Diagnóstico Geofísica
Conteúdo
1. Introdução
2. Resultado do Questionário “Diagnostico Geofísica” respondido por
congressistas e sócios da SBGf
3. Tabela das Instituições de Ensino e Pesquisa em Geofísica (Tabela 2)
4. Mapa do Brasil com a localização das Instituições de Ensino e Pesquisa
5. Situação do Quadro Docente e Formação de Recursos Humanos em
Geofísica
6. Conclusões
Introdução
A SBGf promove a cada dez anos, um diagnóstico dos setores acadêmicos e
profissional da área de Geofísica. Este diagnóstico compreende uma análise da
atividade de formação e a absorção dos recursos humanos, da pesquisa em
geofísica básica e aplicada, expansão do mercado profissional, demanda por novos
cursos de graduação, pós-graduação e de educação continuada.
No ano de 2006, este diagnóstico está sendo efetuado em três etapas,
sendo a primeira etapa a compilação das respostas a um questionário distribuído no
IX CISBGf, no total 427 questionários foram devolvidos. A segunda etapa constituiu
em um levantamento da situação do setor acadêmico e de pesquisa a partir de
dados fornecidos pelos cursos de graduação e pós-graduação em Geofísica.
Finalmente, a terceira etapa objetiva fornecer uma visão atual dos profissionais e
das empresas geofísicas no Brasil. É a primeira vez que o diagnóstico tenta cobrir
de forma mais aprofundada a questão da formação de recursos humanos. Esperase com este diagnóstico melhorar a sinergia entre os setores acadêmico e
profissional, condição esta que permitirá definir estratégias e linhas de ação para os
próximos 10 anos que levem ao crescimento quantitativo e de qualidade nas
atividades de pesquisa, formação de recursos humanos pelo setor acadêmico e
prestação de serviço, inovação tecnológica, expansão e diversificação do mercado
de trabalho geofísico no setor profissional.
Etapa 1: Questionário “Diagnóstico Geofísica” no IX CISBGf
Tabela 1. Distribuição dos Respondentes por Área de Atuação
Respondentes
Profissionais
Academia*
Estudantes de Estudantes de
(Total)
Graduação
Pós-Graduação
427
148 (35%)
63 (15%)
120 (28%)
96 (22%)
*docentes de ensino superior e pesquisadores de institutos de pesquisa
Os profissionais que responderam ao questionário estão distribuídos de
acordo com as áreas de atuação mostradas na Figura 1.
Setores de Atuação dos Profissionais
4%
11%
Petróleo
9%
Mineral
Geofisica
Aplicada Geral
Meio Ambiente
76%
Figura 1
Petróleo: grandes empresas de petróleo, órgãos governamentais,
prestadores de serviços geofísicos como aquisição e processamento de
dados.
Mineral: órgãos governamentais, empresas de prospecção mineral.
Geofísica aplicada geral: pequenas e médias empresas,empresas de
aerolevantamentos, consultoria, geotécnica.
Meio Ambiente: empresas prestadoras de serviços e consultoria.
A distribuição do tempo de atividade profissional foi analisada baseando-se
no ano de conclusão do curso de graduação desses profissionais. É possível
constatar que o processo de renovação e contratação dos profissionais
geofísicos tem ocorrido de forma contínua, sendo que 57,5% dos respondentes
concluíram a graduação nos últimos 15 anos (Figura 2).
Total
Década da Graduação dos Profissionais
50
1960-1970
40
1971-1980
30
1981-1990
20
1991-2000
10
2001-2006
0
Década
Figura 2
Na Figura 3 é mostrada a distribuição por década dos profissionais graduados em
Geologia e Geofísica, separadamente. Nota-se o crescimento da participação de
bacharéis em Geofísica no mercado de trabalho profissional, formados nos últimos
anos.
Década da Graduação do Profissional nos cursos
de Geologia e de Geofisica
35
30
Geologia
Geofísica
Total
25
20
15
10
5
0
1960
1970
1980
1990
2000
Figura 3
Na Figura 4 é mostrada a distribuição regional da proveniência dos
profissionais que responderam ao questionário. Em sintonia com uma maior
representatividade de profissionais do setor do petróleo (Figura 1), maior
empregador do profissional geofísico, o estado do Rio de Janeiro é com destaque, o
estado de origem dos profissionais atuantes no mercado geofísico.
