OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPINAS Relatório Analítico: Análise do Mercado de Trabalho Formal da Região Metropolitana de Campinas – Balanço do 1º Semestre de 2010 Termo de Contrato Nº. 65/2009 JULHO DE 2010 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS Prefeito Hélio de Oliveira Santos SECRETARIA MUNICIPAL DE TRABALHO E RENDA Secretária Municipal de Trabalho e Renda Maristela Braga Diretores Administrativo/Financeiro Josias Favacho Trabalho e Renda Antonio de Paula Coordenadores CPAT – Centro Público de Atendimento ao Trabalhador Silvia Helena Garcia Economia Solidária Leonardo Pinho Qualificação Profissional Humberto Alencar Contratos e Convênios Silvana Rigolin Administrativo/Financeiro Rogério Antunes De Bem Casa do Empreendedor Silvana Lima Banco Popular da Mulher Jose Carlos Edwiges Observatório do Trabalho Assessoria: Laerte Martins Termo de Contrato N° 65/2009 2 EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais Francisco José Couceiro de Oliveira – Coordenador de Pesquisas Nelson de Chueri Karam – Coordenador de Educação Rosana de Freitas – Coordenadora Administrativa e Financeira Coordenação Geral do Projeto Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento Angela Maria Schwengber – Supervisora dos Observatórios do Trabalho Adriana Jungbluth – Técnica Responsável pelo Projeto Equipe Executora DIEESE DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Ministro Godói, 310 – Parque da Água Branca – São Paulo – SP – CEP 05001-900 Fone: (11) 3874 5366 – Fax: (11) 3874 5394 E-mail: [email protected] http://www.dieese.org.br Termo de Contrato N° 65/2009 3 ÍNDICE APRESENTAÇÃO........................................................................................................................................... 5 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 6 1. COMPORTAMENTO DO EMPREGO ..................................................................................................... 8 2. COMPORTAMENTO DOS SALÁRIOS ................................................................................................. 15 2.1 Relação entre o Salário de Admissão e o Salário de Desligamento ............................ 15 2.2 Evolução do Salário Médio de Admissão ......................................................................... 16 2.3 Evolução da Massa Salarial................................................................................................ 18 3. FAMÍLIA OCUPACIONAL ........................................................................................................................ 20 4. PERFIL DO SALDO POR CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS ........................................................ 22 GLOSSÁRIO.................................................................................................................................................. 25 ANEXOS ........................................................................................................................................................ 26 Termo de Contrato N° 65/2009 4 APRESENTAÇÃO O presente documento configura-se no relatório analítico semestral intitulado: “Análise do Mercado de Trabalho Formal da Região Metropolitana de Campinas – Balanço do 1º semestre de 2010”, produto previsto no plano de atividades do Observatório do Mercado de Trabalho de Campinas, parceria entre o DIEESE e a Prefeitura Municipal de Campinas, através da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda. O objetivo do estudo é analisar a evolução do saldo de emprego com carteira assinada no primeiro semestre de 2010, comparando-o com o 1º semestre de 2009 e com o semestre anterior (2º semestre de 2009), no Brasil, na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e no município de Campinas. A análise das características do saldo de vagas gerado no período em questão é feita através dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED/MTE. Os dados mostram que o emprego com carteira assinada teve um desempenho expressivo ao longo do 1º semestre do ano, bastante distinto do verificado no mesmo período do ano anterior e melhor que o semestre imediatamente anterior (2º semestre de 2009). O crescimento do emprego foi liderado principalmente pela Indústria da Transformação e pelo Setor de Serviços e ocorreu em todos os tamanhos de estabelecimentos. A relação entre o salário dos admitidos e dos desligados voltou ao patamar anterior a crise de 2008, o salário médio de admissão no país, RMC e Campinas teve ganho real em 2010 em relação a 2009, e a massa salarial gerada em 2010 recuperou parte importante da massa perdida ao longo de 2009 em decorrência do volume elevado de desligamentos. O presente relatório encontra-se dividido em quatro partes principais, além desta apresentação e da introdução. A primeira delas analisa o comportamento do emprego no 1º semestre de 2010 no país, RMC e em Campinas, trazendo uma análise sucinta por setor de atividade e por tamanho de estabelecimento. A segunda parte faz uma análise do comportamento dos salários através de três óticas distintas e complementares: relação entre o salário de admissão e desligamento, evolução do salário médio de admissão e evolução da massa salarial. A terceira parte apresenta as vinte famílias ocupacionais que mais contribuíram para o saldo de vagas no ano e, para finalizar, apresenta-se o saldo por perfil individual (sexo, faixa etária e nível de escolaridade). Maristela Braga Secretária Municipal de Trabalho e Renda Termo de Contrato N° 65/2009 5 INTRODUÇÃO O saldo de vagas no primeiro semestre de 2010 foi o melhor da série histórica do CAGED1 em relação ao mesmo período de anos anteriores para o Brasil e Região Metropolitana de Campinas e foi o segundo melhor resultado para Campinas. No país foram gerados 1.473.320 postos de trabalho, 8,2% maior que o melhor resultado até então no primeiro semestre de 2008 (1.361.388 vagas). Esse saldo representou um crescimento do estoque de mão de obra de 4,5%. O saldo gerado em junho, entretanto, foi inferior ao de maio que, por sua vez, foi inferior ao mês anterior, indicando que o crescimento no número de postos de trabalho com carteira assinada está passando por uma leve desaceleração. Na Região Metropolitana de Campinas o semestre fechou com 34.451 vagas, resultado 13,9% superior ao verificado no mesmo período de 2008, melhor resultado até então. Esse saldo proporcionou um crescimento do estoque próximo ao do país: 4,3%. Em Campinas o saldo gerado no período foi de 9.066 vagas e o crescimento do estoque ficou um pouco abaixo da RMC: 2,7%. Os setores que mais contribuíram para a composição desse saldo no Brasil foram Serviços, com 490.028 vagas e Indústria da transformação com 394.148 vagas. A Indústria teve um desempenho bastante expressivo em relação ao mesmo período do ano anterior. Na RMC, Serviços e Indústria da Transformação também foram os dois setores que mais se destacaram, com saldos bastante próximos: 12.819 (37,2% do saldo total) e 12.522 (36,3%), respectivamente. Os subsetores da Indústria que se destacaram na primeira metade de 2010 na região foram a Indústria do material de transporte com 3.313 vagas (26,5% das vagas da Indústria) e a Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos com 1.863 vagas (14,8%). Em Campinas o setor de Serviços foi responsável por mais da metade das vagas geradas (57,5%) totalizando 5.214 vagas no 1º semestre de 2010. A Indústria gerou 26,3% do saldo no 1º semestre do ano (2.388 vagas). Os subsetores que mais se destacaram foram Indústria do material de transporte com 780 vagas (32,7% das vagas da Indústria) e Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico com 498 vagas (20,8% das vagas). Em relação ao tamanho do estabelecimento em que as vagas foram geradas nota-se uma participação expressiva daqueles com menos de quatro vínculos empregatícios, mas diferente do ano passado, eles não foram os únicos a gerar vagas, todos os tamanhos de estabelecimentos contribuíram positivamente para o saldo. 