ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA INFRA-ESTRUTURA - SIE
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INFRA-ESTRUTURA - DEINFRA-SC
ESPECIFICAÇÕES GERAIS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS
PAVIMENTAÇÃO – ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO
DEINFRA-SC-ES-P-05/92
CAMADAS DE MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE
1.
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DESCRIÇÃO
As Camadas de Misturas Asfálticas Usinadas a Quente são produtos resultantes do
processamento a quente, em usinas apropriadas de misturas homogêneas e convenientemente
dosadas de agregados graduados inertes e material asfáltico, espalhadas e comprimidas a quente.
São objeto desta especificação o Concreto Asfáltico Usinado a Quente - CAUQ,
Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA e Areia Asfalto a Quente - AAQ.
1.1.
Concreto Asfáltico Usinado a Quente - CAUQ
É a mistura asfáltica usinada a quente composta por agregados minerais graduados e
material asfáltico, sendo usualmente empregado como:
a)
Revestimento asfáltico em uma só camada ("capa"). A mistura empregada deverá
apresentar estabilidade e flexibilidade compatíveis com o funcionamento elástico da
estrutura e condições de rugosidade que proporcionem segurança adequada ao tráfego,
mesmo sob condições climáticas e geométricas adversas.
b)
Revestimento asfáltico em duas camadas, sendo a superior denominada camada de
rolamento ("capa") e a inferior, camada de ligação (ou "Binder"). A camada de ligação
apresenta, em relação a mistura utilizada para a camada de rolamento, diferenças de
comportamento decorrentes do emprego de agregado de maior diâmetro máximo,
existência de maior percentagem de vazios, menor consumo de material de enchimento
(Filer) e de material asfáltico.
c)
Camada de nivelamento ou de reperfilagem, em que é utilizada uma mistura de agregados
de graduação fina, executada com a função de corrigir deformações de superfície de um
antigo revestimento e, simultaneamente, promover a selagem de fendas existentes. Essa
camada deverá ser executada obrigatoriamente com vibroacabadora.
1.2.
Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA
É a mistura asfáltica usinada a quente composta por agregado mineral
preponderantemente graúdo, cuja graduação confere à mistura elevada porcentagem de vazios, e
material asfáltico, sendo usualmente empregada como:
a)
Revestimento asfáltico em uma só camada ("capa"), podendo receber, opcionalmente, uma
capa selante.
b)
Camada de ligação (ou "Binder") empregada quando se usa revestimento asfáltico em duas
camadas, sendo a camada de rolamento executada com Concreto Asfáltico Usinado à
Quente - CAUQ.
1
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c)
Camada de nivelamento em obras de restauração onde, além da função estrutural,
deseja-se corrigir deformações na pista existente.
d)
Camada de base.
1.3.
Areia-Asfalto a Quente – AAQ
É a mistura asfáltica usinada a quente composta por agregado miúdo, material de
enchimento (Filer) e material asfáltico, usado geralmente, como camada de revestimento asfáltico
ou reperfilagem.
2.
MATERIAIS
2.1.
Materiais Asfálticos
a) Podem ser utilizados nas misturas asfálticas a quente, os cimentos asfálticos de petróleo
tipos :
• CAP 30 – 45;
• CAP 50 – 70;
• CAP 85 -100;
• De cada carga fornecida pelo Distribuidor de Asfaltos a garantia do produto deve ser
atestada pelo fabricante através de CERTIFICADO de QUALIDADE com as
características do produto;
b) As características a serem obedecidas para o cimento asfáltico são as contidas na
Resolução nº 19, de 11 de julho de 2005 da AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO,
GAS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP);
c) Deverão ser realizados os ensaios constantes da tabela abaixo :
Ensaio
Característica
NBR 6576
Determinação da penetração
DNER-ME 148/94
Ponto de fulgor, ºC
DNER-ME 193/96
Densidade relativa, 25ºC
2
ABNT-NBR 6560/00
Ponto de amolecimento, ºC
ABNT-NBR 14736/01
Efeito do calor e do ar :
- variação de massa, %
- percentagem de penetração original
NBR 14950
Viscosidade Saybolt Furol
ASTM-2196/99
Viscosidade Brookfied à 175ºC, cP
NBR 14855
Determinação da solubilidade em tricloroetilenno
NBR 6293
Determinação da ductibilidade
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2.2.
