1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE
Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus
tipo 2: um estudo na Unidade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá
Macapá
2012
2
LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE
Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus
tipo 2: um estudo na Unidade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá
Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de
Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências da Saúde,
Universidade Federal do Amapá, como requisito
para a obtenção do grau de Mestre em Ciências da
Saúde.
Orientadora: Profª. Drª. Maria Izabel Tentes Côrtes.
Macapá
2012
3
LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE
Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus
tipo 2: um estudo na Unudade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá
Dissertação aprovada como requisito para obtenção do
título de Mestre no Programa de Pesquisa e PósGraduação em Ciências da Saúde, Universidade
Federal do Amapá, pela Comissão Examinadora
formada pelos professores:
Data da Avaliação: 20 de setembro de 2012
Comissão avaliadora:
Professora Drª. Maria Izabel Tentes Côrtes - Orientador
Programa de Pesquisa e Pós-Graduação Universidade Federal do Amapá
Mestrado em Ciências da Saúde – Presidente
Professor Dr. Givago da Silva Souza
Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fisiologia, UFPA
Núcleo de Medicina Tropical, UFPA – Membro Titular
Professora Drª. Maira Tiyomi Sacata Tongu Nazima
Universidade Federal do Amapá – Membro Titular
Professora Drª.Silvia Maria Mathes Faustino
Universidade Federal do Amapá – Membro Titular
Professora Drª. Artemis Socorro do Nascimento Rodrigues
Universidade Federal do Amapá – Membro Suplente
4
Para André, meu amado esposo, às minhas
filhas, Amanda e Aimée, por amor a
vocês, sempre me encorajo em busca do
melhor.
5
AGRADECIMENTOS
Acima de tudo, agradeço a Deus que me deu saúde e força de vontade para não
desanimar no meio do caminho.
À Profª Drª Maria Izabel Tentes Côrtes, excelente orientadora, pela sua indiscutível
competência, disposição, companheirismo, encorajamento e humildade em compartilhar seu
conhecimento.
À Profª Drª Luidimila, pelo acolhimento no grupo de pacientes da UBS- Unifap de
controle de diabetes e sempre presteza em nos apoiar.
À Profª Drª Maira Tongu, por fazer a avaliação clínica oftalmológica dos participantes
dessa pesquisa.
À Profª Bandeira, por nos ceder espaço na UBS-Unifap, para que pudéssemos realizar
grande parte desse trabalho.
À MSc. Eliza Maria Lacerda, pela sua incansável presteza, incentivo e atenção, todas
as vezes que estive no Núcleo de Medicina Tropical-UFPa, e orientações à distância. Suas
contribuições foram inúmeras.
Ao Profº Dr. Anderson Raiol Rodrigues, que mesmo tomado de seus afazeres, sempre
esteve disponível para esclarecer as dúvidas necessárias.
Ao meu esposo, André Andrade, maior incentivador e apoiador dessa etapa da minha
vida.
A minha fiel companheira de pesquisa e estudo Jocimara Nascimento, sem a sua
contribuição e companheirismo tudo teria sido muito mais difícil.
A todos os participantes voluntários dessa pesquisa pela disponibilidade e paciência na
realização das etapas desse estudo.
À minha irmã Ana Carolina, pelas palavras de incentivo, amor e ajuda sempre que
precisei para que pudesse trabalhar em paz.
Aos meus colegas da Faculdade de Macapá- FAMA, pelo apoio nos momentos em que
precisei me ausentar.
À Elizângela e Márcia por cuidarem tão bem da minha casa e dos tesouros mais
preciosos que tenho minhas filhas Amanda e Aimée.
E serei sempre grata de todo meu coração à minha mãe Nazaré Cristina, pelos
ensinamentos, pelos valores passados, pelo esforço para me proporcionar educação para que
eu pudesse ser a mulher que sou hoje, obrigada mãe.
A todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho.
6
O coração do homem planeja o seu
caminho, mas o Senhor lhe dirige os
passos. Provérbios 16:9
7
RESUMO
Diabetes mellitus é um problema de saúde pública prevalente, em ascendência com elevado
ônus social e econômico, cujo diagnóstico é desconhecido em metade dos indivíduos
portadores. Essa patologia é a maior causa de cegueira adquirida, amputação de membro
inferior sem uma situação de trauma e falência renal nos programas de diálise. Além de que, é
a causa de 6% de todas as mortes e responsável por 30% de hospitalizações. Objetivos:
avaliar o desempenho do sistema visual humano de indivíduos com diabetes mellitus com ou
sem retinopatia diabética instalada, usando paradigmas psicofísicos experimentais. Métodos:
foram testados 32 participantes diagnosticados com DM2 (52,62 ± 12,17 anos). Testes
psicofísicos usados: Teste de Ordenamento de Cores de Farnworth-Munsell –FM-100- (n=63)
e o Teste de Sensibilidade ao Contrate Espacial de Luminância-FSCEL- (n=63), cujos
parâmetros utilizados foram o valor de erro, raiz do erro e pontos médios. Os resultados de
cada participante e os valores médios do grupo foram comparados com intervalos de
confiança e tolerância estabelecidos a partir do grupo controle. Para avaliar as diferenças entre
o grupo de diabetes mellitus tipo 2 e o grupo controle, utilizou-se o teste-t e para avaliar
correlações entre hemoglobina glicada, glicemia de jejum, tempo de doença e desempenho
nos testes utilizou-se o índice de correlação linear de Pearson (α=0.05). Resultados: FSCEL:
31(49,20%) dos olhos com DM, apresentou pelo menos uma frequência alterada e a média
desse grupo apresentou-se abaixo do limite inferior do intervalo de confiança em todas as
freqüências testadas, essas alterações foram observadas principalmente nas freqüências
médias (4 e 6 cpg). Relacionando os valores de hemoglobina glicada e glicemis de jejum
utilizando-se o índice de correlação de Pearson, observou-se que não houve correlação.
Houve correlação para o tempo de doença e as freqüências de 0,5, 0,8, 2,4,6,10 e 15cpg
(P<0,05). FM-100: 19(30,15%) olhos com DM apresentaram valores de erro acima do limite
de tolerância superior. A média de erro do grupo DM foi de 165,41±84,08, estatisticamente
diferente, depois de realizado teste t-student, dos erros do controle, que foi de 79,37±58,59
para p < 0,0001. Quando realizado o teste de correlação de Pearson para os valores de
Hemoglobina glicada e glicemia de jejum em relação ao erro, observou-se que não houve
correlação. Para a variável tempo de doença, observou-se uma correlação fraca entre os
parâmetros analisados Conclusão:mais de 30% dos participantes apresentaram alguma
alteração para a visão de cor ou SCEL; Foram encontradas alterações cromáticas e
acromáticas.A visão acromática foi mais sensível a doença, pois apresentou os piores
resultados. A alteração se deu principalmente nas frequências espaciais médias que
compreendem as frequências de 4cpg e 6cpg; Existe associação das alterações visuais com
danos na retina;Apesar dos valores de glicemia não influenciarem os resultado dos exames
psicofísicos, o tempo de doença apresentou relação com o resultado. Apresentado piores
resultados os pacientes com mais tempo de doença.
Palavras-chave: Diabetes tipo 2. Psicofísica visual. Retinopatia diabética. Sensibilidade ao
contraste. Visão de cores.
8
ABSTRACT
Diabetes mellitus is a prevalent growing public health problem with high social and economic
burden, whose diagnosis is unknown in half holders. This disease is the leading cause of
blindness, lower limb amputation without a state of trauma and renal failure in dialysis
programs. Besides that is the cause of 6% of all deaths, and accounts for 30% of
hospitalizations. Objectives: To evaluate the performance of the human visual system of
individuals with diabetes mellitus with or without diabetic retinopathy installed using
psychophysical experimental paradigms. Methods: We tested 32 participants diagnosed with
DM2 (52.62 ± 12.17 years). Psychophysical tests used: Test Spatial Color of FarnworthMunsell-100-FM-(n = 63) and Sensitivity Test to Hire Space Luminance-FSCEL-(n = 63),
whose parameters used were the error value, root of the error and midpoints. The results of
each participant and group mean values were compared with confidence intervals and
tolerance established from the control group. To evaluate the differences between the group of
type 2 diabetes mellitus and the control group, we used the t-test and to evaluate correlations
between glycated hemoglobin, fasting glucose, disease duration and performance tests we
used the linear correlation index Pearson (α = 0.05). Results: FSCEL: 31 (49.20%) of eyes
with DM, had at least one frequency changed and the average of this group appeared below
the lower limit of the confidence interval at all frequencies tested, these changes were
observed mainly in the average frequencies (4 and 6 cpd). Relating the values of glycated
hemoglobin and fasting glicemis using the Pearson correlation index, there was no
correlation. Correlation to disease duration and frequencies of 0.5, 0.8, and 2,4,6,10 15cpg (p
<0.05). FM-100: 19 (30.15%) eyes with DM presented above error the upper tolerance limit.
The average error of the DM group was 165.41 ± 84.08, statistically different, after
undertaking Student t test, the errors of the control, which was 79.37 ± 58.59 for p <0.0001.
When performed the Pearson correlation test for glycated hemoglobin values and fasting
glucose compared to the error, there was no correlation. For the variable duration of disease,
there was a weak correlation between the parameters measured. Conclusions: Over 30% of
participants showed abnormalities in color vision or SCEL; chromatic and achromatic vision
alterations were found. Achromatic vision was more sensitive to disease, because it showed
the worst results. The change was primarily in medium spatial frequencies corresponding to
4cpg and 6cpg frequencies; there is an association of visual impairment with damage to the
retina; spite of glycemia does not influence the outcome of psychophysical tests, disease
duration was correlated with outcomes obtained; patients with longer disease presented worse
outcomes.
Keywords: Diabetes type 2. Visual psychophysics. Diabetic retinopathy. Contrast sensitivity.
Color vision.
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1-
Projeção de casos de diabetes de 2000 a 2030
19
Figura 2-
Critérios diagnósticos para o Diabetes
20
Figura 3-
Critérios diagnósticos para o Pré-diabetes
21
Figura 4 -
Retina normal e com retinopatia
23
Figura 5 -
Retinopatia Diabética não proliferativa (observa-se pontos anormais
mostrando pequeno sangramento;as manchas amarelas são tecido
gorduroso que escaparam dos vasos danificados, causando edema
macular e visão borradaRetina - camadas celulares
24
Figura 6
Retinopatia
diabética
proliferativa
(observação
intensa
neovascularização e vasos emergindo o disco óptico, pontos de
hemorragia difusa, extravasamento de conteúdo intravascular
cobrindo a mácula.Cones e bastonetes
25
Figura 7
Hemorragia vítrea difusa
25
Figura 8
Retina de um indivídio com retinopatia diabética. Observa-se pontos
difusos de sangramento e lesões esbranquiçadas demonstrando áreas
isquemiadas
26
Figura 9
Via neural da visão
27
Figura 10
Representação das camadas da retina
28
Figura 11
Vista lateral globo ocular- mácula.
29
Figura 12
Região da fóvea contendo os cones e vasos sanguíneos semelhante a
raízes
29
Figura 13
Retina- camadas celulares- de cima para baixo: células ganglionares,
corpos celulares dos neurônios bipolares, cones e bastonetes
30
Figura 14
Figura 15
Cones e bastonetes
Cones, bastonetes - retina
31
31
Figura 16
Em(A) versão original do Teste de 100 matizes de Farnworth-Munsell
e (B) Resultado do testemostrando o eixo tritande um pessoa com
defeito no canal de cor azul amarelo
33
Figura 17
Exemplo de estímulo exibido em diferentes frequências espaciais e
diferentes níveis de contrastes.
34
10
Figura 18
Optótipos de Snellen
37
Figura 19
PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara
37
Figura 20
Exemplo de estímulo visual utilizado em testes psicofísicos que
medem a Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de
Luminância. Na coluna da esquerda estão demonstrados estímulos
visuais em forma de redes senoidais estacionárias que aparecem nas
telas de testes e na coluna da direita é demonstrado o aspecto gráfico
das senóides para cada um dos padrões de estímulos visuais
correspondentes. Schade (1956), Campbell e Green (1965) e
Campbell e Robson (1968), entre outros (RODRIGUES, 2003).
39
Figura 21
Representação gráfica do teste de luminância
40
Figura 22
Seqüência de realização de uma série do teste FM 100. Em (A)
visualiza-se a tela inicial de apresentação. Em (B), os estímulos
desordenados, permanecendo fixos dois quadrados de modelo e
orientação.
Em
(C),
a
seqüência
sendo
reordenada
PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara
41
Figura 23
Representação gráfica do teste de Farnsworth- Munsell
42
Figura 24
Gráfico expressando valores de sensibilidade ao contraste em função
da frequência espacial com limites de tolerância (superior e inferior)
estabelecidos a partir dos valores numéricos de 31 participantes do
grupo controle.Os losangos representam os resultados de 31 olhos de
participantes com DM (49,20%) de 63 testados, com pelo menos uma
frequência espacial alterada.PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara
48
Figura 25
Curvas representativas de Intervalo de confiança superior e inferior
(LCS e LCI) de 31 participantes do grupo controle e média dos
participantes do grupo com DM. Nota-se a média, conforme
representada em losangos, abaixo do Intervalo de Confiança do grupo
controle em todas as frequências, principalmente nas frequências
médias (4cpg e 6cpg)
49
Figura 26
Gráficos de correlação entre hemoglobina glicada e as 11 frequências
espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de
correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre
HA1C e as freqüências espaciais, como representado nas figuras de
26(a) a 26(k)
50
Figura 27
Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências
espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de
correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre os
valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como
representado nas figuras de 27(a) a 27(k)
53
Figura 28
Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências
espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de
correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre os
valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como
56
11
representado nas figuras de 27(a) a 27(k)
Figura 29
Figura 30
Limites de confiança superior e inferior para a raiz do erro FM-100 de
62 olhos de participantes controles. Média de erro de olhos com DM
foi de 165,41 (r2 =12,47) acima de limite de confiança superior do
grupo controle, que foi de 79,37 (r2 =8). Após aplicação do teste-t para
análise do valor do erro (raiz quadrada), verificou-se que existe
diferença estatística entre os grupos DM e controle, pois, p
(unilateral)= <0,0001 e p (bilateral) = <0,0001; intervalo de confiança
de 95%.
61
62
Figura 31
Demonstração da correlação dos valores de hemoglobina glicada e o
número de erros do F M-100.
63
Figura 32
Demonstração da correlação dos valores de glicemia de jejum e o
número de erros do F M-100.
63
Figura 33
Demonstração de correlação do tempo de doença e o número de erros
do F M-100
64
Figura 34
Comparação dos níveis de glicemia com os testes realizados
65
Figura 35
Comparação das alterações da retina com os testes realizados
65
Figura 36
Comparação das alterações do teste de Sensibilidadeao contraste
espacial de luminância
Comparação das alterações do teste de Sensibilidade ao contraste
espacial de luminância
65
Figura 37
.
Limite de Tolerância para a raiz quadrada do valor de erro do FM-100
de 62 olhos de participantes do grupo controle. Os losangos
representam 63 olhos de participantes com DM, dos quais, 19 olhos
com diabetes mellitus (30,15%) testados apresentaram valores de erro
acima do limite de tolerância superior.
66
12
LISTA DE TABELAS
Tabela 1-
Tabela 2-
Dados clínicos de 32 participantes (63 olhos) do grupo com diabetes
mellitus tipo 2 representados pelo código do participante, idade,
acuidade visual (A/V), glicemia de jejum, hemoglobina glicada
(HA1C) e pressão intra ocular (PIO).
Dados clínicos de 31 participantes (62 olhos) do grupo controle
representados pelo código do participante, idade, acuidade visual
(A/), glicemia de jejum,ehemoglobina glicada (HA1C).
45
46
13
ABREVIATURAS
BHR Barreira hematorretiniana
DM Diabetes mellitus
DM2 Diabetes mellitus 2
FSC Função de sensibilidade ao contraste
FSCEL Função de sensibilidade ao contraste espacial de luminância
FM-100 Teste de Farnsworth-Munssel
RD Retinopatia diabética
RDNP Retinopatia diabética não-proliferativa
RDP Retinopatia diabética proliferativa
SBD Sociedade Brasileira de Diabetes
UBS Unidade básica de saúde
14
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO
16
2
REFERENCIAL TEÓRICO
19
2.1
DIABETES
19
2.1.1
Diabetes mellitus
19
2.2
RETINOPATIA DIABÉTICA
21
2.2.1
Classificação da retinopatia diabética
23
2.3
FUNÇÃO VISUAL
27
2.3.1
A retina
28
2.3.2
Bastonetes e cones
30
2.4
TESTES PSICOFÍSICOS
32
2.4.1
Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell
32
2.4.2
Teste de Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância
33
3.
MATERIAIS E MÉTODOS
35
3.1
POPULAÇÃO DE ESTUDO
35
3.2
PROCEDIMENTOS INICIAIS
36
3.3
TESTES PSICOFÍSICOS
38
3.3.1
Avaliação psicofísica da função de sensibilidade ao contraste espacial de
luminância-FSCEL
38
3.3.2
Avaliação psicofísica da discriminação de cores de Farnsworth-Munssel
FM-100
40
3.4
ANÁLISE ESTATÍSTICA
42
3.4.1
Ìndice de correlação linear de Pearson
42
3.4.2
Intervalos de confiança e de tolerância
42
4
RESULTADOS
44
4.1
PROCEDIMENTOS INICIAIS
44
4.2
RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PSICOFÍSICA
47
4.2.1
Avaliação da Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância
47
4.2.2
Avaliação da Discriminação de Cores pelo Teste FM-100
60
15
4.2.3
Comparação entre os testes
64
5
DISCUSSÃO
67
5.1
ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE FSCEL
67
5.2
ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE FM-100
70
6
CONCLUSÃO
72
REFERÊNCIAS
73
ANEXOS 1-
78
APÊNDICE B - M
80
16
1 INTRODUÇÃO
Dados recentes da Sociedade Brasileira de Diabetes estimam que mais de 250 milhões
de pessoas no mundo todo tem Diabete mellitus (DM), o que corresponde a 6% da população
mundial.
Esse número pode chegar a 380 milhões até o ano de 2030, e isso afetaria
principalmente a população economicamente ativa dos países emergentes. Para a Sociedade
Brasileira de Diabetes (SBD), hoje, não há estatísticas reais sobre o diabetes no Brasil, o
último censo de 1988 sobre diabetes no Brasil revelou que essa doença afeta 7,6% da
população urbana com idade entre 30 a 69 anos.
Dados mais recentes em um estudo regional conduzido por Torquato (2003) em
Ribeirão Preto e utilizando a mesma metodologia do censo nacional de diabetes, mostrou uma
estimativa de 12% no ano de 2006 para a população diabética, esses dados provavelmente
refletem a realidade do Brasil. Esses também mostram que o número estimado de brasileiros
com a doença é de 10.294.200.
DM é um problema de saúde pública prevalente, em ascendência com elevado ônus
social e econômico, cujo diagnóstico é desconhecido em metade dos indivíduos portadores
(GEORG et al, 2005), sendo essa patologia a maior causa de cegueira adquirida, amputação
de membro inferior sem uma situação de trauma e falência renal nos programas de diálise.
Além de que, é a causa de 6% de todas as mortes e responsável por 30% de hospitalizações
(BEZERRA; BARCELÓ; MACHADO, 2001).
A retinopatia diabética (RD) é a segunda causa de cegueira irreversível, precedida
apenas pela degeneração macular relacionada com a idade. É a principal causa de cegueira
entre 25 e 75 anos de idade (VILELA et al, 1997). As complicações microvasculares do
diabetes mellitus na retina constituem-se na principal causa de cegueira da população
economicamente ativa no Brasil (BRASIL, 1996) e no mundo (KLEIN R; KLEIN BE;
MOSS; 1984; SÁNCHEZ-THORIN, 1998).
A Organização Mundial da Saúde estima que isso já afeta a quase 5% dos 37 milhões
de cegos no mundo (RESNOKOFF et al, 2004). Mais de 75% dos diabéticos com mais de 20
anos de evolução, sofrem alguma forma de retinopatia. Também ficou demonstrado que 13%
dos diabéticos com cinco anos de evolução apresentam algum grau de retinopatia, que
aumenta para 90% com 15 anos de evolução, quando a diabetes se diagnostica antes dos 30
anos (KLEIN R et al, 1984).
Estes dados, muitas vezes, auxiliam o clínico geral no monitoramento do tempo de
aparecimento do diabetes tipo 2.
17
Diferentes mecanismos interagindo entre si, tais como: fatores genéticos, bioquímicos
e fatores de risco ambientais, como: o fumo, dieta, sedentarismo, entre outros, irão contribuir
para o aparecimento da retinopatia diabética (BROWNLEE, 2001 e 2005). Tais fatores
refletem-se nos níveis glicêmicos aumentados (hiperglicemia), sendo essa condição um dos
principais fatores desencadeantes da retinopatia diabética. A hiperglicemia aumentada atuará
modulando e alterando os fatores de crescimento, metabolismo e nos mecanismos de
sinalização das células retinianas (BROWNLEE, 2001; BOELTER et al, 2003).
Os mecanismos supracitados demonstram a sensibilidade das células retinianas no
Diabete Mellitus. Clinicamente, a primeira manifestação da retinopatia diabética é detectada
ao exame de fundo de olho, através da observação dos primeiros microaneurismas na
circulação retiniana, em geral no pólo posterior, na região macular. Ferris (1994) afirma que,
se todos os pacientes com retinopatia proliferativa tivessem sido tratados precocemente, a
incidência de cegueira poderia diminuir de 50% para 5%, reduzindo em 90% os casos de
perda visual e de cegueira. Contudo, o diagnóstico dessa condição clínica é realizado quando
o dano neurológico periférico já está instalado em um estado avançado.
A prevenção baseia-se no controle clínico rigoroso e detecção precoce de alterações
fundoscópicas que ameacem a visão, como edema macular diabético e neovascularização
retiniana (SUGANO et al 2001; CHEW et al 1996). O tratamento dessas alterações é eficaz
na prevenção da cegueira quando instituído precocemente (CHEW et al 1996).