Local de Nascimento dos Profissionais
40
35
30
Total
25
Capital
Interior
20
15
10
5
0
RJ SP BA MG PA RS PE RN PR GO AP ES SC CE AM SE
Estados
Figura 4
Existe uma grande mobilidade entre cidadãos nascidos em um estado e
busca de sua formação profissional em universidades localizadas em outros
estados da federação. Este fato é constatado nas Figuras 5 e 6, onde a Univ.
Federal da Bahia aparece com maior destaque, por ter mantido durante vários
anos, o convênio com a Petrobrás para formação de profissionais de Geofísica
Aplicada em nível de pós-graduação (Fig. 6) e manter um curso de graduação
em Geofísica. Ressalte-se a alta qualificação dos profissionais geofísicos onde
74% dos respondentes têm pelo menos o título de mestre (Figura 6). Seis
respondentes profissionais detêm o título de PhD obtido nos Estados Unidos.
Instituição da Graduação dos Profissionais
UFBA
USP
UFRJ-Geol.
UnB
UERJ
UFPA
UFPE
UFRS
UFRN
UFOP
UFPR
UNESP
UFC
UFMG
UNISINOS
Outras(1 cada)
18
16
14
Total
12
10
8
6
4
2
0
Figura 5
Instituição do Mestrado dos Profissionais
UFBA
UERJ
UFPA
UFRN
UFRJ-Geol.
Ext.USA
UNICAMP
UFF
UnB
FGV-RJ
USP
Ext.Europa
UFOP
UFRJ-Coppe
Outras(1cada)
35
30
Total
25
20
15
10
5
0
Figura 6
As instituições de ensino superior e institutos de pesquisa de vínculo dos
respondentes que atuam no setor acadêmico estão mostradas na Figura 7. As
siglas e os cursos de graduação e pós-graduação mantidos pelas instituições
estão discriminados na Tabela 2.
Instituição de Vinculo dos Acadêmicos
14
UFBA
INPE
UFSM
UFF
USP
UNB
UFRJ-GEO
UNICAMP-MAT
ON
UENF
UFPA
UFRN
UNESP
Outras(1 cada)
12
Total
10
8
6
4
2
0
Figura 7
Os estados de proveniência dos docentes e pesquisadores que responderam
ao questionário estão representados na Figura 8. Os estados do sul-sudeste que
detêm um número mais elevado de cursos de pós-graduação são os que
aparecem com maior numero de representantes. Os estados de São Paulo e Rio
Grande do Sul aparecem com destaque em função de um maior número de
pesquisadores do INPE e Univ. de Santa Maria que participaram do Congresso e
responderam ao questionário. O estado do Rio de Janeiro aparece em segundo
lugar devido ao número (5, UFF, UENF, UFRJ, ON, UERJ) de instituições de
ensino e pesquisa em Geofisica. Portanto, a formação de doutores em Geofisica
no Brasil está concentrada no sul-sudeste. Por outro lado, como é discutido na
Etapa 2 deste Diagnóstico, as instituições de ensino fora do sul-sudeste são
aquelas que detêm um quadro reduzido de docentes (UFBA, UFPA, UFRN) ou
estão iniciando as atividades acadêmicas e de pesquisa em Geofísica.
Local de Nascimento dos Docentes e Pesquisadores
14
12
Capital
10
Interior
Total
8
6
4
2
0
SP
RJ
RS MG BA PA
DF PE
PE ES CE GO RN MA
Estado
Figura 8
Ao contrário do que ocorre com o quadro de profissionais geofísico há uma
maior concentração de docentes e pesquisadores que concluíram a graduação
antes da década de 1980 o que caracteriza um envelhecimento do quadro
acadêmico, sem reposição de docentes aposentados ou que deixaram a função.
Soma-se a este fato a falta de expansão dos quadros nos departamentos de
Geofisica mais tradicionais (UFPA, UFBA, ON), como pode ser constatado na
Figura 9. Exceção tem sido a política da USP (Fig. 10) onde até 2005 havia um
programa de reposição de claros docentes decorrentes da aposentadoria e
criação de novos cargos pelo governo estadual. Entretanto é incerta a
continuidade deste programa nos próximos anos em função da criação de novos
cursos e recente expansão de vagas na graduação na USP.