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Agregados
2.2.1. Agregados Graúdos
O agregado graúdo é aquele que fica retido na peneira de 2,0 mm (nº 10) e deverá ser
constituído por pedra ou seixos britados ou não, apresentando partículas sãs, limpas e duráveis,
livres de torrões de argila e outras substâncias nocivas, obedecidas, ainda, as seguintes indicações:
• valor de perda máxima de 12%, quando submetido ao ensaio de durabilidade com sulfato
de sódio (MÉTODO DNER-ME 89/94);
•
valor máximo de 50% no ensaio de desgaste "Los Angeles" (MÉTODO DNER-ME
35/98);
•
valor superior a 0,6 no índice de forma (MÉTODO DNER-ME 86/94) ou valor máximo
3
de 10% de grãos defeituosos, no ensaio de lamelaridade;
•
valor satisfatório no ensaio de adesividade (MÉTODO DNER-ME 78/94), utilizando-se,
se necessário, melhorador de adesividade.
2.2.2. Agregados Miúdos
O agregado miúdo é aquele que passa na peneira de 2,0 mm (nº 10) e deverá ser
constituído por areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos, apresentando partículas individuais
resistentes, livres de torrões de argila e outras substâncias nocivas, obedecidas, ainda, as seguintes
indicações:
• valor de perda máxima de 12%, quando submetido ao ensaio de durabilidade com sulfato
de sódio (MÉTODO DNER-ME 89/94);
• valor para o equivalente de areia (MÉTODO DNER/ME 54/97), superior a:
− 55% para Concreto Asfáltico Usinado a Quente - CAUQ;
− 45% para Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA;
− 40% para Areia-Asfalto a Quente - AAQ.
2.2.3. Material do Enchimento (Filer)
O material de enchimento, de uso obrigatório, deve estar seco isento de grumos,
constituído, necessariamente, por cal hidratada calcítica tipo CH-1, atendendo à seguinte
granulometria (DNER-ME 083/98) :
PENEIRA
ASTM
mm
0,42
N° 40
0,18
N° 80
0,074
N° 200
% PASSANDO,
EM PESO
100
95 -100
65 - 100
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2.3.
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Melhorador de Adesividade
O uso recomendado de cal hidratada calcítica tipo CH-1, como material de enchimento,
deve suprimir a necessidade de incorporação de aditivo melhorador de adesividade (dope) ao
ligante asfáltico.
No caso de utilização de melhorador de adesividade ("Dope"), este deverá ser adquirido
separadamente e incorporado ao Cimento Asfáltico de Petróleo - CAP no canteiro de serviço,
desde que seja comprovada a sua eficiência através do ensaio a danos por umidade induzida
(AASHTO 283/89). Não será admitido adquirir CAP já adicionado do melhorador de adesividade.
4
2.4.
Aditivos
Poderão ser utilizados aditivos que facilitem a mistura ou melhorem suas características.
2.5.
Composição da Mistura
A faixa granulométrica a ser adotada deverá ser selecionada em função da utilização
prevista para a mistura asfáltica. O diâmetro máximo do agregado deverá ser igual ou inferior a
2/3 da espessura da camada, devendo atender os requisitos dos quadros seguintes:
2.5.1. Faixa Granulométrica
•
Para Concreto Asfáltico Usinado a Quente– CAUQ
PENEIRA
ASTM
mm
2"
1 ½"
1"
3/4"
1/2"
3/8"
N° 4
N° 10
N° 40
N° 80
N° 200
PORCENTAGEM PASSANDO, EM PESO
B
C
E
D
—
—
—
—
100
—
—
—
95 - 100
—
—
—
80 - 100
100
100
100
60 - 90
85 - 100 90 - 100 80 - 100
45 - 80
75 - 100 76 - 93
70 - 90
28 - 60