Muitos trabalhos que investigaram a função visual têm mostrado alteração da função
visual em pessoas com DM com ou sem retinopatia diabética comprovada clinicamente
(GUALTIERI, 2009), daí a hipótese levantada de que a avaliação visual através de testes
psicofísicos e eletrofisiológicos possa detectar precocemente alterações visuais nesse grupo de
pacientes, podendo-se intervir precocemente.
O sistema visual humano pode ser avaliado através da utilização de um grande
conjunto de procedimentos anatômicos, eletrofisiológicos e psicofísicos, alguns dos quais
existentes desde o século XIX, como a oftalmoscopia, outros desenvolvidos ao longo do
século XX, como a eletrorretinografia de campo total e a eletroencefalografia de eventos
(registro do potencial cortical provocado visual), e outros extremamente recentes, criados na
última década, como a tomografia de coerência óptica e a eletrorretinografia multifocal.
Esses procedimentos, somados à investigação clínica geral e à clínica especializada
oftalmológica e neurológica, permitem a caracterização detalhada das alterações visuais em
condições patológicas como a retinopatia diabética.
18
Por ser a retinopatia diabética uma das principais manifestações clínicas do DM e uma
das principais causas de cegueira no mundo, é de grande importância a investigação da função
visual nessa patologia, uma vez que, as funções sensoriais são extremamente sensíveis no DM
e que alterações visuais podem aparecer nos testes psicofísicos mesmo antes de alterações no
exame de fundo do olho, identificando os pacientes que estejam sob maior risco de
desenvolverem complicações visuais.
O projeto surgiu mediante a preocupação e necessidade de uma investigação mais
criteriosa de alterações visuais a fim de prevenir as complicações oftalmológicas dos
pacientes diabéticos que são atendidos na Unidade Básica de Saúde da UNIFAP, uma vez que
essa triagem ainda não havia sido feita.
Com isso, espera-se que os testes psicofísicos tornem-se ferramentas indispensáveis
da avaliação visual e entrem no protocolo de rotina para incrementar o controle e melhor
direcionamento no tratamento multidisciplinar desses pacientes, pois são instrumentos de fácil
manuseio, não invasivos e que trazem preciosas informações de alterações visuais.
Esse estudo teve como objetivo geral avaliar o desempenho do sistema visual humano
de indivíduos com diabetes mellitus com ou sem retinopatia diabética instalada, usando
paradigmas psicofísicos experimentais. E como objetivos específicos:
a)
Avaliar a Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância em
pessoas com tempos diferentes de doença;
b)
Avaliar a capacidade de discriminação de cores utilizando o Método de
Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell;
c)
Comparar com normas estatísticas estabelecidas;
d)
Avaliar a prevalência de alterações da visão pacientes com Diabete mellitus e
correlacionar com o tempo de doença.
19
2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 DIABETES
2.1.1 Diabetes mellitus
O diabetes mellitus (DM) por definição é o resultado da diminuição da secreção de
insulina, sendo um defeito heterogêneo primário do metabolismo dos carboidratos, que com
inúmeros fatores etiológicos, leva o indivíduo a um quadro de hiperglicemia (GUYTON;
HALL, 2002).
Sua prevalência no Brasil é equivalente entre os sexos, sendo a faixa etária de 30 a 69
anos a mais acometida normalmente tem início insidioso e evolução silenciosa. As
complicações clínicas mais comuns do DM são a retinopatia, microangiopatias e o
desenvolvimento de infecções nos pés conhecida como pé diabético (BARAUNA et al, 2003).
Em 2005, 1,1 milhões de pessoas morreram de diabetes e suas complicações e quase
80% dos óbitos ocorreram em países de baixa e média renda. Quase metade dos óbitos
ocorreu em pessoas com idade inferior a 70 anos. A OMS (organização mundial de saúde)
estima que as mortes por diabetes e suas complicações dobrem de 2005 até 2030 (World
Health Organization, 2009).
Estimativas mundiais apontam que em 2010 o número de casos portadores de DM tipo
2 foi de 220 milhões e até 2025 serão 280 milhões (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE
DIABETES, 2005). Para Parvez, Kawar e Nahas (2007) o número de casos de diabetes deve
chegar a 366 milhões até o ano de 2030, conforme demonstra o mapa com a projeção de 2000
para 2030.
Figura 1- Projeção de casos de diabetes de 2000 a 2030
Fonte: Parvez, Kawar e Nahas, 2007
20
O diabetes pode apresentar duas formas clínicas: tipo 1, conhecida como diabetes
juvenil ou insulinodependente, e o diabetes tipo 2, conhecida como diabetes de adultos. A
primeira está relacionada a uma doença auto-imune que determinam a ausência na produção
de insulina ou quando essa é produzida em quantidade insuficiente devido a destruição das
células beta, produtoras de insulina. O DM tipo 2 (DM2), também possui carga genética,
porém sua manifestação está fortemente ligada a fatores ambientais, obesidade e sedentarismo
(MARCELINO; CARVALHO, 2005).
Ainda descrevem os autores que os principais sintomas do DM são: polidipsia (sede
excessiva), poliúria (excesso de urina), polifagia (fome excessiva) e emagrecimento. Outros
sinais clínicos como sonolência, dores generalizadas, formigamento e dormências, cansaço
doloroso nas pernas, câimbras, nervosismo, indisposição para o trabalho, desânimo, visão
turva e cansaço físico e mental estão associados ao DM.
O manejo do diabetes assim como seus critérios de diagnóstico, estãosempre sendo
objeto de estudos. Após a ultima atualização desses critérios feita pela Sociedade Brasileira de
Diabetes em 2009, os critérios de diagnóstico utilizados atualmente segundo a Sociedade
Brasileira de Diabetes (2011) estão descritos nas tabelas 1 e 2.
Figura 2 - Critérios diagnósticos para o Diabetes
CRITÉRIOS
COMENTÁRIOS
A1C≥6,5%
O teste deve ser realizado através de método rastreável ao método
do
DCCT
e
devidamente
certificado
pelo
NationalGlycohemoglobinStandardizationProgram
(NGSP)
(http://www.ngsp.org).
GLICEMIA DE JEJUM
O período de jejum deve ser definido como ausência de ingestão
≥ 126mg/dl
calórica por pelo menos 8 horas.
GLICEMIA 2 HS APÓS Em teste oral de tolerância à glicose. Esse teste deverá ser
SOBRECARGA COM
conduzido com a ingestão de uma sobrecarga de 75 g de glicose
75MG DE GLICOSE:
anidra, dissolvida em água, em todos os indivíduos com glicemia
≥200mg/dl
de jejum entre 100 mg/dL e 125 mg/dL.
GLICEMIA AO
Em pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, ou em
ACASO≥ 200mg/dl
crise hiperglicêmica.
Importante: a positividade de qualquer um dos parâmetros diagnósticos descritos confirma o
diagnóstico de diabetes. Na ausência de hiperglicemia comprovada, os resultados devem ser
confirmados com a repetição dos testes.
Fonte:adaptado American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes – 2011.
Diabetes Care2011;34(Suppl 1):S11-S61.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (2011)- Posicionamento oficial SBD nº 3, 2011
21
Figura 3 - Critérios diagnósticos para o Pré-diabetes ou Risco aumentado de Diabetes
CRITÉRIOS
COMENTÁRIOS
A1C entre 5,7% e 6,4%
De acordo com recomendação recente para o uso da A1C no
diagnóstico do diabetes e do pré-diabetes.
GLICEMIA DE
JEJUMentre 100 e
Condição anteriormente denominada “glicemia de jejum alterada”.
125mg/dl
GLICEMIA 2 HS APÓS
SOBRECARGA COM
Em teste oral de tolerância à glicose. Condição anteriormente
75MG DE GLICOSE: de
denominada “tolerância diminuída à glicose”.
140 a 199mg/dl
GLICEMIA AO
Em pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, ou em
ACASO≥ 200mg/dl
crise hiperglicêmica.
Importante: a positividade de qualquer um dos parâmetros diagnósticos descritos confirma o
diagnóstico de pré-diabetes.
Fonte:SBD(2011) adaptado American Diabetes Association. Standards of Medical Care in
Diabetes – 2011. Diabetes Care2011;34(Suppl 1):S11-S61.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (2011)- Posicionamento oficial SBD nº 3, 2011
O DM tipo 2 compreende um conjunto de doenças metabólicas, caracterizada por
hiperglicemia resultante de defeitos da síntese e secreção de insulina e/ou sua ação nos tecidos
(CAMPOS et al, 2004).
A idade inicial para o desenvolvimento do DM tipo 2 é geralmente em torno dos 40
anos de idade, com pico de incidência por volta dos 60 anos. A maioria dos pacientes com
essa doença é sedentária e obesa e a associação com a idade avançada, cada vez mais comum
na população, representa um dos maiores fatores de risco para o diabetes tipo 2 (GROSS et al,
2002).
2.2 RETINOPATIA DIABÉTICA
A retinopatia é uma das complicações mais comuns e está presente tanto no diabetes
tipo 1 quanto no tipo 2, especialmente em pacientes com longo tempo e doença sem controle
glicêmico. Constitui um fator de morbidade de elevado impacto econômico, uma vez que a
retinopatia diabética é a causa mais comum de cegueira adquirida (BOSCO et al, 2005).
Ocorre em cerca de 95% dos pacientes com diabetes mellitus tipo 1e em mais de
60%dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Estes dados explicam o risco de 25 vezes
maior de cegueira em pacientes com diabetes mellitus do que na população em geral
(ESTEVES et al, 2008).
Os vasos da retina são caracterizados por células endoteliais contínuas, não
fenestradas, com junções intercelulares impermeáveis que se apresentam para formar a
barreira hemato-retiniana (BHR). A interação das células endoteliais forma a barreira que
permite ao tecido, assim como ao endotélio capilar a ao endotélio pigmentar da retina, criarem
condições para um tecido com integridade funcional (BOSCO et al, 2005).
22
Ainda diz o autor que há três tipos de junções intercelulares: as junções ou zonas de
oclusão, as zonas de adesão e as junções gap. Entre as células endoteliais dos vasos da retina
existem apenas zonas de oclusão entremeadas com desmossomos. No DM ocorre ruptura
dessas junções e é essa ruptura, e a perda das células murais denominadas pericitos que se
denomina retinopatia diabética.
A queixa de borramento da visão em pacientes diabéticos é comum durante estado
agudo de descompensação metabólica. Isso ocorre pela alteração das propriedades refratárias
oculares durante a hiperglicemia. Neste estado, mais água é retida no cristalino devido à alta
osmolaridade do meio extracelular, assim a superfície fica mais convexa e consequentemente,
a refração da luz que passa pelo cristalino é modificada. No entanto esses efeitos são
reversíveis e qualidade da visão é recuperada com o restabelecimento do controle glicêmico
(GUALTIERI, 2009).
A fisiologia retiniana predispõe ao dano causado pelo diabetes, pois, os axônios não
são mielinizados e necessitam de mais energia para seu metabolismo; os vasos da retina são
relativamente hipóxicos (pO2 ~ 25mm); a retina possui menos mitocôndrias que as camadas
mais externas. Apesar da escassa vascularização, a retina possui alta demanda metabólica e
sua obtenção de energia é através da glicólise, um meio menos eficiente de gerar ATP
(adenosina-tri-fosfato) do que a fosforilação oxidativa (ANTONETTI et al, 2006, apud
SERRARBASSA, 2008).
Essa combinação de alta demanda metabólica e mínimo de suprimento vascular pode
limitar a habilidade da retina interna de se adaptar frente ao estresse metabólico do diabetes
(SERRARBASSA; DIAS; VIEIRA, 2008).
23
Figura 4 - Retina normal e com retinopatia
Fonte: www.coursejournal-medicina.blog<acesso em 08/11/2010>
Nos capilares retinianos de pacientes com DM pode-se observar, com microscopia
eletrônica: capilares com junções endotelias; aumento na vacuolização citoplasmática;
pericitos com alteração degenerativa; espessamento da membrana basal, este espessamento de
causa desconhecida altera a função celular e/ou difusão de oxigênio e reduz o contato entre o
pericito e a célula endotelial (BOSCO et al, 2005).
2.2.1
Classificação da retinopatia diabética
A retinopatia diabética (RD) é clinicamente dividida em dois estágios principais:
retinopatia diabética não-proliferativa (RDNP) e retinopatia diabética proliferativa (RDP).
Com base nas alterações morfológicas a RDNP é subdividida em, leve moderada,
grave e muito grave. A forma proliferativa de RD pode ser inicial de alto risco e avançada. O
edema macular pode estar presente em qualquer dos estágios de retinopatia diabética
(GUALTIERI, 2009).
A RDNP é caracterizada por alterações intra-retinianas associadas ao aumento da
permeabilidade capilar e à oclusão vascular que pode ocorrer ou não nessa fase. Há presença
de microaneurismas, edema macular, hemorragias intraretinianas e exsudatos duros
(extravasamento de lipoproteínas). Esse nível de comprometimento deve ser esperado em
quase todos os pacientes com aproximadamente 25 anos de DM, porém em muitos casos pode
não haver evolução significativa (BOSCO et al, 2005).
24
Figura 5- Retinopatia Diabética não proliferativa (observa-se pontos anormais mostrando pequeno
sangramento;as manchas amarelas são tecido gorduroso que escaparam dos vasos danificados,
causando edema macular e visão borrada.
Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256161/view<acessado em 31/12/2010>
Nos estágios grave e muito grave de retinopatia diabética não proliferativa ocorre
oclusão capilar acentuada que é fator de alto risco de progressão para o estágio mais grave
(GUALTIERI, 2009).
A retinopatia diabética proliferativa é o estado mais grave e avançado da doença e
além dos sinais clínicos observados na fase menos grave, na RDP observa-se a formação de
neovasos na retina e/ou no disco óptico, que se estendem pela superfície da retina ou em
direção à cavidade vítrea. Os neovasos possuem menos pericito e junções intercelulares do
que um capilar típico (GUALTIERI, 2009).
Segundo a mesma autora, há uma quantidade maior de fenestrações, o que favorece o
extravasamento de conteúdo intravascular e hemorragias. De acordo com o padrão de
proliferação observado a retinopatia diabética proliferativa se apresenta em três estágios:
inicial (presença de neovasos finos sem tecido fibroso); intermediária (ocorre aumento do
calibre extensão dos neovasos com início de formação de componente fibroso); progressiva
(há progressão dos neovasos com proliferação fibrovascular intensa).
25
Figura 6- Retinopatia diabética proliferativa (observação intensa neovascularização e vasos
emergindo o disco óptico, pontos de hemorragia difusa, extravasamento de conteúdo intravascular
cobrindo a mácula.
Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256163/view<acessado em 31/12/2010>
A neovascularização origina-se usualmente no disco óptico e/ou nas grandes veias da
retina podendo estender-se para o vítreo. Esse estágio é bastante grave, pois, o rompimento
dos vasos neoformados pode causar sangramentos maciços na cavidade vítrea, ou no espaço
pré-retiniano, resultando no aparecimento de sintomas visuais como “os pontos flutuantes” ou
“teias de aranha” no campo visual, ou até mesmo a perda visual senão tratado a tempo
(BOSCO et al, 2005).
Figura 7 - Hemorragia vítrea difusa
Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/255878/view<acesso em 08/11/2010>
A incidência da RD é reconhecidamente relacionada ao tempo de doença instalada e o
controle metabólico do paciente diabético, que constitui seu principal fator de risco,
26
incluindo-se também o controle pressórico. Porém nem todos os indivíduos desenvolvem a
forma grave, mesmo na presença de hiperglicemia, hipertensão arterial sistêmica e de outros
fatores relacionados (ESTEVES et al, 2008).
Figura 8 - Retina de um indivídio com retinopatia diabética. Observa-se pontos difusos de
sangramento e lesões esbranquiçadas demonstrando áreas isquemiadas.
Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256977/view<acessado em 31/12/2010>
Além dos fatores já citados Esteves et al (2008), também atribui o risco de
desenvolvimento de RD para gestantes com 1,63 a 2,48 maior vezes de desenvolver RD do
que mulheres não grávidas; portadores de nefropatia diabética associada a 95% de risco para
desenvolvimento de edema macular; há prevalência de 30% mais ocorrências no sexo
masculino; tabagismo, por riscos vasculares gerais; dislipidemia por estarem associados à
maior formação de exsudatos duros e além de fatores genéticos.
A detecção precoce da RD é importantíssima para a eficácia dos tratamentos, pois
quanto mais tarde, maior a morbidade do paciente e maior o risco da instalação da cegueira,
pois, há maior prevalência de retinopatia diabética nos primeiros 5 anos da doença, em média
13%, aumentando muito após 10-15 anos, e, média 90% (MAIA JUNIOR et al, 2007).
Pacientes portadores de diabetes tipo 2 tiveram redução significante da sensibilidade
ao contraste e discriminação cromática, sendo a segunda um comprometimento difuso
(GUALTIERI, 2009). Ainda diz a autora que esses pacientes apresentam alterações visuais
detectáveis por testes eletrofisiológicos e psicofísicos, mesmo sem haver instalação de
retinopatia diabética e que as alterações visuais observadas precedem o surgimento das
alterações morfológicas da retina.
27
2.3 TESTES PSICOFÍSICOS
2.3.1
Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell
O Teste de 100 Matizes de Farnsworth-Munsell tem por objetivo identificar e diferenciar
deficiências congênitas ou adquiridas de discriminar cores. Esse teste usa o método de
ordenamento de cores para medir a capacidade do indivíduo de discriminá-las (BIRCH,
1993).
O Teste dos 100 Matizes de Farnsworth-Munsell está baseado na habilidade da pessoa de
ordenar 85 peças pintadas com matizes de mesma saturação e brilho e iluminação fotópica em
uma sequência cromática do espaço de cores. Em sua versão original apresenta 85 pedras de
plástico preto que possuem selos coloridos de diferentes valores cromáticos, com 12 mm de
diâmetro aderidos no centro de uma de suas faces, são agrupadas em 4 porções, separadas em
caixas distintas (figura 16 a). A 1ª caixa do rosa ao amarelo (pedras 85 a 22); 2ª caixa do
amarelo ao verde (pedras 21 a 43); 3ª caixa do verde ao azul (pedras 42 a 64) e a 4ª caixa do
azul ao rosa (pedras 63 a 85). Cada caixa contém as pedras final e inicial presas e 21 pedras
soltas. A face das pedras, oposta à do adesivo colorido, é numerada para que o examinador
possa determinar a pontuação do paciente (KJAER, 2000).
A versão atual desse teste, a Renotation Munsell, é baseada em um espaço visual
abrangente, contendo 1928 pontos. Essa versão foi aprimorada e adotada pelo Comitê de
Colorimetria da Optical Society of America (INDOW,1995; BIRCH, 2001; BRAINARD,
2003) apud Feitosa-Santana (2005).
O total de erros cometidos pelo participante no teste é determinado pela soma do erro,
menos 2 para cada pedra. Uma sequência perfeita de cores resulta, portanto, em erro total
igual a zero.
Cada uma dos matizes apresenta um número de ordenamento, desconhecido pelo
participante testado, sendo a magnitude do erro calculada para cada peça proporcional à
distância entre a ordenação feita pelo sujeito e a posição correta da peça (LACERDA;
VENTURA; SILVEIRA, 2011).
28
Figura 16 – Em (A) versão original do Teste de 100 matizes de Farnworth-Munsell e (B)
Resultado do teste mostrando o eixo tritan de um pessoa com defeito no canal de cor azul amarelo.
Fonte: adaptado de http://jnnp.bmj.com/content/75/suppl_4/iv2.full.
2.3.2 Teste de Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância
A função de sensibilidade ao contraste (FSC) é uma medida clássica que permite
descrever mecanismos relacionados ao processamento visual de objetos em níveis diferentes
de contraste. Além de ser um dos principais indicadores da percepção visual, fornece uma das
descrições mais completas do sistema visual (SANTOS; FRANÇA, 2006).
A sensibilidade ao contraste é definida como a recíproca do limiar de contraste. Limiar
de contraste pode ser definido como a quantidade mínima de contraste necessária para
detectar um objeto qualquer, de uma determinada frequência espacial. Essa por sua vez, é o
número de ciclos por unidade de espaço, que em percepção visual da forma foram
convencionalmente denominados ciclos por grau de ângulo visual (cpg). O contraste é
definido pela relação entre a luminância mínima divida pela soma das duas (SANTOS;
FRANÇA, 2006).
As grades de ondas senoidais podem ser usadas para avaliar simultaneamente a
sensibilidade ao contraste e as frequências espaciais. Os padrões podem ser gerados
eletronicamente em uma tela de computador ou graficamente em um cartão ou tabela de teste.
Como mostrada a figura 6, a frequência espacial das listras aumenta ao longo do eixo
horizontal da esquerda para a direita (isto é, as listras ficam mais finas e mais próximas umas
das outras) e o contraste diminui, movendo-se para cima no eixo vertical (SPALTON;
HITCHINGS; HUNTER, 2006).
29
Figura 17- Exemplo de estímulo exibido em diferentes frequências espaciais e diferentes níveis de
contrastes.
Fonte:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-36872010000100006&script=sci_arttext
30
3
MATERIAIS E MÉTODOS
Para esse estudo foram pré-selecionados 120 voluntários, onde desses 47 foram para o
grupo de diabetes mellitus tipo 2 e 73 para o grupo controle. Dos pré-selecionados para o
grupo de diabetes mellitus, 15 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão,
onde 8 por apresentarem baixa visão, 4 não realizaram os testes psicofísicos e 3 por
desinteresse ou falta de disponibilidade para realizar os testes. Dos pré-selecionados para o
grupo controle, 34 foram excluídos da pesquisa por apresentarem acuidade visual superior a
20/20, o que foi determinado para esse estudo e 8 por falta de disponibilidade ou desinteresse
em realizar os testes.
Sendo assim, obteve-se um n final de 63 participantes onde, 32 para o grupo de
diabetes mellitus, desses 19 participantes do sexo feminino (59,38%) e 13 do sexo masculino
(40,62%) e 31 para o grupo controle, desses 10 participantes do sexo masculino (32,25%) e
21 participantes do sexo feminino (67,75%), gerando um banco de dados de n=62 olhos
controles (idade: M=49,3 ± 9,1 anos), e de n= 63 olhos de voluntários para o grupo de
diabetes mellitus (idade: M= 52,62 ± 12,17anos).
