LIÇÃO 10 – 07 de setembro de 2014 – Editora Betel
Um líder em crescimento constante
TEXTO AUREO
“Ele é como árvore plantada junto à corrente de águas, que, no devido tempo, dá
o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem
sucedido”. Sl 1.3
VERDADE APLICADA
A liderança que prospera e sempre cresce é aquela que diligentemente tira o
melhor proveito das oportunidades boas e ruins.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
►Fornecer orientações para o crescimento em liderança;
►Expor a melhor maneira de aproveitar o tempo e as oportunidades;
►Estimular as pessoas a contribuírem com o melhor de si.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
2Cr 17.1 - Em lugar de Asa, reinou seu filho Josafá, que se fortificou contra
Israel;
2Cr 17.2 - Ele pôs tropas em todas as cidades fortificadas de Judá e estabeleceu
guarnições na terra de Judá, como também nas cidades de Efraim, que Asa, seu
pai, tinha tomado.
2Cr 17.3 - O Senhor foi com Josafá, porque andou nos primeiros caminhos de
Davi, seu pai, e não procurou a baalins.
2Cr 17.4 - Antes, procurou ao Deus de seu pai e andou nos seus mandamentos
e não segundo as obras de Israel.
2Cr 17.5 - O Senhor confirmou o reino nas suas mãos, e todo o Judá deu
presentes a Josafá, o qual teve riquezas e glória em abundância.
2Cr 17.6 - Tornou-se-lhe ousado o coração em seguir os caminhos do Senhor, e
ainda tirou os altos e os postes-ídolos de Judá.
Introdução
Uma liderança solidificada crescerá em todo o tempo. Para algumas pessoas as
circunstâncias adversas podem ser pedras de tropeços, mas para líderes de
visão, as circunstâncias podem se tornar ferramentas pelas quais avançarão e
obterão sucesso. Os servos de Deus cresceram independentemente de fatores
externos, eles nunca olham para fora, mas para dentro si, para a visão que Deus
tem neles implantado (Fp 3.14).
OBJETIVO
►Fornecer orientações para o crescimento em liderança;
1. Aproveite melhor o seu tempo
A maturidade necessita de tempo. Aprender a valorizar o tempo e administrá-lo
com sabedoria trará não somente sucesso, mas confiança naquilo que se faz. O
dicionário Houaiss diz que: “tempo é um período contínuo e indefinido no qual os
eventos se sucedem”. O tempo não pode ser parado ou guardado. Assim, o que
nos resta fazer em nossa breve existência é administrá-lo. Vejamos alguns
exemplos de como administrar o tempo:
1.1. Um líder deve se organizar e estabelecer alvos
“E ensinaram em Judá, levando consigo o livro da lei do SENHOR; e foram a
todas as cidades de Judá, ensinando entre o povo” (2Cr 17.9). Sem organização
os seres humanos perdem tempo e energia. Organizar é por ordem, é
estabelecer metas e objetivos, tanto para si quanto para organização a que se
pertence. Dentro de qualquer organização é imprescindível que se estabeleça
metas a curto, médio, e longo prazo. Existem coisas que levam tempo para se
concretizar. Quando olhamos para o exemplo do rei Josafá, vemos um líder que
alcançou grandes realizações. Ele decidiu ser um homem exemplar; decidiu
reformar o culto a Jeová eliminando toda a idolatria possível; instituiu
ensinadores do Livro da Lei para ensinarem nas cidades de Judá, e, juntamente
com isso, veio-lhe muita prosperidade e respeito das terras em redor. Josafá era
um homem organizado e de metas, por isso, todos o respeitavam (2Cr 17.1-10).
1.2. Um líder deve eleger prioridades
A disciplina para eleger prioridades e a capacidade para trabalhar em uma meta
estabelecida são essenciais para o sucesso. Um bom líder sempre terá
prioridades, saberá separar o que é importante daquilo que é urgente. Não é
questão de trabalhar demais, mas a maneira eficiente de como trabalhar.