50 – 85 44 – 74 50 – 70
20 - 45
30 – 75 25 – 55 33 – 48
10 - 32
15 – 40
9 – 27
15 – 25
8 - 20
8 – 30
4 – 17
8 – 17
3-8
5 - 10
2- 10
4 - 10
A
50,8
38,1
25,4
19,1
12,7
9,5
4,8
2,0
0,42
0,18
0,074
CAMADAS
100
95 – 100
75 – 100
60 – 90
—
35 – 65
25 – 50
20 – 40
10 – 30
5 – 20
1–8
LIGAÇÃO
LIGAÇÃO
OU
ROLAMENTO
ROLAMENTO
F
—
—
—
—
—
100
75 - 100
50 - 90
20 - 50
7 - 28
3 - 10
REPERFILAGEM
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•
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Para Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA
PENEIRA
ASTM
1 ½"
1"
3/4"
mm
38,1
25,4
19,1
PORCENTAGEM PASSANDO, EM PESO
A
B
C
D
E
100
95 - 100
—
—
100
—
—
—
100
—
—
—
—
—
—
5
1/2"
3/8"
N° 4
N° 8
N° 10
N° 16
N° 40
N° 200
•
12,7
9,5
4,8
2,4
2,0
1,2
0,42
0,074
25 - 60
—
0 - 10
—
0-4
—
—
0-2
45 - 75
—
5 - 30
—
0-6
—
—
0-2
65 - 95
—
5 - 35
—
0 - 10
—
—
0-2
100
85 - 100
—
0 - 10
—
0-5
—
0-2
100
90 - 100
30 - 55
—
0 - 22
—
0 - 12
0-5
Para Areia-Asfalto a Quente - AAQ
PENEIRA
ASTM
N° 4
N° 10
N° 40
N° 80
N° 200
PORCENTAGEM PASSANDO, EM PESO
mm
4,8
2,0
0,42
0,18
0,074
A
B
C
100
90 - 100
40 - 90
10 - 47
2-7
100
90 - 100
30 - 95
7 - 60
3 - 10
100
85 - 100
25 - 100
8 - 62
4 - 15
Deverão ser obedecidas, ainda, as seguintes condições:
a)
A fração retida entre duas peneiras consecutivas, excetuadas as duas de maior malha de
cada faixa, não deverá ser inferior a 4% do total.
b)
As granulometrias dos agregados miúdos e graúdos deverão ser obtidas por "via lavada".
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OBSERVAÇÃO: Quando devidamente justificadas, outras faixas granulométricas poderão ser
adotadas desde que a mistura apresente boa trabalhabilidade, qualidade e
atenda às características especificadas.
2.5.2. Características Gerais de Mistura
Deverá ser empregado o método Marshall (MÉTODO DNER-ME 43/95) para
determinação da estabilidade, fluência e vazios das misturas asfálticas usinadas a quente e o
ensaio de resistência à tração por compressão estática, a 25ºC (DNER-ME 134/94), cujos limites
estabelecidos são os seguintes:
6
ITEM
CAUQ
NÚMERO DE GOLPES/FACE
PMQA
AAQ
75
75
75
ESTABILIDADE
ROLAMENTO
800
700
500
Mínima - (kgf)
LIGAÇÃO
700
600
—
8 a 16
8 a 18
—
FLUÊNCIA (0,01")
% DE VAZIOS
ROLAMENTO
3a5
< 10
3a8
TOTAIS
LIGAÇÃO
4a6
< 10 ou > 20
—
RELAÇÃO
ROLAMENTO
70 a 82
65 a 82
65 a 82
BETUME/VAZIOS (%)
LIGAÇÃO
65 a 75
30 a 75 ou 65 a 82
—
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR COMPRESSÃO
DIAMETRAL ESTÁTICA A 25ºC, MPa
MÁXIMA
1,10
MÍNIMA
0,60
ROLAMENTO
0,8 – 1,2
LIGAÇÃO
0,6 – 1,2
RELAÇÃO FINOS/BETUME
CONCENTRAÇÃO CRÍTICA
ROLAMENTO
LIGAÇÃO
Cs
Cs
C
C
Notas:
1) No caso de utilização de Concreto Asfáltico Usinado a Quente em camada delgada de
nivelamento ou de reperfilagem, aplicada com vibroacabadora, as características da
mistura serão aquelas estabelecidas para a camada de rolamento, permitindo-se o volume
de vazios (Vv) da ordem de 1% a 3%.
2) Quando utilizadas como camada de rolamento ("capa"), as Misturas Asfálticas Usinadas a
Quente deverão atender as especificações da relação betume/vazios e aos valores mínimos
de vazios de agregado mineral dados pela tabela seguinte. Esta condição tem por finalidade
garantir um volume mínimo no agregado mineral, possibilitando assim a adoção de um
teor mínimo adequado de asfalto.