Década de Graduação Academia x Profissionais
60
50
Academia
Profissionais
Total
40
30
20
10
0
<1960
1960
1970
Década
Figura 9
1980
1990
Total de DocentesPesquisadores
Década da Conclusão da Graduação Docentes e
Pesquisadores
Fonte CV Lattes - CNPq
12
10
8
6
4
2
0
< 1960
61-70
71-80
81-90
91-00
INPE
ON
USP
UFBA
UFPA
Figura 10
O corpo docente e de pesquisadores dos cursos de Geofísica é altamente
qualificado, com titulação mínima de doutor. Cerca de 42% dos docentes e
pesquisadores têm pelo menos um estágio de pós-doutorado no exterior. Na Figura
11 é mostrada a distribuição entre doutorado obtidos no Brasil e no exterior dos
departamentos cujo foco principal da pesquisa concentra-se em Geofisica.
No. de Docentes/Pesquisadores
Doutorado dos Docentes e Pesquisadores
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Brasil
Exterior
INPE
ON
USP
Fonte: CV Lattes (CNPq)
As
instituições
dos
UFBA
UFPA
UFRN
UFF
Figura 11
estudantes
de
graduação
que
responderam
ao
questionário estão mostradas na Figura 12. As três primeiras instituições (UFBA,
UFPA e USP) são aquelas que mantêm cursos de graduação em Geofisica, sendo
que a UFPA forma sua primeira turma em 2006. A USP formou sua primeira turma
em 1987 e a UFBA em 1998. Na UFF, o curso de graduação em Geofisica teve início
em 2005.
Instituição dos Graduandos
40
UFBA
35
Total
UFPA
30
USP
25
UFF
UnB
20
UFSM
15
UNESP
UFRRJ
10
UNICAMP
UFMA
5
UFPE
0
Figura 12
Origem dos Graduandos por Estado
25
Total
20
Capital
Interior
15
10
5
0
PA
BA
SP
RJ
RS
DF
ES
GO
AL
PE
AP
MG
CE
PB
Figura 13
Instituição dos Mestrandos
16
14
UFPA
UFBA
UFF
ON
UNICAMP
USP
UnB
UFPR
PUC-RJ
Outras(1 cada)
12
Total
10
8
6
4
2
0
Figura 14
Instituição dos Doutorandos
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Total
UFBA
USP
INPE
ON
UFPA
UENF
UNICAMP
PUC-RIO
Outras(1 cada)
Figura 15
Total
Origem dos Pós-Graduandos por Estado
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Capital
Interior
PA SP RJ BA PR SE RS GO DF MG MA PE ES SC
Figura 16
As respostas às perguntas formuladas no questionário referentes aos cursos
(distribuição regional, forma e especialidade) estão tabuladas nas figuras
abaixo.
Há um consenso em relação às
respostas
manifestadas
pelos
acadêmicos, profissionais e estudantes, de forma que o percentual apresentado
para cada resposta pode ser estimado de uma forma única, independentemente
do segmento de atuação do respondente.
Questão A: Os atuais cursos de Geofísica no Brasil cumprem o
papel formador e de educação continuada do profissional
geofísico?
Total
90
80
Sim
70
Não
60
Parcialmente
50
Não Responderam
40
30
20
10
0
Academia
Profissionais
Graduandos
P.G.(Mest.)
P.G.(Dout.)
Categoria
Figura 17
O resultado à pergunta se os atuais cursos cumprem o papel formador e de
educação continuada, forneceu uma distribuição praticamente bipolar entre sim
e não (Figura 18). Interpreta-se a resposta positiva como manifestação de que
os
atuais cursos cumprem
o papel formador
do profissional geofísico,
entretanto, a resposta “parcialmente” indica que há necessidade de maior
investimento no setor acadêmico para criação ou expansão do sistema de
ensino de graduação e pós-graduação, como demonstra a resposta dada à
pergunta B (Figura 19).
Percentual das respostas à questão A
Total 427
41%
Sim
54%
Não
Parcialmente
5%
Figura 18
Questão B: Os cursos existentes são em número suficiente, inclusive
em termos de distribuição regional?
70
60
Sim
Não
Parcialmente
Total
50
40
30
20
10
0
Academia
Profissionais
Graduandos
P.Grad.(Mest.)
P.Grad.(Dout.)