Os voluntários foram selecionados no ambulatório da Unidade Básica de Saúde da
Universidade Federal do Amapá- UNIFAP, para o grupo de diabetes mellitus e na UNIFAP e
por indicação dos próprios selecionados para o grupo de diabetes mellitus e funcionários da
UNIFAP, para o grupo controle.
3.1 POPULAÇÕES DE ESTUDO
Foram avaliados aspectos visuais de pessoas com história de DM com ou sem
comprovação clínica de retinopatia diabética (RP) em diferentes tempos de doença. A escolha
desse grupo deve-se ao fato do mesmo já estar participando de um programa de tratamento
controle padrão e ter o acompanhamento por uma equipe multiprofissional, inclusive com
oftalmologista.
O critério central para inclusão neste estudo é a participação no programa de controle
do DM da Unidade Básica de Saúde (UBS) da UNIFAP.
Os critérios complementares considerados serão: ausência de alteração oftalmológica
ou neuro-oftalmológica; ausência de determinadas doenças que potencialmente podem causar
alterações no sistema visual tais como, hipertensão arterial, tratamento prolongado a base de
cloroquina, alcoolismo crônico e doenças neurodegenerativas como doença de Parkinson e
doença de Alzheimer, entre outras.
31
Foram retirados da amostra indivíduos que não atenderem algum dos critérios para
admissão nesse estudo ou não participaram em algum dos testes psicofísicos estabelecidos
para esse estudo. Após recrutamento na unidade básica de saúde Unifap, foi realizada
anamnese do participante (Apêndice-A).
O grupo com DM foi submetidos aos testes visuais para avaliação da Função de
Sensibilidade ao Contraste de Espacial de Luminância (FSCEL) e capacidade de
discriminação de cores pelo Teste de Farnsworth-Munsell de 100 Matizes (FM-100), sendo os
dados obtidos usados para a realização de estudos comparativos do desempenho do sistema
visual desses indivíduos através dos testes psicofísicos, exame de fundoscopia de olho,
retinografia e controle metabólico do diabetes através do teste de glicemia de jejum e
hemoglobina glicada (A1C).
Todos os indivíduos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, e os
que desistiram em participar do estudo, não lhes houve ônus algum ou qualquer outro
prejuízo.
3.2 PROCEDIMENTOS INICIAIS
Inicialmente, dois procedimentos oftalmológicos rotineiros foram realizados: o Teste
de Acuidade Visual com os Optotipos de Snellen, que tem como objetivo medir a capacidade
do sujeito quanto à discriminação visual de detalhes finos e de alto contraste, e o Teste de
Discriminação de Cores com Pranchas Pseudoisocromáticas de Ishihara, usado para descartar
deficiências congênitas da visão de cores dos tipos protan e deutan (ISHIHARA, 1997).
Todos os participantes deste estudo foram submetidos aos testes de acuidade visual e de
Ishihara.
Para o teste de acuidade visual com os Optotipos de Snellen, onde as letras se
apresentam em sequência horizontal (escala optométrica) o participante foi posicionado a uma
distância de 6m e orientado a fazer a leitura pelas fileiras de letras maiores para as menores,
sempre dizendo verbalmente que letra estava vendo. O teste foi feito monocularmente.
O teste para defeitos congênitos de visão de cores utilizando as pranchas
pseudoisocromáticas de Ishihara, também foi realizado monocularmente, distando às placas
75 cm do olho testado, onde o participante deveria informar verbalmente qual número estava
vendo e o participante foi considerado normal quando apresentou no máximo 6 erros como
reposta. Não houveram participantes daltônicos na amostra.
Todos os participantes foram previamente esclarecidos a respeito do procedimento dos
testes.
32
Cabe aqui ressaltar que o presente trabalho está em conformidade com as normas da
resolução 19696 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996), e o mesmo foi submetido
para apreciação e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFAP, sob o protocolo
no. FR-278871/09 - CEP.
Figura 18- Optótipos de Snellen
Fonte: www.google.com
Figura 19 - Pranchas de Ishihara
Fonte: www.google.com
Antes de se proceder aos exames psicofísicos foram realizado o exame de fundo do
olho, com o auxilio de um oftalmoscópio para verificar a possibilidade de lesões retinianas de
outras etiologias, retinografia e campimetria.Uma vez realizados os procedimentos
oftalmológicos e o participante aprovado para participação no estudo, foi submetido aos testes
de avaliação psicofísica do sistema visual.
33
3.3 TESTES PSICOFÍSICOS
Para realização deste estudo, serão utilizados dois testes psicofísicos, o Teste de
Ordenamento de Cores de Farnworth-Munsell e o Teste de Sensibilidade ao Contrate Espacial
de Luminância. Estes testes foram desenvolvidos em computador no Laboratório de
Neurofisiologia do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará e cedidos
em colaboração aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos na Universidade Federal do
Amapá.
3.3.1 Avaliação Psicofísica da Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância
Os estímulos visuais que foram usados neste teste baseiam-se em estudos realizados na
década de sessenta em estudos de quantificação da sensibilidade ao contraste de luminância
do sistema visual humano (CAMPBELL e GREEN, 1965; CAMPBELL e GUBISCH 1966).
Eles consistem em redes espaciais estacionárias e isocromáticas, moduladas senoidalmente ao
longo de uma determinada direção da tela onde os estímulos são apresentados, a qual é
posicionada a distâncias fixas, predeterminadas.
Os testes compreenderam estímulos cromáticos e acromáticos desenvolvidos em
linguagem de programação C++ para uso em microcomputadores dotados de placa gráfica de
resolução espaço-temporal de alto desempenho com as seguintes especificações: processador
intel core2 quadq8400775 motherboard p4775 gigabyte ep41ud3l memoria ddr2 800 2gb
kingstonhd 500 gigabyte serial ata II 7200 rpm placa videopcie 1gb hd5770 monitor LCD
21,5 samsungecofit p2270 mswindows 7 professional 32bits.
34
Figura 20 - Exemplo de estímulo visual utilizado em testes psicofísicos que medem a Função de
Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância. Na coluna da esquerda estão demonstrados
estímulos visuais em forma de redes senoidais estacionárias que aparecem nas telas de testes e na
coluna da direita é demonstrado o aspecto gráfico das senóides para cada um dos padrões de estímulos
visuais correspondentes. Schade (1956), Campbell e Green (1965) e Campbell e Robson (1968), entre
outros (RODRIGUES, 2003).
0,2
cpg
0,5
cpg
0,8
cpg
1,0
cpg
Embora o teste possa ser feito mono ou binocularmente, este trabalho utilizou a
estimulação monocular, uma vez que as diferentes doenças que acometem o sistema visual
humano podem afetar desigualmente e progredir diferentemente nos dois olhos. Os
participantes foram testados posicionados a 3 metros de distância e condições de iluminação
adequadas para o teste. Os estímulos foram redes senoidais verticais apresentados em 11
freqüências espaciais entre 0,2 ciclos/graus e 30 ciclos/grau.
Os resultados foram mostrados em valores de sensibilidade ao contraste,
correspondente ao inverso do contraste limiar.
Para cada participante foi realizada uma medida de sensibilidade ao contraste em onze
freqüências espaciais para cada olho, utilizando o método de ajuste ou escada, que consiste
em mostrar o estímulo, depois diminuir o contraste de forma que o participante não visse mais
o estímulo e posteriormente o contraste foi aumentado gradativamente pelo avaliador, até que
se estabelecesse a percepção do menor limiar de sensibilidade ao contraste. Essa informação
foi obtida, através da resposta verbal do participante, se estava vendo ou não o estímulo. Não
35
houve tempo estabelecido para a realização do teste. Sendo que antes de realizar o teste, o
participante foi orientado acerca do teste.
Figura 21- Representação gráfica do teste de luminância
SENSIBILIDADE AO CONTRASTE DE LUMINÂNCIA
ARA001019 D
Sensibilidade ao contraste
1000
100
10
1
0.1
1
10
Freqüência espacial (cpg)
100
Fonte: Cortês 2003
Os resultados foram apresentados de forma numérica e gráfica. Onde, a representação
gráfica expressará no eixo das ordenadas a sensibilidade ao contraste de luminância em
função da freqüência espacial.
Os valores numéricos da sensibilidade ao contraste foram expressos matematicamente
em log10, para melhor representação gráfica.
3.3.2 Avaliação Psicofísica da Discriminação de Cores pelo Teste de Ordenamento de Cores
de Farnsworth-Munsell
No presente estudo, foi usada uma versão computadorizada, em vez de 100 matizes,
essa versão possui 85. Na descrição do teste, os estímulos foram exibidos na tela em quatro
séries de 22 quadrados coloridos, isoluminantes entre si e em relação ao fundo, igualmente
espaçados no diagrama da CIE, sendo apresentada uma série de cada vez.
Os participantes foram testados monocularmente com estímulos de 1° de lado,
distância da tela de 1m, saturação correspondente a uma pureza de cor de 30% e os
participantes foram testados uma única vez, sem tempo estabelecido para a realização do
teste. Nesse teste a tarefa do participante foi reordenar as peças coloridas da forma mais
fidedigna a forma de apresentação do teste.
As matizes foram mostradas de forma ordenada e explicado ao participante que as
mesmas seriam distribuídas aleatoriamente, permanecendo na sequência de cores apenas a
36
primeira e a última cor, para servir de orientação ao participante durante o ordenamento.
Durante o ordenamento das cores, nenhuma interferência do avaliador foi feita. Ao término de
cada sequência foi permitido ao participante avaliar sua ordenação e fazer quantas alterações
julgasse necessário.
Figura 22- Seqüência de realização de uma série do teste FM 100. Em (A) visualiza-se a tela inicial
de apresentação. Em (B), os estímulos desordenados, permanecendo fixos dois quadrados de modelo
e orientação. Em (C), a seqüência sendo reordenada.
A
B
C
Fonte: Adaptado de GONÇALVES, 2006.
Os resultados foram automaticamente computados e apresentados de forma gráfica e
numérica, usando-se uma rotina implementada por software, baseada no manual de Dean
Farnsworth (1954), onde, a forma gráfica apresentada é polar, a qual demonstra os erros
cometidos nas diversas regiões do espaço de cor. Neste gráfico a distância a partir do centro
representava o número de erros cometidos, enquanto a coordenada angular representava os
matizes das cores a serem ordenadas.
37
Figura 23 - Representação gráfica do teste de Farnsworth- Munsell
TESTE DE ORDENAMENTO DE CORES DE FARNSWORTH-MUNSELL
1
1
20
2
3
4
5
6
85
84
83
82
81
19
7
9
79
78
17
16
10
77
15
11
76
14
12
Ctr 31-45 anos (n = 33)
Média
Desvio padrão
80
18
8
75
13
13
74
12
14
73
11
10
15
72
Pureza = 30%
Estímulo = 1º
9
16
71
8
7
17
70
6
18
69
5
4
19
68
3
20
67
R
21
66
P
Y
22
65
23
64
B
G
24
Erros:
X = 65
D.P. = 29
63
25
62
26
61
27
60
28
59
29
58
30
57
31
56
32
55
33
54
34
Pontos médios:
E = 27
D = 61
S = 80
I = 46
53
35
52
36
51
37
50
38
49
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
Fonte: Côrtes, 2003.
3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
3.4.1 Índice de Correlação Linear de Pearson e teste-Tstudent
Com intuito de avaliar a resposta visual alterada em função do tempo de doença, foi
feita a correlação linear para indicar o quanto uma variável fixa (Diabete mellitus) estará
influenciando as demais variáveis (tempo de doença).
Esse índice de correlação também foi utilizado para correlacionar os valores de
glicemia de jejum e hemoglobina glicada com o valor de erro e raiz do erro do teste FM-100 e
correlacionar as mesmas variáveis com cada frequência espacial de luminância.
Para avaliar as diferenças estatísticas entre os grupos de DM2 e controle, foi utilizado
o teste paramétrico de comparação entre amostras independentes teste-tstudent. Foi
considerado α=0,05.
A realização dos testes estatísticos foram feitos com suporte do
programa BioEstat 5.0.
3.4.2 Intervalos de confiança e de tolerância
Com a finalidade de caracterizar uma amostra para que, a partir dos resultados obtidos,
seja possível uma dada inferência a respeito da população que contém tal amostra. Para tanto,
foram definidos valores normativos através de estudos estatísticos descritivos de amostras
populacionais, utilizando os métodos de estimativas por intervalos de confiança.
38
Porém, como por diversas razões as características de uma amostra podem não
representar as da população, esta diferença sempre impõe um erro de inferência. Por isto,
somente quando este erro for estatisticamente tratável, tendo-se a exata idéia da probabilidade
de se estar errando, é possível inferir resultados obtidos de uma amostra populacional, sendo a
estimativa entendida como uma aproximação do dado verdadeiro que sempre contém um
componente de incerteza. Deste modo, para o adequado tratamento de dados observacionais,
torna-se necessário o estabelecimento de determinados critérios, como o grau de confiança e o
erro padrão da estimativa, a fim de verificar se a inferência de uma estimativa pode levar (ou
não) a conclusões equivocadas (ARANGO, 2005).
Neste sentido, duas estimativas intervalares podem ser citadas: o intervalo de
confiança e o intervalo de tolerância. O intervalo de confiança é calculado para estimar, por
exemplo, entre que valores da amostra podem estar a média e/ou a variância (desconhecidas)
de uma população. Por sua vez, o intervalo de tolerância apresenta os valores extremos no
qual espera-se isolar uma proporção da população, sendo esses valores determinados a partir
dos valores obtidos da amostra durante o estudo (ARANGO, 2005).
39
4 RESULTADOS
Avaliou-se através de testes clínicos e psicofísicos o desempenho do sistema visual de
participantes com histórico clínico de Diabetes mellitus. Este grupo de participantes
compreendeu 32 pessoas, com idade média=52,62 ± 12,17 anos, o participante de nº 29 do
referido grupo, possui visão monocular, pois, segundo informações colhidas na anamnese,
a visão do olho direito foi perdida por ter apresentado retinopatia diabética, resultando
assim, em um banco de dados de n=63 olhos, ao invés de n=64 olhos. A função visual
destes participantes foi avaliada clinicamente por exames oftalmológicos em consultório
clínico, compreendendo os exames de acuidade visual, fundo de olho e pressão intraocular,e em laboratório de estudos da função visual da UNIFAP, sendo realizada a medida
da sensibilidade ao contraste espacial de luminância e determinação da capacidade de
discriminação de cores.
Para o grupo controle obteve-se um banco de dados de n=62 olhos, com idade média=
49,3± 9,1 anos. Os dados obtidos para os participantes com diabetes mellitus foram
comparados aos dados de um grupo controle de mesma faixa etária. Ambos os grupos
realizaram exames de controle metabólico do diabetes através do teste de glicemia de
jejum e hemoglobina glicada (A1C). Para o grupo de diabetes mellitus, o objetivo desses
exames
laboratoriais
foi
verificar
o
controle
da
doença
e
quantificar
possíveisdescompensações, já para o grupo controle o objetivo foi excluir a presença de
pré-diabetes ou diabetes. Os dados descritos estão apresentados nas tabelas 1 e 2.
4.1
PROCEDIMENTOS INICIAIS
Os participantes foram avaliados monocularmente, já que as alterações visuais
em diabéticos podem acometer diferentemente os olhos. Preliminarmente aos testes
psicofísicos em computador, foram realizadas as seguintes avaliações oftalmológicas de
rotina: a determinação da acuidade visual por optotipos de Snellen; e a avaliação da presença
de deficiências visuais hereditárias para cores, pelo uso das placas pseudoisocromáticas de
Ishihara. Tais exames objetivaram verificar respectivamente a necessidade da realização de
correção dióptrica quando a acuidade visual encontrava-se além de 20/30 e verificar a
existência de deficiências hereditárias da visão de cores do tipo protanopia e deuteranopia,
possibilitando desta forma descartar anormalidade visual decorrente dos dois problemas
visuais citados. Além destes dois exames, foi realizado a retinografia computadorizada, para
verificação da presença de retinopatia diabética, e avaliação do campo visual de 27
participantes com diabetes mellitus através da Campimetria Automática de Humphrey, mas,
40
devido este procedimento de avaliação não ter sido realizado para todos os participantes,seus
resultados não serão apresentados aqui, estando os mesmos disponíveis na seção de Apêndice.
Os mesmos procedimentos preliminares de avaliação visual empregado para os
participantes com diabetes mellitus foram aplicados para os controles, com exceção ao exame
de campo visual, retinografia e aferição da pressão intra-ocular.
Tabela 1- Dados clínicos de 32 participantes (63 olhos) do grupo com diabetes mellitus tipo 2
representados pelo código do participante, idade, acuidade visual (A/V), glicemia de jejum,
hemoglobina glicada (HA1C) e pressão intra ocular (PIO).
Nº
CÓDIGO
IDADE
A/V*
GLICEMIA HA1C**
PIO***
OD/OE
DE JEJUM
OD/OE
ARN111222
56
20/20;20/25
106
5,9
16; 16
1
MTM111222
56
20/20;20/20
178
8,8
16; 16
2
MLO111220
45
20/20;20/20
298
9
20; 20
3
NVS111201
39
20/20; 20/30
****
****
****
4
IMB110908
34
20/20;
2020
184
8
18;
18
5
MFP110902
45
20/30;20/40
202
9
22; 20
6
MLS110830
83
20/30;20/40
99
6
21; 21
7
MNF110916
50
20/30;20/30
146
7
16; 16
8
JBA110922
56
20/25;20/30
****
****
****
9
JSF110923
59
20/30;20/30
****
****
****
10
AMG111222
51
20/30;20/30
****
****
****
11
EES110804
40
20/20;20/20
144
7,8
16; 16
12
JMS110614
54
20/20;20/20
134
8
20; 20
13
LSN110804
31
20/20;20/20
138
8,3
14; 14
14
MSN110825
56
20/25;20/25
98
6,1
20; 20
15
MNC110804
51
20/20;20/20
109
6
14; 14
16
PES110622
32
20/25;20/25
****
****
****
17
ASL110617
45
20/20;20/20
69
6,2
16; 14
18
AMC110818
43
20/20;20/20
288
9,9
18; 18
19
RRP110915
53
20/25;20/25
200
8,2
18; 20
20
LCA111228
64
20/30;20/30
116
6,1
18; 20
21
BSR120109
64
20/25;20/40
132
6,9
16; 16
22
AMP120119
49
20/20;20/20
89
5,9
20; 18
23
MJF120119
52
20/20;20/20
96
6,6
22; 22
24
AMF110708
43
20/20;20/20
122
7,7
18; 20
25
MMC110630
53
20/25;20/20
81
5,5
18; 18
26
RNB110617
74
20/40;20/40
91
5,9
24; 24
27
UCA110621
70
20/100;20/30
113
6,6
30; 28
28
MCA110815
75
OE
20/40
96
5,9
OE
14
29
MJA110805
58
20/20; 20/20
115
6,6
16; 14
30
JFN120123
46
20/20; 20/20
134
6,9
20; 18
31
JMB110824
57
20/20; 20/20
102
6,8
19; 18
32
Fonte: Dados coletados na pesquisa.*AV OD/OE:acuidade visual olho direito e olho esquerdo;
**HA1C:hemoglobina glicada; PIO:pressãointra-ocular;****não realizou teste/exame. Todos os
participantes que apresentaram acuidade visual alterada foram corrigidos para o teste.
41
Tabela 2Dados clínicos de 31 participantes (62 olhos) do grupo controle representados pelo código do
participante, idade, acuidade visual (A/), glicemia de jejum,ehemoglobina glicada (HA1C).
Nº
CÓDIGO
IDADE
A/V*
HA1C** GLICEMIA
OD/OE
DE JEJUM
AJR120216
51
20/15;20/15
***
***
1
ALN120122
41
20/20; 20/20
5,9
96
2
JSS120122
41
20/13; 20/20
6
97
3
LCG110620
36
20/20; 20/15
6,2
90
4
MIT110722
37
20/15; 20/15
5,5
96
5
MLM120122
48
20/15; 20/15
5,5
92
6
RKF120224
47
20/20; 20/20
6,3
99
7
EMS120411
51
20/13; 20/15
6
99
8
JAN110715
51
20/20; 20/20
***
***
9
LOR120404
60
20/15; 20/20
5,2
94
10
MCP120327
49
20/20; 20/20
***
***
11
LCO120327
60
20/15; 20/20
5,9
98
12
MGS120330
51
20/20; 20/20
5
100
13
FCA110719
42
20/20; 20/20
5,6
98
14
MCA110715
45
20/20; 20/25
5,8
97
15
MJA110718
39
20/20; 20/20
***
***
16
MJG120323
42
20/20; 20/20
6
95
17
RSF120326
31
20/20; 20/20
5,9
82
18
EBC120324
61
20/15; 20/15
6,2
96
19
GRS120329
62
20/15;20/20
5,9
89
20
IPC120326
61
20/15; 20/15
6
99
21
JAS120324
61
20/15; 20/15
***
***
22
MCS120403
63
20/20; 20/20
5,6
96
23
NLD120404
62
20/20; 20/20
6,2
96
24
OMM120327
62
20/20; 20/20
5,6
84
25
MGL120121
47
20/20; 20/20
6,2
97
26
ACT110713
40
20/20; 20/20
***
***
27
MMC110629
49
20/20; 20/20
***
***
28
VSP110627
43
20/20; 20/20
***
***
29
MFN120416
47
20/20; 20/20
5,9
97
30
RSB120416
51
20/20; 20/20
5
98
31
Fonte: Dados coletados na pesquisa.*AV OD/OE:acuidade visual olho direito e olho esquerdo;
**HA1C:hemoglobina glicada;***não realizou teste/exame
Apesar dos níveis de HA1C dos participantes do grupo controles apresentarem-se
dentro dos parâmetros clínicos considerados normais, para a SBD (2011), alguns participantes
estariam classificados com pré-diabetes, o que é uma informação epidemiológica importante,
mesmo que essa condição não determine alteração visual.
Na amostra foram encontrados 30 olhos sem retinopatia diabética e 20 olhos com
retinopatia diabética e 13 olhos não foram analisados com retinografia.
42
4.2
RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PSICOFÍSICA VISUAL
Em seguida aos exames de rotina, o desempenho visual de participantes do grupo
controle e participantes com diabetes mellitus foi avaliado pelos testes computadorizados de
medida da função de sensibilidade ao contraste espacial de luminância (FSCEL) e avaliação
da capacidade de discriminação de cores pelo teste de ordenamento de Farnsworth-Munsell.
