Número 25 - Dezembro de 2011
As cores do
Grupo Schaeffler
triunfam no DTM
A GENTE LuK INA FAG pertence à Schaeffler Iberia Automotive Aftermarket
Ainda não tem os vídeos de
E
Na passada edição da Motortec Automechanika
?
Passo 1 – Página de início
web RepXpert. Na parte
direita na secção Technology Live. Clicar “mais
informação”.
Ibérica os técnicos da LuK INA FAG realizaram
três apresentações, ao vivo, que foram recompiladas e editadas com a máxima qualidade.
ESTAS SÃO AS
APRESENTAÇÕES DE
E
• Substituição LuK RepSet de embreagem
auto-ajustável SAC.
• Substituição de uma polia livre de alternador INA.
Passo 2 – Clicar “Aceda
ao conteúdo aqui”
• Substituição de um rolamento de roda
FAG de 2ª geração.
Não perca nem um pormenor do Technology Live. Agora os vídeos estão disponíveis
em www.repxpert.com com acesso livre e
de forma gratuita. Para consegui-los apenas
terá de seguir estes passos:
Passo 3 – Página onde se
pode descarregar qualquer um dos 3
vídeos.
E recordamos que, se ainda não é sócio, ainda está a tempo.
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NA CAPA
2011, o ano de
Technology Live
2011 chega ao seu fim e é o momento de fazer o balanço
destes últimos doze meses. Para o Grupo Schaeffler este
foi um ano muito intenso. Uma vez mais apostámos na
inovação e no esforço, como chaves diferenciadoras. Com a Automechanika Motortec Ibérica como pano de fundo, fizemos uma grande
Sistemas de
desengate
hidráulicos LuK
e Sistemas de
regulação da árvore
de cames de INA.
4
aposta na reunião de profissionais da reparação, de toda a península
Ibérica, na prova mais importante do setor. As nossas apresentações
BOXES
ao vivo com o conceito Technology Live foram um grande sucesso e
destacaram, de novo, a importância de transmitir inovação à oficina,
área na qual o Grupo Schaeffler é pioneiro graças a plataformas como
a RepXpert ou a meios de comunicação, tal como esta mesma revista.
E é precisamente agora, neste clima geral de dificuldades, que a nossa
aposta por transmitir o nosso conhecimento e tecnologia à oficina adquire especial relevância, revelando-se como uma autêntica vantagem
competitiva. Assim sendo, no próximo ano desdobraremos os nossos
esforços neste sentido, fornecendo novamente aos nossos produtos o
valor acrescido da tecnologia.
Despeço-me desejando a todos um feliz Natal e um próspero ano de
10
Conheça as últimas
informações de serviço
onde lhe oferecemos
instruções de montagem
e solucionamos as suas
dúvidas.
ÁREA DE DESCANSO
2012.
P.S. Não percam o próximo número de Gente LuK INA FAG, o primeiro
de um ano muito especial e cheio de surpresas.
Carlos Sanrigoberto
Presidente Automotive Aftermarket
Schaeffler Iberia
Apresentamos dez
estradas nas quais
vale a pena conduzir
pelo menos uma vez
na vida.
18
NOTÍCIAS
STAFF
Schaeffler Iberia
Automotive Aftermarket
C/ Lanzarote 13
Pol. Ind. Norte - 28703
San Sebastián de los Reyes (Madrid)
Tel.: 916 586 680
Fax: 916 586 681
www.schaeffler-aftermarket.es
[email protected]
Edição:
Schaeffler Iberia, s.l.u.
Depósito Legal:
M-12.203-2002
Conselho Editorial:
José Jaime Mateo, Ignacio Naranjo
y Carlos Sanrigoberto.
© Proibida a
reprodução total ou
parcial dos originais
desta revista sem a
autorização expressa
dos seus editores.
Redacção:
Marta Alejos, Gustavo González,
José Jaime Mateo y Víctor Velasco.
O Grupo Schaeffler
no IAA Motor Show
de Frankfurt e outras
notícias do setor.
22
GENTE
3
NA CAPA
Produto
Sistemas de
desengate
O
desenvolvimento das novas tecnologias de
embraiagem levou a uma evolução total des-
te componente. Desde o material de fricção à conceção do volante de inércia, nenhum aspeto ficou
à margem deste salto evolutivo da embraiagem do
hidráulicos
automóvel moderno, nos últimos tempos. Um bom
u Em veículos equipados com embraiagem a seco acionada com o pé
tudo, estes sistemas têm uma aplicação muito reduzida, já que com
espaços de motor cada vez mais estreitos, é cada vez mais difícil colocar um cabo de comando em linha reta entre o pedal e a alavanca.
Além disso, com um cabo de comando não se podem executar raios
estreitos dado que, com ele a fricção e o desgaste aumentariam de
forma insuportável e o conforto no acionamento da embraiagem seria
prejudicado.
é necessário um mecanismo que permita a transmissão da força entre o pedal e a embraiagem. A execução desta função conduziu às
mais diversas soluções dos fabricantes de veículos. Na sua origem,
as forças do pedal transmitiam-se a um mecanismo de alavanca na
caixa da embraiagem, através de um cabo de comando do pedal. A
embraiagem aciona-se com a alavanca e o mancal de desengate. Con-
exemplo disto é o sistema de desengate hidráulico.
Conheceremos a sua evolução e os seus princípios
de funcionamento.
FIGURA 1
GENTE
4
NA CAPA
FIGURA 3
FIGURA 2
Nos sistemas de embraiagem modernos acionados com o pé recorrese ao acionamento hidráulico da embraiagem. Dentro desta tecnologia distinguem-se dois sistemas, o semi-hidráulico, no qual o cabo se
substitui por uma secção hidráulica composta por um cilindro mestre
no pedal, uma tubagem e um cilindro recetor na transmissão. Contudo, no sistema de embraiagem com mancal hidráulico central ou
CSC, suprime-se a forquilha na caixa da transmissão. No lugar desta,
utiliza-se um cilindro hidráulico central com mancal de desengate integrado, que se dispõe na caixa de embraiagem, entre a caixa de velocidades e a embraiagem, relativamente ao eixo primário. Os sistemas
totalmente hidráulicos contam com um menor número de peças, pelo
que permitem uma montagem mais simples. Além disso, a colocação
do conduto hidráulico no espaço do motor oferece uma grande flexibilidade estrutural. (Figura 1).
