L’ÉVANGILE
SELON LE SPIRITISME
Edição Brasileira (1.ª)
do original francês
de 1866
Do 1.º ao 7.º milheiro
Capa de Cecconi
Prefácio de
FRANCISCO THIESEN
NRBN
311-AA; 000.7-O; 3/1979
Copyright 1979 by
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA
(Casa-Máter do Espiritismo)
AV. PASSOS, 30
20051 - RIO, RJ - BRASIL
Reprodução fotomecânica e impressão offset das
Oficinas Gráficas do Depto. Editorial da FEB
Rua Souza Valente, 17
20941 - Rio, RJ - Brasil
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I.E. n.º 81.600.503
Impresso no Brasil
PRÉSITA EN BRAZILO
L’ÉVANGILE
SELON LE SPIRITISME
CONTENANT
L’EXPLICATION DES MAXIMES MORALES DU CHRIST
LEUR CONCORDANCE AVEC LE SPIRITISME
ET LEUR APPLICATION AUX DIVERSES POSITIONS DE LA VIE
PAR ALLAN KARDEC
Auteur du Livre des Esprits.
Il n’y a de foi inébranlable que celle
qui peut regarder la raison face à face,
à tous les âges de l’humanité.
TROISIÈME ÉDITION
REVUE, CORRIGÉE ET MODIFIÉE
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA
DEPARTAMENTO EDITORIAL
Rua Souza Valente, 17 - CEP - 20941
e Avenida Passos, 30 - CEP - 20051
Rio, RJ - Brasil
ÍNDICE
(Da edição brasileira da FEB, de 1979)
* “L’Évangile selon le Spiritisme” (“ O Evangelho segundo o Espiritismo”)
de Allan Kardec (Prefácio de Francisco Thisen)
13
* L’ÉVANGILE SELON LE SPIRITISME, par Allan Kardec (1866)
19
__________
Observação: Livro em língua francesa, precedido de Prefácio em português.
“L’Évangile selon le Spiritisme”
(“ O Evangelho segundo o Espiritismo”)
de Allan Kardec
Esta é a reprodução fotográfica da terceira edição francesa, original, da obra de Allan
Kardec sobre o Evangelho.
Precisamente a volta - do volume original - daqueles escritos definitivos, traduzidos
em várias línguas, no mundo, de 1866 em diante. O texto de que se serviu a Federação
Espírita Brasileira, na sua tradução brasileira de Guillon Ribeiro, hoje contando a
impressionante tiragem cumulativa de 1.300.000 exemplares!...
A referida terceira edição foi “revista, corrigida e modificada” pelo autor, no referido
ano de 1866, daí para a frente não mais recebendo alteração alguma.
Nas duas tiragens iniciais (1.ª e 2.ª), o livro, com diferente estrutura e matéria pouco
menos abundante, parágrafos menores e maiores, notações do Codificador, etc., portava o
título “Imitation de l’Évangile selon le Spiritisme”.
Da primeira edição francesa original, sob o título citado, a Federação Espírita
Brasileira publicou recentemente uma reprodução fotomecânica, ligeiramente ampliada, do
mesmo modo que, para breve, terá a oportunidade de lançar a edição espanhola de Barcelona,
antiga, que tem servido de base a traduções para outras línguas e vem sendo repetida em
países de língua castelhana, mormente na Argentina, na própria Espanha e nos Estados Unidos
da América.
Conforme advertimos no limiar de “Imitation...”, doravante não mais será possível a
continuidade da confusão que se faz em determinados países, notadamente no Brasil, com
relação à matéria deste livro kardequiano. Nem as insinuações de fraude e acusações
caluniosas à FEB deverão prosse-
guir, pois os tradutores e o público em geral disporão dos textos todos que ainda
desconhecem, verificando que são completamente infundadas as observações que fizeram
constar em notas de seus trabalhos, como denunciamos pelo “Reformador” de junho de 1978,
no artigo “Uma Prova de Fidelidade ao Codificador”.
Sobre a importância de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, não repetiremos o que
ficou registrado no Prefácio à “Imitation de l’Évangile selon le Spiritisme”, nem o que
escreveu o ilustre amigo, Hermínio C. Miranda, nas suas “Anotações à Edição Brasileira”. E
isso porque nenhum estudioso ou pesquisador poderá dispensar-se da satisfação de possuir
um exemplar também da primeira edição original francesa.
Contudo, repetimos “que este volume é daqueles, como os outros dois citados (vide
“Imitation”), programados em obediência à idéia de comemorar-se cristãmente os
Centenários de “Reformador” e da Federação Espírita Brasileira, que se estenderão a
1983 e 1984, respectivamente, quando a sede central da Casa estiver provavelmente
funcionando definitivamente em Brasília (DF), no coração do país”.
***
Julgamos conveniente, para fins históricos, dizer aos espíritas que a Biblioteca da Casa
de Ismael dispunha de um único exemplar da 3.ª edição francesa do livro de Allan Kardec,
“L’Évangile selon le Spiritisme”. Nele, além de anotações feitas a lápis, nas margens, em
certas páginas, foi colocado um impresso, precedendo-lhe o frontispício, para esclarecer que o
volume referido esteve em mãos de Allan Kardec e foi compulsado por Guillon Ribeiro e
Ismael Gomes Braga, quando realizaram, estes últimos, suas traduções brasileiras e em
Esperanto, nas datas e durante os períodos que indicam.
***
Esperamos que esta repetição da 3.ª edição francesa seja recebida no mundo como
penhor do profundo respeito e da imensa admiração da Federação Espírita Brasileira e dos
Espíritas do Brasil pela Obra Kardequiana, que todos desejamos preservar acima de quaisquer
controvérsias quanto à integralidade do seu texto e a fidelidade do tradutor Guillon Ribeiro ao
pensamento do eminente Allan Kardec!...
