AU TO RA L EG ID O PE LA LE I DE DI R EI TO UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Maria Francisca Ramos Coelho Orientador: Prof. Antonio Fernando Vieira Ney DO CU M EN TO PR OT A IMPORTÂNCIA DA SUPERVISÃO NO CONTEXTO EDUCACIONAL São Luís – Ma 2010 MARIA FRANCISCA RAMOS COELHO A IMPORTÂNCIA DA SUPERVISÃO NO CONTEXTO EDUCACIONAL Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes, como requisito obrigatório para obtenção do grau de Especialista em Supervisão Escolar. Orientador: Prof. Antonio Fernando Vieira Ney São Luís – Ma 2010 MARIA FRANCISCA RAMOS COELHO A IMPORTÂNCIA DA SUPERVISÃO NO CONTEXTO EDUCACIONAL Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes, como requisito obrigatório para obtenção do grau de Especialista em Supervisão Escolar. Aprovada em ____/____/____ BANCA EXAMINADORA _____________________________________________ Orientador (a) ______________________________________________ 1º examinador (a) ____________________________________________________ 2º examinador (a) AGRADECIMENTOS Primeiramente, a Deus por iluminar sempre os meus caminhos. Ao professor orientador, Antonio Vieira Ney e Gilberto Santos Crespo. Pelo incentivo desse trabalho. Aos meus pais, filhos e esposo por terem contribuído na elaboração desse trabalho de pesquisa monográfico. E a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização desta pesquisa. “Supervisão é liderança que encoraja o envolvimento contínuo de todo o pessoal, no esforço cooperativo, para realizar um programa mais eficiente”. Jane Franseth RESUMO As transformações que estão acontecendo na sociedade do século XXI impõem novas maneiras de educar e de formar os professores. A dinâmica atual exige de cada profissional da educação preparo considerável para lidar com as novas questões que chegam à porta de nossas escolas, como: a violência, a sexualidade, a consciência ambiental, etc. É importante que fique claro o papel desenvolvido pelo supervisor neste processo, ele também exerce uma função primordial para o bom desempenho educacional dos alunos e orienta a equipe de professores para o alcance de resultados satisfatórios. Este trabalho foi feito na intenção de conhecer como ocorre a supervisão pedagógica em uma escola pública, para isso foi escolhido para a pesquisa a Unidade Escolar Benedito Leite I, localizada na Rua Máximo Ferreira, Bairro centro, no município de Buriti Bravo do Estado do maranhão, primeiramente, foi feito uma pesquisa bibliográfica e, em seguida a pesquisa de campo com o uso da técnica de pesquisa da entrevista, foram realizadas entrevistas com os professores e supervisores na própria escola. A análise foi feita e constatou-se que parte dos professores precisa articular ainda alguns aspectos, como: o planejamento e a execução juntamente com os conteúdos a serem trabalhados de forma contextualizada,outro aspecto apontado na análise foi a importância da supervisão neste processo,como instrumento de administração e de aprendizagem para alunos e professores. Palavras - Chaves: Educação, Alunos, Professores, Supervisão. ABSTRATC The transformations taking place in society of the XXI century require new ways of educating and training teachers. The current dynamics requires each education professional preparation to deal with the substantial new questions that come to the door of our schools, such as: violence, sexuality, environmental awareness, etc. It is important to make clear the role played by the supervisor in this process, it also plays a major role for the educational performance of students and teachers guides the team to achieve satisfactory results. This work was done in order to ascertain how the pedagogical supervision occurs in a public school, so it was chosen for the research Benedito Leite School Unit I, located in High Street Ferreira, Neighborhood Center, the city of Buriti Bravo - Ma, first, a literature search was done and then the field research using the survey technique of the interview, interviews were conducted with teachers and supervisors in their own School. analysis was done and found that the teachers still have to articulate some aspects such as: planning and implementation, together with the content to be worked in a contextualized, another aspect addressed in the analysis was the importance of supervision in this process as an instrument of management and learning for students and teachers. Key words: Education, Students, Teachers, Supervisors. LISTA DE FIGURAS FOTO 1 PRÉDIO DA UNIDADE ESCOLAR BENEDITO LEITE I – 33 ESTRUTURA ANTIGA.................................................................. FOTO 2 PRÉDIO DA UNIDADE ESCOLAR BENEDITO LEITE I – 33 ESTRUTURA ATUAL.................................................................... FOTO 3 ALUNOS DE ENSINO FUNDAMENTAL EM SALA DE AULA...... 34 FOTO 4 ALUNOS DA 6ª E 7ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL...... 34 METODOLOGIA O presente trabalho aborda a questão da supervisão pedagógica no contexto educacional. Para a realização dessa pesquisa, foi preciso delimitar o tema do trabalho para o título: “A importância no ensino fundamental do 6º ano e 7º ano do turno vespertino, na Unidade Escolar Benedito Leite I, no município de Buriti Bravo-MA”. A abordagem metodológica consistiu, num primeiro momento, em realizar um levantamento de informação sobre a educação e a supervisão como condição primordial para a construção de um processo ensinoaprendizagem de qualidade. Em seguida foi feita um pesquisa de campo, na referida escola, onde foi possível colher informações a respeito do acompanhamento pedagógico naquela escola. A técnica de pesquisa escolhida foi à entrevista que foi realizada com base em roteiro elaborado. A entrevista foi aplicada pelos supervisores da escola que eram responsáveis pela coordenação, cinco professores do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. Em relação ao trabalho pedagógico o que foi feito na escola, foi observado que parte dos professores precisam articular alguns aspectos como o planejamento e a execução do mesmo, juntamente com os conteúdos a serem trabalhados de forma contextualizada. O acompanhamento semanal se faz necessário, inserindo discussões sobre a elaboração das atividades e conteúdos, adequados à série e de forma dinâmica. Esta pesquisa visa à contribuição ao trabalho de supervisão na escola pesquisada, com sugestões de melhoria para o ensino e servindo de suporte como apóio ao trabalho pedagógico para o desempenho de suas funções. Devido à escassez de material bibliográfico sobre o tema no município de Buriti Bravo, esta pesquisa será mais um acervo bibliográfico sobre o tema. SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................. 10 CAPÍTULO I - FORMAÇÃO DO SUPERVISOR ESCOLAR....................... 12 CAPÍTULO II- A IMPORTÂNCIA DA SUPERVISÃO ESCOLAR............... 22 2.1 - QUE É SUPERVISÃO ESCOLAR....................................................... 22 2.2 - O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR............................................ 26 CAPÍTULO III – PESQUISA DE CAMPO.................................................... 31 CONCLUSÃO.............................................................................................. 38 ANEXOS...................................................................................................... 39 BIBLIOGRAFIA........................................................................................... 