CONSTRUÇÃO E FUNÇÃO
DOS DIFERENTES COMPONENTES
CILINDRO MESTRE
O cilindro mestre (figura 2) é composto por uma estrutura, um pistão
com biela e uma disposição composta por duas juntas (junta primária
e secundária). Possui uma ligação hidráulica para o conduto de pressão ao cilindro recetor que, na maioria dos casos, é concebido como
conector rápido. No entanto, em algumas aplicações ainda se encontram as uniões roscadas habituais na tecnologia de travões. Mais
ainda, o cilindro mestre possui uma ligação para a alimentação do
sistema com líquido hidráulico. Esta está frequentemente unida, através de uma mangueira de ligação, ao depósito de líquido dos travões.
Contudo, também existem soluções em que o cilindro de embraiagem
tem um depósito próprio. A estrutura primária separa o depósito da
câmara de pressão hidráulica e permite a formação de pressão para o
acionamento da embraiagem. A estrutura secundária separa a câmara
de vácuo do depósito de armazenamento. Ao soltar o pedal, uma mola
disposta no pedal ou no cilindro mestre faz com que o pistão regresse
completamente à sua posição. Nesta posição de repouso do pedal, a
ligação entre o depósito e a câmara de pressão está em posição aberta. Agora, o ar preso no sistema é libertado e fluirá líquido.
CONDUTO
O conduto de pressão hidráulica baseia-se nos condutos de travão do
veículo e é composto por uma mangueira e um tubo de aço, ou é totalmente feito de plástico. No caso de utilizar o tubo de aço, é necessária uma mangueira para compensar os movimentos entre a cadeia
cinemática e o chassis do veículo. Durante a colocação do conduto
deverá assegurar-se de que este não entra em contacto com outros
componentes do compartimento do motor. Além do mais, deverá garantir que os tubos não são danificados, dobrados ou afetados pela
GENTE
5
NA CAPA
FIGURA 4
FIGURA 5
corrosão. Os condutos de plástico e as mangueiras não devem colocar-se perto de zonas quentes como, por exemplo, o turbocompressor
ou os cotovelos de escape.
AMORTIZADOR DE VIBRAÇÕES (FILTRO ANTIVIBRAÇÕES)
Nos veículos, devido ao processo de combustão do motor, poderão
produzir-se vibrações na embraiagem que, através do sistema de
embraiagem, chegam até ao pedal. O condutor perceciona estas vibrações sob a forma de cócegas desagradáveis no pé ou sob a forma
de ruídos. Para evitar a transmissão de vibrações podem ser utilizados
elementos de filtro no conduto hidráulico. Estes podem ser filtros antivibrações ou amortizadores de membrana (figura 3) com duas válvulas de retenção opostas ou uma válvula pneumática.
LIMITADOR DE PICOS DE PRESSÃO
Os limitadores de picos de pressão (figura 4) são obturadores móveis
no conduto hidráulico que limitam o caudal só durante a acoplação a
altas velocidades. Com isto, deve evitar-se uma sobrecarga da cadeia
cinemática por uma acoplação brusca por exemplo, devido ao desliza-
GENTE
6
mento do pedal de embraiagem (figura 5). Os limitadores de picos de
pressão não devem separar-se do sistema hidráulico durante a manutenção, dado que poderão ocorrer danos na transmissão, nos eixos de
propulsão ou no volante bimassa.
Cilindro recetor
Vantagens do sistema de
embraiagem hidráulica:
• Flexibilidade na colocação do conduto hidráulico
• Comodidade no acionamento graças
a uma reduzida fricção
• Otimização de ruídos e vibrações
• Montagem e manutenção simples
• Ajuste de desgaste integrado
NA CAPA
FIGURA 6
Num sistema semihidráulico, o cilindro recetor dispõe-se fora da
caixa de transmissão e serve para o acionamento da forquilha giratória da embraiagem (figura 6). Neste caso, o cilindro recetor é
composto por uma estrutura, o pistão com junta, uma mola de précarga e um parafuso para ventilação. A mola de pré-carga faz com
que exista uma pré-carga suficiente no mancal de embraiagem
para que este também gire de forma segura com a embraiagem,
quando o sistema de embraiagem não é submetido a pressão e
para que se evitem os ruídos incomodativos entre o mancal e as
palhetas do diafragma. O parafuso de ventilação facilita o enxaguar ou o enchimento do sistema durante a manutenção.
MANCAL HIDRÁULICO CENTRAL
Num sistema com mancal hidráulico central (figura 7), o mancal de
desengate está unido diretamente ao pistão. O movimento de desengate da embraiagem faz-se mediante a pressão hidráulica; ao
pressionar a embraiagem, o diafragma de embraiagem pressiona
o pistão central até que esteja em posição de saída e o líquido flui
novamente para o cilindro mestre. Graças ao grande ponto estrutural previsto, o cilindro recetor pode compensar as tolerâncias de
montagem e o desgaste da embraiagem.
SISTEMA DE SENSORES
Cada vez mais, os cilindros mestre e recetor estão dotados de
sensores para medir o percurso de acionamento e transmiti-lo à
unidade de comando do motor e à transmissão. Os sistemas dotados de sensores normalmente distinguem-se, pois está fixada
uma pequena estrutura com união de ligação ou cabo ao cilindro
mestre ou ao cilindro recetor. Cada um dos sensores está ajustado de forma individual ao cilindro mestre ou recetor, formando
com este uma unidade. Os sensores não deverão separar-se do
cilindro e fixar-se a outro cilindro. Em caso de defeito de um dos
componentes, deve sempre montar-se um novo conjunto de cilindro - sensor.
FIGURA 7
Em suma...
-Originalmente as forças do pedal transmitiam-se
através de um conduto de comando.
-O sistema de embraiagem hidráulico oferece
comodidade no acionamento e reduz ruídos e
vibrações.
-Cada vez é mais habitual medir o percurso de
acionamento através de sensores.
GENTE
7
NA CAPA
Produto
Sistemas de
regulação da
árvore de
cames (e 3ª parte)
u A otimização da conceção das eletroválvulas já possibilitou o grande desenvolvimento dos sistemas de regulação de árvores de cames.
Graças a estes sistemas, o rendimento dos motores de combustão
interna continua a aumentar. A seguir, vamos conhecer as características e o comportamento das eletroválvulas.