1 Análise se baseia na série do CAGED com início em janeiro de 1996, devido à revisão da base que a colocou sob a nova codificação de Atividades Econômicas - CNAE/95. Termo de Contrato N° 65/2009 6 Quanto aos salários, nota-se em 2010 a retomada da relação entre o salário de admissão e de desligamento do período anterior a crise de final de 2008. Quanto ao salário médio de admissão, o que se nota é que, além de recuperar o valor real2 perdido com a crise de 2009, os salários médios ficaram em patamar superior ao período imediatamente anterior a crise. Quanto à massa salarial, nota-se recuperação expressiva da massa perdida em 2009 em decorrência da movimentação de entrada e saída no mercado de trabalho formal. A família ocupacional que mais contribuiu para a geração de vagas na RMC foi a de Alimentadores de linhas de produção e em Campinas foi a de Agentes, assistentes e auxiliares administrativos. As vinte ocupações que mais empregaram foram responsáveis por 58,2% e 74,1% das vagas geradas na RMC e em Campinas, respectivamente. Quanto ao perfil, nota-se maior participação dos homens na faixa etária de 18 a 24 anos e com ensino médio completo. 2 A variação real do salário em determinado período refere-se à variação descontada a inflação do período em questão. O índice de inflação utilizado ao longo do estudo é o INPC. Termo de Contrato N° 65/2009 7 1. COMPORTAMENTO DO EMPREGO O primeiro semestre de 2010 foi bastante favorável ao emprego com carteira assinada no país. O saldo gerado foi de 1.473.320 postos de trabalho de janeiro a junho do ano, saldo bastante superior ao verificado para o mesmo período de 2009 (299.506 vagas), e 8,2% maior que o melhor resultado até então no primeiro semestre de 2008 (1.361.388 vagas) (Gráfico 1). Esse saldo foi resultado de 9.733.314 admissões e 8.259.994 desligamentos, movimentação intensa no mercado de trabalho nacional. O crescimento do estoque de emprego foi de 4,13% em relação a dezembro de 2009. Esse comportamento deve-se à conjugação de vários fatores, dentre eles o arrefecimento da crise e a retomada das contratações para recomposição da mão de obra perdida no ano anterior, que proporcionaram o forte dinamismo atual da economia brasileira, cujos efeitos permearam todas as grandes regiões e os setores de atividade econômica. 1.473.320 299.506 1.095.503 923.798 560.907 2006 600.000 680.750 573.989 2001 800.000 590.112 1.000.000 2000 1.200.000 966.303 1.400.000 2005 1.034.656 1.600.000 1.361.388 GRÁFICO 1 Saldo acumulado de vagas no primeiro semestre do ano Brasil, 2000 a 2010 400.000 200.000 2010 2009 2008 2007 2004 2003 2002 0 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE A Região Metropolitana de Campinas (RMC) também apresentou saldo recorde no primeiro semestre do ano. Foram 34.451 vagas, resultado de 239.131 admissões e 204.680 desligamentos. Esse resultado foi 13,9% superior ao verificado no mesmo período de 2008, melhor resultado até então com 30.258 vagas. Em relação ao mesmo período de 2009, 2010 apresentou saldo 11 vezes maior, indicando que o emprego apresentou recuperação expressiva após um ano de crise econômica internacional (Gráfico 2). Termo de Contrato N° 65/2009 8 34.451 GRÁFICO 2 Saldo acumulado de vagas no primeiro semestre do ano RMC, 2000 a 2010 30.258 40.000 15.809 2002 23.140 20.685 14.641 2001 15.000 14.114 20.000 2000 25.000 13.048 30.000 24.459 25.126 35.000 2.918 10.000 5.000 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 0 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Dentro da RMC, Campinas apresentou o maior saldo acumulado (26,3% das vagas da região). O saldo foi expressivo para primeiro semestre do ano, sendo o segundo melhor resultado da série histórica do CAGED/MTE, ficando atrás apenas do saldo acumulado do mesmo período de 2008 (11.988 vagas). Foram 9.066 vagas, resultado de 97.727 admissões e 88.661 desligamentos. Em 2009 o saldo do período tinha sido de apenas 1.974 vagas (Gráfico 3). 11.988 GRÁFICO 3 Saldo acumulado de vagas no primeiro semestre do ano Campinas, 2000 a 2010 14.000 6.777 6.022 8.126 5.587 1.794 2.699 4.000 3.140 8.000 5.224 5.969 10.000 6.000 9.066 12.000 2.000 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 0 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Termo de Contrato N° 65/2009 9 Indaiatuba apresentou o segundo maior saldo de vagas no semestre com 3.206 vagas (9,3% das vagas) e Santa Bárbara do Oeste apresentou o terceiro maior saldo com 2.907 vagas (8,4% das vagas) (Anexo 1). Analisando-se o desempenho dos municípios pela taxa de crescimento do estoque de empregos no período considerado, ocorre uma alteração significativa no ranking dos municípios. Cosmópolis3 passa a liderar o ranking do crescimento no 1º semestre de 2010 com variação de 12,7% no estoque de vagas (de 9.362 empregos em dezembro de 2009 para 10.552 em junho de 2010). Em seguida aparece Engenheiro Coelho com crescimento de 10,9% no estoque de vagas e Monte Mor4 com 10,6% (Anexo 2). O desempenho mensal do saldo de vagas no primeiro semestre não foi homogêneo. Os quatro primeiros meses do ano apresentaram crescimento acelerado do saldo de vagas no Brasil. A partir de maio, o saldo passou por uma leve queda em relação aos meses anteriores, apresentando uma pequena desaceleração do crescimento. O cenário econômico continua bastante favorável ao crescimento do país, entretanto, a elevação da taxa de juros nos últimos meses pode estar contribuindo para a redução da intensidade desse crescimento. A tabela 1 apresenta o saldo mensal e a variação do estoque por mês e acumulado para o Brasil, RMC e município de Campinas. TABELA 1 Saldo mensal e variação mensal e acumulada do estoque de vagas Brasil, RMC e Campinas, jan a jun de 2010 Período Saldo jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jan-jun/10 181.419 209.425 266.415 305.068 298.041 212.952 1.473.320 Brasil Var. (estoque) Mensal Acum. ano 0,55 0,55 0,63 1,18 0,81 1,99 0,92 2,92 0,90 3,82 0,65 4,46 Saldo 6.050 5.591 6.934 7.161 6.651 2.034 34.421 RMC Var. (estoque) Mensal Acum. ano 0,75 0,75 0,69 1,44 0,86 2,30 0,89 3,18 0,82 4,00 0,25 4,25 Saldo 1.406 1.209 2.313 1.706 2.143 289 9.066 Campinas Var. (estoque) Mensal Acum. ano 0,41 0,41 0,35 0,76 0,68 1,44 0,50 1,94 0,63 2,57 0,08 2,65 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE A RMC e o município de Campinas apresentaram redução acentuada do ritmo de crescimento de vagas em junho. O saldo do mês na RMC foi 69,4% inferior ao saldo do mês 3 Cosmópolis apresentou saldo no período de 1.190 vagas das quais 514 (43,2%) foram preenchidas no setor da Indústria da Transformação e 266 vagas (23,4%) pela Administração Pública. Cosmópolis foi o município que apresentou o segundo maior saldo na Administração Pública da RMC (27,8%), ficando atrás apenas de Itatiba. Esse resultado contribuiu para que o município tivesse um desempenho importante do emprego no período. 