47 10 INTRODUÇÃO A educação escolar passa hoje, por uma transformação onde está sendo estabelecida sua real importância, para todas as instâncias da vida social. É sabido que a mesma enfrenta muitas dificuldades ainda, decorrentes do atual momento de transição política do país. Este fato se caracteriza pela tentativa dos setores mais progressistas de nossa sociedade para consolidar as conquistas democráticas e isto inclui a elevação da educação ao nível prioritário. Na prática pedagógica existem diversas formas ou tipos de supervisão, como a coletiva, cuja participação de todos os agentes escolares é importante. Há também a supervisão escolar feita mediante processo de consultoria, onde o relacionamento entre a equipe escolar é a prioridade aceitável para que seja realizado um bom trabalho. Os tipos de supervisão se complementam e dificilmente um é aplicado isoladamente. A finalidade da pesquisa é mostrar o trabalho do supervisor enquanto agente participante da educação escolar e sua função como colaborador de idéias para melhorar a prática pedagógica. Considerando que o professor e o supervisor agindo em parceria possam criar condições de reflexão e desenvolva as habilidades necessárias, para o enriquecimento do processo ensino-aprendizagem. O universo da pesquisa limitou-se a Unidade Escolar Benedito Leite I, localizada na Rua Máximo Ferreira, Bairro Centro, no município de Buriti Bravo – MA. Esta escola possui o serviço de supervisão há apenas 4 anos, e tem feito diferença na aprendizagem dos alunos,este serviço tem sido oferecido até o presente momento. Na medida em que a pesquisa se desdobrou constatou-se que o trabalho do supervisor é imprescindível na escola, sendo que a sua ausência pode comprometer o trabalho de acompanhamento pedagógico. Esta monografia está dividida em três capítulos. No primeiro capitulo trata da Formação do Supervisor Escolar e faz menção desta atividade como relevante para a prática de ensino nas escolas. A partir de sua legitimação na LDB 5.692/71, o supervisor torna-se parte 11 integrante na formação do profissional da educação. É considerado como um elo humano para que propostas de mudanças cheguem aos professores e alunos. Enfatiza ainda as principais funções desse profissional, que são: informar, questionar, sugerir, encorajar e avaliar, além de fazer uma retrospectiva do histórico da mesma no Brasil. Em conseqüência do primeiro capítulo, o capítulo dois apresenta a importância da Supervisão no contexto escolar, em que consiste numa visão que se deve ter em todo o processo educativo, para que a escola possa alcançar seus objetivos: ensino e aprendizagem. Tem como função principal a de oferecer orientação profissional, visando o aperfeiçoamento do ensinoaprendizagem. O terceiro capítulo analisa o trabalho do supervisor na Unidade Escolar foco da pesquisa, enfatizando o nível de escolaridade dos agentes envolvidos na educação, mais diretamente. Há professores com Nível Médio e os outros com Nível Superior, incluindo os diretores. Os professores apresentam argumentos que são favoráveis ou demonstram a necessidade de mais ação por parte do Supervisor. Em consideração ao capítulo anterior, é apresentada uma conclusão sobre a ação do trabalho do supervisor nesta escola, cuja necessidade de mais empenho e melhoria tornou-se latente. 12 CAPÍTULO I - FORMAÇÃO DO SUPERVISOR ESCOLAR Em todas as funções e atividades é necessário que haja qualificação para exercê-la. Não é diferente na educação, cada agente participante do processo ensino-aprendizagem deve ser qualificado para tal, como exige a LDB. O Supervisor escolar não foge à regra, pois ele é importante para a educação ser completa. A Supervisão Escolar propriamente dita surge pela primeira vez no Brasil com a Reforma de Francisco Campos, decreto Lei 19.890 de 18/04/31, mas assumindo um papel bem diferente daquele que vinha sendo realizado, de fiscalizar e inspecionar o trabalho docente, “... cabia também ao inspetor geral presidir os exames dos professores e lhes conferir o diploma, autorizar a abertura das escolas particulares e até rever os livros, corrigi-los ou substituílos por outros” (FERREIRA, 1999). A Inspeção Escolar neste período era muita rígida. A escola se preparava toda para receber o inspetor, este só aparecia na escola para observar e fiscalizar todo o trabalho, desde o administrativo até o pedagógico. Na década de 1950, no Brasil a nomenclatura inspetor passa para supervisor escolar que permeia a educação atual. Neste período a formação dos primeiros supervisores foi mediante os cursos promovidos pelo Programa América - Brasileiro de Assistência ao Ensino Elementar (PABAEE), sendo que o supervisor atenderia somente o ensino primário. Este curso PABAEE se expandiu pelo Brasil inteiro durante os períodos de 1957 a 1963. Assim a formação do supervisor escolar passou para o ensino normal designada pela LDB 4.024/61, após sua promulgação ficou estabelecido que os governos estaduais e municipais a incumbência de organizar e executar os serviços educativos Neste âmbito, com as mudanças ocorrendo e com a política do governo pós-64 a educação começou explicitamente atender os interesses econômicos de segurança nacional, ou seja, o Supervisor Escolar tinha o papel de controlar a qualidade e promover a melhoria do ensino, sendo que este especialista deveria ter formação específica. 13 E foi a partir da lei 5540/68, que a Supervisão passa a ter a sua formação em nível superior. Na década de 70 a Supervisão Escolar engloba todas as atividades de assistência técnica – pedagógica e de inspeção administrativa, afim de não só atender a escola, mais todo ensino, nos anos 80, surgiram críticas sobre os papéis dos especialistas afins de eliminá-los das escolas. Analisou-se melhor esta situação e percebeu-se que o serviço da Supervisão Escolar tem uma atuação eficaz, para a organização do trabalho pedagógico. Já nos anos 90, retoma-se a supervisão com a nova LDB 9394/96 que propõe: que a formação de especialistas será oferecida nos Cursos de Pedagogia em nível de Pós-Graduação ou Complementação, com intuito de formação em exercício das práticas pedagógicas e como estas deverão ser desenvolvidas, visto que o supervisor é aquele que contextualiza, auxilia, pesquisa, coordena as atividades pedagógicas em parceria com os professores. Segundo Alves e Garcia (1986): Se a educação é a preparação para o exercício da cidadania, a luta em favor de uma escola pública de qualidade é condição para que se realiza o direito fundamental de todos os brasileiros á cidadania. Uma escola em que todos tenham não só o direito de acesso, mas a possibilidade de permanência e a garantia de nela se apossarem do conhecimento que os capacite para o exercício da cidadania (ALVES; GARCIA, 1986) Após esta retrospectiva, na qual aconteceram várias mudanças no âmbito educacional interferindo nos papéis dos responsáveis pela escola, pretende-se que o Supervisor Escolar do século XXI tenha uma postura de pesquisador, cooperador, companheiro, flexível, integral e acima de tudo comprometido com a eficiência do trabalho pedagógico e seja um conhecedor das leis, para poder entender as normas que o regem. De acordo com o artigo 33 da LDB 5.692/71 que legitima a presença dos especialistas da educação no ensino educacional brasileiro dando origem à polêmica sobre a divisão do trabalho na escola. É preciso compreender, portanto, que a natureza da escola mudou, hoje, não podemos mais ver o educador como o mestre antigo, que detinha todo o saber e que cuidava de 14 todas as etapas do processo educacional, mas como o personagem que conduz à aprendizagem, monitor que aponta o caminho do saber (ALVES ett all., 1995, p. 23-27). A escola atual é um sistema complexo que atende uma clientela imensa e diversificada, para tanto, o novo educador precisa desempenhar tarefas específicas que possibilitem o funcionamento adequado da prática educacional. Conseqüentemente, a reapropriação da totalidade da prática educacional deverá ser uma reapropriação política feita pelo coletivo dos educadores, isto implicará em um exame crítico e cuidadoso do papel da educação e da prática específica no projeto social mais abrangente da escola (ALVES ET all., 1995, p. 23). Ainda segundo Alves ett all.