações,
diagramas e uma arte visual leve, o guia informa sobre os principais componentes de uma instalação elétrica residencial,
as potências dos equipamentos mais típicos em uma casa, o custo de uma instalação em 110 e 220V, o detalhamento da conta de luz, os componentes do quadro elétrico, o fio terra e o uso correto dos benjamins, entre outros
aspectos. O guia está disponível no endereço: http://migre.me/fv84k. O Programa Casa Segura é uma iniciativa de conscientização e orientação do Procobre sobre os riscos de acidentes causados por instalações
elétricas inadequadas e o impacto destas instalações no consumo excessivo de energia, na desvalorização
das edificações e na segurança dos imóveis.
Holofote | Potência | 9
Notícias do Setor
Eficiência Plugues e tomadas
energética
Centro de
Desenvolvimento
Fo
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st
im
e
Com o intuito de aprimorar a tecnologia LED, a FLC está construindo em
sua sede, na cidade de São Paulo, o Centro de Desenvolvimento e Inovação
LED, programado para ser inaugurado em novembro de 2013.
O complexo contará com salas especializadas de treinamento, showroom
e laboratório de pesquisa e desenvolvimento, que proporcionará um espaço
interativo de experiências e encontros sobre LED - onde profissionais, clientes e consumidores poderão ampliar seus conhecimentos sobre a tecnologia,
desde características elétricas básicas até complexos dados fotométricos da luz.
O espaço contará com equipamentos sofisticados e precisos, além de engenheiros e técnicos dedicados ao desenvolvimento de produtos e pesquisas
sobre componentes e soluções tecnológicas para novos nichos de mercado.
Rafael Paniagua é o novo presidente da ABB Brasil. Com vasta experiência
no mercado de Energia e Automação, ele iniciou a trajetória na empresa em
1994. Ocupou diversas posições estratégicas na Espanha, nos Estados Unidos
e vinha respondendo pela Divisão de Produtos de Potência na Espanha. “Minha missão é dar continuidade na implementação da estratégia da empresa
de crescer de maneira sustentável, garantindo a lucratividade da ABB no País”,
afirma. A região da América do Sul fica sob a responsabilidade de Enrique
Santacana, que também é responsável pela América do Norte.
Pré-Automação
O conceito de Pré-Automação segue conquistando abrangência em vários
pontos do País. Em Cristalina (GO) está em construção o primeiro edifício
pré-automatizado da região utilizando produtos Finder. O Residencial Pedras
Cristalinas contou com a CED Engenharia Domótica, integrador oficial Finder,
para realizar projeto e instalação de pré-automação. As duas torres do empreendimento contam com o diferencial deste conceito, também conhecido
como Infraflex Finder, uma inovação que promove a união de soluções simples com produtos Finder e a sugestão de uma instalação elétrica inovadora.
Desta forma, o imóvel é entregue totalmente preparado e o usuário decide
como e quando realizar um upgrade ou a melhoria em sua instalação elétrica.
Foto: Divulgação
Crescimento sustentável
Foto: Divulgação
A Osram Brasil anunciou a implantação de melhorias nas instalações de sua fábrica, localizada em
Osasco (SP), com o intuito de ampliar
a eficiência energética da unidade.
A planta, que possui 40 mil metros
quadrados de área, é a única da companhia em atividade na América do Sul
e já possui capacidade de gerar a energia que consome nos horários de pico,
das 18:00 às 21:00h. Recentemente, a
unidade iniciou o processo de modernização do sistema de iluminação de
toda a área externa da fábrica.
Segundo o presidente da Osram
Brasil, Everton Mello, no ambiente externo, o projeto prevê a substituição de
39 luminárias de vapor de sódio por
modernas luminárias de LED do modelo HPMSL, constante no portfólio
de produtos produzidos pela própria
companhia. Estas luminárias incorporam tecnologia de ponta com o uso
de LEDs e irão proporcionar 60% de
economia de energia, ampliar a vida
para 50.000 horas, além de proporcionar uma luz completamente branca e
de excelente reprodução das cores.
Adicionalmente, os sistemas de
geração de ar comprimido e ar condicionado foram modernizados, proporcionando economia de energia e
maior segurança na operação.
“Essas ações fazem parte da política global de sustentabilidade do Grupo Osram e seguem o posicionamento geral da companhia, que sustentou
72% de sua receita do ano fiscal de
2012 em um portfólio de soluções verdes (produtos de tecnologia mais eficientes, incluindo os com tecnologia
LED). Em conjunto, as medidas internas devem reduzir a emissão de CO2
em 366 toneladas e gerar R$ 720 mil
de economia por ano, o que reforça
nossa preocupação em eliminar gastos desnecessários de energia e, consequentemente, com a diminuição dos
custos operacionais”, explica Mello.
Desde o dia 9 de agosto está valendo a norma ABNT NBR 16188:2013 - Plugues e
tomadas para uso doméstico e análogo - Adaptadores providos de protetor e/ou filtro
de linha - Requisitos específicos, que foi elaborada pelo Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03). Publicada no dia 9 de julho de 2013 pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas, a norma estabelece os requisitos mínimos exigíveis de desempenho e segurança para adaptadores de plugues e tomadas providos de protetores
e/ou filtros de linha com tensão nominal não superior a 250Vc.a. e corrente nominal
de até 20A destinados para uso doméstico e análogo, tanto interno como externo.
10 | Potência | entrevista
Maria Carolina Fujihara
É preciso combater a
cultura do desperdício
o mundo, 40% da energia
gerada é consumida pelos edifícios. Cientes das
implicações desse fato,
cada vez mais os profissionais da área
da construção civil procuram adotar
uma postura proativa. Hoje, é possível afirmar que a eletricidade tor­nouse alvo de atenção constante por parte de arquitetos, engenheiros, lighting
designers, agentes do governo, ONGs
e também dos consumidores.
A busca é por tecnologias e sistemas mais eficientes, de forma a reduzir o consumo de energia. A tecnologia LED (light-emitting diode) assumiu
uma posição de destaque no campo
da iluminação, enquanto aparelhos
eletrodomésticos e eletrônicos precisam aliar desempenho com economia. A própria arquitetura tem evoluído, gerando as chamadas construções
verdes (ou inteligentes).
Em 2007, esse movimento ganhou
um reforço de peso no País com a criação do Green Building Council Brasil,
Organização Não Governamental que
visa fomentar a indústria de construção
sustentável, atuando por meio de parcerias com o governo, empresas e entidades setoriais, de forma a promover
e divulgar as melhores práticas.
Entre outras ações, o Green Building Council é responsável pela promoção da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para
edificações. O intuito dessa iniciativa
é incentivar a transformação dos projetos, obras e a operação das edificações,
sempre com foco na sustentabilidade.
A entidade realiza ainda aquele
que se tornou o principal evento sobre construção sustentável na América Latina, o Greenbuilding Brasil -
Conferência Internacional e Expo. A
quarta edição aconteceu no mês de
agosto, em São Paulo (leia mais a
respeito no próximo número da revista Potência).
É justamente sobre o despertar da
indústria da construção civil para a
nova realidade e o trabalho do Green
Building Council que abordamos nesta
entrevista com Maria Carolina Fujihara,
coordenadora técnica do GBC Brasil.
Na opinião da porta-voz, ainda é
possível perceber traços da cultura do
desperdício no Brasil, até pelo fato do
País sempre dispor de recursos naturais abundantes.
Entretanto, a executiva defende a
adoção de novas posturas por parte
da sociedade. “O mundo está mudando, e se não tivermos consciência de
que nossa atuação local influencia na
atividade global, não sobreviveremos
a este processo”, alerta Maria Carolina.
Que relação é possível estabelecer entre o uso de energia elétrica
e a sustentabilidade de uma edificação?
distribuição de energia, veremos que
este é um setor de extrema relevância para a sustentabilidade, pois todas as formas de utilização das fontes
de energia, sejam elas convencionais
ou alternativas, agridem em maior ou
menor intensidade o meio ambiente. Além disso, a geração de energia
está relacionada diretamente com a
demanda da mesma, ou seja, se possuímos edificações antigas, obsoletas,
que necessitam de muita energia para
se manterem ativas, necessitaremos
aumentar a fonte de geração cada
vez mais. Caso mantivermos nossos
padrões de consumo energético conforme os números atuais, necessitaremos construir mais usinas como Belo
Monte por ano para atender esta demanda crescente de energia elétrica.
Desta forma, se torna essencial construir edificações energeticamente eficientes, para reduzir a demanda de
energia atual e não corrermos o risco de passar por um “apagão” novamente. Não é à toa que a certificação
O consumo de energia elétrica de uma
edificação está diretamente relacionado com a sustentabilidade. Os edifícios consomem hoje no Brasil cerca
de 42% de toda a energia gerada, e no
mundo, cerca de 40%, segundo dados
da UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Se pensarmos em toda a cadeia de geração e
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
N
Entrevista a Paulo Martins
entrevista | Potência | 11
Maria Carolina Fujihara
LEED tem um foco enorme nas questões energéticas, sendo esta a área que
possui mais pontos para certificação.
Quais são as principais ações de
eficientização energética praticadas na construção civil?
Existem diversas formas de reduzir o
consumo energético das edificações. A
mais simples e básica, que deveria ser
aplicada a todos os projetos do mundo, é a arquitetura passiva, ou bioclimática. Esta tipologia arquitetônica
se preocupa com a incidência de sol,
ventos, sombra, entorno, carga térmica
dos elementos de fechamento, ventilação cruzada e natural, além de diversos outros requisitos básicos de projeto, que devem ser pensados durante
seu desenvolvimento, para melhorar o
atendimento às condições climáticas do
local de implantação. Quando se tem
um projeto que respeita e é condizente com o clima local, com certeza isso
influenciará drasticamente no seu consumo de ar condicionado, iluminação,
automação e qualquer consumo energético do edifício.
Quais são os principais produtos e
tecnologias disponíveis para promover a eficiência energética em
uma edificação?
O mercado atual de fornecedores é
bastante amplo e possui uma gama
imensa de produtos com menor consumo energético e sistemas com maior
eficiência. Existem desde lâmpadas
LEDs até elevadores com frenagem re-
12 | Potência | entrevista
Maria Carolina Fujihara
generativa que produzem energia, ao
invés de consumir, quando são acionados os freios. Também podemos citar
lâmpadas e equipamentos eletrônicos
eficientes, geração de energia renovável in loco por meio de placas fotovoltaicas, turbinas eólicas ou até mesmo
aquecimento solar de água, utilização
de sistemas de automação que ligam
e desligam as luminárias conforme
a presença, incidência luminosa ou
qualquer outra necessidade em geral
e medição e verificação dos sistemas
periodicamente.
Quais são os principais benefícios
proporcionados por essas ações?
Além da redução da conta de energia
elétrica, reduz-se a demanda geral de
energia, fazendo bem ao meio ambiente.
implantadas, o retorno pode acontecer
em cerca de três a cinco anos. A partir
daí, todo o seu consumo é lucro.
Existe financiamento específico
para essa tarefa?
Existem iniciativas de diversos setores
para a construção sustentável de uma
forma geral, inclusive linhas de financiamento específicas. Em relação à
eficiência energética, o Brasil possui o
Plano Nacional de Eficiência Energética, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, que entre outras abordagens prevê a redução do consumo
energético em 10% até 2030, com incentivos para as edificações que buscarem eficiência. O BNDES possui linhas de crédito específicas para isso.
Quais as dificuldades de implantar
a cultura da sustentabilidade no setor da construção?
Pode variar muito. Os sistemas mais
tecnológicos podem custar um pouco
mais caro no início, mas o retorno do
investimento não tarda a acontecer. Dependendo novamente das abordagens
A principal dificuldade ainda é o pré­
conceito da maioria dos profissionais
do setor em relação aos Green Buil­
dings. Outro ponto de atenção é a falta de conhecimento sobre as principais
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Quanto custa fazer a eficientização
energética de uma edificação?
A visão do setor está se modificando e
percebendo a importância das práticas
sustentáveis nas construções.
práticas sustentáveis hoje vistas no mercado. É por conta deste cenário que o
GBC Brasil vem trabalhando na capacitação dos profissionais da área, fornecendo os cursos de MBA em Construções Sustentáveis, além de trabalhar
constantemente com a mídia para disseminar cada vez mais estas práticas
importantes no mundo de hoje.
Como tem evoluído a capacitação
de profissionais para atuar nessa área?
Acreditamos que a capacitação de profissionais de toda a cadeia é fundamental para a adoção de práticas sustentáveis. Para isso foi criado o Programa
Nacional de Educação, que já alcançou
mais de 47 mil profissionais com cursos de curta duração, online e MBAs em
parcerias com instituições de ensino. O
programa está presente em 15 cidades
brasileiras que, consequentemente, são
as que têm apresentado maior crescimento e destaque em empreendimentos sustentáveis. Além disso, por meio
de diretrizes que serão traçadas pelos
projetos-piloto do Referencial Casa, um
novo curso de MBA está sendo lançado.
Trata-se do MBA em Cidades, Bairros e
Condomínios Sustentáveis. A saber, o
Referencial GBC Brasil Casa® é específico para certificação de residências
sustentáveis. O trabalho tem o objetivo
de criar parâmetros nacionais de sustentabilidade para residências unifamiliares ou multifamiliares, de baixo, médio e grande porte, que buscam viabilidade econômica, redução do impacto
ambiental e a conscientização de todos
os envolvidos no setor, além de suprir
a demanda crescente do setor residencial. Existem nove projetos-piloto e, ainda este ano, alguns serão finalizados.
Voltando a falar sobre a certificação LEED, como estão os números
no Brasil e no mundo?
Em junho ultrapassamos a marca de
100 empreendimentos com o selo
VCL
PLUGÁVEL
BASE
QUADRIPOLAR
BASE
MONOPOLAR
VCL e GCL
SLIM
BASE
BIPOLAR
SCL e GCL
BASE
TRIPOLAR
VCL
PERFURANTE
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USA
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14 | Potência | entrevista
Maria Carolina Fujihara
Não é necessário diminuir os padrões de
vida, mas é essencial ter maior consciência
coletiva e ficar atento às mudanças pelas
quais o mundo está passando.
