UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOQUÍMICA E MEIO AMBIENTE
SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DO AQÜÍFERO
CÁRSTICO DA MICRO-REGIÃO DE IRECÊ, BAHIA: SUBSÍDIO PARA
A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DAS BACIAS
DOS RIOS VERDE E JACARÉ
por
HAILTON MELLO DA SILVA
ORIENTADOR: PROF. DR. LUIZ ROGÉRIO BASTOS LEAL
SALVADOR/BAHIA
Abril de 2005
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOQUÍMICA E MEIO AMBIENTE
SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DO AQÜÍFERO
CÁRSTICO DA MICRO-REGIÃO DE IRECÊ, BAHIA: SUBSÍDIO PARA
A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DAS BACIAS
DOS RIOS VERDE E JACARÉ
por
HAILTON MELLO DA SILVA
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Geoquímica e Meio
Ambiente da Universidade Federal da
Bahia, em cumprimento às exigências para
obtenção do Grau de Mestre em
Geoquímica e Meio Ambiente
ORIENTADOR: PROF. DR. LUIZ ROGÉRIO BASTOS LEAL
SALVADOR/BAHIA
Abril de 2005
Por
HAILTON MELLO DA SILVA
(Geólogo, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia,)
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Submetida em satisfação parcial dos requisitos do grau de
Mestre em Geoquímica e Meio Ambiente
COMISSÃO EXAMINADORA
Prof. Dr. Luiz Rogério Bastos Leal /UFBA
_____________________________________________________________
Orientador
Prof. Dr. Joil José Celino/UFBA
______________________________________________________________
Examinador Interno
Prof. Dr. Washington de Jesus Sant'Anna da Franca Rocha/UEFS
________________________________________________________________
Examinador Externo
SALVADOR /BAHIA
Abril de 2005
Aos meus queridos pais;
Lourenço José da Silva (in memoriam)
e Ricardina Melo da Silva,
que, mesmo distantes, estão sempre presentes.
AGRADECIMENTOS
Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, meu Pai e Criador, que me deu forças e oportunidade
de estar aqui, neste momento, realizando este trabalho.
À minha esposa Maria Auxiliadora, pelo incentivo e compreensão nestes vinte e três anos que
compartilhamos uma vida em família;
Aos meus filhos Marcus Vinícius e Maria Carolina, dos quais tenho orgulho de ser pai;
Ao meu orientador, ex-aluno e colega, Dr. Luiz Rogério Bastos Leal, pelo apoio e orientação
nestes últimos três anos;
Ao meu eterno amigo César José Franco Nobre Martins (in memoriam), pelo incentivo e
companheirismo, no curto espaço de tempo em que compartilhamos nossa amizade;
Ao amigo Marcelo Miranda pelo estímulo à continuidade dos meus estudos;
Ao amigo Osmário Rezende Leite, pelo companheirismo e apoio;
Aos colegas do Departamento de Geologia e Geofísica Aplicada da UFBa, por sempre me
apoiarem nas minhas decisões;
Ao Núcleo de Estudos Hidrogeológicos e do Meio Ambiente, pela oportunidade de participar
de um dos seus projetos;
E por fim, à Superintendência de Recursos Hídricos do Estado da Bahia, pelo apoio financeiro
para realização deste trabalho.
SUMÁRIO
ÍNDICE DE FIGURAS ..............................................................................................................8
ÍNDICE DE GRÁFICOS ......................................................................................................... 10
ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................... 10
ÍNDICE DE QUADROS ..........................................................................................................11
ÍNDICE DE ANEXOS ............................................................................................................. 11
RESUMO ................................................................................................................................. 12
ABSTRACT ............................................................................................................................. 13
INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 14
1 CARACTERIZAÇÃO DA BACIA HIDROGEOLÓGICA ................................................. 18
1.1 SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO .............................................................................................. 18
1.2 CLIMA .............................................................................................................................. 23
1.2.1 Pluviometria.............................................................................................................. 23
1.2.2 Evaporação................................................................................................................ 25
1.2.3 Temperatura ..............................................................................................................26
1.2.4 Umidade Relativa do Ar ........................................................................................... 27
1.2.5 Insolação ................................................................................................................... 27
1.3 CARACTERÍSTICAS GEOMORFOLÓGICAS ........................................................................... 28
1.3.1 Planalto Cárstico ....................................................................................................... 28
1.3.2 Pediplano Sertanejo .................................................................................................. 30
1.3.3 Região de Acumulação .............................................................................................30
1.3.4 Pedimentos retocados por drenagem incipiente........................................................30
1.3.5 Domínio do Planalto da Chapada Diamantina..........................................................30
1.3.5.1 Blocos Planálticos .............................................................................................. 31
1.3.5.2 Pediplanos Cimeiros ........................................................................................... 31
1.4 GEOLOGIA REGIONAL E LOCAL ........................................................................................ 32
1.4.1 Embasamento............................................................................................................ 32
1.4.2 Supergrupo Espinhaço .............................................................................................. 32
1.4.2.1 Grupo Paraguaçu ................................................................................................ 32
1.4.2.2 Grupo Chapada Diamantina ............................................................................... 35
1.4.3 Supergrupo São Francisco ........................................................................................ 35
1.4.3.1 Grupo Una .......................................................................................................... 35
1.4.4 Formações Superficiais............................................................................................. 37
1.4.4.1 Coberturas Tércio-Quaternárias ......................................................................... 37
1.4.4.2 Formação Caatinga ............................................................................................. 37
1.4.4.3 Depósito de Tálus ............................................................................................... 37
1.4.4.4 Ciclo Sul-Americano .......................................................................................... 38
1.5 GEOLOGIA ESTRUTURAL .................................................................................................. 38
1.5.1 Influência das estruturas geológicas na carstificação ............................................... 40
1.6 SOLOS ............................................................................................................................... 43
1.6.1 Argissolos ................................................................................................................. 43
1.6.1.1 Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico ...........................................................43
1.6.1.2 Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico ............................................................43
1.6.2 Latossolos Vermelho Amarelo .................................................................................45
1.6.2.1 Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico ...........................................................45
1.6.2.2 Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico ............................................................ 45
1.6.2.3 Latossolo Vermelho Eutrófico............................................................................ 45
1.6.3 Planossolos................................................................................................................ 45
1.6.4 Cambissolos .............................................................................................................. 46
1.6.4.1 Cambissolo Háplico Ta Eutrófico ...................................................................... 46
1.6.4.2 Cambissolo Háplico Tb Eutrófico ...................................................................... 47
1.6.5 Vertissolo - V............................................................................................................ 47
1.6.6 Neossolos .................................................................................................................. 48
1.6.6.1 Neossolo Litólico Distrófico .............................................................................. 48
1.6.6.2 Neossolos Quartzarênicos................................................................................... 48
1.6.6.3 Neossolos Flúvicos Tb Eutrófico ....................................................................... 48
1.7 VEGETAÇÃO E USO DO SOLO............................................................................................. 50
1.7.1 Floresta Estacional .................................................................................................... 50
1.7.2 Campo Rupestre........................................................................................................ 50
1.7.3 Agricultura/Pecuária ................................................................................................. 52
1.7.4 Campo Limpo ........................................................................................................... 52
1.7.5 Cerrado...................................................................................................................... 52
1.7.6 Caatinga Arbustiva ................................................................................................... 52
1.8 HIDROLOGIA .................................................................................................................... 53
1.8.1 Erosão e assoreamento.............................................................................................. 54
1.8.2 Áreas de Inundação................................................................................................... 54
1.8.3 Barragens .................................................................................................................. 55
1.9 HIDROGEOLOGIA .............................................................................................................. 57
2 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS – DADOS NÃO ESPACIAIS ..... 58
2.1 MODELO CONCEITUAL ..................................................................................................... 58
2.2 SOFTWARES...................................................................................................................... 60
2.3 MÓDULO GRÁFICO DO SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS ............................ 60
2.3.1 Menu Geral do Projeto.............................................................................................. 62
2.3.2 Menu de cadastros .................................................................................................... 62
2.3.2.1 Menu de Cadastros: Dados de poços.................................................................. 64
2.3.3 Menu de Relatórios ................................................................................................... 67
2.3.4 menu de listagem ...................................................................................................... 67
2.4 ALIMENTAÇÃO DO BANCO DE DADOS .............................................................................. 68
3 SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS – DADOS ESPACIAIS ......................70
3.1 MAPA GEOLÓGICO ........................................................................................................... 71
3.2 MAPA DE SOLOS ............................................................................................................... 73
3.3 MAPA DE VEGETAÇÃO ..................................................................................................... 73
3.4 MAPA DE ELEMENTOS CÁRSTICOS ................................................................................... 73
3.5 MODELO NUMÉRICO DE TERRENO .................................................................................... 75
3.6 MAPA GEOMORFOLÓGICO ................................................................................................ 75
3.7 MOSAICO DE IMAGENS ..................................................................................................... 75
3.8 MAPA DA BACIA HIDROGEOLÓGICA .................................................................................. 78
4 INTERFACE: SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS / SISTEMA
GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS ........................................................................79
5 TRATAMENTO DE DADOS DO AQUIFERO CÁRSTICO: IMPLICAÇÕES PARA A
AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE E QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA........84
5.1 POÇOS ANALISADOS ......................................................................................................... 84
5.2 ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA ................................................................... 87
5.3 ANÁLISE DA VARIAÇÃO DA QUANTIDADE DE ÁGUA NO AQÜIFERO.................................... 89
5.3.1 Análise da Vazão ...................................................................................................... 89
5.3.2 Análise da Profundidade dos poços .......................................................................... 94
5.3.3 Análise do Nível Estático........................................................................................ 100
5.4 ANÁLISE DA VARIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AQÜIFERO.................................... 107
5.4.1 Análise dos Índices de Nitratos............................................................................... 108
5.4.2 Análise dos Índices de Cloretos..............................................................................113
6 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES FINAIS ...................................................... 120
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 122
ANEXOS ................................................................................................................................ 126
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Situação e Localização da bacia hidrogeológica dos rios verde e jacaré.................. 19
Figura 2: Municípios pertencentes à bacia hidrogeológica dos rios verde e jacaré ................. 20
Figura 3: Bacia Hidrogeológica dos rios verde e jacaré, Bahia................................................ 21
Figura 4: Mapa de Linhas de fluxo de água subterrânea da Bacia Hidrogeológica dos Rios
Verde e Jacaré............................................................................................................ 22
Figura 5: Distribuição da precipitação pluviométrica média - 1911 a 1990 ............................25
Figura 6: Fotografia da região plana a levemente ondulada, característica do planalto cárstico,
no município de irecê. ............................................................................................... 28
Figura 7: Geomorfologia da Bacia hidrogeológica dos rios Verde e Jacaré ............................ 29
Figura 8: Mapa Geológico da bacia hidrogeológica dos rios Verde e Jacaré........................... 33
Figura 9: Coluna Estratigráfica da Bacia Hidrogeológica dos rios Verde e Jacaré..................34
Figura 10: Diagrama ilustrando as relações estruturais entre os Grupos Chapada Diamantina
e Una........................................................................................................................ 39
Figura 11: Seções geológicas C-D e D-E ................................................................................ 41
Figura 12: Relação entre estruturas geológicas e a carstificação da porção central da bacia
hidrogeológica dos rios verde e jacaré ...................................................................... 42
Figura 13: Mapa de solos da bacia hidrogeológica dos rios verde e jacaré.............................. 44
Figura 14: Fotos do cultivo de cenoura, em área irrigada por aspersão (esquerda), e de um
poço tubular (direita), na região de irecê................................................................... 46
Figura 15: Padrão horizontal localizado dos estratos nos calcários ......................................... 47
Figura 16:- Mapa de vegetação da bacia hidrogeológica dos rios verde e jacaré .................... 51
Figura 17: Leito do rio jacaré, no município de américa dourada, durante estiagem. .............53
Figura 18: Fotografias ilustrando o sistema de carstificação do aqüífero de Irecê ..................54
Figura 19: Barragem de Mirorós, no RioVerde........................................................................55
Figura 20: Janela de apresentação da interface de entrada de dados........................................ 61
Figura 21: Janela de Validação de Usuário do SGBD............................................................. 61
Figura 22 - Janela para escolha do projeto ............................................................................... 62
Figura 23: Janela 1 - menu geral do projeto ............................................................................. 63
Figura 24: Janela 2 - menu de cadastros................................................................................... 63
Figura 25: Janela de entrada de dados dos poços ..................................................................... 64
Figura 26: Janela de edição de dados de poços ........................................................................ 65
Figura 27: Janela de entrada de dados de poços: tipos de irrigação .........65Figura 28: Janela de
entrada de dados de poços: dados físicos .................................................................. 66
Figura 29: Janela de entrada de dados de poços: perfil litológico............................................ 66
Figura 30: Janela 3 - menu de relatórios .................................................................................. 67
Figura 31: Janela 4: menu de listagens..................................................................................... 68
Figura 32: Articulação das Folhas Plani-Altimétricas do IBGE, escala 1:100.000. mosaico da
Bacia Hidrogeológica dos Rios Verde e Jacaré......................................................... 72
Figura 33: Mapa de Elementos Cársticos e Formações Geológicas da Bacia Hidrogeológica
dos Rios Verde e Jacaré............................................................................................. 74
Figura 34: Modelo Numérico de Terreno da Bacia Hidrogeológica dos Rios Verde e Jacaré. 76
Figura 35: Mosaico de Imagens, bandas 3, 4 e 5 do Landsat 5, da Bacia Hidrogeológica dos
Rios Verde e Jacaré ................................................................................................... 77
Figura 36: Janela de entrada na interface sig - sgbd................................................................. 80
Figura 37: Janela de acesso ao projeto e aos objetos de consulta............................................. 81
Figura 38: Janela de consulta aos dados no sgbd ..................................................................... 81
Figura 39: Janela do Arcgis com os poços cadastrados no sgbd .............................................. 82
Figura 40: Janela mostrando uma consulta ao sgbd através do módulo mônitor, dentro do
arcgis .........................................................................................................................82
Figura 41: Janela do ArcGis com informações de dados espaciais (hidrologia) dados e não
espaciais (poços)........................................................................................................ 83
Figura 42: Distribuição espacial dos poços amostrados na pesquisa .......................................85
Figura 43:- Distribuição espacial das estações pluviométricas ................................................ 86
Figura 44: Distribuição da precipitação pluviométrica média entre 1969 e 2003....................88
Figura 45: Vazões dos poços amostrados: a) 1969 a 1973 e b) 1974 a 1978........................... 90
Figura 46: : Vazões dos poços amostrados: a) 1979 a 1983 e b) 1984 a 1988......................... 91
Figura 47: : Vazões dos poços amostrados: a) 1989 a 1993 e b) 1994 a 1998......................... 92
Figura 48: : Vazões dos poços amostrados: 1999 a 2003.........................................................93
Figura 49: Profundidades dos poços amostrados: a) 1969 a 1973 e b) 1974 a 1978................96
Figura 50:- Profundidades dos poços amostrados: a) 1979 a 1983 e b) 1984 a 1988 .............. 97
Figura 51:- Profundidades dos poços amostrados: a) 1989 a 1993 e b) 1994 a 1998 .............. 98
Figura 52:- Profundidades dos poços amostrados: 1999 a 2003 .............................................. 99
Figura 53:- Níveis estáticos dos poços amostrados: a) 1969 a 1973 e b) 1974 a 1978 .......... 102
Figura 54:- Níveis estáticos dos poços amostrados: a) 1979 a 1983 e b) 1984 a 1988 ......... 103
Figura 55:- Níveis Estáticos dos poços amostrados: a) 1989 a 1993 e b) 1994 a 1998 ......... 104
Figura 56:- Níveis Estáticos dos poços amostrados: 1999 a 2003 ........................................ 105
Figura 57:- Teores de nitratos nos poços amostrados: a) 1969 a 1973 e b) 1974 a 1978....... 110
Figura 58:- Teores de nitratos nos poços amostrados: a) 1979 a 1983 e b)1984 a 1988..... 111
Figura 59:- Teores de nitratos nos poços amostrados: a) 1989 a 1993 e b) 1994 a 1998...... 112
Figura 60:- Teores de nitratos nos poços amostrados: 1999 a 2003......................................113
Figura 61:- Teores de Cloretos nos poços amostrados: a) 1969 a 1973; b) 1974 a 1978....... 115
Figura 62:- Teores de Cloretos nos poços amostrados: a) 1979 a 1983 e b) 1984 a 1988 ..... 116
Figura 63:- Teores de Cloretos nos poços amostrados: a) 1989 a 1993; b) 1994 a 1998....... 117
Figura 64:- Teores de Cloretos nos poços amostrados: 1999 a 2003 ....................................118
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Temperatura média anual(oC) ................................................................................. 26
Gráfico 2: Linha de tendência das médias anuais de precipitação pluviométrica .................... 87
Gráfico 3: Linha de tendência das médias anuais de Vazão.....................................................89
Gráfico 4: Linha de tendência das médias anuais de profundidade ......................................... 94
Gráfico 5: Linha de tendência das médias anuais do nível estático ....................................... 100
Gráfico 6:- Correlação entre as médias anuais da profundidade e do nível estático ..............105
Gráfico 7: Correlação entre as médias anuais dos índices de cloretos e as médias anuais de
precipitações pluviométricas ................................................................................ 114
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Precipitação pluviométrica média mensal - série histórica até 1990........................24
Tabela 2:- Relação de barragens da região de estudo construídas até o ano de 2001 .............. 56
Tabela 3: Relação de Cartas Plani-Altimétricas (IBGE/SEI), escala 1:100.000 .....................71
Tabela 4:- Número de poços perfurados por município ...........................................................95
Tabela 5: Limites tolerados de cloretos e nitratos para a água potável .................................. 108
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1: Esboço do Modelo Conceitual usado na para construção do SGBD....................... 59
Quadro 2: Ficha de cadastro de poços utilizada em campo...................................................... 69
ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo 1: Dados dos poços no quinquênio: 1969 a 1973 – 43 poços ..................................... 127
Anexo 2: Dados dos poços no quinquênio: 1974 a 1978 – 99 poços ..................................... 128
Anexo 3: Dados dos poços no quinquênio: 1979 a 1983 – 151 poços ................................... 130
Anexo 4: Dados dos poços no quinquênio: 1984 a 1988 – 230 poços ................................... 133
Anexo 5: Dados dos poços no quinquênio: 1989 a 1993 – 92 poços ..................................... 138
Anexo 6: Dados dos poços no quinquênio: 1994 a 1998 – 146 poços ................................... 140
Anexo 7: Dados dos poços no quinquênio: 1993 a 2003 – 138 poços ................................... 143
RESUMO
A dependência do ser humano pelos recursos hídricos tem se tornado cada vez mais evidente,
tornando a Bacia Hidrográfica o principal fator de agregação de estudos neste sentido. Por
este motivo, vem sendo difundido, cada vez mais, o uso de Sistemas de Informações
Geográficas (SIG), com vistas ao monitoramento e gerenciamento da quantidade e qualidade
da água nestes ambientes. As Bacias Hidrográficas dos Rios Verde e Jacaré, região de Irecê,
situada na porção central do Estado da Bahia, estão assentadas prioritariamente em uma área
de rochas sedimentares carbonáticas, que se constitui em um importante aqüífero cárstico do
semi-árido baiano. O tipo de solo e a topografia desta região favorecem a agricultura, sendo
esta a sua principal atividade econômica com o uso das águas subterrâneas. Dado às
características intrínsecas de um ambiente cárstico em clima semi-árido, a falta de água
superficial exige a busca da água subterrânea como meio de irrigação das áreas cultivadas. No
entanto, a partir das últimas décadas, com o aumento do cultivo, vem se intensificando a
perfuração de poços o que, de certo modo, tem demandado uma retirada desordenada da água
do subsolo, colocando em risco a potencialidade hídrica daquele valioso reservatório. O
desenvolvimento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG), necessário ao
monitoramento do aqüífero cárstico da região de Irecê, é o objetivo desta pesquisa,
procurando agregar em uma só ferramenta de controle, informações espaciais e geoambientais, no intuito de responder aos principais questionamentos relativos às suas
potencialidades em termos de quantidade e qualidade de água. Os resultados produzidos pelo
projeto Modelização da Dinâmica Hidrológica e Instrumentos para a Gestão do Sistema
Aqüífero-Rio das Bacias Hidrográficas dos Rios Verde e Jacaré – Região Semi-árida do
Estado da Bahia, (convênio 002/02 SRH/UFBA/FAPEX/NEHMA/POSGEMA/DEA, 2004),
se relacionam à ocorrência de 5469 poços tubulares, até outubro de 2003. Deste total, foram
tratados neste trabalho os dados de 899 poços. A partir destes dados percebe-se a tendência
das empresas perfuradoras em manterem a vazão dos poços em um patamar médio
permanente, em detrimento do rebaixamento do aqüífero, evidenciado pelo aumento na
profundidade dos poços através dos anos. Em termos de qualidade, pode-se perceber, em
determinadas partes da bacia, o aumento considerável de contaminantes nocivos à saúde. As
informações que levaram a estas conclusões podem ser facilmente retiradas do SIG, servindo
aos órgãos públicos gestores da bacia como apoio à decisão na concessão de licenças para
perfurações de poços, construções de barragens e nas possíveis ações dirigidas à reparação e
recuperação deste aqüífero, já bastante degradado por atividades antrópicas.
PALAVRAS-CHAVE: Sistema de Informações Geográficas - monitoramento - bacia
hidrogeológica - ambiente cárstico
ABSTRACT
As it is evident that all human beings depend upon water resources for self-maintenance, it
also makes the hydrographic basin the utmost point for conveying studies over water supply,
distribution and sanitation. For this reason the GIS (Geographic Information System) has been
applied in order to monitor and set management over the quantity and quality of the water
resources found in different environments. Verde and Jacaré rivers are located at a
hydrographic basin in the midlands of Irece, Brazil, in an area mainly surrounded by
carbonate sedimentary rocks, which is predominantly one of the most important carstic
aquifer on backlands of the Bahia state. The soil types as well as the topography in such
places favors the main economic activity in the area developed by human labor force: the
agriculture, which uses the underground waters on systematic basis. Given the intrinsic
features in a carstic environment, in addition to a semi-dry climate, the lack of hollow fresh
water requires a search for underground waters as means of cultivated land irrigation.
However, in the last few decades, as cultivated lands have been largely increased, the number
of digging wells have been extended, as well, and up to some extent, a considerable amount of
fresh water have been disorderly demanded, and, therefore putting the reservoir quality and
potentiality into a long-termed risk. Looking into the results presented by the “Hydrologic
Dynamic Model Management Tools for the Aquifer-River Verde and Jacare Rivers
Hydrographic Basin System in the Semi-dry Lands of Bahia State” (Agreement 002/02
SRH/UFBA/FAPEX/NEHMA/POSGEMA/DEA, 2004), are related to the existence of 5469
tube like wells up to October 2003. Around 899 wells out of the total amount were studied.
The GIS development, which is necessary to this carstic aquifer in the semi-dry lands of Irece,
Brazil, is the main objective of such work. It focus the gathering of one and same study tool
that is to control, to provide space geo-environmental information in order to clear the main
issues regarding the hydrographic basin potentials in terms of fresh water quality and
quantity. As an immediate result of such study, it is possible to perceive data from 899 wells
all registered and file recorded at GIS, a characteristic from many local well digging
companies that keep the outflow of all wells at permanent average level, but on the other
hand, contributing to the decrease of aquifer in such wells in a lifetime. Concerning quality, it
is possible to understand that in some parts of the water basin, there is a considerable increase
of contaminant degrading elements, which are hazardous to people’s health. The information
which led to this conclusion can be easily found from the GIS, and it allows the public
services managers decide whether or not it should be granted licenses for digging wells, dam
constructions and other possible projects that aim the repair and the recovering of such
aquifer, which now presents a degraded background due to useless activities.
KEY WORDS: Geographic Information System – monitoring – hydrologic basin – carstic
environment.
14
INTRODUÇÃO
A água como insumo essencial à manutenção da vida no planeta, vem sendo motivo de
preocupação em todo o mundo pelos sinais evidentes de crescente escassez e deterioração.
Hoje, muitos países sofrem com a falta d’água (principalmente o leste asiático) e cerca de um
bilhão de pessoas têm abastecimento precário. A própria ONU recomenda aos povos e países
que realizem atividades destinadas a alertar sobre a necessidade de conservação dos recursos
hídricos e a disseminação de informações sobre as características da água, sua disponibilidade
e escassez.
Uma das formas de se operacionalizar esta tarefa é a realização do manejo integrado
de bacias hidrográficas, as quais, como unidades geográficas, são ideais para se caracterizar,
diagnosticar, avaliar e planejar o uso dos recursos naturais. Assim, faz-se importante o
conhecimento de fatores socioculturais e o envolvimento da comunidade no processo,
devendo-se observar a valorização das práticas tradicionais de produção sustentável, o
incentivo à capacitação e extensão para melhorar a produção, o desenvolvimento de
programas informativos sobre educação ambiental, e a criação de condições para que os
usuários da bacia possam dar continuidade aos seus projetos.
Todas essas ações são importantes para uma gestão integral dos recursos naturais, que
vai permitir a organização e a capacitação das populações, em níveis locais e regionais, na
formulação e execução de planos de manejo para o bom uso destes recursos, sobretudo, a
água.
Pelo fato de a água ser um recurso natural, único, escasso, essencial à vida, e estar
distribuída de forma desigual no planeta, o manejo e a preservação de bacias hidrográficas
tornaram-se temas relevantes nos últimos anos.
Para o gerenciamento adequado dos recursos hídricos de um país ou região, bem como
para o desenvolvimento de projetos e pesquisas neste campo, torna-se de fundamental
15
importância o conhecimento dos regimes dos rios e suas sazonalidades, os regimes
pluviométricos das diversas regiões hidrográficas e mais uma série de informações do ciclo
hidrológico.
Os principais componentes das bacias hidrográficas - solo, água, vegetação e fauna coexistem em permanente e dinâmica interação, respondendo às interferências naturais
(intemperismo e modelagem da paisagem) e aquelas de natureza antrópica (uso/ocupação da
paisagem), afetando os ecossistemas como um todo. Neste sistema os recursos hídricos
“..constituem-se como indicadores dos efeitos do desequilíbrio das
interações dos respectivos componentes e, por esse motivo, as bacias
e sub-bacias hidrográficas vêm-se consolidando como
compartimentos geográficos coerentes para planejamento integrado
do uso e ocupação dos espaços rurais e urbanos, tendo em vista o
desenvolvimento sustentado no qual se compatibilizam atividades
econômicas com qualidade ambiental”. (SOUZA e FERNANDES,
2000)
Portanto, deve-se dar ênfase ao levantamento de informações hidrológicas, num
trabalho permanente de coleta e interpretação de dados, cuja confiabilidade torna-se maior à
medida que suas séries históricas são mais extensas, envolvendo eventos de cheias e secas, de
modo que o acervo de dados possa responder às necessidades de projetistas e estudiosos nas
áreas voltadas ao aproveitamento dos recursos hídricos.
Segundo LEAL (1998), “Num sistema de gestão de uma Bacia é fundamental que se
disponha de um Sistema de Informações atualizado”. Por conseguinte, as razões colocadas
pela autora para que este sistema seja desenvolvido são usá-lo:
a) como subsídio para as ações de gerenciamento da oferta da água;
b) para atualização contínua do diagnóstico;
c) para elaborar ações do plano diretor e permitir o seu acompanhamento;
d) para aprimorar o conhecimento dos processos ambientais inter-relacionados e
permitir maior estimativa dos custos ambientais envolvidos nas atividades;
e) como informação para a sociedade, dentre outras razões.
Ainda, de acordo com a autora, “O sistema de Informações é alimentado pela prática
de uma atividade contínua de monitoramento. Devem ser monitoradas as variáveis relevantes
para caracterizar a situação dos recursos hídricos, alimentando um banco de dados.”
Contudo, não se deve esquecer de garantir a qualidade e atualização periódica das
informações deste Banco de Dados, o que só pode ser assegurado se houver uma coordenação
na alimentação do sistema. “A avaliação dos recursos hídricos precisa da intensificação dos
16
sistemas existentes de transferência, adaptação e difusão de tecnologia e do desenvolvimento
de tecnologias novas para seu uso prático” (AGENDA 21, item 18).
Faz-se também necessária a efetivação de articulações visando o aproveitamento do
que já existe, em termos de informações da bacia, para alimentação deste Banco de Dados,
quer seja por parte dos órgãos estatais, quer do setor privado, das instituições educacionais, de
consultores, de organizações locais de usuários de água e outros, a fim de que se viabilize o
Sistema de Gestão.
As bacias hidrográficas dos rios Verde e Jacaré, alvos desta pesquisa, não fogem a este
contexto. Afluentes da margem direita do Rio São Francisco e assentadas sobre terreno
cárstico na região semi-árida do sertão baiano, vêm sendo alvo de muitas discussões por parte
da sociedade, dos órgãos públicos gestores e de pesquisadores, preocupados com a
intensificação do uso das águas destas bacias ocorrida nas últimas três décadas.
As características físicas desta região, com solos férteis e relevo pouco acidentado,
favorecem a ocupação antrópica com atividades agrícolas. Entretanto, o clima semi-árido,
caracterizado por baixa precipitação pluviométrica, e a carstificação intensa do solo,
promovendo a rápida infiltração da água superficial, exige a utilização de técnicas de
irrigação apoiadas no uso de poços tubulares que retiram do subsolo a água necessária às
lavouras.
Dessa forma, o estudo da Bacia Hidrogeológica, que compreende não só a área
superficial das bacias, e sim, todo o aqüífero subterrâneo da região, envolvendo, tanto o
reservatório, quanto as suas áreas de recarga superficial, se torna de extrema importância
quando se procura respostas e soluções que auxiliem na sua preservação.
Para garantir qualidade e quantidade da água deste reservatório, faz-se necessário o
desenvolvimento de ferramentas eficientes que permitam o monitoramento e a análise deste
ambiente como um todo, envolvendo desde as características físicas (superficiais e de
subsuperficie) como socioeconômicas.
Ao considerar a variedade do uso e ocupação da área, uma tomada de decisão para um
manejo sustentável deve ser baseada na avaliação dos mais variados tipos de dados espaciais
(unidades geológicas, morfologia, vegetação, tipo de solo, rede de drenagem, etc.) e não
espaciais (qualidade da água, nível estático, vazão, pluviosidade, tipos de culturas, quantidade
de água usada na irrigação, etc.).
Nesse contexto, objetiva-se nesta dissertação, construir um Sistema de Informações
Geográficas que envolva os principais aspectos hidrogeológicos e ambientais desta bacia,
17
possibilitando aos órgãos públicos gestores, um controle mais eficaz e, disponibilizando, para
os mesmos, ferramentas adequadas para o manejo dos recursos hídricos desta região.
Nos quatro primeiros capítulos deste trabalho são tratados os aspectos relevantes à
construção de um Sistema de Informações Geográficas (SIG), sendo o primeiro capítulo
destinado à caracterização da bacia em estudo, com a apresentação de dados relativos ao
clima, geologia, solos, vegetação e uso do solo, morfologia e relevo, dentre outros, quer de
forma descritiva, quer em forma de mapas, produtos estes integrantes do SIG.
No segundo capítulo são dadas ênfases ao Modelo Conceitual, base de construção
deste SIG, ao aplicativo criado para o Gerenciamento do Banco de Dados.e à metodologia
aplicada na coleta de dados.
Por outro lado, no terceiro capítulo é abordada a metodologia usada na construção da
base espacial deste SIG. E, por fim, no quarto capítulo, é apresentada a interface para
manipulação conjunta dos dados espaciais e não espaciais.
O quinto capítulo é dedicado à aplicação deste SIG numa avaliação qualitativa do
possível comprometimento da quantidade e qualidade da água subterrânea dessa bacia
hidrogeológica nos últimos trinta e cinco anos, mostrando, sem maiores pretensões, a sua
utilidade prática.
Como conclusão, no sexto capítulo, são tecidas as considerações e recomendações
finais extraídas deste trabalho.
Por fim, buscou-se atingir as seguintes metas com este trabalho:
a) a implantação de um Sistema de Informações Geográficas – SIG para o aqüífero
cárstico da região de Irecê, nas bacias Hidrológicas dos Rios Verde e Jacaré;
b) a consolidação de uma linha de pesquisa que gere informações consistentes sobre a
bacia, buscando disponibilizar as informações para os diversos usuários da água na
bacia e comunidade científica;
c) o fornecimento de informações que possam subsidiar a sociedade organizada sobre os
impactos de políticas públicas e privadas de ocupação do espaço físico - produto
técnico-científico de circulação popular.
18
1 CARACTERIZAÇÃO DA BACIA HIDROGEOLÓGICA
1.1 SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO
A Bacia Hidrogeológica dos rios Verde e Jacaré está situada na porção centro-norte do
Estado da Bahia ocupando uma área aproximada de 32.236 Km2. O acesso a esta bacia, a
partir de Salvador, se faz através da BR-324 até Feira de Santana, seguindo-se pela BR-116
até o entroncamento da BA-052 (Estrada do Feijão), prosseguindo-se daí até Irecê, principal
cidade da região (Figura 01). Envolve totalmente os municípios de América Dourada, Barra
do Mendes, Barro Alto, Cafarnaum, Canarana, Central, Ibipeba, Ibititá, Irecê, Itaguaçu da
Bahia, João Dourado, Jussara, Lapão, Presidente Dutra, São Gabriel, Souto Soares e Uibaí e,
parcialmente, os municípios de Bonito, Brotas de Macaúbas, Gentio do Ouro, Ibitiara,
Ipupiara, Iraquara, Morro do Chapéu, Mucugê, Mulungu do Morro, Palmeiras, Seabra, Sento
Sé, Umburanas e Xique-Xique (Figura 02).
Segundo o Glossário de Termos Hidrogeológicos (MENDONÇA, J. J. L., at al., 2000),
Bacia Hidrogeológica é a “Região onde ocorre a convergência das águas subterrâneas de um
aqüífero ou de vários, contíguos ou sobrepostos, para uma mesma área de descarga”.
