1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus tipo 2: um estudo na Unidade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá Macapá 2012 2 LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus tipo 2: um estudo na Unidade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Amapá, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ciências da Saúde. Orientadora: Profª. Drª. Maria Izabel Tentes Côrtes. Macapá 2012 3 LUCIANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA ANDRADE Avaliação Psicofísica do Sistema Visual em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus tipo 2: um estudo na Unudade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá Dissertação aprovada como requisito para obtenção do título de Mestre no Programa de Pesquisa e PósGraduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Amapá, pela Comissão Examinadora formada pelos professores: Data da Avaliação: 20 de setembro de 2012 Comissão avaliadora: Professora Drª. Maria Izabel Tentes Côrtes - Orientador Programa de Pesquisa e Pós-Graduação Universidade Federal do Amapá Mestrado em Ciências da Saúde – Presidente Professor Dr. Givago da Silva Souza Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fisiologia, UFPA Núcleo de Medicina Tropical, UFPA – Membro Titular Professora Drª. Maira Tiyomi Sacata Tongu Nazima Universidade Federal do Amapá – Membro Titular Professora Drª.Silvia Maria Mathes Faustino Universidade Federal do Amapá – Membro Titular Professora Drª. Artemis Socorro do Nascimento Rodrigues Universidade Federal do Amapá – Membro Suplente 4 Para André, meu amado esposo, às minhas filhas, Amanda e Aimée, por amor a vocês, sempre me encorajo em busca do melhor. 5 AGRADECIMENTOS Acima de tudo, agradeço a Deus que me deu saúde e força de vontade para não desanimar no meio do caminho. À Profª Drª Maria Izabel Tentes Côrtes, excelente orientadora, pela sua indiscutível competência, disposição, companheirismo, encorajamento e humildade em compartilhar seu conhecimento. À Profª Drª Luidimila, pelo acolhimento no grupo de pacientes da UBS- Unifap de controle de diabetes e sempre presteza em nos apoiar. À Profª Drª Maira Tongu, por fazer a avaliação clínica oftalmológica dos participantes dessa pesquisa. À Profª Bandeira, por nos ceder espaço na UBS-Unifap, para que pudéssemos realizar grande parte desse trabalho. À MSc. Eliza Maria Lacerda, pela sua incansável presteza, incentivo e atenção, todas as vezes que estive no Núcleo de Medicina Tropical-UFPa, e orientações à distância. Suas contribuições foram inúmeras. Ao Profº Dr. Anderson Raiol Rodrigues, que mesmo tomado de seus afazeres, sempre esteve disponível para esclarecer as dúvidas necessárias. Ao meu esposo, André Andrade, maior incentivador e apoiador dessa etapa da minha vida. A minha fiel companheira de pesquisa e estudo Jocimara Nascimento, sem a sua contribuição e companheirismo tudo teria sido muito mais difícil. A todos os participantes voluntários dessa pesquisa pela disponibilidade e paciência na realização das etapas desse estudo. À minha irmã Ana Carolina, pelas palavras de incentivo, amor e ajuda sempre que precisei para que pudesse trabalhar em paz. Aos meus colegas da Faculdade de Macapá- FAMA, pelo apoio nos momentos em que precisei me ausentar. À Elizângela e Márcia por cuidarem tão bem da minha casa e dos tesouros mais preciosos que tenho minhas filhas Amanda e Aimée. E serei sempre grata de todo meu coração à minha mãe Nazaré Cristina, pelos ensinamentos, pelos valores passados, pelo esforço para me proporcionar educação para que eu pudesse ser a mulher que sou hoje, obrigada mãe. A todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho. 6 O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos. Provérbios 16:9 7 RESUMO Diabetes mellitus é um problema de saúde pública prevalente, em ascendência com elevado ônus social e econômico, cujo diagnóstico é desconhecido em metade dos indivíduos portadores. Essa patologia é a maior causa de cegueira adquirida, amputação de membro inferior sem uma situação de trauma e falência renal nos programas de diálise. Além de que, é a causa de 6% de todas as mortes e responsável por 30% de hospitalizações. Objetivos: avaliar o desempenho do sistema visual humano de indivíduos com diabetes mellitus com ou sem retinopatia diabética instalada, usando paradigmas psicofísicos experimentais. Métodos: foram testados 32 participantes diagnosticados com DM2 (52,62 ± 12,17 anos). Testes psicofísicos usados: Teste de Ordenamento de Cores de Farnworth-Munsell –FM-100- (n=63) e o Teste de Sensibilidade ao Contrate Espacial de Luminância-FSCEL- (n=63), cujos parâmetros utilizados foram o valor de erro, raiz do erro e pontos médios. Os resultados de cada participante e os valores médios do grupo foram comparados com intervalos de confiança e tolerância estabelecidos a partir do grupo controle. Para avaliar as diferenças entre o grupo de diabetes mellitus tipo 2 e o grupo controle, utilizou-se o teste-t e para avaliar correlações entre hemoglobina glicada, glicemia de jejum, tempo de doença e desempenho nos testes utilizou-se o índice de correlação linear de Pearson (α=0.05). Resultados: FSCEL: 31(49,20%) dos olhos com DM, apresentou pelo menos uma frequência alterada e a média desse grupo apresentou-se abaixo do limite inferior do intervalo de confiança em todas as freqüências testadas, essas alterações foram observadas principalmente nas freqüências médias (4 e 6 cpg). Relacionando os valores de hemoglobina glicada e glicemis de jejum utilizando-se o índice de correlação de Pearson, observou-se que não houve correlação. Houve correlação para o tempo de doença e as freqüências de 0,5, 0,8, 2,4,6,10 e 15cpg (P<0,05). FM-100: 19(30,15%) olhos com DM apresentaram valores de erro acima do limite de tolerância superior. A média de erro do grupo DM foi de 165,41±84,08, estatisticamente diferente, depois de realizado teste t-student, dos erros do controle, que foi de 79,37±58,59 para p < 0,0001. Quando realizado o teste de correlação de Pearson para os valores de Hemoglobina glicada e glicemia de jejum em relação ao erro, observou-se que não houve correlação. Para a variável tempo de doença, observou-se uma correlação fraca entre os parâmetros analisados Conclusão:mais de 30% dos participantes apresentaram alguma alteração para a visão de cor ou SCEL; Foram encontradas alterações cromáticas e acromáticas.A visão acromática foi mais sensível a doença, pois apresentou os piores resultados. A alteração se deu principalmente nas frequências espaciais médias que compreendem as frequências de 4cpg e 6cpg; Existe associação das alterações visuais com danos na retina;Apesar dos valores de glicemia não influenciarem os resultado dos exames psicofísicos, o tempo de doença apresentou relação com o resultado. Apresentado piores resultados os pacientes com mais tempo de doença. Palavras-chave: Diabetes tipo 2. Psicofísica visual. Retinopatia diabética. Sensibilidade ao contraste. Visão de cores. 8 ABSTRACT Diabetes mellitus is a prevalent growing public health problem with high social and economic burden, whose diagnosis is unknown in half holders. This disease is the leading cause of blindness, lower limb amputation without a state of trauma and renal failure in dialysis programs. Besides that is the cause of 6% of all deaths, and accounts for 30% of hospitalizations. Objectives: To evaluate the performance of the human visual system of individuals with diabetes mellitus with or without diabetic retinopathy installed using psychophysical experimental paradigms. Methods: We tested 32 participants diagnosed with DM2 (52.62 ± 12.17 years). Psychophysical tests used: Test Spatial Color of FarnworthMunsell-100-FM-(n = 63) and Sensitivity Test to Hire Space Luminance-FSCEL-(n = 63), whose parameters used were the error value, root of the error and midpoints. The results of each participant and group mean values were compared with confidence intervals and tolerance established from the control group. To evaluate the differences between the group of type 2 diabetes mellitus and the control group, we used the t-test and to evaluate correlations between glycated hemoglobin, fasting glucose, disease duration and performance tests we used the linear correlation index Pearson (α = 0.05). Results: FSCEL: 31 (49.20%) of eyes with DM, had at least one frequency changed and the average of this group appeared below the lower limit of the confidence interval at all frequencies tested, these changes were observed mainly in the average frequencies (4 and 6 cpd). Relating the values of glycated hemoglobin and fasting glicemis using the Pearson correlation index, there was no correlation. Correlation to disease duration and frequencies of 0.5, 0.8, and 2,4,6,10 15cpg (p <0.05). FM-100: 19 (30.15%) eyes with DM presented above error the upper tolerance limit. The average error of the DM group was 165.41 ± 84.08, statistically different, after undertaking Student t test, the errors of the control, which was 79.37 ± 58.59 for p <0.0001. When performed the Pearson correlation test for glycated hemoglobin values and fasting glucose compared to the error, there was no correlation. For the variable duration of disease, there was a weak correlation between the parameters measured. Conclusions: Over 30% of participants showed abnormalities in color vision or SCEL; chromatic and achromatic vision alterations were found. Achromatic vision was more sensitive to disease, because it showed the worst results. The change was primarily in medium spatial frequencies corresponding to 4cpg and 6cpg frequencies; there is an association of visual impairment with damage to the retina; spite of glycemia does not influence the outcome of psychophysical tests, disease duration was correlated with outcomes obtained; patients with longer disease presented worse outcomes. Keywords: Diabetes type 2. Visual psychophysics. Diabetic retinopathy. Contrast sensitivity. Color vision. 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Projeção de casos de diabetes de 2000 a 2030 19 Figura 2- Critérios diagnósticos para o Diabetes 20 Figura 3- Critérios diagnósticos para o Pré-diabetes 21 Figura 4 - Retina normal e com retinopatia 23 Figura 5 - Retinopatia Diabética não proliferativa (observa-se pontos anormais mostrando pequeno sangramento;as manchas amarelas são tecido gorduroso que escaparam dos vasos danificados, causando edema macular e visão borradaRetina - camadas celulares 24 Figura 6 Retinopatia diabética proliferativa (observação intensa neovascularização e vasos emergindo o disco óptico, pontos de hemorragia difusa, extravasamento de conteúdo intravascular cobrindo a mácula.Cones e bastonetes 25 Figura 7 Hemorragia vítrea difusa 25 Figura 8 Retina de um indivídio com retinopatia diabética. Observa-se pontos difusos de sangramento e lesões esbranquiçadas demonstrando áreas isquemiadas 26 Figura 9 Via neural da visão 27 Figura 10 Representação das camadas da retina 28 Figura 11 Vista lateral globo ocular- mácula. 29 Figura 12 Região da fóvea contendo os cones e vasos sanguíneos semelhante a raízes 29 Figura 13 Retina- camadas celulares- de cima para baixo: células ganglionares, corpos celulares dos neurônios bipolares, cones e bastonetes 30 Figura 14 Figura 15 Cones e bastonetes Cones, bastonetes - retina 31 31 Figura 16 Em(A) versão original do Teste de 100 matizes de Farnworth-Munsell e (B) Resultado do testemostrando o eixo tritande um pessoa com defeito no canal de cor azul amarelo 33 Figura 17 Exemplo de estímulo exibido em diferentes frequências espaciais e diferentes níveis de contrastes. 34 10 Figura 18 Optótipos de Snellen 37 Figura 19 PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara 37 Figura 20 Exemplo de estímulo visual utilizado em testes psicofísicos que medem a Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância. Na coluna da esquerda estão demonstrados estímulos visuais em forma de redes senoidais estacionárias que aparecem nas telas de testes e na coluna da direita é demonstrado o aspecto gráfico das senóides para cada um dos padrões de estímulos visuais correspondentes. Schade (1956), Campbell e Green (1965) e Campbell e Robson (1968), entre outros (RODRIGUES, 2003). 39 Figura 21 Representação gráfica do teste de luminância 40 Figura 22 Seqüência de realização de uma série do teste FM 100. Em (A) visualiza-se a tela inicial de apresentação. Em (B), os estímulos desordenados, permanecendo fixos dois quadrados de modelo e orientação. Em (C), a seqüência sendo reordenada PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara 41 Figura 23 Representação gráfica do teste de Farnsworth- Munsell 42 Figura 24 Gráfico expressando valores de sensibilidade ao contraste em função da frequência espacial com limites de tolerância (superior e inferior) estabelecidos a partir dos valores numéricos de 31 participantes do grupo controle.Os losangos representam os resultados de 31 olhos de participantes com DM (49,20%) de 63 testados, com pelo menos uma frequência espacial alterada.PranchasPseudoisocromáticas de Ishihara 48 Figura 25 Curvas representativas de Intervalo de confiança superior e inferior (LCS e LCI) de 31 participantes do grupo controle e média dos participantes do grupo com DM. Nota-se a média, conforme representada em losangos, abaixo do Intervalo de Confiança do grupo controle em todas as frequências, principalmente nas frequências médias (4cpg e 6cpg) 49 Figura 26 Gráficos de correlação entre hemoglobina glicada e as 11 frequências espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre HA1C e as freqüências espaciais, como representado nas figuras de 26(a) a 26(k) 50 Figura 27 Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre os valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como representado nas figuras de 27(a) a 27(k) 53 Figura 28 Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre os valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como 56 11 representado nas figuras de 27(a) a 27(k) Figura 29 Figura 30 Limites de confiança superior e inferior para a raiz do erro FM-100 de 62 olhos de participantes controles. Média de erro de olhos com DM foi de 165,41 (r2 =12,47) acima de limite de confiança superior do grupo controle, que foi de 79,37 (r2 =8). Após aplicação do teste-t para análise do valor do erro (raiz quadrada), verificou-se que existe diferença estatística entre os grupos DM e controle, pois, p (unilateral)= <0,0001 e p (bilateral) = <0,0001; intervalo de confiança de 95%. 61 62 Figura 31 Demonstração da correlação dos valores de hemoglobina glicada e o número de erros do F M-100. 63 Figura 32 Demonstração da correlação dos valores de glicemia de jejum e o número de erros do F M-100. 63 Figura 33 Demonstração de correlação do tempo de doença e o número de erros do F M-100 64 Figura 34 Comparação dos níveis de glicemia com os testes realizados 65 Figura 35 Comparação das alterações da retina com os testes realizados 65 Figura 36 Comparação das alterações do teste de Sensibilidadeao contraste espacial de luminância Comparação das alterações do teste de Sensibilidade ao contraste espacial de luminância 65 Figura 37 . Limite de Tolerância para a raiz quadrada do valor de erro do FM-100 de 62 olhos de participantes do grupo controle. Os losangos representam 63 olhos de participantes com DM, dos quais, 19 olhos com diabetes mellitus (30,15%) testados apresentaram valores de erro acima do limite de tolerância superior. 66 12 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Tabela 2- Dados clínicos de 32 participantes (63 olhos) do grupo com diabetes mellitus tipo 2 representados pelo código do participante, idade, acuidade visual (A/V), glicemia de jejum, hemoglobina glicada (HA1C) e pressão intra ocular (PIO). Dados clínicos de 31 participantes (62 olhos) do grupo controle representados pelo código do participante, idade, acuidade visual (A/), glicemia de jejum,ehemoglobina glicada (HA1C). 45 46 13 ABREVIATURAS BHR Barreira hematorretiniana DM Diabetes mellitus DM2 Diabetes mellitus 2 FSC Função de sensibilidade ao contraste FSCEL Função de sensibilidade ao contraste espacial de luminância FM-100 Teste de Farnsworth-Munssel RD Retinopatia diabética RDNP Retinopatia diabética não-proliferativa RDP Retinopatia diabética proliferativa SBD Sociedade Brasileira de Diabetes UBS Unidade básica de saúde 14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO 19 2.1 DIABETES 19 2.1.1 Diabetes mellitus 19 2.2 RETINOPATIA DIABÉTICA 21 2.2.1 Classificação da retinopatia diabética 23 2.3 FUNÇÃO VISUAL 27 2.3.1 A retina 28 2.3.2 Bastonetes e cones 30 2.4 TESTES PSICOFÍSICOS 32 2.4.1 Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell 32 2.4.2 Teste de Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância 33 3. MATERIAIS E MÉTODOS 35 3.1 POPULAÇÃO DE ESTUDO 35 3.2 PROCEDIMENTOS INICIAIS 36 3.3 TESTES PSICOFÍSICOS 38 3.3.1 Avaliação psicofísica da função de sensibilidade ao contraste espacial de luminância-FSCEL 38 3.3.2 Avaliação psicofísica da discriminação de cores de Farnsworth-Munssel FM-100 40 3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA 42 3.4.1 Ìndice de correlação linear de Pearson 42 3.4.2 Intervalos de confiança e de tolerância 42 4 RESULTADOS 44 4.1 PROCEDIMENTOS INICIAIS 44 4.2 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PSICOFÍSICA 47 4.2.1 Avaliação da Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância 47 4.2.2 Avaliação da Discriminação de Cores pelo Teste FM-100 60 15 4.2.3 Comparação entre os testes 64 5 DISCUSSÃO 67 5.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE FSCEL 67 5.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE FM-100 70 6 CONCLUSÃO 72 REFERÊNCIAS 73 ANEXOS 1- 78 APÊNDICE B - M 80 16 1 INTRODUÇÃO Dados recentes da Sociedade Brasileira de Diabetes estimam que mais de 250 milhões de pessoas no mundo todo tem Diabete mellitus (DM), o que corresponde a 6% da população mundial. Esse número pode chegar a 380 milhões até o ano de 2030, e isso afetaria principalmente a população economicamente ativa dos países emergentes. Para a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), hoje, não há estatísticas reais sobre o diabetes no Brasil, o último censo de 1988 sobre diabetes no Brasil revelou que essa doença afeta 7,6% da população urbana com idade entre 30 a 69 anos. Dados mais recentes em um estudo regional conduzido por Torquato (2003) em Ribeirão Preto e utilizando a mesma metodologia do censo nacional de diabetes, mostrou uma estimativa de 12% no ano de 2006 para a população diabética, esses dados provavelmente refletem a realidade do Brasil. Esses também mostram que o número estimado de brasileiros com a doença é de 10.294.200. DM é um problema de saúde pública prevalente, em ascendência com elevado ônus social e econômico, cujo diagnóstico é desconhecido em metade dos indivíduos portadores (GEORG et al, 2005), sendo essa patologia a maior causa de cegueira adquirida, amputação de membro inferior sem uma situação de trauma e falência renal nos programas de diálise. Além de que, é a causa de 6% de todas as mortes e responsável por 30% de hospitalizações (BEZERRA; BARCELÓ; MACHADO, 2001). A retinopatia diabética (RD) é a segunda causa de cegueira irreversível, precedida apenas pela degeneração macular relacionada com a idade. É a principal causa de cegueira entre 25 e 75 anos de idade (VILELA et al, 1997). As complicações microvasculares do diabetes mellitus na retina constituem-se na principal causa de cegueira da população economicamente ativa no Brasil (BRASIL, 1996) e no mundo (KLEIN R; KLEIN BE; MOSS; 1984; SÁNCHEZ-THORIN, 1998). A Organização Mundial da Saúde estima que isso já afeta a quase 5% dos 37 milhões de cegos no mundo (RESNOKOFF et al, 2004). Mais de 75% dos diabéticos com mais de 20 anos de evolução, sofrem alguma forma de retinopatia. Também ficou demonstrado que 13% dos diabéticos com cinco anos de evolução apresentam algum grau de retinopatia, que aumenta para 90% com 15 anos de evolução, quando a diabetes se diagnostica antes dos 30 anos (KLEIN R et al, 1984). Estes dados, muitas vezes, auxiliam o clínico geral no monitoramento do tempo de aparecimento do diabetes tipo 2. 