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Quais os quesitos a serem atendidos dentro da área de energia para
obter a certificação LEED?
LEED no Brasil. Mais precisamente,
possuímos hoje 109 já certificados e
769 registrados, em processo de certificação. Em termos mundiais, já foram
certificados mais de 15.000 empreendimentos e mais de 60.000 estão em
processo de certificação.
Como tem caminhado a evolução
dessa certificação?
Cada vez mais percebemos a evolução por meio dos números. No Brasil, nos primeiros meses de 2013, o
número de empreendimentos que
buscavam o selo aumentou cerca de
40%, em relação ao mesmo período
de 2012. Ou seja, cada vez mais, a
visão do setor está se modificando e
percebendo a importância das práticas sustentáveis nas construções, pois
o setor de construção civil é um dos
que mais utilizam e transformam recursos naturais. Portanto, se adquirir
essas práticas o impacto certamente será reduzido, além da certeza de
redução de custos operacionais em
longo prazo.
Para a certificação LEED para Novas
Construções (LEED NC) são três pré-­
requisitos obrigatórios de atendimento: comissionamento fundamental
dos sistemas instalados, desempenho
energético mínimo mais eficiente em
10% do que a ASHRAE 90.1 e gestão
fundamental de gases refrigerantes.
Os créditos tratam de otimização do
desempenho energético em até 48%
em relação à ASHRAE, podendo ganhar até 19 pontos, geração de energia
renovável no local, comissionamento
avançado, gestão avançada de gases
refrigerantes, medição e verificação
das instalações e compra de RECs (certificados de energia renovável). É importante lembrar que a arquitetura e a
escolha de equipamentos têm influência direta sobre o consumo energético.
Quais os benefícios de obter a certificação LEED?
Além de reduzir drasticamente os impactos ambientais da construção civil, que atualmente são a geração de
70 a 80% dos resíduos, consumo de
cerca de 47% da energia total gerada,
consumo de cerca de 30 a 50% dos
recursos naturais e consumo de cerca de 30% da água potável, o empreendimento ganha grande eficiência
energética com redução do consumo
em até 30%, redução do consumo de
água em até 50% e redução da gera-
ção de resíduos de até 80%, além de
redução de custos em manutenções
em toda a vida útil do prédio. Outro
ponto importante é que um empreendimento certificado tende a ter aumento em seu preço de revenda em
torno de 10% a 20%.
Em sua opinião, que motivação
predomina no Brasil: financeira
ou ambiental?
Ambas estão interligadas. Não existe
sustentabilidade se não há viabilidade econômica.
A cultura do desperdício ainda é
forte no País? Como mudar isso?
De certa forma sim. Acredito que sempre tivemos abundância de recursos,
nunca tivemos que racionar nada,
como a Europa, por exemplo, que já
passou por duas guerras mundiais, fazendo com que os brasileiros tivessem
essa cultura do desperdício bastante
enraizada. Vivemos num país abundante de recursos naturais, vegetação
nativa, energia limpa, agricultura e
pecuária intensiva. Mas acredito que
o mundo está mudando, e se não tivermos consciência que nossa atuação
local influenciará na atividade global,
não sobreviveremos a este processo de
mudança. Não é necessário diminuir os
padrões de vida ou voltar a viver em
comunidades independentes, mas é essencial ter maior consciência coletiva
e ficar atento às mudanças pelas quais
o mundo está passando.
16 | Potência | Matéria de Capa
Plano Inova Energia
Incentivo à
Plano Inova Energia, lançado
pelo governo federal, pode elevar
investimentos em pesquisa e
desenvolvimento a um novo patamar
no setor eletroeletrônico brasileiro.
Por Marcos Orsolon
I
nvestir em inovação no Brasil nunca foi tarefa fácil. Embora o País tenha cases de sucesso para apresentar ao mundo,
com destaque para a construção de Itaipu e para as áreas
de etanol e biodiesel, o fato é que a maior parte das empresas afirma ter dificuldades para destinar recursos para a pesquisa
e desenvolvimento.
Geralmente, as multinacionais acabam optando por fazer estes
aportes em outras regiões, onde já possuem laboratórios montados
e a cultura da inovação se mostra mais presente. As companhias nacionais, por sua vez, cobram mais estímulo por parte do governo,
seja através de isenções fiscais ou de linhas de crédito mais atrativas.
Nesse contexto, um fato novo acaba de surgir na área de energia
e promete elevar não apenas o nível das discussões, mas principalmente o volume dos investimentos em inovação. Foi o lançamento,
no âmbito do governo federal, do Plano de Apoio à Inovação Tecnológica no Setor Elétrico, ou simplesmente Plano Inova Energia.
Como explica Caio Torres Mazzi, coordenador Técnico do Inova Energia, este programa surgiu no contexto do Inova Empresa,
um amplo plano de investimentos em inovação do governo federal
que prevê a articulação de diferentes ministérios e grande aporte de
recursos para estimular o desenvolvimento da inovação no Brasil.
No caso específico do Inova Energia, a sua estruturação envolveu Finep, BNDES e Aneel, sendo que as duas primeiras entidades,
a princípio, irão disponibilizar para o programa R$ 2,4 bilhões (R$
1,2 bilhão cada). A Agência Nacional de Energia Elétrica colocou à
disposição outros R$ 600 milhões.
Um ponto relevante é que este programa não começa do zero.
Ele foi inspirado no Programa PAISS (Plano BNDES-FINEP de Apoio
Matéria de Capa | Potência | 17
Plano Inova Energia
rea
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e
tim
ms
18 | Potência | Matéria de Capa
à Inovação dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico), implantado em
2011, que também previa a utilização
conjunta de instrumentos reembolsáveis e não reembolsáveis do BNDES
e da Finep.
“O Inova Energia é a terceira rodada de programas conjuntos de fomento. Sua inspiração original foi o PAISS,
que trouxe bons resultados no setor
sucroalcooleiro, o que nos faz acreditar que o programa de fomento pode
ser um modelo interessante de atuação”, comentou Maurício Neves, superintendente do BNDES, no lançamento
do Inova Energia, ocorrido em primeiro
de abril de 2013, durante a AbineeTec,
em São Paulo.
Para ter uma dimensão da força do
PAISS, entre 2012 e 2015 ele deverá somar R$ 3,1 bilhões em investimentos
voltados à inovação. Em 2010, o setor
sucroalcooleiro havia investido R$ 114,1
milhões. “É um resultado que nos faz
parar para pensar, dado que nenhum
instrumento novo foi criado pelo BNDES ou pela FINEP”, analisou Maurício
Neves, lembrando que o programa de
apoio conjunto não pressupõe a criação de nenhum instrumento novo de
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Plano Inova Energia
Este é um programa que mostra que ciência, tecnologia e inovação têm de atuar como eixo
estruturante do programa de desenvolvimento sustentável do País.
Marco Antonio Raupp | MCTI
crédito ou financiamento por parte das
entidades de fomento, sejam eles reembolsáveis ou não. O que há de novo é
o processo, a lógica de funcionamento.
“Serão utilizados os instrumentos
padrão da Finep para o Inova, como o
crédito reembolsável do Inova Brasil, a
Subvenção Econômica e financiamentos não reembolsáveis para projetos
cooperativos entre Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT) e empresa”,
explica Caio Torres Mazzi, destacando
alguns pontos positivos do Inova Energia: “Ele prevê a interlocução entre diferentes agentes atuantes no setor de
energia, o que permite congregar diferentes aspectos sobre o setor. Além
disso, o programa proporciona um
efeito sinérgico importante, na medida
em que direciona diferentes instrumentos de apoio financeiro para temáticas
específicas”.
Programa faz parte de um plano maior
de estímulo à inovação
Foto
amstime
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Antes de nos aprofundarmos no Inova Energia,
vale uma explanação sobre o Inova Empresa,
que pode ser considerado como um grande guarda-chuva, sob
o qual fazem (e farão) parte vários
programas que
colocam a inovação no centro
das atenções.
Grosso modo, o
Inova Empresa é um grande programa de investimentos, que atinge diretamente vários setores da economia,
como o de petróleo, saúde, energia e
sucroalcooleiro. Para a sua estruturação, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação atuou como o principal
articulador e formulador, envolvendo
outros dez ministérios, além de empresas, como a Petrobras, e as agências
reguladoras, como a Aneel.
“Este é um programa que mostra
que ciência, tecnologia e inovação têm
de atuar como eixo estruturante do
programa de desenvolvimento sustentável do País. É um plano robusto, sem
precedentes e com valores muito altos.
São R$ 32,9 bilhões para 2013 e 2014.
Destes, R$ 28,5 bilhões são diretos do
governo federal, sendo operados pelo
BNDES e pela Finep. E com o apoio
de entidades como a Agência Nacional do Petróleo (ANP), Aneel e Sebrae,
que vão oferecer mais R$ 4,4 bilhões
para esse esforço em torno da inovação no Brasil”, afirmou Marco Antônio
Raupp, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, durante o evento de
20 | Potência | Matéria de Capa
Plano Inova Energia
time
Foto: Dreams
lançamento do Inova Energia.
Raupp completou: “A nossa estratégia para inovação se baseia em três
pontos: ampliação dos investimentos;
maior apoio a projetos de risco tecnológico e o fortalecimento das relações
entre ICTs e empresas”.
Glauco Arbix, presidente da Finep,
também destacou na ocasião que o
Brasil tem boas chances de se tornar
uma potência global na área energética, e que o Inova Empresa, através de
seus vários programas, pode ajudar, e
muito, nessa caminhada.
“No caso da área de energia, a partir das descobertas do pré-sal, juntamente com a nossa competitividade no
etanol, se nós investirmos em pesqui-
sa, teremos condições de transformar o
País numa potência global. Mas, insisto,
temos que investir e elevar o padrão
dos nossos projetos, da nossa pesquisa,
daquilo que é desenvolvido dentro das
empresas. A tecnologia é chave para
nós”, destacou Arbix, ressaltando que
não haverá falta de recursos para quem
quer desenvolver tecnologia no Brasil.
Inova Energia é estruturado em torno de
áreas temáticas
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Como foi colocado anteriormente,
o Plano Inova Energia é um programa
destinado a aprimorar a coordenação
das ações de fomento à inovação e à
integração dos instrumentos de apoio
disponibilizados por Finep, BNDES e
Aneel, com o objetivo de desenvolver
o setor de energia.
No entanto, até pela abrangência
desse mercado, os organizadores do
programa selecionaram algumas áreas
temáticas para direcionar os empreendedores interessados em inscrever seus
projetos. Esta, aliás, é uma formatação
que vale para todos os programas que
fazem parte do Inova Empresa.
“Todo ‘Inova’ tem um edital com
áreas temáticas, escolhidas a partir de
um diagnóstico feito pelas partes envolvidas. No caso do Inova Energia,
as equipes das três instituições (Finep,
Aneel e BNDES) se juntaram, mapearam o setor, conversaram com vários
Não haverá falta de recursos para quem quer
desenvolver tecnologia no Brasil.
Glauco Arbix | Finep
players e identificaram onde que, do
ponto de vista tecnológico, olhando
para a frente e projetando o futuro,
existem janelas de oportunidades para
a inserção, dado que pesquisa, desenvolvimento e inovação não são objetos
de curto prazo”, explica Maurício Neves, acrescentando que, após este período de análise, foram definidas três
áreas temáticas: Smart Grid e Transmissão em Ultra Alta Tensão (UAT), energias alternativas (solar fotovoltaica, termossolar e eólica) e veículos elétricos,
híbridos e convencionais eficientes.
Máximo Pompermayer, superintendente da Aneel, justifica a seleção das
áreas. “A rede elétrica inteligente abre
caminhos para várias outras coisas,
inclusive interação com a área de fontes renováveis, a questão da eficiência
energética e os veículos elétricos. Mas
especificamente nessa área de redes
26
28
Setembro/2013
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22 | Potência | Matéria de Capa
elétricas inteligentes temos um espaço
muito grande para a inovação e mesmo para a pesquisa e desenvolvimento tecnológico. As fontes alternativas
também se constituem em uma área
promissora e com grande espaço para
evolução. Assim como a de veículos
elétricos”, avalia o executivo.
Pompermayer também cita que a
iniciativa reforça a preocupação das
entidades envolvidas em discutir assuntos de grande relevância para o setor elétrico. Além disso, lembrou que
os investimentos em inovação podem
ajudar o Brasil a reduzir a dependência tecnológica que possui em vários
setores da economia, entre eles, alguns
na área de energia elétrica.
Sem contar que os investimentos
em pesquisa, desenvolvimento e ino-
vação podem abrir oportunidades interessantes às empresas estabelecidas
no Brasil, ou que estudam a possibilidade de entrar no mercado brasileiro. Pompermayer cita que na parte de
equipamentos para Smart Grid, por
exemplo, há uma grande oportunidade
para estruturarmos uma indústria para
produzir localmente e não apenas importar os vários dispositivos e equipamentos que envolvem uma rede elétrica inteligente.
“Não estamos propondo a reinvenção da roda, mas acho que tem muito
espaço aqui para uma estruturação da
indústria nacional em torno desses vários dispositivos e equipamentos que
essa rede elétrica demanda. Obviamente, em parceria com empresas e
instituições que estão mais à frente em
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Plano Inova Energia
Os investimentos em inovação podem ajudar o
Brasil a reduzir a dependência tecnológica que
possui em vários setores da economia.
Máximo Pompermayer | Aneel
relação a isso, mas fazendo a devida
transferência tecnológica e o desenvolvimento nacional”, completa.