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VAM – Vazios do Agregado Mineral
Tamanho Nominal Máximo do Agregado
VAM Mínimo
%
Polegadas
Milímetros (mm)
7
1 ½”
38,1
13
1”
25,4
14
¾”
19,1
15
½”
12,7
16
3/8”
9,5
18
3ª.) Em caso de previsão no projeto de solicitação pelo tráfego superior a 1 x 107 operações do
eixo-padrão de 8,2 tf (critério USACE), o traço da mistura asfáltica utilizada deve ser verificado à
deformação permanente pelo equipamento “Orniéreur” do Laboratoire de Ponts et Chaussées
(LCPC). Necessariamente, a deformação permanente deve ser medida a 30, 100, 1000, 3000,
10000 e 30000 ciclos e a temperatura de 60ºC, com freqüência de 1 Hz. O afundamento
admissível deve ser definido em projeto, em função da mistura adotada. Outros ensaios poderão
ser exigidos pela fiscalização, tais como : “Vida de fadiga por carga repetitiva” e “Módulo
dinâmico”.
3.
EQUIPAMENTO
O equipamento deverá ser aquele capaz de executar os serviços sob as condições
especificadas e produtividade requerida e poderá compreender basicamente as seguintes unidades:
•
•
•
•
•
•
•
4.
Depósitos para o cimento asfáltico;
Depósitos para agregados (Silos), obrigatoriamente cobertos;
Usina para misturas asfálticas a quente, com controle de poluição;
Caminhões basculantes;
Acabadora auto-propelida;
Rolos compactadores, auto-propelidos e reversíveis; e
Ferramentas manuais e equipamentos acessórios.
EXECUÇÃO
As misturas asfálticas deverão ser processadas em usinas apropriadas que tenham condições de
produzir misturas asfálticas uniformes. Preferencialmente, serão empregadas usinas
8
•
gravimétricas. Para utilização de usina volumétrica e/ou tipo “drum-mixer” deverão ser
atendidas as seguintes exigências :
A secagem dos agregados deverá ser no sistema de contra-fluxo, evitando-se a ação das
chamas do queimador sobre o asfalto;
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• Cada silo deverá possuir balança para dosagem individual dos agregados de modo a permitir
a imediata e automática correção da dosagem dos materiais a partir da variação de qualquer
deles, inclusive o asfalto. Deverá haver dispositivo que interrompa a produção caso haja
variação brusca na dosagem de qualquer material;
• A recuperação de finos deverá ser por via seca, através de filtro de manga;
• A usina não poderá ser de capacidade inferior à estipulada nos caso de uma gravimétrica
• O uso de “filler” calcário do tipo cal hidratada calcítica tipo CH-1, é obrigatório em todas as
composições de misturas asfálticas tipo CAUQ.
b)
A temperatura de aquecimento do cimento asfáltico, no momento da misturação deverá ser
determinada para cada tipo de ligante, em função da relação da temperatura x viscosidade.
A temepratura conveniente será aquela na qual o cimento asfáltico apresentar valor para a
viscosidade situado dentro da faixa de 85 a 150 segundos Saybolt-Furol, indicando-se,
preferencialmente, a viscosidade de 105 ± 10 segundos Saybolt-Furol. Os agregados deverão
ser aquecidos à temperatura de até 10° C acima da temperatura do cimento asfáltico e, a
temperatura deste não deverá ser superior a 157° C. A mistura não poderá ter temperatura
inferior a 110º C e superior a 167º C. A produção do concreto asfáltico e a frota de veículos
de transporte devem assegurar a operação contínua da vibroacabadora.
c)
O tempo de misturação deverá ser o mínimo que propicie mistura homogênea, com os
agregados mais filer recobertos uniformemente pelo ligante.
d)
O transporte das Misturas Asfálticas Usinadas a Quente deverá ser feito com caminhões
basculantes que apresentem caçambas lisas e limpas. Para evitar a aderência da mistura à
caçamba, será feita a sua limpeza com água ensaboada, solução de cal ou óleo solúvel. Em
qualquer caso, o excesso de solução deverá ser retirado antes do carregamento da mistura.
Não será permitido o emprego de gasolina, querosene, óleo diesel ou produtos similares na
limpeza das caçambas.
e)
Todos os carregamentos de misturas asfálticas usinadas a quente deverão ser cobertos com
lona impermeável de modo a reduzir a perda de calor, evitar a formação de crosta na parte
superior e proteger a mistura da contaminação de poeira ou outros corpos.
f)
A superfície que irá receber a Camada de Mistura Asfáltica Usinada a Quente deverá
apresentar-se limpa, seca e isenta de pó ou outras substâncias prejudiciais. Eventuais defeitos
existentes deverão ser adequadamente reparados, previamente à aplicação da mistura. Caso
tenha havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou ainda, ter sido recoberta com areia,
etc., ou ainda tenha perdido o seu poder ligante, deverá ser feita uma Pintura Asfáltica de
9
Ligação.
g)
As Misturas Asfálticas Usinadas a Quente poderão ser estocadas em silos apropriados, não
se permitindo o seu empilhamento. O silo de estocagem deverá ser equipado para prevenir
segregação na mistura.