Rio de Janeiro (RJ), 15-2-1979
Francisco Thiesen
Presidente da Federação Espírita Brasileira
Em 1866 foi impresso êste exemplar, sob as vistas de Allan Kardec;
em 1897 pertencia a Aristides Spinola;
em 1936/7 foi traduzido em português por Guillon Ribeiro;
em 1943/4 foi traduzido em Esperanto por Ismael Gomes Braga.
L’ É V A N G I L E
SELON LE SPIRITISME
OUVRAGES DU MÊME AUTEUR:
LE LIVRE DES ESPRITS, contenant les principes de la Doctrine spirite; partie
philosophique et morale. 14e édition, 1 vol. in-12 de 500 pages, Prix: 3 fr. 50 c.
LE LIVRE DES MÉDIUMS, contenant la théorie des phénomènes spirites; partie
expérimentale. 3e édit., 1 vol. in -12 de 500 pages. Prix: 3 fr. 50 c.
L’ÉVANGILE SELON LE SPIRITISME, contenant l’explication des maximes
morales du Christ, leur concordance avec le Spiritisme et leur application aux diverses
positions de la vie. 3e édition, 1 vol. in-12. Prix: 3 fr. 50 c.
LE CIEL ET L’ENFER, ou la Justice divine selon le Spiritisme, contenant l’examen
des doctrines comparées sur la mort, le ciel, l’énfer et le purgatoire, de celles des anges et des
démons, etc. 1 fort vol. in-12. Prix: 3 fr. 50 c.
QU’EST-CE QUE LE SPIRITISME? Introducion à la connaissance du monde
invisible ou des Esprits, contenant le résumé des principes de la doctrine spirite, et la réponse
aux principales objections. 6e édit, revue et augmentée. In-12 de 188 pages. Prix: 1 fr.
LE SPIRITISME A SA PLUS SIMPLE EXPPRESSION, exposé sommaire de
l’enseignement des Esprits et de leurs manifestations. 6e édit. - Brochure in-12 de 36 pages.
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VOYAGE SPIRITE EN 1862. - Brochure grand in-8º. Prix 1 fr.
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REVUE SPIRITE, journal d’études psychologiques, paraíssant chaque mois, depuis
le 1er janvier 1858, par livraisons de 2 feuilles au moins grand in-8º. - Prix: pour la France et
l’Algérie: 10 fr. par an - Étranger: 12 fr. - Amérique et pays d’outre-mer, 14 fr. - Tous les
abonnements partent du 1er janvier. - Bureau: Paris, 59, rue et passage Sainte-Anne.
______________________________________________________
Paris - Imprimerie de P. - A. BOURDIER et Ce, rue des Poitevins, 6.
L’ÉVANGILE
SELON
LE SPIRITISME
CONTENANT
L’EXPLICATION DES MAXIMES MORALES DU CHRIST
LEUR CONCORDANCE AVEC LE SPIRITISME
ET LEUR APPLICATION AUX DIVERSES POSITIONS DE LA VIE
PAR ALLAN KARDEC
Auteur du Livre des Esprits.
Il n’y a de foi inébranlable que celle
qui peut regarder la raison face à face,
à tous les âges de l’humanité.
TROISIÈME ÉDITION
REVUE, CORRIGÉE ET MODIFIÉE
__________
PARIS
LES ÉDITEURS DU LIVRE DES ESPRITS
35, QUAI DES AUGUSTINS
D E N T U, F R É D, H E N R I, libraires, au Palais-Royal
Et au bureau de la REVUE SPIRITE, 59, rue et passage Sainte-Anne
1866
Réserve de tous droits.
PRÉFACE
Les Esprits du Seigneur, qui sont les vertus des cieux, comme une immense armée
qui s'ébranle dès qu’elle en a reçu le commandement, se répandent sur toute la surface de
la terre; semblables à des étoiles qui tombent du ciel, ils viennent éclairer la route et ouvrir
les yeux des aveugles.
Je vous le dis en vérité, les temps sont arrivés où toutes choses doivent étre rétablies
dans leur sens véritable pour dissiper les ténèbres, cou fondre les orgueilleux et glorifier
les justes.
Les grandes voix du ciel retentissent comme le sou de la trompette, et les choeurs
des anges s'assemblent. Hommes, nous vous convions au divin concert; que vos mains
saisissent la lyre; que vos voix s'unissent, et qu´en un hymne sacré elles s'étendent et
vibrent d'un bout de l'univers à l'autre.
Hommes, frères que nous aimons, nous sommes près de vous; aimez-vous aussi les
uns les autres, et dites du fond de votre coeur, en faisant les volontés du Père qui est au
ciel: « Seigneur! Seigneur! » et vous pourrez entrer dans le royaume des cieux.
L'ESPRIT DE VÉRITÉ.
NOTA. L'instruction ci-dessus, transmise par voie médianimique, résume à la fois le
véritable caractère du Spiritisme et le but de cet ouvrage; c'est pourquoi elle est placée ici
comme préface.
INTRODUCTION
______
I. BUT DE CET OUVRAGE.
On peut diviser les matières contenues dans les Évangiles en cinq parties: Les actes
ordinaires de la vie du Christ, les miracles, les prédictions, les paroles qui ont servi à
l'établissement des dogmes de l'Église et l'enseignement moral. Si les quatre premières parties
ont été l'objet de controverses, la dernière est demeurée inattaquable. Devant ce code divin,
l'incrédulité elle-même s'incline; c'est le terrain où tous les cultes peuvent se rencontrer, le
drapeau sous lequel tous peuvent s'abriter, quelles que soient leurs croyances, car elle n'a
jamais fait le sujet des disputes religieuses, toujours et partout soulevées par les questions de
dogme; en les discutant, d'ailleurs, les sectes y eussent trouvé leur propre condamnation, car la
plupart se sont plus attacbées à la partie mystique qu'à la partie morale, qui exige la réforme
de soi-même. Pour les bommes en particulier, c'est une règle de conduite embrassant toutes les
circonstances de la vie privée ou publique, le principe de tous les rapports sociaux fondés sur
la plus rigoureuse justice; c'est enfin, et par-dessus tout, la route infaillible du bonheur à
IV
INTRODUCTION.
veilir, un coin du voile levé sur la vie future. C'est cette partie qui fait l'objet exclusif dé cet
ouvrage.