(1995, p.23) a supervisão e seus aspectos teóricos, baseado na Lei 5.692/71, possuem uma nova orientação educacional que pressupõe conceitos pedagógicos baseados em teorias educacionais modernas que eram desconhecidas dos integrantes do sistema de ensino até a sanção deste LDB e que ganhou força a partir de uma nova visão sobre a situação política e social em que se encontrava o país neste período. A teoria que estava sendo aplicada era a tecnicista, mas a partir do golpe militar de 1964 passou a ser aplicada uma nova teria voltada para a reflexão sobre o conceito de liberdade, a teoria Libertadora: No final dos anos 70 e início dos 80, a abertura política decorrente do final do regime militar coincidiu com a intensa mobilização dos educadores para buscar uma educação crítica a serviço das transformações sociais, econômicas e políticas, tendo em vista a superação das desigualdades existentes no interior da sociedade. Ao lado das denominadas teorias crítico-reprodutivistas, firma-se no meio educacional a presença da "pedagogia libertadora" e da "pedagogia crítico-social dos conteúdos", assumida por educadores de orientação marxista. A "pedagogia libertadora" tem suas origens nos movimentos de educação popular que ocorreram no final dos anos 50 e início dos anos 60, quando foram interrompidos pelo golpe militar de 1964; teve seu desenvolvimento retomado no final dos anos 70 e início dos anos 80. Nessa proposta, a atividade escolar centra-se em discussões de temas sociais e políticos e em ações sobre a realidade social imediata; analisam-se os problemas, seus fatores determinantes e organiza-se uma forma de atuação para que se possa transformar a realidade social e política. O professor é um coordenador de atividades que organiza e atua conjuntamente com os alunos. Esse movimento esteve muito mais presente em escolas públicas de vários níveis e em universidades, do que em escolas privadas (RIBEIRO JR, 2004). 15 Dessa forma, na esperança de que as mudanças chegassem até as salas de aula, foi preciso articular “elos humanos”, ou seja, garantir algum tipo de supervisão, para que as novas propostas chegassem até aos professores e alunos. O importante é estabelecer a teoria e a prática que devem informar a ação desses novos profissionais. Aí então é que as contradições começam a se manifestar (ALVES et all., 1995, p. 24). A ação prática e a formação teórica dos especialistas da educação (supervisores, orientadores educacionais, etc.) aparecem com muitos desafios, geradas pelas limitações que a realidade rebelde impõe a qualquer mudança arbitrariamente implantada. Os aspectos teóricos da supervisão educacional só fazem sentido em função de um exame paralelo da prática pedagógica. Teoricamente o modelo que a Lei 5.692/71 trazia implícito era a da escola a serviço do desenvolvimento econômico do país. Escola esta descentralizada e voltada para os interesses da comunidade na qual estivesse inserida, esta “idealização”, via na escola um sistema social formado de grupos e subgrupos: alunos e professores, técnicos, comunidade, interagindo entre si e formando um todo orgânico e harmonioso. A escola neste modelo nunca deveria se caracterizar como uma soma de atividades paralelas, comandadas e interligadas por estruturas administrativas exógenas, ao contrário, o conteúdo, ritmo e controle das atividades educativas seriam estabelecidos por cada comunidade escolar de acordo com as suas necessidades e interesses. Para desempenhar as várias tarefas, de atender às diferentes demandas escolares e às múltiplas especializações, exigidas pela tecnologia moderna que se fez necessário generalizar ou implantar no sistema de ensino novos papéis ao lado dos já existentes. A supervisão nesse caso passa a ser vista como um processo dinâmico que garante parâmetros para a relação ensino- aprendizagem que se realiza na escola. A formação do supervisor estará apoiada na necessidade de mais um personagem que auxilie e que minimize a tarefa de inspeção e fiscalização dos aspectos burocráticos da escola, e passa a enfatizar uma atuação mais técnica voltada não só para a liderança do sistema social orgânico que a escola “pretende ser” como também para o acompanhamento do processo de ensinoaprendizagem, elemento básico do trabalho pedagógico. 16 Esta linha teórica, que dá ênfase a liderança, a avaliação e a retroinformação que devem permear um trabalho integrado de supervisão escolar do qual o diretor, técnicos e professores participam, tem razão de ser dentro do contexto histórico. Contudo ao voltarmos um olhar crítico para a prática que vem em geral desempenhando nas escolas vemos que nada tem a ver com a Teoria Libertadora. As mudanças propostas pela Lei 5.692/71 ocorrem num momento político administrativo altamente autoritário e centralizador. Conseqüentemente, a maior parte das medidas, no nível de resolução e portarias tomadas a partir de então, procuraram reunir cada vez mais nas mãos das Secretarias Estaduais o controle das decisões, negando assim a descentralização proposta na lei maior. O sistema de supervisão gerado, seja em nível de escola ou das outras instâncias do sistema (delegacias ou coordenadorias), terá sua atuação sempre atrelada a decisões impostas de cima para baixo, e alheias aos interesses e necessidades de comunidade escolar. Os modelos pedagógicos ou administrativos que a supervisão deverá incrementar serão sempre decididos arbitrariamente. Além disso, a autonomia do supervisor para atuar na escola será nula, levando a ter um papel controlador aos aspectos burocráticos da estrutura escolar. Um papel isolado e pouco motivador, pouco crítico e criativo distante e antagônico à formação teórica que permeou sua especialização. É preciso repensar a formação deste educador em sua atuação em nível de escola e de sistema, e analisar cuidadosamente o papel que os especialistas da educação em princípio, melhor capacitados que a média dos nossos professores se pensarmos em termos de Brasil, poderão vir a desempenhar ajudando a enfrentar a problemática de garantir o acesso das crianças das camadas populares em nossas escolas e fazê-las este caminho com sucesso. A supervisão na área da escola não é uma profissão à parte, mas uma especialização dentro do magistério. Assim como em outras profissões, podemos distinguir basicamente três grandes níveis da formação profissional para o magistério: o da classe social de origem, o acadêmico ou escolar e o do exercício da profissão. 