VI SEMINÁRIO LATINO-AMERICANO DE QUALIDADE DE VIDA URBANA V SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS URBANOS 10 a 14 de outubro de 2006 - Belo Horizonte - Brasil _________________________________________________ BASES URBANAS DE MINAS GERAIS EM MAPAS DO PERÍODO COLONIAL: EM BUSCA DE INFORMAÇÕES COEVAS Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos (Programa de Pós-Graduação em Geografia - Tratamento da Informação Espacial, PUC/Minas; Centro de Referência em Cartografia Histórica, IGC/MHNJB/UFMG; [email protected]) Prof. Dr. José Flávio Morais Castro (Programa de Pós-Graduação em Geografia - Tratamento da Informação Espacial, PUC/Minas; [email protected]) Prof. Dr. Antônio Gilberto Costa (Dep. de Geologia, IGC/UFMG; Centro de Referência em Cartografia Histórica, IGC/MHNJB/UFMG; [email protected]) Prof. Dr. Paulo Márcio Leal Menezes (Dep. de Geografia da UFRJ; Vice-Presidente Executivo da Sociedade Brasileira de Cartografia; [email protected]) Inventários sobre fontes cartográficas primárias, versando sobre o território brasileiro, ou partes deste, realizados por instituições museológicas, arquivísticas ou centros de estudos universitários e outros, têm aumentado, consideravelmente, nas duas últimas décadas. A ampliação desses inventários, em âmbito nacional e internacional, tem sido, de modo geral, acompanhada pela criação de bases de dados que reúnem atributos dos mapas arrolados e que se encontram, algumas vezes, associadas a banco de imagens. Na última década, em particular, essas bases organizadas em ambientes computacionais – softwares de busca, CdRom, web e outras mídias, têm facilitado o acesso dos interessados às informações que aqueles ambientes encerram. Ressalta-se que a divulgação de fontes cartográficas continua também a ser feita por meio impresso, compreendendo publicações que também tem crescido muito, tais como folders, catálogos, livros, artigos, comunicações, dissertações e teses etc. A propósito dos levantamentos sobre Minas Gerais, nota-se que resultaram no conhecimento de um número relativamente grande de documentos cartográficos. Esse fato descortina possibilidades muito promissoras para estudos ligados às várias áreas do conhecimento, sobretudo, à geografia, à geologia, à história, à arquitetura e à economia, abrangendo temáticas muito diversificadas. A par disso, os mapas dos inventários em questão propiciam também novos desafios para a história da cartografia e para a cartografia histórica que, superados, reverterão em benefícios às áreas de conhecimento citadas e outras. Destaca-se, neste trabalho, o interesse em se discutir aspectos relacionados à fidedignidade e à atualização das informações geográficas, à precisão ou à exatidão cartográficas, a par de questões relacionadas à autoria e à datação de muitos dos documentos que já se encontram inventariados, focados sobre o território de Minas Gerais. A relevância desses estudos relaciona-se fortemente com a possibilidade de se ampliar, de fato, as bases cartográficas para consultas sobre um período histórico ou tema. O problema Observa-se que estudos sobre Minas Gerais, do período colonial, se valem demasiadamente da produção de José Joaquim da Rocha, realizada em 1778, apesar da existência de outras fontes primárias referentes ao mesmo período que têm sido patenteadas. Essa produção compreende mapas manuscritos das comarcas e da capitania, datados de 1778, dentre os quais citam-se: MAPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES COM ADEVISADESUASCOMARCAS, MAPPA DA COMARCA DO SABARA, MAPPA DA COMARCA DO SERRO FRIO, MAPA DA COMARCA DO RIO DAS MORTES, MAPA DA COMARCA DE VILA RICA, todos datados de 1778. Com exceção do segundo mapa citado, cujo original encontra-se sob a guarda do Arquivo Público Mineiro, em Belo Horizonte, MG, os demais fazem parte do acervo do Arquivo Histórico do Exército, no Rio de Janeiro. É possível que o emprego desses mapas seja influenciado, entre outros fatores, pela propalada competência técnica do cartógrafo, bem como pela dimensão artística de sua produção, que correspondem às representações mais antigas, conhecidas hodiernamente, da capitania e de suas comarcas, após sua criação em 1720. Entretanto, é possível também que outras fontes não estejam 2 sendo exploradas, em razão da falta de credibilidade em relação às informações que contém, a par da pequena difusão das mesmas. Fonte: José Joaquim da Rocha, 1778 [AHEx/RJ, Fotografia Vicente de Mello, cromoteca do CRCH/UFMG]. FIGURA 1 – UM GRANDE TRABALHO DE SÍNTESE SOBRE O TERRITÓRIO MINEIRO E UMA DAS FONTES CARTOGRÁFICAS PRIMÁRIAS MAIS CONHECIDAS DO PERÍODO COLONIAL: O “MAPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAIS COM A DEVISA DE SUAS COMARCAS”. 