1.INTRODUÇÃO
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1. INTRODUÇÃO
O tema central deste trabalho é o Associativismo Empresarial como uma
ferramenta de alavancagem do sucesso das organizações, sobretudo, das micro e
pequenas empresas.
Segundo Andrade (2008) o Associativismo surgiu já nos primórdios da
humanidade, no momento em que o homem percebeu a necessidade de viver em
grupos para caçar e se defender. Na era industrial, porém, foi obrigado a se
organizar no intuito de enfrentar as condições precárias de trabalho. Na era atual,
chamada
de
“a
era
do
conhecimento”,
torna-se
necessário
buscar
o
desenvolvimento econômico e social através de grupos estruturados e preparados.
O Associativismo caracteriza-se pelas suas diferentes formas de organização
e pela sua importância como instrumento de desenvolvimento. Verificando-se o
processo de evolução das sociedades, pode-se afirmar que a prática da cooperação
demonstra que um grupo é superior à simples soma dos indivíduos, pois, através
desta forma de organização estes podem conquistar de fato melhorias em diversos
aspectos da vida humana, inclusive no que tange à atividade econômica.
Atualmente, na era da globalização de um mercado competitivo, surge a
necessidade de um Brasil de empreendedores que acreditem no associativismo, que
percebam e valorizem essa forma de representação e se tornem os agentes da
construção de uma sociedade de resultados.
“O associativismo é um aspecto fundamental para transformar o Brasil num
país de primeiro mundo, estabelecendo o desenvolvimento econômico através de
negócios que possam crescer de forma sustentável” (ANDRADE, 2005, p. 2).
Numa definição mais ampla, Romeu (2008, p.1) define Associativismo como
“qualquer iniciativa formal ou informal, que reúne um grupo de empresas ou
pessoas, com o objetivo principal de superar dificuldades e gerar benefícios
econômicos, sociais ou políticos”.
Para Canterle (2004) a sociedade contemporânea se organiza através de
ajuda mútua para resolver diversos problemas relacionados ao seu dia-a-dia. Como
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exemplo desse tipo de organização, pode-se citar as Associações de Classes e os
Conselhos Municipais.
O associativismo sugere a idéia de viver de forma coletiva, participando de
novas experiências e enriquecendo os conhecimentos de todos os atores
envolvidos. A partir deste conceito, e considerando-se que se vive em uma
sociedade cada vez mais competitiva e individualista, as associações apresentam-se
como um espaço de ajuda bilateral a seus associados.
O Associativismo está presente em entidades como Associações Comerciais,
Industriais, e Rurais; Sindicatos; Cooperativas; Parcerias ou Associações de
interesse econômico, Social ou Político.
Esta monografia tem como objeto de estudo a Associação Comercial de
Paulo Afonso – ASCOPA, que é uma organização sem fins lucrativos que tem como
objetivo principal promover e incrementar as atividades econômicas dos seus
associados.
Busca-se investigar quais são os fatores determinantes que explicam os
baixos índices de interesse que os associados da ASCOPA demonstram em
participar e envolver-se nas atividades organizadas pela associação, e serviços
prestados pela mesma. Sabe-se que o associativismo tem grande relevância no
crescimento das empresas associadas. Porém, os atuais associados da ASCOPA
não têm usufruído de todos os benefícios que a mesma lhes proporciona, pelo fato
de não se envolverem de forma mais intensa com a associação.
Para responder a esta problemática, foram investigadas, através de uma
pesquisa estruturada desenvolvida junto com os associados da ASCOPA, quais são
as razões que levam os mesmos a não se envolverem de forma cabal com as
atividades desenvolvidas pela mesma, podendo, assim, usufruir de todos os
benefícios oriundos desta parceria, que certamente terão grande reflexo positivo no
crescimento e fortalecimento econômico destas organizações.
1.1 Definição do Problema
A iniciativa de se criar uma Associação Empresarial em geral, surge de um ou
mais empresários de vanguarda, de um mesmo ramo de atividade, que esperam, ao
unir suas forças, poder competir em melhores condições com as grandes empresas.
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Normalmente, essa união tem, no início, intenção de conseguir melhores preços
com a realização de compras conjuntas, porém, com o tempo, outras vantagens são
percebidas. E diante deste cenário é que a ASCOPA surgiu, sendo esta, ainda, a
sua missão.
No entanto, é percebida na classe empresarial de Paulo Afonso estigmas do
tipo “O segredo é a alma do negócio” e “O meu concorrente deve desaparecer”, que
são contraproducentes diante da perspectiva do associativismo, que foca a união
das organizações como ponto para alavancar os negócios individuais.
Os gestores da ASCOPA – Gestão 2007/2009, tem observado que os
associados não participam de forma dinâmica das ações desenvolvidas pela
instituição, deixando de usufruírem dos benefícios outrora indicados. Mas, o que
inquieta os mesmos, é não saberem, ao certo, quais as razões que justificam este
baixo interesse.
Assim, buscando entender os fatores determinantes para este comportamento
dos associados da ASCOPA, levantaram-se algumas hipóteses que se buscou
responder na conclusão deste trabalho monográfico:
Ø Perda de foco devido representar vários segmentos (Comércio, Serviços,
Indústria e Agronegócios);
Ø Falha na comunicação com os associados;
Ø Existência de duas entidades com objetivos semelhantes (Câmara dos
Dirigentes Lojistas - CDL e ASCOPA) que acabam dividindo a atenção dos
empresários;
Ø Assistencialismo por parte da Companhia Hidroelétrica do São Francisco CHESF e da Prefeitura Municipal de Paulo Afonso – PMPA que acaba
causando certo comodismo nos associados, uma vez que boa parte deles são
ex-funcionários da CHESF que se acostumou com os benefícios concedidos
pela empresa durante o tempo que tinham vínculo empregatício com a
mesma;
Ø Falta de representantes de todos os segmentos englobados pela ASCOPA na
Diretoria da instituição. Por não ter representante de cada segmento acaba
deixando os associados um tanto confusos;
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Ø Insatisfação dos associados com os eventos promovidos pela ASCOPA. Por
avisar com pouco tempo de antecedência e pelo presidente ter trabalhado na
prefeitura (Gestão: 2005-2008), alguns associados acabavam confundindo o
objetivo do evento: se era uma programação da Prefeitura ou da Associação.
Diante destes aspectos, esta monografia pretende responder ao seguinte
questionamento: Quais os fatores determinantes que explicam o baixo
envolvimento dos associados nas atividades desenvolvidas pela ASCOPA?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Revelar a importância do associativismo como fator que pode proporcionar a
alavancagem empresarial das micro e pequenas empresas, Investigando as razões
pelas quais os associados da ASCOPA não se envolvem de forma significativa nas
atividades desenvolvidas pela mesma.
1.2.2 Objetivos Específicos
• Diagnosticar os serviços ofertados pela ASCOPA buscando identificar o
alinhamento dos mesmos com as necessidades dos associados, e o nível de
satisfação dos mesmos;
• Investigar quais são as estratégias de Marketing de Relacionamento
utilizadas pela ASCOPA para fidelizar os seus associados, objetivando
promover uma maior integração dos mesmos com a instituição;
• Pesquisar qual é a imagem institucional que os empresários têm da ASCOPA
e o seu impacto na escolha da mesma como entidade representativa da
classe;
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1.3 Justificativa
O tema Associativismo Empresarial em função da sua importância dentro do
contexto da Administração tem despertado interesse na comunidade acadêmica. É
uma tendência de posicionamento no mercado para as micro e pequenas empresas,
como uma tentativa de sobreviverem aos ataques dos grandes concorrentes. Como
na região de Paulo Afonso há uma predominância de empresas de pequeno porte,
entende-se
que
será
possível
contribuir
de
forma
significativa
para
o
desenvolvimento das empresas locais associadas à ASCOPA através deste estudo.
Segundo Queija (2008) o Associativismo, ou ação associativa, é qualquer
iniciativa formal ou informal que reúna um grupo de pessoas ou empresas com o
principal objetivo de superar dificuldades e gerar benefícios comuns em nível
econômico, social ou político.
Já para Avritzer (2004) a organização associativa abriga um complexo
sistema de relações sociais que se estruturam a partir das necessidades, e
interesses. Da dinâmica dessas relações nascem ações no espaço da economia,
constituindo-se em processos de aprendizagem, interação e compartilhamento dos
interesses e problemas comuns.
Ainda para Avritzer (2004), o fomento ao associativismo constitui a pedra
angular do desenvolvimento no sentido que a organização associativa fornece os
instrumentais aos atores individuais e passa a ser a força indutora para incorporar
novos conhecimentos, que culmina em uma sinergia nos processos de inovação e
aperfeiçoamento. Além disso, esse autor sublinha que os atores sociais mais
importantes não são os cidadãos individualmente, mas as corporações em que se
envolvem e cuja atuação passa a depender em grande medida dos interesses
pessoais envolvidos. Dessa forma, a associação expressa uma relação social
dinâmica, e em movimento, como uma força estratégica para a melhoria das
condições locais de uma população, sob todas as suas dimensões, culminando com
a idéia de desenvolvimento.
Considerando-se o contexto no qual a cidade de Paulo Afonso está inserida,
entende-se que o Associativismo Empresarial é uma das principais molas
propulsoras do desenvolvimento econômico e social local, haja vista que as micro e
pequenas empresas são predominantes no município, e estas organizações, como
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já foi anteriormente afirmado, podem se beneficiar com as práticas associativistas,
contribuindo de forma significativa com a geração de emprego e renda no município,
e, consequentemente, no desenvolvimento local.
O mercado empresarial de Paulo Afonso vem crescendo constantemente e,
com isso, atraindo empresas de médio e grande porte em vários segmentos gerando
uma concorrência cada vez mais forte e mercados mais exigentes e seletos.
Diante deste quadro, as micro e pequenas empresas locais precisam se
fortalecer para enfrentarem este novo cenário. Para tanto, poderiam se associar a
ASCOPA ou à CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas de Paulo Afonso, pois, através
destas Associações Empresariais ganharão benefícios importantes neste processo
de fortalecimento, tais como: Compras conjuntas diretamente com grandes
fornecedores barganhando descontos; Treinamentos em parcerias com os
associados para reduzir custos nas capacitações; Criar ações de marketing em
conjunto aumentando a eficiência destas estratégias, como por exemplo:
Campanhas de Vendas, Promoções, Descontos, entre outros.
Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Organizações
Não Governamentais – ABONG, existem hoje no Brasil 338 mil associações
divididas em cinco categorias: 1) Que são privadas, e não integram o aparelho do
Estado; 2) Que não distribuem eventuais excedentes; 3) Que são voluntárias; 4) Que
possuem capacidade de autogestão; e, 5) Que são institucionalizadas. (INESC,
2008).
Sabe-se que para o Associativismo dar certo, exige-se dos associados e dos
diretores da associação, muita dedicação, espírito associativista e, além disso,
atitudes cooperativistas e corporativistas, para ajudar e ser ajudado. É muito
importante que os envolvidos mantenham-se sempre motivados, entusiasmados,
entrosados e com alto grau de companheirismo entre os associados, através da
participação nas atividades organizadas pela direção da associação.
A definição da ASCOPA como objeto de estudo, deu-se em virtude de a
mesma ser uma associação empresarial sólida, que já existe há cerca de 40 anos na
cidade de Paulo Afonso, tendo participado de forma ativa no desenvolvimento
econômico da região. Assim, certamente será de grande valia para os discentes de
instituições de ensino superior, conhecer esta conceituada organização.
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Este estudo terá grande relevância tanto para a comunidade empresarial
quanto para a comunidade acadêmica, transformando-se num referencial de estudo
sobre o tema Associativismo, podendo, inclusive, servir como base para a
implantação de novas associações empresariais, bem como para o desenvolvimento
de estratégias que venham fortalecer o trabalho desenvolvido pela ASCOPA.