As eletroválvulas dispõem de uma estrutura compacta, se bem que a
GENTE
8
A
série dedicada a mostrar os segredos do funcionamento dos sistemas
de regulação da árvore de cames chega
ao fim. Nesta terceira apresentação dedicámo-nos a conhecer os princípios de
funcionamento das eletroválvulas, um
componente-chave da tecnologia para
motores de combustão interna de INA,
capaz de reduzir o consumo e de melhorar os desempenhos.
sua construção modular permite adaptá-la a cada aplicação de modo
simples. Por este motivo, a posição e a forma de diversos componentes, como a entrada do óleo ou a ficha, poderão apresentar-se em diferentes combinações. Na versão de inserção, a válvula poderá estar
integrada diretamente na cabeça de cilindros ou situar-se sobre um
corpo intermédio. A válvula encontra-se ligada eletricamente ao con-
NA CAPA
trolo do motor. Por sua vez, a corrente hidráulica está situada num
orifício com ligações para a alimentação de óleo, para as câmaras de
funcionamento do sistema de arranque da árvore de cames, assim
como, para o retorno do óleo. A corrente suporta a carga axial produzida pela mola em direção à posição básica e desloca-se contra a força
dessa mola quando flui corrente pelos eletroímanes; deste modo, a
entrada e a saída de óleo de ambas as câmaras muda. Na denominada posição de controlo, todas as vias de óleo estão fechadas na sua
maior parte, de maneira que o rotor no sistema de arranque da árvore
de cames permanece fixo numa posição.
QUAndo há coRRente no eletRoímAn (1), este deslocA A coRRente InteRnA de contRolo (2) contRA A FoRçA de UmA
molA nA peçA hIdRáUlIcA dA válvUlA e contRolA A pRessão do óleo entRe As câmARAs de FUncIonAmento A e B. A
câmARA de FUncIonAmento coRRespondente, QUe não está sUBmetIdA à pRessão do óleo, está lIGAdA Ao RetoRno (t).
pARA FIxAR A posIção pARA o tempo de contRolo, A válvUlA mAntém-se nA posIção centRAl em QUe As UnIões de todAs
As lIGAções estão sepARAdAs entRe sI.
GENTE
9
BOXES
Informaçao de serviço
Ruídos na
guir explicamos porque é que isto acontece
Pode acontecer que os veículos indicados produzam ruídos que pro-
meiro a manga de união, comprovar que não existe nenhum tipo de
venham da transmissão dianteira direita, quando o motor está em
dano ou desgaste e mudar o lubrificante. Deve utilizar-se unicamen-
funcionamento entre 2.000 e 2.500 rpm. (e ocasionalmente acima
te o lubrificante recomendado pelo fabricante do veículo (MOBIL
das 4.000 rpm.). Este é um ruído que costuma ser gerado na união da
XHP 222).
transmissão e na árvore intermédia, devido a uma lubrificação insufi-
Se, apesar das medidas anteriormente detalhadas, continuar a escu-
ciente que provoca folgas no conjunto.
tar ruídos, deve determinar a causa exata dos mesmos. Não mude o
Para realizar um diagnóstico dos ruídos é importante limpar pri-
volante bimassa (DMF) sem ter realizado uma inspeção exaustiva.
transmissão dianteira
u
P
oderá detetar certos ruídos mecânicos
na transmissão dianteira direita. A se-
e o que fazer caso o diagnóstico seja uma má
lubrificação.
Figura 1: ponto da
transmissão onde
tem de aplicar o
óleo.
Fabricante
Ano de fabrico
Opel
2004
Modelos
Motores
Astra H
Z13###, Z17###, Z19###,
Corsa D
Y20###, Y22###, Y30###,
Meriva
Z30###, Z16 LEL (solo Cor-
Signum
sa D)
Vectra C
Zafira B
GENTE
10
Em suma...
- Estes ruídos são normalmente provocados por
uma lubrificação insuficiente durante a união da
transmissão e da árvore intermédia.
- Utilize unicamente o lubrificante recomendado pelo
seu fabricante.
- Se continuar a escutar ruídos após ter posto em
prática as medidas acima, detete a causa exata com
uma inspeção exaustiva.
BOXES
Informaçao de serviço
Ruído de
sacudidelas na
transmissão
u
É
possível que nos modelos de automóvel indicados possam escutar-se certos ruídos, como
sacudidelas, provenientes do motor, da transmissão. Esta informação de serviço contribui para detetá-los e indica-nos medidas fáceis de executar para
tentar solucionar o problema.
Pode acontecer que, nos automóveis mencionados, se escutem ruí-
aqueles que não disponham de um amortecedor de vibrações pode
dos no motor quando este está em funcionamento entre 1.700 rpm. e
ser solicitada a peça OE 24459603 (Figura 2).
1.900 rpm. e que podem dever-se a uma ressonância produzida pelo
Se, apesar de comprovar que o veículo está equipado com um amor-
motor. Por isso, o fabricante instala um amortecedor de vibrações flu-
tecedor de vibrações, continuar a escutar os ruídos no motor, deverá
tuador adicional durante a produção (ainda que nem todos os veículos
detetar a causa exata e não mudar o volante motor bimassa (DMF)
da série estejam equipados com esta peça).
sem ter efetuado uma inspeção exaustiva.
Antes de apresentar uma reclamação por este tipo de ruídos na
transmissão, é necessário comprovar antes se o veículo dispõe deste
amortecedor de vibrações no corpo do eixo dianteiro (Figura 1). Para
Figura 1: instalação do amortecedor de vibrações
Fabricantes
Motores
Opel
Z17DTH
Modelos
Z17DTL
Astra h
Z19DTL
Zafira BZafira B
Z19DT
Ano de fabrico
Z19DTH
2005
Z19DTJ
Nº OE: 24459603
Figura 2: amortecedor de vibrações
Em suma...
- Se escutar ruídos de sacudidelas deverá comprovar
se dispõe de um amortecedor de vibrações no corpo do
eixo dianteiro.