Estabelecer prioridades é uma forma de se evitar muitos desperdícios, é
determinar o que vem primeiro, o que é mais importante e mais digno (Mt
6.33).0 líder que escolhe trabalhar as prioridades, distribuirá sua energia na
proporção adequada aos seus alvos e sempre alcançará um ótimo desempenho.
Um bom líder saberá fugir daquilo que lhe tira o foco. Note que Josafá tinha um
foco, ele era disciplinado. Sua motivação era servir a Deus de coração e seu
objetivo maior era reformar o culto a Jeová e servir o povo da melhor maneira
possível.
1.3. Um líder deve amar aquilo que faz
A vida pode ser maravilhosamente feliz quando fazemos aquilo que gostamos. É
raro quando não nos decepcionamos por um mau atendimento em alguma
repartição, inclusive na igreja. Existem pessoas que servem com mal humor,
como se estivessem ali obrigadas e não por gostar da função que ocupam. Por
isso, é importante que um líder anime seus liderados a amarem o que fazem a
ponto de serem capazes de fazê-lo com excelência (ICo 16.14). Que aprendam a
fazê-lo tão bem que as pessoas desejem pagar pelo serviço que prestam.
Quando alcançamos sucesso em algo que gostamos, isso não é trabalho, é uma
fonte de vida. Ao mesmo tempo em que estamos dando nossa contribuição
estamos também desfrutando. Cabe aqui uma pergunta: Se pudéssemos viver
outra vez, o que faríamos de maneira diferente? John Maxwell diz que todas as
pessoas têm dois dias muito felizes em suas vidas: o dia em que nasce e o que
se entende o propósito da vida. Afirma que devemos descobrir a tarefa à qual
nos doamos por inteiro, aquela que o tempo passa e sequer sentimos, por que
amamos fazê-la. Diz também que existem pessoas trabalhando com o que não
amam. Do contrário, não haveria tanta gente que se esforça, mas não faz
sucesso, tantas empresas quebradas e tantos artistas que não conseguem
vender suas obras.
OBJETIVO
►Expor a melhor maneira de aproveitar o tempo e as oportunidades;
2. Comunique o melhor de você
A vida de Josafá como líder é impressionante. Ele não somente alcançou o
reconhecimento de Deus, mas também o de seu povo. Note que o escritor diz:
“O Senhor confirmou o reino nas suas mãos”, em seguida acrescenta: “e todo o
Judá deu presentes a Josafá”. O povo se viu tão satisfeito e grato que lhe trouxe
incontáveis riquezas. Qual o segredo de Josafá, que lições podemos aprender?
Vejamos:
2.1. Um líder deve trabalhar com diligência
E o SENHOR era com Jeosafá; porque andou nos primeiros caminhos de Davi seu
pai, e não buscou a Baalins. Antes buscou ao Deus de seu pai, andou nos seus
mandamentos, e não segundo as obras de Israel (2Cr 17. 3-4). A palavra
“diligência" significa: fazer as coisas com zelo e dedicação procedente de um
coração que ama o que faz”. Essa palavra vem do latim “diligentiae”, da mesma
raiz procede à palavra “diligo” que significa: estimar, amar. Observamos que o
coração de Josafá era puro e firme, seu foco era tanto servir a Deus quanto à
nação que presidia como rei. Josafá não cometeu um defeito presente em muitos
líderes, que é zerar o que os líderes passados fizeram e começar algo novo
baseado apenas em suas ideias. Ele andou nos caminhos de Davi, ou seja, ele se
inspirou no modelo do rei que mais agradou a Deus. Isso é diligência.