Empresas do setor reagem bem ao plano
Foto: Dreamstime
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A julgar a repercussão entre as empresas do setor elétrico, o Inova Energia já pode ser considerado um sucesso. E isso pode ser confirmado no número de inscrições, que foram finalizadas no dia 03 de maio. Segundo os
organizadores do programa, ao todo,
373 empresas e Instituições Científicas
e Tecnológicas (ICTs) se inscreveram
no programa, com projetos que geram
uma demanda de R$ 12,3 bilhões.
O montante é praticamente três vezes maior que o previsto inicialmente
pelas entidades de fomento, que não
descartam a possibilidade de ampliar
o volume de dinheiro para atender às
solicitações. Mas essa decisão será tomada apenas após a conclusão da etapa de seleção dos planos de negócios
que foram apresentados para cada projeto, prevista inicialmente para novembro desse ano. Até porque, há a possibilidade de parte dos projetos serem
desconsiderados por não atenderem às
exigências do plano.
Fabián Yaksic, gerente de tecnologia da Abinee, entende que o interesse
das empresas do setor eletroeletrônico
no Inova Energia decorre da própria
carência de estímulos à inovação no
País. “Trabalhamos há muito tempo na
questão da inovação e da necessidade
das empresas trabalharem a inovação.
E quando o governo sinalizou que haveria recursos, e são recursos consideráveis, de R$ 3 bilhões para a parte
de energia, as empresas tiveram uma
repercussão extremamente favorável.
Tanto, que num prazo relativamente
curto desde que o Inova Energia foi
lançado (cerca de um mês), um número grande de projetos foram apresentados”, destaca.
O executivo da Abinee cita que
ainda há um percurso a ser percorrido,
onde os planos de negócios apresentados pelos interessados no final de julho
deverão ser analisados pelos responsáveis do programa, até que, em 28 de
novembro, sairá o resultado final dos
planos de negócios com os recursos.
Devido ao grande número de projetos
inscritos, há ainda a possibilidade desta data ser revista.
Matéria de Capa | Potência | 23
Plano Inova Energia
Plano trará resultados favoráveis ao setor como
um todo, alavancando os projetos de inovação.
Fabián Yaksic | Abinee
“A resposta inicial do setor ao programa, apresentando grande demanda
de recursos, indica que ele provavelmente será efetivo em enfrentar muitos
desafios dessa indústria”, afirma Mazzi.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, Fabián Yaksic entende que, a
partir da execução do programa e dos
projetos, é possível caminharmos para
um novo patamar de inovação no setor,
pelo menos na área de energia. “Acho
que o programa pode ser um divisor
de águas. As empresas vão sentir que
temos recursos para trabalhar de forma sustentável na inovação de energia.
Será uma ação muito positiva a partir
de 2014”, ressalta.
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
“O programa estabelece que até
90% será feito com recursos da Aneel, Finep ou BNDES, dependendo do
projeto. E 10% com recursos próprios
das empresas. Acredito que isso trará
resultados muito favoráveis para o setor como um todo, porque vai possibilitar que se alavanque os projetos de
inovação de forma considerável. Será
muito positivo”, avalia Yaksic.
Para Caio Torres Mazzi, o Inova
Energia poderá representar um marco no desenvolvimento de inovação
no setor energético nacional, pois,
além de possibilitar a integração de
instrumentos de apoio financeiro
de instituições que já tinham forte
exposição aos setores abarcados, o
programa está focado em temas que
estão na vanguarda tecnológica do
setor elétrico.
24 | Potência | Matéria de Capa
Plano Inova Energia
Hoje, os processos de inovação exigem
a estruturação de ecossistemas, o
compartilhamento de especialidades
entre empresas.
Objetivos do
Plano Inova
Energia
Na parte de medição inteligente,
por exemplo, Marcos Leão, gerente de
Pesquisa e Desenvolvimento da Itron,
acredita que o Inova Energia será fundamental para estimular o desenvolvimento de produtos e soluções sob
medida para a realidade brasileira. Ele
lembra que a iniciativa complementa a
Resolução 502/2012, que regulamenta
a medição inteligente para consumidores residenciais, primeiro passo para
a concretização do conceito de Smart
Grid no Brasil.
“A implantação das redes elétricas
inteligentes permitirá maior modernização, confiabilidade e eficiência no fornecimento de energia e maior conscientização e participação do consumidor no
gerenciamento do sistema elétrico e de
seu próprio consumo. Ainda nesse sentido, possibilitará iniciativas como o uso
da geração distribuída ou cogeração de
energia e a adoção da tarifa branca, que
aperfeiçoarão o perfil do consumo de
energia no Brasil e seus impactos financeiros e ambientais”, explica o executivo.
A diretoria da Light também reconhece a importância do Inova Energia
para o setor elétrico e, em especial,
para os projetos de Smart Grid das concessionárias, uma vez que agrega os
esforços da Aneel, Finep e BNDES no
mesmo programa, aproximando ainda
os ICTs, fornecedores de equipamentos e de sistemas de software. “Diversos projetos de inovação, implantação
e ampliação de fábricas deverão ser
viabilizados no Programa Inova Energia”, avaliam os executivos da Light.
1
Apoiar o desenvolvimento e a difusão de dispositivos eletrônicos,
microeletrônicos, sistemas, soluções integradas e padrões para implantação de redes elétricas inteligentes (smart
grids) no Brasil;
2
Apoiar as empresas brasileiras no
desenvolvimento e domínio tecnológico das cadeias produtivas
das seguintes energias renováveis alternativas: solar fotovoltaica, termossolar e
eólica para geração de energia elétrica;
3
Apoiar iniciativas que promovam
o desenvolvimento de integradores e adensamento da cadeia de
componentes na produção de veículos
elétricos e híbridos a etanol, e melhoria
de eficiência energética de veículos automotores no País;
Fonte: BNDES
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Luciano Coutinho | BNDES
4
Aumentar a coordenação das ações
de fomento e aprimorar a integração dos instrumentos de apoio financeiro disponíveis.
Programa estimula a inovação de
caráter sistêmico
O caráter sistêmico tem sido apontado como um ponto altamente positivo do programa. Não que as iniciativas
isoladas, sejam de indústrias ou de ICTs,
sejam malvistas. Ao contrário, elas continuam sendo bem-vindas e apoiadas,
tanto pelo governo, quando pelas entidades de fomento. “Mas entendemos
que o grande potencial, a renovação sistêmica, é a junção de atores. Existe um
estímulo grande para a parceria no âmbito do programa de fomento à inova-
ção como esse”, declara Maurício Neves.
Luciano Coutinho, presidente do
BNDES, completa: “O Inova Energia reservará R$ 3 bilhões para a promoção
da inovação empresarial, sendo que o
destinatário, o ator desse processo, é a
empresa privada em conjugação com
parceiros. Porque, hoje, os processos
de inovação exigem a estruturação de
ecossistemas, o compartilhamento de
especialidades entre empresas”.
Caio Mazzi vai além e afirma que a
estruturação de parcerias entre empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas possibilitará a integração entre
pesquisa básica e aplicada e a efetiva
introdução de novos produtos no mercado. “Desse modo é que se alcançará
a sistematicidade pretendida”, destaca.
As empresas que apresentaram projetos também nutrem uma expectativa
positiva em relação aos possíveis resultados do programa e seu perfil colaborativo entre os vários agentes envolvi-
Matéria de Capa | Potência | 25
Plano Inova Energia
pal vantagem é a proteção de receita
das empresas distribuidoras de energia
elétrica através da redução dos custos
de operação e detecção de perdas não
técnicas (fraudes), resultando em uma
tarifa mais barata para os consumidores”, explica Leão.
Já a Light inscreveu o projeto “Medição e Automação Integradas – Light”. Na verdade, a companhia já vem
desenvolvendo uma estratégia de inovação em Smart Grids por meio de
recursos do Programa de Pesquisa e
Desenvolvimento do Setor Elétrico e
de recursos próprios. Assim, o projeto
inscrito no Inova Energia consiste em
dar continuidade às ações do Programa
Smart Grid com foco em telemedição,
automação nas redes subterrâneas com
comunicação RF Mesh e nas redes áreas com comunicação GPRS.
Segundo a direção da empresa, foi
desenvolvido um Plano de Negócios de
dez anos para a implantação da tecnologia com protocolo aberto a dois milhões
de medidores inteligentes, mil religadores de rede aérea de distribuição e quatro
mil câmaras subterrâneas, possibilitando
o compartilhamento da mesma rede inteligente por sistemas de telemedição
e automação de redes de distribuição.
Linhas
temáticas do
Plano Inova
Brasil
O fomento e a seleção de Planos de
Negócio no âmbito do Inova Energia
se destinarão a cadeias produtivas
ligadas a três linhas temáticas:
Fonte: BNDES
dos. “A Itron acredita que o Inova Energia vai impulsionar a área de pesquisa
no setor energético no Brasil uma vez
que proporciona a integração de empresas com interesses comuns, mas que,
sozinhas, dificilmente teriam oportunidade e recursos financeiros para investir em projetos de tamanha magnitude”,
comenta Marcos Leão, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa.
Leão observa ainda que, mais do
que nunca, as distribuidoras no Brasil
terão que buscar melhores níveis de
eficiência e isso só é possível por meio
de tecnologia.
“Modernização em um sentido mais
amplo só pode ser alcançada com parceria entre distribuidoras, empresas de
tecnologia, órgãos reguladores, etc. Esse
tipo de colaboração acelera o ciclo de
inovação e guiará a inovação de maneira muito mais rápida do que qualquer
companhia poderia conseguir sozinha”,
completa Leão.
A Itron inscreveu o projeto Plataforma Integrada de Medição Antifraude
no Inova Energia. A proposta é desenvolver uma rede inteligente de medição centralizada de energia com foco
na identificação de perdas não técnicas via sistema. “Na prática, a princi-
Redes Elétricas Inteligentes (Smart
Grids) e Transmissão em Ultra-Alta
Tensão (UAT)
Geração de Energia através de Fontes
Alternativas
Veículos Híbridos e Eficiência
Energética Veicular
“O objetivo do projeto é, portanto, a
aplicação em larga escala dos produtos
resultantes dos projetos de P&D, com
ênfase na redução de perdas e inadimplência”, afirma a direção da Light, destacando que, para o desenvolvimento
do projeto, foram firmadas parcerias
com diversas empresas e ICTs, como
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26 | Potência | mercado
Painéis Fotovoltaicos
Indústria
em formação
Setor de energia fotovoltaica
ainda engatinha no Brasil,
mas empresários acreditam
no seu crescimento nos
próximos anos.
Reportagem: Paulo Martins
A
Fo
to:
Dre
a
ms
tim
e
energia hídrica constitui
a base da matriz elétrica
brasileira e assim deverá continuar por tempo
indefinido. Mas, graças a condições
naturais privilegiadas, o País pode se
dar ao luxo de manter um modelo diversificado, no qual várias fontes se
complementam conforme a disponibilidade maior ou menor de cada uma.
A energia solar é um exemplo de
aproveitamento possível. E, beneficiado por um altíssimo índice de radiação,
o Brasil finalmente começa a de-
senvolver sua indústria fotovoltaica. Se
o número de empresas que importam
e comercializam módulos fotovoltaicos
já é relevante, por enquanto, apenas
dois fabricantes tiveram a iniciativa de
produzir localmente esses módulos.
Ainda é preciso resolver sérios problemas estruturais para que a atividade
deslanche, mas as perspectivas são positivas, por conta da tendência mundial
de queda do custo da tecnologia e do
crescente reconhecimento da
importância das fontes de energia limpa em todo o planeta.
No momento, a produção de energia solar fotovoltaica no País é bastante modesta. Segundo dados da Abinee
(Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), até 2012, os sistemas fotovoltaicos conectados à rede
elétrica no Brasil geravam entre 1,4 e
1,5 Megawatt-pico (MWp).
Mercado
pequeno Até o
momento, Brasil
possui apenas duas
fábricas de módulos
fotovoltaicos.
mercado | Potência | 27
Painéis Fotovoltaicos
Apoio ao desenvolvimento
tecnológico
e
mstim
Drea
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
ção:
Em 2012, foram instalados 2MWp.
Ou seja, a base acumulada ao final do
ano passado chegou a 3,5MWp. Para
2013, a expectativa é que a capacidade instalada atinja 30MWp. Apesar de
partir de uma base pequena, o crescimento não deixa de ser substancial.
No cenário internacional, os números impressionam. Em 2012, o parque
fotovoltaico global totalizava 100GW
instalados. Segundo o relatório “Estádios Solares - Opção Sustentável para
a Copa 2014 no Brasil”, a capacidade
de vendas do mercado fotovoltaico
mundial passou de 176MWp, em 1999,
para 14.200MWp em 2009. Ou seja, um
crescimento de 7.968%, em dez anos. A
eletrônicos de alto valor agregado. E mais:
num momento em que a palavra de ordem é
agregar valor, a indústria fotovoltaica é um
campo fértil também para o desenvolvimento
local de soluções tecnológicas inovadoras.
Nesse aspecto, a VIS Technology é uma
das empresas brasileiras que têm se destacado. Um rastreador solar inteiramente nacional (solar tracker) foi desenvolvido pela
equipe e logo chamou atenção do mercado. Assim, o projeto foi adquirido por outra
companhia, que adaptou o mesmo para uso
em uma grande usina solar com módulos
geo-referenciados.
O sistema eletromecânico posiciona
os painéis solares perpendicularmente em
relação ao Sol, de forma a obter o máximo
da radiação solar. O diferencial da solução
é a orientação geo-referenciada, não dependendo das condições climáticas ou visibilidade para se orientar. Ele baseia-se na
posição aparente do Sol, apontando diretamente para o mesmo quaisquer que sejam
as condições climáticas.
A empresa já se dedica ao desenvolvimento de novos projetos. “Uma das ideias
a
Ilustr
Quando um País detém controle total
sobre a produção de determinado bem,
desde a matéria-prima até a manufatura
em si, a tendência é impulsionar também
outras cadeias produtivas e favorecer os
campos da pesquisa e da inovação.