(Amortecedor de vibrações)
GENTE
11
BOXES
Informaçao de serviço
Precauções no A
manusear dos
volantes bimassa
o contrário do volante motor rígido, o volante
bimassa (DMF) é formado por vários compo-
nentes que podem deteriorar-se devido a circunstâncias externas. Como consequência, podem ocorrer falhas prematuras e dar azo a reclamações por
ruídos e vibrações.
u Devido a falhas prematuras e a reclamações que possam ocorrer por
ruídos e vibrações é fundamental respeitar estes aspetos ao manusear o bimassa:
- O volante bimassa que tenha sofrido um golpe ao chocar com o solo
não deverá voltar a ser instalado.
Uma queda poderá danificar o rolamento de esferas ou a chumaceira
de fricção, deformar os dentes do sensor de velocidade ou provocar
um grande desequilíbrio.
- É impossível reparar a superfície de fricção do bimassa.
O enfraquecimento desta superfície impede a garantia de um correto
funcionamento.
- Quanto aos bimassa com chumaceiras de fricção, a massa secundária não deve mover-se em direção axial com demasiada força.
Poderá ser danificada a membrana da parte inferior do DMF.
- Não se pode introduzir o volante bimassa numa máquina de lavagem de peças utilizando um aparelho de limpeza de vapor ou de alta
pressão.
- Devem ser usados parafusos de comprimento correto para a embraiagem.
Parafusos demasiado longos danificam o rolamento de esferas ou
deslocam-no da sua respetiva posição. Além disso, podem roçar contra a massa primária do volante, chegando mesmo a bloqueá-lo.
Em suma...
- Para mais informação, consulte os manuais de
formação LuK sobre o volante bimassa.
Figura 1: corte do dmF da luK
GENTE
12
BOXES
Informaçao de serviço
Indicação para a montagem
do braço tensor 534 0412 10
R
eservamos esta informação de serviço para
explicar detalhadamente como proceder na
montagem do braço tensor 534 0412 10. Observe
as imagens para informação acrescida.
u No processo de fabrico dos veículos mencionados utilizam-se duas
versões diferentes do braço tensor para a transmissão do grupo.
A versão 1 (Fig. 1) apenas pode ser usada com polia amortecedora de
vibrações da cambota. A versão 2 (Fig. 2) pode ser usada tanto em
veículos que possuam amortecedor de vibrações da cambota, como
em veículos que possuam uma polia de cambota rígida. A Schaeffler
Automotive Aftermarket apenas disponibiliza a versão 2 do braço tensor por esta razão.
Durante a instalação do braço tensor 534 0412 10 da Schaeffler Automotive Aftermarket, é imprescindível mudar o parafuso extraído do
braço tensor antigo pelo parafuso novo fornecido (Fig. 3).
É importante comprovar o adequado funcionamento mecânico e o perfei-
Fig.1: versão 1
to estado da união de borracha e metal. Se for detetado qualquer dano
ou defeito no amortecedor da cambota, este deverá ser substituído.
Fabricantes
Referências originais
Ford
Modelos
6G9Q-6A228-BC / 1425510
Galaxy, Mondeo IV, S-Max
Motor
8G9Q-6A228-AA / 1567809
N.º de artigo
534 0412 10
1.8 TDCi
Fig.2: versão 2
Em suma...
- A Schaeffler Automotive Aftermarket disponibiliza
a versão 2 do braço tensor porque é a que pode ser
utilizada em veículos com amortecedor de polia ou
com polia de cambota rígida.
- Utilize sempre o parafuso fornecido com o braço
tensor.
Fig.3: paraFusos
GENTE
13
BOXES
Informaçao de serviço
Solução para ruídos
procedentes da
transmissão do grupo
auxiliar na Ford Mondeo III
e na Ford Transit
A
Schaeffler Automotive Aftermarket
disponibiliza
uma polia livre do alternador
para os veículos que, devido a
fortes movimentos dinâmicos,
produzem ruídos procedentes
da transmissão.
u
Os veículos equipados com a polia rígida do alternador poderão
produzir ruídos devido a fortes movimentos dinâmicos da correia
Poli-V. A Schaeffler Automotive Aftermarket oferece como solução
técnica para estes veículos uma polia livre do alternador. Esta polia
reduz as cargas dinâmicas na transmissão do grupo auxiliar e evita
que se produzam ruídos. A Schaeffler recomenda substituir a polia
rígida do alternador pela polia livre do alternador 535 0223 10 nos
veículos afetados, sem esquecer de observar as indicações específicas do fabricante do veículo e respeitando em cada momento as
instruções de montagem incluídas. As peças podem encontrar-se
no catálogo on-line na página 222.schaeffler-aftermarket.es ou em
www.repxpert.con
mudança
de polia rígida para uma polia livre do
alternador.
Fabricantes
Ano de fabrico
Ford
Modelos
2000-2007
Nº de artigo
Transit, Mondeo III
535 0223 10
Em suma...
para
a montagem da polia
livre
num
alternador
visteon (Ford mondeo
iii) deve ser usado o disco
distanciador de 3 mm de
espessura.
GENTE
14
para
a montagem da polia livre
num alternador bosch (Ford
transit) deve ser usado o
disco distanciador de 1,4 mm de
espessura.
- Para evitar os ruídos produzidos pelos movimentos
dinâmicos da correia Poli-V em veículos de polia rígida
do alternador, a Schaeffler recomenda substituir esta
pela polia livre do alternador 535 0223 10.
- É importante seguir as instruções de montagem e as
instruções do fabricante do veículo.
BOXES
Informaçao de serviço
Intervalo de mudança
para o kit de reparação
535 0186 10
u
N
este momento informamos sobre o intervalo
de mudança para a polia livre do alternador e
para a manga de acoplamento com os números de
artigo indicados, acerca do que depende este intervalo e dar algumas indicações sobre instalação
básica.
As previsões de manutenção do fabricante especificam um intervalo de mudança para a polia livre do alternador 535 0118 10 (1Fig. 1) e para a manga de acoplamento 535 0185 10* (2 – Fig. 1). O
intervalo de mudança para os veículos que possuam um filtro de
partículas diesel estabelece-se nos 180 000 km e para os que não o
possuem nos 150 000 km.
Para substituir a polia livre do alternador e a manga de acoplamento nos veículos mencionados é necessário desmontar o alternador
ou o compressor do ar acondicionado. É importante recordar que
o alternador só deve ser desmontado e remontado junto com o
seu dispositivo de fixação. Se separarmos ambos os componentes
perder-se-á a orientação básica do alternador com a sua polia livre
do alternador (alinhada especialmente sobre a engrenagem reta).
