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Neste caderno você encontrará um conjunto de 15 páginas numeradas seqüencialmente, contendo 36 questões das
seguintes áreas: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias. A tabela periódica encontra-se na página 15.
1. Escreva seu nome e língua estrangeira no cartão de respostas.
2. Ao receber autorização para começar, verifique se a impressão, a paginação e a numeração das questões estão
corretas.
3. As questões de números 10 a 13 na área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias deverão ser
respondidas de acordo com a sua turma de Língua Estrangeira: Espanhol ou Inglês.
4. Leia com atenção cada questão e escolha a alternativa que mais adequadamente responde a cada uma delas.
Marque sua resposta no cartão de respostas, cobrindo fortemente o espaço
correspondente à letra a ser assinalada; utilize caneta, conforme o exemplo ao lado.
5. Você dispõe de 3 (três) horas para fazer esta prova.
6. Ao terminar a prova, entregue ao fiscal apenas o cartão de respostas.
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Já se sentiu vítima de algum tipo de marginalização e/ou discriminação dentro de sua universidade?
Infelizmente, devo dizer que sim. Não se trata de discriminação ou marginalização pelo fato de ser brasileiro, porém.
Trata-se de uma dificuldade (talvez natural) que tem um “novo imigrante” em penetrar na “elite” da sociedade local,
que controla as posições de poder. Essa elite é constituída por pessoas que estudaram juntas na escola, que fizeram
o serviço militar juntas, que pertencem ao mesmo partido político etc. e que se apóiam mutuamente. Tive a
oportunidade de sentir esse tipo de hostilidade quando fui eleito diretor da Faculdade de Ciências Humanas. Cheguei
mesmo a ouvir expressões como “a máfia latino-americana em nossa faculdade”, quando somos nada mais que dois
professores titulares de procedência latino-americana. Mas, verdade seja dita, trata-se de uma hostilidade
proveniente dos que estavam habituados ao poder e não se conformavam em perdê-lo. A maioria não só me elegeu,
mas também me apoiou e continua apoiando as reformas que instituí em minha gestão.
(DASCAL, Marcelo. Entrevista publicada no caderno Mais/ Folha de S. Paulo, 18/05/2003.)
A expressão “máfia latino-americana em nossa faculdade” é mostrada, no texto, como representação do pensamento
da elite local. Para atacar o uso de tal expressão na referência aos latino-americanos, o entrevistado recorre ao
seguinte procedimento:
(A) valoriza a origem social do corpo docente titular
(B) denuncia o emprego de um termo segregacionista
(C) defende a pluralidade democrática na universidade
(D) destaca a insuficiência do número de professores estrangeiros
1
Certos substantivos participam do processo de coesão textual quando recuperam alguma informação ou conceito já
enunciado.
O termo do texto que tem esta função é:
(A) sociedade
(B) oportunidade
(C) hostilidade
(D) gestão
Infelizmente, devo dizer que sim.
O advérbio infelizmente, na resposta do entrevistado, exprime um ponto de vista ou julgamento a respeito dos fatos
relatados.
A alternativa cujo elemento sublinhado desempenha essa mesma função é:
(A) “Já se sentiu vítima de algum tipo de
marginalização (...)?”
(B) “que pertencem ao mesmo partido político etc. e
que se apóiam mutuamente.”
Balada do Rei das Sereias
O rei atirou
Seu anel ao mar
E disse às sereias:
– Ide-o lá buscar,
Que se o não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias,
Não tardou, voltaram
Com o perdido anel.
Maldito o capricho
De rei tão cruel!
O rei atirou
Grãos de arroz ao mar
E disse às sereias:
– Ide-os lá buscar,
Que se os não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
(C) “Mas, verdade seja dita, trata-se de uma
hostilidade”
(D) “e continua apoiando as reformas que instituí em
minha gestão.”
Foram as sereias
Não tardou, voltaram,
Não faltava um grão.
Maldito o capricho
Do mau coração!
O rei atirou
Sua filha ao mar
E disse às sereias:
– Ide-a lá buscar,
Que se a não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias...
Quem as viu voltar?...
Não voltaram nunca!
Viraram espuma
Das ondas do mar.
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1974.)