3 Fonte: José Joaquim da Rocha, 1778 [AHEx/RJ, Fotografia Vicente de Mello, cromoteca do CRCH/UFMG]. FIGURA 2 – AS REPRESENTAÇÕES DAS COMARCAS DE MINAS GERAIS, UM GRANDE LEGADO DE JOSÉ JOAQUIM DA ROCHA: EM DESTAQUE O “MAPA DA COMARCA DE VILA RICA”. A propósito dos trabalhos cartográficos que não têm sido explorados, uma vez que, aparentemente, são cópias dos mapas de Rocha ou tributários do seu conhecimento geográfico e de outros que não se conhece, enumera-os a seguir, registrando as instituições as quais pertencem os originais: i, do Arquivo Histórico do Exército, AHEx / RJ., a CARTA GEOGRAPHICA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES. ANNO 1804. Caetano Luís de Miranda [AHEx], MAPPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES, cópia de Luís Maria da Silva Pinto, s.d., [AHEx/RJ], MAPPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES, copiada por Antônio Vilela de Castro Tavares, em 1876 [AHEx/RJ]; ii, da Fundação Biblioteca Nacional, FBN / RJ., MAPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES COM ADEVIZA DE SUAS COMARCAS . s. a , s. d., MAPPA DA Capitania DE Minas Geraes com A DEVISA DE SUAS COMARCAS. s.a, [posterior a 1808], e a PLANTA GERAL DA CAPITANIA DE MINAS GERAES. s. a, [ca. 1800]; iii, e da Mapoteca do Itamaraty, MI / RJ., o MAPPA TOPOGRÁFICO E HIDROGRAFICO DA CAPITANIA DE MINAS GERAES. s.a., [1816]. 4 Fonte: CARTA GEOGRAPHICA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES. ANNO 1804. Caetano Luís de Miranda [AHEx, Fotografia Vicente de Mello, cromoteca do CRCH/UFMG]. 5 Fonte: PLANTA GERAL DA CAPITANIA DE MINAS GERAES. s. a, [ca. 1800] Miranda [FBN, Fotografia Vicente de Mello, cromoteca do CRCH/UFMG]. FIGURA 3 – A CAPITANIA DE MINAS GERAIS EM OUTRAS REPRESENTAÇÕES DATADAS DOS OITOCENTOS 6 Sobre os objetivos e os procedimentos metodológicos Tendo em vista os mapas efetivamente datados e com autoria expressa, o de Rocha e o de Miranda, considera-se de interesse estabelecer as semelhanças e as diferenças entre eles, norteando-se pelas suas propriedades cartográficas e pelas informações representadas. Em relação aos outros mapas, é importante, também, definir se efetivamente são cópias e de quais mapas, a partir dos parâmetros citados. Ressalta-se que a análise sobre a contemporaneidade das informações, em comparação com a datação efetiva ou suposta dos mapas, será dirigida pela toponímia das povoações, bem como pelo seu estatuto políticoadministrativo - religioso e civil, registrados nas legendas ou nos planos de representação. Para se alcançar esses propósitos, está sendo organizado um amplo banco de dados que compreende características e elementos dos mapas estudados, bem como informações levantadas sobre os mesmos em catálogos sobre fontes cartográficas e em outras produções bibliográficas. Por hora, essas informações estão sendo anotadas a partir de dois roteiros, elaborados para se garantir a homogeneidade dos dados coletados, sem, entretanto impedir que dados singulares a propósito dos mesmos sejam registrados. Por meio dos roteiros, chamados de fichas de catalogação, apresentados nos Anexos 1 e 2, estão sendo testados também descritores que se relacionam tanto aos aspectos técnicos dos documentos, como aos de suas características cartográficas, que deverão ser usados, finalmente, na construção da base de dados. Nota-se que os cuidados que cercam a construção dessa base de dados relacionam-se, tanto à sua importância para o tratamento e a análise dos dados, como para seu uso, posteriormente, como um elemento de interpretação dos documentos cartográficos. Pretende-se, a partir de um sistema organizado por um software de autoria, ao se acionar palavras-chaves escolhidas, referentes aos atributos qualitativos e às propriedades matemáticas dos mapas estudados, correspondentes aos descritores, permitir o acesso de interessados à informação decodificada pela atividade de pesquisa. Observa-se que a forma de se tornar disponível a informação também está sendo estudada, a partir do modelo apresentado no Anexo 3. 