17 No exercício da profissão, vimos que a supervisão é uma das condições importantes para os professores se desenvolverem profissionalmente, por meio do diálogo entre pares e da reflexão sobre o próprio trabalho: O conjunto de comportamentos e ações com o objetivo de manter ou mudar o pensamento da escola a fim de influenciar diretamente a obtenção de seus principais objetivos de ensino. A supervisão tem desse modo, seu impacto sobre o educando, através dos docentes e das metodologias de ensino empregada (RANGEL E SILVA JUNIOR, 1997, p.44). E para exercer tal profissão é importante que diretores, coordenadores, supervisores que atuam no nível intra-escolar precisem questionar, refletir sobre o serviço que prestam se é de boa qualidade e se pode levar a um satisfatório resultado na aprendizagem. Alves (1995, p.25) comenta que no exercício da profissão, vimos que a supervisão é uma das condições importantes para os professores se desenvolverem profissionalmente, por meio do diálogo entre pares e da reflexão sobre o próprio trabalho, com essa condição presente, todos os outros empreendimentos formadores, na escola e fora dela, poderão beneficiar o atendimento pedagógico aos alunos porque haverá uma “disponibilidade” interna do professor de colocar sua “teoria” em diálogo com outras. Quando não há o questionamento e a reflexão sobre o próprio trabalho, o “perigo” é que os diversos cursos e estudos interfiram só no discurso do professor, deixando sua ação “do mesmo tamanho”, pois sem mudar sua teoria, sua prática também não muda. O sucesso da ação do supervisor se dá pela realização completa das funções que lhes são atribuídas, caso haja supressão de alguma delas, o trabalho será incompleto, conseqüentemente insatisfatório. As funções do supervisor se resumem a cinco: 1. Informar – fornecer informação, relevante e atualizada, no âmbito das três áreas, em função dos objetivos e necessidades de formação dos professores (supervisor enquanto pessoa informada). 2. Questionar – problematizar o saber e a experiência: colocar em questão o que parece óbvio, interrogar-se sobre a realidade do que observa, equacionar os problemas da prática, confrontar opções alternativas (supervisor 18 enquanto prático reflexivo, encorajando o professor a assumir uma postura reflexiva). 3. Sugerir – a partir da informação e da problematização, propor idéias, práticas e soluções. 4. Encorajar – no âmbito do relacionamento interpessoal, o encorajamento assume um papel inestimável na relação de supervisão. 5. Avaliar – avaliar, no sentido lato do termo, fazer juízos de valor. A avaliação, enquanto processo formativo e não de classificação. A breve retrospectiva histórica da ação supervisora: “Foi à busca da substancialidade própria da administração que de alguma forma a afastou do ensino. Em busca de sua identidade, a administração escolar e, por extensão, a supervisão afastaram-se do ensino para não ser com ele confundidos” (RANGEL E SILVA JUNIOR, 1997, p.105). Pela própria especificidade da organização das comunidades primitivas caracterizadas pelo modo coletivo de produção de existência, a educação constituía-se àquela época, em um processo difuso e indiferenciado, de apropriação dos saberes comunitários. Conforme iam sendo estruturadas e produzidas as formas de subsistência, os homens iam aprendendo e ensinando seus conhecimentos, desse modo, o processo educativo denominado por Saviani (1999, p.10) de comunismo educativo, ia se desenrolando na medida em que as pessoas iam vivenciando experiências individuais e coletivas de vida, dentro desse paradigma aprendizagem, ensino e ação supervisora se interpenetravam sendo impossível dissociá-los. Segundo Saviani (1999, p.16) assim define essa fase “(...) também na idade média, a educação escolar destinada aos membros da classe dominante (...), se contrapunha a educação da maioria da população determinada pelo trabalho.” Nessa fase, apesar da escola ser ainda estruturada de modo bastante simples, constata-se o protótipo da concepção da função supervisora tal como a define o verbete do dicionário, como uma ação claramente controladora e fiscalizadora: 19 “(...) a ideia de supervisão englobava os aspectos políticoadministrativos (inspeção e direção) em nível de sistema, concentrados na figura do diretor geral, e os aspectos de direção, fiscalização, coordenação e orientação do ensino, em nível local, a cargo dos comissários ou diretores dos estudos, os quais operavam por comissão do diretor geral de estudos” (SAVIANI, 2000, p.18). Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, pelo Marques de Pombal, muitas transformações ocorreram na organização educacional brasileira. Foi dado inicio a organização de um sistema nacional de educação, cujo primeiro passo se consolidou através das reformas de Leôncio de Carvalho (1879) e do parecer-projeto de Rui Barbosa (1882), além do projeto do Barão de Mamoré (1886). Em suma, todas essas propostas apresentavam um ponto comum: a necessidade da criação e implementação de um sistema nacional de educação pública. Para a operacionalização dessas propostas, vai sendo sinalizada a urgência na coordenação das instâncias criadas, ou seja, a ideia de supervisão vai se configurando e conquistando espaços mais nítidos. Na trajetória de implementação dos sistemas estaduais, vão surgindo certas dificuldades. É o que Reis Filho apud Saviani (1999, p.29) caracteriza como burocratização “a dominância de atribuições burocráticas sobre as técnicas-pedagógicas na função do inspetor (...) a definição de fiscalização para atividades acarreta prejuízo pedagógico”. O último período em que podemos dividir a “historia” da supervisão ocorreu durante a fase republicana. A criação da Associação Brasileira de Educação (1924) por iniciativa de Heitor Lira, a reforma João Luis Alves (1925), que através do decreto nº 16.782 criou o Departamento Nacional do Ensino e o Conselho Nacional do Ensino no lugar do Conselho Superior de Ensino, responsável entre 1921 e 1925 pela administração escolar, o que propiciou que fossem dados passos importantes para a criação do Ministério da Educação e da Saúde Pública, em 1930. Nos Estados a estruturação do sistema educacional começava também a ser desenvolvida. Esse processo foi propiciando o desvinculamento dos setores técnico-pedagógico daqueles especificamente administrativos. Em 1932, a formulação de um Plano Coletivo de estruturação educacional nacional, calcado nos princípios estabelecidos no Manifesto dos 20 Pioneiros da Educação Nova (1932) segundo a qual a contribuição das ciências é decisiva para dotar de racionalidade os serviços educacionais... se procurava atingir, na educação, o estagio tecnológico, isto é, a conversão da técnica em tecnologia pela via da fundamentação cientifica. Com a reforma educacional de Francisco Campos foi especialmente importante, pois através do decreto nº 19.851, de 11 de abril de 1931, houve o surgimento das faculdades de Educação, Ciências e letras que ao serem criadas receberam a denominação de Filosofia, Ciências e Letras. As reformas Capanema (1942) permitiam o delineamento mais nítido dos contornos da estruturação do ensino brasileiro, que se concretizaria em 1961, com a promulgação da Lei 4.024/61 que definiu as diretrizes e bases da educação nacional. Segundo Rangel e Silva Junior (1997, p.104) a taylorização da educação: Se a educação que se pretende orientar-se pelo principio da solidariedade não serão o taylorismo clássico ou moderno, o fordismo os arremedos de co-gestão ou suas muitas derivações que deverão se constituir em critérios para a organização do trabalho nas escolas públicas. O controle da produção pela administração a parcelarização das tarefas e a separação das especialidades que essas teorias apenas conduzem à inviabilização do caráter necessariamente pedagógico do trabalho escolar. Segundo Freire (1999, p.115) a educação exige uma definição do educador: Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutra, minha prática exige de mim uma definição, uma tomada de decisão, ruptura, exige de mim que escolha entre isto e aquilo, não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê. Sou professor a