Evolução Estelar II Introdução à Evolução Estelar 1 O processo evolutivo… 2 2 3 3 O curso de Ev. Estelar II… 4 4 Como obter uma visão geral? Diagrama H-R Quadro evolutivo dos diversos tipos de objetos celestes Possibilidade de estudar classes diferentes num mesmo aglomerado globular (mesmas condições iniciais, distância e composição química) Para um mesmo objeto, define claramente a dependência Luminosidade x Temperatura efetiva, para uma dada massa inicial. Define também as regiões proibidas antes da estrela chegar na sequência principal (protoestrela) 5 5 6 6 7 7 8 8 O meio interestelar De onde as estrelas vêm? Material no meio interestelar Composição típica: hidrogênio, hélio e algumas moléculas complexas Poeira e metais também são encontrados. Matéria prima para formação de estrelas: nuvens moleculares 9 9 Formação estelar 10 10 Formação estelar 10 10 Da gestação ao nascimento… Massa inicial > 100 M0 e raio inicial da ordem de 1018 – 1019 cm (R0 = 7x1010 cm). Contração após atingir o limite de Jeans, de acordo com a escala de tempo de Kelvin-Helmholtz. Movimento ao longo da linha de Hayashi. Início da queima nuclear ao entrar na sequência principal (ZAMS). 11 11 Os passos… Nuvem de gás Fragmentação Protoestrela Contração (via inst. Helmholtz) Trajetória de Hayashi Ignição Ajuste à sequência principal 12 12 13 13 13 13 Formacão estelar Nuvens densas, escuras e frias no meio interestelar Dimensões típicas: 1014 – 1015 km Massas típicas: ~ 100 – 1000 massas solares Composição química: principalmente hidrogênio atômico e molecular Início do colapso causado por instabilidade gravitacional devida a fatores externos 14 14 Formacão estelar Nuvens densas, escuras e frias no meio interestelar Dimensões típicas: 1014 – 1015 km Massas típicas: ~ 100 – 1000 massas solares Composição química: principalmente hidrogênio atômico e molecular Início do colapso causado por instabilidade gravitacional devida a fatores externos 14 14 Formacão estelar Nuvens densas, escuras e frias no meio interestelar Dimensões típicas: 1014 – 1015 km Massas típicas: ~ 100 – 1000 massas solares Composição química: principalmente hidrogênio atômico e molecular Início do colapso causado por instabilidade gravitacional devida a fatores externos 14 14 Formação estelar Estrelas se formam no interior de nuvens moleculares (frias, densas e escuras) Regiões frias, causando aglomerações locais Formação estelar começa quando as partes internas da nuvem colapsam. Mnúcleos ~ 104 M0. Núcleos se fragmentam em caroços (r ~ 1 pc, M ~ 10-50 M0. Esses caroços tornam-se protoestrelas, num 15 15 16 16 16 16 16 16 Estágio protoestelar Traço evolutivo seguido por contração do fragmento da nuvem Grande luminosidade é resultante do tamanho da nuvem de gás Etapa 4: fase de contração Kelvin-Helmholtz Calor interno gradualmente é irradiado por difusão 17 17 Estágio protoestelar Etapas 4 a 6: linha de Hayashi Locus das chamadas estrelas T Tauri Luminosidade cai drasticamente durante a contração; temperatura do núcleo atinge ~ 5x106 K Calor e gravidade competem nos estágios 6 e 7 até o início da fusão nuclear (T ~ 107 K) 18 18 Na sequência principal (SP)... 19 19 Na sequência principal (SP)... 19 19 Cenários de formação estelar 20 20 Na SP... Evolução de acordo com a massa e a composicão química inicial Queima de H: 90% do tempo, que equivale ao tempo de permanência na SP! 21 21 Questões não respondidas... Por que 90% das estrelas conhecidas encontram-se na SP? Por que a massa é tão importante na determinação da trajetória evolutiva da estrela? Como uma estrela de 1 massa solar pode ser, em épocas diferentes, uma T-Tauri, uma gigante vermelha e uma anã branca? Por que e como anãs brancas e gigantes vermelhas são diferentes das estrelas da SP? 22 22 Evolução para fora da SP... Processos sucessivos de queima de combustível nuclear, exaustão e contração. A cada nova contração (que depende da massa inicial) o interior da estrela se aquece e passa a queimar elementos mais pesados. Expansão do envelope de H vermelha! gigante A partir deste estágio há uma divisão das trajetórias... 23 23 Evolução para fora da SP... Para estrelas de baixa massa: Ao esgotar o hidrogênio no núcleo, a estrela encolhe lentamente. A temperatura no núcleo ainda não é capaz de queimar hélio, mas cresce a ponto de queimar o hidrogênio nas bordas do núcleo. Recomeça a fusão nuclear do hidrogênio restante. 