Tout le inonde admire la morale évangélique; chacun en proclame la sublimité et la
nécessité, mais beaucoup le font de confiance, sur ce qu'ils en ont entendu dire, ou sur la foi de
quelques maximes devenues proverbiales; mais peu la connaissent à fond, moins encore la
comprennent et savent en déduire les conséquences. La raison en est en grande partie dans la
difficulté que présente la lecture de l'Évangile, inintelligible pour he plus grand nombre. La
forme allégorique, le mysticisme intentionnel du langage, font que la plupart le lisent par
acquit de conscience et par devoir, comme ils lisent les prières sans les comprendre, c'est-à
dire sans fruit. Les préceptes de morale, disséminés çà et là, confondus dans la masse des
autres récits, passent inaperçus; il devient alors impossible d'en saisir l'ensemble, et d'en faire
l'objet d'une lecture et d'une méditation séparées.
On a fait, il est vrai, des traités de morale évangélique, mais l'arrangement en style
littéraire moderne leur ôte la naïveté primitive qui en fait à la fois le charme et l'authenticité. Il
en est de même des maximes détachées, réduites à leur plus simple expression proverbiale; ce
ne sont plus alors que des apborismes qui perdent mie partie de leur valeur et de leur intérêt,
par l'absence des accessoires et des circonstances dans lesquelles ils ont été donnés.
Pour obvier à ces inconvénients, nous avons réuni dans cet ouvrage les articles qui
peuvent constituer, àproprement parler, un code de morale universelle, sans distinction de
culte; dans les citations, nous avons conservé tout ce qui était utile au développement de
V
INTRODUCTION.
la pensée, n'élaguant que les eboses étrangères au sujet. Nous avons en outre scrupuleusement
respecté la traduction originale de Sacy, ainsi que la division par versets. Mais, au lieu de nous
attacher à un ordre chronologique impossible et sans avantage réel dans un pareil sujet, les
maximes ont été groupées et classées méthodiquement selon leur nature, de nianière à ce
qu'elles se déduisent autant que possible les unes des autres. Le rappel des numéros d'ordre
des diapitres et des versets permet de recourir à la classilication vulgaire, si on le juge à
propos.
Ce n'était là qu'un travail matériel qui, seul, n'eùt été que d'une utilité secondaire;
l'essentiel était de le mettre à la portée de tous, par l'explication des passages obscurs, et le
développement de toutes les conséquences en vue de l'application aux différentes positions de
la vie. C'est ce que nous avons essayé de faire avec l'aide des bons Esprits qui nous assistent.
Beaucoup de points de l'Evangile, de la Bible et des auteurs sacrés en général, ne sont
inintelligibles, beaucoup même ne paraissent irrationnels que faute de la clef pour en
comprendre le véritable sens; cette clef est tout entière dans le Spiritisme, ainsi qu'ont déjà pu
s'en convaincre ceux qui l'ont étudié sérieusement, et ainsi qu'on le reconnaîtra mieux encore
plus tard. Le Spiritisnie se retrouve partout dans l'antiquité et à tous les âges de l'humanité;
partout on en trouve des traces dans les écrits, dans les croyances et sur les moiiunients; c'est
pour cela que, s'il ouvre des horizons nou-veaux pour l'avenir, il jette une lumière non moins
vive sur les mystères du passé.
Comme complément de chaque précepte, nous avons ajouté quelques instructions
choisies parmi celles qui
VI
INTRODUCTION
ont été diclées par les Esprits eti divers pays, et par l'entretnise de différents médiums. Si ces
instructions fussent sotties d'une souice unique, elles auraient pu subir une influence
personnelle ou celle du milieu, tandis que la diversité d'origines prouve que les Esprits donnent
leut's enseignements partout, et qu'il n'y a personne de privilégié sous ce rapport (1).
Cet ouvrage est à l'usage de tout le monde; chacun peut y puiser les moyens de
conformer sa conduite à la morale du Christ. Les spirites y trouveront en outre les applications
qui les concernent plus spécialement. Grâce aux communications établies désormais d'utte
manière permanente entre les hommes et le monde invisible, la loi évangélique, enseignée à
toutes les nations par les Esprits eux-mêmes, ne sera plus une lettre morte, parce que chacun
la comprendra, et sera incessamment sollicité de la mettre en pratique par les conseils de ses
guides spirituels. Les instructions des Esprits sont véritablement les voix du ciel qui viennent
__________
1. Nous aurions pu, sans doute, donner sur chaque sujet un plus grand nombre de communications
obtenues dans une multitude d'autres villes et centres spirites que ceux que nous citons; mais nous avons dû,
avant tout, éviter la monotonie des répétitions inutiles, et limiter notre choix à celles qui, pour le fond et pour
la forme, rentraient plus spécialement dans le cadre de cet ouvrage, réservant pour des publications ultérieures
celles qui n'ont pu trouver place ici.
Quant aux médiums, nous nous sommes abstenu d'en nommer aucun; pour la plupart, c'est sur leur
demande qu'ils n'ont pas été désignés, et dès lors il ne convenait pas de faire des exceptions. Les noms des
médiums n'auraient d'ailleurs ajouté aucune valeur à l'o'uvre des Esprits; ce n'eùt donc été qu'une satisfaction
d'amour-propre à laquelle les médiums vraiment sérieux ne tiennent nullement; ils comprennent que, leur rôle
étant purement passif, ta valeur des communications ne rehausse en rien leur mérite personnel, et qu'il serait
puéril de tirer vanité d'un travail d'intelligence auquel on ne prête qu'un concours mécanique.
VII
INTRODUCTION.
éclairer les hommes et les convier à la pratique de l'Évangile.
II. AUTORITÉ DE LA DOCTRINE SPIRITE.
Contrôle universel de l'enseignement des Esprits.