1.4 Estrutura do Trabalho
Este trabalho será estruturado da seguinte forma: No capítulo 1 consta a
Introdução onde é feita uma apresentação e contextualização do tema, apresentamse a Problemática, o Objetivo Geral, Objetivos Específicos e a Justificativa deste
estudo; No capítulo 2 apresenta-se o método de pesquisa aplicado nesta
monografia; Já no capítulo 3, foi abordado o Referencial Teórico sobre o tema em
foco, trazendo os conceitos mais relevantes e autores renomados sobre
Associativismo Empresarial, fazendo-se o entrelaçamento da teoria com a prática
verificada na pesquisa; No capítulo 4, apresentam-se os resultados e análises da
pesquisa de campo realizada com uma amostra de 20% dos associados da
ASCOPA, e da entrevista realizada com o então Presidente da organização, Sr.
José Érison de Barros. No capítulo 5 são apresentadas as considerações finais
referentes à pesquisa. Por fim, são apresentadas as Referências utilizadas nesta
monografia e os questionários aplicados nas referidas pesquisas.
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2.METODOLOGIA
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2. METODOLOGIA
Para se alcançar o objetivo de uma pesquisa científica é de suma importância
que o pesquisador escolha o método mais adequado para o desenvolvimento do
projeto. Para Roesch (2005, p.124) “todos os projetos utilizam algum tipo de
metodologia. Especialmente para aqueles que contêm pesquisa empírica, espera-se
que haja especificação de seu plano ou estratégia”. Já para Koogan e Houaiss
(1994, p.677):
Método é o conjunto dos meios dispostos convenientemente
para alcançar um fim. Ordem ou sistema que se segue no
estudo ou no ensino de qualquer disciplina, e metodologia é a
arte de guiar o espírito na investigação da verdade.
Apesar de não haver uma fórmula exata e específica para se solucionar
problemas, conhecer realidades, produzir objetos ou desenvolver comportamentos,
o estabelecimento de um método é uma estratégia para que a solução torne-se clara
e acessível a todos. Por isso, existem os Métodos Científicos, também conhecidos
como Teorias da Investigação, que têm como propósito afirmar, negar ou
condicionar hipóteses através da coleta de dados.
Diante do exposto, fica evidente que a definição da metodologia é um fator
primordial para a concretização da pesquisa monográfica, e deve descrever passo a
passo como serão levantados os dados que solucionarão a problemática e tornando
possível o alcance dos objetivos traçados, imprimindo cunho científico à pesquisa,
possível de ser comprovado e compreendido pelos leitores.
2.1 Definição, classificação e caracterização de pesquisas
De acordo com os objetivos e o foco da problemática desta investigação
científica, fez-se necessário a utilização de diversos tipos de pesquisas,
classificadas neste trabalho como: pesquisa bibliográfica, pesquisa exploratória e
pesquisa descritiva.
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“A pesquisa é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo,
que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a
realidade ou para descobrir verdades parciais”. (LAKATOS e MARCONI, 2001, p.
155).
Para Kotler (2000, p. 125) “pesquisa corresponde à elaboração, à coleta, à
analise e à edição de relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes
sobre uma situação especifica de marketing enfrentado por uma empresa”.
A escolha dos tipos de pesquisas mais adequados é um momento de grande
relevância para o resultado final do projeto, haja vista que a qualidade dos dados
coletados, bem como as informações que serão extraídas dos mesmos, dependerá
diretamente do método de pesquisa escolhido.
2.1.1 Pesquisa Bibliográfica
Visando obter conhecimentos específicos, no inicio da investigação foi feito
um levantamento bibliográfico para fundamentar e contextualizar a teoria da
pesquisa, pois, segundo Mattar (1994), uma das formas mais rápida e econômica de
aprofundar e amadurecer um problema de pesquisa é por meio do conhecimento
dos trabalhos já produzidos por outros autores. No entanto o conhecimento e a
compreensão do fenômeno por parte do pesquisador são, muitas vezes,
insuficientes ou inexistentes.
Para Koche (1997), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida de forma que
explica o problema, utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias
publicadas em livros ou obras congêneres.
Por essa razão, visando obter fontes de qualidade para o levantamento de
dados, fez-se necessário buscar materiais didáticos, em sites eletrônicos, livros e
revistas e outras fontes disponíveis.
2.1.2 Pesquisa Exploratória
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De acordo com a temática que o problema está inserido, fez-se necessário o
emprego da pesquisa exploratória, pois conforme Mattar (2005, p. 85):
A pesquisa exploratória visa prover o pesquisador de um maior
conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em
perspectiva. Por isso, é apropriada para os primeiros estágios da
investigação quando a familiaridade, o conhecimento e a
compreensão do fenômeno por parte do pesquisador são,
geralmente, insuficientes ou inexistentes.
A inclusão da pesquisa exploratória nesta monografia foi com o intuito de
investigar e comparar até que ponto as idéias transcrita pelos autores das fontes
exploradas são compactuadas com os propostos neste trabalho.
De acordo com Mattar (2005, p. 98), “a pesquisa exploratória é utilizada para
elevar o conhecimento do pesquisador sobre um tema que lhe é ainda totalmente
desconhecido”, assim pode-se modificar e esclarecer os conceitos estudados.
2.1.3 Pesquisa Descritiva
Conforme Acevedo e Nohara (2006), a finalidade da pesquisa descritiva é
descrever
as
características do fenômeno investigados, produzindo assim
conhecimentos que são essenciais para outras pesquisas que visam explicar o
fenômeno. Nesta monografia a pesquisa descritiva teve como objetivo permitir que o
pesquisador e, posteriormente a organização objeto de estudo – Associação
Comercial de Paulo Afonso - ASCOPA pudessem ampliar o entendimento sobre os
dados pesquisados, utilizando estas informações no desenvolvimento de novas
pesquisas relacionadas ao comportamento dos seus associados.
2.1.4 Métodos Qualiquantitativos
Diante das informações coletadas e conforme a natureza das variáveis
estudadas foi feito um ajuste entre os métodos qualitativos e quantitativos, pois
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conforme Mattar (2005) é possível que numa mesma investigação e com o mesmo
instrumento de coleta de dados se faça perguntas qualitativas e quantitativas.
De acordo com Kotler & Keller (2006) a pesquisa quantitativa é o meio mais
flexível para obter os dados, utilizando questionários que consistem em um conjunto
de perguntas que serão feitas aos pesquisados.
Já para Mattar (2005) na pesquisa qualitativa os dados são colhidos através
de perguntas abertas (quando em questionários), em entrevistas em grupos, em
entrevistas individuais em profundidade e em testes projetivos.
As abordagens qualitativas e quantitativas podem, então, serem aplicadas
simultaneamente numa mesma pesquisa, segundo os objetivos propostos.
Conforme pode ser visto no quadro 01 os dois métodos apresentam diferenças
quanto às generalizações, absorção da informação, papel do pesquisador e análise
dos dados.
Quadro 01: Diferença entre as abordagens Quantitativa e Qualitativa
PESQUISA QUANTITATIVA
Alto índice de generalização
Perda da informação qualitativa
O pesquisador assume papel mais
neutro em relação do objeto de estudo
Análise realizada matemática ou
estatisticamente
PESQUISA QUALITATIVA
Possibilidade de generalização baixa ou
nula
Alta dependência da subjetividade do
pesquisador
O pesquisador envolve-se
subjetivamente tanto na observação
como na análise do estudo
Análise subjetiva dos dados
Fonte: Nóbrega (2006, p.10)
“Enquanto na pesquisa quantitativa o pesquisador parte de conceitos a priori
sobre a realidade, o pesquisador qualitativo sai a campo não estruturado, justamente
para captar as perspectivas e interpretações das pessoas” (ROESCH, 2005, p.125).
A abordagem selecionada para este trabalho foi a qualiquantitativa que
segundo Aurélio (2000) pode ser definido como um método que coleta dados que
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exprimem ou determinam qualidade, mesmo sendo coletados numa quantidade
considerável. Isto ocorre devido os critérios utilizados na definição da amostra e no
método de tratamento que a autora utilizou para transformar os dados em
informações relevantes para o alcance dos objetivos do trabalho. Serão mescladas
as abordagens na tentativa de se alcançar maiores êxito através dados coletados,
para uma análise mais aprofundada, com dados objetivos e subjetivos, afinal estas
abordagens,
que
segundo
Nóbrega
(2006)
relacionam-se
por
meio
de
complementação e não de exclusão.
Em um primeiro momento foi realizada uma pesquisa quantitativa com uma
amostra significativa de associados da ASCOPA. Após a tabulação e análise destes
dados, aplicou-se questionário via internet com o Presidente da associação, Sr.
Érison Barros, para investigar as razões que levam os associados a não
participarem de forma mais expressiva nas atividades desenvolvidas pela Instituição
presidida pelo mesmo. Esta foi, então, uma pesquisa qualitativa.
2.2 Universo e Amostra
Segundo Lakatos & Marconi (2001, p.223), “a delimitação do universo
consiste em explicitar que pessoas ou coisas, fenômenos serão pesquisados
enumerando suas características comuns, [...]”.
O universo desta pesquisa é constituído por 100 associados da ASCOPA que
pagam regularmente a mensalidade, conforme informações fornecidas pela Diretoria
da instituição.
Para Acevedo & Nohara (2006) a composição da amostra refere-se aos
elementos escolhidos para formá-la e ao seu dimensionamento.
Já segundo Mattar (1999), amostragem é o processo de colher amostras de
uma população ou universo. A idéia básica de amostragem está em que a coleta de
dados em alguns elementos do universo e sua análise pode proporcionar relevantes
informações. É uma pesquisa que seleciona uma parte do consumidor para inferir
conhecimento para o todo, ao invés de efetuar uma pesquisa coletiva, como por
exemplo, um censo.
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A amostra pode ser não probabilística ou probabilística.
Para Lakatos &
Marconi (2001) amostra não probabilística é aquela que faz uso de uma forma
aleatória de seleção, não pode ser objeto de certos tipos de tratamento estatístico, e
que diminui a possibilidade de inferir para todo o resultado da amostra.
Já para Dencker (2001) a amostra probabilística é aquela escolhida de forma
que todos os componentes do universo tenham uma probabilidade conhecida igual
de serem selecionadas.
Nesta pesquisa monográfica a intenção inicial era utilizar a pesquisa
censitária com todos os associados, ou seja, não seria definida uma amostra
específica do universo, antes sim, seria utilizado o universo na sua totalidade,
definido cientificamente como censo. Porém, só foi possível obter 20% de retorno
dos questionários aplicados.
2.3 Instrumentos de Coleta de Dados
Nesta pesquisa monográfica foram elaborados dois questionários totalmente
estruturados, com perguntas objetivas e subjetivas, direcionados ao Presidente da
ASCOPA com perguntas abertas, e aos associados com perguntas abertas e
fechadas, respectivamente
“O instrumento de coleta de dados é o formulário onde constam as perguntas
e as escalas que serão apresentadas aos entrevistados ou os itens que serão
observados” (ACEVEDO & NOHARA, 2006).
Segundo Ruiz (2002), entrevista é definida como diálogo que tem como
objetivo obter de determinada fonte ou pessoa informante, dados relevantes para a
pesquisa em andamento.
E, conforme Malhotra (2001), questionário é uma técnica estruturada para a
coleta de dados, que consiste de uma série de perguntas (escritas ou verbais), que o
entrevistado deve responder.
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Nesta monografia foi utilizado um questionário com perguntas abertas
aplicado via internet com o ex-presidente da ASCOPA, Sr. José Érison de Barros,
que se mudou de Paulo Afonso, impossibilitando a realização de entrevista pessoal.
De igual sorte, aplicou-se outro questionário com perguntas abertas e
fechadas, na pesquisa com os associados, sendo conduzida da seguinte forma: uma
funcionária da ASCOPA distribuiu no dia 10/12/2008 os questionários com uma carta
anexa explicando os objetivos da pesquisa e o prazo de retorno, estipulado para o
dia 10/02/2009. Os próprios associados responderiam o questionário e o
devolveriam à funcionária que recolheria os formulários na data determinada. Foi
feito um pré-teste na própria empresa, antes de se iniciar a pesquisa de campo, em
horário comercial com 03 associados, objetivando corrigir eventuais distorções no
questionário que poderiam dificultar a compreensão dos mesmos.