Na Fig. 1 indica-se a posição de todos os componentes na engrenagem reta dos motores Volkswagen nomeados anteriormente. A
polia livre do alternador 535 0118 10 (1) e a manga de acoplamento
535 0185 10* (2) utilizam-se nesta transmissão tanto para o alternador (ALT) como para o compressor de ar acondicionado (AC).
(1) Polia livre do alternador 535 0118 10
(2) Manga de acoplamento flexível 535
0185 10*
(3) Kit de reparação 535 0186 10
(CA) Carreto da árvore de cames
(WP) Carreto da bomba de água
Fig. 1:
polia livre do alternador com manga de
acoplamento Flexível e engrenagem reta.
(CS) Carreto da cambota
(OP) Carreto da bomba de óleo
(ALT) Ligação ao alternador
Fabricantes
070 903 327 C (substituído)
Volkswagen
Modelos
070 903 327 D (atual)
Atr-Nr
Phaeton, touareg, Multivan
Polia livre do alternador (1)
T5, Transporter T5
Motor
535 0118 10
2.5 TDI, 5.0 TD1
Referências originais
vel (2)
Polia unidirecional (1)
Kit de reparação (3)
070 903 201 E
535 0186 10
Manga de acoplamento
Manga de acoplamento flexí535 0185 10*
(AC) Ligação ao compressor de ar acondicionado
*) não disponível em separado.
Em suma...
- A manutenção deve ser realizada a cada 180 000 Km
em veículos com filtro de partículas diesel e a cada
150 000 Km nos que não tenham filtro.
flexível (2)
GENTE
15
BOXES
A CONSULTA
AO SEU SERVIÇO
A equipa técnica do Schaeffler Group está à sua disposição para resolver as dúvidas técnicas que
possam surgir no quotidiano da sua oficina. De seguida mostramos as precauções que têm de existir ao montar um macaco hidráulico. Nesta operação é preciso ter em conta diversos factores antes
de deitar mãos à obra.
Que precauções devo ter em conta na hora de montar uma flange hidráulica CSC?
Poderíamos resumir as principais precauções quando vamos montar um CSC nos seguintes pontos:
1- É importante utilizar o líquido indicado pelo fabricante para evitar que os elementos do sistema hidráulico se decomponham. A utilização de um líquido inadequado poderá provocar a deformação do retentor interior do CSC e a consequente perda de líquido.
2- Comprovar sempre que no circuito hidráulico não existem impurezas nem restos de goma ou juntas tóricas nas tubagens ou adaptadores. Isto poderia provocar a rotura física do sistema devido à entrada de um volume de líquido superior ao calculado. O líquido
poderia chegar à flange hidráulica CSC com facilidade ao ser empurrado pela bomba de embraiagem, porém não poderia retornar com
a mesma facilidade ao ser travado por estas impurezas ou restos de goma.
3- Verificar antes da montagem que a ligação da tubagem do veículo encaixa corretamente no novo CSC.
4- A embraiagem é outro elemento a ter em conta no momento de montar uma flange hidráulica CSC, já que pode danificá-la. No caso
de montar o disco ao contrário, é possível que o colarinho do estriado roce contra o protetor do CSC, provocando o seu desgaste e
consequente rotura.
GENTE
16
BOXES
O REPXPERTO
ACEDA PASSO A PASSO ÀS INFORMAÇÕES DE SERVIÇO
As informações de serviço da LuK, INA e
FAG são a resposta do Grupo Schaeffler
aos utilizadores para resolver os problemas (técnicos, de montagem ou de ges-
1
tão) do dia-a-dia da sua oficina. A seguir
informamos como aceder a estas informações de serviço dentro da área privada
página de início repxpert.
www.repxpert.cpm. registar-se.
do clube RepXpert:
2
aceda às inFormações de serviço
da luK. técnico de transmissão –
reparação
3
aceda às inFormações de
serviço de ina técnico de
motores – reparação
4
inFormações de
serviço luKselecionar
poderá consultar a inFormação
de serviço e descarregá-la
aceda às inFormações de
serviço da Fag técnico de
órgãos de rolamento –
reparação
5
inFormação de serviço
luK descarregada
QUER PARTICIPAR?
Envie as suas perguntas para: [email protected]
GENTE
17
ÁREA DE DESCANSO
Dez estradas
essenciais
Q
uer sentir o prazer de conduzir? Nada melhor do que uns quilómetros ao volante num dos percursos
que hoje lhe propomos. Desfrute da vista, do traçado e da história nesta seleção de estradas que
qualquer apreciador de automóveis deveria percorrer ao menos uma vez na vida.
u Desfrutar do automóvel tornou-se num luxo. Atalhos, limites de ve-
sismicamente instáveis. O Roque de Los Muchachos, situado a grande
locidade, autoestradas aborrecedoras…as sensações ao volante são
altitude, num dos extremos desta grande cratera, encontra-se muito
um bem escasso no século XXI. No entanto, ainda é possível encon-
perto do mar. Começando no extremo ocidental da ilha, e tomando a
trar lugares lendários nos quais a condução requere 100% das nossas
LP-4 desde o início, vemo-nos catapultados do nível do mar até 2500
habilidades ao volante, ou nos permite conseguir o melhor das nos-
metros em apenas 20 quilómetros. Para isso, devemos contornar uma
sas máquinas. Propomos-lhe uma viagem por alguns destes destinos
infinidade de curvas de ângulo impossível e de grande elevação, que
lendários, ideais para entender o automóvel como meio para vencer
serpenteiam por entre um belo bosque de pinheiro. O grande declive,
barreiras físicas e descobrir o mundo. Ao longo da Europa, da Améri-
o tempo variável e o tráfego de turistas obrigam a extrema precaução
ca, da Ásia e da Oceânia, esta variada seleção de dez destinos é bas-
neste caminho exigente. Uma vez no topo, poderemos desfrutar da
tante subjetiva, e deixa de parte inúmeros caminhos lendários, tantos
vista e do observatório, antes de continuar a rota e descer pelo lado
que chegavam para uma nova seleção. Assim que tiver a vontade ou
oriental até Santa Cruz de La Palma, num caminho igualmente exigen-
a sorte de os percorrer todos, voltaremos com uma segunda parte.
te. No total, cerca de 60 quilómetros que tomarão pelo menos uma
Antes de começar, quero recordar que, ainda que estas estradas in-
hora de condução em estado puro, num dos segredos mais bem guar-
cluam troços de certa dificuldade, qualquer condutor com experiencia
dados da rede rodoviária espanhola.
mínima poderá circular neles com normalidade. Não esquecer que em
todos os casos se tratam de estradas abertas à circulação, onde há
que cumprir todas as normas de circulação.