Ambos os grupos foram comparados com relação às suas médias aritméticas e a suposição de
que os dados dos participantes com diabetes mellitus diferem dos controles é levantada em
função da análise dos dados através do teste paramétrico de comparação entre amostras
independentes t de Student.
4.2.1 Avaliação da Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância
No Teste de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância foram avaliados 32
participantes com diabetes mellitus e 31 participantes controles. Para a representação gráfica
dos dados, foi determinado o intervalo de confiança e intervalo de tolerância, a partir dos
controles testados.
Na comparação entre os resultados de cada participante do grupo com DM e os limites de
tolerância superior e inferior estabelecido para o grupo controle, conforme mostrado na figura
20, verificou-se que 31 olhos com diabetes mellitus (49,20%) de 63 olhos testados,
apresentaram pelo menos uma frequência alterada. A média do grupo com diabetes mellitus
apresentou-se abaixo do limite inferior do intervalo de confiança do grupo controle em todas
as frequências testadas conforme mostra a figura 24. Percebe-se em ambos os gráficos (figura
24 e 25) que as alterações na resposta de sensibilidade ao contraste para o grupo com DM
dão-se principalmente nas frequências médias em especial as frequências de 4 e 6 ciclos por
grau.
43
Figura 24 - Gráfico expressando valores de sensibilidade ao contraste em função da frequência
espacial com limites de tolerância (superior e inferior) estabelecidos a partir dos valores numéricos de
31 participantes do grupo controle.Os losangos representam os resultados de 31 olhos de participantes
com DM (49,20%) de 63 testados, com pelo menos uma frequência espacial alterada.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
44
Figura 25 - Curvas representativas de Intervalo de confiança superior e inferior (LCS e LCI) de 31
participantes do grupo controle e média dos participantes do grupo com DM. Nota-se a média,
conforme representada em losangos, abaixo do Intervalo de Confiança do grupo controle em todas as
frequências, principalmente nas frequências médias (4cpg e 6cpg)
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Correlação da Hemoglobina glicada e as frequências espaciais.
A hemoglobina glicada foi comparada como uma variável independente de forma a
mostrar a sua influência na resposta visual em 11 frequências espaciais do teste de
sensibilidade ao contraste espacial acromático (variável fixa). Através do índice de correlação
linear de Pearson,teste utilizado para a verificação de todas as correlações para esse estudo,
para ver o tanto que essa variável influenciou nas frequências, observou-se que não existe
correlação entre os parâmetros analisados.
45
Correlação da Glicemia de jejum e as frequências espaciais em cpg
A correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências espaciais do teste FSCEL. Após
análise dos dados com o índice de correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre
os valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais.
Correlação entre tempo (meses) de doença e SCEL
Apesar da hemoglobina glicada e a glicemia de jejum não mostrar nenhuma correlação
pela análise com o teste de Pearson, verificou-se a correlação do tempo de doença de diabetes
mellitus com alteração na resposta visual das frequências espaciais testadas. Como mostra a
figura 28, observou-se que existe correlação entre tempo de doença e valores de sensibilidade
ao contraste obtido pelo teste de sensibilidade ao contraste espacial de luminância, nas
frequências de 0.5; 0.8; 2; 4; 6; 10 e 15 ciclos/grau.
Figura 28 - Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências espaciais do teste
FSCEL. Após análise dos dados com o índice de correlação de Pearson observou-se que não houve
correlação entre os valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como representado nas
figuras de 27(a) a 27(k).
Figura 28 (c). Frequência espacial 0,8
Figura 28 (a) Frequência espacial 0,2
cpg e correlação com tempo de doença;
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,2977;(p)=0,0178
r (Pearson) = -0,1351
Fonte: Dados coletados na pesquisa
.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
46
Figura 28 (b). Frequência espacial 0,5
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,0271;(p)=0,0316
Fonte: Dados coletados na pesquisa
Figura 28 (e). Frequência espacial 2
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,2891;(p)=0,0215
Fonte: Dados coletados na pesquisa
Figura 28 (d). Frequência espacial 1
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,0244
Fonte: Dados coletados na pesquisa
Figura 28 (g). Frequência espacial 6 cpg
e correlação com tempo de doença; r
(Pearson) = -0,3441;(p)=0.0057
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
47
Figura 28 (f). Frequência espacial 4
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,34321;(p)=0,0059
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Figura 28 (h). Frequência espacial 10
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,2962;(p)=0,0183
Fonte: Dados coletados na pesquisa
48
Figura 28 (i). Frequência espacial 15 cpg
e correlação com tempo de doença; r
(Pearson) = -0,2502;(p)=0,0479
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Figura 28 (j). Frequência espacial 20 cpg
e correlação com tempo de doença; r
(Pearson) = -0,2352
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Figura 28 (k). Frequência espacial 30
cpg e correlação com tempo de doença;
r (Pearson) = -0,1457
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
49
4.2.2. Avaliação da Discriminação de Cores pelo Teste de Ordenamento de FarnsworthMunsell
No Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell (FM-100) foram avaliados
32 participantes com diabetes mellitus e 31 participantes do grupo controle. Na análise de
comparação dos resultados entre os grupos, para a análise de cada participante do grupo com
DM e os limites de tolerância superior e inferior definidos para o grupo controle,como
mostrado na figura 25, verificou-se que 19 olhos com diabetes mellitus (30,15%) de 63 olhos
com DM testados apresentaram valores de erro acima do limite de tolerância superior. Os
demais participantes do grupo com DM apresentaram valores próximos ao limite superior de
tolerância. É importante ressaltar que nenhum participante com DM apresentou valores de
erro próximo ao limite inferior de tolerância estabelecido para os controles.
Na análise da média do grupo com DM quando comparada aos limites inferior e
superior de confiança estabelecido para o grupo controle (figuras 29), nota-se que a média do
grupo com DM para o valor de erro foi bem acima do limite superior do intervalo de
confiança do grupo controle. O valor da média de erro do grupo com DM foi de
165,41±84,08, estatisticamente diferente, depois de realizado teste t-student, dos erros do
controle, que foi de 79,37±58,59 para p < 0,0001.
50
Figura 29. Limite de Tolerância para a raiz quadrada do valor de erro do FM-100 de 62 olhos de
participantes do grupo controle. Os losangos representam 63 olhos de participantes com DM, dos
quais, 19 olhos com diabetes mellitus (30,15%) testados apresentaram valores de erro acima do limite
de tolerância superior.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
51
Figura 30. Limites de confiança superior e inferior para a raiz do erro FM-100 de 62 olhos de
participantes controles. Média de erro de olhos com DM foi de 165,41 (r2 =12,47) acima de limite de
confiança superior do grupo controle, que foi de 79,37 (r2 =8).Após aplicação do teste-t para análise do
valor do erro (raiz quadrada), verificou-se que existe diferença estatística entre os grupos DM e
controle, pois, p (unilateral)= <0,0001 e p (bilateral) = <0,0001; intervalo de confiança de 95%.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Foi realizada também a verificação da correlação dos valores da hemoglobina glicada
e da glicemia de jejum dos participantes DM2 com o número de erros obtidos no teste de
ordenamento de cores. Após a análise observou-se que não existe correlação entre os
parâmetros analisados, conforme figuras 31 e 32. Já para a variável tempo de doença,
observou-se uma correlação fraca entre os parâmetros analisados (figura 33).
52
Participantes que apresentaram maior tempo de doença, para esse grupo por volta de
40 meses, apresentaram maior quantidade de erros como pode ser observado alguns
participantes no Apêndice K.
Figura 31. Demonstração da correlação dos valores de hemoglobina glicada e o número de erros do F
M-100.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
Figura 32. Demonstração da correlação dos valores de glicemia de jejum e o número de erros do F M100.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
53
Figura 33. Demonstração de correlação do tempo de doença e o número de erros do F M-100.
Fonte: Dados coletados na pesquisa.
4.2.3. Comparação entre os testes
Após a realização de uma análise isolada, foi realizada também uma comparação entre
os testes, onde observou-se que, dentre os pacientes com glicemia de jejum alterada, ou seja,
descompensada, apresentaram piores resultados visuais nos testes de SCL, retinografia e
acuidade visual.
Após a análise estatística comparando o grupo de participantes com retinopatia
diabética e sem retinopatia diabética, observou-se que não houve diferença estatística entre
esses grupos. Existe diferença entre o grupo controle e diabetes mellitus tipo II.
A maior parte dos pacientes com alterações de retina apresentaram glicemia
descompensada os alterações nos testes de SCL e FM 100. A grande maioria dos olhos com
alterações de SCL apresentaram acuidade visual alterada (64.5 %), glicemia descompensada
(60%), alterações de retina (48%) e na visão de cores (45%). A grande maioria dos olhos com
alteração em FM100 também apresentam alteração de SCL glicemia descompensada,
alterações de acuidade e retina.Para os resultados supracitados ver figuras 34, 35, 36 e 37.
54
Figura 34. Comparação dos níveis de glicemia com os testes realizados
Dos 37 (69.8 %) olhos de pacientes com glicemia de jejum alterada
29 de 37 , 78,37837838 % olhos testados Hb Glicosilada
12 de 37 , 32,43243243 % olhos testados Acuidade visual
6 de 37 , 16,21621622 % olhos testados Fundoscopia
14 de 37 , 37,83783784 % olhos testados Retinografia
3 de 37 , 8,108108108 % olhos testados
PIO
17 de 37 , 45,94594595 % olhos testados
FSCEL
10 de 37 , 27,02702703 % olhos testados
FM-100
Os olhos de pacientes com glicemia descompensada apresentaram
piores resultados visuais nos testes de FSCEL, retinografia e
acuidade visual.
Fonte: Dados coletados na pesquisa
Figura 35. Comparação das alterações da retina com os testes realizados
Dos 22 (41.6 %) de olhos com alterações na retina
Glicemia de
15 de 22 , 68,18181818 % olhos testados
jejum.
5 de 22 , 22,72727273 % olhos testados
PIO.
12 de 22 , 54,54545455 % olhos testados
HbGlic
Acuidade
8 de 22 , 36,36363636 % olhos testados
visual.
11 de 22 ,
50
% olhos testados
SCL.
9 de 22 , 40,90909091 % olhos testados
FM-100.
A maior parte dos pacientes com alterações de retina apresentaram
glicemia descompensada; alterações nos testes de SCL e FM-100.
Fonte: Dados coletados na pesquisa
Figura 36. Comparação das alterações do teste de Sensibilidade ao contraste espacial de
luminância
Dos 31 (49.2 %) dos olhos de pacientes com alteração de SCL:
15 de 25 ,
60
% olhos testados Glicemia de jejum.
12 de 25 ,
48
% olhos testados
HbGlic.
20 de 31 , 64,51612903 % olhos testados
Acuidade visual.
6 de 25 ,
24
% olhos testados
PIO.
Retinografia e/ou
12 de 25 ,
48
% olhos testados
Fundoscopia.
14 de 31 , 45,16129032 % olhos testados
FM-100.
A grandes maioria dos olhos com alterações de SCL apresentaram
acuidade visual alterada (64.5 %), glicemia descompensada (60%),
alterações de retina (48%) e na visão de cores (45%)
Fonte: Dados coletados na pesquisa
55
Figura 37. Comparação das alterações do teste FM-100
Dos 19 (30.2 %) dos olhos de pacientes com alteração de FM-100
10 de 17 , 58,82352941 % olhos testados
Glicemia de jejum.
8 de 17 , 47,05882353 % olhos testados
HbGlic.
11 de 19 , 57,89473684 % olhos testados
Acuidade visual.
Retinografia e/ou
9 de 17 , 52,94117647 % olhos testados
Fundoscopia.
3 de 17 , 17,64705882 % olhos testados
PIO.
15 de 19 , 78,94736842 % olhos testados
SCL.
A grande maioria dos olhos com alteração em FM-100 também
apresentam alteração de SCL, glicemia descompensada, alterações de
acuidade e retina.
Fonte: Dados coletados na pesquisa
56
5 DISCUSSÃO
Diversos estudos relatam sobre diabetes, seus critérios de diagnóstico, sinais e sintomas e
suas principais complicações como pé diabético, edema macular e a retinopatia diabética
(RD) em função das complicações microvasculares. Muitos desses estudos, com relação às
alterações visuais, compartilham da idéia de que quando a visão é afetada pelo DM, sendo
geralmente as lesões já estão instaladas e muitas vezes o indivíduo diabético já estava doente
e desconhecia o diagnóstico (ESTEVES et al.,2008; MAIA JUNIOR et al.,2007; BOSCO et
al.,2004).
Segundo Fong et al (2004), a perda visual devido a retinopatia diabética ocorre através
de uma variedade de mecanismos, incluindo descolamento retiniano, pré-retiniano ou
hemorragia vítrea, glaucoma neovascular associado, e edema macular ou não perfusão
capilar.A presença da retinopatia diabética pode indicar disfunção micro circulatória em
outros sistemas orgânicos (CHEUNG e WONG, 2008 e LIEW et al 2009).
Esteves e colaboradores (2008) afirmam que os principais fatores de riscos para a RD
são o mau controle glicêmico e pressórico e a maior duração do DM. Obviamente, o risco de
perda visual devido à retinopatia diabética pode ser reduzido pelo efetivo controle da glicose
sanguínea e pressão sanguínea e pela detecção precoce e tratamento oportuno.
5.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE DE SENSIBILIDADE AO CONTRASTE
ESPACIAL DE LUMNÂNCIA
Segundo Arden (1978), testar a sensibilidade ao contraste é o mais compreensivo
método de estimar a qualidade da visão em comparação à medida da acuidade visual pelos
cartões de Snellen. Pois estes últimos por apresentarem-se em alto contraste podem oferecer
uma resposta não satisfatória quando comparados à sensibilidade ao contraste testado em
diferentes níveis de contrastes.
Brinchmann-Hansen e colaboradores (1993) correlacionam o teste de sensibilidade ao
contraste mais fortemente com o grau de retinopatia diabética do que outro teste psicofísico
da função visual. Eles são enfáticos em relatar que no diabetes, a sensibilidade ao contraste
pode ser marcadamente reduzida apesar de acuidade visual normal. Medindo a função visual
que refletem mudanças retinianas precoces este tipo de teste poderia potencialmente ser usado
na detecção daquelas mudanças.
No presente trabalho, os valores médios obtidos para o grupo com DM2 em relação ao
grupo controle, apresentaram-se abaixo do intervalo de tolerância e intervalo de confiança,
57
onde 49,20% dos olhos testados apresentaram pelo menos uma frequência alterada. Vale
ressaltar, que todas as frequências testadas estavam com média abaixo desses intervalos,
principalmente as frequências médias de 4cpg e 6cpg, o que corrobora com vários achados na
literatura.
Gualtieri (2005) não encontrou diferença estatística no desempenho dos pacientes com e
sem retinopatia diabética instalada, porém os limiares médios do grupo com retinopatia
diabética foram maiores que do grupo sem retinopatia diabética, o que corrobora também com
os achados do presente estudo, pois, apesar dos participantes não terem sidos separados em
grupos com e sem retinopatia diabética, quando foi realizada a comparação entre os testes,
observou-se que os olhos com alteração na retina, que compreendem 41,6% também
apresentaram piores resultados para o teste FSCEL (figura 35).
Ainda diz a autora que a não significância estatística entre os grupos com retinopatia e
sem retinopatia diabética, está coerente com a idéia de origem neural para o dano funcional, o
que pode inferir que a presença da retinopatia diabética não tem efeito significativo sobre a
redução da sensibilidade ao contraste espacial de luminância, embora os limiares medidos no
seu estudo tenham mostrado menores valores para o grupo com retinopatia diabética.
Com o objetivo de determinar o efeito do diabetes na função retiniana interna e
externa em pessoas com diabetes e retinopatia não detectável clinicamente ou com retinopatia
diabética não proliferativa, Jackson e colaboradores (2011) ao estudarem a função retiniana de
35 adultos com retinopatia diabética não proliferativa e acuidade visual normal através da
sensibilidade ao contraste e perimetria de frequência duplicada (PFD) observaram perdas em
todas as medidas da função visual quando comparadas aos participantes com visão normal. A
função retiniana interna medida pela PFD mostrou perda da função visual para pacientes com
retinopatia diabética não proliferativa com 83% dos pacientes exibindo perdas clinicamente
significantes. Ainda no presente estudo é importante ressaltar que a função de fotorreceptores
bastonetes foi extremamente perdida com a maioria dos pacientes com retinopatia diabética
não proliferativa exibindo perdas significantes para a sensibilidade visual adaptada ao escuro.
Eles concluíram que ambas as funções retinianas internas e externas exibiram perdas
relacionadas à RDNP. A perimetria de frequência duplicada e outros testes da função visual
revelaram uma faixa expandida do diabetes induzindo danos até mesmo em pacientes com
boa acuidade visual.
Gartaganis e Colaboradores (2001) ao avaliarem a função de sensibilidade ao contraste
para quatro frequências espaciais em 16 pacientes com perda no teste oral de tolerância a
glicose segundo os critérios da OMS (1985) e comparado a 11 pessoas normais, observaram
58
perda estatisticamente significante de sensibilidade ao contraste e associado com perda no
teste oral de tolerância a glicose (p < 0.001) em todas as frequências espaciais testadas,
mesmo os grupos sendo similar em idade, acuidade visual e correção refrativa. Esses
resultados sugerem dano funcional precoce de tecido vascular ou neuronal, presumindo assim
o envolvimento da via óptica correlacionado a diabetes precoce. Os autores ainda afirmam
que as bases fisiológicas para esses deficits ainda são desconhecidas.
Durante a análise dos dados desse estudo, pode-se verificar que quando utilizado o índice
de correlação de Pearson para correlacionar as 11 frequências espaciais com os índices de
hemoglobina glicada e glicemia de jejum, não houve correlação entre os parâmetros
analisados, o que está de acordo com o estudo de Gualtieri (2004), porém difere do estudo
citado quando os valores das freqüências foram analisados com o tempo de doença, pois, no
estudo citado não foi encontrada correlação com o tempo de doença e no presente estudo
observou-se que existe essa correlação e ela apresentou-se nas freqüências 0,5; 0,8; 2; 4; 6; 10
e 15 ciclos por grau. Para essas frequência p< 0,05.
Provavelmente essa alteração em várias freqüências não sendo específica para nenhuma
delas, possa estar relacionada ao estudo feito por Arden (2001), onde o mesmo diz que a
hipóxia do tecido retiniano pode ser a principal causa da redução da função visual em
diabéticos e que essas alterações, provavelmente ocorrem antes que alterações de fundo de
olho sejam perceptíveis ao exame oftalmológico.
Segundo Santos e Simas (2001) a função de sensibilidade ao contraste e a acuidade
visual, parecem formar os principais indicadores dos aspectos críticos da percepção visual, o
que parece ser uma explicação coerente da diminuição desses parâmetros diante uma
alteração morfofuncional, pois neste estudo os pacientes com pior acuidade visual
apresentaram alterações do FSCEL.
Para Esteves et al. (2008) e Bosco et al . (2004) apesar da hiperglicemia ser um fator de
risco modificável, o mau controle glicêmico implica em sérios danos para os problemas
oculares em indivíduos com diabetes, pois a permanência prolongada de maus níveis
glicêmicos (glicemia de jejum e HbA1c) aumenta o risco para o surgimento da RD, ou agrava
as lesões já existentes. Ainda dizem os autores que em apenas 3,5 anos após o DM2, a RD
está presente em 12,6% dos pacientes e 8% dos indivíduos com pré-diabetes já apresentam
RD.
Misra et al., 2010 não encontrou diferença significativa na FSCEL entre os casos com e
sem retinopatia diabética, porém esse estudo encontrou associação significativa entre a HA1C
e a sensibilidades ao contraste, o que não foi observado no presente estudo. Para o autor esses
59
achados, implicam que a sensibilidade ao contraste é alterada pelo diabetes, mas não é afetada
de forma crescente, de acordo com as alterações microvasculares, características da
progressão da retinopatia diabética e que não teve efeito significativo sobre as alterações de
SCEL. Ainda diz o autor, que as alterações relacionadas ao diabetes podem estar mais
relacionadas a alterações da função da retina caudadas por distúrbios no metabolismo de
hidratos de carbono, representados pela hemoglobina glicada.
Nesse estudo foi observado que a maior parte dos participantes com alterações na retina
apresentaram glicemia descompensada e alterações FSCEL e FM-100, o que parece estar
relacionado ao que descreveram os autores supracitados.
A perda da sensibilidade ao contraste na presença de diabetes com o sem retinopatia tem
sido bem reconhecida, embora o tipo de perda de sensibilidade ao contraste não seja idêntica
para todos os pacientes diabéticos (VERROTTI ET AL.; 1998). Segundo Marainie
colaboradores (1994), a perda na sensibilidade ao contraste tem sido variavelmente atribuída a
mudanças retinianas, mas também a mudanças no cristalino. E os fatores de riscos
relacionados incluem a idade avançada, pressão arterial sistólica elevada, diabetes e
nefropatia.
5.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE DEFARNSWORTH-MUNSELL FM-100
No teste FM-100, para a média dos participantes, verificou-se que 30,15% dos olhos
com DM2, apresentaram valores de erro acima do limite de tolerância e confiança
estabelecidos a partir do grupo controle, e após tratar esses dados estatisticamente com o
teste-t, houve diferença estatística entre os grupos, p< 0,0001. Esses dados concordam com os
de Santana et al. 2010, que também encontrou diferença estatística entre o grupo DM2 e
controles.
Esses achados diferem dos encontrados por Santana (2005) que não encontrou
significância estatística entre os grupos, porém o presente estudo corrobora com a mesma
autora e Gualtieri (2005) que assim como essa pesquisa, não encontrou correlação com a
idade, glicemia capilar e hemoglobina glicada.
Não há consenso na literatura com relação aos resultados dos testes visuais, em geral
com os níveis de glicose sanguíneo e o controle metabólico recente, realizado pelos níveis de
A1C.
Alguns estudos encontraram correlação de perdas visuais com A1C descompensada
(MENTONI et al.,1982; ZIZMAN e ADAMS, 1982; FROST-LARSEN,CHRISTIANSEN e
PARVING,1983; KLEIN et al, 1984).
