DO BRASIL
Boletim Mensal
Número 34
20 / Setembro / 2001
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
O mundo em geral, e os EUA em particular, há tempos vem atravessando graves incertezas econômicas,
sendo natural que o recente ataque terrorista aos EUA deteriore adicionalmente a situação. Nos fluxos
globais de investimentos os impactos negativos desse quadro têm sido pronunciados, o que também se
faz representar nos números brasileiros. Aqui, porém, é digno notar a precariedade própria da política
econômica, que teima em ignorar uma alternativa anti-cíclica, capaz de abrandar os efeitos do cenário
externo.
Diante disso, temos assistido a uma crescente deterioração dos fundamentos locais, que hoje já chega
aos fronts externo, fiscal, inflacionário, político e de atividade econômica. Coexistem, é claro,
importantes salva-guardas no cenário, sendo que a própria desvalorização cambial também tem seu lado
positivo. Mas não vemos chances, no curto e médio prazos, de uma retomada na confiança dos agentes
sem que antes o Governo assuma uma postura mais ativa e agressiva perante as dificuldades impostas.
Particularmente, preocupa-nos a recente perda do ciclo de investimentos, pois a julgar pelas
justificativas dos próprios policy makers para a crise interna, pouco tende a ser feito para recuperar esse
ciclo até as eleições. Evidentemente tal situação ainda pode ser revertida. E isso bem poderia vir pelo
aumento das exportações e pela substituição de importações, como já sugere diversas decisões
empresarias captadas em nossa pesquisa desse mês. Infelizmente, porém, a transfiguração desses
movimentos localizados em um autêntico ciclo de investimentos não dispensa uma coordenada política
econômica de aumento da oferta produtiva.
Cenário Anual
PIB (PM) - Var %
PIB (PM) - US$ Bilhões
IPCA - Var %
Déficit Fiscal - % PIB
Taxa de Câmbio - R$/US$
Taxa de Câmbio - Var %
Taxa de Juros Nominal - %
Saldo Comercial - US$ Bilhões
Trans. Corrent. - % PIB
1º S
2.5
3.0
2.305
17.9
7.5
-0.1
-
2º S
1.1
3.7
2.703
17.3
9.0
0.3
-
2001
1.8
512.8
6.7
-3.4
2.703
38.2
17.2
0.3
-5.2
2002
3.0
501.5
5.7
-3.4
2.812
4.0
16.6
2.1
-5.1
2003
3.8
524.4
4.0
-2.7
2.943
4.7
14.9
4.9
-4.5
2004
4.0
544.7
3.7
-2.7
3.043
3.4
13.9
6.6
-4.1
Conjuntura de Investimentos - 21/Ago/2001 a 19/Set/2001
Alimentos,
Bebidas e
Agroindústria
* A Arcor assumiu a linha de balas Kid´s, que pertencia à Nestlé desde 1993 quando essa
incorporou a Tostines. A transação também envolve as marcas 7 Belo, Poosh, Pirapito e Amor,
sendo que, com ela, a empresa argentina dá mais um passo para tornar-se a maior empresa de
guloseimas no Brasil. Até o final do ano a produção das linhas adquiridas será incorporada pela
fábrica da Arcor em Rio das Pedras, SP. Lá, a empresa investirá R$ 10 m na adaptação do
maquinário. O valor da operação não foi revelado. Do lado da Nestlé, a empresa anunciou ainda
que em 2002 vai investir R$ 75 m para construir uma nova unidade de café solúvel no Brasil. Os
planos da multinacional envolvem o fechamento de suas unidades de café na Argentina e no Chile,
concentrando esse setor no Brasil. A nova planta terá uma boa parte de sua produção destinada aos
mercados externos e seu local não foi revelado pela Nestlé.
* O grupo alemão Oetker anunciou investimentos de R$ 20 m para introduzir, a partir do final de
2002, uma linha de pizzas congeladas em sua fábrica, em São Paulo. É a primeira vez que a empresa
vai trabalhar com produtos congelados no País, sendo que hoje ela atua com misturas para bolos,
tortas, fermentos, chás e outros. O grupo também anunciou a mudança de seu nome de Oetker para
Dr. Oetker, como é chamado na Alemanha.
