MG Caderno de Informações para a Gestão Estadual do SUS - 2011 MINAS GERAIS 1 Copyright 2011 - 1ª Edição Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS Tiragem: 100 Impresso no Brasil Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Minas Gerais - Caderno de Informações para a Gestão Estadual do SUS/Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2011. 84 p. (Minas Gerais - Caderno de Informações para a Gestão Estadual do SUS) ISBN 978-85-89545-86-0 9 78858 9 545860 1. SUS (BR). 2. Informações Estaduais. I Título. NLM WA 525 CDD – 20. ed. – 362.1068 2 MG DIRETORIA DO CONASS 2010-2011 SECRETARIA EXECUTIVA DO CONASS Presidente Beatriz Dobashi (MS) Secretário Executivo Jurandi Frutuoso Silva Vice-Presidente Região Centro-Oeste Irani Ribeiro de Moura (GO) Coordenação Rita de Cássia Bertão Cataneli Vice-Presidente Região Nordeste Herbert Motta de Almeida (AL) Colaboradores Eliana Dourado, Gilson Cantarino, Lourdes Almeida, Maria José Evangelista, Nereu Henrique Mansano, Regina Nicoletti, Tereza Cristina Lins Amaral, Viviane Rocha de Luiz Vice-Presidente Região Norte Osvaldo Leal (AC) Vice-Presidente Região Sudeste Antônio Jorge de Souza Marques (MG) Vice-Presidente Região Sul Roberto Eduardo Hess de Souza (SC) Comissão Fiscal George Antunes de Oliveira (RN) Milton Luiz Moreira (RO) Raimundo José Arruda Barros (CE) Revisão Técnica Rita de Cássia Bertão Cataneli e Regina Nicoletti Revisão Ortográfica Roberto Arreguy Maia Edição Adriane Cruz Projeto Gráfico Gabriela Abdalla Diagramação Wedson Bezerra 3 SUMÁRIO 5 Apresentação 7 Introdução Indicadores Selecionados: 11 Caracterização Territorial 12 Indicadores Demográficos e Socioeconômicos 20 Indicadores de Estatística Vital 29 Indicadores de Rede de Estabelecimentos de Assistência à Saúde 39 Indicadores de Atenção Primária à Saúde 53 Indicadores de Vigilância à Saúde 71 Indicadores de Financiamento Federal 75 Indicadores de Gestão do SUS 82 Indicadores da Saúde Suplementar 4 MG APRESENTAÇÃO Existe no Brasil um grande número de diferentes Sistemas de Informações em Saúde (SIS) voltados à operação de estabelecimentos assistenciais, à gerência de redes de serviços e à investigação e ao controle de diversas doenças, e que podem e devem ser usados para o planejamento, por parte do gestor, de intervenções sobre sua realidade sanitária. Embora as bases de dados conformadas por esses sistemas cubram a maior parte das informações necessárias ao planejamento e à avaliação de ações e serviços de saúde, o acesso e a utilização dessas informações continuam a ser feitos de forma “compartimentalizada”. Neste sentido o CONASS, com o objetivo de subsidiar os secretários de saúde dos estados e do Distrito Federal e suas equipes, que assumem a gestão em janeiro de 2011, com informações dos aspectos técnicos e gerenciais mais relevantes do SUS, apresenta uma coletânea de Informações para a Gestão Estadual do SUS, que traz indicadores previamente selecionados que permitem análises integradas e fidedignas da situação de Saúde das suas populações, contribuindo para a análise da tendência de cada um dos indicadores e para o planejamento das ações a eles relacionadas nas SES, buscando a qualificação do processo decisório. Beatriz Figueiredo Dobashi Presidente do CONASS 5 6 MG INTRODUÇÃO Para este trabalho foram identificados e analisados dados e informações que permitam ao Gestor estadual e suas equipes a rápida identificação da situação geral dos indicadores selecionados, estabelecendo quando possível uma linha de tempo entre períodos definidos a partir dos anos disponíveis nos respectivos sistemas de informações e um paralelo da situação do estado com a sua respectiva região e com os dados gerais do Brasil. Foram utilizados como fontes os Sistemas de Informações em Saúde – SIA/SUS, SIH/SUS, SIM, Sinasc, Cadernos de Informação em Saúde/ Datasus/MS, Sala Situação em Saúde do Ministério da Saúde, bem como IBGE, Ipea e PNUD, entre outros, para os indicadores selecionados, que foram assim classificados: Caracterização Territorial –– Capital –– Área em km2 –– Número de municípios –– População estimada –– Densidade demográfica (hab/km2) Indicadores Demográficos e Socioeconômicos –– População residente por faixa etária e sexo –– Analfabetismo em maiores de 15 anos –– Proporção da população acima de 15 anos com mais de 8 anos de estudo –– Percentual da população com renda inferior a meio salário mínimo –– Taxa de desemprego –– Índice de desenvolvimento humano estadual e municipal –– Percentual de pessoas que vivem em domicílios com água encanada, com esgotamento sanitário e com serviço de coleta de lixo 7 Indicadores de Estatística Vital –– Natalidade –– Nascidos vivos segundo idade gestacional, peso ao nascer, tipo de parto e idade da mãe –– Nascidos vivos segundo número de consultas realizadas no pré-natal –– Mortalidade infantil, neonatal e infantil tardia –– Óbitos segundo grandes grupos de causas (CID 10) –– Mortalidade por homicídios e por acidentes de transporte Indicadores de Rede de Estabelecimentos de Assistência à Saúde –– Estabelecimentos de Saúde, por tipo –– Leitos hospitalares por especialidades e esfera de gestão –– Internações realizadas no SUS, valor anual e valor médio (VM) da AIH, por especialidade –– Internações por idade e sexo –– Mortalidade hospitalar por faixa etária –– Grupos de procedimentos especializados e de alta complexidade ambulatoriais com valores aprovados por ano no SUS –– Frequência de internações e valor anual dos procedimentos de média e de alta complexidade no SUS, por especialidade –– Internação por fratura de fêmur na população maior de 60 anos Indicadores de Atenção Primária à Saúde –– População coberta pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Estratégia de Saúde da Família (ESF/PSF) e Equipes de Saúde Bucal (ESB) –– Visitas domiciliares dos ACS e ESF/PSF –– Crianças com esquema vacinal básico em dia –– Crianças com aleitamento materno exclusivo 8 MG –– Cobertura de consultas de pré-natal –– Mortalidade infantil por diarreia –– Desnutrição –– Hospitalização por pneumonia –– Hospitalização por desidratação –– Hospitalização por condições sensíveis à APS –– Hipertensão e diabetes –– Cobertura de Preventivo de Câncer de Colo Cervicouterino Indicadores de Vigilância à Saúde –– Aids –– Sífilis congênita –– Tuberculose –– Hanseníase –– Doença meningocócica –– Hepatites (A, B e C) –– Dengue –– Malária (apenas para a Amazônia Legal) –– Notificações com encerramento oportuno da investigação –– Vacina tetravalente em menores de 1 ano (3 doses) Indicadores de Financiamento Federal –– Transferências de recursos federais por bloco de financiamento –– Evolução dos limites MAC – valor anual por competência por estado –– Detalhamento dos limites financeiros do MAC, segundo esfera de gestão Indicadores de Gestão do SUS –– Adesão do estado e do município ao Pacto pela Saúde 9 –– Colegiados de Gestão Regional organizados –– Consórcios organizados no estado –– Quantitativo de Recursos Humanos (vínculos) –– Municípios com pactuação de ações estratégicas de Vigilância Sanitária (exceto DF) Indicadores da Saúde Suplementar –– Beneficiários de planos médico-hospitalares por vigência e tipo de contratação –– Cobertura de plano de assistência médica 10 MG CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL UF Minas Gerais CAPITAL Belo Horizonte Área: 586.528,29 km² Número de Municípios: 853 População Estimada 2009: 20.033.665 Densidade Demográfica: 34,2 hab/km2 Fonte: IBGE. 2009. O Brasil estado por estado. 11 INDICADORES DEMOGRÁFICOS E SoCIOECONÔMICOS Os indicadores demográficos e socioeconômicos descrevem a situação atual da população do estado e permitem fazer comparações e verificar mudanças ou tendências durante um período de tempo. Para este documento foram selecionadas informações relativas à população residente, por sexo, segundo grupos etários, alfabetização em maiores de 15 anos e por anos de estudo, rendimento mensal, emprego e serviços básicos de abastecimento de água, rede coletora de esgoto e coleta de lixo, que possibilitam traçar um perfil da população do estado, essencial ao planejamento e à tomada de decisão pelo gestor estadual. 12 MG A população residente no estado é de 20.033.665 habitantes. Na análise por sexo, verifica-se que, no conjunto da população de Minas Gerais, 48,6% são homens e 51,4%, mulheres. Destaca-se nas faixas etárias de 0 a 19 anos o percentual de homens é maior que o de mulheres, em todas as demais faixas o percentual de mulheres é maior, notadamente nas faixas etárias de 60 a 65 anos e de 70 anos e mais (57,3% em ambas as faixas). GRÁFICO 1 População Residente, por Sexo, segundo os Grupos de Idade. MINAS GERAIS, 2009 70 anos ou mais 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 1000 800 600 400 Homens 200 00 200 400 600 800 1000 Mulheres Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD 2009. População residente (1.000 pessoas). 13 Em relação à alfabetização, 91,5% das pessoas maiores de 15 anos residentes no estado são alfabetizadas. Percentual inferior ao alcançado pela região Sudeste, 94,3%, e superior ao alcançado pelo Brasil, de 90,3%. GRÁFICO 2 Número e Distribuição Percentual de Pessoas Maiores de 15 Anos, segundo a Alfabetização. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2009 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Brasil Região Sudeste Minas Gerais 131.280 59.490 14.199 Alfabetizada (x 1.000) 14.105 3.584 1.325 Não alfabetizada (x 1.000) Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD 2009. 14 MG A análise dos anos de estudo mostra que, entre as pessoas de 10 anos ou mais de idade, 8,5% não têm instrução (incluídos aqueles com menos de 1 ano de estudo), 61,0% têm entre 1 a 10 anos de estudo, 23,5% têm entre 11 a 14 anos de estudo e 7,0% têm 15 ou mais anos de estudo. GRÁFICO 3 Percentual de Pessoas de 10 Anos ou Mais de Idade, segundo grupos de Anos de Estudo. MINAS GERAIS, 2009 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 - Sem instrução e menos de 1 ano 1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14 anos 15 anos ou mais 8,5 13,2 31,2 16,6 23,5 7,0 Percentual Fonte: PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - 2009. 15 Em relação ao rendimento mensal, observa-se que no estado 50,8% das pessoas de 10 ou mais anos de idade recebem de até ½ salário mínimo (SM) a 2 salários mínimos (7,0% até ½ SM; 20,0% de ½ a 1 SM e 23,8% de 1 a 2 SM), sendo que na faixa de até ½ SM o percentual apresentado pelo estado é superior ao encontrado na região Sudeste (4,3%) e inferior ao do Brasil (8%). Já o percentual de pessoas que se declaram sem rendimentos (29,1%) é similar ao da região Sudeste (29,6%) e inferior ao do Brasil (31,1%), conforme dados apresentados no Gráfico 4. GRÁFICO 4 Distribuição Percentual das Pessoas de 10 Anos ou Mais de Idade, segundo Classes de Rendimento Mensal. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2009 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Até ½ salário mínimo Mais de 1/2 a 1 salário Mais de 1 a Mais de 2 a Mais de 3 a 2 salários 3 salários 5 salários mínimos mínimos mínimos Mais de 5 a 10 salários Mais de 10 a 20 salários 8,0 17,1 21,9 7,7 6,7 3,9 1,5 0,5 31,1 1,5 Brasil 4,3 13,8 24,7 9,5 8,5 4,8 1,9 0,6 29,6 2,3 Região Sudeste 7,0 20,0 23,8 7,4 6,4 3,6 1,3 0,5 29,1 1,0 Minas Gerais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD 2009. Nota: Exclusive as informações das pessoas sem declaração do valor do rendimento. 