1. SUBIDA AO ROQUE DE LOS MUCHACHOS
La Palma. Ilhas Canárias (Espanha)
Iniciamos este percurso por um dos grandes desconhecidos da rede
de estradas espanhola. A norte da vulcânica ilha de La Palma, no denominado Roque de Los Muchachos, encontra-se o Instituto Astrofísico de Canárias. Situado a 2,500 metros de altura, sobre as nuvens,
este local proporciona uma paisagem de ficção científica, apinhado de
grandes antenas e telescópios, e com uma vista oceânica que abarca
o cume do Teide, situado na ilha de Tenerife cujo cume é visível em
dias límpidos. Para chegar a esta paragem de sonho devemos fazer
uma das subidas mais extremas do território espanhol. A especial orografia de La Palma, com a extensa elevação vulcânica da Caldera de
Taburiente ocupando o seu centro, faz desta ilha uma das mais exigentes ao nível da condução, obrigando o condutor a percorrer grandes
distâncias retorcidas para evitar zonas montanhosas e outras zonas
GENTE
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ÁREA DE DESCANSO
muito apertadas, de tipo forquilha, que se sucedem de maneira incessante. A subida desde Stelvio é especialmente dura até ao cume, com
nada menos do que 48 curvas, que devem fazer-se a baixa velocidade
devido à ausência de visibilidade. Além do mais, o caminho praticamente inalterado em 200 anos, apresenta uma calçada muito estrei-
2. COL DE TURINI
Alpes marítimos (França)
ta ao longo de todo o percurso. Uma vez no topo, convém descansar
um pouco antes de iniciar a descida até Bormio, menos exigente mas
também repleta de curvas. Devido ao clima, a passagem permanece
Col de Turini é uma passagem de montanha situada nos Alpes do Sul,
fechada aproximadamente entre novembro e maio, ainda que a data
a uma altura de 1600 metros e a apenas 40 quilómetros de Niza. Famo-
varie de acordo com o rigor do inverno.
sa por acolher uma das etapas mais especiais do Rally de Montecarlo,
a passagem deste cume oferece inúmeros atrativos ao condutor. Com
uma notável paisagem de alta montanha, talvez a sua característica
mais marcante seja o modo como combina curvas apertadas, de 180º,
com retas e curvas rápidas, que se sucedem de maneira encadeada.
Este traçado peculiar, que se alonga nas encostas rochosas, percorre
um sem-fim de pontes e cornijas de pedra, que repousam no bordo
da montanha. Esta espetacularidade transformou-o num dos mais
4. ESTRADA TRANSFAGARASAN
Valáquia-Transilvânia (Roménia)
Terminamos a nossa seleção de estradas com curvas com esta estrada particular que permaneceu oculta atrás da cortina de aço até
há alguns anos. Nomeada a melhor estrada da Europa para conduzir,
pelo programa da BBC Top Gear, Transfagarasan é uma estrada mi-
famosos troços do Campeonato Mundial de Rallies (WRC), onde os
pilotos profissionais atingem velocidades vertiginosas roçando as
proteções de pedra. Para o condutor habitual, e sob o controlo estrito
dos gendarmes locais, a rota começa na localidade de Sospel, onde
tomamos a estrada D-2566 em direção a La Bollène-Vésubie. Com um
comprimento de 32 quilómetros, a rota inclui até 34 curvas fechadas
ou “curvas gigantescas” de certa dificuldade, nas quais convém prestar atenção ao tráfego que circula no sentido oposto. Também convém
recordar que é um caminho de montanha, no qual a presença de gelo
e de neve durante os meses de inverno está assegurada.
3. PASO STELVIO
Lombardia (Itália)
Continuamos o nosso percurso sem sair deste continente com este outro porto
litar situada na Roménia, mais concretamente nos Cárpatos do Sul.
de montanha, cujo cume in-
Com um comprimento de 90 quilómetros, a estrada liga as regiões de
clui a segunda estrada alca-
Valáquia e Transilvânia. Denominada DN7C, este incrível traçado foi
troada mais alta da Europa.
encomendado por Ceausescu nos anos setenta, como via estratégica
A passagem do Stelvio está
perante uma eventual invasão soviética. A sua construção, apressada
situada nos Alpes italianos,
pelo Exército, teve um elevado custo económico e de vidas humanas,
perto da fronteira suíça, e
devido ao escarpado do terreno e à utilização massiva de dinamite. O
estende-se entre as locali-
seu traçado, repleto de curvas e de declives vertiginosos, oferece uma
dades de Stelvio e Bormio
vista incrível da região, além de inúmeras pontes e túneis. O seu com-
pela SS38. Construído em
primento, e a enorme quantidade de curvas e configurações, oferecem
1825 pelo império austro-
uma experiência de condução completa. Nas palavras de Jeremy Clark-
húngaro, o seu objetivo era o de unir a província de Lombardia ao res-
son, diretor de BBC Top Gear e revelador desta estrada ao mundo, “É
to do império. Este percurso de montanha, com um comprimento de
como se em Transfagarasan tivessem decidido reproduzir as curvas
cerca de 40 quilómetros destaca-se pela grande quantidade de curvas
dos principais circuitos de todo o mundo.”
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percorrê-lo é manter a atenção enquanto se circula sem ficar cativado
pela espetacular paisagem costeira que nos acompanha. Ao longo do
seu percurso, torna-se obrigatório parar para contemplar os diversos
espaços de grande beleza, entre os quais se destaca a formação rochosa denominada Os doze apóstolos, composta por grandes vultos
de pedra salpicados ao longo da costa.