17 Diferentes mecanismos interagindo entre si, tais como: fatores genéticos, bioquímicos e fatores de risco ambientais, como: o fumo, dieta, sedentarismo, entre outros, irão contribuir para o aparecimento da retinopatia diabética (BROWNLEE, 2001 e 2005). Tais fatores refletem-se nos níveis glicêmicos aumentados (hiperglicemia), sendo essa condição um dos principais fatores desencadeantes da retinopatia diabética. A hiperglicemia aumentada atuará modulando e alterando os fatores de crescimento, metabolismo e nos mecanismos de sinalização das células retinianas (BROWNLEE, 2001; BOELTER et al, 2003). Os mecanismos supracitados demonstram a sensibilidade das células retinianas no Diabete Mellitus. Clinicamente, a primeira manifestação da retinopatia diabética é detectada ao exame de fundo de olho, através da observação dos primeiros microaneurismas na circulação retiniana, em geral no pólo posterior, na região macular. Ferris (1994) afirma que, se todos os pacientes com retinopatia proliferativa tivessem sido tratados precocemente, a incidência de cegueira poderia diminuir de 50% para 5%, reduzindo em 90% os casos de perda visual e de cegueira. Contudo, o diagnóstico dessa condição clínica é realizado quando o dano neurológico periférico já está instalado em um estado avançado. A prevenção baseia-se no controle clínico rigoroso e detecção precoce de alterações fundoscópicas que ameacem a visão, como edema macular diabético e neovascularização retiniana (SUGANO et al 2001; CHEW et al 1996). O tratamento dessas alterações é eficaz na prevenção da cegueira quando instituído precocemente (CHEW et al 1996). Muitos trabalhos que investigaram a função visual têm mostrado alteração da função visual em pessoas com DM com ou sem retinopatia diabética comprovada clinicamente (GUALTIERI, 2009), daí a hipótese levantada de que a avaliação visual através de testes psicofísicos e eletrofisiológicos possa detectar precocemente alterações visuais nesse grupo de pacientes, podendo-se intervir precocemente. O sistema visual humano pode ser avaliado através da utilização de um grande conjunto de procedimentos anatômicos, eletrofisiológicos e psicofísicos, alguns dos quais existentes desde o século XIX, como a oftalmoscopia, outros desenvolvidos ao longo do século XX, como a eletrorretinografia de campo total e a eletroencefalografia de eventos (registro do potencial cortical provocado visual), e outros extremamente recentes, criados na última década, como a tomografia de coerência óptica e a eletrorretinografia multifocal. Esses procedimentos, somados à investigação clínica geral e à clínica especializada oftalmológica e neurológica, permitem a caracterização detalhada das alterações visuais em condições patológicas como a retinopatia diabética. 18 Por ser a retinopatia diabética uma das principais manifestações clínicas do DM e uma das principais causas de cegueira no mundo, é de grande importância a investigação da função visual nessa patologia, uma vez que, as funções sensoriais são extremamente sensíveis no DM e que alterações visuais podem aparecer nos testes psicofísicos mesmo antes de alterações no exame de fundo do olho, identificando os pacientes que estejam sob maior risco de desenvolverem complicações visuais. O projeto surgiu mediante a preocupação e necessidade de uma investigação mais criteriosa de alterações visuais a fim de prevenir as complicações oftalmológicas dos pacientes diabéticos que são atendidos na Unidade Básica de Saúde da UNIFAP, uma vez que essa triagem ainda não havia sido feita. Com isso, espera-se que os testes psicofísicos tornem-se ferramentas indispensáveis da avaliação visual e entrem no protocolo de rotina para incrementar o controle e melhor direcionamento no tratamento multidisciplinar desses pacientes, pois são instrumentos de fácil manuseio, não invasivos e que trazem preciosas informações de alterações visuais. Esse estudo teve como objetivo geral avaliar o desempenho do sistema visual humano de indivíduos com diabetes mellitus com ou sem retinopatia diabética instalada, usando paradigmas psicofísicos experimentais. E como objetivos específicos: a) Avaliar a Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância em pessoas com tempos diferentes de doença; b) Avaliar a capacidade de discriminação de cores utilizando o Método de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell; c) Comparar com normas estatísticas estabelecidas; d) Avaliar a prevalência de alterações da visão pacientes com Diabete mellitus e correlacionar com o tempo de doença. 19 2 REFERENCIAL TEORICO 2.1 DIABETES 2.1.1 Diabetes mellitus O diabetes mellitus (DM) por definição é o resultado da diminuição da secreção de insulina, sendo um defeito heterogêneo primário do metabolismo dos carboidratos, que com inúmeros fatores etiológicos, leva o indivíduo a um quadro de hiperglicemia (GUYTON; HALL, 2002). Sua prevalência no Brasil é equivalente entre os sexos, sendo a faixa etária de 30 a 69 anos a mais acometida normalmente tem início insidioso e evolução silenciosa. As complicações clínicas mais comuns do DM são a retinopatia, microangiopatias e o desenvolvimento de infecções nos pés conhecida como pé diabético (BARAUNA et al, 2003). Em 2005, 1,1 milhões de pessoas morreram de diabetes e suas complicações e quase 80% dos óbitos ocorreram em países de baixa e média renda. Quase metade dos óbitos ocorreu em pessoas com idade inferior a 70 anos. A OMS (organização mundial de saúde) estima que as mortes por diabetes e suas complicações dobrem de 2005 até 2030 (World Health Organization, 2009). Estimativas mundiais apontam que em 2010 o número de casos portadores de DM tipo 2 foi de 220 milhões e até 2025 serão 280 milhões (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE DIABETES, 2005). Para Parvez, Kawar e Nahas (2007) o número de casos de diabetes deve chegar a 366 milhões até o ano de 2030, conforme demonstra o mapa com a projeção de 2000 para 2030. Figura 1- Projeção de casos de diabetes de 2000 a 2030 Fonte: Parvez, Kawar e Nahas, 2007 20 O diabetes pode apresentar duas formas clínicas: tipo 1, conhecida como diabetes juvenil ou insulinodependente, e o diabetes tipo 2, conhecida como diabetes de adultos. A primeira está relacionada a uma doença auto-imune que determinam a ausência na produção de insulina ou quando essa é produzida em quantidade insuficiente devido a destruição das células beta, produtoras de insulina. O DM tipo 2 (DM2), também possui carga genética, porém sua manifestação está fortemente ligada a fatores ambientais, obesidade e sedentarismo (MARCELINO; CARVALHO, 2005). Ainda descrevem os autores que os principais sintomas do DM são: polidipsia (sede excessiva), poliúria (excesso de urina), polifagia (fome excessiva) e emagrecimento. Outros sinais clínicos como sonolência, dores generalizadas, formigamento e dormências, cansaço doloroso nas pernas, câimbras, nervosismo, indisposição para o trabalho, desânimo, visão turva e cansaço físico e mental estão associados ao DM. O manejo do diabetes assim como seus critérios de diagnóstico, estãosempre sendo objeto de estudos. Após a ultima atualização desses critérios feita pela Sociedade Brasileira de Diabetes em 2009, os critérios de diagnóstico utilizados atualmente segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (2011) estão descritos nas tabelas 1 e 2. Figura 2 - Critérios diagnósticos para o Diabetes CRITÉRIOS COMENTÁRIOS A1C≥6,5% O teste deve ser realizado através de método rastreável ao método do DCCT e devidamente certificado pelo NationalGlycohemoglobinStandardizationProgram (NGSP) (http://www.ngsp.org). GLICEMIA DE JEJUM O período de jejum deve ser definido como ausência de ingestão ≥ 126mg/dl calórica por pelo menos 8 horas. GLICEMIA 2 HS APÓS Em teste oral de tolerância à glicose. Esse teste deverá ser SOBRECARGA COM conduzido com a ingestão de uma sobrecarga de 75 g de glicose 75MG DE GLICOSE: anidra, dissolvida em água, em todos os indivíduos com glicemia ≥200mg/dl de jejum entre 100 mg/dL e 125 mg/dL. GLICEMIA AO Em pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, ou em ACASO≥ 200mg/dl crise hiperglicêmica. Importante: a positividade de qualquer um dos parâmetros diagnósticos descritos confirma o diagnóstico de diabetes. Na ausência de hiperglicemia comprovada, os resultados devem ser confirmados com a repetição dos testes. Fonte:adaptado American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes – 2011. Diabetes Care2011;34(Suppl 1):S11-S61. Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (2011)- Posicionamento oficial SBD nº 3, 2011 21 Figura 3 - Critérios diagnósticos para o Pré-diabetes ou Risco aumentado de Diabetes CRITÉRIOS COMENTÁRIOS A1C entre 5,7% e 6,4% De acordo com recomendação recente para o uso da A1C no diagnóstico do diabetes e do pré-diabetes. GLICEMIA DE JEJUMentre 100 e Condição anteriormente denominada “glicemia de jejum alterada”. 125mg/dl GLICEMIA 2 HS APÓS SOBRECARGA COM Em teste oral de tolerância à glicose. Condição anteriormente 75MG DE GLICOSE: de denominada “tolerância diminuída à glicose”. 140 a 199mg/dl GLICEMIA AO Em pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, ou em ACASO≥ 200mg/dl crise hiperglicêmica. Importante: a positividade de qualquer um dos parâmetros diagnósticos descritos confirma o diagnóstico de pré-diabetes. Fonte:SBD(2011) adaptado American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes – 2011. Diabetes Care2011;34(Suppl 1):S11-S61. Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (2011)- Posicionamento oficial SBD nº 3, 2011 O DM tipo 2 compreende um conjunto de doenças metabólicas, caracterizada por hiperglicemia resultante de defeitos da síntese e secreção de insulina e/ou sua ação nos tecidos (CAMPOS et al, 2004). A idade inicial para o desenvolvimento do DM tipo 2 é geralmente em torno dos 40 anos de idade, com pico de incidência por volta dos 60 anos. A maioria dos pacientes com essa doença é sedentária e obesa e a associação com a idade avançada, cada vez mais comum na população, representa um dos maiores fatores de risco para o diabetes tipo 2 (GROSS et al, 2002). 2.2 RETINOPATIA DIABÉTICA A retinopatia é uma das complicações mais comuns e está presente tanto no diabetes tipo 1 quanto no tipo 2, especialmente em pacientes com longo tempo e doença sem controle glicêmico. Constitui um fator de morbidade de elevado impacto econômico, uma vez que a retinopatia diabética é a causa mais comum de cegueira adquirida (BOSCO et al, 2005). Ocorre em cerca de 95% dos pacientes com diabetes mellitus tipo 1e em mais de 60%dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Estes dados explicam o risco de 25 vezes maior de cegueira em pacientes com diabetes mellitus do que na população em geral (ESTEVES et al, 2008). Os vasos da retina são caracterizados por células endoteliais contínuas, não fenestradas, com junções intercelulares impermeáveis que se apresentam para formar a barreira hemato-retiniana (BHR). A interação das células endoteliais forma a barreira que permite ao tecido, assim como ao endotélio capilar a ao endotélio pigmentar da retina, criarem condições para um tecido com integridade funcional (BOSCO et al, 2005). 22 Ainda diz o autor que há três tipos de junções intercelulares: as junções ou zonas de oclusão, as zonas de adesão e as junções gap. Entre as células endoteliais dos vasos da retina existem apenas zonas de oclusão entremeadas com desmossomos. No DM ocorre ruptura dessas junções e é essa ruptura, e a perda das células murais denominadas pericitos que se denomina retinopatia diabética. A queixa de borramento da visão em pacientes diabéticos é comum durante estado agudo de descompensação metabólica. Isso ocorre pela alteração das propriedades refratárias oculares durante a hiperglicemia. Neste estado, mais água é retida no cristalino devido à alta osmolaridade do meio extracelular, assim a superfície fica mais convexa e consequentemente, a refração da luz que passa pelo cristalino é modificada. No entanto esses efeitos são reversíveis e qualidade da visão é recuperada com o restabelecimento do controle glicêmico (GUALTIERI, 2009). A fisiologia retiniana predispõe ao dano causado pelo diabetes, pois, os axônios não são mielinizados e necessitam de mais energia para seu metabolismo; os vasos da retina são relativamente hipóxicos (pO2 ~ 25mm); a retina possui menos mitocôndrias que as camadas mais externas. Apesar da escassa vascularização, a retina possui alta demanda metabólica e sua obtenção de energia é através da glicólise, um meio menos eficiente de gerar ATP (adenosina-tri-fosfato) do que a fosforilação oxidativa (ANTONETTI et al, 2006, apud SERRARBASSA, 2008). Essa combinação de alta demanda metabólica e mínimo de suprimento vascular pode limitar a habilidade da retina interna de se adaptar frente ao estresse metabólico do diabetes (SERRARBASSA; DIAS; VIEIRA, 2008). 23 Figura 4 - Retina normal e com retinopatia Fonte: www.coursejournal-medicina.blog<acesso em 08/11/2010> Nos capilares retinianos de pacientes com DM pode-se observar, com microscopia eletrônica: capilares com junções endotelias; aumento na vacuolização citoplasmática; pericitos com alteração degenerativa; espessamento da membrana basal, este espessamento de causa desconhecida altera a função celular e/ou difusão de oxigênio e reduz o contato entre o pericito e a célula endotelial (BOSCO et al, 2005). 2.2.1 Classificação da retinopatia diabética A retinopatia diabética (RD) é clinicamente dividida em dois estágios principais: retinopatia diabética não-proliferativa (RDNP) e retinopatia diabética proliferativa (RDP). Com base nas alterações morfológicas a RDNP é subdividida em, leve moderada, grave e muito grave. A forma proliferativa de RD pode ser inicial de alto risco e avançada. O edema macular pode estar presente em qualquer dos estágios de retinopatia diabética (GUALTIERI, 2009). A RDNP é caracterizada por alterações intra-retinianas associadas ao aumento da permeabilidade capilar e à oclusão vascular que pode ocorrer ou não nessa fase. Há presença de microaneurismas, edema macular, hemorragias intraretinianas e exsudatos duros (extravasamento de lipoproteínas). Esse nível de comprometimento deve ser esperado em quase todos os pacientes com aproximadamente 25 anos de DM, porém em muitos casos pode não haver evolução significativa (BOSCO et al, 2005). 24 Figura 5- Retinopatia Diabética não proliferativa (observa-se pontos anormais mostrando pequeno sangramento;as manchas amarelas são tecido gorduroso que escaparam dos vasos danificados, causando edema macular e visão borrada. Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256161/view<acessado em 31/12/2010> Nos estágios grave e muito grave de retinopatia diabética não proliferativa ocorre oclusão capilar acentuada que é fator de alto risco de progressão para o estágio mais grave (GUALTIERI, 2009). A retinopatia diabética proliferativa é o estado mais grave e avançado da doença e além dos sinais clínicos observados na fase menos grave, na RDP observa-se a formação de neovasos na retina e/ou no disco óptico, que se estendem pela superfície da retina ou em direção à cavidade vítrea. Os neovasos possuem menos pericito e junções intercelulares do que um capilar típico (GUALTIERI, 2009). Segundo a mesma autora, há uma quantidade maior de fenestrações, o que favorece o extravasamento de conteúdo intravascular e hemorragias. De acordo com o padrão de proliferação observado a retinopatia diabética proliferativa se apresenta em três estágios: inicial (presença de neovasos finos sem tecido fibroso); intermediária (ocorre aumento do calibre extensão dos neovasos com início de formação de componente fibroso); progressiva (há progressão dos neovasos com proliferação fibrovascular intensa). 25 Figura 6- Retinopatia diabética proliferativa (observação intensa neovascularização e vasos emergindo o disco óptico, pontos de hemorragia difusa, extravasamento de conteúdo intravascular cobrindo a mácula. Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256163/view<acessado em 31/12/2010> A neovascularização origina-se usualmente no disco óptico e/ou nas grandes veias da retina podendo estender-se para o vítreo. Esse estágio é bastante grave, pois, o rompimento dos vasos neoformados pode causar sangramentos maciços na cavidade vítrea, ou no espaço pré-retiniano, resultando no aparecimento de sintomas visuais como “os pontos flutuantes” ou “teias de aranha” no campo visual, ou até mesmo a perda visual senão tratado a tempo (BOSCO et al, 2005). Figura 7 - Hemorragia vítrea difusa Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/255878/view<acesso em 08/11/2010> A incidência da RD é reconhecidamente relacionada ao tempo de doença instalada e o controle metabólico do paciente diabético, que constitui seu principal fator de risco, 26 incluindo-se também o controle pressórico. Porém nem todos os indivíduos desenvolvem a forma grave, mesmo na presença de hiperglicemia, hipertensão arterial sistêmica e de outros fatores relacionados (ESTEVES et al, 2008). Figura 8 - Retina de um indivídio com retinopatia diabética. Observa-se pontos difusos de sangramento e lesões esbranquiçadas demonstrando áreas isquemiadas. Fonte: http://www.sciencephoto.com/media/256977/view<acessado em 31/12/2010> Além dos fatores já citados Esteves et al (2008), também atribui o risco de desenvolvimento de RD para gestantes com 1,63 a 2,48 maior vezes de desenvolver RD do que mulheres não grávidas; portadores de nefropatia diabética associada a 95% de risco para desenvolvimento de edema macular; há prevalência de 30% mais ocorrências no sexo masculino; tabagismo, por riscos vasculares gerais; dislipidemia por estarem associados à maior formação de exsudatos duros e além de fatores genéticos. A detecção precoce da RD é importantíssima para a eficácia dos tratamentos, pois quanto mais tarde, maior a morbidade do paciente e maior o risco da instalação da cegueira, pois, há maior prevalência de retinopatia diabética nos primeiros 5 anos da doença, em média 13%, aumentando muito após 10-15 anos, e, média 90% (MAIA JUNIOR et al, 2007). Pacientes portadores de diabetes tipo 2 tiveram redução significante da sensibilidade ao contraste e discriminação cromática, sendo a segunda um comprometimento difuso (GUALTIERI, 2009). Ainda diz a autora que esses pacientes apresentam alterações visuais detectáveis por testes eletrofisiológicos e psicofísicos, mesmo sem haver instalação de retinopatia diabética e que as alterações visuais observadas precedem o surgimento das alterações morfológicas da retina. 