Notam-se, no texto, escolhas lingüísticas que visam à caracterização do autoritarismo do rei.
A construção lingüística que não visa a essa caracterização e o fragmento no qual é utilizada estão apresentados na
seguinte alternativa:
(A) verbo “atirar”, que acentua a violência da ação – “O rei atirou” (v. 1)
(B) pronome “seu”, que expressa sentido de posse – “Seu anel ao mar” (v. 2)
(C) adjetivo “maldito”, que revela a crueldade do comando – “Maldito o capricho” (v. 23)
(D) imperativo “ide”, que indica a prescrição de ordem – “– Ide-a lá buscar,”(v. 28)
2
Que se o não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar! (v. 5 - 7)
No que se refere ao modo como as ações de trazer e virar se relacionam, pode-se afirmar que a segunda ação
ocorrerá na seguinte circunstância:
(A) em virtude da não realização da primeira
(B) juntamente com a finalização da primeira
(C) antes da não concretização da primeira
(D) depois da verificação da primeira
Considerando-se as implicações relativas ao abuso de poder que se podem depreender do texto de Manuel
Bandeira, o desfecho do poema permite concluir que o rei não previu a hipótese de:
(A) ser atendido pelas ondas do mar
(B) ficar comovido pelo sacrifício das sereias
(C) ser contestado pela ação de seus subordinados
+
5
(D) ficar surpreso com a fraqueza de seus
comandados
PRECONCEITO E EXCLUSÃO
Os preconceitos lingüísticos no discurso de quem vê nos estrangeirismos uma ameaça têm aspectos comuns a
todo tipo de posição purista, mas têm também matizes próprios. Tomando a escrita como essência da linguagem,
e tendo diante de si o português, língua de cultura que dispõe hoje de uma norma escrita desenvolvida ao longo
de vários séculos, [o purista] quer acreditar que os empréstimos de hoje são mais volumosos ou mais poderosos
do que em outros tempos, em que a língua teria sido mais pura. (...)
Ao tomar-se a norma escrita, é fácil esquecer que quase tudo que hoje ali está foi inicialmente estrangeiro. Por
outro lado, é fácil ver nos empréstimos novos, com escrita ainda não padronizada, algo que ainda não é nosso.
Com um pouco menos de preconceito, é só esperar para que esses elementos se sedimentem na língua, caso
permaneçam, e que sejam padronizados na escrita, como a panqueca. Afinal, nem tudo termina em pizza!
10 Na visão alarmista de que os estrangeirismos representam um ataque à língua, está pressuposta a noção de que
existiria uma língua pura, nossa, isenta de contaminação estrangeira. Não há. Pressuposta também está a crença
de que os empréstimos poderiam manter intacto o seu caráter estrangeiro, de modo que somente quem
conhecesse a língua original poderia compreendê-los. Conforme esse raciocínio, o estrangeirismo ameaça a
unidade nacional porque emperra a compreensão de quem não conhece a língua estrangeira. (...)
15 O raciocínio é o de que o cidadão que usa estrangeirismos – ao convidar para uma happy hour, por exemplo –
estaria excluindo quem não entende inglês, sendo que aqueles que não tiveram a oportunidade de aprender
inglês, como a vastíssima maioria da população brasileira, estariam assim excluídos do convite. Expandindo o
processo, por analogia, para outras tantas situações de maior conseqüência, o uso de estrangeirismos seria um
meio lingüístico de exclusão social. A instituição financeira banco que oferece home banking estaria excluindo
20 quem não sabe inglês, e a loja que oferece seus produtos numa sale com 25% off estaria fazendo o mesmo.
O equívoco desse raciocínio lingüisticamente preconceituoso não está em dizer que esse pode ser um processo
de exclusão. O equívoco está em não ver que usamos a linguagem, com ou sem estrangeirismos, o tempo todo,
para demarcarmos quem é de dentro ou de fora do nosso círculo de interlocução, de dentro ou de fora dos grupos
sociais
aos quais queremos nos associar ou dos quais queremos nos diferenciar. (...)
24
(GARCEZ, Pedro M. e ZILLES, Ana Maria S. In: FARACO,Carlos Alberto (org.). Estrangeirismos - guerras em torno da língua. São Paulo:
Parábola, 2001.)