7 A base de dados que se pretende estruturar deve abranger também definições operacionais que se relacionam: aos signos lingüísticos - termos presentes nas legendas das representações ou registrados como topônimos que correspondem, em geral, denominações de circunscrições político- administrativas, civis e eclesiásticas; aos signos cartográficos - rosa-dos-ventos, escala, rede geográfica, etc. Essas definições, além de cumprirem o papel de orientar a leitura dos documentos cartográficos estudados, deverão também ser disponibilizadas, a partir de sistemas de buscas ou através de hiperlinks no produto final correspondente à base de dados em questão. Nesta etapa do trabalho, a organização das definições operacionais já se encontra bastante avançada, considerando resultados de trabalhos anteriores, realizados, entre outros, por SANTOS et al. (2003), SANTOS et al. (2006) e SANTOS (inédito). Nessa etapa, inicia-se, porém, a organização dos dados referentes à atualização e à localização dos topônimos transcritos dos mapas em análise. Ressalta-se, ainda, que à base de dados em questão, concernente aos atributos e às propriedades dos mapas estudados, pretende-se aliar um banco de imagens. As imagens, cópias digitais, que serão solicitadas às instituições guardiãs dos documentos originais, se autorizadas, deverão ser processadas a partir de enfoques da cartografia analítica, e da comunicação e da visualização cartográficas. Resultados de análises preliminares e algumas considerações Considerando a análise e a interpretação das informações já reunidas na etapa de inventário desta pesquisa, embora o estudo em foco esteja em sua fase inicial, podem ser estabelecidos quatro subconjuntos de mapas, mostrados na Figura 4, que apresentam algumas características comuns. Essas semelhanças foram estabelecidas a partir de alguns elementos das operações cartográficas, ou destes e de alguns poucos atributos do espaço geográfico enfocado. 1 Embora preliminares, esses resultados permitem, enfim, ressaltar semelhanças e diferenças entre os mapas, patenteando os elementos que os distinguem, a partir de um encaminhamento estritamente exploratório para o prosseguimento da pesquisa. 8 MAPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAIS COM ADEVISADESUASCOMARCAS. José Joaquim da Rocha,1778. [AHEx/RJ]. MAPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES COM ADEVIZA DE SUAS COMARCAS . s. a , s. d. [FBN/RJ] . MAPPA DA Capitania DE Minas Geraes com A DEVISA DE SUAS COMARCAS. s.a, [posterior a 1808], [FBN/RJ]. Mapa não determinado PLANTA GERAL DA CAPITANIA DE MINAS GERAES. s. a, [ca. 1800]; [FBN/RJ] Mapa não determinado CARTA GEOGRAPHICA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES. ANNO 1804. Caetano Luís de Miranda [AHEx] Mapa não determinado MAPPA TOPOGRÁFICO E HIDROGRAFICO DA CAPITANIA DE MINAS GERAES. s.a., [1816], [MI]. MAPPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES, cópia de Luís Maria da Silva Pinto, s.d., [AHEx/RJ] MAPPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES, copiada por Antônio Vilela de Castro Tavares, em 1876 [AHEx/RJ] FIGURA 4 – SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE OS MAPAS DA CAPITANIA DE MINAS GERAIS ESTUDADOS – PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES. Os subconjuntos de mapas apresentados na Figura 4 diferenciam-se, primeiramente, pelos conceitos que abordam referentes à dimensão planimétrica do espaço geográfico que enfocam. Assim, nos subconjuntos, verifica-se, respectivamente, a representação dos seguintes elementos, cujos significantes e significados estão registrados na legenda: i, do primeiro subconjunto, que compreende as representações MAPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAIS COM 9 ADEVISADESUASCOMARCAS, MAPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES COM ADEVIZA ..., MAPPA DA Capitania DE Minas Geraes com A DEVISA ... cidades, vilas, paróquias, capelas, fazendas, registros, guardas e patrulhas de soldados, guardas de São Paulo e estradas; ii, do terceiro