SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA DA MARINHA
OUTUBRO/2009
INFORMATIVO
Nº 42
CAPELÃES ANIVERSARIANTES DO MÊS
Ativa
Ativa
04 de outubro
Capelão Pe. Odécio
serve no Com8ºDN.
07 de outubro
Capelão Pe. Agostinho
serve no CADIM.
Ativa
Reserva
20 de outubro
Capelão Pe. Dálvio José
serve no EAMES
SARM – A FORÇA DA FÉ
17 de outubro
Capelão Pe. Joventino Cardoso
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O VALOR DO HOMEM
Certa vez um palestrante, durante uma exposição, tomou
uma nota de 100 reais, amassou-a bastante e perguntou à platéia
que o ouvia: - Quem quer uma nota de 100 reais amassada?
Muitas mãos se levantaram.
Em seguida ele pegou a mesma nota, jogou-a no chão e pisoteou-a bastante; e perguntou novamente: - Quem de vocês ainda
quer esta nota amassada, suja e pisoteada? Todas as mãos levantadas ainda.
Então o palestrante perguntou: - Por que vocês ainda querem
esta nota tão, maltratada? Alguém lhe respondeu: - Porque ela não
perdeu seu valor.
Se o dinheiro, algo material, não perde seu valor, mesmo
amassado e pisado; você, muito menos perde seu valor quando a
vida o joga no chão.
Mesmo que você esteja machucado, abandonado e ferido,
sempre terá muito valor. Ele está em sua alma e ninguém pode destruí-lo.
Ainda que você tenha cometido erros e sofrido injustiças, seu
valor permanece o mesmo.
Saiba de uma coisa: só você mesmo pode tirar e desprezar o
valor que você tem. Ninguém mais.
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CAPELANIA DO COLÉGIO NAVAL
De 29 a 31 de maio a Capelania do Colégio Naval realizou
um encontro de jovens para aprofundar os valores da fé, com um
bom número de alunos participantes.
Neste encontro
foram aprofundados temas relevantes,
tais
como:
1- Novo Testamento: A nova
Aliança em Jesus Cristo;
2- Maria, esposa do Espírito
Santo e a discípula fiel;
3- Sexualidade;
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O encerramento do encontro aconteceu com a celebração da
Santa Missa na Capela do Colégio Naval, com a presença de Oficiais, Praças, Servidores Civis, alunos e dependentes.
4- Doutrina da Igreja: A fé católica, que vem dos apóstolos que a
receberam de Cristo;
5- Militar: Um homem de fé e um homem de armas;
6- Pentecostes: O Espírito Santo é a armadura do cristão; e
7- Maria: A mulher de ferro e a mulher das flores.
O encontro foi permeado de cantos, orações, reflexão, momentos de descontração e de intenso convívio fraterno.
Nesta Santa Missa foi celebrado também o dia de Pentecostes, festa que recorda a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos reunidos no cenáculo, com Maria, em oração.
A Igreja crê e celebra nesta data a sua fundação que Jesus
instituiu, tornando os Apóstolos, sob a chave de Pedro, seus anunciadores, Igreja que chegou até nós e continuará pelos séculos sob
a chave do Papa.
Na mesma missa, os
alunos e a comunidade celebraram o encerramento do mês
de maio, especialmente dedicado a Virgem
Maria e a recitação do terço.
Foi
um
verdadeiro Pentecostes na Capela do Colégio
Naval.
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CAPELA DA CHEFIA DO SARM
No dia 28 de maio, o Capelão Pe. Rodrigo, Adjunto do SARM,
presidiu a Santa Missa de Coroação de Nossa Senhora, invocada
como Rainha do
Céu e da Terra.
Durante
todo o mês de
maio,
nas
missas de terças
e quintas, foram realizadas
reflexões sobre
o projeto de
Deus realizado por meio
do sim de Maria.
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Ressurge, na Igreja, uma autêntica espiritualidade Mariana,
onde os cristãos vão descobrindo, na primeira discípula fiel de Cristo, um grande modelo a ser imitado.
O próprio Evangelho
nos
ensina
que:
“Todas as gerações
me
chamarão
de
bemaventurada”.
(Lc 1,48)
Na escola de
Maria, chegamos a Jesus e
a sua verdadeira Igreja.
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REUNIÃO COM AS PRAÇAS E SERVIDORES CIVIS DAS
CAPELANIAS DA ÁREA DO RIO DE JANEIRO
ANIVERSÁRIO DO CAPELÃO-CHEFE
Duas vezes ao ano, a Chefia do SARM promove um encontro
com as Praças e Servidores Civis lotados na Equipe da Assistência
Religiosa das Capelanias da área do Rio de Janeiro.