Figura 19
O resultado à pergunta B (Figura 20) mostra que a ampla maioria dos
respondentes considera que os atuais cursos são insuficientes e não estão
regionalmente bem distribuídos. Praticamente dois cursos (UFBA e UFPA) são
responsáveis pela formação dos egressos em Geofísica Aplicada no Brasil, uma
vez que os cursos do INPE, USP e ON formam majoritariamente pesquisadores
em Geofísica Básica. Somente a partir de 2000 houve um incremento na
formação de mestres em Geofísica Aplicada pelo programa da USP. Com
exceção do curso da USP, os cursos de graduação em Geofísica foram criados
nos últimos 10 anos (UFBA, UFPA, UFF) e novos cursos iniciam em 2006
(UNIPAMPA, RS) e 2007 (UFRN), que certamente contribuirão para uma
descentralização regional na formação de geofísicos no Brasil. Outras regiões
como o norte (Amazonas) e centro-oeste permanecem com grupos de pesquisa
e formação de recursos humanos em Geofísica dentro dos programas de pósgraduação e curso de graduação de Geociências.
Percentual de Respostas à Questão B
Total 427
22%
31%
Sim
Não
Parcialmente
47%
Figura 20
A maior freqüência de resposta à questão C (Modalidade de ensino
desejada) na Figura 21, dada à opção Mestrado e Doutorado Profissionais deve ser
mais profundamente discutida entre os setores acadêmico e profissional, a fim de
chegarmos ao pleno entendimento do caráter da pós-graduação pretendida. Seria a
pós-graduação
lato-sensu
voltada
ao
aprimoramento
da
formação
dos
profissionais? Todas as modalidades de educação continuada (especialização,
atualização) são desejadas, independentemente de serem presenciais ou à
distância, uma vez que as duas formas de ensino não apareceram com destaque
nas respostas. A expectativa de um incremento no oferecimento de novas
modalidades de cursos é maior do que o modo de oferecimento, presencial ou à
distância. Na categoria “OUTRAS” foram sugeridos “novos cursos de graduação”.
Questão C: Que modalidade de ensino em Geofisica
deveria ser implementada ou estimulada?
80
Total
70
60
M&D Prof.
50
Especialização
Atualização
40
Outras
30
Presencial
20
A Distancia
10
0
Academia
Profissionais
Pos-Grad.(M)
Pos-Grad.(D)
Graduandos
Figura 21
Uma maior freqüência nas respostas à questão sobre as áreas de aplicação
em que os novos cursos deveriam focar são (Figuras 22 e 23): (1) métodos
geofísicos em exploração de petróleo setor este que congrega o maior
percentual de profissionais e que oferece maior oferta de absorção dos egressos
dos cursos de graduação e pós-graduação, (2) métodos geofísicos aplicados ao
meio-ambiente, seja resultante da própria atividade exploratória (petróleo e
mineral) ou uso sustentável de recursos hídricos e engenharia. Na categoria
“OUTRAS” foram citadas: Instrumentação Geofísica, Geotecnia, Geofísica
Espacial, Geotermia.
Em que áreas de aplicação?
120
100
Rec.Hidricos
80
Petroleo
Total
Mineral
Aerogeof.
60
Meio-Ambiente
Outras
40
Todas
20
0
Academia
Profissionais
Pos-Grad.
Graduandos
Figura 22
Áreas de Aplicação dos Cursos
3%
17%
Rec.Hidrico s
26%
P etro leo
M ineral
A ero geo f.
M eio -A mbiente
29%
13%
12%
Figura 23
Outras
Tabela das Instituições de Ensino e Pesquisa em Geofísica (Tabela 2)
Instituição
Programa Pós
Graduação
Linhas de Pesquisa
Número de
Orientadores
(*)
Mestrado
No. atual
alunos
Doutorado
No. atual
alunos
Graduação
Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais
Geofísica Espacial
6 linhas em Física Espacial
+
Geomagnetismo
31 (5 ap.)
10
32
Não há
ON-MCT
Observatório Nacional
Geofísica
Geofísica da Terra Sólida
15
NF
NF
Não há
UFBA
Univ. Federal da Bahia
Geofisica
Exploração com Métodos Potencias,
Elétricos, EM, Sísmica e Geofísica
de Poço
12
NF
NF
UFPA
Univ. Federal do Pará
Geofísica
Exploração com Métodos Potencias,
Elétricos, EM, Sísmica e Geofísica
de Poço
10 (2 ap.)
34
USP
Universidade São Paulo
Geofísica
Geofísica e Tectônica Global
Geofísica Aplicada
20 (1 ap.)