Si la doctrine spirite était une conception purement humaine, elle n'aurait pour garant
que les lumières de celui qui l'aurait conçue; or personne ici-bas ne saurait avoir la prétention
fondée de posséder à lui seul la véi'ité absolue. Si les Esprits qui l'ont révélée se fussent
manifestés à un seul homme, rien n'en garantirait l'origine, car il faudrait croire sur parole celui
qui dirait avoir reçu leur enseignement. En admettant de sa part une parfaite sincérité, tout au
plus pourrait-il convaincre les personnes de son entourage; il pourrait avoir des sectaires, mais
il ne parviendrait jamais à rallier tout le monde.
Dieu a voulu que la nouvelle révélation arrivât aux hommes par une voie plus rapide et
plus authentique; c est poui'quoi il a chargé les Esprits d'aller la porter d'un pôle à l'autre, en se
manifestant partout, sans donner à personne le privilége exclusif d'entendre leur parole. Un
homme peut être abusé, peut s'abuser lui-même; il n'en saurait être ainsi quand des million
voient et entendent la même chose c'est une garantie pour chacun et pour tous. D'ailleurs on
peut faire disparaître un homme, on ne fait pas disparaître des masses; on peut brûler les livres,
mais on ne peut brûler les Esprits; or, brûlât-on tous les livres, la source de la doctrine n'en
serait pas moins intarissable, par cela mème qu'elle n'est pas sur la terre,
VIII
INTRODUCTION.
qu'elle surgit de partout, et que chacun peut y puiser. A défaut des hommes pour la répandre,
il y aura toujours les Esprits, qui atteignent tout le monde et que personne ne peut atteindre.
Ce sont donc en réalité les Esprits qui font euxmêmes la propagande, à l'aide des
innombrables médiums qu'ils suscitent de tous les côtés. S'il n'avait eu qu'un interprète unique,
quelque favorisé qu'il fût, le Spiritisme serait à peine connu; cet interprète lui-même, à quelque
classe qu'il appartînt, eût été l'objet de préventions de la part de beaucoup de gens; toutes les
nations ne l'eussent pas accepté, tandis que les Esprits, se communiquant partout, à tous les
peuples, àtoutes les sectes et à tous les partis, sont acceptés par tous; le Spiritisme n'a pas de
nationalité; il est en dehors de tous les cultes particuliers; il n'est imposé par aucune classe de
la société, puisque chacun peut recevoir des instructions de ses parents et de ses amis d'outretombe. Il fallait qu'il en fût ainsi pour qu'il pût appeler tous les hommes à la fraternité; s'il ne se
fût pas placé sur un terrain neutre, il aurait maintenu les dissensions au lieu de les apaiser.
Cette universalité dans l'enseignement des Esprits fait la force du Spiritisme; là aussi
est la cause de sa propagation si rapide; tandis que la voix d'un seul homme, même avec le
secours de l'imprimerie, eût mis des siècles avant de parvenir à l'oreille de tous, voilà que des
milliers de voix se font entendre simultanément sur tous les points de la terre pour proclamer
les mêmes principes, et les transmettre aux plus ignorants comme aux plus savants, afin que
personne ne soit déshérité. C'est un avantage dont n'a joui aucune des doctrines qui ont paru
jusqu'à ce jour. Si donc le Spiri-
IX
INTRODUCTION.
tisme est une vérité, il ne craint ni le mauvais vouloir des hommes, ni les révolutions morales,
ni les révolutions morales, ni les bouleversements physiques du globe, parce qu'aucune de ces
choses ne peut atteindre les Esprits.
Mais ce n'est pas le seul avantage qui résulte de cette position exceptionelle; le
Spiritisme y trouve une garantie toute-puissante contre les schismes que pour-raient susciter
soit l'ambition de quelques-uns, soit les contradictions de certains Esprits. Ces contradictions
sont assurément un écueil, mais qui porte en soi le remède à côté du mal.
Ou sait que les Esprits, par suite de la différence qui existe dans leurs capacités, sont
loin d'être individuellement en possession de toute la vérité; qu'il n'est pas donné à tous de
pénétrer certains mystères; que leur savoir est proportionné à leur épuration; que les Esprits
vulgaires n'en savent pas plus que les hommes, et moins que certains hommes; qu'il y a parmi
eux, comme parmi ces derniers, des présomptueux et des faux savants qui croient savoir ce
qu'ils ne savent pas; des systématiques qui prennent leurs idées pour la vérité; enfin que les
Esprits de l'ordre le plus élevé, ceux qui sont complétement dématérialisés, ont seuls dépouillé
les idées et les préjugés terrestres; mais on sait aussi que les Esprits trompeurs ne se font pas
scrupule de s'abriter sous des noms d'emprunt, pour faire accepter leurs utopies. Il en résulte
que, pour tout ce qui est én dehors de l'enseignement exclusivement moral, les révélations que
chacun peut obteuir ont un caractère individuel sans authenticité; qu'elles doivent être
considérées comme des opinions personnelles de tel ou tel Esprit, et qu'il y aurait imprudence
à les accepter et à les promulguer légèrement comme des vérités absolues.
X
INTRODUCTION.
Le premier contrôle est sans contredit celui de la raison, auquel il faut soumettre, sans
exception, tout ce qui vient des Esprits; toute théorie en contradiction manifeste avec le bon
sens, avec une logique rigoureuse, et avec les donnés positives que l'on possède, de quelque
nom respectable qu'elle soit signée, doit être rejetée. Mais ce contrôle est incomplet dans
beaucoup de cas, par suite de l'insufisance des lumières de certaines personnes, et de la
tendance de beaucoup à prendre leur propre jugement pour unique arbitre de la vérité. Eu
pareil cas, que font les hommes qui n'ont pas en eux-mêmes uiie confiance absolue? Ils
prennent l'avis du plus grand nombre, et l'opinion de la majorité est leur guide. Ainsi doit-il on
être à l'égard de l'enseignement des Esprits, qui nousen fournissent eux-mêmes les moyens.