No dia 29 de maio nos reunimos mais uma vez para aprofundar conhecimentos sobre os programas do SARM para as Capelanias.
Foram momentos de intensa convivência, partilha e sugestões para o aprimoramento do atendimento em nossas Capelanias.
No dia 02 de junho, por ocasião do aniversário do CapelãoChefe, Pe. Nelson Dendena, foi organizado um café onde compareceram, além das Praças da Equipe do SARM, vários Oficiais e Praças da DGPM e de outras OM.
O clima de amizade, companheirismo
e o empenho nas fainas diárias que existe
na Chefia do SARM
são os fatores mais
importantes e o melhor
presente que celebramos e que o CapelãoChefe recebe todos os
dias de sua Equipe.
BRAVO ZULU, Equipe
do SARM!
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CENTRO DE CONTROLE E INVENTÁRIO DA MARINHA
CAPELANIA DO ComDivAnf
Dia 03 de junho, os servidores civis se reuniram na belíssima
Capela do BAMRJ para uma Santa Missa em sufrágio da alma do
servidor civil Juan Toledo dos Santos.
Foi comovedor a
participação nos
cantos, orações e
nos depoimentos
sobre o amigo e
colega que Deus
chamou para si.
Dia 04 de junho, no Centro de Instrução Almirante Sylvio de
Camargo, a tripulação se reuniu, no auditório, para um momento de
oração a Deus, por todas as bênçãos e graças recebidas durante o
ano.
É importante reservar, nas fainas diárias, um tempo para
Deus, pois ele merece de seus filhos todo louvor e toda ação de
graças.
O Capelão, Pe. Chiodi,
organizou com carinho este momento de encontro dos Fuzileiros
com Deus.
Mereceu
um
destaque especial
o apoio que a OM
e os colegas deram a família de
Juan, neste momento de dor e
sofrimento.
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CAPELANIA DO ComForAerNav
Dia 06 de junho, a Capela da Força Aeronaval realizou
mais uma festa junina
para congregar na
alegria os Oficiais,
Praças,
Servidores
Civis, dependentes,
inativos e os pensionistas.
Foi comovedor
ver os Praças da Equipe da Capela, os
grupos de famílias, as
lideranças dos movimentos pastorais e o
Capelão, Pe. Marcioni, preparar tudo, para
que as pessoas pudessem participar da
festa com alegria.
BRAVO ZULU,
comunidade do ComForAerNav!
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ENCONTRO NACIONAL DOS CAPELÃES PADRES DAS
FORÇAS ARMADAS, PM E CBM
De 15 a 20 de junho, os Capelães Padres que servem na MB,
EB, FAB, PM e CBM se reuniram em Itaicí-SP sob a Presidência
de Dom Osvino para um encontro de convivência, partilha de assuntos ligados à Assistência Religiosa e estudo de temas relevantes a formação do presbítero em sua ação evangelizadora no meio
militar.
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CAPELANIA DO ComemCh
De 19 a 21 de junho, a Capelania do Comando-em-Chefe da
Esquadra realizou mais um Encontro de Casais para Praças e Servidores Civis.
Foram 30 novos casais que participaram, refletindo intensamente sobre a importância da família estar alicerçada em valores
ético-morais-religiosos e de se engajarem nos grupos por proximidade de residência, para um crescimento na fé e na conjugalidade.
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CAPELANIA DO AMRJ
Dia 23 de junho foi celebrada uma oração pelo Capelão Chefe e pelo Capelão do AMRJ, Pastor Ailton, na Diretoria de Contas da
Marinha.
A motivação da
oração foi
para pedir
bênçãos e
graças sobre os que
servem na
DCoM. O
Coral da
DHN animou
os
cantos e a
participação
nas
orações,
pelos presentes. Foi
muito edificante.
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V ALTE TASSO, VISITA CHEFIA DO SARM
Dia 25 de junho, recebemos a visita do V Alte Tasso, que
veio para preparar a Santa Missa de seu jubileu de ouro matrimonial
e nos deixou este artigo sobre Dom Ávila.
DOM ÁVILA, O AMIGO DE
DEUS E MEU AMIGO.
V Alte (Ref) Sergio Tasso Vásquez de
Aquino
Estava eu em Águas de
Lindóia, interior de São Paulo,
passando uns dias de descanso
com minha mulher e a família de
meu filho mais velho, Carlos
Tasso, quando, na tarde de 15 de
novembro de 2005, apanhei
exemplar de “O Estado de São
Paulo”, deixado no balcão da
recepção do hotel.