1 Inclusive as pessoas que recebiam somente em benefícios. 16 Sem Mais de Sem 20 salários rendimento declaração (1) mínimos MG A taxa de desocupação no estado, de 7,91%, é ligeiramente superior tanto à taxa apresentada pela região Sudeste (7,51%), quanto à apresentada pelo Brasil (7,87%). GRÁFICO 5 Taxa de Desocupação da População1. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2009 8,00 7,90 7,80 % 7,70 7,60 7,50 7,40 7,30 Brasil Sudeste Minas Gerais 7,87 7,51 7,91 Taxa de Desocupação Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD 2009 . 1Total de pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas no período de referência de 365 dias, na condição de desocupadas e de não economicamente ativas na semana de referência/Total de pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas no período de referência de 365 dias x 100. 17 O Índice de Desenvolvimento Humano – IDH tem como objetivo medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. É calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Renda Nacional Bruta. O IDH do estado do Minas Gerais, publicado pelo PNUD1,em 2005, foi de 0,800 e o IDH de seus municípios (IDH-M2) distribui-se conforme Mapa 1. MAPA 1 Índice de Desenvolvimento Humano – Municipal. MINAS GERAIS, 2000 Municípios com IDHM entre 0 e 0,4 (baixo estágio de desenvolvimento) Municípios com IDHM entre 0,4 e 0,6 (desenvolvimento regular) Municípios com IDHM entre 0,6 e 0,8 (desenvolvimento moderado) Municípios com IDHM entre 0,8 e 1,0 (alto estágio de desenvolvimento) Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. 1 PNUD/Fundação João Pinheiro. Os dados de 1991 a 2005 estão no relatório “Emprego, Desenvolvimento Humano e Trabalho Descente. A experiência brasileira recente”. 2 O IDH-M utilizado neste documento foi publicado pelo PNUD em 2000. 18 MG Em relação à infraestrutura básica, observa-se que 87,86% dos domicílios do estado possuem rede geral de abastecimento de água, índice inferior ao da região Sudeste (92,32%) e superior ao do Brasil (84,43%). Em relação à rede coletora de esgoto, o estado apresenta um percentual de cobertura de 78,29%, inferior ao encontrado na região Sudeste (81,74%) e superior ao do Brasil (52,53%). Já o percentual de domicílios do estado atendidos por serviços de coleta de lixo, de 88,70%, é inferior ao apresentado pela região Sudeste (95,87%) e similar ao do Brasil (88,63%). GRÁFICO 6 Percentual de DomicílIos Particulares Permanentes, Atendidos por Serviços Selecionados. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2009 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 - Rede geral de abastecimento de água Rede coletora de esgoto Coleta de lixo 84,43 52,53 88,63 Brasil 92,32 81,74 95,87 Região Sudeste 87,86 78,29 88,70 Minas Gerais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD 2008-2009. 19 ESTATÍSTICA VITAL Segundo a definição das Nações Unidas, “Estatística Vital é aquela que trata dos ‘eventos ou fatos vitais’, entre os quais se incluem o nascimento vivo e o óbito, de especial interesse para a saúde” (LAURENTI et al, 2005)3. Para este documento foram selecionadas informações e indicadores relevantes sobre nascimentos e mortalidade no estado. Cabe destacar que a comparabilidade das informações entre os estados, regiões e país deve sempre ser feita com cuidado, considerando as diferentes coberturas dos Sistemas de Informação de Mortalidade (SIM) e de Nascidos Vivos (Sinasc), bem como da qualidade das informações deles provenientes. 3 LAURENTI, R. et al. Editorial Especial - Estatísticas Vitais: contando os nascimentos e as mortes. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 8, n. 2, junho de 2005. Disponível em http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1415-90X2005000200002&lng=en&nrm=iso Acesso em 30/09/2010. 20 MG No Gráfico 7 observa-se que, tanto em Minas Gerais, como na região Sudeste e no Brasil, existe uma tendência de queda das taxas brutas de natalidade – TBN (número de nascidos vivos por 1.000 habitantes) ao longo do período analisado. Também as taxas de natalidade do estado se mantêm sempre inferiores às da região e do país. Em 2008 a TBN de Minas Gerais foi de 13,03 nascimentos por 1.000 habitantes, na região Sudeste foi de 14,06 e no Brasil, de 15,39 por 1.000 habitantes. GRÁFICO 7 Taxa Bruta de Natalidade por 1.000 Habitantes. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 1999 a 2008* 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 - 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 19,86 18,89 18,07 17,52 17,18 16,90 16,48 15,77 15,27 15,39 Brasil 19,34 18,04 16,75 16,05 15,67 15,44 14,93 14,32 13,92 14,06 Região Sudeste 17,79 16,82 16,47 15,51 15,36 14,80 14,42 13,66 13,16 13,03 Minas Gerais Fonte: MS/SVS/Sinasc e População IBGE. *2008: Dados preliminares. 21 No Gráfico 8, observa-se que Minas Gerais apresentou em 2008 um percentual de recém-nascidos com baixo peso ao nascer (9,57%) superior ao da região Sudeste (9,11%) e ao do país (8,27%). O percentual de prematuros – recém-natos com menos de 37 semanas de gestação – foi de 7,40%, menor que na região (7,66%) e maior que no Brasil (6,65%). O percentual de nascimentos por parto cesárea (50,71%) foi superior ao do país (48,51%) e ao preconizado pela Organização Mundial de Saúde (até 10%) e inferior à média da região (55,77%). O percentual de nascidos de mães adolescentes (até 19 anos) – 18,01% – no estado foi menor que o observado no Brasil (20,40%) e maior que na região Sudeste (16,96%). GRÁFICO 8 PERCENTUAL DE NASCIDOS VIVOS, SEGUNDO IDADE GESTACIONAL (< 37 SEMANAS), PESO AO NASCER (< 2500G), TIPO DE PARTO (CESÁREA) E IDADE DA MÃE (< 20 ANOS). BRASIL, REGIÃO SUDESTE E MINAS GERAIS, 2008* 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 - % < 37 semanas % < 2.500 g % cesáreas % Mães < 20 anos 6,65 8,27 48,51 20,40 Brasil 7,66 9,11 55,77 16,96 Região Sudeste 7,40 9,57 50,71 18,01 Minas Gerais Fonte: MS/SVS/Sinasc e População IBGE. *2008: Dados preliminares. 22 MG No Gráfico 9 observa-se que, em relação ao número de consultas pré-natal, Minas Gerais apresentou em 2008 uma situação menos favorável que a registrada na média da região Sudeste e melhor que a do país, tanto quando consideramos como critério o acesso das mães dos nascidos vivos a pelo menos 4 consultas de pré-natal (93,2% em Minas Gerais, 94,2% na região e 90,4% no país), como considerando como critério a realização de 7 consultas ou mais (64,19% no estado, 70,99% na região Sudeste e 57,78% no Brasil). GRÁFICO 9 Percentual de Nascidos Vivos segundo Número de Consultas Realizadas no Pré-Natal. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2008* 100% 90% 80% 70% 50% 4 ou mais: 93,2% 4 ou mais: 94,2% 4 ou mais: 90,4% 60% 40% 30% 20% 10% 0% Brasil Região Sudeste Minas Gerais 57,78 70,99 64,19 mais de 7 32,63 23,16 29,06 4a6 9,48 5,85 6,75 < de 4 Fonte: MS/SVS/Sinasc e População IBGE. *2008: Dados preliminares. 23 Para o cálculo dos indicadores relacionados à mortalidade infantil e seus componentes, utilizaram-se neste texto informações provenientes do Ministério da Saúde, calculadas através da metodologia proposta pela Ripsa (Rede Interagencial de Informações para a Saúde). Foram usadas as informações provenientes do SIM e do Sinasc (dados diretos) para o cálculo do coeficiente de mortalidade infantil – CMI por 1.000 nascidos vivos em Minas Gerais. Para a região Sudeste foi empregado um “mix” com dados diretos (provenientes do SIM e Sinasc) de 3 estados (Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo) e indiretos (através de estimativas) de Minas Gerais. Para o Brasil também se utilizou “mix”, neste caso calculado através de dados diretos de 8 Unidades da Federação e estimativas dos demais. Observa-se no Gráfico 10 uma tendência de queda da mortalidade infantil no estado, região e país no período de 2000 a 2008. Nota-se que Minas Gerais apresentou coeficientes menores que o país e maiores que a média da região em todo o período. GRÁFICO 10 Coeficiente de Mortalidade Infantil por 1.000 Nascidos Vivos. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2000 a 2008* 30,00 Coeficiente / 1.000 N.V. 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 27,36 26,30 24,89 23,88 22,59 21,43 20,66 20,01 19,38 Brasil 19,15 18,31 17,32 17,01 16,28 15,38 15,03 14,57 14,17 Região Sudeste 22,34 21,73 20,80 19,97 19,13 18,48 17,88 17,40 17,01 Minas Gerais Fonte: MS/SVS, segundo metodologia Ripsa. *2008: Dados preliminares. 24 2008* MG No Gráfico 11 verifica-se que em Minas Gerais a mortalidade infantil apresenta em todo o período observado predomínio do componente neonatal (óbitos ocorridos com menos de 28 dias de vida) em relação à mortalidade infantil tardia ou pós-neonatal (de 28 dias até 1 ano incompleto). Nota-se uma tendência de diminuição tanto da mortalidade neonatal, como da mortalidade infantil tardia em todo o período analisado. Em 20 08 o coeficiente de mortalidade infantil do estado foi de 17,01 por 1.0 0 0 nascidos vivos, o coeficiente de mortalidade neonatal foi de 12,15 e o infantil tardio, de 4,85 por 1.0 0 0 nascidos vivos. GRÁFICO 11 Coeficiente de Mortalidade Infantil, Neonatal e Infantil Tardia por 1.000 Nascidos Vivos. MINAS GERAIS, 2000 a 2008* 25,00 Taxa / 1.000 N.V. 20,00 15,00 10,00 5,00 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 22,34 21,73 20,80 19,97 19,13 18,48 17,88 17,40 2008* 17,01 Infantil 15,40 14,82 14,78 13,90 13,50 13,00 12,30 12,18 12,15 Neonatal 6,95 6,91 6,02 6,07 5,63 5,48 5,57 5,22 4,85 Infantil Tardia Fonte: MS/SVS, segundo metodologia Ripsa. *2008: Dados preliminares. 25 O principal grupo de causas de mortalidade em Minas Gerais (Gráfico 12) foi o das doenças cardiovasculares (28,05%), assim como na região Sudeste (29,99%) e no Brasil (29,48%). Em todos, o segundo maior grupo de causas foi o das Neoplasias, responsável por 15,04% das causas de morte em Minas Gerais, 16,42% na região e 15,59% no país. O terceiro grupo de causas de morte foi o das Causas Externas: 10,72% em Minas Gerais e na região Sudeste e 12,53% no Brasil. Minas Gerais apresentou um percentual de óbitos por causas mal definidas de 11,16% em 2008, bem maior que a média brasileira (7,44%) e da região Sudeste (7,62%), o que indica pior qualidade das informações de mortalidade. GRÁFICO 12 DISTRIBUIÇÃO 100% PERCENTUAL DOS ÓBITOS 80% SEGUNDO GRANDES GRUPOS DE CAUSAS (CID 10). BRASIL, 60% REGIÃO SUDESTE E MINAS 40% GERAIS, 2008* 20% 0% Brasil Região Sudeste Minas Gerais 19,45 20,13 20,17 outros grupos de causas 7,44 7,62 11,16 mal definidas 4,40 4,30 4,57 infecciosas e paras. 5,14 5,30 5,04 ap. digestivo 5,97 5,52 5,24 d. endócrinas, nutr. e metab. 12,53 10,72 10,72 causas externas 15,59 16,42 15,04 neoplasias 29,48 29,99 28,05 ap. circulatório Fonte: MS/SVS/SIM. *2008: Dados preliminares. 