La concordance dans l'enseignement des Esprits est donc le meilleur contrôle; mais il
faut encore qu'elle ait lieu dans certaines conditions. La mouis sûre de toutes, c'est lorsqu'un
médium interroge lui-même plusieurs Esprits sur un point douteux; il est bien évident que, s'il
est sous l'empire d'une obsession, ou s'il a affaire à un Esprit trompeur, cet Esprit peut lui dire
la même chose sous des noms différents. Il n'y a pas non plus une garantie suffisante dans la
conformité qu'on peut obtenir par les médiums d'un seul centre, parce qu'ils peuveut subir la
même influence.
La seule garantie sérieuse de l'enseignement des Esprits est dans la concordance qui
existe entre les révélations faites spontanément, par l'éntremise d'un grand nombre de
médiuns étrangers les uns aux autres, et dans diverses contrées.
On conçoit qu'il ne s'agit point ici des communica-
XI
INTRUDUCTION.
tions relatives à des intérêts secondaires, mais de ce qui se rattache aux principes mênies de la
doctrine. L'expériènce prouve que lorsqu'un principe nouveau doit recevoir sa solution, il est
enseigné spontanément sur différents points à la fois, et d'une manière identique, sinon pour la
forme, du moins pour le fond. Si donc il plaît à un Esprit de formuler un système excentrique,
basé sur ses seules idées et en dehors de la vérité, on peut être certain que ce système restera
circonscrit, et tombera devant l'unanimité des instructions données partout ailleurs, ainsi qu'on
en a déjà eu plusieurs exemples. C'est cette unanimité qui a fait tomber tous les systèmes
partiels éclos à l'origine du Spiritisme, alors que chacun expliquait les phénomènes à sa
manière, et avant qu'on ne connût les lois qui régissent les rapports du monde visible et du
monde invisible.
Telle est la base sur laquelle nous nous appuyons quand nous formulons un principe de
la doctrine; ce n'est pas parce qu'il est selon nos idées que nous le donnons comme vrai; nous
ne nous posons nullement en arbitre suprême de la vérité, et nous ne disons à personne:
“Croyez telle chose, parce que nous vous le disons.” Notre opinion n'est à nos propres yeux
qu'une opinion personnelle qui peut être juste ou fausse, parce que nous ne sommes pas plus
infaillible qu'un autre. Ce n'est pas non plus parce qu'un principe nous est enseigné qu'il est
pour nous la vérité, mais parce qu'il a reçu la sanction de la concordance.
Dans notre position, recevant les communications de près de mille centres spirites
sérieux, disséminés sur les divers points du globe, nous sommes à même de voir les principes
sur lesquels cette concordance s'établit; c'est cette observation qui nous a guidé jusqu'à ce
jour,
XII
INTRODUCTION.
et c'est également celle qui nous guidera dans les nouveaux champs que le Spiritisme est
appelé à explorer. C'est ainsi qu'en étudiant attentivement les communications venues de
divers côtés, tant de la France que de l'étranger, nous reconnaissons, à la nature toute spéciale
des révélations, qu'il y a tendance à entrer dans une nonvelle voie, et que le moment est venu
de faire un pas en avant. Ces révélaflons, parfois faites à mots couverts, ont souvent passé
inaperçues pour beaucoup de ceux qui les ont obtenues; beaucoup d'autres ont cru les avoir
seuls. Prises isolément, elles seraient pour nous sans valeur; la coïncidence seule leur donne de
la gravité; puis, quand le moment est venu de les livrer au grand jour de la publicité, chacun
alors se rappelle avoir reçu des instructions dans le même sens. C'est ce mouvemeut général
que nous observons, que nous étudions, avec l'assistance de nos guides spirituels, et qui nous
aide à juger de l'opportunité qu'il y a pour nous de faire une chose ou de nous abstenir.
Ce contrôle universel est une garantie pour l'unité future du Spiritisme, et annulera
toutes les théories coutradictoires. C'est là, que, dans l'avenir, on cherchera le criterium de la
vérité. Ce qui a fait le succès de la doctrine formulée dans le Livre des Esprits et dans le Livre
des Médiums, c'est que partout chacun a pu recevoir directement des Esprits la confirmation
de ce qu'ils renferment. Si, de toutes parts, les Esprits fussent venus les contredire, ces livres
auraient depuis longtemps subi le sort de toutes les conceptions fantastiques. L'appui même de
la presse ne les eût pas sauvés du naufrage, tandis que, privés de cet appui, ils n'en ont pas
moins fait un chemin rapide, parce qu'ils ont eu celui des Esprits, dont le bon vouloir a
compensé, et au delà, le
XIII
INTRODUCTION.
mauvais vouloir des hommes. Ainsi en sera-t-il de toutes les idées émanant des Esprits ou des
hommes qui ne pourraient supporter l'épreuve de ce contrôle, dont personne ne peut confesier
la puissance.
Supposons donc qu'il plaise à certains Esprits de dicter, sous un titre quelconque, un
livre en sens contraire; supposons même que, dans une intention hostile, et en vue de
discréditer la doctrine, la malveillance suscitât des communications apocryphes, quelle
influence pourraient avoir ces écrits, s'ils sont démentis de tous côtés par les Esprits? C'est de
l'adhésion de ces derniers qu'il faudrait s'assurer avant de lancer un système en leur nom. Du
système d'un seul à celui de tous, il y a la distance de l'unité à l'infini. Que peuvent même tous
les arguments des détracteurs sur l'opinion des masses, quand des millions de voix amies,
parties de l'espace, viennent de tous les coins de l'univers, et dans le sein de chaque famille les
battre en brèche? L'expérielice, sous ce rapport, n'a-t-elle pas déjà confirmé la théorie? Que
sont devenues toutes ces publications qui devaient, soi-disant, anéantir le Spiritisme? Quelle
èst celle qui en a seulement arrêté la marche? Jusqu'à ce jour on n'avait pas envisagé la
question sous ce point de vue, l'un des plus graves, sans contredit; chacun a compté sur soi,
mais sans compter avec les Esprits.