2.2. Um líder deve ser fiel à organização que preside
Quando falamos em organização, trata-se de um grupo de pessoas que se reúne
com um propósito comum. Em nosso caso, prioritariamente uma igreja, mas
podendo ser uma empresa, escola, etc., esteja liderando onde for, seja fiel a
Deus, à sua organização. Um líder deve sempre lembrar de que foi posto como
modelo, e para o seu crescimento em liderança deve manter-se como tal. Muitos
reis orientais do passado exigiam honra e presentes, Josafá recebeu sem ao
menos pedi-los, porque trabalhava com dedicação ao seu povo e era fiel a eles.
Isso prova que o reflexo da benção é um coração disposto a agradar a Deus e
servir com majestade.
2.3. Um líder deve ser sempre vigilante
“Porque Acabe, rei de Israel, disse a Jeosafá, rei de Judá: Irás tu comigo a
Ramote de Gileade? E ele lhe disse: Como tu és, serei eu; e o meu povo, como o
teu povo; iremos contigo à guerra” (2Cr 18.3). Não raro sempre há aqueles que
se utilizam do exercício de liderança para darem vazão aos seus caprichos
egoístas, procurando tirar vantagens nas alianças com servos bem intencionados.
Esse foi o motivo da aliança de Acabe, e por não vigiar Josafá sofreu prejuízos
presentes e futuros. Essa aliança envolvia cooperação bélica dos dois Reinos
contra os sírios (lRs 22.1-3). Houve tragédia, os reis perderam a batalha e Acabe
foi assassinado (lRs 22.17-28). Além das perdas e dos danos, os
desdobramentos da aliança atingiram a família de Josafá. Jeorão, seu filho,
assassinou todos os seus irmãos quando assumiu o reino (2Cr 21.1-5). Acazias,
seu neto, foi morto por proceder impiamente, e depois dele seus bisnetos (2Cr
22.3-10). A aliança com Acabe comprometeu o futuro moral, espiritual e eterno
da família e das gerações de Josafá.
A função de liderança traz consigo seus privilégios, responsabilidades e honras.
Vale saber que estão implícitos, nesse pacote, as tentações também. Ser
vigilante com as tentações peculiares ao encargo recebido é uma decisão de
quem determinou ser achado na qualidade de um “servo bom”. A parábola
acerca do servo bom e do mau servo demonstram isso (Mt 24.45-51).
OBJETIVO
►Estimular as pessoas a contribuírem com o melhor de si.
3. Aproveite melhor as oportunidades
Josafá sendo herdeiro do trono de Asa, seu pai, pôde implementar uma série de
mudanças em sua gestão como rei de Judá. Ele aproveitou para buscar a Deus e
diferentemente dos reis de Israel, andou nos seus caminhos integralmente. Ele
descobriu e se realizou tanto nisso que se tornou mais ousado em seguir ao
Senhor e reformar o culto a Jeová. Josafá eliminou os lugares públicos de falsa
adoração e removeu os postes-ídolos de Judá (lCr 17.6). Enfim, ele aproveitou
todas as oportunidades possíveis para servil- a Deus e crescer em liderança.
3.1. Um líder deve sempre buscar a Deus (2Cr 17.4)
Josafá procurou a Deus, andou nos seus caminhos e Ele se deixou ser achado. O
escritor demonstra que essa foi a verdadeira força que gerou o sucesso na sua
gestão. Os caminhos pelos quais percorreu não foram fáceis, todavia, podemos
inferir que grande parte do povo desejava um rei diferente dos anteriores. Assim,
Josafá foi essa dádiva por eles alcançada. Desde cedo, ele aprendeu a depender
de Deus e foi tremendamente favorecido em sua liderança por essa busca.
Sobretudo, porque se tornou um homem sábio e admirável. Tais e tais são os
tesouros da sabedoria reservados para uma administração que a busca (Pv
8.17.18).