* O grupo alagoano Socôco, em joint venture com a mineira Regon, está iniciando a construção de
uma unidade de água de côco envasada na região de Petrolina (PE). O projeto envolve investimentos
de R$ 20 m e deverá iniciar suas operações em dezembro. Sua capacidade plena está agendada para
2002 e parte da produção será destinada ao mercado externo. No mercado de água de côco os dois
grupos já atuam em conjunto através da Amacoco, empresa de Ananindeua (PA). Vale destacar que
o grupo Regon é o principal acionista de Cervejaria Kaiser.
* A Cervejaria Kaiser decidiu entrar no mercado de cerveja preta e adquiriu a marca Xingu,
pertencente à Cervejaria Independente. A Xingu é uma marca principalmente de exportação e
passará a ser fabricada pela Kaiser em Queimados (RJ), Jacareí (SP) e Gravataí (RS).
* A Camil Holding LLC, segunda maior empresa do Brasil no mercado de arroz, anunciou a
incorporação da Joaquim Oliveira Participações (Josapar), atual líder do setor. A Camil é
controlada pelo fundo norte-americano TCW e a Josapar possui sede em Pelotas, RS. A transação
se deu pela compra de 54,7% do capital votante da Josapar. Juntas, as duas empresas representam
16% do mercado brasileiro e possuem seis unidades produtivas.
* As cooperativas Coonai (de Ribeirão Preto-SP), Casmil (de Passos-MG) e Coopercarmo (de
Carmo do Rio Claro-MG) decidiram unir seu processamento e comercialização de leite. A fusão
resultou na formação da Central Leite Nilza, quarta maior cooperativa de leite do País. Ela nasce
com capital de R$ 40 m, sendo que tanto a Coonai quanto a Casmil ficarão com 43% de
participação e os 14% restantes ficará com a Coopercarmo.
* A BF Produtos Alimentícios arrendou as marcas pertencentes à Sola e parte da fábrica de
enlatados de carne da empresa em Três Rios, RJ. A BF pertence aos frigoríficos Bertin e Friboi, as
duas maiores indústrias de carne bovina do País. As atividades exportadoras da Sola devem ser
reativadas pela BF.
* O grupo Cosan, maior empresa sucroalcooleira do Brasil, arrendou a Usina Santo Antônio, de
Pircacicaba (SP). Essa será a décima unidade do grupo e a terceira em parceria com as francesas
Union DAS e Sucden. Juntas, a Cosan e as empresas francesas formam a Franco Brasileira Açúcar
e Álcool (FBA). A unidade arrendada vai receber e centralizar toda a produção de açúcar orgânico
da Univalem, empresa de Valparaíso (SP) também controlada pela FBA.
Imobiliário
* Através de sua unidade latino-americana Gestión Hotelera, o grupo espanhol NH Hoteles
(NHH) comprou 50% do Hotel Della Volpe, de São Paulo. O estabelecimento, de cinco estrelas,
passará a se chamar NH Della Volpe e será administrado pelo grupo espanhol. Esse foi o primeiro
passo do NHH no mercado brasileiro, mas na América Latina ele já atua no México, Uruguai, Chile
e Argentina.
* Em leilão, o consórcio Nova Gondarém assumiu 100% do controle do Shopping São Conrado
Fashion Mall, no Rio de Janeiro. O grupo ofereceu o preço de R$ 74,3 m, R$ 14,3 m a mais do que
o valor mínimo estipulado pela Bradesco Seguros. A Nova Gondarém já detinha 10% do controle
do shopping e exerceu seu direito de preferência na aquisição dos 90% da Bradesco Seguros no
empreendimento.
Farmacêuticos
* No rastro da desvalorização cambial, o laboratório Organon espera sinal verde da matriz
holandesa para deslanchar investimentos de R$ 50 m no Brasil até 2004. A empresa possui atuação
concentrada no segmento de anticoncepcionais e contraceptivos. O objetivo da subsidiária local é
ampliar sua planta em São Paulo (SP) para exportar mais para a América Latina e talvez até para a
Europa. Os planos também envolvem diminuir sua atual dependência de importações.