26 MG Em Minas Gerais o percentual de óbitos por causas externas (10,72%) foi semelhante ao da região e inferior ao do país (Gráfico 13). O estado apresentou em 2008 taxa de mortalidade por homicídios de 19,00 óbitos por 100.000 habitantes, moderada segundo os padrões da Organização Mundial de Saúde. Esta taxa foi inferior à média brasileira (25,64 por 100.000) e da região Sudeste (20,54 por 100.000). No Brasil se observa discreto aumento das taxas de 1999 a 2003, diminuição em 2004 e 2005 e, desde então, estabilização. Na região as taxas são estáveis até 2003 e a seguir apresentam declínio importante, sendo maiores que as nacionais até 2006 e menores a partir deste ano. Em Minas Gerais a tendência é de crescimento de 1999 a 2004 e diminuição discreta de 2005 a 2008. Em todo o período as taxas do estado são inferiores às do país e da região. GRÁFICO 13 TAXA DE MORTALIDADE POR HOMICÍDIOS POR 100.000 HABITANTES. BRASIL, REGIÃO SUDESTE E MINAS GERAIS, 1999 A 2008* 40,00 Taxa/100.000 Hab 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 - 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 26,18 26,71 27,81 28,46 28,86 27,01 25,83 26,31 25,20 25,64 Brasil 37,41 36,52 36,61 36,84 36,10 32,07 27,57 26,66 23,02 20,54 Região Sudeste 9,23 11,78 13,05 16,32 20,83 22,83 21,93 21,43 20,89 19,00 Minas Gerais Fonte: MS/SVS/SIM e População IBGE. *2008: Dados preliminares. 27 Entre as causas externas, é importante avaliar também a violência no trânsito. O Brasil apresenta diminuição da taxa de mortalidade por acidentes de transporte em 2000, seguida de crescimento até 2004 e, deste ano até 2008, estabilidade. Na região Sudeste as taxas são relativamente estáveis, com pequenas oscilações, mantendose próximas ou pouco menores que as do país em quase todo o período. Em Minas Gerais ocorre declínio da taxa em 20 0 0, elevação discreta até 20 06, estabilizando-se até 20 08. As taxas são menores que as da região até 20 03, mantendo-se desde 20 04 muito próximas. Em 20 08 o coeficiente de mortalidade por acidentes de transporte em Minas Gerais foi de 19,10 óbitos por 10 0.0 0 0 habitantes, na região Sudeste este foi de 18,28 e no Brasil, 19,82 por 10 0.0 0 0 habitantes. GRÁFICO 14 TAXA DE MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRANSPORTE POR 100.000 HABITANTES. BRASIL, REGIÃO SUDESTE E MINAS GERAIS, 1999 A 2008* Taxa / 100.000 Hab. 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 - 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 18,37 19,27 15,74 17,46 16,45 14,15 18,00 18,03 15,10 19,06 17,64 15,88 19,01 18,35 16,56 19,92 18,82 18,32 19,88 18,63 18,24 19,94 19,22 19,39 20,29 19,18 19,56 19,82 18,28 19,10 Fonte: MS/SVS/SIM e População IBGE. *2008: Dados preliminares. 28 Brasil Região Sudeste Minas Gerais MG INDICADORES DE REDE DE ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE Os dados relativos à rede de estabelecimentos de assistência à saúde foram extraídos do TabNet Datasus – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES e dos Sistemas de Informações Ambulatoriais Hospitalares do SUS (SIA/SUS e SIH/ SUS) e correspondem ao número de estabelecimentos de Saúde, por tipo; leitos hospitalares por especialidades e esfera de gestão; internações realizadas no SUS, valor anual e valor médio (VM) da AIH, por especialidade; internações por idade e sexo; mortalidade hospitalar por faixa etária; grupos de procedimentos especializados e de alta complexidade ambulatoriais com valores aprovados por ano no SUS; frequência de internações e valor anual nos procedimentos de média e de alta complexidade no SUS, por especialidade e internação por fratura de fêmur na população maior de 60 anos, este último incluído na pactuação de prioridades, objetivos, metas e indicadores do Pacto pela Saúde, na dimensão Pacto pela Vida. 29 O estado de Minas Gerais possui 27.564 estabelecimentos de saúde registrados no CNES, sendo 29,73% de natureza pública e 70,27% de natureza privada e filantrópica. Na atenção ambulatorial, dos 23.425 estabelecimentos cadastrados, 6.818 são de natureza pública (5.226 unidades de Atenção Primária e 1.592 de atendimento especializado); e, de natureza privada e filantrópica, estão cadastrados 54 de Atenção Primária, 13.357 consultórios isolados e 3.196 Clínicas/ Ambulatórios Especializados e Policlínicas, totalizando 16.607 estabelecimentos, além de 52 cooperativas de natureza privada. Na atenção às urgências/ emergências no componente préhospitalar fixo estão cadastrados 100 Prontos-Socorros públicos e 30 07 privados e 26 unidades mistas (21 públicas) que fazem também atendimento às urgências. No componente pré-hospitalar móvel – Serviço de Atendimento Móvel de Urgências – Samu 192, são 100 Unidades Móveis Terrestres, 79 de natureza pública. Na atenção hospitalar estão cadastrados 663 estabelecimentos (586 gerais e 77 especializados), dos quais 132 (19,91%) são de natureza pública (122 gerais e 10 especializados). Na área de diagnose e terapia observa-se predominância de cadastramento dos estabelecimentos privados em relação aos públicos (2.060 privados e 150 públicos), incluindo 05 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). Estão cadastradas 32 Centrais de Regulação de Serviços de Saúde. MG TABELA 1 Número de Estabelecimentos de Saúde Registrados no CNES, por Tipo de Unidade e Natureza do Prestador. MINAS GERAIS, 2010 Tipo de Estabelecimento Público Filantrópico Privado* Total Central de Regulação de Serviços de Saúde 32 0 0 32 Centro de Atenção Hemoterápica e/ou Hematológica 16 0 0 16 Centro de Atenção Psicossocial 167 1 2 170 8 0 0 8 Centro de Apoio à Saúde da Família 0 0 0 0 4.076 6 42 4.124 Clínica Especializada/Ambulatório Especializado 396 143 2.963 3.502 Consultório Isolado 853 7 13.350 14.210 Cooperativa 0 0 52 52 Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular 95 0 42 137 Hospital-Dia 4 1 44 49 Hospital Especializado 10 11 56 77 Hospital Geral 122 288 176 586 Centro de Parto Normal Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde 5 0 0 5 176 10 77 263 1.142 0 6 1.148 4 0 2 6 Pronto-Socorro Geral 96 0 5 101 Secretaria de Saúde 492 0 0 492 26 Laboratório Central de Saúde Pública - Lacen Policlínica Posto de Saúde Pronto-Socorro Especializado Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg 21 2 3 Unidade de Atenção à Saúde Indígena 0 0 0 0 Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose eTerapia 145 12 2.048 2.205 Unidade de Vigilância em Saúde 255 255 0 0 Unidade Móvel Fluvial 0 0 0 0 Unidade Móvel Pré-Hospitalar - Urgência/Emergência 12 0 7 19 Unidade MóvelTerrestre 67 0 14 81 Tipo de estabelecimento não informado Total 0 0 0 8.194 481 18.889 0 27.564 Fonte: TabNet/Datasus - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES. Acesso em setembro/2010. *Incluíndo sindicato. 31 Em relação à distribuição de leitos TABELA 2 Leitos Cadastrados no CNES e Percentual Disponível ao SUS por Especialidade. MINAS GERAIS, 2010 por especialidades, Minas Gerais possui 44.144 leitos cadastrados Total de leitos cadastrados no CNES e, destes, 31.914 (72,30%) Especialidade estão disponíveis ao SUS. Existem % sus SUS e não SUS no estado 3.819 leitos de UTI, 10786 65,14 Cirúrgicos dos quais 2.689 (70,65%) são 16304 74,33 Clínicos leitos SUS, sendo estimado pelo 4957 74,44 Obstétricos Ministério da Saúde (MS), com 5874 82,12 Pediátricos base no número total de leitos, 5603 69,69 Outras especialidades entre 1.766 e 4.414 leitos de UTI4. 1131 91,95 ..crônicos Destaca-se a insuficiência de 4230 62,34 ..psiquiatria leitos de UTI Neonatal com 414 152 92,11 ..reabilitação leitos disponíveis ao SUS, quando 90 97,78 ..tisiologia seriam necessários 1.035 leitos 620 56,61 Hospital-dia para cobrir a necessidade da 44144 72,30 Total população e de UTI Intermediária Leitos de UTI Neonatal para a qual existem 240 164 71,34 Unidade intermediária leitos, quando seriam necessários, 294 81,63 Unidade intermediária neonatal pelos parâmetros do MS, 3.104. Unidade isolamento 326 84,05 UTI adulto 2150 66,23 UTI infantil 305 68,52 UTI neonatal 559 74,06 21 95,24 3819 70,65 UTI de queimados Total Fonte: TabNet/Datasus/CNES. Mês de referência: julho de 2010. 4 O Ministério da Saúde tem utilizado, para efeito de avaliação da cobertura de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Brasil, a Portaria GM/MS nº 1.101, de 13 de junho de 2002. Esta Portaria estima, a partir da necessidade de leitos hospitalares totais, a necessidade de leitos de UTI de 4% a 10% do total de leitos hospitalares. No caso específico de leitos de UTI Neonatal, considera-se como variável fundamental o preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), onde deverá a unidade dispor quatro leitos de terapia intensiva para cada 1.000 NV, sendo considerado um leito de UTI para cada três leitos de UCI. Nota Informativa 2010 – Coordenação Geral de Atenção hospitalar/DEA/SAS/MS. 32 MG Quanto ao número de internações, observa-se na Tabela 3 que o estado de Minas Gerais apresentou aumento de 5,0% na quantidade total das internações entre 2006 e 2009, enquanto que, em valores totais de internação, ocorreu, no mesmo período, um aumento de 53,0%. Verifica-se que as internações na especialidade hospital-dia de saúde mental apresentaram maior aumento no volume de internações (35%), enquanto as internações em Cuidados prolongados (crônicos), Reabilitação, Pediatria, Obstetrícia e Psiquiatria foram as que tiveram as maiores quedas (55%, 35%, 18%, 15% e 8%, respectivamente). TABELA 3 Número e valor das Internações Hospitalares RegistradAs no SUS1, segundo Especialidade. MINAS GERAIS, 2006 a 2009 2006 Especialidade 2007 2008 2009 Qtd Valor Qtd Valor Qtd Valor Qtd Valor 329.252 327.881.071,73 336.450 369.809.614,98 346.798 411.694.410,78 340.385 494.573.338,38 Obstetrícia 243.551 100.474.441,85 233.127 105.079.123,03 207.622 112.832.879,24 206.922 124.113.280,67 Clínica médica 440.594 196.493.334,02 427.193 211.900.871,86 432.471 272.710.385,63 435.073 346.371.972,55 Clínica cirúrgica Cuidados prolongados (crônicos) 2.368 15.648.336,55 2.255 16.816.933,79 1.870 17.822.858,80 1.074 18.342.883,65 Psiquiatria 24.503 33.833.458,28 22.886 35.084.693,78 25.212 38.926.422,09 22.639 38.638.865,66 Pneumologia sanitária (tisiologia) 969 967.059,69 849 944.515,85 841 1.076.844,43 970 1.238.395,19 131.091 78.854.294,36 118.337 84.281.999,05 104.931 94.960.303,78 107.078 131.957.780,74 Reabilitação 4.111 3.866.146,91 3.330 3.057.299,54 2.724 2.121.777,05 2.833 2.180.981,74 Saúde mental - hospital-dia 426 307.983,55 425 331.877,99 477 382.594,48 574 460.893,16 Clínica cirúrgica - hospital-dia (*) 0 0,00 0 0,00 1.731 497.125,46 1.688 570.816,99 Aids - hospital-dia (*) 0 0,00 0 0,00 112 12.761,39 213 28.716,06 Fibrose cística - hospital-dia (*) 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Intercorrência pós-transplante hospital-dia (*) 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Geriatria - hospital-dia (*) 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1.176.865 758.326.126,94 1.144.852 827.306.929,87 Pediatria Total 1.124.789 953.038.363,13 1.119.449 1.158.477.924,79 Fonte: TabNet/SIH/SUS. 1Internações hospitalares do SUS por local de internação. * Especialidades incluídas a partir de 2008. 33 Em 2009, pode-se observar que no estado de Minas Gerais a Clínica Médica apresentou o maior número de internações hospitalares, enquanto que a internação em leitos para cuidados prolongados (crônicos) foi a que apresentou o maior valor médio de internação (R$ 17.079,04), seguida das internações em Psiquiatria (R$ 1.706,74) e em Clínica Cirúrgica (R$ 1.452,98). Chama atenção a ausência de registro de internação em hospital-dia para fibrose cística, intercorrência póstransplante e geriatria. TABELA 4 Quantidade, Valor Médio e Valor Total das Internações Hospitalares no SUS, por Especialidade. MINAS GERAIS, 2009 Internações Especialidade Qtd Valor Médio Valor total Clínica cirúrgica 340.385 1.452,98 494.573.338,38 Obstetrícia 206.922 599,81 124.113.280,67 Clínica médica 435.073 796,12 346.371.972,55 1.074 17.079,04 18.342.883,65 22.639 1.706,74 38.638.865,66 970 1.276,70 1.238.395,19 Cuidados prolongados (crônicos) Psiquiatria Pneumologia sanitária (tisiologia) Pediatria 107.078 1.232,35 131.957.780,74 Reabilitação 2.833 769,85 2.180.981,74 Clínica cirúrgica - hospital-dia 1.688 338,16 570.816,99 Aids - hospital-dia 213 134,82 28.716,06 Fibrose cística - hospital-dia 0 0,00 0,00 Intercorrência pós-transplante hospital-dia 0 0,00 0,00 Geriatria - hospital-dia Saúde mental - hospital-dia Total 0 0,00 0,00 574 802,95 460.893,16 1.119.449 1.034,86 1.158.477.924,79 Fonte: TabNet/Datasus/SIH/Sussih/SUS. À excecão das especialidades “Cuidados prolongados (crônicos)” e “Psiquiatria”, a diferença entre o valor médio da internação e o da AIH, quando observada, foi pouco significativa. 