27 2.3 TESTES PSICOFÍSICOS 2.3.1 Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell O Teste de 100 Matizes de Farnsworth-Munsell tem por objetivo identificar e diferenciar deficiências congênitas ou adquiridas de discriminar cores. Esse teste usa o método de ordenamento de cores para medir a capacidade do indivíduo de discriminá-las (BIRCH, 1993). O Teste dos 100 Matizes de Farnsworth-Munsell está baseado na habilidade da pessoa de ordenar 85 peças pintadas com matizes de mesma saturação e brilho e iluminação fotópica em uma sequência cromática do espaço de cores. Em sua versão original apresenta 85 pedras de plástico preto que possuem selos coloridos de diferentes valores cromáticos, com 12 mm de diâmetro aderidos no centro de uma de suas faces, são agrupadas em 4 porções, separadas em caixas distintas (figura 16 a). A 1ª caixa do rosa ao amarelo (pedras 85 a 22); 2ª caixa do amarelo ao verde (pedras 21 a 43); 3ª caixa do verde ao azul (pedras 42 a 64) e a 4ª caixa do azul ao rosa (pedras 63 a 85). Cada caixa contém as pedras final e inicial presas e 21 pedras soltas. A face das pedras, oposta à do adesivo colorido, é numerada para que o examinador possa determinar a pontuação do paciente (KJAER, 2000). A versão atual desse teste, a Renotation Munsell, é baseada em um espaço visual abrangente, contendo 1928 pontos. Essa versão foi aprimorada e adotada pelo Comitê de Colorimetria da Optical Society of America (INDOW,1995; BIRCH, 2001; BRAINARD, 2003) apud Feitosa-Santana (2005). O total de erros cometidos pelo participante no teste é determinado pela soma do erro, menos 2 para cada pedra. Uma sequência perfeita de cores resulta, portanto, em erro total igual a zero. Cada uma dos matizes apresenta um número de ordenamento, desconhecido pelo participante testado, sendo a magnitude do erro calculada para cada peça proporcional à distância entre a ordenação feita pelo sujeito e a posição correta da peça (LACERDA; VENTURA; SILVEIRA, 2011). 28 Figura 16 – Em (A) versão original do Teste de 100 matizes de Farnworth-Munsell e (B) Resultado do teste mostrando o eixo tritan de um pessoa com defeito no canal de cor azul amarelo. Fonte: adaptado de http://jnnp.bmj.com/content/75/suppl_4/iv2.full. 2.3.2 Teste de Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância A função de sensibilidade ao contraste (FSC) é uma medida clássica que permite descrever mecanismos relacionados ao processamento visual de objetos em níveis diferentes de contraste. Além de ser um dos principais indicadores da percepção visual, fornece uma das descrições mais completas do sistema visual (SANTOS; FRANÇA, 2006). A sensibilidade ao contraste é definida como a recíproca do limiar de contraste. Limiar de contraste pode ser definido como a quantidade mínima de contraste necessária para detectar um objeto qualquer, de uma determinada frequência espacial. Essa por sua vez, é o número de ciclos por unidade de espaço, que em percepção visual da forma foram convencionalmente denominados ciclos por grau de ângulo visual (cpg). O contraste é definido pela relação entre a luminância mínima divida pela soma das duas (SANTOS; FRANÇA, 2006). As grades de ondas senoidais podem ser usadas para avaliar simultaneamente a sensibilidade ao contraste e as frequências espaciais. Os padrões podem ser gerados eletronicamente em uma tela de computador ou graficamente em um cartão ou tabela de teste. Como mostrada a figura 6, a frequência espacial das listras aumenta ao longo do eixo horizontal da esquerda para a direita (isto é, as listras ficam mais finas e mais próximas umas das outras) e o contraste diminui, movendo-se para cima no eixo vertical (SPALTON; HITCHINGS; HUNTER, 2006). 29 Figura 17- Exemplo de estímulo exibido em diferentes frequências espaciais e diferentes níveis de contrastes. Fonte:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-36872010000100006&script=sci_arttext 30 3 MATERIAIS E MÉTODOS Para esse estudo foram pré-selecionados 120 voluntários, onde desses 47 foram para o grupo de diabetes mellitus tipo 2 e 73 para o grupo controle. Dos pré-selecionados para o grupo de diabetes mellitus, 15 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão, onde 8 por apresentarem baixa visão, 4 não realizaram os testes psicofísicos e 3 por desinteresse ou falta de disponibilidade para realizar os testes. Dos pré-selecionados para o grupo controle, 34 foram excluídos da pesquisa por apresentarem acuidade visual superior a 20/20, o que foi determinado para esse estudo e 8 por falta de disponibilidade ou desinteresse em realizar os testes. Sendo assim, obteve-se um n final de 63 participantes onde, 32 para o grupo de diabetes mellitus, desses 19 participantes do sexo feminino (59,38%) e 13 do sexo masculino (40,62%) e 31 para o grupo controle, desses 10 participantes do sexo masculino (32,25%) e 21 participantes do sexo feminino (67,75%), gerando um banco de dados de n=62 olhos controles (idade: M=49,3 ± 9,1 anos), e de n= 63 olhos de voluntários para o grupo de diabetes mellitus (idade: M= 52,62 ± 12,17anos). Os voluntários foram selecionados no ambulatório da Unidade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá- UNIFAP, para o grupo de diabetes mellitus e na UNIFAP e por indicação dos próprios selecionados para o grupo de diabetes mellitus e funcionários da UNIFAP, para o grupo controle. 3.1 POPULAÇÕES DE ESTUDO Foram avaliados aspectos visuais de pessoas com história de DM com ou sem comprovação clínica de retinopatia diabética (RP) em diferentes tempos de doença. A escolha desse grupo deve-se ao fato do mesmo já estar participando de um programa de tratamento controle padrão e ter o acompanhamento por uma equipe multiprofissional, inclusive com oftalmologista. O critério central para inclusão neste estudo é a participação no programa de controle do DM da Unidade Básica de Saúde (UBS) da UNIFAP. Os critérios complementares considerados serão: ausência de alteração oftalmológica ou neuro-oftalmológica; ausência de determinadas doenças que potencialmente podem causar alterações no sistema visual tais como, hipertensão arterial, tratamento prolongado a base de cloroquina, alcoolismo crônico e doenças neurodegenerativas como doença de Parkinson e doença de Alzheimer, entre outras. 31 Foram retirados da amostra indivíduos que não atenderem algum dos critérios para admissão nesse estudo ou não participaram em algum dos testes psicofísicos estabelecidos para esse estudo. Após recrutamento na unidade básica de saúde Unifap, foi realizada anamnese do participante (Apêndice-A). O grupo com DM foi submetidos aos testes visuais para avaliação da Função de Sensibilidade ao Contraste de Espacial de Luminância (FSCEL) e capacidade de discriminação de cores pelo Teste de Farnsworth-Munsell de 100 Matizes (FM-100), sendo os dados obtidos usados para a realização de estudos comparativos do desempenho do sistema visual desses indivíduos através dos testes psicofísicos, exame de fundoscopia de olho, retinografia e controle metabólico do diabetes através do teste de glicemia de jejum e hemoglobina glicada (A1C). Todos os indivíduos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, e os que desistiram em participar do estudo, não lhes houve ônus algum ou qualquer outro prejuízo. 3.2 PROCEDIMENTOS INICIAIS Inicialmente, dois procedimentos oftalmológicos rotineiros foram realizados: o Teste de Acuidade Visual com os Optotipos de Snellen, que tem como objetivo medir a capacidade do sujeito quanto à discriminação visual de detalhes finos e de alto contraste, e o Teste de Discriminação de Cores com Pranchas Pseudoisocromáticas de Ishihara, usado para descartar deficiências congênitas da visão de cores dos tipos protan e deutan (ISHIHARA, 1997). Todos os participantes deste estudo foram submetidos aos testes de acuidade visual e de Ishihara. Para o teste de acuidade visual com os Optotipos de Snellen, onde as letras se apresentam em sequência horizontal (escala optométrica) o participante foi posicionado a uma distância de 6m e orientado a fazer a leitura pelas fileiras de letras maiores para as menores, sempre dizendo verbalmente que letra estava vendo. O teste foi feito monocularmente. O teste para defeitos congênitos de visão de cores utilizando as pranchas pseudoisocromáticas de Ishihara, também foi realizado monocularmente, distando às placas 75 cm do olho testado, onde o participante deveria informar verbalmente qual número estava vendo e o participante foi considerado normal quando apresentou no máximo 6 erros como reposta. Não houveram participantes daltônicos na amostra. Todos os participantes foram previamente esclarecidos a respeito do procedimento dos testes. 32 Cabe aqui ressaltar que o presente trabalho está em conformidade com as normas da resolução 19696 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996), e o mesmo foi submetido para apreciação e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFAP, sob o protocolo no. FR-278871/09 - CEP. Figura 18- Optótipos de Snellen Fonte: www.google.com Figura 19 - Pranchas de Ishihara Fonte: www.google.com Antes de se proceder aos exames psicofísicos foram realizado o exame de fundo do olho, com o auxilio de um oftalmoscópio para verificar a possibilidade de lesões retinianas de outras etiologias, retinografia e campimetria.Uma vez realizados os procedimentos oftalmológicos e o participante aprovado para participação no estudo, foi submetido aos testes de avaliação psicofísica do sistema visual. 33 3.3 TESTES PSICOFÍSICOS Para realização deste estudo, serão utilizados dois testes psicofísicos, o Teste de Ordenamento de Cores de Farnworth-Munsell e o Teste de Sensibilidade ao Contrate Espacial de Luminância. Estes testes foram desenvolvidos em computador no Laboratório de Neurofisiologia do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará e cedidos em colaboração aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos na Universidade Federal do Amapá. 3.3.1 Avaliação Psicofísica da Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância Os estímulos visuais que foram usados neste teste baseiam-se em estudos realizados na década de sessenta em estudos de quantificação da sensibilidade ao contraste de luminância do sistema visual humano (CAMPBELL e GREEN, 1965; CAMPBELL e GUBISCH 1966). Eles consistem em redes espaciais estacionárias e isocromáticas, moduladas senoidalmente ao longo de uma determinada direção da tela onde os estímulos são apresentados, a qual é posicionada a distâncias fixas, predeterminadas. Os testes compreenderam estímulos cromáticos e acromáticos desenvolvidos em linguagem de programação C++ para uso em microcomputadores dotados de placa gráfica de resolução espaço-temporal de alto desempenho com as seguintes especificações: processador intel core2 quadq8400775 motherboard p4775 gigabyte ep41ud3l memoria ddr2 800 2gb kingstonhd 500 gigabyte serial ata II 7200 rpm placa videopcie 1gb hd5770 monitor LCD 21,5 samsungecofit p2270 mswindows 7 professional 32bits. 34 Figura 20 - Exemplo de estímulo visual utilizado em testes psicofísicos que medem a Função de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância. Na coluna da esquerda estão demonstrados estímulos visuais em forma de redes senoidais estacionárias que aparecem nas telas de testes e na coluna da direita é demonstrado o aspecto gráfico das senóides para cada um dos padrões de estímulos visuais correspondentes. Schade (1956), Campbell e Green (1965) e Campbell e Robson (1968), entre outros (RODRIGUES, 2003). 0,2 cpg 0,5 cpg 0,8 cpg 1,0 cpg Embora o teste possa ser feito mono ou binocularmente, este trabalho utilizou a estimulação monocular, uma vez que as diferentes doenças que acometem o sistema visual humano podem afetar desigualmente e progredir diferentemente nos dois olhos. Os participantes foram testados posicionados a 3 metros de distância e condições de iluminação adequadas para o teste. Os estímulos foram redes senoidais verticais apresentados em 11 freqüências espaciais entre 0,2 ciclos/graus e 30 ciclos/grau. Os resultados foram mostrados em valores de sensibilidade ao contraste, correspondente ao inverso do contraste limiar. Para cada participante foi realizada uma medida de sensibilidade ao contraste em onze freqüências espaciais para cada olho, utilizando o método de ajuste ou escada, que consiste em mostrar o estímulo, depois diminuir o contraste de forma que o participante não visse mais o estímulo e posteriormente o contraste foi aumentado gradativamente pelo avaliador, até que se estabelecesse a percepção do menor limiar de sensibilidade ao contraste. Essa informação foi obtida, através da resposta verbal do participante, se estava vendo ou não o estímulo. Não 35 houve tempo estabelecido para a realização do teste. Sendo que antes de realizar o teste, o participante foi orientado acerca do teste. Figura 21- Representação gráfica do teste de luminância SENSIBILIDADE AO CONTRASTE DE LUMINÂNCIA ARA001019 D Sensibilidade ao contraste 1000 100 10 1 0.1 1 10 Freqüência espacial (cpg) 100 Fonte: Cortês 2003 Os resultados foram apresentados de forma numérica e gráfica. Onde, a representação gráfica expressará no eixo das ordenadas a sensibilidade ao contraste de luminância em função da freqüência espacial. Os valores numéricos da sensibilidade ao contraste foram expressos matematicamente em log10, para melhor representação gráfica. 3.3.2 Avaliação Psicofísica da Discriminação de Cores pelo Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell No presente estudo, foi usada uma versão computadorizada, em vez de 100 matizes, essa versão possui 85. Na descrição do teste, os estímulos foram exibidos na tela em quatro séries de 22 quadrados coloridos, isoluminantes entre si e em relação ao fundo, igualmente espaçados no diagrama da CIE, sendo apresentada uma série de cada vez. Os participantes foram testados monocularmente com estímulos de 1° de lado, distância da tela de 1m, saturação correspondente a uma pureza de cor de 30% e os participantes foram testados uma única vez, sem tempo estabelecido para a realização do teste. Nesse teste a tarefa do participante foi reordenar as peças coloridas da forma mais fidedigna a forma de apresentação do teste. As matizes foram mostradas de forma ordenada e explicado ao participante que as mesmas seriam distribuídas aleatoriamente, permanecendo na sequência de cores apenas a 36 primeira e a última cor, para servir de orientação ao participante durante o ordenamento. Durante o ordenamento das cores, nenhuma interferência do avaliador foi feita. Ao término de cada sequência foi permitido ao participante avaliar sua ordenação e fazer quantas alterações julgasse necessário. Figura 22- Seqüência de realização de uma série do teste FM 100. Em (A) visualiza-se a tela inicial de apresentação. Em (B), os estímulos desordenados, permanecendo fixos dois quadrados de modelo e orientação. Em (C), a seqüência sendo reordenada. A B C Fonte: Adaptado de GONÇALVES, 2006. Os resultados foram automaticamente computados e apresentados de forma gráfica e numérica, usando-se uma rotina implementada por software, baseada no manual de Dean Farnsworth (1954), onde, a forma gráfica apresentada é polar, a qual demonstra os erros cometidos nas diversas regiões do espaço de cor. Neste gráfico a distância a partir do centro representava o número de erros cometidos, enquanto a coordenada angular representava os matizes das cores a serem ordenadas. 37 Figura 23 - Representação gráfica do teste de Farnsworth- Munsell TESTE DE ORDENAMENTO DE CORES DE FARNSWORTH-MUNSELL 1 1 20 2 3 4 5 6 85 84 83 82 81 19 7 9 79 78 17 16 10 77 15 11 76 14 12 Ctr 31-45 anos (n = 33) Média Desvio padrão 80 18 8 75 13 13 74 12 14 73 11 10 15 72 Pureza = 30% Estímulo = 1º 9 16 71 8 7 17 70 6 18 69 5 4 19 68 3 20 67 R 21 66 P Y 22 65 23 64 B G 24 Erros: X = 65 D.P. = 29 63 25 62 26 61 27 60 28 59 29 58 30 57 31 56 32 55 33 54 34 Pontos médios: E = 27 D = 61 S = 80 I = 46 53 35 52 36 51 37 50 38 49 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 Fonte: Côrtes, 2003. 3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA 3.4.1 Índice de Correlação Linear de Pearson e teste-Tstudent Com intuito de avaliar a resposta visual alterada em função do tempo de doença, foi feita a correlação linear para indicar o quanto uma variável fixa (Diabete mellitus) estará influenciando as demais variáveis (tempo de doença). Esse índice de correlação também foi utilizado para correlacionar os valores de glicemia de jejum e hemoglobina glicada com o valor de erro e raiz do erro do teste FM-100 e correlacionar as mesmas variáveis com cada frequência espacial de luminância. Para avaliar as diferenças estatísticas entre os grupos de DM2 e controle, foi utilizado o teste paramétrico de comparação entre amostras independentes teste-tstudent. Foi considerado α=0,05. A realização dos testes estatísticos foram feitos com suporte do programa BioEstat 5.0. 3.4.2 Intervalos de confiança e de tolerância Com a finalidade de caracterizar uma amostra para que, a partir dos resultados obtidos, seja possível uma dada inferência a respeito da população que contém tal amostra. Para tanto, foram definidos valores normativos através de estudos estatísticos descritivos de amostras populacionais, utilizando os métodos de estimativas por intervalos de confiança. 38 Porém, como por diversas razões as características de uma amostra podem não representar as da população, esta diferença sempre impõe um erro de inferência. Por isto, somente quando este erro for estatisticamente tratável, tendo-se a exata idéia da probabilidade de se estar errando, é possível inferir resultados obtidos de uma amostra populacional, sendo a estimativa entendida como uma aproximação do dado verdadeiro que sempre contém um componente de incerteza. Deste modo, para o adequado tratamento de dados observacionais, torna-se necessário o estabelecimento de determinados critérios, como o grau de confiança e o erro padrão da estimativa, a fim de verificar se a inferência de uma estimativa pode levar (ou não) a conclusões equivocadas (ARANGO, 2005). Neste sentido, duas estimativas intervalares podem ser citadas: o intervalo de confiança e o intervalo de tolerância. O intervalo de confiança é calculado para estimar, por exemplo, entre que valores da amostra podem estar a média e/ou a variância (desconhecidas) de uma população. Por sua vez, o intervalo de tolerância apresenta os valores extremos no qual espera-se isolar uma proporção da população, sendo esses valores determinados a partir dos valores obtidos da amostra durante o estudo (ARANGO, 2005). 39 4 RESULTADOS Avaliou-se através de testes clínicos e psicofísicos o desempenho do sistema visual de participantes com histórico clínico de Diabetes mellitus. Este grupo de participantes compreendeu 32 pessoas, com idade média=52,62 ± 12,17 anos, o participante de nº 29 do referido grupo, possui visão monocular, pois, segundo informações colhidas na anamnese, a visão do olho direito foi perdida por ter apresentado retinopatia diabética, resultando assim, em um banco de dados de n=63 olhos, ao invés de n=64 olhos. A função visual destes participantes foi avaliada clinicamente por exames oftalmológicos em consultório clínico, compreendendo os exames de acuidade visual, fundo de olho e pressão intraocular,e em laboratório de estudos da função visual da UNIFAP, sendo realizada a medida da sensibilidade ao contraste espacial de luminância e determinação da capacidade de discriminação de cores. Para o grupo controle obteve-se um banco de dados de n=62 olhos, com idade média= 49,3± 9,1 anos. Os dados obtidos para os participantes com diabetes mellitus foram comparados aos dados de um grupo controle de mesma faixa etária. Ambos os grupos realizaram exames de controle metabólico do diabetes através do teste de glicemia de jejum e hemoglobina glicada (A1C). Para o grupo de diabetes mellitus, o objetivo desses exames laboratoriais foi verificar o controle da doença e quantificar possíveisdescompensações, já para o grupo controle o objetivo foi excluir a presença de pré-diabetes ou diabetes. Os dados descritos estão apresentados nas tabelas 1 e 2. 