Le principe de la concordance est encore une garantie contre les altérations que
pourraient faire subir au Spiritisme les sectes qui voudraient s'en emparer à leur profit, et
l'accommoder à leur guise. Quiconque tenterait de le faire dévier de son but providentiel
échouerait, par la raison bien simple que les Esprits, par l'universalité de leur enseignement,
feront tomber toute modification qui s'écarterait de la vérité.
XIV
INTRODUCTION.
Il ressort de tout ceci une vérité capitale, c'est que quiconque voudrait se mettre à la
traverse du courant d'idées établi et sanctionné pourrait bien causer une petite perturbation
locale et momentanée, mais jamais dominer l'ensemble, même dans le présent, et encore moins
dans l'avenir.
Il en ressort de plus que les instructions données par les Esprits sur les points de la
doctrine non encore élucidés ne sauraient faire loi, tant qu'elles resteront isolées; qu'elles ne
doivent, par conséquent, être acceptées que sous toutes réserves et à titre de renseignement.
Delà la nécessité d'apporler à leur publication la plus grande prudence; et, dans le cas
où l'on croirait devoir les publier, il importe de ne les présenter que comme des opinions
individuelles, plus ou moins probables, mais ayant, dans tous les cas, besoin de confirmation.
C'est cette confirmation qu'il faut attendre avant de présenter un principe comme vérité
absolue, si l'on ne veut être accusé de légèreté ou de crédulité irréfléchie.
Les Esprits supérieurs procèdent dans leurs révélations avec uue extrême sagesse; ils
n'abordent les grandes questions de la doctrine que graduellement, à mesure que l'intelligence
est apte à comprendre des vérités d'un ordre plus élevé, et que les circonstances sont propices
pour l'émission d'une idée nouvelle. C'est pourquoi, dès le commencement, ils n'ont pas tout
dit, et n'on pas encore tout dit aujourd'hui, ne cédant jamais à l'impatience des gens trop
pressés qui veulent cueillir les fruits avant leur maturité. Il serait donc superflu de vouloir
devancer le temps assigné à chaque chose par la Providence, car alors les Esprits vraiment
sérieux refusent positivement leur concours; mais les Esprits lé-
XV
INTRODUCTION.
gers, se souciant peu de la vérité, répondent à tout; c'est pour cette raison que, sur toutes les
questions prématurées, il y a toujours des réponses contradictoires.
Les principes ci-dessus ne sont point le fait d'une théorie personelle, mais la
conséquence forcée des conditions dans lesquelles les Esprits se manifestent. Il est bien
évident que, si un Esprit dit une chose d'un côté, tandis que des millions d'Esprits disent le
coiltraire ailleurs, la présomption de vérité ne peut être pour celui qui est seul ou à peu près de
son avis; or prétendre avoir seul raison contre tous serait aussi illogique de la part d'un Esprit
que de la part des hommes. Les Esprits vraiment sages, s'ils ne se sentent pas sufisamment
éclairés sur une question, ne la tranchent jamais d'une manière absolue; ils déclarent ne la
traiter qu'à leur point de vue, et conseillent eux-mêmes d'en attendre la confirmation.
Quelque grande, belle et juste que soit une idée, il est impossible qu'elle rallie, dès le
début, toutes les opinions. Les conflits qui en résultent sont la conséquence inévitable du
mouvement qui s'opère; ils sont même nécessaires pour mieux faire ressortir la vérité, et il est
utile qu'ils aient lieu au commencement pour que les idées fausses soient plus promptement
usées. Les spirites qui en concevraient quelques craintes doivent donc être parfaitement
rassurés. Toutes les prétentions isolées tomberont, par la force des choses, devant le grand et
puissant criterium du contrôle universel.
Ce n'est pas l'opinion dún homme qu'on se ralliera, c'est à la voix unanime des Esprits;
ce n'est pas un homme, pas plus nous qu'un autre, qui fondera l'orthodoxie spirite; ce n'est pas
non plus un Esprit venant s'imposer à qui que ce soit: c'est l'universalité des Es-
XVI
INTRODUCTION.
prits se communiquant sur toute la terre par l'ordre de Dieu; là est le caractère essentiel de la
doctrine spirite; là est sa force, là est son autorité. Dieu a voulu que sa loi fût assise sur une
base inébranlable, c'est pourquoi il ne l'a pas fait reposer sur la tête fragile d'un seul.
C'est devant ce puissant aréopage, qui ne connaît ni les coteries, ni les rivalités
jalouses, ni les sectes, ni les nations, que viendront se briser toutes les oppositions, toutes les
ambitions, toutes les prétentions suprématie individuelle; que nous nous briserions nousméme, si nous voulions substituer nos propres idées à ses décretts souverains; c'est lui seul
qui tranchera toutes les questions litigieuses, qui fera taire les dissidences, et donnera tort ou
raison à qui de droit. Devant cet imposant accord de toutes les voix du ciel, que peut l'opinion
d'un homme ou d'un Esprit? Moins que la goutte d'eau qui se perd dans l'Océan, moins que la
voix de l'enfant étouffée par la tempête.
L'opinion universelle, voilà donc le juge suprême, celui qui prononce en dernier
ressort; elle se forme de toutes les opinions individuelles; si l'une d'elles est vraie, elle n'a que
son poids relatif dans la balance; si elle est fausse, elle ne peut l'emporter sur toutes les autres.
Dans cet immense concours, le; individualités s'effacent, et c'est là un nouvel échec pour
l'orgueil humain.
Cet ensemble harmonieux se dessine déjà; or ce siècle ne passera pas qu'il ne
resplendisse de tout son éclat, de manière à fixer toutes les incertitudes; car d'ici là des voix
puissantes auront reçu mission de se faire entendre pour rallier les hommes sous le même
drapeau, dès que le champ sera suffisamment labouré. En attendant, celui qui flotterait entre
deux systèmes opposés
XVII
INTRODUCTION.
peut observer dans quel sens se forme l'opinion générale: c'est l'indice certain du sens dans
lequel se prononce la majorité des Esprits sur les divers points où ils se communiquent; c'est
un signe non moins certain de celui des deux systèmes qui l'emportera.