34 MG A Tabela 5 mostra a evolução da taxa de internação hospitalar no SUS no período de 2006 a 2009 e observa-se em Minas Gerais uma tendência de redução na taxa de internações, de 5,95%, no sexo masculino, e de 8,66%, no sexo feminino. Com relação às internações por faixa etária, verificam-se taxas de internações mais altas em menores de 1 ano e na população de 80 anos e mais, nos períodos analisados, e em ambos os sexos. Conforme esperado, na população feminina em idade fértil, as taxas de internações registradas nas faixas etárias compreendidas entre 15 e 39 anos são maiores do que as taxas de internações na população masculina nas mesmas faixas e ocorre um aumento maior das internações, a partir de 60 anos, na população masculina, em todo o período analisado. TABELA 5 Taxa de Internação da População Residente, segundo Sexo e Faixa Etária. MINAS GERAIS, 2006 a 2009 Faixa Etária Ano 2006 2007 2008 2009 Sexo Menor 1 1a4 5a9 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 anos ano anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos e mais Total Masculino 20,3 5,3 2,6 1,7 1,6 2,7 3,5 5,3 8,6 12,4 21,7 32,8 Feminino 16,0 4,3 1,9 1,3 6,6 10,4 6,8 5,9 7,5 9,8 17,5 28,1 5,1 7,1 Masculino 19,6 5,1 2,7 2,0 1,9 2,5 3,5 4,8 7,1 11,1 17,4 23,9 4,9 Feminino 16,1 4,2 1,9 1,5 7,3 9,4 6,9 5,2 6,1 8,7 14,0 21,0 6,8 Masculino 19,1 4,9 2,6 1,9 1,9 2,5 3,4 4,7 6,9 10,7 16,6 22,0 4,8 Feminino 15,7 4,0 1,9 1,5 7,0 9,2 6,7 5,0 5,9 8,4 13,2 20,1 6,6 Masculino 19,1 4,4 2,5 1,9 1,9 2,5 3,3 4,6 6,8 10,6 16,4 22,5 4,8 Feminino 15,6 3,6 1,8 1,5 7,0 9,0 6,5 4,9 5,8 8,2 13,1 19,5 6,5 Fonte: Internação - TabNet/SIH/SUS. População - Estimativa IBGE. 35 A taxa de mortalidade hospitalar tem sido utilizada como indicador de avaliação da qualidade da assistência hospitalar. No Brasil o parâmetro hospitalar médio é de 2,63%5 e, conforme se observou, a taxa de mortalidade hospitalar em Minas Gerais variou entre 2006 e 2009, sendo que a taxa de 4,21%, registrada em 2009, foi a maior do período e representou um aumento de 6,58% em relação a 2008. Com relação à mortalidade hospitalar por faixa etária, verifica-se variação em todas as faixas etárias, destacando-se o aumento da taxa em menores de um ano, até 2008, e uma redução de 3,65% em 2009 e observa-se, em 2009, que a maior taxa foi encontrada na população de 80 anos e mais. GRÁFICO 15 Taxa de Mortalidade Hospitalar Registrada no SUS, segundo Faixa Etária. MINAS GERAIS, 2006 a 2009 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Menor 1 a 4 1 ano anos 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 e anos anos anos anos anos anos anos anos anos mais Total 3,48 0,52 0,54 0,79 0,55 0,69 1,63 3,40 5,15 7,07 9,49 14,41 3,79 2006 3,51 0,52 0,46 0,85 0,60 0,73 1,64 3,54 5,30 7,26 9,73 14,33 3,93 2007 3,56 0,55 0,44 0,67 0,63 0,70 1,59 3,56 5,16 7,20 9,79 14,68 3,95 2008 3,43 0,53 0,56 0,84 0,65 0,76 1,62 3,62 5,66 7,59 10,14 15,14 4,21 2009 Fonte: TabNet/Datasus/SIH/SUS. 5 PT nº 1.101/GM, de 12 de junho de 2002. 36 MG Considerando o ano de início da vigência da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM, os dados relativos ao valor aprovado da produção ambulatorial, registrada no SUS de cada estado, foram levantados a partir das informações disponíveis no Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) nos anos de 2008 e 2009, para cada um dos 8 grupos que a compõem. Em Minas Gerais observa-se que em 7 dos 8 grupos existentes, ocorreu aumento nos valores de procedimentos aprovados, em 2009, com relação a 2008, com destaque para o Grupo 05 – Transplantes de órgãos, tecidos e células (34,08%) e no Grupo 06 – Medicamentos (20,73%), enquanto que no Grupo 01 – Ações de promoção e prevenção, que está relacionado a ações coletivas e individuais em saúde, organizada por ações de educação em saúde; saúde bucal; visita domiciliar; alimentação e nutrição e vigilância registra-se redução de 38,05%. TABELA 6 Valor Aprovado da Produção Ambulatorial Registrada no SUS, por Grupo de Procedimento. MINAS GERAIS, 2008 e 2009 Grupo de procedimento 2008 2009 01 Ações de promoção e prevenção em saúde 1.385.500,05 858.365,18 02 Procedimentos com finalidade diagnóstica 334.874.790,42 376.939.865,67 03 Procedimentos clínicos 616.561.375,73 688.836.782,87 04 Procedimentos cirúrgicos 32.207.386,15 36.875.016,86 05Transplantes de orgãos, tecidos e células 18.588.858,16 24.924.550,60 06 Medicamentos 164.221.424,46 198.262.098,02 07 Órteses, próteses e materiais especiais 39.502.199,57 41.826.576,03 6.667.183,00 8.245.417,80 1.214.008.717,54 1.376.768.673,03 08 Ações complementares da atenção à saúde Total Fonte: TabNet/Datasus/SIA/SUS. 37 Atualmente existem no Brasil cerca de 19 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, o que representa, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo menos 10% do total da população; e estima-se que em 2025 o Brasil alcançará aproximadamente 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade. As quedas e suas consequências para a saúde das pessoas idosas têm assumido grandes proporções com importantes repercussões nas taxas de internação hospitalar no SUS, e para enfrentar essa situação o Pacto pela Vida contemplou um conjunto de ações prioritárias para a saúde do idoso e assumiu como meta a redução de 2% da taxa de internação hospitalar de pessoas idosas por fratura de fêmur6. A análise da taxa de internação por fratura de fêmur na população acima de 60 anos em Minas Gerais aponta variações no período entre 2006 e 2009, sendo a maior taxa registrada em 2006, e a menor em 2007. GRÁFICO 16 Taxa de Internação Hospitalar de pessoas idosas por Fratura de Fêmur*. MINAS GERAIS, 2006 a 2009 25,0 24,0 23,0 22,0 21,0 20,0 19,0 2006 2007 2008 2009 24,5 21,5 22,9 24,2 Fonte: TabWin/Datasus/SIH/SUS e IBGE (População) *Número de internação (paciente residente com 60 ou mais anos) por fratura de fêmur (CID-10 S72) por 10.000 hab. na mesma faixa etária 6 PT nº 325 GM/MS, de 21 de fevereiro de 2008. 38 Taxa* MG INDICADORES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE A Atenção Primária à Saúde (APS) vem demonstrando ser um elementochave na constituição do SUS, com capacidade de influir nos indicadores de saúde e, nos últimos anos, várias evidências indicam que um sistema de saúde baseado na APS alcança melhores resultados à saúde das populações. Para este documento optou-se pela utilização de alguns indicadores que identificam a situação atual da APS nos estados, tais como a cobertura do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs), da Estratégia de Saúde da Família (ESF/PSF) e das Equipes de Saúde Bucal (ESB), a média mensal de visitas domiciliares pelos agentes comunitários de saúde (ACS), a cobertura vacinal, o aleitamento materno, a mortalidade materna e a mortalidade infantil por diarreia, a desnutrição, a hospitalização por pneumonia e por condições sensíveis à APS, hipertensão e diabetes e a coleta de preventivo de colo de útero, conforme demonstrado a seguir. É importante ressaltar que os dados aqui apresentados foram extraídos do Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab) e podem apresentar distorções em relação a outras bases de dados. 39 No período de 2006 a 2009, a cobertura da população pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs), no estado de Minas Gerais, teve uma redução de 4,0% (de 5,0% para 4,8%) e a cobertura pela Estratégia de Saúde da Família (ESF/PSF) apresentou uma queda de 2,7% (de 59,1% em 2006 para 57,5%, em 2009). Já a cobertura pelas Equipes de Saúde Bucal no estado apresentou um acréscimo de 27,0%. Na região Sudeste e do Brasil, observa-se, no Pacs, aumento de 4,5% na região e redução de 25,5% no Brasil; incremento da cobertura da ESF/ PSF na região e no Brasil (7,5% e 13%, respectivamente) e aumento da cobertura da ESB (34,1% na região e de 19,3% no Brasil). GRÁFICO 17 Percentual de Cobertura da População pelo Pacs, ESF/PSF e ESB. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2009 70,0 60,0 % 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 PACS PSF ESB PACS 2006 14,0 44,0 PSF ESB 2007 39,8 11,1 47,0 PSF ESB PACS 2008 40,9 10,5 48,9 PSF ESB 2009 39,1 10,5 49,9 47,5 Brasil 6,6 33,2 21,7 6,0 34,5 23,3 6,2 35,3 23,3 6,9 35,7 29,1 Região Sudeste 5,0 59,1 39,9 5,3 59,0 42,1 4,6 56,7 41,7 4,8 57,5 50,7 Minas Gerais Fonte: Siab/SUS/Datasus/MS. Cadernos de Informação em Saúde. Situação da base de dados nacional em 22/02/10. 40 PACS MG Observa-se que a média mensal de visitas domiciliares pelos ACS e ESF/PSF no estado de Minas Gerais, no período de 2006 a 2009, oscilou de 0,08 para 0,07, mantendo médias similares às verificadas na região Sudeste e no país (0,07 e 0,08, respectivamente), todas muito abaixo do recomendado pela Política Nacional da Atenção Básica, de 1 visita por família ao mês por ACS. Possivelmente haja problemas de registro dessas visitas no Siab. GRÁFICO 18 Média Mensal de Visitas por Família* Realizadas pelo Pacs e ESF/PSF. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2009 0,10 0,09 0,08 0,07 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01 0,00 PACS PSF Total PACS 2006 PSF Total PACS 2007 PSF Total PACS 2008 PSF Total 2009 0,09 0,09 0,09 0,08 0,09 0,09 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 Brasil 0,08 0,09 0,09 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,07 0,08 0,08 Região Sudeste 0,08 0,09 0,09 0,08 0,09 0,09 0,09 0,08 0,09 0,07 0,08 0,08 Minas Gerais Fonte: Siab. Situação da base de dados nacional em 22/02/10. *Como numeradores e denominadores, foi utilizada a média mensal dos mesmos. 41 Em relação à vacinação, de acordo com o Sistema de Informação da Atenção Básica – Siab, vacina em dia significa que a criança tenha recebido as doses das vacinas previstas para sua idade segundo o esquema básico de vacinação. No período de 2006 a 2009, a cobertura de vacinação básica oscilou entre 112,8% a 100,7% no estado. Na região Sudeste, variou de 103,1% para 98,3%, e no país, de 95,1% para 95,4%. Minas Gerais, a região Sudeste e o país encontram-se acima do percentual de cobertura mínimo recomendado pelo Programa Nacional de Imunização – PNI, que é de 95,0%. GRÁFICO 19 Percentual de Crianças com Esquema Vacinal Básico em Dia, por Estratégia. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2009 120,0 100,0 % 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 PACS PSF Outros Total PACS PSF 2006 Outros Total Outros Total PACS PSF 2008 Outros Total 2009 91,1 96,1 89,5 95,1 91,0 96,3 92,4 95,3 93,4 96,4 0,0 95,9 93,5 95,8 0,0 95,4 Brasil 97,1 104,1 91,6 103,1 89,3 101,9 92,1 100,2 97,6 100,9 0,0 100,5 97,1 98,4 0,0 98,3 Região Sudeste 97,8 113,9 94,0 112,8 97,4 108,7 96,8 108,0 97,1 106,6 0,0 105,9 96,7 101,0 0,0 100,7 Minas Gerais Fonte: Siab/SUS/Datasus/MS. Cadernos de Informação em Saúde. Situação da base de dados nacional em 22/02/10. 