Pode-se afirmar que o objetivo do texto é defender uma opinião, a partir do estabelecimento de uma polêmica com
os que defendem outro ponto de vista.
3
Esta polêmica constrói-se, nesse texto, pelo seguinte modo de organização interna:
(A) as duas posições são apresentadas por um único enunciador
(B) os argumentos enunciados contrapõem os usos oral e escrito da língua
(C) as opiniões de cada lado são referendadas por testemunhos autorizados
(D) os defensores de cada posição alternam-se na defesa de seu ponto de vista
Na construção do texto, os autores utilizam alguns recursos de linguagem para se distanciar da posição que eles
combatem.
Um desses recursos está assinalado e caracterizado em:
(A) “os empréstimos de hoje são mais volumosos ou mais poderosos do que em outros tempos, “( . 4 - 5) –
comparação.
(B) “Na visão alarmista de que os estrangeirismos representam um ataque à língua, ”( . 10) – adjetivação.
(C) “ao convidar para uma happy hour, por exemplo – estaria excluindo quem não entende inglês,”( .15 - 16) –
citação de exemplo.
(D) “não tiveram a oportunidade de aprender inglês, como a vastíssima maioria da população brasileira,” ( . 16 - 17) –
emprego de superlativo.
“é só esperar para que esses elementos se sedimentem na língua, caso permaneçam, e que sejam padronizados na
escrita, como a panqueca. Afinal, nem tudo termina em pizza! “
No contexto do segundo parágrafo, o trecho acima desempenha a função de:
(A) reafirmar a certeza já apresentada de que as
questões da linguagem devem ser tratadas com a
devida objetividade.
(B) exemplificar o comentário contido nas frases
anteriores ao mesmo tempo em que ironiza a
preocupação dos puristas.
(C) registrar estrangeirismos cuja grafia comprova que
há necessidade de adaptação de novos termos às
convenções do português.
(D) demonstrar o argumento central de que não
podemos abrir mão dos estrangeirismos e frases
feitas na comunicação corrente.
Com base no texto abaixo, responda às questões 10 e 11.
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El cine y lo imaginario
Más allá del espejo
Frente a la concepción del cine como representación de la realidad existe otra, si bien menos conocida, según la
cual la sabiduría del cine resiste sobre todo en su capacidad de encarnar lo imaginario. Lo que aparece el la pantalla
no es el mundo, en su evidencia o su concreción, sino un universo nuevo donde se mezclan objetos comunes y
situaciones anómalas, hechos concretos y sensaciones impalpables, presencias reconocibles y entidades irreales,
comportamientos habituales y lógicas sorprendentes. En resumen, el cine abre un espacio distinto, habitado por
muchas más cosas de las que rodean nuestra vida. Deberemos hacer, por tanto, como Alicia cuando vuelve al País
de las maravillas; si queremos realizar de verdad el viaje al que hemos sido invitados, no bastará con asomarnos a
la ventana y contemplar el paisaje, tendremos que traspasar el espejo.
El autor afirma que “el cine abre un espacio distinto”. Lo “distinto” del cine es:
(A) tener como principal preocupación la denuncia
de hechos reales que concretan el proyecto de un
mundo nuevo;
(B) evidenciar los hechos concretos de la realidad,
transformándolo en un universo nuevo donde haya la
representación de nuestra vida;
4
(C) transformar la realidad del mundo nuevo en
hechos y sensaciones que encarnan lo imaginario y lo
vivido;
(D) no reproducir el mundo en su realidad, sino
reinventarlo y llenar la pantalla con elementos que
mezclen lo real e lo imaginado.
Al valerse de la imagen de Alicia frente al espejo, el autor sugiere ser necesario:
(A) asomarse a la ventana y no ultrapasar el límite de la
pantalla;
(B) mirar desde afuera del espejo;
(C) entrar y ver más allá de lo aparente;
(D) contemplar su imagen reflejada en el espejo.
Com base nos quadrinhos da Mafalda, de Quino, responda às questões 12 e 13.
Antes de
continuar me
gustaría saber
si se entiende
la letra.
Elige, para la historia de Quino un nombre adecuado al mensaje que él quiere expresar:
(A) Paz para el Mundo.