Conforme Acevedo & Nohara (2006, p. 54):
O pré-teste ajuda a identificar se os entrevistados
compreenderam as perguntas bem como seus termos. Além
disso, ele será útil para verificar se as alternativas de respostas
às perguntas fechadas estão completas, se a seqüência das
perguntas é adequada, se está havendo algum viés nas
respostas e se existe algumas perguntas que não esta sendo
respondida pela maior parte dos entrevistados.
Contudo foi necessário em média, duas semanas para que os sujeitos da
pesquisa fossem abordados e os dados fossem coletados e processados.
2.4 Análise e interpretação dos dados
Logo após o processamento dos dados deu-se o processo de tabulação onde
os mesmos foram subdivididos, classificados e reunidos em grupos objetivando uma
análise de caráter comprovativo ou não dos fatos investigados.
Para Lakatos e Marconi (2001), a tabulação é em parte, um processo técnico
de análise estatística, que permite sintetizar os dados, observados e conseguidos
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através de diferentes categorias e representá-las graficamente. Após a manipulação
dos dados e a conclusão dos resultados, realizou-se uma análise minuciosa na
interpretação dos mesmos, constituindo-se assim o centro da pesquisa.
Segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 167 e 168):
Análise é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre
o fenômeno estudado e outros fatores, e interpretação é a
verificação das relações entre as variáveis independentes e
dependentes, e da variável interveniente, a fim de ampliar os
conhecimentos sobre o fenômeno.
Os dados foram organizados em tabelas e gráficos para facilitar a exposição e
análise dos mesmos, bem como o seu entendimento. A metodologia de análise
aplicada foi a analítica/comparativa, relacionando os resultados da pesquisa com o
referencial teórico apresentado nesta monografia.
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3.REFERENCIAL
TEÓRICO
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3. REFERENCIAL TEÓRICO
As micro e pequenas empresas enfrentam um cenário de alta competitividade
com as empresas de médio e grande porte o que, em grande escala, dificulta a
sobrevivência e expansão das mesmas. Acesso à tecnologia; Seleção, contratação
e manutenção de pessoal qualificado; Pesquisa e desenvolvimento; Adoções de
estratégias de marketing, entre outras ações, apresentam, em geral, elevados
custos e grau de complexidade operacional, exigindo das micro e pequenas
organizações esforços mercadológicos que, quase sempre, estão acima de suas
capacidades individuais.
Diante deste quadro, o Associativismo Empresarial surge como uma mola
propulsora para o sucesso destas organizações de pequeno porte, uma vez que
poderão dividir custos, compartilhar tecnologias e experiências, atuarem de forma
sinérgica na conquista de melhorias para o setor e, assim, alcançarem uma maior
capacidade produtiva e de competitividade diante dos grandes grupos empresariais.
3.1 Definição de Associativismo
A vida associativa está presente em muitas áreas das atividades humanas,
mormente traduzidas em condições que visam contribuir para o equilíbrio e
estabilidade social, através da união. A esse respeito Frantz (2008, p. 1) destaca:
[...] associativismo, é um fenômeno que pode ser detectado nos
mais diferentes lugares sociais: no trabalho, na família, na
escola etc. No entanto, predominantemente, a organização
associativa, é entendida com sentido econômico e envolve a
produção e a distribuição dos bens necessários à vida.
O associativismo é uma prática empresarial que, em sua essência, existe
desde o início da história da humanidade, pois, já naquela época o homem percebeu
que, para superar as adversidades que enfrentavam para a sobrevivência e
evolução da espécie, precisavam viver em grupos. Desta forma, perceberam que
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teriam melhores condições para caçar, pescar e enfrentar as outras espécies mais
fortes e desenvolvidas, garantindo a sua sobrevivência. E o resultado desta decisão,
é que a espécie humana não só sobreviveu, mas, também, alcançou alto grau
evolutivo comparando-se com as outras espécies, muitas delas extintas do planeta.
Segundo Queija (2008) “Associativismo ou ação associativista é qualquer
iniciativa formal ou informal, que reúne um grupo de empresas ou pessoas, com o
objetivo principal de superar dificuldades e gerar benefícios econômicos, social ou
político”.
Já para Canterle (2004) o associativismo pode ser definido como uma forma
de união de interesses comuns, onde a sociedade se organiza através de ajuda
mútua para resolver diversos problemas relacionados ao seu dia-a-dia.
Percebe-se que nas duas definições fica evidente que numa associação o
que deve vir em primeiro lugar são os interesses coletivos e não os individuais. Daí a
importância de as empresas se associarem com seus pares de segmentos,
semelhantes ou complementares, cujos interesses serão similares.
Para
Queija
(2008)
há
diversas
formas
de
agrupamento
de
pessoas/organizações, podendo-se destacar os seguintes formatos:
- Associações de Classe: Associações que reúnem profissionais de uma
mesma classe, ex: CRA – Conselho Regional de Administração; CRM - Conselho
Regional de Medicina; CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura.
- Redes Setoriais: Organizações que reúnem diversas redes que atuam num
mesmo setor, com focos semelhantes ou complementares, ex: Sistema S composto
por SEBRAE, SENAC, SESI, SESC, SEST, INCRA, DPC, SENAR, SENAT e
SESCOOP.
- Arranjos Produtivos Locais – APL’s (ou Distritos Industriais): Cassiolato
e Lastres (2003) definiram os APLs como aglomerações territoriais de agentes
econômicos, políticos e sociais, focados em um conjunto específico de atividades
econômicas, e apresentando vínculos mesmo que incipientes. Geralmente os APL’s
envolvem a participação e a interação de empresas (produtoras de bens e serviços
finais, fornecedores de insumos e equipamentos, prestadores de serviços de
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33
consultoria ou outros serviços afins, varejistas, consumidores) e suas variadas
formas de representação e associação. Incluem, ainda, outras instituições públicas e
privadas voltadas para: formação e capacitação de recursos humanos (como
escolas técnicas e universidades); pesquisa, desenvolvimento e engenharia; política,
promoção e financiamento.
- Consórcios: Instituídos através da Lei nº. 8.1777 de 1991, os consórcios
são, conforme definição da lei supracitada modalidades de acesso ao mercado de
consumo baseado na união de pessoas físicas ou jurídicas, em grupo fechado, com
finalidade de formar poupança destinada, à compra de bens móveis duráveis,
imóveis e serviço turístico.
- Cooperativismo: Para Valadares (1996) Cooperativa é uma associação
autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e
necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um
empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido.
- Associações por Setor (Comercial, Industrial, Agrícola, etc.): É o modelo
de associação que reúne várias organizações empresariais do mesmo setor de
atuação com os objetivos de buscar, conjuntamente, melhorias para a classe
empresarial que representam. Como exemplo, pode-se citar a Câmara de Dirigentes
Lojistas - CDL que agrega os comerciantes, e a Associação Comercial de Paulo
Afonso – ASCOPA, objeto de estudo nesta monografia, que agrega, além de
varejistas, representantes da Indústria, Serviços e Agropecuária.
3.2 Associação versus Cooperativa
É muito comum a existência de mal entendidos nas definições e papéis das
Associações e das Cooperativas, considerando que são organizações com muitos
aspectos em comum. Por esta razão, indica-se no Quadro 02 um comparativo entre
estes dois modelos de organizações, para melhor entendimento do leitor. Como
pode ser visto no quadro 02 apresentado a seguir Associação e Cooperativas
diferem em alguns pontos, como segue: enquanto a Associação não tem fins
lucrativos, a Cooperativa tem.
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34
Por esta razão, o foco de uma Associação é apenas defender os direitos dos
seus associados, já as Cooperativas buscam desenvolver métodos comerciais que
beneficiem a todos os participantes. Não há exigências do total de pessoas na
formação de uma Associação, já para se formar uma Cooperativa, exige-se um
mínimo de 20 cooperados. Enquanto nas Associações não há formação de capital,
nas Cooperativas este é formado por cotas de cada cooperado. Os associados de
uma determinada Associação têm independência na comercialização dos seus
produtos e/ou serviços, cabendo a Associação apenas assessorar os mesmos
quando necessário. Já nas Cooperativas a comercialização é feita diretamente pela
mesma, através de regras previamente definidas por todos os seus integrantes. Por
fim, quanto à dissolução, ambas são dissolvidas através de uma Assembléia Geral.
Quadro 02: Comparativo entre ASSOCIAÇÃO e COOPERATIVA
ASSOCIAÇÃO
COOPERATIVA
Conceito:
Conceito:
Sociedade civil de fins não econômicos.
Sociedade civil de fins econômicos.
Finalidade:
Viabilizar
Finalidade:
Representar e defender os interessados.
e
desenvolver
atividades
de
consumo, produção, crédito, prestação de
serviços e comercialização de acordo com
os interesses de seus cooperantes.
Formação:
Formação:
Mínimo
Não existe um mínimo legal
de
20
pessoas
que
exerçam
atividades as fins.
Capital:
Capital:
Não há formação de capital
Pelas cotas partes de seus funcionários.
Comercialização:
Feita
individualmente
pelos
assessorados pela associação.
sócios
Comercialização:
É feita diretamente pela cooperativa.
Dissolução:
Deliberação em assembléia geral; o saldo Dissolução:
do
patrimônio
reverterá
às
instituições Deliberação em assembléia geral.
congêneres.
Fonte: SEBRAE (2008)
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3.3 Aspectos Comuns das Associações
Para Valadares (1996) os aspectos comuns a qualquer tipo de associação
são:
- Todas as modalidades de associação surgem de um contrato que, enquanto
celebrado de forma válida, é norma geral aplicável a todos os associados;
- Todas pressupõem um conjunto de pessoas dispostas a organizar esforços
para a realização de uma finalidade comum;
- Todas se referenciam a um quadro jurídico-legal específico;
- Quando se constituem plenamente dentro dos requisitos legais, são pessoas
jurídicas distintas das pessoas físicas dos seus associados, considerados
individualmente;
- Como pessoas jurídicas, gozam dos atributos de denominação, capacidade
jurídica, domicílio, patrimônio e nacionalidade.
É importante que os empresários interessados em criarem uma Associação
ou se associarem a alguma Associação já existente conheçam os aspectos mais
relevantes que regem este tipo de organização empresarial para que possam
usufruir de todos os benefícios oriundos deste associativismo.
3.4 Características das Associações
As Associações devem ter sua constituição registrada em ata específica,
devidamente aprovada em Assembléia Geral, e deve ser constituída sob o
regimento de um Estatuto Social.
Segundo o SEBRAE (2008) além dessas prerrogativas as Associações
devem também respeitar aos seguintes critérios legais, para poderem se tornar
legíveis e serem registradas nos órgãos competentes:
a) Ter no mínimo duas pessoas;
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b) Ter seu patrimônio construído pela contribuição dos associados,
por
doações, fundos e reservas. Não possuir capital social;
c) Ter seus fins alterados pelos associados em Assembléia Geral;
d) Participação democrática: seus associados deliberarem livremente em
Assembléia Geral tendo, cada associado, direito a voto;
e) Ser entidade de direito privado e não público.
Percebe-se que uma Associação tem características peculiares que a
diferenciam de uma organização empresarial formal com fins lucrativos. É
importante, pois, observar-se todas estes indicativos ao longo da gestão da
Associação, sem correr o risco de descaracterizar a mesma.
3.5 Tipos de Associações
As associações diferem quanto ao modelo organizacional e objetivo, podendo
ser: Filantrópicas; De moradores; De pais e mestres; Em defesa da vida; Culturais,
desportivas e sociais; De consumidores; De trabalho; De centrais de compras; De
classe, entre outras.
Nesta monografia o foco da pesquisa científica foi o modelo de Associação de
Classe Empresarial, tendo como objeto de análise a Associação Comercial de Paulo
Afonso – ASCOPA.