42 PACS PSF 2007 MG Quanto ao aleitamento materno, é importante considerar que “aleitamento materno exclusivo” ocorre com crianças alimentadas apenas com leite materno, sem adição de água, chás ou sucos. Observa-se que, no período de 2006 a 2009, houve um incremento de 4,64% em aleitamento materno exclusivo em Minas Gerais, enquanto que o incremento na região foi de 2,6% e, no país, de 2,0%. O percentual de aleitamento exclusivo foi maior nas áreas de atuação da ESF/PSF. É importante verificar, durante o monitoramento e avaliação realizados pelas SES, se realmente não há complementação com outros alimentos. GRÁFICO 20 Percentual de Crianças com Aleitamento Materno Exclusivo, por Estratégia. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2009 90,0 80,0 70,0 % 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 PACS PSF Outros Total PACS 2006 PSF Outros Total PACS 2007 PSF Outros Total PACS PSF 2008 Outros Total 2009 72,6 71,9 75,9 72,0 73,5 73,0 77,5 73,1 74,4 73,8 0,0 73,9 74,3 73,5 0,0 73,6 Brasil 74,8 75,6 80,5 75,5 75,6 78,0 80,3 77,7 75,9 79,2 0,0 78,8 75,3 77,8 0,0 77,5 Região Sudeste 75,1 75,3 76,5 75,3 76,3 80,3 63,2 80,0 75,8 82,6 0,0 82,2 75,8 78,9 0,0 78,8 Minas Gerais Fonte: Siab/SUS/Datasus/MS. Cadernos de Informação em Saúde. 43 A taxa de mortalidade materna no Brasil ainda é muito alta e preocupante, e uma das causas é a baixa qualidade de consultas de pré-natal. No estado de Minas Gerais, o percentual de cobertura de consultas de prénatal no período de 2006 a 2009 apresentou um incremento de 3,3%, superior ao incremento revelado pela região Sudeste (2,8%) e pelo país (2,0%). Ressalta-se que o incremento foi ligeiramente maior na população coberta pela ESF/PSF. GRÁFICO 21 Percentual de Cobertura de Consultas de Pré-Natal, por Estratégia. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2009 100,0 90,0 80,0 % 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 PACS PSF Outros Total PACS 2006 PSF Outros Total PSF Outros Total PACS 2008 PSF Outros Total 2009 84,3 91,2 90,2 90,0 85,9 92,0 90,3 91,1 87,3 92,6 0,0 91,8 88,4 93,3 0,0 92,6 Brasil 93,7 94,1 92,1 94,0 94,5 95,0 91,3 94,9 95,2 95,5 0,0 95,5 95,3 96,0 0,0 95,9 Região Sudeste 91,8 92,4 88,2 92,4 93,2 94,1 84,0 94,1 93,7 94,8 0,0 94,7 93,2 95,6 0,0 95,5 Minas Gerais Fonte: Siab/SUS/Datasus/MS. Cadernos de Informação em Saúde. 44 PACS 2007 MG A taxa de mortalidade infantil por diarreia em Minas Gerais, na população coberta pelo Pacs e ESF/PSF, apresentou uma redução de 36,0% no período de 2006 a 2008 (de 0,25 para 0,16 por 1.000 nascidos vivos). No mesmo período, as taxas da região Sudeste e do país apresentaram redução de 50,0% e 40,0%, respectivamente. GRÁFICO 22 Taxa de Mortalidade Infantil por Diarreia, por 1.000 Nascidos Vivos. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2008* 0,60 TAXA / 1.000 N.V. 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 - 2006 2007 2008* 0,55 0,39 0,33 Brasil 0,22 0,14 0,11 Região Sudeste 0,25 0,16 0,16 Minas Gerais FONTE: MS/SVS, segundo metodologia Ripsa. *2008: Dados preliminares. 45 A prevalência de desnutrição em Minas Gerais, no período de 2006 a 2009, apresentou redução de 52,7%, inferior à apresentada pela região Sudeste (52,3%) e superior à encontrada no Brasil (48,5%). GRÁFICO 23 Prevalência de Desnutrição em Menores de 2 Anos* Acompanhados pelas Equipes, segundo Estratégia. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2009 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 PACS PSF Outros Total PACS 2006 PSF Outros Total PSF Outros Total PACS 2008 PSF Outros Total 2009 3,3 3,5 3,6 3,5 2,6 2,8 3,4 2,8 2,0 2,3 0,0 2,2 1,7 1,9 0,0 1,8 Brasil 1,3 2,2 2,9 2,1 1,1 1,7 3,3 1,6 0,9 1,4 0,0 1,4 0,7 1,0 0,0 1,0 Região Sudeste 2,4 3,6 2,7 3,6 2,2 2,9 1,5 2,9 1,8 2,3 0,0 2,3 1,3 1,7 0,0 1,7 Minas Gerais Fonte: Siab/SUS/Datasus/MS. Cadernos de Informação em Saúde. *Em menores de 2 anos, por 100. 46 PACS 2007 MG A taxa de hospitalização por pneumonia em crianças menores de 5 anos em Minas Gerais apresentou redução de 44,8% no período de 2006 a 2009 (de 24,3% para 13,4%). A região Sudeste e o Brasil também apresentaram redução, entretanto, há discrepâncias nas informações, sendo necessário melhorar a coleta dos dados e aprofundar a análise. Convém ressaltar que não há registros do tipo de pneumonia. GRÁFICO 24 TAXA DE HOSPITALIZAÇÃO POR PNEUMONIA EM MENORES DE 5 ANOS ACOMPANHADOS NA ATENÇÃO BÁSICA, SEGUNDO ESTRATÉGIA. BRASIL, região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 A 2009 2.500,0 Taxa/1.000<5 Anos 2.000,0 1.500,0 1.000,0 500,0 0,0 PACS PSF Outros Total PACS 2006 PSF Outros Total PACS 2007 15,5 99,3 17,8 82,4 13,5 18,4 11,0 17,6 16,1 25,0 6,6 24,3 PSF Outros Total PACS 2008 PSF Outros Total 2009 287,0 216,0 329,1 12,6 34,4 0,0 30,8 11,6 13,2 0,0 12,9 Brasil 2.223,7 782,3 148,6 972,9 12,1 12,9 0,0 12,8 10,6 12,2 0,0 11,9 Região Sudeste 0,0 18,6 9,8 14,9 0,0 14,6 9,1 13,7 0,0 13,4 Minas Gerais 535,1 14,7 18,9 Fonte: Siab/SUS/Datasus/MS. Cadernos de Informação em Saúde. OBS: Em menores de 5 anos, por 1.000; menores de 5 anos na situação do final do ano. 47 No período de 2006 a 2009, a taxa de hospitalização por desidratação no estado de Minas Gerais apresentou uma redução de 60,78%. Na região, o decréscimo foi de 54,8%, e no país, a informações apresentam discrepâncias, sendo necessário melhorar o registro desses dados. GRÁFICO 25 TAXA DE HOSPITALIZAÇÃO POR DESIDRATAÇÃO EM MENORES DE 5 ANOS ACOMPANHADOS nA ATENÇÃO BÁSICA, SEGUNDA ESTRATÉGIA. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2009 250,0 Taxa/1.000<5 Anos 200,0 150,0 100,0 50,0 0,0 PACS PSF Outros Total PACS 2006 PSF Outros Total PACS PSF 2007 PACS PSF Outros Total 2009 11,1 10,8 7,2 10,8 8,1 13,2 183,5 12,4 205,8 6,2 0,0 38,5 5,3 5,2 0,0 5,2 Brasil 5,4 6,4 2,2 6,2 8,0 5,5 15,5 5,8 3,0 3,5 0,0 3,4 2,7 2,9 0,0 2,8 Região Sudeste 7,1 10,5 0,0 10,2 5,7 10,5 0,0 10,2 3,7 5,4 0,0 5,2 3,8 4,0 0,0 4,0 Minas Gerais Fonte: Siab/SUS/Datasus/MS. Cadernos de Informação em Saúde. OBS: Em menores de 5 anos, por 1.000; menores de 5 anos na situação do final do ano. 48 Outros Total 2008 MG Internações hospitalares sensíveis à Atenção Primária à Saúde são resultado de um conjunto de condições que, quando devidamente tratadas pela APS, não deveriam exigir hospitalização. Em Minas Gerais, no período de 2006 a 2009, observa-se uma redução de 18,7% das internações por condições sensíveis à APS, redução superior à observada na região Sudeste (14,8%) e no Brasil (13,0%). GRÁFICO 26 Taxa de Internação por Condições Sensíveis à Atenção Primária, por 1.000 Habitantes por Ano. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2009 17,00 Taxa/ 1.000 Hab. 15,00 13,00 11,00 9,00 7,00 5,00 2006 2007 2008 2009 14,99 14,32 12,78 13,04 Brasil 11,93 11,43 10,00 10,16 Região Sudeste 15,82 14,57 13,23 12,85 Minas Gerais Fonte: Internação por ICSAP: TabWin/SIH/SUS. População: TabNet/Datasus/Estimativa populacional - IBGE. 49 A hipertensão e o diabetes situamse no rol das principais condições crônicas que afetam a população, independentemente dos estágios de desenvolvimento econômicosocial em que se encontra. Face ao seu impacto social e econômico, tanto em termos de produtividade quanto de custos envolvidos no controle e no tratamento de suas complicações, tais patologias vêm sendo tratadas como problema de saúde pública no país. Nesse contexto, foram incluídas na pactuação de prioridades, objetivos, metas e indicadores do Pacto pela Saúde, nas dimensões pela vida e de gestão. 50 MG A cobertura dos portadores de hipertensão arterial e de diabetes cadastrados no Sistema Hiperdia, em relação à prevalência autorreferida apresentada no Vigitel, no período de 2006 a 2009, no estado de Minas Gerais, foi a seguinte: a cobertura referente à hipertensão apresentou um incremento de 17,5%, e a cobertura do diabetes, aumento de 5,1%. Na região Sudeste e no país, observase aumento da cobertura, tanto da hipertensão (10,2% e 16,9%, respectivamente), quanto do diabetes (16,5% na região e 18,1% no país). GRÁFICO 27 Cobertura de Portadores de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus Cadastrados no Sistema Hiperdia, em relação à Prevalência Autorreferida Apresentada no Vigitel. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2009 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 2006 16,5 14,6 21,6 2007 2008 Hipertensão 17,9 15,2 24,9 17,3 14,8 25,6 2009 19,3 16,1 25,4 2006 24,2 23,0 40,8 2007 2008 Diabetes 26,2 25,3 35,1 27,0 24,7 36,6 2009 28,6 26,8 42,9 Brasil Região Sudeste Minas Gerais Fonte: Coordenação Nacional Hipertensão e Diabetes/DAB/MS. 51 A realização do exame preventivo do câncer do colo de útero (conhecido como exame de Papanicolau) se constitui na principal estratégia utilizada para detecção precoce da doença (prevenção secundária), e a sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer cervicouterino na população de risco. A pactuação de prioridades, objetivos, metas e indicadores do Pacto pela Saúde, nas dimensões pela vida e de gestão, estabeleceu, para os anos de 2008 e 2009, uma cobertura de 80% nas mulheres da faixa etária de 25 a 59 anos, sendo que o incremento nesses anos ficou estabelecido em 30%. De acordo com o Sistema de Informações do Câncer de Colo de Útero – Siscolo, no estado de Minas Gerais, a cobertura de exames citopatológicos cervicovaginais na faixa etária de 25 a 59 anos, no período analisado, apresentou um incremento de 4,0%. A região Sudeste apresentou um incremento de 5,0% e o país, um incremento de 4,7%, sendo que, na região, no período de 2008 a 2009, observa-se uma redução de 4,5%. GRÁFICO 28 RAZÃO DE EXAMES CITOPATOLÓGICOs NA FAIXA ETÁRIA DE 25 A 59 ANOS EM RELAÇÃO A POPULAÇÃO-ALVO. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2009 0,27 0,25 0,23 0,21 0,19 0,17 0,15 2006 2007 2008 2009 0,21 0,21 0,21 0,22 0,20 0,20 0,22 0,21 Região Sudeste 0,25 0,26 0,26 0,26 Minas Gerais Fonte: Sistema de Informações do Câncer de Colo de Útero (Siscolo) e Estimativas populacionais IBGE. 52 Brasil MG INDICADORES DE VIGILÂNCIA À SAÚDE A vigilância em saúde é caracterizada como um conjunto articulado de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, sob a ótica da integralidade do cuidado, o que inclui tanto a abordagem individual quanto a coletiva dos problemas de saúde. Apesar da Vigilância em Saúde envolver em sua área de atuação também as ações de Vigilância Sanitária, Vigilância da Situação de Saúde, Vigilância Ambiental em Saúde e Vigilância à Saúde do Trabalhador, optou-se por destacar neste documento alguns indicadores mais relevantes para a Vigilância Epidemiológica, especialmente em relação a algumas doenças transmissíveis. Foram também inseridos 2 importantes indicadores pactuados entre as esferas de gestão: a cobertura da vacinação pela vacina tetravalente (utilizada como um proxy que indica o desempenho de todo o Programa de Imunizações em relação às vacinas do calendário básico) e a proporção de encerramento oportuno da investigação das doenças de notificação compulsória, indicador de desempenho das ações de Vigilância Epidemiológica. 