7. HANA HIGHWAY
Ilha de Maui, Havai (Estados Unidos)
5. VIADUTO MILLAU
Continuamos o nosso percurso pelo
Millau (França)
Pacífico até ao Havai, mais concreta-
Após esta confusão de estradas retorcidas, vamos descansar com o
nosso seguinte destino: o viaduto de Millau. Esta obra de engenharia faraónica, obra do britânico Norman Foster, é a ponte mais alta do
mundo, com uma altura máxima de 343 metros. Situada na autoestrada A-75/A-71 entre Paris e Montpellier, foi construída para salvaguardar os atalhos estivais da localidade de Millau, feitos na sua maioria
por franceses que elegem Espanha para veranear. Esta variante implicou a construção de uma ponte que salvasse o profundo vale do Tarn.
Finalizada em 2004, o seu comprimento é de dois quilómetros e meio
e desenha um traçado praticamente reto, de modo que é relativamente fácil deleitar-nos com a beleza desta obra faraónica e contemplar a
grandeza dos seus pilares. Até pode ser apenas uma reta, mas circular
sobre o viaduto de Millau significa circular sobre o expoente máximo
da engenharia aplicada à estrada.
une Kahului à pequena aldeia de Hana,
a leste da ilha, através das rotas 37 e
31. Finalizado no início do
século XX, este percurso atravessa
nos seus primeiros quilómetros belas
paragens de selva tropical, para terminar flanqueando o sul da ilha, junto
ao mar. Num percurso deveras serpenteante, chegar a Hana implica cruzar
59 pontes, muitas delas de apenas
uma via e com mais de cem anos de antiguidade. Com muitos troços
estreitos que se alongam paralelos ao Pacífico e eventuais deslizamuita atenção, com especial precaução na época de chuvas e evitando “fugas” aos troços mais antigos, não alcatroados. Além da beleza
Nova Gales do Sul (Austrália)
Já que arrancámos com as rotas panorâmicas, viajamos até à Austrália
para percorrer a Great Ocean Road. Denominada B-100. Esta estrada
prolonga-se por mais de 240 quilómetros pela costa sudeste da Austrália, na região de Victoria, mais concretamente entre as localidades
de Torquay e Warnambool. Foi construída no final da I Guerra Mundial
por soldados provenientes da guerra como homenagem aos seus com-
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contrar a Hana Highway, a estrada que
mentos, a Hana Highway deve percorrer-se a baixa velocidade e com
6. GREAT OCEAN ROAD
GENTE
mente a ilha de Maui. Ali podemos en-
das suas paisagens, esta estrada convida a fazer inúmeras paragens
para contemplar todo o esplendor do Maui, tal como a baía de Honomanu, as suas inúmeras cascatas e piscinas naturais ou as suas praias
e reservas naturais.
8. BIG SUR
panheiros mortos em comba-
Califórnia (Estados Unidos)
te. O seu traçado, aberto de
A terceira rota panorâmica desta seleção é talvez a mais completa de
modo artesanal, a golpe de
todas. Viajamos agora até aos Estados Unidos, mais concretamente
picareta e dinamite, mantém-
até o centro da Califórnia. Ali, partindo da idílica aldeia de Carmel, até
se inalterado, se bem que o
ao sul pela estrada estatal n.º 1, até San Simeón, percorremos uma
pavimento e a largura da via
das zonas mais espetaculares da costa pacífica. Durante quase 150
são atuais e permitem uma
quilómetros, esta velha estrada costeira percorre a área de Big Sur,
condução relaxada. A Great
uma difusa e estreita franja de território no centro do estado, situa-
Ocean Road apresenta um
da entre o oceano Pacífico e as montanhas de Santa Lucía. Com uma
traçado misto, no qual pre-
extensão de mais de 2400 quilómetros quadrados, Big Sur encontra-
dominam as curvas suaves.
se praticamente desabitada. Grandes fazendas cujos pastos chegam
A principal dificuldade em
perto do mar, grandes falésias, quilómetros de praias desertas e san-
ÁREA DE DESCANSO
circular sem restrições fixas, aparte das que impõem a prudência e a
mecânica. A Alemanha, o país que fabrica os melhores automóveis do
mundo, dispõe de uma extensa rede de autoestradas, denominadas
Bundesautobahn, de quase 13.000 quilómetros. Em mais de metade
deste percurso, os automóveis podem circular sem limite de velocidade. Esta rede, cuja conceção original data dos anos vinte, não parou de
crescer e desenvolver-se, após a quebra da II Guerra Mundial. Autênticas pioneiras em facilitar a circulação a alta velocidade, as autoestuários cheios de focas e leões-marinhos. Estas belas paisagens foram escolhidas pelo magnata Randolph Hearst para construir o seu
castelo. O percurso pela nº1 é um verdadeiro deleite para os sentidos.
Bom pavimento, curvas de todo o tipo, pontes históricas e a contínua
presença do Pacífico com o seu resplendor azul. As paragens para retratar a vista do oceano, passear pelas suas praias ou ver de perto os
leões-marinhos completam os atributos desta estrada essencial.
9. ALASKA HIGHWAY
Canadá-Alaska
tradas alemãs passaram pela sua última expansão após a queda do
muro de Berlim, ao terminar ou reparar os traçados situados na antiga
Alemanha de leste. As histórias que relacionam a sua planificação com
a estratégia militar de Hitler são todas falsas. A rede de autoestradas
foi projetada para ser a primeira grande rede que permitisse percorrer
o país a grande velocidade por estrada. E assim é atualmente. Para um
condutor habituado ao limite de 120 km/h, uma estrada na qual se pode
conduzir sem estar dependente do ponteiro da velocidade é toda uma
experiência. Aqui sim, convém ser cauteloso, pois o facto de ser legal
não significa que possamos esquecer-nos dos perigos da velocidade.
De todos os percursos que propomos nesta seleção, este é sem dúvida o mais extremo. Percorrer os territórios do Yukón desde a Columbia
Britânica no Canadá até ao coração do Alaska é uma aventura. Um
percurso de quase 2200 quilómetros
através de um território virgem, onde
renas e bisontes acampam em toda a
sua amplitude, rodeado de montanhas
e lagos de montanha. A Alaska Highway
foi construída durante a Segunda Guerra
Mundial para facilitar o eventual movimento de tropas entre os Estados Unidos
e o Canadá. Com grandes dificuldades,
o primeiro traçado deteriorava-se muito na primavera, ao derreter o subsolo,
formando um lodaçal capaz de engolir
veículos inteiros. Após anos de reparações e alterações de rota, esta estrada
permite a entrada em territórios de grande beleza, de modo simples, usufruindo
de serviços básicos e de um traçado aberto todo o ano. Assim, para
percorrê-lo no inverno recomenda-se uma certa destreza e uns bons
pneus com cravos.