4.1 PROCEDIMENTOS INICIAIS Os participantes foram avaliados monocularmente, já que as alterações visuais em diabéticos podem acometer diferentemente os olhos. Preliminarmente aos testes psicofísicos em computador, foram realizadas as seguintes avaliações oftalmológicas de rotina: a determinação da acuidade visual por optotipos de Snellen; e a avaliação da presença de deficiências visuais hereditárias para cores, pelo uso das placas pseudoisocromáticas de Ishihara. Tais exames objetivaram verificar respectivamente a necessidade da realização de correção dióptrica quando a acuidade visual encontrava-se além de 20/30 e verificar a existência de deficiências hereditárias da visão de cores do tipo protanopia e deuteranopia, possibilitando desta forma descartar anormalidade visual decorrente dos dois problemas visuais citados. Além destes dois exames, foi realizado a retinografia computadorizada, para verificação da presença de retinopatia diabética, e avaliação do campo visual de 27 participantes com diabetes mellitus através da Campimetria Automática de Humphrey, mas, 40 devido este procedimento de avaliação não ter sido realizado para todos os participantes,seus resultados não serão apresentados aqui, estando os mesmos disponíveis na seção de Apêndice. Os mesmos procedimentos preliminares de avaliação visual empregado para os participantes com diabetes mellitus foram aplicados para os controles, com exceção ao exame de campo visual, retinografia e aferição da pressão intra-ocular. Tabela 1- Dados clínicos de 32 participantes (63 olhos) do grupo com diabetes mellitus tipo 2 representados pelo código do participante, idade, acuidade visual (A/V), glicemia de jejum, hemoglobina glicada (HA1C) e pressão intra ocular (PIO). Nº CÓDIGO IDADE A/V* GLICEMIA HA1C** PIO*** OD/OE DE JEJUM OD/OE ARN111222 56 20/20;20/25 106 5,9 16; 16 1 MTM111222 56 20/20;20/20 178 8,8 16; 16 2 MLO111220 45 20/20;20/20 298 9 20; 20 3 NVS111201 39 20/20; 20/30 **** **** **** 4 IMB110908 34 20/20; 2020 184 8 18; 18 5 MFP110902 45 20/30;20/40 202 9 22; 20 6 MLS110830 83 20/30;20/40 99 6 21; 21 7 MNF110916 50 20/30;20/30 146 7 16; 16 8 JBA110922 56 20/25;20/30 **** **** **** 9 JSF110923 59 20/30;20/30 **** **** **** 10 AMG111222 51 20/30;20/30 **** **** **** 11 EES110804 40 20/20;20/20 144 7,8 16; 16 12 JMS110614 54 20/20;20/20 134 8 20; 20 13 LSN110804 31 20/20;20/20 138 8,3 14; 14 14 MSN110825 56 20/25;20/25 98 6,1 20; 20 15 MNC110804 51 20/20;20/20 109 6 14; 14 16 PES110622 32 20/25;20/25 **** **** **** 17 ASL110617 45 20/20;20/20 69 6,2 16; 14 18 AMC110818 43 20/20;20/20 288 9,9 18; 18 19 RRP110915 53 20/25;20/25 200 8,2 18; 20 20 LCA111228 64 20/30;20/30 116 6,1 18; 20 21 BSR120109 64 20/25;20/40 132 6,9 16; 16 22 AMP120119 49 20/20;20/20 89 5,9 20; 18 23 MJF120119 52 20/20;20/20 96 6,6 22; 22 24 AMF110708 43 20/20;20/20 122 7,7 18; 20 25 MMC110630 53 20/25;20/20 81 5,5 18; 18 26 RNB110617 74 20/40;20/40 91 5,9 24; 24 27 UCA110621 70 20/100;20/30 113 6,6 30; 28 28 MCA110815 75 OE 20/40 96 5,9 OE 14 29 MJA110805 58 20/20; 20/20 115 6,6 16; 14 30 JFN120123 46 20/20; 20/20 134 6,9 20; 18 31 JMB110824 57 20/20; 20/20 102 6,8 19; 18 32 Fonte: Dados coletados na pesquisa.*AV OD/OE:acuidade visual olho direito e olho esquerdo; **HA1C:hemoglobina glicada; PIO:pressãointra-ocular;****não realizou teste/exame. Todos os participantes que apresentaram acuidade visual alterada foram corrigidos para o teste. 41 Tabela 2Dados clínicos de 31 participantes (62 olhos) do grupo controle representados pelo código do participante, idade, acuidade visual (A/), glicemia de jejum,ehemoglobina glicada (HA1C). Nº CÓDIGO IDADE A/V* HA1C** GLICEMIA OD/OE DE JEJUM AJR120216 51 20/15;20/15 *** *** 1 ALN120122 41 20/20; 20/20 5,9 96 2 JSS120122 41 20/13; 20/20 6 97 3 LCG110620 36 20/20; 20/15 6,2 90 4 MIT110722 37 20/15; 20/15 5,5 96 5 MLM120122 48 20/15; 20/15 5,5 92 6 RKF120224 47 20/20; 20/20 6,3 99 7 EMS120411 51 20/13; 20/15 6 99 8 JAN110715 51 20/20; 20/20 *** *** 9 LOR120404 60 20/15; 20/20 5,2 94 10 MCP120327 49 20/20; 20/20 *** *** 11 LCO120327 60 20/15; 20/20 5,9 98 12 MGS120330 51 20/20; 20/20 5 100 13 FCA110719 42 20/20; 20/20 5,6 98 14 MCA110715 45 20/20; 20/25 5,8 97 15 MJA110718 39 20/20; 20/20 *** *** 16 MJG120323 42 20/20; 20/20 6 95 17 RSF120326 31 20/20; 20/20 5,9 82 18 EBC120324 61 20/15; 20/15 6,2 96 19 GRS120329 62 20/15;20/20 5,9 89 20 IPC120326 61 20/15; 20/15 6 99 21 JAS120324 61 20/15; 20/15 *** *** 22 MCS120403 63 20/20; 20/20 5,6 96 23 NLD120404 62 20/20; 20/20 6,2 96 24 OMM120327 62 20/20; 20/20 5,6 84 25 MGL120121 47 20/20; 20/20 6,2 97 26 ACT110713 40 20/20; 20/20 *** *** 27 MMC110629 49 20/20; 20/20 *** *** 28 VSP110627 43 20/20; 20/20 *** *** 29 MFN120416 47 20/20; 20/20 5,9 97 30 RSB120416 51 20/20; 20/20 5 98 31 Fonte: Dados coletados na pesquisa.*AV OD/OE:acuidade visual olho direito e olho esquerdo; **HA1C:hemoglobina glicada;***não realizou teste/exame Apesar dos níveis de HA1C dos participantes do grupo controles apresentarem-se dentro dos parâmetros clínicos considerados normais, para a SBD (2011), alguns participantes estariam classificados com pré-diabetes, o que é uma informação epidemiológica importante, mesmo que essa condição não determine alteração visual. Na amostra foram encontrados 30 olhos sem retinopatia diabética e 20 olhos com retinopatia diabética e 13 olhos não foram analisados com retinografia. 42 4.2 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PSICOFÍSICA VISUAL Em seguida aos exames de rotina, o desempenho visual de participantes do grupo controle e participantes com diabetes mellitus foi avaliado pelos testes computadorizados de medida da função de sensibilidade ao contraste espacial de luminância (FSCEL) e avaliação da capacidade de discriminação de cores pelo teste de ordenamento de Farnsworth-Munsell. Ambos os grupos foram comparados com relação às suas médias aritméticas e a suposição de que os dados dos participantes com diabetes mellitus diferem dos controles é levantada em função da análise dos dados através do teste paramétrico de comparação entre amostras independentes t de Student. 4.2.1 Avaliação da Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância No Teste de Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância foram avaliados 32 participantes com diabetes mellitus e 31 participantes controles. Para a representação gráfica dos dados, foi determinado o intervalo de confiança e intervalo de tolerância, a partir dos controles testados. Na comparação entre os resultados de cada participante do grupo com DM e os limites de tolerância superior e inferior estabelecido para o grupo controle, conforme mostrado na figura 20, verificou-se que 31 olhos com diabetes mellitus (49,20%) de 63 olhos testados, apresentaram pelo menos uma frequência alterada. A média do grupo com diabetes mellitus apresentou-se abaixo do limite inferior do intervalo de confiança do grupo controle em todas as frequências testadas conforme mostra a figura 24. Percebe-se em ambos os gráficos (figura 24 e 25) que as alterações na resposta de sensibilidade ao contraste para o grupo com DM dão-se principalmente nas frequências médias em especial as frequências de 4 e 6 ciclos por grau. 43 Figura 24 - Gráfico expressando valores de sensibilidade ao contraste em função da frequência espacial com limites de tolerância (superior e inferior) estabelecidos a partir dos valores numéricos de 31 participantes do grupo controle.Os losangos representam os resultados de 31 olhos de participantes com DM (49,20%) de 63 testados, com pelo menos uma frequência espacial alterada. Fonte: Dados coletados na pesquisa. 44 Figura 25 - Curvas representativas de Intervalo de confiança superior e inferior (LCS e LCI) de 31 participantes do grupo controle e média dos participantes do grupo com DM. Nota-se a média, conforme representada em losangos, abaixo do Intervalo de Confiança do grupo controle em todas as frequências, principalmente nas frequências médias (4cpg e 6cpg) Fonte: Dados coletados na pesquisa. Correlação da Hemoglobina glicada e as frequências espaciais. A hemoglobina glicada foi comparada como uma variável independente de forma a mostrar a sua influência na resposta visual em 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contraste espacial acromático (variável fixa). Através do índice de correlação linear de Pearson,teste utilizado para a verificação de todas as correlações para esse estudo, para ver o tanto que essa variável influenciou nas frequências, observou-se que não existe correlação entre os parâmetros analisados. 45 Correlação da Glicemia de jejum e as frequências espaciais em cpg A correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre os valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais. Correlação entre tempo (meses) de doença e SCEL Apesar da hemoglobina glicada e a glicemia de jejum não mostrar nenhuma correlação pela análise com o teste de Pearson, verificou-se a correlação do tempo de doença de diabetes mellitus com alteração na resposta visual das frequências espaciais testadas. Como mostra a figura 28, observou-se que existe correlação entre tempo de doença e valores de sensibilidade ao contraste obtido pelo teste de sensibilidade ao contraste espacial de luminância, nas frequências de 0.5; 0.8; 2; 4; 6; 10 e 15 ciclos/grau. Figura 28 - Gráficos de correlação entre glicemia de jejum e as 11 frequências espaciais do teste FSCEL. Após análise dos dados com o índice de correlação de Pearson observou-se que não houve correlação entre os valores de glicemia de jejum e as freqüências espaciais, como representado nas figuras de 27(a) a 27(k). Figura 28 (c). Frequência espacial 0,8 Figura 28 (a) Frequência espacial 0,2 cpg e correlação com tempo de doença; cpg e correlação com tempo de doença; r (Pearson) = -0,2977;(p)=0,0178 r (Pearson) = -0,1351 Fonte: Dados coletados na pesquisa . Fonte: Dados coletados na pesquisa. 46 Figura 28 (b). Frequência espacial 0,5 cpg e correlação com tempo de doença; r (Pearson) = -0,0271;(p)=0,0316 Fonte: Dados coletados na pesquisa Figura 28 (e). Frequência espacial 2 cpg e correlação com tempo de doença; r (Pearson) = -0,2891;(p)=0,0215 Fonte: Dados coletados na pesquisa Figura 28 (d). Frequência espacial 1 cpg e correlação com tempo de doença; r (Pearson) = -0,0244 Fonte: Dados coletados na pesquisa Figura 28 (g). Frequência espacial 6 cpg e correlação com tempo de doença; r (Pearson) = -0,3441;(p)=0.0057 Fonte: Dados coletados na pesquisa. 47 Figura 28 (f). Frequência espacial 4 cpg e correlação com tempo de doença; r (Pearson) = -0,34321;(p)=0,0059 Fonte: Dados coletados na pesquisa. Figura 28 (h). Frequência espacial 10 cpg e correlação com tempo de doença; r (Pearson) = -0,2962;(p)=0,0183 Fonte: Dados coletados na pesquisa 48 Figura 28 (i). Frequência espacial 15 cpg e correlação com tempo de doença; r (Pearson) = -0,2502;(p)=0,0479 Fonte: Dados coletados na pesquisa. Figura 28 (j). Frequência espacial 20 cpg e correlação com tempo de doença; r (Pearson) = -0,2352 Fonte: Dados coletados na pesquisa. Figura 28 (k). Frequência espacial 30 cpg e correlação com tempo de doença; r (Pearson) = -0,1457 Fonte: Dados coletados na pesquisa. 49 4.2.2. Avaliação da Discriminação de Cores pelo Teste de Ordenamento de FarnsworthMunsell No Teste de Ordenamento de Cores de Farnsworth-Munsell (FM-100) foram avaliados 32 participantes com diabetes mellitus e 31 participantes do grupo controle. Na análise de comparação dos resultados entre os grupos, para a análise de cada participante do grupo com DM e os limites de tolerância superior e inferior definidos para o grupo controle,como mostrado na figura 25, verificou-se que 19 olhos com diabetes mellitus (30,15%) de 63 olhos com DM testados apresentaram valores de erro acima do limite de tolerância superior. Os demais participantes do grupo com DM apresentaram valores próximos ao limite superior de tolerância. É importante ressaltar que nenhum participante com DM apresentou valores de erro próximo ao limite inferior de tolerância estabelecido para os controles. Na análise da média do grupo com DM quando comparada aos limites inferior e superior de confiança estabelecido para o grupo controle (figuras 29), nota-se que a média do grupo com DM para o valor de erro foi bem acima do limite superior do intervalo de confiança do grupo controle. O valor da média de erro do grupo com DM foi de 165,41±84,08, estatisticamente diferente, depois de realizado teste t-student, dos erros do controle, que foi de 79,37±58,59 para p < 0,0001. 50 Figura 29. Limite de Tolerância para a raiz quadrada do valor de erro do FM-100 de 62 olhos de participantes do grupo controle. Os losangos representam 63 olhos de participantes com DM, dos quais, 19 olhos com diabetes mellitus (30,15%) testados apresentaram valores de erro acima do limite de tolerância superior. Fonte: Dados coletados na pesquisa. 51 Figura 30. Limites de confiança superior e inferior para a raiz do erro FM-100 de 62 olhos de participantes controles. Média de erro de olhos com DM foi de 165,41 (r2 =12,47) acima de limite de confiança superior do grupo controle, que foi de 79,37 (r2 =8).Após aplicação do teste-t para análise do valor do erro (raiz quadrada), verificou-se que existe diferença estatística entre os grupos DM e controle, pois, p (unilateral)= <0,0001 e p (bilateral) = <0,0001; intervalo de confiança de 95%. Fonte: Dados coletados na pesquisa. Foi realizada também a verificação da correlação dos valores da hemoglobina glicada e da glicemia de jejum dos participantes DM2 com o número de erros obtidos no teste de ordenamento de cores. Após a análise observou-se que não existe correlação entre os parâmetros analisados, conforme figuras 31 e 32. Já para a variável tempo de doença, observou-se uma correlação fraca entre os parâmetros analisados (figura 33). 52 Participantes que apresentaram maior tempo de doença, para esse grupo por volta de 40 meses, apresentaram maior quantidade de erros como pode ser observado alguns participantes no Apêndice K. Figura 31. Demonstração da correlação dos valores de hemoglobina glicada e o número de erros do F M-100. Fonte: Dados coletados na pesquisa. Figura 32. Demonstração da correlação dos valores de glicemia de jejum e o número de erros do F M100. Fonte: Dados coletados na pesquisa. 53 Figura 33. Demonstração de correlação do tempo de doença e o número de erros do F M-100. Fonte: Dados coletados na pesquisa. 4.2.3. Comparação entre os testes Após a realização de uma análise isolada, foi realizada também uma comparação entre os testes, onde observou-se que, dentre os pacientes com glicemia de jejum alterada, ou seja, descompensada, apresentaram piores resultados visuais nos testes de SCL, retinografia e acuidade visual. Após a análise estatística comparando o grupo de participantes com retinopatia diabética e sem retinopatia diabética, observou-se que não houve diferença estatística entre esses grupos. Existe diferença entre o grupo controle e diabetes mellitus tipo II. A maior parte dos pacientes com alterações de retina apresentaram glicemia descompensada os alterações nos testes de SCL e FM 100. A grande maioria dos olhos com alterações de SCL apresentaram acuidade visual alterada (64.5 %), glicemia descompensada (60%), alterações de retina (48%) e na visão de cores (45%). A grande maioria dos olhos com alteração em FM100 também apresentam alteração de SCL glicemia descompensada, alterações de acuidade e retina.Para os resultados supracitados ver figuras 34, 35, 36 e 37. 54 Figura 34. Comparação dos níveis de glicemia com os testes realizados Dos 37 (69.8 %) olhos de pacientes com glicemia de jejum alterada 29 de 37 , 78,37837838 % olhos testados Hb Glicosilada 12 de 37 , 32,43243243 % olhos testados Acuidade visual 6 de 37 , 16,21621622 % olhos testados Fundoscopia 14 de 37 , 37,83783784 % olhos testados Retinografia 3 de 37 , 8,108108108 % olhos testados PIO 17 de 37 , 45,94594595 % olhos testados FSCEL 10 de 37 , 27,02702703 % olhos testados FM-100 Os olhos de pacientes com glicemia descompensada apresentaram piores resultados visuais nos testes de FSCEL, retinografia e acuidade visual. Fonte: Dados coletados na pesquisa Figura 35. Comparação das alterações da retina com os testes realizados Dos 22 (41.6 %) de olhos com alterações na retina Glicemia de 15 de 22 , 68,18181818 % olhos testados jejum. 5 de 22 , 22,72727273 % olhos testados PIO. 12 de 22 , 54,54545455 % olhos testados HbGlic Acuidade 8 de 22 , 36,36363636 % olhos testados visual. 11 de 22 , 50 % olhos testados SCL. 9 de 22 , 40,90909091 % olhos testados FM-100. A maior parte dos pacientes com alterações de retina apresentaram glicemia descompensada; alterações nos testes de SCL e FM-100. Fonte: Dados coletados na pesquisa Figura 36. Comparação das alterações do teste de Sensibilidade ao contraste espacial de luminância Dos 31 (49.2 %) dos olhos de pacientes com alteração de SCL: 15 de 25 , 60 % olhos testados Glicemia de jejum. 12 de 25 , 48 % olhos testados HbGlic. 20 de 31 , 64,51612903 % olhos testados Acuidade visual. 6 de 25 , 24 % olhos testados PIO. Retinografia e/ou 12 de 25 , 48 % olhos testados Fundoscopia. 14 de 31 , 45,16129032 % olhos testados FM-100. A grandes maioria dos olhos com alterações de SCL apresentaram acuidade visual alterada (64.5 %), glicemia descompensada (60%), alterações de retina (48%) e na visão de cores (45%) Fonte: Dados coletados na pesquisa 55 Figura 37. Comparação das alterações do teste FM-100 Dos 19 (30.2 %) dos olhos de pacientes com alteração de FM-100 10 de 17 , 58,82352941 % olhos testados Glicemia de jejum. 8 de 17 , 47,05882353 % olhos testados HbGlic. 11 de 19 , 57,89473684 % olhos testados Acuidade visual. Retinografia e/ou 9 de 17 , 52,94117647 % olhos testados Fundoscopia. 3 de 17 , 17,64705882 % olhos testados PIO. 15 de 19 , 78,94736842 % olhos testados SCL. A grande maioria dos olhos com alteração em FM-100 também apresentam alteração de SCL, glicemia descompensada, alterações de acuidade e retina. Fonte: Dados coletados na pesquisa 56 5 DISCUSSÃO Diversos estudos relatam sobre diabetes, seus critérios de diagnóstico, sinais e sintomas e suas principais complicações como pé diabético, edema macular e a retinopatia diabética (RD) em função das complicações microvasculares. Muitos desses estudos, com relação às alterações visuais, compartilham da idéia de que quando a visão é afetada pelo DM, sendo geralmente as lesões já estão instaladas e muitas vezes o indivíduo diabético já estava doente e desconhecia o diagnóstico (ESTEVES et al.,2008; MAIA JUNIOR et al.,2007; BOSCO et al.,2004). Segundo Fong et al (2004), a perda visual devido a retinopatia diabética ocorre através de uma variedade de mecanismos, incluindo descolamento retiniano, pré-retiniano ou hemorragia vítrea, glaucoma neovascular associado, e edema macular ou não perfusão capilar.A presença da retinopatia diabética pode indicar disfunção micro circulatória em outros sistemas orgânicos (CHEUNG e WONG, 2008 e LIEW et al 2009). Esteves e colaboradores (2008) afirmam que os principais fatores de riscos para a RD são o mau controle glicêmico e pressórico e a maior duração do DM. Obviamente, o risco de perda visual devido à retinopatia diabética pode ser reduzido pelo efetivo controle da glicose sanguínea e pressão sanguínea e pela detecção precoce e tratamento oportuno. 