Neste caso específico, partindo do
ponto que o Brasil possui grandes reservas
de silício e um potencial solar inesgotável,
promover o desenvolvimento da indústria
fotovoltaica é um passo fundamental para
consolidar o País na posição de liderança no universo das energias renováveis e,
mais do que isso, para garantir sua autonomia energética por tempo indeterminado.
Esse processo proporcionaria também
um avanço significativo para a indústria
eletroeletrônica como um todo, pois o
silício é vital ainda para a fabricação de
componentes eletrônicos, especialmente
semicondutores, o que lhe dá um forte viés
estratégico, pois poucos países no mundo
dominam completamente essa cadeia de
produção. Vale lembrar que os semicondutores são utilizados largamente em quase toda a indústria de produtos elétricos/
envolve a instalação de usinas solares
comunitárias nos pequenos e médios municípios, através da qual vários usuários
podem usufruir dos recursos proporcionados por uma usina solar fotovoltaica”,
revela Carlos Evangelista, diretor da VIS.
“Essa ideia não é uma invenção nossa, mas é absolutamente nova no Brasil.
Foi adaptada à nossa regulamentação e às
tecnologias disponíveis no País e possibilita que qualquer cidadão, tenha ele capacidade de investimento ou não, esteja ele
localizado em local de muita insolação ou
na sombra, possa utilizar a tecnologia fotovoltaica para converter energia solar em
energia elétrica. É a abundância da energia
solar levada a todos os cidadãos igualmente. Isso sim que é luz para todos”, projeta
Evangelista.
venda de módulos fotovoltaicos, especificamente, aumentou 140%, somente
no período compreendido entre o fim
de 2008 e o fim de 2009.
O relatório em questão foi elaborado pela Universidade Federal de
Santa Catarina e Instituto para o Desenvolvimento das Energias Alternativas na América Latina (Ideal) para
a Agência de Cooperação Técnica
Alemã - GTZ.
Temos uma política distorcida que só
atrapalha, a ponto de ser mais vantajoso
importar do que produzir no Brasil.
Carlos Evangelista | VIS Technology
28 | Potência | mercado
Construções sustentáveis A princípio, qualquer tipo de edifício pode receber módulos
fotovoltaicos e gerar a própria energia.
ção de leilões exclusivos de energia
fotovoltaica no ambiente regulado poderia fazer o preço cair - como aconteceu com a fonte eólica -, além, claro,
de estimular a demanda. Entretanto,
pode ser que a realização desse desejo tenha de esperar um pouco mais.
O Leilão A-3/2013, previsto para
outubro, de fato será aberto à fonte
solar (fotovoltaica e heliotérmica).
Entretanto, o páreo será duro. Serão
negociados contratos na modalidade
‘por quantidade’
para empreendimentos hidrelétricos e na modalidade ‘por disponibilidade’ para empreendimentos de geração a partir de fonte
eólica, solar, termelétrica a gás natural e a
biomassa.
Além disso, também poderão participar do leilão os
empreendimentos de
geração que utilizem
Foto: Ricardo Brito
/Grau 10
A Alemanha, a propósito, é a
maior produtora de energia solar
do mundo. Japão, República Tcheca e Bélgica também se destacam
no ranking dos principais geradores,
embora possuam extensão territorial
muito menor e condições climáticas
menos favoráveis que o Brasil. Analisando essa conjuntura, é impossível
não se indignar com o fato de que
essa fonte ainda não alcançou uma
participação mais significativa na nossa matriz elétrica.
“O Brasil detém um dos maiores
índices de irradiação solar do mundo. O lugar menos ensolarado do País
recebe 40% mais energia que o lugar
mais ensolarado da Alemanha”, compara Arthur Ribeiro, coordenador da
EnerSolar+Brasil/Feira Internacional
de Tecnologias para Energia Solar,
realizada em julho em São Paulo (SP).
Na opinião do executivo, o custo
da energia solar no Brasil é o maior
entrave do setor. “Faltam políticas que
incentivem a inovação tecnológica e
que reflitam no desenvolvimento de
um parque industrial nacional e no
aumento da oferta de equipamentos
solares”, analisa.
De fato, o custo da geração solar
fotovoltaica ainda é bem mais alto que
outras fontes. Alguns agentes do setor
estimam que esse preço possa chegar
a R$ 300 o megawatt-­
hora (MWh). Só para
ter ideia da discrepância, vale lembrar que
no Leilão de Energia
A-5/2012, realizado
em dezembro passado, o preço médio dos
projetos contratados
foi de R$ 93,46/MWh,
no caso da fonte hídrica, e de R$ 87,94/
MWh, para a eólica.
Os agentes do
mercado solar acreditam que a realiza-
Foto: Dreamstime
Painéis Fotovoltaicos
como combustível principal a biomassa composta de resíduos sólidos
urbanos e/ou biogás de aterro sanitário ou biodigestores de resíduos vegetais ou animais, assim como lodos
de estações de tratamento de esgoto,
que serão enquadrados como empreendimentos termelétricos a biomassa.
Para Carlos A. F. Evangelista, diretor da VIS Technology, empresa que
atua no desenvolvimento de projetos
na área de energias renováveis, competir com as fontes hídrica e eólica é
uma missão ingrata, neste momento.
“É a mesma coisa que fazer uma
luta de MMA e colocar juntos os pesos pesado, médio e pena. A energia
solar é peso pena, ainda. Provavelmente algumas empresas entregarão propostas, mas do jeito que está
configurado o leilão, dificilmente elas
conseguirão competir com um preço
factível”, acredita Evangelista.
Conforme defende o Grupo Setorial de Sistemas Fotovoltaicos da
Abinee, a realização de um leilão específico proporcionaria uma série de
oportunidades ao Brasil.
Patrocínio Master
Apoio Institucional
Realização
30 | Potência | mercado
Painéis Fotovoltaicos
Afinal, um aumento substancial da
demanda poderia colocar o País na vitrine da área solar (até por conta do
período de retração do mercado mundial) e reforçaria sua posição já privilegiada na cadeia de energias renováveis.
Também atrairia empresas competitivas no nível global, promovendo a
cadeia produtiva local e beneficiando o consumidor final. Serviria ainda
de incentivo a fabricantes locais de
módulos fotovoltaicos, inversores, estruturas metálicas, cabos, disjuntores
e quadros elétricos – principais itens
que compõem os sistemas. Isso sem
falar na possibilidade de desenvolvimento da indústria de semicondutores
e componentes eletrônicos.
Além do custo ainda relativamente
alto, existem outros ‘inconvenientes’
que atrapalham a massificação da tecnologia fotovoltaica. Como o retorno
pode demorar alguns anos, o investimento acaba ‘concorrendo’ com outras
prioridades mais imediatas do consumidor, como a compra de eletrodo-
mésticos, eletrônicos e até automóveis.
Conforme destaca a Abinee, um
dos entraves para o desenvolvimento
do setor no Brasil é a falta de linhas
de financiamento que permitam que o
sistema fotovoltaico seja pago com o
custo evitado do consumo de energia
elétrica do domicílio. Segundo cálculos
da associação, as linhas de crédito direto ao consumidor final precisam de
prazos superiores a dez anos e juros
inferiores a 8,5% para efetivar a viabilidade dos sistemas.
O mercado fotovoltaico aposta
ainda em outro artifício para crescer
e se desenvolver com mais vigor: o
net metering. Esse regime permite
que o consumidor instale geradores
em sua propriedade (painéis solares
fotovoltaicos, por exemplo) e produza sua própria energia - ainda que
parcialmente.
Quando a geração de energia for
maior que o consumo no local de uso,
o saldo positivo de eletricidade (energia excedente que é injetada na rede)
servirá para abater o consumo nesse
mesmo local ou em outro ponto (com
mesmo CNPJ OU CPF). Esse abatimento virá na fatura do mês subsequente. Para tanto, basta comunicar a distribuidora de energia local, que após
uma vistoria com a devida aprovação
do sistema instalado, já configura o
cliente como mini ou micro produtor
de energia. A microgeração engloba
a produção de 0 a 100kW, enquanto
e minigeração vai de 100kW a 1MW.
Existe a expectativa de uma boa
adesão a esse sistema. Entretanto, ninguém contava com um empecilho:
a incidência de ICMS sobre a
energia excedente que o
consumidor injetar na rede.
O fato caiu como um balde de água
fria no setor. “Isso está desincentivando o investimento em geração distribuída no mercado fotovoltaico. Sem
contar que também são cobrados PIS
e Cofins”, confirma Carlos Evangelista.
De qualquer forma ele ainda acredita que esse sistema poderá alavancar o mercado de energia fotovoltaica
e diz que é preciso ter paciência, pois
o net metering ainda é uma experi-
Foto: Dreamstime
Telhados e até lagos podem receber painéis
Estimativa do custo de
investimento em sistemas fotovoltaicos
- referência no Brasil (R$/kWp) (1)
Potência
Residencial (4-6kWp)
Residencial (8-10kWp)
Comercial (100kWp)
Industrial (≥1.000kWp)
Painéis (2) Inversores Instalação e montagem Total
4,88
4,42
3,81
3,50
1,25
1,09
0,92
0,66
1,53
1,38
1,18
1,04
7,66
6,89
5,91
5,20
Notas: (1) Calculado a partir de referências internacionais (US$ 1 = R$ 1,75), com acréscimo de
25% de tributos nacionais. (2) Painéis fixos, que não acompanham o movimento do Sol.
Fonte: EPE
De graça O Sol pode oferecer a energia
necessária para alimentar pontos de
iluminação nas vias públicas.
mercado | Potência | 31
Painéis Fotovoltaicos
Foto: Divulgação/Coelba/Shirley Stolze
Sistemas fotovoltaicos
conectados à rede elétrica
no Brasil
Instalados até 2012 = 1,4 a 1,5MWp
Instalados em 2012 = 2MWp
Acumulado 2012 = 3,5MWp
Estimativas 2013 = 30MWp
Fonte: Grupo Setorial de Sistemas Fotovoltaicos – Abinee
ência de poucos meses. Segundo o
executivo, alguns estados já estariam
estudando uma possível modificação
na legislação, para que o ICMS deixe de ser cobrado. “Os governos estão sensíveis ao problema, mas não
é algo que se muda da noite para o
dia. Depende-se de resoluções, leis
ou decretos. Estamos em uma fase de
ajustes”, reconhece Evangelista.
Para o executivo, é importante
criar e manter canais de comunicação
entre a sociedade, meio acadêmico,
governo e a indústria. “Algumas leis
ou resoluções, por vezes, são adequadas do ponto de vista regulatório, mas
sofríveis para incentivar o desenvolvimento do mercado, criar demanda
Bahia Estádio de Pituaçu é o primeiro
da América Latina a contar com geração
fotovoltaica.
e estimular a indústria nacional. Sem
um incentivo adequado estamos fadados a sermos meros usuários de tecnologia vinda de fora ou compradores de equipamentos produzidos no
exterior”, alerta Evangelista.
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32 | Potência | mercado
O mais importante é que já aconteceu o start do programa, abrindo a
possibilidade para que praticamente
todo tipo de propriedade venha a se
tornar uma usina elétrica em escala
reduzida.
“A energia solar fotovoltaica tem
duas características que a torna versátil para instalar quase em qualquer
lugar: como o sistema é modular, pode
começar pequeno e ir crescendo, sem
a necessidade de um projeto grande
e complexo desde o início. Além disso, é possível produzir e consumir no
mesmo local”, defende Evangelista.
É possível instalar desde um pequeno número de painéis sobre o telhado das residências até fazer parques geradores de maior porte, ocupando a cobertura de edificações
como shop­pings, supermercados, universidades e aeroportos, por exemplo.
Os módulos fotovoltaicos também
podem cobrir fachadas de prédios e
até mesmo ser instalados em estruturas flutuantes sobre lagos ou às margens de estradas. É possível ainda
construir pequenos sistemas isolados para alimentar o bombeamento
de água, a irrigação de plantações,
estações repetidoras e unidades de
backup de telecomunicações.
Outra tendência que vem ganhando força é a instalação de usinas solares fotovoltaicas sobre a cobertura
de estádios de futebol. Em Belo Horizonte (MG), por exemplo, o Mineirão, que receberá jogos da Copa do
Mundo FIFA 2014, conta com 6 mil
módulos, que representam 1,42MWp
de potência instalada - energia suficiente para atender ao consumo de
900 residências.
As motivações para adoção do sistema fotovoltaico são diversas. O sistema pode ser bastante útil em locais
onde a rede elétrica convencional não
chega ou como fonte complementar
onde ainda se usa combustíveis caros
e poluentes, como óleo diesel.
Carlos Evangelista conta que a
VIS Technology fechou recentemente um contrato interessante no interior de São Paulo. A empresa ficará
encarregada de projetar, montar e
operar uma miniusina fotovoltaica de
150kWp de potência dentro de um
condomínio industrial. “Os objetivos
Foto: Dreamstime
Painéis Fotovoltaicos
desse cliente são diminuir a conta de
luz das empresas e transmitir a imagem de ambiente sustentável”, enumera o executivo.
Indústria brasileira ensaia primeiros passos
sobrevivência para os empresários.
No setor eletroeletrônico a situação é ainda mais complicada em de-
A alta carga de impostos, as deficiências na infraestrutura básica e a
burocracia são verdadeiros testes de
Fotos: Divulgação/Cemig
Conforme retratado frequentemente pela imprensa, as dificuldades
de se produzir no Brasil são enormes.
Oportunidades Módulos fotovoltaicos podem ser instalados no telhado de shoppings, supermercados e estádios, na cobertura de estacionamentos, na
fachada de prédios e até sobre lagos.
mercado | Potência | 33
Painéis Fotovoltaicos
time
Ilustração: Dreams
terminados nichos, por conta de especificidades que resultam em uma total
falta de competitividade.