UENF
Univ. Estadual do Norte
Fluminense
Engenharia de
Reservatório e de
Exploração
Procedimentos e técnicas na
exploração (aquisiçãoprocessamento-interpretação de
dados)
Petrofísica de rochas reservatório
Caracterização, descrição e
monitoramento de reservatório
Análise de bacias sedimentares
Desenvolvimento de métodos de
exploração
UERJ
Univ. Estadual do R.
Janeiro
Análise de Bacias e
Faixas Móveis
Univ. Federal
Fluminense
Geologia e Geofísica
Marinha
INPE-MCT
No. de
alunos em
2006
No. de
vagas por
ano
Candidatos por
vaga
vestibular
Geofísica
4 anos
83
15
6
11
Geofísica
4 anos
78
20
4
31
22
Geofisica
5 anos
143
20 até
2003, 30
desde
então
4
17 (8 geof.)
26(4)
11(5)
Engenharia
5 anos
95
20
14
Geologia e Geofísica de Margens
Continentais
Geofísica Aplicada
27 (4 geof.)
28(NF)
22(NF)
Geologia
Geotectônica e Geofísica Marinha
Geologia Sedimentar
14 (3 geof.)
NF
NF
Geofísica
5 anos
42
20
7
Geofisica Aplicada
UFF
UFPR
Univ. Federal do Paraná
Geologia
Geologia Ambiental
Geologia Exploratória
19 (2 geof., 2
ap.)
45(NF)
25(NF)
Geologia
UFRN
Univ. Federal do R.
Grande do Norte
Geodinâmica e Geofisica
11 linhas de pesquisa
ver CAPES
14 (5 geof.)
(5)
(7)
Geofísica
(em
implantação)
Univ. Estadual de
Campinas
Matemática Aplicada
Construção de Imagens e Inversão
de Dados Sísmicos
4
NF
NF
Matemática
Univ. Paulista
1.Geociências e Meio
Ambiente
2.Geologia Regional
1.Análise e Proc. dados Ambientais
29 (4 geof.)
28 (2 geof., 4
ap.)
(2)
(4)
Geologia
(3)
(4)
UNICAMP
UNESP
2.Evolução Crustal
Abreviações: geof. = doutorado em Geofísica; ap. = aposentados
Número entre parênteses nas colunas 6 e 7 são os mestrandos e doutorandos orientados por geofísicos.
NF = Não fornecido
Colaboraram com este levantamento: INPE (Jonas Rodrigues); UFPA (João B. C. da Silva e Ellen Gomes); USP (Y. Marangoni e L. A. Diogo); UFRN (Fernando Lins); UFPR (Eleonora
Vasconcellos); UENF (Fernando Moraes); UNESP (Hans D. Ebert, João C. Dourado) ; UERJ (Paulo de Tarso Menezes), UFBA (Amin Bassrei), UFF(Eliane Alves)
Dados da pós-graduação da UFF, ON-MCT, UFBA e UNICAMP (Matemática) foram compilados do Coleta CAPES e CV-Lattes
Foram consultados, não retornaram os dados: UFRJ, UFPE, UFC, UnB, UNICAMP (Geociências)
Não foram consultados: UFOP, UFRRJ, UFAM
Mapa do Brasil com a localização das instituições de ensino e pesquisa em Geofísica
UFPA
UFC
UFAM*
UFRN
UFPE
UFMT*
UFBA*
UNB
UERJ
UFRJ
UFF*
UENF
ON*
UFOP*
UFPR
USP
UNICAMP*
UNESP
INPE
Instituições Acadêmicas e de Pesquisa consultadas neste
Diagnóstico Geofisica
Forneceram dados as indicadas em letras pretas:
UFPA = Univ. Fed. Pará
UFRN = Univ. Federal do R. G. Norte
UERJ = Univ. Estadual do Rio de Janeiro
UENF = Univ. Estadual Norte Fluminense
USP = Univ. de São Paulo
UNESP = Univ. PaulistaJulio de Mesquita Filho
INPE = Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
UFPR = Univ. Federal do Paraná
Em letras pretas com *, dados compilados do CV-Lattes(CNPq) e CAPES (Avalia ção)
UFBA* = Univ. Federal da Bahia
UFF* = Univ. Federal Fluminense
ON* = Observatório Nacional
UNICAMP (Matemática)* = Univ. Estadual de Campinas
Em letras vermelhas, consultadas mas não retornaram:
UFC= Univ. Federal do Ceará
UFPE = Univ. Federal de Pernambuco
UnB = Universidade de Brasilia
UFRJ =Universidade Federal do Rio de Janeiro
UNICAMP (Geociências) = Univ. Estadual de Campinas
Em letras vermelhas,com asterisco, não consultadas
UFAM* = Univ. Federal do Amazonas
UFMT* = Univ. Federal do Mato Grosso
UFOP* = Univ. Federal de Ouro Preto
PARTE 2 do Diagnóstico Geofísica
Formação de Recursos Humanos
A Instituições Acadêmicas listadas na Tabela 2, são responsáveis pela formação de
grande parte dos recursos humanos especializados em Geofísica, seja em nível de graduação
como de graduação. A fim de fornecer uma estimativa do número de egressos dos cursos ao
longo dos últimos 7 anos, são apresentados os gráficos a seguir, bem como a participação de
cada instituição no total de formados.