3.6 Constituição e Registro de Associações
Para se constituir legalmente uma Associação, o proponente deve seguir,
conforme orientado pelo SEBRAE (2008) alguns passos fundamentais indicados a
seguir: 1º) Reunir pessoas com objetivos comuns; 2º) Reunir o grupo para processo
de sensibilização e análise do processo de criação da associação; 3º) Elaboração e
discussão do projeto de estatuto social; 4º) Convocação por edital, da Assembléia
Geral visando a criação da associação; 5º) Realização da Assembléia Geral visando
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a criação da associação: Antes de iniciar os trabalhos, a mesa diretora da
Assembléia Geral deverá ser eleita e formada por membros presentes, tendo um
presidente e um secretário. Após a abertura da assembléia, será lido o projeto de
Estatuto Social e colocado em discussão entre os presentes para modificação e/ou
aprovação. Concluída a Assembléia Geral, será lavrada a ata em livro próprio
assinada por todos os presentes relatando todos os fatos ocorridos; 6º) Legalizar a
Associação: Registrar Estatuto Social e Ata da Assembléia de Constituição em
Cartório de Pessoas Jurídicas obter inscrição na Receita Federal – CNPJ; obter
inscrição na Receita Estadual – Inscrição Estadual (se for o caso) obter inscrição no
INSS. Registrar na prefeitura municipal – Alvará de Licença e Funcionamento.
Segundo o SEBRAE (2008) a Inscrição Estadual e a Inscrição no INSS são
necessárias somente às associações que pretendem praticar atos comerciais. Por
mais que pareça burocrático o processo de constituição legal de uma Associação, o
que por vezes leva alguns micros e pequenos empresários a desistirem do processo
e atuarem na ilegalidade, destaca-se que sem a devida legalização, a Associação
fica impedida de usufruir de todos os benefícios fiscais concedidos pela legislação
tributária brasileira.
3.6.1 Documentos necessários para constituição
Para se constituir legalmente uma Associação, faz-se necessário atender aos
seguintes pré-requisitos, conforme indicado por SEBRAE (2008): Requerimento em
duas (02) vias ao oficial do cartório, solicitando o registro dos atos constitutivos da
sociedade, assinado pelo presidente com firma reconhecida (modelo fornecido no
cartório); Três vias (duas originais e cópia) na íntegra do estatuto assinado pelo
presidente;
Relação
em
duas
vias
dos
membros
fundadores
constando
nacionalidade, profissão, residência, nº. do CPF ou Identidade, assinada pelo
presidente ou secretário (de acordo com o dispositivo do Art. 120 VI da Lei 6.015/73)
– datilografado; Relação em duas vias da primeira ou atual diretoria e conselho
fiscal, constando nacionalidade, cargo, profissão, residência, nº. do CPF ou
identidade
e
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período
de
mandato,
assinada
pelo
presidente
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ou
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secretário (datilografado); Três vias da Ata de Fundação (Constituição e Aprovação
do Estatuto).
Ainda para o SEBRAE (2008) se a ata for datilografada, declarar (na ata) que
a mesma é igual ao original lavrado em livro próprio, devendo esta declaração ser
datada e assinada pelo presidente ou secretário da entidade. O estatuto deverá ser
rubricado em todas as suas folhas por advogado inscrito na OAB, com o n.º de sua
inscrição e visto na última página (datilografado). Toda esta documentação pode ser
adquirida juntamente com o escritório de contabilidade contratado pelos empresários
para a formação legal da Associação, obedecendo a exigências dos órgãos
competentes, como por exemplo, as Juntas Comerciais Estaduais.
3.6.2 Aspectos Tributários
Observa-se no quadro 03 que dos tributos normalmente cobrados das
organizações empresariais, ou seja: Financiamento de investimentos fixos ou
investimentos com capital de giro associado; Imposto sobre Produto Industrializado IPI; Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços - ICMS;
Contribuição para o Programa de Integração Social – PIS; Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS; Contribuição Social; Imposto de
Renda, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS; Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS e Imposto sobre Serviços - ISS, as Associações são isentas de
COFINS, Contribuição Social, Imposto de Renda e ISS. (SEBRAE 2008).
Para a isenção do COFINS, a Associação não deve efetivar transações
comerciais. Já no caso do Imposto de Renda não deve ocorrer a remuneração de
seus dirigentes e nem fazerem a distribuição de lucros, aplicando os recursos
exclusivamente na manutenção e desenvolvimento dos objetivos sociais da
organização, e mantendo a escrituração de receitas e as despesas em livros que
assegurem a respectiva exatidão das operações realizadas, prestem às repartições
lançadoras do imposto as informações determinadas em lei e recolham os tributos
retidos sobre os rendimentos por elas pagos. E, para a isenção do ISS, devem se
inscrever nas Prefeituras dos municípios onde se localizam suas sedes fazendo o
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requerimento desta isenção. Nas demais obrigações, as Associações serão
tributadas normalmente, conforme indicado no quadro 03. (SEBRAE 2008).
Quadro 03: Aspectos Tributários das Associações
Tributos
Porcentagem (%)
Financiamentos de
investimentos fixos
ou
investimentos
com capital de giro
50% do valor financiado. O aval por operação não poderá ultrapassar o valor
de R$ 72.000,00 (setenta e dois mil reais).
associado.
IPI
Incidirá sobre produtos industrializados nacionais e estrangeiros, conforme
tabela de incidência.
São contribuintes não isentas da obrigação principal, quando praticarem, com
ICMS
habitualidade,
operações relativas à circulação de mercadorias;
São
contribuintes não isentas da obrigação acessória; São responsáveis pelas
obrigações, principal e acessória, do estabelecimento do associado.
PIS
COFINS
CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL
0,65% sobre a folha de pagamento dos empregados da Associação.
Isentas, desde que não efetivem transações comerciais.
Isentas.
Isentas, desde que:
- Não remunerem seus dirigentes e nem distribuam lucros;
- Apliquem os recursos na manutenção e desenvolvimento dos objetivos
sociais;
I.R.
- Mantenham escrituração de receitas e despesas em livros que assegurem a
respectiva exatidão;
- Prestem às repartições, lançadoras do imposto, as informações determinadas
em lei e recolham os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos. b)
Apresentar, anualmente, no mês de junho, a Declaração de Isenção do
Imposto de Renda Pessoa Jurídica, em formulário específico.
FGTS
INSS
ISS
8% sobre folha de pagamento dos empregados da Associação.
% calculado sobre folha de pagamento dos empregados da Associação,
conforme tabela que se encontra neste site, no link "Tributos e obrigações".
Devem inscrever-se nas Prefeituras Municipais, local de suas sedes,
requerendo a isenção do ISS, se for o caso.
Fonte: SEBRAE (2008)
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40
3.7 Tendências atuais e crescentes
No cenário atual observam-se algumas tendências mercadológicas que
interferem diretamente no sucesso das micro e pequenas empresas. É importante,
pois, que os administradores estejam atentos à estes fatos, buscando alternativas
para o seu fortalecimento no mercado em que atuam.
Para Kakuta & Ribeiro (2007, p. 15):
Tendência é todo movimento social, espontâneo ou induzido,
que aglutina um grupo significativo de pessoas em torno de
comportamento ou características semelhantes, identificáveis
numa série de tempo determinada.
Pode-se afirmar, então, que uma tendência é um acontecimento dinâmico que
muda constantemente, interferindo no presente e futuro das organizações.
Segundo Queija (2008) estas tendências que podem afetar no sucesso das
micro e pequenas empresas são: Concorrência cada vez mais forte; Mercados mais
exigentes e seletos; Fornecedores com força junto aos pequenos; Maneiras mais
agressiva de vendas e distribuição; Produtos com menores preços e melhor
qualidade.
Diante
deste
quadro,
evidencia-se
a
importância
do
Associativismo
Empresarial como estratégia competitiva.
3.8 Dificuldades em atuar sozinho
Os micros e pequenos empresários enfrentam diversas dificuldades na gestão
dos seus negócios, justificando, ainda mais, a necessidade de atuarem de forma
associativista para juntos, superarem estas adversidades, com maior eficácia.
Queija (2008) aponta como principais dificuldades inerentes às empresas de
pequeno porte:
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41
- Pequeno volume de atividades comerciais;
- Pressão de fornecedores e clientes;
- Falta de atualização;
- Falta de representatividade;
- Conseguir chegar aos consumidores de forma rápida e eficaz;
- Crédito inacessível ou, muitas vezes, acesso a linhas de crédito de baixo
valor e juros exorbitantes, tornando inviável a operação.
Diante deste quadro, surge a importância de buscarem o Associativismo
Empresarial como uma estratégia competitiva.
3.9 Benefícios a serem usufruídos no Associativismo Empresarial
Segundo Queija (2008) através do Associativismo Empresarial as micro e
pequenas empresas podem usufruir de diversos benefícios que contribuirão para
uma maior competitividade nos seus respectivos segmentos de atuação. Podem-se
destacar os seguintes benefícios:
- Compras: as empresas associadas podem fazer compras em conjunto
diretamente a grandes fornecedores (indústria ou atacadista), barganhando menores
preços e melhores condições de pagamento. Assim, poderão reduzir seus custos de
venda na aquisição de produtos, insumos, materiais em geral, etc.;
- Treinamentos: os associados podem, através da Associação Empresarial a
qual pertencem, contratar serviços de consultoria e treinamento dividindo os custos
entre as empresas participantes, e ainda compartilharem experiências e informações
que possam fortalecê-los diante das grandes redes;
-
Padronização
de
lojas:
contratando
serviços
de
profissionais
especializados (arquitetos, vitrinistas, publicitários, etc.) as organizações podem
investir em projetos arquitetônicos arrojados que transmitirão uma imagem positiva
de suas empresas aos consumidores. No caso de um Centro Comercial, por
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42
exemplo,
podem padronizar
até
mesmo
o
modelo
das
lojas,
reduzindo
consideravelmente os custos com infra-estrutura;
- Criação de Centrais de Serviços: podem, por exemplo, criar Centrais de
Atendimento, Centrais de Vendas, etc., reduzindo seus custos operacionais;
- Ações de Marketing: as empresas associadas podem criar campanhas de
vendas em conjunto em datas especiais, como por exemplo, Natal, Dia das Mães,
Dia das Crianças, entre outras. Desta forma, reduzem os custos com propaganda;
- Serviços de Terceiros: outra possibilidade é contratar serviços jurídicos,
contábeis, logística e outros comuns às empresas associadas, minimizando os
custos para as empresas contratantes.
- Conquista de Melhorias e Apoio junto ao Setor Público: é muito mais
fácil para as micro e pequenas empresas pleitearem, em conjunto, melhorias para o
segmento, conforme ocorreu com a aprovação do SIMPLES, modalidade de
cobrança de tributos que beneficiou muitas pequenas e médias organizações,
facilitando o recolhimento de impostos e, em alguns casos, reduzindo a carga
tributária final.
3.9.1 Exemplos de Associativismo Empresarial
Para Queija (2008) muitas são as Associações Empresarias no Brasil que
conseguiram alcançar o sucesso. Para exemplificar a aplicação dos conceitos aqui
abordados, cita-se a seguir diversos exemplos de sucesso, organizações que devem
servir de modelo para todas aquelas que queiram alcançar o mesmo nível de
eficiência:
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- Arranjos Produtivos Locais – APL’s:
a) Tabatinga (bichos de pelúcia);
Figura 1: Produtos da APL Tabatinga
Fonte: SEBRAE (2008)
b) Limeira (bijuterias);
Figura 2: Produtos da APL Limeira
Fonte: SEBRAE (2008)
c) Ibitinga (cama, mesa, banho e bordados);
Figura 3: Produtos da APL Ibitinga
Fonte: SEBRAE (2008)
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d) Mirassol (móveis);
Figura 4: Produtos da APL Mirassol
Fonte: SEBRAE (2008)
e) Jatobá (artesanato indígena – tribo Pankararu).
Figura 5: Produtos da APL Jatobá
Fonte: SEBRAE (2008)
Todos realizados com o apoio e incentivo de Universidades, do SEBRAE, do
SENAI, entre outras Instituições que desenvolvem projetos de desenvolvimento
local.