5.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE DE SENSIBILIDADE AO CONTRASTE ESPACIAL DE LUMNÂNCIA Segundo Arden (1978), testar a sensibilidade ao contraste é o mais compreensivo método de estimar a qualidade da visão em comparação à medida da acuidade visual pelos cartões de Snellen. Pois estes últimos por apresentarem-se em alto contraste podem oferecer uma resposta não satisfatória quando comparados à sensibilidade ao contraste testado em diferentes níveis de contrastes. Brinchmann-Hansen e colaboradores (1993) correlacionam o teste de sensibilidade ao contraste mais fortemente com o grau de retinopatia diabética do que outro teste psicofísico da função visual. Eles são enfáticos em relatar que no diabetes, a sensibilidade ao contraste pode ser marcadamente reduzida apesar de acuidade visual normal. Medindo a função visual que refletem mudanças retinianas precoces este tipo de teste poderia potencialmente ser usado na detecção daquelas mudanças. No presente trabalho, os valores médios obtidos para o grupo com DM2 em relação ao grupo controle, apresentaram-se abaixo do intervalo de tolerância e intervalo de confiança, 57 onde 49,20% dos olhos testados apresentaram pelo menos uma frequência alterada. Vale ressaltar, que todas as frequências testadas estavam com média abaixo desses intervalos, principalmente as frequências médias de 4cpg e 6cpg, o que corrobora com vários achados na literatura. Gualtieri (2005) não encontrou diferença estatística no desempenho dos pacientes com e sem retinopatia diabética instalada, porém os limiares médios do grupo com retinopatia diabética foram maiores que do grupo sem retinopatia diabética, o que corrobora também com os achados do presente estudo, pois, apesar dos participantes não terem sidos separados em grupos com e sem retinopatia diabética, quando foi realizada a comparação entre os testes, observou-se que os olhos com alteração na retina, que compreendem 41,6% também apresentaram piores resultados para o teste FSCEL (figura 35). Ainda diz a autora que a não significância estatística entre os grupos com retinopatia e sem retinopatia diabética, está coerente com a idéia de origem neural para o dano funcional, o que pode inferir que a presença da retinopatia diabética não tem efeito significativo sobre a redução da sensibilidade ao contraste espacial de luminância, embora os limiares medidos no seu estudo tenham mostrado menores valores para o grupo com retinopatia diabética. Com o objetivo de determinar o efeito do diabetes na função retiniana interna e externa em pessoas com diabetes e retinopatia não detectável clinicamente ou com retinopatia diabética não proliferativa, Jackson e colaboradores (2011) ao estudarem a função retiniana de 35 adultos com retinopatia diabética não proliferativa e acuidade visual normal através da sensibilidade ao contraste e perimetria de frequência duplicada (PFD) observaram perdas em todas as medidas da função visual quando comparadas aos participantes com visão normal. A função retiniana interna medida pela PFD mostrou perda da função visual para pacientes com retinopatia diabética não proliferativa com 83% dos pacientes exibindo perdas clinicamente significantes. Ainda no presente estudo é importante ressaltar que a função de fotorreceptores bastonetes foi extremamente perdida com a maioria dos pacientes com retinopatia diabética não proliferativa exibindo perdas significantes para a sensibilidade visual adaptada ao escuro. Eles concluíram que ambas as funções retinianas internas e externas exibiram perdas relacionadas à RDNP. A perimetria de frequência duplicada e outros testes da função visual revelaram uma faixa expandida do diabetes induzindo danos até mesmo em pacientes com boa acuidade visual. Gartaganis e Colaboradores (2001) ao avaliarem a função de sensibilidade ao contraste para quatro frequências espaciais em 16 pacientes com perda no teste oral de tolerância a glicose segundo os critérios da OMS (1985) e comparado a 11 pessoas normais, observaram 58 perda estatisticamente significante de sensibilidade ao contraste e associado com perda no teste oral de tolerância a glicose (p < 0.001) em todas as frequências espaciais testadas, mesmo os grupos sendo similar em idade, acuidade visual e correção refrativa. Esses resultados sugerem dano funcional precoce de tecido vascular ou neuronal, presumindo assim o envolvimento da via óptica correlacionado a diabetes precoce. Os autores ainda afirmam que as bases fisiológicas para esses deficits ainda são desconhecidas. Durante a análise dos dados desse estudo, pode-se verificar que quando utilizado o índice de correlação de Pearson para correlacionar as 11 frequências espaciais com os índices de hemoglobina glicada e glicemia de jejum, não houve correlação entre os parâmetros analisados, o que está de acordo com o estudo de Gualtieri (2004), porém difere do estudo citado quando os valores das freqüências foram analisados com o tempo de doença, pois, no estudo citado não foi encontrada correlação com o tempo de doença e no presente estudo observou-se que existe essa correlação e ela apresentou-se nas freqüências 0,5; 0,8; 2; 4; 6; 10 e 15 ciclos por grau. Para essas frequência p< 0,05. Provavelmente essa alteração em várias freqüências não sendo específica para nenhuma delas, possa estar relacionada ao estudo feito por Arden (2001), onde o mesmo diz que a hipóxia do tecido retiniano pode ser a principal causa da redução da função visual em diabéticos e que essas alterações, provavelmente ocorrem antes que alterações de fundo de olho sejam perceptíveis ao exame oftalmológico. Segundo Santos e Simas (2001) a função de sensibilidade ao contraste e a acuidade visual, parecem formar os principais indicadores dos aspectos críticos da percepção visual, o que parece ser uma explicação coerente da diminuição desses parâmetros diante uma alteração morfofuncional, pois neste estudo os pacientes com pior acuidade visual apresentaram alterações do FSCEL. Para Esteves et al. (2008) e Bosco et al . (2004) apesar da hiperglicemia ser um fator de risco modificável, o mau controle glicêmico implica em sérios danos para os problemas oculares em indivíduos com diabetes, pois a permanência prolongada de maus níveis glicêmicos (glicemia de jejum e HbA1c) aumenta o risco para o surgimento da RD, ou agrava as lesões já existentes. Ainda dizem os autores que em apenas 3,5 anos após o DM2, a RD está presente em 12,6% dos pacientes e 8% dos indivíduos com pré-diabetes já apresentam RD. Misra et al., 2010 não encontrou diferença significativa na FSCEL entre os casos com e sem retinopatia diabética, porém esse estudo encontrou associação significativa entre a HA1C e a sensibilidades ao contraste, o que não foi observado no presente estudo. Para o autor esses 59 achados, implicam que a sensibilidade ao contraste é alterada pelo diabetes, mas não é afetada de forma crescente, de acordo com as alterações microvasculares, características da progressão da retinopatia diabética e que não teve efeito significativo sobre as alterações de SCEL. Ainda diz o autor, que as alterações relacionadas ao diabetes podem estar mais relacionadas a alterações da função da retina caudadas por distúrbios no metabolismo de hidratos de carbono, representados pela hemoglobina glicada. Nesse estudo foi observado que a maior parte dos participantes com alterações na retina apresentaram glicemia descompensada e alterações FSCEL e FM-100, o que parece estar relacionado ao que descreveram os autores supracitados. A perda da sensibilidade ao contraste na presença de diabetes com o sem retinopatia tem sido bem reconhecida, embora o tipo de perda de sensibilidade ao contraste não seja idêntica para todos os pacientes diabéticos (VERROTTI ET AL.; 1998). Segundo Marainie colaboradores (1994), a perda na sensibilidade ao contraste tem sido variavelmente atribuída a mudanças retinianas, mas também a mudanças no cristalino. E os fatores de riscos relacionados incluem a idade avançada, pressão arterial sistólica elevada, diabetes e nefropatia. 5.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE DEFARNSWORTH-MUNSELL FM-100 No teste FM-100, para a média dos participantes, verificou-se que 30,15% dos olhos com DM2, apresentaram valores de erro acima do limite de tolerância e confiança estabelecidos a partir do grupo controle, e após tratar esses dados estatisticamente com o teste-t, houve diferença estatística entre os grupos, p< 0,0001. Esses dados concordam com os de Santana et al. 2010, que também encontrou diferença estatística entre o grupo DM2 e controles. Esses achados diferem dos encontrados por Santana (2005) que não encontrou significância estatística entre os grupos, porém o presente estudo corrobora com a mesma autora e Gualtieri (2005) que assim como essa pesquisa, não encontrou correlação com a idade, glicemia capilar e hemoglobina glicada. Não há consenso na literatura com relação aos resultados dos testes visuais, em geral com os níveis de glicose sanguíneo e o controle metabólico recente, realizado pelos níveis de A1C. Alguns estudos encontraram correlação de perdas visuais com A1C descompensada (MENTONI et al.,1982; ZIZMAN e ADAMS, 1982; FROST-LARSEN,CHRISTIANSEN e PARVING,1983; KLEIN et al, 1984). 60 Em relação ao tempo de doença, o presente estudo encontrou uma correlação fraca para os parâmetros analisados, já Gualtieri (2005) e Santana (2005), encontraram uma correlação moderada para o tempo de doença e valores de erro do teste. FEITOSA-SANTANA et al (2010) encontram correlação com o tempo de doença, que corrobora com esse estudo, e com a hemoglobina glicada, achado esse que difere do estudo. O tempo de doença já vem sendo descrito na literatura como um fator relevante para o aparecimento de alterações da função visual assim como a piora dessas quando já existentes. Segundo Esteves et al. (2008), a duração do DM, facilmente identificada nos pacientes com DM1, é de difícil determinação nos pacientes com DM2, pois, estima-se que em pacientes com DM2, a doença já esteja presente há cerca de 4 a 7 anos em relação à época em que é feito o diagnóstico de DM. Essa observação explica a presença de RD já na ocasião do diagnóstico em pacientes com DM2. A redução da visão de cores, segundo Greenstein (2004) e Kurtenbach (2006), ocorre provavelmente a uma redução da sensibilidade dos fotorreceptores. Sendo assim a hiperglicemia e consequentemente a redução de oxigênio nos neurônios na retina, eleva os limiares dos fotorreceptores, reduzindo a sensibilidade de absorção dos mesmos. Pode ser que essa seja a explicação para os piores resultados do FM-100, terem sido para participantes com níveis glicêmicos descompensados. 61 6 CONCLUSÃO O diabetes indiscutivelmente é um agravo que limita o paciente em alguma fase da sua vida. Os estudos têm mostrado que um dos principais prejuízos a essa população é a cegueira proveniente da retinopatia diabética, porém antes mesmo da instalação da RD, é comum que os pacientes queixem-se de alterações visuais como: vista embaçada, turva, dificuldade em ler entre outras que, geralmente, ocorrem concomitantes a níveis glicêmicos descompensados. A literatura tem demonstrado que o mau controle glicêmico é um dos estopins para que surjam então as complicações. Nesse estudo a visão acromática foi mais sensível a doença, pois apresentou os piores resultados. A alteração se deu principalmente nas frequências espaciais médias que compreendem as frequências de 4cpg e 6cpg. Existe associação das alterações visuais com danos na retina, pois, dos 22 participantes com alteração na retina, que representaram 41,6% dos olhos testados, 11 apresentaram alterações no teste de SCEL e 9 no teste de ordenamento de cores FM-100. Apesar dos valores de glicemia não influenciarem os resultado dos exames psicofísicos, o tempo de doença apresentou relação com o resultado. Apresentado piores resultados os pacientes com mais tempo de doença. Mais pesquisas com paradigmas psicofísicos se fazem necessárias para esse grupo com a finalidade de melhor elucidação dos mecanismos e progressão das alterações visuais para indivíduos com diabetes mellitus tipo 2, pois, aspectos importantes como a relação aos resultados dos testes visuais, em geral com níveis glicêmicos e o controle metabólico recente representada pelos níveis de hemoglobina glicada, ainda não tem consenso na literatura. 62 REFERÊNCIAS ARANGO, H.G. Bioestatística- teórica e computacional. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. ARDEN, G. B. The importance of measuring contrast sensitivity in cases of visual disturbance.Br J Ophthalmol. 62:198–209, 1978. ARDEN, G. B. The absence of diabetic retinopathy in patients with retinitis pigmentosa: implications for pathophysiology and possible treatment..Br J Ophthalmol.2001; 85(3): 36670 BARAUNA, A.M.; CANTO, R.S.T.; OLIVEIRA, A.M.S.; SOARES, A.B.; SILVA, C.D.C.; CARDOSO, F.A.G. 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Acessado em: 02/01/2011. 67 ANEXOS 68 ANEXO 1- APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA 69 APÊNDICES 70 Apêndice -A FICHA DE ANAMNESE- AVALIAÇÃO VISUAL EM PACIENTES DM 1 Dados de Identificação Código: Nome completo: __________________________________________________ Endereço:_______________________________________________________ Contato: Fone Res:________________Cel: ( )_________________________ Sexo: F( ) M( ) Data de nascimento:_____/_____/_____ Idade : Data da avaliação: _____/_____/_____ Cor: Branco ( ) Pardo ( ) Negro ( ) Estado Civil: Solteiro ( ) Casado ( ) Escolaridade – Profissão atual – Profissão anterior – 2-Histórico Patologia:_________________ Índio ( ) Amarelo ( ) Viúvo ( ) Divorciado ( ) 71 Dificuldade em discriminar cores- sim ( ) não ( ) (S.I.C) Familiares com problemas em discriminar cores- sim ( ) não ( ) Doenças oculares – Doenças neurológicas – Tabagismo/ Etilismo – 3-Interrogatório Complementar Horário da última refeição- Controle da HAS – Controle Diabetes mellitus - Medicação em uso - 72 4-Doenças da fase adulta e infantil 5- Acuidade Visual – TESTE DE SNELLEN Condições de avaliação:_________________________________ OD = ____________________ OS = ____________________ 6- OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES 73 Teste de Ishihara das Lâminas Pseudoisocromáticas Tabela 1 – Planilha para acompanhamento do teste de Ishihara . Nº Normal Discriminação Resposta do Sujeito Deficiente Ausente 1 12 12 12 2 8 3 X 3 29 70 X 4 5 2 X 5 3 5 X 6 15 17 X 7 74 21 X 8 6 X X 9 45 X X 10 5 X X 11 7 X X 12 16 X X 13 73 X X 14 X 5 X 15 X 45 X Protan Deutan Grave Leve Grave leve X 16 26 6 26 2 26 X 17 42 2 42 4 42 X D S 74 Conclusão: TESTE DE SNELLEN Condições de avaliação:_________________________________ OD = ____________________ OS = ____________________ 75 76 Apêndice B - Dados de anamnese de participantes do grupo controle. CÓDIGO IDADE SEXO ESCOLARIDADE TABAGISMO ETILISMO AJR120216 ALN120122 JSS120122 LCG110620 MIT110722 MLM12012 2 RKF120224 EMS120411 JAN110715 LOR120404 MCP120327 LCO120327 MGS120330 FCA110719 MCA110715 MJA110718 MJG120323 RSF120326 EBC120324 GRS120329 IPC120326 JAS120324 MCS120403 51 39 41 37 37 48 M M M F F F 3º grau incompleto 3º grau 3º grau Mestrando Doutorado 3º grau Nega Nega Nega Nega Nega Nega Social Social Social Social Nega Social 47 51 51 60 49 60 51 42 45 39 42 31 61 62 61 61 63 F F M F F M F M F M F F M F F M F Pós-graduado Ensino médio Nega Nega Social Social Ensino médio Fundamental Ensino médio Ensino médio Ensino médio Fundamental Ensino médio Ensino médio Ensino médio Ensino médio Ensino médio Ensino médio Ensino médio Ensino médio Nega Nega Nega Nega Nega Social Nega Nega Nega Nega Nega Nega Sim + 10 anos Nega Nega P/30 anos abst 10 anos Nega Nega Social Nega Social Nega Nega Social OUTRAS DOENÇAS Asma 1980 AVEH* 77 NLD120404 OMM12327 62 62 F M Fundamental 3º GRAU MGL120121 47 F Pós-graduado latosensu Ensino médio Ensino médio 40 F ACT110713 49 F MMC11062 9 43 F Fundamental VSP110627 47 F Ensino médio MFN120416 51 F Ensino médio RSB120416 *Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico. Nega SIM + 30 ANOS Nega Nega Social - Nega - Nega Nega Nega Nega - Nega Nega Nega Nega Nega Nega - 78 Apêndice C - Dados de anamnese de participantes que compõem o grupo DIABETES. PACIENTES DIABÉTICOS ARN111222-56 MTM111222-56 MLO111220-45 NVS111201-39 IMB110908-34 MFP110902-45 IDADE SEXO ESCOLARIDADE TABAGISMO ETILISMO 56 56 45 39 34 45 M F F M F M FUNDAMENTAL INC FUNDAMENTAL INC ENSINO MÉDIO ENSINO MÉDIO ENSINO MÉDIO FUNDAMENTAL INC MLS110830-83 MNF110916-50 JBA110922-56 JSF110923-59 AMG111222-51 EES110804-40 JMS110614-54 LSN110804-31 MSN110825-56 MNC110804-51 PES110622-32 ASL110617-45 AMC110818-43 83 50 56 59 51 40 54 31 56 51 32 45 43 F F M M F F F M M F F M M ENSINO MÉDIO FUNDAMENTAL INC FUNDAMENTAL MÉDIO INC MÉDIO MÉDIO 3º GRAU 3º GRAU FUNDAMENTAL FUNDAMENTAL INC FUNDAMENTAL INC 3º GRAU FUNDAMENTAL RRP110915-53 53 F FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA NEGA NEGA SOCIALMENTE ABSTINÊNCIA HÁ 4 ANOS NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA SOCIALMENTE SOCIALMENTE SOCIALMENTE NEGA NEGA NEGA ABSTINÊNCIA HÁ 3 ANOS SOCIALMENTE LCA111228-64 BSR120109-64 64 64 F F FUNDAMENTAL INC FUNDAMENTAL INC NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA ABSTINÊNCIA HÁ 15 ANOS-INÍCIO 16a NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA ABSTINÊNCIA HÁ 8 ANOS-INÍCIO 15a ABSTINÊNCIA HÁ 3 ANOS-INÍCIO 15a NEGA NEGA NEGA NEGA OUTRAS DOENÇAS DISLIPIDEMIA AVC I? E? 79 AMP120119-49 MJF120119-52 AMF110708- 43 MMC110630- 53 RNB110617-74 UCA110621-70 MCA110815-75 49 52 43 53 74 70 75 M F M F F M F FUNDAMENTAL INC MÉDIO MÉDIO MÉDIO NÃO ALFABETIZADA FUNDAMENTAL FUNDAMENTAL NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA ABSTINÊNCIA HÁ 3 NEGA NEGA SOCIALMENTE NEGA NEGA NEGA MJA110805-58 JFN120123-46 JMB110824-57 MEDIA DP HOMENS MULHERES 58 46 57 52,625 12,17016 13 19 M F F MÉDIO 3º GRAU INC PÓS-GRADUADO NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA NEGA CAT ABR/2011 DISLIPIDEMIA GLAUCOMA ? PERDA VISÃO D 40,62% 59,38% Apêndice D – Dados clínicos dos participantes do grupo diabetes CÓDIGO ARN111222-56 D ARN111222-56 E MTM111222-56 D MTM111222-56 E MLO111220-45 D MLO111220-45 E NVS111201-39 D NVS111201-39 E RETINOGRAFIA PIO FUNDOSCOPIA ACUIDADE NORMAL NORMAL RETINOPATIA NORMAL NORMAL NORMAL - 16 16 16 16 20 20 - NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL - 20/20 20/25 20/20 20/20 20/20 20/20 20/20 20/30 TEMPO DOENÇA ANOS 3 3 4 4 80 IMB110908-34 D IMB110908-34 E MFP110902-45 D MFP110902-45 E MLS110830-83 D MLS110830-83 E MNF110916-50 D MNF110916-50 E JBA110922-56 D JBA110922-56 E JSF110923-59 D JSF110923-59 E AMG111222-51 D AMG111222-51 E EES110804-40 D EES110804-40 E JMS110614-54 D JMS110614-54 E LSN110804-31 D LSN110804-31 E MSN110825-56 D MSN110825-56 E MNC110804-51 D MNC110804-51 E PES110622-32 D NORMAL NORMAL NORMAL RETINOPATIA? NORMAL RETINOPATIA INSIPIENTE RETINOPATIA INSIPIENTE NORMAL RETINOPATIA INSIPIENTE RETINOPATIA INSIPIENTE NORMAL RETINOPATIA? NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL - 18 18 22 20 21 21 NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL 20/20 20/20 20/30 20/40 20/30 20/40 16 NORMAL 20/30 16 16 NORMAL NORMAL 20/30 20/25 20/30 20/30 20/30 20/30 20/30 20/20 16 NORMAL 20/20 20 20 14 14 20 20 14 14 - NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL - 20/20 20/20 20/20 20/20 20/25 20/25 20/20 20/20 20/25 5 11 40 18 5 2 7 3 2 1 6 3 2 81 16 14 18 18 18 NORMAL NORMAL CERATOSE? NORMAL NORMAL 20/25 20/20 20/20 20/20 20/20 