Educação e inclusão digital Na Escola Municipal da Palmeia, em Muzambinho (MG), educação e inclusão caminham juntos. Para ajudar na alfabetização das crianças e ao mesmo tempo estimular e melhorar a leitura, a escola está utilizando um programa específico que integra informática à educação e envolve crianças e professores. A atividade é desenvolvida da seguinte forma: todo final de período letivo as crianças vão com o professor para a Sala Digital, onde é feita a leitura dos textos pedagógicos. Quando a criança é bem sucedida na leitura passa para outra fase; caso contrário segue na fase inicial até ler melhor. Essa metodologia ajuda a memorizar palavras, melhora a escrita e dá desenvoltura à leitura. Com esse programa educacional aliado ao computador os alunos estão conseguindo ler e escrever melhor – sem esquecer que aos poucos adquirem um hábito que será positivo para toda a vida: ler mais. Também são utilizados CDs na Sala Digital, com os seguintes objetivos: ajudar na memorização da tabuada, facilitando o aprendizado da matemática; e complementar o conteúdo das matérias. A iniciativa da Escola Municipal de Palmeia tem sido positiva para os alunos; mesmo aqueles com dificuldade de aprendizado já melhoraram o seu rendimento escolar. Benefício para todos Em Espírito Santo do Pinhal, o projeto Criança do Café na Escola e o programa Escola da Família estão beneficiando as crianças e suas famílias. No dia 25 de novembro, uma missa de Ação de Graças confraterniza os formandos da segunda turma do curso básico de informática – todos alunos da Escola Santa Luzia, que receberam seus certificados e agora podem pensar em avançar mais um pouco no conhecimento da informática. Espírito Santo serviu de “case” de sucesso para estimular o trabalho que reúne educação, lazer e atualização em outras cidades. A Sala Digital do programa Escola da Família da cidade foi apresentada para mais de 30 instituições escolares em São João da Boa Vista – diretores e coordenadores das escolas presentes aplaudiram de pé. Informação para o produtor Já são 15 os produtores rurais de Albertina (MG) que participam do Projeto Produtor Informado, tendo aulas semanalmente com um agrônomo na Escola Estadual José Gomes de Moraes Filho. O Projeto, que busca a integração do produtor com a tecnologia da informação, está sendo ampliado para outras cidades mineiras. As próximas escolas a incentivarem o “produtor informado” são Escola Municipal Maria José de Godoy, em Nova Rezende, e Escola Municipal de Palmeia, Muzambinho. As inscrições estão abertas. Mais salas digitais A Exportadora de Café Tristão planeja para 2007 a inauguração de dez salas digitais dentro do projeto Criança do Café na Escola. As salas irão beneficiar crianças em diferentes regiões produtoras – entre elas, Venda Nova do Imigrante, Afonso Cláudio e Domingos Martins, estas no Espírito Santos. E Manhuaçu e Matipó, em Minas Gerais. Modernidade e integração O computador é utilizado no projeto Criança do Café na Escola como um elo entre as várias disciplinas -- matemática, português, ciências, geografia -- e o dia-a-dia das crianças. Ao participarem do Projeto Esporte Solidário, por exemplo, elas tomam conhecimento, pela rede, das regras e histórias de várias modalidades esportivas. O novo recurso coloca à disposição das crianças mais informações sobre vários assuntos de seu interesse, como as ervas medicinais, os condimentos e as condições do solo antes de plantar, por exemplo. Na Escola M. Jorge Batista Correia, que fica em São Pedro da União, MG, alguns benefícios obtidos com o projeto foram motivação e disciplina dos alunos. Todos, incluindo aqueles com dificuldades de aprendizagem, se interessam e se esforçam mais para aprender. Os professores, cientes de que as aulas de informática são um atrativo e tanto, aproveitam para melhorar o comportamento das turmas: o aluno que não se comporta bem não freqüenta a aula da semana de informática. E lá em Santa Cruz da Prata, MG, os alunos da Escola Estadual Geraldo Ribeiro Dias amam tanto as aulas de informática que, quando acontece algum problema eles chegam a ir à casa da professora, que fica na praça perto da escola, questionar porque não houve aula. Desdobramentos do projeto Cada escola, cada comunidade tem o seu jeito de desenvolver o trabalho. Na Escola Municipal Machado de Assis, no bairro Palestina, em Juruaía, MG, são utilizados CDs interativos com conteúdos que estejam relacionados com a realidade das crianças (um deles, o CD “A vida na fazenda”). Com isso a criançada trabalha a leitura, a escrita e lê histórias. Já na Escola Municipal Barquinho Amarelo, em Caratinga, M.G, a cada final de semestre é realizada uma mostra de informática para os pais, com exposição dos trabalhos realizados pelos alunos através de mural, cartazes e também projeção de slides. O objetivo é levar aos pais o que seus filhos aprendem de novo na informática Em Três Pontas, professores e alunos da Escola Municipal José Vieira de Mendonça dão um grande passo para a alfabetização com o Projeto Leitura. Eles utilizam os recursos da Sala Digital e fazem um jornal que circula na escola e é vendido por R$1,00 em prol da formatura da 8ª Série. Os alunos do ensino fundamental e infantil de Boa Esperança, também MG, e de Varre-Sai, no Rio, também têm jornalzinho para contar as notícias da comunidade e da escola. Tudo feito no computador. Sempre é tempo A Escola Municipal Doralice Mendonça Reis Santana da Vargem, MG, abriu espaço também para o pessoal do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Semanalmente eles estão participando das aulas de informática, tendo em mente que nunca é tarde para aprender! Sem exclusão Os pais dos alunos da 5ª e 8ª séries de São José do Mato Dentro, e de Ouro Fino, MG, que serão transferidos para outro distrito, reivindicam que as futuras escolas também sejam equipadas com computadores. Não querem ficar fora do conhecimento digital.