4 Engenheiro Coelho teve 63,4% das vagas geradas na Indústria da Transformação e Monte Mor apresentou 38,2% das vagas no setor de Serviços. Termo de Contrato N° 65/2009 10 imediatamente anterior. Em Campinas, a redução foi de 86,5%. Ao longo dos primeiros meses do ano, os setores de atividade, com destaque para a Indústria de Transformação, reduziram o estoque de vagas perdidas ao longo de 2009 em decorrência da crise financeira. Feita essa recomposição de vagas, o ritmo de crescimento passa a ser mais lento. Em relação aos setores de atividade que mais contribuíram para o saldo recorde de vagas no primeiro semestre de 2010, destacam-se Serviços e a Indústria da Transformação, tanto no Brasil, quando na RMC e em Campinas. No país, o setor de Serviços gerou 33,3% do total de vagas do 1º semestre de 2010, o que representa um saldo de 490.028 vagas. Esse setor também foi o que mais gerou vagas no 1º semestre do ano anterior com saldo de 235.435 vagas (menos da metade das vagas geradas em 2010). Nesse período o subsetor que mais contribuiu para este saldo foi o de Ensino com 63.590 vagas, seguido pelo setor de Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviços técnicos com 44.247 vagas (Anexo 3). No 1º semestre de 2010, os subsetores que mais contribuíram para o saldo foram Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviços técnicos com 178.201 vagas e Serviços de alojamento, alimentação, reparação e manutenção com 115.057 vagas. A Indústria da Transformação foi o segundo setor com maior contribuição para o saldo de vagas no 1º semestre de 2010 com 26,8% das vagas, o que representou 394.148 postos de trabalho. Esse setor foi o maior prejudicado durante a crise financeira de 2008/2009 e apresentou saldo negativo de -144.477 vagas no mesmo período do ano anterior. Desde o 2º semestre do ano anterior esse setor começou a esboçar sinais de recuperação e já conseguiu recuperar as vagas perdidas em 2009. Em 2010 os subsetores que mais se destacaram foram a Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico com 54.982 vagas e a Indústria metalúrgica com 53.246 vagas. Na RMC, os dois setores que mais se destacaram no 1º semestre do ano também foram Serviços e Indústria da Transformação, com saldos bastante próximos: 12.819 (37,2%) e 12.522 (36,3%), respectivamente. A Indústria também sofreu com a crise no ano passado, mas com o resultado deste ano, já conseguiu recuperar as vagas perdidas em 2009. Os subsetores que se destacaram na primeira metade de 2010 na região foram a Indústria do material de transporte com 3.313 vagas (26,5% das vagas da Indústria) e a Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos com 1.863 vagas (14,8%). Dentro da Indústria do material de transporte, o destaque vai para Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores com 64,4% do saldo (2.133 vagas) e para a Fabricação de veículos ferroviários com 30,4% do saldo (1.007 vagas) (Anexo 4). Termo de Contrato N° 65/2009 11 TABELA 2 Saldo e variação do estoque de vagas por setor de atividade Brasil, RMC e Campinas, jan a jun de 2010 2009 Localidade Brasil Setor de Atividade Extrativa mineral Indústria de transformação Serviços industr de utilidade pública Construcão civil Comércio Serviços Administração pública Agropecuar, extr vegetal, caça e pesca Total RMC Extrativa mineral Indústria de transformação Serviços industr de utilidade pública Construcão civil Comércio Serviços Administração pública Agropecuar, extr vegetal, caça e pesca Total Extrativa mineral Indústria de transformação Serviços industr de utilidade pública Construcão civil Campinas Comércio Serviços Administração pública Agropecuar, extr vegetal, caça e pesca Total 1º semestre Saldo (%) -1.561 -0,5 -144.477 -48,2 3.631 1,2 79.405 26,5 -32.978 -11,0 235.435 78,6 31.177 10,4 128.874 43,0 299.506 100,0 8 0,3 -9.297 -318,6 543 18,6 2.530 86,7 -836 -28,6 7.214 247,2 1.570 53,8 1.186 40,6 2.918 100,0 -4 -0,2 -2.020 -112,6 131 7,3 697 38,9 -353 -19,7 3.119 173,9 52 2,9 172 9,6 1.794 100,0 2º semestre Saldo 3.597 155.342 1.353 97.780 330.135 264.742 -13.102 -144.243 695.604 -17 5.733 150 3.179 6.063 1.831 -693 -1.284 14.962 -1 580 -58 1.042 2.274 -163 -112 -88 3.474 (%) 0,5 22,3 0,2 14,1 47,5 38,1 -1,9 -20,7 100,0 -0,1 38,3 1,0 21,2 40,5 12,2 -4,6 -8,6 100,0 -0,0 16,7 -1,7 30,0 65,5 -4,7 -3,2 -2,5 100,0 1º semestre 2010 Saldo 8.801 394.148 9.862 230.019 144.135 490.028 21.277 175.050 1.473.320 20 12.522 634 2.805 3.122 12.819 954 1.575 34.451 6 2.388 3 449 1.057 5.214 -290 239 9.066 (%) 0,6 26,8 0,7 15,6 9,8 33,3 1,4 11,9 100,0 0,1 36,3 1,8 8,1 9,1 37,2 2,8 4,6 100,0 0,1 26,3 0,0 5,0 11,7 57,5 -3,2 2,6 100,0 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Nota: Percentuais negativos refletem saldos negativos de vagas, ou seja, perda de postos de trabalho. O município que mais gerou vagas na Indústria foi Campinas com 19,1% das vagas na RMC (2.388 vagas), seguido por Hortolândia com 17,0% (2.133 vagas) e Santa Bárbara do Oeste com 11.1% (1.387 vagas) (Anexo 5). Em Campinas o setor de Serviços foi responsável por mais da metade das vagas geradas (57,5%), totalizando 5.214 vagas no 1º semestre de 2010. No mesmo período do ano anterior o município tinha gerado 3.119 vagas (59,6% do total de 2010). Esse é o setor que mais emprega no município5 e é o que recorrentemente apresenta maior saldo mensal de vagas. Desde 2005, Serviços não foi o setor que mais gerou vagas em apenas quatro meses, a saber: ago/07, jan/08, jul/08 e jun/09, meses em que o saldo da Indústria da transformação foi maior. A Indústria gerou 26,3% do saldo no 1º semestre do ano (2.388 vagas). Os subsetores que mais se destacaram foram Indústria do material de transporte com 780 vagas (32,7% das vagas da 5 Segundo a RAIS 2008, 46,6% do estoque de trabalhadores formais em Campinas está alocada no setor de Serviços (164.818 pessoas). Termo de Contrato N° 65/2009 12 Indústria) e Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico com 498 vagas (20,8% das vagas (Anexo 6). Em relação ao emprego gerado por tamanho de estabelecimento nota-se que os estabelecimentos com até quatro vínculos ativos são os que mais geraram vagas no país, RMC e Campinas, tanto no 1º semestre de 2009 quanto em 2010. O que se nota é que esses estabelecimentos foram responsáveis pela sustentação do emprego durante o período de crise e que, apesar de ainda serem os que apresentam maior participação no saldo, sua participação reduziu-se no período de crescimento mais intenso como o verificado nos primeiros seis meses deste ano. Isso mostra que a geração atual de vagas está ocorrendo em todos os tamanhos de estabelecimentos. No Brasil, no 1º semestre de 2009, os estabelecimentos com até quatro vínculos geraram 574.117 postos de trabalho, enquanto o saldo total foi de apenas 299.506, o que representa que os demais tamanhos de estabelecimentos perderam vagas no período. Em 2010, os pequenos geraram 712.659 vagas, pouco menos da metade das vagas geradas (1.473.320), indicando que os demais tamanhos também tiveram participação nos postos de trabalho. Os estabelecimentos de 100 a 249 vínculos tiveram 10,0% das vagas (Tabela 3). O mesmo comportamento é visto na RMC. No 1º semestre de 2009, os estabelecimentos com até quatro vínculos geraram 10.682 vagas, enquanto os demais estabelecimentos tiveram saldo negativo de -7.764 vagas. Em 2010, os estabelecimentos com até quatro vínculos apresentaram saldo de 14.774 vagas (42,9%), enquanto os demais tiveram saldo de 19.677 vagas (57,1%). Os estabelecimentos com 1.000 ou mais vínculos geraram 11,1% das vagas. Em Campinas, no 1º semestre de 2009, os pequenos geraram 4.225 vagas contra um saldo negativo de 2.431 vagas dos demais estabelecimentos. Em 2010, os primeiros foram responsáveis por 5.579 vagas (61,5%) enquanto os demais geraram 1.143 vagas. Os estabelecimentos com 1.000 ou mais vínculos foram responsáveis por 12,6% das vagas. Termo de Contrato N° 65/2009 13 TABELA 3 Saldo e variação do estoque de vagas por tamanho de estabelecimento Brasil, RMC e Campinas, jan a jun de 2010 Localidade Brasil Setor de Atividade Até 4 vínculos ativos De 5 a 9 vínculos ativos De 10 a 19 vínculos ativos De 20 a 49 vínculos ativos De 50 a 99 vínculos ativos De 100 a 249 vínculos ativos De 250 a 499 vínculos ativos De 500 a 999 vínculos ativos 1000 ou mais vínculos ativos Total RMC Até 4 vínculos ativos De 5 a 9 vínculos ativos De 10 a 19 vínculos ativos De 20 a 49 vínculos ativos De 50 a 99 vínculos ativos De 100 a 249 vínculos ativos De 250 a 499 vínculos ativos De 500 a 999 vínculos ativos 1000 ou mais vínculos ativos Total Até 4 vínculos ativos De 5 a 9 vínculos ativos De 10 a 19 vínculos ativos De 20 a 49 vínculos ativos De 50 a 99 vínculos ativos Campinas De 100 a 249 vínculos ativos De 250 a 499 vínculos ativos De 500 a 999 vínculos ativos 1000 ou mais vínculos ativos Total 2009 1º semestre 2º semestre Saldo (%) Saldo (%) 574.117 191,7 612.167 88,0 -34.521 -11,5 -18.171 -2,6 -41.933 -14,0 -9.211 -1,3 -48.304 -16,1 4.331 0,6 -34.335 -11,5 19.249 2,8 -21.502 -7,2 31.534 4,5 -2.860 -1,0 17.781 2,6 3.489 1,2 -5.527 -0,8 -94.645 -31,6 43.451 6,2 299.506 100,0 