* A Hexal do Brasil anunciou investimentos de R$ 108 m para implantar uma fábrica de produtos
farmacêuticos em Cambé, Paraná. O foco principal será o segmento de medicamentos genéricos,
setor no qual lidera na Alemanha. A nova planta deverá iniciar suas operações em julho de 2003 e
atenderá a todo o Mercosul. O grupo alemão chegou ao Brasil em 1999, quando incorporou a
Química Intercontinental Farmacêutica (QIF), de São Paulo.
Petroquímica
* A companhia resultante da integração da Copene com os demais ativos adquiridos no mesmo
leilão da central petroquímica e outras empresas do consórcio Odebrecht-Mariani, passará a se
chamar Braskem. A Braskem terá um faturamento estimado da ordem de R$ 8 bi, sendo que na
prática ela resulta da fusão da Copene, da Trikem e da OPP (ambas Odebrecht), da Nitrocarbono
(Mariani), da Proppet e da Polialden. Em uma segunda fase, está prevista a absorção pela
Braskem dos ativos da Odebrecht na Copesul, central de matérias-primas do Pólo Petroquímico
de Triunfo (RS).
* O Grupo Ultra, que ocupa o segundo lugar no mercado brasileiro de gás liquefeito (GLP), vai
investir R$ 137 m na ampliação de suas duas distribuidoras. A Ultragaz ficará com R$ 121 m para
instalar uma base de distribuição de GLP em Betim (MG), o que inclui parque de armazenamento e
engarrafamento. Serão abertas 10 novas lojas próprias e mais 100 franqueadas. Já a Bahiana
Distribuidora de Gás ficará com R$ 16 m para abrir 40 franquias na BA, SE, PE e CE.
Vidros
* O grupo Rioglass, de origem belgo-espanhola, e a italiana Curvet, anunciaram a formação de joint
venture para a produção de vidros em Lages (SC). Os investimentos serão de R$ 8 m, de forma
equivalente entre as duas sócias. O objetivo é atender principalmente às montadoras de ônibus. O
início da produção está previsto para fins de 2002.
* A American Glass Products (AGP), fabricante norte-americana de vidros blindados, pretende
investir US$ 10 m para instalar sua primeira unidade no Brasil. Ela ficará em São José dos Pinhais
(PR) e deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2002. O Brasil é hoje um dos maiores
mercados mundiais para vidros blindados.
Bens de
Capital
* A Brastubo, metalúrgica paulista fabricante de tubos, comprou a Weeben, empresa do setor de
tubos de polietileno para telecomunicações (fibra óptica) com sede em Mairinque (SP). A aquisição
complementa o mix de produtos da Brastubo, que atua principalmente junto aos setores de energia,
saneamento e construção.
* O grupo finlandês Metso, líder mundial na produção de equipamentos para construção, papel e
celulose, mineração e automação, adquiriu a sueca Svedala, que atua em mineração, infra-estrutura e
fundição. As unidades Svedala passarão a se chamar Metso Minerals, braço do grupo Metso para
as áreas de mineração e construção. No Brasil, a Metso Minerals será líder em seu setor, contando
com as três unidades produtivas da Svedala em Sorocaba (SP) e com a planta da Nordberg, em
Vespasiano (MG).
* A Wobben Windpower fechou acordo com o Governo de Santa Catarina para a construção de um
parque eólico no Estado. Os investimentos serão de R$ 26 m e as obras envolvem a construção de
três usinas geradoras de energia: em Laguna, Água Doce e Bom Jardim da Serra. A primeira deverá
ser entregue até março de 2002 e as duas outras até agosto do mesmo ano.
* O grupo paranaense Inepar deu mais um passo em seu processo de reestruturação. A Inepar
Indústria e Construções vendeu 36,5% de sua parcela de 49% no capital da Mastec Inepar para a
sócia norte-americana Mastec. A transação envolveu US$ 10,2 m. A Inepar Mastec executa
serviços de engenharia e implantação de infra-estrutura para operadoras de telefonia e o grupo
Inepar visa concentrar sua atuação em atividades ligadas ao setor energético.