60
Em relação ao tempo de doença, o presente estudo encontrou uma correlação fraca
para os parâmetros analisados, já Gualtieri (2005) e Santana (2005), encontraram uma
correlação moderada para o tempo de doença e valores de erro do teste.
FEITOSA-SANTANA et al (2010) encontram correlação com o tempo de doença, que
corrobora com esse estudo, e com a hemoglobina glicada, achado esse que difere do estudo.
O tempo de doença já vem sendo descrito na literatura como um fator relevante para o
aparecimento de alterações da função visual assim como a piora dessas quando já existentes.
Segundo Esteves et al. (2008), a duração do DM, facilmente identificada nos pacientes com
DM1, é de difícil determinação nos pacientes com DM2, pois, estima-se que em pacientes
com DM2, a doença já esteja presente há cerca de 4 a 7 anos em relação à época em que é
feito o diagnóstico de DM. Essa observação explica a presença de RD já na ocasião do
diagnóstico em pacientes com DM2.
A redução da visão de cores, segundo Greenstein (2004) e Kurtenbach (2006), ocorre
provavelmente a uma redução da sensibilidade dos fotorreceptores. Sendo assim a
hiperglicemia e consequentemente a redução de oxigênio nos neurônios na retina, eleva os
limiares dos fotorreceptores, reduzindo a sensibilidade de absorção dos mesmos. Pode ser que
essa seja a explicação para os piores resultados do FM-100, terem sido para participantes com
níveis glicêmicos descompensados.
61
6 CONCLUSÃO
O diabetes indiscutivelmente é um agravo que limita o paciente em alguma fase da sua
vida. Os estudos têm mostrado que um dos principais prejuízos a essa população é a cegueira
proveniente da retinopatia diabética, porém antes mesmo da instalação da RD, é comum que
os pacientes queixem-se de alterações visuais como: vista embaçada, turva, dificuldade em ler
entre outras que, geralmente, ocorrem concomitantes a níveis glicêmicos descompensados.
A literatura tem demonstrado que o mau controle glicêmico é um dos estopins para
que surjam então as complicações.
Nesse estudo a visão acromática foi mais sensível a doença, pois apresentou os piores
resultados. A alteração se deu principalmente nas frequências espaciais médias que
compreendem as frequências de 4cpg e 6cpg.
Existe associação das alterações visuais com danos na retina, pois, dos 22 participantes
com alteração na retina, que representaram 41,6% dos olhos testados, 11 apresentaram
alterações no teste de SCEL e 9 no teste de ordenamento de cores FM-100.
Apesar dos valores de glicemia não influenciarem os resultado dos exames psicofísicos,
o tempo de doença apresentou relação com o resultado. Apresentado piores resultados os
pacientes com mais tempo de doença.
Mais pesquisas com paradigmas psicofísicos se fazem necessárias para esse grupo com a
finalidade de melhor elucidação dos mecanismos e progressão das alterações visuais para
indivíduos com diabetes mellitus tipo 2, pois, aspectos importantes como a relação aos
resultados dos testes visuais, em geral com níveis glicêmicos e o controle metabólico recente
representada pelos níveis de hemoglobina glicada, ainda não tem consenso na literatura.
62
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67
ANEXOS
68
ANEXO 1- APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
69
APÊNDICES
70
Apêndice -A
FICHA DE ANAMNESE- AVALIAÇÃO VISUAL EM PACIENTES DM
1 Dados de Identificação
Código:
Nome completo: __________________________________________________
Endereço:_______________________________________________________
Contato: Fone Res:________________Cel: ( )_________________________
Sexo: F( ) M( )
Data de nascimento:_____/_____/_____ Idade :
Data da avaliação: _____/_____/_____
Cor: Branco ( ) Pardo ( ) Negro ( )
Estado Civil: Solteiro ( ) Casado ( )
Escolaridade –
Profissão atual –
Profissão anterior –
2-Histórico
Patologia:_________________
Índio ( ) Amarelo ( )
Viúvo ( )
Divorciado ( )
71
Dificuldade em discriminar cores- sim ( ) não ( ) (S.I.C)
Familiares com problemas em discriminar cores- sim ( ) não ( )
Doenças oculares –
Doenças neurológicas –
Tabagismo/ Etilismo –
3-Interrogatório Complementar
Horário da última refeição-
Controle da HAS –
Controle Diabetes mellitus -
Medicação em uso -
72
4-Doenças da fase adulta e infantil
5- Acuidade Visual – TESTE DE SNELLEN
Condições de avaliação:_________________________________
OD = ____________________
OS = ____________________
6- OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES
73
Teste de Ishihara das Lâminas Pseudoisocromáticas
Tabela 1 – Planilha para acompanhamento do teste de Ishihara .
Nº
Normal
Discriminação
Resposta do Sujeito
Deficiente
Ausente
1
12
12
12
2
8
3
X
3
29
70
X
4
5
2
X
5
3
5
X
6
15
17
X
7
74
21
X
8
6
X
X
9
45
X
X
10
5
X
X
11
7
X
X
12
16
X
X
13
73
X
X
14
X
5
X
15
X
45
X
Protan
Deutan
Grave
Leve
Grave
leve
X
16
26
6
26
2
26
X
17
42
2
42
4
42
X
D
S
74
Conclusão:
TESTE DE SNELLEN
Condições de avaliação:_________________________________
OD = ____________________
OS = ____________________
75
76
Apêndice B - Dados de anamnese de participantes do grupo controle.
CÓDIGO
IDADE
SEXO
ESCOLARIDADE
TABAGISMO
ETILISMO
AJR120216
ALN120122
JSS120122
LCG110620
MIT110722
MLM12012
2
RKF120224
EMS120411
JAN110715
LOR120404
MCP120327
LCO120327
MGS120330
FCA110719
MCA110715
MJA110718
MJG120323
RSF120326
EBC120324
GRS120329
IPC120326
JAS120324
MCS120403
51
39
41
37
37
48
M
M
M
F
F
F
3º grau incompleto
3º grau
3º grau
Mestrando
Doutorado
3º grau
Nega
Nega
Nega
Nega
Nega
Nega
Social
Social
Social
Social
Nega
Social
47
51
51
60
49
60
51
42
45
39
42
31
61
62
61
61
63
F
F
M
F
F
M
F
M
F
M
F
F
M
F
F
M
F
Pós-graduado
Ensino médio
Nega
Nega
Social
Social
Ensino médio
Fundamental
Ensino médio
Ensino médio
Ensino médio
Fundamental
Ensino médio
Ensino médio
Ensino médio
Ensino médio
Ensino médio
Ensino médio
Ensino médio
Ensino médio
Nega
Nega
Nega
Nega
Nega
Social
Nega
Nega
Nega
Nega
Nega
Nega
Sim + 10 anos
Nega
Nega
P/30 anos abst
10 anos
Nega
Nega
Social
Nega
Social
Nega
Nega
Social
OUTRAS
DOENÇAS
Asma
1980 AVEH*
77
NLD120404
OMM12327
62
62
F
M
Fundamental
3º GRAU
MGL120121
47
F
Pós-graduado latosensu
Ensino médio
Ensino médio
40
F
ACT110713
49
F
MMC11062
9
43
F
Fundamental
VSP110627
47
F
Ensino médio
MFN120416
51
F
Ensino médio
RSB120416
*Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico.
Nega
SIM + 30
ANOS
Nega
Nega
Social
-
Nega
-
Nega
Nega
Nega
Nega
-
Nega
Nega
Nega
Nega
Nega
Nega
-
78
Apêndice C - Dados de anamnese de participantes que compõem o grupo DIABETES.
PACIENTES
DIABÉTICOS
ARN111222-56
MTM111222-56
MLO111220-45
NVS111201-39
IMB110908-34
MFP110902-45
IDADE
SEXO
ESCOLARIDADE
TABAGISMO
ETILISMO
56
56
45
39
34
45
M
F
F
M
F
M
FUNDAMENTAL INC
FUNDAMENTAL INC
ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIO
FUNDAMENTAL INC
MLS110830-83
MNF110916-50
JBA110922-56
JSF110923-59
AMG111222-51
EES110804-40
JMS110614-54
LSN110804-31
MSN110825-56
MNC110804-51
PES110622-32
ASL110617-45
AMC110818-43
83
50
56
59
51
40
54
31
56
51
32
45
43
F
F
M
M
F
F
F
M
M
F
F
M
M
ENSINO MÉDIO
FUNDAMENTAL INC
FUNDAMENTAL
MÉDIO INC
MÉDIO
MÉDIO
3º GRAU
3º GRAU
FUNDAMENTAL
FUNDAMENTAL INC
FUNDAMENTAL INC
3º GRAU
FUNDAMENTAL
RRP110915-53
53
F
FUNDAMENTAL INC
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
SOCIALMENTE
ABSTINÊNCIA HÁ 4
ANOS
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
SOCIALMENTE
SOCIALMENTE
SOCIALMENTE
NEGA
NEGA
NEGA
ABSTINÊNCIA HÁ 3
ANOS
SOCIALMENTE
LCA111228-64
BSR120109-64
64
64
F
F
FUNDAMENTAL INC
FUNDAMENTAL INC
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
ABSTINÊNCIA HÁ
15 ANOS-INÍCIO 16a
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
ABSTINÊNCIA HÁ 8
ANOS-INÍCIO 15a
ABSTINÊNCIA HÁ 3
ANOS-INÍCIO 15a
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
OUTRAS
DOENÇAS
DISLIPIDEMIA
AVC I? E?
79
AMP120119-49
MJF120119-52
AMF110708- 43
MMC110630- 53
RNB110617-74
UCA110621-70
MCA110815-75
49
52
43
53
74
70
75
M
F
M
F
F
M
F
FUNDAMENTAL INC
MÉDIO
MÉDIO
MÉDIO
NÃO ALFABETIZADA
FUNDAMENTAL
FUNDAMENTAL
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
ABSTINÊNCIA HÁ 3
NEGA
NEGA
SOCIALMENTE
NEGA
NEGA
NEGA
MJA110805-58
JFN120123-46
JMB110824-57
MEDIA
DP
HOMENS
MULHERES
58
46
57
52,625
12,17016
13
19
M
F
F
MÉDIO
3º GRAU INC
PÓS-GRADUADO
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
NEGA
CAT ABR/2011
DISLIPIDEMIA
GLAUCOMA ?
PERDA VISÃO
D
40,62%
59,38%
Apêndice D – Dados clínicos dos participantes do grupo diabetes
CÓDIGO
ARN111222-56 D
ARN111222-56 E
MTM111222-56 D
MTM111222-56 E
MLO111220-45 D
MLO111220-45 E
NVS111201-39 D
NVS111201-39 E
RETINOGRAFIA
PIO
FUNDOSCOPIA
ACUIDADE
NORMAL
NORMAL
RETINOPATIA
NORMAL
NORMAL
NORMAL
-
16
16
16
16
20
20
-
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
-
20/20
20/25
20/20
20/20
20/20
20/20
20/20
20/30
TEMPO DOENÇA
ANOS
3
3
4
4
80
IMB110908-34 D
IMB110908-34 E
MFP110902-45 D
MFP110902-45 E
MLS110830-83 D
MLS110830-83 E
MNF110916-50 D
MNF110916-50 E
JBA110922-56 D
JBA110922-56 E
JSF110923-59 D
JSF110923-59 E
AMG111222-51 D
AMG111222-51 E
EES110804-40 D
EES110804-40 E
JMS110614-54 D
JMS110614-54 E
LSN110804-31 D
LSN110804-31 E
MSN110825-56 D
MSN110825-56 E
MNC110804-51 D
MNC110804-51 E
PES110622-32 D
NORMAL
NORMAL
NORMAL
RETINOPATIA?
NORMAL
RETINOPATIA
INSIPIENTE
RETINOPATIA
INSIPIENTE
NORMAL
RETINOPATIA
INSIPIENTE
RETINOPATIA
INSIPIENTE
NORMAL
RETINOPATIA?
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
-
18
18
22
20
21
21
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
20/20
20/20
20/30
20/40
20/30
20/40
16
NORMAL
20/30
16
16
NORMAL
NORMAL
20/30
20/25
20/30
20/30
20/30
20/30
20/30
20/20
16
NORMAL
20/20
20
20
14
14
20
20
14
14
-
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
-
20/20
20/20
20/20
20/20
20/25
20/25
20/20
20/20
20/25
5
11
40
18
5
2
7
3
2
1
6
3
2
81
16
14
18
18
18
NORMAL
NORMAL
CERATOSE?
NORMAL
NORMAL
20/25
20/20
20/20
20/20
20/20
20/25
20
NORMAL
20/25
18
OPACIDADE
20/30
20
OPACIDADE
20/30
16
16
20/25
20/40
1
20
NORMAL
ATROFIA
IRIANA
NORMAL
20/20
1
18
NORMAL
20/20
MJF120119-52 D
MJF120119-52 E
AMF110708- 43 D
AMF110708- 43 E
MMC110630- 53 D
MMC110630-53 E
RNB110617-74 D
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
RETINOPATIA
INSIPIENTE
RETINOPATIA
INSIPIENTE
RETINOPATIA
INSIPIENTE
RETINOPATIA
INSIPIENTE
NORMAL
CONSTRIÇÃO
ARTERIOLAR
RETINOPATIA
INSIPIENTE
RETINOPATIA
INSIPIENTE
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
PO LASER
RETINOPATIA
RETINOPATIA
22
22
18
20
18
18
24
20/20
20/20
20/20
20/20
20/25
20/20
20/40
RNB110617-74 E
RETINOPATIA
24
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NUBÉCULA
NASAL
NUBÉCULA
NASAL
PES110622-32 E
ASL110617-45 D
ASL110617-45 E
AMC110818-43 D
AMC110818-43 E
RRP110915-53 D
RRP110915-53 E
LCA111228-64 D
LCA111228-64 E
BSR120109-64 D
BSR120109-64 E
AMP120119-49 D
AMP120119-49 E
20/40
4
7
12
3
0,5
5
15
3
82
UCA110621-70 D
UCA110621-70 E
MCA110815-75 E
MJA110805-58 D
MJA110805-58 E
JFN120123-46 D
JFN120123-46 E
JMB110824-57 D
JMB110824-57 E
RETINOPATIA
RETINOPATIA
RETINOPATIA
COM
DEGENERAÇÃO
MACULAR
NORMAL
HEMORRAGIA
POLO POST
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
30
28
14
OPACIDADE
OPACIDADE
OPACIDADE
NUCLEAR;ALT
ERAÇÃO EPR
20/100
20/30
20/40
6
16
14
LESÃO PÁLIDA
NORMAL
20/20
20/20
10
20
18
19
18
NORMAL
NORMAL
NORMAL
NORMAL
20/20
20/20
20/20
20/20
MEDIA
DESVPAD
0,5
18
5
6,5625
7,719633536
Apêndice E – Dados numéricos de erros do FM 100 de participantes que compõem o grupo DM e participantes que compõem o grupo controle.
CÓDIGO DM
ARN111222-56 D
ARN111222-56 E
MTM111222-56 D
MTM111222-56 E
MLO111220-45 D
MLO111220-45 E
NVS111201-39 D
ERRO
FM100
116
132
80
56
152
224
64
RAIZ DO
ERRO
10,8
11,5
9
7
12
15
8
GRUPO
CONTROLE
FCA110719-42 D
FCA110719-42 E
AJR120216-51 D
AJR120216-51 E
ALN120122-39 D
ALN120122-39 E
JSS120122-41 D
ERRO
FM100
52
52
52
48
44
44
60
RAIZ DO
ERRO
7
7
7
7
7
7
8
83
NVS111201-39 E
IMB110908-34 D
IMB110908-34 E
MFP110902-45 D
MFP110902-45 E
MLS110830-83 D
156
260
200
372
264
168
12
16
14,142
19
16
13
MLS110830-83 E
MNF110916-50 D
MNF110916-50 E
JBA110922-56 D
JBA110922-56 E
JSF110923-59 D
JSF110923-59 E
AMG111222-51 D
AMG111222-51 E
EES110804-40 D
EES110804-40 E
JMS110614-54 D
JMS110614-54 E
LSN110804-31 D
LSN110804-31 E
MSN110825-56 D
MSN110825-56 E
MNC110804-51 D
MNC110804-51 E
PES110622-32 D
PES110622-32 E
268
452
396
132
128
76
64
152
196
68
56
156
116
104
124
52
44
124
240
136
240
16
21
20
11
11
9
8
12
14
8
7
12
11
10
11
7
7
11
15
12
15
JSS120122-41 E
LCG110620-35 D
LCG110620-35 E
MIT110722-37 D
MIT110722-37 E
MLM120122-48
D
MLM120122-48 E
RKF120224-47 D
RKF120224-47 E
MJG120323-42 D
MJG120323-42 E
RSF120326-31 D
RSF120326-31 E
EMS120411-51 D
EMS120411-51 E
MCP120327-49 D
MCP120327-49 E
LCO120327-60 D
LCO120327-60 E
EBC120324-61 D
EBC120324-61 E
GRS120329-62 D
GRS120329-62 E
IPC120326-61 D
IPC120326-61 E
JAS120324-61 D
JAS120324-61 E
96
20
20
32
28
36
10
4
4
6
6
6
40
80
88
52
52
56
52
44
68
28
24
60
76
36
40
52
36
56
48
68
52
9
9
9
7
7
7
7
7
8
5
5
8
9
6
6
7
6
7
7
8
7
84
ASL110617-45 D
ASL110617-45 E
AMC110818-43 D
152
220
93
12
15
10
AMC110818-43 E
108
10
RRP110915-53 D
RRP110915-53 E
LCA111228-64 D
LCA111228-64 E
BSR120109-64 D
BSR120109-64 E
AMP120119-49 D
164
216
212
140
108
164
252
13
15
15
12
10
13
16
AMP120119-49 E
260
16
MJF120119-52 D
MJF120119-52 E
AMF110708- 43 D
AMF110708- 43 E
MMC110630- 53 D
MMC110630-53 E
RNB110617-74 D
RNB110617-74 E
UCA110621-70 D
UCA110621-70 E
MCA110815-75 E
MJA110805-58 D
MJA110805-58 E
180
176
144
156
80
100
176
264
152
144
340
196
160
13
13
12
12
9
10
13
16
12
12
18
14
13
MCS120403-63 D
MCS120403-63 E
OMM120327-62
D
OMM120327-62
E
MGL120121-47 D
MGL120121-47 E
ACT110713-40 D
ACT110713-E
JMB110721-53 D
JMB110721-53E
MMC110629-49
D
MMC110629-49
E
RCA110721-33 D
RCA110721-33E
RSM110811-38 D
RSM110811-38E
VSP110627-43 D
VSP110627-43 E
MFN120416 47 D
MFN120416 47 E
RSB120416-51 D
RSB120416-51 E
28
24
60
5
5
8
36
6
64
73
116
140
128
140
200
8
9
11
12
11
12
14
292
17
144
40
140
240
176
200
108
144
128
132
12
6
12
15
13
14
10
12
11
11
85
JFN120123-46 D
JFN120123-46 E
JMB110824-57 D
JMB110824-57 E
Média
Desvio Padrão
124
11
100
10
108
10
164
13
165,412698 12,4799757 Média
84,0847566 3,13348996 Desvio Padrão
79,375
58,5961719
8
2,899473
n da amostra
p-valor
g-valor
a-valor
z(1-p)/2
X2g,N-1
k
Média
desvio padrão
56
0,9
0,95
0,05
-1,645
38,958
1,972
79,375
58,5961719
8,489088
2,899473
LT superior
LT inferior
194,912451
-36,162451
14,20615
2,77203
86
Apêndice F – Valores numéricos absolutos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de
participantes que compõem o grupo de DM2.