MESTRADO
Fluxo de Mestres em Geofisica
50
No. de Mestres
1999
40
2000
2001
30
2002
2003
20
2004
2005
10
2006
0
Ano
Figura 1
O percentual de participação de cada instituição na formação de Mestres, separados em
dois grupos. Na Figura 2, são mostrados os percentuais dos egressos no Mestrado de
programas de pós-graduação cujas linhas de pesquisa são exclusivamente em Geofísica. Na
categoria “Demais” são os programas discriminados na Figura 3, onde é mostrado o
percentual de participação dos programas de Geociências, Matemática e Engenharia (Tabela
2) onde há orientadores e grupos de pesquisa em Geofísica em sintonia com outras áreas do
conhecimento.
Participação na Formação de Mestres em Geofisica
de 1999 a 2006
INPE
15%
Demais
29%
UFBA*
11%
ON*
6%
USP
16%
UFPA
23%
Figura 2
Participação de Outros Programas na Formação de
Mestres (1999-2005)
UENF
16%
UFRN
22%
UNICAMP*
14%
UFPR
15%
UFF*
12%
UERJ
13%
Figura 3
UNESP
8%
DOUTORADO
Fluxo de Doutorado em Geofisica
30
1999
No. de Doutores
25
2000
2001
20
2002
2003
15
2004
10
2005
5
2007
2006
2008
0
Figura 4
O percentual de cada instituição na formação de Doutorados, separados em dois grupos.
Na Figura 5, são mostrados os percentuais dos egressos no Doutorado de programas de pósgraduação cujas linhas de pesquisa são exclusivamente em Geofísica. Na categoria “Demais”
são os programas discriminados na Figura 6, onde é mostrado o percentual de participação
dos programas denominados onde há orientadores com formação em Geofísica e que lideram
grupos de pesquisa em Geofísica.
Participação na Formação de Doutores em Geofísica de
1999 a 2006
Dem ais
24%
INPE
29%
ON
5%
UFPA
14%
UFBA
9%
USP
19%
Figura 5
Participação de Outros Programas na Formação de
Doutores em Geofisica (1999-2005)
UENF
14%
UFRN
17%
UNICAMP*
19%
UNESP
33%
UFPR
11%
UERJ
6%
Figura 6
Na Figura 7 são mostrados os fluxos de Doutores egressos nas diversas áreas do
conhecimento dentro da grande área Ciências da Terra, desde 1993, nos Estados Unidos, e
compilados pelo National Science Foundation (NSF). Nota-se um forte descréscimo na formação
de doutores em Geologia e sensível decréscimo na formação de Geofísicos nos últimos 7 anos,
sendo que em Geologia este decréscimo vem ocorrendo desde 1994. Em outras áreas como
Ciências Atmosféricas e Oceanografia mantêm-se um fluxo de formação constante e superior a
de áreas tradicionais de Geociências. No Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, nota-se que a
formação de Doutores em Geofísica ainda encontra-se em expansão, e conforme discutido na
primeira parte deste levantamento, há forte carência na formação de doutores em Geofisica.
Doutorados nos Estados Unidos (Dados National Science Foundation)
Ciências da Terra
250
C. Atmosfericas
200
Oceanografia
Titulados
C. Ambientais
Geologia
150
Geoquimica
Geofisica
Hidrologia
100
Paleontologia
Estrat.Sed.
50
Miner.Petrologia
0
94
95
96
97
98
99
0
Ano
Figura 7
1
2
3
GRADUAÇÃO
O curso de graduação em Geofísica da USP teve início em 1984 e formou a primeira turma em
1987, enquanto a Universidade do Pará forma sua primeira turma em 2006.