A partir desta compreensão, foram incorporadas à Bacia Hidrogeológica estudada toda
a área relativa às Bacias Hidrológicas dos Rios Verde e Jacaré, localizadas à margem direita
do Rio São Francisco, predominantemente na Região Cárstica do Platô de Irecê (Grupo Una)
e uma pequena área, na sua porção sul, pertencente à Bacia do Rio Paraguaçu, assentada sobre
unidades metassedimentares dos Grupos Chapada Diamantina e Una (Figura 03). A junção
deste seguimento da bacia hidrológica do Rio Paraguaçu à Bacia Hidrogeológica em estudo,
se deve ao fato do fluxo da água subterrânea, nesta área, convergir para o norte, contrário ao
seu fluxo superficial, conforme o Mapa de Linhas de Fluxo, calculado a partir do Mapa
19
Potenciométrico, e apresentado no Relatório Técnico Final do Convênio 002/02
(SRH/UFBA/FAPEX/NEHMA/POSGEMA/DEA, 2004) (Figura 04).
FIGURA 1: SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DA BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ
20
FIGURA 2: MUNICÍPIOS PERTENCENTES À BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ
FONTE: Adaptado das Cartas Plani-Altimétricas do Estado da Bahia IBGE/SEI, escala 1:100.000, 2003.
21
FIGURA 3: BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ, BAHIA
FONTE: Adaptado das Cartas Plani-Altimétricas do Estado da Bahia IBGE/SEI, escala 1:100.000, 2003.
Delimitação das Bacias Hidrológicas com o uso da extensão Hydrology Modeling do software ArcGis e do
Modelo Numérico de Terreno da região, gerado pelo mesmo programa.
22
10o 30” S
11o 00” S
Linhas de Fluxo
Linhas de Potenciometria
11o 30” S
Fluxo da água subterrânea
voltado para o interior da
Bacia Hidrogeológica, na
região de Iraquara.
N
12o 00” S
42o 15” W
41o 45” W
FIGURA 4: MAPA DE LINHAS DE FLUXO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA DA BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS
VERDE E JACARÉ
FONTE:- Relatório técnico final do convênio 002/02 SRH/UFBA/ FAPEX/ NEHMA/POSGEMA/DEA, 2004.
Deste modo, serão descritas neste capítulo, as principais características físicas e
biológicas da área estudada, cujos produtos (espaciais e não espaciais) foram incorporados ao
SIG, necessárias ao melhor entendimento e interpretação da bacia hidrogeológica, numa
proposição de gestão integrada.
23
1.2 CLIMA
Caracterizada como região semi-árida e por uma diversificação climática intensa, a
área compreendida por este estudo é influenciada por vários fatores, tais como: diferentes
sistemas de circulação, posição geográfica, relevo, temperatura, dentre outros, destacando-se a
precipitação pluviométrica variada como principal fator desta característica.
Desta forma, é a precipitação pluviométrica que determina o comportamento das
atividades agropecuárias da região, sendo este setor da economia dependente deste fator,
aliado à intensidade da evapotranspiração.
O fato das precipitações pluviométricas ocorrerem de forma irregular, tanto temporal
como espacialmente, tem levado o agricultor da região estudada, a buscar formas de amparo à
suas atividades agrícolas na captação de água subterrânea, destacando-se a agricultura irrigada
como principal suporte destas atividades.
1.2.1 Pluviometria
É uma região onde predomina uma grande variabilidade anual na precipitação
(KOUSKY, 1979).
Na tabela 01 estão as séries históricas de dados médios mensais de vinte estações
pluviométricas, num período mínimo de vinte e sete anos, até o ano de 1990 (MMA/SRH,
1995).
Percebe-se por estes dados que, as maiores precipitações ocorrem nos meses de
novembro e dezembro. De junho a agosto ocorre um período seco de inverno, podendo se
prolongar até setembro. A precipitação pluviométrica média anual é de 700,6 mm, com as
chuvas concentradas em cinco meses (de novembro a março).
A Figura 05 mostra a espacialização, tanto das vinte estações quanto das médias de
precipitações pluviométricas das séries históricas relacionadas na tabela 01 (Método de
“Kriging”)
Apesar da distribuição não proporcional das estações, 11 delas se encontram dentro da
área da bacia estudada, podendo-se observar que, em cerca de, aproximadamente, 50% da
mesma a média das precipitações anuais é baixa (em torno de 500 mm/ano), enquanto que, as
maiores médias de chuvas (> 1200 mm/ano) ocorrem no sul, na região de Lençóis, já fora da
área em estudo.
24
ORDEM
CÓDIGO
X (DG)
Y (DG)
1
940012
Fortaleza
ESTAÇÕES
-40,413
-9,861 1963 a 1990
PERÍODO
2
1041002
Jaguaraci
-41,583 -10,900 1917 a 1990
3
1042001
Bom Sucesso
-42,317 -10,433 1937 a 1990
4
1140010
Gentio do Ouro
-40,600 -11,553 1963 a 1990
5
1141005
Ibititá
6
1141007
7
OPERADOR JAN
SUDENE
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
TOTAL
67,7
97,5
86,7
52,9
7,9
7,2
3,1
1,2
5,8
16,6
50,0
78,2
474,8
DNOCS
76,0
70,5
82,7
37,9
5,6
1,1
0,9
2,5
5,0
24,9
81,7 108,4
497,2
SUDENE
103,7
80,6
97,9
50,4
7,0
2,0
1,2
0,5
7,8
30,1 102,0 133,6
616,8
SUDENE
113,7 102,1 105,3
75,4
9,4
3,8
2,2
1,0
9,0
47,5 118,0 139,9
727,1
-41,967 -11,550 1963 a 1990
SUDENE
117,9
89,5
82,1
53,0
9,1
5,7
2,3
2,1
8,1
51,4 112,8 136,6
670,6
Irecê
-41,870 -11,300 1937 a 1990
DNOCS
97,3
72,5
99,3
37,5
5,2
2,6
1,1
0,9
7,6
29,2 109,6 120,4
583,2
1141008
Arrecife
-41,883 -11,017 1963 a 1990
SUDENE
85,0
77,8 102,3
54,5
7,3
3,9
1,3
2,6
4,3
35,5
98,0 104,8
577,4
8
1141011
Canarana
-41,767 -11,667 1963 a 1990
SUDENE
104,6
68,2
92,8
40,8
12,4
5,5
2,8
1,0
5,5
46,7 103,1 108,8
592,1
9
1142003
Central
-42,120 -11,150 1962 a 1990
SUDENE
80,5
85,0
93,9
46,9
6,4
5,4
1,1
0,5
6,1
31,8
87,1 111,0
555,7
10
1142011
Ibipepa
-42,033 -11,650 1963 a 1990
SUDENE
115,2
77,3
87,3
42,4
12,4
4,3
2,2
2,1
8,9
36,8 105,8 121,0
615,7
11
1142013
Ipupiara
-42,617 -11,817 1937 a 1990
DNOCS
92,4
79,0
92,4
42,5
7,4
2,0
1,7
1,2
13,0
36,4 129,8 132,5
630,5
12
1142016
Uibaí
-42,133 -11,333 1963 a 1990
SUDENE
128,0 101,8 127,3
64,9
3,6
4,9
1,3
0,4
3,6
47,5 116,5 123,5
723,3
13
1241011
Lençois
-41,383 -12,567 1911 a 1990
DNOCS
137,0 132,0 163,0 135,7
79,7
56,2
57,1
40,6
35,7
80,1 166,8 177,6
1261,8
14
1241012
Iraquara
-41,616 -12,253 1960 a 1990
DNOCS
118,6
77,4
95,7
63,0
17,3
23,1
10,2
4,2
17,6
37,9
98,8 114,3
678,1
15
1241018
Wagner
-41,170 -12,288 1937 a 1990
DNOCS
79,2
82,0
96,2
67,8
33,8
30,9
26,8
15,4
15,2
38,5 109,2 139,5
734,5
16
1241022
Seabra
-41,767 -12,417 1911 a 1990
DNOCS
105,8
92,1
84,8
57,4
23,2
15,4
11,3
4,7
11,8
33,6 124,7 135,5
700,3
17
1242006
Brotas de Macaúbas
-42,633 -12,000 1937 a 1990
DNOCS
133,5
87,8 104,6
54,5
7,0
1,4
2,0
0,7
11,9
41,4 115,5 147,1
707,3
18
1242012
Ibitiara
-42,217 -12,650 1938 a 1990
SUDENE
104,3
92,0 110,9
51,3
10,5
1,7
1,0
1,2
12,5
54,2 136,4 144,0
720,1
19
1341006
Piatã
-41,783 -13,150 1938 a 1990
DNOCS
123,3 104,7 120,4 119,0
62,5
77,3
57,0
40,8
35,8
85,0 168,6 151,1
1145,5
20
1342004
Água Quente
-42,141 -13,416 1963 a 1990
DNOCS
138,8 107,7
MÉDIAS
MENSAIS
106,1
98,0
54,3
6,9
3,1
1,1
1,6
9,4
70,5 147,2 162,0
800,6
88,9 101,2
60,1
16,7
12,9
9,4
6,3
11,7
43,8 114,1 129,5
700,6
TABELA 1: PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA MÉDIA MENSAL - SÉRIE HISTÓRICA ATÉ 1990
FONTE:- SRH. Plano Diretor de Recursos Hídricos. Bacias dos Rios Verde e Jacaré, 1995.
25
FIGURA 5: DISTRIBUIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA MÉDIA - 1911 A 1990
FONTE:- SRH. Plano Diretor de Recursos Hídricos. Bacias dos Rios Verde e Jacaré, 1995.
1.2.2 Evaporação
Sendo um fator de grande relevância na interpretação climática da região, a evaporação
anual média, medida continuamente nas estações meteorológicas de Irecê e Mirorós, em
Tanques Classe A com espelhos d’água bastante representativos, fornece os seguintes valores:
•
Irecê - 2.805,4 mm
•
Mirorós - 2.627,3 mm
26
Com uma evaporação média, para estas duas estações, da ordem de 2.716,4 mm anuais, e
com a precipitação média anual de 700,6 mm/ano, obtém-se um déficit hídrico médio de
2.015,8 mm/ano.
O déficit de água gerado entre a precipitação e a evaporação leva a considerar-se a
hipótese de que pode estar havendo uma saída de água dos aqüíferos da bacia maior do que
recarga, havendo, desta forma, um comprometimento no potencial hídrico da mesma.
Associando-se este fator natural à incessante busca de água subterrânea por meio de
poços tubulares, iniciada há algumas décadas, este comprometimento toma proporções
alarmantes, exigindo estudos urgentes em busca de um possível equilíbrio reparador.
1.2.3 Temperatura
Na área em estudo, ocorre a predominância de temperaturas elevadas, face à forte
radiação solar, vez que o sol alcança, por duas vezes ao ano, o zênite.
A temperatura média do mês mais quente segue, em seu traçado, praticamente as
isoietas da temperatura anual média, e varia entre 22ºC e 26ºC (BAHIA/SRH, 1995). Por esta
razão, a temperatura não se constitui em nenhuma restrição para o desenvolvimento das
culturas com vocação de clima tropical.
O gráfico abaixo ilustra a distribuição anual média da temperatura em três estações
meteorológicas da região: Barra, Irecê e Lençóis.
GRÁFICO 1: TEMPERATURA MÉDIA ANUAL(OC)
Barra
Irecê
Lençóis
FONTE:- BAHIA/SRH. Plano Diretor de Recursos Hídricos. Bacias dos Rios Verde e Jacaré, 1995.
27
1.2.4 Umidade Relativa do Ar
A umidade relativa média anual da região é estimada em 65,2%, apresentando os
maiores valores nos meses de: Março e Maio (Irecê); Dezembro e Janeiro (Mirorós).
Os menores valores de umidade relativa ocorrem no meses: Agosto e Outubro ( Irecê);
Fevereiro e Março (Mirorós) (BAHIA/SRH, 1995).
1.2.5 Insolação
Dependendo essencialmente da
inexistência de nebulosidade, a flutuação da
insolação, no decorrer do ano, se desenvolve de acordo com a evolução ou não das
precipitações pluviométricas.
Desta forma, a insolação média na área fica entre 3.000 e 3.400 horas de brilho de sol
por ano (BAHIA/SRH, 1995).
28
1.3 CARACTERÍSTICAS GEOMORFOLÓGICAS
Como fator relevante no estudo de uma bacia hidrogeológica deve-se levar em conta
as suas características geomorfológicas, intrinsecamente relacionadas com as áreas de recarga
e de saída de água dos aqüíferos. A seguir são apresentadas as principais características da
região em estudo, separadas em domínios e regiões com feições homogêneas de relevo
(Figura 07).
1.3.1 Planalto Cárstico
Dominando toda porção sul e central, em cerca de 40% da área, esta unidade se
constitui em uma Chapada descontínua em altitudes que variam de 600 a 800 metros,
coincidente com as áreas de afloramento dos calcários do Grupo Una (Formação Salitre)
(Figura 07).
Caracteriza-se por uma topografia levemente ondulada, com elevações suaves e sem a
formação de escarpas, apesar de localmente apresentar amplitudes consideráveis de variação
altimétrica entre o topo e a base (Figura 06).
A carstificação, com o intenso fraturamento do terreno, aliada à suavidade do relevo,
favorece a infiltração da água precipitada pelas chuvas, sendo importante área de recarga dos
aqüíferos. Por outro lado, a água excedente usada na irrigação da cultura agrícola também
retorna facilmente ao aqüífero, levando consigo, dissolvidos ou em suspensão, os produtos
químicos (fertilizantes e pesticidas) depositados no solo devido às atividades agrícolas.
FIGURA 6: FOTOGRAFIA DA REGIÃO PLANA A LEVEMENTE ONDULADA, CARACTERÍSTICA DO
PLANALTO CÁRSTICO, NO MUNICÍPIO DE IRECÊ.
29
FIGURA 7: GEOMORFOLOGIA DA BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ
FONTE: Adaptado do Mapa Geomorfológico do Sistema de Informações Geográficas do Plano Estadual de
Recursos Hídricos da Bahia – Superintendência de Recursos Hídricos da Bahia, escala 1:1.000.000, 2003.
30
1.3.2 Pediplano Sertanejo
Esta unidade domina a região do médio curso dos rios Verde e Jacaré, a partir do
paralelo de 11° que passa próximo à cidade de Jussara, prolongando-se para o norte em
direção ao vale do rio São Francisco, até os terraços mais elevados deste rio.
A área é constituída por uma topografia monótona formada por planos inclinados, com
caimento geral para o vale do São Francisco e altimetria inferiores às do Planalto Cárstico,
com valores variando entre 600 metros, mais ao sul, chegando a 450 metros no seu limite
norte.
Coincide com as coberturas tércio-quaternárias sotopostas aos calcáreos do Grupo
Una, representando uma importante área de recarga dos aqüíferos da porção norte da bacia
hidrogeológica, apesar da baixa precipitação anual (item 1.2.1).
1.3.3 Região de Acumulação
Esta unidade está representada no baixo curso dos rios Verde e Jacaré, a partir da
cidade de Itaguaçu da Bahia, prolongando-se até as margens do lago formado pela barragem
de Sobradinho.
Constitui um modelado de acumulação, apresentando planos inclinados, com cotas
altimétricas variando entre 400 e 500 metros, sobre as brechas calcárias da Formação
Caatinga, sedimentos detríticos areno-argilosos, de idade Tércio-Quaternário e depósitos
aluviais Quaternários que resultaram da convergência dos leques aluviais arenosos do rio São
Francisco com os leques dos rios Verde e Jacaré.
1.3.4 Pedimentos retocados por drenagem incipiente
Material clástico colúvio-elúvio-aluvionar residual associado ao processo erosivo de
regressão das escarpas da Chapada Diamantina, na porção ocidental da área.
Está associado à drenagem incipiente da bacia do Rio Verde.
1.3.5 Domínio do Planalto da Chapada Diamantina
Compreende uma região com relevo elevado, apresentando altitudes que variam de
750 a 1850 metros, com médias em torno de 1000 e 1200 metros.
Compõem-se de importantes estruturas dobradas em metassedimentos do Proterozóico
Médio (grupo Chapada Diamantina), representados por anticlinais escavados e sinclinais
suspensos e vastas áreas intermediárias aplanadas.
31
1.3.5.1 Blocos Planálticos
São representados por compartimentos elevados e feições estruturais esculpidas sobre
os metassedimentos do grupo Chapada Diamantina.
Compreendem elevações residuais, correspondentes a dobras anticlinais falhadas e
escavadas, cujas bordas, situadas no contato metaconglomerados/metarenitos com
metassiltitos/metargilitos, são escarpadas.
A drenagem presente pertence às bacias dos rios Verde e Jacaré e está instalada nas
linhas de fraqueza, sob controle estrutural.
Na Figura 07 estão representados pela legenda “Blocos Planálticos - Anticlinais,
Sinclinais e blocos deslocados por falhas”, compreendendo as regiões Setentrional, Ocidental
e Oriental da área, envolvendo todo o Domínio Central.
1.3.5.2 Pediplanos Cimeiros
Compreendem relevos planos que se apresentam a diferentes níveis. Apresentam
altitudes que variam de 750 a 1850 metros, com médias situadas em 1200 metros.
As formas de relevo que constituem esta unidade, englobadas em modelados de
aplanamento, resultam da superfície de aplanamento que foi degradada, interrompida por
cristas residuais de camadas mais resistentes.
32
1.4 GEOLOGIA REGIONAL E LOCAL
As litologias que compõem o substrato rochoso da Bacia Hidrogeológica dos rios
Verde e Jacaré são atribuídas a um intervalo de idade que se estende, desde o
Paleoproterozóico até o Quaternário recente. Tais variações estão representadas no mapa
geológico da Figura 08 e na coluna estratigráfica da Figura 09, e serão descritas, a seguir, da
base para o topo da seqüência:
1.4.1 Embasamento
O Complexo Xique-Xique, de idade Paleoproterozóica, constitui-se no embasamento
do Supergrupo Espinhaço, formado por itabiritos e quartzitos com intercalações de chert
(INDA & BARBOSA, 1978). Ocorrendo a noroeste da área, a sua representação na Bacia
Hidrogeológica em estudo é quase insignificante.
1.4.2 Supergrupo Espinhaço
O Supergrupo Espinhaço está representado na área em estudo pelos grupos Paraguaçu
e Chapada Diamantina (INDA & BARBOSA, 1978).
1.4.2.1 Grupo Paraguaçu
Aflorando a sul e sudoeste da área estudada, distinguem-se neste Grupo, da base para
o topo, as Formações: Rio dos Remédios, Ouricuri do Ouro, Mangabeira, Lagoa de Dentro e
Açuruá.
•
Formação Rio dos Remédios:- Representante basal do Grupo Paraguaçu na área em
estudo, é caracterizada por vulcanitos félsicos metamorfizados (metarriodacitos,
metadacitos e metarriolitos);
•
Formação Ouricuri do Ouro:- Caracteriza-se pela ocorrência de rochas sedimentares
metamorfizadas (metaconglomerados polimíticos e quartzitos);
•
Formação Mangabeira:- Rochas sedimentares metamorfizadas (Metarenitos,
Metaconglomerados e quartzitos);
•
Formação Lagoa de Dentro:- Sedimentos finos metamorfizados (metarenitos e
metapelitos);
•
Formação Açuruá:- Representando o topo do Grupo Paraguaçu na área, a sua
litologia é descrita como rochas metassedimentares finas a pelíticas (metassiltitos,
ardósias e metarenitos).
33
FIGURA 8: MAPA GEOLÓGICO DA BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ
FONTE: Elaborado a partir do Mapa Geológico Integrado - Análise Faciológica e Metalogenética da Bacia de
Irecê, 1:100.000 (CBPM, 1998) e do Mapa Geológico do Estado da Bahia, 1:1.000.000 (CPRM/CBPM, 2003)
34
FIGURA 9: COLUNA ESTRATIGRÁFICA DA BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ
•
FONTE: Adaptado do Mapa Geológico Integrado - Análise Faciológica e Metalogenética da Bacia de
Irecê, 1:100.000 (CBPM, 1998)
35
1.4.2.2 Grupo Chapada Diamantina
Este Grupo aflora na borda leste, sul e a oeste da bacia hidrogeológica, sendo o divisor
de águas da bacia hidrológica. É constituído, da base para o topo, pelas Formações Tombador,
Caboclo e Morro do Chapéu, com mergulho suave para o centro da bacia.
•
Formação Tombador:- Depositado discordantemente sobre as Formações do Grupo
Paraguaçu, é constituída predominantemente por conglomerados, arenitos e siltitos.
•
Formação Caboclo:- Em contato concordante gradacional sobre a Formação Tombador, é
composto de siltitos e argilitos passando para arenitos pouco espessos ou para folhelhos
escuros, com níveis subordinados de calcário, na parte mediana do conjunto;
•
Formação Morro do Chapéu:- Em contato brusco sobre a Formação Caboclo, constituise de siltitos, arenitos quatzosos, e conglomerados.
1.4.3 Supergrupo São Francisco
Inda e Barbosa (1978) subdividiram o Supergrupo São Francisco nos Grupos Una e
Bambuí. Na área da bacia estudada afloram as Formações Bebedouro e Salitre, representantes
do Grupo Una.
1.4.3.1 Grupo Una
•
Formação Bebedouro:- Ocorre nas bordas leste e oeste da Chapada Diamantina,
delimitando os Supergrupos Espinhaço e São Francisco através de uma discordância
angular regional. A Formação Bebedouro é composta predominantemente por camadas
conglomeráticas de ardósias e metassiltitos;
•
Formação Salitre:- Ocupa toda a porção central da área da bacia, estando subdividida, da
base para o topo, nas unidades Nova América, Jussara e Irecê. Estas unidades foram
distribuídas por Souza et al. (1993), em quatro ciclos de sedimentação, sendo os primeiro
e terceiro regressivos e os segundo e quarto transgressivos. É constituída por um conjunto
dominantemente carbonático com pelitos subordinados. Composta de uma seqüência de
calcários cinza estratificados, com níveis dolomíticos e ardósia intercalada.
-
Unidade Nova América: Relacionados ao primeiro ciclo regressivo, os representantes
desta unidade ocorrem nas porções leste, sul e sudoeste da bacia hidrogeológica
estudada, enquanto que, nas porções central e noroeste, ocorrem os representantes do
terceiro ciclo regressivo. É subdividida, da base para o topo, nas subunidades Nova
América Inferior, Nova América Superior e Sarandi.
36
a) Subunidade Nova América Inferior – Com largura variável, aflora como uma
faixa contínua, ocupando as porções extremo leste, sudoeste e oeste da área,
estando parcialmente recoberta por sedimentos detríticos nas porções sul, sudoeste
e norte. No extremo leste apresenta-se sobreposta à Formação Bebedouro, com a
qual se interdigita, e sobre representantes da Formação Morro do Chapéu. O seu
contato muitas vezes não pode ser observado devido ao recobrimento por
coberturas tércio-quaternária. É representada litologicamente por calcissiltitos com
laminação plano-paralela e laminitos algais fracamente ondulados.
b) Subunidade Nova América Superior – Na área de estudo, esta subunidade
ocorre desde o nordeste até o extremo sul, apresentando os seguintes litotipos, da
base para o topo: dolarenitos cinza-claro, dolarenitos e dolorruditos oolíticooncolíticos, calcissiltitos, calcilutitos pretos e, raramente, silexitos.
c) Subunidade Sarandi – Esta subunidade apresenta-se em contato interdigitado
com dolomitos da Subunidade Nova América Superior, com laminitos algais da
Subunidade Nova América Inferior, e com calcarenitos da Subunidade Jussara
Superior. Na sua composição litológica principal destaca-se a presença de
calcissiltitos e calcarenitos peloidais cinza-escuro, por vezes contendo oncolitos e
intraclastos.
-
Unidade Jussara: Litologias ocorrendo nas porções centro-norte e noroeste,
relacionados ao ciclo transgressivo IV, enquanto que, no centro e centro-sul da área de
estudo, estão relacionadas ao ciclo transgressivo II (BOMFIM et al., 1985). Está
subdividida, da base para o topo, nas subunidades Jussara Inferior e Jussara Superior.
a) Subunidade Jussara Inferior - Ocorre irregularmente, com orientações E-W, a
ENE da cidade de São Gabriel e a oeste e norte da cidade de Jussara. Ocorre
também, embora em pequena quantidade, na porção centro-oeste da área, a NE da
cidade de Uibaí. Possui contato inferior com rochas da Subunidade Nova América
Inferior, enquanto que no topo faz contato gradacional com feições geológicas da
Subunidade Jussara Superior. Litologicamente é representada na área por
calcarenitos oolíticos e/ou oncolíticos, calcissiltitos e calcarenitos, calcarenitos
com concreções.
b) Subunidade Jussara Superior – Com ocorrência extensiva a toda a área,
apresenta-se como faixas de formas e dimensões diversas. Formando cristas e
37
serrotes orientados a E-W, aparece no a Norte e Sul da área, parcialmente
recoberta por sedimentos do ciclo Velhas. A base da seqüência se encontra em
contato, na maioria das vezes, com litotipos da Subunidade Nova América Inferior
e, por vezes, com a Subunidade Nova América Superior.Eventualmente se
interdigita com a Unidade Irecê. Dentre os litotipos presentes destacam-se os
calcarenitos finos, calcarenitos médios e calcarenitos grossos oolíticos e/ou
oncolíticos.
-
Unidade Irecê: Ocorre interdigitado dentro das demais unidades da formação Salitre,
em todos os quatro ciclos de sedimentação (Figura 9), embora sempre associada com
fácies de água mais profunda (Unidade Jussara e Subunidade Nova América
Superior). Encontrada em toda a área como faixas irregulares, existe uma
concentração nas porções centro ocidental e centro-sul. Sua orientação principal se dá
a E-W. As litologias típicas desta unidade são representadas por uma alternância de
níveis de calcarenitos finos a calcilutitos, cor cinza-escuro a preta, com níveis de
margas, siltitos, arenitos imaturos e sílex.
1.4.4 Formações Superficiais
1.4.4.1 Coberturas Tércio-Quaternárias
Com idades inferiores a 23,8 Ma, recobre uma parte considerável da área estudada,
principalmente na porção norte próximo ao vale do Rio São Francisco. São constituídas por
depósitos detríticos aluvionares de pouca espessura, litologicamente compostos por areias,
com argilas subordinadas e rico em película ferruginosa (Ciclo Velhas);
1.4.4.2 Formação Caatinga
Ocorre irregularmente, disposta em manchas e associadas às Coberturas TércioQuaternárias. Constituída por brechas calcárias, com seixos de tamanhos variados em matriz
carbonática. São brechas calcárias de coloração branca ou creme, com raras juntas de
estratificação;
1.4.4.3 Depósito de Tálus
Constituído de blocos tombados por gravidade, ocorre na porção Sul da área, no domínio
da Formação Morro do Chapéu do Grupo Chapada Diamantina;
38
1.4.4.4 Ciclo Sul-Americano
Com idade inferior a 0,01 Ma, os representantes deste Ciclo constituem-se em
depósitos aluviais de cor amarelada, areno-argilosa, distribuídos ao longo dos rios principais,
preenchendo a calha ou formando terraços, e, de maneira mais expressiva, na margem do lago
de Sobradinho, próximo à confluência com os rios Verde e Jacaré.
1.5 GEOLOGIA ESTRUTURAL
A área em estudo compreende dois grandes domínios estruturais de características
distintas, sob o ponto de vista da Geologia Estrutural.
O primeiro está presente, sobretudo, nas litologias do Supergrupo Espinhaço, mais
especificamente no Grupo Chapada Diamantina (Figura 10). O segundo está impresso nas
litologias do grupo Una do Supergrupo São Francisco (Figuras 10 e 11).
No domínio do Grupo Chapada Diamantina as dobras são abertas, do tipo flexural,
compondo anticlinais e sinclinais com superfícies plano-axiais subverticais, de direção nortesul e leve caimento de eixo para norte, como pode ser observado nas proximidades de
Cafarnaum e Barra do Mendes (Figura 10).
No domínio do Grupo Una e ocupando toda a parte central da área, pode-se observar
pelo menos duas fases de deformação. Na primeira fase predominam dobras normais com
caimento de eixos variando entre norte-nordeste, sul-sudoeste e norte-noroeste. A segunda
fase de deformação é caracterizada por dobras com caimento de eixos para leste e oeste em
planos axiais subverticais orientados na direção leste-oeste. A Sul da área, próximo às
localidades de Barra do Mendes e Cafarnaum, são observadas microdobras de assimetria em
estilo “Z”, “S” e “M”, caracterizando as zonas de flancos e charneiras dos anticlinais e
sinclinais, tanto da primeira como da segunda fase deste domínio.
Segundo Bonfim et al. (1985), existe uma predominância do sistema de falhamentos e
fraturas do conjunto nas unidades litológicas do Grupo Chapada Diamantina. Pode-se resumir
este conjunto em falhas orientadas na direção noroeste-sudeste, com mergulhos sub-verticais,
nordeste-sudoeste, leste-oeste e, localmente, norte-sul. O Sistema leste-oeste destaca-se como
de falhas contracionais de empurrão, mergulhando fortemente para norte (Figuras 10 e 11).
39
FIGURA 10: DIAGRAMA ILUSTRANDO AS RELAÇÕES ESTRUTURAIS ENTRE OS GRUPOS CHAPADA DIAMANTINA E UNA
FONTE:- Adaptado de Souza et al., 1993, in: Relatório técnico final do convênio 002/02 SRH/UFBA/ FAPEX/NEHMA/POSGEMA/DEA, 2004.
40
A Figura 11 mostra duas seções SSE-NNW, entre os paralelos 12o 30’ S e 11o 30’ S,
respectivamente, destacando o sistema de dobramentos E-W nas unidades do Grupo Una, com
perceptível aumento de mergulho para norte. Percebe-se também nesta seção, o mergulho das
unidades do Grupo Chapada Diamantina também para norte (seção D-E).
1.5.1 Influência das estruturas geológicas na carstificação
O processo de carstificação das unidades calcáreas da Formação Salitre, Grupo Una,
está condicionada, tanto à disposição das camadas sedimentares (direção e mergulho) quanto
ao direcionamento das estruturas tectônicas impressas nestas unidades, tais como falhas,
fraturas e foliações.
Este processo de dissolução do calcáreo associado às estruturas geológicas está
visivelmente registrado nas porções centrais da bacia hidrogeológica (Figura 12), na região do
município de João Dourado, evidenciado nas posições A, B e C.
Como será discutido no capítulo 05, a disposição estrutural das unidades, tanto do
Grupo Chapada Diamantina quanto do Grupo Una, provavelmente favorece a entrada para o
interior do aqüífero cárstico de águas provenientes de precipitações pluviométricas, a partir,
principalmente, das suas bordas sul e oeste.
Por outro lado, a subverticalização das fraturas promove o desenvolvimento da
carstificação neste sentido, favorecendo o aprisionamento da água subterrânea e, por
conseguinte, mantendo elevado o nível do reservatório subterrâneo nesta porção da bacia.
41
FIGURA 11: SEÇÕES GEOLÓGICAS C-D E D-E
FONTE: Adaptado do Mapa Geológico Integrado - Análise Faciológica e Metalogenética da Bacia de Irecê, 1:100.000 (CBPM, 1998)
42
A
B
C
FIGURA 12: RELAÇÃO ENTRE ESTRUTURAS GEOLÓGICAS E A CARSTIFICAÇÃO DA PORÇÃO
CENTRAL DA BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ
FONTE: Adaptado de Guerra (1986).
43
1.6 SOLOS
As caracterização e descrição dos solos da região foram realizadas com base no
Boletim de Levantamento Exploratório - Reconhecimento de Solos da Margem Direita do Rio
São Francisco - Estado da Bahia (Boletim Técnico nº 52 da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária – EMBRAPA), incorporado ao Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia
dos Rios Verde e Jacaré, Margem Direita do Lago de Sobradinho da Secretaria de Recursos
Hídricos, Ministério do Meio Ambiente, (1995). O Mapa de Solos da Bacia Hidrogeológica
dos Rios Verde e Jacaré (Figura 13) foi adaptado a partir do Sistema de Informações
Geográficas do Plano Estadual de Recursos Hídricos da Bahia, escala 1:1.000.000 (2003).
1.6.1 Argissolos
Estes solos são relativamente profundos e bem drenados. Apresentam um horizonte B
textural (Bt), cuja principal característica é a movimentação de argila dos horizontes
superiores para os inferiores, sendo, deste modo, obrigatoriamente mais argiloso que os
horizontes acima e abaixo dele. Como conseqüência, os horizontes acima do Bt ficam com
teores menores de argila e maiores de areia. Eles não são tão profundos quanto os Latossolos,
mas são mais profundos que os Cambissolos.
O acúmulo de argila no horizonte Bt reduz em muito a permeabilidade dos Argissolos.
Isso somado ao fato do horizonte superficial ser muitas vezes arenoso faz com que a grande
limitação agrícola dos Argissolos seja o risco de erosão, sendo, por esse motivo,
preferencialmente utilizados com culturas perenes ou pastagens.
1.6.1.1 Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico
De pouca expressão na região estudada, está restrito a uma pequena ocorrência, a
sudeste da área, no município de Cafarnaum, sobre metapelitos com intercalações arenosas da
Formação Caboclo, Grupo Chapada Diamantina.
Apresenta fertilidade média a baixa, devido à pequena saturação por bases.
1.6.1.2 Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico
Ocorre na porção noroeste da área, às margens da barragem de Sobradinho,
acompanhando o curso do rio Verde, sobre coberturas Tércio-Quaternárias.
Por possuir uma percentagem alta de saturação por bases são solos de fertilidade alta.
44
FIGURA 13: MAPA DE SOLOS DA BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ
FONTE: elaborado a partir do SIG do PERH da Bahia, SRH, escala 1:1.000.000 (2003).
45
1.6.2 Latossolos Vermelho Amarelo
Compreende solos com horizonte B latossólico, não hidromórficos, de coloração variando do
vermelho ao amarelo e gamas intermediárias.
1.6.2.1 Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico
São solos profundos ou muito profundos de textura muito argilosa a argilosa.
Apresentam normalmente relevo plano e suave ondulado, ocorrendo também como
relevo ondulado, forte ondulado e montanhoso. A baixa fertilidade natural inibe o uso deste
tipo de solo para a agricultura.
Ocupam cerca de 40% da área estudada, distribuídos no entorno dos sedimentos
calcários, principalmente sobre coberturas tércio-quaternárias a norte, e metassedimentos do
Grupo Chapada Diamantina, a sul, leste e oeste.
1.6.2.2 Latossolo Vermelho-Amarelo Eutrófico
Compreende solos com saturação por bases média a alta. Situam-se, em pequena
proporção, sobre coberturas Tércio-Quaternária (Ciclo Velhas), sobrepostas a metasedimentos
da Formação Salitre, Grupo Una, a oeste da área, região de Itaguaçu da Bahia e, embora em
menor proporção, no município de Barra do Mendes, região centro sul da área, sobre a mesma
Formação.