- Redes Setoriais:
Para SEBRAE (2008) as redes Setoriais são redes de cooperação voltadas
para a potencialização de operações comerciais (compra e venda) junto a grandes
fornecedores, garantindo melhores condições de preço para ampliarem a
capacidade de enfrentamento dos grandes concorrentes. A seguir apresentam-se
alguns exemplos de Redes Setoriais bem sucedidas no Brasil.
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a) Rede Construir – Material de Construção (RS, PR, SP, RJ, ES e PE);
Figura 6: Logomarca da Rede Construir
Fonte: SEBRAE (2008)
b) Rede Litoral – Supermercados (Litoral Paulista);
Figura 7: Evento Promocional da Rede Litoral
Fonte: SEBRAE (2008)
c) REUNIS – Supermercados (Guarulhos/SP);
Figura 8: Logomarca da Rede REUNIS
Fonte: SEBRAE (2008)
d) Redepel – Papelarias (São Paulo);
Figura 9: Produtos Vendidos pela Redepel
Fonte: SEBRAE (2008)
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Nota-se que estas Redes Setoriais podem ser criadas envolvendo vários
segmentos de negócios, trazendo benefícios significativos para os associados.
- Projeto Empreender:
Através de uma iniciativa das Federações Comerciais Estaduais em convênio
estabelecido com o SEBRAE, realiza-se um diagnóstico, levantando-se as
necessidades das empresas associadas, agrupando-as por interesses, conforme o
setor de atuação de cada grupo. Após este diagnóstico, realiza-se uma estruturação
do grupo fortalecendo cada organização pertencente ao mesmo. (SEBRAE 2008)
Este tipo de projeto é comumente desenvolvido nos segmentos de
construção, material de limpeza, recursos humanos, farmácias, mercados,
papelarias, entre outros, estendendo-se atualmente por diversos estados brasileiros.
3.10 Fatores que causam insucesso para as micro e pequenas empresas
Em geral, apontam os especialistas, que as principais causas do fracasso nos
negócios de pequeno porte estão relacionadas ao comportamento dos gestores
destas organizações. A muitos deles falta uma visão holística dos negócios e, ao
invés de verem o concorrente como um aliado, tratam-no como um inimigo.
Individualismo, Desconfiança; Falta de planejamento; Falta de comunicação; Não
participação nas atividades empresariais do setor; Falta de vibração com o negócio;
e Falta de uma visão empreendedora, são os principais fatores que contribuem com
a estatística nacional de que 68% das empresas brasileiras de pequeno porte não
completam nem mesmo dois anos de vida (SEBRAE, 2008).
Trabalhando em Associativismo Empresarial, certamente, os riscos de
insucesso são minimizados, em função do fortalecimento dos associados, conforme
já fora citado no item 3.9 deste estudo.
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47
3.11. Fatores que causam o sucesso para as micro e pequenas empresas
Por outro lado, há de se destacar que alguns fatores contribuem com o
sucesso empresarial, entre eles: Comprometimento; Busca de consenso; Visão de
futuro; Espírito empreendedor; Inovação e Participação ativa nas atividades
desenvolvidas pelas Associações Empresariais da qual fazem parte.
Na visão de Queija (2008) uma Associação Empresarial tem mais chances de
sucesso quando seus associados participam ativamente da gestão da mesma, não
imputando apenas sobre seus Diretores a responsabilidade pela condução dos
rumos
da
organização.
Para isso,
faz-se
necessário que
todos
tenham
comprometimento com a associação da qual fazem parte.
Nem sempre é fácil a tomada de decisões numa Associação Empresarial, em
função de possíveis divergências entre os seus associados. Mas, a busca de
consenso é fator primordial para o bom andamento das atividades da Instituição. Daí
a importância de se ter um alinhamento das estratégias da Associação com as reais
necessidades de seus associados. Para tanto, devem cultivar um espírito
empreendedor, com visão futurista, inovação nas ações e, finalmente, a participação
efetiva e contínua de todos nas atividades desenvolvidas pela Associação.
3.12. Conclusão do capítulo
Como pode ser observado neste capítulo, o Associativismo Empresarial pode
ser utilizado pelas micro e pequenas empresas como uma ferramenta estratégica
para alavancagem dos negócios, e aumento da competitividade num cenário
conturbado que se vive atualmente.
Cabe, portanto, a cada gestor, escolher a Associação que melhor lhe
represente e participar de forma ativa nas atividades desenvolvidas pela mesma,
podendo, desta forma, usufruir de todos os benefícios oriundos desta mobilização
empresarial.
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4.ANÁLISE DOS
RESULTADOS
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49
4. ANÁLISES DOS RESULTADOS
Neste capítulo serão apresentados os resultados da pesquisa realizada com
os associados da ASCOPA e da entrevista com o então Presidente da Instituição, o
Sr. José Érison de Barros.
4.1 Pesquisa realizada com os Associados da ASCOPA
A intenção inicial era pesquisar 100% dos associados da ASCOPA (cerca de
100 empresas). Neste intuito foram distribuídos 100 questionários. Contudo, apesar
dos contatos insistentes feitos pela pesquisadora, apenas 25% devolveram os
questionários respondidos. Esse fato, por si só, já demonstra a falta de interesse de
uma parte significativa dos associados em se envolverem com a Instituição e
buscarem, juntos, melhorias para a mesma.
Ainda assim, a autora entende que a amostra é significativa, não alterando o
resultado final da pesquisa.
As questões de 01 a 10 do questionário aplicado na pesquisa referem-se a
dados demográficos e psicográficos dos associados, identificando a razão social,
nome fantasia, CNPJ, data de fundação, endereço, telefone, e-mail, web site, nome
do gestor responsável pela empresa e, por último, a data de nascimento dos
gestores. Esses dados não têm influência direta na pesquisa e por isso não serão
objeto de análise, mas, constam nos apêndices da monografia para consulta pelo
leitor.
Questão 11: Grau de Escolaridade do (a) Empresário (a):
Variável
Básico
Médio
Superior
Valor absoluto
2
8
10
20
Total
Tabela 01: Grau de Escolaridade do (a) Empresário (a)
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
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50
Gráfico 01: Grau de Escolaridade do(a) Empresário(a)
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
A questão 11 teve como objetivo identificar o nível de escolaridade dos
associados da ASCOPA. Sabe-se que, quanto maior for o grau de conhecimento
técnico do gestor, a tendência é que o mesmo tenha maiores chances de alcançar o
sucesso empresarial. Mesmo aqueles que alcançaram o êxito nos seus negócios
sem terem um elevado nível de escolaridade, ao longo do tempo, com o crescimento
da empresa e maior complexidade dos negócios, sentem a necessidade de adquirir
maior conhecimento.
Analisando-se o gráfico 01 verifica-se que 90% dos associados têm um bom
nível de escolaridade, considerando-se que 50% têm nível superior, e 40% nível
médio. Diante deste quadro, pode-se afirmar que a ASCOPA tem entre seus
associados um grupo relevante de empresários com o poder de discernimento e de
formação de opinião considerável, com grande potencial de participação ativa nas
atividades
promovidas
pela
Instituição. Este
cenário indica
também uma
oportunidade para a ASCOPA promover, através de parceria com as Instituições de
Ensino Superior locais, cursos de nível superior para seus associados, contribuindo
para a elevação do nível de escolaridade dos mesmos.
Para Queija (2008), um dos benefícios que os associados podem usufruir, é a
contratação de serviços de consultoria e treinamento dividindo os custos entre as
empresas participantes, e ainda compartilharem experiências e informações que
possam fortalecê-los diante das grandes redes.
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Questão 12: Segmento de Mercado
Variável
Valor absoluto
Comércio
12
Indústria
0
Serviço
8
Agropecuário
0
Total
20
Tabela 02: Segmento de Mercado das Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Gráfico 02: Segmento de Mercado das Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Na questão 12 buscou-se identificar os segmentos de mercados nos quais os
associados atuam. Os especialistas indicam que uma associação de classe deve
está focada em um único segmento, mas, isto não ocorre com a ASCOPA.
Analisando-se o gráfico 02 pode-se observar que a ASCOPA é representada
por dois segmentos: comércio (62%) e serviços (38%). A Instituição, sabendo que é
representada por esses dois segmentos de mercado, deveria investigar quais são
interesses e tendências destes mercados, objetivando desenvolver serviços e
estratégias capazes de despertar a participação ativa dos associados nas atividades
desenvolvida pela a ASCOPA. Segundo Avritzer (2004) a organização associativa
abriga um complexo sistema de relações sociais que se estruturam a partir das
necessidades, e interesses. Da dinâmica dessas relações nascem ações no espaço
da economia, constituindo-se em processos de aprendizagem, interação e
compartilhamento dos interesses e problemas comuns.
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52
Questão 13: Ramo de Atividade
Variável
Valor
absoluto
Autopeças
Bares e Restaurantes
Clínicas e Laboratórios
Contabilidade
Eletro-eletrônicos
Informática
Instituição Financeira
Joalherias
Material de Construção
Moda
Produtos Químicos
Refrigeração
Serviços
Total
Tabela 03: Ramo de Atividade das Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
1
1
1
1
1
1
1
1
3
3
1
2
3
20
Gráfico 03: Ramo de Atividade das Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Na questão 13 buscou-se identificar o ramo de atividade nos quais o
associado atua, com o objetivo de buscar ações e estratégias que diferenciam cada
setor em suas atividades. Analisando-se o gráfico 03 verifica-se que 15% dos
pesquisados atuam no ramo de atividade de material de construção; 10% em
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53
refrigeração; e 5% em cada uma das demais atividades, conforme indicadas na
tabela 03.
Segundo Avritzer (2004), o fomento ao associativismo constitui a pedra
angular do desenvolvimento no sentido que a organização associativa fornece os
instrumentais aos atores individuais e passa a ser a força indutora para incorporar
novos conhecimentos, que culmina em uma sinergia nos processos de inovação e
aperfeiçoamento. Além disso, esse autor sublinha que os atores sociais mais
importantes não são os cidadãos individualmente, mas as corporações em que se
envolvem e cuja atuação passa a depender em grande medida dos interesses
pessoais envolvidos. Já para Canterle (2004) o associativismo pode ser definido
como uma forma de união de interesses comuns, onde a sociedade se organiza
através de ajuda mútua para resolver diversos problemas relacionados ao seu dia-adia.
Percebe-se nas duas definições a evidência de que numa associação o que
deve vir em primeiro lugar são os interesses coletivos e não os individuais. Daí a
importância de as empresas se associarem com seus pares de segmentos
semelhantes ou complementares, cujos interesses serão similares.
Questão 14: Porte da Empresa
Valor
absoluto
Variável
Micro
Pequena
Média
Grande
Não Respondeu
Total
Tabela 04: Porte das Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
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11
2
4
2
1
20
54
Gráfico 04: Porte das Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Na questão 14, buscou-se identificar o porte das empresas associadas à
ASCOPA, com base nos critérios adotados pelo BNDES- Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social. O gráfico 04 indica que, 65% das empresas
pesquisadas (maioria absoluta), são classificadas como micro empresas (55%) e
pequenas empresas (10%).
Segundo Queija (2008) normalmente as micros e pequenas empresas
enfrentam diversas dificuldades em atuarem sozinho, surgindo assim, a importância
de atuarem de forma associativista para juntos superarem estas adversidades, com
maior eficácia. O autor ainda aponta como principais dificuldades inerentes às
empresas de pequeno porte: Pequeno volume de atividades comerciais, Pressão de
fornecedores e clientes; Falta de atualização; Falta de representatividade; Conseguir
chegar aos consumidores de forma rápida e eficaz; Crédito inacessível ou, muitas
vezes, acesso a linhas de crédito de baixo valor e juros exorbitantes, tornando
inviável a operação.