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h)
A distribuição de uma Mistura Asfáltica Usinada a Quente não será permitida com tempo
chuvoso ou quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 15° C, permitindo-se, no
entanto, se a temperatura ambiente estiver acima de 12° C e em ascensão. A determinaçäo
da temperatura ambiente deverá ser feita na sombra e longe de aquecimento artificial. A
critério da fiscalização, a temperatura ambiente pode ser inferior aos valores mencionados,
mas deve ser suficientemente elevada para não interferir com a eficiência da compactação.
i)
As misturas asfálticas usinadas a quente serão distribuídas com acabadoras autopropelidas,
inclusive no caso de camada de nivelamento ou reperfilagem. Outro equipamento de
espalhamento pode ser utilizado na execução, em áreas onde o uso de acabadoras não é
praticável. Esses equipamentos deverão permitir a obtenção dos resultados especificados.
j)
No caso de ocorrerem irregularidades na superfície da camada espalhada, estas deverão ser
corrigidas através da adição manual da mistura, sendo este espalhamento efetuado por
meio de ancinhos e rodos metálicos, antes de qualquer operação de rolagem.
k)
No inicio da operação de espalhamento, quando a mesa da vibroacabadora não estiver
suficientemente aquecida, a correção da segregação da massa asfáltica espalhada deverá
ser efetuada obrigatoriamente com a utilização do material passante em peneira de 5 mm,
antes da entrada do equipamento de compactação.
l)
Nas emendas longitudinais o transpasse do material espalhado pela vibroacabadora não
pode ultrapassar 10 cm. Preferencialmente as juntas deverão ser acabadas com adição de
massa asfáltica e não por supressão.
m)
A espessura da camada e a temperatura, das Misturas Asfáltica Usinadas a Quente, no
momento da distribuição, e as unidades compactadoras adotadas serão aquelas que
permitam a obtenção dos resultados especificados.
n)
A compressão das Misturas Asfálticas Usinadas à Quente com a utilização de rolo (s)
compactador (es) terá início imediatamente após sua distribuição e perdurará até o
momento em que seja obtida a densificação especificada, observando as seguintes
indicações:
10
•
A (s) unidades (s) compactadora (s) deverá (ão) seguir, o mais próximo possível, o
equipamento de espalhamento;
•
Como orientação, a temperatura de compactação é a mais elevada que a mistura asfáltica
possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso;
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•
As juntas serão compactadas primeiro, assegurando adequadas condições de acabamento;
•
A compressão será executada em faixas longitudinais e será sempre iniciada pelo ponto
mais baixo da seção transversal e deverá progredir no sentido do ponto mais alto, devendo
em cada passada ser recoberta a metade da largura compactada na passada anterior;
•
Não serão permitidas: mudanças de direção, aceleração, desaceleração e inversões bruscas
de marcha, nem estacionamento do equipamento de compactação sobre mistura asfáltica
recém rolada. No caso de utilização de equipamentos vibratórios de compactação, deverá
desligar-se a vibração antes da reversão;
•
As mudanças de faixa de compactação não deverão ser feitas onde a mistura asfáltica
estiver quente;
•
Para evitar aderências os cilindros metálicos deverão ser mantidos adequada e
suficientemente úmidos, e as rodas dos rolos pneumáticos deverão, no início da
compactação, serem levemente untadas com óleo queimado;
o)
Em locais onde a mistura asfáltica usinada a quente for colocada em áreas inacessíveis aos
equipamentos de compactação, deverão ser empregados soquetes pneumáticos ou outros
equipamentos que permitam a obtenção do grau de compactação especificado.
p)
Os equipamentos envolvidos no transporte, espalhamento e compactação de Misturas
Asfálticas Usinadas a Quente deverão apresentar boas condições de uso e limpeza.