695.604 100,0 10.682 366,1 10.175 68,0 -568 -19,5 -81 -0,5 -1.559 -53,4 -40 -0,3 -2.579 -88,4 1.808 12,1 -1.740 -59,6 1.373 9,2 -1.345 -46,1 1.249 8,3 -1.286 -44,1 924 6,2 -773 -26,5 243 1,6 2.086 71,5 -689 -4,6 2.918 100,0 14.962 100,0 4.225 235,5 4.500 129,5 -372 -20,7 -140 -4,0 -482 -26,9 -202 -5,8 -705 -39,3 262 7,5 -11 -0,6 750 21,6 -1.244 -69,3 -370 -10,7 -550 -30,7 132 3,8 779 43,4 457 13,2 154 8,6 -1.915 -55,1 1.794 100,0 3.474 100,0 1º semestre 2010 Saldo 712.659 17.274 47.487 110.206 108.507 146.733 124.142 104.658 101.654 1.473.320 14.774 732 1.376 3.301 951 3.232 3.347 2.903 3.835 34.451 5.579 38 137 936 -264 774 506 217 1.143 9.066 (%) 48,4 1,2 3,2 7,5 7,4 10,0 8,4 7,1 6,9 100,0 42,9 2,1 4,0 9,6 2,8 9,4 9,7 8,4 11,1 100,0 61,5 0,4 1,5 10,3 -2,9 8,5 5,6 2,4 12,6 100,0 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Nota: Percentuais negativos refletem saldos negativos de vagas, ou seja, perda de postos de trabalho. Termo de Contrato N° 65/2009 14 2. COMPORTAMENTO DOS SALÁRIOS 2.1 Relação entre o Salário de Admissão e o Salário de Desligamento O salário de admissão em junho de 2010 foi, em média, 91,7% do salário de desligamento, isto é, o salário de admissão ficou 8,3% inferior ao salário de desligamento. A ocorrência de salários de admissão inferiores ao de desligamento está ligada ao ajuste realizado pelas empresas para corte de custos, impedindo ao trabalhador maior estabilidade no emprego e maior qualificação adquirida por tempo de emprego. Esse indicador tem comportamento distinto ao longo dos anos e pode variar de acordo com a situação econômica do país. A relação média do salário de admissão e de desligamento no 1º semestre de 2008 era de 93,2. No 2º semestre a relação, entretanto, caiu para 90,9 e para 87,9 no 1º semestre do ano seguinte. Cabe lembrar que setembro de 2008 foi o ápice da crise financeira internacional (quebra do Lehmann Brothers), que trouxe consigo a redução das taxas de crescimento na maioria dos países do mundo. A desaceleração do crescimento teve impacto direto no emprego, que sofreu queda acentuada nos meses seguintes à crise. Em decorrência do clima econômico desfavorável, o que se verificou foi a queda do salário de admissão em relação ao salário de desligamento. As empresas passaram a contratar mão de obra com salários ainda menores que o salário de desligamento, refletindo um rebaixamento salarial planejado e oportuno no período de crise. Esse comportamento pode ser visto através do Gráfico 4. Apesar da flutuação existente, fica explícita a queda da relação entre os salários logo no mês posterior à crise internacional. Em dezembro, por exemplo, a relação entre o salário de admissão e de desligamento ficou em 88,8, enquanto em agosto a relação era de 92,3. A relação permaneceu mais baixa durante o final de 2008 e durante o 1º semestre de 2009. Ao longo do segundo semestre de 2009, a economia passou a apresentar sinais expressivos de recuperação do nível de emprego e também da relação salarial. Em dezembro de 2009, a relação voltou a subir, ficando em 91,2. Em janeiro de 2010, a relação dá um pico chegando a 96,5 e permanece mais elevada ao longo de todo o 1º semestre de 2010. No Brasil, a média da relação salarial do 1º semestre de 2010 ficou próxima a relação no 1º semestre de 2008: 93,2 contra 92,9. Na RMC, a relação em 2010 ficou maior do que o período précrise: 94,0 em 2010 contra 93,2 no 1º semestre de 2008. Em Campinas a recuperação da relação entre o salário de admissão e desligamento também é sentida, passando de 93,7 no período anterior a crise para 94,0 no período de recuperação intensa. Termo de Contrato N° 65/2009 15 GRÁFICO 4 Relação entre o salário de admissão e de desligamento Brasil, RMC e Campinas, jan/08 a jun/10 105,0 100,0 95,0 90,0 85,0 80,0 Brasil RM Campinas mai/10 mai/10 abr/10 mar/10 fev/10 jan/10 dez/09 out/09 nov/09 set/09 ago/09 jul/09 jun/09 mai/09 abr/09 mar/09 jan/09 fev/09 dez/08 nov/08 set/08 out/08 ago/08 jul/08 jun/08 abr/08 mai/08 fev/08 mar/08 jan/08 75,0 Campinas Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Em alguns municípios da RMC, a relação entre o salário de admissão e desligamento passou a ser maior do que 100. Em Engenheiro Coelho, por exemplo, a relação passou de 97,8 no pré-crise para 108,7 no pós-crise, isto é, em 2010 o salário de admissão passou a ser, em média 8,7% superior ao salário de desligamento. O mesmo comportamento foi verificado em Artur Nogueira, Itatiba e Santo Antônio da Posse (Anexo 7). 2.2 Evolução do Salário Médio de Admissão O salário médio de admissão no 1º semestre de 2010 teve no Brasil crescimento real 6 de 5,1% em relação ao mesmo período do ano anterior e 5,4% em relação ao mesmo período de 2008. O salário médio real de admissão passou de R$ 787 no 1º semestre de 2008 para R$ 789 em 2009 e R$829 em 2010. Esses dados indicam que, além da recuperação do emprego, os salários reais também estão se recuperando. A recuperação salarial deve-se, principalmente, a dois fatores relevantes: reajuste real do salário mínimo no início do ano e reajuste dos pisos salariais acima da 6 O índice de inflação utilizado foi o INPC. Ao longo do 1º semestre de 2010, o INPC acumulou 3,38%. Termo de Contrato N° 65/2009 16 inflação.7 Na Região Metropolitana de Campinas, o salário médio de admissão passou de R$ 945 no 1º semestre de 2008 para R$934 no 1º semestre de 2009, acumulando uma perda de -1,2%. Grande parte dos municípios apresentou saldo negativo no período em decorrência do período desfavorável que se formou após o auge da crise econômica. No 1º semestre de 2010 o salário médio da RMC passou para R$ 971, crescimento de 4,0% em relação a 2009 e de 2,7% em relação a 2008, ou seja, em 2010, os salários tiveram crescimento real não apenas em relação ao ano de crise como ficaram maiores que a média salarial do pré-crise (Tabela 4). TABELA 4 Salário médio de admissão (R$) e variação real (%) Brasil e RMC, 2008 a 2010 2008 Localidade Brasil RM Campinas Americana Artur Nogueira Campinas Cosmópolis Engenheiro Coelho Holambra Hortolândia Indaiatuba Itatiba Jaguariúna Monte Mor Nova Odessa Paulínia Pedreira Santa Barbara Doeste Santo Antônio de Posse Sumaré Valinhos Vinhedo 2009 2010 variação 1º semestre 2009/ 2010/ 2010/ 1º sem 2º sem 1º sem 2º sem 1º sem 2008 2008 2009 787 945 874 646 935 878 707 669 1.348 927 860 1.251 888 894 1.060 769 799 824 1.031 964 1.004 778 930 880 653 915 880 683 660 1.262 905 804 1.185 901 887 1.111 784 806 760 993 944 1.050 789 934 950 713 908 847 847 708 1.426 921 904 1.107 860 900 1.031 776 834 809 927 939 1.009 797 936 975 684 912 860 644 724 1.386 931 838 1.034 962 917 1.089 788 851 798 917 927 961 829 971 973 779 965 897 753 722 1.255 969 908 1.097 965 957 1.098 766 868 920 962 988 993 0,3 -1,2 8,7 10,5 -3,0 -3,6 19,8 5,9 5,8 -0,6 5,1 -11,5 -3,2 0,6 -2,7 0,9 4,5 -1,8 -10,1 -2,6 0,6 5,4 2,7 11,4 20,7 3,2 2,2 6,4 8,0 -6,9 4,5 5,6 -12,3 8,6 7,0 3,6 -0,4 8,6 11,7 -6,7 2,5 -1,1 5,1 4,0 2,4 9,2 6,3 6,0 -11,2 2,0 -12,0 5,1 0,5 -0,9 12,2 6,4 6,5 -1,3 4,0 13,8 3,8 5,2 -1,6 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Nota: O Índice de inflação utilizado foi o INPC. O comportamento do salário de admissão foi, entretanto, bastante distinto para cada município da RMC. Alguns tiveram crescimento salarial expressivo e outros tiveram perda salarial no período. Esse comportamento pode ser explicado pelo perfil das contratações em cada 7 Em 2009 93% das unidades de negociação analisadas pelo DIEESE apresentaram reajustes acima da inflação medida pelo INPC-IBGE; e 3% ficaram iguais a esse índice. Maiores informações sobre o resultado das negociações salariais de 2009 podem ser obtidas no estudo do DIEESE: Balanço dos pisos salariais negociados em 2009, Estudos e Pesquisas, Nº 53 de junho de 2010. Termo de Contrato N° 65/2009 17 município, a ampliação das contratações em ocupações menos qualificadas e, portanto, com menores salários, tem impacto sobre a média de rendimentos. Campinas, por exemplo, teve uma perda de 3,0% no salário de admissão no 1º semestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano anterior passando de R$ 935 para R$ 908. Em 2010, entretanto, o crescimento salarial em relação ao ano anterior foi de 6,3%, acima da média para a RMC. Entre 2008 e 2010, o crescimento do salário de admissão foi de 3,2%. 