3.2. Um líder sempre ousa inovar e reformar (2Cr 17.6)
O fato de Josafá ser herdeiro legítimo do trono lhe conferia alguma vantagem,
mas ele não usou suas próprias estratégias para governar, ele se orientava em
Deus. Ele primeiro buscou a Deus, ganhou a confiança de seu povo para depois
iniciar algumas mudanças, inovar e reformar. Nenhum líder prudente assume
uma organização mudando tudo logo a seguir, exceto em casos raros de muita
precariedade. Todavia, à medida que o tempo passa, tornar-se mais ousado e,
em seguida, inova em sua organização, reforma e elimina o que precisa. Asa, pai
de Josafá, já havia iniciado uma série de reformas eliminando os lugares de
adoração a Asera (poste ídolo) e de Baal, os deuses da promiscuidade. Asa
enfrentou um problema seríssimo em família ligado a essa questão, ou seja, ele
teve de destituir Maaca, sua mãe, do posto de rainha visto que ela era
patrocinadora do paganismo em Judá (lRs 15.1114). Josafá, porém, pôde tomar
uma medida interventiva mais profunda, eliminando tanto os ídolos quanto os
lugares altos de adoração pública.
3.3. Todo líder de sucesso tem uma boa equipe (2Cr 17.7-8)
Sabemos que o individualismo é o alicerce do fracasso, e que o avanço de uma
boa liderança está em uma equipe bem desenvolvida para fins específicos.
Josafá, por exemplo, nomeou e enviou cinco príncipes e nove levitas versados na
Lei do Senhor para ensinarem ao povo. Sua equipe muito coesa fez um trabalho
pedagógico eficaz em Judá. Foi tão profundo que produziu grande temor em Judá
e sobre os reinos vizinhos, trouxe o terror que levou os inimigos a abandonarem
o pensamento de guerra contra o rei e seu reino (2Cr 17.10). Observe que Josafá
se fez representar e se reproduziu por meio de seus legítimos representantes.
Josafá transmitiu eficazmente a sua visão de trabalho reformista ensinado a “Lei
do Senhor” através de sua equipe. Isso significa que ele “se multiplicou” e pôde
estar em todos os lugares possíveis do seu reino.
As oportunidades são situações-chave para o crescimento em liderança que
podem ser aproveitadas ou desperdiçadas. Com base nos tópicos acima,
sugerimos: Não espere momentos turbulentos para buscar a Deus, para isso
deixe de perder tempo com programas e pessoas vazias, pois as turbulências
virão. Outra coisa, nunca chegue a nenhuma organização ou departamento
inovando, conheça primeiro, conquiste primeiro, e depois, calma e firmemente,
implante sua visão e mudanças. Para levar isso a cabo, você precisará acercar-se
de pessoas que compreendam a sua visão e que estejam dispostas a compor sua
equipe. Para isso ame-os, seja claro com suas metas, são eles que lhe ajudarão a
levar a sua carga como líder.
Conclusão
Para ser bem sucedido em tudo quanto faz em termos de liderança sem dúvida
há um conjunto de atitudes como foi brevemente demonstrado acima. Porém,
tudo isso pode ser resumido numa única palavra: “diligência”, que representa
zelo, dedicação e amor constante ao que se faz. Josafá e tantos outros agiram
assim, por que não fazê-lo também?
QUESTIONÁRIO
1. Cite uma maneira melhor de aproveitar o próprio tempo:
R. Se organizar e estabelecer alvos; Eleger prioridades; Acompanhar os
resultados.
2. Qual é o significado da palavra diligência?
R. Fazer as coisas com zelo e dedicação.
3. A função de liderança traz consigo privilégios, mas também está implícito o
quê?
R. As tentações.
4. O que um líder não pode fazer assim que assume uma organização?
R. Mudar tudo.
5. Josafá desenvolveu uma equipe com que finalidade?
R. De ensinar a Lei do Senhor.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º Trimestre de 2014, ano 24 nº 92 – Jovens e Adultos “Dominical” Professor – LIDERANÇA CRISTÃ Conhecendo os segredos da
liderança eficaz
Pastor Dr. Abner de Cássio Ferreira
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LIÇÃO 10 – 07 de setembro de 2014 – Editora Betel