A principal limitação ao uso agrícola desses solos decorre da falta d'água, em função
da vegetação natural ser predominantemente de caatinga. Esta deficiência, entretanto, vem
sendo corrigida, através da irrigação com água subterrânea captada por poços tubulares.
1.6.2.3 Latossolo Vermelho Eutrófico
De características semelhantes ao anterior, embora de matiz avermelhado, estes solos
se distribuem sobre o calcário cárstico do Grupo Una, de sudeste a sul da área, desde o
município de América Dourada até a região de Iraquara.
Suas dificuldades naturais para o cultivo agrícola também são corrigidas com o uso da
água subterrânea.
1.6.3 Planossolos
Solos mostrando feições associadas com umidade (manchas de redução) em face da
drenagem imperfeita decorrente da situação topográfica baixa, permitindo um excesso de
umidade durante o período de chuvas. São solos inaptos para agricultura, sendo mais
indicados para pastagens. Situam às margens da barragem de Sobradinho.
46
1.6.4 Cambissolos
Os Cambissolos são tipos de solos rasos e bem drenados, que guardam nos seus
horizontes vestígios do material de origem.
O substrato geológico de ocorrência do Cambissolo na região corresponde a rochas
calcárias do grupo Una, que exibem acentuada variação da orientação de camadas e de tipos
de alteração (CUNHA, T.J. F. at al., 1999). Estes autores defendem a possibilidade da
orientação das camadas e o tipo de alteração do calcário ter influência sobre a gênese destes
solos.
1.6.4.1 Cambissolo Háplico Ta Eutrófico
Estes tipos de solos apresentam, na região, um matiz avermelhado, textura argilosa ou
muito argilosa, rasos a moderadamente profundos e bem a moderadamente drenados.
Estudos realizados por Cunha, at al. (1999), apontam para o desenvolvimento deste
solo sobre rochas calcárias que apresentam mergulhos de camadas sub-verticais.
Destacam-se como os solos mais importantes sob o ponto de vista de utilização e
extensão da região de Irecê. Por apresentarem alta fertilidade natural e um relevo que favorece
o uso de máquinas agrícolas, são os solos mais cultivados da área.
A maior limitação diz respeito à falta d'água, diante das baixas e irregulares
precipitações pluviométricas regional. Entretanto, com o uso da água captada dos aqüíferos
subterrâneos, a partir da perfuração de poços tubulares, esta deficiência vem sendo corrigida,
transformando aquela região em uma das áreas de cultivo agrícola mais promissoras do estado
(Figura 14).
FIGURA 14: FOTOS DO CULTIVO DE CENOURA, EM ÁREA IRRIGADA POR ASPERSÃO (ESQUERDA), E
DE UM POÇO TUBULAR (DIREITA), NA REGIÃO DE IRECÊ.
Fonte: SRH/UFBA/FAPEX/NEHMA/POSGEMA/DEA. Relatório Técnico Final do Convênio 002/02, 2004.
47
1.6.4.2 Cambissolo Háplico Tb Eutrófico
Solos com matiz amarelado, textura argilosa ou muito argilosa, rasos a
moderadamente profundos e bem drenados. Geralmente são solos de médio e baixo potencial
de fertilidade, apresentando também problemas de limitações decorrentes do relevo ou da
falta d'água.
Ainda de acordo com Cunha, at al. (1999), são solos formados, provavelmente, de
materiais pré-intemperizados e depositados sobre o substrato calcário de camadas
horizontalizadas (Figura 15).
Na região, este tipo de solo se resume a uma pequena ocorrência no município de João
Dourado.
FIGURA 15: PADRÃO HORIZONTAL LOCALIZADO DOS ESTRATOS NOS CALCÁRIOS
DO GRUPO UNA.
Fonte: SRH/UFBA/FAPEX/NEHMA/POSGEMA/DEA. Relatório Técnico Final do Convênio 002/02, 2004.
1.6.5 Vertissolo - V
Compreende solos argilosos e muito argilosos, com elevado conteúdo em argilominerais expandíveis que provocam o aparecimento de "slickensides" nos horizontes
subsuperficiais e fendilhamento dos solos no período seco, podendo ou não apresentar
microrelevo. Ocorrem em área de relevo plano relacionado ao Calcário Caatinga do
Terciário/Quaternário.
Atualmente são utilizados para o desenvolvimento de pastagens. Como limitação de
uso, durante a estiagem eles ressecam-se e fendilham-se, tornando-se extremamente duros,
enquanto que na época chuvosa tornam-se encharcados e muito pegajosos, dificultando o uso
de máquinas agrícolas. A escassez de chuvas é outro fator limitante ao aproveitamento
48
agrícola destes solos. A irrigação, em áreas mais secas, deve ser feita sob rigoroso controle, a
fim de se evitar a salinização dos solos.
1.6.6 Neossolos
1.6.6.1 Neossolo Litólico Distrófico
Esses solos são pouco desenvolvidos, rasos ou muito rasos, possuindo apenas um
horizonte A assentado diretamente sobre a rocha - R - ou sobre materiais desta rocha, em grau
mais adiantado de intemperização (horizonte C). Em alguns locais verifica-se início de
formação de um horizonte (B) incipiente.
Grande parte das áreas desses solos ainda encontra-se coberta pela vegetação natural, a
qual é comumente aproveitada como pecuária extensiva. A pouca utilização agrícola desses
solos decorre das limitações pela falta d'água, pela pedregosidade, erosão intensa e pequena
profundidade do solo.
Na área em estudo esses solos apresentam grande representatividade (cerca de 25%) e
estão assentados sobre os metassedimentos dos Grupos Paraguaçu e Chapada Diamantina.
1.6.6.2 Neossolos Quartzarênicos
São solos arenosos, quartzosos, distróficos, muito profundos, excessivamente
drenados, ácidos, desprovidos de minerais primários e extremamente pobres em nutrientes.
Muito pouco utilizados na agricultura devido às próprias condições químicas e
mineralógicas. De modo geral são aproveitados com pecuária extensiva, em meio à vegetação
natural. Apresentam, como principais limitações ao uso agrícola, a muito baixa fertilidade
natural, baixo conteúdo de nutrientes e a baixa capacidade de retenção de água e de nutrientes,
em conseqüência da textura arenosa.
De expressão pouco representativa, ocorrem à leste da área estudada.
1.6.6.3 Neossolos Flúvicos Tb Eutrófico
São solos pouco desenvolvidos, resultantes de deposições fluviais recentes, que
apresentam apenas um horizonte superficial.
Na agricultura são usados para cultivo de subsistência tais como milho, feijão,
mandioca, dentre outros, além de pastagens e pecuária extensiva, fruticultura, pequenas
culturas de mamona e alguma olericultura (tomate e cebola, principalmente).
Estão restritos a uma pequena ocorrência às margens da barragem de Sobradinho.
49
A predominância no domínio cárstico da área de estudo, (principal reservatório de
água subterrânea), do solo tipo Cambissolo Háplico Ta Eutrófico, tido como o mais
importante da região sob o ponto de vista de utilização em atividades agrícolas, favorece o
aumento, cada vez mais intenso, destas atividades, contribuindo, certamente, com as
possibilidades de uma rápida degradação dos aqüíferos, pelo uso inadequado de pesticidas e
fertilizantes e pela ausência de um controle eficaz na perfuração dos poços tubulares usados
na irrigação.
50
1.7 VEGETAÇÃO E USO DO SOLO
O mapa da Figura 16 ilustra a distribuição espacial da vegetação na área da Bacia
Hidrogeológica dos Rios Verde e Jacaré, apresentando a seguinte classificação: Floresta
Estacional, Campo Rupestre, Agricultura/Pecuária, Campo Limpo, Cerrado e Caatinga
Arbustiva.
A ligação intrínseca destes tipos de vegetação com os tipos de solos e tipos litológicos
da região, além dos fatores climatológicos envolvidos, estabelece um padrão natural de
atividades antrópicas que exigem, a depender destas últimas, o uso, em escala maior ou
menor, da água subterrânea.
É possível, pois, a partir da vegetação, o estabelecimento de planos de gestão e
controle dos variados setores da Bacia Hidrogeológica estudada, levando-se em conta as
variáveis ambientais (geológicas, pedológicas e climáticas) e as necessidades de utilização da
água do subsolo.
1.7.1 Floresta Estacional
As matas ciliares e veredas são comunidades vegetais típicas de terrenos aluvionares,
que sofrem e refletem os efeitos das cheias dos cursos d'águas, em época chuvosas, ou então
das depressões alagáveis durante o ano.
Às margens do Rio Verde, em determinados locais, as matas ciliares apresentam-se
preservadas, com espécies que atingem aproximadamente 20 (vinte) metros de altura, a
exemplo da Fazenda Refrigério, próximo ao povoado de Salva Vida (BAHIA/SRH, 1995).
Da mesma forma que o Rio Verde, o Rio Jacaré atravessa locais como vales; nestes
trechos a mata ciliar ou vereda é relativamente estreita, basicamente em decorrência da
topografia, que reduz a planície de inundação dos rios, pois sobre os solos aluvionares
desenvolve uma vegetação densa de gramíneas e ciperáceas, além de grande número de
espécies cujas sementes são disseminadas pelas águas, tais como: Bowdichia, Erythrina,
Bignoniaceas, Bombacaceas e outras.
1.7.2 Campo Rupestre
Ocupando altitudes acima de 800 metros de altitude, essencialmente nas unidades
geológicas da Chapada Diamantina, tanto a leste como a oeste da área estudada, a vegetação
classificada como Campo Rupestre, destaca-se pelo elevado número de espécies restritas, tais
como orquídeas, bromélias, cactos, sempre-vivas e begônias. Estas plantas são adaptadas para
resistirem as grandes variações diurnas de umidade, luz, temperatura e vento.
51
FIGURA 16:- MAPA DE VEGETAÇÃO DA BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ
FONTE: elaborado a partir do SIG do PERH da Bahia, SRH, escala 1:1.000.000 (2003).
52
1.7.3 Agricultura/Pecuária
Estas áreas, onde a ação antrópica é acentuada, estão, concentradas na região do Platô
Cárstico de Irecê, nas proximidades dos centros urbanos e ao longo dos cursos d'água, a
exemplo dos municípios de Irecê, América Dourada, João Dourado, São Gabriel e Jussara.
O relevo suave e o tipo de solo rico em nutrientes associado às rochas carbonáticas
favorecem a implantação de culturas vegetais, tais como: feijão, cebola, milho, tomate, etc.
(BAHIA/SRH, 1995). O fator limitante da falta d’água em superfície é sanado pela
implantação de sistemas de irrigação através de poços tubulares, aproveitando o rico
manancial do reservatório subterrâneo .
1.7.4 Campo Limpo
São áreas ocupadas, predominantemente, com vegetação de gramíneas e eventuais
sub-arbustos. São uma espécie de transição entre a caatinga e a Floresta Estacional e/ou áreas
antropizadas.
Dentro da região estudada, os campos limpos estão localizados nas porções oriental e,
principalmente, ocidental da Chapada Diamantina.
1.7.5 Cerrado
As áreas de Cerrado da região estudada estão concentradas próximo às bordas
ocidentais do Grupo Chapada Diamantina. Com solos geralmente álicos, estas áreas possuem
baixa fertilidade natural, sendo pouco aproveitadas.
1.7.6 Caatinga Arbustiva
Na Bacia Hidrogeológica dos Rios Verde e Jacaré, há uma predominância em
caatinga, apresentando uma vegetação espinhosa e com folhas pequenas. Caracteriza-se pela
perda de folhas nos períodos de estiagem. Na região do Platô Cárstico de Irecê, formada por
uma grande planície, a vegetação natural remanescente, em áreas que ainda não sofreram a
ação antrópica, é típica de uma caatinga arbustiva densa e alta (BAHIA/SRH, 1995).
Estando presente em cerca de 52% da área da Bacia Hidrogeológica, a classe
Agricultura/Pecuária sobressai-se como o principal tipo de Vegetação (Figura 16), estando
ligada essencialmente a atividades antrópicas. Por outro lado estas atividades exigem a
disseminação de poços tubulares para captação de água subterrânea por toda a área ocupada,
em virtude da falta de água superficial por longos períodos de estiagem (item 1.8).
53
1.8 HIDROLOGIA
As bacias dos rios Verde e Jacaré são as mais importantes da região, correspondendo a
cerca de 90% da Bacia Hidrogeológica estudada.
A bacia do rio Verde possui uma área aproximada de 14.110 km2 e percorre quase
toda extensão sobre rochas calcárias, com predominância do embasamento cristalino na
região dos seus formadores.
Possui os seguintes afluentes na margem direita: Riacho da Solta, Rio Guariba, Riacho
Piedade, Riacho Baixão do Gabriel, Riacho Santo Euzébio; e na margem esquerda:: Vereda
das Lajas, Vereda do Lajedo, Riacho Capim Grosso e Riacho Brejinho. Todos estes afluentes
são intermitentes, com água apenas em épocas de chuvas.
Não existem cidades importantes às margens do Rio Verde, aparecendo apenas
povoados como Nanique, Macaco, Mirorós, Rio Verde e Lagoa da Palha.
O rio Jacaré nasce a sul da Bacia Hidrogeológica, próximo às nascentes do rio Verde,
na vertente oeste da Chapada Diamantina. Com a bacia ocupando uma área de cerca de
15.231 Km2, possui os seus principais afluentes pela margem direita, tais como o Córrego
Baixa do Olho d'Água, Riacho Sítio do Padre, Riacho dos Bois, Riacho do Mari, e Riacho
Gameleira (Figura 17). Possui um curso que se estende até o lago da barragem de Sobradinho,
atravessando várias cidades tais como: Barro Alto, Barra do Mendes, América Dourada e
entre os povoados Jaguaraci, Manga, entre outros.
FIGURA 17: LEITO DO RIO JACARÉ, NO MUNICÍPIO DE AMÉRICA DOURADA, DURANTE ESTIAGEM.
54
Ao sul da Bacia Hidrogeológica, compreendendo uma área de 2.577 Km2 , encontra-se
uma pequena porção da bacia do rio Paraguaçu, envolvendo os municípios de Mulungu do
Morro, Souto Soares, Iraquara e Palmeiras. Tem como representante da bacia hidrológica o
Córrego Primeiro Capão, afluente da margem esquerda do rio Paraguaçu.
1.8.1 Erosão e assoreamento
Devido à distribuição concentrada das chuvas em poucos meses do ano e
freqüentemente torrenciais, o processo erosivo é intensamente favorecido, ocasionando perdas
importantes de solo.
No vale do Rio Jacaré, a ausência de vegetação natural ou cultivada, favorece o
desenvolvimento do processo erosivo, pois essa área apresenta-se extremamente desprovida
de vegetação natural ou mesmo cultivada, expondo o solo arenoso e pedregoso, o que facilita
ainda mais a erosão hídrica.
Na região do platô ou dos tabuleiros, onde está instalada a agricultura de forma
intensiva, também ocorre erosão, embora seja menos intensa do que nas áreas em declive.
1.8.2 Áreas de Inundação
Sendo na sua maioria intermitentes, os cursos d’água da Bacia Hidrogeológica em
estudo, não possibilita a inundação de área representativa, a não ser em planícies aluviais.
O ambiente cárstico da região possibilita uma boa drenagem, havendo, inclusive
enorme dificuldade de se encontrar locais para se construir barragens e açudes.
Os solos derivados das formações calcárias permitem uma boa infiltração (Figura 18),
tanto das águas pluviais, quanto das águas fluviais e, em determinados pontos do rio Verde e
do rio Jacaré, os próprios cursos d'água submergem no solo, como ocorre com o rio Verde,
próximo a ponte dos Amores e na gruta dos Brejões, com o rio Jacaré.
A deficiência de drenagem nas áreas brejosas, formadas nas planícies de inundação
dos rios, favorece sobremaneira o risco de salinização dessas áreas.
FIGURA 18: FOTOGRAFIAS ILUSTRANDO O SISTEMA DE CARSTIFICAÇÃO DO AQÜÍFERO DE IRECÊ
FONTE:- Relatório técnico final do convênio 002/02 SRH/UFBA/ FAPEX/NEHMA/POSGEMA/DEA, 2004.
55
1.8.3 Barragens
Existe uma grande dificuldade para se construir barragens na maior parte da região,
principalmente no domínio cárstico, pois, as águas represadas não permanecem na superfície,
infiltrando no subsolo e passando para o lençol freático.
A Barragem de Sobradinho, pertencente ao rio São Francisco, é a mais importante da
região. No entanto encontra-se fora da área do domínio cárstico, no extremo noroeste da área.
Na área das Bacias dos Rios Verdes e Jacaré a barragem mais importante é a de
Mirorós (Figura 19), localizada no Rio Verde, no limite dos municípios de Gentio do Ouro e
Ibipeba, destinada ao abastecimento d'água de vários municípios da região a exemplo de
Irecê, Lapão, Ibititá, Ibipeba, Jussara, São Gabriel e outros. Serve também como fonte de
irrigação para mais de 3.000 ha de terra, beneficiando várias famílias e gerando riqueza para
toda região.
FIGURA 19: BARRAGEM DE MIRORÓS, NO RIOVERDE
FONTE:- Relatório técnico final do convênio 002/02 SRH/UFBA/ FAPEX/NEHMA/POSGEMA/DEA, 2004.
Na tabela 02, a seguir, estão listadas 22 barragens, construídas até 2001 e distribuídas
em toda área de estudo. A meta atual do governo estadual é a construção de 284 barragens no
semi-árido baiano, através do programa Cabra Forte, até o ano de 2006, abrangendo toda a
bacia hidrogeológica estudada (SEAGRI, 2005).
56
TABELA 2:- RELAÇÃO DE BARRAGENS DA REGIÃO DE ESTUDO CONSTRUÍDAS ATÉ O ANO DE 2001
Município
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
América Dourada
Barra do Mendes
Barra do Mendes
Barra do Mendes
Barra do Mendes
Cafarnaum
Xique-Xique
Central
Gentio do Ouro e Ibipeba
Ibipeba
Ibititá e Canarana
Ibititá
Itaguaçu da Bahia
João Dourado
Palmeiras
Presidente Dutra
Presidente Dutra
Uibaí
Uibaí
Uibaí
Uibaí
Xique-Xique
Barragem
Escrito/ Marsal
Milagres
Poço Grande
Landulfo Alves
Barra do Mendes
Cafarnaum
Sobradinho
Riacho Largo
Mirorós
Iguitu
Feira Nova
Ibititá
Maravilha
Mata do Milho
Gavião
Aguadinha
Juá Velho
Boca D'Água
Acaba Sabão
Baixão do Fantino
Poço
Itaparica
Rio
Riacho Rumão Gramacho
Córrego Milagres
Jacaré
Riacho Vereda Jacaré
Rio dos Milagres
Córrego B. de Cafarnaum
São Francisco
Riacho Largo
Rio Verde
Riacho Iguitu
Jacaré
Riacho do Bonito
Rio Verde
Rio Jacaré
Rio Ribeirão
Riacho Baixão Gabriel
Riacho Juá Velho
Riacho.Boca D'Água
Riacho Baixão
Riacho Baixão Fantino
Rio Boca D'Água
Canal natural L. Itaparica
FONTE: CODEVASF, 2005.
Acumulação (m3)
250.000
70.000
5.311.000
2.800.000
1.000.000
314.000
34.116.000.000
19.000
158.400.000
3.000
1.751.000
1.840.000
1.875.000
982.000
350.000
150.000
150.000
293.000
4.000
600.000
100.000
5.000.000
Construção
2001
1998
---------1964
1954
---------1986
1996
---------1945
1999
1996
---------1998
1998
1983
2001
1998
2000
57
1.9 HIDROGEOLOGIA
Dada a grande extensão do aqüífero, e o fato de ele estar, quase em sua totalidade,
dentro de um ambiente cárstico, o entendimento do seu funcionamento hidrogeológico passa
por uma gama de estudos acentuada, envolvendo variáveis diversas, tais como: conformação
estrutural da bacia sedimentar, vazão e nível estático de poços, tipos de águas nas diferentes
partes do aqüífero (estudo isotópicos) e, o que é mais importante, a compreensão do fluxo
d’água em um ambiente extremamente fraturado e sem um controle aparente.
Os elementos físicos descritos anteriormente, tais como morfologia, solo, natureza
geológica e ocupação do solo são essenciais para o desenvolvimento deste aqüífero onde, a
forma planar levemente ondulada, solo bastante permeável, carstificação intensa e ocupação
do solo com atividades agrícolas, característicos em maior parte da bacia, favorecem a
infiltração rápida das águas pluviométricas, ocasionando o esgotamento de fontes e rios
superficiais e, por conseguinte, a busca da água subterrânea pelo homem, como recurso para o
consumo generalizado.
Por isto, o entendimento do aqüífero cárstico da Bacia Hidrogeológica dos Rios Verde
e Jacaré, se faz necessário e deve ser prioridade para os próximos projetos empreendidos na
região.
Segundo Schuster, (In: SRH/UFBA/NEHMA, 2004), devido a complexidade
estrutural e hidrodinâmica do aqüífero, o seu comportamento se torna bastante imprevisível,
mesmo após muitos anos de aproveitamento dos seus recursos hídricos.
Esta afirmação só leva a reforçar a necessidade de um controle maior das atividades
relacionadas ao consumo de água deste reservatório, através de um Sistema de
Monitoramento único, aberto à consulta dos diversos pesquisadores que buscam um melhor
entendimento daquele ambiente.
58
2 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS – DADOS NÃO ESPACIAIS
A construção do Sistema de Informações Geográficas se deu a partir da elaboração de
um modelo conceitual voltado para o atendimento: tanto das necessidades do Projeto
desenvolvido pelo Núcleo de Estudos Hidrogeológicos e do Meio Ambiente da UFBA quanto
das características dos elementos relacionados no Banco de Dados.
2.1 MODELO CONCEITUAL
O Quadro 01 é um esboço deste Modelo Conceitual onde, partindo-se de um Projeto,
se destaca como elemento principal do banco de dados o ponto de monitoramento, que pode
ser um poço tubular, um ponto de água superficial (rios, barragens, etc.) uma estação
meteorológica, pluviométrica ou fluviométrica.
Este Projeto é administrado por um proprietário que possui todas as funções de inserir,
acrescentar, modificar e apagar dados, possuindo também a capacidade de inscrever novos
usuários no projeto e atribuir-lhes funções condizentes com os seus níveis de acesso e
posição.
Cada elemento monitorado está relacionado com tabelas para armazenamento de
dados físicos e químicos.
59
Projeto
Proprietário/Administrador
Visualisar/Inserir/Editar/Deletar
Estação Meteorológica
Tipo
Ponto Monitor de ponto
Fluviômetro
Água superficial
Poço
Parâmetros Parâmetros
Químicos
Físicos
Litologia
QUADRO 1: ESBOÇO DO MODELO CONCEITUAL USADO NA
Tipo
de uso
Irrigação
Consumo Humano
Consumo Animal
Outros
CONSTRUÇÃO DO SGBD
60
Por outro lado, tanto os poços tubulares quanto as águas superficiais estão
relacionados com os tipos de uso a que se destinam, ou seja, se para a irrigação, consumo
humano, dessedentação animal, consumo industrial ou outros, sendo que, para cada um destes
fins, são descritas as suas principais características.
Por fim, as unidades litológicas dos poços tubulares podem ser descritas em tabelas,
podendo ser aproveitadas posteriormente na construção de perfis estratigráficos e blocos
diagramas geológicos.
2.2 SOFTWARES
A implementação do Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) foi feita em
ambiente Windows usando-se o software SQL-Server, instalado em um servidor, Pentium IV,
IBM, nas dependências do Núcleo de Estudos Hidrogeológicos e do Meio Ambiente
(NEHMA), no Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia e, após a sua
conclusão, foi transferido para um servidor do Centro de Processamento de Dados da UFBA,
passando a ser acessado via intra e extranet.
2.3 MÓDULO GRÁFICO DO SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS
O Módulo Gráfico de entrada, manipulação e saída de dados (MÔNITOR), foi
construído em linguagem Java pela Xyztemas Consultoria & Serviços LTDA., em
consonância com a equipe de pesquisadores ligados ao Projeto.
A principal característica deste módulo de entrada, manipulação e saída de dados é a
sua versatilidade, sendo aberto à entrada de novos projetos e de dados com características
diferentes daqueles coletados para este trabalho. Além disto, a concatenação de janelas
amigáveis, permite que a sua manipulação seja apreendida com facilidade, desde por aquele
usuário que necessite apenas fazer consultas como por aquele outro que o administra.
A Figura 20, mostra a janela de entrada desta interface, através da qual o usuário pode
ter acesso a diferentes campos do SGBD, a depender do grau de autorização que ele possua.
Ao iniciar o programa outra janela se apresenta, onde o usuário deve se identificar,
através de um nome e uma senha (Figura 21) podendo, a seguir, escolher o Projeto onde
pretende inserir novos dados, fazer consultas ou mesmo extrair dados via tela ou impressão
(Figura 22).
61
FIGURA 20: JANELA DE APRESENTAÇÃO DA INTERFACE DE ENTRADA DE DADOS
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
FIGURA 21: JANELA DE VALIDAÇÃO DE USUÁRIO DO SGBD
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
62
FIGURA 22 - JANELA PARA ESCOLHA DO PROJETO
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
Na janela ilustrada pela Figura 23, vemos as opções oferecidas pelo módulo, onde o
usuário, a partir do seu nível de acesso, poderá escolher as ações a serem desenvolvidas: 1)
Menu Geral do Projeto; 02) Menu de Cadastros; 03) Menu de Relatórios e 04) Menu de
Listagens.
2.3.1 Menu Geral do Projeto
A partir desta janela o administrador do banco de dados poderá adicionar, editar
permissões ou excluir o acesso de usuários (Figura 23).
O usuário também terá a opção de, a partir da opção escolhida, definir o nível de
acesso e projeto a que pertence cada usuário.
2.3.2 Menu de cadastros
Nesta opção, o usuário poderá entrar com as opções de trabalhar com os dados de
poços, estações pluviométricas, estações fluviométricas ou estações de águas superficiais.
Acessando-se uma destas opções poder-se-á: adicionar, editar ou apagar qualquer um
dos dados referentes aos elementos listados acima (Figura 24).
63
FIGURA 23: JANELA 1 - MENU GERAL DO PROJETO
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
FIGURA 24: JANELA 2 - MENU DE CADASTROS
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
64
2.3.2.1 Menu de Cadastros: Dados de poços
Nesta opção o usuário poderá visualizar e praticar qualquer ação de inserção, exclusão
e edição de dados concernentes às características espaciais, sociológicas (proprietário,
empresa perfuradora, etc), qualidades físicas, qualidades químicas e de uso dos poços do
projeto. (Figura 25).
As Figuras 26, 27, 28 e 29 exemplificam algumas destas janelas de manipulação de
dados.
FIGURA 25: JANELA DE ENTRADA DE DADOS DOS POÇOS
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
65
FIGURA 26: JANELA DE EDIÇÃO DE DADOS DE POÇOS
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
FIGURA 27: JANELA DE ENTRADA DE DADOS DE POÇOS: TIPOS DE IRRIGAÇÃO
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
66
FIGURA 28: JANELA DE ENTRADA DE DADOS DE POÇOS: DADOS FÍSICOS
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
FIGURA 29: JANELA DE ENTRADA DE DADOS DE POÇOS: PERFIL LITOLÓGICO
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
67
2.3.3 Menu de Relatórios
A partir desta janela, o usuário é capaz de emitir relatórios dos elementos constantes
do projeto (poços, estações de monitoramento, etc), com a possibilidade de escolha de alguns
modos de indexação mais comuns, tais como: por data de análise, por localização, por
proprietário, por tipos de análises físicas ou químicas, por tipos de irrigação, etc. (Figura 30).
Tais relatórios, por sua vez, podem ser consultados via tela do microcomputador,
serem impressos, ou mesmo, serem salvos na forma de arquivo texto ou formato xls (planilhas
do Microsoft Excel).
FIGURA 30: JANELA 3 - MENU DE RELATÓRIOS
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
2.3.4 menu de listagem
A partir desta opção é possível registrar-se todos os tipos de variáveis comuns a vários
elementos do projeto. É nesta janela que se registram nomes de municípios, localidades,
proprietários, tipos de bombas, tipos de culturas, tipos de irrigação, litologias, parâmetros
físicos e químicos, etc.
Isto facilita o trabalho do digitador que, ao invés de ter que digitar estas informações,
basta localizá-la em uma listagem pré-definida (Figura 31).
68
FIGURA 31: JANELA 4: MENU DE LISTAGENS
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
2.4 ALIMENTAÇÃO DO BANCO DE DADOS
A alimentação deste banco de dados, até a fase atual, foi feita a partir de dados obtidos
em campo por uma equipe multidisciplinar de profissionais (geólogos, engenheiros florestais,
agrônomos, dentre outros), que se distribuiu pela região de estudo (essencialmente no
ambiente cárstico do Grupo Una, entre as coordenadas 11o00’ e 12o30’ de latitude Sul e
41o20’ e 42o20’ de longitude Oeste), no período de junho a setembro de 2003, coletando
informações de poços tubulares, tais como: coordenadas, localização, proprietário, dados da
perfuração, colheita irrigada, dentre outras, pertinentes à pesquisa e de acordo com as
especificações do Projeto encomendado à Universidade Federal da Bahia pela
Superintendência de Recursos Hídricos do Estado da Bahia (SRH), e executado pelo Núcleo
de Estudos Hidrogeológicos e do Meio Ambiente (NEHMA) (Quadro 2).
Desta forma, foram coletadas informações de 5469 poços tubulares, tendo a
digitalização destes dados sido feita no período de julho a dezembro de 2003 por uma equipe
de 12 digitalizadores. A conferência desta digitalização foi feita pelo coordenador de
69
implantação do Sistema de Informações Geográficas durante todo o período e após a sua
conclusão.
Além disto foram compiladas informações de perfurações de parte destes poços, cujas
fichas foram recuperadas junto à Companhia de Engenharia Rural da Bahia (CERB), e em
empresas perfuradoras de poços da região.
Assim, conseguiu-se recuperar informações da qualidade e/ou quantidade da água de
cerca de 2430 poços, dentre os 5469 cadastrados.
Neste trabalho utilizou-se apenas os dados referentes a 899 poços, os quais possuíam
informações completas, tanto físicas quanto químicas.
Os dados relativos às séries históricas das estações pluviométricas e fluviométricas
foram obtidos junto à SRH/BA e à Agência Nacional da Água (ANA), via internet através do
site http://hidroweb.ana.gov.br/hidroweb, e datam desde o ano de 1911 até o ano de 2003.
CADASTRO DE POÇOS
Nº de ordem: __________________
Outros nº:_______________________
Município: _____________________
Local:_________________________
Proprietário:_______________________________________________________
Coordenadas: X___________________ Y__________________ Z____________
Perfuradora: ________________________________________ Ano__________
CARACTERÍSTICAS DO POÇO
Prof.: _______m ǿ Perfuração: _________ Rocha:_____________________
NE: ________m ND: __________m
Vazão de ensaio: ________m3/s
Data:___/___/_____
SITUAÇÃO ATUAL
Poço Instalado: S
N
Tipo de bomba: _____________________________
Uso Atual: ________________________________________________________
NE Atual: ___________________
Vol. Exp: ___________ m3/s
Se usar para irrigação, informar:
Área irrigada _____________________________________________________
Produto agrícola __________________________________________________
Tipo de sistema de irrigação _________________________________________
Volume de água aplicada e freqüência _________________________________
QUADRO 2: FICHA DE CADASTRO DE POÇOS UTILIZADA EM CAMPO
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
70
3 SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS – DADOS ESPACIAIS
A concepção de um banco de dados em um Sistema de Informações Geográficas, está
associada à existência de uma base cartográfica digital intrinsecamente relacionada às
informações alfanuméricas deste banco de dados.
Deste modo, este capítulo será dedicado à descrição dos elementos da base
cartográfica digital (Dados Espaciais) que foram incorporados ao Sistema de Informações
Geográficas da Bacia Hidrogeológica dos rios Verde e Jacaré.
Inicialmente, foi produzida uma Base Cartográfica formada a partir de um mosaico
digital de cartas do Mapeamento Topográfico Sistemático do Estado da Bahia, executado pelo
IBGE, escala 1:100.000, ano 1972, e digitalizadas pela Superintendência de Estudos
Econômicos e Sociais da Bahia, SEI, no ano de 2003. Fazem parte deste mosaico as cartas de:
Remanso, Tombador, Pilão Arcado, Amaniú, Delfino, Xique-Xique, Rio Verde, Camirim,
Umburanas, Gentio do Ouro, Central, Irecê, América Dourada, Ipupiara, Barra do Mendes,
Canarana, Morro do Chapéu, Ouricuri do Ouro, Seabra, Ibitiara e Palmeiras (Tabela 03 e
Figura 32).
A partir desta Base Cartográfica, composta da hipsometria, hidrografia, limites
municipais, localidades e sistemas viários, foram adicionadas ao SIG os mapas temáticos da
bacia hidrogerológica, da geologia, de solos, da vegetação, de elementos cársticos, do Modelo
Numérico de Terreno (MNT), da geomorfologia e o mosaico de imagens Landsat.
O software utilizado para a montagem deste SIG foi o ArcGis, versão 8.3, da ESRI
(Environmental Systems Research Institute), por se constituir, na atualidade, em uma
ferramenta de grande aceitação em trabalhos de Geoprocessamento e pela sua facilidade de
interação com Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (Capítulo 4).