Ao abri-lo, deparei-me com o retrato de Dom Ávila e a notícia
do seu falecimento.
Senti uma grande tristeza, por saber que nunca mais, nesta
vida, me encontraria com o grande e bondoso amigo, mas, ao
mesmo tempo, meu coração encheu-se de consolação, pela certeza
de que os santos nascem para a glória na vida eterna no dia da
morte, e que Dom Ávila tinha ido ao encontro do Pai, que o recebera
de braços abertos, e que teria eu mais um defensor e protetor no
céu!
Conheci Dom Ávila na primeira vez em que servi em Brasília,
na década de 70, quando ele, ainda monsenhor, auxiliava o
Arcebispo, Dom José Newton, velho amigo do meu avô materno e
de toda a família, desde a época em que fora bispo de Uruguaiana,
no Rio Grande do Sul, na década de 40. Desde logo,
impressionaram-me o fervor apostólico e a fé profunda que eram
marcas registradas
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de Dom Ávila, além da simpatia, da simplicidade, da afabilidade e da
lhaneza de trato, que a todos conquistavam.
Já se destacava, então, pela aproximação e o carinho com os
militares, participando dos eventos religiosos que lhes eram próprios
e ajudando na preparação das celebrações das Páscoas dos
Militares, com palestras e orientações piedosas às almas dos
guerreiros, sedentas do Amor a Deus. Aí, ficamos amigos!
Na minha segunda passagem por Brasília, fui encontrá-lo Bispo
Auxiliar e depois Arcebispo Militar. Nessa condição, tivemos grande
identidade de anseios e ações, principalmente no período de 1991 a
1993, em que fui Vice-Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
Dom Ávila celebrou o casamento do meu filho Marcos André
com Silvana, freqüentava minha casa, que era abençoada pela sua
presença, e conquistou o respeito, a estima e a amizade de toda a
minha família.
Do seu intenso apostolado, um dos projetos mais queridos era
o da construção da Catedral Militar. Para isso, fora doado terreno
numa entrequadra da Asa Norte e iniciou-se campanha pela
contribiução mensal de 1% do soldo dos militares católicos
voluntários, para custear a obra. O Chefe do EMFA, General Veneu,
designou-me Presidente da Comissão de Construção da Catedral
Militar, o que ainda mais robusteceu minha ligação com Dom Ávila.
Um dia, antes da vinda de João Paulo II ao Brasil, olhando pela
janela do meu gabinete, de onde se descortinava o Eixo
Monumental Sul, em cujo gramado estava sendo erguido o altar em
que o Santo Padre rezaria a missa em Brasília, o então ContraAlmirante (EN) Renato Vilhena de Araújo, um dos Sub-Chefes do
EMFA, disse-me: “ Almirante, aquela estrutura bem poderia ser a
futura Catedral Militar” .
Achei ótima a idéia e a propus ao General Veneu e a Dom
Ávila, que a aceitaram sem restrições. Marcamos, então, audiência
com o Governador Roriz, para fazer-lhe o pedido pertinente.
Foi numa tarde chuvosa em Brasília. Dom Ávila e eu chegamos
na hora aprazada ao Palácio dos Buritis, com nossas vestes
formais. Lá encontramos grande agitação, provocada por greve dos
procuradores do DF, que haviam adentrado o Palácio para serem
recebidos pelo Governador. O chefe de gabinete recebeu-nos cons-
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trangido, pedindo desculpas pelo atraso do Governador, que estava
parlamentando com os grevistas. Ao se passarem quinze minutos
da hora marcada para a audiência, disse a Dom Ávila: “ O protocolo
determina que nos retiremos, mas proponho que esperemos pelo
tempo que for necessário, já que nobre é a causa”. Dom Ávila
acedeu.
Quase duas horas depois, chegou o Governador Roriz,
pedindo desculpas pelo atraso. Disse-lhe, então, que a única forma
de redimir-se seria pelo atendimento daquilo que vínhamos pleitear.
Depois de interessante e vibrante diálogo, utilizando forte e
convincente argumentação (1) e contando com o imprescindível
apoio de Dom Ávila, logrei obter do Governador a promessa de
doação do altar da Missa Papal, que viria a ser a nave principal da
Catedral e que já tinha outra destinação nos planos do GDF. Foi um
momento de intensa e pura alegria!