III. NOTICES HISTORIQUES.
Pour bien comprendre certains passages des Évangiles, il est nécessaire de connaître la
valeur de plusieurs mots qui y sont fréquemment employés, et qui caractérisent l'état des
moeurs et de la société juive à cette époque. Ces mots n'ayant plus pour nous le même sens
ont été souvent mal interprétés, et par cela même ont laissé une sorte d'incertitude.
L'intelligence de leur signification explique en outre le sens véritable de certaines maximes qui
semblent étranges au premier abord.
SAMARITAINS. Après le schisme des dix tribus, Samarie devint la capitale du
royaume dissident d'Israël. Détruite et rebâtie à plusieurs reprises, elle fut, sous les Romains,
le chef-lieu de la Samarie, l'une des quatre divisions de la Palestine. Hérode, dit le Grand,
l'embellit de somptueux monuments, et, pour flatter Auguste, lui donna le nom d'Augusta, en
grec Sébaste.
Les Samaritains furent presque toujours en guerre avec les rois de Juda; une aversion
profonde, datant de la séparation, se perpétua constamment entre les deux peuples, qui
fuyaient toutes relations réciproques. Les Samaritains, pour rendre la scission plus profonde et
n'avoir point à venir à Jérusalem pour la célébration des fêtes religieuses, se construisirent un
temple parti-
XVIII
INTRODUCTION.
culier, et adoptèrent certaines réformes; ils n'admettaient que le Pentateuque contenant la loi
de Moïse, et rejetaient tous les livres qui y furent annexés depuis. Leurs livres sacrés étaient
écrits en caractères hébreux de la plus haute antiquité. Aux yeux des Juifs orthodoxes ils
étaient hérétiques, et, par cela même, méprisés, anathématisés et persécutés. L'antagonisme
des deux nations avait donc pour unique principe la divergence des opinions religieuses,
quoique leurs croyances eussent la même origine; c'étaient les Protestants de ce temps-là.
On trouve encore aujourd'hui des Samaritains dans quelques contrées du Levant,
particulièrement à Naplouse et à Jaffa. Ils observent la loi de Moïse avec plus de rigueur que
les autres Juifs, et ne contractent d'alliance qu'entre eux.
NAZARÉENS, nom donné, dans l'ancienne loi, aux Juifs qui faisaient voeu, soit pour
la vie, soit pour un temps, de conserver une pureté parfaite; ils s'engageaient à la chasteté, à
l'abstinence des liqueurs et à la conservation de leur chevelure. Samson, Samuel et JeanBaptiste étaient Nazaréens.
Plus tard les Juifs dônnèrent ce nom aux premiers chrétiens, par allusion à Jésus de
Nazareth.
Ce fut aussi le nom d'une secte hérétique des premiers siècles de l'ère chrétienne, qui,
de même que les Ébionites, dont elle adoptait certains pnncipes, mêlait les pratiques du
Mosaïsme aux dogmes chrétiens. Cette secte disparut au quatrième siècle.
PUBLICAINS. On appelait ainsi, dans l'ancienne Rome, les chevaliers fermiers des
taxes publiques, chargés du
XIX
INTRODUCTION.
recouvrement des impôts et des revenus de toute nature, soit à Rome même, soit dans les
autres parties de l'empire. Ils étaient l'analogue des fermiers généraux et traitants de l'ancien
régime en France, et telsqu'ils existent encore dans certaines contrées. Les risques qu'ils
couraient faisaient fermer les yeux sur les richesses qu'ils acquéraient souvent, et qui, chez
beaucoup, étaient le produit d'exactions et de bénéfices scandaleux. Le nom de publicain
s'étendit plus tard à tous ceux qui avaient le maniement des deniers publics et aux agents
subalternes. Aujourd'hui ce mot se prend en mauvaise part pour désigner les financiers
etagents d'affaires peu scrupuleux; on dit quelquefois: “Avide comme un publicain; riche
comnie un publicain”, pour une fortune de mauvais aloi.
De la domination romaine, l'impôt fut ce que les Juifs acceptèrent le plus difficilement,
et ce qui causa parmi eux le plus d'irritation; il s'ensuivit plusieurs révoltes, et l'on en fit une
question religieuse, parcequ'on le regardait comme contraire à la loi. Il se forma même un parti
puissant à la tête duquel était un certain Juda, dit le Gaulonite, qui avaitpour principe le refus
de l'impôt. Les Juifs avaient donc en horreur l'impôt, et, par suite, tous ceux qui étaient
chargés de le percevoir; de là leur aversion pour les publicains de tous rangs, parmi lesquels
pouvaient se trouver des gens très estimables, mais qui, en raison de leurs fonctions, étaient
méprisés, ainsi que ceux qui les fréquentaient, et qui étaient confondus dans la même
réprobation. Les Juifs de distinction auraient cru se compromettre en ayant avec eux des
rapports d'intimité.
Les PÉAGERS étaient les percepteurs de bas étage,
XX
INTRODUCTION.
chargés principalement du recouvrement des droits à l'entrée des villes. Leurs fonctions
correspondaient à peu près à celles des douaniers et des receveurs d'octroi; ils partageaient la
répiobation des publicains en général. C'est pour cette raison que, dans l'Evangile, on trouve
fréquemment le nom de publicain accolé à celui de gens de mauvaise vie; cette qualification
n'impliquait point celle de débauchés et de gens sans aveu; c'était un terme de mépris
synonyme de gens de mauvaise compagnie, indignes de fréquenter les gens comme il faut.
PHARISIENS (de l'Hébreu Parasch division, séparation). La tradition formait une
partie importante de la théogie juive; elle consistait dans le recueil des interprétations
successives données sur le sens des Écritures, et qui étaient devenues des articles de dogme.
