ADIÇÃO DE POLICLORETO DE VINILA EM MATRIZ DE CONCRETO SIMPLES
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2
3
Danilo de Santana Nunes , Vivian Moreira Ferraz de Oliveira , Thiago Francisco de Souza , Rosana
4
5
de Albuquerque Arléo Alvim , Ruan Carlos de Araújo Moura
1
UESC/DCET/[email protected]
UESC/DCET/[email protected]
3,
UESC/DCET/[email protected]
4,
UESC/DCET/[email protected]
5
UESC/DCET/[email protected]
2,
Palavras-Chave: Concreto, Resíduos, PVC.
INTRODUÇÃO: A construção civil é um dos setores
que mais consomem matérias-primas naturais. Estimase que entre 20 e 50% do total de recursos naturais
consumidos pela sociedade são direcionados à
construção [1]. A utilização de resíduos como matériaprima pode auxiliar na redução dessa estimativa, além
de diminuir a emissão de poluentes à atmosfera.
Seguindo esse conceito, neste trabalho, pesquisou-se
a viabilidade da substituição dos agregados
convencionais por agregados resultantes da trituração
de Policloreto de Vinila, ou PVC, proveniente de restos
de tubos. O PVC é o segundo plástico mais produzido
em todo o mundo, atingindo, atualmente, um volume
anual de aproximadamente 25 milhões de toneladas.
As suas excelentes propriedades mecânicas o tornam
um material para aplicações de longa vida, por isso o
seu uso recorrente na construção civil.
MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente foram
produzidos, como referência, corpos-de-prova em
concreto convencional, de acordo com a NBR 5738. Os
materiais utilizados foram: água, cimento portland CPII
32, areia, britas 0 e 1. Os corpos de prova foram
ensaiados aos 7 dias, numa máquina de compressão,
de acordo com a NBR 5739 e NBR 7222. O mesmo
procedimento foi realizado na produção de novos
corpos-de-prova, porém com substituição de frações da
brita 0 por PVC triturado. Seguiu-se, então, a análise
da capacidade mecânica dos diferentes traços,
buscando-se assim, a obtenção da melhor relação
resíduos/concreto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO OU RESULTADOS
ESPERADOS: Foram estipuladas faixas de 20%, 40%,
60%, 80% e 100% para a substituição da brita 0 pelo
PVC triturado. Além dos ensaios de resistência à
compressão, os corpos de prova foram pesados a fim
de se obter as respectivas massas específicas. Os
resultados de tensão resistente e massa específica das
matrizes de concreto simples com adição de PVC
estão mostrados na Tabela 1 e na Figura 1:
Tabela 01 – Resultados da massa específica e dos
ensaios à compressão dos corpos de prova.
Substituição
Massa
Tensão
(%)
Específica
(MPa)
(kg/m³)
0
2323,73
17,32
20
2256,88
12,46
40
2161,39
12,00
60
2094,54
11,94
80
2008,59
12,87
100
1944,93
12,96
Figura 01 – Relação entre a massa específica, tensão
resistente alcançada e a faixa de substituição.
Observa-se que a substituição de 20% da brita 0 pelo
PVC causa uma queda significativa tanto na resistência
quanto na massa específica dos corpos de prova.
Entretanto, a partir dessa faixa de substituição, a
tensão resistente se mantém praticamente constante,
com contínua redução da massa específica.
CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES: A diminuição
no valor da massa específica foi um resultado positivo,
visto que o peso próprio representa uma parcela
importante do carregamento resistido por elementos
estruturais. Tem-se um material com boa resistência e
massa específica reduzida, demonstrando um grande
potencial para sua utilização em obras civis. O concreto
obtido possui potencial para constituir um concreto que,
mantendo-se a resistência mínima de 17 MPa aos 28
dias, pode ser utilizado para moldar elementos
estruturais, como vigotas, pilaretes e blocos estruturais.
A utilização de restos de tubos e canos de PVC
provenientes de obras de construção, reforma e
demolição representa também uma alternativa para a
reciclagem desse material.
AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem aos seus
parceiros de trabalho, familiares e à comunidade
acadêmida da UESC.
REFERÊNCIAS:
[1]- JOHN, V. M. Reciclagem de resíduos na
construção civil: Contribuição à metodologia de
pesquisa e desenvolvimento. 2000. 102f. Tese de livre
docência – Escola Politécnica, Universidade de São
Paulo, São Paulo.
[2]- CINCOTTO, M. A. Utilização de subprodutos e
resíduos na indústria da construção civil. Construção,
São Paulo, PINI. N.2480, p.27-30, ago., 1983.
[3]- CONCRETO VERDE, postagem Revista on-line
Pesquisa Fapesp, abril de 2008. Disponível em:
http://revistapesquisa.fapesp.br/2008/04/01/concretoverde/
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