(B) Mafalda y su Coral.
(C) Las dificultades del coral.
(D) Las dificultades de un director de corales.
En la oración del último cuadro hay:
(A) Dos infinitivos de la primera conjugación.
(B) Un infinitivo dela primera conjugación y uno
de la segunda.
(C) No hay ningún infinitivo.
(D) Una contracción y cuatro verbos.
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Com base no texto abaixo, responda às questões 10 e 11.
TRAVEL PHOTOGRAPHY: A MOMENT IN TIME
The use of images to represent knowledge and synthesize information has a long tradition within the history of
humanity. One reason for this is the ease with which we can remember pictures. Indeed, as early as Plato,
writers have considered visual images easier to remember than words. This emphasis on the power of images
has naturally led to the notion of a perfect language based on images instead of words. Images, after all, have
the ability to speak universally to many cultures with varying languages.
When we get caught up in life’s trivial pursuits we easily miss the sights, sounds and smells all around us and
tend to take for granted the beauty of the natural world. As our pace of life quickens, it becomes increasingly
important to find ways to stay calm and attentive. For me, this practice of “being present” and “in the moment” is
5
a daily task requiring constant attention – one that keeps me focused and helps offer a sense of fulfillment in my
life. This practice not only translates into daily life but into many other areas as well, such as travel photography.
As an art form, travel photography has a unique set of variables. In order to succeed at it, one must be extremely
attentive. Not only is your main light source, the sun, constantly shifting, but also your subject, often people,
rarely remain in the same place for long periods of time.
When I grab my camera and set off to explore, my senses awaken. On many occasions, a morning has passed
and I have found myself on the other side of a strange city, having spent hours following light. Even images not
exposed on film remain indelibly etched in my mind. For me, “being in the moment” is what I enjoy most about
travel photography.
When first arriving in a new city I usually spend the first day or two simply strolling in the early morning with my
camera exposed, allowing people to notice me and absorbing the scenery, but taking very few photos. This
becomes a good opportunity to locate vantage points like hilltops and bridges and areas such as local markets
that can be returned to when the lighting is just right.
Being aware of your surroundings while traveling will certainly have beneficial effects on your photography, but
plays an important role in safety as well. I have often been tempted to wander down dark alleys or lonely
beaches at night but have decided against it after carefully surveying present characters. If you are always aware
of what is happening around you, it becomes much more difficult to be taken advantage of.
Succeeding at travel photography takes much more than just the latest technical gadgetry. I reckon it is the least
important factor. Your photographic adventure will be much more successful if you have the will to explore while
remaining relaxed, focused and eager to establish relationships. Most importantly, keep your eyes open!
September 2003
ROBERT POWER
http://www.theartscourt.com
Due to its semantic relations and structural organization, the text can be classified as:
(A) a personal account
(B) a descriptive report
(C) a comparative analysis
(D) an appreciative review
Cohesion in the text is achieved through the use of transition signals in the discourse.
The marker Not only... but also ( . 12) expresses the following notions:
(A) comparison and addition
(B) contrast and enumeration
(C) identification and emphasis
(D) introduction and exemplification
Com base na imagem e no texto abaixo, responda às questões 12 e 13.
This image for the Golden Gate National Parks was created as part of an identity
project to raise awareness of the parks in the San Francisco area. The mark was
created by graphic artist Michael Schwab in an effort “to create icons with a timeless
American style to them.” The image was used as bus shelter posters, as well as
reproduced on T-shirts, mugs and posters for sale at each of the park sites. The
response to the image has been greater than expected; many of the transit posters
were stolen right out of their frames. A limited edition of 40 x 60" screen-printed
posters will be available at The Louvre, a San Francisco gallery. To receive a catalog
of available posters, T-shirts or other items call The Parks at 415-657-2757.
http://www.commarts.com
The intention underlying the combination of image and words is to:
(A) protect animal life
(C) control sea water pollution
(B) draw city park-goers
(D) sponsor environmental campaigns
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Public reaction toward the National Park poster can be described as:
(A) neutral with positive outcomes
(C) predicted with sufficient evidence
(B) negative with insufficient results
(D) positive with disorderly behavior
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Três candidatos, A, B e C, concorrem a um mesmo cargo público de uma determinada comunidade. A
tabela abaixo resume o resultado de um levantamento sobre a intenção de voto dos eleitores dessa
comunidade.