Na opinião dos especialistas, a fabricação de módulos fotovoltaicos está
entre aquelas que não dispõem de incentivos suficientes. “Muito pelo contrário. Temos uma política distorcida que
só atrapalha, a ponto de
ser muito mais vantajoso importar do que
O Brasil já se destaca
produzir no Brasil”,
lamenta Carlos Evanna produção do silício, um
gelista.
dos elementos importantes
Uma das dificuldades
para produzir
para a fabricação dos
módulos fotovoltaimódulos fotovoltaicos.
cos no País é a indisponibilidade local de
insumos. É o caso de
vidros e plásticos especiais, que precisam ser importados.
A história por trás do silício, que
serve de matéria-prima para a produção de células fotovoltaicas, é um claro exemplo das nossas deficiências.
O Brasil possui amplas reservas
desse elemento e até se destaca na
produção do chamado ‘silício grau
metalúrgico’ (99,5-99,9% de pureza). Entretanto, as células fotovoltaicas exigem o uso do ‘silício grau
solar’, mais puro (99,999-99,9999%).
A transformação do grau metalúrgico em grau solar exige uma grande
e dispendiosa capacidade industrial,
que hoje o País simplesmente não
tem. O mais grave é que exportamos
silício grau metalúrgico a menos de
três dólares o quilo e importamos si-
34 | Potência | mercado
lício grau solar a trinta dólares o quilo, em média.
O consumo de silício na indústria
solar fotovoltaica em 2009 foi superior
a 100.000 toneladas, e as perspectivas
de crescimento do consumo do silício de grau solar (SiGS) indicam um
consumo superior a 200.000 toneladas
em 2020, representando um mercado
de aproximadamente US$ 5 bilhões,
mesmo considerando taxas de crescimento mais modestas que as atuais
(27% ao ano). Em tempo: o Brasil é
hoje um dos maiores produtores mundiais de silício grau metalúrgico, com
capacidade de produção de aproximadamente 200 mil t/ano.
Um dos motivos que desestimulam os investimentos em grande escala no setor fotovoltaico nacional é
a pequena demanda. Entretanto, há
quem defenda que esses investimentos deveriam ser feitos antes mesmo
do mercado estar maduro.
“O País precisa de empreendedores externos e internos, empresários
que acreditem na inovação, corram
riscos e tenham visão de mercado, e
não de empresas que apenas querem
subsídios, esperando colher os frutos
de um mercado maduro, e que só decidam investir quando este já estiver
explodindo de oportunidades”, alfineta Evangelista.
A carência de mão de obra especializada sempre foi outro problema
sério para o setor. Finalmente o mercado reagiu e começam a surgir cursos
de graduação e especialização. Além
disso, muitos estrangeiros estão vindo para o País em busca de trabalho,
atraídos pelo potencial do mercado.
Quanto ao futuro do Brasil nesta
área, segundo os especialistas, a tendência é surgirem novos fabricantes,
ainda que com linhas de produção pequenas, mais para atender à demanda
local com pronta-entrega e participar
de licitações do que para competir
mundialmente. É esperar para ver.
Foto: Dreamstime
Painéis Fotovoltaicos
Massificação Em todo o mundo, tendência é de queda dos preços dos módulos fotovoltaicos, o
que pode favorecer a disseminação dessa tecnologia.
Neste momento, o País conta com
apenas duas fábricas de módulos fotovoltaicos: a Tecnometal, de Campinas
(SP) e a AGA Brasil, que começou a
produzir em junho último na cidade
de Eusébio (CE), na Região Metropolitana de Fortaleza.
Por enquanto a AGA dedica-se à
produção de painéis solares Modelo
MC60 (policristalinos) com tecnologia
canadense DAY4 e à distribuição de
produtos importados da empresa italiana BS Energie.
A capacidade de produção atual é de 1MWp/mês. A programação
para 2014 é elevar este número para
6MWp/mês. Os principais clientes da
empresa são os instaladores e os distribuidores.
David Banon, diretor Comercial
da companhia, destaca que o mercado promissor levou a AGA a produzir módulos fotovoltaicos no Brasil.
De acordo com ele, as vendas vão
bem, considerando o atual momento
por qual passa o País. “Falo por mim,
como profissional com experiência na
Europa e aqui no Brasil: as empresas
podem esperar o melhor”, anima-se.
Sobre as dificuldades encontradas
pela AGA em sua experiência no Brasil, Banon cita basicamente os problemas que todo empresário já conhece
bem: altos impostos, falta de incentivo, de legislação e também de mão de
obra especializada. “Temos de formar
pessoal”, destaca o executivo.
O potencial do mercado brasileiro
atraiu recentemente mais um player
de peso, a chinesa Yingli, uma das
maiores fabricantes de módulos fotovoltaicos completamente integrada
verticalmente. A empresa abriu escritório em São Paulo neste ano, mas,
por enquanto, não prevê instalação
de fábrica no País.
Através da marca Yingli Solar, a
companhia atende aos mercados europeu, asiático e americano, entre outros. No Brasil, um dos contratos prevê o fornecimento de painéis para o
Estádio do Maracanã.
CADERNO Atmosferas Explosivas • CADERNO Atmosferas Explosivas • CADER
36 | Potência |
Seguros e Áreas Classificadas
CADERNO Ex
RO
SEGU * 100%
Foto: Dreamstime
%
00
RO * 100% S
GU
EG
E
S
100% SEGU
RO
SEGURO
00%
*1
*1
O*
UR
Foto: Dreamstime
ERNO Atmosferas Explosivas • CADERNO Atmosferas Explosivas
| Potência | 37
Seguros e Áreas Classificadas
Semguranca,
se
sem seguro
Empresas que não cuidam adequadamente de suas
áreas classificadas enfrentam dificuldades para firmar
contratos com as companhias seguradoras.
O
setor de áreas classificadas vive um momento de forte evolução no
Brasil. Depois de anos
sendo tratado de forma indevida, com
negligências de toda ordem, o mercado vem se organizando e cresce o
número de empresas interessadas em
fazer um bom trabalho nesse setor,
tornando suas plantas mais seguras
e eficientes.
Mas a que se deve este fenômeno?
Na verdade, não há apenas um motivo. Este segmento foi se organizando
aos poucos no País, de forma gradativa.
De um lado, os próprios agentes do setor se mobilizaram para criar e publicar
normas técnicas alinhadas ao que há
de mais moderno no mundo. De outro, o mercado tem sofrido a influência,
benéfica, de Leis, Portarias e Normas
Regulamentadoras mais recentes, que
induzem as empresas e profissionais a
seguirem estas normas.
Agora também notamos uma influência nessa área que, de certa forApoiador:
ma, tem surpreendido algumas companhias. São as empresas seguradoras
que, desde 2007, quando o Instituto de
Resseguros do Brasil (IRB) deixou de
ter o monopólio em sua área de atuação, passaram a adotar uma postura diferente em situações em que um
eventual seguro envolve indústrias com
áreas classificadas.
Em outras palavras, muitas dessas
empresas passaram a negar o seguro
para plantas que apresentam riscos. E
com a negativa, muitas indústrias “correm” para regular a situação para não
ficarem “descobertas”. Ou seja, há um
novo estímulo para avanços no setor
de áreas classificadas.
Mas por que a quebra de monopólio do IRB na parte de resseguros levou a esta mudança nas diretrizes das
seguradoras?
Para responder a esta questão, é
preciso entender a importância do resseguro nesse contexto. Quando o seguro envolve grandes valores, como é
o caso de uma indústria ou plataforma
Reportagem: Marcos Orsolon
de petróleo, por exemplo, o risco não é
absorvido apenas por uma companhia.
Em geral, a seguradora transfere parte
desse risco para outras companhias, de
forma a reduzir suas responsabilidades.
Grosso modo, é como se ela fizesse um
contrato de “seguro do seguro”, uma
medida que visa diluir os riscos.
“Uma seguradora não vai bancar
sozinha um seguro de R$ 10 ou R$ 20
milhões. Ela vai ressegurar, porque tem
um limite. Pode ocorrer, por exemplo,
de ela ter um limite de R$ 3 ou R$ 4
milhões e o valor que passar disso ela
faz o resseguro”, explica Paulo Roberto
de Campos Castro, executivo da Paulo
Castro & Associados, que foi diretor do
Bradesco e fundador da Bradesco Previdência Privada.
Ocorre que no Brasil, até 2007, o
IRB detinha o monopólio dessa área de
resseguros. Mais que isso, o Instituto,
criado em 1939, ressegurava praticamente tudo o que aparecia, mesmo em
situações de grande risco. Uma situação bastante cômoda para as indústrias
Apoio Institucional:
CADERNO Atmosferas Explosivas • CADERNO Atmosferas Explosivas
38 | Potência |
que precisavam de uma apólice, mesmo sem dar a devida atenção a suas
áreas classificadas.
Mas a situação mudou. Em 2007
teve início a abertura do mercado brasileiro de resseguros e o IRB entrou
em uma nova fase, se tornando “apenas mais um player no mercado”. Com
isso, suas políticas internas foram revisadas e as taxas para aceitação de riscos, atualizadas.
“O IRB passou a ficar com 60% do
resseguro. Agora, esse percentual passou para 40%. E tem um detalhe: hoje,
o IRB não é obrigado a assumir os 40%.
Ele pode dizer que não aceita o risco.
Ele mudou, é mais um competidor no
mercado, não sendo obrigado a acei-
Foto: Dreamstime
Seguros e Áreas Classificadas
tar tudo como ocorria no passado”, comenta Paulo Castro, que completa: “O
ressegurador vive desse resseguro, mas
ele quer saber o tamanho do risco de
cada operação”.
O fato é que a quebra de monopólio tornou o mercado mais exigen-
te. Segundo Castro, hoje o mercado de
Londres, na Inglaterra, é que tem sido
utilizado pelas seguradoras para fazer
o resseguro. “E o mercado de Londres
não aceita risco, ele não tem obrigação
de aceitar o risco. O IRB tinha, pois era
o único ressegurador”, observa.
CADERNO Ex
Vivemos um período de transição no mercado
As multinacionais já entendem que não vale a
pena correr o risco de ficar sem seguro.
Paulo Roberto de Campos Castro | Paulo
Castro & Associados
Apoiador:
Project-Explo. Na opinião de Rausch,
o setor passa hoje por um período de
transição, onde as próprias seguradoras têm investido para se preparar melhor para atender a este tipo de cliente,
especialmente no momento de fazer a
inspeção nas plantas fabris.
“É complicado passar este tipo de
conhecimento. Mas algumas seguradoFoto: Divulgação
Ao adotar uma postura mais cautelosa frente os riscos que envolvem as
áreas classificadas, as seguradoras têm
provocado mudanças importantes no
comportamento das indústrias, ou pelo
menos em parte delas. Isso porque para
não ficarem sem seguro, muitas acabam
optando por investir nas correções necessárias, seguindo todas as etapas, o
que inclui o estudo de classificação de
área e a adoção das medidas para garantir a redução e o controle dos riscos.
“O que precisa ser entendido é que
é um direito da corretora não aceitar fazer o seguro de uma empresa que não
é segura, que não segue as normas. Por
isso, muitas empresas estão sendo induzidas a fazer este trabalho de adequação
para atender as exigências das seguradoras”, explica Ivo Rausch, gerente da
ras já vêm se preparando desde 2007.
As grandes empresas, principalmente
as multinacionais, estão trazendo este
treinamento, pois já têm essa consciência no exterior”, destaca Rausch, ponderando que o processo ainda está em
evolução: “Às vezes, nos deparamos
com exigências descabidas feitas pelas
seguradoras em determinadas empresas. Nesse momento é que percebemos
que o processo está em evolução. Mas
há a tendência das seguradoras terem
cada vez mais profissionais treinados
para essa área, justamente para conseguir identificar qual empresa pode
segurar e qual não pode”.
Segundo Rausch, os efeitos no mercado são visíveis em função da atuação das seguradoras, inclusive com o
aumento de consultas e contratação
de serviços. “Já tivemos alguns trabalhos gerados em função de exigências
de seguradoras. Algumas vezes porque
a empresa sequer tinha um estudo de
classificação de área. Mas também tiveApoio Institucional:
a
sta Lim
i
t
p
a
B
eiro.
Oliveira
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e
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p
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R
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ntos da
a
s
a
r
i
e
per
APOIO
patrocínio
CADERNO Atmosferas Explosivas • CADERNO Atmosferas Explosivas • CADER
40 | Potência |
É um direito da corretora não aceitar fazer o
seguro de uma empresa que não é segura.
Ivo Rausch | Project-Explo
mos casos pontuais de exigências absurdas que foram feitas. Nos casos em
que há exagero, o importante é que do
lado do segurado exista o conhecimento técnico para contra-argumentar. Isso
vale para seguradora, Ministério do Trabalho, auditorias da ISO, etc”, orienta.
Um aspecto a ser considerado, é
que nem sempre os exageros e absurdos ocorrem por má fé. Há também
desconhecimento e má interpretação
das normas técnicas. Rausch alerta que
é preciso ter cuidado na interpretação
e cita como exemplo de exagero um
Foto: Ricardo Brito/Grau10
Seguros e Áreas Classificadas
caso que vivenciou recentemente numa
fábrica de tintas. Na ocasião, havia a
constatação de que para fazer a manu-
tenção no ambiente com área classificada deveriam ser utilizadas ferramentas de um material não faiscante, feitas
de ligas que não geram centelhas. Só
que este é um material bem mais caro,
inviável para a empresa em questão.
“Ao analisar a situação, notamos
que, para efetuar a manutenção, a
empresa para o processo, limpa o
chão e mede o ambiente para garantir que não há mais risco de explosão.
Apenas depois disso é que a área é
liberada para que o eletricista possa
trabalhar. Ou seja, ela elimina a área
classificada antes de fazer a manutenção. E se não tem mais área classificada, não precisa da ferramenta especial”, esclarece.