2.3 Evolução da Massa Salarial Durante o ano de 2009, além da queda do salário de admissão, verificou-se uma redução da massa salarial, isto é, a movimentação de entrada e saída de pessoas no mercado de trabalho trouxe uma variação negativa da massa salarial. No Brasil, a perda na massa salarial acumulada no 1º semestre foi da ordem de 564 milhões. No segundo semestre também houve perda, mas menos elevada que o semestre anterior, 147 milhões8. Ao todo, a movimentação ocorrida no mercado de trabalho trouxe uma perda de massa salarial superior a 711,9 milhões. Entretanto, com a recuperação econômica intensa no início de 2010, grande parte dessa massa salarial perdida já foi recuperada. Apenas no 1º semestre de 2010, obteve-se uma massa salarial de 677 milhões, o que significa que já se recuperou 95,1% da massa salarial perdida em 2009 (Tabela 5). O comportamento na RMC foi o mesmo. Em 2009 acumulou-se uma perda salarial da ordem de 39,5 milhões, sendo 30,7 no 1º semestre e 8,8 milhões no 2º. No 1º semestre de 2010, entretanto, acumulou-se uma massa de 20,0 milhões. Com esse resultado, a RMC conseguiu recuperar 50,6% da massa salarial perdida no ano anterior. Em Campinas a perda ao longo de 2009 foi de 18,3 milhões9. No 1º semestre o acumulo foi de 3,1 milhões, saldo que recuperou 16,8% da massa perdida no ano anterior. A recuperação de massa salarial em Campinas foi menor que a vista na RMC e no país. Um dos fatores que explicam esse comportamento é o crescimento menor do emprego em Campinas em relação à RMC. Alguns municípios não apenas recuperaram a massa perdida como já acumulam ganhos 8 A massa salarial, neste caso, refere-se apenas ao saldo advindo da movimentação de entrada e de saída no mercado de trabalho. Não se considerou os ganhos/perdas ocorridos no estoque de mão de obra. Essa informação será analisada apenas quando estiverem disponíveis os dados da RAIS 2009. 9 É importante destacar que essa massa salarial refere-se à massa gerada pelos ocupados formais que foram admitidos ou desligados nos estabelecimentos situados no município e não a massa gerada pelos moradores ocupados do município. Termo de Contrato N° 65/2009 18 importantes. Hortolândia é um exemplo, com massa salarial de 2,9 milhões acima da massa necessária para recuperar o saldo perdido no ano anterior. Outros municípios, entretanto, ainda não conseguiram recuperar as perdas do ano anterior, Jaguariúna é um exemplo com déficit de massa salarial de 7,3 milhões10. TABELA 5 Massa salarial por município Brasil e RMC, 2008 a 2010 Localidade Brasil RM Campinas Americana Artur Nogueira Campinas Cosmópolis Engenheiro Coelho Holambra Hortolândia Indaiatuba Itatiba Jaguariúna Monte Mor Nova Odessa Paulínia Pedreira Santa Barbara Doeste Santo Antônio de Posse Sumaré Valinhos Vinhedo 1º sem/09 2009 2º sem/09 -564.294.472 -147.645.573 Total (A) -711.940.045 2010 1º sem/10 (B) (B) - (A) % massa recuperada 677.018.549 -34.921.496 95,1 -30.745.596 -8.827.501 -39.573.097 20.011.390 -19.561.707 50,6 -2.200.680 -186.104 200.080 151.861 -2.000.600 -34.243 1.504.594 146.179 -496.006 111.936 75,2 426,9 -10.754.931 -7.494.190 -18.249.121 3.056.902 -15.192.219 16,8 931.319 -131.646 -77.009 -1.038.467 -1.805.637 261.446 -5.311.673 55.542 -2.216.587 -1.222.671 -79.992 -947.012 -638.765 -2.947.460 -586.389 -1.848.880 -671.923 136.067 106.237 918.934 -241.829 544.282 -2.028.184 -195.543 -171.738 788.357 -70.487 -519.901 -61.746 -121.674 379.365 -475.469 259.396 4.421 29.228 -119.533 -2.047.466 805.728 -7.339.857 -140.001 -2.388.325 -434.314 -150.479 -1.466.913 -700.511 -3.069.134 -207.024 -2.324.349 853.851 255.851 -12.161 3.023.759 1.888.531 1.820.781 3.836 772.038 782.947 -166.978 109.514 2.115.763 366.698 1.014.119 1.318.630 1.156.536 1.113.247 260.272 17.067 2.904.226 -158.935 2.626.509 -7.336.021 632.037 -1.605.378 -601.292 -40.965 648.850 -333.813 -2.055.015 1.111.606 -1.167.813 -329,2 -5.787,2 41,6 2.529,6 92,2 -226,0 0,1 551,5 32,8 -38,4 72,8 144,2 52,3 33,0 636,9 49,8 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE 10 Jaguariúna apresentou saldo negativo do emprego ao longo de 2009 (-941 vagas). Apesar do saldo negativo de 2009 ter sido recuperado nos quatro primeiros meses de 2010, a partir de maio o saldo voltou a ser negativo no município. O comportamento negativo do nível de emprego no município teve impacto direto sobre a massa de rendimento, impedindo que o município tivesse capacidade de recuperar o que foi perdido no ano anterior. Termo de Contrato N° 65/2009 19 3. FAMÍLIA OCUPACIONAL No primeiro semestre de 2010, as 20 ocupações que mais geraram saldo foram responsáveis por 58,2% do saldo total da RMC, isto é, do saldo de 34.451 postos de trabalho, 20.043 foram gerados em apenas vinte famílias ocupacionais (Tabela 6). A família ocupacional com maior participação no saldo foi a de Alimentadores de linhas de produção, responsável por 11,1% do saldo (3.833 vagas). O salário médio de admissão nesse grupo nos primeiros seis meses do ano foi de R$ 813, valor abaixo da média salarial de admissão da RMC (R$ 977). De janeiro a junho, o salário real de admissão desses trabalhadores teve uma queda de 1,5% (R$ 820 em janeiro para R$ 808 em junho). A segunda família ocupacional que mais gerou vagas na RMC foi a de Agentes, assistentes e auxiliares administrativos com 9,3% das vagas (3.213 vagas). A média do salário de admissão desses trabalhadores foi de R$ 910. Em seguida aparecem os Ajudantes de obras civis com 5,5% das vagas (1.879 vagas) e com salário médio no semestre de R$ 787, aumento real de 5,6% de janeiro a junho. Dentre as vinte famílias ocupacionais com maior saldo, o maior salário deu-se entre os Professores de nível superior do nível médio com 1,3% das vagas e com salário de R$1.328. O menor salário médio de admissão foi dos Trabalhadores nos serviços de coleta de resíduos, limpeza e conservação de áreas públicas. TABELA 6 Saldo e salário real de admissão por família ocupacional RMC, jan/10 a jun/10 Família Ocupacional Total 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º Alimentadores de linhas de produção Agentes, assistentes e auxiliares administrativos Ajudantes de obras civis Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações Preparadores e operadores de máquinasferramenta convencionais Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias Trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas Trabalhadores de embalagem e de etiquetagem Trab. nos serviços de coleta de resíduos, de limpeza e cons.de áreas públicas Motoristas de veículos de cargas em geral Almoxarifes e armazenistas Professores de nível superior do ensino fundamental (primeira a quarta séries) Garçons, barmen, copeiros e sommeliers Trabalhadores na fabricação de cachaça, cerveja, vinhos e outras bebidas Trabalhadores de caldeiraria e serralheria Trabalhadores de apoio à agricultura Motoristas de veículos de pequeno e médio porte Trabalhadores auxiliares nos serviços de alimentação Técnicos de vendas especializadas Montadores de equipamentos eletroeletrônicos Saldo Nº (%) 34.451 100,0 3.833 11,1 3.213 9,3 1.879 5,5 1.683 4,9 1.019 3,0 927 2,7 860 2,5 800 2,3 782 2,3 778 2,3 719 2,1 457 1,3 456 1,3 456 1,3 415 1,2 375 1,1 357 1,0 348 1,0 344 1,0 342 1,0 jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 1.005 820 922 782 611 1.222 708 291 684 603 996 837 1.388 626 876 1.246 638 971 615 1.195 959 961 823 888 778 619 1.145 720 738 627 610 1.015 861 1.202 610 853 1.233 624 944 619 1.150 936 961 801 906 771 597 1.181 694 731 634 616 994 810 1.579 614 846 1.228 641 913 622 1.281 952 991 819 931 770 606 1.168 707 586 651 600 986 858 1.264 620 877 1.208 649 971 598 1.211 955 969 808 900 793 602 1.159 740 606 638 625 1.045 802 1.265 607 903 1.440 661 953 641 