Pode-se concluir, pelos dados da tabela, que a percentagem de eleitores consultados que não votariam no
candidato B é:
(A) 66,0%
(B) 70,0%
(C) 94,5%
(D) 97,2%
Numa cidade, os números telefônicos não podem começar por zero e têm oito algarismos, dos quais os
quatro primeiros constituem o prefixo. Considere que os quatro últimos dígitos de todas as farmácias são
0000 e que o prefixo da farmácia Vivavida é formado pelos dígitos 2, 4, 5 e 6, não repetidos e não
necessariamente nesta ordem. O número máximo de tentativas a serem feitas para identificar o número
telefônico completo dessa farmácia equivale a:
(A) 6
(B) 24
(C) 64
(D) 168
Jorge quer distribuir entre seus filhos os ingressos ganhos para um show. Se cada um de seus filhos ganhar
4 ingressos, sobrarão 5 ingressos; se cada um ganhar 6 ingressos, ficarão faltando 5 ingressos. Podemos
concluir que Jorge ganhou o número total de ingressos correspondente a:
(A) 15
(B) 25
(C) 29
(D) 34
Observe a bicicleta e a tabela trigonométrica.
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Os centros das rodas estão a uma distância PQ igual a 120 cm e os raios PA e QB medem,
respectivamente, 25 cm e 52 cm.
De acordo com a tabela, o ângulo AOP tem o seguinte valor:
(A) 10º
(B) 12º
(C) 13º
(D) 14º
A doença de Chagas foi descrita em 1909 pelo médico brasileiro Carlos Chagas, na região norte de Minas
Gerais. Lá verificou a existência de um inseto chamado popularmente de barbeiro, que, à noite, picava os
habitantes da região. Quando Chagas examinou o barbeiro viu, em seu intestino, microorganismos que ele
batizou de Tripanossoma cruzi, em homenagem a Oswaldo Cruz. Chagas pôde concluir que este inseto era
o responsável pela doença quando encontrou o tripanossoma em amostras humanas de:
(A) fezes
(B) urina
(C) saliva
(D) sangue
As milhares de proteínas existentes nos organismos vivos são formadas pela combinação de apenas vinte
tipos de moléculas.
Observe abaixo as fórmulas estruturais de diferentes moléculas orgânicas, em que R1 e R2 representam
radicais alquila.
As duas fórmulas que, combinadas, formam uma ligação química encontrada na estrutura primária das
proteínas são:
(A) I e V
(B) II e VII
(C) III e VIII
(D) IV e VI
Em um experimento realizado em um laboratório escolar, duas tiras de batata foram mergulhadas por 10
minutos, uma na solução A e a outra na solução B. os resultados, após este tempo, estão resumidos na
tabela abaixo.
8
Em relação à tonicidade do citoplasma das células de batata, as soluções A e B são respectivamente
classificadas como:
(A) hipotônica e isotônica
(B) isotônica e hipertônica
(C) hipertônica e hipotônica
(D) hipotônica e hipertônica
Um automóvel, partindo do repouso, viaja por um trecho de uma estrada segundo um movimento
uniformemente variado progressivo. Qual das quatro opções representaria a variação da aceleração,
velocidade e posição deste automóvel no trecho em questão?
(A)
(B)
(C)
(D)
9
Roberval e Bruno estão num laboratório de física tentando construir os seus próprios termômetros. Para
isso eles precisam achar tanto o ponto de fusão quanto o de ebulição. Depois de um certo tempo eles
obtiveram o seguinte resultado:
O ponto de ebulição da água nas duas escalas:
Graus Bruno=°B
Graus Roberval=°R
21
18
O ponto de fusão da água nas duas escalas:
Graus Bruno=°B
Graus Roberval=°R
Não conseguiu determinar
14
Comparando os dois termômetros, eles viram que -7°B é igual a 10°R.
Se uma substância está a zero grau Bruno (0°B) qual a sua temperatura em graus Roberval e em que
estado ela se encontra?