Há empresas trabalhando sem seguro
Foto: Dreamstime
CADERNO Ex
Se a maior rigidez por parte das
seguradoras tem levado algumas empresas a regularizarem sua situação, há
também uma fatia do mercado que ainda não se sensibilizou com a situação
e, mesmo sendo alertada sobre os riscos de explosão, não toma as devidas
providências.
Via de regra a situação tem se mostrado melhor nas grandes empresas
nacionais e, principalmente, nas multinacionais que trazem a cultura da segurança seguida por suas matrizes. “As
multinacionais já têm isso organizado,
pois sabem que uma explosão pode
levar a um incêndio e à destruição de
sua empresa. Elas entendem que não
vale a pena correr o risco de ficar sem
seguro”, afirma Paulo Castro.
De outro lado, persiste em uma faixa
do mercado a sensação de que os alertas são “exagerados” e que os riscos não
são tão grandes. “Muita empresa acha
que estamos exagerando, que há muita
fantasia nisso tudo. Isso porque nunca
tiveram problema. Mas isso não significa que elas estejam seguras”, comenta Nelson López, presidente da ABPEx.
O resultado é que essas empresas
são inspecionadas pelas seguradoras -
que identificam os riscos e explicam o
que deveria ser feito para elimin­á-los ou
controlá-los -, mas se negam a fazer o
seguro. “O pior de tudo é que este pessoal fica sem cobertura, mas permanece
tranquilo, mesmo sabendo que há risco de explosão”, lamenta Paulo Castro.
Para Nelson López, outro problema é que muitas empresas apresentam
falhas graves de comunicação entre o
setor financeiro, que é o responsável
pela contratação do seguro, e o departamento de segurança, de engenharia,
que é o responsável pela implantação
de soluções seguras.
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| Potência | 41
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o departamento financeiro não sabe
nem que o sistema ressegurador brasileiro não é mais monopólio do IRB.
E, por isso, continua com a postura
de sempre: ‘seja qual for o risco, ele
será segurado pelo IRB’. Mas a realidade é outra. E ele fica sabendo disso
apenas quando contata uma seguradora que faz a inspeção do risco na
empresa e não aceita fazer o seguro”,
lamenta López.
Outro argumento usado pelas empresas que insistem em não se adequar,
é que elas não dispõem de recursos
para investir nos ajustes necessários.
Pensando nisso, a ABPEx conseguiu
aprovar uma linha de crédito junto ao
BNDES em novembro de 2012, com
condições especiais de taxas e prazos.
Algumas empresas já tiraram proveito
da iniciativa, mas ainda há bastante espaço para evolução.
Apoiador:
// SENSORES PARA
AMBIENTES EXTREMOS
A steute traz ao mercado
brasileiro o Ex RC 2580, um novo
sensor magnético certificado
para a utilização em zonas
com risco de explosão 1 e 21,
de acordo com a ATEX. Por ter
grau de proteção IP 69K e corpo
em aço inoxidável, é adequado
para utilização em indústrias
alimentícias e em temperaturas
que vão de -40°C a 70°C.
www.steute.com.br
Wireless
Automation
Meditec
Apoio Institucional:
42 | espaço abreme
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos
Refletindo sobre
o contexto das mudanças.
Carlos Soares Peixinho | Diretor Colegiado Abreme | [email protected]
O
peramos em um país que deve chegar a
duzentos e cinquenta milhões de habitantes em algumas décadas. Nossos recursos naturais ainda se encontram em grande parte
inexplorados. Esta combinação, disponibilidade
de mercado consumidor e fatores de produção,
devem sempre representar oportunidades de
bons negócios e investimentos.
Os efeitos da migração da população das
áreas agrícolas para os centros urbanos em nosso país se fazem sentir mais do que nunca. As
recentes manifestações nas ruas, que surpreenderam a todos, com desdobramentos ainda desconhecidos, colocam o Brasil em outro momento
distinto da recente euforia vivida quando o PIB
crescia a mais de sete por cento ao ano baseado
em uma economia de consumo.
A competição por atração de capital e investimentos entre os países é cada vez mais evidente.
Atualmente observamos a economia dos
Estados Unidos sendo considerada entre as melhores oportunidades de investimento. Mesmo
tendo originado a maior crise econômica das
últimas décadas, os Estados Unidos oferecem
ambientes de negócios com forte atração de capital baseados no tamanho do mercado, moeda
forte, juros baixos, respeito às regras, estímulo
ao empreendedorismo e inovação, entre outros.
Os desafios do ambiente internacional e a
competição sobre oportunidades de investimentos se agravam, assim como os gargalos internos
de nossa economia e infraestrutura.
Do lado positivo, a retomada do crescimento
dos Estados Unidos, a manutenção do mercado
comum europeu e do euro, bons indicadores econômicos no Japão e Alemanha, devem realimentar
os motores da economia mundial juntamente com
a China (também passando por processo de rees-
truturação) especialmente na demanda por nossas
commodities agrícolas e minerais.
O crescimento da classe média brasileira demonstrou o potencial do país além dos recursos
naturais. A necessidade e urgência de reformas
na saúde, educação, tributos e previdência social
parecem estar atingindo um consenso semelhante
ao que resultou há quase duas décadas no Plano
Real, que serviu de base para o crescimento do
país verificado nos últimos anos. Trata-se, portanto, da necessidade de continuar as reformas.
Não podemos conviver com escolas de
meio período, programas pedagógicos defasados, má gestão dos recursos nas cadeias de ensino. Como dizem os especialistas, precisamos
de duas ou mais gerações até que o problema
educacional seja resolvido. É tempo demais.
Portanto, não se pode continuar protelando a
implantação da reforma na educação.
Somente com cidadania, pessoas saudáveis
que estudam e se aprimoram, atingiremos um
patamar de melhoria contínua que não admite
retrocesso. Do ponto de vista dos negócios, este
é o único ambiente possível para atingir produtividade e vantagem competitiva.
Uma palavra sobre a indústria. O termo país
industrializado já foi usado para definir o grau
de desenvolvimento de uma sociedade. Depois,
se utilizou o termo emergente. Hoje parece mais
apropriada a definição de país avançado. Para que
o Brasil seja um país avançado, precisamos da indústria. Qual é o perfil da indústria do terceiro milênio? Há necessidade de diversificação da matriz
energética, sustentabilidade na utilização dos recursos, eliminação de resíduos tóxicos, absorção de
mão de obra qualificada, fontes de financiamentos
economicamente viáveis e boas práticas de gestão.
O desenvolvimento requer a integração entre
o mundo acadêmico e a atividade econômica. A
universidade deve ser celeiro de empreendedorismo, urbanismo, inovação, pesquisa, desenvolvimento e geração de patentes.
Estamos servindo a um mercado inserido
nas transformações tecnológicas, com demandas por máxima eficiência, equilíbrio e ética na
utilização de recursos, bem-estar das pessoas
e respeito ao meio ambiente; conciliados com
retorno atrativo aos investidores.
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos
FUNDADA EM 07/06/1988
Rua Oscar Bressane, 291 - Jd. da Saúde
04151-040 - São Paulo - SP
Telefone: (11) 5077-4140
Fax: (11) 5077-1817
e-mail: [email protected]
site: www.abreme.com.br
Membros do Colegiado
Roberto Said Payaro
Nortel Eletricidade Suprimentos Industriais S/A
Francisco Simon
Portal Comercial Elétrica Ltda.
José Jorge Felismino Parente
Bertel Elétrica Comercial Ltda.
José Luiz Pantaleo
Everest Eletricidade Ltda.
Roberto Varoto
Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda.
Paulo Roberto de Campos
Meta Materiais Elétricos Ltda.
Marcos Sutiro
Comercial Elétrica PJ Ltda.
Conselho do Colegiado
Nemias de Souza Nóia
Elétrica Itaipu Ltda.
Carlos Soares Peixinho
Ladder Automação Industrial Ltda.
Daniel Tatini
Grupo Sonepar
Secretária Executiva
Nellifer Obradovic
44 | espaço abreme
P
E
R
F
I
L
D
O
A
Alumbra
50 anos de mercado
F
undada em 1963, a Alumbra é uma empresa 100% nacional especialista na fabricação e comercialização de materiais
elétricos e de iluminação. Com sede em São Bernardo do Campo (SP), numa área de 20.000m²
que conta com duas fábricas e cinco armazéns
logísticos, a empresa possui sistema de gestão
da qualidade certificado, desde 1994, pela IS0:
9001:2008, e, ao longo dos 50 anos de mercado,
tem desenvolvido produtos que conferem conforto, segurança e economia aos consumidores.
A Alumbra tem posição de destaque entre
as principais empresas do setor e orienta os
negócios visando atender a vários níveis de público-alvo: lojistas, distribuidores, atacadistas,
eletricistas, engenheiros, projetistas, arquitetos,
designers e consumidores de todas as classes
sociais. A sua política de qualidade prevê que
os consumidores devam ter suas necessidades
atendidas em todos os aspectos.
A multiplicação dos produtos e soluções
que a empresa oferece aos mercados de materiais elétricos, iluminação, comando e proteção
industrial, é a maior prova de que a Alumbra
elevou seu índice de crescimento anual. Para se
manter competitiva, a empresa aposta em duas
estratégias: ampliar e melhorar constantemente
o mix de produtos e oferecer soluções de alta
qualidade, tecnologicamente evoluídas e que
respeitem o meio ambiente. Também entende
que, hoje, além de qualidade e confiabilidade,
os consumidores buscam produtos de alta performance, tecnologia, segurança e ótima relação
custo x benefício.
S
S
O
Foto: Divulgação
Materiais elétricos
Com mais de 10 linhas de produtos para
o segmento de materiais elétricos, a Alumbra
produz e comercializa uma ampla gama de soluções para instalações elétricas em baixa tensão, incluindo interruptores, tomadas, plugues,
conectores, canaletas e acessórios que tornam
a instalação bonita, segura e confiável.
A empresa entende a importância de oferecer uma proposta diferente para cada tipo de
necessidade dos projetos elétricos e de decoração, por isso oferece linhas de interruptores e
tomadas como Bliss, com 17 opções de cores de
placas para harmonizar, contrastar ou realçar a
decoração dos ambientes; e a Inova, que permite
o ajuste e nivelamento das placas de interruptores e tomadas à superfície da parede através de
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos
I
A
D
O
Foto: Divulgação
C
mercado Empresa é especialista na
fabricação de materiais elétricos e
itens de iluminação.
um sistema exclusivo de presilhas serrilhadas
que substituem os tradicionais suportes, com
rapidez e economia.
Há ainda as linhas Allegra, que conta com
12 opções de cores de molduras, a Ravelo, a
Siena, a Bari e a tradicional.
Iluminação
B
A companhia conta também com a linha Superled, com produtos de última geração como
lâmpadas, acendimento instantâneo, excelente
luminosidade com menor consumo de energia,
proporcionando melhor rendimento em relação
às demais lâmpadas. Disponíveis nas versões
MR, AR, PAR, A19, Fitas e Mangueiras luminosas, e refletores de LED. As Luminárias decorativas para Lâmpadas Eletrônicas e de LED, as
Luminárias de Alto Rendimento e as Luminárias
de emergência completam o mix que a Alumbra
oferece aos clientes e consumidores.
Industrial
A Alumbra também investe em soluções
para a área industrial. Entre os destaques está
a linha de comando e proteção Smart Tec, que
representa uma nova geração de produtos e
soluções industriais da empresa, destinada
às instalações que necessitam de maior nível
de proteção, controle de energia, segurança e
desempenho.
São disjuntores termomagnéticos em caixa
moldada, de 6 a 630A, que suportam altas correntes de curto-circuito e têm capacidade de operação em altas temperaturas, além de contatores
de potência, blocos de contato auxiliar e relês
térmicos, que são dispositivos destinados a manobra e proteção de motores em geral, evitando
danos ou a queima dos mesmos. As chaves de
partida magnética e disjuntores-motor completam o mix de dispositivos de comando e proteção, que tem como proposta principal garantir
R
E
M
E
a integridade e segurança dos circuitos, redes
elétricas, aparelhos e, sobretudo, a vida humana.
Todos estes produtos e soluções fazem parte da atividade de uma empresa que demonstra
postura consciente, correta e que entende que a
responsabilidade socioambiental é a forma de se
pensar no futuro do planeta. Em todas as linhas, a
Alumbra garante uma produção ecologicamente
responsável, além de oferecer diversos produtos
que geram economia de energia, sejam residenciais ou comerciais. No dia a dia da indústria, a
Alumbra economiza água ao máximo e trata todos os efluentes. Recicla os resíduos plásticos,
faz coleta seletiva, gerencia a energia utilizada.
Não emite gases ou substâncias que poluam o
ar, tampouco poluição sonora.
Os métodos de comunicação da empresa e
estratégias de marketing também evoluíram ao
longo dos anos. A propaganda “boca a boca”,
que foi eficiente no começo de sua história, deu
lugar a campanhas publicitárias de nível nacional, na TV, rádio, internet, revistas especializadas
e promoção no ponto de venda, onde, através de
parcerias com lojistas, garantimos que os produtos ganhem posição de destaque na gôndola.
Por fim, é uma empresa de 50 anos que se
renova a cada dia através de muito trabalho, e que
faz parte da vida, da casa, dos negócios e dos projetos de seus consumidores através de uma postura sólida e consistente. Hoje, esses consumidores podem encontrar na Alumbra uma empresa
nacional, com padrões de qualidade equivalentes
aos das melhores empresas do mundo.
Fotos: Divulgação
Recentemente, a Alumbra ampliou os negócios ao lançar produtos e soluções em iluminação. A proposta central é oferecer a luminosidade
adequada para cada tipo de ambiente ou projeto.
Hoje, a empresa também concentra esforços para
comercializar uma grande família de lâmpadas
compactas, miniespirais, tubulares, halógenas
e de vapores de alta pressão.
A
informação Trabalho de divulgação e informação é essencial para o sucesso da empresa.