favor da docência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade da ditadura de direita ou esquerda (...) sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza. Paulo Freire defende arduamente a força transformadora da educação no nível social, negando completamente a possibilidade de uma educação ideologicamente neutra. De acordo com o Art. 61 da LDB, que trata da formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e 21 modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando (PCNs, 1999, p.51). Também o artigo 64 se refere formação de profissionais da educação para administração, planejamento, inspeção escolar, e supervisão e orientação educacional. Para a educação básica, será feita em cursos de graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação (PCNs, 1999, 52). Os artigos citados, o 61 e 64, que se refere à importância dos especialistas da educação, dar ênfase a formação de profissionais da educação, mostrando os critérios de modalidade de ensino cujos profissionais devem ser qualificados em curso direcionados para tal. O trabalho dos profissionais da educação em especial da supervisão educacional é traduzir o novo processo pedagógico em curso na sociedade mundial, elucidar a quem ele serve explicitar suas contradições e, com base nas condições concretas dadas, promover necessárias articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações verdadeiramente democráticas (MACHADO, 2007) O supervisor faz a transposição da teoria para a prática escolar, reflete sobre o trabalho em sala de aula, estuda e usa as teorias para fundamentar o fazer e o pensar dos docentes. Um bom supervisor deve apresentar em seu perfil as seguintes características: auxiliador, orientador, dinâmico, acessível, eficiente, capaz, produtivo, apoiador, inovador, integrador, cooperativo, facilitador, criativo, interessado, colaborador, seguro, incentivador, atencioso, atualizado, com conhecimento e amigo (MACHADO, 2007). A Supervisão Escolar passa então a ser uma ferramenta de atuação tem como principio o fazer, o agir, o movimentar, o envolver-se, o modificar e para isto é necessário que esteja firmado em nossa essência o querer moldar pessoas (MACHADO, 2007). 22 CAPÍTULO II - A IMPORTÂNCIA DA SUPERVISÃO NO CONTEXTO ESCOLAR 2.1. O QUE É SUPERVISÃO ESCOLAR Segundo Ferreira apud Rolla (2006, p.20) trata da origem da supervisão escolar cita que os “estudos voltados para a Supervisão Escolar fizeram com que esta função fosse conceituada sob vários enfoques. Trazendo a origem etimológica da palavra ‘supervisionar’, temos: ’SUPERVISIONAR = SUPERVISAR’ e, ‘SUPERVISAR = dirigir ou orientar em plano superior; superintender, supervisionar’. Mas também segundo Luck (1991, p.15) a palavra supervisão é formada pelos vocábulos super (sobre) e visão (ação de ver), indicando uma atitude de olhar com mais clareza uma ação qualquer. O termo supervisão escolar, de acordo com Nérici apud Rolla (2006, p.22) significa a visão que se tem sobre todo o processo educacional para que a escola possa alcançar seus objetivos. A finalidade principal é oferecer orientação profissional quando e onde forem necessárias, visando o aperfeiçoamento da situação de ensino aprendizagem, partindo do pressuposto de que a escola é um sistema social e o papel de formar cidadãos e preparação para a vida composto por um conjunto de funções inter-relacionado e influente. Portanto, as ações conduzidas em uma determinada área afetam de algumas formas as ações de outras disciplinas. É necessária uma linha integrada de ação entre o diretor da escola, o supervisor escolar e o orientador educacional. Segundo Luck (1991, p. 78), a administração da escola, a supervisão escolar e a orientação educacional se constituem em três áreas de atuação decisivas no processo educativo, tendo em vista sua posição de influência e liderança sobre todas as atividades desenvolvidas na escola. O estabelecimento da prioridade de ações, o relacionamento, o tipo de 23 relacionamento professores-professores, professores-aluno, escola- comunidade, dentre outros aspectos importantes da vida escolar, dependem, da atuação dos elementos que ocupam estas posições. Segundo Rodrigues (2004) apud Andrade (1979, p. 9), “Supervisão Educacional é o processo pelo qual se orienta a Escola como um todo, para a consecução de suas finalidades”. Ainda segundo Rodrigues(2004) apud Alves (1985, p.25): (...) a Supervisão Educacional é vista como “um processo dinâmico que garante parâmetros para a relação ensino-aprendizagem que se realiza na escola”. A autora atribui ao Supervisor Educacional uma ênfase quanto à liderança, à avaliação e à retro-informação que devem permear seu trabalho, de forma integrada dentro do contexto escolar (Rodrigues, 2004, p.14). Supervisão Escolar é a visão sobre todo o processo educacional para que se alcancem os objetivos propostos. A escola como um sistema social, se compõe de um conjunto de funções, todas elas interinfluentes, de sorte que a maneira como são conduzidas as ações em uma determinada área afetam de alguma forma, as ações de outra área (ALVES, 1995, p.29). Dessa interinfluência nem sempre se tem consciência, portanto, nem sempre se age de maneira a somar esforços, de acordo com um ponto de vista e objetivos comuns (LUCK, 1995, p.5). Poucos profissionais do Brasil trabalham tanto quanto os educadores, especialmente aqueles que exercem sua função nas escolas de ensino fundamental e Ensino Médio, sem dúvida alguma, em nossas escolas tanto públicas quanto particulares, existe esforço, dedicação e muito trabalho por parte daqueles que se dedicam à nobre missão de ensinar. A dedicação é tão grande que muitos ainda encaram o magistério como vocação e diante de salário que não condiz com o que fazem conseguem se sentir plenamente realizado (ALVES, 1995, p.29). Diante desse quadro a pergunta que cabe então é; porque a escola brasileira passa por dificuldade de aprendizagem nas primeiras séries iniciais? Porque 50% de nossas crianças repetem a 1º série do Ensino Fundamental? 24 Quando se analisa essas questões uma das tendências é jogar a responsabilidade sobre a criança, com afirmação: a criança é desmotivada, a criança chega ao ensino fundamental despreparada. Outra afirmação é jogar a culpa no sistema, afirmando-se que a escola reproduz as desigualdades da sociedade e enquanto não se muda o sistema a escola continuará a mesma. Ao analisar esse problema identificaram-se vários fatores que contribuem para o fracasso escolar da criança dentre os quais se destacam a falta de acompanhamento familiar, porque sem o apóio da família, não há rendimento na caminhada rumo ao sucesso escolar. A sociedade em que a escola está inserida é dinâmica. Determina e condiciona em muitos aspectos o trabalho educacional. É importante saber o que está ocorrendo na atuação da escola que contribui para situação de dificuldade no trabalho pedagógico e que inclui parcela cada vez mais numerosa das camadas populares (ALVES, 1995, p.30): A escola tem falhado estrondosamente deixando de satisfazer as suas expectativas. Se o primeiro grau tem se revelado ineficiente, o segundo grau revela-se inoperante. Aqui não se trabalha com os alunos em função daquilo que eles realmente são mais sim daquilo que nós, professores gostaríamos que eles fossem. O sistema longe de recuperar os alunos considerados defasados culturalmente limitase a classificar, selecionar e expurgar (BALZAN APUD ALVES, 1992, p.415). Neste contexto tão complexo e tão contraditório o profissional da educação, é obrigado a trabalhar muito com um salário cada vez mais