(A) 6°R, estado sólido
(C) 12°R, estado sólido
(B) 12°R, em congelamento
(D) 6°R, em congelamento
+
-
0
Três cargas puntiformes, uma positiva (q ), uma negativa uma positiva (q ) e uma neutra uma positiva (q )
foram injetadas com velocidades iguais, perpendicularmente a um campo elétrico uniforme criado por duas
placas paralelas eletrizadas positiva e negativamente através de uma bateria, descrevendo as trajetórias
esquematizadas na figura abaixo:
As trajetórias A, B e C estão associadas, respectivamente, a quais cargas? Além disso, qual é o sentido do
campo elétrico existente entre as placas 1 e 2?
Opção Trajetória A
Trajetória B Trajetória C
Sentido do Campo Elétrico
+
0
(A)
(q )
(q )
(q )
-
+
0
(B)
(q )
(q )
(q )
(C)
(q0)
(q-)
(q+)
(D)
(q )
-
0
(q )
+
(q )
Assinale a resposta que indica o frasco que possui o maior número de moléculas, dentre os frascos a
seguir. (Considere que o etano apresenta comportamento de um gás ideal.)
2 cloro
butano
Etano
462,5g
67,2
Frasco I
λ
Frasco II
2 propanol
360,0 g
Ciclo
pentano
280,0 g
Frasco III
Frasco IV
10
(A) Frasco I
(B) Frasco II
(C) Frasco III
(D) Frasco IV
O etanol pode ser obtido através da fermentação da sacarose (C12H22O11) conforme a equação abaixo.
Partindo-se de 1900g de sacarose com pureza de 90%, determine a massa de etanol que deverá ser obtida.
1 C12H22O11(s) + 1 H2O (l)
(A) 1022,2g
4 C2H5OH (l) + 4CO2 (g)
(B) 920,0g
(C) 828,0g
(D) 1840,5g
Analise as afirmativas a seguir e assinale a opção correta:
Z
I) Na representação do tipo XA as letras X, Z, A são, respectivamente, o símbolo do elemento, o número de
massa e o número atômico.
+3
2
2
6
2
6
2
3
II) A distribuição eletrônica por subníveis do íon Fé é: 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d
-2
III) A distribuição por níveis do íon O é: 2-8-8
36
IV) Os números quânticos do elétron diferenciador do Kr são: n = 4; l = 2; m = 1
s=-½
(A) Apenas uma correta
(B) Apenas uma falsa
(C) Todas corretas
(D) Todas falsas
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“Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! (...) Esta terra, Senhor, parece-me que, da
ponta que mais contra o sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto
houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa.(...) Pelo sertão
nos pareceu, vista do mar, muito grande;(...) — terra que nos parecia muito extensa.”
(CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a El Rei D. Manuel. In: PEREIRA, Paulo Roberto. Os três únicos
testemunhos do descobrimento do Brasil. Rio de Janeiro: Lacerda Editores, 1999.)
“A superfície do Brasil,(...) é de 850 milhões de hectares.(...) Ora, atualmente, apenas 60 milhões desses
hectares estão a ser utilizados na cultura regular de grãos. O restante, (...) em estado de improdutividade,
de abandono, sem fruto. Povoando dramaticamente esta paisagem e esta realidade social e econômica,
vagando entre o sonho e o desespero, 4.800.000 famílias de trabalhadores rurais sem terra. A terra está ali,
diante dos olhos e dos braços, uma imensa metade de um país imenso (...)”
(SARAMAGO, J. apud ALENCAR,C. Br 500: um guia para a redescoberta do Brasil. Petrópolis: Vozes,
1999.)
Separados por quase 500 anos, dois portugueses refletem a respeito da imensidão da terra encontrada por
seu país. Mas a impressão transmitida pelo depoimento de cada um deles é diferente, uma vez que a
história da Colônia e do período seguinte transformou a terra para o trabalho agrícola em um bem de
acesso restrito.
Esse longo processo de restrição ao acesso à terra poderia ser sintetizado na seguinte afirmação:
(A) O sistema de doações de sesmarias, sucedido pela transformação da terra em mercadoria, instituiu a
propriedade da terra em fonte de poder econômico e político.
(B) As precárias condições naturais das terras no interior, somadas a crises climáticas e ao êxodo rural,
acarretaram um esvaziamento da produção de bens primários.