46 | Potência | Radar
Comércio Internacional
Oportunidades no exterior
KRJ avança no mercado dos Emirados Árabes Unidos e
incrementa vendas para países do Oriente Médio.
O
Foto: Dreamstime
sucesso de uma indústria depende de diversos fatores. Boa gestão,
qualidade e diversidade
de produtos, política de preços adequada e bom nível dos colaboradores
são alguns desses aspectos. Mas há
outros, como a definição da política
de vendas, que pode estar direcionada
exclusivamente ao mercado doméstico, às exportações, ou que mescla as
duas modalidades.
A KRJ, que há dez anos desenvolve e produz conectores elétricos, optou pela última alternativa. Tradicional
fornecedora do mercado nacional, a
empresa tem deflagrado diversas ações
para incrementar as vendas para outros
Reportagem: Marcos Orsolon
países. E, a julgar pelos resultados, a
estratégia tem dado certo.
De acordo com o engenheiro Roberto Karam, diretor Comercial da companhia, o volume total de exportações
da empresa já corresponde a cerca de
25% das vendas. Os destinos variam
entre países da América Latina, Europa
e Ásia. E as ações em busca de novos
mercados não param, sendo que um
foco importante tem sido os países do
Oriente Médio.
Atualmente, a KRJ exporta produtos para os Emirados Árabes Unidos,
Jordânia e Líbano. E, segundo Karam,
a empresa trabalha forte para ampliar
a participação de seus produtos nesses
mercados. “Nosso objetivo é levar so-
luções e melhorias para a rede elétrica
desses países”, declara o executivo, revelando que os itens mais comercializados para esta região são os conectores
da família KLOK e da família KATRO.
O trabalho com foco no Oriente
Médio teve início em 2010 e ele foi motivado, em grande parte, pelas características similares das redes elétricas de
alguns dos países da região com as redes instaladas no Brasil. Como explica
Karam, diante dessa realidade “a KRJ
vislumbrou a oportunidade de negócios e foi atrás dos potenciais mercados
e compradores”. O resultado deste trabalho é que, para 2014, a companhia
estima exportar cerca de US$ 2 milhões
para os países do Oriente Médio.
Radar | Potência | 47
Comércio Internacional
Outro fato relevante para os planos
da companhia que acaba de ocorrer,
foi sua aprovação como fornecedora de
conectores para via aérea pela DEWA
- Dubai Electricity & Water Authority,
empresa responsável pela distribuição
de energia em Dubai, nos Emirados
Árabes Unidos.
Conforme revela Karam, a aprovação
é resultado de mais de dois anos de teste
em campo dos conectores PT e KLOK,
que até o presente momento atenderam
a todas as especificações técnicas necessárias ao mercado local, sem apresentar
nenhuma dificuldade de funcionamento
ou problema de ordem técnica.
O engenheiro explica que os conectores PT e KLOK apresentam difeFoto: Divulgação
Obviamente, para entrar em qualquer mercado é preciso estar preparado, principalmente no que tange às
características técnicas dos produtos
ofertados. Por isso, foi necessário que
a KRJ investisse em testes de laboratório credenciado e de acordo com as
normas internacionais antes de iniciar
as exportações para esta região. Em
alguns casos, também foram feitas pequenas modificações nos produtos, de
acordo com a demanda e a necessidade dos clientes.
Um exemplo deste trabalho ocorreu em maio, quando um grupo de
engenheiros da empresa jordaniana
IDECO - Irbid Electricity estiveram no
Brasil para fazer a homologação industrial da KRJ para torná-la apta a fornecer para a Jordânia.
“Eles vieram conhecer a empresa,
os processos produtivos e de qualidade, assim como a equipe de desenvolvimento, além de estreitar o relacionamento com a nossa equipe de vendas”,
comenta Roberto Karam, acrescentando que, na oportunidade, também foi
realizada uma visita à Câmara Árabe,
entidade a que a KRJ está associada.
A KRJ vislumbrou a oportunidade de negócios
e foi atrás dos potenciais mercados e
compradores.
Roberto Karam | Diretor Comercial
renciais competitivos importantes. O
KLOK, por exemplo, é fabricado em
liga de alumínio com um acabamento
superficial inibidor da corrosão galvânica, permitindo conexões com condutores de cobre ou alumínio no range de 16 a 400mm2, utilizado em conexões de equipamentos e acessórios
para rede de distribuição elétrica de
média e baixa tensão. Em função de
seu projeto eletromecânico, apresenta
grande confiabilidade elétrica graças ao
conceito de conexão por efeito mola
que alia facilidade de aplicação e possibilidade de reutilização, sem afetar a
estrutura dos condutores aos quais estavam conectados.
Já o conector PT pode apresentar
mínimas perdas de energia devido ao
conceito de conexão por efeito mola.
Normalmente, ele pode ser aplicado
em condutores de alumínio, sólidos
ou encordoados, e possui graxa antióxida como fornecimento regular nos
componentes montados do conector,
que tem função de limpeza de óxidos durante a aplicação do conector
e proteção do contato elétrico contra corrosão.
48 | Potência | economia
Vendas de
iluminação
A fim de estreitar o relacionamento
com um de seus principais públicos-­
alvo, a SIL anunciou o patrocínio da
Série C do Campeonato Brasileiro de
Futebol, com base na Lei de Incentivo ao Esporte. O marketing esportivo
tem sido uma importante ferramenta de
divulgação da marca, em um canal de
comunicação que ‘fala’ diretamente aos
profissionais especificadores.
A ação envolve a instalação de placas estáticas nos estádios durante os
jogos da série, com a transmissão de
algumas partidas por emissora de TV
a cabo. “A marca SIL já é reconhecida
no meio esportivo graças à paixão dos
consumidores e instaladores pelo futebol e ao apoio que a empresa direciona ao esporte”, afirma Rodrigo Morelli,
supervisor de Marketing da SIL.
Este ano a SIL já patrocinou a série
A dos Campeonatos Paulista e Carioca.
No rádio, a empresa patrocina os segmentos de futebol da Rádio Bandeirantes, em São Paulo, e Rádio Tupi, no Rio
de Janeiro. Outros destaques são os patrocínios ao programa esportivo Cartão
Verde, transmitido pela TV Cultura; e
ao Torneio Internacional de Seleções
de Futebol Feminino.
Para Morelli, essas são ações que
trazem um retorno positivo para a empresa, tanto institucional como mercadológico.
As vendas no varejo de produtos de
iluminação apresentaram crescimento
de 3% em julho, na comparação ao
mês de junho. Os dados foram apurados pelo Instituto Anamaco de Pesquisas em todos os estados do País para
a pesquisa mensal Abilux/Anamaco.
Os demais segmentos do setor da
construção avaliados pelo instituto
apresentaram um aumento no volume
de vendas que variou de 7% a 12%.
Além dos produtos de iluminação, ‘metais’ também apresentou aumento - um
crescimento de 4%.
Os lojistas das regiões Centro-Oeste e Nordeste foram os que registraram melhor desempenho nas vendas
de produtos de iluminação em julho.
Para o mês de agosto as perspectivas
são de que as vendas permaneçam
nos mesmos patamares das verificadas em julho.
Capacidade fabril
A Forjasul Eletrik, empresa de materiais elétricos da Tramontina, tem
planos ousados de crescimento para
os próximos anos. E, para dar suporte
aos avanços, a companhia tem investido constantemente na melhoria dos
seus processos fabris e na ampliação da
capacidade produtiva. Uma das últimas
ações nesse sentido foi a aquisição de
um forno de indução da marca Inductotherm, já em operação na fábrica de
Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul.
O novo equipamento se junta aos
outros dois fornos que a Forjasul Eletrik possui nessa unidade fabril, e sua
instalação eleva a capacidade de processamento de alumínio para 3.500
toneladas por ano. “Nos últimos anos
temos incrementado os investimentos
no parque fabril para assegurar e aprimorar a qualidade dos produtos, além
de ampliar nossa capacidade de produção”, declara Roberto Aimi, diretor
da Forjasul Eletrik, acrescentando que
o forno atenderá às demandas de todas as divisões da empresa.
Balança deficitária
Foto: Dreamstime
Foto: Divulgação
Apoio ao
esporte
Foto: Dreamstime
finanças & investimentos
Dados da Abinee apontam que, no acumulado de janeiro-junho de 2013, o déficit da balança comercial de produtos do setor eletroeletrônico atingiu US$ 17,72
bilhões, 10% acima do ocorrido no mesmo período de 2012 (US$ 16,16 bilhões).
O maior déficit ocorreu com os países da Ásia (US$ 13,0 bilhões), sendo US$
7,5 bilhões com a China e US$ 5,5 bilhões com os demais países daquele continente. Para o ano de 2013, é esperado que o déficit atinja US$ 35,5 bilhões, 9%
superior ao ocorrido em 2012 (US$ 32,5 bilhões).
Encontro político
A ABB anunciou a aquisição da empresa francesa de
software Newron System. A intenção é expandir sua abrangência de mercado e seu portfólio de automação predial. As
partes concordaram em não divulgar os termos da transação.
A Newron System, localizada em Toulouse, desenvolve soft­
wares para soluções de automação predial e faz suas vendas
através de distribuidores e instaladores. O software permite que
dispositivos, como controles de persianas e luzes, se comuniquem uns com os outros, além do gerenciamento centralizado.
A aquisição reforça a estratégia da ABB no crescente mercado de automação predial, que é de expandir seu alcance de
mercado e portfólio para parceiros. O software Newron System
complementa a linha de produtos da empresa, adicionando
soluções de automação flexíveis ao portfólio. A empresa será
integrada à divisão de Produtos de Baixa Tensão (LP) da ABB.
“As soluções do software de automação predial premium da
Newron System vão ganhar alcance mundial através da rede de
vendas da ABB”, afirma Hans-Georg Krabbe, chefe da unidade
de negócios de Wiring Accessories, que acrescenta: “Estamos
comprando software avançado e know how. Essa aquisição
irá ampliar nossa oferta em soluções de automação predial”.
O presidente da Abinee Humberto Barbato participou no
último dia 16 de agosto, em São Paulo, da reunião do Fórum
Nacional da Indústria da CNI. O evento, coordenado pelo
presidente da CNI Robson Braga de Andrade, contou com a
presença do ministro da Fazenda Guido Mantega, que conversou com líderes empresariais sobre as perspectivas para a
economia neste segundo semestre.
Na ocasião, Barbato apresentou ao ministro os dados do setor eletroeletrônico, que, após obter desempenho modesto no primeiro semestre, espera
por melhores resultados para o decorrer do ano.
“As expectativas são melhores do que vinham
acontecendo, mas as indústrias ainda demonsau
tram precaução em relação aos rumos da econoGr
ito/
Foto:
Ricardo Br
mia”, afirmou o presidente da Abinee.
Esta impressão do setor eletroeletrônico vai ao encontro das perspectivas apresentadas por Mantega, que acredita
em recuperação para o segundo semestre. De acordo com o
ministro, os leilões de concessão de obras de infraestrutura,
a inflação, que começa a dar sinais de estabilidade, e a expansão do crédito deverão contribuir para este desempenho.
10
Aquisição
Passeio ciclístico
Em comemoração aos seus 90 anos, a Lorenzetti patrocinou a primeira edição do passeio ciclístico noturno Night Riders. O evento ocorreu dia 17 de agosto e teve como cenário os principais pontos turísticos do
centro de São Paulo. “Para a Lorenzetti, o patrocínio ao evento foi fundamental para a disseminação do uso
das bicicletas como meio de transporte, ação positiva para o desenvolvimento de São Paulo, além da fomentação do ciclismo como prática esportiva”, afirma Alexandre Tambasco, gerente de Marketing da companhia.
Foto: Dreamstime
INTELIGÊNCIA
EM COMPONENTES
PROFISSIONAIS
Micro Chaves
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Alta qualidade e confiabilidade.
As chaves de tecla da Marquardt são utilizadas em
diversas aplicações, entre elas equipamentos médicos,
eletrodomésticos, máquinas industriais e equipamentos
de som. Possuem aprovação UL, VDE e ENEC.
Seu diferencial está na alta capacidade de corrente e tensão,
encontradas de 1 a 3 pólos, até 400V e 25A. IP65. Estão
disponíveis em diversos modelos, cores, tamanhos, serigrafias,
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02/08/2013 14:02:12
50 | Potência | vitrine
Produtos e soluções
Automação residencial
Com gabinete feito em material ABS autoextinguível, a linha iTouch da
Sob-Brasil é indicada para automação residencial, sendo dividida em três opções: IShape, STD, e CSF. O IShape tem como característica a flexibilidade, já
que aceita vários tipos de painéis na parte frontal: plástico, vidro ou com toque
integrado às funções do painel. A versão STD é mais simples, uma vez que não
necessita de painel, mas sim de um equipamento com display e função de toque
integrado ao painel. O CSF é mais semelhante às aplicações tradicionais, com
cores coordenadas e painel frontal fechado, podendo ser equipado com botões.
Termômetro infravermelho
O termômetro infravermelho TI-410 é o mais novo lançamento da Instrutherm. O aparelho vem com câmera digital integrada com resolução de
640x480 pixels, laser duplo que facilita a visualização do alvo ou local durante a medição, ajuste de emissividade, função de gravador de vídeos em
AVI, fotos em JPG, entrada para cartão MicroSD de até 8 GB, soquete para
Termopar tipo K e bateria recarregável, além de medir temperatura e umidade do ar. O equipamento é de fácil manuseio, com display LCD colorido,
controles de data e hora e desligamento automático.
Durabilidade e eficiência
Com a proposta de oferecer ao mercado uma ampla linha de produtos com qualidade e eficiência energética, a Sylvania
apresenta as novas lâmpadas Led TUB 8, com opções de 9 e 18W, em 100 e 240V. Com vida mediana de 30 mil horas, elas são
indicadas especialmente para lugares de difícil manutenção. Além disso, têm design moderno, compacto e são substitutas das
lâmpadas fluorescentes T8 16 e 32W.
vitrine | Potência | 51
Produtos e soluções
Linha adesivada
A Dutoplast apresenta ao mercado as canaletas equipadas com fita dupla face para fixação.