71
TABELA 3: RELAÇÃO DE CARTAS PLANI-ALTIMÉTRICAS (IBGE/SEI), ESCALA 1:100.000
NOME
ARTICULAÇÃO
COORDENADAS
01
Remanso
SC-23-X-D-VI
42,0° - 42,5° W / 09,5° - 10,0° S
02
Tombador
SC-24-V-C-IV
41,5° - 42,0° W / 09,5° - 10,0° S
03
Pilão Arcado
SC-23-Z--B-III
42,0° - 42,5° W / 10,0° - 10,5° S
04
Amaniú
SC-24-Y-A-I
41,5° - 42,0° W / 10,0° - 10,5° S
05
Delfino
SC-24-Y-A-II
41,0° - 41,5° W / 10,0° - 10,5° S
06
Xique-Xique
SC-23-Z-B-V
42,5° - 43,0° W / 10,5° - 11,0° S
07
Rio Verde
SC-23-Z-B-VI
42,0° - 42,5° W / 10,5° - 11.0° S
08
Camirim
SC-24-Y-A-IV
41,5° - 42,0° W / 10,5° - 11.0° S
09
Umburanas
SC-24-Y-A-V
41,0° - 41,5° W / 10,5° - 11.0° S
10
Gentio do Ouro
SC-23-Z-D-II
42,5° - 43,0° W / 11,0° - 11,5° S
11
Central
SC-23-Z-D-III
42,0° - 42,5° W / 11,0° - 11.5° S
12
Irecê
SC-24-Y-C-I
41,5° - 42,0° W / 11,0° - 11.5° S
13
América Dourada
SC-24-Y-C-II
41,0° - 41,5° W / 11,0° - 11.5° S
14
Ipupiara
SC-23-Z-D-V
42,5° - 43,0° W / 11,5° - 12,0° S
15
Barra do Mendes
SC-23-Z-D-VI
42,0° - 42,5° W / 11,5° - 12,0° S
16
Canarana
SC-24-Y-C-IV
41,5° - 42,0° W / 11,5° - 12,0° S
17
Morro do Chapéu
SC-24-Y-C-V
41,0° - 41,5° W / 11,5° - 12,0° S
18
Ouricuri do Ouro
SD-23-X-B-III
42,0° - 42,5° W / 12,0° - 12,5° S
19
Seabra
SD-24-V-A-I
41,5° - 42,0° W / 12,0° - 12,5° S
20
Ibitiara
SD-23-X-B-VI
42,0° - 42,5° W / 12,5° - 13,0° S
21
Palmeiras
SD-24-V-A-IV
41,5° - 42,0° W / 12,5° - 13,0° S
3.1 MAPA GEOLÓGICO
Já apresentado no capítulo 01 (figura 08), o Mapa Geológico introduzido no SIG foi
confeccionado a partir da poligonalização e posterior classificação do Mapa Geológico
Integrado - Projeto Análise Faciológica e Metalogenética da Bacia de Irecê, escala 1:100.000,
(CBPM, 1998), disponibilizado em meio digital e extensão CAD.
72
FIGURA 32: ARTICULAÇÃO DAS FOLHAS PLANI-ALTIMÉTRICAS DO IBGE, ESCALA 1:100.000.
MOSAICO DA BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ.
73
O uso do software SPRING, versão 4.0, desenvolvido pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), foi importante no processo de poligonalização e classificação das
feições, tendo sido exportado posteriormente para o ArcGis.
A área coberta pelo mapeamento da CBPM envolve somente o meio cárstico da
região, entre os paralelos 10o30’00”S e 12o30’00”S e os meridianos 41o19’20”W e
42o33’50”W. A complementação, envolvendo toda a Bacia Hidrogeológica, foi realizada a
partir do Mapa Geológico do Estado da Bahia, CPRM, escala 1:1.000.000, concluído em
2003. Vale salientar que, apesar da escala do mapa da CPRM ser menor que o da CBPM
(usado como base), segundo técnicos que trabalharam na sua confecção, o mesmo foi
construído a partir da compilação de projetos desenvolvidos na região por órgãos estatais, em
escalas maiores, não havendo maior comprometimento, em termos de escala, na qualidade do
produto obtido com esta junção.
3.2 MAPA DE SOLOS
Incluído no Capítulo 01 (Figura 13), o Mapa de Solos incluso no Sistema de
Informações Geográficas da Bacia Hidrogeológica dos rios Verde e Jacaré, como já citado
anteriormente, foi elaborado a partir da adaptação do mapa disponibilizado pelo Sistema de
Informações Geográficas do Plano Estadual de Recursos Hídricos da Bahia, da SRH
(Superintendência de Recursos Hídricos do Estado da Bahia), escala 1:1.000.000, ano de
2003. Tal adaptação foi feita com o uso do software ArcGis.
3.3 MAPA DE VEGETAÇÃO
Semelhantemente ao Mapa de Solos, e já apresentado na figura 16, para compor o
Sistema de Informações Geográficas da área em estudo, foi feita uma adaptação, usando-se o
software ArcGis, no Mapa de Vegetação do SIG do PERH - Plano de Estadual de Recursos
Hídricos - da SRH (Superintendência de Recursos Hídricos do Estado da Bahia), escala
1:1.000.000, ano de 2003.
3.4 MAPA DE ELEMENTOS CÁRSTICOS
Para que se possa ter idéia da variação na carstificação dentro da Bacia Hidrogeológica
em estudo, foi construído o Mapa de Elementos Cársticos, usando-se como base três folhas do
Mapa de Estruturas Cársticas, em escala 1:100.000, de autoria de GUERRA (1986). Este
processo incluiu, além da digitalização, a poligonalização das estruturas cársticas (dolinas e
vales), com o uso do software SPRING (INPE), sendo posteriormente importado como
shapefile para o ArcGis (Figura 33).
74
FIGURA 33: MAPA DE ELEMENTOS CÁRSTICOS E FORMAÇÕES GEOLÓGICAS DA BACIA
HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ.
FONTE: Adaptado de Guerra (1986).
75
3.5 MODELO NUMÉRICO DE TERRENO
O Modelo Numérico de Terreno (MNT) ou Modelo Digital de Terreno (MDT), é
indispensável para a visualização do terreno em três dimensões.
A sua confecção consistiu na transformação da base hipsométrica (curvas de altitude e
pontos cotados) das Cartas Plani-Altimétricas do IBGE em uma grade triangular (TIN). Neste
procedimento usou-se o módulo 3D Analyst do ArcGis. A seguir, ainda com o mesmo
módulo do programa, se construiu, a partir da grade triangular, uma imagem sombreada
(opção hillshade). Esta imagem funciona como um filtro transparente sugerindo o aspecto
tridimensional da figura. Por fim, para maior destaque dos elementos do relevo, forneceu-se
um padrão de cores falsas para o MNT, originando-se o mapa da Figura 34.
3.6 MAPA GEOMORFOLÓGICO
O Mapa Geomorfológico, já mostrado na figura 07 do capítulo 01, também é parte
integrante do Sistema de Informações Geográficas construído, tendo sido obtido a partir da
adaptação do mapa constante do SIG do Plano de Estadual de Recursos Hídricos - da SRH
(Superintendência de Recursos Hídricos do Estado da Bahia), escala 1:1.000.000, ano de
2003, e incrementado no software ArcGis (Figura 07).
3.7 MOSAICO DE IMAGENS
O mosaico de imagens foi construído a partir da composição das bandas 3, 4 e 5 de
imagens do satélite Landsat 5, resolução espacial de 30 metros, obtidas no ano de 2003
(Figura 35).
Na montagem do mosaico usou-se o software SPRING para o registro das imagens.
Após a importação e colagem do mosaico, foram fornecidas cores falsas para as bandas (3 –
RED; 4 – GREEN; 5 – BLUE) obtendo-se o padrão de cores apresentado. O aspecto
tridimensional foi possível cobrindo-se o mosaico com a imagem tridimensional (hillshade) já
descrita no mapa de Modelo Numérico de Terreno.
76
FIGURA 34: MODELO NUMÉRICO DE TERRENO DA BACIA HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E
JACARÉ.
77
FIGURA 35: MOSAICO DE IMAGENS, BANDAS 3, 4 E 5 DO LANDSAT 5, DA BACIA
HIDROGEOLÓGICA DOS RIOS VERDE E JACARÉ
78
3.8 MAPA DA BACIA HIDROGEOLÓGICA
A construção deste mapa, já apresentado na figura 03, se deu a partir da delimitação
das bacias hidrológicas envolvidas, levando-se em conta as áreas de recarga das duas bacias
(rio Verde e Jacaré), como já foi discutido na introdução.
Com o uso do módulo Hydrology Modeling do ArcGIS e, a partir do Modelo
Numérico de Terreno, foi possível delimitar-se as áreas das duas bacias e de uma porção a sul
que, apesar de pertencer à bacia hidrológica do rio Paraguaçu, está envolvida no processo de
recarga do reservatório subterrâneo da bacia hidrogeológica estudada, como já descrito na
Introdução.
Os elementos planimétricos e hidrológicos deste mapa foram obtidos das Cartas PlaniAltimétricas Digitais do Estado da Bahia, escala 1:100.000 (IBGE/SEI, 2003).
79
4 INTERFACE: SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS / SISTEMA
GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS
Para facilitar a conexão entre o banco de dados, descrito no capítulo 02, e a base
cartográfica digital, descrita no capítulo anterior, fez-se necessária a construção de uma
interface, dentro do ambiente ArcGis, onde os dados, tanto alfanuméricos quanto espaciais,
podem ser trabalhados e transformados, de acordo com o produto final desejado (mapas,
tabelas, gráficos, relatórios, etc.).
Tal interface foi desenvolvida pela Xyztemas (Consultoria & Serviços LTDA), em
conjunto com a equipe de pesquisadores do Núcleo de Estudos Hidrogeológicos e do Meio
Ambiente (NEHMA/UFBA).
Para a sua execução basta instala-la em qualquer microcomputador conectado à
Internet e com o software ArcGis, passando-se a ter acesso, via web, aos servidores
hospedeiros, tanto dos dados espaciais em formato shapefile (dados espaciais do ArcGis),
quanto ao banco de dados não espaciais, em SQL, migrados para o Centro de Processamento
de Dados (CPD) da Universidade Federal da Bahia (Figura 36).
80
FIGURA 36: JANELA DE ENTRADA NA INTERFACE SIG - SGBD
FONTE: Sistema de Informações Geográficas, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
O acesso a esta interface também se dá mediante o uso de uma senha, para cada
usuário, fornecida pelo administrador do sistema.
A partir da permissão de acesso ao usuário, a interface disponibiliza a janela do
ArcGIS, com todas as suas ferramentas de operações com os dados espaciais, além de outras
de acesso aos dados não espaciais do SGBD (Figuras 37 a 41).
81
FIGURA 37: JANELA DE ACESSO AO PROJETO E AOS OBJETOS DE CONSULTA
FONTE: Sistema de Informações Geográficas, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
FIGURA 38: JANELA DE CONSULTA AOS DADOS NO SGBD
FONTE: Sistema de Informações Geográficas, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
82
FIGURA 39: JANELA DO ARCGIS COM OS POÇOS CADASTRADOS NO SGBD
FONTE: Sistema de Informações Geográficas, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
FIGURA 40: JANELA MOSTRANDO UMA CONSULTA AO SGBD ATRAVÉS DO MÓDULO MÔNITOR,
DENTRO DO ARCGIS
FONTE: Sistema de Informações Geográficas, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
83
FIGURA 41: JANELA DO ARCGIS COM INFORMAÇÕES DE DADOS ESPACIAIS (HIDROLOGIA) DADOS
E NÃO ESPACIAIS (POÇOS)
FONTE: Sistema de Informações Geográficas, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
84
5 TRATAMENTO DE DADOS DO AQUIFERO CÁRSTICO: IMPLICAÇÕES PARA
A AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE E QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA
Este capítulo será dedicado a uma avaliação qualitativa das possibilidades de
rebaixamento e contaminação do aqüífero cárstico estudado, com o estudo das variáveis
físicas: profundidade de perfuração, vazão e nível estático dos poços tubulares, e dos
parâmetros químicos: nitratos e cloretos. Associada a estes parâmetros será abordada a
precipitação pluviométrica na região e qual a contribuição da mesma na variação dos
parâmetros estudados.
Para tal estudo faremos uso dos dados já cadastrados no Sistema de Informações
Geográficas da Bacia Hidrogeológica dos Rios Verde e Jacaré, objeto desta monografia, para
o período de 1969 a 2003, e das ferramentas de tratamento de dados disponíveis no ArcGis.
Pelo fato dos dados de poços tubulares, coletados até o momento, estarem na sua
maioria restritos ao domínio cárstico da bacia hidrogeológica em estudo, esta análise se
resumirá à área compreendida abaixo da latitude 10o45’ sul.
Com o objetivo de facilitar a análise e visualização dos resultados, os dados serão
analisados por períodos qüinqüenais, a saber: de 1969 a 1973; de 1974 a 1978; de 1979 a
1983; de 1984 a 1988; de 1989 a 1993; de 1994 a 1998 e de 1998 a 2003, perfazendo um total
de sete períodos.
5.1 POÇOS ANALISADOS
Dos 5469 poços cadastrados pelo NEHMA no Sistema Gerenciador de Banco de
Dados, foi possível levantar os dados físicos e/ou químicos, com datas de perfuração e
análise, de 2430 poços, obtidos da Companhia de Engenharia Rural da Bahia (CERB) e de
empresas sediadas na região.
Estes dados compreendem 42 anos, com poços mais antigos datados de 1962 e mais
recentes do ano do cadastro, ou seja, 2003.
85
É provável que exista ainda uma percentagem bastante considerável de dados a serem
coletados e acrescentados ao banco de dados. Entretanto, dada a exigüidade do tempo do
cadastramento (04 meses), não foi possível ampliar o levantamento para outras empresas de
perfuração da região, cujos dados possivelmente estejam preservados.
Dentro da população de 2430 poços com dados analíticos, foi selecionada uma
amostra de 899 poços, exclusivamente fornecidos pela CERB, os quais possuíam todos os
parâmetros físicos e químicos levados em conta neste estudo.
A preferência pelos poços analisados pela CERB deve-se ao fator de, por ser uma
empresa estatal com muitos anos de trabalho em perfuração de poços, os seus dados, por si só,
são confiáveis, enquanto que, dados de outras empresas particulares carecem de um maior
cuidado na autenticação.
Deste modo, trabalhou-se com uma amostra de 43 poços entre 1969 e 1973; 99 poços
entre 1974 e 1978; 151 poços entre 1979 e 1983; 230 poços entre 1984 e 1988; 92 poços entre
1989 e 1993; 146 poços entre 1994 e 1998 e com 138 poços entre 1999 e 2003. (Figura 42 e
Tabelas dos Anexos 01 a 07).
FIGURA 42: DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS POÇOS AMOSTRADOS NA PESQUISA
FONTE:- Sistema de Informações Geográficas – NEHMA/UFBA/SRH – 2004
86
Para a avaliação histórica da precipitação pluviométrica no período estudado, obtevese do site da ANA (Agência Nacional de Águas) (HidroWeb), informações de quatorze
estações pluviométricas distribuídas na região de acordo com a Figura 43.
Também foram obtidos dados de cinco estações monitoradas pela Superintendência de
Recursos Hídricos (SRH) para o período de 1999 a 2003.
Deve-se salientar que, os dados estudados aqui se referem apenas ao período entre
1969 e 2003, enquanto que, no item 1.2.1 do capítulo 1, que trata das características gerais da
área em estudo, os dados referem-se a ao período compreendido entre 1911 e 1990,
envolvendo um número maior de estações pluviométricas, cujas médias foram obtidas
diretamente do Plano Diretor da Bacia dos rios Verde e Jacaré (BAHIA/SRH, 1995). A não
utilização do mesmo número de estações para esta análise deve-se ao fato da não existência de
séries históricas no período em questão para algumas delas, que já se encontram desativadas.
FIGURA 43:- DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS
FONTE: Site da ANA (HidroWeb) e SRH/BA
87
5.2 ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA
No gráfico 02, estão plotadas as médias anuais de todas as estações pluviométricas
entre os anos de 1969 e 2003. Verifica-se que há um decréscimo nas precipitações
pluviométricas ocorridas na região estudada nos últimos 35 anos (equação negativa da linha
de tendência). Pode-se também perceber que, apesar das altas precipitações em alguns anos
(1087 mm/ano, em 1985), existem muitos anos (cerca de 25%) onde as precipitações foram
muito baixas (menores que 400 mm/ano), o que evidencia a ocorrência de um baixo índice de
reabastecimento natural do aqüífero nas últimas décadas. A linha de tendência também aponta
para um decréscimo médio acumulado nas precipitações anuais de cerca de 240 mm/ano.
Por outro lado, a média anual acumulada no período de 1911 a 1990, apurada no Plano
Diretor das bacias do Rio Verde e Jacaré (BA/SRH, 1995), descrito no item 1.21, aponta para
o valor de 700.6 mm/ano enquanto que, no período em estudo é de 563.3 mm/ano, perfazendo
uma queda de 137.3 mm/ano nas precipitações médias acumuladas entre os dois períodos.
Equação: y = -7,2184x + 689,72
1000,0
800,0
600,0
400,0
200,0
20
03
20
01
19
99
19
97
19
95
19
93
19
91
19
89
19
87
19
85
19
83
19
81
19
79
19
77
19
75
19
73
19
71
0,0
19
69
Precipitação média (mm/ano)
1200,0
Ano
GRÁFICO 2: LINHA DE TENDÊNCIA DAS MÉDIAS ANUAIS DE PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA
FONTE: Site da ANA (HidroWeb) e SRH/BA
Na Figura 44, onde está espacializada as precipitações pluviométricas médias
acumuladas do período estudado, por estação, pode-se perceber que, na região da bacia
hidrogeológica mais acometida pela agricultura irrigada com o uso da água subterrânea
(região central de Irecê, sobre os calcários do Grupo Una), a contribuição de recarga é
consideravelmente baixa (em torno de 600 mm/ano). Este índice é comum a cerca de 1/3 da
área estudada.
88
No entanto há de se considerar que, apesar da intensa evaporação característica da
região (item 1.2.2), a maior parte desta água precipitada pelas chuvas é transferida para o
aqüífero através do fraturamento característico do ambiente cárstico e com a contribuição da
morfologia plana a levemente ondulada da região, a qual dificulta o escoamento rápido em
superfície.
Por outro lado, nas porções oeste e sudoeste da bacia hidrogeológica ocorre uma
importante transferência de água para o aqüífero cárstico, advinda do escoamento superficial
dos metassedimentos do Grupo Chapada Diamantina para dentro da bacia estudada e,
possivelmente, em subsuperfície, através da conectividade entre o aqüífero deste Grupo e o
aqüífero do Grupo Una (VALLE, 2004).
FIGURA 44: DISTRIBUIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA MÉDIA ENTRE 1969 E 2003
FONTE: Site da ANA (HidroWeb) e SRH/BA
89
5.3 ANÁLISE DA VARIAÇÃO DA QUANTIDADE DE ÁGUA NO AQÜIFERO
Nesta análise foram utilizados os dados de Vazão, Profundidade e Nível Estático
(Piezometria), em todo o período estudado, feitos durante os testes de bombeamento
executados após a perfuração dos poços tubulares.
5.3.1 Análise da Vazão
Inicialmente, para análise deste parâmetro, foi feito uso do gráfico de dispersão das
médias anuais de vazão dos poços estudados (Gráfico 03). Percebe-se claramente neste
gráfico que, a sua linha de tendência permanece praticamente constante, com um fator de
inclinação desprezível (6x10-3).
Este fato leva à constatação de que, possivelmente, durante o período estudado, o uso
da água se manteve em um patamar que não exigiu o aumento da vazão nos novos poços
perfurados, mantendo-se em média no patamar de 11.3 m3/h.
40,0
Vazão (m3/h)
35,0
30,0
25,0
y = 0,006 x 11,3
11,3 m3/h
20,0
15,0
10,0
5,0
19
69
19
71
19
73
19
75
19
77
19
79
19
81
19
83
19
85
19
87
19
89
19
91
19
93
19
95
19
97
19
99
20
01
0,0
Anos
GRÁFICO 3: LINHA DE TENDÊNCIA DAS MÉDIAS ANUAIS DE VAZÃO
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
Nas Figuras 45 a 48 estão espacializados os valores da vazão dos poços tubulares nos
qüinqüênios estudados. Nota-se que, via de regra, as vazões máximas são alcançadas na
região central do aquífero, nos municípios de São Gabriel, Irecê e Lapão.
Outros pontos de aumento de vazão ocorrem, em períodos diversos, a norte,
(município de Jussara), a noroeste (município de Itaguaçu da Bahia), a leste (município de
América Dourada) e a sul (município de Palmeiras).
a)
b)
FIGURA 45: VAZÕES DOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1969 a 1973 e b) 1974 a 1978
a)
b)
FIGURA 46: : VAZÕES DOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1979 a 1983 e b) 1984 a 1988
a)
b)
FIGURA 47: : VAZÕES DOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1989 a 1993 e b) 1994 a 1998
93
FIGURA 48: : VAZÕES DOS POÇOS AMOSTRADOS: 1999 a 2003
Esta diversidade na distribuição espacial dos valores máximos de vazões pode ser
inferida ao caráter fissural do ambiente cárstico que, em uma mesma região, possibilita a
ocorrência de poços com vazões extremamente altas e outros com vazões praticamente nulas.
Por outro lado, a grande incidência de poços com vazões altas na região central do
ambiente cárstico (região de Irecê), pode estar relacionada ao padrão estrutural sinformal (em
forma de calha) da bacia sedimentar sobre a qual estão depositados os metassedimentos do
Grupo Una (Grupo Chapada Diamantina) (Figura 10), além do seu leve mergulho para norte,
facilitando uma maior concentração de água nesta porção da bacia hidrogeológica (Figura 11).
Além disto deve-se considerar o padrão de dobramentos impressos nos calcáreos na
segunda fase de deformação (item 1.5) com eixos leste-oeste e superfícies plano-axiais
mergulhando fortemente para norte. Falhas contracionais de empurrão coincidem com estas
superfícies axiais, podendo facilmente funcionar como armadilhas e promover o
confinamento da água nos setores da bacia onde ocorrem. Esta teoria, no entanto, carece de
maiores estudos, tanto dos aspectos estruturais quanto do fluxo de água da bacia, para ser
confirmada.
94
5.3.2 Análise da Profundidade dos poços
No Gráfico 04 está representada a linha de tendência da média anual das
profundidades dos poços no período estudado. Percebe-se claramente que esta linha apresenta
uma inclinação positiva, com profundidade mínima média de 72.5 m e máxima média de 115
m, com um incremento aproximado de 1.2 metros por ano.
140,00
Profundidade (m)
120,00
100,00
80,00
y = 1,22x + 71,6
60,00
40,00
20,00
19
69
19
71
19
73
19
75
19
77
19
79
19
81
19
83
19
85
19
87
19
89
19
91
19
93
19
95
19
97
19
99
20
01
20
03
0,00
Anos
GRÁFICO 4: LINHA DE TENDÊNCIA DAS MÉDIAS ANUAIS DE PROFUNDIDADE
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
Este fato certamente ocorre devido à demanda maior pela água subterrânea, em virtude
do maior incentivo ás práticas agrícolas na região, aumentando-se, deste modo, a perfuração
de poços tubulares. O consumo maior causa o rebaixamento do nível freático do aqüífero e
conseqüente aumento na profundidade dos poços.
Outro fato a ser considerado, porém necessitando de maiores comprovações, seria o
possível rebaixamento do nível freático devido à diminuição na recarga do aqüífero, a qual
vem ocorrendo nos últimos 35 anos em conseqüência das baixas precipitações pluviométricas,
conforme já discutido no item 5.2 deste mesmo capítulo.
A partir das avaliações das Figuras 49 a 52, onde estão representadas as distribuições
espaciais das perfurações nos sete qüinqüênios analisados, percebe-se a maior concentração
de poços com maiores profundidades a sul, a leste e a norte do ambiente cárstico.
Vê-se aqui, novamente, um fato que necessita de maior detalhamento: as maiores
profundidades de poços concentradas nas bordas da bacia possivelmente estejam relacionadas
à forma sinclinal da bacia sedimentar do Grupo Una (em forma de calha), com leve mergulho
para norte, favorecendo o escoamento da água para a área central. Esta conformação estrutural
foi impregnada nesta bacia devido à deformação no Grupo Chapada Diamantina,
95
caracterizada por grandes dobras de eixo norte-sul com mergulho suave para norte, e que
serve de substrato para os calcários do Grupo Una. A primeira fase de deformação ocorrida
sobre os estratos do Grupo Una confere a estes dobras com eixos orientados em direções
aproximadamente norte-sul, aumentando o caráter sinclinal desta última bacia (vide item 1.5).
De acordo com a Tabela 04, onde estão listados as quantidades de poços perfurados
por município em cada qüinqüênio, pode-se observar que, no interstício compreendido entre
1979 1988, houve um aumento considerável no número de perfurações, principalmente nos
municípios de Central, América Dourada, Canarana, Ibipeba, Irecê e Lapão.
TABELA 4:- NÚMERO DE POÇOS PERFURADOS POR MUNICÍPIO
MUNICÍPIOS
69-73 74-78 79-83 84-88 89-93 94-98 99-03
TOTAIS
AMÉRICA DOURADA
2
3
16
16
6
13
5
61
BARRA DO MENDES
3
1
11
12
4
7
4
42
BARRO ALTO
0
2
4
6
4
6
12
34
CAFARNAUM
0
4
13
8
5
5
3
38
CANARANA
0
9
10
24
2
7
8
60
CENTRAL
2
7
12
23
3
12
8
67
GENTIO DO OURO
1
0
0
7
6
11
8
33
IBIPEBA
3
6
6
14
4
1
3
37
IBITITÁ
2
14
7
11
4
14
1
53
IRAQUARA
0
0
4
5
5
8
10
32
IRECÊ
6
5
8
23
5
3
0
50
ITAGUAÇU DA BAHIA
0
3
4
9
3
3
15
37
JOÃO DOURADO
9
6
6
7
8
8
3
47
JUSSARA
2
6
9
12
4
4
6
43
LAPÃO
1
6
9
16
5
7
9
53
MULUNGU DO MORRO
0
4
3
0
2
4
5
18
PRESIDENTE DUTRA
4
10
5
10
2
0
2
33
SÃO GABRIEL
4
5
9
11
5
17
10
60
SOUTO SOARES
3
1
6
8
6
4
12
40
UIBAÍ
0
5
3
8
5
4
3
28
XIQUE-XIQUE
1
2
6
4
8
11
32
TOTAIS
43
99
151
230
92
146
138
899
FONTE:- Banco de Dados do Cadastramento de Poços da Região de Irecê– NEHMA/UFBA/SRH – 2004
Coincidentemente, neste período (Figura 50), registrou-se os maiores valores de
profundidades alcançados em perfurações de poços (200 metros, nos municípios de Souto
Soares e Itaguaçu da Bahia, e 160 metros em Iraquara). Esta constatação reforça a hipótese do
fator estrutural da bacia (os três municípios localizam-se nas bordas sul, o primeiro e norte, os
dois últimos) aliada à demanda na perfuração de poços no período. Nos demais municípios da
bacia hidrogeológica, localizados na parte central ou próximos a ela, não foram registrados
aumentos importantes de profundidades.
96
a)
b)
FIGURA 49: PROFUNDIDADES DOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1969 a 1973 e b) 1974 a 1978
97
a)
b)
FIGURA 50:- PROFUNDIDADES DOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1979 a 1983 e b) 1984 a 1988
98
a)
b)
FIGURA 51:- PROFUNDIDADES DOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1989 a 1993 e b) 1994 a 1998
99
FIGURA 52:- PROFUNDIDADES DOS POÇOS AMOSTRADOS: 1999 A 2003
100
5.3.3 Análise do Nível Estático
Um parâmetro bastante confiável para a medida da variação na profundidade do nível
freático em um aqüífero é o Nível Estático (NE) ou Nível Piezométrico, que fornece a altura
da lâmina d’água do poço em relação à superfície.
Tomou-se como dados para esta avaliação os registros referentes ao Nível Estático dos
poços por ocasião do ensaio de bombeamento, logo após a sua perfuração.
O Gráfico 05, onde está representada a linha de tendência das médias anuais de
profundidades dos Níveis Estáticos dos poços perfurados entre 1969 e 2003, traduz a
realidade do que vem ocorrendo na bacia hidrogeológica no decorrer dos anos. Percebe-se que
as profundidades dos NE dos mesmos tendem a aumentar a uma média de 0.32 m/ano, com
um valor médio mínimo de 14 metros e máximo de 24.5 metros. Semelhantemente ao que
ocorre com a profundidade, este aumento progressivo do NE pode ser associado a um
rebaixamento do nível freático do aqüífero, em função da crescente demanda de poços
tubulares perfurados no decorrer dos anos.
50
45
y = 0,32x + 13,5
Nível Estático (m)
40
35
30
25
20
15
10
5
03
99
97
95
93
01
20
20
19
19
19
19
91
19
89
85
83
81
79
87
19
19
19
19
19
19
77
19
73
75
19
71
19
19
19
69
0
Anos
GRÁFICO 5: LINHA DE TENDÊNCIA DAS MÉDIAS ANUAIS DO NÍVEL ESTÁTICO
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
A espacialização dos Níveis Estáticos em todo o período estudado está representada
nas Figuras 53 a 56.
É bastante marcante a distribuição das maiores profundidades do NE distribuídos ao
longo das porções norte, leste e sul da bacia hidrogeológica, havendo uma certa manutenção
de valores baixos a oeste e na sua parte central.
101
Contrastando com o aumento na perfuração de poços na região central da bacia (região
de Irecê), principalmente entre os anos de 1979 e 1988, fato este discutido no item anterior, os
NE dos mesmos não sofreram aumento considerável durante os 35 anos analisados. Isto, de
certo modo, é ponto a favor da hipótese da maior quantidade de água na porção central da
bacia em conseqüência da sua conformação estrutural sinformal e de possíveis armadilhas
geradas por falhas de empurrão com fortes mergulhos para norte (teoria discutida nos itens
5.3.1 e 5.3.2).
Com relação aos baixos valores de NE ocorridos a oeste da bacia hidrogeológica devese possivelmente ao fato de que, nesta porção do aqüífero, as precipitações pluviométricas
anuais são maiores do que no resto da região (Figura 44, item 5.2), tendo como resposta um
nível freático mais elevado.
a)
b)
FIGURA 53:- NÍVEIS ESTÁTICOS DOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1969 a 1973 e b) 1974 a 1978
a)
b)
FIGURA 54:- NÍVEIS ESTÁTICOS DOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1979 A 1983 E b) 1984 A 1988
a)
b)
FIGURA 55:- NÍVEIS ESTÁTICOS DOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1989 A 1993 E b) 1994 A 1998
105
FIGURA 56:- NÍVEIS ESTÁTICOS DOS POÇOS AMOSTRADOS: 1999 A 2003
No gráfico abaixo (número 06) estão plotados os diagramas de dispersão dos valores
médios de profundidade e dos Níveis Estáticos dos poços durante o período estudado. Na
análise deste gráfico observa-se a direção das linhas de tendência e a dispersão, ou seja, a
maneira como os pontos se distribuem. Quanto maior for a relação entre os pontos das duas
variáveis maior será a correlação. Uma dispersão alta entre os pontos significa a não
60
160
existência de correlação entre as duas variáveis.
20
-
Nível Estático (m)
40
120
80
40
-
Profundidade (m)
CORRELAÇÃO = 57%
1969 1973 1977 1981 1985 1989 1993 1997 2001
Anos
P ro fundidade
Nível Estático
Linear (Nível Estático )
Linear (P ro fundidade)
GRÁFICO 6:- CORRELAÇÃO ENTRE AS MÉDIAS ANUAIS DA PROFUNDIDADE E DO NÍVEL ESTÁTICO
FONTE:- Banco de Dados do Cadastramento de Poços da Região de Irecê– NEHMA/UFBA/SRH – 2003
106
Este gráfico foi construído com o módulo Excel do software Microsoft Office, o qual
também calcula a correlação entre as variáveis. A partir da sua análise pode-se chegar às
seguintes constatações:
a) O valor encontrado para o índice de correlação entre os valores destes dois parâmetros
(57%), indica que existe uma dependência acima da média entre eles ou seja: se um
aumenta o outro também aumenta.
b) As linhas de tendências ascendentes no gráfico, tanto da profundidade dos poços
quanto do Nível Estático, sinalizam para um possível rebaixamento do aqüífero
c) ao longo dos anos, colocando em risco a potencialidade hídrica do mesmo em prover
as necessidades dos agricultores inerentes às suas atividades agrícolas;
Por outro lado, as distribuições espaciais, tanto da profundidade quanto do nível
estático dos poços ao longo dos anos, leva às seguintes considerações:
a) Existe uma clara tendência do aumento destes dois fatores nas porções da bacia
hidrogeológica que recebem baixos índices de chuvas: porções norte e leste. Somado às
estas baixas precipitações existe o fato dos metassedimentos estarem estruturalmente
arranjados em conformação sinformal, promovendo, possivelmente, o fluxo das águas
captadas pelo aqüífero nestas porções para o centro da bacia;
b) Menos preocupantes são as porções centrais e ocidentais da bacia hidrogeológica,
beneficiadas aquelas pelo maior afluxo de água advindos das bordas da bacia, além das
possíveis armadilhas estruturais que aprisionam a água ali precipitada, e estas pelos
maiores índices anuais de precipitações pluviométricas (Figura 44) sobre os
metassedimentos do Grupo Una, que fluem pela superfície e infiltram no domínio
cárstico.
Então, pelo que foi exposto acima e discutido anteriormente, pode-se concluir que:
•
Existe uma perceptível perda de água no aqüífero cárstico ao longo dos anos, à medida
que as precipitações pluviométricas se tornam menores e aumenta, sem o controle
devido, as perfurações de poços para atender as exigências, cada vez mais crescentes,
do desenvolvimento agrário na região;
•
Apesar da região central da bacia hidrogeológica, caracterizada como de maior
desenvolvimento agrícola, ainda não apresentar problemas relativos ao rebaixamento
do nível freático do aqüífero, é de se esperar que, com a continuada queda nos índices
de precipitação pluviométrica e a crescente demanda na perfuração de poços, este
problema apareça em um futuro bem próximo.
107
5.4 ANÁLISE DA VARIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AQÜIFERO
A qualidade da água em um aqüífero pode ser aferida tomando-se como base a
presença de sais, metais pesados e materiais em suspensão, dentre outros.
A priori, existe uma proteção natural dos aqüíferos subterrâneos em relação à
contaminação. No entanto, a água da chuva ou de irrigação ao percolar no solo, arrasta
consigo substâncias dissolvidas (lixiviação), podendo ter os lençóis freáticos ou aqüíferos
profundos como destino final. Esta característica se torna pronunciada nas regiões semi-áridas
em decorrência do ressecamento dos solos pela escassez de chuvas e, principalmente, em
solos carbonáticos de natureza cárstica, onde as estruturas típicas (fraturas, dolinas, etc.) deste
ambiente (capítulo 1), favorecem a infiltração.
Um fator importante a ser considerado, proveniente das atividades agrícolas na região
de Irecê, e que tem se intensificado sensivelmente nas últimas décadas, é a contaminação das
águas subterrâneas por fertilizantes, inseticidas, fungicidas e herbicidas. Dentre os parâmetros
químicos derivados destes contaminantes, merece destaque a saturação da água por cloretos e
nitratos.