1.166 940 973 808 914 825 588 1.170 728 735 651 623 1.069 849 1.269 604 918 1.338 630 935 634 1.139 889 Salário médio 977 813 910 787 604 1.174 716 615 647 613 1.018 836 1.328 614 879 1.282 640 948 621 1.190 939 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Nota: O Índice de inflação utilizado foi o INPC. Termo de Contrato N° 65/2009 20 Em Campinas, as vinte famílias ocupacionais que mais empregaram foram responsáveis por 74,1% do saldo total de vagas no primeiro semestre, ou seja, três vagas em cada quatro geradas pertencem a um grupo de apenas vinte ocupações (Tabela 7). Diferente da RMC, a família ocupacional que mais gerou vagas foi a de Agentes, assistentes e auxiliares administrativos, com 13,3% das vagas (1.203 vagas de 9.066). O salário médio de admissão nessa família foi de R$ 913, valor inferior a média de salários de admissão de Campinas (R$ 971). Os salários dessa família passaram por uma queda de -4,9% entre janeiro (R$ 960) e junho (R$ 907). Em seguida aparecem os Ajudantes de obras civis com 7,6% das vagas (686 vagas) e com salário médio de R$ 754. Logo em seguida aparecem os Preparadores e operadores de máquinas ferramenta convencionais com 6,3% das vagas (573 vagas) e salário médio de R$ 1.234, acima da média geral de salário de admissão do município. Dentre as vinte famílias ocupacionais que mais participaram do saldo a que apresentou maior salário de admissão foi a de Analistas de tecnologia da informação com R$ 2.539. Essa família teve saldo de 180 vagas (2,0%) no município. A que apresentou menor salário médio no período foi a de Operadores de Telemarketing com R$ 546. Essa família foi responsável por 3,8% das vagas (343 postos de trabalho). TABELA 7 Saldo e salário real de admissão por família ocupacional Campinas, jan/10 a jun/10 Saldo Família Ocupacional 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º Total Agentes, assistentes e auxiliares administrativos Ajudantes de obras civis Preparadores e operadores de máquinasferramenta convencionais Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações Trabalhadores na fabricação de cachaça, cerveja, vinhos e outras bebidas Operadores de telemarketing Alimentadores de linhas de produção Garçons, barmen, copeiros e sommeliers Trabalhadores auxiliares nos serviços de alimentação Almoxarifes e armazenistas Montadores de equipamentos eletroeletrônicos Motoristas de veículos de cargas em geral Trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas Trab. nos serviços de coleta de resíduos, de limpeza e cons. de áreas públicas Analistas de tecnologia da informação Técnicos de vendas especializadas Recepcionistas Engenheiros em computação Operadores de máquinas a vapor e utilidades Nº 9.066 1.203 686 573 472 428 355 343 343 277 249 224 216 213 198 184 180 165 153 129 129 (%) 100,0 13,3 7,6 6,3 5,2 4,7 3,9 3,8 3,8 3,1 2,7 2,5 2,4 2,3 2,2 2,0 2,0 1,8 1,7 1,4 1,4 jan/10 fev/10 1.010 960 751 1.431 725 624 921 548 734 627 616 819 964 1.010 960 890 735 1.223 722 626 895 540 822 603 618 850 942 1.038 739 619 2.495 1.084 742 2.604 748 635 2.015 1.145 733 2.529 760 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 949 897 748 1.204 705 604 902 549 772 607 620 823 957 1.002 734 603 3.058 1.112 712 2.498 810 982 924 752 1.178 715 617 913 543 821 615 596 876 920 996 728 626 2.564 1.075 721 2.354 745 954 898 758 1.129 726 620 927 539 803 600 636 813 898 1.087 727 623 2.641 1.168 713 3.107 734 972 907 781 1.242 710 599 936 559 799 593 640 816 936 1.114 724 641 2.461 1.141 731 3.383 740 Salário médio 971 913 754 1.234 717 615 916 546 792 607 621 833 936 1.041 730 624 2.539 1.121 725 2.746 756 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Nota: O Índice de inflação utilizado foi o INPC. Termo de Contrato N° 65/2009 21 4. PERFIL DO SALDO POR CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS Em relação ao perfil individual do saldo de vagas do primeiro semestre de 2010, nota-se maior presença de homens na RMC, diferente do que se verificou no mesmo período do ano anterior. O saldo de janeiro a junho de 2010 apresentou 65,0% de homens (22.045) e 35,0% de mulheres (12.046). No mesmo período do ano anterior, entretanto, o saldo de homens tinha sido negativo em -527 vagas (Tabela 8). Essa alteração pode ser explicada, em grande parte, pela retomada do crescimento do emprego no setor industrial, setor em que a contratação de homens é, historicamente, superior a de mulheres. Do total de vagas da Indústria de Transformação do 1º semestre, 77,8% foi preenchida por homens. Na Construção Civil o percentual foi ainda maior: 93,2% de homens. As mulheres tiveram maior participação que os homens apenas na administração pública. TABELA 8 Saldo e participação por características individuais RMC,1º e 2º semestre de 2009 e 1º semestre de2010 Características selecionadas 2009 1º semestre 2º semestre Saldo (%) Saldo (%) -527 -18,1 7.937 53,0 3.445 118,1 7.025 47,0 2.918 100,0 14.962 100,0 3.501 119,8 4.231 28,3 5.056 173,0 11.013 73,6 -158 -5,4 1.401 9,4 -1.418 -48,5 505 3,4 -1.449 -49,6 -272 -1,8 -2.311 -79,1 -1.543 -10,3 -298 -10,2 -373 -2,5 2.923 100,0 14.962 100,0 167 5,7 -77 -0,5 1.120 38,3 -798 -5,3 -38 -1,3 -382 -2,6 -926 -31,7 -402 -2,7 -2.498 -85,5 495 3,3 -766 -26,2 2.560 17,1 2.574 88,1 12.488 83,5 643 22,0 849 5,7 2.647 90,6 229 1,5 2.923 100,0 14.962 100,0 1º semestre 2010 Saldo Masculino 22.405 Feminino 12.046 Total 34.451 Até 17 anos 5.321 18 a 24 anos 15.256 25 a 29 anos 5.423 30 a 39 anos 4.791 40 a 49 anos 3.260 50 a 64 anos 661 65 anos ou mais -261 Total 34.451 Analfabeto 67 Até o 5ª ano Incompleto do Ensino Fundamental 1.153 5ª ano Completo do Ensino Fundamental 292 Do 6ª ao 9ª ano Incompleto do Ensino Fundamental 1.229 Ensino Fundamental Completo 2.716 Ensino Médio Incompleto 1.820 Ensino Médio Completo 20.277 Educação Superior Incompleta 1.576 Educação Superior Completa 5.321 Total 34.451 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Nota: Percentuais negativos refletem saldos negativos de vagas, ou seja, perda de postos de trabalho. (%) 65,0 35,0 100,0 15,4 44,3 15,7 13,9 9,5 1,9 -0,8 100,0 0,2 3,3 0,8 3,6 7,9 5,3 58,9 4,6 15,4 100,0 Em relação à faixa etária, o maior saldo no 1º semestre de 2010 concentrou-se na faixa de 18 a 24 anos (44,3% do saldo, 15.256 trabalhadores). No mesmo período do ano anterior, a maior concentração de vagas também ocorreu nessa faixa etária, seguida pela faixa de até 17 anos. As demais faixas apresentaram saldo negativo expressivo. A maior diferença entre os dois períodos está Termo de Contrato N° 65/2009 22 no saldo positivo das demais faixas etárias no período atual (exceto a faixa acima dos 65 anos que é recorrentemente negativa). A faixa dos 25 a 29 anos foi a segunda com maior participação, 15,7% (5.423 vagas). Esse dado indica que a retomada do crescimento está gerando oportunidades para todas as faixas etárias. Em relação a escolaridade, verifica-se maior participação, em ambos os períodos, do ensino médio completo. A diferença entre o 1º semestre de 2009 e de 2010 é que o último apresentou saldo positivo para todos os níveis de escolaridade. Em 2010, 58,9% do saldo (20.277 vagas) foi preenchido por trabalhadores com ensino médio completo e 15,4% (5.321 vagas) por trabalhadores com ensino superior completo. Em Campinas, o comportamento por perfil foi muito semelhante ao verificado na RMC. A participação dos homens no saldo também foi bastante expressiva: 59,5% (5.395 vagas). As mulheres tiveram apenas 40,5% de participação com 3.671 vagas, resultado bastante diferente do mesmo período do ano anterior (Tabela 9). A participação dos homens foi maior que a das mulheres no período atual nos seguintes setores de atividade econômica: Extrativa mineral (116,7%), Indústria da Transformação (57,9%), Serviços industriais de utilidade pública (133,3%), Construção Civil (91,3%), Comércio (85,5%) e Agricultura (79,1%). Em relação à faixa etária, nota-se maior participação da faixa dos 18 aos 24 anos em ambos os períodos. No 1º semestre de 2010 a participação foi de 61,9% do