10. REDE DE AUTOESTRADAS
Alemanha
Depois de percorrer o mundo em busca de paisagens, voltamos à Europa para encerrar esta seleção com um pouco de condução em estado
Em suma...
-Na LP-4 da ilha de La Palma passamos do nível do
mar até aos 2500 metros de altura em apenas 20
quilómetros de percurso.
-A estrada Transfagarasen na Roménia foi construída
como via estratégica perante uma eventual invasão
soviética.
-Na rede de autoestradas alemãs pode conduzir-se sem
limite de velocidade.
puro. Existe um lugar no velho continente onde os automóveis podem
GENTE
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NOTÍCIAS
Produção
Automóvel em
Portugal cresceu
16,5%
No mês de Outubro de 2011, foram produzidos em
Portugal 17.460 veículos automóveis, o que corresponde a um acréscimo de 16,5 por cento, face ao mês
homólogo do ano anterior.
Esta evolução favorável da produção global foi determinada pelo crescimento da produção, quer, de veículos ligeiros de passageiros (+7,5 por cento), quer,
de veículos comerciais (+42,9%).
Do total de veículos produzidos em Outubro de 2011,
a exportação cifrou-se em 17.183 veículos, ou seja,
98,4 por cento da produção nacional, o que representa um crescimento homólogo de 18,1 por cento no número de veículos exportados.
Relativamente à variação homóloga da produção acumulada nos dez primeiros meses do ano, registou-se um
crescimento de 24,7 por cento, o qual foi determinado pela subida da produção de ligeiros de passageiros (+28,6
por cento) e de comerciais ligeiros (+17,2 por cento) pois a de veículos pesados baixou 13,1 por cento).
A ACAP exige que os concessionários possam realizar a
atividade de Centros de Inspeção Periódica de Veículos
A Associação do Automóvel de Portugal (ACAP) afirma que os concessionários de veículos deveriam ser autorizados a exercer a atividade de
Centros de Inspeção Periódica de Veículos sem restrições sobre os veículos a inspecionar.
As empresas concessionárias de automóveis realizam importantes investimentos em equipamentos, que poderiam ser utilizados na atividade
de inspeção técnica de veículos, e contam com uma elevada
formação dos seus recursos humanos; são, na sua maioria,
empresas certificadas a nível de qualidade e a nível ambiental. Além disso os concessionários possuem uma distribuição
geográfica que abarca todo o território nacional, contribuindo
assim para uma melhor prestação do serviço aos proprietários de veículos e reduzindo o número de zonas que não têm
um centro de inspeção. Atualmente existem 161 concelhos, de
entre os 308 que existem no país, que não têm Centros de Inspeção de Veículos.
A ACAP sempre defendeu que as empresas concessionárias
de veículos podem exercer esta atividade sem restrições e
num plano de igualdade em relação a qualquer outra empresa, considerando que esta é a única forma de melhorar o funcionamento do mercado através da prestação de um melhor
serviço aos consumidores. A ACAP exige assim ao governo e
aos diferentes partidos que a sua posição seja considerada
em futuras alterações legislativas.
GENTE
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NOTÍCIAS
A Schaeffler apresenta
soluções avançadas
para uma mobilidade
eficiente no IAA Motor
Show de Frankfurt
a “schaeffler dMt experience” recebeu inúMerOs
visitantes.
O grupo Schaeffler esteve presente na 64ª Edición do IAA International Motor
Show celebrado em Frankfurt entre 15 e 25 de setembro, que recebeu mais
de 900.000 visitantes. O slogan da feira “Future comes as standard” realçava
o crescente interesse pelas novas tecnologias, que abarcam desde os veículos elétricos e híbridos até aos carros de luxo. Na inauguração, a chanceler
alemã Angela Merkel foi recebida no stand da Schaeffler, de 500 m2, pela
direção do grupo: Maria-Elisabeth Schaeffler, Georg F. W. Schaeffler, Chefe
do Conselho de Administração e Juergen M. Geissinger. Presidente e CEO
do grupo Schaeffler. A chanceler interessou-se pelo desenvolvimento das
tecnologias de veículos de eficiência energética. Maria-Elisabeth Schaeffler
declarou que os produtos apresentados no IAA pela Schaeffler “demonstrou
que somos uma fonte de inovação para os veículos do futuro. Continuamos
a chanceler aleMã angela Merkel fOi recebida nO
stand pela direçãO dO grupO schaeffler.
a procurar e a desenvolver capacidades para produzir soluções avançadas
e a introduzir novas soluções na produção automobilística”. A Schaeffler
apresentou uma ampla gama de produtos, que incluíam tecnologia de transmissão para motores de combustão interna, além das últimas tecnologias
para veículos híbridos e de soluções para a mobilidade elétrica. Os expositores “Advanced Drive” e “eSolutions”, com os seus respetivos concept cars
(protótipos), atraíram um grande número de público interessado na gama de
produtos para veículos energicamente eficientes e produtos da área da electromobilidade, área à qual a empresa dedica uma atenção especial com a sua
divisão eMobility Systems. Uma das novidades apresentadas no stand foi
um novo módulo de controlo térmico que reduz o consumo de combustível e
as emissões de CO2 acima de 4%, otimizando e controlando a temperatura
dos motores e da transmissão, assim como os componentes híbridos e as
prOtótipO “esOlutiOns” apresentava sOluções
avançadas nO caMpO da electrOMObilidade.
O
baterias. Mas os verdadeiros protagonistas do stand foram os protótipos. O
Advanced Drive, que equipa uma seleção de produtos desenvolvidos para
otimizar a eficiência energética dos motores de combustão interna, como a
função Start stop ou a tecnologia microhíbrida. Por outro lado, o outro protótipo denominado eSolutions, revelava conceitos inovadores como o eWheel
Drive ou o eDifferential.
Os sistemas e os componentes das marcas do grupo Schaeffler, LuK, INA e
FAG encontram-se em veículos fabricados pela maioria das marcas. Em média, cada veículo contém cerca de 60 componentes do grupo Schaeffler, por
todo o mundo.
O pilOtO Martin tOMczyk
dtM.
cOM Os vencedOres dO
GENTE
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Gente Numero 26 - Dezembro 2011