O nitrogênio e o cloro, necessários à sobrevivência dos seres vivos, podem ser nocivos
à saúde quando seus gradientes de concentração na água ultrapassam os limites necessários à
ocorrência do metabolismo, passando a ter um efeito destrutivo às cadeias biológicas.
O nitrato é a principal forma de nitrogênio associada à contaminação da água pelas
atividades agropecuárias. Isto ocorre pelo fato de que o ânion nitrato, caracterizado por ser
fracamente retido no solo, tende a permanecer mais em solução, principalmente nas camadas
superficiais do solo, onde a matéria orgânica acentua o caráter eletronegativo das partículas de
solo (repelindo o nitrato). Na solução do solo o nitrato fica associado ao processo de
lixiviação o que pode ocasionar, ao longo do tempo, um considerável incremento nos teores
deste ânion em águas mais profundas.
As águas com altos teores de nitrato podem causar problemas à saúde humana, como
diminuição da capacidade do sangue em transportar oxigênio, pela formação de uma
substância denominada metamoglobina, ao invés da hemoglobina, que não possui afinidade
com a molécula de oxigênio. O nitrato, reduzido a nitrito no intestino, pode reagir com aminas
secundárias e formar nitrosaminas, que são substâncias cancerígenas. Embora sem
confirmação para o organismo humano, experiências realizadas recentemente, comprovaram a
ocorrência de câncer estomacal ou de esôfago devido a altas concentrações de nitrato na água
ingerida por cobaias (RESENDE, 2004).
108
Normalmente, o cloro está presente nas águas em teores inferiores a 100 mg/l,
formando compostos muito solúveis e tendendo a se enriquecer a partir das zonas de recarga
das águas subterrâneas. O incremento de cloretos nas águas subterrâneas pode também estar
relacionado com a aplicação de fertilizantes como, por exemplo, o cloreto de potássio.
A tolerância dos seres humanos para com os cloretos varia com o clima e hábitos
alimentares. Em geral, é a associação do cálcio, magnésio, sódio e potássio com o cloreto que
produz efeitos nocivos, como diarréias e outros problemas digestivos.
Face ao risco que representam, a concentração de nitratos na água para consumo
humano não deve exceder 10 mg/l de Nitrogênio em NO3- ou 44 mg/l de NO3-, enquanto que,
a concentração de cloretos não deve ultrapassar o valor de 250 mg/l, de acordo com os limites
adotados internacionalmente e por outras entidades ligadas ao monitoramento e proteção
ambiental (tabela 5).
TABELA 5: LIMITES TOLERADOS DE CLORETOS E NITRATOS PARA A ÁGUA POTÁVEL
RESOLUÇÃO CONAMA (CONSELHO
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE) N. 20
18/06/86
Nitratos
10 (mg.l-1) de N
Cloretos
250 (mg.l-1) de Cl
* 44 mg/l de Nitrato (NO3 -)
PORTARIA 518/2004
(Ministro de Estado da Saúde)
10 (mg.l-1) de N*
250 (mg.l-1) de Cl
FONTES:- SEIXAS, B. L. S. Água: Usos, características e potencialidades, 2004 e Ministério da Saúde, 2004.
No domínio cárstico da Bacia Hidrogeológica dos rios Verde e Jacaré, a situação se
torna agravante ao considerar-se que toda a população rural se abastece de água subterrânea,
através de poços tubulares públicos ou particulares.
5.4.1 Análise dos Índices de Nitratos
É comum em atividades agrícolas, o uso de nutrientes ricos em Nitrogênio, necessários
para a recuperação do solo e conseqüente aumento da produção. Estes nutrientes, quando em
excesso, deixam de ser absorvidos pela planta, sendo lixiviados pelas chuvas e águas de
irrigação para a zona não saturada, podendo em seguida contaminar as águas subterrâneas.
A falta de controle e desinformação por parte dos agricultores no uso destes nutrientes
são alguns dos fatores preocupantes, exigindo ações de esclarecimento e fiscalização dos
órgãos gestores das bacias hidrográficas.
No que tange a bacia hidrogeológica em estudo, na seqüência de figuras relativas à
distribuição espacial dos índices de Nitratos ao longo de sete qüinqüênios consecutivos, a
partir de 1969 (figs. 57 a 60), os valores baixos registrados no período entre 1969 e 1973,
109
podem ser considerados como possivelmente ocasionados por atividades antrópicas nas
proximidades dos poços onde foram coletadas as amostras (esgotos, etc.).
Nos períodos seguintes passam a haver concentrações de nitratos acima do teor
máximo permitido (44 mg/l de Nitrato), em regiões da bacia ocupadas por atividades
agrícolas.
Estes altos índices (até 80 mg/l) são observados, principalmente nas regiões centrais
do aquífero, nos municípios de Jussara, Central, Irecê, Uibaí, Gentio do Ouro, Lapão e João
Dourado.
Parece haver uma contradição nestes dados quando, pelo que foi analisado
anteriormente, a porção central do aqüífero recebe a maior carga do fluxo de água da bacia,
possibilitando a maior diluição deste contaminante. Entretanto, como já foi discutido
anteriormente, nesta área existe uma demanda crescente na perfuração de poços, para atender
ao grande aumento das atividades agrícolas na região, cujos solos são férteis e possue uma
infra-estrutura adequada (estradas, irrigação, etc.). Em conseqüência, o incremento nas
atividades agrícolas acarreta o aumento no uso de fertilizantes, promovendo um acréscimo de
Nitratos na água subterrânea.
Ocorrem também algumas indicações de índices elevados, embora em menores
proporções e freqüência, a sul e sudeste da bacia, nos municípios de Palmeiras, Iraquara,
Mulungu do Morro e Cafarnaum.
Torna-se, pois preocupante a situação atual deste aqüífero em relação à contaminação
por Nitratos, principalmente quando foi detectado o rebaixamento do mesmo, pelo aumento
na quantidade de poços perfurados e curva descendente da precipitação pluviométrica (item 3
deste capítulo). Isto porque, a menor quantidade de água promove o aumento relativo de
contaminantes em solução.
Por fim, o fato da população rural da região fazer uso das águas subterrâneas em todas
as suas atividades de subsistência pode levar, em poucos anos, à estabilização de quadros
endêmicos irreversíveis, principalmente nos municípios onde ocorrem as maiores
concentrações de Nitrato nestas águas.
.
a)
b)
FIGURA 57:- TEORES DE NITRATOS NOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1969 A 1973 e b) 1974 A 1978
a)
b)
FIGURA 58:- TEORES DE NITRATOS NOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1979 A 1983 E b)1984 A 1988
a)
b)
FIGURA 59:- TEORES DE NITRATOS NOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1989 A 1993 e b) 1994 A 1998
113
FIGURA 60:- TEORES DE NITRATOS NOS POÇOS AMOSTRADOS: 1999 A 2003
5.4.2 Análise dos Índices de Cloretos
Na água subterrânea o cloro está presente em teores inferiores a 100mg/l.
Em aqüíferos cársticos, devido aos ataques químicos e à intensa solubilização destas
rochas, podem-se formar compostos muito solúveis, embora com intensidade variável, de
cloretos cálcicos, magnesianos e sódicos. Existe também uma tendência de enriquecimento de
cloretos a partir das zonas de recarga do aqüífero (ANA, 2004).
Para uma análise inicial dos índices de cloretos aportados para o aqüífero cárstico da
região de Irecê, será feita uma correlação entre as médias anuais dos valores obtidos em
análises da água subterrânea em poços perfurados e as precipitações pluviométricas do
período em estudo, uma vez que, grande percentagem deste ânion é proveniente de águas
pluviais (Gráfico 07).
114
450,00
400,00
1.000,0
350,00
800,0
300,00
250,00
600,0
200,00
400,0
150,00
Cloretos (mg/l)
Precipitação (mm/ano)
1.200,0
100,00
200,0
50,00
-
19
69
19
71
19
73
19
75
19
77
19
79
19
81
19
83
19
85
19
87
19
89
19
91
19
93
19
95
19
97
19
99
20
01
20
03
-
Ano
Correlação: 19%
Precipitação
Cloretos
Linear (Cloretos)
Linear (Precipitação)
GRÁFICO 7: CORRELAÇÃO ENTRE AS MÉDIAS ANUAIS DOS ÍNDICES DE CLORETOS E AS MÉDIAS
ANUAIS DE PRECIPITAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS
FONTE:- Sistema Gerenciador de Banco de Dados – NEHMA/UFBA/SRH – 2004
A correlação entre os índices de cloretos e as precipitações médias de chuvas no
período, apesar do caráter descendente das linhas de tendências nos dois casos, mostra uma
dispersão acentuada entre os dois parâmetros, com um índice de correlação calculado em
19%, indicando que, apesar do teor de cloro aportado para a bacia ter diminuído ao longo dos
anos concomitantemente com a queda nos índices de chuvas, a contribuição proveniente das
águas pluviais não é relevante.
Esta constatação também foi feita por Guerra (1986), onde observou que:
“Dentre os componentes químicos mais importantes, o cloreto é
aquele cujo mecanismo de concentração está mais diretamente
dependente dos fatores climáticos... acompanhando a tendência
inversa de variação das precipitações... O mecanismo de
concentração dos cloretos está diretamente relacionado à taxa de
evaporação ou inversamente à taxa de infiltração... Localmente,
concentrações anormais de cloretos estariam associadas a problemas
de circulação subterrânea deficiente ou por focos de poluição, não
muito comum na área”
A espacialização das análises feitas nos últimos 35 anos, está representada em sete
qüinqüênios nas Figuras 61 a 64, a seguir.
a)
b)
FIGURA 61:- TEORES DE CLORETOS NOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1969 a 1973; b) 1974 a 1978
a)
b)
FIGURA 62:- TEORES DE CLORETOS NOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1979 a 1983 e b) 1984 a 1988
a)
b)
FIGURA 63:- TEORES DE CLORETOS NOS POÇOS AMOSTRADOS: a) 1989 a 1993; b) 1994 a 1998
118
-
FIGURA 64:- TEORES DE CLORETOS NOS POÇOS AMOSTRADOS: 1999 A 2003
Percebe-se que, já nos anos 60, existiam teores elevados de cloretos nas água
subterrâneas, chegando a índices de 600 mg/l na região de Central e Uibaí, municípios
localizados na porção central da área.
Nas demais figuras, esta situação continua alarmante, com valores extremamente altos
nos municípios de Jussara, Irecê, São Gabriel, Central, Uibaí, Lapão Ibititá e João Dourado,
todos localizados, relativamente, na porção central da bacia e coincidente com a maior
concentração de atividades agrícolas da região. A norte, nordeste e leste também é possível
perceber a incidência de índices fora do padrão de normalidade.
O período de maior incidência se deu entre 1979 e 1983, intervalo de baixas
precipitações, com teores máximos atingindo o patamar de 4.400 mg/l de cloretos, a nordeste
da bacia, e valores bastante elevados nos municípios citados acima.
Pode-se então concluir que, independente da queda dos teores de cloretos no aqüífero
no período analisado (Gráfico 07), ainda não foi suficiente para levar os níveis de cloretos
dissolvidos na água para patamares abaixo dos seus limites máximos aceitáveis para o
consumo humano (250 mg/l).
A maior incidência de índices altos de cloretos na região central do aqüífero cárstico
que, conforme visto anteriormente, se constitui em uma área de grande acúmulo de água
119
subterrânea, não sofrendo baixas consideráveis no seu nível freático durante os períodos de
estiagem, possivelmente deve estar relacionado ao uso de fertilizantes na agricultura.
Por fim, de acordo com o que se pode depreender do que foi analisado em relação aos
Cloretos e Nitratos presentes na bacia hidrogeológica em estudo, pode-se fazer as seguintes
afirmações acerca da qualidade de água deste aquífero:
a) Toda a qualidade da água do aqüífero já se apresenta comprometida no que tange aos
teores de Nitratos e Cloretos dissolvidos, tendo este comprometimento tomado vulto a
partir de meados da década de 70;
b) Apesar da flutuação destes teores, em função do aumento ou diminuição do uso de
fertilizantes e agrotóxicos, já são alarmantes os índices verificados no aqüífero, com
uma tendência a maior comprometimento nas regiões centrais (municípios de Central,
São Gabriel, Irecê e Lapão) e, mais a sudeste, nos municípios de Canarana e
Cafarnaum;
c) A ocorrência de períodos com grandes precipitações pluviométricas que, teoricamente,
deveria favorecer a diluição destes compostos químicos, tem agido de forma inversa
pois, este incremento de água no aqüífero possivelmente tende a influenciar no
aumento das atividades agrícolas, por se tratar de uma região marcada pelas baixas
quantidades de chuvas e, conseqüentemente, um maior aporte de contaminantes para
dentro do reservatório cárstico.
d) Apesar desta análise ter sido feita apenas com cloretos e nitratos, em função da
disponibilidade de maior quantidade de dados destes dois parâmetros, é de se esperar
que outros compostos e elementos químicos também estejam colocando em risco a
qualidade deste aqüífero por estarem sendo carreados para dentro do reservatório tanto
pelas chuvas quanto pelas águas excedentes de irrigação, em função do uso
indiscriminado de fertilizantes e defensivos agrícolas por parte dos agricultores.
120
6 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES FINAIS
Com a conclusão deste trabalho foi dado um importante passo nas atividades e
pesquisas concernentes ao controle e entendimento da bacia hidrogeológica dos rios Verde e
Jacaré.
Conseguiu-se evidenciar que, com o uso das ferramentas de um SIG, é possível
chegar-se a conclusões que, se não acertadas pelo menos são procedentes, abrindo-se um
espaço para futuras investigações direcionadas para os principais problemas levantados.
Apesar de não ser o primeiro trabalho a apontar as deficiências no conhecimento
hidrogeológico da bacia dos rios Verde e Jacaré, como um todo, conseguiu ressaltar, mais
uma vez, a necessidade da busca desta compreensão, sem a qual todos os trabalhos de análises
de qualidade e quantidade de água do aqüífero ficarão comprometidos.
De qualquer forma, como objeto central desta pesquisa, conseguiu-se demonstrar que,
de posse da informação científica e com o auxílio de um Sistema de Informações Geográficas
é possível delinear-se todo o perfil de uma bacia hidrogeológica, antevendo-se possíveis
situações de risco para a mesma.
De posse deste Sistema de Informações Geográficas a Superintendência de Recursos
Hídricos do Estado da Bahia, órgão público gestor daquela bacia, está capacitada a
desenvolver ações voltadas à fiscalização, recuperação e implantação de um regime de
outorga de direitos de uso dos recursos hídricos, assegurando o controle qualitativo e
quantitativo dos usos e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água por parte dos
usuários.
Doravante, as pesquisas direcionadas àquela bacia, poderão ter como base de dados o
Sistema Gerenciador de Banco de Dados deste SIG, que fornecerá as respostas básicas que
antecedem a compreensão do seu ciclo hidrológico.
Deste modo, o Sistema de Informações Geográficas aqui exposto, firmará a
consolidação de linhas de pesquisas que gerem informações consistentes sobre o meio
121
ambiente (produto técnico-científico de circulação acadêmica); fornecerá informações
ambientais que possam subsidiar a sociedade organizada sobre os impactos de políticas
públicas e privadas de ocupação do espaço físico (produto técnico-científico de circulação
popular ou de extensão) e produzirá dados básicos para elaboração de Planos Hidrológicos
para toda a Bacia.
Como exemplo da aplicabilidade deste SIG, podemos citar outros produtos possíveis
de se conseguir, e de forma bastante simplificada, a saber:
•
validação e consistência dos dados obtidos;
•
cruzamento entre os mapas via manipulação do SIG;
•
visualização em 3D da atual situação do aqüífero;
•
análise do fluxo de água superficial e subterrâneo;
•
avaliação da qualidade e quantidade de água em cada sub-bacia do aqüífero;
•
análise numérica e cartográfica dos resultados, dentre outros.
Entretanto devido a complexidade do ciclo da água em uma bacia sedimentar cárstica,
a concretização deste produto só poderá acontecer a partir de observações periódicas e
constantes em uma rede de monitoramento de poços e estações fluviométricas e
meteorológicas, distribuídos de maneira estratégica por toda a bacia hidrogeológica, cujos
dados passarão a integrar o Sistema Gerenciador de Banco de Dados deste Sistema de
Informações Geográficas.
Pode-se, deste modo, considerar-se este trabalho como um marco importante no início
de uma nova metodologia de auxílio a órgãos gestores de bacias no estado da Bahia.
Por fim, não se deve esquecer que, na busca de outras informações que não foram
contempladas nesta etapa inicial de desenvolvimento do SIG, serão necessários o
aperfeiçoamento e criação de ferramentas adicionais, o que conduz para a necessidade de
continuidade deste trabalho.
122
REFERÊNCIAS
AGENDA 21. Capítulo 18: Proteção da qualidade e do abastecimento dos recursos hídricos Aplicação de critérios integrados no desenvolvimento, manejo e uso dos recursos hídricos,
2001.
ALMEIDA, C.; MENDONÇA, J. J. L.; DUARTE, R. S.; QUINA, ª P.; NEVES, J. R.
Glossário de Termos Hidrogeológicos. Instituto da Água. Centro de Geologia. Instituto
Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação. Portugal. 2000. 54 p.
AMARAL, G. & KAWASHTA, K.: Determinação da Idade do Grupo Bambuí pelo Método
Rb/Sr. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA. Anais. Curitiba: SBG, 1967. p.
214-217.
ANA. Projeto de Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia
do São Francisco. QUALIDADE DAS ÁGUAS. Estudo Técnico de Apoio ao Plano Decenal
de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – PBHSF, Nº 17.
Subprojeto 4.5C –. ANA/GEF/PNUMA/OEA. Brasília – Distrito Federal. 2004. 56 p.
BAHIA, GOVERNO DO ESTADO DA. Superintendência dos Recursos Hídricos (SRH)
Projeto de Gerenciamento de Recursos Hídricos do estado da Bahia - Síntese dos Aspectos
Institucionais, 1997.
BAHIA, GOVERNO DO ESTADO DA. Superintendência dos Recursos Hídricos (SRH).
Sistema de Informações Geográficas do Plano Estadual de Recursos Hídricos da Bahia, escala
1:1.000.000. 2003.
BAHIA, GOVERNO DO ESTADO DA. Superintendência dos Recursos Hídricos (SRH).
Plano Diretor de Recursos Hídricos. Bacias dos Rios Verde e Jacaré. Margem Direita do Lago
de Sobradinho, 1995. 119 p.
123
BOMFIM, L. P. C.; ROCHA, A. J. D.; PEDREIRA, A. J.; MORAIS FILHO, J. C.;
GUIMARÃES, J. T.; TRSCH, N. A. Projeto Bacia de Irecê: Relatório Final. Salvador:
Convênio CPRM-SME. 1985.
BRASIL. Ministério da Minas e Energia. Secretaria Geral. Projeto RADAMBRASIL,. Folha
SD24 Salvador. Mapa de Vegetação, Geologia, Geomorfologia e Solos. Rio de Janeiro, 1981
CBPM. Mapa Geológico Integrado - Projeto Análise Faciológica e Metalogenética da Bacia
de Irecê, escala 1:100.000. 1998.
CEDESTROM, D.J., Água Subterrânea - Uma Introdução. Centro de Publicações Técnicas da
Aliança, Rio de Janeiro. 1964. Capítulos I e II.
CERB. Fichas de testes de bombeamento de poços da região de Irecê. 1969 a 2003.
COSTA, J. B. S.: Curso de Geologia Estrutural: CIEG, Morro do Chapéu, 4 - 15 de setembro
de 1989. Salvador: CPRM, 1989.
CPRM/CBPM. Geologia e Recursos Minerais do Estado da Bahia – Sistema de Informações
Geográficas – SIG, escala 1:1.000.000. 2003.
CPTEC/INPE. Climanálise: Boletim de Monitoramento e Análise Climática: Número
Especial, 1986.
CUNHA, T. J. F; MANZATTO, C. V.; RIBEIRO, L. P.; PALMIERI, F.; FILHO, B. C.
Diferenciação Pedológica e Alteração de Rochas Calcárias na Região de Irecê, BA. Estado da
Arte. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária N 6, dezembro 1999, p.1-6.
FAUSTINO, J. Planificación y Gestión de Manejo de Cuencas. Turrialba: CATIE. 1996.
FIGUEREDO, S. V. de A. Produção quantitativa e qualitativa de água. Ação Ambiental,
Viçosa, n.3. 1999. p. 7-8
GUERRA, A. M. Processos de Carstificação e Hidrogeologia do Grupo Bambuí na Região de
Irecê – Bahia. Tese de Doutoramento. Instituto de Geociências. Universidade de São Paulo,
1986. 132 p.
HARGREAVES, H. H.: Climate and Irrigation, Requirements for Brazil. Logan, Utah State
University, 1976.
IBGE/SEI. Cartas Plani-Altimétricas do Estado da Bahia. Escala 1:100.000. 2003.
INDA, H. A. V. & BARBOSA, J. F: Texto Explicativo para o Mapa Geológico do Estado da
Bahia ao Milionésimo. Escala 1:1.000.000. Salvador: CPM, 1996. 400 p.
124
JACOMINE, P.K.T.; CAVALCANTI, A.C.; SILVA, F.B.R. e; MONTENEGRO, J.O.;
FORMIGA, R.A.; BURGOS, N.; MELO FILHO, H.F.R. Levantamento exploratório Reconhecimento de solos da margem direita do Rio São Francisco. Boletim Técnico 52 Estado da Bahia, Brasil. SUDENE-DRN. Série Recursos de Solos 10, Recife, 2v.,1979. 739 p.
KAZMANN, R. G. Modern Hydrology. Second Edition. New York, EUA. Harper & Row,
1972.
KOUSKY, V.E.: Frontal Influences on Northeast Brazil: Mon. Weather Rev., 107 (9): Sept.
1979. p. 1140-1153.
LEAL, M. S. Gestão Ambiental de Recursos Hídricos: Princípios e Aplicações. Rio de
Janeiro: CPRM, 1998.
MACEDO, M. H. F. & BONHOME, M. G.: Contribuição a Cronoestratigrafia das Formações
Caboclo, Bebedouro e Salitre da Chapada Diamantina (Ba), pelos Métodos Rb-Sr e K-Ar.
Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 14, n. 3,. 1984. p. 153-163
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância Sanitária. Diário Oficial da União.
Seção 1. No 59. 2004. p. 266-270
NEVES, B. B. de Brito, CORDANI, U. G., TORQUATO, J. R.: Evolução Geocronológica do
Pré-cambriano do Estado da Bahia. In: INDA, H. A. V., DUARTE, F. (Ed.). Geologia e
Recursos Minerais do Estado da Bahia: Textos Básicos. Salvador. CPM, v.3, 1980. p. 1-101.
PEDREIRA, A. J. Sistemas deposicionais da Chapada Diamantina Centro-Oriental, Bahia.
Revista Brasileira de Geociências 27(3), 1997. p.229-240
ROCHA, G. M. F. Geologia da Bahia, 1998.
SEIXAS, B. L. S. Água: Usos, Características e Potencialidades. Salvador, Bahia, Editora
Nova Civilização Ltda., 2004. 353 p.
SILVA, D. D. da; PRUSKI, F. F. Gestão de Recursos Hídricos: Aspectos legais, econômicos,
Administrativos e sociais. Brasília, DF: Secretaria de Recursos Hídricos; Viçosa, MG:
Universidade Federal de Viçosa; Porto Alegre, RS: Associação Brasileira de Recursos
Hídricos, 2000.
SOUZA, E. R.; FERNANDES, M. R. Sub-bacias hidrográficas: unidades básicas para o
planejamento e a gestão sustentáveis das atividades rurais. Informe Agropecuário, Belo
Horizonte, MG: v.21, n.207, nov./dez, 2000. p.15-20
125
SOUZA, S. L.; BRITO, P. C. R.; SILVA, R. W. S.; Integração e síntese por PEDREIRA, A.
P. Estratigrafia, sedimentologia e recursos minerais da Formação Salitre na Bacia de Irecê,
Bahia. Série Arquivos Abertos 2. Salvador, BA: Companhia Baiana de Pesquisa Mineral,
1993. 36 p.
SRH/UFBA/FAPEX/NEHMA/POSGEMA/DEA, Relatório Técnico Final do Convênio
002/02: Projeto: Modelização da dinâmica hidrológica e instrumentos para a gestão do
sistema aquífero-rio das bacias hidrográficas dos rios Verde e Jacaré – região semi-árida do
Estado da Bahia, 2004. 361 p.
TROMPETTE, R. R.; SILVA, A. U. M.; KARMANN, I. O. Cráton Brasiliano do São
Francisco – Uma Revisão. Revista Brasileira de Geociências 22(4), 1992. p. 481-486
VALLE, M. A. Hidrogeoquímica do Grupo Una (Bacias de Irecê e Salitre): Um exemplo da
ação de ácido sulfúrico no sistema cárstico. Tese de Doutoramento. USP/SP, 2004. 122 p.
SITES DA WEB
ANA, Agência Nacional da Águas. http://hidroweb.ana.gov.br/hidroweb
CODEVASF. http://www.codevasf.gov.br/menu/prod_serv/barragens
HIDROGRAFIA E RECURSOS HÍDRICOS. http://geocities.yahoo.com.br/mrpage2001
MENDONÇA, J.J.L. at al. Glossário de Termos Hidrogeológicos. Instituto da Água. 2000.