saldo, no mesmo período de 2009 a participação era de 142,5%. Em 2010, assim como verificado na RMC, ampliou-se a participação das outras faixas etárias (exceto acima de 50 anos). Entretanto, a participação da faixa de 18 a 24 anos continua bastante elevada. Quanto a escolaridade, mais uma vez nota-se maior participação de vagas preenchidas por trabalhadores com ensino médio completo que, em 2010, tiveram 64,9% do saldo (5.833 vagas), seguido pela Educação superior completa com 25,8% do saldo (2.336 vagas). Termo de Contrato N° 65/2009 23 TABELA 9 Saldo e participação por características individuais Campinas, 1º e 2º semestre de 2009 e 1º semestre de2010 Características selecionadas 2009 1º semestre 2º semestre Saldo (%) Saldo (%) 115 6,4 1.100 31,7 1.679 93,6 2.374 68,3 1.794 100,0 3.474 100,0 1.412 78,5 1.712 49,3 2.563 142,5 3.847 110,7 27 1,5 -238 -6,9 -465 -25,9 -628 -18,1 -762 -42,4 -443 -12,8 -854 -47,5 -652 -18,8 -123 -6,8 -124 -3,6 1.798 100,0 3.474 100,0 -12 -0,7 18 0,5 79 4,4 -131 -3,8 -221 -12,3 458 13,2 -12 -0,7 -525 -15,1 -1.279 -71,1 -249 -7,2 -541 -30,1 483 13,9 2.583 143,7 2.607 75,0 309 17,2 469 13,5 892 49,6 344 9,9 1.798 100,0 3.474 100,0 1º semestre 2010 Saldo Masculino 5.395 Feminino 3.671 Total 9.066 Até 17 anos 1.692 18 a 24 anos 5.616 25 a 29 anos 1.502 30 a 39 anos 446 40 a 49 anos 219 50 a 64 anos -300 65 anos ou mais -109 Total 9.066 Analfabeto 29 Até o 5ª ano Incompleto do Ensino Fundamental -7 5ª ano Completo do Ensino Fundamental -220 Do 6ª ao 9ª ano Incompleto do Ensino Fundamental -156 Ensino Fundamental Completo 592 Ensino Médio Incompleto -28 Ensino Médio Completo 5.883 Educação Superior Incompleta 637 Educação Superior Completa 2.336 Total 9.066 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Nota: Percentuais negativos refletem saldos negativos de vagas, ou seja, perda de postos de trabalho. Termo de Contrato N° 65/2009 (%) 59,5 40,5 100,0 18,7 61,9 16,6 4,9 2,4 -3,3 -1,2 100,0 0,3 -0,1 -2,4 -1,7 6,5 -0,3 64,9 7,0 25,8 100,0 24 GLOSSÁRIO Agentes, assistentes e auxiliares administrativos (CBO 4110): Executam serviços de apoio nas áreas de recursos humanos, administração, finanças e logística; atendem fornecedores e clientes, fornecendo e recebendo informações sobre produtos e serviços; tratam de documentos variados, cumprindo todo o procedimento necessário referente aos mesmos. Atuam na concessão de microcrédito a microempresários, atendendo clientes em campo e nas agências, prospectando clientes nas comunidades. Títulos: Auxiliar de escritório em geral; Assistente administrativo; Atendente de judiciário; Auxiliar de judiciário; Auxiliar de cartório; Auxiliar de pessoal; Auxiliar de estatística; Auxiliar de seguros; Auxiliar de serviços de importação e exportação; Agente de microcrédito Alimentadores de linhas de produção (CBO 7842): Preparam materiais para alimentação de linhas de produção; organizam a área de serviço; abastecem linhas de produção; alimentam máquinas e separam materiais para reaproveitamento. Títulos: Abastecedor de linha de produção, Abastecedor de máquinas de linha de produção, Alimentador de esteiras (preparação de alimentos e bebidas), Alimentador de máquina automática, Auxiliar de linha de produção, Operador de processo de produção. Atividade econômica: Conjunto de unidades de produção caracterizado pelo produto produzido, classificado conforme sua produção principal. O IBGE possui, dentre outras, uma classificação de nove setores de atividade econômica: extrativa mineral; indústria de transformação; serviços industriais de utilidade pública; construção civil; comércio; serviços; administração pública; agropecuária, extrativa vegetal, caça e pesca; e „outros‟. CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). É um registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, de periodicidade mensal e que contém as declarações de estabelecimentos com movimentação (admissões ou desligamentos) prestadas até o dia 7 do mês subseqüente à movimentação. CBO (Classificação Brasileira de Ocupações): é o documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e descreve as características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Foi instituída pela portaria ministerial nº. 397, de 9 de outubro de 2002, e tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares. CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas): É um instrumento padrão de classificação para identificação das unidades produtivas do Brasil, sob o enfoque das atividades econômicas existentes. É desenvolvida sob a coordenação do IBGE, de forma compatível com a International Standard Industrial Classification – ISIC, terceira revisão aprovada pela Comissão de Estatística das Nações Unidas em 1989 e recomendada como instrumento de harmonização das informações econômicas em âmbito internacional. Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviços técnicos: Subsetor de atividade econômico cuja nomenclatura completa é “Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviços técnico-profissionais, auxiliares de atividades econômicas e organizações internacionais e representações estrangeiras”. Estoque do emprego: número de empregados formais nos estabelecimentos do município, da região metropolitana ou do Estado. Família ocupacional: cada família ocupacional constitui um conjunto de ocupações similares correspondente a um domínio de trabalho mais amplo que aquele da ocupação. INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor é medido pelo IBGE em 11 capitais brasileiras. Considera apenas famílias com renda entre 1 e 8 salários mínimos. Indústria do material de transporte: Subsetor de atividade econômica (IBGE) que engloba as seguintes atividades: Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores, Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores, Construção de embarcações, Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários, Fabricação de equipamentos de transporte não especificados anteriormente, Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos, Fabricação de aeronaves, Fabricação de caminhões e ônibus, Fabricação de veículos ferroviários. Massa salarial: representa a soma de todos os salários brutos pagos aos trabalhadores durante um período. RAIS (Relação Anual de Informações Sociais): é um Registro Administrativo, de periodicidade anual, criada com a finalidade de suprir as necessidades de controle, de estatísticas e de informações às entidades governamentais da área social. Constitui um instrumento imprescindível para o cumprimento das normas legais, como também é de fundamental importância para o acompanhamento e a caracterização do mercado de trabalho formal. Saldo do emprego: resultado da diferença entre admissões e desligamentos nos estabelecimentos declarantes do CAGED. Indica o emprego efetivamente criado no período. Serviço industrial de utilidade pública: é a indústria de geração e distribuição de energia elétrica, de beneficiamento e distribuição de água à população e de produção e distribuição de gás encanado. Variação percentual do estoque de emprego (%): Indica o aumento ou a diminuição do estoque do emprego em decorrência da criação/perda de empregos no período. É calculado através da fórmula: saldo da movimentação do mês/ano ÷ estoque inicial do mesmo mês de referência x 100. Termo de Contrato N° 65/2009 25 ANEXOS ANEXO 1 Saldo mensal e acumulado de vagas por município RMC, 2009 e 2010 Município RMC Campinas Indaiatuba Santa Barbara D'oeste Hortolândia Americana Sumaré Itatiba Vinhedo Valinhos Nova Odessa Cosmópolis Paulínia Monte Mor Jaguariuna Pedreira Engenheiro Coelho Santo Antônio de Posse Artur Nogueira Holambra jan/10 6.050 1.406 923 417 446 317 543 598 159 319 328 146 74 192 303 38 -47 -108 4 -8 fev/10 5.591 1.209 469 526 250 568 394 121 295 139 218 499 192 297 316 30 -45 53 73 -13 Saldo Mensal mar/10 abr/10 6.964 7.161 2.313 1.706 294 556 325 911 685 463 622 835 123 423 302 241 269 445 234 410 208 317 429 45 470 163 208 282 242 124 57 88 19 20 108 25 26 97 30 10 mai/10 6.651 