reduzido, não consegue perceber a relação entre a educação e sociedade, portanto compete ao supervisor criar condições para que os educadores possam rever a sua atuação, não só constatar que a escola vai mal e sem perceber o seu papel (ALVES, 1995, p.31). A prática do Supervisor se dá numa sociedade de classes que se apresentam com sérias contradições, tanto no próprio sistema educacional como na forma de se encarar a educação. Por essas e outras razões não é de espantar que em muitas escolas tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio encontra-se um percentual de reprovação. Neste aspecto o profissional da educação obrigado a trabalhar muito com um salário defasado sem reajustes, fica desmotivado e não consegue 25 perceber a relação entre a educação e a sociedade. Compete ao supervisor a criar condições para que os educadores possam rever a sua atuação, não só percebendo que a escola vai mal, mas perceber o seu papel nesse contexto atuando para encontrar o melhor caminho. Para dimensionarmos com mais clareza o valor que o ensino formal pode ter faz as classes populares julgo necessário aliar-se a ação prática a uma revisão teórica. Uma revisão que supere e incorpore os modelos que tem nos permitido entender o que a escola é. Observa-se que a escola é uma instituição social determinada pelas relações de produção dominantes e espera que tenha uma mudança transformadora no âmbito das classes sociais. Considerando a supervisão uma tarefa técnico-científica, busca-se em todas as instâncias a melhoria da qualidade de ensino. Como função essencial é um dinamismo crítico capaz de construir com os professores o seu trabalho cotidiano. A ação supervisora se faz presente no planejamento, no acompanhamento das atividades, na coordenação, no controle e na avaliação do processo ensino-aprendizagem. Importantes são as contribuições de Nérici para o estabelecimento de uma definição da Supervisão Educacional, pois salienta que deve ser entendida como “orientação profissional e assistência dadas por pessoas competentes, em matéria de educação, quando e onde forem necessárias, visando o aperfeiçoamento da situação total ensino-aprendizagem” (NÉRICI, 1973, p. 28). Assim, a Supervisão Educacional visa à melhoria do processo ensino-aprendizagem, para o que tem de levar em conta toda a estrutura teórica, material e humana da escola. No cenário nacional, a Supervisão Escolar tornou-se uma “função meio” que garante “a eficiência da tarefa educativa, através do controle da produtividade do trabalho docente” (LACERDA, 1983, p. 75). Entretanto, os próprios fatos da realidade mostram que o serviço supervisor têm, na sua especificidade, uma atuação necessária à organização e ao encaminhamento do trabalho pedagógico. Como tarefa científica, sua base está no foco da prática docente e seus resultados, sendo o objeto específico da Supervisão Educacional em nível da escola o processo ensino-aprendizagem. E, para que tudo isso seja possível, é indispensável à ação de um profissional que, além de possuir competência política, humana e técnica, saiba ver além das evidências do cotidiano. 26 2.2. O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR O supervisor tem uma atuação muito ampla dentro da escola, sua presença é fundamental aos que compõem a equipe pedagógica da instituição, sua imagem vem se firmando positivamente cada vez mais O papel o supervisor escolar se constitui em última análise, na somatória de esforços e ações desencadeadas com sentido de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem. Esse esforço está voltado constantemente para o professor num processo de assistência aos mesmos e coordenação de sua ação: “O supervisor deve assumir uma posição problematizadora do desempenho docente, o que significa assumir uma atitude de indagar, comparar, responder, opinar, duvidar, questionar, apreciar e desnudar situações de ensino em geral e, em especial, as da turma regida pelo professor” (MEDINA, 1995, p.32) O processo de assistência e coordenação recebeu enfoques variados durante a história da supervisão escolar, como por exemplo, a melhoria: ü Dos materiais de instrução; ü Dos métodos, técnicas e procedimentos de ensino; ü Dos programas curriculares do processo de avaliação dos alunos; ü Da descrição de objetos educacionais; ü Do processo de recuperação dos alunos; ü Do desempenho do professor; Embora assumindo uma ação voltada ao professor, nem sempre a ação do supervisor escolar preocupou-se com a melhoria do seu desempenho. A preocupação pela melhoria do processo ensino-aprendizagem traduziu-se, via de regra, no esforço de analisar algum aspecto desse processo, qualquer um dos apontados, com exceção do desempenho do professor, organizá-lo, inoválo para que o mesmo o aplicasse e constituía a assistência do professor. 27 Recentemente, a supervisão escolar ganhou uma nova dimensão, tornou-se mais dinâmica e com maior potencial de eficácia em longo prazo: a melhoria de desempenho do professor, isto é, o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes dos mesmos em relação ao processo ensino-aprendizagem. Os aspectos de materiais de instrução, métodos, técnicas, passam a ser meios ou aspectos de desenvolvimento. A eficácia da ação do supervisor escolar torna-se, pois diretamente ligada à sua habilidade em promover mudanças de comportamento no professor (KORAN APUD LUCK, 1969, p.21), isto é, a aquisição de novas habilidades ou reforço a outras já existentes; o desenvolvimento de novas perspectivas, idéias, opiniões, atitudes, isto porque em última análise, o aprimoramento do processo ensino-aprendizagem preconizado pela supervisão escolar, não dependendo tanto das diretrizes preestabelecidas e de planos prontos muitas vezes poucos aceitos pelo professor, mas das condições apresentadas por este profissional para implementá-los. É potencial do professor canalizado para o processo ensino-aprendizagem que faz “diferença” nesse processo (FOSTER APUD LUCK, 1969, p. 24). Uma das grandes dificuldades da educação reside no fato de que idéias de inovações proposta não se traduzem em ação onde de fato ocorre a educação. Na sala de aula, às vezes, observa-se em nível de proposições, até certa sofisticação de idéias e métodos. Porém, em nível de sala de aula encontra-se muito comumente o professor atuando orientado por sua intuição ou quem sabe, até por suas experiências em face de sua perspectiva de desesperança diante das dificuldades que enfrenta. Somente se poderá afirmar que a educação melhorou a partir do momento em que houve melhora na sala de aula, isto é, na maneira como se desenvolve o processo ensino-aprendizagem. O desempenho do professor em termos de seus conhecimentos, atitudes e habilidades com relação ao processo de ensino são o cerne da melhoria da qualidade da educação e conforme afirma Cogan apud Luck (1973, p.22) muito mais do que a melhoria de prédios e materiais de ensino, de métodos e de programas. 