http://snirh.inag.pt/snirh/estudos_proj/glossario/glossarioficha.html
RESENDE, Á. V. Embrapa. Planaltina (DF), http://www.radiobras.gov.br/ct/materia.phtml
SEAGRI. http://www.seagri.ba.gov.br/programas.asp?qact=viewprogram&prgid=43
UNESP. http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/produtos/cloreto_calcio.html
ANEXOS
127
ANEXO 1: DADOS DOS POÇOS NO QUINQUÊNIO: 1969 A 1973 – 43 POÇOS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
ANÁLISE N. CERB X (Grd) Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l))
MUNICIPIO
18/05/69 3_1230 -41,686 -11,067
70,00
4,50
7,00
100,00
0,00 SÃO GABRIEL
22/06/71 3_1350 -41,731 -11,372
45,00
20,84
4,50
0,00
77,90 JOAO DOURADO
22/06/71 3_1351 -41,739 -11,392
53,00
4,52
4,80
0,00
153,20 JOÃO DOURADO
22/06/71 3_1600 -41,694 -11,385
82,00
3,60
8,18
0,00
111,60 JOÃO DOURADO
22/06/71 3_1599 -41,739 -11,394
90,00
1,08
4,93
0,00
282,20 JOAO DOURADO
23/06/71 3_1596 -41,624 -11,383
55,00
9,00
11,70
0,00
115,00 JOÃO DOURADO
30/06/71 3_1561 -41,718 -11,272
70,00
4,32
13,93
0,00
277,80 JOÃO DOURADO
03/07/71 3_1235 -41,484 -11,398
80,00
0,40
16,00
0,00
301,20 AMERICA DOURADA
21/07/71
3_196 -41,442 -11,317
90,00
9,73
14,00
0,00
84,60 AMÉRICA DOURADA
22/07/71 3_1281 -41,881 -11,239
70,00
8,00
6,00
0,00
239,10 SÃO GABRIEL
23/07/71 3_1352 -41,734 -11,620
62,00
12,57
27,25
0,00
332,20 LAPAO
14/08/71 3_1556 -41,617 -11,158
100,00
2,16
22,12
0,00
152,80 JOAO DOURADO
15/06/72
1_8 -42,014 -11,639
80,00
21,99
2,30
3,76
137,50 IBIPEBA
31/07/72
1_9 -41,863 -11,325
80,00
11,52
28,00
0,00
148,00 IRECE
22/08/72
1_14 -41,863 -11,325
100,00
0,21
28,87
0,00
102,00 IRECÊ
24/08/72
2_8 -42,498 -11,420
49,00
3,81
2,65
0,00
166,50 GENTIO DO OURO
24/08/72
1_16 -41,863 -11,325
80,00
5,22
32,00
11,25
140,50 IRECÊ
19/09/72
2_10 -41,990 -11,296
49,00
15,22
14,14
90,00
785,00 PRESIDENTE DUTRA
19/09/72
1_11 -41,979 -11,546
80,00
10,54
9,00
6,62
505,00 IBITITÁ
12/10/72
2_12 -41,990 -11,296
80,00
7,05
23,00
6,87
251,00 PRESIDENTE DUTRA
12/10/72
1_26 -42,011 -11,638
80,00
12,56
8,65
9,00
156,00 IBIPEBA
26/10/72
1_28 -41,655 -12,098
80,00
2,12
7,60
0,00
160,00 SOUTO SOARES
26/10/72
2_18 -42,111 -11,129
80,00
3,96
14,00
0,00
390,00 CENTRAL
26/10/72
1_30 -42,012 -11,632
80,00
7,20
8,05
0,00
252,00 IBIPEBA
26/10/72
2_17 -41,990 -11,296
80,00
11,98
15,30
0,00
642,50 PRESIDENTE DUTRA
23/11/72 3_1944 -42,975 -11,039
80,00
14,76
12,70
0,00
85,00 JUSSARA
18/12/72
1_38 -41,882 -11,228
80,00
29,98
9,00
0,00
330,00 SAO GABRIEL
28/12/72
1_29 -41,882 -11,228
80,00
39,99
8,00
0,00
347,50 SAO GABRIEL
30/12/72
1_44 -41,692 -12,132
120,00
3,27
5,30
0,00
205,00 SOUTO SOARES
18/01/73
2_27 -42,057 -11,814
70,00
6,08
11,00
0,00
20,50 BARRA DO MENDES
18/01/73
1_45 -41,863 -11,325
80,00
8,89
18,95
0,00
165,00 IRECE
31/01/73
1_22 -41,978 -11,546
80,00
7,89
8,00
0,00
307,50 IBITITÁ
14/02/73
1_43 -41,979 -11,039
80,00
39,60
11,10
0,00
63,50 JUSSARA
23/02/73
2_33 -41,828 -11,318
80,60
11,23
14,44
0,00
130,00 IRECE
13/03/73
2_37 -42,055 -11,827
80,00
4,89
38,00
0,00
96,00 BARRA DO MENDES
02/05/73
2_57 -41,736 -11,347
78,50
20,30
6,75
0,00
30,00 IRECE
31/05/73
2_85 -42,058 -11,818
80,00
5,00
14,80
0,00
166,00 BARRA DO MENDES
27/06/73
2_65 -41,990 -11,296
80,00
7,20
20,90
0,00
398,00 PRESIDENTE DUTRA
28/08/73
2_111 -42,091 -11,133
69,00
0,39
7,50
0,00
625,00 CENTRAL
28/08/73
2_113 -41,666 -12,128
80,00
3,61
2,50
0,00
165,00 SOUTO SOARES
26/11/73
1_118 -41,733 -11,392
50,00
13,17
6,40
0,00
74,50 JOÃO DOURADO
26/11/73
1_116 -41,676 -11,392
78,00
12,74
10,67
0,00
21,00 JOÃO DOURADO
27/12/73
1_125 -42,585 -10,866
80,00
26,38
18,59
0,00
38,50 XIQUE-XIQUE
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
128
ANEXO 2: DADOS DOS POÇOS NO QUINQUÊNIO: 1974 A 1978 – 99 POÇOS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
ANÁLISE N. CERB
16/01/74
1_123
04/02/74
1_128
21/06/74
2_205
05/07/74
2_206
29/07/74
1_174
29/07/74
1_175
29/07/74
1_173
02/08/74 3_2397
06/08/74
1_178
06/08/74
1_182
23/08/74
1_186
23/11/74
3_539
27/02/75 3_1367
06/03/75 3_1020
12/03/75 3_1258
25/04/75
1_231
25/04/75
1_229
04/05/75 3_1346
08/05/75
1_228
14/10/75
1_227
07/06/76
1_422
07/06/76
1_428
29/06/76
1_429
29/06/76
1_438
13/08/76
1_459
23/08/76
1_457
23/08/76
1_466
23/08/76
1_464
23/08/76
1_456
20/09/76
1_461
20/11/76
1_503
20/11/76
1_507
20/11/76
1_504
04/01/77
1_527
04/01/77
1_530
04/01/77
1_529
04/01/77
1_519
04/01/77
1_523
04/01/77
1_518
04/01/77
1_522
04/01/77
1_520
03/03/77
1_536
03/03/77
1_538
03/03/77
1_539
03/03/77
1_533
03/03/77
1_547
23/03/77
1_545
23/03/77
1_557
12/04/77
1_546
20/04/77
1_537
20/04/77
1_569
18/05/77
1_525
06/06/77
1_508
03/07/77 3_1877
11/07/77
1_588
X (Grd) Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l))
MUNICIPIO
-41,460 -11,099
50,00
15,22
4,50
0,05
275,00 JOÃO DOURADO
-42,167 -11,109
70,00
9,90
7,15
12,40
510,00 CENTRAL
-41,990 -11,296
80,00
4,32
19,06
0,12
630,00 PRESIDENTE DUTRA
-41,990 -11,296
80,00
15,84
20,50
9,00
405,00 PRESIDENTE DUTRA
-41,653 -11,933
100,00
5,28
47,08
0,00
170,00 MULUNGU DO MORRO
-41,546 -11,814
115,00
8,80
32,34
0,01
80,00 CAFARNAUM
-41,647 -11,938
120,00
5,76
54,53
0,00
160,00 MULUNGU DO MORRO
-41,664 -12,017
23,00
18,40
1,60
0,00
336,00 SOUTO SOARES
-41,682 -11,763
70,00
5,32
6,83
8,80
730,00 CANARANA
-42,177 -11,110
97,00
12,00
11,60
16,60
1610,00 CENTRAL
-42,174 -11,118
100,00
0,79
8,10
8,00
320,00 CENTRAL
-41,753 -11,858
90,00
16,20
12,60
13,80
130,00 CANARANA
-41,445 -11,376
101,00
5,70
14,10
0,00
81,00 AMÉRICA DOURADA
-41,605 -11,464
70,00
3,20
8,00
0,00
328,00 AMERICA DOURADA
-41,884 -11,397
65,00
7,20
7,57
0,00
71,00 LAPAO
-42,068 -11,318
50,00
14,40
11,00
66,88
394,00 UIBAÍ
-42,061 -11,525
64,00
0,32
6,35
0,00
19,00 UIBAI
-41,615 -11,303
120,00
1,85
24,50
0,00
125,00 JOÃO DOURADO
-41,879 -11,710
67,00
10,08
4,10
0,00
200,00 IBITITÁ
-41,619 -11,954
135,00
13,65
3,65
0,02
185,00 MULUNGU DO MORRO
-41,589 -11,306
80,00
2,73
17,50
3,40
285,00 JOAO DOURADO
-41,753 -11,233
80,00
3,38
6,25
13,40
560,00 IRECÊ
-42,025 -11,484
70,00
5,76
5,79
24,00
1230,00 IBITITÁ
-41,892 -11,011
75,00
3,38
11,72
0,03
650,00 JUSSARA
-41,795 -11,527
100,00
2,16
16,54
0,07
568,00 LAPÃO
-42,456 -10,948
50,00
2,70
23,40
1,22
28,00 XIQUE-XIQUE
-42,017 -11,457
50,00
6,87
27,00
0,74
510,00 UIBAÍ
-42,033 -11,037
50,00
13,68
9,30
0,01
63,00 ITAGUACU DA BAHIA
-42,012 -11,232
60,00
2,98
17,87
0,00
590,00 PRESIDENTE DUTRA
-42,093 -11,277
80,00
0,57
18,87
0,23
180,00 UIBAÍ
-41,848 -11,564
66,00
2,88
21,67
0,00
620,00 IBITITA
-41,725 -11,697
70,00
5,08
14,38
0,00
174,00 CANARANA
-41,863 -11,305
74,00
18,39
23,25
0,00
100,00 IRECÊ
-41,830 -11,402
42,00
15,51
17,60
15,80
50,00 LAPÃO
-41,523 -11,246
50,00
17,56
18,30
20,40
95,00 JOAO DOURADO
-41,713 -11,580
70,00
1,36
14,80
0,04
15,00 LAPÃO
-41,880 -11,372
70,00
4,39
39,30
19,80
155,00 LAPAO
-41,814 -11,601
70,00
5,97
19,57
7,90
160,00 IBITITÁ
-41,923 -11,352
70,00
7,00
33,11
8,40
278,00 IRECÊ
-41,825 -11,647
70,00
10,69
16,83
12,10
513,00 IBITITA
-41,923 -11,453
100,00
4,24
20,32
1,77
340,00 LAPÃO
-41,648 -11,110
51,00
1,65
16,83
7,30
1340,00 SAO GABRIEL
-41,706 -11,158
51,00
15,22
11,12
21,80
200,00 SAO GABRIEL
-41,905 -11,305
83,40
14,40
16,52
0,00
135,00 IRECÊ
-41,646 -11,155
100,00
0,43
22,15
0,26
1290,00 JOAO DOURADO
-41,835 -11,147
120,00
0,93
6,68
0,00
32,00 SAO GABRIEL
-41,838 -11,624
68,00
1,18
30,87
0,00
12,00 IBITITA
-42,048 -11,174
70,00
6,69
3,31
0,00
140,00 CENTRAL
-41,898 -11,590
176,00
0,25
31,15
17,50
380,00 IBITITÁ
-41,635 -11,128
80,00
7,99
19,60
18,60
511,00 SÃO GABRIEL
-41,916 -11,689
90,00
6,87
34,91
6,05
240,00 IBITITA
-41,926 -11,724
150,00
1,44
25,00
3,50
148,00 IBITITA
-41,925 -11,679
151,00
0,90
15,40
0,00
175,00 IBIPEBA
-41,694 -11,474
56,00
11,00
17,83
0,00
80,00 JOÃO DOURADO
-41,731 -11,862
50,00
11,30
13,02
0,00
45,00 CANARANA
129
Continuação
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
ANÁLISE N. CERB
11/07/77
1_587
11/07/77
1_583
11/07/77
1_528
15/07/77
1_598
15/07/77
1_590
15/07/77
1_595
15/07/77
1_604
15/07/77
1_601
15/07/77
1_597
15/07/77
1_611
16/08/77
1_607
16/08/77
1_551
16/08/77
1_612
18/08/77
1_625
18/08/77
1_620
18/08/77
1_618
09/09/77
1_632
09/09/77
1_554
11/10/77
1_615
25/10/77
1_649
28/11/77
1_591
05/12/77
1_652
05/12/77
1_657
05/12/77
1_666
25/07/78
1_744
25/07/78
1_719
03/08/78
1_718
03/08/78
1_722
11/09/78
1_759
09/10/78
1_758
16/10/78
1_727
16/10/78
1_728
16/10/78
1_725
16/10/78
1_756
20/10/78
1_774
20/10/78
1_736
20/10/78
1_751
20/10/78
1_734
06/11/78
1_740
06/11/78
1_754
06/11/78
1_764
06/11/78
1_738
06/11/78
1_731
06/11/78
1_761
X (Grd) Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l))
MUNICIPIO
-41,713 -11,892
52,00
10,54
14,97
9,00
360,00 CANARANA
-41,891 -10,901
70,00
13,14
26,00
0,00
390,00 JUSSARA
-41,755 -11,272
80,00
0,43
6,40
0,00
44,00 SAO GABRIEL
-41,789 -11,826
65,00
2,19
32,04
0,00
124,00 CANARANA
-41,962 -11,606
80,00
5,54
14,47
0,00
290,00 IBITITA
-41,957 -11,922
80,00
7,30
22,31
0,00
80,00 IBIPEBA
-42,001 -11,670
80,00
11,44
10,82
0,00
48,00 IBIPEBA
-42,171 -11,682
91,00
1,18
4,80
0,00
56,00 IBIPEBA
-41,691 -11,454
100,00
2,52
25,43
0,00
23,00 AMERICA DOURADA
-41,832 -11,889
100,00
7,52
34,00
0,00
200,00 BARRO ALTO
-42,062 -11,108
70,00
2,23
5,49
0,00
380,00 CENTRAL
-42,026 -11,235
80,00
0,79
9,90
28,50
200,00 PRESIDENTE DUTRA
-41,983 -11,191
100,00
0,64
10,78
0,00
144,00 CENTRAL
-42,010 -11,224
70,00
7,74
16,50
35,50
640,00 PRESIDENTE DUTRA
-41,980 -10,999
80,50
4,16
35,20
0,00
45,00 JUSSARA
-41,505 -11,823
94,00
8,78
43,28
0,03
96,00 CAFARNAUM
-42,225 -11,161
83,00
6,87
15,14
25,50
116,00 CENTRAL
-42,123 -11,264
100,00
8,13
20,40
21,50
910,00 UIBAI
-42,002 -11,324
50,00
20,30
14,47
0,00
22,50 PRESIDENTE DUTRA
-42,177 -11,030
60,00
15,22
9,97
0,00
17,00 ITAGUACU DA BAHIA
-41,586 -11,717
155,00
2,82
13,00
14,75
420,00 CAFARNAUM
-42,023 -11,579
40,00
5,50
14,86
21,25
370,00 IBITITA
-42,004 -11,325
50,00
20,80
12,79
24,00
190,00 PRESIDENTE DUTRA
-41,431 -11,584
156,00
3,49
77,48
0,02
130,00 CAFARNAUM
-41,729 -11,854
75,00
17,20
8,03
14,70
190,00 CANARANA
-41,635 -11,867
100,00
3,99
6,17
0,01
190,00 MULUNGU DO MORRO
-41,916 -11,770
56,60
18,82
8,28
3,50
102,50 BARRO ALTO
-42,033 -11,309
80,00
1,26
2,01
37,00
69,00 PRESIDENTE DUTRA
-41,841 -11,545
100,00
7,20
25,75
0,00
66,00 IBITITA
-42,001 -11,325
75,00
79,20
5,32
45,50
435,00 PRESIDENTE DUTRA
-42,551 -10,825
60,00
13,86
21,05
0,13
45,00 ITAGUACU DA BAHIA
-42,085 -10,827
70,00
12,16
28,13
0,00
64,00 XIQUE-XIQUE
-41,964 -11,108
80,00
6,33
3,30
0,00
2000,00 JUSSARA
-41,996 -11,046
116,00
1,15
10,25
0,03
8,00 JUSSARA
-42,174 -11,700
70,00
22,60
2,72
5,50
210,00 IBIPEBA
-41,848 -11,748
75,00
12,16
20,98
0,00
79,00 CANARANA
-42,059 -11,768
80,00
6,51
10,80
7,10
160,00 BARRA DO MENDES
-41,704 -11,739
116,00
2,70
26,86
2,40
84,00 CANARANA
-41,949 -11,473
70,00
27,28
2,88
0,00
1115,00 IBITITA
-41,852 -11,000
80,00
20,80
7,68
0,02
150,00 JUSSARA
-41,846 -11,309
80,00
26,38
7,50
0,01
95,00 IRECE
-41,896 -11,611
90,00
8,78
23,98
0,00
310,00 IBITITÁ
-41,972 -11,731
100,00
6,58
26,38
6,70
465,00 IBIPEBA
-41,975 -11,383
120,00
6,87
5,96
6,40
90,00 PRESIDENTE DUTRA
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
130
ANEXO 3: DADOS DOS POÇOS NO QUINQUÊNIO: 1979 A 1983 – 151 POÇOS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
ANÁLISE
05/02/79
04/04/79
05/04/79
26/07/79
27/11/79
14/12/79
23/01/80
30/01/80
30/01/80
16/06/80
08/07/80
30/07/80
30/07/80
30/07/80
30/07/80
25/08/80
25/08/80
25/08/80
25/08/80
25/08/80
25/08/80
25/08/80
25/08/80
25/08/80
08/09/80
03/10/80
03/10/80
03/10/80
09/10/80
17/10/80
17/10/80
14/11/80
14/11/80
26/11/80
26/11/80
10/12/80
10/12/80
08/01/81
14/01/81
16/02/81
16/02/81
16/02/81
19/02/81
06/03/81
16/03/81
16/03/81
16/03/81
16/03/81
27/03/81
09/04/81
09/04/81
09/04/81
09/04/81
09/04/81
24/04/81
N. CERB
1_807
1_823
1_825
1_857
1_916
1_931
1_935
1_923
1_920
1_1006
1_1034
1_1043
1_1041
1_1038
1_1046
1_1033
1_1027
1_1001
1_1004
1_1058
1_1036
1_1037
1_1017
1_1048
1_1066
1_1082
1_1057
1_1059
3_1097
1_909
3_432
1_1088
1_1090
1_997
1_1100
3_1054
3_1040
1_1122
1_1103
1_1136
1_1134
1_1135
3_2474
1_1146
1_1154
1_1125
1_1161
1_1160
3_1039
1_1178
1_1175
1_1163
1_1164
1_994
1_1169
X (Grd) Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l))
MUNICIPIO
-41,438 -11,452
140,00 144,00
4,25
5,20
300,00 AMÉRICA DOURADA
-42,199 -11,128
99,00
10,15
41,00
0,00
144,00 CENTRAL
-42,532 -10,902
44,00
10,56
1,72
7,10
320,00 ITAGUACU DA BAHIA
-41,620 -11,951
80,00
41,65
2,09
7,15
730,00 MULUNGU DO MORRO
-41,580 -12,059
80,00
2,62
51,35
0,01
90,00 CAFARNAUM
-41,476 -11,305
80,00
14,65
5,58
8,95
49,00 AMÉRICA DOURADA
-41,788 -11,542
67,00
13,64
13,00
0,02
172,00 LAPAO
-41,606 -11,943
80,00
9,28
10,15
4,65
340,00 MULUNGU DO MORRO
-41,643 -11,827
100,00
2,91
14,15
16,08
120,00 CANARANA
-41,546 -11,873
150,00
1,69
52,68
0,00
108,00 CAFARNAUM
-41,738 -11,925
158,40
4,64
53,25
0,43
58,00 SOUTO SOARES
-42,347 -10,982
56,00
22,60
9,30
7,16
74,00 ITAGUACU DA BAHIA
-41,971 -11,184
60,00
11,98
4,06
43,50
740,00 CENTRAL
-42,087 -11,763
120,00
0,75
12,80
5,15
51,00 BARRA DO MENDES
-41,521 -11,667
120,00
6,58
54,63
0,01
68,50 CAFARNAUM
-41,706 -11,851
70,00
13,39
17,55
2,10
208,00 CANARANA
-41,939 -11,565
70,00
39,60
4,25
5,40
63,50 IBITITÁ
-41,788 -11,128
74,00
36,00
8,00
0,00
296,00 SÃO GABRIEL
-41,837 -11,147
93,00
36,00
10,00
36,75
1000,00 SÃO GABRIEL
-41,578 -11,786
116,00
7,20
41,19
0,00
65,50 CAFARNAUM
-41,933 -11,674
125,00
0,82
10,70
3,40
122,00 IBIPEBA
-42,114 -11,689
132,00
4,14
10,30
0,00
68,50 BARRA DO MENDES
-41,702 -12,045
138,00
3,13
53,60
0,74
96,00 SOUTO SOARES
-41,980 -11,628
141,00
0,79
6,40
7,50
114,00 IBIPEBA
-41,469 -11,798
80,00
7,38
50,91
0,03
166,00 CAFARNAUM
-42,089 -11,126
50,00
11,98
3,32
37,81
1075,00 CENTRAL
-41,658 -11,523
60,00
25,52
18,75
80,00
240,00 AMÉRICA DOURADA
-41,493 -11,145
150,00
0,54
25,32
0,01
235,00 JOÃO DOURADO
-41,751 -11,037
80,00
11,60
9,00
0,00
70,00 SAO GABRIEL
-42,152 -11,103
101,00
5,00
11,40
0,00
375,00 CENTRAL
-41,516 -11,837
180,00
1,29
24,21
25,25
185,00 CAFARNAUM
-41,995 -11,654
70,00
23,97
6,54
9,60
306,00 IBIPEBA
-41,715 -11,775
100,40
17,56
25,60
0,00
86,00 CANARANA
-41,941 -11,381
52,00
9,90
14,07
33,75
264,00 IRECÊ
-42,097 -11,807
160,00
0,72
27,85
0,00
268,00 BARRA DO MENDES
-41,425 -11,204
80,00
3,30
15,05
0,00
206,00 AMERICA DOURADA
-41,769 -11,068
80,00
7,20
10,39
0,00
296,00 SAO GABRIEL
-41,643 -11,827
60,00
11,98
12,32
0,44
350,00 CANARANA
-41,827 -11,955
180,00
6,62
44,51
0,00
34,00 SOUTO SOARES
-42,231 -11,818
47,00
6,87
12,00
0,00
16,00 BARRA DO MENDES
-41,731 -12,099
180,00
7,38
96,56
5,15
320,00 SOUTO SOARES
-42,010 -11,277
190,00
2,08
0,00
0,00
77,00 PRESIDENTE DUTRA
-42,356 -10,962
80,00
10,50
10,40
0,00
53,00 XIQUE-XIQUE
-42,082 -11,799
70,00
27,28
15,20
14,00
430,00 BARRA DO MENDES
-42,083 -11,177
35,00
19,29
9,72
70,00
660,00 CENTRAL
-41,748 -10,898
74,00
8,42
35,72
4,85
176,00 JUSSARA
-41,896 -11,592
130,00
5,65
17,78
1,36
200,00 IBITITÁ
-41,719 -12,031
200,00
5,65
94,54
0,00
94,00 SOUTO SOARES
-41,625 -11,526
63,00
9,60
15,70
0,00
280,00 AMÉRICA DOURADA
-42,135 -11,184
77,30
10,15
23,58
0,00
298,00 CENTRAL
-41,934 -11,678
80,00
5,29
20,00
0,03
260,00 IBIPEBA
-41,918 -10,753
80,00
23,97
23,45
0,00
106,00 JUSSARA
-42,025 -11,559
82,00
8,31
5,94
0,00
15,50 UIBAÍ
-41,560 -11,448
130,00
1,65
18,70
0,00
66,00 AMERICA DOURADA
-41,843 -11,661
145,00
3,70
15,20
0,00
170,00 IBITITÁ
131
Continuação
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
ANÁLISE
24/04/81
03/06/81
03/06/81
03/06/81
03/06/81
11/06/81
22/07/81
05/08/81
05/08/81
05/08/81
05/08/81
12/08/81
06/11/81
06/11/81
06/11/81
20/11/81
10/12/81
15/12/81
04/01/82
27/01/82
19/03/82
02/04/82
07/04/82
07/04/82
07/04/82
07/04/82
07/04/82
14/04/82
03/05/82
04/05/82
04/05/82
04/05/82
05/05/82
05/05/82
05/05/82
06/05/82
06/05/82
06/05/82
06/05/82
06/05/82
21/05/82
25/05/82
15/06/82
06/07/82
06/07/82
21/12/82
21/12/82
30/12/82
30/12/82
30/12/82
30/12/82
14/01/83
19/01/83
19/01/83
19/01/83
N. CERB
1_1172
1_1203
1_1195
1_1189
1_1202
1_1213
1_1219
1_1246
1_1237
1_1231
1_1241
3_1030
1_1272
1_1271
1_1280
1_1281
3_1052
1_1289
1_1303
1_1299
3_1246
3_605
3_718
3_516
3_727
3_1196
3_541
1_1346
3_169
3_2434
3_603
3_2873
3_1150
3_1882
3_1844
3_1881
3_1433
3_1446
3_1922
3_1921
1_1361
3_2640
1_1368
1_1371
1_1374
1_1474
1_1473
1_1475
1_1491
1_1461
1_1478
1_1476
1_1483
1_1498
1_1482
X (Grd) Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l))
MUNICIPIO
-42,033 -11,564
180,00
4,03
15,00
7,30
200,00 IBITITÁ
-41,436 -11,705
36,60
13,39
9,50
0,00
930,00 CAFARNAUM
-41,809 -11,470
60,00
24,73
16,92
11,25
610,00 LAPÃO
-41,855 -11,280
67,00
39,60
4,70
47,00
445,00 IRECÊ
-41,620 -12,305
120,00
2,19
73,37
18,10
810,00 IRAQUARA
-41,506 -11,692
100,00
6,58
53,41
1,23
33,00 CAFARNAUM
-41,796 -11,335
98,80
0,68
6,75
3,75
73,50 IRECÊ
-41,460 -11,081
56,00
27,28
5,53
2,70
167,50 SÃO GABRIEL
-41,583 -10,909
80,00
10,40
3,50
0,00
4800,00 SÃO GABRIEL
-41,972 -11,028
125,80
3,74
30,85
0,03
360,00 JUSSARA
-41,480 -11,077
130,00
1,33
12,50
0,46
96,00 IRECÊ
-41,638 -11,308
80,00
2,00
19,86
0,00
259,92 JOAO DOURADO
-41,634 -11,473
70,00
2,91
17,45
7,75
41,50 AMÉRICA DOURADA
-41,639 -11,307
90,00
1,72
6,10
0,00
490,00 JOÃO DOURADO
-42,180 -11,024
120,00
0,97
12,68
6,10
440,00 CENTRAL
-41,592 -11,692
124,00
3,42
7,40
0,38
272,50 IBITITÁ
-41,443 -11,391
80,00
7,00
17,27
0,00
55,00 AMÉRICA DOURADA
-41,876 -11,502
80,00
17,56
5,65
8,00
55,00 IBITITÁ
-41,698 -12,068
160,00
1,26 127,11
0,05
6,50 SOUTO SOARES
-42,532 -10,818
120,00
2,62
34,60
17,50
55,50 ITAGUACU DA BAHIA
-41,650 -11,467
80,00
4,50
9,00
31,00
86,00 AMÉRICA DOURADA
-42,109 -11,142
51,00
7,00
6,00
72,90
1430,00 CENTRAL
-41,435 -11,685
41,00
9,90
18,40
4,50
194,00 CAFARNAUM
-41,643 -11,738
56,00
1,54
20,26
0,04
770,00 CANARANA
-41,747 -11,764
80,00
2,40
14,00
0,04
337,00 CANARANA
-41,697 -11,536
80,00
8,50
16,00
22,90
360,00 IRECE
-41,654 -11,878
100,00
1,08
12,13
0,20
178,00 CANARANA
-41,422 -11,259
150,00
8,31
57,65
0,05
120,00 AMÉRICA DOURADA
-42,056 -11,722
56,00
8,00
19,40
40,00
535,00 BARRA DO MENDES
-42,034 -11,420
70,00
16,48
19,45
58,00
545,00 UIBAI
-42,212 -11,138
80,00
6,00
35,00
45,00
295,00 CENTRAL
-42,027 -11,075
81,00
5,58
11,50
5,80
585,00 JUSSARA
-41,461 -11,354
50,00
17,60
6,10
22,00
154,00 AMÉRICA DOURADA
-41,946 -11,049
80,00
5,65
6,33
31,40
325,00 JUSSARA
-41,970 -11,063
84,00
18,00
7,03
45,00
242,00 JUSSARA
-41,834 -11,034
64,00
19,80
14,40
59,00
755,00 JUSSARA
-41,521 -11,278
65,00
11,70
18,70
24,00
297,00 AMERICA DOURADA
-41,823 -11,102
80,00
7,20
11,80
78,00
2275,00 SÃO GABRIEL
-41,827 -11,041
86,00
7,50
19,00
0,90
372,00 JUSSARA
-41,825 -11,034
104,00
8,80
28,80
69,00
695,00 JUSSARA
-41,825 -11,795
48,80
11,80
15,00
0,00
609,00 BARRO ALTO
-42,022 -11,356
66,00
5,10
6,62
39,30
690,00 UIBAI
-42,062 -11,793
100,00
4,24
11,30
0,00
67,71 BARRA DO MENDES
-41,724 -11,409
80,00
6,48
24,00
0,00
356,24 JOÃO DOURADO
-41,781 -11,586
137,00
3,42
14,58
0,00
134,41 LAPÃO
-41,872 -11,493
40,00
25,52
6,97
13,31
618,55 LAPÃO
-41,809 -11,479
50,00
7,52
14,15
21,90
647,36 LAPÃO
-41,814 -11,335
70,00
14,94
15,55
30,71
450,95 LAPÃO
-41,711 -11,724
72,00
12,56
28,82
0,00
46,70 CANARANA
-42,016 -12,025
80,00
2,30
4,90
0,00
30,86 BARRA DO MENDES
-41,925 -11,419
80,00
2,77
3,50
18,00
174,37 LAPÃO
-41,680 -11,499
80,00
1,22
12,06
70,00
618,05 LAPÃO
-41,619 -11,461
80,00
2,88
13,25
28,72
105,21 AMÉRICA DOURADA
-41,760 -11,202
100,00
9,64
8,50
51,22
353,80 IRECÊ
-41,703 -11,388
120,00
1,36
11,40
0,00
8,81 JOÃO DOURADO
132
Continuação
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
ANÁLISE
04/02/83
10/02/83
01/03/83
02/03/83
09/03/83
09/03/83
09/03/83
18/03/83
18/03/83
25/03/83
29/04/83
13/05/83
19/05/83
19/05/83
31/05/83
13/06/83
13/06/83
13/06/83
29/06/83
29/06/83
12/07/83
20/07/83
08/08/83
29/08/83
29/08/83
29/08/83
29/08/83
29/08/83
29/08/83
12/09/83
12/09/83
19/09/83
19/09/83
19/09/83
19/09/83
07/10/83
13/10/83
19/10/83
04/11/83
23/12/83
29/12/83
N. CERB
1_1502
1_1507
1_1524
1_1521
3_1078
3_2545
3_2475
1_1531
1_1533
1_1539
1_1555
1_1554
1_1572
1_1472
1_1571
1_1574
1_1584
1_1537
1_1573
1_1586
1_1585
1_1603
1_1650
1_1654
1_1657
1_1663
1_1635
1_1620
1_1658
1_1642
1_1601
1_1683
1_1671
3_199
3_181
1_1701
1_1684
1_1607
1_1608
1_1797
2_221
X (Grd) Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l))
MUNICIPIO
-41,788 -11,209
80,00
13,17
8,10
39,26
496,69 SÃO GABRIEL
-41,973 -11,814
100,00
1,54
19,17
0,92
215,31 BARRA DO MENDES
-41,579 -12,250
80,00
13,17
56,60
26,43
324,93 IRAQUARA
-41,592 -12,207
100,00
12,78
73,60
0,00
24,08 IRAQUARA
-41,874 -11,291
80,00
2,30
16,10
0,00
0,00 SÃO GABRIEL
-42,338 -10,725
80,00
2,70
35,00
0,00
0,00 XIQUE-XIQUE
-42,314 -10,672
100,00
6,20
19,00
0,00
0,00 XIQUE-XIQUE
-41,500 -11,243
46,00
19,80
13,64
32,78
479,56 AMÉRICA DOURADA
-41,603 -11,869
91,00
1,51
33,38
1,65
285,78 MULUNGU DO MORRO
-41,546 -11,784
114,00
3,02
38,25
1,56
172,75 CAFARNAUM
-41,703 -12,324
124,00
10,54
93,45
0,00
21,84 IRAQUARA
-41,490 -11,610
80,00
10,54
37,20
0,00
105,08 CAFARNAUM
-41,953 -11,401
50,00
9,90
4,85
11,87
220,09 PRESIDENTE DUTRA
-41,813 -11,824
52,00
19,80
20,38
8,59
294,05 BARRO ALTO
-41,639 -11,858
56,00
3,16
19,13
0,00
154,64 CANARANA
-41,912 -11,818
42,00
14,40
17,95
21,25
200,24 BARRO ALTO
-41,514 -11,474
80,00
17,20
3,00
9,37
229,98 AMERICA DOURADA
-41,547 -11,816
180,00
6,60
50,00
14,86
421,30 CAFARNAUM
-41,536 -11,348
52,00
23,97
8,60
29,99
168,52 AMÉRICA DOURADA
-41,972 -11,755
76,00
11,30
14,90
4,98
543,23 IBIPEBA
-41,922 -11,192
26,00
22,60
6,32
50,00
551,16 PRESIDENTE DUTRA
-41,900 -11,554
120,00
1,98
12,67
0,00
99,13 IBITITÁ
-42,349 -10,886
123,00
2,98
38,87
7,18
113,00 XIQUE-XIQUE
-41,878 -11,297
80,00
36,00
12,73
31,81
793,12 IRECÊ
-42,028 -11,243
87,00
3,06
43,50
87,49
271,64 PRESIDENTE DUTRA
-41,946 -11,270
87,00
3,60
4,29
8,71
220,09 PRESIDENTE DUTRA
-41,694 -11,716
90,00
4,14
15,44
4,49
241,90 CANARANA
-42,084 -11,862
120,00
0,90
8,06
0,00
21,81 BARRA DO MENDES
-42,111 -11,168
120,00
5,36
16,50
11,83
307,33 CENTRAL
-42,098 -12,135
41,00
6,15
24,59
0,00
277,60 BARRA DO MENDES
-42,137 -11,168
106,00
1,76
10,70
23,44
520,49 CENTRAL
-41,686 -11,928
80,00
1,44
13,36
0,00
570,00 BARRO ALTO
-42,446 -10,928
80,00
8,42
18,63
0,00
43,62 XIQUE-XIQUE
-42,361 -10,985
200,00
19,80
42,15
2,85
26,00 ITAGUACU DA BAHIA
-41,474 -11,080
200,00 146,91
1,80
22,42
170,00 JOAO DOURADO
-41,811 -11,454
100,00
22,61
5,85
12,80
189,36 LAPAO
-42,143 -11,667
60,00
8,13
16,42
0,00
79,31 IBIPEBA
-42,191 -11,071
130,00
3,49
21,92
20,22
95,17 CENTRAL
-42,214 -11,053
100,00
5,25
10,95
22,16
38,57 XIQUE-XIQUE
-41,902 -11,180
140,00
1,26
6,17
1,41
85,64 IRECÊ
-41,483 -11,661
110,00
2,10
57,70
2,12
92,96 CAFARNAUM
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
133
ANEXO 4: DADOS DOS POÇOS NO QUINQUÊNIO: 1984 A 1988 – 230 POÇOS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
ANÁLISE
06/01/84
06/01/84
06/01/84
06/01/84
06/01/84
06/01/84
10/01/84
13/01/84
13/01/84
13/01/84
13/01/84
13/01/84
13/01/84
13/01/84
13/01/84
02/02/84
02/02/84
02/02/84
02/02/84
07/02/84
07/02/84
07/02/84
07/02/84
07/02/84
07/02/84
08/02/84
10/02/84
10/02/84
21/02/84
21/02/84
21/02/84
21/02/84
24/02/84
29/02/84
29/02/84
29/02/84
13/03/84
16/03/84
16/03/84
13/04/84
13/04/84
13/04/84
13/04/84
13/04/84
17/04/84
02/05/84
04/05/84