Eletrônicos e
Componentes
* A Spread Teleinformática adquiriu da Alcatel sua área de vendas de equipamentos corporativos
(principalmente PABX) no Brasil. A operação reflete a decisão mundial da francesa Alcatel de não
mais atuar com vendas diretas, concentrando-se no desenvolvimento e fabricação de produtos. No
Brasil, sua participação no mercado de PABX chega a 10%. O valor da transação não foi revelado.
* A Hewlett-Packard (HP) e a Compaq, segunda e terceira maiores empresas de tecnologias de
informação no mundo, decidiram unir forças. Na prática, a HP está comprando a Compaq, uma
transação de US$ 25 bilhões em troca de ações. Juntas, elas somam US$ 87 bi de faturamento, mas
ainda não superam a IBM, que mantém-se líder mundial com vendas de US$ 90 bi. Mas a nova
empresa será a primeira em segmentos estratégicos como servidores, microcomputadores, impressão
e armazenagem de dados. No Brasil, o faturamento das duas chega a R$ 3,2 bi, também abaixo dos
R$ 4,1 bi obtidos pela IBM. Aqui, a Compaq possui unidade produtiva em Jaguariúna (SP) e a
produção da HP já foi terceirizada para a Solectron.
* A Viable Korea, fabricante coreana de baterias de lítio para celulares, estuda investir US$ 42 no
pólo Petrópolis-Tecnópolis, RJ. A expectativa é de que obras comecem ainda nesse ano e que as
operações se iniciem no primeiro semestre de 2002. Hoje a Viable Korea possui fábricas na
Coréia, no Japão e nos EUA. Boa parte de sua produção no Brasil terá como destino o mercado
externo e a empresa também estuda produzir aqui baterias para computadores e outros equipamentos.
Internet
* O UOL, maior portal e provedor de acesso na internet brasileira, anunciou a aquisição do
Sinectis, terceiro maior provedor no mercado argentino. O UOL já opera no país vizinho com o
UOL Argentina, que agora passará a se chamar UOL-Sinectis. Pela operação, o UOL ganha como
sócio estratégico a América TV, terceira maior rede de TV aberta da Argentina.
* A Brasil Telecom (BT) pretende investir R$ 110 m ao longo de dois anos na criação de um
provedor de internet. Dentre as grandes operadoras de telefonia fixa do País, a Brasil Telecom é a
única que ainda não possui seu próprio provedor de internet, embora detenha 11% do capital do
portal iG. A empresa é controlada pelo grupo Opportunity, pela Telecom Italia e por fundos de
pensão.
Financeiro
* O Bradesco arrematou, em licitação, o direito de explorar com exclusividade o atendimento
bancário nas agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) por um período de
oito anos. A ECT conta hoje com 5.532 agências e o Bradesco pagou R$ 201 m pelo direito de uso.
A ECT vai ainda receber uma parte das receitas obtidas nos postos, que no total são estimadas em
R$ 2,5 bi. Com esse contrato, o Bradesco poderá mais do que dobrar sua rede de atendimento, hoje
com 3800 postos.
* O Unibanco adquiriu 50% do Banco Investcred, financeira da Globex Utilidades (que controla a
rede de varejo Ponto Frio). O Investcred, por sua vez, irá adquirir a carteira de créditos da
Globex. O investimento do Unibanco na sociedade deverá ser de aproximadamente R$ 100 m. A
atuação do Investcred concentra-se na área de crédito direto ao consumidor, principalmente em
eletrodomésticos. E através de sua controlada Fininvest, uma das líderes no segmento de crédito de
massa, o Unibanco também criou parceria com o Magazine Luiza para financiar suas vendas no
varejo. A nova empresa nasce com capital de R$ 20 m divididos igualmente entre os dois sócios. A
atual carteira de financiamentos do Magazine Luiza não faz parte da operação..