(C) Os entraves da Coroa para a compra de terras, seguida pelas dificuldades de financiamento da
produção, criou um desequilíbrio na distribuição das áreas agrícolas.
11
(D) A ênfase colonial na produção exportadora, acompanhada pela pouca habilitação técnica dos
agricultores, propiciou uma elitização da população do campo.
Texto 1:
“No contexto maior da economia colonial, a produção para o mercado interno – gado e alimentos –
apresentava um forte caráter de subordinação face à grande produção de exportação. (...) Enquanto os
compradores compareciam a um mercado de preços tabelados, os produtores de alimentos são obrigados a
comprar os gêneros de que necessitam – escravos, ferros, tachos, armas – em um mercado livre, quase
sempre com preços estabelecidos na base do exclusivo colonial, sem qualquer concorrência.”
(SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. In: LINHARES, M. Yedda (org.).História geral do Brasil. Rio de
Janeiro: Campus, 2000.)
Texto 2:
“A luta pelos alimentos como direito e pela comida sadia é das menos obscurantistas que pode haver,
reflete o direito à vida e à escolha do que comer e ser informado sobre o que está comendo. É uma luta dos
direitos do consumidor contra a lógica voraz dos grandes consórcios alimentícios, dentre os quais se
destaca o Monsanto – que ocupa vários cargos no governo Bush, tal sua força e voracidade.”
(SADER, Emir. In: Época, março de 2001.)
O primeiro texto procura contextualizar a produção para o abastecimento interno no Brasil Colônia,
enquanto que o segundo refere-se à invasão de uma propriedade do Monsanto, produtor internacional de
alimentos, por ambientalistas e pelo MST, durante o Fórum Social Mundial contra a globalização, realizado
em Porto Alegre.
A alternativa que aproxima os dois textos por apontar uma semelhança entre o processo brasileiro de
produção de alimentos, no passado e no presente, é:
(A) A produção agrícola se mantém subordinada a interesses externos.
(B) O Estado deixa para agricultores de subsistência a tarefa da produção alimentar.
(C) As políticas públicas para o setor agrário provocam preços altos dos produtos exportados.
(D) As ações do Estado priorizam a produção alimentícia através de consórcios internacionais.
“aqui, em se plantando, tudo dá”
A construção do mito de satisfação das necessidades alimentares, evidenciada neste fragmento do texto,
contradiz a seguinte afirmativa:
(A) As terras férteis resultam da ação de agrotóxicos.
(B) Os melhores solos destinam-se aos cultivos para exportação.
(C) Os avanços tecnológicos direcionam-se às propriedades improdutivas.
(D) Os diversos tipos climáticos dificultam a variedade de cultivos agrícolas.
A colonização portuguesa no Brasil é caracterizada por uma ampla empresa mercantil. É o próprio Estado
metropolitano que, em conjugação com novas forças sociais produtoras, ou seja, a burguesia comercial,
assume a tarefa da colonização das terras brasileiras.
A partir daí, dois elementos – Estado e burguesia – passam a ser os agenciadores coloniais e, assim, a
política definida com relação à colonização é efetivada, através de alguns elementos básicos que se
seguem. Dentre eles, apenas um NÃO corresponde ao exposto no texto:
(A) A preocupação básica será a de regular a área do império colonial face às demais potências européias.
(B) O caráter político da administração se fará a partir da metrópole, e a preocupação fiscal dominará todo o
mecanismo administrativo.
(C) A produção, de gênese colonial, estimula seu desenvolvimento e atende às necessidades de seu
mercado interno
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(D) A função histórica das colônias será proeminente no sentido de acelerar a acumulação do capital pela
burguesia mercantil européia.
MOBILIDADE SOCIAL É MITO NO BRASIL
O estudo do Banco Mundial derruba o mito de que o Brasil é um país de grande mobilidade social – onde os
filhos dos mais pobres “sobem na vida” com o tempo. Segundo o trabalho, comparado com outros países da
América Latina, o Brasil tem ainda menos mobilidade. A principal razão do fenômeno, segundo o Bird, é o
acesso à educação, diretamente relacionado às oportunidades de ascensão. (...) “Na verdade, o Brasil é um
dos países com o menor nível de mobilidade educacional do mundo”, diz o trabalho.