04/05/84
08/05/84
08/05/84
08/05/84
08/05/84
08/05/84
08/05/84
08/05/84
N. CERB X (Grd) Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l))
MUNICIPIO
1_1724
-42,023 -11,749
80,00
4,82
9,97
3,59
442,79 BARRA DO MENDES
1_1762
-41,612 -11,066
80,00
6,26
20,71
18,05
199,55 SÃO GABRIEL
1_1712
-41,956 -11,761
80,00
11,80
26,35
10,98
466,62 IBIPEBA
1_1734
-42,171 -10,936
80,00
12,74
37,50
6,75
135,62 XIQUE-XIQUE
1_1710
-41,957 -11,762
120,00
0,79
37,60
3,43
109,21 IBIPEBA
2_230
-41,562 -11,620
120,00
1,80
18,75
0,00
102,26 CAFARNAUM
2_243
-41,513 -11,875
100,00
4,50
9,75
8,43
748,71 CAFARNAUM
1_1804
-41,958 -11,575
30,00
23,29
7,13
10,59
58,58 IBITITA
1_1790
-41,675 -11,564
32,00
14,40
10,55
0,04
133,63 AMERICA DOURADA
1_1722
-42,069 -11,741
56,00
13,17
13,07
5,11 1489,20 BARRA DO MENDES
1_1726
-42,838 -10,905
75,00
30,45
16,26
14,35
261,11 JUSSARA
1_1759
-41,586 -11,082
80,00
3,38
18,08
46,87
258,13 SAO GABRIEL
1_1793
-41,729 -10,992
80,00
7,59
2,94
1,98
98,88 SÃO GABRIEL
1_1718
-42,032 -11,769
80,00
11,44
14,02
0,00
541,08 BARRA DO MENDES
1_1731
-41,613 -11,709
140,00
2,34
26,53
0,62
416,98 CANARANA
1_1834
-41,694 -11,478
43,00
9,64
14,28
22,80
25,70 JOÃO DOURADO
1_1827
-41,564 -11,585
80,00
18,82
5,61
19,04
753,66 AMERICA DOURADA
1_1782
-41,934 -11,272
120,00
2,34
3,95
15,12
266,87 IRECE
1_1851
-42,011 -11,255
140,00
1,44
9,76
1,73
38,55 PRESIDENTE DUTRA
1_1822
-41,786 -11,668
45,00
25,52
8,80
0,81
144,90 IBITITÁ
1_1806
-41,795 -11,633
70,00
6,69
17,70
12,79
457,14 IBITITÁ
1_1856
-42,055 -11,222
100,00
2,16
17,04
10,84
116,63 PRESIDENTE DUTRA
1_1846
-41,610 -11,378
100,00
4,03
7,90
46,44 1618,51 IRECÊ
1_1815
-41,879 -11,738
125,00
2,62
19,37
1,13
77,69 IBITITA
1_1837
-42,072 -11,704
130,00
0,93
20,06
0,00
106,75 IBIPEBA
2_301
-41,853 -11,815
90,00
10,42
21,80
0,00
82,00 CANARANA
2_238
-41,493 -11,623
100,00
3,96
34,15
0,00
39,54 CAFARNAUM
2_260
-41,508 -11,837
101,00
2,73
47,50
1,82
103,74 CAFARNAUM
1_1882
-42,687 -11,375
48,00
10,40
3,00
8,02
963,69 GENTIO DO OURO
1_1888
-42,721 -11,107
53,00
3,85
11,00
0,00
6,52 GENTIO DO OURO
1_1869
-41,517 -11,474
80,00
0,79
17,22
13,77
134,42 IRECÊ
1_1625
-41,660 -11,835
80,00
7,99
25,58
1,43
91,92 CANARANA
1_1930
-42,084 -11,273
50,00
1,94
9,24
0,00
215,47 UIBAI
1_1918
-42,143 -11,286
25,00
10,15
6,55
15,87
493,21 UIBAÍ
1_1946
-42,097 -11,244
40,00
16,48
12,94
49,37
790,72 CENTRAL
1_1955
-42,073 -11,059
100,00
5,07
13,35
0,00
94,10 CENTRAL
2_316
-41,884 -11,653
85,00
6,30
22,00
0,00
110,00 IBITITÁ
1_1932
-41,922 -11,767
40,00
7,92
8,58
16,16
321,23 IBIPEBA
1_1788
-41,727 -11,642
50,00
4,78
7,52
0,00
252,04 LAPÃO
1_1703
-41,815 -11,283
70,00
31,68
10,95
16,24
242,92 IRECÊ
1_1991
-42,901 -10,979
80,00
31,68
6,74
0,00
715,04 JUSSARA
1_1996
-42,032 -11,078
90,00
8,24
2,90
0,00
130,27 JUSSARA
1_1998
-41,967 -11,137
92,00
2,91
10,87
0,02
915,83 JUSSARA
1_1995
-41,799 -10,978
98,00
1,58
21,27
0,02
172,39 JUSSARA
1_2033
-41,857 -11,307
80,00
9,28
20,85
9,69
484,85 IRECE
1_2088
-42,199 -11,206
23,00
8,06
9,82
17,18
724,83 CENTRAL
1_2072
-41,625 -11,171
67,00
7,52
21,93
29,97
335,97 IRECÊ
1_2066
-41,896 -11,374
69,00
7,92
21,02
8,60
135,17 IRECÊ
1_2093
-42,222 -11,175
40,00
3,49
25,10
25,62
657,24 CENTRAL
1_2018
-41,966 -11,212
50,00
32,97
6,64
43,12
548,52 CENTRAL
1_1980
-41,625 -11,102
80,00
8,31
30,22
23,02
371,23 IRECÊ
1_2002
-42,073 -11,092
80,00
29,30
9,00
48,74 1787,59 CENTRAL
1_2003
-42,069 -11,083
93,00
5,65
7,80
0,00
118,52 CENTRAL
1_1899
-41,563 -11,407
103,00
1,54
22,44
5,11
269,36 IRECÊ
1_1961
-41,985 -11,145
120,00
1,65
33,74
0,00
147,12 CENTRAL
134
Continuação
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
ANÁLISE
08/05/84
10/05/84
15/05/84
25/05/84
25/05/84
25/05/84
30/05/84
30/05/84
30/05/84
30/05/84
06/06/84
06/06/84
08/06/84
08/06/84
27/06/84
08/08/84
08/08/84
08/08/84
10/08/84
21/08/84
21/08/84
30/08/84
02/10/84
23/10/84
19/12/84
11/01/85
11/01/85
25/01/85
25/01/85
05/02/85
06/03/85
06/03/85
06/03/85
08/03/85
17/04/85
18/04/85
25/04/85
03/05/85
15/05/85
28/05/85
19/06/85
19/06/85
19/06/85
19/06/85
19/06/85
05/07/85
05/07/85
05/07/85
09/07/85
09/07/85
09/07/85
09/07/85
11/07/85
11/07/85
16/07/85
N. CERB X (Grd) Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l))
MUNICIPIO
1_2103
-41,618 -10,981
124,00
0,75
6,23
0,00
137,13 SÃO GABRIEL
1_2035
-41,958 -11,575
80,00
4,68
9,26
2,35
191,59 IBITITÁ
1_2071
-41,488 -11,677
80,00
11,62
27,74
0,01
85,61 CAFARNAUM
1_2028
-41,726 -11,699
80,00
9,00
16,98
0,40
174,35 CANARANA
1_2042
-41,733 -11,786
80,00
20,30
21,63
0,89
50,93 CANARANA
1_1519
-41,703 -11,022
118,00
8,78
9,90
0,20
109,70 SÃO GABRIEL
1_2047
-41,701 -11,807
90,00
12,56
20,17
0,18
9,80 CANARANA
1_2039
-41,633 -11,702
100,00
5,54
39,92
7,40
137,13 CANARANA
1_2041
-41,670 -11,627
120,00
17,20
9,45
0,87
852,17 CANARANA
1_2043
-41,650 -11,684
124,00
6,58
25,00
0,00
140,66 CANARANA
1_2055
-42,046 -11,695
60,00
18,00
12,63
0,00
440,78 BARRA DO MENDES
1_2016
-42,138 -11,249
60,00
24,73
15,75
18,75
817,88 CENTRAL
1_2012
-42,175 -11,147
100,00
3,02
28,06
0,00
171,11 CENTRAL
1_2024
-42,003 -11,369
140,00
1,26
5,48
5,94
47,40 PRESIDENTE DUTRA
1_1538
-41,148 -11,046
80,00
5,07
11,05
0,20
23,80 CENTRAL
1_2100
-41,853 -11,388
60,00
10,26
7,85
10,11
133,21 LAPAO
1_2264
-41,612 -11,559
68,00
32,97
3,18
2,01
393,36 IRECE
1_2271
-41,736 -11,194
90,00
29,30
14,82
2,34
462,20 IRECÊ
1_2267
-41,693 -11,344
80,00
37,69
2,23
28,89
92,93 IRECÊ
1_2287
-42,583 -11,676
70,00
4,64
10,75
0,00
172,10 GENTIO DO OURO
1_1040
-41,965 -11,164
140,00
0,57
15,00
11,84
147,51 CENTRAL
1_2369
-42,239 -11,500
80,00
6,08
47,55
10,85
63,34 IBIPEBA
1_2400
-42,097 -11,564
80,00
2,30
11,90
0,00
46,25 IBIPEBA
1_815
-41,619 -12,379
180,00
1,87
87,00
0,00
62,33 IRAQUARA
2_443
-41,649 -11,910
80,00
2,26
21,90
0,00
129,31 CANARANA
1_2634
-42,098 -11,378
70,00
18,82
25,59
23,12 1102,05 UIBAI
1_2625
-41,893 -11,374
76,00
15,84
26,17
7,94
213,55 IRECE
1_2649
-41,812 -11,399
50,00
24,73
12,07
27,50
168,49 LAPÃO
1_2643
-41,635 -11,419
70,00
6,98
19,73
0,65
36,24 AMÉRICA DOURADA
1_2651
-41,828 -12,372
80,00
60,91
8,70
21,62
61,13 LAPAO
1_2761
-42,109 -11,328
54,00
24,73
3,88
20,62
502,61 UIBAÍ
1_2755
-41,997 -11,334
74,00
10,98
22,85
0,00
178,49 PRESIDENTE DUTRA
1_2771
-42,050 -11,419
150,00
1,40
26,20
0,00
196,14 UIBAI
1_2691
-41,504 -11,409
90,00
41,65
4,33
18,23
137,30 AMERICA DOURADA
1_2780
-41,971 -11,141
140,00
0,64
7,90
12,38
328,53 JUSSARA
1_2844
-41,504 -11,409
140,00
29,30
6,80
20,54
149,07 AMERICA DOURADA
1_2863
-42,048 -11,618
108,00
2,80
23,42
17,00
90,33 IBIPEBA
1_2857
-42,232 -11,290
70,00
7,76
7,23
7,47
547,41 UIBAÍ
1_2876
-42,241 -11,443
120,00
4,64
0,00
0,00
118,22 IBIPEBA
2_613
-41,889 -11,667
78,00
12,96
12,28
4,99
115,86 IBITITA
2_569
-42,304 -11,096
51,00
3,16
27,85
19,00
121,76 XIQUE-XIQUE
2_547
-41,886 -11,249
80,00
21,99
7,40
10,71
41,24 SAO GABRIEL
2_568
-42,311 -11,080
100,00
5,50
38,80
17,65
127,65 XIQUE-XIQUE
2_540
-41,785 -11,280
120,00
9,28
39,99
1,45
309,30 IRECE
2_610
-41,668 -11,011
125,00
1,58
5,40
1,87
94,26 IRECÊ
2_656
-41,971 -11,766
95,00
0,97
28,50
7,50
481,13 IBIPEBA
2_632
-41,936 -11,113
130,00
1,80
4,68
41,70 1227,38 JUSSARA
2_637
-42,201 -11,164
132,00
0,39
35,80
0,00
9,82 CENTRAL
2_648
-42,375 -10,909
80,00
17,56
5,60
28,08
638,24 XIQUE-XIQUE
2_640
-42,211 -11,032
80,00
20,80
2,93
4,78
44,18 ITAGUACU DA BAHIA
1_2967
-42,054 -11,157
95,00
2,26
6,15
7,24
304,39 CENTRAL
1_2960
-41,624 -11,615
114,00
3,88
4,27
0,00
147,29 CANARANA
2_657
-41,776 -11,778
100,00
3,49
29,70
6,75
191,67 CANARANA
2_681
-41,777 -11,904
102,00
6,80
37,90
10,97
201,88 BARRO ALTO
2_674
-41,805 -11,797
66,00
15,22
16,10
3,55
711,88 BARRO ALTO
135
Continuação
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160
161
162
163
164
165
ANÁLISE
18/07/85
18/07/85
25/07/85
25/07/85
31/07/85
31/07/85
31/07/85
31/07/85
31/07/85
07/08/85
07/08/85
14/08/85
14/08/85
23/08/85
25/09/85
25/09/85
02/10/85
02/10/85
02/10/85
04/10/85
25/10/85
25/10/85
25/10/85
30/10/85
30/10/85
30/10/85
30/10/85
30/10/85
30/10/85
30/10/85
04/11/85
04/11/85
04/11/85
25/11/85
07/01/86
05/08/86
05/08/86
05/08/86
05/08/86
07/08/86
08/08/86
18/08/86
18/08/86
22/08/86
22/08/86
27/08/86
27/08/86
27/08/86
27/05/87
27/05/87
27/05/87
27/05/87
27/05/87
05/06/87
18/06/87
N. CERB X (Grd) Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l))
MUNICIPIO
2_666
-42,364 -11,048
26,00
14,40
4,13
2,15
51,05 ITAGUACU DA BAHIA
1_2980
-42,003 -11,336
60,00
23,29
13,02
26,00
363,30 PRESIDENTE DUTRA
1_2278
-41,858 -11,313
38,00
8,31
19,56
17,09
186,86 IRECE
1_3005
-42,083 -11,757
80,00
7,45
15,82
0,27
591,66 BARRA DO MENDES
1_3109
-41,863 -11,443
60,00
17,20
12,00
0,00
364,86 LAPAO
1_3060
-41,774 -11,497
70,00
4,14
9,60
0,00
364,86 LAPAO
1_3092
-41,947 -11,540
80,00
2,73
7,95
0,00
414,16 IBITITA
1_3098
-41,700 -11,534
80,00
24,73
17,10
9,38
242,19 IRECÊ
1_3151
-41,649 -12,341
141,00
1,90
79,45
0,00
237,16 IRAQUARA
1_2998
-41,811 -11,210
50,00
23,29
11,60
44,36
436,84 SAO GABRIEL
1_3116
-41,768 -11,443
120,00
0,54
11,43
10,82
251,95 LAPÃO
1_3156
-42,026 -12,230
31,00
10,00
12,30
0,00
7,89 BARRA DO MENDES
1_3135
-42,036 -11,815
50,00
11,30
1,95
0,50
55,22 BARRA DO MENDES
2_697
-41,448 -12,168
120,00
4,61
4,80
0,00
44,84 IRAQUARA
1_3204
-42,339 -11,286
66,00
7,30
10,82
0,00
9,47 IBIPEBA
1_2694
-41,506 -11,390
120,00
3,52
10,66
15,62
113,40 AMERICA DOURADA
1_3258
-41,433 -11,248
51,00
14,65
5,60
49,36
471,85 AMERICA DOURADA
1_3231
-41,701 -11,092
72,00
4,68
4,79
0,00
103,73 SAO GABRIEL
1_3240
-41,523 -11,604
80,00
3,31
4,31
0,00
341,22 CAFARNAUM
1_3212
-41,872 -11,138
100,00
2,01
6,76
0,06
370,46 SÃO GABRIEL
2_748
-42,606 -11,469
30,00
3,13
0,70
0,00
39,00 GENTIO DO OURO
2_715
-41,860 -11,824
90,00
13,17
17,22
18,25
224,23 CANARANA
2_701
-41,667 -11,869
100,00
3,63
16,20
5,34
385,09 CANARANA
2_658
-41,801 -11,698
80,00
10,00
15,70
0,00
132,59 CANARANA
2_735
-41,718 -11,832
80,00
12,16
21,32
2,38
90,67 CANARANA
2_724
-41,628 -11,004
80,00
13,17
19,80
0,00
355,84 LAPAO
2_703
-41,673 -11,851
80,00
13,68
16,60
3,00
287,60 CANARANA
2_686
-41,821 -11,691
90,00
2,52
23,30
6,99
204,73 CANARANA
2_768
-41,674 -11,019
120,00
1,98
4,10
2,84
101,58 SÃO GABRIEL
2_723
-41,680 -11,499
130,00
0,93
19,70
0,12
58,49 IRECÊ
2_692
-41,810 -11,875
90,00
6,26
24,20
3,42
74,09 CANARANA
2_706
-41,650 -11,800
90,00
9,00
25,22
22,24
297,34 CANARANA
2_679
-41,694 -11,975
120,00
0,36
79,45
0,08
198,49 BARRO ALTO
2_782
-41,703 -12,186
80,00
6,58
19,07
0,00
12,67 IRAQUARA
1_3404
-41,561 -12,182
86,00
10,26
65,36
0,00
17,55 IRAQUARA
2_941
-41,948 -11,291
50,00
20,80
12,28
31,48
534,54 PRESIDENTE DUTRA
1_3562
-43,041 -11,093
64,00
21,38
8,56
0,00
7,85 XIQUE-XIQUE
1_3595
-42,194 -11,642
80,00
6,33
46,05
2,99
96,12 IBIPEBA
1_3602
-42,018 -11,671
109,00
4,93
10,47
0,08
70,62 IBIPEBA
1_3588
-42,032 -11,253
60,00
13,86
9,15
38,32
153,00 PRESIDENTE DUTRA
1_3608
-41,518 -11,302
60,00
14,40
24,00
25,49
190,28 AMERICA DOURADA
1_3566
-43,025 -11,366
64,00
12,56
27,30
0,00
29,82 XIQUE-XIQUE
1_3547
-42,896 -11,192
70,00
13,96
13,75
0,00
28,44 XIQUE-XIQUE
1_3605
-41,514 -11,375
60,00
10,26
9,45
27,45
158,89 AMERICA DOURADA
1_3616
-41,644 -11,471
60,00
17,56
18,21
15,98
234,41 AMÉRICA DOURADA
1_3622
-41,723 -11,460
60,00
22,60
12,82
15,28
686,00 AMERICA DOURADA
1_3645
-41,660 -11,192
78,00
17,56
15,84
0,01
632,62 JOÃO DOURADO
1_3606
-41,680 -11,497
80,00
14,40
12,61
21,24
588,48 AMÉRICA DOURADA
1_4058
-41,695 -11,134
64,00
21,99
19,40
22,18
413,11 AMERICA DOURADA
1_4067
-41,692 -11,475
76,00
21,99
16,23
15,37
289,18 AMÉRICA DOURADA
1_4057
-41,850 -11,257
80,00
5,25
20,10
14,36
241,96 IRECÊ
1_4056
-41,718 -11,607
87,00
3,67
13,20
0,02
406,23 LAPAO
1_4076
-41,879 -11,378
100,00
0,97
8,25
0,00
57,64 LAPAO
1_3486
-41,844 -11,290
80,00
4,06
15,14
0,83
112,62 IRECÊ
1_3375
-41,878 -11,375
56,00
9,75
2,68
0,00
152,77 LAPÃO
136
Continuação
166
167
168
169
170
171
172
173
174
175
176
177
178
179
180
181
182
183
184
185
186
187
188
189
190
191
192
193
194
195
196
197
198
199
200
201
202
203
204
205
206
207
208
209
210
211
212
213
214
215
216
217
218
219
220
ANÁLISE
18/06/87
18/07/87
29/09/87
29/09/87
29/09/87
29/09/87
29/09/87
29/09/87
01/10/87
01/10/87
10/11/87
10/11/87
28/12/87
05/01/88
05/01/88
12/01/88
20/01/88
20/01/88
20/01/88
20/01/88
09/02/88
15/02/88
15/02/88
15/02/88
15/02/88
15/02/88
23/02/88
23/02/88
23/02/88
23/02/88
23/02/88
02/03/88
02/03/88
07/03/88
07/03/88
07/03/88
07/03/88
22/03/88
22/03/88
11/04/88
21/04/88
16/05/88
09/06/88
19/07/88
08/08/88
08/08/88
08/08/88
08/08/88
08/08/88
08/08/88
15/08/88
20/09/88
20/09/88
20/09/88
20/09/88
N. CERB X (Grd) Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l))
MUNICIPIO
1_3367
-41,732 -11,525
80,00
30,45
17,32
0,00
332,96 LAPÃO
1_3560
-41,870 -11,496
120,00
5,83
5,32
0,06
734,47 LAPAO
2_675
-41,994 -11,086
71,20
9,28
9,80
94,98
565,54 JUSSARA
1_3932
-42,063 -11,909
114,00
0,46
7,80
0,01
86,37 BARRA DO MENDES
1_3646
-41,574 -11,479
120,00
0,26
13,70
5,40
131,23 AMERICA DOURADA
2_1006
-42,025 -11,106
120,00
5,25
9,70
4,88
140,04 CENTRAL
1_3979
-42,015 -11,269
121,00
0,86
12,20
1,71
65,02 PRESIDENTE DUTRA
1_3945
-42,053 -11,064
130,00
2,62
8,60
0,00
50,92 CENTRAL
1_3514
-41,674 -11,032
75,00
0,79
35,20
94,98
597,38 JUSSARA
2_1039
-41,581 -11,788
120,00
5,65
32,24
2,41
6,27 CAFARNAUM
1_4259
-42,249 -10,873
65,00
131,97
6,05
8,50
64,36 ITAGUACU DA BAHIA
2_995
-42,302 -11,097
97,00
7,02
28,00
14,90
112,80 XIQUE-XIQUE
1_4283
-41,848 -11,306
44,00
25,52
6,74
10,88
113,91 IRECE
1_3755
-41,818 -11,918
60,00
2,34
39,34
0,00
137,13 BARRO ALTO
1_3719
-41,867 -11,709
60,00
32,97
4,96
8,68
383,19 BARRO ALTO
1_4255
-42,453 -11,450
72,00
2,44
7,16
1,90
225,60 GENTIO DO OURO
1_4227
-42,082 -12,054
60,00
7,92
4,11
0,00
15,48 BARRA DO MENDES
1_4304
-41,758 -11,023
107,00
8,24
24,15
4,45
77,41 SÃO GABRIEL
1_4219
-42,159 -11,935
120,00
2,34
1,71
0,00
33,18 BARRA DO MENDES
1_4320
-41,962 -11,049
150,00
4,39
13,18
28,91
245,51 JUSSARA
1_4333
-42,128 -11,332
71,00
3,67
1,11
0,00
25,44 UIBAÍ
1_3917
-41,909 -11,728
54,00
8,78
24,00
13,72
260,99 IBITITÁ
1_3871
-41,844 -11,770
80,00
5,83
29,40
3,35
82,94 CANARANA
1_3900
-41,974 -11,543
80,00
8,78
13,30
0,05
745,38 IBITITÁ
1_3907
-41,907 -11,694
90,00
4,78
28,00
0,00
189,11 IBITITA
1_3717
-41,923 -11,827
120,00
0,43
50,20
5,23
218,97 BARRO ALTO
2_1031
-42,036 -11,203
80,00
11,98
9,57
1,29
447,89 CENTRAL
1_4328
-42,353 -11,047
80,00
19,80
11,20
4,35
660,78 ITAGUACU DA BAHIA
1_3786
-41,697 -11,731
86,00
3,27
27,20
4,44
72,99 CANARANA
1_4246
-42,077 -11,087
100,00
7,12
11,33
19,36 1251,88 CENTRAL
1_4376
-41,992 -10,729
140,00
9,07
42,45
0,00
79,62 ITAGUACU DA BAHIA
1_4390
-41,981 -10,714
140,00
10,40
44,71
0,87
68,57 ITAGUACU DA BAHIA
1_4276
-42,011 -11,168
150,00
0,57
8,90
0,31
159,25 PRESIDENTE DUTRA
1_3707
-41,484 -11,136
70,00
6,09
23,00
0,01
309,65 JOAO DOURADO
1_3715
-41,651 -11,416
70,00
8,80
21,00
0,08
19,90 JOAO DOURADO
1_3642
-41,512 -11,018
88,00
8,33
26,00
48,44
840,48 JOAO DOURADO
1_3713
-41,738 -11,382
120,00
1,08
5,00
0,00
68,56 JOÃO DOURADO
1_4432
-41,971 -11,111
120,00
1,00
5,95
5,38
161,46 JUSSARA
1_4432
-41,971 -11,111
120,00
1,00
5,95
5,38
161,46 JUSSARA
1_4439
-41,863 -11,301
70,00
43,99
0,00
96,74
487,45 IRECE
1_4459
-42,057 -11,128
82,00
11,80
3,59
0,00
45,76 CENTRAL
1_3589
-41,943 -11,334
60,00
19,80
5,35
14,49
716,26 PRESIDENTE DUTRA
1_4497
-41,996 -10,719
150,00
9,90
39,70
2,94
71,62 ITAGUACU DA BAHIA
1_4368
-41,485 -11,328
100,00
41,65
8,47
12,75
119,38 AMERICA DOURADA
2_966
-41,935 -11,344
65,00
14,94
7,07
5,53
167,13 IRECÊ
2_1022
-42,077 -11,124
78,00
4,03
13,70
16,50
212,89 CENTRAL
2_1012
-41,932 -11,138
80,00
9,18
4,76
32,19
161,16 CENTRAL
2_811
-41,439 -11,154
80,00
36,00
3,35
20,50
696,36 JOAO DOURADO
1_4604
-42,237 -11,193
92,00
7,20
9,70
0,00
21,88 CENTRAL
2_1019
-42,213 -11,035
120,00
0,86
27,30
0,01
76,60 CENTRAL
1_4650
-42,173 -11,030
80,00
11,31
14,25
0,00
13,93 ITAGUACU DA BAHIA
1_4676
-42,685 -11,439
46,00
23,29
3,60
0,00
13,92 GENTIO DO OURO
1_4672
-42,447 -11,491
48,00
3,20
18,40
0,00
129,31 GENTIO DO OURO
1_4657
-41,736 -11,855
71,00
28,26
20,79
11,87
91,51 CANARANA
1_4642
-41,711 -11,791
130,00
5,94
19,80
0,00
31,83 CANARANA
137
Continuação
221
222
223
224
225
226
227
228
229
230
ANÁLISE
23/11/88
23/11/88
23/11/88
29/11/88
29/11/88
29/11/88
29/11/88
05/12/88
07/12/88
14/12/88
N. CERB X (Grd) Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l))
MUNICIPIO
1_4747
-42,041 -11,918
118,00
4,32
6,37
0,00
89,52 BARRA DO MENDES
1_4751
-42,103 -11,783
120,00
1,40
15,38
0,00
198,94 BARRA DO MENDES
1_4716
-41,957 -11,703
146,00
0,68
26,41
1,04
358,09 IBIPEBA
1_4722
-41,936 -11,780
78,00
5,97
16,12
7,75
293,44 IBIPEBA
1_4713
-41,841 -11,486
80,00
20,80
16,40
10,12
559,52 LAPAO
1_4715
-41,832 -11,393
100,00
2,48
12,80
0,00
47,74 LAPÃO
1_4712
-41,814 -11,484
120,00
0,97
14,95
2,30
452,99 LAPÃO
1_4756
-42,114 -11,324
60,00
37,69
4,15
7,48
845,50 UIBAI
1_4361
-41,976 -10,749
122,00
9,64
44,50
5,48
79,58 ITAGUACU DA BAHIA
1_4707
-41,449 -11,633
113,00
11,80
26,86
4,15
129,31 CAFARNAUM
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
138
ANEXO 5: DADOS DOS POÇOS NO QUINQUÊNIO: 1989 A 1993 – 92 POÇOS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
ANÁLISE N. CERB X (Grd)
07/03/89
1_4777 -42,181
07/03/89
1_4787 -41,900
07/03/89
1_4785 -41,859
20/03/89
1_4795 -42,429
20/03/89
1_4786 -40,994
20/03/89
1_4788 -42,082
21/06/89
2_999 -42,126
21/06/89
2_993 -42,127
21/06/89
2_978 -42,113
26/07/89
2_1008 -42,064
26/07/89
1_4829 -42,257
03/01/90
1_4851 -41,996
08/01/90
1_4773 -42,139
08/01/90
1_4867 -41,478
08/01/90
1_2930 -41,541
02/05/90
1_4917 -41,615
28/08/91
1_5049 -41,584
20/11/91
1_5074 -41,509
20/11/91
2_886 -41,554
20/11/91
1_5071 -41,846
20/11/91
1_5069 -41,700
20/11/91
1_5072 -42,240
20/11/91
1_5087 -41,876
20/11/91
1_5089 -41,876
02/12/91
1_3777 -41,865
12/12/91
1_1645 -41,536
12/12/91
3_744 -42,033
22/01/92
1_3796 -41,710
22/01/92
1_535 -41,646
27/01/92
1_5091 -42,506
27/01/92
1_5093 -42,714
27/01/92
1_5094 -42,493
10/03/92
1_3743 -41,838
10/03/92
1_943 -41,664
16/03/92
1_5103 -41,516
20/03/92
1_5095 -41,822
20/03/92
1_5084 -41,899
03/07/92
1_5086 -41,960
03/07/92
1_5105 -41,446
03/07/92
1_5107 -41,465
13/07/92
1_5125 -41,703
04/08/92
1_5127 -41,445
13/08/92
1_5096 -41,978
20/08/92
1_3711 -41,611
31/08/92
1_5077 -41,676
12/11/92
2_471 -41,610
16/12/92
1_4711 -41,773
16/12/92
3_1941 -41,767
30/12/92
1_678 -42,199
12/01/93
2_1094 -42,731
12/01/93
2_1102 -42,207
13/01/93
2_1098 -41,989
13/01/93
2_1090 -42,716
13/01/93
2_1096 -41,837
13/01/93
2_1104 -42,145
Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l)
MUNICIPIO
-12,127
45,00
5,04
12,11
0,00
86,74 BARRA DO MENDES
-11,554
62,00
12,34
26,47
49,98
162,14 IBITITÁ
-11,741
70,00
11,80
36,03
11,81
248,68 IBITITÁ
-10,962
65,00
9,21
28,22
1,35
33,82 XIQUE-XIQUE
-11,057
84,00
16,48
0,00
0,00
199,93 JOAO DOURADO
-11,292
120,00
4,53
9,81
0,00
155,17 UIBAI
-11,339
51,00
10,83
27,21
2,78
501,02 UIBAI
-11,282
90,00
3,42
16,28
22,80
476,93 UIBAÍ
-11,303
102,00
1,72
16,99
47,97
1353,72 UIBAI
-11,138
114,00
3,09
4,67
25,49
664,82 CENTRAL
-10,851
140,00
2,30
28,53
0,00
99,24 ITAGUACU DA BAHIA
-10,719
108,00
6,08
27,29
0,00
46,25 ITAGUACU DA BAHIA
-11,973
38,50
1,90
8,10
0,00
14,45 BARRA DO MENDES
-11,680
100,00
6,08
37,00
0,22
52,03 CAFARNAUM
-11,616
150,00
11,30
20,63
0,00
23,12 CAFARNAUM
-12,136
185,00
2,80 135,41
1,70
268,69 SOUTO SOARES
-12,001
140,00
8,24
84,95
0,01
28,49 SOUTO SOARES
-11,316
50,00
16,16
20,82
20,61
193,25 AMERICA DOURADA
-12,336
108,00
4,57
65,00
1,07
38,39 IRAQUARA
-10,885
120,00
5,07
41,98
0,00
95,49 JUSSARA
-11,069
140,00
26,38
17,40
14,99
420,57 SAO GABRIEL
-10,857
150,00
1,00
27,95
0,00
48,24 ITAGUACU DA BAHIA
-11,321
150,00
56,57
14,62
11,86
452,82 IRECÊ
-11,327
150,00
99,00
13,70
17,80
536,50 IRECE
-11,848
51,00
5,50
17,80
7,48
80,72 BARRO ALTO
-11,243
60,00
21,38
11,48
19,99
324,85 JOAO DOURADO
-11,142
80,00
0,68
9,69
15,14
563,08 CENTRAL
-11,857
110,00
2,37
12,15
0,57
423,14 CANARANA
-11,167
121,00
1,08
24,57
0,35
147,66 JOÃO DOURADO
-11,399
70,00
9,28
6,65
0,00
68,91 GENTIO DO OURO
-11,675
72,00
1,87
4,71
0,00
37,41 GENTIO DO OURO
-11,396
85,00
3,13
4,60
1,90
35,44 GENTIO DO OURO
-11,880
72,00
8,78
27,76
12,25
382,53 BARRO ALTO
-12,036
160,00
5,28
93,48
0,12
328,79 SOUTO SOARES
-12,279
31,00
8,06
14,09
7,45
25,97 IRAQUARA
-11,247
120,00
7,26
14,89
0,68
114,13 IRECE
-11,226
150,00
0,72
5,78
59,50
482,90 SÃO GABRIEL
-11,146
70,00
17,20
5,23
7,50
193,86 JUSSARA
-12,201
82,00
1,33
0,41
0,26
57,02 IRAQUARA
-11,294
150,00
14,65
14,93
8,49
177,71 AMERICA DOURADA
-11,477
150,00
37,69
11,14
7,24
380,12 JOÃO DOURADO
-11,443
150,00
13,39
26,53
6,74
361,11 AMERICA DOURADA
-11,446
130,00
18,00
0,15
19,32
945,55 IBITITÁ
-11,211
50,00
9,00
18,40
12,24
999,63 JOAO DOURADO
-11,997
160,00
1,00
53,23
0,00
333,21 MULUNGU DO MORRO
-12,114
180,00
4,24 110,00
3,00
135,64 SOUTO SOARES
-11,548
75,00
5,25
19,85
7,00
251,78 LAPAO
-11,565
80,00
8,78
21,65
17,00
83,58 LAPAO
-11,494
32,00
8,78
8,63
0,20
24,76 IBIPEBA
-11,611
55,00
9,54
5,85
0,02
18,57 GENTIO DO OURO
-12,168
80,00
8,06
7,60
0,00
22,70 BARRA DO MENDES
-11,613
60,00
14,94
11,70
27,49
402,44 IBIPEBA
-11,508
70,00
8,24
3,85
0,53
35,08 GENTIO DO OURO
-11,604
100,00
4,82
20,56
6,99
278,61 IBITITÁ
-12,080
105,00
3,09
1,63
0,31
26,83 BARRA DO MENDES
139
Continuação
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
ANÁLISE N. CERB X (Grd)
05/02/93
1_5097 -41,483
08/02/93
2_1147 -41,669
09/02/93
2_1134 -41,209
10/02/93
2_1138 -41,463
10/02/93
2_1118 -41,649
11/02/93
2_1125 -41,604
17/02/93
1_5283 -41,622
25/02/93
1_5286 -41,471
26/02/93
1_5277 -41,758
26/02/93
1_5273 -41,818
02/03/93
1_5297 -41,928
02/03/93
1_5280 -41,679
09/03/93
2_1162 -41,624
10/03/93
1_5325 -41,640
12/03/93
2_1160 -41,951
12/03/93
2_1157 -41,824
12/03/93
2_1156 -41,966
12/03/93
2_1163 -41,594
15/03/93
1_5290 -42,024
16/03/93
1_5320 -41,816
16/03/93
1_5331 -42,929
16/03/93
1_5287 -42,046
17/03/93
1_5335 -41,837
17/03/93
1_5334 -41,664
19/03/93
1_5327 -41,773
19/03/93
2_1169 -41,453
19/03/93
2_1170 -42,124
19/03/93
2_1168 -41,591
22/03/93
1_5301 -42,085
22/03/93
1_5296 -42,007
23/03/93
1_5317 -42,514
23/03/93
1_5314 -42,513
23/03/93
1_5300 -41,923
27/05/93
1_5344 -42,184
06/07/93
2_422 -41,753
22/10/93
1_5467 -41,825
12/11/93
1_1871 -42,592
Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l)
MUNICIPIO
-12,336
50,00
4,57
0,49
0,00
14,35 IRAQUARA
-12,328
92,00
8,60
38,81
0,01
28,69 IRAQUARA
-11,252
150,00
2,66
73,35
11,80
133,22 AMERICA DOURADA
-11,299
50,00
17,60
7,07
43,45
230,58 AMÉRICA DOURADA
-11,884
150,00
2,48
11,06
2,93
476,53 CANARANA
-11,846
50,00
15,51
8,10
30,62
1004,30 CAFARNAUM
-11,333
110,00
3,60
13,89
0,09
33,82 JOAO DOURADO
-11,245
114,00
2,34
11,21
5,40
77,88 JOÃO DOURADO
-11,275
69,00
11,62
6,63
13,68
169,09 IRECÊ
-11,297
100,00
5,29
10,76
15,29
168,07 IRECE
-11,419
50,00
34,41
2,33
24,98
241,85 LAPAO
-11,359
70,00
34,41
9,72
1,34
74,81 JOÃO DOURADO
-12,019
122,00
3,31
17,65
1,25
394,55 MULUNGU DO MORRO
-10,983
180,00
1,29
2,25
0,01
215,21 SAO GABRIEL
-11,804
75,00
14,94
19,35
0,70
46,12 BARRO ALTO
-11,855
101,00
13,17
29,00
4,40
112,51 BARRO ALTO
-11,710
132,00
4,82
19,00
0,89
338,18 IBIPEBA
-11,544
150,00
2,34
10,00
1,45
179,60 AMERICA DOURADA
-11,334
100,00
9,75
18,53
0,64
127,99 PRESIDENTE DUTRA