Paciente diabético
ARN111222-56 D
ARN111222-56 E
MTM111222-56 D
MTM111222-56 E
MLO111220-45 D
MLO111220-45 E
NVS111201-39 D
NVS111201-39 E
IMB110908-34 D
IMB110908-34 E
MFP110902-45 D
MFP110902-45 E
MLS110830-83 D
MLS110830-83 E
MNF110916-50 D
MNF110916-50 E
JBA110922-56 D
JBA110922-56 E
JSF110923-59 D
JSF110923-59 E
AMG111222-51 D
AMG111222-51 E
EES110804-40 D
EES110804-40 E
0,2
14,59
9,73
7,79
9,73
9,73
10,61
11,67
3,56
3,18
3,67
6,15
4,88
8,98
6,15
6,88
7,30
38,89
29,17
14,59
23,34
6,15
3,34
9,73
11,67
0,5
58,33
58,33
38,89
38,89
29,17
38,89
38,89
19,45
16,67
16,67
38,89
19,45
19,45
14,59
14,59
19,45
233,33
58,33
466,65
58,33
19,45
7,54
58,33
38,89
0,8
116,66
155,55
116,66
58,33
38,89
58,33
116,66
38,89
10,61
14,59
58,33
23,34
29,17
16,67
19,45
29,17
58,33
155,55
116,66
116,66
19,45
6,66
58,33
58,33
1
233,33
155,55
155,55
116,66
58,33
155,55
155,55
29,17
19,45
12,97
116,66
38,89
29,17
29,17
23,34
29,17
155,55
233,33
116,66
116,66
23,34
10,28
116,66
116,66
2
155,55
233,33
233,33
233,33
233,33
155,55
116,66
58,33
19,45
29,17
116,66
58,33
23,34
38,89
29,17
58,33
233,33
233,33
233,33
233,33
16,67
22,61
233,33
155,55
4
23,34
58,33
155,55
233,33
233,33
155,55
233,33
58,33
23,34
16,67
116,66
58,33
8,98
29,17
38,89
29,17
233,33
466,65
155,55
58,33
19,45
18,84
233,33
233,33
6
12,97
19,45
155,55
233,33
116,66
233,33
58,33
19,45
23,34
10,61
19,45
58,33
7,79
16,67
12,97
23,34
233,33
233,33
116,66
19,45
9,73
28,26
155,55
233,33
10
16,67
11,67
116,66
58,33
58,33
116,66
58,33
12,97
16,67
7,30
12,97
16,67
3,67
10,61
7,30
10,61
116,66
116,66
29,17
23,34
1,00
18,84
155,55
116,66
15
3,10
3,79
23,34
23,34
23,34
19,45
29,17
3,27
2,47
3,10
5,09
4,51
1,87
3,46
5,85
6,15
155,55
116,66
12,97
8,98
1,01
8,70
58,33
58,33
20
1,40
1,15
6,49
12,97
12,97
16,67
23,34
1,01
1,01
1,01
1,12
1,18
1,32
1,24
2,21
3,10
133,19
186,47
5,85
7,30
1,01
1,48
9,73
6,49
30
1,02
1,02
1,20
1,02
2,74
3,91
2,37
1,02
1,02
1,22
1,02
1,02
1,02
1,02
1,02
1,02
29,17
58,33
2,25
2,68
1,50
1,07
1,02
1,02
87
JMS110614-54 D
JMS110614-54 E
LSN110804-31 D
LSN110804-31 E
MSN110825-56 D
MSN110825-56 E
MNC110804-51 D
MNC110804-51 E
PES110622-32 D
PES110622-32 E
ASL110617-45 D
ASL110617-45 E
AMC110818-43 D
AMC110818-43 E
RRP110915-53 D
RRP110915-53 E
LCA111228-64 D
LCA111228-64 E
BSR120109-64 D
BSR120109-64 E
AMP120119-49 D
AMP120119-49 E
MJF120119-52 D
MJF120119-52 E
AMF110708- 43 D
AMF110708- 43 E
MMC110630- 53 D
MMC110630-53 E
8,98
8,34
16,67
23,34
23,34
7,79
38,89
6,49
4,19
3,18
11,67
6,15
3,02
6,15
8,34
5,85
8,34
8,34
4,68
6,49
3,46
9,73
19,45
14,59
4,19
5,32
6,88
6,15
38,89
38,89
38,89
116,66
58,33
58,33
38,89
29,17
12,97
10,61
58,33
58,33
8,98
16,67
16,67
23,34
29,17
19,45
29,17
10,61
23,34
29,17
116,66
29,17
19,45
29,17
38,89
29,17
58,33
58,33
58,33
155,55
29,17
38,89
38,89
23,34
11,67
12,97
466,65
116,66
14,59
16,67
38,89
38,89
29,17
23,34
38,89
29,17
38,89
38,89
58,33
58,33
58,33
29,17
38,89
29,17
116,66
116,66
116,66
233,33
116,66
155,55
58,33
38,89
16,67
9,73
466,65
155,55
16,67
14,59
38,89
116,66
58,33
58,33
38,89
23,34
58,33
233,33
116,66
155,55
38,89
116,66
116,66
155,55
155,55
155,55
233,33
233,33
116,66
116,66
116,66
116,66
11,67
12,97
466,65
233,33
29,17
19,45
155,55
233,33
29,17
58,33
116,66
38,89
58,33
116,66
155,55
116,66
155,55
155,55
155,55
116,66
155,55
116,66
466,65
466,65
233,33
38,89
116,66
58,33
19,45
11,67
1000,00
233,33
58,33
38,89
38,89
466,65
19,45
116,66
116,66
29,17
116,66
58,33
155,55
233,33
233,33
233,33
155,55
116,66
116,66
116,66
466,65
1000,00
116,66
29,17
38,89
58,33
8,34
8,98
233,33
233,33
23,34
14,59
38,89
233,33
19,45
58,33
58,33
23,34
58,33
155,55
155,55
155,55
233,33
155,55
116,66
58,33
29,17
23,34
155,55
155,55
58,33
14,59
19,45
7,79
5,85
2,95
466,65
466,65
8,98
8,34
29,17
38,89
5,85
19,45
14,59
2,09
116,66
58,33
16,67
38,89
116,66
38,89
29,17
23,34
14,59
12,97
38,89
38,89
16,67
6,49
3,18
3,02
1,84
1,35
116,66
233,33
7,79
4,04
7,79
14,59
2,09
3,91
5,09
1,93
38,89
29,17
38,89
29,17
58,33
23,34
16,67
8,34
6,88
5,32
12,97
6,88
6,49
2,29
1,46
1,01
1,45
2,00
133,19
38,89
5,57
3,46
4,68
6,88
1,19
2,70
3,18
1,13
14,59
12,97
5,57
11,67
16,67
8,34
8,98
3,67
1,27
1,04
1,02
1,08
1,61
1,02
1,02
1,02
1,32
1,28
14,59
6,65
1,65
2,06
2,13
2,63
1,02
1,02
1,05
1,67
2,88
4,34
1,18
1,88
1,33
1,02
1,02
1,02
88
RNB110617-74 D
RNB110617-74 E
UCA110621-70 D
UCA110621-70 E
MCA110815-75 E
MJA110805-58 D
MJA110805-58 E
JFN120123-46 D
JFN120123-46 E
JMB110824-57 D
JMB110824-57 E
Média
Desvio Padrão
3,79
19,45
38,89
29,17
58,33
58,33
58,33
10,61
5,85
1,87
1,02
4,68
23,34
23,34
29,17
38,89
58,33
19,45
8,98
3,10
1,45
1,02
14,59
58,33
38,89
58,33
23,34
10,61
4,88
6,15
3,79
1,69
1,02
9,73
38,89
29,17
58,33
155,55
116,66
29,17
19,45
7,30
4,88
1,11
4,88
23,34
12,97
29,17
16,67
10,61
5,85
3,02
1,70
1,01
1,02
5,319
19,448
23,336
29,169
58,333
58,333
58,333
16,671
7,789
4,044
1,321
5,57
23,34
29,17
38,89
58,33
116,66
29,17
29,17
11,67
5,85
1,82
4,88
29,17
58,33
155,55
116,66
155,55
155,55
116,66
1,01
1,01
1,02
6,49
38,89
58,33
155,55
155,55
155,55
155,55
38,89
6,88
2,34
1,02
7,30
38,89
38,89
58,33 1000,00
116,66
116,66
38,89
9,73
8,34
1,02
6,49
23,34
23,34
29,17
58,33
116,66
58,33
23,34
16,67
2,64
1,02
9,766036 44,21017 55,78322 93,28866 136,0999 142,3761 106,7924 53,92087 22,78093 12,77677 3,064722
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
Apêndice G– Valores numéricos absolutos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de
participantes que compõem o grupo controle.
CÓDIGOS
PARTICIPANTES
CONTROLES
AJR120216-51 D
AJR120216-51 E
ALN120122-39 D
ALN120122-39 E
JSS120122-41 D
JSS120122-41 E
0,2
16,67
11,67
16,67
12,97
23,34
29,17
0,5
0,8
1
2
4
6
10
58,33
38,89
116,66
38,89
116,66
155,55
116,66
116,66
116,66
58,33
116,66
116,66
155,55
116,66
155,55
116,66
155,55
233,33
233,33
155,55
233,33
233,33
233,33
233,33
116,66
155,55
233,33
233,33
233,33
233,33
58,33
155,55
233,33
233,33
116,66
155,55
23,34
58,33
116,66
155,55
58,33
29,17
15
20
30
6,15
23,34
38,89
58,33
19,45
10,61
5,85
11,67
19,45
23,34
4,88
2,10
1,38
2,81
1,40
2,21
1,24
1,50
89
LCG110620-37 D
LCG110620-37 E
MIT110722-37 D
MIT110722-37 E
MLM120122-48 D
MLM120122-48 E
RKF120224-47 D
RKF120224-47 E
EMS120411-51 D
EMS120411-51 E
JAN110715-51 D
JAN110715-51 E
LOR120404-60 D
LOR120404-60 E
MCP120327-49 D
MCP120327-49 E
LCO120327-60 D
LCO120327-60 E
MGS120330-51 D
MGS120330-51 E
FCA110719-42 D
FCA110719-42 E
MCA110715-45 D
MCA110715-45 E
MJA110718-39 D
MJA110718-39 E
MJG120323-42 D
MJG120323-42 E
23,34
38,89
23,34
58,33
14,59
16,67
8,343
11,67
8,34
6,15
8,34
5,57
23,34
16,67
11,67
14,59
8,34
11,67
8,34
16,67
6,88
6,88
4,88
5,85
16,67
16,67
14,59
14,59
116,66
116,66
233,33
466,65
58,33
58,33
38,890
38,89
58,33
23,34
29,17
29,17
116,66
38,89
58,33
29,17
38,89
38,89
58,33
29,17
58,33
29,17
14,59
38,89
38,89
38,89
58,33
58,33
58,33
116,66
155,55
233,33
58,33
116,66
38,890
58,33
58,33
58,33
38,89
23,34
116,66
58,33
58,33
58,33
58,33
58,33
29,17
58,33
58,33
58,33
19,45
58,33
116,66
58,33
58,33
58,33
155,55
116,66
466,65
466,65
155,55
58,33
58,333
58,33
116,66
155,55
58,33
58,33
233,33
116,66
116,66
116,66
58,33
116,66
116,66
233,33
116,66
58,33
58,33
58,33
58,33
116,66
58,33
116,66
466,65
233,33
233,33
466,65
155,55
155,55
116,663
116,66
155,55
155,55
116,66
58,33
155,55
155,55
116,66
233,33
155,55
233,33
233,33
233,33
155,55
116,66
116,66
233,33
233,33
155,55
116,66
155,55
466,65
233,33
233,33
466,65
155,55
155,55
116,663
116,66
233,33
233,33
116,66
116,66
233,33
233,33
116,66
233,33
116,66
233,33
116,66
233,33
155,55
155,55
116,66
466,65
233,33
233,33
116,66
116,66
233,33
233,33
233,33
233,33
155,55
58,33
116,663
116,66
155,55
155,55
155,55
23,34
116,66
155,55
116,66
233,33
155,55
155,55
116,66
155,55
116,66
116,66
58,33
233,33
466,65
116,66
155,55
155,55
116,66
116,66
58,33
116,66
116,66
19,45
38,890
23,34
58,33
155,55
58,33
5,85
58,33
38,89
29,17
38,89
58,33
155,55
58,33
116,66
29,17
38,89
19,45
29,17
155,55
58,33
58,33
58,33
29,17
38,89
58,33
58,33
29,17
12,97
6,495
11,67
23,34
38,89
16,67
3,27
19,45
23,34
19,45
12,97
19,45
58,33
19,45
58,33
14,59
38,89
23,34
29,17
58,33
19,45
23,34
29,17
8,98
9,73
29,17
29,17
19,45
3,27
3,786
5,32
8,98
29,17
6,49
3,02
4,88
3,36
9,73
8,98
14,59
23,34
11,67
12,97
5,32
16,67
3,27
9,73
29,17
11,67
19,45
14,59
1,02
1,02
6,65
11,67
3,36
1,23
1,024
1,17
4,51
4,68
2,52
1,74
2,21
3,46
2,25
2,42
1,96
1,28
1,93
3,67
1,40
2,68
3,10
2,10
7,30
3,46
3,46
3,91
90
RSF120326-31 D
RSF120326-31 E
EBC120324-61 D
EBC120324-61 E
GRS120329-62 D
GRS120329-62 E
IPC120326-61 D
IPC120326-61 E
JAS120324-61 D
JAS120324-61 E
MCS120403-63 D
MCS120403-63 E
NLD120404-62 D
NLD120404-62 E
OMM120327-62 D
OMM120327-62 E
MGL120121-47 D
MGL120121-47 E
ACT110713-40 D
ACT110713-E
MMC110629-49 D
MMC110629-49 E
VSP110627-43 D
VSP110627-43 E
MFN120416 47 D
MFN120416 47 E
RSB120416-51 D
RSB120416-51 E
14,59
8,34
38,89
29,17
7,30
8,34
6,88
8,34
38,89
12,97
11,67
14,59
8,98
12,97
16,67
7,30
38,89
23,34
4,19
4,51
4,51
5,57
5,09
8,98
4,88
3,56
8,98
9,73
29,17
29,17
155,55
116,66
58,33
58,33
116,66
58,33
233,33
116,66
58,33
29,17
58,33
29,17
155,55
58,33
116,66
116,66
23,34
14,59
19,45
29,17
23,34
29,17
19,45
23,34
38,89
23,34
38,89
58,33
233,33
116,66
58,33
58,33
116,66
58,33
58,33
233,33
58,33
58,33
38,89
58,33
233,33
116,66
58,33
155,55
116,66
29,17
29,17
58,33
58,33
58,33
19,45
23,34
29,17
38,89
58,33
58,33
233,33
155,55
155,55
233,33
233,33
116,66
155,55
466,65
116,66
116,66
58,33
116,66
155,55
58,33
155,55
233,33
155,55
38,89
29,17
116,66
58,33
58,33
23,34
16,67
58,33
58,33
155,55
233,33
233,33
233,33
233,33
233,33
233,33
155,55
466,65
466,65
116,66
233,33
116,66
233,33
233,33
233,33
466,65
466,65
233,33
58,33
58,33
155,55
58,33
58,33
29,17
38,89
116,66
155,55
233,33
233,33
233,33
233,33
233,33
466,65
233,33
233,33
466,65
466,65
116,66
233,33
116,66
155,55
233,33
233,33
466,65
466,65
155,55
29,17
58,33
233,33
155,55
58,33
38,89
116,66
155,55
233,33
155,55
155,55
116,66
466,65
116,66
233,33
155,55
155,55
466,65
466,65
116,66
233,33
58,33
155,55
233,33
155,55
466,65
233,33
38,89
4,68
14,59
116,66
29,17
38,89
23,34
58,33
116,66
116,66
116,66
155,55
58,33
116,66
38,89
116,66
155,55
116,66
155,55
155,55
29,17
38,89
29,17
38,89
155,55
58,33
233,33
233,33
14,59
6,88
16,67
12,97
29,17
12,97
10,61
11,67
58,33
116,66
19,45
38,89
16,67
38,89
14,59
29,17
29,17
58,33
29,17
58,33
19,45
12,97
8,34
14,59
12,97
16,67
116,66
233,33
6,88
1,99
9,73
16,67
1,08
4,04
4,68
3,56
19,45
38,89
8,34
11,67
9,73
19,45
8,34
12,97
14,59
8,98
8,98
29,17
9,73
8,98
3,79
5,85
7,30
10,61
133,19
38,89
4,88
1,32
2,34
7,79
2,00
1,01
2,10
3,91
16,67
16,67
2,88
3,36
3,18
4,51
1,44
6,29
1,69
1,82
4,68
3,36
2,25
2,42
2,21
1,02
1,28
2,81
38,89
29,17
2,29
1,02
1,05
1,02
2,47
1,46
1,36
1,35
5,42
4,88
91
Média
Desvio Padrão
15,16427 74,39991 83,13199 138,3246 208,083 221,8981 171,8193 77,37719 30,7893 13,89667 3,839564
10,84298 72,81717 53,01097 96,57428 105,2199 113,8378 110,8872 57,45216 34,06822 18,19871 6,168629
Apêndice H- Valores numéricos logarítmicos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de
participantes que compõem o grupo de DM.
Diabetes
ARN111222-56 D
ARN111222-56 E
MTM11222-56 D
MTM111222-56 E
MLO111220-45 D
MLO111220-45 E
NVS111201-39 D
NVS111201-39 E
IMB110908-34 D
IMB110908-34 E
MFP110902-45 D
MFP110902-45 E
MLS110830-83 D
MLS110830-83 E
MNF110916-50 D
MNF110916-50 E
JBA110922-56 D
JBA110922-56 E
JSF110923-59 D
0,2
1,164018
0,988148
0,891461
0,988148
0,988148
1,025873
1,067207
0,551398
0,502468
0,564586
0,789172
0,688304
0,953454
0,789172
0,837279
0,863517
1,589835
1,464916
1,164018
0,5
1,765913
1,765913
1,589835
1,589835
1,464916
1,589835
1,589835
1,288879
1,221969
1,221969
1,589835
1,288879
1,288879
1,164018
1,164018
1,288879
2,367962
1,765913
2,668992
0,8
2,066932
2,191874
2,066932
1,765913
1,589835
1,765913
2,066932
1,589835
1,025873
1,164018
1,765913
1,36803
1,464916
1,221969
1,288879
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1
2,367962
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2,191874
2,066932
1,765913
2,191874
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1,288879
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1,464916
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2
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2,367962
2,367962
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1,765913
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4
1,36803
1,765913
2,191874
2,367962
2,367962
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2,066932
1,765913
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1,464916
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6
1,112912
1,288879
2,191874
2,367962
2,066932
2,367962
1,765913
1,288879
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1,288879
1,765913
0,891461
1,221969
1,112912
1,36803
2,367962
2,367962
2,066932
10
1,221969
1,067207
2,066932
1,765913
1,765913
2,066932
1,765913
1,112912
1,221969
0,863517
1,112912
1,221969
0,564586
1,025873
0,863517
1,025873
2,066932
2,066932
1,464916
15
0,491088
0,578203
1,36803
1,36803
1,36803
1,288879
1,464916
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20
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1,112912
1,112912
1,221969
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0,004318
0,004318
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1,589835
1,589835
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1,288879
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2,066932
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1,765913
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1,589835
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1,36803
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1,464916
1,589835
1,589835
1,765913
2,066932
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1,012009
2,066932
2,066932
2,066932
2,066932
2,066932
2,367962
2,066932
2,191874
1,765913
1,589835
1,221969
0,988148
2,668992
2,191874
1,221969
1,164018
1,589835
2,066932
1,765913
1,765913
1,589835
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1,765913
2,367962
2,066932
2,367962
1,221969
1,354258
2,367962
2,191874
2,191874
2,191874
2,367962
2,367962
2,066932
2,066932
2,066932
2,066932
1,067207
1,112912
2,668992
2,367962
1,464916
1,288879
2,191874
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1,464916
1,765913
2,066932
1,589835
1,765913
2,066932
2,191874
1,765913
1,288879
1,275096
2,367962
2,367962
2,191874
2,066932
2,668992
2,668992
2,367962
1,589835
2,066932
1,765913
1,288879
1,067207
3
2,367962
1,765913
1,589835
1,589835
2,668992
1,288879
2,066932
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1,765913
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1,451152
2,191874
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2,066932
2,066932
2,668992
3
2,066932
1,464916
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1,765913
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0,953454
2,367962
2,367962
1,36803
1,164018
1,589835
2,367962
1,288879
1,765913
1,765913
1,36803
1,765913
2,191874
2,191874
1,36803
0,001375
1,275096
2,191874
2,066932
1,464916
1,36803
2,191874
2,191874
1,765913
1,164018
1,288879
0,891461
0,767003
0,469231
2,668992
2,668992
0,953454
0,921344
1,464916
1,589835
0,767003
1,288879
1,164018
0,319776
2,066932
1,765913
1,221969
0,953454
0,004305
0,939546
1,765913
1,765913
1,164018
1,112912
1,589835
1,589835
1,221969
0,812552
0,502468
0,480014
0,265256
0,129658
2,066932
2,367962
0,891461
0,606841
0,891461
1,164018
0,319776
0,592278
0,706659
0,2848
1,589835
1,464916
1,589835
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0,004318
0,170148
0,988148
0,812552
0,837279
0,725841
1,112912
0,837279
0,812552
0,360543
0,165727
0,004318
0,16093
0,300173
2,124476
1,589835
0,745926
0,538615
0,670709
0,837279
0,076929
0,431828
0,502468
0,051953
1,164018
1,112912
0,745926
0,428737
0,175521
0,028026
0,010282
0,010282
0,104425
0,016365
0,010282
0,035246
0,206638
0,010282
0,010282
0,010282
0,121034
0,1085
1,164018
0,822944
0,217638
0,314409
0,32919
0,419215
0,010282
0,010282
0,02257
0,223265
0,458724
0,63757
0,073521
93
MJF120119-52 E
AMF110708- 43
D
AMF110708- 43 E
MMC110630- 53
D
MMC110630-53
E
RNB110617-74 D
RNB110617-74 E
UCA110621-70 D
UCA110621-70 E
MCA110815-75 E
MJA110805-58 D
MJA110805-58 E
JFN120123-46 D
JFN120123-46 E
JMB110824-57 D
JMB110824-57 E
Média
Desvio Padrão
1,164018 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 2,367962 2,191874
0,621925 1,288879 1,765913 1,589835 2,191874 2,367962 2,367962
1,589835
2,066932
1,464916
1,765913
1,067207
1,221969
0,273195
0,125318
0,725841 1,464916 1,464916 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874
0,837279 1,589835 1,589835 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932
1,589835
1,464916
1,36803
1,221969
0,921344
0,953454
0,010282
0,010282
0,789172 1,464916 1,464916 2,191874 2,066932 2,066932 1,765913
1,36803
0,921344
0,564586
0,010282
0,578203
0,670709
1,164018
0,988148
0,688304
0,725841
0,745926
0,688304
0,812552
0,863517
0,812552
0,899849
0,26424
1,025873
0,953454
0,789172
1,288879
0,480014
1,221969
1,464916
2,066932
1,589835
1,589835
1,36803
1,390154
0,549446
0,767003
0,491088
0,578203
0,863517
0,230186
0,891461
1,067207
0,004305
0,837279
0,988148
1,221969
0,983174
0,552821
0,271659
0,16093
0,22898
0,688304
0,004318
0,606841
0,767003
0,004318
0,368788
0,921344
0,422194
0,63659
0,542513
0,010282
0,010282
0,010282
0,045163
0,010282
0,121034
0,260394
0,010282
0,010282
0,010282
0,010282
0,193582
0,343961
1,288879
1,36803
1,765913
1,589835
1,36803
1,288879
1,36803
1,464916
1,589835
1,589835
1,36803
1,496691
0,308991
1,589835
1,36803
1,589835
1,464916
1,112912
1,36803
1,464916
1,765913
1,765913
1,589835
1,36803
1,601923
0,334238
1,464916
1,464916
1,765913
1,765913
1,464916
1,464916
1,589835
2,191874
2,191874
1,765913
1,464916
1,811953
0,3946
1,765913
1,589835
1,36803
2,191874
1,221969
1,765913
1,765913
2,066932
2,191874
3
1,765913
1,957234
0,41778
1,765913
1,765913
1,025873
2,066932
1,025873
1,765913
2,066932
2,191874
2,191874
2,066932
2,066932
1,929844
0,470124
1,765913
1,288879
0,688304
1,464916
0,767003
1,765913
1,464916
2,191874
2,191874
2,066932
1,765913
1,741614
0,524273
94
Apêndice I- Valores numéricos logarítmicos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de
participantes que compõem o grupo de controle.