(Jornal do Brasil, 08/10/2003)
A dificuldade na mobilidade social, característica da sociedade brasileira, encontra-se intrinsecamente
relacionada a estruturas históricas que se originam no período colonial.
Um aspecto da educação no período colonial que permanece até os dias de hoje é:
(A) O ensino tanto ontem quanto hoje é eminentemente religioso
(B) O ensino superior nas duas realidades é de segunda classe, pouco ou nada respeitado dentro do
quadro de pesquisas internacionais
(C) Faltam nos bons tempos bons professores nas escolas, visto que estes não são bem preparados
(D) Só a elite da sociedade tem acesso a uma educação ampla e/ou de qualidade
O que mais há na Terra é paisagem. (...) Não faltam cores a esta paisagem. (...) Tem épocas do ano em
que o chão é verde, outras, amarelo, e depois castanho ou negro.
(SARAMAGO, José. Levantado do chão. Caminho, Lisboa, 1979.)
O tipo climático que, por sua bem definida sucessão das quatro estações do ano, provavelmente inspirou o
autor, denomina-se:
(A) polar
(B) equatorial
(C) temperado
(D) tropical úmido
As linhas isotérmicas, como no desenho a seguir, podem ilustrar um fenômeno climático típico de grandes
cidades, caracterizado pela elevação da temperatura nas áreas
centrais da mancha urbana devido à irradiação de calor para a
atmosfera. Esse fenômeno climático, associado ao aumento dos
índices de poluição, é denominado de:
(A) chuva ácida
(B) ilha de calor
(C) inversão térmica
(D) aquecimento global
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Nas últimas décadas, várias foram as mudanças incorporadas ao processo de produção industrial, como as
apresentadas na reportagem sobre a fabricação do automóvel. O modelo de produção relacionado a estas
recentes transformações está definido em:
(A) sistêmico-flexível, que incorpora a pesquisa como base para a reorganização da produção
(B) taylorista, que implica a crescente integração do trabalhador qualificado à atividade mecânica
(C) fordista, que se apóia na fragmentação do trabalho humano em inúmeras etapas simplificadas
(D) toyotista, que altera a organização das unidades produtivas com a introdução da linha de montagem
“O filme publicitário começa com meninos jogando futebol na rua. Logo essas cenas passam a ser
intercaladas, de forma simétrica, com imagens de Ronaldinho jogando pela seleção brasileira. (...) Uma
típica cena brasileira usada para vender uma marca americana, a Nike ?(...) Com faturamento de US$ 9,2
bilhões no ano fiscal terminado em maio de 1997, a fabricante de roupas e calçados esportivos Nike acabou
se tornando, nos últimos anos, um dos melhores exemplos de uma empresa global (...). A Nike não é dona
de nem sequer uma fábrica, não emprega nenhum operário, não tem nenhuma máquina.(...) Atualmente,
cerca de 80% dos calçados da Nike são feitos em fábricas de cinco países asiáticos (...).”
(Adaptado de Folha de São Paulo, 02/11/97)
Dentre as características do atual modelo de produção industrial, a que melhor se relaciona às informações
do trecho acima é:
(A) mercado de trabalho que exige qualificação da mão-de-obra
(B) estratégias de produção que transpõem as fronteiras nacionais
(C) pesquisa científica que promove o desenvolvimento de novas tecnologias
(D) ramos industriais novos que constituem elementos dinâmicos da economia
O mapa apresenta a extensão territorial alcançada pelo expansionismo britânico, entre os séculos XVII e
XX.
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(Adaptado de SCALZARETTO, R. e MAGNOLI, D. Atlas geopolítica. São Paulo: Scipione, 1996.)
A contínua expansão de impérios coloniais, a exemplo do britânico, está associada à estruturação,
consolidação e expansão do sistema capitalista. Considerando esse processo histórico, uma função
assumida pelos territórios submetidos às potências expansionistas é:
(A) aquisição de material bélico
(C) importação de gêneros alimentícios
(B) produção de bens de consumo
(D) absorção de excedentes populacionais
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Exame de Qualificação da UERJ 1º Simulado Vetor 2006 Turmas