53 No Gráfico 29 observa-se, tanto em Minas Gerais como no Brasil, um crescimento das taxas de detecção de casos novos de Aids por 100.000 habitantes de 2001 a 2002, seguido de declínio até 2006 e estabilização até 2008. Na região Sudeste o comportamento é semelhante, porém a estabilização só ocorre de 2007 a 2008. O estado apresenta taxas inferiores às do país e estas menores que as da região em todo o período. Em 2008 a taxa de detecção de casos novos de Aids no estado foi de 13,1 casos por 100.000 habitantes, na região a taxa foi de 19,2 e no Brasil, 18,2 por 100.000 habitantes. GRÁFICO 29 Taxa de Detecção de Casos Novos de Aids Notificados no SinaN, Declarados no SIM e Registrados no Siscel/Siclom, por 100.000 Habitantes. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 1999 a 2008 30,00 Taxa/100.000 Hab 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 - 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 16,90 17,80 18,20 21,40 21,00 20,30 19,30 18,10 17,90 18,20 Brasil 24,60 24,60 24,40 28,30 27,10 25,70 23,90 21,50 19,20 19,20 Região Sudeste 10,40 9,90 11,40 15,80 15,20 14,90 14,40 13,20 13,10 13,10 Minas Gerais Fonte: MS/SVS Boletim Epidemiológico Aids 2009 - Ano VI. 54 MG A avaliação da taxa de detecção de casos novos de Aids por 100.000 habitantes na população menor de 5 anos é um importante indicador das ações de prevenção da transmissão vertical da Aids. Observa-se no Gráfico 30 que, tanto em Minas Gerais como na região Sudeste e no Brasil, as taxas apresentam-se estáveis até 2000, aumentam em 2002 e a seguir mostram tendência de queda, que se mantém na região e no país até 2006 e no estado até 2005. A seguir se vê discreto aumento das taxas da região e país em 2007 e 2008, enquanto no estado ocorre discreto aumento em 2006 e queda em 2007 e 2008. Minas Gerais apresenta taxas sempre menores que as do país e da região. Já as taxas da região Sudeste são superiores às do Brasil até 2005, mantendo-se desde 2006 muito próximas. Em 2008 a taxa de detecção de Aids em menores de 5 anos foi de 1,6 por 100.000 habitantes em Minas Gerais, 3,6 por 100.000 na região Sudeste e de 3,8 por 100.000 habitantes desta faixa de idade no Brasil. GRÁFICO 30 TAXA DE DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE AIDS EM MENORES DE 5 ANOS NOTIFICADOS NO SINAN, DECLARADOS NO SIM E REGISTRADOS NO SISCEL/SICLOM, POR 100.000 HABITANTES. BRASIL, REGIÃO SUDESTE E MINAS GERAIS, 1999 A 2008 9,00 Taxa / 100.000 Hab. 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 - 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 5,40 5,40 5,40 8,10 8,20 7,20 3,20 3,20 2,90 2006 2007 2008 6,20 5,10 4,00 4,00 3,30 3,50 3,80 Brasil 8,10 6,40 4,80 4,70 3,30 3,30 3,60 Região Sudeste 4,90 3,70 2,60 2,00 2,30 2,00 1,60 Minas Gerais Fonte: MS/SVS Boletim Epidemiológico Aids 2009 - Ano VI. 55 O coeficiente de Incidência de sífilis congênita em menores de 1 ano de idade por 1.000 nascidos vivos é um indicador importante das ações de prevenção da sífilis congênita e da qualidade do pré-natal. No Brasil, porém, este indicador deve ser avaliado com cuidado extremo, pois existe uma histórica subnotificação de casos desta doença. Muitas vezes um aumento deste coeficiente evidencia uma vigilância epidemiológica mais ativa e taxas muito baixas problemas nesta vigilância. 56 MG No Gráfico 31 observa-se uma tendência de elevação da taxa no país até 2006, seguida de queda discreta em 2007 e estabilização em 2008. Na região ocorre crescimento importante em 2000, queda discreta em 2001, pequeno aumento em 2003, estabilidade até 2005 e, desde então, pequena diminuição. Já Minas Gerais, apesar de apresentar em todo o período taxas bem menores que as do Brasil e da região Sudeste, apresenta tendência de crescimento quase constante. Em 2008 o coeficiente de incidência de sífilis congênita diagnosticada no 1º ano de vida no estado foi de 0,8 por 1.000 nascidos vivos, enquanto na região e no país esta taxa foi de 1,9 por 1.000 nascidos vivos, para ambos. GRÁFICO 31 Coeficiente de Incidência de Sífilis Congênita em Menores de 1 Ano de Idade, por 1.000 Nascidos Vivos. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 1999 a 2008 Coeficiente / 1.000 N.v. 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 - 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 1,00 1,40 1,40 1,50 1,80 1,70 1,90 2,00 1,90 1,90 Brasil 1,30 2,10 2,00 2,00 2,20 2,20 2,20 2,10 2,00 1,90 Região Sudeste 0,10 0,10 0,30 0,20 0,50 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 Minas Gerais Fonte: MS/SVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan. 57 No Gráfico 32 observa-se que, após uma redução em 2001 (mais importante em Minas Gerais) e elevação em 2002 (mais discreta na região Sudeste e no Brasil), ocorre uma tendência de diminuição das taxas de detecção de casos novos de tuberculose no estado, região e país. Minas Gerais apresenta em todo o período taxas bem menores que as do Brasil e estas são um pouco menores que as da região Sudeste. A taxa de detecção de casos novos de tuberculose no estado de Minas Gerais em 2009 foi de 20,91 por 100.000 habitantes, enquanto a região Sudeste apresentou neste ano taxa de 39,81 e o Brasil, 37,41 por 100.000 habitantes. GRÁFICO 32 Taxa de Detecção de Casos Novos de Tuberculose, por 100.000 Habitantes. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2000 a 2009 60,00 Taxa / 100.000 Hab. 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 - 2000 2001 2002 2003 2004 2006 2007 2008 2009 47,81 42,81 44,37 44,44 43,38 41,52 38,87 38,10 36,81 37,41 Brasil 55,11 44,42 48,71 47,28 45,52 42,71 41,48 40,60 39,77 39,81 Região Sudeste 34,78 6,55 27,42 27,77 27,66 26,22 24,16 23,98 22,29 20,91 Minas Gerais Fonte: MS/SVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan. 58 2005 MG Em relação ao controle da tuberculose, é muito importante a avaliação da situação de encerramento dos casos (Gráfico 33), verificando especialmente o percentual de casos curados, sendo preconizado pela Organização Mundial de Saúde um percentual de cura de ao menos 85%. Observa-se que esta meta não foi alcançada, tanto no Brasil (58,69%), como na região Sudeste (56,59%) e em Minas Gerais (63,26%), tendo o estado apresentado melhor desempenho em relação às médias regional e nacional. GRÁFICO 33 Situação de Encerramento (%) dos Casos de Tuberculose Confirmados, Notificados no SinaN. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2008 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 Ign/Branco Cura Abandono Óbito porTB Óbito outras causas Transferência TB Multirresistente 18,18 58,69 9,22 3,02 3,60 7,08 0,21 Brasil 23,39 56,59 9,06 2,93 4,12 3,78 0,12 Região Sudeste 10,41 63,26 9,15 3,40 6,26 7,34 0,18 Minas Gerais Fonte: MS/SVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan. 59 Avaliando a evolução da taxa de detecção de casos novos de hanseníase por 100.000 habitantes, observa-se no Gráfico 34 uma tendência no país de discreto aumento das mesmas de 2000 a 2003, e diminuição das taxas a partir deste ano. Na região Sudeste e em Minas Gerais ocorre discreta diminuição das taxas em 2001, e aumento em 2002, seguido de queda significativa até 2009. As taxas do estado são sempre pouco maiores que as da região e bem menores que as do país em todo o período analisado. Em 2009 a taxa de detecção do estado de Minas Gerais foi de 9,39 casos novos por 100.000 habitantes, na região Sudeste esta taxa foi de 8,42, enquanto no Brasil a taxa foi de 19,64 por 100.000 habitantes. GRÁFICO 34 Taxa de Detecção de Casos Novos de Hanseníase por 100.000 Habitantes. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2000 a 2009 35,00 Taxa / 100.000 Hab. 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 25,44 26,61 28,33 29,37 28,24 26,86 23,37 21,19 20,59 19,64 14,40 14,06 15,32 15,14 13,84 12,60 10,53 9,76 8,78 8,42 Região Sudeste 16,69 15,35 18,44 18,10 16,93 15,63 13,12 11,22 9,69 9,39 Minas Gerais Fonte: MS/SVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan. 60 Brasil MG O Ministério da Saúde vem utilizando a taxa de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos como o principal indicador de monitoramento do comportamento da doença no Brasil, uma vez que este expressa a força de transmissão recente e a tendência da endemia. Observa-se no Gráfico 35 que o Brasil apresenta diminuição das taxas de 1998 a 2000, crescimento de 2001 a 2003 e, desde então, tendência de diminuição deste indicador. Na região Sudeste ocorre certa estabilidade das taxas até 2004, diminuição a partir deste ano até 2008 e voltando a se estabilizar em 2009. Em Minas Gerais a tendência é de discreto aumento até 2004, seguida de diminuição importante até 2008 e estabilização em 2009. O estado apresenta taxas sempre próximas às da região (um pouco maiores de 2002 a 2005) e bem inferiores às do país. Em 2009 a taxa observada em Minas Gerais foi de 1,73 por 100.000 habitantes desta faixa etária, enquanto na região a taxa foi de 1,94 e no país, 5,43 por 100.000. GRÁFICO 35 Taxa de Detecção de Hanseníase em Menores de 15 Anos por 100.000 Habitantes. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 1998 a 2009 9,00 Taxa / 100.000 Hab. 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 - 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 7,86 7,30 6,72 6,96 7,47 7,98 7,68 7,34 6,22 6,07 5,89 5,43 Brasil 2,80 2,97 2,71 2,78 2,98 3,17 3,11 2,75 2,20 2,22 1,93 1,94 Região Sudeste 3,06 2,97 3,27 2,88 3,48 3,72 4,13 3,26 2,42 2,26 1,61 1,73 Minas Gerais Fonte: MS/SVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan. 61 Avaliando o coeficiente de incidência de doença meningocócica no Brasil, de 2000 a 2007, observamos que a tendência é declinante, com estabilização do indicador em 2008 e 2009. Minas Gerais apresenta aumento das taxas em 2001 e, a seguir, uma tendência de diminuição das taxas até 2007 e estabilização até 2009. Neste ano o coeficiente de incidência de doença meningocócica no Brasil foi de 1,36 e, em Minas Gerais, 0,80 caso por 100.000 habitantes. GRÁFICO 36 Taxa de Incidência de Doença Meningocócica por 100.000 Habitantes. Brasil e MINAS GERAIS, 2000 a 2009 3,00 Taxa / 100.000 Hab. 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2,52 2,42 2,16 1,91 2,06 1,82 1,64 1,31 1,40 1,36 Brasil 0,49 1,23 1,19 0,93 1,02 0,85 0,90 0,76 0,80 0,80 Minas Gerais Fonte: MS/SVS - Nota Técnica “Doença Meningocócica no Brasil” - 15/03/2010. *2009: Dados preliminares. 62 MG A vigilância epidemiológica das hepatites virais no Brasil utiliza o sistema universal e passivo, baseado na notificação de casos suspeitos. O número de notificações não reflete a real incidência da infecção, pois a grande maioria dos acometidos apresenta formas assintomáticas ou oligossintomáticas, sendo dificilmente captados. Estados e municípios estão em diferentes estágios de implantação da vigilância destas hepatites, refletindo diferentes níveis de sensibilidade e de capacitação das equipes. Portanto as comparações de tendências e taxas de incidência ou de detecção de casos novos das hepatites em diferentes regiões e estados devem ser feitas com cautela. 63 O coeficiente de incidência de casos confirmados de hepatite A por 100.000 habitantes apresenta no Brasil uma tendência de elevação significativa de 2000 a 2005, seguida de diminuição até 2009. Na região Sudeste a tendência de elevação das taxas se mantém até 2006, seguida de declínio até 2009. As taxas da região são bem menores que as do país em todo o período. O estado apresenta, a partir de 2002, taxas maiores que as da região e quase sempre menores que as do país, exceto em 2007, quando é um pouco maior. Em 2009 o coeficiente de incidência de casos confirmados de hepatite A em Minas Gerais foi de 3,73 por 100.000 habitantes, na região esta taxa foi de 1,72 por 100.000 e, no Brasil, 5,42 por 100.000 habitantes. GRÁFICO 37 Coeficiente de Incidência de Casos Confirmados de Hepatite A, por 100.000 Habitantes. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2000 a 2009 14,00 Coeficiente / 100.000 Hab. 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 1,98 4,22 5,46 6,79 9,91 11,93 9,29 7,04 5,71 5,42 0,58 1,19 1,78 2,27 2,99 4,08 4,40 3,90 2,46 1,72 Região Sudeste 0,15 1,50 3,66 4,37 6,82 6,90 8,52 7,74 5,60 3,73 Minas Gerais Fonte: MS/SVS/Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais 2010. *2009: Dados preliminares. 64 Brasil MG Avaliando a série histórica da taxa de detecção de casos novos de hepatite B (Gráfico 38), observa-se uma tendência de crescimento importante da taxa de detecção no Brasil de 2000 a 2005, estabilização até 2007 e novo aumento em 2008 e 2009. A região Sudeste apresenta crescimento das taxas em todo o período, sendo este mais importante de 2001 a 2004. Já em Minas Gerais ocorre um aumento significativo de 2001 a 2006, discreta queda até 2008 e novo aumento em 2009. Em todo o período as taxas do estado são bem menores que as da região e estas também são inferiores às do país. Em 2009, Minas Gerais apresentou taxa de detecção de 4,58 casos novos confirmados de hepatite B por 100.000 habitantes, a região Sudeste, 7,11, e o Brasil, 7,63 por 100.000. GRÁFICO 38 Taxa de Detecção de Casos Novos Confirmados de Hepatite B, por 100.000 Habitantes. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2000 a 2009 9,00 Taxa/ 100.000 Hab. 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 0,70 1,39 3,53 5,08 5,94 6,84 6,88 6,74 7,06 7,63 Brasil 0,26 0,67 2,40 3,96 5,29 5,67 5,93 6,04 6,66 7,11 Região Sudeste 0,02 0,20 1,43 2,30 2,56 3,32 4,15 3,81 3,71 4,58 Minas Gerais Fonte: MS/SVS/Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais 2010. *2009: Dados preliminares. 65 No Gráfico 39 pode-se avaliar a evolução da detecção de casos novos de hepatite C por 100.000 habitantes em Minas Gerais, na região Sudeste e no Brasil, cabendo lembrar que o acesso ao diagnóstico através de marcadores sorológicos para este tipo de hepatite é mais recente. No Brasil e na região Sudeste a taxa de detecção começa a se elevar de forma significativa já a partir de 2000 até 2007, com discreta queda de 2007 a 2009. Em Minas Gerais as taxas se mantêm muito baixas até 2003, apresentando tendência de crescimento até 2007; queda discreta em 2008 e novo aumento em 2009. Em todo o período as taxas do estado são menores que as do país; e as da região, bem superiores a estas. Em 2009 a taxa de detecção de casos novos confirmados de hepatite C em Minas Gerais foi de 2,33 casos por 100.000, na região Sudeste foi de 8,18 e no Brasil, 5,09 por 100.000 habitantes. GRÁFICO 39 Taxa de Detecção de Casos Novos Confirmados de Hepatite C, por 100.000 Habitantes. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2000 a 2009 9,00 Taxa/ 100.000 Hab. 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2007 2008 2009* 0,18 0,35 1,08 2,15 3,83 4,54 4,87 5,34 5,25 5,09 Brasil 0,22 0,47 1,80 3,54 6,51 7,62 8,21 8,53 8,26 8,18 Região Sudeste 0,04 0,03 0,20 0,34 0,86 1,68 1,71 2,25 1,65 2,33 Minas Gerais Fonte: MS/SVS/Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais 2010. *2009: Dados preliminares. 66 2006 MG A incidência de dengue apresenta oscilação importante, com aumento do coeficiente esporádico no período de 2000 a 2009, no Brasil, na região Sudeste e em Minas Gerais (Gráfico 40). O Brasil apresenta uma circulação viral elevada (taxas acima de 300 casos por 100.000 habitantes) em 2002 e moderada (taxas acima de 100 e menores que 300 por 100.000 habitantes) na maioria dos anos avaliados, apresentando baixa circulação viral (taxas abaixo de 100 por 100.000) somente em 2004 e 2005. A região Sudeste apresentou taxas elevadas (acima de 300 casos por 100.000) em 2002 e 2008, médias de 2000, a 2002 e 2006 a 2009 e baixas de 2003 a 2005. 67 Em Minas Gerais foram registradas taxas moderadas (média circulação viral) de 2000 a 2002 e de 2006 a 2009 e baixas (baixa circulação viral) de 2003 a 2005. Estes dados demonstram que a questão do enfrentamento da dengue se apresenta como um desafio para o sistema de saúde, demais políticas públicas envolvidas e para a sociedade, tanto no estado como na região e no país. GRÁFICO 40 Coeficiente de Incidência de Dengue, por 100.000 Habitantes. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2000 a 2009 Coeficiente / 100.000 Hab. 600,00 500,00 400,00 300,00 200,00 100,00 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 144,40 221,90 399,70 158,90 40,50 81,90 143,20 251,00 292,84 205,55 Brasil 92,67 210,30 477,30 92,20 28,20 27,10 161,50 230,00 350,58 122,73 Região Sudeste 150,70 178,29 210,13 77,26 73,17 58,80 154,37 143,85 248,82 283,11 Minas Gerais Fonte: Planilha Simplificada SESs/UF; Sinan (a partir de 2001). Dados atualizados em 16/03/2010. 68 MG Conforme já foi observado, a proporção de notificações com encerramento oportuno da investigação é um importante indicador para a avaliação do desempenho das ações de vigilância epidemiológica. Cabe destacar, porém, que eventuais problemas operacionais do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) podem impactar negativamente neste indicador. Observa-se no Gráfico 41 que o Brasil apresentava em 2000 e 2001 percentuais próximos ao recomendado (85%), apresentando em 2002 queda importante, que desde então vem se recuperando gradativamente. Em Minas Gerais o comportamento é semelhante, partindo porém de nível inferior em 2000. Desde 2002 o estado apresenta desempenho um pouco superior à média do país. Em 2009, 82,9% das doenças de notificação compulsória informadas ao Sinan em Minas Gerais tiveram sua investigação encerrada em tempo oportuno. No Brasil, este percentual foi de 79,9%. GRÁFICO 41 Proporção de notificações com encerramento oportuno da investigação. Brasil e MINAS GERAIS, 2000 a 2009 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 84,50 86,20 48,70 67,60 71,70 73,30 75,70 72,60 75,30 79,90 Brasil 82,90 Minas Gerais 66,10 81,60 55,70 70,70 76,40 79,30 82,00 82,00 80,90 Fonte: MS/SVS Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan. 69 Na avaliação da cobertura vacinal pela vacina tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e infecções pelo Haemophilus influenzae B), verifica-se no Gráfico 42 que o Brasil, a região Sudeste e Minas Gerais apresentaram excelentes coberturas em todo o período avaliado (2003 a 2009). Chamam a atenção as coberturas em alguns anos superior a 100% (chegando até a 108,35%), situação que deve ser avaliada com maior detalhe, podendo indicar subenumeração do denominador (população menor de 1 ano), eventuais problemas de registro das informações de doses aplicadas ou a vacinação de um grande número de crianças de outros estados. GRÁFICO 42 Cobertura (%) da Vacina Tetravalente* em Menores de 1 Ano (3 Doses). Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2003 a 2009 110,00 105,00 100,00 95,00 90,00 85,00 80,00 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 102,42 102,41 102,82 103,49 103,25 98,20 99,30 Brasil 99,08 101,06 101,04 100,59 99,67 95,74 98,08 Região Sudeste 100,26 103,72 106,00 106,14 105,86 100,61 102,41 Fonte: API/CGPNI/DEVEP/SVS/MS. *Incluída a cobertura das vacinas pentavalente e hexavalente. 70 Minas Gerais MG INDICADORES DE FINANCIAMENTO FEDERAL O financiamento tem se constituído numa preocupação permanente dos gestores e de todos os envolvidos diretamente com a construção do sistema de saúde, tornando-se tema constante em todas as discussões das instâncias gestoras. Garantir a universalidade e a integralidade diante de um cenário de restrições orçamentárias e financeiras e alocar recursos de forma equânime num país de tantas desigualdades sociais e regionais têm se transformado num grande desafio para os gestores. Para este documento optou-se pela demonstração do financiamento federal, sendo que as informações a seguir correspondem aos recursos financeiros repassados aos estados e municípios agregados pelos blocos de financiamento, o detalhamento do teto MAC para a Unidade Federada e quanto deste teto MAC está definido para a gestão estadual e municipal. As informações referentes aos blocos de financiamento correspondem aos recursos financeiros federais repassados aos estados e municípios para o custeio da atenção básica, da média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar (MAC), incluindo das ações estratégicas (Faec7), da vigilância em saúde e da assistência farmacêutica. 7 Faec – compreende um conjunto selecionado de procedimentos financiado pelo Fundo de Ações Estratégicas e de Compensação. 71 Os recursos destinados a Minas Gerais no período de 2006 a 2009 – em valores nominais, representaram, para o bloco de Atenção Primária, um incremento de 55,29%; para o de Média e Alta Complexidade, 53,98%; para o de Vigilância em Saúde de 32,10%; e, para o de Assistência Farmacêutica, 66,73%. O maior incremento proporcional no período se deu no bloco de Assistência Farmacêutica. GRÁFICO 43 Evolução dos Recursos Federais Transferidos Fundo a Fundo, segundo Bloco de Financiamento Selecionado. MINAS GERAIS, 2006 a 2009 3.500.000.000,00 3.000.000.000,00 2.500.000.000,00 R$ 2.000.000.000,00 1.500.000.000,00 1.000.000.000,00 500.000.000,00 - 2006 655.563.295,50 1.920.815.363,66 110.054.216,61 157.828.812,66 2007 742.926.182,34 2.124.734.957,99 110.245.822,23 191.907.016,09 Fonte: MS/Sala de Situação em Saúde. Acesso em 15/11/10. 72 2008 823.461.872,80 2.568.071.739,54 133.509.430,52 245.174.208,54 2009 1.018.031.038,98 2.957.675.726,72 145.385.474,09 263.148.760,81 Atenção Básica Média e Alta Complexidade Vigilância em Saúde Assistência Farmacêutica MG O limite de recursos financeiros federais para o custeio do atendimento ambulatorial e hospitalar de média e alta complexidade – mais conhecido como Teto MAC – é definido por meio de Portarias Ministeriais, após processo de pactuação na Comissão Intergestores Tripartite – CIT. No estado de Minas Gerais esse limite anualizado, com base na competência janeiro de 2007, era de R$ 1.406.435.381,63. Em outubro de 2010, tal valor correspondia a R$ 2.571.527.596,06, representando um incremento percentual de 82,84%, quando comparados os dois períodos. Observando essa série, nota-se que no ano de 2007 ocorreu o maior incremento, 29,69%, e em 2009 o menor, 2,41%. Não estão incluídos nesses valores os recursos relativos ao custeio das ações financiadas pelo Fundo de Ações Estratégicas e de Compensação – Faec. TABELA 7 Evolução do Teto Financeiro Federal para Custeio da Média e Alta Complexidade no SUS, por Competência. MINAS GERAIS, janeiro de 2007 a outubro de 2010 Mês de Referência Limite Financeiro MAC - Anual 2007 2008 2009 2010 janeiro 1.406.435.381,63 1.836.741.253,59 2.315.885.087,61 2.381.206.799,22 fevereiro 1.406.514.581,63 1.836.872.490,73 2.315.885.087,61 2.393.206.799,22 março 1.406.514.581,63 1.836.872.490,73 2.315.885.087,61 2.434.848.815,19 abril 1.421.161.571,39 1.836.705.858,32 2.315.885.087,61 2.454.822.758,19 maio 1.421.406.234,82 1.836.785.058,32 2.315.885.087,61 2.447.622.758,19 junho 1.436.730.655,20 1.838.757.278,05 2.316.405.423,34 2.459.619.101,43 julho 1.441.061.453,21 1.840.138.574,05 2.319.494.367,34 2.460.046.905,50 agosto 1.479.857.356,03 2.230.487.266,40 2.320.996.302,08 2.525.264.171,26 setembro 1.782.390.132,09 1.949.188.452,62 2.322.825.119,59 2.619.527.596,06 outubro 1.799.196.922,24 1.949.188.452,62 2.323.683.089,79 2.571.527.596,06 novembro 1.823.940.550,81 2.090.500.758,46 2.348.633.241,55 dezembro 1.823.940.550,81 2.307.860.687,61 2.371.810.064,59 Variação % dez / jan 29,69 25,65 2,41 7,99 Fonte: MS/SAS/DRAC/PPI/SisMAC. Período jan. 2007 a out. de 2010. Relatório gerado em 26/10/2010. Última competência disponível, quando da elaboração deste estudo: out/2010. OBS: O Limite Financeiro de MAC contém os seguintes incentivos: Integrasus, Iapi, CEO, Samu, Cerest e HPP. Os recursos excepcionais estão embutidos no limite financeiro. 