CÓDIGOS
CONTROLES
AJR120216-51 D
AJR120216-51 E
ALN120122-39 D
ALN120122-39 E
JSS120122-41 D
JSS120122-41 E
LCG110620-37 D
LCG110620-37 E
MIT110722-37 D
MIT110722-37 E
MLM20122-48 D
MLM120122-48 E
RKF120224-47 D
RKF120224-47 E
EMS120411-51 D
EMS120411-51 E
JAN110715-51 D
JAN110715-51 E
LOR120404-60 D
LOR120404-60 E
MCP120327-49 D
MCP120327-49 E
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1,288879
1,589835
1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685
0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051
97
Parâmetro Estatístico
n da amostra
p-valor
-valor
-valor
z(1-p)/2
X2 -1
K
Média
desvio padrão
62
0,9
0,95
0,05
-1,645
44,038
1,951
1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685
0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051
LT superior
LT inferior
1,610149 2,337384 2,32569 2,594062 2,728282 2,752714 2,813045 2,485744 2,094734 1,705579 1,031097
0,531795 1,097673 1,313851 1,445297 1,73226 1,78075 1,388992 0,96355 0,496736 0,19609 -0,22973
n da amostra
p-valor
Média
desvio padrão
62
0,95
1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685
0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051
IC superior
IC inferior
1,141138 1,798194 1,885609 2,094428 2,29508 2,329976 2,193679 1,823693 1,399714 1,049054 0,482725
1,000805 1,636863 1,753932 1,944932 2,165461 2,203488 2,008358
1,6256 1,191756 0,852615 0,318645
98
Apêndice J– Correlação entre erros do teste FM 100 e valores de HÁ1C e glicemia de jejum.
Paciente diabético
ARN111222-56 D
ARN111222-56 E
MTM111222-56 D
MTM111222-56 E
MLO111220-45 D
MLO111220-45 E
IMB110908-34 D
IMB110908-34 E
MFP110902-45 D
MFP110902-45 E
MLS110830-83 D
MLS110830-83 E
MNF110916-50 D
MNF110916-50 E
EES110804-40 D
EES110804-40 E
JMS110614-54 D
JMS110614-54 E
LSN110804-31 D
LSN110804-31 E
MSN110825-56 D
MSN110825-56 E
MNC110804-51 D
Erro
FM100
116
132
80
56
152
224
260
200
372
264
168
268
452
396
68
56
156
116
104
124
52
44
124
Raiz
HbGLIC
10,8
11,5
9
7
12
15
16
14,142
19
16
13
16
21
20
8
7
12
11
10
11
7
7
11
5,9
5,9
8,8
8,8
9
9
8
8
9
9
6
6
7
7
7,8
7,8
8
8
8,3
8,3
6,1
6,1
6
GLICEMIA DE
JEJUM
106
106
178
178
298
298
184
184
202
202
99
99
146
146
144
144
134
134
138
138
98
98
109
99
MNC110804-51 E
ASL110617-45 D
ASL110617-45 E
AMC110818-43 D
AMC110818-43 E
RRP110915-53 D
RRP110915-53 E
LCA111228-64 D
LCA111228-64 E
BSR120109-64 D
BSR120109-64 E
AMP120119-49 D
AMP120119-49 E
MJF120119-52 D
MJF120119-52 E
AMF110708- 43 D
AMF110708- 43 E
MMC110630- 53 D
MMC110630-53 E
RNB110617-74 D
RNB110617-74 E
UCA110621-70 D
UCA110621-70 E
MCA110815-75 E
MJA110805-58 D
MJA110805-58 E
JFN120123-46 D
JFN120123-46 E
240
152
220
93
108
164
216
212
140
108
164
252
260
180
176
144
156
80
100
176
264
152
144
340
196
160
124
100
15
12
15
10
10
13
15
15
12
10
13
16
16
13
13
12
12
9
10
13
16
12
12
18
14
13
11
10
6
6,2
6,2
9,9
9,9
8,2
8,2
6,1
6,1
6,9
6,9
5,9
5,9
6,6
6,6
7,7
7,7
5,5
5,5
5,9
5,9
6,6
6,6
5,9
5,9
6,6
6,9
6,9
109
69
69
288
288
200
200
116
116
132
132
89
89
96
96
122
122
81
81
91
91
113
113
96
96
115
134
134
100
108
164
JMB110824-57 D
JMB110824-57 E
10
13
6,8
6,8
102
102
Parâmetros estatísticos
Erro e
HbGlic
n (pares)
=
r
(Pearson)
=
IC 95% =
IC 99% =
Erro e Glicemia
53
0,0193
-0.34 a 0.20
r
(Pearson)
=
IC 95% =
-0.25 a 0.29
-0.42 a 0.28
IC 99% =
-0.33 a 0.37
IC 99% =
-0.43 a 0.26
0,0004
0,138
51
0,8908
0,0581
R2 =
t=
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
0,0099
-0,713
51
0,4791
0,0918
0,006
R2 =
R2 =
-0,5552
t=
t=
51
GL =
GL =
0,5812
(p) =
(p) =
0,0519
Poder 0.05
Poder
=
0.05 =
0,4025
Poder 0.01
Poder
=
0.01 =
Não existe correlação entre os parâmetros
analisados
53
Raiz e Glicemia
n (pares)
=
r
(Pearson)
=
IC 95% =
-0,0775
n (pares) =
Raiz e HbGlic
0,0509
53
0,0993
-0.36 a 0.18
0,6152
n (pares)
53
=
r
0,0125
(Pearson)
=
IC 95%
-0.26 a 0.28
=
IC 99%
-0.34 a 0.36
=
R2 =
0,0002
t=
0,0894
GL =
51
(p) =
0,9291
Poder
0,0507
0.05 =
Poder
0,0619
0.01 =
Apêndice K – Correlação entre as freqüências espaciais do teste FSCEL e valores HÁ1C e glicemia de jejum
101
CÓDIGO DM
ARN111222-56 D
0,2
0,5
0,8
1
2
1,164018 1,765913 2,066932 2,367962 2,191874
ARN111222-56 E
MTM111222-56 D
MTM111222-56 E
MLO111220-45 D
MLO111220-45 E
IMB110908-34 D
IMB110908-34 E
MFP110902-45 D
MFP110902-45 E
MLS110830-83 D
MLS110830-83 E
MNF110916-50 D
MNF110916-50 E
EES110804-40 D
EES110804-40 E
JMS110614-54 D
JMS110614-54 E
LSN110804-31 D
LSN110804-31 E
MSN110825-56 D
MSN110825-56 E
MNC110804-51 D
MNC110804-51 E
ASL110617-45 D
ASL110617-45 E
AMC110818-43 D
0,988148
0,891461
0,988148
0,988148
1,025873
0,502468
0,564586
0,789172
0,688304
0,953454
0,789172
0,837279
0,863517
0,988148
1,067207
0,953454
0,921344
1,221969
1,36803
1,36803
0,891461
1,589835
0,812552
1,067207
0,789172
0,480014
1,765913
1,589835
1,589835
1,464916
1,589835
1,221969
1,221969
1,589835
1,288879
1,288879
1,164018
1,164018
1,288879
1,765913
1,589835
1,589835
1,589835
1,589835
2,066932
1,765913
1,765913
1,589835
1,464916
1,765913
1,765913
0,953454
2,191874
2,066932
1,765913
1,589835
1,765913
1,025873
1,164018
1,765913
1,36803
1,464916
1,221969
1,288879
1,464916
1,765913
1,765913
1,765913
1,765913
1,765913
2,191874
1,464916
1,589835
1,589835
1,36803
2,668992
2,066932
1,164018
2,191874
2,191874
2,066932
1,765913
2,191874
1,288879
1,112912
2,066932
1,589835
1,464916
1,464916
1,36803
1,464916
2,066932
2,066932
2,066932
2,066932
2,066932
2,367962
2,066932
2,191874
1,765913
1,589835
2,668992
2,191874
1,221969
2,367962
2,367962
2,367962
2,367962
2,191874
1,288879
1,464916
2,066932
1,765913
1,36803
1,589835
1,464916
1,765913
2,367962
2,191874
2,191874
2,191874
2,367962
2,367962
2,066932
2,066932
2,066932
2,066932
2,668992
2,367962
1,464916
4
6
10
15
20
30 HbGlic
1,36803 1,112912 1,221969 0,491088 0,146924 0,010282
5,9
1,765913
2,191874
2,367962
2,367962
2,191874
1,36803
1,221969
2,066932
1,765913
0,953454
1,464916
1,589835
1,464916
2,367962
2,367962
2,191874
2,066932
2,668992
2,668992
2,367962
1,589835
2,066932
1,765913
3
2,367962
1,765913
1,288879
2,191874
2,367962
2,066932
2,367962
1,36803
1,025873
1,288879
1,765913
0,891461
1,221969
1,112912
1,36803
2,191874
2,367962
2,066932
2,066932
2,668992
3
2,066932
1,464916
1,589835
1,765913
2,367962
2,367962
1,36803
1,067207
2,066932
1,765913
1,765913
2,066932
1,221969
0,863517
1,112912
1,221969
0,564586
1,025873
0,863517
1,025873
2,191874
2,066932
1,464916
1,36803
2,191874
2,191874
1,765913
1,164018
1,288879
0,891461
2,668992
2,668992
0,953454
0,578203
1,36803
1,36803
1,36803
1,288879
0,391927
0,491088
0,706659
0,653815
0,271659
0,538615
0,767003
0,789172
1,765913
1,765913
1,164018
1,112912
1,589835
1,589835
1,221969
0,812552
0,502468
0,480014
2,066932
2,367962
0,891461
0,062419
0,812552
1,112912
1,112912
1,221969
0,004318
0,004318
0,04854
0,07324
0,120518
0,09212
0,344553
0,491088
0,988148
0,812552
0,837279
0,725841
1,112912
0,837279
0,812552
0,360543
0,165727
0,004318
2,124476
1,589835
0,745926
0,010282
0,080977
0,010282
0,438489
0,592278
0,010282
0,08477
0,010282
0,010282
0,010282
0,010282
0,010282
0,010282
0,010282
0,010282
0,104425
0,016365
0,010282
0,035246
0,206638
0,010282
0,010282
0,010282
1,164018
0,822944
0,217638
5,9
8,8
8,8
9
9
8
8
9
9
6
6
7
7
7,8
7,8
8
8
8,3
8,3
6,1
6,1
6
6
6,2
6,2
9,9
Glicemia
106
106
178
178
298
298
184
184
202
202
99
99
146
146
144
144
134
134
138
138
98
98
109
109
69
69
288
102
AMC110818-43 E
RRP110915-53 D
RRP110915-53 E
LCA111228-64 D
LCA111228-64 E
BSR120109-64 D
BSR120109-64 E
AMP120119-49 D
AMP120119-49 E
MJF120119-52 D
MJF120119-52 E
AMF110708- 43 D
AMF110708- 43 E
MMC110630- 53 D
MMC110630-53 E
RNB110617-74 D
RNB110617-74 E
UCA110621-70 D
UCA110621-70 E
MCA110815-75 E
MJA110805-58 D
MJA110805-58 E
JFN120123-46 D
JFN120123-46 E
JMB110824-57 D
JMB110824-57 E
0,789172
0,921344
0,767003
0,921344
0,921344
0,670709
0,812552
0,538615
0,988148
1,288879
1,164018
0,621925
0,725841
0,837279
0,789172
0,578203
0,670709
1,164018
0,988148
0,688304
0,725841
0,745926
0,688304
0,812552
0,863517
0,812552
1,221969
1,221969
1,36803
1,464916
1,288879
1,464916
1,025873
1,36803
1,464916
2,066932
1,464916
1,288879
1,464916
1,589835
1,464916
1,288879
1,36803
1,765913
1,589835
1,36803
1,288879
1,36803
1,464916
1,589835
1,589835
1,36803
1,221969
1,589835
1,589835
1,464916
1,36803
1,589835
1,464916
1,589835
1,589835
1,765913
1,765913
1,765913
1,464916
1,589835
1,464916
1,589835
1,36803
1,589835
1,464916
1,112912
1,36803
1,464916
1,765913
1,765913
1,589835
1,36803
1,164018
1,589835
2,066932
1,765913
1,765913
1,589835
1,36803
1,765913
2,367962
2,066932
2,191874
1,589835
2,066932
2,066932
2,191874
1,464916
1,464916
1,765913
1,765913
1,464916
1,464916
1,589835
2,191874
2,191874
1,765913
1,464916
1,288879
2,191874
2,367962
1,464916
1,765913
2,066932
1,589835
1,765913
2,066932
2,191874
2,066932
2,191874
2,191874
2,191874
2,066932
1,765913
1,589835
1,36803
2,191874
1,221969
1,765913
1,765913
2,066932
2,191874
3
1,765913
1,589835
1,589835
2,668992
1,288879
2,066932
2,066932
1,464916
2,066932
1,765913
2,191874
2,367962
2,367962
2,367962
2,191874
2,066932
1,765913
1,765913
1,025873
2,066932
1,025873
1,765913
2,066932
2,191874
2,191874
2,066932
2,066932
1,164018
1,589835
2,367962
1,288879
1,765913
1,765913
1,36803
1,765913
2,191874
2,191874
2,191874
2,367962
2,191874
2,066932
1,765913
1,765913
1,288879
0,688304
1,464916
0,767003
1,765913
1,464916
2,191874
2,191874
2,066932
1,765913
0,921344
1,464916
1,589835
0,767003
1,288879
1,164018
0,319776
2,066932
1,765913
1,221969
1,589835
2,066932
1,589835
1,464916
1,36803
1,025873
0,953454
0,789172
1,288879
0,480014
1,221969
1,464916
2,066932
1,589835
1,589835
1,36803
0,606841
0,891461
1,164018
0,319776
0,592278
0,706659
0,2848
1,589835
1,464916
1,589835
1,464916
1,765913
1,36803
1,221969
0,921344
0,767003
0,491088
0,578203
0,863517
0,230186
0,891461
1,067207
0,004305
0,837279
0,988148
1,221969
0,538615
0,670709
0,837279
0,076929
0,431828
0,502468
0,051953
1,164018
1,112912
0,745926
1,067207
1,221969
0,921344
0,953454
0,564586
0,271659
0,16093
0,22898
0,688304
0,004318
0,606841
0,767003
0,004318
0,368788
0,921344
0,422194
0,314409
0,32919
0,419215
0,010282
0,010282
0,02257
0,223265
0,458724
0,63757
0,073521
0,273195
0,125318
0,010282
0,010282
0,010282
0,010282
0,010282
0,010282
0,045163
0,010282
0,121034
0,260394
0,010282
0,010282
0,010282
0,010282
9,9
8,2
8,2
6,1
6,1
6,9
6,9
5,9
5,9
6,6
6,6
7,7
7,7
5,5
5,5
5,9
5,9
6,6
6,6
5,9
5,9
6,6
6,9
6,9
6,8
6,8
288
200
200
116
116
132
132
89
89
96
96
122
122
81
81
91
91
113
113
96
96
115
134
134
102
102
103
Hb Glic e freq
0,2
n (pares)
=
r
(Pearson)
=
IC 95%
=
IC 99%
=
R2 =
t=
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
Colunas 1 e 2
53
0,1065
-0.37 a 0.17
-0.44 a 0.25
0,0113
0,7649
51
0,4478
0,1079
0,71
0,5
0,8
Colunas 1 e 3
53
1
Colunas 1 e 4
53
2
Colunas 1 e 5
53
Colunas 1 e 6
53
n (pares)
=
r
-0,1503
(Pearson)
=
IC 95%
-0.40 a 0.13
=
IC 99%
-0.47 a 0.21
=
R2 =
0,0226
t=
-1,0857
n (pares)
=
r
-0,0188
(Pearson)
=
IC 95%
-0.29 a 0.25
=
IC 99%
-0.37 a 0.33
=
R2 =
0,0004
t=
-0,1343
n (pares)
=
r
-0,115
(Pearson)
=
IC 95%
-0.37 a 0.16
=
IC 99%
-0.45 a 0.24
=
R2 =
0,0132
t=
-0,8268
n (pares)
=
r
0,0724
(Pearson)
=
IC 95%
-0.20 a 0.34
=
IC 99%
-0.28 a 0.41
=
R2 =
0,0052
t=
0,5184
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
51
0,2827
0,2626
1,8885
4
n (pares)
=
r
(Pearson)
=
51
0,8937
0,0186
0,1286
6
Colunas 1 e 7
53
0,2179
n (pares)
=
r
(Pearson)
=
51
0,4122
0,1296
0,8456
10
Colunas 1 e 8
53
0,2266
n (pares)
=
r
(Pearson)
=
Colunas 1 e 9
53
0,1759
51
0,6064
0,1271
0,0135
104
-0.06 a 0.46
IC 95%
=
IC 99%
=
R2 =
t=
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
-0.14 a 0.53
0,0475
1,5948
51
0,1168
0,4686
0,2234
15
IC 95%
=
IC 99%
=
R2 =
t=
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
-0.05 a 0.47
-0.13 a 0.53
0,0513
1,6611
51
0,1027
0,4941
0,2431
20
Colunas 1 e 10
53
n (pares)
=
0,1673
r
(Pearson)
=
-0.11 a 0.42
IC 95%
=
-0.19 a 0.49
IC 99%
=
0,028
R2 =
1,212
t=
51
GL =
0,231
(p) =
IC 95%
=
IC 99%
=
R2 =
t=
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
-0.10 a 0.43
-0.19 a 0.49
0,0309
1,2758
51
0,2077
0,3488
0,1411
30
Colunas 1 e 11
n (pares)
53
=
r
0,1642
(Pearson)
=
IC 95%
-0.11 a 0.42
=
IC 99%
-0.20 a 0.49
=
R2 =
0,0269
t=
1,1884
GL =
51
(p) =
0,2401
n (pares)
=
r
(Pearson)
=
IC 95%
=
IC 99%
=
R2 =
t=
GL =
(p) =
Colunas 1 e
12
53
0,0509
-0.22 a
0.32
-0.30 a
0.39
0,0026
0,3637
51
0,7176
105
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
0,3261
0,1272
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
0,3178
0,1222
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
0,0961
0,0095
Glicemia e freq.
n (pares)
=
r
(Pearson)
=
IC 95%
=
IC 99%
=
R2 =
t=
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
Colunas 1 e 2
53
0,1576
-0.41 a 0.12
-0.48 a 0.20
0,0248
1,1399
51
0,2596
0,3028
2,2852
Colunas 1 e 3
53
Colunas 1 e 4
53
n (pares)
=
r
-0,2997
(Pearson)
=
IC 95%
-0.53 a -0.03
=
IC 99%
-0.59 a 0.06
=
R2 =
0,0898
t=
-2,2437
n (pares)
=
r
(Pearson) 0,1966
=
IC 95%
-0.44 a 0.08
=
IC 99%
-0.51 a 0.16
=
R2 =
0,0387
t=
-1,432
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
51
0,0291
15,5182
113,1913
51
0,1582
0,6555
8,3266
106
Colunas 1 e 5
53
n (pares)
=
-0,2512
r
(Pearson)
=
-0.49 a 0.02
IC 95%
=
-0.55 a 0.11
IC 99%
=
0,0631
R2 =
-1,853
t=
51
GL =
0,0696
(p) =
2,3705
Poder
0.05 =
837,2802
Poder
0.01 =
Colunas 1 e 9
53
n (pares)
=
-0,0164
r
(Pearson)
=
-0.29 a 0.26
IC 95%
=
-0.36 a 0.33
IC 99%
=
0,0003
R2 =
Colunas 1 e 6
53
n (pares)
=
r
-0,0959
(Pearson)
=
IC 95%
-0.36 a 0.18
=
IC 99%
-0.43 a 0.26
=
R2 =
0,0092
t=
-0,6879
GL =
51
(p) =
0,4946
Poder
0,0846
0.05 =
Poder
0,5744
0.01 =
Colunas 1 e 10
53
n (pares)
=
r
-0,0666
(Pearson)
=
IC 95%
-0.33 a 0.21
=
IC 99%
-0.41 a 0.29
=
R2 =
0,0044
Colunas 1 e 7
53
n (pares)
=
r
0,0095
(Pearson)
=
IC 95%
-0.26 a 0.28
=
IC 99%
-0.34 a 0.36
=
R2 =
0,0001
t=
0,0676
GL =
51
(p) =
0,9464
Poder
0,0475
0.05 =
Poder
0,0671
0.01 =
Colunas 1 e 11
53
n (pares)
=
r
0,0111
(Pearson)
=
IC 95%
-0.26 a 0.28
=
IC 99%
-0.34 a 0.36
=
R2 =
0,0001
Colunas 1 e 8
53
n (pares)
=
r
0,002
(Pearson)
=
IC 95%
-0.27 a 0.27
=
IC 99%
-0.35 a 0.35
=
R2 =
0
t=
0,0143
GL =
51
(p) =
0,9886
Poder
0,0397
0.05 =
Poder
0,0809
0.01 =
Colunas 1 e 12
53
n (pares)
=
r
0,1057
(Pearson)
=
IC 95%
-0.17 a 0.37
=
IC 99%
-0.25 a 0.44
=
R2 =
0,0112
107
t=
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
-0,1174
51
0,907
0,021
0,1223
t=
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
-0,4765
51
0,6358
0,0359
0,3267
t=
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
0,0793
51
0,9371
0,0492
0,0643
Apêndice L – Correlação entre erros do teste FM 100 e tempo de doença DM.