Questão 15: Total de Funcionários
Variável
Valor
absoluto
0 a 12 Funcionários
13 a 24 Funcionários
25 a 35 Funcionários
Total
Tabela 05: Total de Funcionários das Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
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15
1
4
20
55
Gráfico 05: Total de Funcionários das Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Na questão 15 buscou-se identificar o total de funcionários existente em cada
empresa associada à ASCOPA. Os resultados apontados no gráfico 05 identificam
que a maioria (75%) das empresas associadas tem um número reduzido de
funcionários (0 a 12). Assim, diante deste quadro, fica evidente ser mais fácil
promover a participação dos colaboradores destas empresas nas atividades
desenvolvidas pela ASCOPA, sobretudo nas capacitações onde as empresas
podem dividir os custos, reduzindo o investimento que cada uma terá que fazer na
qualificação da sua mão de obra. Segundo Queija (2008) os associados podem,
através da Associação Empresarial a qual pertencem contratar serviços de
consultoria e treinamento dividindo os custos entre as empresas participantes, e
ainda compartilhar experiências e informações que possam fortalecê-los diante das
grandes redes e o mercado cada vez mais competitivo.
Questão 16: Qual é o alcance de atuação da empresa?
Variável
Valor absoluto
Local
Estadual
Regional
Nacional
Global
Total
Tabela 06: Alcance de Atuação das Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
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4
3
9
2
2
20
56
Gráfico 06: Alcance de Atuação das Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Na questão 16 a intenção foi investigar o alcance de atuação das empresas
associadas à ASCOPA, buscando identificar as estratégias mais adequadas a serem
implantadas para ampliar-se o raio de atuação de cada empresa.
Analisando-se o gráfico 06 pode-se observar que das empresas associadas a
ASCOPA, a maioria atua de forma regional (45%) e local (20%). Isto indica que,
segundo Queija (2008) há possibilidade das empresas fazerem compras em
conjunto diretamente a grandes fornecedores (indústria ou atacadista), barganhando
menores preços e melhores condições de pagamento, em função de terem uma
logística semelhante, tanto na compra de insumos e matérias primas, quanto na
entrega de produtos e/ou serviços, podendo assim reduzir os seus custos de venda.
Questão 17: Qual é o faturamento mensal médio (aproximado) da empresa (em
mil R$)?
Valor
absoluto
Variável
Até R$1,2 milhão
10
Maior que R$1,2 milhão e Menor ou Igual a R$10,5 milhões
2
Maior que R$10,5 milhões e Menor ou Igual a R$60 milhões
2
Maior que R$60 milhões
0
Não Respondeu
6
Total
20
Tabela 07: Faturamento Mensal Médio das Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
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Gráfico 07: Faturamento Médio Mensal dos Associados da ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Na questão 17 o objetivo foi identificar qual o faturamento médio mensal das
empresas associadas da ASCOPA, com base nos critérios adotados pelo BNDES.
Analisando-se o gráfico 07 pode-se observar que, entre os 70% que
responderam a pergunta indicando uma faixa média de faturamento, 50% têm um
faturamento médio mensal de até 1,2 milhão.
Isto significa que a maioria das empresas está classificada na categoria de
micros e pequenas empresas, confirmando a informação da questão 14.
Segundo o SEBRAE (2008) entre os benefícios do associativismo, a
conquista de melhorias e apoio junto ao Setor Público.
De fato é muito mais fácil para as micros e pequenas empresas pleitearem,
em conjunto, melhorias para o segmento, conforme ocorreu com a aprovação do
SIMPLES, modalidade de cobrança de tributos que beneficiou muitas pequenas e
médias organizações, facilitando o recolhimento de impostos e, em alguns casos,
reduzindo a carga tributária final.
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Questão 18: Qual é a maior dificuldade da empresa atualmente?
Variável
Valor absoluto
Nenhuma
Ausência de mão de obra qualificada disponível
Instabilidade econômica nacional
Escassez de recursos financeiros
Crise econômica local
Inadimplência
Concorrência
Alta carga tributária
Não Respondeu
Total
Tabela 8: Dificuldades Enfrentadas pelas Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
1
2
2
3
3
2
3
2
2
20
Gráfico 8: Dificuldades Enfrentadas pelas Empresas Associadas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Na questão 18 buscou-se identificar quais as principais dificuldades
enfrentadas pelos associados a ASCOPA.
Conforme o gráfico 8 as três principais dificuldades são: escassez de recursos
financeiro, crise econômica local e concorrência, ambos com 15%. Observa-se que
há fatores relacionados a problemas econômicos de ordem mundial, exigindo da
ASCOPA a busca de ações que fortaleçam seus associados diante das crises
políticas e econômicas. Descobrindo quais são as necessidades dos seus
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59
associados a ASCOPA pode buscar soluções mais indicadas, fazendo com que os
mesmos valorizem ainda mais o vinculo que tem com a instituição.
Questão 19: É associado da ASCOPA há quanto tempo?
Variável
Até 10 anos
Maior que 10 anos e Menor ou Igual a 20 anos
Maior que 20 anos e Menor ou Igual a 30 anos
Maior que 30 anos e Menor ou Igual a 40 anos
Não Respondeu
Total
Tabela 9: Tempo de Associação das Empresas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Valor
absoluto
11
2
0
2
5
20
Gráfico 9: Tempo de Associação das Empresas à ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
É importante verificar no gráfico 09 que a maioria dos pesquisados são
associados a no máximo 10 anos, apenas 20% por um prazo maior. Considerando
que a instituição tem 40 anos de existência pode-se afirma que o seu quadro de
associados é composto por empresas que não acompanharam a evolução da
mesma, Daí a necessidade de valorizar os antigos sócios e buscar a fidelização dos
novos, adaptando-se ao perfil deste novo cenário.
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60
Questão 20: Como avalia a comunicação da ASCOPA com seus associados?
Variável
Valor absoluto
0
0
6
11
3
20
Péssima
Ruim
Regular
Boa
Ótima
Total
Tabela 10: Avaliação dos associados sobre a comunicação da ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Gráfico 10: Avaliação dos associados sobre a comunicação da ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Verificar-se que para 70% dos pesquisados a comunicação da ASCOPA é
eficiente.
Acredita-se, portanto que esse não é um fator que interfere na baixa
participação dos associados nos eventos promovidos pela associação.
É
importante
que
a
ASCOPA
esteja
sempre
desenvolvendo
uma
comunicação ativa com seus associados procurando mantê-los bem informados dos
eventos.
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Questão 21: Como fica sabendo dos eventos realizados pela ASCOPA
(treinamentos, palestras, reuniões, festas, etc.)?
Variável
Valor absoluto
Site da ASCOPA
0
Mala direta (convite impresso)
15
E-mail
1
Telefone
7
Outros
2
Nenhum (nunca sou informado sobre as atividades realizadas)
0
Não Respondeu
1
Total
26
Tabela 11: Como os associados ficam sabendo das atividades realizadas pela
ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Gráfico 11: Como os associados ficam sabendo das atividades realizadas pela ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
É importante observar no gráfico 11 que os dois meios de comunicação mais
eficientes são mala direta e telefone. A instituição deve diversificar cada vez mais as
ferramentas da comunicação utilizadas, objetivando uma maior participação dos
associados nas atividades promovidas.
Nesta questão os respondentes poderiam marcar mais de uma opção, por
isso o valor absoluto de respostas (26) é maior que o número de respondentes (20).
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Questão 22: Qual é o nível de participação da sua empresa nas atividades
realizadas pela ASCOPA?
Variável
Valor absoluto
Sempre
Raramente
Esporadicamente
Nunca
Não Respondeu
6
7
4
2
1
20
Total
Tabela 12: Nível de participação dos associados nas atividades realizadas pela ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Gráfico 12: Nível de participação dos associados nas atividades realizadas pela
ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Fica evidente no gráfico 12 a baixa freqüência de participação dos associados
nas atividades promovidas pela ASCOPA, pois apenas 30% dos pesquisados
responderam que sempre participa. É importante que a instituição busque edificar as
razões pelas quais não há uma participação mais ativa, desenvolvendo estratégias
que revertam esta situação.
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Questão 23: Quais destes serviços abaixo indicados, você sabe que a
ASCOPA oferece?
Variável
Consulta ao SERASA
Banco Popular
Capacitações
Certidões negativas de débitos
JUCEB - Junta Comercial do Estado da Bahia
Programa de estágio
Aluguel de data show, caixa de som, auditório, etc
Aluguel de outdoor
Associ-card
Não Respondeu
Total
Valor absoluto
17
7
6
4
10
7
6
7
3
2
69
Tabela 13: Conhecimento pelos associados dos serviços oferecidos pela ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Gráfico 13: Conhecimento pelos associados dos serviços oferecidos pela ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Nota-se no gráfico 13, que de um modo geral, os associados conhecem todos
os serviços que a ASCOPA oferece. No entanto, há uma tendência deles lembrarem
mais daqueles serviços que mais usam (SERASA e JUCEB). Isso indicar que a
instituição deve desenvolver um trabalho consistente de marketing destacando os
benefícios decorrentes dos outros serviços, estimulando seus associados a usarem
os mesmos.
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Questão 24: Que imagem você tem da ASCOPA (assinale até 03 opções)?
Variável
Valor absoluto
0
7
0
11
1
9
8
2
3
2
1
3
47
Burocrática
Ágil
Corrupta
Honesta
Ineficiente
Eficiente
Criativa
Sem criatividade
Dinâmica
Monótona
Outros
Não respondeu
Total
Tabela 14: Imagem que os associados têm da ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Gráfico 14: Imagem que os associados têm da ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
É importante destacar que, conforme o gráfico 14, apesar das deficiências
detectadas na ASCOPA e da participação pouco freqüente dos seus associados nas
atividades promovidas pela instituição, 82% dos pesquisados tem uma imagem
positiva da mesma definindo-a como uma organização honesta, eficiente, criativa,
ágil e dinâmica. Subentende-se, então, que apesar da instituição gozar de um bom
conceito junto aos seus associados podem está falhando junto a suas necessidades,
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gerando um baixo interesse dos mesmos de se envolverem de forma mais efetiva
com as mesma.
Questão 25: Você conhece quem são os diretores da ASCOPA?
Variável
Sim
Não
Não respondeu
Total
Tabela 15: Se os associados conhecem os Diretores da ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Valor absoluto
13
6
1
20
Gráfico 15: Se os associados conhecem os Diretores da ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Verifica-se no gráfico 15 que 30% dos associados não conhecem que são
seus diretores. Daí percebe-se a falta de comprometimento por não se interessarem
em saber quem são aqueles que dirigem os rumos da organização com decisões
que afetarão todos os associados.
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Questão 26: Você acessa o site da ASCOPA?
Variável
Valor absoluto
5
14
1
20
Sim
Não
Não respondeu
Total
Tabela 16: Se os associados acessam o site da ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Gráfico 16: Se os associados acessam o site da ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Verifica-se que o site da ASCOPA não é acessado pela maioria absoluta dos
pesquisados (70%), apesar de ser uma ferramenta muito importante que
disponibiliza informações e serviços de interesse de todos os associados. É
importante que os mesmos acessem o site para se manterem informados das
atividades desenvolvidas pela instituição e assim poderem participar com maior
freqüência.
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Questão 27: Se SIM, com que frequência você acessa o site?
Valor
absoluto
Variável
Sempre
Raramente
Esporadicamente
Não respondeu
2
2
1
0
05
Total
Tabela 17: Frequência com que os associados acessam o site da ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Gráfico 17: Freqüência com que os associados acessam o site da ASCOPA
Fonte: Pesquisa realizada no período de 10/12/2008 a 10/02/2009
Dos 25% que acessam o site (gráfico 16), menos da metade (40%) acessam
sempre. É importante não só que acessem, mas, que o façam com maior freqüência,
pois as informações são atualizadas constantemente.
4.2. Questionário aplicado com o Sr. Érison Barros, ex-presidente da ASCOPA:
Em função do Sr. Érison Barros ter se mudado para a cidade do Recife o
questionário foi realiza por e-mail. No entanto, isto não trouxe nenhum prejuízo para
o resultado final deste trabalho.
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68
Quando questionado se os serviços prestados pela ASCOPA estão de acordo
com as necessidades de seus associados, o Sr Érison afirmou que “sim, e que
dentro do que foi possível realizar durante do seu mandato como presidente da
instituição, buscou atender as expectativas dos associados, tendo como referência
as pesquisas realizadas e as informações levantadas com os associados nas
reuniões da associação”.