11
Deverão ser tomados cuidados para prevenir a ocorrência de vazamentos de combustíveis,
graxas ou outros materiais danosos às misturas asfálticas, estejam estes equipamentos em
operação ou estacionados.
q)
No caso de camadas sobrepostas, as juntas transversais e longitudinais não deverão ser
coincidentes. No caso de juntas longitudinais de eixo, deverá haver um afastamento lateral
de, pelo menos, 0,15 m e a junta da camada final deverá coincidir com o eixo de projeto.
r)
Uma camada de Mistura Asfáltica Usinada a Quente somente será liberada ao tráfego após
o seu resfriamento.
5.
CONTROLE
5.1.
Controle Tecnológico
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5.1.1. Materiais
5.1.1.1. Cimentos Asfálticos de Petróleo
Para recebimento e aceitação, os Cimentos Asfálticos de Petróleo deverão atender as IG 20.1
item "a", IG 20.2 e IG 20.3.
5.1.1.2. Agregados
a)
Diariamente será feita uma inspeção à britagem e aos depósitos, de maneira a verificar se
os agregados estão limpos e isentos de outras contaminações prejudiciais.
b)
Anteriormente ao início da primeira execução, na obra, dos serviços de Misturas Asfálticas
Usinadas a Quente, ou no caso de se constatar alteração mineralógica (visual) na bancada
da pedreira em exploração, ou de ocorrer mudança de fonte de agregado, deverão ser
executados os seguintes ensaios:
• Abrasão "Los Angeles" (MÉTODO DNER-ME 35/98);
• Durabilidade (MÉTODO DNER-ME 89/94);
• Adesividade (MÉTODO DNER-ME 78/94);
• Índice de Forma (MÉTODO DNER-ME 86/94), ou determinação da percentagem de
partículas defeituosas; e
• Equivalente de Areia (MÉTODO DNER-ME 54/97) do agregado miúdo.
c)
Dois ensaios de granulometria (MÉTODO DNER-ME 83/98), para cada tipo de
agregado, para constatação da regularidade da britagem, em cada semana de britagem.
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Um ensaio de granulometria (MÉTODO DNER-ME 83/98) do material de enchimento
(Filer) de cada carga, que chegar à obra, com amostragem a critério da Fiscalização,
devendo ser rejeitado se não atender a granulometria especificada.
d)
5.1.2. Execução
5.1.2.1. Temperatura
Este controle será com, no mínimo, oito medidas de temperatura por dia de serviço,
envolvendo:
•
•
•
agregados nos silos quentes;
cimento asfáltico, na entrada do misturador;
mistura em todos os caminhões, no caso de usinas tambor-secador-misturador.
As temperaturas devem satisfazer os limites especificados, sem o que a usina deverá ser paralisada
e a mistura ser rejeitada.
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5.1.2.2. Características Gerais da Mistura
a) Um ensaio para obtenção do teor de Cimento Asfáltico de Petróleo - CAP, para cada 100 t
de mistura asfáltica ou, pelo menos, uma determinação por dia de trabalho, com amostra
coletada após a passagem do equipamento de distribuição. Preferencialmente, deve-se
empregar o ensaio de extração por refluxo ("Soxhlet"), em lugar do ensaio por
centrifugação (MÉTODO DO DNER-ME 53/94). O valor obtido através das fórmulas (3)
e (4) do Anexo I, para controle bilateral, poderá variar, em relação ao teor de projeto, na
faixa de ± 0,3% para Concreto Asfáltico Usinado a Quente - CAUQ e ± 0,4% para o
Pré-Misturado Usinado a Quente Aberto - PMQA e Areia Asfalto a Quente - AAQ, sem o
que o serviço não será aceito.
b) Um ensaio de granulometria (MÉTODO DNER-ME 83/94) da mistura dos agregados
com os materiais resultantes das extrações de asfalto referidas no item 5.1.2.2.a. A curva
granulométrica deverá manter-se contínua enquadrando-se na faixa de projeto. Os serviços
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serão aceitos se os valores obtidos através das fórmulas (3) e (4) do Anexo I, para controle
bilateral, estiverem em relação à curva de projeto, dentro dos limites estabelecidos abaixo:
PENEIRA
% PASSANDO,
EM PESO
ASTM
mm
3/8" a 1½"
9,5 a 38,1
±7
N° 40 a N° 4
0,42 a 4,0
±5
N° 80
0,18
±3
14
N° 200
0,074
±2
c)
Uma amostra indeformada, extraída com a sonda rotativa (D = 10,4 cm), para cada 100 t
de mistura asfáltica compactada, em local correspondente à trilha de roda externa.