Paciente diabético
ARN111222-56 D
ARN111222-56 E
MTM111222-56 D
MTM111222-56 E
MLO111220-45 D
MLO111220-45 E
NVS111201-39 D
NVS111201-39 E
IMB110908-34 D
IMB110908-34 E
MFP110902-45 D
MFP110902-45 E
MLS110830-83 D
MLS110830-83 E
MNF110916-50 D
Erro
FM100
116
132
80
56
152
224
64
156
260
200
372
264
168
268
452
Raiz
10,77032961
11,48912529
8,94427191
7,483314774
12,32882801
14,96662955
8
12,489996
16,1245155
14,14213562
19,28730152
16,24807681
12,9614814
16,37070554
21,26029163
Tempo de
doença
3
3
3
3
4
4
4
4
5
5
11
11
40
40
18
t=
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
0,7594
51
0,4511
0,185
0,0479
108
MNF110916-50 E
JBA110922-56 D
JBA110922-56 E
JSF110923-59 D
JSF110923-59 E
AMG111222-51 D
AMG111222-51 E
EES110804-40 D
EES110804-40 E
JMS110614-54 D
JMS110614-54 E
LSN110804-31 D
LSN110804-31 E
MSN110825-56 D
MSN110825-56 E
MNC110804-51 D
MNC110804-51 E
PES110622-32 D
PES110622-32 E
ASL110617-45 D
ASL110617-45 E
AMC110818-43 D
AMC110818-43 E
RRP110915-53 D
RRP110915-53 E
LCA111228-64 D
LCA111228-64 E
BSR120109-64 D
396
132
128
76
64
152
196
68
56
156
116
104
124
52
44
124
240
136
240
152
220
93
108
164
216
212
140
108
19,89974874
11,48912529
11,3137085
8,717797887
8
12,32882801
14
8,246211251
7,483314774
12,489996
10,77032961
10,19803903
11,13552873
7,211102551
6,633249581
11,13552873
15,49193338
11,66190379
15,49193338
12,32882801
14,83239697
9,643650761
10,39230485
12,80624847
14,69693846
14,56021978
11,83215957
10,39230485
18
5
5
2
2
7
7
3
3
2
2
1
1
6
6
3
3
2
2
4
4
7
7
12
12
3
3
1
109
BSR120109-64 E
AMP120119-49 D
AMP120119-49 E
MJF120119-52 D
MJF120119-52 E
AMF110708- 43 D
AMF110708- 43 E
MMC110630- 53 D
MMC110630-53 E
RNB110617-74 D
RNB110617-74 E
UCA110621-70 D
UCA110621-70 E
MCA110815-75 E
MJA110805-58 D
MJA110805-58 E
JFN120123-46 D
JFN120123-46 E
JMB110824-57 D
JMB110824-57 E
164
252
260
180
176
144
156
80
100
176
264
152
144
340
196
160
124
100
108
164
12,80624847
15,87450787
16,1245155
13,41640786
13,26649916
12
12,489996
8,94427191
10
13,26649916
16,24807681
12,32882801
12
18,43908891
14
12,64911064
11,13552873
10
10,39230485
12,80624847
1
1
1
5
5
5
5
15
15
3
3
6
6
18
10
10
6
6
5
5
110
PARÂMETROS ESTATÍSTICOS
Tempo e
erro
n (pares) =
r (Pearson)
=
IC 95% =
IC 99% =
R2 =
t=
GL =
(p) =
Poder 0.05
=
Poder 0.01
=
Tempo e
raiz
Colunas 1 e
2
63
0,3632
0.13 a 0.56
0.05 a 0.61
0,1319
3,0449
61
0,0034
0,9037
0,7331
n (pares) =
r (Pearson)
=
IC 95% =
IC 99% =
R2 =
t=
GL =
(p) =
Poder 0.05
=
Poder 0.01
=
Colunas 1 e
3
63
0,3396
0.10 a 0.54
0.02 a 0.60
0,1154
2,8203
61
0,0064
0,8632
0,6604
Existe correlação fraca entre tempo de doença e valor de erro
do FM 100.
111
Apêndice M – Correlação entre as freqüências espaciais do teste FSCEL e o tempo de doença.
Paciente diabético
0,2
0,5
0,8
1
2
4
6
10
15
20
30
ARN111222-56 D
1,16
1,77
2,07
2,37
2,19
1,37
1,11
1,22
0,49
0,15
0,01
Tempo de
doença
3
ARN111222-56 E
MTM111222-56 D
MTM111222-56 E
MLO111220-45 D
MLO111220-45 E
NVS111201-39 D
NVS111201-39 E
IMB110908-34 D
IMB110908-34 E
MFP110902-45 D
MFP110902-45 E
MLS110830-83 D
MLS110830-83 E
MNF110916-50 D
MNF110916-50 E
JBA110922-56 D
JBA110922-56 E
JSF110923-59 D
JSF110923-59 E
AMG111222-51 D
AMG111222-51 E
EES110804-40 D
EES110804-40 E
0,99
0,89
0,99
0,99
1,03
1,07
0,55
0,50
0,56
0,79
0,69
0,95
0,79
0,84
0,86
1,59
1,46
1,16
1,37
0,79
0,52
0,99
1,07
1,77
1,59
1,59
1,46
1,59
1,59
1,29
1,22
1,22
1,59
1,29
1,29
1,16
1,16
1,29
2,37
1,77
2,67
1,77
1,29
0,88
1,77
1,59
2,19
2,07
1,77
1,59
1,77
2,07
1,59
1,03
1,16
1,77
1,37
1,46
1,22
1,29
1,46
1,77
2,19
2,07
2,07
1,29
0,82
1,77
1,77
2,19
2,19
2,07
1,77
2,19
2,19
1,46
1,29
1,11
2,07
1,59
1,46
1,46
1,37
1,46
2,19
2,37
2,07
2,07
1,37
1,01
2,07
2,07
2,37
2,37
2,37
2,37
2,19
2,07
1,77
1,29
1,46
2,07
1,77
1,37
1,59
1,46
1,77
2,37
2,37
2,37
2,37
1,22
1,35
2,37
2,19
1,77
2,19
2,37
2,37
2,19
2,37
1,77
1,37
1,22
2,07
1,77
0,95
1,46
1,59
1,46
2,37
2,67
2,19
1,77
1,29
1,28
2,37
2,37
1,29
2,19
2,37
2,07
2,37
1,77
1,29
1,37
1,03
1,29
1,77
0,89
1,22
1,11
1,37
2,37
2,37
2,07
1,29
0,99
1,45
2,19
2,37
1,07
2,07
1,77
1,77
2,07
1,77
1,11
1,22
0,86
1,11
1,22
0,56
1,03
0,86
1,03
2,07
2,07
1,46
1,37
0,00
1,28
2,19
2,07
0,58
1,37
1,37
1,37
1,29
1,46
0,51
0,39
0,49
0,71
0,65
0,27
0,54
0,77
0,79
2,19
2,07
1,11
0,95
0,00
0,94
1,77
1,77
0,06
0,81
1,11
1,11
1,22
1,37
0,00
0,00
0,00
0,05
0,07
0,12
0,09
0,34
0,49
2,12
2,27
0,77
0,86
0,00
0,17
0,99
0,81
0,01
0,08
0,01
0,44
0,59
0,37
0,01
0,01
0,08
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
1,46
1,77
0,35
0,43
0,18
0,03
0,01
0,01
3
3
3
4
4
4
4
5
5
11
11
40
40
18
18
5
5
2
2
7
7
3
3
112
JMS110614-54 D
JMS110614-54 E
LSN110804-31 D
LSN110804-31 E
MSN110825-56 D
MSN110825-56 E
MNC110804-51 D
MNC110804-51 E
PES110622-32 D
PES110622-32 E
ASL110617-45 D
ASL110617-45 E
AMC110818-43 D
AMC110818-43 E
RRP110915-53 D
RRP110915-53 E
LCA111228-64 D
LCA111228-64 E
BSR120109-64 D
BSR120109-64 E
AMP120119-49 D
AMP120119-49 E
MJF120119-52 D
MJF120119-52 E
AMF110708- 43 D
AMF110708- 43 E
MMC110630- 53 D
MMC110630-53 E
0,95
0,92
1,22
1,37
1,37
0,89
1,59
0,81
0,62
0,50
1,07
0,79
0,48
0,79
0,92
0,77
0,92
0,92
0,67
0,81
0,54
0,99
1,29
1,16
0,62
0,73
0,84
0,79
1,59
1,59
1,59
2,07
1,77
1,77
1,59
1,46
1,11
1,03
1,77
1,77
0,95
1,22
1,22
1,37
1,46
1,29
1,46
1,03
1,37
1,46
2,07
1,46
1,29
1,46
1,59
1,46
1,77
1,77
1,77
2,19
1,46
1,59
1,59
1,37
1,07
1,11
2,67
2,07
1,16
1,22
1,59
1,59
1,46
1,37
1,59
1,46
1,59
1,59
1,77
1,77
1,77
1,46
1,59
1,46
2,07
2,07
2,07
2,37
2,07
2,19
1,77
1,59
1,22
0,99
2,67
2,19
1,22
1,16
1,59
2,07
1,77
1,77
1,59
1,37
1,77
2,37
2,07
2,19
1,59
2,07
2,07
2,19
2,19
2,19
2,37
2,37
2,07
2,07
2,07
2,07
1,07
1,11
2,67
2,37
1,46
1,29
2,19
2,37
1,46
1,77
2,07
1,59
1,77
2,07
2,19
2,07
2,19
2,19
2,19
2,07
2,19
2,07
2,67
2,67
2,37
1,59
2,07
1,77
1,29
1,07
3,00
2,37
1,77
1,59
1,59
2,67
1,29
2,07
2,07
1,46
2,07
1,77
2,19
2,37
2,37
2,37
2,19
2,07
2,07
2,07
2,67
3,00
2,07
1,46
1,59
1,77
0,92
0,95
2,37
2,37
1,37
1,16
1,59
2,37
1,29
1,77
1,77
1,37
1,77
2,19
2,19
2,19
2,37
2,19
2,07
1,77
1,46
1,37
2,19
2,19
1,77
1,16
1,29
0,89
0,77
0,47
2,67
2,67
0,95
0,92
1,46
1,59
0,77
1,29
1,16
0,32
2,07
1,77
1,22
1,59
2,07
1,59
1,46
1,37
1,16
1,11
1,59
1,59
1,22
0,81
0,50
0,48
0,27
0,13
2,07
2,37
0,89
0,61
0,89
1,16
0,32
0,59
0,71
0,28
1,59
1,46
1,59
1,46
1,77
1,37
1,22
0,92
0,84
0,73
1,11
0,84
0,81
0,36
0,17
0,00
0,16
0,30
2,12
1,59
0,75
0,54
0,67
0,84
0,08
0,43
0,50
0,05
1,16
1,11
0,75
1,07
1,22
0,92
0,95
0,56
0,10
0,02
0,01
0,04
0,21
0,01
0,01
0,01
0,12
0,11
1,16
0,82
0,22
0,31
0,33
0,42
0,01
0,01
0,02
0,22
0,46
0,64
0,07
0,27
0,13
0,01
0,01
0,01
2
2
1
1
6
6
3
3
2
2
4
4
7
7
12
12
3
3
1
1
1
1
5
5
5
5
15
15
113
RNB110617-74 D
RNB110617-74 E
UCA110621-70 D
UCA110621-70 E
MCA110815-75 E
MJA110805-58 D
MJA110805-58 E
JFN120123-46 D
JFN120123-46 E
JMB110824-57 D
JMB110824-57 E
0,58
0,67
1,16
0,99
0,69
0,726
0,75
0,69
0,81
0,86
0,81
1,29
1,37
1,77
1,59
1,37
1,289
1,37
1,46
1,59
1,59
1,37
HbTempo e freq
0,2
n (pares)
=
r
(Pearson)
=
IC 95%
=
IC 99%
=
R2 =
t=
Colunas 12 e 1
63
0,1351
-0.37 a 0.12
-0.44 a 0.19
0,0183
-1,065
1,59
1,37
1,59
1,46
1,11
1,368
1,46
1,77
1,77
1,59
1,37
1,46
1,46
1,77
1,77
1,46
1,465
1,59
2,19
2,19
1,77
1,46
1,77
1,59
1,37
2,19
1,22
1,766
1,77
2,07
2,19
3,00
1,77
0,5
1,77
1,77
1,03
2,07
1,03
1,766
2,07
2,19
2,19
2,07
2,07
1,77
1,29
0,69
1,46
0,77
1,766
1,46
2,19
2,19
2,07
1,77
1,03
0,95
0,79
1,29
0,48
1,222
1,46
2,07
1,59
1,59
1,37
0,8
Colunas 2 e 12
63
n (pares)
=
r
-0,271
(Pearson)
=
IC 95%
-0.49 a -0.02
=
IC 99%
-0.54 a 0.06
=
R2 =
0,0734
t=
-2,1986
0,77
0,49
0,58
0,86
0,23
0,891
1,07
0,00
0,84
0,99
1,22
0,27
0,16
0,23
0,69
0,00
0,607
0,77
0,00
0,37
0,92
0,42
0,01
0,01
0,01
0,05
0,01
0,121
0,26
0,01
0,01
0,01
0,01
1
Colunas 3 e 12
63
n (pares)
=
r
-0,2977
(Pearson)
=
IC 95%
-0.51 a -0.05
=
IC 99%
-0.56 a 0.03
=
R2 =
0,0886
t=
-2,4353
Colunas 4 e 12
63
n (pares)
=
r
-0,244
(Pearson)
=
IC 95%
-0.46 a 0.00
=
IC 99%
-0.52 a 0.08
=
R2 =
0,0595
t=
-1,9648
3
3
6
6
18
10
10
6
6
5
5
114
61
0,291
0,2503
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
1,7751
2
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
61
0,0316
12,2839
335,7244
4
Colunas 5 e 12
63
n (pares)
=
-0,2891
r
(Pearson)
=
-0.50 a -0.04
IC 95%
=
-0.56 a 0.04
IC 99%
=
0,0836
R2 =
-2,3584
t=
61
GL =
0,0215
(p) =
42,6128
Poder
0.05 =
7,3764
Poder
0.01 =
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
61
0,0178
99,7484
2,637
6
Colunas 6 e 12
63
n (pares)
=
r
-0,3432
(Pearson)
=
IC 95%
-0.54 a -0.10
=
IC 99%
-0.60 a -0.02
=
R2 =
0,1178
t=
-2,8538
GL =
61
(p) =
0,0059
Poder
5074,536
0.05 =
Poder
1,0082
0.01 =
GL =
(p) =
Poder
0.05 =
Poder
0.01 =
61
0,0539
3,7452
97274
10
Colunas 7 e 12
63
n (pares)
=
r
-0,3441
(Pearson)
=
IC 95%
-0.55 a -0.11
=
IC 99%
-0.60 a -0.03
=
R2 =
0,1184
t=
-2,8625
GL =
61
(p) =
0,0057
Poder
3318,722
0.05 =
Poder
1,0075
0.01 =
Colunas 8 e 12
63
n (pares)
=
r
-0,2962
(Pearson)
=
IC 95%
-0.51 a -0.05
=
IC 99%
-0.56 a 0.03
=
R2 =
0,0878
t=
-2,4225
GL =
61
(p) =
0,0183
Poder
85,1475
0.05 =
Poder
3,0234
0.01 =
115
15
20
Colunas 9 e 12
63
n (pares)
=
-0,2502
r
(Pearson)
=
-0.47 a 0.00
IC 95%
=
-0.53 a 0.08
IC 99%
=
0,0626
R2 =
-2,0185
t=
61
GL =
0,0479
(p) =
4,7252
Poder
0.05 =
5,15E+08
Poder
0.01 =
30
Colunas 10 e 12
63
n (pares)
=
r
-0,2352
(Pearson)
=
IC 95%
-0.46 a 0.01
=
IC 99%
-0.52 a 0.09
=
R2 =
0,0553
t=
-1,8899
GL =
61
(p) =
0,0634
Poder
2,7816
0.05 =
Poder
2757,326
0.01 =
Colunas 11 e 12
n (pares) =
63
r (Pearson)
=
-0,1457
IC 95% =
-0.38 a 0.11
IC 99% =
-0.45 a 0.18
R2 =
t=
GL =
(p) =
Poder 0.05
=
Poder 0.01
=
0,0212
-1,1502
61
0,2545
0,3132
2,3959
Existe correlação entre tempo de doença e valores de sensibilidade ao contraste obtidos pelo SCL nas frequencias de 0.5; 0.8; 2; 4; 6; 10 e
15 cpg.
116
Apêndice N- Análise estatística entre os grupos com retinopatia e sem retinopatia diabética
FM100
Table Analyzed
Data 1
One-way analysis of variance
P value
P<0.0001
P value summary
***
Are means signif. different? (P <
0.05)
Number of groups
Yes
3
F
30,13
R squared
0,3832
Bartlett's test for equal variances
Bartlett's statistic (corrected)
1,939
P value
0,3793
P value summary
ns
Do the variances differ signif. (P <
0.05)
No
ANOVA Table
SS
Treatment (between columns)
Residual (within columns)
Total
Bonferroni's Multiple Comparison
Test
Controle vs Com retinose
df
MS
554,2
2
277,1
892
97
9,196
1446
99
Mean
Diff.
-5,442
t
6,783
Significant? P <
0.05?
Yes
Summary
95% CI of diff
***
-7.397 to -3.487
117
Controle vs Sem retinose
Com retinose vs Sem retinose
-4,054
5,789
Yes
***
-5.760 to -2.348
1,388
1,586
No
ns
-0.7445 to 3.521
SCEL
Table Analyzed
Data 2
Two-way RM ANOVA
Matching by cols
Source of Variation
% of total
variation
Interaction
0,25
Time
Subjects (matching)
0,3569
58,33
P<0.0001
4,53
P<0.0001
16,8555
P<0.0001
Column Factor
Source of Variation
P value
Significant?
Interaction
P value
summary
ns
Time
***
Yes
Column Factor
***
Yes
Subjects (matching)
***
Yes
Source of Variation
Df
Sum-ofsquares
No
Interaction
20
1,312
Mean
square
0,06558
Time
10
311,9
31,19
517,1
2
24,21
12,11
13,03
97
90,12
0,9291
15,4
970
58,51
0,06032
Column Factor
Subjects (matching)
Residual
F
1,087
118
Number of missing values
0
Bonferroni posttests
Controle vs Com retinose
Column Factor
Controle
Com retinose
Difference
0.2
1,081
0,8466
-0,2341
0.5
1,75
1,41
-0,3401
0.8
1,851
1,525
-0,3267
1
2,032
1,781
-0,2512
2
2,238
1,868
-0,37
4
2,27
1,822
-0,4478
6
2,107
1,65
-0,4572
10
1,749
1,299
-0,4501
15
1,298
0,9065
-0,3918
20
0,9777
0,5057
-0,472
30
0,3979
0,1167
-0,2812
Column Factor
Difference
t
95% CI of diff.
-0.5481 to
0.07993
-0.6541 to 0.02605
-0.6407 to 0.01264
-0.5652 to
0.06282
-0.6840 to 0.05596
-0.7618 to 0.1338
-0.7712 to 0.1432
-0.7641 to 0.1361
-0.7058 to 0.07774
-0.7860 to 0.1580
-0.5953 to
0.03277
P value
Summary
0.2
-0,2341
2,371
P > 0.05
ns
0.5
-0,3401
3,444
P<0.01
**
0.8
-0,3267
3,308
P < 0.05
*
1
-0,2512
2,544
P > 0.05
ns
2
-0,37
3,747
P<0.01
**
119
4
-0,4478
4,535
P<0.001
***
6
-0,4572
4,63
P<0.001
***
10
-0,4501
4,558
P<0.001
***
15
-0,3918
3,967
P<0.001
***
20
-0,472
4,78
P<0.001
***
30
-0,2812
2,848
P < 0.05
*
Difference
95% CI of diff.
Controle vs SEm retinose
Column Factor
Controle
SEm retinose
0.2
1,081
0,9287
-0,152
-0.4261 to 0.1221
0.5
1,75
1,531
-0,2196
0.8
1,851
1,658
-0,1931
1
2,032
1,878
-0,1544
-0.4937 to
0.05452
-0.4672 to
0.08104
-0.4285 to 0.1197
2
2,238
2,062
-0,1758
4
2,27
2,025
-0,2447
6
2,107
1,865
-0,2417
10
1,749
1,505
-0,2437
15
1,298
1,039
-0,2593
20
0,9777
0,6578
-0,3199
30
0,3979
0,1579
-0,24
Column Factor
Difference
t
-0.4499 to
0.09827
-0.5188 to
0.02941
-0.5158 to
0.03242
-0.5178 to
0.03042
-0.5334 to
0.01482
-0.5940 to 0.04575
-0.5141 to
0.03411
P value
Summary
0.2
-0,152
1,763
P > 0.05
ns
0.5
-0,2196
2,548
P > 0.05
ns
0.8
-0,1931
2,24
P > 0.05
ns
120
1
-0,1544
1,791
P > 0.05
ns
2
-0,1758
2,04
P > 0.05
ns
4
-0,2447
2,839
P > 0.05
ns
6
-0,2417
2,804
P > 0.05
ns
10
-0,2437
2,827
P > 0.05
ns
15
-0,2593
3,008
P < 0.05
*
20
-0,3199
3,711
P<0.01
**
30
-0,24
2,784
P > 0.05
ns
Difference
95% CI of diff.
Com retinose vs Sem
retinose
Column Factor
Com retinose
SEm retinose
0.2
0,8466
0,9287
0,08214
-0.2605 to 0.4248
0.5
1,41
1,531
0,1205
-0.2221 to 0.4631
0.8
1,525
1,658
0,1336
-0.2090 to 0.4762
1
1,781
1,878
0,09683
-0.2458 to 0.4395
2
1,868
2,062
0,1941
-0.1485 to 0.5368
4
1,822
2,025
0,2031
-0.1395 to 0.5457
6
1,65
1,865
0,2155
-0.1271 to 0.5582
10
1,299
1,505
0,2064
-0.1362 to 0.5491
15
0,9065
1,039
0,1325
-0.2101 to 0.4751
20
0,5057
0,6578
0,1522
-0.1905 to 0.4948
30
0,1167
0,1579
0,04126
-0.3014 to 0.3839
Column Factor
P value
Summary
0.2
Difference
0,08214
t
0,7624
P > 0.05
ns
0.5
0,1205
1,118
P > 0.05
ns
0.8
0,1336
1,24
P > 0.05
ns
1
0,09683
0,8987
P > 0.05
ns
2
0,1941
1,802
P > 0.05
ns
121
4
0,2031
1,885
P > 0.05
ns
6
0,2155
2,001
P > 0.05
ns
10
0,2064
1,916
P > 0.05
ns
15
0,1325
1,23
P > 0.05
ns
20
0,1522
1,412
P > 0.05
ns
30
0,04126
0,3829
P > 0.05
ns
Não existe diferença estatística entre os olhos com DM II com retinose e os olhos com DMII sem retinose. Existe diferença entre contre controle
e DMII.
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Luciana Cristina Gonçalves de Oliveira Andrade