Segundo o ex-presidente “há vários outros serviços que a ASCOPA poderia
oferecer aos associados, com destaque para a implantação da Câmara de
Arbitragem”. No entanto, segundo o mesmo “isso não foi possível em função da
ausência de participação dos associados e, principalmente, da diretoria. Além disso,
seria necessário que a ASCOPA contasse com uma forte assessoria jurídica, que
infelizmente não tinha em seu quadro”. Ainda segundo o Sr. Érison “outro serviço
seria os eventos sociais como, por exemplo, a Festa do Comércio, que não foi
realizada única e exclusivamente pela falta de recursos financeiros. Desta forma, o
foco a gestão foi direcionado para outras ações”.
Analisando esta resposta fica evidente que a baixa participação dos
associados nas atividades promovidas pela a ASCOPA, impediu que a instituição
alcançasse maior êxito na atual gestão, e conquistasse maiores benefícios para
seus associados.
Questionou-se quais são as estratégias de Marketing de Relacionamento
utilizadas pela ASCOPA para fidelizar seus associados. O Sr. Érison alegou que
“tentaram algumas estratégias para manter este relacionamento vivo e atraente,
levando informações constantes aos associados e motivando-os a participar
efetivamente das atividades da Instituição”. Entretanto, reconheceu que “deveria ter
adotados métodos mais apurados e direcionados para este fim”. Afirmou que
“tentaram contratar a equipe da Fasete Júnior para formatar uma estratégia, porém,
esbarraram, mais uma vez, na questão financeira, impedindo o desenvolvimento do
projeto”.
Nota-se que a situação financeira desfavorável da ASCOPA tem se
constituído em uma barreira para grandes realizações da instituição. Fica evidente a
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69
necessidade da associação capitar novos associados que ofertem uma gama cada
vez maior que gerem uma receita para instituição.
Para o ex-presidente “a imagem que os associados têm da ASCOPA é de que
a mesma é uma instituição ineficiente, sem criatividade e monótona”. O mesmo
“acredita não ter conseguido desmistificar a opinião do associado, mesmo depois de
tantos serviços prestados a eles”. Afirma que “chegaram a utilizar vários meios de
comunicação para atrair a participação do público associado, para, de fato, o verem
envolvidos com a Entidade”. Esclarece que, “por outro lado, a população da cidade,
de um modo geral, já tem outro ponto de vista em relação à Ascopa. A partir do
momento em que a atual gestão abriu a entidade para os temas sociais, a
comunidade Paulo afonsina passou a dar maior atenção, a respeitar mais, a
considerá-la uma Entidade de Classe de credibilidade e de atuação efetiva para a
sociedade”.
É importante frisar que a opinião inicial do Sr. Érison diverge da imagem que
a maioria (82%) dos associados tem da ASCOPA. Pois, estes, definem a instituição
como: honesta, eficiente e criativa. (Gráfico 14)
Segundo o mesmo “as maiores dificuldades enfrentadas pela ASCOPA
atualmente para desempenhar suas atividades, captar novos associados e fidelizar
os já existentes são a ausência completa de recursos financeiros, sem os quais é
impossível colocar em prática algumas atividades; A ausência de grande parte da
diretoria no cumprimento de suas atividades, Fazendo com que a atual gestão perca
força nas decisões e no desempenho das atividades propostas”. O mesmo afirma
“Sem coesão, sem determinação dos líderes não podemos ir muito além”.
Fica mais uma vez registrado que a ausência e falta de compromisso ocorre
não só de uma boa parte dos associados, mas, também, da própria diretoria, o que é
ainda mais grave. Como se pode cobrar maior participação dos associados, se os
próprios diretores da instituição não dão o exemplo?
As ferramentas de comunicação utilizadas com maior frequência pela
ASCOPA na comunicação com seus associados para divulgar os eventos e serviços
promovidos pela Instituição são, segundo o entrevistado, “o site da ASCOPA, mala
direta, e-mail, telefone, o Jornal Negócios, o Jornal Giro da Ilha, os Classificados
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70
Guia-PA, o outdoor da Entidade, carro de som, os folders, a participação de
membros da diretoria em outras reuniões fora da ASCOPA”. O mesmo alega que
“em 2007, chegaram a colocar no ar um programa de rádio, intitulado Momento
Empresarial ASCOPA, onde se veiculava notícias gerais do mercado, e informativo
de atividades para associados e o público em geral”.
Na opinião do Sr. Érison “os meios de comunicação utilizados são eficientes”.
De fato, 70% dos associados pesquisados consideram a comunicação da ASCOPA
eficiente e afirmaram que ficam sabendo das atividades da ASCOPA através de
mala direta (58%), telefone (27%) e e-mail (4%), conforme indicado nos gráficos 11
e 12, respectivamente do questionário aplicado na pesquisa realizada com os
mesmos. Verifica-se, assim, que os meios utilizados pela a ASCOPA estão
adequados aos propósitos da instituição.
Na visão do Sr. Érison “os associados da ASCOPA não participam de forma
significativa das atividades promovidas pela mesma porque a credibilidade da
entidade foi ferida em algum momento de sua história, e isso contribui até hoje para
o afastamento ou o não envolvimento dos associados em suas atividades”. Para o
mesmo “criar um novo vínculo com o associado, a partir de uma nova cultura de ver
e de agir da Entidade era o foco do trabalho da atual gestão”. Evidentemente, este
seria um trabalho que exigiria um grande esforço, determinação, perseverança,
mudanças de paradigmas e um longo espaço de tempo.
Sugere-se que o novo presidente da ASCOPA, assim como a nova diretoria
que será eleita este ano de continuidade a este trabalho iniciado pela atual gestão,
focando ações que desperte no associado o desejo de se envolverem de uma forma
mais significativa com a instituição.
Para o ex-presidente “não há fatores pessoais que possam ter interferido no
relacionamento dos associados com a diretoria da ASCOPA, em função da atual
diretoria ser formada, em sua grande maioria, por jovens empresários, isentos de
intrigas ou questões pessoais entre eles e entre associados, ou até mesmo com a
sociedade de um modo geral”.
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71
Sendo assim, entende-se que a instituição tem condições de reverter está
situação voltando a ser uma organização sólida e de maior importância para o
fortalecimento do setor empresarial Pauloafonsino.
Em Março de 2009, o Sr. José Érison de Barros pediu afastamento do cargo
de presidente da ASCOPA alegando com razão desta decisão, única e
exclusivamente, a necessidade pessoal de voltar para o mercado de trabalho, para
poder honrar seus compromissos.
Lamenta-se este fato, pois, o Sr. Érison conduzia a ASCOPA com muita
competência e tinha muita chance de alavancar a imagem da instituição. Espera-se
que a nova gestão de continuidade ao trabalho de reestruturação e reconstrução da
imagem institucional da ASCOPA, desenvolvendo ações que atraiam novos
associados, fidelizem os atuais e sensibilize a diretoria para uma participação mais
comprometida no exercício de suas atividades.
4.3 Conclusões do capitulo
Neste capítulo, apresentaram-se os resultados das pesquisas realizadas com
os associados e com o ex-presidente da ASCOPA, Sr. José Érison Barros.
No capítulo seguinte serão apresentados uma síntese destes resultados,
entrelaçando-os com a problemática investigada, e os objetivos traçados nesta
monografia.
E, com a intenção de colaborar com progressos na gestão da ASCOPA, a
autora indica, no final desta monografia, algumas sugestões para fortalecimento do
relacionamento entre os associados da ASCOPA e a Diretoria da instituição,
objetivando a consolidação das atividades da organização e a promoção de uma
participação mais significativa de todos nas atividades promovidas pela mesma.
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72
5. CONSIDERAÇÕES
FINAIS
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73
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O foco central deste estudo foi apresentar o Associativismo Empresarial como
uma ferramenta de grande relevância para o sucesso das micro e pequenas
empresas, tendo como objeto de estudo a Associação Comercial de Paulo Afonso –
ASCOPA.
Durante as análises empíricas da pesquisadora, notou-se que os associados
da
instituição
apresentavam baixo
índice
de
participação
nas
atividades
desenvolvidas pela mesma, dificultando o fortalecimento e desenvolvimento da
organização.
Muitas hipóteses foram levantadas na tentativa de encontrar as justificativas
para este comportamento dos associados, como por exemplo: a possível perda de
foco da instituição devido a mesma representar vários segmentos (Comércio,
Serviços, Indústria e Agronegócios); Falha na comunicação com os associados;
Existência de duas entidades com objetivos semelhantes (Câmara dos Dirigentes
Lojistas - CDL e ASCOPA) que acabam dividindo a atenção dos empresários;
Assistencialismo por parte da Companhia Hidroelétrica do São Francisco - CHESF e
da Prefeitura Municipal de Paulo Afonso – PMPA que acaba causando certo
comodismo nos associados, uma vez que boa parte deles são ex-funcionários da
CHESF que se acostumou com os benéficos concedidos pela empresa durante o
tempo que tinham vínculo empregatício com a mesma; Falta de representantes de
todos os segmentos englobados pela ASCOPA na Diretoria da instituição. Por não
ter representante de cada segmento acaba deixando os associados confusos quanto
ao papel da ASCOPA e benefícios de ser um associado; e a Insatisfação dos
associados com os eventos promovidos pela ASCOPA. Por avisar com pouco tempo
de antecedência e por causa do presidente trabalhar na prefeitura, alguns
associados acabaram confundindo os objetivos dos eventos: se era uma
programação da Prefeitura ou da Associação.
Diante deste cenário, buscaram-se investigar quais eram, de fato, os fatores
determinantes que explicam o baixo envolvimento dos associados nas atividades
desenvolvidas pela ASCOPA, confirmando ou não as hipóteses levantadas.
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Analisando-se os resultados da pesquisa realizada com os associados e a
entrevista com o ex-presidente Sr. José Érison de Barros, supõe-se que a principal
razão para este quadro, é que a credibilidade da ASCOPA foi ferida em algum
momento de sua história, e isso contribui até hoje para o afastamento ou o não
envolvimento dos associados em suas atividades.
A instituição goza de uma boa reputação diante de seus associados e da
sociedade em geral, graças a um trabalho muito bem desenvolvido pela atual gestão
de reposicionamento da imagem institucional da organização. Mas, a falta de
compromisso de alguns membros da diretoria , bem como o baixo volume de
recursos financeiros, impediu que a atual gestão ampliasse a atuação da ASCOPA,
conquistando novos associados e fidelizando os atuais.
Verificou-se também que, apesar dos serviços prestados pela ASCOPA
estarem de acordo com as necessidades de seus associados, a organização não foi
eficiente na implantação de estratégias que ajudassem os mesmos a superarem as
principais dificuldades que enfrentam no cotidiano, tais como: Escassez de recursos
financeiros, crise econômica local e concorrência.
Nota-se que estes são fatores externos que fogem ao controle direto do
empresário e, consequentemente, da ASCOPA. Mas, ainda assim, a instituição
poderia ter buscado alternativas que pelo menos minimizassem os efeitos negativos
gerados destes fatores, como por exemplo: Firmar uma parceria com as instituições
financeiras buscando taxas de juros menores para seus associados na tomada de
empréstimos e na contratação de serviços bancários; Montar uma central de
negócios para divulgação e venda dos produtos e serviços ofertados pelos
associados; Criar redes de negócios para fortalecimento dos associados diante dos
concorrentes mais fortes que se instalaram em Paulo Afonso, vindo de outras
regiões; Exigir que a Prefeitura Municipal de Paulo Afonso priorizasse um percentual
de suas compras de empresas da cidade, dividindo seus editais em pequenos lotes
o que desestimularia a participação de grandes empresas externas e daria a
oportunidade para as pequenas empresas locais ampliarem suas vendas.
Diagnosticou-se que as estratégias de Marketing de Relacionamento
utilizadas pela ASCOPA para fidelizar seus associados limitaram-se à comunicação
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de informações constantes aos associados, na tentativa de motivá-los a participarem
efetivamente das atividades da Instituição. Ou seja, não houve um planejamento e
execução de estratégias mais eficientes, resultando numa grande evasão de
associados nos últimos 12 meses. Estima-se que cerca de 50 associados se
desligaram da ASCOPA neste período, e não houve a adesão de novos associados,
enfraquecendo ainda mais a arrecadação financeira da instituição. Isto acabou
impedindo a implantação de ações mais ousadas e profissionais.