20/25 20 NORMAL 20/25 18 OPACIDADE 20/30 20 OPACIDADE 20/30 16 16 20/25 20/40 1 20 NORMAL ATROFIA IRIANA NORMAL 20/20 1 18 NORMAL 20/20 MJF120119-52 D MJF120119-52 E AMF110708- 43 D AMF110708- 43 E MMC110630- 53 D MMC110630-53 E RNB110617-74 D NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL RETINOPATIA INSIPIENTE RETINOPATIA INSIPIENTE RETINOPATIA INSIPIENTE RETINOPATIA INSIPIENTE NORMAL CONSTRIÇÃO ARTERIOLAR RETINOPATIA INSIPIENTE RETINOPATIA INSIPIENTE NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL PO LASER RETINOPATIA RETINOPATIA 22 22 18 20 18 18 24 20/20 20/20 20/20 20/20 20/25 20/20 20/40 RNB110617-74 E RETINOPATIA 24 NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL NUBÉCULA NASAL NUBÉCULA NASAL PES110622-32 E ASL110617-45 D ASL110617-45 E AMC110818-43 D AMC110818-43 E RRP110915-53 D RRP110915-53 E LCA111228-64 D LCA111228-64 E BSR120109-64 D BSR120109-64 E AMP120119-49 D AMP120119-49 E 20/40 4 7 12 3 0,5 5 15 3 82 UCA110621-70 D UCA110621-70 E MCA110815-75 E MJA110805-58 D MJA110805-58 E JFN120123-46 D JFN120123-46 E JMB110824-57 D JMB110824-57 E RETINOPATIA RETINOPATIA RETINOPATIA COM DEGENERAÇÃO MACULAR NORMAL HEMORRAGIA POLO POST NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL 30 28 14 OPACIDADE OPACIDADE OPACIDADE NUCLEAR;ALT ERAÇÃO EPR 20/100 20/30 20/40 6 16 14 LESÃO PÁLIDA NORMAL 20/20 20/20 10 20 18 19 18 NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL 20/20 20/20 20/20 20/20 MEDIA DESVPAD 0,5 18 5 6,5625 7,719633536 Apêndice E – Dados numéricos de erros do FM 100 de participantes que compõem o grupo DM e participantes que compõem o grupo controle. CÓDIGO DM ARN111222-56 D ARN111222-56 E MTM111222-56 D MTM111222-56 E MLO111220-45 D MLO111220-45 E NVS111201-39 D ERRO FM100 116 132 80 56 152 224 64 RAIZ DO ERRO 10,8 11,5 9 7 12 15 8 GRUPO CONTROLE FCA110719-42 D FCA110719-42 E AJR120216-51 D AJR120216-51 E ALN120122-39 D ALN120122-39 E JSS120122-41 D ERRO FM100 52 52 52 48 44 44 60 RAIZ DO ERRO 7 7 7 7 7 7 8 83 NVS111201-39 E IMB110908-34 D IMB110908-34 E MFP110902-45 D MFP110902-45 E MLS110830-83 D 156 260 200 372 264 168 12 16 14,142 19 16 13 MLS110830-83 E MNF110916-50 D MNF110916-50 E JBA110922-56 D JBA110922-56 E JSF110923-59 D JSF110923-59 E AMG111222-51 D AMG111222-51 E EES110804-40 D EES110804-40 E JMS110614-54 D JMS110614-54 E LSN110804-31 D LSN110804-31 E MSN110825-56 D MSN110825-56 E MNC110804-51 D MNC110804-51 E PES110622-32 D PES110622-32 E 268 452 396 132 128 76 64 152 196 68 56 156 116 104 124 52 44 124 240 136 240 16 21 20 11 11 9 8 12 14 8 7 12 11 10 11 7 7 11 15 12 15 JSS120122-41 E LCG110620-35 D LCG110620-35 E MIT110722-37 D MIT110722-37 E MLM120122-48 D MLM120122-48 E RKF120224-47 D RKF120224-47 E MJG120323-42 D MJG120323-42 E RSF120326-31 D RSF120326-31 E EMS120411-51 D EMS120411-51 E MCP120327-49 D MCP120327-49 E LCO120327-60 D LCO120327-60 E EBC120324-61 D EBC120324-61 E GRS120329-62 D GRS120329-62 E IPC120326-61 D IPC120326-61 E JAS120324-61 D JAS120324-61 E 96 20 20 32 28 36 10 4 4 6 6 6 40 80 88 52 52 56 52 44 68 28 24 60 76 36 40 52 36 56 48 68 52 9 9 9 7 7 7 7 7 8 5 5 8 9 6 6 7 6 7 7 8 7 84 ASL110617-45 D ASL110617-45 E AMC110818-43 D 152 220 93 12 15 10 AMC110818-43 E 108 10 RRP110915-53 D RRP110915-53 E LCA111228-64 D LCA111228-64 E BSR120109-64 D BSR120109-64 E AMP120119-49 D 164 216 212 140 108 164 252 13 15 15 12 10 13 16 AMP120119-49 E 260 16 MJF120119-52 D MJF120119-52 E AMF110708- 43 D AMF110708- 43 E MMC110630- 53 D MMC110630-53 E RNB110617-74 D RNB110617-74 E UCA110621-70 D UCA110621-70 E MCA110815-75 E MJA110805-58 D MJA110805-58 E 180 176 144 156 80 100 176 264 152 144 340 196 160 13 13 12 12 9 10 13 16 12 12 18 14 13 MCS120403-63 D MCS120403-63 E OMM120327-62 D OMM120327-62 E MGL120121-47 D MGL120121-47 E ACT110713-40 D ACT110713-E JMB110721-53 D JMB110721-53E MMC110629-49 D MMC110629-49 E RCA110721-33 D RCA110721-33E RSM110811-38 D RSM110811-38E VSP110627-43 D VSP110627-43 E MFN120416 47 D MFN120416 47 E RSB120416-51 D RSB120416-51 E 28 24 60 5 5 8 36 6 64 73 116 140 128 140 200 8 9 11 12 11 12 14 292 17 144 40 140 240 176 200 108 144 128 132 12 6 12 15 13 14 10 12 11 11 85 JFN120123-46 D JFN120123-46 E JMB110824-57 D JMB110824-57 E Média Desvio Padrão 124 11 100 10 108 10 164 13 165,412698 12,4799757 Média 84,0847566 3,13348996 Desvio Padrão 79,375 58,5961719 8 2,899473 n da amostra p-valor g-valor a-valor z(1-p)/2 X2g,N-1 k Média desvio padrão 56 0,9 0,95 0,05 -1,645 38,958 1,972 79,375 58,5961719 8,489088 2,899473 LT superior LT inferior 194,912451 -36,162451 14,20615 2,77203 86 Apêndice F – Valores numéricos absolutos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de participantes que compõem o grupo de DM2. Paciente diabético ARN111222-56 D ARN111222-56 E MTM111222-56 D MTM111222-56 E MLO111220-45 D MLO111220-45 E NVS111201-39 D NVS111201-39 E IMB110908-34 D IMB110908-34 E MFP110902-45 D MFP110902-45 E MLS110830-83 D MLS110830-83 E MNF110916-50 D MNF110916-50 E JBA110922-56 D JBA110922-56 E JSF110923-59 D JSF110923-59 E AMG111222-51 D AMG111222-51 E EES110804-40 D EES110804-40 E 0,2 14,59 9,73 7,79 9,73 9,73 10,61 11,67 3,56 3,18 3,67 6,15 4,88 8,98 6,15 6,88 7,30 38,89 29,17 14,59 23,34 6,15 3,34 9,73 11,67 0,5 58,33 58,33 38,89 38,89 29,17 38,89 38,89 19,45 16,67 16,67 38,89 19,45 19,45 14,59 14,59 19,45 233,33 58,33 466,65 58,33 19,45 7,54 58,33 38,89 0,8 116,66 155,55 116,66 58,33 38,89 58,33 116,66 38,89 10,61 14,59 58,33 23,34 29,17 16,67 19,45 29,17 58,33 155,55 116,66 116,66 19,45 6,66 58,33 58,33 1 233,33 155,55 155,55 116,66 58,33 155,55 155,55 29,17 19,45 12,97 116,66 38,89 29,17 29,17 23,34 29,17 155,55 233,33 116,66 116,66 23,34 10,28 116,66 116,66 2 155,55 233,33 233,33 233,33 233,33 155,55 116,66 58,33 19,45 29,17 116,66 58,33 23,34 38,89 29,17 58,33 233,33 233,33 233,33 233,33 16,67 22,61 233,33 155,55 4 23,34 58,33 155,55 233,33 233,33 155,55 233,33 58,33 23,34 16,67 116,66 58,33 8,98 29,17 38,89 29,17 233,33 466,65 155,55 58,33 19,45 18,84 233,33 233,33 6 12,97 19,45 155,55 233,33 116,66 233,33 58,33 19,45 23,34 10,61 19,45 58,33 7,79 16,67 12,97 23,34 233,33 233,33 116,66 19,45 9,73 28,26 155,55 233,33 10 16,67 11,67 116,66 58,33 58,33 116,66 58,33 12,97 16,67 7,30 12,97 16,67 3,67 10,61 7,30 10,61 116,66 116,66 29,17 23,34 1,00 18,84 155,55 116,66 15 3,10 3,79 23,34 23,34 23,34 19,45 29,17 3,27 2,47 3,10 5,09 4,51 1,87 3,46 5,85 6,15 155,55 116,66 12,97 8,98 1,01 8,70 58,33 58,33 20 1,40 1,15 6,49 12,97 12,97 16,67 23,34 1,01 1,01 1,01 1,12 1,18 1,32 1,24 2,21 3,10 133,19 186,47 5,85 7,30 1,01 1,48 9,73 6,49 30 1,02 1,02 1,20 1,02 2,74 3,91 2,37 1,02 1,02 1,22 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 29,17 58,33 2,25 2,68 1,50 1,07 1,02 1,02 87 JMS110614-54 D JMS110614-54 E LSN110804-31 D LSN110804-31 E MSN110825-56 D MSN110825-56 E MNC110804-51 D MNC110804-51 E PES110622-32 D PES110622-32 E ASL110617-45 D ASL110617-45 E AMC110818-43 D AMC110818-43 E RRP110915-53 D RRP110915-53 E LCA111228-64 D LCA111228-64 E BSR120109-64 D BSR120109-64 E AMP120119-49 D AMP120119-49 E MJF120119-52 D MJF120119-52 E AMF110708- 43 D AMF110708- 43 E MMC110630- 53 D MMC110630-53 E 8,98 8,34 16,67 23,34 23,34 7,79 38,89 6,49 4,19 3,18 11,67 6,15 3,02 6,15 8,34 5,85 8,34 8,34 4,68 6,49 3,46 9,73 19,45 14,59 4,19 5,32 6,88 6,15 38,89 38,89 38,89 116,66 58,33 58,33 38,89 29,17 12,97 10,61 58,33 58,33 8,98 16,67 16,67 23,34 29,17 19,45 29,17 10,61 23,34 29,17 116,66 29,17 19,45 29,17 38,89 29,17 58,33 58,33 58,33 155,55 29,17 38,89 38,89 23,34 11,67 12,97 466,65 116,66 14,59 16,67 38,89 38,89 29,17 23,34 38,89 29,17 38,89 38,89 58,33 58,33 58,33 29,17 38,89 29,17 116,66 116,66 116,66 233,33 116,66 155,55 58,33 38,89 16,67 9,73 466,65 155,55 16,67 14,59 38,89 116,66 58,33 58,33 38,89 23,34 58,33 233,33 116,66 155,55 38,89 116,66 116,66 155,55 155,55 155,55 233,33 233,33 116,66 116,66 116,66 116,66 11,67 12,97 466,65 233,33 29,17 19,45 155,55 233,33 29,17 58,33 116,66 38,89 58,33 116,66 155,55 116,66 155,55 155,55 155,55 116,66 155,55 116,66 466,65 466,65 233,33 38,89 116,66 58,33 19,45 11,67 1000,00 233,33 58,33 38,89 38,89 466,65 19,45 116,66 116,66 29,17 116,66 58,33 155,55 233,33 233,33 233,33 155,55 116,66 116,66 116,66 466,65 1000,00 116,66 29,17 38,89 58,33 8,34 8,98 233,33 233,33 23,34 14,59 38,89 233,33 19,45 58,33 58,33 23,34 58,33 155,55 155,55 155,55 233,33 155,55 116,66 58,33 29,17 23,34 155,55 155,55 58,33 14,59 19,45 7,79 5,85 2,95 466,65 466,65 8,98 8,34 29,17 38,89 5,85 19,45 14,59 2,09 116,66 58,33 16,67 38,89 116,66 38,89 29,17 23,34 14,59 12,97 38,89 38,89 16,67 6,49 3,18 3,02 1,84 1,35 116,66 233,33 7,79 4,04 7,79 14,59 2,09 3,91 5,09 1,93 38,89 29,17 38,89 29,17 58,33 23,34 16,67 8,34 6,88 5,32 12,97 6,88 6,49 2,29 1,46 1,01 1,45 2,00 133,19 38,89 5,57 3,46 4,68 6,88 1,19 2,70 3,18 1,13 14,59 12,97 5,57 11,67 16,67 8,34 8,98 3,67 1,27 1,04 1,02 1,08 1,61 1,02 1,02 1,02 1,32 1,28 14,59 6,65 1,65 2,06 2,13 2,63 1,02 1,02 1,05 1,67 2,88 4,34 1,18 1,88 1,33 1,02 1,02 1,02 88 RNB110617-74 D RNB110617-74 E UCA110621-70 D UCA110621-70 E MCA110815-75 E MJA110805-58 D MJA110805-58 E JFN120123-46 D JFN120123-46 E JMB110824-57 D JMB110824-57 E Média Desvio Padrão 3,79 19,45 38,89 29,17 58,33 58,33 58,33 10,61 5,85 1,87 1,02 4,68 23,34 23,34 29,17 38,89 58,33 19,45 8,98 3,10 1,45 1,02 14,59 58,33 38,89 58,33 23,34 10,61 4,88 6,15 3,79 1,69 1,02 9,73 38,89 29,17 58,33 155,55 116,66 29,17 19,45 7,30 4,88 1,11 4,88 23,34 12,97 29,17 16,67 10,61 5,85 3,02 1,70 1,01 1,02 5,319 19,448 23,336 29,169 58,333 58,333 58,333 16,671 7,789 4,044 1,321 5,57 23,34 29,17 38,89 58,33 116,66 29,17 29,17 11,67 5,85 1,82 4,88 29,17 58,33 155,55 116,66 155,55 155,55 116,66 1,01 1,01 1,02 6,49 38,89 58,33 155,55 155,55 155,55 155,55 38,89 6,88 2,34 1,02 7,30 38,89 38,89 58,33 1000,00 116,66 116,66 38,89 9,73 8,34 1,02 6,49 23,34 23,34 29,17 58,33 116,66 58,33 23,34 16,67 2,64 1,02 9,766036 44,21017 55,78322 93,28866 136,0999 142,3761 106,7924 53,92087 22,78093 12,77677 3,064722 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 Apêndice G– Valores numéricos absolutos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de participantes que compõem o grupo controle. CÓDIGOS PARTICIPANTES CONTROLES AJR120216-51 D AJR120216-51 E ALN120122-39 D ALN120122-39 E JSS120122-41 D JSS120122-41 E 0,2 16,67 11,67 16,67 12,97 23,34 29,17 0,5 0,8 1 2 4 6 10 58,33 38,89 116,66 38,89 116,66 155,55 116,66 116,66 116,66 58,33 116,66 116,66 155,55 116,66 155,55 116,66 155,55 233,33 233,33 155,55 233,33 233,33 233,33 233,33 116,66 155,55 233,33 233,33 233,33 233,33 58,33 155,55 233,33 233,33 116,66 155,55 23,34 58,33 116,66 155,55 58,33 29,17 15 20 30 6,15 23,34 38,89 58,33 19,45 10,61 5,85 11,67 19,45 23,34 4,88 2,10 1,38 2,81 1,40 2,21 1,24 1,50 89 LCG110620-37 D LCG110620-37 E MIT110722-37 D MIT110722-37 E MLM120122-48 D MLM120122-48 E RKF120224-47 D RKF120224-47 E EMS120411-51 D EMS120411-51 E JAN110715-51 D JAN110715-51 E LOR120404-60 D LOR120404-60 E MCP120327-49 D MCP120327-49 E LCO120327-60 D LCO120327-60 E MGS120330-51 D MGS120330-51 E FCA110719-42 D FCA110719-42 E MCA110715-45 D MCA110715-45 E MJA110718-39 D MJA110718-39 E MJG120323-42 D MJG120323-42 E 23,34 38,89 23,34 58,33 14,59 16,67 8,343 11,67 8,34 6,15 8,34 5,57 23,34 16,67 11,67 14,59 8,34 11,67 8,34 16,67 6,88 6,88 4,88 5,85 16,67 16,67 14,59 14,59 116,66 116,66 233,33 466,65 58,33 58,33 38,890 38,89 58,33 23,34 29,17 29,17 116,66 38,89 58,33 29,17 38,89 38,89 58,33 29,17 58,33 29,17 14,59 38,89 38,89 38,89 58,33 58,33 58,33 116,66 155,55 233,33 58,33 116,66 38,890 58,33 58,33 58,33 38,89 23,34 116,66 58,33 58,33 58,33 58,33 58,33 29,17 58,33 58,33 58,33 19,45 58,33 116,66 58,33 58,33 58,33 155,55 116,66 466,65 466,65 155,55 58,33 58,333 58,33 116,66 155,55 58,33 58,33 233,33 116,66 116,66 116,66 58,33 116,66 116,66 233,33 116,66 58,33 58,33 58,33 58,33 116,66 58,33 116,66 466,65 233,33 233,33 466,65 155,55 155,55 116,663 116,66 155,55 155,55 116,66 58,33 155,55 155,55 116,66 233,33 155,55 233,33 233,33 233,33 155,55 116,66 116,66 233,33 233,33 155,55 116,66 155,55 466,65 233,33 233,33 466,65 155,55 155,55 116,663 116,66 233,33 233,33 116,66 116,66 233,33 233,33 116,66 233,33 116,66 233,33 116,66 233,33 155,55 155,55 116,66 466,65 233,33 233,33 116,66 116,66 233,33 233,33 233,33 233,33 155,55 58,33 116,663 116,66 155,55 155,55 155,55 23,34 116,66 155,55 116,66 233,33 155,55 155,55 116,66 155,55 116,66 116,66 58,33 233,33 466,65 116,66 155,55 155,55 116,66 116,66 58,33 116,66 116,66 19,45 38,890 23,34 58,33 155,55 58,33 5,85 58,33 38,89 29,17 38,89 58,33 155,55 58,33 116,66 29,17 38,89 19,45 29,17 155,55 58,33 58,33 58,33 29,17 38,89 58,33 58,33 29,17 12,97 6,495 11,67 23,34 38,89 16,67 3,27 19,45 23,34 19,45 12,97 19,45 58,33 19,45 58,33 14,59 38,89 23,34 29,17 58,33 19,45 23,34 29,17 8,98 9,73 29,17 29,17 19,45 3,27 3,786 5,32 8,98 29,17 6,49 3,02 4,88 3,36 9,73 8,98 14,59 23,34 11,67 12,97 5,32 16,67 3,27 9,73 29,17 11,67 19,45 14,59 1,02 1,02 6,65 11,67 3,36 1,23 1,024 1,17 4,51 4,68 2,52 1,74 2,21 3,46 2,25 2,42 1,96 1,28 1,93 3,67 1,40 2,68 3,10 2,10 7,30 3,46 3,46 3,91 90 RSF120326-31 D RSF120326-31 E EBC120324-61 D EBC120324-61 E GRS120329-62 D GRS120329-62 E IPC120326-61 D IPC120326-61 E JAS120324-61 D JAS120324-61 E MCS120403-63 D MCS120403-63 E NLD120404-62 D NLD120404-62 E OMM120327-62 D OMM120327-62 E MGL120121-47 D MGL120121-47 E ACT110713-40 D ACT110713-E MMC110629-49 D MMC110629-49 E VSP110627-43 D VSP110627-43 E MFN120416 47 D MFN120416 47 E RSB120416-51 D RSB120416-51 E 14,59 8,34 38,89 29,17 7,30 8,34 6,88 8,34 38,89 12,97 11,67 14,59 8,98 12,97 16,67 7,30 38,89 23,34 4,19 4,51 4,51 5,57 5,09 8,98 4,88 3,56 8,98 9,73 29,17 29,17 155,55 116,66 58,33 58,33 116,66 58,33 233,33 116,66 58,33 29,17 58,33 29,17 155,55 58,33 116,66 116,66 23,34 14,59 19,45 29,17 23,34 29,17 19,45 23,34 38,89 23,34 38,89 58,33 233,33 116,66 58,33 58,33 116,66 58,33 58,33 233,33 58,33 58,33 38,89 58,33 233,33 116,66 58,33 155,55 116,66 29,17 29,17 58,33 58,33 58,33 19,45 23,34 29,17 38,89 58,33 58,33 233,33 155,55 155,55 233,33 233,33 116,66 155,55 466,65 116,66 116,66 58,33 116,66 155,55 58,33 155,55 233,33 155,55 38,89 29,17 116,66 58,33 58,33 23,34 16,67 58,33 58,33 155,55 233,33 233,33 233,33 233,33 233,33 233,33 155,55 466,65 466,65 116,66 233,33 116,66 233,33 233,33 233,33 466,65 466,65 233,33 58,33 58,33 155,55 58,33 58,33 29,17 38,89 116,66 155,55 233,33 233,33 233,33 233,33 233,33 466,65 233,33 233,33 466,65 466,65 116,66 233,33 116,66 155,55 233,33 233,33 466,65 466,65 155,55 29,17 58,33 233,33 155,55 58,33 38,89 116,66 155,55 233,33 155,55 155,55 116,66 466,65 116,66 233,33 155,55 155,55 466,65 466,65 116,66 233,33 58,33 155,55 233,33 155,55 466,65 233,33 38,89 4,68 14,59 116,66 29,17 38,89 23,34 58,33 116,66 116,66 116,66 155,55 58,33 116,66 38,89 116,66 155,55 116,66 155,55 155,55 29,17 38,89 29,17 38,89 155,55 58,33 233,33 233,33 14,59 6,88 16,67 12,97 29,17 12,97 10,61 11,67 58,33 116,66 19,45 38,89 16,67 38,89 14,59 29,17 29,17 58,33 29,17 58,33 19,45 12,97 8,34 14,59 12,97 16,67 116,66 233,33 6,88 1,99 9,73 16,67 1,08 4,04 4,68 3,56 19,45 38,89 8,34 11,67 9,73 19,45 8,34 12,97 14,59 8,98 8,98 29,17 9,73 8,98 3,79 5,85 7,30 10,61 133,19 38,89 4,88 1,32 2,34 7,79 2,00 1,01 2,10 3,91 16,67 16,67 2,88 3,36 3,18 4,51 1,44 6,29 1,69 1,82 4,68 3,36 2,25 2,42 2,21 1,02 1,28 2,81 38,89 29,17 2,29 1,02 1,05 1,02 2,47 1,46 1,36 1,35 5,42 4,88 91 Média Desvio Padrão 15,16427 74,39991 83,13199 138,3246 208,083 221,8981 171,8193 77,37719 30,7893 13,89667 3,839564 10,84298 72,81717 53,01097 96,57428 105,2199 113,8378 110,8872 57,45216 34,06822 18,19871 6,168629 Apêndice H- Valores numéricos logarítmicos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de participantes que compõem o grupo de DM. Diabetes ARN111222-56 D ARN111222-56 E MTM11222-56 D MTM111222-56 E MLO111220-45 D MLO111220-45 E NVS111201-39 D NVS111201-39 E IMB110908-34 D IMB110908-34 E MFP110902-45 D MFP110902-45 E MLS110830-83 D MLS110830-83 E MNF110916-50 D MNF110916-50 E JBA110922-56 D JBA110922-56 E JSF110923-59 D 0,2 1,164018 0,988148 0,891461 0,988148 0,988148 1,025873 1,067207 0,551398 0,502468 0,564586 0,789172 0,688304 0,953454 0,789172 0,837279 0,863517 1,589835 1,464916 1,164018 0,5 1,765913 1,765913 1,589835 1,589835 1,464916 1,589835 1,589835 1,288879 1,221969 1,221969 1,589835 1,288879 1,288879 1,164018 1,164018 1,288879 2,367962 1,765913 2,668992 0,8 2,066932 2,191874 2,066932 1,765913 1,589835 1,765913 2,066932 1,589835 1,025873 1,164018 1,765913 1,36803 1,464916 1,221969 1,288879 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 1 2,367962 2,191874 2,191874 2,066932 1,765913 2,191874 2,191874 1,464916 1,288879 1,112912 2,066932 1,589835 1,464916 1,464916 1,36803 1,464916 2,191874 2,367962 2,066932 2 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 2,066932 1,765913 1,288879 1,464916 2,066932 1,765913 1,36803 1,589835 1,464916 1,765913 2,367962 2,367962 2,367962 4 1,36803 1,765913 2,191874 2,367962 2,367962 2,191874 2,367962 1,765913 1,36803 1,221969 2,066932 1,765913 0,953454 1,464916 1,589835 1,464916 2,367962 2,668992 2,191874 6 1,112912 1,288879 2,191874 2,367962 2,066932 2,367962 1,765913 1,288879 1,36803 1,025873 1,288879 1,765913 0,891461 1,221969 1,112912 1,36803 2,367962 2,367962 2,066932 10 1,221969 1,067207 2,066932 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 1,112912 1,221969 0,863517 1,112912 1,221969 0,564586 1,025873 0,863517 1,025873 2,066932 2,066932 1,464916 15 0,491088 0,578203 1,36803 1,36803 1,36803 1,288879 1,464916 0,51417 0,391927 0,491088 0,706659 0,653815 0,271659 0,538615 0,767003 0,789172 2,191874 2,066932 1,112912 20 0,146924 0,062419 0,812552 1,112912 1,112912 1,221969 1,36803 0,004318 0,004318 0,004318 0,04854 0,07324 0,120518 0,09212 0,344553 0,491088 2,124476 2,270606 0,767003 30 0,010282 0,010282 0,080977 0,010282 0,438489 0,592278 0,374717 0,010282 0,010282 0,08477 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 1,464916 1,765913 0,352467 92 JSF110923-59 E AMG111222-51 D AMG111222-51 E EES110804-40 D EES110804-40 E JMS110614-54 D JMS110614-54 E LSN110804-31 D LSN110804-31 E MSN110825-56 D MSN110825-56 E MNC110804-51 D MNC110804-51 E PES110622-32 D PES110622-32 E ASL110617-45 D ASL110617-45 E AMC110818-43 D AMC110818-43 E RRP110915-53 D RRP110915-53 E LCA111228-64 D LCA111228-64 E BSR120109-64 D BSR120109-64 E AMP120119-49 D AMP120119-49 E MJF120119-52 D 1,36803 0,789172 0,523898 0,988148 1,067207 0,953454 0,921344 1,221969 1,36803 1,36803 0,891461 1,589835 0,812552 0,621925 0,502468 1,067207 0,789172 0,480014 0,789172 0,921344 0,767003 0,921344 0,921344 0,670709 0,812552 0,538615 0,988148 1,288879 1,765913 1,288879 0,8775 1,765913 1,589835 1,589835 1,589835 1,589835 2,066932 1,765913 1,765913 1,589835 1,464916 1,112912 1,025873 1,765913 1,765913 0,953454 1,221969 1,221969 1,36803 1,464916 1,288879 1,464916 1,025873 1,36803 1,464916 2,066932 2,066932 1,288879 0,823261 1,765913 1,765913 1,765913 1,765913 1,765913 2,191874 1,464916 1,589835 1,589835 1,36803 1,067207 1,112912 2,668992 2,066932 1,164018 1,221969 1,589835 1,589835 1,464916 1,36803 1,589835 1,464916 1,589835 1,589835 1,765913 2,066932 1,36803 1,012009 2,066932 2,066932 2,066932 2,066932 2,066932 2,367962 2,066932 2,191874 1,765913 1,589835 1,221969 0,988148 2,668992 2,191874 1,221969 1,164018 1,589835 2,066932 1,765913 1,765913 1,589835 1,36803 1,765913 2,367962 2,066932 2,367962 1,221969 1,354258 2,367962 2,191874 2,191874 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 2,066932 2,066932 2,066932 1,067207 1,112912 2,668992 2,367962 1,464916 1,288879 2,191874 2,367962 1,464916 