Graças à fita, a instalação das peças pode ser
feita sem a necessidade de quebrar ou furar as
paredes. A novidade envolve as linhas Duto-X,
Dutopop, Dutopiso e as canaletas 15x15; 15x22;
22x22; 30x30; 30x50; 50x50; 50x35; 80x35;
22x30; 30x38,5 e 40x40mm.
Nobreaks senoidais
A APC by Schneider Electric anuncia o lançamento dos nobreaks bivolt senoidais
APC Smart-UPS BR 1000VA e 1500VA voltados a ambientes de TI de pequenas e médias empresas, para potências de até 1.000VA e 1.500VA, respectivamente. Os equipamentos são recomendados para a proteção de energia de equipamentos em ambientes corporativos, como servidores de rede, terminais de computador e centrais PABX.
Eles têm design moderno, em formato torre, e são construídos em gabinete metálico robusto. Possuem estabilizador, filtro de linha e minidisjuntor rearmável (modelo
1.000VA), além de um software de gerenciamento de suas características funcionais e
dos eventos que ocorrem na rede elétrica. A linha possibilita ainda a expansão da autonomia por meio de um conector para módulos de baterias externas.
Controle de líquidos
A Finder apresenta a Série 72, que oferece soluções
para controle de líquidos. Um dos destaques da linha é o
modelo Tipo 72.11 (foto), que possui sensibilidade fixa de
150kΩ e funções de enchimento ou esvaziamento selecionáveis por jumper com tempo de retardo fixo de 1 segundo. O modelo possui acessórios como sensor de alagamento, eletrodos suspensos ou haste e porta eletrodos. Outros
itens que compõem a linha são os modelos: Tipo 72.01;
Tipo 72.42 e os Tipos 72.A1 e 72.B1.
52 | Potência | GTD
Smart Grid
A AES Eletropaulo implantou
um programa de capacitação de
eletricistas em redes inteligentes,
como parte do projeto Smart Grid
em Barueri, Região Metropolitana
de São Paulo. O objetivo é preparar esses profissionais para o futuro
do setor elétrico, que abrange uma
nova forma de operar o sistema de
distribuição de energia.
Na primeira fase, cerca de 100
colaboradores participaram de dois
cursos, com carga horária de 8 e 16
horas, ministrados por profissionais
qualificados da própria distribuidora.
“Ao investir em tecnologia Smart
Grid, a AES Eletropaulo também tem
foco no desenvolvimento profissional
de seus colaboradores, não só devido à exigência de qualificação para
trabalhar dentro desse novo conceito
de distribuição de energia, mas também para valorizar talentos internos”,
afirma Maria Tereza Vellano, diretora
Regional da AES Eletropaulo.
Além dessas turmas, o programa
de capacitação da distribuidora
possui mais três etapas
que contemplarão engenheiros, técnicos
de operação e gestores até 2015. No
total, cerca de mil
profissionais passarão por treinamentos.
Foto
: Divulgação
Este é o primeiro Projeto de Rede Inteligente (Smart
Grid) completo do País. Na área de
concessão da AES Eletropaulo está
sendo implantado inicialmente no
município de Barueri e parte de Vargem Grande, beneficiando 250 mil
habitantes e terá um sistema integrado ao Centro de Operações e Medição da concessionária. O investimento é de R$ 70 milhões e está programado para conclusão em 2015.
Capacidade
ampliada
A Usina Termelétrica do Terminal
Portuário de Pecém (UTE Porto) aumentou sua capacidade de geração de energia para 15,25MW, com funcionamento
em Paralelismo Estendido com a Concessionária Coelce. A Distribuidora Cummins Diesel do Nordeste (DCDN) executou o projeto e a instalação dos cinco
grupos geradores a gás natural fabricados pela Cummins Power Generation.
“Anteriormente, a usina tinha
5,25MW, e com a ampliação de 10MW,
sendo cinco máquinas de 2MW, a potência total da usina foi para 15,25 MW.
Atualmente a DCDN faz a operação e
manutenção de toda a usina”, explica
Luiz Antonio Trotta Miranda, diretor­executivo da empresa.
Novo CEO
Foto: Dreamstime
Geração, Transmissão e Distribuição
Ao todo, a UTE Porto está operando com oito grupos geradores. Os equipamentos foram adquiridos mediante
convênio entre a Secretaria da Infraestrutura do Estado e a Secretaria Especial
dos Portos no valor de R$ 17,6 milhões.
Os grupos geradores foram fabricados pela Cummins Power Generation
em sua unidade na Inglaterra, e funcionam a gás natural. Cada conjunto
tem potência individual de 2.000kW.
Com a ampliação, o Sistema Elétrico
do Porto do Pecém, administrado pela
Cearaportos, proporcionará segurança
integral na oferta de energia elétrica de
reserva e de emergência demandada
pelos diversos empreendimentos que
ali se instalam.
A BRIX, plataforma eletrônica pioneira no Brasil de negociação de energia
elétrica, informou que Levindo Santos é seu novo CEO. O executivo assume o
posto com a missão de liderar a nova fase de desenvolvimento da BRIX, que
inclui a participação de agentes do mercado financeiro em contratos bilaterais
de derivativos de energia com liquidação financeira.
Santos tem sólida experiência no universo financeiro, com passagens por
instituições como HSBC, Morgan Stanley e Banco Pactual, entre outras. Com
a contratação do executivo, a BRIX e seus acionistas reforçam o compromisso
de oferecer uma plataforma segura, avançada e transparente para a negociação de energia elétrica no País, garantindo o aporte dos recursos financeiros
necessários a esses novos desenvolvimentos.
De acordo com o novo CEO, “a entrada de agentes do setor financeiro na
plataforma aumentará a liquidez nas negociações de energia elétrica e tornará
mais fácil o gerenciamento de portfólio para os agentes do Mercado Livre por
meio de estratégias de hedge”.
O processo de obtenção das aprovações necessárias junto às autoridades
competentes para o início da segunda fase da plataforma está em andamento.
Estarão disponíveis os mesmos produtos já comercializados na plataforma durante a primeira etapa: “Energia Convencional” (a preço fixo), “Energia Convencional” (a PLD + Prêmio) e “Energia Incentivada” (a preço fixo), para diferentes
períodos – mensais, trimestrais, semestrais e anuais até 2015, com entrega em
todos os submercados brasileiros.
GTD | Potência | 53
Foto: Dreamstime
Geração, Transmissão e Distribuição
Microgeração de energia
de microgeração eólica e solar. Até
novembro, o projeto piloto vai receber
um investimento de R$ 6,2 milhões.
A energia gerada vai abastecer as
áreas comuns de cada condomínio. O
excedente de eletricidade será vendido
à concessionária local ou a consumidores livres. O retorno da venda dessa
energia irá constituir um fundo que será
revertido para o condomínio e para os
A Caixa Econômica Federal deu início ao projeto Geração de
Renda e Energia Renovável nos empreendimentos do programa Minha Casa
Minha Vida (MCMV) Morada do Salitre e
Praia do Rodeadouro, em Juazeiro (BA).
Com recursos do Fundo Socioambiental Caixa (FSA), os empreendimentos já começaram a receber sistemas
próprios moradores, na forma de um
bônus de até R$ 110 por família.
Os moradores também foram treinados e capacitados para instalar os
equipamentos. Serão beneficiadas
cerca de mil famílias com renda de
até três salários mínimos. A iniciativa
será modelo para instalação de equipamentos de energia solar em outras
unidades do programa MCMV.
Balanço positivo
Fábrica de
torres
A Energisa registrou lucro líquido consolidado de R$ 107 milhões (R$ 0,45 por
Unit ou R$ 0,09 por ação) no primeiro semestre de 2013, contra R$ 125,5 milhões
em igual período do ano passado. Já a geração operacional consolidada de caixa
(EBITDA consolidado) foi de R$ 345,6 milhões e o EBITDA Ajustado Consolidado
totalizou R$ 367,2 milhões no período, ante os R$ 343,1 milhões registrados no primeiro semestre de 2012. Mantendo a política de remuneração aos acionistas, a companhia iria antecipar, a partir de 21 de agosto, mais um dividendo do exercício corrente, no montante de R$ 28,5 milhões, que somado aos dividendos já distribuídos em 3 de junho deste ano (R$ 40 milhões), totalizam R$ 68,5 milhões, ou seja, o mesmo valor
pago em igual período do ano passado.
A Alstom inaugurou sua primeira fábrica de torres eólicas na
América Latina. Instalada em Canoas (RS), a unidade terá capacidade para produzir 120 torres de aço
por ano, o suficiente para fornecer
aproximadamente 350MW de eletricidade. A fábrica abastecerá a região
sul da América Latina, um mercado que atualmente está em franco
crescimento.
“A posição geográfica da planta
nos permite estar próximos de nossos clientes, e possibilita importante
interação com outros países, como
Argentina, Chile e Uruguai. Temos
um longo e sólido histórico nos
mercados eólicos da América Latina, e continuamos investindo na região para atender às crescentes demandas de energia”, afirma Marcos
Costa, presidente da Alstom Brasil.
Foto: Divulgação
Correção de harmônicas
A ABB fechou um contrato da ordem de R$ 4 milhões para o fornecimento de 38 filtros ativos, modelo PQFM, incluindo serviços de comissionamento
e materiais para instalação, para parques eólicos localizados em Sant’Ana do
Livramento (RS), que têm participação da Eletrosul. Os equipamentos devem
ser instalados no segundo semestre deste ano.
Os filtros ativos serão instalados dentro das torres dos aerogeradores para
realizar a correção de harmônicas, ou seja, frequências distorcidas da rede, que
afetam o nível de tensão no ponto de conexão do parque eólico ao Sistema Interligado Nacional, controlado pelo Operador Nacional do Sistema. Eles têm a
capacidade de monitorar a corrente de linha em tempo real analisando a frequên­
cia distorcida e injetando uma corrente em frequência oposta, com a finalidade
de cancelar o efeito harmônico.
Essas distorções são causadas por cargas elétricas não lineares que
podem afetar o desempenho de outros equipamentos, além de causar superaquecimento de cabos, motores e transformadores, danos
a equipamentos sensíveis e envelhecimento precoce da instalação.
O filtro é flexível, podendo se adaptar facilmente às mudanças da
rede, através de configurações do seu software.
Foto
: Dreamstime
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-
FÓRUM NACIONAL 39
(11) 5589-4332
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IDEAL WORK ENGENHARIA 41
(11) 4619-1039
www.idealworkeng.com.br
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IFC - COBRECOM 33
(11) 4023-3163
www.cobrecom.com.br
[email protected]
INTELLI
2
(16) 3820-1500
www.grupointelli.com.br
[email protected]
INTERCON
35
(47) 3451-3000
www.feiraintercon.com.br
[email protected]
J MALUCELLI CONTROLE DE RISCO
19
(41) 3351-5669
www.jmalucelli.com.br
-
MARGIRIUS 7
www.margirius.com.br
[email protected]
NAMBEI FIOS E CABOS
5
(11) 5056-8900
www.nambei.com.br
[email protected]
PHELPS DODGE
59
(11) 3457-0300
www.pdic.com
[email protected]
PLASTIBRAS
31
(65) 3667-6201
www.plastibras.ind.br
[email protected]
PROJECT - EXPLO
15
(11) 5589-4332
www.project-explo.com.br
[email protected]
SIL FIOS E CABOS ELÉTRICOS 23
(11) 3377-3333
www.sil.com.br
[email protected]
SOB SCHURTER
49
(11) 5090-0030
www.sob-brasil.com
[email protected]
STECK IND. ELÉTRICA
60
(11) 2248-7000
www.steck.com.br
[email protected]
STEUTE 41
(19) 3836-2414
www.steute.com.br
[email protected]
0800-7073262 58 | Potência | agenda
Agosto/Setembro 2013
Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Exposição
Data/Local: 27 a 29/08 – São Paulo – SP
Informações: (11) 2129-6303 / www.expogbcbrasil.org.br
Fenasucro – 21ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética
Data/Local: 27 a 30/08 – Sertãozinho – SP
Eventos
Informações: www.fenasucro.com.br
14ª Edição Energy Summit
Data/Local: 11 a 13/09 – Rio de Janeiro – RJ
Informações: (11) 3017-6808 / www.energysummit.com.br
1º Workshop Internacional: Automation UpDate
Data/Local: 16/09 – Joinville – SC
Informações: (11) 4126-3232 / www.beckhoff.com.br
Intersolar South America
Data/Local: 18 a 20/09 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3824-5300 / www.intersolar.net.br
Power-Gen Brasil
Data/Local: 24 a 26/09 – São Paulo – SP
Informações: www.powergenbrasil.com
Comandos Elétricos
Data/Local: 28/08 – Rio de Janeiro – RJ
Informações: (21) 4105-4435 / www.serae.com.br
Sistemas de Gestão da Energia
Data/Local: 02 e 03/09 – São Paulo – SP
Cursos
Informações: (11) 3017-3600 / www.abnt.org.br
Energia Solar Fotovoltaica
Data/Local: 10 e 11/09 – Porto Alegre – RS
Informações: (21) 3872-0355 / www.ambienteenergia.com.br
Subestação de Média e Alta Tensão
Data/Local: 16 a 18/09 – Uberlândia – MG
Informações: (34) 3210-9088 / www.conprove.com.br
Qualidade da Energia Elétrica
Data/Local: 16 a 18/09 – São Paulo – SP
Informações: (11) 5031-1326 / www.barreto.eng.br
Compensação de Reativos em Sistemas Elétricos
Data/Local: 23 e 24/09 – Uberlândia – MG
Informações: (34) 3210-9088 / www.tllv.com.br
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ENTREVISTA Maria Carolina Fujihara, do GBC