28 A falta de assistência ao professor quanto a seu desempenho em sala de aula é considerada por Cogan como uma das importantes causas de embaraço do processo educativo, portanto, parece crucial que o supervisor escolar preste ao professor uma assistência sistemática no sentido de melhoria continua dos desempenhos. Segundo Morin (2000, p.27) a função supervisora/gestora encerra em si a marca da complexidade das ações. Conforme nos ensina, estamos na era do pensamento complexo. “que separa o mundo dos objetos submetidos a observações, experimentações, manipulações do mundo dos sujeitos que se questionam sobre problemas de existência de comunicação de consciência de destino.” Referindo-se a educação grega não poderia ser tomado como tão atual no contexto educacional em que hoje vivemos. Na política, ele insiste que o verdadeiro cidadão é aquele que também participa do Estado. O supervisor/gestor é um profissional cuja função, no meio educacional já se fazia sentir nas primeiras comunidades humanas. A função do supervisor é uma função precipuamente política e não principalmente técnica... Quanto mais ela se apresenta sob a roupagem de procedimentos técnicos,tanto mais ela é eficaz na defesa dos interesses socialmente dominantes (SAVIANI,1999,p.35). O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos objetos cognoscíveis. E essa rigorosidade metódica não tem nada haver como discurso bancário meramente transferidor do perfil do objeto ou do conteúdo, percebe-se assim, a importância do papel do educador, o mérito da paz com que viva a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar certo. O ensinar exige reflexão crítica sobre a prática, o pensar certo sabe, por exemplo, que não é a partir dele como um dado, que se conforma a prática docente crítica, mas sabe também que sem ele não se funda aquela. A prática docente crítica implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer. 29 O supervisor educacional é visto como uma espécie de inspetor ou fiscal, pois precisa interagir com as instâncias burocráticas e pedagógicas da escola, pois é necessário agir de uma forma ou de outra para ajudar no trabalho docente. Há nas escolas uma heterogeneidade de professores, quanto a formação de cada um. Diante desse quadro a supervisão é essencial para harmonizar o projeto político pedagógico da escola. O papel do supervisor escolar vem tomando novos rumos, pressionado pelo contexto da sociedade que exige uma educação voltada para o sentido da vida humana. A indisciplina escolar deve ser encarada como fenômeno de aprendizagem, ou seja, além daquilo que ocorre no contexto da sala de aula todos os seus intervenientes devem ser considerados. Entendemos que por ser o profissional de educação que estabelece um contato mais direto com o trabalho docente, cabe ao supervisor escolar fomentar discussões sobre o processo ensino-aprendizagem e a indisciplina escolar. Cabe ao supervisor escolar analisar, em ação conjunta com os professores, as contradições existentes entre o fazer pedagógico e a proposta pedagógica da escola. Também é necessário que o mesmo demonstre, fundamentado cientificamente, que quando se trata de indisciplina na escola as ações voltadas para a prevenção desta são mais eficazes do que medidas baseadas em mecanismos de intervenção, ou seja, é fundamental que se avance para uma mentalidade preventiva quando o assunto é indisciplina escolar, encarando esse fenômeno como previsível e deixando de vê-lo apenas no nível de intervenção (AMADO, 2001). Quando as ações disciplinares estiverem alinhadas ao projeto pedagógico da escola como resultado de uma construção coletiva baseada na reflexão por parte da comunidade escolar, entre os quais encontram-se professores e supervisores, certamente a prioridade recairá sobre a prevenção da indisciplina escolar, reduzindo, com isso, situações de estresse e exaustão por parte dos professores e demais membros que compõem a equipe pedagógica da escola. Em situações contrárias a essa, ou seja, aquelas nas quais se prioriza a prática de mecanismos intervencionistas, certamente os problemas relacionados à indisciplina escolar tenderão a se repetir, a se 30 aprofundar, tornando-se, conseqüentemente crônicos (CARITAS: FERNANDES, 1997). De acordo com Augusto (2006) o supervisor escolar se faz cada vez mais necessário porque professores e alunos não se bastam. Além das histórias individuais que todos escrevemos, é preciso construir histórias institucionais. Construir história nos torna humanos, e é de estranhar que, justamente na escola, tantas vezes tudo recomece do zero. O coordenador eficiente centraliza as conquistas do grupo de professores e assegura que as boas idéias tenham continuidade. 31 CAPÍTULO III – PESQUISA DE CAMPO Procedeu-se a análise da pesquisa enfocando a importância da supervisão escolar, direcionado à Unidade Escolar Benedito Leite I, localizada à Rua Máximo Ferreira s/n, Bairro Centro. Constatou-se que o nível de escolaridade dos professores e diretores são de Ensino Médio e Superior, e que a atividade do supervisor escolar é limitada, devido a vários fatores que influenciam em seu pleno desenvolvimento. A falta de infra-estrutura, tanto física quanto pedagógica, é o principal fator que limita o trabalho do supervisor nesta unidade de ensino. E isto se constitui como dificuldades a ser superada em longo prazo, caso haja um empenho para isto. Por outro lado a relação de professores e alunos é um fator determinante para o processo ensino-aprendizagem. O que os profissionais da educação, como supervisores e orientadores, têm feito para contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem? E garantir a melhoria, assistência e apoio para com o docente no sentido de preparar para o desempenho de suas funções? Nesta Unidade de Ensino observou-se que as atividades desenvolvidas pelo Supervisor têm se realizado utilizando as ferramentas disponíveis, as quais não são muitas. Como escola pública, não é diferente das demais, no âmbito municipal, isso quer dizer que há muito que se fazer na prática pedagógica, assim como, na supervisão. Os resultados alcançados ainda não são satisfatórios. Somente em longo prazo pode-se chegar eficientemente aos resultados esperados, mas para que isso aconteça é importante incluir dentre as ferramentas auxiliares, cursos de aperfeiçoamento para os professores, colocar em sala de aula profissional habilitado para a função de supervisor e professor, disponibilizar recursos didáticos suficientes e material bibliográfico para consulta. Quanto ao aspecto físico é necessário que haja, de início, espaço para a realização de atividades coletivas e esportivas, e outras modificações. Nesse 32 aspecto a impossibilidade de realização das atividades vem da não disponibilização de área suficiente, para fazer as mudanças necessárias. O acompanhamento do supervisor está incompleto. Este profissional se ver sem a possibilidade de realizar, a contento, seu trabalho, mas tem-se esforçado para que a aprendizagem aconteça dentro das condições que lhes são dadas. Foram entrevistados os seis professores de diversas disciplinas e a diretora da escola, com a intenção de perceber os aspectos positivos e negativos no trabalho pedagógico da escola. A coleta de informações foi realizada através de uma entrevista, fichas de acompanhamento pedagógico, relatórios, nos quais os professores responderam as questões relacionadas à prática pedagógica, tendo como objetivo identificar como está sendo feito este trabalho de acompanhamento e até que ponto os profissionais estão se comprometendo com essa prática educativa. É certo que a escola é um espaço de integração social do indivíduo e que através do seu papel de socializar e articular os conhecimentos para um bom desempenho profissional. A prática pedagógica consiste numa abordagem metodológica fazendo um levantamento de informações sobre a educação e supervisão contribuindo para um bom ensino de qualidade. Em seguida foi feita uma pesquisa de campo na escola, onde foi aplicada entrevista, que foi possível colher dados a respeito do acompanhamento pedagógico. A entrevista foi aplicada pelos supervisores da escola, com 5 professores do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental e 1 diretor. Em relação ao trabalho pedagógico, foi observado que parte dos professores precisam articular alguns aspectos como planejamento e a execução do mesmo, juntamente com os conteúdos a serem trabalhados de forma contextualizada. É necessário que a escola faça um acompanhamento pedagógico semanal e quinzenal, fazendo sessões de estudo e discussões, quanto à elaboração de atividades e conteúdos e estratégias adequadas. 