A pesquisa apontou que a imagem institucional que o ex-presidente da
ASCOPA, Sr. Érison Barros tem da instituição diverge da visão dos associados. Para
ele, a associação é vista como ineficiente, sem criatividade e monótona. No entanto,
os associados vêem a organização como uma instituição honesta, eficiente e
criativa. Mas, mesmo com esta opinião favorável, os associados não demonstram
interesse em participarem de forma mais cabal das atividades promovidas pela
mesma.
As estratégias sugeridas para melhorias na relação da ASCOPA com seus
associados, sensibilizando os mesmos a uma maior participação nas atividades
promovidas pela instituição são as seguintes:
a) Melhorias no Plano de Comunicação institucional:
- Colocar no site um item “associe-se”, mostrando as vantagens que o
associado terá;
- Colocar foto dos funcionários mostrando o nome, cargo, atribuições e e-mail,
para que os interessados possam entrar em contato direto com o responsável pelo
serviço que o mesmo deseja contratar;
- Listar todos os associados separados por seguimento;
- Fotos dos antigos presidentes e atuais;
- Mudar logo marca, fazendo um concurso entre os associados;
- Mudar a sigla ASCOPA, para uma que simbolize todos os segmentos que a
mesma representa;
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- Criar um calendário anual de eventos da Instituição.
Estas sugestões buscam consolidar a identidade institucional da ASCOPA,
desenvolvendo uma melhor associação da marca com o papel da organização, e
identificação com as atividades econômicas desempenhadas pelas empresas
associadas.
Entende-se que, desta forma, os associados poderão se identificar melhor
com a organização, e terão mais motivação a se envolverem de forma expressiva
com a organização, pois, se sentirão, de fato, mais bem representados.
b) Melhorar a comunicação com seus associados:
- Fazer mais divulgação dos serviços que oferece;
- Divulgar com maior antecedência os eventos promovidos, para que os
associados planejem melhor a participação do mesmo;
- Elaborar um calendário periódico de eventos (trimestral).
A comunicação com os associados é um fator chave para o fortalecimento na
relação da organização. Assim, estas ações poderão proporcionar uma otimização
no processo de divulgação da missão da ASCOPA, bem como das atividades que a
mesma promove, buscando sensibilizar os associados a um maior envolvimento.
Pode-se, por exemplo, fazer-se uma campanha de Propaganda Institucional com
este fim específico.
c) Reformular as Regras de Gestão da Diretoria Executiva da ASCOPA
para Gerar Maior Comprometimento dos Diretores:
- Definir novas atribuições para cada diretor de forma que a participação dos
mesmos seja mais eficiente, exigindo a apresentação de relatórios específicos por
área;
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- Criar algum benefício para os Diretores como, por exemplo, isenção de
taxas mensais, ajuda de custo para deslocamentos, entre outras;
- Definir um código de ética que permita o desligamento do Diretor que ao
longo do exercício de suas funções, demonstre falta de comprometimento e não
compareça a mais de 25% das reuniões da Diretoria Executiva.
Faz-se necessário, urgentemente, que os diretores despertem para a
necessidade de atuarem de uma forma mais ética e comprometida, para que os
associados se sintam inspirados a fazerem o mesmo.
A
diretoria
é
composta
por
líderes.
Líderes
estes,
escolhidos
democraticamente pelos votos dos associados. E todo líder assume um papel de
destaque dentro de uma organização, servindo como referência no comportamento
dos “liderados”. Desta forma, espera-se que cada diretor assuma o papel de
verdadeiros líderes, inspirando os associados pelo exemplo pessoal.
5.1 Limitações do estudo e sugestões para novas pesquisas
O fator limitante de maior relevância ocorrido durante este estudo foi o baixo
nível de retorno dos questionários aplicados junto aos associados. De 100
questionários distribuídos, apenas 25 deram feedback, mesmo com constantes
cobranças da diretoria da ASCOPA e da pesquisadora.
Este fato, por si só, já denota a falta de compromisso dos associados que
deixaram de dar uma grande contribuição no processo de melhorias da gestão da
instituição.
Diante deste quadro, sugere-se que nas próximas pesquisas realizadas com
os associados da ASCOPA, seja elaborada uma campanha de conscientização da
importância desta pesquisa, buscando sensibilizar os mesmos a participarem, talvez,
até mesmo, ofertando a possibilidade de ganharem algum prêmio como estímulo a
responderem à pesquisa.
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Sugere-se também que a instituição realize pesquisas de satisfação e de
demanda periodicamente, buscando alinhar suas ações com as expectativas e
necessidades de seus associados, o que deve resultar numa participação mais
constante dos associados nas atividades promovidas pela mesma.
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REFERÊNCIAS
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completo de conteúdo e forma (ampliada e revisada). 2. ed. São Paulo: Atlas,
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minidicionário da Língua Portuguesa. 4.ed. rev. Ampliada. Rio de Janeiro: Nova
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QUEIJA, Paulo. Marketing e Associativismo Empresarial. São Paulo: Consultoria
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VALADARES, José Horta. Cooperativismo e Associativismo no Mundo em
Transformação. Belo Horizonte: SEBRAE-MG, 1996.
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81
APÊNDICE I
Carta enviada anexa ao questionário aplicado na pesquisa com os Associados
da ASCOPA
Aos associados:
A ASCOPA – Associação Comercial de Paulo Afonso vem através desta
comunicar que estamos realizando uma pesquisa de opinião com nossos
associados com a finalidade de diagnosticar a baixa participação dos empresários
nas atividades desenvolvidas por esta instituição. Sabemos que a ASCOPA, vem
passando por alguns transtornos operacionais e precisa de um retorno dos
associados para reverter esta estagnação.
A pesquisa será conduzida pela nossa estagiária Maria Valdirene do
Nascimento Laurentino, estudante do 7º período do Curso de Administração da
Faculdade Sete de Setembro – FASETE, e o questionário será recolhido no dia 25
de Outubro do ano corrente (quarta-feira).
O Formulário da Pesquisa de Opinião encontra-se em anexo. Para maiores
informações favor entrar em contato (75) 3281-3018, falar com Valdirene ou Clícia.
Certos de que podemos contar com vossa colaboração, desde já
agradecemos.
Atenciosamente,
José Érison Barros dos Santos
Presidente
Av. Apolônio Sales – 855 - Centro Paulo Afonso/BA - Fone: (75)3281-3018
CEP: 48.608-100 - E-mail: [email protected] - Site: www.ascopa.com.br
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APÊNDICE II
Questionário aplicado na pesquisa com os Associados da ASCOPA
Responsável: Maria Valdirene do Nascimento Laurentino
01. Razão Social: .............................................................................................................
02. Nome Fantasia: ..........................................................................................................
03. CNPJ: ........................................................................................................................
04. Data de Fundação: ..................................................................................................
05. Endereço: ................................................................................................................
06. Fone: .......................................... FAX : .................................................................
07. E-mail: .....................................................................................................................
08. Web Site: .................................................................................................................
09. Empresário (a): ........................................................................................................
10. Data de Nascimento: ...............................................................................................
11. Grau de Escolaridade do (a) Empresário (a):
( ) Básico; ( ) Médio ; ( ) Superior
12. Segmento de Mercado: ( )Comércio; ( )Indústria; ( )Serviço; ( )Agropecuário
13. Ramo de Atividade: .................................................................................................
14. Porte da Empresa: ( ) Micro; ( ) Pequena; ( ) Média; ( ) Grande
15. Total de Funcionários: .............................................................................................
16. Qual é o alcance de atuação da empresa?
( ) Local; ( ) Estadual; ( ) Regional; ( ) Nacional; ( ) Global
17. Qual é o faturamento mensal médio (aproximado) da empresa (em mil R$)?
R$ ________________________.000,00
18. Qual é a maior dificuldade da empresa atualmente?
........................................................................................................................................
19. É associado da ASCOPA há quanto tempo?
........................................................................................................................................
20. Como avalia a comunicação da ASCOPA com seus associados?
( ) péssima ( ) ruim ( ) regular ( ) bom ( ) ótimo
Justifique:..........................................................................................................................
21. Como fica sabendo dos eventos realizados pela ASCOPA (treinamentos, palestras,
reuniões, festas etc)?
( ) site da ASCOPA ( ) mala direta (convite impresso) ( ) e-mail ( ) telefone
( ) outros – qual? ..........................................................................................................
( ) nenhum (nunca sou informado das atividades realizadas pela ASCOPA)
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22. Qual é o nível de participação da sua empresa nas atividades realizadas pela ASCOPA?
( ) sempre ( ) raramente ( ) esporadicamente ( ) nunca
23. Quais destes serviços abaixo indicados, você sabe que a ASCOPA oferece?
( ) Consulta ao Serasa ( ) Banco popular ( ) capacitações
( ) Certidões negativas de débitos ( ) JUCEB – Junta Comercial do Estado da Bahia
( ) Programa de estágio ( ) Aluguel de Data show, caixa de som, auditório etc
( ) Aluguel de outdoor
( ) Associ-card
24. Que imagem você tem da ASCOPA (assinale até 03 opções)?
( ) Burocrática ( ) Ágil ( ) Corrupta ( ) Honesta ( ) Ineficiente ( ) Eficiente
( ) Criativa ( ) Sem criatividade ( ) Dinâmica ( ) Monótona
( ) Outros:.........................................................................................................................
25. Você conhece quem são os diretores da ASCOPA?
( ) Sim
( )Não
26. Você acessa o site da ASCOPA?
( ) Sim
( ) Não
27. Com que freqüência você acessa o site?
( ) Sempre
( ) Raramente
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( )Esporadicamente
( ) Nunca
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APÊNDICE III
Questionário aplicado na entrevista com o Sr. José Érison de Barros, expresidente da ASCOPA.
FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE
Curso de Bacharelado em Administração
Prezado Sr. Érison Barros:
Gostaria de contar com a vossa colaboração para responder este roteiro de
entrevista, de cunho acadêmico, formulado por mim, Maria Valdirene do Nascimento
Laurentino, aluna do 8º Período do Curso de Bacharelado em Administração da
Faculdade Sete de Setembro - FASETE, que servirá como base para análise de um
trabalho monográfico para conclusão do referido curso.
1) Em sua opinião os serviços prestados pela ASCOPA estão de acordo com as
necessidades de seus associados?
2) Tem algum serviço que a ASCOPA deveria oferecer para seus associados,
mas, ainda não o faz? Se sim, o que impede a inclusão deste serviço no
portfólio da ASCOPA?
3) Quais são as estratégias de Marketing de Relacionamento utilizadas pela
ASCOPA para fidelizar seus associados?
4) Em sua opinião qual é a imagem que os associados têm da ASCOPA?
Assinale até 03 opções:
( )Burocrática
( )Ágil
( )Corrupta
( )Honesta
( )Ineficiente
( )Eficiente
( )Criativa
( )Sem criatividade
( )Dinâmica
( )Monótona
( )Outros:
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5) Quais são as maiores dificuldades enfrentadas pela ASCOPA atualmente
para desempenhar suas atividades, captar novos associados e fidelizar os já
existentes?
6) Quais são as ferramentas de comunicação utilizadas com maior frequência
pela ASCOPA na comunicação com seus associados para divulgar os
eventos e serviços promovidos pela Instituição?
( )Site da ASCOPA
( )Mala direta
( )E-mail
( )Telefone
( )Outros:
7) Você considera que os meios de comunicação utilizados são eficientes?
Justifique.
8) Em sua opinião, quais são as principais razões pela quais os associados da
ASCOPA não participam de forma significativa das atividades promovidas
pela mesma?
9) O senhor considera que fatores pessoais possam ter interferido no
relacionamento dos associados com a diretoria da ASCOPA?
10)Quais foram as principais razões que o levaram a se afastar da Presidência
da ASCOPA?
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