* A AGF Brasil Seguros vendeu a totalidade de sua participação no Banco AGF Braseg para o
grupo francês Crédit Lyonnais. A participação corresponde a 57,46% do capital do banco e a
transação envolveu R$ 62,3 m. Desde que a alemã Allianz incorporou a francesa AGF, em 1999, a
empresa tem perseguido a concentração de suas atividades brasileiras no setor segurador. O Banco
AGF Braseg, agora Banco Crédit Lyonnais do Brasil, é a primeira investida do Crédit Lyonnais
no exterior desde sua reestruturação. Essa, inclusive, abrangeu a própria saída do grupo do mercado
brasileiro em 1995, com a venda do Banco Francês e Brasileiro (BFB) para o Itaú.
Outros
Setores
* A Calçados Azaléia, empresa gaúcha com grande presença no segmento feminino, fechou contrato
com a Asics (Japão) e a Asics Tiger (EUA) para produção e distribuição no Brasil da marca
esportiva Asics. A produção da nova linha vai ser iniciada em dezembro em Parobé (RS), sede da
Azaléia. Segundo a empresa, a nova investida não concorrerá com a linha Olympikus, que já é
fabricada pela Azaléia.
* A paranaense Cimento Itambé decidiu entrar no mercado de concreto e adquiriu as 14 centrais de
concreto da francesa Lafarge na Região Sul e uma no Estado de MS. A Itambé desembolsou R$ 18
m na operação. Do lado da Lafarge, a venda representa sua decisão de se estabelecer apenas em
regiões onde produz cimento. No Brasil ela possui sete fábricas de cimento e outras 61 centrais de
concreto.
* A Cognis, fabricante de insumos para detergentes, limpadores e cosméticos, teve seu controle
vendido pela alemã Henkel. A norte-americana Goldman Sachs Capital Partners e a britânica
Schroder Ventures pagaram US$ 2,36 bi pela companhia. No Brasil a Cognis mantém uma unidade
produtiva em Jacareí (SP).
* A Eletroger, empresa de geração energética da AES Brasil, reprogramou o cronograma de sua
termelétrica em Santa Branca, SP. O empreendimento tem investimentos previstos de US$ 600 m e
suas obras deverão ter início em novembro. Ele ficará ao lado da Usina Hidrelétrica de Santa
Branca, da Light, e a primeira fase de suas operações está prevista para o final de 2003.
* O Grupo Votorantim anunciou a criação da holding Votorantim Participações (VotoPar), que
vai substituir a Indústrias Votorantim. A VotoPar vai abrigar todos os ativos empresariais do
grupo, consolidados em unidades de negócios. Dentre essas, as principais são as de cimento, metais,
celulose e papel, energia, financeira, agroindústria e química.
* A Cia. Vale do Rio Doce (CVRD) e a maior siderúrgica chinesa, a Shangai Baosteel, acertaram
a criação de uma joint venture, a BaoVale. A nova empresa vai explorar minério de ferro nos
municípios de Rio Piracicaba e Santa Bárbara, em Minas Gerais. Os investimentos previstos são de
US$ 38 m, divididos entre as duas empresas. A CVRD também fechou com a empresa chinesa o
fornecimento de minério de ferro por 20 anos, contrato estimado em US$ 2,1 bilhões. No setor
siderúrgico, a Vale também está se unindo à italiana Danieli e ao grupo sul-coreano Dongkuk para
formar a Usina Siderúrgia do Ceará (USC). O projeto envolve investimentos de US$ 540 m e será
voltado para a produção de placas de aço. Ele ficará no Complexo Industrial e Portuário de
Pecém e o início de suas obras está previsto para o primeiro semestre de 2002. Boa parte da
produção da USC deverá ter como destino o mercado externo.
* A portuguesa Iber-Oleff, fabricante de componentes plásticos para veículos e eletrônica de
consumo, vai instalar sua subsidiária brasileira em Salto, SP. A fábrica vai atender a todo o
Mercosul e os investimentos previstos são de US$ 15 m. O projeto será executado em duas fases e
sua conclusão final está prevista para 2003. Também em Salto a Iber-Oleff pretende investir mais
US$ 4 m na produção de válvulas para controle de fluxo de gás, através da Stübbe, uma joint
venture com o grupo alemão ASV.