2.143 625 456 358 560 415 504 317 276 149 79 238 34 -10 157 203 66 36 45 jun/10 2.034 289 339 272 540 -324 180 199 156 248 97 -8 -67 -63 -115 3 167 154 -62 29 1º semestre 1º semestre 2010 2009 34.451 2.918 9.066 1.794 3.206 -127 2.907 558 2.742 457 2.578 -440 2.078 -512 1.965 702 1.641 -97 1.626 773 1.317 -896 1.190 1.485 1.070 1.104 950 391 860 -1.185 373 94 317 -241 298 -677 174 -158 93 -107 2009 17.880 5.268 1.398 638 1.654 1.168 801 2.085 837 2.085 -561 684 2.608 75 -921 263 52 -572 247 71 Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE. Nota: Municípios ordenados pelo saldo do 1º semestre de 2010. ANEXO 2 Estoque de vagas e variação mensal e no período do estoque RMC, 2009 e 2010 Município RMC Cosmópolis Engenheiro Coelho Monte Mor Hortolândia Nova Odessa Santa Barbara D'oeste Indaiatuba Itatiba Vinhedo Santo Antônio de Posse Sumaré Valinhos Americana Pedreira Jaguariuna Paulínia Campinas Artur Nogueira Holambra Estoque dez/09 802.992 9.362 2.919 8.991 31.192 17.044 39.284 52.341 32.218 28.506 5.838 41.065 34.171 73.756 11.240 26.462 34.056 340.462 7.763 6.322 jun/10 Var. (%) no ano 837.443 10.552 3.236 9.941 33.934 18.361 42.191 55.547 34.183 30.147 6.136 43.143 35.797 76.334 11.613 27.322 35.126 349.528 7.937 6.415 4,3 12,7 10,9 10,6 8,8 7,7 7,4 6,1 6,1 5,8 5,1 5,1 4,8 3,5 3,3 3,2 3,1 2,7 2,2 1,5 Variação mensal (%) jan/10 0,8 1,6 -1,6 2,1 1,4 1,9 1,1 1,8 1,9 0,6 -1,8 1,3 0,9 0,4 0,3 1,1 0,2 0,4 0,1 -0,1 fev/10 0,7 5,2 -1,6 3,2 0,8 1,3 1,3 0,9 0,4 1,0 0,9 0,9 0,4 0,8 0,3 1,2 0,6 0,4 0,9 -0,2 mar/10 0,9 4,3 0,7 2,2 2,1 1,2 0,8 0,5 0,9 0,9 1,9 0,3 0,7 0,8 0,5 0,9 1,4 0,7 0,3 0,5 abr/10 0,9 0,4 0,7 2,9 1,4 1,8 2,2 1,0 0,7 1,5 0,4 1,0 1,2 1,1 0,8 0,5 0,5 0,5 1,2 0,2 mai/10 0,8 0,8 7,1 0,3 1,1 0,8 1,1 1,1 1,5 1,1 1,1 1,0 0,8 0,7 1,4 -0,0 0,7 0,6 0,5 0,7 jun/10 0,2 -0,1 5,4 -0,6 1,6 0,5 0,6 0,6 0,6 0,5 2,6 0,4 0,7 -0,4 0,0 -0,4 -0,2 0,1 -0,8 0,5 Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE. Nota: Municípios ordenados pela variação do estoque no ano. Termo de Contrato N° 65/2009 27 ANEXO 3 Saldo semestral de vagas por subsetor de atividade Brasil, RMC e Campinas 2009 e 2010 Subsetor de Atividade Extrativa mineral Indústria de produtos minerais nao metálicos Indústria metalúrgica Indústria mecânica Indústria do material elétrico e de comunicaçoes Indústria do material de transporte Indústria da madeira e do mobiliário Indústria do papel, papelao, editorial e gráfica Ind da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind diversas Ind química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos Indústria de calçados Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico Serviços industriais de utilidade pública Construção civil Comércio varejista Comércio atacadista Instituiçoes de crédito, seguros e capitalizaçao Com e administraçao de imóveis, valores mobiliários, serv técnico Transportes e comunicaçoes Serv de alojamento, alimentaçao, reparaçao, manutençao Serviços médicos, odontológicos e veterinários Ensino Administraçao pública direta e autárquica Agricultura, silvicultura, criaçao de animais, extrativismo vegetal Total Brasil 2009 1º Sem 2º Sem -1.561 3.597 -8.511 12.995 -54.718 27.556 -31.300 17.415 -19.227 7.896 -35.189 17.651 -13.176 8.431 -7.048 6.535 6.122 -6.113 -6.816 21.928 -5.684 17.528 7.521 5.866 23.549 17.654 3.631 1.353 79.405 97.780 -35.666 285.105 2.688 45.030 -1.688 5.171 44.247 122.710 17.820 33.123 70.285 91.768 41.181 37.677 63.590 -25.707 31.177 -13.102 128.874 -144.243 299.506 695.604 2010 1º Sem 8.801 17.345 53.246 31.710 18.536 37.245 19.584 9.538 30.577 32.392 51.477 37.516 54.982 9.862 230.019 98.449 45.686 14.952 178.201 76.681 115.057 42.830 62.307 21.277 175.050 1.473.320 RMC 2009 1º Sem 2º Sem 8 -17 -285 76 -2.122 475 -1.638 329 -1.824 571 -2.442 1.709 -177 31 -359 219 -240 138 -356 1.563 -987 847 30 -13 1.103 -212 543 150 2.530 3.179 -469 5.050 -367 1.013 -190 104 2.216 -3 2.171 603 682 1.160 755 558 1.580 -591 1.570 -693 1.186 -1.284 2.918 14.962 Campinas 2010 2009 2010 1º Sem 1º Sem 2º Sem 1º Sem 20 -4 -1 6 296 -50 -11 101 1.836 -341 -75 309 957 -217 179 -115 184 -71 29 388 3.313 -791 160 780 229 3 -7 24 454 -130 -54 83 312 328 -198 71 1.721 -430 256 125 1.863 -121 84 122 -15 0 -2 2 1.372 -200 219 498 634 131 -58 3 2.805 697 1.042 449 2.129 -8 1.767 677 993 -345 507 380 208 -183 59 83 4.671 1.297 -1.209 1.646 2.517 140 223 1.258 2.957 660 551 1.332 435 465 390 287 2.031 740 -177 608 954 52 -112 -290 1.575 172 -88 239 34.451 1.794 3.474 9.066 Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE. ANEXO 4 Saldo de vagas por Grupo de Atividade Econômica RMC, 1º semestre de 2010 Grupo de Atividade Econômica (CNAE - versão 2.0) Indústria do material de transporte Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores Fabricação de veículos ferroviários Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores Fabricação de caminhões e ônibus Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários Fabricação de equipamentos de transporte não especificados anteriormente Construção de embarcações Fabricação de aeronaves Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Termo de Contrato N° 65/2009 Saldo 3.313 2.133 1.007 61 53 50 31 -1 -5 -16 (%) 100,0 64,4 30,4 1,8 1,6 1,5 0,9 -0,0 -0,2 -0,5 28 ANEXO 5 Saldo de vagas por município e por setor de atividade RMC, 1º semestre de 2010 Indústria Extrativa Transforma mineral ção Município RMC Americana Artur Nogueira Campinas Cosmópolis Engenheiro Coelho Holambra Hortolândia Indaiatuba Itatiba Jaguariuna Monte Mor Nova Odessa Paulínia Pedreira Santa Barbara D'oeste Santo Antônio de Posse Sumaré Valinhos Vinhedo Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE 20 -2 0 6 -1 0 0 3 -6 2 -2 0 7 12 1 1 0 0 0 -1 12.522 679 175 2.388 514 201 0 2.133 1.197 767 -163 203 865 159 233 1.387 243 624 509 408 Serviços Adminis Agropec industr Constru Comércio Serviços tração uar, extr utilidade ção civil pública vegetal pública 634 49 0 3 1 1 4 -12 76 2 6 -2 5 29 4 4 1 26 160 277 2.805 248 17 449 82 -1 -23 122 526 199 33 88 217 43 3 151 -11 370 281 11 3.122 175 -39 1.057 61 29 36 268 408 -1 182 111 75 94 12 42 45 253 83 231 12.819 1.370 61 5.214 236 42 19 185 997 563 676 312 32 748 114 567 -131 656 588 570 954 57 0 -290 266 5 0 43 -1 441 131 0 67 -22 -3 162 0 -51 7 142 1.575 2 -40 239 31 40 57 0 9 -8 -3 238 49 7 9 593 151 200 -2 3 Total 34.451 2.578 174 9.066 1.190 317 93 2.742 3.206 1.965 860 950 1.317 1.070 373 2.907 298 2.078 1.626 1.641 ANEXO 6 Saldo de vagas por Grupo de Atividade Econômica Campinas, 1º semestre de 2010 Grupo de Atividade Econômica (CNAE - versão 2.0) Total Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores Fabricação de caminhões e ônibus Fabricação de aeronaves Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores Fabricação de veículos ferroviários Fabricação de equipamentos de transporte não especificados anteriormente Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Termo de Contrato N° 65/2009 Saldo 780 713 53 10 3 2 1 -2 (%) 100,0 91,4 6,8 1,3 0,4 0,3 0,1 -0,3 29 ANEXO 7 Relação entre o salário de admissão e de desligamento Brasil, RMC e Campinas, 2008 a 2010 Localidade Brasil RM Campinas Americana Artur Nogueira Campinas Cosmópolis Engenheiro Coelho Holambra Hortolândia Indaiatuba Itatiba Jaguariúna Monte Mor Nova Odessa Paulínia Pedreira Santa Barbara Doeste Santo Antônio de Posse Sumaré Valinhos Vinhedo 2008 2009 2010 1º sem 2º sem 1º sem 2º sem 1º sem 93,2 90,9 87,8 89,6 92,9 93,2 90,8 82,7 88,2 94,0 93,7 88,1 89,3 92,6 96,1 94,6 96,6 94,0 91,4 100,3 93,7 90,4 84,7 87,2 94,0 93,6 98,7 91,2 98,5 93,7 97,8 118,0 110,5 102,1 108,7 96,7 92,1 99,7 99,0 92,8 91,1 92,8 82,8 93,5 96,2 98,5 89,8 86,4 87,7 92,4 95,6 87,8 94,6 93,2 100,7 89,6 93,8 68,8 76,6 88,3 92,0 96,6 89,8 104,4 96,4 89,1 87,6 69,6 85,8 89,3 84,6 96,9 76,9 90,9 88,3 92,4 99,2 92,5 90,5 92,5 87,8 88,0 84,0 92,7 96,1 102,2 93,4 94,1 92,3 105,5 101,7 91,6 74,7 84,9 90,7 98,6 91,6 84,4 89,2 97,2 93,6 88,7 75,3 81,4 94,0 Fonte: MTE, CAGED Elaboração: DIEESE Termo de Contrato N° 65/2009 30