24 24 Só para lembrar novamente… 25 25 E uma gigante vermelha? Núcleo quente (elétrons degenerados) e envelope bastante frio. Gigante (raio grande) vermelha (baixa temperatura superficial)!!!!! Causada pelo excesso de temperatura na camada externa de hidrogênio, aumentando seu brilho e diminuindo a temperatura superficial (F = L / 4πr2). 26 26 A física do interior da GV... Fusão de hélio (T > 108 K). Energia produzida no núcleo gera aumento de temperatura. Pressão permanece constante (ainda núcleo degenerado) com o aumento de temperatura. Fusão quase instantânea de todo o hélio FLASH do hélio. 27 27 O estágio de supergigante vermelha... 28 28 “Morte estelar” (M < 1 M0) Por que, após o flash do hélio, a pressão de degenerescência dos elétrons é removida? Fusão de hélio em carbono. Resfriamento e expansão do envelope. Núcleos e elétrons se recombinam. O envelope é ejetado planetária! nebulosa 29 29 Nebulosa planetária... Núcleo de Anã Branca Sirius A e B 30 30 Nebulosas (arquivos do Hubble) Stingray Cat’s Eye Eskimo Helix Egg 31 31 E as estrelas com maior massa? Não se sabe exatamente o limite de transicão, mas a maioria dos autores define 8 massas solares como a fronteira entre pequena e grande massa. Se a massa da estrela, ao entrar na SP, for maior do que 8 M, o processo de queima nuclear continua a partir do carbono (oxigênio, neônio, etc., até o ferro). Aí o processo é interrompido.... por que? 32 32 A morte das estrelas “massivas”... Vimos que parte dos elementos químicos entre o hidrogênio e o ferro são formados durante o processo evolutivo das estrelas... mas e os outros? E os elementos de número de massa superior ao ferro (até o urânio)? Que fracão da matéria total do Universo constituem esses elementos (H, He..., Fe)? 33 33 Supernovas Ao terminar o ciclo de geração de energia nuclear (H – Fe) temos: Colapso sob a ação de seu próprio peso. Pressão gravitacional quebra todos os núcleos existentes. Captura eletrônica forma nêutrons. Colapso de matéria forma um “núcleo de nêutrons”. Colapso das camadas externas! 34 34 Supernovas Duração do colapso: ~ 1 segundo! Interrupção do colapso no centro e rebote. Raio do núcleo: 10 km (raio do Sol = 7x105 km). Geração de uma enorme onda de choque. Expulsão (por causa da onda de choque e dos neutrinos) das camadas externas. 35 35 Supernovas Um dos eventos mais catastróficos do Universo. Cerca de 100 a 200 eventos anuais na nossa Galáxia. Provável criador de instabilidades que dão início à formação estelar. 36 36 Supernovas (arquivos do Hubble) M51 Cygnus SN 1987A SN do Véu Nebulosa do Caranguejo 37 37 Novamente as massas… Intervalo típico de massas estelares: 0,08 a 40-50 M0. Estrelas hipergigantes: massas até 100 M0. Razoavelmente constante ao longo da vida da estrela. Variação de menos de 1% desde entrada na SP até o estágio de nebulosa planetária ou supernova, numa estrela normal. 38 38 Razões para perda de massa Perda de até 60% por vento estelar, no caso de estrelas muito massivas. Estrelas com M > 25 M0 podem perder até 60% de sua massa via vento estelar. Transferência de massa em sistemas binários. Processos catastróficos (nebulosas planetárias ou supernovas). 39 39 Acresção em sistemas binários Transferência de massa altera radicalmente os rumos da evolução estelar para estrelas binárias! 40 40 Acresção Nova!!! Em um sistema constituído de anã branca + gigante vermelha, a transferência de matéria eleva a temperatura da anã até que possa haver um surto de reações nucleares (queima de H) em sua superfície. Nova!!!! Lnova / LAB ~ 10.000 O H e o He remanescente esperam nova “sobrecarga” por transferência para que haja um novo surto. Novas x supernovas????? 41 41 Novas… Nova Cygni Evolução temporal de uma nova 42 42 Limites de massa Massa final < 1,44 M0 anã branca 1,44 M0 < M < 2 – 3 M0 estrela de nêutrons Massa final > 3 M0 buraco negro 43 43 Estágios finais – estrelas de Propriedades típicas: ρ ~ 1015 g/cm3 r ~ 10 km B ~ 1012 G Estrelas de nêutrons / pulsares… qual é a diferença? O que cria os pulsares? Prot ~ 0,01 a 10 s (Psol ~ 25 – 29 dias). Por quê essa diferença? 44 44 Buracos negros Mcaroço > 3 M0 , a pressão dos nêutrons degenerados é incapaz de suportar a pressão gravitacional buraco negro!!! Dimensão: não há (singularidade), entretanto nos referimos ao horizonte de eventos via raio de Schwarzschild. Observação indireta via acresção de matéria das vizinhanças. 45 45