subconjunto, formado apenas pela CARTA GEOGRAPHICA DA CAPITANIA DE MINAS ... - cidade, cabeça de comarca, vila, arraial freguesia, arraial, quartel, capela, fazenda, aldeia e estrada; iii, e do quarto, correspondente ao MAPPA TOPOGRÁFICO E HIDROGRAFICO DA CAPITANIA ..., MAPPA DA CAPITANIA DE MINAS ... e ao também chamado MAPPA DA CAPITANIA DE MINAS ... - cidades, vilas, paróquias, capelas, registros, guardas e destacamentos, e aldeias de índios domesticados. Apenas o mapa que aparece no segundo subconjunto não registra legenda, embora no interior da representação diferencie os núcleos de povoamento. Essa representação, a PLANTA GERAL DA CAPITANIA DE MINAS ..., diferentemente dos outros, enfatiza elementos da altimetria, localizando e sugerindo a orientação de formas destacadas do relevo. Aliado ao exposto anteriormente, nessa primeira aproximação para se assinalar semelhanças e diferenças entre os mapas em estudo, um outro fator que foi considerado, diz respeito às notas explicativas. Assim é que a ausência de registro de notas explicativas, fortaleceu a decisão de se distinguir a PLANTA GERAL DA CAPITANIA DE MINAS ..., em um subconjunto, bem como a presença de um número elevado de notas, embora reproduzindo algumas presentes em outros mapas, orientou a decisão de se manter, também, em subconjunto distinto, a CARTA GEOGRAPHICA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES .... Por sua vez, o número pequeno e a semelhança do conteúdo informativo das notas somaramse às diferenças já observadas, fortalecendo a decisão de se manter a configuração do primeiro e do quarto subconjuntos de mapas, apresentados na Figura 4. Por fim, ressalta-se um dos fatores que contribuiu decisivamente para a distinção dos subconjuntos de mapas apresentados. Esse fator diz respeito ao posicionamento geográfico do território da capitania das Minas Gerais, considerando a extensão latitudinal e longitudinal que lhe foi atribuído nas representações. Com relação ao posicionamento latitudinal, o aspecto mais flagrante observado que distingue os grupos, refere-se à definição dos limites 10 meridionais da capitania, coincidindo com a linha do trópico de Capricórnio ou situando mais ao norte desta. No que diz respeito à localização longitudinal, apenas em quatro dos mapas em questão encontra-se expressamente registrado o meridiano considerando inicial ou de referência para o estabelecimento das medidas de longitude, no caso o Meridiano de Ferro, citado: na CARTA GEOGRAPHICA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES .....; na PLANTA GERAL DA CAPITANIA DE MINAS ... e nos duas representações denominadas MAPPA DA CAPITANIA DE MINAS....2. Tendo em vista o posicionamento longitudinal dos mapas em questão, apesar das pequenas diferenças observadas, foi possível associar o Meridiano de Ferro a outros mapas, como origem das medidas de longitude, como no caso das representações: MAPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAIS COM ADEVISADE ...; MAPA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES COM ADEVIZA DE....; MAPPA DA Capitania DE Minas Geraes com A DEVISA .... . Em relação a este procedimento, destacam-se duas exceções: HIDROGRAFICO DA CAPITANIA ... o MAPPA TOPOGRÁFICO E e a CARTA GEOGRAPHICA DA CAPITANIA DE MINAS GERAES ..... Na primeira representação não consta a rede de paralelos e meridianos e, na segunda, a diferença do posicionamento longitudinal da Capitania é tão grande em relação às demais cartografias que é possível pensar no emprego de outro meridiano, que não o de Ferros. É importante, entretanto, destacar o caráter preliminar desta conclusão e das outras apresentadas. Essas conclusões devem ser ratificadas ou retificadas com o prosseguimento dos estudos e a reavaliação das observações a partir de consultas aos originais dos documentos. O prosseguimento dos estudos em questão deverá também propiciar a avaliação dos subgrupos destacados na Figura 4, bem como a definição do mapa ou mapas que definiram as características mais marcantes da cartografia que caracteriza os conjuntos. 11 BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, A. de F. A formação do espaço brasileiro e o projecto do Novo Atlas da América Portuguesa (1703-1748). Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 2001. (Coleção Outras Margens) ÁVILA, C. et al. Cartograia e Inconfidência: Considerações sobre a obra de José Joaquim da Rocha. Análise & Conjuntura. Belo Horizonte, v. 4, n.s 2 e 3, maio /dezembro de 1989, p. 373-392. BARBOSA, W. de A. Dicionário Histórico-Geográfico de Minas Gerais. 2a ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1995. BOSCHI, C. Fontes Primárias para a História de Minas Gerais em Portugal. 2. Ed. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. CARVALHO, T. F. de. Comarcas e Termos: Creações, suppressões, restaurações, encorporações e desmembramentos de comarcas e termos em Minas Geraes (1709-1915). 1ª ed. Belo Horizonte: Imprensa Official de Minas Geraes, 1920. Códice Costa Matoso. 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Memória Sobre a Capitania das Minas Gerais; Seu Território, Clima e Produções Metálicas. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1994. CUNHA MATOS, R. J. da. Corografia Histórica da província de Minas Gerais 1837. Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro,Imprensa Oficial de Minas Gerais, v. I: 1979; v. II 1981. 2 v. GALVÃO, R. (Org.). Catálago da Exposição de História do Brasil. Ed. Fac.Similar. Brasília:Conselho Editorial do Senado Federal, 1998. 3 vol. HALFELD, H. G. F.; TSCHUDI, J. J. von; trad. Myriam Ávila; ensaio crítico, notas e revisão da tradução Roberto Borges Martins. Província Brasileira de Minas Gerais. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1998. MARQUES, M. S. Cartografia Antiga: tabela de equivalências de medidas, cálculo de escalas e conversão de valores de coordenadas geográficas. Lisboa: Biblioteca Nacional, 2001. OLIVEIRA, Cêurio de. Dicionário Cartográfico. 4a ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. ROCHA, J. J. da. 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A Terra Mineira. 2a ed Bello Horizonte: Imprensa Official de Minas Geraes, 1926. 2 v. SENNA, N. de. Primeiro Congresso Brasileiro de Geografia. Contribuições para um futuro Mappa do Estado de Minas Geraes. Revista do Arquivo Público Mineiro, Belo Horizonte, v. 16, 1910. p. 307- 329 TORRES, João Camilo de Oliveira. História de Minas Gerais. Belo Horizonte: Editora Lemi, 3ª ed., vol. 1, 1980. NOTAS 1 Não obstante, os estudos não estão avançados o suficiente para se estabelecer semelhanças e diferenças, fundadas na datação da informação, sua atualização em relação à época da realização da cartografia, etc. 2 Esse meridiano, localizado na ilha mais ocidental do arquipélago das Canárias, considerado uma referência, das mais importantes, principalmente para a cartografia dos séculos XVII e XVIII, encontra-se situado a 170 39’ 46’’, a oeste do meridiano de Greenwich, segundo MARQUES (2001), ou a 170 37’ 45’’, de acordo com OLIVEIRA (1993) 14 Anexo I – FICHA DE CATALOGAÇÃO DE MAPAS – MODELO QUE COMPREENDE DESCRITORES TÉCNICOS Título: --------------------------------------------------------------------------------------------(Anotar da forma em que estiver registrado na obra; atribuir título, quando não constar, colocando o item entre colchete.) Autoria: ------------------------------------------------------------------------------------------(Se for suposta, registrar entre colchetes; quando não constar, nem se conhecer alguma atribuição, usar a abreviação “s.a”.) Desenhista, copista: -------------------------------------------------------------------------(Anotar, quando constar.) Data: ---------------------------------------------------------------------------------------------(Usar a abreviação “s.d”, quando não constar o item; anotar entre colchetes, quando a datação for atribuída; no caso do registro apenas da data da cópia, anotar a informação.) Instituição guardiã do original / registro: --------------------------------------------Dimensão (cm): Da folha: Altura: -------------------------------- Largura: ----------------------------------------------------- Do mapa: Altura: -------------------------------- Largura: ----------------------------------------------------- Técnica: pintura desenho gravura xilografia litografia mista outras ------------------------------------------------------------------------------------------------------(Anotar observações de interesse.) Material: aquarela guache crayon tinta ferro-gálica misto outros ------------------------------------------------------------------------------------------------------(Anotar observações de interesse.) Suporte: papel papelão pergaminho tecido outros ------------------------------------------------------------------------------------------------------(Anotar observações de interesse.) Estado de conservação bom regular ruim ------------------------------------------------------------------------------------------------------(Anotar observações de interesse.) 