73 Detalhando esses limites financeiros, nota-se que, do total definido para o estado, 29,0% estão sob gestão estadual e 71,0%, municipal. Nesses valores destacam-se o Limite Financeiro Líquido – MAC, que corresponde a 91,1%, incentivos de CEO, 0,3%, e Samu, 1,0%, PCEP Estadual, 0,8%, e HU Federal, 6,8%. TABELA 8 Limites Financeiros Federais, segundo Gestão. MINAS GERAIS, 2010* Gestão Sub total sob Gestão Municipal Sub total sob Gestão Estadual Total Global do Estado Limite Financeiro Líquido - MAC (**) Incentivo CEO Incentivo Samu PCEP's Estadual HU Federal Limite Financeiro Bruto - MAC (***) 1.625.304.658,79 7.603.200,00 716.509.905,47 0,00 18.282.000,00 0,00 174.588.496,56 1.825.778.355,35 8.628.000,00 20.611.335,24 0,00 2.341.814.564,26 7.603.200,00 745.749.240,71 26.910.000,00 20.611.335,24 174.588.496,56 2.571.527.596,06 Fonte: MS/SAS/DRAC/PPI/SisMAC. * Valor anual. Posição em out//2010. ** Limite Financeiro Líquido - MAC é composto por: HPP, Iapi, Hospitais de Ensino Federais e Filantrópicos, Cerest, Integrasus, Fideps Contratualização e outros recursos MAC. Não inclusos CEO, Samu, PCEP’s Estadual e PCEP’s Federal. *** Limite Financeiro Bruto - MAC é a soma dos seguintes recursos: MAC-Líquido, CEO, Samu, PCEP’s Estadual e PCEP’s Federal. Observação: Protocolo de Cooperação entre Entes Públicos - PCEP é o instrumento que se destina à formalização da relação entre gestores do Sistema Único de Saúde quando unidades públicas de saúde, hospitalares e ambulatoriais especializadas, situadas no território de um município, estão sob gerência de determinada Unidade Federativa e gestão de outra. 74 MG INDICADORES DE gestÃO do sus A gestão do Sistema Único de Saúde deve ser construída de forma solidária e cooperada, com apoio mútuo expresso nos compromissos assumidos pelos gestores nos fóruns de negociação e pactuação. O Pacto de Gestão estabeleceu algumas diretrizes para a gestão do SUS e entre elas estão a descentralização e a regionalização, que têm sido constantemente monitoradas e avaliadas, tendo em vista a sua importância na organização dos sistemas estaduais de saúde. Para demonstrar a situação da gestão no estado mediante o que estabelece o Pacto de Gestão, foram escolhidos os seguintes indicadores de gestão: Adesão dos municípios ao Pacto pela Saúde, Colegiados de Gestão Regional implantados e Consórcios de Saúde organizados no estado (quando for o caso), além de dados referentes aos recursos humanos existentes no estado e o estágio atual da descentralização das ações de vigilância sanitária. 75 Minas Gerais aderiu ao Pacto pela Saúde em 2007 e, desde então, 798 municípios do estado também aderiram, o que representa 93,6% dos municípios, conforme assinalado no Mapa 2. MAPA 2 Municípios com Adesão ao Pacto pela Saúde. MINAS GERAIS, 2010 Fonte: Ministério da Saúde/Secretaria Executiva/DAGD. 2010. 76 MG Em relação aos Colegiados de Gestão Regional (CGR), observase que estão constituídos, em Minas Gerais, 76 Colegiados de Gestão Regional, abrangendo todos os 853 municípios do estado, conforme Mapa 3. MAPA 3 MINAS GERAIS – Colegiados de Gestão Regional Informados à CIT, 2010 Fonte: CGDPD/DAGD/SE/MS. 77 Os Consórcios de Saúde são um instrumento para gestão cooperada entre os entes federados e devem obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde. A figura 1 apresenta o número de consórcios constituídos em Minas Gerais, conforme tipo, número de municípios envolvidos e, percentual de municípios que os integram. FIGURA 1 Número de consórcios constituídos no MINAS GERAIS, conforme tipo, número de municípios envolvidos e, percentual de municípios que os integram Tipos de consórcios Número de Consórcios Público-público 03 Público-privado - Administrativo 62 Total 65 Número de municípios envolvidos % municípios que integram consórcios de saúde 679 79,6 679 79,6 Fonte: Ministério da Saúde/Secretaria Executiva/DAGD. 2010. 78 MG A escolha de indicadores de recursos humanos é extremamente difícil, dadas as especificidades das diferentes categorias profissionais, suas especialidades, tipo de atendimento a população, além das características demográficas e sociais. Seria interessante que o estado pudesse fazer também essa análise em suas diversas regiões. Os dados aqui apresentados constam dos Cadernos de Informação em Saúde, tendo por base o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES em abril de 2010, além de ser o dado disponível mais atual, permite um olhar comparativo com a região e o Brasil em um todo. Para entendimento dos indicadores utilizados, é importante ressaltar que, se um profissional tiver vínculo com mais de um estabelecimento, ele será contado tantas vezes quantos vínculos houver. 79 Em Minas Gerais a proporção de profissionais de saúde que atendem ao SUS é de aproximadamente 77% do total de trabalhadores de saúde do estado. Observa-se que a relação de profissionais de saúde que atendem ao SUS é de 10,9/1.000 habitantes, superior à relação encontrada na região Sudeste (10,8) e no Brasil (9,4). TABELA 9 Recursos Humanos (Vínculos), segundo Categorias Selecionadas. MINAS GERAIS, 2009 Categoria Médicos .. Anestesista .. Cirurgião Geral Atende ao SUS Total Prof SUS/1.000 hab Prof/1.000 hab 108.621 77.657 30.964 5,4 3,9 4.561 3.486 1.075 0,2 0,2 0,3 8.143 6.621 1.522 0,4 .. Clínico Geral 23.656 19.899 3.757 1,2 1,0 .. Gineco Obstetra 10.300 6.475 3.825 0,5 0,3 4.654 4.646 8 0,2 0,2 .. Pediatra 9.518 6.755 2.763 0,5 0,3 .. Psiquiatra 2.057 1.528 529 0,1 0,1 0,1 .. Médico de Família .. Radiologista 3.201 1.843 1.358 0,2 Cirurgião dentista 17.550 9.647 7.903 0,9 0,5 Enfermeiro 14.027 13.179 848 0,7 0,7 Fisioterapeuta 7.288 4.499 2.789 0,4 0,2 Fonoaudiólogo 2.447 1.636 811 0,1 0,1 Nutricionista 1.892 1.445 447 0,1 0,1 Farmacêutico 5.749 4.432 1.317 0,3 0,2 Assistente social 2.257 2.183 74 0,1 0,1 Psicólogo Auxiliar de Enfermagem Técnico de Enfermagem TOTAL 5.189 3.912 1.277 0,3 0,2 30.044 27.244 2.800 1,5 1,4 24.372 21.713 2.659 1,2 1,1 285.526 218.800 66.726 14,3 10,9 Fonte: SIAB/SUS/Datasus/MS. Cadernos de informação em Saúde. Situação da base de dados nacional (CNES) em 10/04/2010. 80 Não atende ao SUS MG Com o propósito de consolidar e ampliar a descentralização das ações de vigilância sanitária, foi estipulada para 2010 a meta de 70% de municípios do estado com pactuação de ações estratégicas de vigilância sanitária. O estado de Minas Gerais atingiu 67% de seus municípios com ações pactuadas em 2010, faltando 261 municípios para atingir a a meta de 80% para 2011. O estado apresenta percentual abaixo da média da região Sudeste e do Brasil (78% e 62%, respectivamente). GRÁFICO 44 Percentual de Municípios com Pactuação de Ações Estratégicas de Vigilância Sanitária para 2010. Brasil, Região SUDESTE e MINAS GERAIS 90 80 70 60 50 40 30 20 10 - Minas Gerais 67 Região Sudeste 78 Brasil 62 Percentual Fonte: Portaria GM/MS 1.106, de 12 de maio de 2010. 81 INDICADORES DA SAÚDE SUPLEMENTAR Os dois indicadores escolhidos na área da saúde suplementar são, para o Gestor Estadual e sua equipe técnica, ferramentas de planejamento estratégico dos serviços de saúde públicos. O primeiro indicador traz o número absoluto de beneficiários de planos de assistência médica (com ou sem odontologia) e planos exclusivamente odontológicos no estado, comparados com o número de beneficiários da região e do Brasil, dados de junho de 2010. O segundo indicador apresenta uma série histórica de 2006 a 2010 da taxa de cobertura por tipo de cobertura (assistencial médica com ou sem odontologia ou exclusivamente odontológica) e localização (estado, capital, região metropolitana e interior). Essa estratificação permite um estudo de tendências do setor de saúde suplementar dentro do próprio estado. 82 MG Em Minas Gerais a cobertura de saúde suplementar é de 27,45% da população geral. Isso representa 14,62% de beneficiários do total da região Sudeste e 9,54% em relação ao total de beneficiários do Brasil. Do total de 5.498.575 beneficiários, 84,07% têm planos privados de assistência médica com ou sem odontologia, acima das médias da região Sudeste e do Brasil, e 15,93% têm planos privados exclusivamente odontológicos. TABELA 10 Beneficiários de Planos Privados de Assistência Médica e Exclusivamente Odontológica. brasil, região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2010 Brasil, Regiões e Unidades da Federação Total Total % Assistência Total % Médica Exclusivamente % Odontológica Brasil 57.662.487 100,00 44.012.558 76,33 13.649.929 23,67 Sudeste 37.602.112 9,54 28.866.482 76,77 8.735.630 23,23 Minas Gerais 5.498.575 14,62 4.622.847 84,07 875.728 15,93 Fonte: SIB/ANS/MS - jun/2010 - publicado no Caderno de Informação da Saúde Suplementar - set/2010. Nota: 1. Os dados desagregados dos totais da tabela acima poderão ser encontrados no site da ANS, da seguinte maneira: contratos novos, contratos antigos, contratos individuais e contratos coletivos. 2. O termo “beneficiário” refere-se a vínculos aos planos privados de saúde, podendo incluir vários vínculos para um mesmo indivíduo. 83 Analisando-se a série histórica do estado dos anos de 2006 a 2010, pode-se observar um crescimento 27,6% da taxa de cobertura de assistência médica com ou sem odontologia e de 109,5% da taxa de cobertura de planos exclusivamente odontológicos. O crescimento da taxa de cobertura de assistência médica com ou sem odontologia está acima do encontrado na região Sudeste (18,2%) e no Brasil (20,4%). Em relação à taxa de cobertura dos planos exclusivamente odontológicos, o crescimento é bem maior que o encontrado na região Sudeste (96,4%) e no Brasil (91,9%). TABELA 11 Taxa de Cobertura por Tipo (Assistência Médica com ou sem Odontologia ou Exclusivamente Odontológica) e Localização. Brasil, região SUDESTE e MINAS GERAIS, 2006 a 2010 Região Sudeste e Estado Brasil Sudeste Minas Gerais Série Histórica de 2006 a 2010 Assistência médica com ou sem odontologia Região Estado Capital Metropolitana Região Interior Estado Capital da Capital Metropolitana Interior da Capital 2006 19,1 19,1 29,4 13,6 3,7 3,7 5,6 2,4 2007 19,8 19,8 30,3 14,4 4,3 4,3 6,5 3,0 2008 20,9 20,9 31,8 15,5 5,2 5,2 7,9 3,7 16,0 4,4 2009 21,3 21,3 32,1 6,1 6,1 9,5 2010 23,0 23,0 34,6 17,5 7,1 2,7 11,4 5,0 2006 30,2 30,2 38,6 23,0 5,5 5,5 6,6 4,4 24,2 6,5 6,5 7,8 5,3 7,8 7,8 9,3 6,6 2007 31,1 31,1 39,7 2008 32,9 32,9 41,5 26,1 2009 33,3 33,3 41,6 26,8 9,2 9,2 11,3 7,9 2010 35,7 35,7 44,4 29,0 10,8 10,8 13,9 9,0 2006 18,1 67,1 27,3 14,9 2,1 8,4 3,4 1,6 2007 19,0 69,0 29,2 15,7 2,5 9,1 4,6 1,8 2008 20,7 70,0 31,8 17,2 3,1 11,0 5,6 2,2 2009 21,4 71,3 31,8 18,0 3,6 11,1 6,6 2,7 76,2 34,5 19,5 16,9 7,9 3,3 2010 23,1 Fonte: ANS/TabNet/Datasus/Informações em Saúde Suplementar. Ano 2006 a 2010. 84 Exclusivamente odontológico 4,4