Avaliação da possibilidade de enquadramento do Mestrado em Engenharia
Alimentar no Plano Estratégico para os mestrados Leccionados na ESAC
A Comissão Coordenadora do Mestrado em Engenharia Alimentar, CCMEAL, após
leitura das recomendações do CD, quanto ao “Plano Estratégico para os mestrados
Leccionados na ESAC”, e da recolha de contributos dos regentes do curso, produziu a
análise abaixo descrita.
A CCMEAL considera prematuro e precipitado fazer qualquer alteração ao plano deste
curso com base na única observação do número reduzido de alunos (sete alunos
inscritos e a frequentar regularmente o primeiro ano de mestrado) no presente ano
lectivo (2008/2009).
O Mestrado em Engenharia Alimentar é o único Mestrado em Engenharia a ser
oferecido pela ESAC, na sequência de uma formação de 1º ciclo com igual designação
– o que o pode tornar competitivo, sendo do conhecimento geral que a obtenção da
autorização para o funcionamento de mestrados em Engenharia no ensino Politécnico é
difícil, razões pelas quais alterações à sua estrutura sem que estas sejam determinadas
pela Agência de Avaliação e Acreditação para a Garantia da Qualidade do Ensino
Superior aquando da avaliação, prevista pela legislação em vigor, poderiam colocar em
causa o seu funcionamento.
Sobre a necessidade da alteração do plano do curso com base na constatação do
reduzido nº de candidaturas no 1º ano do seu funcionamento:
A CCMEAL considera que o número reduzido de alunos no seu primeiro ano do seu
funcionamento se pode também atribuir a:
1. O principal público-alvo deste Mestrado são os alunos que concluem o 1º ciclo em
Engenharia Alimentar na ESAC. Os alunos que estavam a concluir a licenciatura em
07-08 cedo queriam saber se haveria possibilidade de prosseguir os estudos a nível de
Mestrado mas o conhecimento da aprovação do Mestrado foi tardia (data…), tendo
muitos alunos já feito uma opção da continuação dos seus estudos nesta data. O edital
do Mestrado, só foi publicado em período de férias (a 7 de Agosto), quando muitos
alunos já teriam tomado uma decisão.
2. O edital do Mestrado também tinha uma forte mensagem para captação de alunos que
estavam inscritos ou tinham concluído a licenciatura bi-etápica em Engenharia
Alimentar e não a outros públicos.
3. A publicidade deste Mestrado - assim como dos restantes mestrados da ESAC - na
Internet, jornais e revistas dirigidas aos públicos-alvo foi muito escassa e
demasiadamente tardia se comparada com a divulgação de mestrados análogos noutras
instituições.
Com a correcção do edital/editais para captar outros públicos e uma divulgação mais
antecipada e forte, existem condições para que este Mestrado possua mais candidatos
para o próximo ano lectivo.
É ainda preciso assegurar e anunciar que os alunos a concluir um 1º ciclo se possam
inscrever condicionalmente no Mestrado, tendo que concluir o 1º ciclo até à data de
início do Mestrado.
Será também muito importante que os Orgãos de Gestão da Escola se empenhem em
garantir condições em infra-estruturas básicas e, de um modo geral, na forma tranquila
como deverá decorrer a leccionação de Unidades Curriculares do 1º ciclo das formações
da ESAC, para que induzam confiança aos formandos do 1º ciclo a prosseguirem os
seus estudos de pós graduação na ESAC.
Sobre a alteração do plano do curso para 16 horas lectivas semanais e libertação
de carga lectiva no 2º ano
O actual plano de estudos do MEAL – EXCLUINDO ESTÁGIO
PROFISSIONALIZANTE - possui uma média de 17,4 horas lectivas por semana no
1º ano (34 semanas lectivas) e uma média de 16,4 horas lectivas no 1º trimestre do
segundo ano (11 semanas lectivas). Esta carga horária está próxima das recomendações
produzidas no documento do CD, das 16 horas semanais.
A existência do 1º trimestre do 2º Ano com carga lectiva também está enquadrada nas
recomendações que sugerem carga lectiva no 2º ano dos mestrados para a Unidade
Curricular de Projecto. O Projecto do 2º ano do MEAL corresponde a 58% da carga
lectiva deste trimestre lectivo e, em condições normais de funcionamento deste
mestrado, deverá ser leccionada em articulação com a Unidade Curricular de
Orçamentação e Controlo de Custos.
Os docentes do curso desconhecem a existência de qualquer potencial interessado no
Mestrado em Engenharia Alimentar da ESAC, que não o tenha seleccionado ou inscrito
por não se realizar em horário pós-laboral ou ao fim da semana.
Sendo o mestrado em Engenharia Alimentar de natureza dominantemente
profissionalizante, haveria que garantir o acesso laboratorial e a oficinas, bem como, o
apoio de não docentes em horários pós-laborais.
A CCMEAL, vê com muito interesse a possibilidade da leccionação modular em
algumas unidades curriculares.
Concluindo, pelos motivos aduzidos, a CCMEAL não recomenda qualquer alteração ao
plano de curso de Mestrado em Engenharia Alimentar para o próximo ano lectivo.
Regina Nabais
Aida Moreira da Silva
Rui Costa
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