1,765913 2,066932 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 1,765913 1,288879 1,275096 2,367962 2,367962 2,191874 2,066932 2,668992 2,668992 2,367962 1,589835 2,066932 1,765913 1,288879 1,067207 3 2,367962 1,765913 1,589835 1,589835 2,668992 1,288879 2,066932 2,066932 1,464916 2,066932 1,765913 2,191874 1,288879 0,988148 1,451152 2,191874 2,367962 2,066932 2,066932 2,668992 3 2,066932 1,464916 1,589835 1,765913 0,921344 0,953454 2,367962 2,367962 1,36803 1,164018 1,589835 2,367962 1,288879 1,765913 1,765913 1,36803 1,765913 2,191874 2,191874 1,36803 0,001375 1,275096 2,191874 2,066932 1,464916 1,36803 2,191874 2,191874 1,765913 1,164018 1,288879 0,891461 0,767003 0,469231 2,668992 2,668992 0,953454 0,921344 1,464916 1,589835 0,767003 1,288879 1,164018 0,319776 2,066932 1,765913 1,221969 0,953454 0,004305 0,939546 1,765913 1,765913 1,164018 1,112912 1,589835 1,589835 1,221969 0,812552 0,502468 0,480014 0,265256 0,129658 2,066932 2,367962 0,891461 0,606841 0,891461 1,164018 0,319776 0,592278 0,706659 0,2848 1,589835 1,464916 1,589835 0,863517 0,004318 0,170148 0,988148 0,812552 0,837279 0,725841 1,112912 0,837279 0,812552 0,360543 0,165727 0,004318 0,16093 0,300173 2,124476 1,589835 0,745926 0,538615 0,670709 0,837279 0,076929 0,431828 0,502468 0,051953 1,164018 1,112912 0,745926 0,428737 0,175521 0,028026 0,010282 0,010282 0,104425 0,016365 0,010282 0,035246 0,206638 0,010282 0,010282 0,010282 0,121034 0,1085 1,164018 0,822944 0,217638 0,314409 0,32919 0,419215 0,010282 0,010282 0,02257 0,223265 0,458724 0,63757 0,073521 93 MJF120119-52 E AMF110708- 43 D AMF110708- 43 E MMC110630- 53 D MMC110630-53 E RNB110617-74 D RNB110617-74 E UCA110621-70 D UCA110621-70 E MCA110815-75 E MJA110805-58 D MJA110805-58 E JFN120123-46 D JFN120123-46 E JMB110824-57 D JMB110824-57 E Média Desvio Padrão 1,164018 1,464916 1,765913 2,191874 2,066932 2,367962 2,191874 0,621925 1,288879 1,765913 1,589835 2,191874 2,367962 2,367962 1,589835 2,066932 1,464916 1,765913 1,067207 1,221969 0,273195 0,125318 0,725841 1,464916 1,464916 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 0,837279 1,589835 1,589835 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,589835 1,464916 1,36803 1,221969 0,921344 0,953454 0,010282 0,010282 0,789172 1,464916 1,464916 2,191874 2,066932 2,066932 1,765913 1,36803 0,921344 0,564586 0,010282 0,578203 0,670709 1,164018 0,988148 0,688304 0,725841 0,745926 0,688304 0,812552 0,863517 0,812552 0,899849 0,26424 1,025873 0,953454 0,789172 1,288879 0,480014 1,221969 1,464916 2,066932 1,589835 1,589835 1,36803 1,390154 0,549446 0,767003 0,491088 0,578203 0,863517 0,230186 0,891461 1,067207 0,004305 0,837279 0,988148 1,221969 0,983174 0,552821 0,271659 0,16093 0,22898 0,688304 0,004318 0,606841 0,767003 0,004318 0,368788 0,921344 0,422194 0,63659 0,542513 0,010282 0,010282 0,010282 0,045163 0,010282 0,121034 0,260394 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 0,193582 0,343961 1,288879 1,36803 1,765913 1,589835 1,36803 1,288879 1,36803 1,464916 1,589835 1,589835 1,36803 1,496691 0,308991 1,589835 1,36803 1,589835 1,464916 1,112912 1,36803 1,464916 1,765913 1,765913 1,589835 1,36803 1,601923 0,334238 1,464916 1,464916 1,765913 1,765913 1,464916 1,464916 1,589835 2,191874 2,191874 1,765913 1,464916 1,811953 0,3946 1,765913 1,589835 1,36803 2,191874 1,221969 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 3 1,765913 1,957234 0,41778 1,765913 1,765913 1,025873 2,066932 1,025873 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 2,066932 1,929844 0,470124 1,765913 1,288879 0,688304 1,464916 0,767003 1,765913 1,464916 2,191874 2,191874 2,066932 1,765913 1,741614 0,524273 94 Apêndice I- Valores numéricos logarítmicos das 11 frequências espaciais do teste de sensibilidade ao contrate espacial de luminância de participantes que compõem o grupo de controle. CÓDIGOS CONTROLES AJR120216-51 D AJR120216-51 E ALN120122-39 D ALN120122-39 E JSS120122-41 D JSS120122-41 E LCG110620-37 D LCG110620-37 E MIT110722-37 D MIT110722-37 E MLM20122-48 D MLM120122-48 E RKF120224-47 D RKF120224-47 E EMS120411-51 D EMS120411-51 E JAN110715-51 D JAN110715-51 E LOR120404-60 D LOR120404-60 E MCP120327-49 D MCP120327-49 E LCO120327-60 D 0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30 1,221969 1,067207 1,221969 1,112912 1,36803 1,464916 1,36803 1,589835 1,36803 1,765913 1,164018 1,221969 0,921344 1,067207 0,921344 0,789172 0,921344 0,745926 1,36803 1,221969 1,067207 1,164018 0,921344 1,765913 1,589835 2,066932 1,589835 2,066932 2,191874 2,066932 2,066932 2,367962 2,668992 1,765913 1,765913 1,589835 1,589835 1,765913 1,36803 1,464916 1,464916 2,066932 1,589835 1,765913 1,464916 1,589835 2,066932 2,066932 2,066932 1,765913 2,066932 2,066932 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 1,765913 2,066932 1,589835 1,765913 1,765913 1,765913 1,589835 1,36803 2,066932 1,765913 1,765913 1,765913 1,765913 2,191874 2,066932 2,191874 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 2,066932 2,668992 2,668992 2,191874 1,765913 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 1,765913 1,765913 2,367962 2,066932 2,066932 2,066932 1,765913 2,367962 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,668992 2,367962 2,367962 2,668992 2,191874 2,191874 2,066932 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 1,765913 2,191874 2,191874 2,066932 2,367962 2,191874 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,668992 2,367962 2,367962 2,668992 2,191874 2,191874 2,066932 2,066932 2,367962 2,367962 2,066932 2,066932 2,367962 2,367962 2,066932 2,367962 2,066932 1,765913 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 1,765913 2,066932 2,066932 2,191874 2,191874 2,191874 1,36803 2,066932 2,191874 2,066932 2,367962 2,191874 1,36803 1,765913 2,066932 2,191874 1,765913 1,464916 2,066932 2,066932 1,765913 2,066932 2,066932 1,288879 1,589835 1,36803 1,765913 2,191874 1,765913 0,767003 1,765913 1,589835 1,464916 1,589835 1,765913 0,789172 1,36803 1,589835 1,765913 1,288879 1,025873 1,464916 1,589835 1,765913 1,765913 1,464916 1,112912 0,812552 1,067207 1,36803 1,589835 1,221969 0,51417 1,288879 1,36803 1,288879 1,112912 1,288879 0,767003 1,067207 1,288879 1,36803 0,688304 0,321729 0,953454 0,988148 1,464916 1,464916 1,288879 0,51417 0,578203 0,725841 0,953454 1,464916 0,812552 0,480014 0,688304 0,526212 0,988148 0,953454 1,164018 0,138506 0,448481 0,147589 0,344553 0,092491 0,175521 0,010282 0,010282 0,822944 1,067207 0,526212 0,088607 0,010282 0,069857 0,653815 0,670709 0,400819 0,240683 0,344553 0,538615 0,352467 0,383229 0,293247 95 LCO120327-60 E MGS120330-51 D MGS120330-51 E FCA110719-42 D FCA110719-42 E MCA110715-45 D MCA110715-45 E MJA110718-39 D MJA110718-39 E MJG120323-42 D MJG120323-42 E RSF120326-31 D RSF120326-31 E EBC120324-61 D EBC120324-61 E GRS120329-62 D GRS120329-62 E IPC120326-61 D IPC120326-61 E JAS120324-61 D JAS120324-61 E MCS120403-63 D MCS120403-63 E NLD120404-62 D NLD120404-62 E OMM120327-62 D OMM120327-62 1,067207 0,921344 1,221969 0,837279 0,837279 0,688304 0,767003 1,221969 1,221969 1,164018 1,164018 1,164018 0,921344 1,589835 1,464916 0,863517 0,921344 0,837279 0,921344 1,589835 1,112912 1,067207 1,164018 0,953454 1,112912 1,221969 1,589835 1,765913 1,464916 1,765913 1,464916 1,164018 1,589835 1,589835 1,589835 1,765913 1,765913 1,464916 1,464916 2,191874 2,066932 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 2,367962 2,066932 1,765913 1,464916 1,765913 1,464916 2,191874 1,765913 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,288879 1,765913 2,066932 1,765913 1,765913 1,765913 1,589835 1,765913 2,367962 2,066932 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 1,765913 2,367962 1,765913 1,765913 1,589835 1,765913 2,367962 2,066932 2,066932 2,367962 2,066932 1,765913 1,765913 1,765913 1,765913 2,066932 1,765913 2,066932 1,765913 1,765913 2,367962 2,191874 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 2,191874 2,668992 2,066932 2,066932 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 2,066932 2,066932 2,367962 2,367962 2,191874 2,066932 2,191874 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 2,668992 2,668992 2,066932 2,367962 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 2,066932 2,367962 2,191874 2,191874 2,066932 2,668992 2,367962 2,367962 2,066932 2,066932 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,668992 2,367962 2,367962 2,668992 2,668992 2,066932 2,367962 2,066932 2,191874 2,367962 2,191874 2,066932 2,191874 2,066932 2,066932 1,765913 2,367962 2,668992 2,066932 2,191874 2,191874 2,191874 2,191874 2,066932 2,668992 2,066932 2,367962 2,191874 2,191874 2,668992 2,668992 2,066932 2,367962 1,765913 2,191874 2,367962 0,863517 1,765913 2,066932 1,765913 2,367962 2,367962 2,191874 2,191874 1,765913 2,066932 1,464916 1,589835 1,288879 1,464916 2,191874 1,765913 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 1,765913 2,066932 1,589835 2,066932 2,191874 2,066932 2,191874 2,191874 1,464916 1,589835 1,464916 1,589835 2,191874 1,765913 1,288879 1,765913 1,164018 1,589835 1,36803 1,464916 1,765913 1,288879 1,36803 1,464916 1,288879 1,589835 1,221969 1,589835 1,164018 1,464916 1,464916 1,765913 1,464916 1,765913 1,288879 1,112912 0,921344 1,164018 1,112912 1,36803 1,067207 1,112912 0,725841 1,221969 0,51417 0,988148 1,464916 1,067207 1,288879 1,164018 0,921344 1,067207 0,988148 1,288879 0,921344 1,112912 1,164018 0,953454 0,953454 1,464916 0,988148 0,953454 0,578203 0,767003 0,863517 0,1085 0,286445 0,564586 0,147589 0,428737 0,491088 0,321729 0,863517 0,538615 0,538615 0,592278 0,458724 0,526212 0,502468 0,653815 0,156919 0,79891 0,22898 0,260394 0,670709 0,526212 0,352467 0,383229 0,344553 0,010282 0,1085 1,765913 1,221969 1,025873 0,448481 96 E MGL120121-47 D MGL120121-47 E ACT110713-40 D ACT110713-E MMC110629-49 D MMC110629-49 E VSP110627-43 D VSP110627-43 E MFN120416 47 D MFN120416 47 E RSB120416-51 D RSB120416-51 E Média Desvio Padrão 1,589835 1,36803 0,621925 0,653815 0,653815 2,066932 2,066932 1,36803 1,164018 1,288879 2,066932 2,367962 0,837279 0,298411 0,988148 2,124476 1,589835 0,688304 0,120518 0,368788 1,589835 1,464916 0,360543 0,010282 0,019452 0,745926 1,464916 1,765913 2,066932 2,191874 2,367962 2,066932 1,112912 1,221969 0,891461 0,010282 0,706659 0,953454 0,688304 0,551398 0,953454 0,988148 1,464916 1,112912 1,025873 1,067207 1,765913 2,066932 0,300173 0,004318 0,321729 0,592278 1,221969 1,221969 0,391927 0,165727 0,134053 0,129658 0,733975 0,688304 1,36803 1,464916 1,288879 1,36803 1,589835 1,36803 1,765913 2,191874 2,066932 1,464916 1,464916 1,765913 1,765913 1,288879 1,36803 1,464916 1,589835 2,191874 2,367962 2,191874 1,589835 1,464916 1,765913 1,765913 1,36803 1,221969 1,765913 1,765913 2,668992 2,668992 2,367962 1,765913 1,765913 1,765913 1,765913 1,464916 1,589835 2,066932 2,191874 2,668992 2,668992 2,191874 1,464916 1,765913 2,191874 1,765913 1,589835 2,066932 2,191874 2,367962 2,668992 2,367962 1,589835 0,670709 1,164018 1,464916 1,589835 1,36803 1,765913 2,066932 2,066932 2,367962 2,367962 1,164018 0,837279 1,221969 0,035368 0,606841 0,670709 0,551398 1,288879 1,589835 1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685 0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051 97 Parâmetro Estatístico n da amostra p-valor -valor -valor z(1-p)/2 X2 -1 K Média desvio padrão 62 0,9 0,95 0,05 -1,645 44,038 1,951 1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685 0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051 LT superior LT inferior 1,610149 2,337384 2,32569 2,594062 2,728282 2,752714 2,813045 2,485744 2,094734 1,705579 1,031097 0,531795 1,097673 1,313851 1,445297 1,73226 1,78075 1,388992 0,96355 0,496736 0,19609 -0,22973 n da amostra p-valor Média desvio padrão 62 0,95 1,070972 1,717529 1,819771 2,01968 2,230271 2,266732 2,101019 1,724647 1,295735 0,950835 0,400685 0,276298 0,317641 0,259256 0,294339 0,255203 0,249039 0,364874 0,39002 0,409442 0,386765 0,323051 IC superior IC inferior 1,141138 1,798194 1,885609 2,094428 2,29508 2,329976 2,193679 1,823693 1,399714 1,049054 0,482725 1,000805 1,636863 1,753932 1,944932 2,165461 2,203488 2,008358 1,6256 1,191756 0,852615 0,318645 98 Apêndice J– Correlação entre erros do teste FM 100 e valores de HÁ1C e glicemia de jejum. Paciente diabético ARN111222-56 D ARN111222-56 E MTM111222-56 D MTM111222-56 E MLO111220-45 D MLO111220-45 E IMB110908-34 D IMB110908-34 E MFP110902-45 D MFP110902-45 E MLS110830-83 D MLS110830-83 E MNF110916-50 D MNF110916-50 E EES110804-40 D EES110804-40 E JMS110614-54 D JMS110614-54 E LSN110804-31 D LSN110804-31 E MSN110825-56 D MSN110825-56 E MNC110804-51 D Erro FM100 116 132 80 56 152 224 260 200 372 264 168 268 452 396 68 56 156 116 104 124 52 44 124 Raiz HbGLIC 10,8 11,5 9 7 12 15 16 14,142 19 16 13 16 21 20 8 7 12 11 10 11 7 7 11 5,9 5,9 8,8 8,8 9 9 8 8 9 9 6 6 7 7 7,8 7,8 8 8 8,3 8,3 6,1 6,1 6 GLICEMIA DE JEJUM 106 106 178 178 298 298 184 184 202 202 99 99 146 146 144 144 134 134 138 138 98 98 109 99 MNC110804-51 E ASL110617-45 D ASL110617-45 E AMC110818-43 D AMC110818-43 E RRP110915-53 D RRP110915-53 E LCA111228-64 D LCA111228-64 E BSR120109-64 D BSR120109-64 E AMP120119-49 D AMP120119-49 E MJF120119-52 D MJF120119-52 E AMF110708- 43 D AMF110708- 43 E MMC110630- 53 D MMC110630-53 E RNB110617-74 D RNB110617-74 E UCA110621-70 D UCA110621-70 E MCA110815-75 E MJA110805-58 D MJA110805-58 E JFN120123-46 D JFN120123-46 E 240 152 220 93 108 164 216 212 140 108 164 252 260 180 176 144 156 80 100 176 264 152 144 340 196 160 124 100 15 12 15 10 10 13 15 15 12 10 13 16 16 13 13 12 12 9 10 13 16 12 12 18 14 13 11 10 6 6,2 6,2 9,9 9,9 8,2 8,2 6,1 6,1 6,9 6,9 5,9 5,9 6,6 6,6 7,7 7,7 5,5 5,5 5,9 5,9 6,6 6,6 5,9 5,9 6,6 6,9 6,9 109 69 69 288 288 200 200 116 116 132 132 89 89 96 96 122 122 81 81 91 91 113 113 96 96 115 134 134 100 108 164 JMB110824-57 D JMB110824-57 E 10 13 6,8 6,8 102 102 Parâmetros estatísticos Erro e HbGlic n (pares) = r (Pearson) = IC 95% = IC 99% = Erro e Glicemia 53 0,0193 -0.34 a 0.20 r (Pearson) = IC 95% = -0.25 a 0.29 -0.42 a 0.28 IC 99% = -0.33 a 0.37 IC 99% = -0.43 a 0.26 0,0004 0,138 51 0,8908 0,0581 R2 = t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = 0,0099 -0,713 51 0,4791 0,0918 0,006 R2 = R2 = -0,5552 t= t= 51 GL = GL = 0,5812 (p) = (p) = 0,0519 Poder 0.05 Poder = 0.05 = 0,4025 Poder 0.01 Poder = 0.01 = Não existe correlação entre os parâmetros analisados 53 Raiz e Glicemia n (pares) = r (Pearson) = IC 95% = -0,0775 n (pares) = Raiz e HbGlic 0,0509 53 0,0993 -0.36 a 0.18 0,6152 n (pares) 53 = r 0,0125 (Pearson) = IC 95% -0.26 a 0.28 = IC 99% -0.34 a 0.36 = R2 = 0,0002 t= 0,0894 GL = 51 (p) = 0,9291 Poder 0,0507 0.05 = Poder 0,0619 0.01 = Apêndice K – Correlação entre as freqüências espaciais do teste FSCEL e valores HÁ1C e glicemia de jejum 101 CÓDIGO DM ARN111222-56 D 0,2 0,5 0,8 1 2 1,164018 1,765913 2,066932 2,367962 2,191874 ARN111222-56 E MTM111222-56 D MTM111222-56 E MLO111220-45 D MLO111220-45 E IMB110908-34 D IMB110908-34 E MFP110902-45 D MFP110902-45 E MLS110830-83 D MLS110830-83 E MNF110916-50 D MNF110916-50 E EES110804-40 D EES110804-40 E JMS110614-54 D JMS110614-54 E LSN110804-31 D LSN110804-31 E MSN110825-56 D MSN110825-56 E MNC110804-51 D MNC110804-51 E ASL110617-45 D ASL110617-45 E AMC110818-43 D 0,988148 0,891461 0,988148 0,988148 1,025873 0,502468 0,564586 0,789172 0,688304 0,953454 0,789172 0,837279 0,863517 0,988148 1,067207 0,953454 0,921344 1,221969 1,36803 1,36803 0,891461 1,589835 0,812552 1,067207 0,789172 0,480014 1,765913 1,589835 1,589835 1,464916 1,589835 1,221969 1,221969 1,589835 1,288879 1,288879 1,164018 1,164018 1,288879 1,765913 1,589835 1,589835 1,589835 1,589835 2,066932 1,765913 1,765913 1,589835 1,464916 1,765913 1,765913 0,953454 2,191874 2,066932 1,765913 1,589835 1,765913 1,025873 1,164018 1,765913 1,36803 1,464916 1,221969 1,288879 1,464916 1,765913 1,765913 1,765913 1,765913 1,765913 2,191874 1,464916 1,589835 1,589835 1,36803 2,668992 2,066932 1,164018 2,191874 2,191874 2,066932 1,765913 2,191874 1,288879 1,112912 2,066932 1,589835 1,464916 1,464916 1,36803 1,464916 2,066932 2,066932 2,066932 2,066932 2,066932 2,367962 2,066932 2,191874 1,765913 1,589835 2,668992 2,191874 1,221969 2,367962 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 1,288879 1,464916 2,066932 1,765913 1,36803 1,589835 1,464916 1,765913 2,367962 2,191874 2,191874 2,191874 2,367962 2,367962 2,066932 2,066932 2,066932 2,066932 2,668992 2,367962 1,464916 4 6 10 15 20 30 HbGlic 1,36803 1,112912 1,221969 0,491088 0,146924 0,010282 5,9 1,765913 2,191874 2,367962 2,367962 2,191874 1,36803 1,221969 2,066932 1,765913 0,953454 1,464916 1,589835 1,464916 2,367962 2,367962 2,191874 2,066932 2,668992 2,668992 2,367962 1,589835 2,066932 1,765913 3 2,367962 1,765913 1,288879 2,191874 2,367962 2,066932 2,367962 1,36803 1,025873 1,288879 1,765913 0,891461 1,221969 1,112912 1,36803 2,191874 2,367962 2,066932 2,066932 2,668992 3 2,066932 1,464916 1,589835 1,765913 2,367962 2,367962 1,36803 1,067207 2,066932 1,765913 1,765913 2,066932 1,221969 0,863517 1,112912 1,221969 0,564586 1,025873 0,863517 1,025873 2,191874 2,066932 1,464916 1,36803 2,191874 2,191874 1,765913 1,164018 1,288879 0,891461 2,668992 2,668992 0,953454 0,578203 1,36803 1,36803 1,36803 1,288879 0,391927 0,491088 0,706659 0,653815 0,271659 0,538615 0,767003 0,789172 1,765913 1,765913 1,164018 1,112912 1,589835 1,589835 1,221969 0,812552 0,502468 0,480014 2,066932 2,367962 0,891461 0,062419 0,812552 1,112912 1,112912 1,221969 0,004318 0,004318 0,04854 0,07324 0,120518 0,09212 0,344553 0,491088 0,988148 0,812552 0,837279 0,725841 1,112912 0,837279 0,812552 0,360543 0,165727 0,004318 2,124476 1,589835 0,745926 0,010282 0,080977 0,010282 0,438489 0,592278 0,010282 0,08477 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 0,104425 0,016365 0,010282 0,035246 0,206638 0,010282 0,010282 0,010282 1,164018 0,822944 0,217638 5,9 8,8 8,8 9 9 8 8 9 9 6 6 7 7 7,8 7,8 8 8 8,3 8,3 6,1 6,1 6 6 6,2 6,2 9,9 Glicemia 106 106 178 178 298 298 184 184 202 202 99 99 146 146 144 144 134 134 138 138 98 98 109 109 69 69 288 102 AMC110818-43 E RRP110915-53 D RRP110915-53 E LCA111228-64 D LCA111228-64 E BSR120109-64 D BSR120109-64 E AMP120119-49 D AMP120119-49 E MJF120119-52 D MJF120119-52 E AMF110708- 43 D AMF110708- 43 E MMC110630- 53 D MMC110630-53 E RNB110617-74 D RNB110617-74 E UCA110621-70 D UCA110621-70 E MCA110815-75 E MJA110805-58 D MJA110805-58 E JFN120123-46 D JFN120123-46 E JMB110824-57 D JMB110824-57 E 0,789172 0,921344 0,767003 0,921344 0,921344 0,670709 0,812552 0,538615 0,988148 1,288879 1,164018 0,621925 0,725841 0,837279 0,789172 0,578203 0,670709 1,164018 0,988148 0,688304 0,725841 0,745926 0,688304 0,812552 0,863517 0,812552 1,221969 1,221969 1,36803 1,464916 1,288879 1,464916 1,025873 1,36803 1,464916 2,066932 1,464916 1,288879 1,464916 1,589835 1,464916 1,288879 1,36803 1,765913 1,589835 1,36803 1,288879 1,36803 1,464916 1,589835 1,589835 1,36803 1,221969 1,589835 1,589835 1,464916 1,36803 1,589835 1,464916 1,589835 1,589835 1,765913 1,765913 1,765913 1,464916 1,589835 1,464916 1,589835 1,36803 1,589835 1,464916 1,112912 1,36803 1,464916 1,765913 1,765913 1,589835 1,36803 1,164018 1,589835 2,066932 1,765913 1,765913 1,589835 1,36803 1,765913 2,367962 2,066932 2,191874 1,589835 2,066932 2,066932 2,191874 1,464916 1,464916 1,765913 1,765913 1,464916 1,464916 1,589835 2,191874 2,191874 1,765913 1,464916 1,288879 2,191874 2,367962 1,464916 1,765913 2,066932 1,589835 1,765913 2,066932 2,191874 2,066932 2,191874 2,191874 2,191874 2,066932 1,765913 1,589835 1,36803 2,191874 1,221969 1,765913 1,765913 2,066932 2,191874 3 1,765913 