Preferencialmente um destes pontos deverá coincidir com o ponto de coleta de amostras
efetuada para o item "5.1.2.2.a". De cada amostra extraída, será determinada a massa
específica aparente (MÉTODO DNER-ME 117/81) e a espessura individual (média de,
pelo menos, três determinações com paquímetro). Este corpo de prova será submetido ao
ensaio de resistência à tração na compressão diametral (RTCD). O grau de compactação da
mistura deverá ser obtido pela relação entre a massa específica aparente do corpo-de-prova
retirado da pista com o uso da sonda rotativa e a massa específica aparente da mistura, de
projeto. Os valores do grau de compactação, calculados estatisticamente pela fórmula (4)
do Anexo I, para controle unilateral deverão ser iguais ou superiores a:
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• 97%, para Concreto Asfáltico Usinado a Quente - CAUQ;
• 96%, para Pré-Misturado a Quente Aberto - PMQA e Areia Asfalto a Quente - AAQ.
Notas:
1a.)
2a.)
3a.)
5.2.
Em caso de não atendimento aos ítens "a" ou "b" ou "c", a solução a adotar é a remoção da
camada e reexecução da mesma e, se for caso, a restauração da camada subjacente, com
ônus exclusivo da construtora.
No caso de camadas de nivelamento finas de Mistura Asfálticas Usinadas a Quente, o
controle por ensaio de compactação poderá ser dispensado, efetuando-se apenas o controle
de operação, visual, referente ao número de passagens de equipamento de compactação .
Após a execução de Misturas Asfálticas Usinadas a Quente, como camada de rolamento
("capa"), proceder-se-à a determinação das deflexões recuperáveis com viga Benkelmann,
a cada 20 metros, na posição correspondente à trilha da roda externa em cada uma das
faixas de tráfego.
Controle Geométrico
5.2.1. Espessura
A espessura da camada asfáltica será avaliada nos corpos de prova extraídos com sonda
rotativa, podendo-se fazer uma verificação pelo nivelamento da seção transversal, antes do
espalhamento e depois da compactação, no eixo e nos bordos, admitindo-se as seguintes
tolerâncias, para aceitação dos serviços.
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a)
Valores individuais da espessura, em relação à espessura prevista em projeto, não poderão
exceder a variação de ± 10%. Caso se constate o não atendimento, as correspondentes
áreas serão objeto de amostragem complementar, através de novas extrações de corpos de
prova com sonda rotativa.
b)
A variação da espessura mínima da camada, determinada pela fórmula (4) do Anexo I,
para controle unilateral, deverá situar-se no intervalo de ± 5%, em relação a espessura
prevista no projeto.
Notas:
1a.) As áreas com espessuras deficientes, devidamente delimitadas, serão reforçadas, às
expensas do Construtor.
2a.) As áreas com espessuras em excesso, desde que apresentem ondulações acentuadas, devido
à variação das espessuras, a critério da Fiscalização deverão ser removidas com restauração da
camada subjacente e a execução de uma nova camada, às expensas da Construtora.
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5.2.2. Largura
Não serão admitidos valores inferiores aos previstos em projeto. Em caso de não
atendimento, a solução a adotar será a remoção da camada, numa largura tal que permita a
reexecução da mesma, com equipamento apropriado, com ônus exclusivo da Construtora.
5.2.3. Acabamento
O acabamento da superfície será apreciado pela observação das condições de desempeno
da camada, da qualidade das juntas executadas, que deverá ser julgado satisfatório e inexistência
de marcas decorrentes da má distribuição e/ou compressão inadequada.
Durante a execução deve ser feito em cada estaca da locação o controle de acabamento da
superfície do revestimento, com o auxílio das duas réguas, uma de 3,00 m e outra de 1,20m,
colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação da
superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5 cm, quando verificada
com qualquer régua.
O acabamento longitudinal da superfície deve ser verificado por aparelhos medidores de
irregularidade. O valor do IRI (índice internacional de irregularidade) deverá ser menor ou igual a
2,7 m/km.
6.
MEDIÇÃO E PAGAMENTO
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Os serviços de Misturas Asfálticas Usinadas a Quente serão medidos e pagos de acordo
com os "PROCEDIMENTOS PARA MEDIÇÃO E PAGAMENTO DE OBRAS RODOVIÁRIAS".
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