15 Anexo II - FICHA DE CATALOGAÇÃO DE MAPAS – MODELO QUE COMPREENDE DESCRITORES DA CARTOGRAFIA Orientação: -------------------------------------------------------------------------------------- rosa-dos-ventos língua vernácula na(s) margens da representação latim outros (Anotar a orientação do mapa e o tipo de registro no mesmo; quando o elemento não constar, anotar.) Rede geográfica: -----------------------------------------------------------------------------(Quando o elemento não constar, anotar.) Latitude: ------------------------------------------------------------------------------------------(Anotar as medidas extremas de referência, realizando os cálculos necessários.) Longitude: ----------------------------------------------------------------------------------------(Anotar as medidas extremas de referência, realizando os cálculos necessários.) Meridiano de origem: -------------------------------------------------------------------------(Citar a denominação do meridiano; se não constar a designação, e se for possível identificar o meridiano em questão, anotá-lo entre colchetes.) Escala: -------------------------------------------------------------------------------------------(Se não constar o item, registrar a informação “sem apresentação da escala”.) Gráfica: -------------------------------------------------------------------------------------------(Anotar todos os elementos que a descrevem e que são necessários para o cálculo da escala numérica; anotar a escala numérica calculada entre colchetes; quando não for possível calcular a escala numérica, registrar entre colchete [escala indeterminada]) Numérica: ---------------------------------------------------------------------------------------------Legenda: ----------------------------------------------------------------------------------------------(Anotar os significados – conceitos, registrados no item em questão.) Topônimos: ------------------------------------------------------------------------------------------(Anotar os elementos geográficos que são nomeados.) Notas: --------------------------------------------------------------------------------------------------No plano de representação: ---------------------------------------------------------------------Fora do plano de representação: ---------------------------------------------------------------Outras observações: ---------------------------------------------------------------------------------------------- 16 Anexo III - INFORMAÇÕES PROCESSADAS A PARTIR DOS DADOS DAS FICHAS DE CATALOGAÇÃO DE ELEMENTOS CARTOGRÁFICOS, REFERENTES A UM MAPA: TÉCNICOS E UM MODELO DE APRESENTAÇÃO EM ESTUDO. FONTE: Mapa da Capitania de Minas Geraes com adeviza de suas comarcas [BN/RJ] Data: [1778]. Autor: s.a. 17 Descrição física: manuscrito, nanquim, aquarelado; 42,3 x 36, cm em folha de 45, 8 x 45, 8x 38.5 cm. Rede geográfica: medidas extremas de referência - S 120 a 240 S; W 3270 a 3370 [Meridiano da Ilha do Ferro (W 170 39’ 46 ‘’ em relação a Greenwich)] , [W 500 39’ 46’’ a 400 39’46 ‘’, em relação ao meridiano de Greenwich]. Escala: [ca. 1: 3 261 000] Gráfica em léguas; 40 léguas = 8 cm (Légua brasileira = 3000 braças = 6522 m). Legenda: cidades, vilas, paróquias, capelas, fazendas, registros, guardas e patrulhas de soldados, guardas de São Paulo, estradas. Topônimos: capitanias limítrofes (no sentido horário: Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Pernambuco); comarcas (no sentido horário: Serro Frio, Vila Rica, Rio das Mortes, Sabará); elementos do relevo e da hidrografia; povoações, etc. Notas: Registra junto ao topônimo Rio Piauí (Comarca do Serro Frio) “onde se tiram as crisólitas”. Observações: Representa figurativamente o relevo. 18