1,589835 1,589835 2,668992 1,288879 2,066932 2,066932 1,464916 2,066932 1,765913 2,191874 2,367962 2,367962 2,367962 2,191874 2,066932 1,765913 1,765913 1,025873 2,066932 1,025873 1,765913 2,066932 2,191874 2,191874 2,066932 2,066932 1,164018 1,589835 2,367962 1,288879 1,765913 1,765913 1,36803 1,765913 2,191874 2,191874 2,191874 2,367962 2,191874 2,066932 1,765913 1,765913 1,288879 0,688304 1,464916 0,767003 1,765913 1,464916 2,191874 2,191874 2,066932 1,765913 0,921344 1,464916 1,589835 0,767003 1,288879 1,164018 0,319776 2,066932 1,765913 1,221969 1,589835 2,066932 1,589835 1,464916 1,36803 1,025873 0,953454 0,789172 1,288879 0,480014 1,221969 1,464916 2,066932 1,589835 1,589835 1,36803 0,606841 0,891461 1,164018 0,319776 0,592278 0,706659 0,2848 1,589835 1,464916 1,589835 1,464916 1,765913 1,36803 1,221969 0,921344 0,767003 0,491088 0,578203 0,863517 0,230186 0,891461 1,067207 0,004305 0,837279 0,988148 1,221969 0,538615 0,670709 0,837279 0,076929 0,431828 0,502468 0,051953 1,164018 1,112912 0,745926 1,067207 1,221969 0,921344 0,953454 0,564586 0,271659 0,16093 0,22898 0,688304 0,004318 0,606841 0,767003 0,004318 0,368788 0,921344 0,422194 0,314409 0,32919 0,419215 0,010282 0,010282 0,02257 0,223265 0,458724 0,63757 0,073521 0,273195 0,125318 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 0,045163 0,010282 0,121034 0,260394 0,010282 0,010282 0,010282 0,010282 9,9 8,2 8,2 6,1 6,1 6,9 6,9 5,9 5,9 6,6 6,6 7,7 7,7 5,5 5,5 5,9 5,9 6,6 6,6 5,9 5,9 6,6 6,9 6,9 6,8 6,8 288 200 200 116 116 132 132 89 89 96 96 122 122 81 81 91 91 113 113 96 96 115 134 134 102 102 103 Hb Glic e freq 0,2 n (pares) = r (Pearson) = IC 95% = IC 99% = R2 = t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = Colunas 1 e 2 53 0,1065 -0.37 a 0.17 -0.44 a 0.25 0,0113 0,7649 51 0,4478 0,1079 0,71 0,5 0,8 Colunas 1 e 3 53 1 Colunas 1 e 4 53 2 Colunas 1 e 5 53 Colunas 1 e 6 53 n (pares) = r -0,1503 (Pearson) = IC 95% -0.40 a 0.13 = IC 99% -0.47 a 0.21 = R2 = 0,0226 t= -1,0857 n (pares) = r -0,0188 (Pearson) = IC 95% -0.29 a 0.25 = IC 99% -0.37 a 0.33 = R2 = 0,0004 t= -0,1343 n (pares) = r -0,115 (Pearson) = IC 95% -0.37 a 0.16 = IC 99% -0.45 a 0.24 = R2 = 0,0132 t= -0,8268 n (pares) = r 0,0724 (Pearson) = IC 95% -0.20 a 0.34 = IC 99% -0.28 a 0.41 = R2 = 0,0052 t= 0,5184 GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = 51 0,2827 0,2626 1,8885 4 n (pares) = r (Pearson) = 51 0,8937 0,0186 0,1286 6 Colunas 1 e 7 53 0,2179 n (pares) = r (Pearson) = 51 0,4122 0,1296 0,8456 10 Colunas 1 e 8 53 0,2266 n (pares) = r (Pearson) = Colunas 1 e 9 53 0,1759 51 0,6064 0,1271 0,0135 104 -0.06 a 0.46 IC 95% = IC 99% = R2 = t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = -0.14 a 0.53 0,0475 1,5948 51 0,1168 0,4686 0,2234 15 IC 95% = IC 99% = R2 = t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = -0.05 a 0.47 -0.13 a 0.53 0,0513 1,6611 51 0,1027 0,4941 0,2431 20 Colunas 1 e 10 53 n (pares) = 0,1673 r (Pearson) = -0.11 a 0.42 IC 95% = -0.19 a 0.49 IC 99% = 0,028 R2 = 1,212 t= 51 GL = 0,231 (p) = IC 95% = IC 99% = R2 = t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = -0.10 a 0.43 -0.19 a 0.49 0,0309 1,2758 51 0,2077 0,3488 0,1411 30 Colunas 1 e 11 n (pares) 53 = r 0,1642 (Pearson) = IC 95% -0.11 a 0.42 = IC 99% -0.20 a 0.49 = R2 = 0,0269 t= 1,1884 GL = 51 (p) = 0,2401 n (pares) = r (Pearson) = IC 95% = IC 99% = R2 = t= GL = (p) = Colunas 1 e 12 53 0,0509 -0.22 a 0.32 -0.30 a 0.39 0,0026 0,3637 51 0,7176 105 Poder 0.05 = Poder 0.01 = 0,3261 0,1272 Poder 0.05 = Poder 0.01 = 0,3178 0,1222 Poder 0.05 = Poder 0.01 = 0,0961 0,0095 Glicemia e freq. n (pares) = r (Pearson) = IC 95% = IC 99% = R2 = t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = Colunas 1 e 2 53 0,1576 -0.41 a 0.12 -0.48 a 0.20 0,0248 1,1399 51 0,2596 0,3028 2,2852 Colunas 1 e 3 53 Colunas 1 e 4 53 n (pares) = r -0,2997 (Pearson) = IC 95% -0.53 a -0.03 = IC 99% -0.59 a 0.06 = R2 = 0,0898 t= -2,2437 n (pares) = r (Pearson) 0,1966 = IC 95% -0.44 a 0.08 = IC 99% -0.51 a 0.16 = R2 = 0,0387 t= -1,432 GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = 51 0,0291 15,5182 113,1913 51 0,1582 0,6555 8,3266 106 Colunas 1 e 5 53 n (pares) = -0,2512 r (Pearson) = -0.49 a 0.02 IC 95% = -0.55 a 0.11 IC 99% = 0,0631 R2 = -1,853 t= 51 GL = 0,0696 (p) = 2,3705 Poder 0.05 = 837,2802 Poder 0.01 = Colunas 1 e 9 53 n (pares) = -0,0164 r (Pearson) = -0.29 a 0.26 IC 95% = -0.36 a 0.33 IC 99% = 0,0003 R2 = Colunas 1 e 6 53 n (pares) = r -0,0959 (Pearson) = IC 95% -0.36 a 0.18 = IC 99% -0.43 a 0.26 = R2 = 0,0092 t= -0,6879 GL = 51 (p) = 0,4946 Poder 0,0846 0.05 = Poder 0,5744 0.01 = Colunas 1 e 10 53 n (pares) = r -0,0666 (Pearson) = IC 95% -0.33 a 0.21 = IC 99% -0.41 a 0.29 = R2 = 0,0044 Colunas 1 e 7 53 n (pares) = r 0,0095 (Pearson) = IC 95% -0.26 a 0.28 = IC 99% -0.34 a 0.36 = R2 = 0,0001 t= 0,0676 GL = 51 (p) = 0,9464 Poder 0,0475 0.05 = Poder 0,0671 0.01 = Colunas 1 e 11 53 n (pares) = r 0,0111 (Pearson) = IC 95% -0.26 a 0.28 = IC 99% -0.34 a 0.36 = R2 = 0,0001 Colunas 1 e 8 53 n (pares) = r 0,002 (Pearson) = IC 95% -0.27 a 0.27 = IC 99% -0.35 a 0.35 = R2 = 0 t= 0,0143 GL = 51 (p) = 0,9886 Poder 0,0397 0.05 = Poder 0,0809 0.01 = Colunas 1 e 12 53 n (pares) = r 0,1057 (Pearson) = IC 95% -0.17 a 0.37 = IC 99% -0.25 a 0.44 = R2 = 0,0112 107 t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = -0,1174 51 0,907 0,021 0,1223 t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = -0,4765 51 0,6358 0,0359 0,3267 t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = 0,0793 51 0,9371 0,0492 0,0643 Apêndice L – Correlação entre erros do teste FM 100 e tempo de doença DM. Paciente diabético ARN111222-56 D ARN111222-56 E MTM111222-56 D MTM111222-56 E MLO111220-45 D MLO111220-45 E NVS111201-39 D NVS111201-39 E IMB110908-34 D IMB110908-34 E MFP110902-45 D MFP110902-45 E MLS110830-83 D MLS110830-83 E MNF110916-50 D Erro FM100 116 132 80 56 152 224 64 156 260 200 372 264 168 268 452 Raiz 10,77032961 11,48912529 8,94427191 7,483314774 12,32882801 14,96662955 8 12,489996 16,1245155 14,14213562 19,28730152 16,24807681 12,9614814 16,37070554 21,26029163 Tempo de doença 3 3 3 3 4 4 4 4 5 5 11 11 40 40 18 t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = 0,7594 51 0,4511 0,185 0,0479 108 MNF110916-50 E JBA110922-56 D JBA110922-56 E JSF110923-59 D JSF110923-59 E AMG111222-51 D AMG111222-51 E EES110804-40 D EES110804-40 E JMS110614-54 D JMS110614-54 E LSN110804-31 D LSN110804-31 E MSN110825-56 D MSN110825-56 E MNC110804-51 D MNC110804-51 E PES110622-32 D PES110622-32 E ASL110617-45 D ASL110617-45 E AMC110818-43 D AMC110818-43 E RRP110915-53 D RRP110915-53 E LCA111228-64 D LCA111228-64 E BSR120109-64 D 396 132 128 76 64 152 196 68 56 156 116 104 124 52 44 124 240 136 240 152 220 93 108 164 216 212 140 108 19,89974874 11,48912529 11,3137085 8,717797887 8 12,32882801 14 8,246211251 7,483314774 12,489996 10,77032961 10,19803903 11,13552873 7,211102551 6,633249581 11,13552873 15,49193338 11,66190379 15,49193338 12,32882801 14,83239697 9,643650761 10,39230485 12,80624847 14,69693846 14,56021978 11,83215957 10,39230485 18 5 5 2 2 7 7 3 3 2 2 1 1 6 6 3 3 2 2 4 4 7 7 12 12 3 3 1 109 BSR120109-64 E AMP120119-49 D AMP120119-49 E MJF120119-52 D MJF120119-52 E AMF110708- 43 D AMF110708- 43 E MMC110630- 53 D MMC110630-53 E RNB110617-74 D RNB110617-74 E UCA110621-70 D UCA110621-70 E MCA110815-75 E MJA110805-58 D MJA110805-58 E JFN120123-46 D JFN120123-46 E JMB110824-57 D JMB110824-57 E 164 252 260 180 176 144 156 80 100 176 264 152 144 340 196 160 124 100 108 164 12,80624847 15,87450787 16,1245155 13,41640786 13,26649916 12 12,489996 8,94427191 10 13,26649916 16,24807681 12,32882801 12 18,43908891 14 12,64911064 11,13552873 10 10,39230485 12,80624847 1 1 1 5 5 5 5 15 15 3 3 6 6 18 10 10 6 6 5 5 110 PARÂMETROS ESTATÍSTICOS Tempo e erro n (pares) = r (Pearson) = IC 95% = IC 99% = R2 = t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = Tempo e raiz Colunas 1 e 2 63 0,3632 0.13 a 0.56 0.05 a 0.61 0,1319 3,0449 61 0,0034 0,9037 0,7331 n (pares) = r (Pearson) = IC 95% = IC 99% = R2 = t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = Colunas 1 e 3 63 0,3396 0.10 a 0.54 0.02 a 0.60 0,1154 2,8203 61 0,0064 0,8632 0,6604 Existe correlação fraca entre tempo de doença e valor de erro do FM 100. 111 Apêndice M – Correlação entre as freqüências espaciais do teste FSCEL e o tempo de doença. Paciente diabético 0,2 0,5 0,8 1 2 4 6 10 15 20 30 ARN111222-56 D 1,16 1,77 2,07 2,37 2,19 1,37 1,11 1,22 0,49 0,15 0,01 Tempo de doença 3 ARN111222-56 E MTM111222-56 D MTM111222-56 E MLO111220-45 D MLO111220-45 E NVS111201-39 D NVS111201-39 E IMB110908-34 D IMB110908-34 E MFP110902-45 D MFP110902-45 E MLS110830-83 D MLS110830-83 E MNF110916-50 D MNF110916-50 E JBA110922-56 D JBA110922-56 E JSF110923-59 D JSF110923-59 E AMG111222-51 D AMG111222-51 E EES110804-40 D EES110804-40 E 0,99 0,89 0,99 0,99 1,03 1,07 0,55 0,50 0,56 0,79 0,69 0,95 0,79 0,84 0,86 1,59 1,46 1,16 1,37 0,79 0,52 0,99 1,07 1,77 1,59 1,59 1,46 1,59 1,59 1,29 1,22 1,22 1,59 1,29 1,29 1,16 1,16 1,29 2,37 1,77 2,67 1,77 1,29 0,88 1,77 1,59 2,19 2,07 1,77 1,59 1,77 2,07 1,59 1,03 1,16 1,77 1,37 1,46 1,22 1,29 1,46 1,77 2,19 2,07 2,07 1,29 0,82 1,77 1,77 2,19 2,19 2,07 1,77 2,19 2,19 1,46 1,29 1,11 2,07 1,59 1,46 1,46 1,37 1,46 2,19 2,37 2,07 2,07 1,37 1,01 2,07 2,07 2,37 2,37 2,37 2,37 2,19 2,07 1,77 1,29 1,46 2,07 1,77 1,37 1,59 1,46 1,77 2,37 2,37 2,37 2,37 1,22 1,35 2,37 2,19 1,77 2,19 2,37 2,37 2,19 2,37 1,77 1,37 1,22 2,07 1,77 0,95 1,46 1,59 1,46 2,37 2,67 2,19 1,77 1,29 1,28 2,37 2,37 1,29 2,19 2,37 2,07 2,37 1,77 1,29 1,37 1,03 1,29 1,77 0,89 1,22 1,11 1,37 2,37 2,37 2,07 1,29 0,99 1,45 2,19 2,37 1,07 2,07 1,77 1,77 2,07 1,77 1,11 1,22 0,86 1,11 1,22 0,56 1,03 0,86 1,03 2,07 2,07 1,46 1,37 0,00 1,28 2,19 2,07 0,58 1,37 1,37 1,37 1,29 1,46 0,51 0,39 0,49 0,71 0,65 0,27 0,54 0,77 0,79 2,19 2,07 1,11 0,95 0,00 0,94 1,77 1,77 0,06 0,81 1,11 1,11 1,22 1,37 0,00 0,00 0,00 0,05 0,07 0,12 0,09 0,34 0,49 2,12 2,27 0,77 0,86 0,00 0,17 0,99 0,81 0,01 0,08 0,01 0,44 0,59 0,37 0,01 0,01 0,08 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 1,46 1,77 0,35 0,43 0,18 0,03 0,01 0,01 3 3 3 4 4 4 4 5 5 11 11 40 40 18 18 5 5 2 2 7 7 3 3 112 JMS110614-54 D JMS110614-54 E LSN110804-31 D LSN110804-31 E MSN110825-56 D MSN110825-56 E MNC110804-51 D MNC110804-51 E PES110622-32 D PES110622-32 E ASL110617-45 D ASL110617-45 E AMC110818-43 D AMC110818-43 E RRP110915-53 D RRP110915-53 E LCA111228-64 D LCA111228-64 E BSR120109-64 D BSR120109-64 E AMP120119-49 D AMP120119-49 E MJF120119-52 D MJF120119-52 E AMF110708- 43 D AMF110708- 43 E MMC110630- 53 D MMC110630-53 E 0,95 0,92 1,22 1,37 1,37 0,89 1,59 0,81 0,62 0,50 1,07 0,79 0,48 0,79 0,92 0,77 0,92 0,92 0,67 0,81 0,54 0,99 1,29 1,16 0,62 0,73 0,84 0,79 1,59 1,59 1,59 2,07 1,77 1,77 1,59 1,46 1,11 1,03 1,77 1,77 0,95 1,22 1,22 1,37 1,46 1,29 1,46 1,03 1,37 1,46 2,07 1,46 1,29 1,46 1,59 1,46 1,77 1,77 1,77 2,19 1,46 1,59 1,59 1,37 1,07 1,11 2,67 2,07 1,16 1,22 1,59 1,59 1,46 1,37 1,59 1,46 1,59 1,59 1,77 1,77 1,77 1,46 1,59 1,46 2,07 2,07 2,07 2,37 2,07 2,19 1,77 1,59 1,22 0,99 2,67 2,19 1,22 1,16 1,59 2,07 1,77 1,77 1,59 1,37 1,77 2,37 2,07 2,19 1,59 2,07 2,07 2,19 2,19 2,19 2,37 2,37 2,07 2,07 2,07 2,07 1,07 1,11 2,67 2,37 1,46 1,29 2,19 2,37 1,46 1,77 2,07 1,59 1,77 2,07 2,19 2,07 2,19 2,19 2,19 2,07 2,19 2,07 2,67 2,67 2,37 1,59 2,07 1,77 1,29 1,07 3,00 2,37 1,77 1,59 1,59 2,67 1,29 2,07 2,07 1,46 2,07 1,77 2,19 2,37 2,37 2,37 2,19 2,07 2,07 2,07 2,67 3,00 2,07 1,46 1,59 1,77 0,92 0,95 2,37 2,37 1,37 1,16 1,59 2,37 1,29 1,77 1,77 1,37 1,77 2,19 2,19 2,19 2,37 2,19 2,07 1,77 1,46 1,37 2,19 2,19 1,77 1,16 1,29 0,89 0,77 0,47 2,67 2,67 0,95 0,92 1,46 1,59 0,77 1,29 1,16 0,32 2,07 1,77 1,22 1,59 2,07 1,59 1,46 1,37 1,16 1,11 1,59 1,59 1,22 0,81 0,50 0,48 0,27 0,13 2,07 2,37 0,89 0,61 0,89 1,16 0,32 0,59 0,71 0,28 1,59 1,46 1,59 1,46 1,77 1,37 1,22 0,92 0,84 0,73 1,11 0,84 0,81 0,36 0,17 0,00 0,16 0,30 2,12 1,59 0,75 0,54 0,67 0,84 0,08 0,43 0,50 0,05 1,16 1,11 0,75 1,07 1,22 0,92 0,95 0,56 0,10 0,02 0,01 0,04 0,21 0,01 0,01 0,01 0,12 0,11 1,16 0,82 0,22 0,31 0,33 0,42 0,01 0,01 0,02 0,22 0,46 0,64 0,07 0,27 0,13 0,01 0,01 0,01 2 2 1 1 6 6 3 3 2 2 4 4 7 7 12 12 3 3 1 1 1 1 5 5 5 5 15 15 113 RNB110617-74 D RNB110617-74 E UCA110621-70 D UCA110621-70 E MCA110815-75 E MJA110805-58 D MJA110805-58 E JFN120123-46 D JFN120123-46 E JMB110824-57 D JMB110824-57 E 0,58 0,67 1,16 0,99 0,69 0,726 0,75 0,69 0,81 0,86 0,81 1,29 1,37 1,77 1,59 1,37 1,289 1,37 1,46 1,59 1,59 1,37 HbTempo e freq 0,2 n (pares) = r (Pearson) = IC 95% = IC 99% = R2 = t= Colunas 12 e 1 63 0,1351 -0.37 a 0.12 -0.44 a 0.19 0,0183 -1,065 1,59 1,37 1,59 1,46 1,11 1,368 1,46 1,77 1,77 1,59 1,37 1,46 1,46 1,77 1,77 1,46 1,465 1,59 2,19 2,19 1,77 1,46 1,77 1,59 1,37 2,19 1,22 1,766 1,77 2,07 2,19 3,00 1,77 0,5 1,77 1,77 1,03 2,07 1,03 1,766 2,07 2,19 2,19 2,07 2,07 1,77 1,29 0,69 1,46 0,77 1,766 1,46 2,19 2,19 2,07 1,77 1,03 0,95 0,79 1,29 0,48 1,222 1,46 2,07 1,59 1,59 1,37 0,8 Colunas 2 e 12 63 n (pares) = r -0,271 (Pearson) = IC 95% -0.49 a -0.02 = IC 99% -0.54 a 0.06 = R2 = 0,0734 t= -2,1986 0,77 0,49 0,58 0,86 0,23 0,891 1,07 0,00 0,84 0,99 1,22 0,27 0,16 0,23 0,69 0,00 0,607 0,77 0,00 0,37 0,92 0,42 0,01 0,01 0,01 0,05 0,01 0,121 0,26 0,01 0,01 0,01 0,01 1 Colunas 3 e 12 63 n (pares) = r -0,2977 (Pearson) = IC 95% -0.51 a -0.05 = IC 99% -0.56 a 0.03 = R2 = 0,0886 t= -2,4353 Colunas 4 e 12 63 n (pares) = r -0,244 (Pearson) = IC 95% -0.46 a 0.00 = IC 99% -0.52 a 0.08 = R2 = 0,0595 t= -1,9648 3 3 6 6 18 10 10 6 6 5 5 114 61 0,291 0,2503 GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = 1,7751 2 GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = 61 0,0316 12,2839 335,7244 4 Colunas 5 e 12 63 n (pares) = -0,2891 r (Pearson) = -0.50 a -0.04 IC 95% = -0.56 a 0.04 IC 99% = 0,0836 R2 = -2,3584 t= 61 GL = 0,0215 (p) = 42,6128 Poder 0.05 = 7,3764 Poder 0.01 = GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = 61 0,0178 99,7484 2,637 6 Colunas 6 e 12 63 n (pares) = r -0,3432 (Pearson) = IC 95% -0.54 a -0.10 = IC 99% -0.60 a -0.02 = R2 = 0,1178 t= -2,8538 GL = 61 (p) = 0,0059 Poder 5074,536 0.05 = Poder 1,0082 0.01 = GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = 61 0,0539 3,7452 97274 10 Colunas 7 e 12 63 n (pares) = r -0,3441 (Pearson) = IC 95% -0.55 a -0.11 = IC 99% -0.60 a -0.03 = R2 = 0,1184 t= -2,8625 GL = 61 (p) = 0,0057 Poder 3318,722 0.05 = Poder 1,0075 0.01 = Colunas 8 e 12 63 n (pares) = r -0,2962 (Pearson) = IC 95% -0.51 a -0.05 = IC 99% -0.56 a 0.03 = R2 = 0,0878 t= -2,4225 GL = 61 (p) = 0,0183 Poder 85,1475 0.05 = Poder 3,0234 0.01 = 115 15 20 Colunas 9 e 12 63 n (pares) = -0,2502 r (Pearson) = -0.47 a 0.00 IC 95% = -0.53 a 0.08 IC 99% = 0,0626 R2 = -2,0185 t= 61 GL = 0,0479 (p) = 4,7252 Poder 0.05 = 5,15E+08 Poder 0.01 = 30 Colunas 10 e 12 63 n (pares) = r -0,2352 (Pearson) = IC 95% -0.46 a 0.01 = IC 99% -0.52 a 0.09 = R2 = 0,0553 t= -1,8899 GL = 61 (p) = 0,0634 Poder 2,7816 0.05 = Poder 2757,326 0.01 = Colunas 11 e 12 n (pares) = 63 r (Pearson) = -0,1457 IC 95% = -0.38 a 0.11 IC 99% = -0.45 a 0.18 R2 = t= GL = (p) = Poder 0.05 = Poder 0.01 = 0,0212 -1,1502 61 0,2545 0,3132 2,3959 Existe correlação entre tempo de doença e valores de sensibilidade ao contraste obtidos pelo SCL nas frequencias de 0.5; 0.8; 2; 4; 6; 10 e 15 cpg. 116 Apêndice N- Análise estatística entre os grupos com retinopatia e sem retinopatia diabética FM100 Table Analyzed Data 1 One-way analysis of variance P value P<0.0001 P value summary *** Are means signif. different? (P < 0.05) Number of groups Yes 3 F 30,13 R squared 0,3832 Bartlett's test for equal variances Bartlett's statistic (corrected) 1,939 P value 0,3793 P value summary ns Do the variances differ signif. (P < 0.05) No ANOVA Table SS Treatment (between columns) Residual (within columns) Total Bonferroni's Multiple Comparison Test Controle vs Com retinose df MS 554,2 2 277,1 892 97 9,196 1446 99 Mean Diff. -5,442 t 6,783 Significant? P < 0.05? Yes Summary 95% CI of diff *** -7.397 to -3.487 117 Controle vs Sem retinose Com retinose vs Sem retinose -4,054 5,789 Yes *** -5.760 to -2.348 1,388 1,586 No ns -0.7445 to 3.521 SCEL Table Analyzed Data 2 Two-way RM ANOVA Matching by cols Source of Variation % of total variation Interaction 0,25 Time Subjects (matching) 0,3569 58,33 P<0.0001 4,53 P<0.0001 16,8555 P<0.0001 Column Factor Source of Variation P value Significant? Interaction P value summary ns Time *** Yes Column Factor *** Yes Subjects (matching) *** Yes Source of Variation Df Sum-ofsquares No Interaction 20 1,312 Mean square 0,06558 Time 10 311,9 31,19 517,1 2 24,21 12,11 13,03 97 90,12 0,9291 15,4 970 58,51 0,06032 Column Factor Subjects (matching) Residual F 1,087 118 Number of missing values 0 Bonferroni posttests Controle vs Com retinose Column Factor Controle Com retinose Difference 0.2 1,081 0,8466 -0,2341 0.5 1,75 1,41 -0,3401 0.8 1,851 1,525 -0,3267 1 2,032 1,781 -0,2512 2 2,238 1,868 -0,37 4 2,27 1,822 -0,4478 6 2,107 1,65 -0,4572 10 1,749 1,299 -0,4501 15 1,298 0,9065 -0,3918 20 0,9777 0,5057 -0,472 30 0,3979 0,1167 -0,2812 Column Factor Difference t 95% CI of diff. -0.5481 to 0.07993 -0.6541 to 0.02605 -0.6407 to 0.01264 -0.5652 to 0.06282 -0.6840 to 0.05596 -0.7618 to 0.1338 -0.7712 to 0.1432 -0.7641 to 0.1361 -0.7058 to 0.07774 -0.7860 to 0.1580 -0.5953 to 0.03277 P value Summary 0.2 -0,2341 2,371 P > 0.05 ns 0.5 -0,3401 3,444 P<0.01 ** 0.8 -0,3267 3,308 P < 0.05 * 1 -0,2512 2,544 P > 0.05 ns 2 -0,37 3,747 P<0.01 ** 119 4 -0,4478 4,535 P<0.001 *** 6 -0,4572 4,63 P<0.001 *** 10 -0,4501 4,558 P<0.001 *** 15 -0,3918 3,967 P<0.001 *** 20 -0,472 4,78 P<0.001 *** 30 -0,2812 2,848 P < 0.05 * Difference 95% CI of diff. Controle vs SEm retinose Column Factor Controle SEm retinose 0.2 1,081 0,9287 -0,152 -0.4261 to 0.1221 0.5 1,75 1,531 -0,2196 0.8 1,851 1,658 -0,1931 1 2,032 1,878 -0,1544 -0.4937 to 0.05452 -0.4672 to 0.08104 -0.4285 to 0.1197 2 2,238 2,062 -0,1758 4 2,27 2,025 -0,2447 6 2,107 1,865 -0,2417 10 1,749 1,505 -0,2437 15 1,298 1,039 -0,2593 20 0,9777 0,6578 -0,3199 30 0,3979 0,1579 -0,24 Column Factor Difference t -0.4499 to 0.09827 -0.5188 to 0.02941 -0.5158 to 0.03242 -0.5178 to 0.03042 -0.5334 to 0.01482 -0.5940 to 0.04575 -0.5141 to 0.03411 P value Summary 0.2 -0,152 1,763 P > 0.05 ns 0.5 -0,2196 2,548 P > 0.05 ns 0.8 -0,1931 2,24 P > 0.05 ns 120 1 -0,1544 1,791 P > 0.05 ns 2 -0,1758 2,04 P > 0.05 ns 4 -0,2447 2,839 P > 0.05 ns 6 -0,2417 2,804 P > 0.05 ns 10 -0,2437 2,827 P > 0.05 ns 15 -0,2593 3,008 P < 0.05 * 20 -0,3199 3,711 P<0.01 ** 30 -0,24 2,784 P > 0.05 ns Difference 95% CI of diff. Com retinose vs Sem retinose Column Factor Com retinose SEm retinose 0.2 0,8466 0,9287 0,08214 -0.2605 to 0.4248 0.5 1,41 1,531 0,1205 -0.2221 to 0.4631 0.8 1,525 1,658 0,1336 -0.2090 to 0.4762 1 1,781 1,878 0,09683 -0.2458 to 0.4395 2 1,868 2,062 0,1941 -0.1485 to 0.5368 4 1,822 2,025 0,2031 -0.1395 to 0.5457 6 1,65 1,865 0,2155 -0.1271 to 0.5582 10 1,299 1,505 0,2064 -0.1362 to 0.5491 15 0,9065 1,039 0,1325 -0.2101 to 0.4751 20 0,5057 0,6578 0,1522 -0.1905 to 0.4948 30 0,1167 0,1579 0,04126 -0.3014 to 0.3839 Column Factor P value Summary 0.2 Difference 0,08214 t 0,7624 P > 0.05 ns 0.5 0,1205 1,118 P > 0.05 ns 0.8 0,1336 1,24 P > 0.05 ns 1 0,09683 0,8987 P > 0.05 ns 2 0,1941 1,802 P > 0.05 ns 121 4 0,2031 1,885 P > 0.05 ns 6 0,2155 2,001 P > 0.05 ns 10 0,2064 1,916 P > 0.05 ns 15 0,1325 1,23 P > 0.05 ns 20 0,1522 1,412 P > 0.05 ns 30 0,04126 0,3829 P > 0.05 ns Não existe diferença estatística entre os olhos com DM II com retinose e os olhos com DMII sem retinose. Existe diferença entre contre controle e DMII.