33 FOTO 1 – PRÉDIO DA UNIDADE ESCOLAR BENEDITO LEITE - ESTRUTURA ANTIGA Fonte: Coelho, 2007. FOTO 2 – PRÉDIO DA UNIDADE ESCOLAR BENEDITO LEITE – ESTRUTURA ATUAL Fonte: Coelho, 2007. 34 FOTO 3 - ENSINO FUNDAMENTAL EM SALA DE AULA Fonte: Coelho, 2007. FOTO 4 – ALUNOS DA 6ª E 7ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL Fonte: Coelho, 2007. 35 Na Unidade Escolar Benedito Leite I, foi aplicado um questionário onde os professores expuseram seus pontos de vista e, resumidamente, falaram da realidade prática do cotidiano em sala de aula. As dificuldades de aprendizagem foram confirmadas, embora o planejamento tenha sido realizado de acordo com o currículo vigente, assim como a relevância do supervisor escolar como auxiliador do processo ensinoaprendizagem. Quanto às dificuldades de aprendizagem, a resposta dos professores foi: “Sim, em todas as disciplinas os alunos apresentaram dificuldades de aprendizagem, principalmente em Português, no que se refere a leitura e escrita; e Matemática na leitura e resolução de situaçõesproblema” (Professora Maria Vanusa de Araújo – Formação: Normal Superior e Diretora da escola). “Sim. Ainda encontramos alunos com baixo rendimento escolar devido o pouco conhecimento adquirido nas séries anteriores”. “Sim, principalmente em Linguagem (Ciências Humanas)” (Professora Gerlane Santos Silva – Formação: Letras). “A maioria dos alunos possuem muita dificuldade na leitura e escrita, na qual essa dificuldade atingia todas as disciplinas. O aluno não consegue interpretar o que ler. Os textos escritos não apresentam ortografia corretas, sem coerência deixando muito a desejar” (Professora Núbia Brito – Formação: História). “Sim, pois ainda não temos um bom resultado devido as dificuldades encontradas, como a leitura e a escrita”(Professor Francisco Paulo – Formação: Letras). Quanto ao planejamento a opinião dos professores foi: “Sim, todos os conteúdos são trabalhados e feitos um levantamento” ”(Professor Francisco Paulo). “O conteúdo apresentado no planejamento era bastante satisfatório, no qual o corpo docente contextualizava os conteúdos em estudo à vida escolar do aluno, englobando estrutura familiar, onde as aulas tinham um grande significado” (Professora Núbia Brito). 36 “Sim, todos os conteúdos e atividades avaliativas realizadas neste período foram coerentes com os planejamentos elaborados” (Professora Maria Vanusa de Araújo). “O planejamento ainda não condiz com a dimensão da prática pedagógica (Professora Gerlane Santos Silva). “Em parte sim, mas ao contrário da prática pedagógica o planejamento deixa muito a desejar. O que se planeja de fato fica apenas no papel. Quanto ao Supervisor Escolar o que os professores responderam sobre a sua colaboração para melhoria da prática educacional foi: “O supervisor colabora bastante levando consigo materiais didáticos e novas estratégias, enfim ajuda nas atividades em sala de aula”. (Professora Núbia Brito) “Trabalhando em grupo e se capacitando” ”(Professor Francisco Paulo). “Se capacitando a cada dia, pesquisando e descobrindo novos métodos e ações que contribuam com a prática dos professores em sala de aula” (Professora Maria Vanusa de Araújo). “Participando ativamente do processo educativo (Professora Gerlane Santos Silva)”. “Se propondo de fato a ajudar. Trabalhando em parceria com o professor procurando uma melhor forma de trabalhar as dificuldades do aluno e não ficando omisso ao seu trabalho” (Professora Gerlane Santos Silva). Com estes depoimentos constata-se que há um esforço para melhorar ou sanar os problemas de aprendizagem dos alunos, aí está incluída a figura do Supervisor, mas são ações que pouco ou não surtem efeitos. Caso contrário a insatisfação no planejamento não estaria explícita, assim como, o esforço quanto a coerência no planejamento não esbarraria nas dificuldades de aprendizagem que persistem até o fim do ano. O que deve ser feito é um trabalho conjunto onde todos os agentes envolvidos com a educação participem desde o diretor da escola ao zelador, vigia e o próprio aluno. 37 O que de fato está contribuindo para que o aluno chegue a algumas séries sem a noção básica do que deve levar para aprender, é essa atitude conjunta. Onde um professor que faz o planejamento isolado, passe a envolver o colega criando projetos que envolvam todos, e saia da rotina cujas aulas limitam-se apenas a explicações sem contextualização e fora da área de interesse do aluno. A partir do momento que há o interesse do aluno pelo que acontece em sala de aula, há aprendizagem, as dificuldades são superadas, mas se do início ao fim do ano este mesmo aluno permanece com as mesmas deficiências algo está errado, e este algo não é com o aluno e sim com a prática que está ultrapassada e sem atrativos. O supervisor nesse momento tem que ser sensível a isto, observar e agir exatamente no ponto que está impedindo este aluno de avançar no processo de aprendizagem. O Supervisor deve trabalhar diretamente com o professor, observando a sua prática, sugerindo, envolvendo-se, enfim fazer o que deve fazer, agir no momento em que o aluno não está aprendendo. 38 CONCLUSÃO A conclusão que se tem sobre o trabalho de pesquisa realizada é que o Supervisor escolar é muito importante no processo ensino-aprendizagem, pois ele tem ao seu alcance uma visão geral do trabalho do professor e assim, pode auxiliá-lo no bom andamento de seu trabalho. Os estudos apresentados neste trabalho foram analisados com o objetivo de mostrar a importância do papel do supervisor educacional numa visão criativa, no processo educativo. Por outro lado, pressupõe-se que a relação de professores e alunos é um fator determinante para o bom desempenho do processo pedagógico, sendo que o professor tem o papel de articulador. No decorrer de suas atividades a supervisão escolar se constitui em um trabalho de observação e acompanhamento da prática em sala de aula. Envolvendo-se e contribuindo para a melhoria do processo ensino aprendizagem, contudo é com assistência e apoio ao trabalho docente, no sentido de que seja mais preparado no desempenho de suas funções, promovendo ações integradas e eficazes conforme s condições que lhes são apresentadas. Cabem aos outros profissionais como supervisores, orientadores e diretores contribuir com suas ações para o êxito do processo educativo, assim como garantir a melhoria do processo ensino-aprendizagem, dando assistência e apoio ao docente no sentido de melhorar e preparar para o bom desempenho de suas funções. 39 ANEXO I 40 41 42 ANEXO II 43 ANEXO III 44 ANEXO IV 45 ANEXO V 46 ANEXO VI 47 BIBLIOGRAFIA ALVES, Nilda (coord.). Educação e supervisão: o trabalho coletivo na escola. São Paulo: Cortez, 1995. ALVES, NILDA; GARCIA, Regina Leite. O Fazer Pensar dos Supervisores e Orientadores. São Paulo: Loyola,1986. AMADO, J. S. Interação pedagógica e indisciplina na aula. Porto: Asa, 2001. AUGUSTO, Silvana. Desafios do coordenador pedagógico. Nova Escola. São Paulo, n. 192, maio 2006. CARITA, A.; FERNANDES, G. Indisciplina na sala de aula: Como prevenir? Como remediar? Lisboa: Presença, 1997. COELHO, Maria Francisca Ramos. 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