-11,126
50,00
28,26
3,79
36,23
1065,79 SAO GABRIEL
-11,015
70,00
26,38
6,87
0,04
5,12 XIQUE-XIQUE
-11,269
90,00
3,88
9,38
27,02
379,18 PRESIDENTE DUTRA
-11,557
75,00
4,44
23,18
0,83
206,44 LAPÃO
-10,978
151,00
9,18
24,25
19,99
122,98 SAO GABRIEL
-11,478
100,00
13,86
10,00
27,45
222,96 LAPÃO
-11,795
105,00
2,80
23,90
0,00
30,97 CAFARNAUM
-11,662
106,00
13,17
15,45
0,48
72,25 IBIPEBA
-11,848
133,00
5,43
43,80
0,26
49,55 CAFARNAUM
-11,197
100,00
2,26
19,59
1,99
174,44 CENTRAL
-11,061
132,00
0,68
7,77
9,49
181,67 JUSSARA
-10,556
54,00
6,01
13,75
0,24
13,42 XIQUE-XIQUE
-10,795
84,00
5,22
9,38
0,13
126,96 XIQUE-XIQUE
-11,144
144,00
1,44
2,40
26,32
438,68 JUSSARA
-11,241
109,00
13,89
0,00
0,08
20,64 UIBAI
-11,965
170,00
3,85
52,26
0,55
51,53 SOUTO SOARES
-11,927
200,00
5,65 106,53
0,02
27,81 SOUTO SOARES
-11,409
64,00
5,36
13,34
10,00
184,37 GENTIO DO OURO
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
140
ANEXO 6: DADOS DOS POÇOS NO QUINQUÊNIO: 1994 A 1998 – 146 POÇOS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
ANÁLISE
17/03/94
14/04/94
19/07/94
08/08/94
13/12/94
19/12/94
19/12/94
19/12/94
20/12/94
21/12/94
22/12/94
04/01/95
16/01/95
18/01/95
19/01/95
23/01/95
30/01/95
03/02/95
03/05/95
09/05/95
19/06/95
28/06/95
07/07/95
07/07/95
10/07/95
10/07/95
11/07/95
12/07/95
13/07/95
26/07/95
01/08/95
31/08/95
13/09/95
14/09/95
14/09/95
21/09/95
16/10/95
17/10/95
30/11/95
23/12/95
17/01/96
18/01/96
20/03/96
20/03/96
20/03/96
12/04/96
12/04/96
26/04/96
11/06/96
12/06/96
14/06/96
14/06/96
27/06/96
16/07/96
29/07/96
N. CERB
1_5486
1_5520
2_1088
1_5599
1_5530
1_5588
1_5603
1_5601
1_5642
1_5576
1_5572
3_1603
1_5669
1_5621
1_5683
3_429
1_5690
1_4405
1_5755
1_5751
1_5785
1_5793
1_5745
1_458
1_5732
1_5769
1_5726
1_5779
1_5299
1_5806
1_2776
1_5850
1_1693
1_5875
1_5808
1_5839
1_5892
2_714
1_3023
1_5969
2_770
1_5684
1_6028
1_6030
1_6017
1_6054
1_5581
1_6059
2_1274
2_1265
2_1262
2_1269
2_1264
1_3769
1_6038
X (Grd)
-41,505
-41,641
-42,541
-41,828
-41,883
-42,622
-41,620
-41,637
-41,679
-41,695
-41,606
-41,533
-41,543
-42,493
-41,519
-41,638
-42,013
-42,464
-42,747
-42,484
-41,581
-41,631
-42,048
-41,808
-41,474
-41,827
-41,642
-42,054
-42,054
-41,780
-42,132
-42,443
-42,097
-41,920
-41,810
-42,218
-42,159
-42,559
-42,104
-41,854
-41,681
-41,574
-41,793
-41,667
-41,585
-41,857
-41,473
-41,912
-42,002
-42,125
-41,815
-41,634
-42,091
-41,694
-41,990
Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h)
-12,273
180,00
1,33
-12,187
200,00
6,87
-11,542
44,00
9,28
-11,961
151,00
8,33
-12,095
60,00
8,24
-11,553
45,00
27,31
-11,106
102,00
4,64
-11,039
162,00
5,18
-12,058
150,00
2,30
-11,398
100,00
9,00
-11,366
150,00
2,59
-11,413
70,00
10,54
-12,228
185,00
5,76
-10,474
85,00
13,86
-10,969
160,00
6,58
-11,964
80,00
13,42
-12,166
56,00
13,86
-10,961
90,00
13,17
-11,681
70,00
14,47
-11,578
73,00
15,51
-12,228
110,00
8,60
-10,873
150,00
3,67
-12,037
42,00
25,52
-11,493
115,00
25,52
-11,309
106,00
13,64
-11,698
120,00
8,78
-11,346
120,00
8,60
-11,108
132,00
0,90
-11,108
160,00
0,50
-11,915
164,00
7,20
-11,316
80,00
8,67
-11,304
65,50
8,78
-11,713
75,00
7,81
-11,841
84,00
23,29
-11,454
150,00
2,98
-11,228
66,00
13,60
-11,270
75,00
6,08
-11,492
25,00
0,86
-11,817
110,00
41,65
-11,692
42,00
17,56
-11,086
150,00
8,42
-11,954
160,00
4,82
-11,125
50,00
29,30
-11,066
121,00
4,24
-11,655
150,00
0,54
-11,284
150,00
15,84
-11,146
180,00
9,90
-11,339
95,00
23,97
-11,124
120,00
4,39
-11,954
70,00
11,98
-11,660
100,00
3,24
-11,616
150,00
5,90
-11,878
144,00
3,49
-11,984
150,00
1,22
-11,147
60,00
34,41
NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l)
MUNICIPIO
10,51
0,02
19,86 IRAQUARA
112,87
0,04
21,84 IRAQUARA
1,85
0,03
34,75 GENTIO DO OURO
73,00
0,86
64,54 SOUTO SOARES
12,71
0,05
32,62 SOUTO SOARES
5,12
0,94 118,61 GENTIO DO OURO
14,42
87,49 321,23 SÃO GABRIEL
3,26
29,99
98,84 SAO GABRIEL
56,95
3,38
83,03 SOUTO SOARES
20,17
52,50
88,96 JOÃO DOURADO
7,95
22,50 286,64 AMERICA DOURADA
13,12
65,62 287,83 AMÉRICA DOURADA
58,40
18,75 513,97 IRAQUARA
14,15
0,19
14,10 XIQUE-XIQUE
106,75
32,50 209,88 SAO GABRIEL
15,36
50,00 646,56 MULUNGU DO MORRO
9,33
2,87 120,85 BARRA DO MENDES
34,40
0,82
30,62 ITAGUACU DA BAHIA
8,91
0,04 357,52 GENTIO DO OURO
8,53
0,02
56,40 GENTIO DO OURO
57,38
1,40
62,65 IRAQUARA
4,36
4,76 103,69 SAO GABRIEL
0,00
0,01
19,01 BARRA DO MENDES
15,79
12,75 495,77 LAPAO
14,74
33,12 102,61 AMÉRICA DOURADA
9,76
12,75 159,42 CANARANA
11,24
26,87 241,94 JOAO DOURADO
22,48
0,18 324,03 CENTRAL
9,26
0,23 236,76 CENTRAL
41,23
0,72
79,93 BARRO ALTO
14,30
0,95
17,71 UIBAÍ
3,42
0,11
70,21 GENTIO DO OURO
45,88
9,99 119,03 IBIPEBA
27,29
0,02
17,28 BARRO ALTO
22,39
0,06
92,89 LAPAO
12,54
2,60
14,04 CENTRAL
12,90
0,01
16,45 UIBAÍ
6,30
0,02
38,21 GENTIO DO OURO
5,22
2,30 118,01 BARRA DO MENDES
13,75
20,50 493,22 IBITITÁ
6,60
0,00 138,96 SAO GABRIEL
55,93
11,87 135,30 MULUNGU DO MORRO
6,42
21,25 770,07 SAO GABRIEL
6,23
17,13 151,75 SÃO GABRIEL
65,50
12,00 1106,18 MULUNGU DO MORRO
12,13
33,74 361,11 IRECE
10,76
48,42
63,99 JOAO DOURADO
7,68
0,18 703,93 IRECÊ
36,70
3,96 312,21 CENTRAL
1,93
0,00
21,87 BARRA DO MENDES
8,23
4,10 512,06 IBITITA
2,54
2,71 2684,61 CANARANA
28,70
4,19 110,37 BARRA DO MENDES
84,14
0,05
83,52 BARRO ALTO
4,29
24,96 560,78 CENTRAL
141
Continuação
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
ANÁLISE
29/07/96
30/07/96
30/07/96
30/07/96
31/07/96
31/07/96
31/07/96
01/08/96
13/09/96
16/09/96
09/10/96
13/01/97
23/01/97
27/01/97
27/01/97
04/03/97
02/04/97
03/04/97
04/04/97
07/04/97
14/04/97
18/04/97
22/04/97
22/04/97
23/04/97
05/05/97
02/06/97
04/06/97
18/06/97
03/07/97
25/07/97
25/07/97
31/07/97
31/07/97
03/09/97
13/10/97
13/10/97
23/10/97
23/10/97
24/10/97
24/10/97
24/10/97
17/11/97
20/11/97
20/11/97
20/11/97
17/12/97
07/05/98
07/05/98
22/05/98
27/05/98
27/05/98
01/06/98
01/06/98
08/06/98
N. CERB
1_6037
1_6034
1_6042
1_6040
1_6064
1_6036
1_6060
1_6062
2_1307
2_1304
2_1300
2_1338
2_1306
1_6035
2_1320
2_1339
2_1341
2_1345
2_1344
1_1370
2_1355
2_1310
2_1348
2_1302
2_1358
2_1281
2_1276
1_1221
3_3274
3_1009
1_6288
1_6296
1_6282
1_6315
2_1368
2_1371
2_1369
2_1372
2_1373
2_1376
2_1374
2_1377
2_1378
2_1386
2_1383
2_1380
1_6383
2_1423
2_1429
2_1442
2_1443
2_1439
2_1461
2_1474
2_1469
X (Grd)
-42,029
-42,667
-41,659
-42,207
-43,011
-42,559
-42,670
-42,676
-41,686
-41,649
-41,436
-41,610
-41,959
-42,688
-41,575
-41,626
-41,845
-41,895
-41,604
-42,477
-42,192
-41,778
-42,639
-41,524
-41,916
-41,382
-41,769
-41,071
-41,700
-41,644
-42,100
-41,978
-41,686
-41,698
-42,079
-42,092
-41,641
-41,833
-41,828
-42,861
-41,921
-41,651
-41,521
-41,577
-41,569
-41,519
-41,531
-42,147
-42,059
-41,761
-41,540
-42,071
-41,842
-41,639
-41,876
Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h)
-11,177
100,00
3,49
-11,514
45,00
21,99
-10,837
84,00
20,80
-10,087
90,00
5,97
-11,114
60,00
23,97
-11,492
76,00
13,17
-10,650
100,00
15,22
-10,683
120,00
2,44
-11,267
150,00
12,56
-11,211
150,00
2,34
-12,249
150,00
1,00
-11,768
100,00
15,22
-11,348
150,00
7,23
-11,565
43,30
12,00
-11,751
120,00
22,60
-11,657
120,00
1,15
-11,874
122,00
20,80
-11,501
150,00
6,58
-11,808
150,00
3,78
-11,490
50,00
7,52
-10,571
150,00
19,29
-11,482
150,00
5,47
-10,738
80,00
5,94
-11,329
132,00
16,84
-10,900
150,00
8,78
-11,336
114,00
27,28
-11,472
120,00
0,90
-11,577
150,00
2,97
-11,441
150,00
21,99
-11,067
140,00
6,43
-11,414
83,00
3,77
-11,764
114,00
7,61
-10,845
150,00
1,72
-10,862
150,00
3,96
-11,745
143,00
2,41
-11,265
115,00
23,97
-10,859
150,00
5,25
-11,573
150,00
0,43
-11,601
150,00
11,77
-10,870
40,00
6,51
-11,716
130,00
15,84
-10,850
150,00
2,88
-11,266
150,00
6,22
-11,474
82,00
28,26
-11,543
122,00
20,80
-11,514
150,00
1,69
-12,303
78,00
7,52
-11,147
96,00
2,16
-11,180
102,00
10,26
-10,938
178,00
1,18
-11,202
110,00
43,99
-10,958
149,00
9,39
-11,665
105,00
12,96
-11,619
120,00
4,71
-11,796
136,00
23,97
NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l)
MUNICIPIO
8,10
6,88 123,29 CENTRAL
1,98
1,02
31,82 GENTIO DO OURO
5,45
12,75 115,35 SÃO GABRIEL
19,70
0,28 302,27 CENTRAL
9,90
0,00
13,92 XIQUE-XIQUE
3,00
0,00
36,79 GENTIO DO OURO
6,22
0,00
23,86 XIQUE-XIQUE
6,10
0,00
49,71 XIQUE-XIQUE
15,93
4,22 493,17 JOAO DOURADO
25,80
1,35 672,15 JOÃO DOURADO
5,19
0,00 143,18 AMÉRICA DOURADA
25,02
7,87 116,35 CANARANA
7,27
5,75 206,57 IRECE
4,86
1,80
21,37 GENTIO DO OURO
19,78
4,55 123,47 CAFARNAUM
9,82
9,00
26,12 CANARANA
26,32
14,99 157,90 BARRO ALTO
12,60
0,39
36,80 IBITITÁ
25,71
1,40 104,47 CAFARNAUM
6,75
12,50 192,33 GENTIO DO OURO
10,75
1,54
37,99 ITAGUACU DA BAHIA
15,15
62,50 315,79 LAPÃO
11,92
18,75 322,92 XIQUE-XIQUE
13,93
5,48 110,41 AMERICA DOURADA
19,06
15,62 208,95 JUSSARA
5,82
0,00 244,56 AMERICA DOURADA
6,46
20,00 130,39 IBITITA
42,62
14,38 168,84 SÃO GABRIEL
19,92
40,61 366,15 AMÉRICA DOURADA
24,60
80,00 221,30 SÃO GABRIEL
0,00
0,00
13,08 UIBAÍ
32,50
10,25 457,88 BARRA DO MENDES
44,00
23,75 231,60 SAO GABRIEL
43,40
5,99
81,48 SÃO GABRIEL
5,40
0,16
82,48 BARRA DO MENDES
15,99
6,86 350,05 UIBAÍ
8,30
53,71 1792,51 SAO GABRIEL
11,86
7,50
86,51 IBITITA
20,69
16,24 125,74 IBITITÁ
10,93
4,55
68,40 XIQUE-XIQUE
13,28
37,49 470,76 IBITITA
8,85
68,72 587,44 SAO GABRIEL
16,52
44,04 245,44 JOÃO DOURADO
8,25
17,23 181,06 AMERICA DOURADA
24,66
2,98
84,23 AMÉRICA DOURADA
39,47
0,01
80,22 AMERICA DOURADA
67,70
4,73 107,30 IRAQUARA
19,46
5,80 186,52 CENTRAL
5,24
37,83 310,87 CENTRAL
38,63
4,56 134,37 JUSSARA
14,37
46,59 332,93 JOÃO DOURADO
37,30
0,01 111,31 JUSSARA
21,82
44,49 456,27 IBITITÁ
9,50
5,81 465,30 CANARANA
23,50
4,30 210,13 BARRO ALTO
142
Continuação
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
ANÁLISE
09/06/98
09/06/98
15/06/98
15/06/98
29/07/98
01/09/98
08/10/98
08/10/98
09/10/98
19/10/98
27/10/98
27/10/98
29/10/98
06/11/98
06/11/98
06/11/98
09/11/98
09/11/98
09/11/98
19/11/98
19/11/98
23/11/98
23/11/98
23/11/98
23/11/98
23/11/98
23/11/98
25/11/98
03/12/98
03/12/98
04/12/98
04/12/98
09/12/98
09/12/98
10/12/98
10/12/98
N. CERB
2_1473
1_2785
2_1464
2_1459
1_6418
2_1427
1_5671
1_6490
2_1560
2_1565
2_1605
2_1608
1_2940
2_1590
2_1626
2_1612
2_1567
2_1569
2_1621
2_1594
2_1580
2_1578
2_1570
2_1582
2_1615
2_1596
2_1588
2_1602
2_1561
2_1632
2_1455
2_1556
1_6534
2_1531
2_1666
2_1598
X (Grd)
-41,767
-42,021
-41,668
-41,983
-41,667
-42,058
-41,586
-41,581
-42,450
-42,651
-41,608
-41,617
-41,598
-41,556
-42,193
-41,636
-41,940
-41,928
-42,154
-41,474
-41,820
-41,841
-41,961
-41,793
-41,650
-41,504
-41,680
-41,525
-41,866
-41,873
-42,043
-41,769
-42,671
-41,638
-41,723
-41,758
Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h)
-11,743
120,00
5,54
-11,059
150,00
10,98
-11,561
123,00
26,38
-11,466
165,00
3,60
-12,373
150,00
3,27
-11,193
129,00
3,74
-12,091
103,00
2,03
-12,274
150,00
8,78
-11,524
69,00
7,99
-10,878
150,00
0,46
-11,464
105,00
21,99
-11,059
108,00
14,65
-11,809
78,00
3,78
-11,575
99,00
52,81
-11,157
116,00
10,69
-11,009
150,00
0,61
-11,480
64,00
46,58
-11,496
81,00
25,56
-11,101
129,00
4,39
-11,718
110,00
13,60
-11,511
136,00
3,60
-11,541
120,00
15,22
-11,608
128,00
5,61
-11,538
141,00
13,86
-11,394
150,00
0,54
-11,414
150,00
0,93
-11,930
150,00
1,29
-11,469
102,00
19,80
-11,459
140,00
10,26
-11,158
174,00
2,37
-11,020
83,00
2,80
-11,464
150,00
6,22
-10,673
101,00
9,31
-11,915
137,50
0,18
-12,304
123,00
6,37
-11,906
142,15
18,39
NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l)
MUNICIPIO
28,95
3,33
67,40 CANARANA
8,30
2,37
21,81 JUSSARA
26,70
34,11 943,62 IBITITA
7,50
9,87 162,56 IBITITA
21,22
6,59 128,86 IRAQUARA
9,67
3,15 294,52 CENTRAL
86,53
2,08 109,83 SOUTO SOARES
39,00
57,75 374,44 IRAQUARA
3,05
0,00
35,95 GENTIO DO OURO
13,40
0,15
83,87 XIQUE-XIQUE
12,00
31,75 389,41 AMERICA DOURADA
26,56
30,45 435,35 SÃO GABRIEL
29,30
6,25
61,91 CAFARNAUM
0,69
10,36 251,62 CAFARNAUM
28,34
49,49 524,21 CENTRAL
15,31
24,57 141,79 SAO GABRIEL
9,14
74,99 1208,18 IBITITA
2,25
5,48 287,57 IBITITÁ
15,75
6,67 155,77 CENTRAL
40,00
23,32 100,86 CAFARNAUM
9,68
0,48
79,89 LAPAO
26,00
3,25 295,58 IBITITÁ
10,30
10,82 317,55 IBITITA
26,58
48,86 494,31 LAPÃO
9,57
9,97
70,90 JOÃO DOURADO
10,50
39,41 359,50 AMÉRICA DOURADA
50,00
0,92 479,33 CANARANA
3,95
13,01 225,68 AMÉRICA DOURADA
16,00
12,53 233,67 LAPAO
3,60
2,32 113,85 SAO GABRIEL
8,80
13,00 201,72 ITAGUACU DA BAHIA
20,86
2,29 375,47 LAPAO
7,85
0,14
25,96 XIQUE-XIQUE
17,62
6,12 1258,24 MULUNGU DO MORRO
51,00
2,05
12,98 IRAQUARA
6,40
0,04 256,63 BARRO ALTO
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
143
ANEXO 7: DADOS DOS POÇOS NO QUINQUÊNIO: 1993 A 2003 – 138 POÇOS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
ANÁLISE
28/01/99
29/01/99
01/02/99
02/02/99
05/03/99
27/04/99
05/05/99
05/05/99
13/05/99
31/05/99
31/05/99
02/06/99
02/06/99
02/06/99
07/06/99
07/06/99
08/06/99
08/06/99
08/06/99
08/06/99
08/06/99
08/06/99
09/06/99
09/06/99
09/06/99
09/06/99
10/06/99
10/06/99
10/06/99
10/06/99
16/06/99
18/06/99
18/06/99
18/06/99
13/07/99
14/07/99
14/07/99
16/07/99
30/07/99
06/08/99
06/08/99
06/08/99
09/08/99
19/08/99
27/08/99
30/08/99
31/08/99
31/08/99
08/09/99
10/09/99
13/09/99
13/10/99
25/11/99
25/11/99
22/12/99
N. CERB
1_6548
2_1706
2_1708
2_1701
2_1888
1_6638
2_1740
2_1743
2_1776
2_1791
1_6590
2_1808
2_1817
2_1835
2_1805
2_1826
2_1812
2_1741
2_1818
2_1789
2_1755
2_1797
2_1771
2_1802
2_1803
2_1820
2_1780
2_1751
2_1769
2_1765
2_1778
3_2783
1_6334
2_1837
1_5598
1_1576
2_1931
2_1950
1_6707
2_1927
2_1947
2_1879
2_1961
1_6737
1_6747
2_1978
2_1952
1_6745
1_6767
2_1930
1_6756
1_6770
2_1989
1_6793
3_3710
X (Grd)
-42,292
-41,631
-41,569
-41,647
-42,009
-42,456
-41,773
-41,981
-41,654
-41,674
-41,601
-42,007
-42,012
-41,932
-41,843
-42,156
-41,778
-41,615
-41,593
-41,768
-41,728
-41,640
-42,003
-41,861
-41,690
-41,582
-41,739
-41,760
-41,960
-41,658
-41,631
-41,984
-42,089
-42,144
-41,649
-41,899
-42,464
-41,728
-41,898
-42,103
-42,685
-42,063
-41,666
-42,606
-41,578
-41,930
-42,716
-41,541
-41,965
-41,981
-43,214
-41,648
-42,209
-41,825
-41,883
Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l)
MUNICIPIO
-10,472
100,00
5,17
21,37
0,00
620,12 XIQUE-XIQUE
-11,926
150,00
11,98
9,50
36,25
756,15 MULUNGU DO MORRO
-11,805
150,00
0,32
30,50
3,36
101,02 CAFARNAUM
-11,074
150,00
4,53
22,50
0,06
94,02 SÃO GABRIEL
-11,455
132,00
30,45
11,81
20,36
343,79 UIBAÍ
-11,462
63,00
10,54
4,49
3,71
268,05 GENTIO DO OURO
-11,751
141,00
14,94
27,00
4,79
69,09 CANARANA
-11,647
150,00
0,93
9,20
0,60
81,06 IBIPEBA
-10,940
150,00
2,84
11,92
0,00
57,05 SÃO GABRIEL
-11,043
150,00
1,83
4,40
7,69
93,07 SÃO GABRIEL
-12,139
200,00
3,60 121,07
6,57
89,07 SOUTO SOARES
-11,040
115,00
32,97
2,50
5,35
60,05 JUSSARA
-11,101
150,00
1,36
9,03
0,74
200,16 JUSSARA
-11,185
150,00
2,98
5,41
29,77
81,06 CENTRAL
-11,911
91,00
20,80
22,80
1,66
60,05 BARRO ALTO
-11,096
105,00
5,68
12,58
3,73
182,15 CENTRAL
-11,901
117,00
7,45
36,42
2,05
540,43 BARRO ALTO
-11,609
129,00
14,65
16,00
9,45
700,56 CANARANA
-11,936
135,00
29,30
6,57
32,18
900,72 MULUNGU DO MORRO
-11,896
144,00
8,24
39,60
2,87
490,39 BARRO ALTO
-11,644
150,00
31,68
14,95
14,14
264,21 LAPAO
-12,088
200,00
0,21
56,41
1,05
90,07 SOUTO SOARES
-11,109
114,00
16,48
8,27
5,37
108,09 JUSSARA
-11,740
135,00
15,51
11,77
1,09
75,06 BARRO ALTO
-11,929
150,00
2,95
21,00
7,68
840,67 BARRO ALTO
-11,974
180,00
3,13
90,40
5,03
310,25 MULUNGU DO MORRO
-11,389
70,00
25,52
9,96
17,75
46,04 JOÃO DOURADO
-11,411
150,00
3,85
11,60
39,92
145,12 LAPÃO
-11,137
150,00
4,10
7,50
0,02
125,10 JUSSARA
-10,954
150,00
7,05
19,50
0,14
27,02 SAO GABRIEL
-10,873
150,00
7,81
5,84
5,56
144,12 SAO GABRIEL
-11,753
64,00
5,97
33,31
5,28
224,10 BARRA DO MENDES
-11,428
66,00
2,41
6,69
3,24
72,06 UIBAÍ
-11,208
80,00
17,60
21,59
24,35
740,59 CENTRAL
-12,055
180,00
1,00
21,32
0,01
178,14 MULUNGU DO MORRO
-11,792
100,00
5,72
16,19
8,93
228,18 BARRO ALTO
-10,826
135,00
1,76
20,90
1,65
350,28 ITAGUACU DA BAHIA
-10,917
100,00
6,37
29,09
30,44
226,18 JUSSARA
-11,763
100,00
10,26
19,24
10,31
82,06 BARRO ALTO
-11,111
79,00
11,80
12,62
10,84
240,19 CENTRAL
-11,657
87,00
0,36
3,82
49,07
2762,21 GENTIO DO OURO
-11,881
100,00
1,11
6,39
4,57
79,06 BARRA DO MENDES
-10,999
110,00
6,01
5,21
0,01
198,94 SAO GABRIEL
-10,596
66,00
34,45
9,28
0,46
3,98 XIQUE-XIQUE
-11,318
100,00
3,13
18,90
6,56
171,07 JOÃO DOURADO
-11,776
108,00
27,26
18,40
5,08
461,54 IBIPEBA
-11,672
50,00
2,16
11,00
0,00
284,48 GENTIO DO OURO
-11,239
82,00
31,68
11,21
35,26
222,81 JOAO DOURADO
-11,808
69,50
10,44
30,58
1,10
61,67 BARRO ALTO
-11,258
100,00
30,45
15,99
17,74
139,26 PRESIDENTE DUTRA
-11,478
70,00
28,26
13,40
0,01
2,98 XIQUE-XIQUE
-12,017
200,00
2,37
21,90
0,00
805,71 SOUTO SOARES
-12,122
80,00
7,05
5,87
0,00
22,94 BARRA DO MENDES
-11,521
150,00
12,16
18,00
0,33
426,80 LAPÃO
-11,799
120,00
1,72
26,00
0,00
248,22 BARRO ALTO
144
Continuação
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
ANÁLISE
28/12/99
05/01/00
23/03/00
31/03/00
31/03/00
27/04/00
03/05/00
17/05/00
17/05/00
12/06/00
13/06/00
30/06/00
24/08/00
24/08/00
26/08/00
04/09/00
27/09/00
02/10/00
23/10/00
14/11/00
24/11/00
24/11/00
05/12/00
04/01/01
04/01/01
18/01/01
10/04/01
10/04/01
20/04/01
24/04/01
04/06/01
07/06/01
08/06/01
08/06/01
11/06/01
20/06/01
02/07/01
02/07/01
10/07/01
16/07/01
17/07/01
17/07/01
17/07/01
18/07/01
20/07/01
20/07/01
30/10/01
06/11/01
07/11/01
07/11/01
07/12/01
10/01/02
22/03/02
27/03/02
27/03/02
N. CERB
1_6834
2_1997
2_2012
2_2018
1_1220
2_2026
2_2051
2_2047
1_6916
2_2052
2_2043
2_2044
2_2039
1_839
1_6984
1_2613
2_2062
2_2045
1_7022
1_7021
1_433
1_7025
1_7016
1_7051
1_7048
1_7078
1_3875
1_7101
1_7097
1_7099
1_7118
1_7122
1_7120
1_7129
1_7117
1_7142
1_7124
1_7115
1_7149
1_7152
1_7157
1_7148
1_7158
1_7159
1_4387
1_7160
1_7233
1_7214
1_7210
1_7219
1_7153
1_1031
1_7286
1_7289
1_7282
X (Grd)
-41,608
-42,616
-41,519
-41,648
-41,579
-41,926
-42,095
-42,053
-41,610
-41,582
-41,688
-41,929
-41,472
-41,882
-41,688
-41,716
-41,557
-41,775
-42,391
-42,257
-42,132
-42,735
-42,656
-42,086
-41,624
-41,447
-41,624
-41,693
-43,256
-43,234
-41,844
-41,757
-41,781
-41,853
-42,249
-41,581
-41,680
-41,676
-42,415
-42,172
-41,422
-42,677
-41,613
-41,749
-41,996
-41,628
-41,683
-42,511
-42,740
-41,787
-41,483
-41,598
-42,618
-42,400
-43,009
Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l)
MUNICIPIO
-12,273
150,00
5,18
58,77
10,66
668,12 IRAQUARA
-11,669
63,00
4,39
12,68
0,03
192,46 GENTIO DO OURO
-12,302
130,00
12,34
52,80
0,44
49,86 IRAQUARA
-12,315
80,00
19,33
13,92
0,22
25,93 IRAQUARA
-11,006
150,00
10,15
7,70
25,74
57,84 SÃO GABRIEL
-11,165
80,00
2,62
5,75
0,83
200,94 JUSSARA
-11,161
150,00
0,25
9,60
0,08
42,22 CENTRAL
-11,064
150,00
1,65
10,89
0,09
32,14 CENTRAL
-12,298
150,00
7,34
14,01
0,18
15,07 IRAQUARA
-11,743
120,00
1,76
40,84
5,00
90,42 CAFARNAUM
-11,759
150,00
1,90
10,29
1,98
221,03 CANARANA
-11,544
136,00
21,99
16,05
11,92
217,06 IBITITÁ
-12,219
90,00
0,86
3,59
1,34
72,25 IRAQUARA
-11,874
97,50
7,20
86,59
7,24
116,41 BARRO ALTO
-12,182
59,85
16,16
17,25
0,58
15,05 SOUTO SOARES
-12,223
47,00
8,42
19,07
0,02
10,04 IRAQUARA
-11,315
150,00
3,78
21,28
14,74
184,64 AMERICA DOURADA
-11,422
150,00
1,69
17,47
0,82
26,10 LAPAO
-10,780
120,00
1,04
8,71
0,96
28,10 ITAGUACU DA BAHIA
-10,481
150,00
19,33
22,58
0,00
46,16 ITAGUACU DA BAHIA
-11,073
47,00
1,98
17,02
19,46
511,79 CENTRAL
-11,061
100,00
19,80
8,02
0,00
4,01 GENTIO DO OURO
-11,533
120,00
14,40
17,69
0,00
139,49 GENTIO DO OURO
-11,427
84,00
4,03
6,09
0,01
25,09 UIBAI
-10,984
130,00
2,59
9,54
1,73
126,44 SAO GABRIEL
-12,168
120,00
16,84
1,67
0,30
4,70 IRAQUARA
-11,764
70,00
18,00
26,92
3,12
195,00 CANARANA
-12,181
85,00
26,38
6,74
3,89
19,90 SOUTO SOARES
-11,548
51,50
19,33
16,77
0,26
4,97 XIQUE-XIQUE
-11,578
120,00
9,32
42,88
0,32
35,80 XIQUE-XIQUE
-11,149
72,00
39,60
2,80
52,50
1252,00 SAO GABRIEL
-11,486
120,00
2,41
12,16
31,00
94,40 LAPAO
-11,365
72,00
36,00
5,87
4,08
48,70 LAPÃO
-11,913
170,00
11,48
82,51
4,01
30,80 SOUTO SOARES
-10,874
80,00
41,68
2,13
4,81
61,60 ITAGUACU DA BAHIA
-12,092
143,00
7,20
87,60
0,84
44,70 SOUTO SOARES
-12,021
180,00
11,16
64,56
1,00
64,00 SOUTO SOARES
-12,019
180,00
11,64
26,84
1,00
91,20 SOUTO SOARES
-10,354
120,00
1,87
5,16
2,66
33,20 XIQUE-XIQUE
-10,674
90,00
34,45
5,56
7,16
211,00 ITAGUACU DA BAHIA
-11,358
72,00
37,72
1,58
43,80
286,00 AMERICA DOURADA
-10,683
90,00
31,68
5,27
0,56
3,98 XIQUE-XIQUE
-11,621
130,00
6,37
8,52
0,85
362,00 CANARANA
-11,956
65,00
11,16
36,72
26,20
373,00 BARRO ALTO
-10,749
140,00
15,84
38,29
4,24
76,60 ITAGUACU DA BAHIA
-11,450
150,00
5,29
13,44
6,22
108,00 AMERICA DOURADA
-12,122
145,00
5,79 118,50
2,47
40,00 SOUTO SOARES
-11,559
70,00
11,01
3,40
0,43
5,99 GENTIO DO OURO
-11,565
90,00
1,87
3,85
0,16
23,00 GENTIO DO OURO
-11,538
120,00
1,11
26,00
35,20
619,00 LAPAO
-11,398
30,30
8,49
12,31
17,40
340,00 AMERICA DOURADA
-11,776
94,00
3,67
27,20
7,62
210,00 CANARANA
-10,618
42,50
31,68
6,86
1,22
17,00 XIQUE-XIQUE
-10,319
78,00
4,46
3,58
1,64
18,00 XIQUE-XIQUE
-11,094
149,00
3,09
9,32
0,02
34,00 XIQUE-XIQUE
145
Continuação
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
ANÁLISE
20/06/02
22/06/02
27/06/02
27/06/02
27/06/02
23/07/02
25/07/02
25/07/02
25/07/02
28/08/02
24/10/02
24/10/02
24/10/02
19/12/02
19/12/02
19/12/02
19/12/02
18/03/03
18/03/03
18/03/03
18/03/03
25/03/03
16/04/03
22/04/03
22/04/03
22/04/03
22/04/03
22/05/03
N. CERB
1_6568
2_2122
2_251
1_5608
1_7259
2_2123
2_2124
2_2126
2_2125
1_2393
2_2156
2_2155
2_2157
2_2158
2_2159
2_2152
2_2151
2_2160
2_2163
2_2165
2_2164
1_4826
2_1810
3_3929
1_1754
2_1272
1_7150
2_1030
X (Grd)
-41,887
-41,541
-41,581
-41,586
-41,655
-41,607
-41,669
-41,792
-41,979
-41,579
-41,637
-41,591
-42,121
-42,018
-42,190
-41,814
-41,780
-42,717
-42,517
-42,240
-42,343
-42,273
-42,323
-42,043
-42,334
-42,326
-42,308
-41,669
Y (Grd) PROF (m) Q(m³/h) NE (m) NO3(mg/l) CL(mg/l)
MUNICIPIO
-11,873
111,00
7,20
85,60
8,70
127,00 BARRO ALTO
-11,607
150,00
3,96
18,09
3,89
564,00 CAFARNAUM
-12,286
150,00
25,56
40,24
60,80
254,00 IRAQUARA
-12,308
155,00
20,84
66,82
10,50
172,00 IRAQUARA
-12,069
200,00
3,52 147,49
1,68
339,00 SOUTO SOARES
-11,471
88,00
26,38
11,90
47,40
267,00 AMERICA DOURADA
-11,068
120,00
13,42
7,23
1,29
225,00 SÃO GABRIEL
-11,973
120,00
14,40
41,83
15,80
213,00 SOUTO SOARES
-11,628
150,00
2,52
6,24
6,34
172,00 IBIPEBA
-12,333
100,00
39,60
48,15
4,20
79,10 IRAQUARA
-11,727
70,00
12,74
22,78
33,90
553,00 CANARANA
-11,732
88,00
26,38
12,99
20,10
502,00 CANARANA
-11,803
150,00
0,36
4,93
< LDM
10,10 BARRA DO MENDES
-11,283
100,00
2,19
6,06
1,41
61,20 PRESIDENTE DUTRA
-11,096
120,00
3,31
10,02
0,04
128,00 CENTRAL
-13,504
163,00
1,04
24,42
13,50
180,00 LAPÃO
-11,408
166,00
6,84
51,65
6,08
190,00 LAPAO
-10,821
100,00
11,62
8,85
0,48
445,00 XIQUE-XIQUE
-10,907
120,00
3,67
2,83
2,51
241,00 ITAGUACU DA BAHIA
-10,853
120,00
30,45
8,06
15,60
300,00 ITAGUACU DA BAHIA
-10,988
120,00
32,97
5,94
14,60
340,00 ITAGUACU DA BAHIA
-10,906
31,00
6,87
0,00
3,33
128,00 ITAGUACU DA BAHIA
-11,047
150,00
3,70
40,30
2,48
74,80 ITAGUACU DA BAHIA
-11,032
80,00
20,84
5,47
22,00
126,00 ITAGUACU DA BAHIA
-11,102
85,00
28,29
18,60
18,00
265,00 ITAGUACU DA BAHIA
-11,036
117,00
17,60
35,80
37,60
182,00 ITAGUACU DA BAHIA
-11,072
150,00
0,61
33,10
21,20
114,00 ITAGUACU DA BAHIA
-11,978
121,00
13,17
11,42
9,81
335,00 MULUNGU DO MORRO
FONTE: Sistema Gerenciador de Banco de Dados, SRH/NEHMA/UFBA, 2004
Download

Hailton Mello da Silva - nehma - Universidade Federal da Bahia