* A Sholle, fabricante norte-americana de embalagens bag-in-box, vai investir US$ 10 m na
construção de uma unidade no Brasil. A empresa escolheu o município de Vinhedo (SP) e vai
fabricar embalagens flexíveis visando todo o mercado latino-americano. As operações da unidade
estão previstas para começar em maio de 2002.
* A fabricante de canetas Bic, subsidiária da francesa Société Bic, está investindo US$ 14 m nesse
ano no Brasil. A empresa vai passar a produzir internamente duas linhas de produtos hoje
importadas: uma de lápis à base de resina plástica e outra de barbeadores de duas lâminas. Com
esse investimento a Bic pretende tornar a subsidiária brasileira um centro exportador.
* A Sadia planeja montar uma rede de distribuição no País ao longo dos próximos cinco anos. O
projeto prevê a instalação de cinco centros logísticos, o que soma R$ 130 m de investimentos. O
primeiro deles já foi inaugurado em Jundiaí (SP) e consumiu R$ 30 m. Os demais são orçados em
R$ 25 m cada um.
* A Endemol, empresa de conteúdos da Telefónica Media (Telefónica de España) firmou acordo
com a Organizações Globo para formar uma nova joint venture, a Endemol Globo. O objetivo é
produzir programas para o mercado televisivo, tanto aberto quanto por assinatura. No Brasil, a nova
empresa terá exclusividade sobre o catálogo da Endemol. O negócio envolve cerca de US$ 82 m.
A BRASILPAR atua na área de Serviços Financeiros, prestando serviços envolvendo compra, venda, associação
entre empresas, atração de sócios, avaliação de empresas e projetos, assim como assessoria no levantamento de
recursos de longo prazo e de capital (Project Financing e Restruturação de Empresas).
A WESTSPHERE atua na área de Investimentos, através do South America Private Equity Growth Fund,
buscando identificar, avaliar, negociar e adquirir participações no capital de empresas privadas com potencial de
crescimento acelerado e alta rentabilidade. Uma vez efetivado o investimento, cabe à WESTSPHERE monitorá-lo,
bem como definir o melhor momento para realizar o desinvestimento.
No Brasil os Fundos de Private Equity administrados pela WestSphere investiram nas seguintes empresas:
Mobitel, Injepet Embalagens, TendTudo Materiais para Construção e Datasul S/A.
A BRASILPRIVATE é administradora do FIRE - Fundo Mútuo de Investimentos em Empresas Emergentes que
tem como quotista único a BNDESPAR, subsidiária do BNDES para a área de participações acionárias.
A carteira atual do FIRE é composta pelas seguintes empresas:
Autotrac Comércio e Telecomunicações S/A, Latina S/A, Getec Guanabara Química Industrial S/A, Companhia
Brasileira de Esterilização S/A, Metalciclo Reciclagem de Metais S/A, Armco Staco S/A Indústria Metalúrgica,
Metalkraft S/A Injeção e Usinagem, OpenCommerce S/A, Padron S/A Impressos de Segurança e KA2 Laundry
Services S/A (Mr. Clean).
Investimentos:
Cláudio A. Peçanha
R. Duncan Littlejohn
Paulo Chueri
Luis Fernando Salem
Frederico Greve
Serviços Financeiros:
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(011) 3269-5244
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(011) 3269-5243
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Alberto Ortenblad Filho
Antonio Carlos Molina
Rubens Teixeira Alves
Marina Fernandes de Oliveira
Ricardo Hanitzsch
Marco Antonio Serra
Vinicius Casagrande Canheu
(011) 3269-5222
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O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado mensalmente pela WestSphere do Brasil e pela Brasilpar Serviços Financeiros
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O cenário econômico contido neste boletim refere-se aos resultados de nossas simulações e podem ser modificados sem prévia comunicação. A
WestSphere e a Brasilpar não se responsabilizam pela utilização comercial ou financeira dessas previsões. Os projetos e valores de investimentos
das empresas citadas nesse boletim referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A WestSphere e a Brasilpar não se
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