Com seu dinamismo e a proteção divina, Dom Ávila erigiu a
Catedral em curto espaço de tempo, no local em que se encontra,
terreno doado pelo GDF em frente ao Setor Militar Urbano, contando
com o apoio, por ele arregimentado, de instituições e pessoas
variadas, inclusive não-católicas. No lugar originariamente previsto,
na Asa Norte, construiu uma segunda Igreja. A Catedral veio a
constituir-se no grande santuário antevisto por João Paulo II, fonte
de copiosas graças e bênçãos para a Família Militar, para o Povo e
a Cidade de Brasília, como bem atestam as concorridas celebrações
litúrgicas, em que se destacam as Missas Mensais, a cada dia 25,
em homenagem `a Rainha da Paz. Curas, conversões,
aprofundamento religioso passaram a ocorrer com freqüência e
naturalmente, sob as bênçãos da Doce Mãe de Jesus!
Quando já na Reserva, continuei trabalhando com Dom Ávila,
na criação e tentativa de consolidação da Pastoral Militar da
Reserva. Por sua inspiração e intercessão, obtive uma hora
semanal na programação da Rádio Nova Aliança. Ali, todos os
sábados de manhã, durante um ano, levei ao ar “Cavaleiros da Fé”,
evangelização direcionada para os militares, mas que, graças a
Deus, alcançou grande guarida, principalmente entre o povo simples
e bom das cidades-satélites e entre os sacerdotes.
Depois que me mudei para o Rio, há quase sete anos,
diminuiram os contactos pessoais com Dom Ávila. Mas ele sempre
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esteve em nossos corações, no meu e nos da minha família, como o
amigo bom e fiel de que fala o Evangelho, o homem santo que
intercede por nós junto a Deus. Nos momentos difíceis, como o do
falecimento do meu pai, nunca me faltou sua mensagem de fé e
esperança!
Dom Ávila, pela sua vida e pelo testemunho que deu, de cristão e
de Pastor, é um grande e muito amado Filho e Amigo de Deus. Está na
glória do Senhor, velando por todos nós, Brasil, Brasília, Forças
Armadas, Pastoreio Militar, por todos aqueles que, mercê de Deus e
dos dons com que Ele o cumulou, soube conquistar!
Quanto a mim, de maneira simples e singela, mas do fundo do
coração, quero elevar minha homenagem ao grande amigo que foi e
que hoje está no Seio Misericordioso de Deus. Obrigado, Dom Ávila,
olhe por nós e interceda pela nossa conversão, como quando, numa
Quarta-Feira de Cinzas distante, fazendo o Sinal da Cruz em minha
testa, disse: “ Convertei-vos e crede no Evangelho” .
Senhor, eu creio.Convertei-me!
Rio de Janeiro, RJ, 14 de março de 2006.
_________
(1) O Governador já havia decidido ceder a estrutura do altar ao clube de
funcionários do Governo do Distrito Federal, para servir como ginásio de esportes.
Perguntei-lhe, então:
- “Que outro destino poderá ter o local em que o Santo Padre terá rezado uma Missa,
senão o de igreja?”
- “Mas, Almirante, eu já prometi...”, disse ele.
Voltei à carga:
- “Sei que o senhor tem ambições políticas amplas, em âmbito nacional. Se atender o
nosso pedido, terá a simpatia dos 300 mil militares das Forças Armadas, dos 700 mil das
Forças Auxiliares, dos na inatividade e dos pensionistas, e de suas famílias, distribuídos
por todo o Brasil! Estamos falando de um eleitorado possível de mais de cinco milhões de
pessoas!”
- “O senhor, Almirante, terá de dar-me um tempo, para que possa equacionar nova solução
para o ginásio de esportes dos funcionários.”
- “Governador, conheço a amizade filial, o vínculo especial que liga Dom Ávila ao Santo
Padre. Se o senhor disser sim ao que pedimos, nosso querido Arcebispo pedirá ao Papa
que, na Missa de Esplanada dos Ministérios, proclame, à cidade e ao mundo, “urbi et orbi”,
que a Catedral Militar, centro importantíssimo de fé e evangelização, ter-se-á transformado
em fulgurante realidade, graças à fundamental colaboração do Governador Joaquim Roriz!”
-“Ah, Almirante, como continuar a resistir?”
Com a graça de Deus e a dedicação, a fé, o vigor apostólico e o diligente empenho
de Dom Ávila, em pouco tempo a Catedral Militar Rainha da Paz, santuário e marco de
Brasília, estava erguida no Eixo Monumental, em frente ao Setor Militar Urbano,
abençoando, pelos tempos afora, os militares, suas famílias, o povo, nossa Capital e o
Brasil, “Terra da Santa Cruz”!
Rio de Janeiro, RJ, 29 de junho de 2009.
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