Fluxo de Bacharéis em Geofisica
25
20
1999
2000
2001
Total
15
2002
2003
10
2004
2005
5
2006
0
USP
UFBA
UFPA
Total
Figura 8
Bacharéis em Geofisica x Engenheiros Petróleo
Total
30
1999
25
2000
20
2001
2002
15
2003
10
2004
2005
5
2006
0
USP+UFBA+UFPA
UENF
Figura 9
Destino dos Egressos dos Bacharéis em Geofisica
desde 1984 (USP e UFBA)
Desconhecido
17%
Empresas
36%
Outras
18%
Informatica
6%
Pos-Grad.
23%
Figura 10
Dos egressos no curso de Engenharia de Reservatório e Exploração de Petróleo, 91% estão
empregados em empresas. Os demais egressos dividem-se igualmente em ensino, negócio
próprio e estágio na Petrobrás.
Conclusões:
1.
Mestrado: logo será atingido o patamar médio de 50 mestres em Geofísica ao ano,
podendo este patamar se ainda maior uma vez que a curva de crescimento na
formação deste nível encontra-se ascendente (Figura 1). Nota-se que os mestres em
Geofísica Aplicada representam o maior percentual dos formados dos programas
denominados mistos (Geociências, Engenharia, Matemática Aplicada) e UFPA.
Programas como USP e INPE, têm característica acadêmica dominante, os mestres
formados são em menor número que os doutorandos (caso do INPE), ou no caso da
USP, os mestres formados até 2002 em sua maioria permaneciam na pós-graduação
no curso de Doutorado. Uma vez doutores permanecem na academia.
Outro resultado mostrado no levantamento é que o número de geofísicos que se
dirigem ao mercado com formação no Mestrado ainda é superior ao de bacharéis em
Geofísica.
2.
Doutorado: considerando que são formados 75 doutores em Geofísica nos Estados
Unidos ao ano, uma média ótima para o sistema brasileiro seria de 30-35 doutores
ao ano, considerando que o Brasil possui metade da população americana. Este
patamar não levará muitos anos a ser atingido, entretanto, ressalte-se que, como
mostrado na Figura 5, quase 50% dos doutores geofísicos no Brasil são formados em
programas do INPE e da USP, cujo perfil é de pesquisa básica. É necessário discutir
as razões da não expansão no número de egressos nos cursos de Doutorado nos
programas de Geofísica Aplicada. É imprescindível a tomada de ações concretas que
possam induzir a formação de doutores naqueles programas, seja para repor o
quadro que tem sofrido redução sistemática nos últimos anos, bem como de suprir
as empresas de profissional com qualificação de doutor, especialmente para os
centros de pesquisa das empresas de petróleo.
3.
Graduação: Os três cursos mais tradicionais em oferecer o bacharelado em
Geofísica tem sofrido durante toda sua história forte evasão dos alunos e tempo
médio de conclusão do curso pelos alunos, acima de 4 anos. São inúmeras as razões
para explicar a evasão e longo tempo para conclusão, entre elas pode-se citar a
baixa concorrência no vestibular (ver Tabela 2), desconhecimento da profissão e
carreira (o que
é Geofísica para
o egresso do ensino médio?),
falta do
reconhecimento profissional. A Figura 9 sintetiza uma comparação entre a eficiência
nos cursos de bacharelado em Geofísica da UFBA, USP e UFPA, em contraponto com
o curso de Engenharia de Reservatório e Exploração da UENF, criado em 1998. O
número de candidatos por vaga no curso de engenharia da UENF é 14, enquanto a
dos outros três programas oscila entre 4 e 6 candidatos por vaga nos últimos
vestibulares. Segundo os coordenadores dos cursos de graduação, a razão da evasão
é a incapacidade dos ingressantes de superarem os primeiros anos do curso, onde a
ênfase é dada nas disciplinas de Cálculo e Física. Uma maior divulgação da carreira
Geofísica e aumento na competição no vestibular certamente contribuiria para elevar
o número de egressos graduados em Geofísica.
Links na Internet relacionados que forneceram dados complementares a este levantamento:
CNPq (diretório dos grupos de pesquisa, e CV-Lattes dos pesquisadores e docentes)
www.cnpq.br
CAPES (Avaliação trienal dos cursos de pós-graduação)
www.capes.gov.br
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Diagnostico_Geofisica - Sociedade Brasileira de Geofísica