C'était, parmi les docteurs, le sujet d'interminables discussions, le plus souvent sur de simples
questions de mots ou de formes, dans le genre des disputes théologiques et des subtilités de la
scolastique du moyen âge; de là naquireut différentes sectes qui prétendaient avoir chacune le
monopole de la vérité, et, comme cela arrive presque toujours, se détestaient cordialement les
unes les autres.
Parmi ces sectes la plus influente était celle des Pharisiens, qui eut pour chef Hillel,
docteur juif né à Babylone, fondateur d'une école célèbre où l'on enseignait que la foi n'était
due qu'aux Écritures. Son origine remonte à l'an 18O ou 200 avant J.-C. Les Pharisiens furent
persécutés à diverses époques, notamment sous Hyrcan, souverain pontife et roi des Juifs,
Aristobule et Alexandre, roi de Syrie; cependant, ce dernier leur ayant rendu leurs honneurs et
leurs biens, ils ressaisirent leur puis-
XXI
INTRODUCTION.
sance qu'ils conservèrent jusqu'à la ruine de Jérusalem, l'an 70 de l'ère chrétienne, époque à
laquelle leur nom disparut à la suite de la dispersion des Juifs.
Les Pharisiens prenaient une part active dans les controverses religieuses. Serviles
observateurs des pratiques extérieures du culte et des cérémonies, pleins d'un zèle ardent de
prosélytisme, ennemis des novateurs, ils affectaient une grande sévérité de principes; mais,
sous les apparences d'une dévotion méticuleuse, ils cachaient des moeurs dissolues, beaucoup
d'orgueil, et par-dessus tout un amour excessif de domination. La religion était pour eux
plutôt un moyen d'arriver que l'objet d'une foi sincère. Ils n'avaient que les dehors et
l'ostentation de la vertu; mais par là ils exerçaient une grande influence sur le peuple, aux yeux
duquel ils passaient pour de saints personnages; c'est pourquoi ils étaient très puissants à
Jérusalem.
Ils croyaient, ou du moins faisaient profession de croire à la Providence, à l'immortalité
de l'âme, à l'éternité des peines et à la résurrection des morts. (Ch. IV, nº 4.) Jésus, qui prisait
avant tout la simplicité et les qualités du coeur, qui préférait dans la loi l'esprit qui vivifie à la
lettre qui tue, s'attacha, durant toute sa mission, à démasquer leur hypocrisie, et s'eu fit par
conséquent des ennemis acharnés; c'est pourquoi ils se liguèrent avec les princes des prêtres
pour ameuter le peuple contre lui et le faire périr.
SCRIBES, nom donné dans le principe aux secrétaires des rois de Juda, et à certains
intendants des armées juives; plus tard cette désignation fut appliquée spécialement aux
docteurs qui enseignaient la loi de Moïse et l'interprétaient au peuple. Ils faisaient cause com-
XXII
INTRODUCTION
mune avec les Pharisiens, dont ils partageaient les principes et l'antipathie contre les novateurs;
c'est pourquoi Jésus les confond dans la même réprobation.
SYNAGOGUE (du grec Sunagoguê, assemblée, congrégation). ll n'y avait en Judée
qu'un seul temple, celui de Salomon, à Jérusalein, où se célébraient les grandes cérémonies du
culte. Les Juifs s'y rendaient tous les ans en pèlerinage pour les principales fêtes, telles que
celles de la Pâque, de la Dédicace et des Tabernacles. C'est dans ces occasions que Jésus y fit
plusieurs voyages. Les autres villes n'avaient point de temples, mais des synagogues, édifices
où les Juifs se rassemblaient aux jours de sabbat pour faire des prières publiques, sous la
direction des Anciens, des scribes ou docteurs de la loi; on y faisait aussi des lectures tirées
des livres sacrés que l'on expliquait et commentait; chacun pouvait y prendre part; c'est
pourquoi Jésus, sans être prêtre, enseignait dans les synagogues les jours de sabbat.
Depuis la ruine de Jérusalem et la dispersion des Juifs, les synagogues, dans les villes qu'ils
habitent, leur servent de temples pour la célébration du culte.
SADUCÉENS, secte juive qui se forma vers l'an 248 avant Jésus-Christ ; ainsi
nommée de Sadoc, son fondateur. Les Saducéens ne croyaient ni à l'immortalité de l'âme, ni à
la résurrection, ni aux bons et mauvais anges. Cependant ils croyaient à Dieu, mais n'attendant
rien après la mort, ils ne le servaient qu'en vue de récompenses temporelles, ce à quoi, selon
eux, se bornait sa providence; aussi la satisfaction des sens était-elle à leurs yeux le but
essentiel de la vie. Quant aux Écritures, ils s'en tenaient au texte de la loi an-
XXXIII
INTRODUCTION.
cienne, n'admettant ni la tradition, ni aucune interprétation; ils plaçaient les bonnes oeuvres et
l'exécution pure et simple de la loi au-dessus des pratiques extérieures du culte. C'étaient,
comme on le voit, les matérialistes, les déistes et les sensualistes de l'époque. Cette secte était
peu nombreuse, mais elle comptait des personnages importants, et devint un parti politique
constamment opposé aux Pharisiens.
ESSÉNlENS ou ESSÉENS, secte juive fondée vers l'an 450 avant Jésus-Christ, au
temps des Machabées, et dont les membres, qui habitaient des espèces de monastères,
formaient entre eux une sorte d'association morale et religieuse. Ils se distinguaient par des
moeurs douces et des vertus austères, enseignaient l'amour de Dieu et du prochain,
l'immortalité de l'âme, et croyaient à la résurrection. Ils vivaient dans le célibat, condamnaient
la servitude et la guerre, mettaient leurs biens en commun, et se livraient à l'agriculture.
Opposés aux Saducéens sensuels qui niaient l'immortalité, aux Pharisiens rigides pour les
pratiques extérieures, et chez lesquels la vertu n'était qu'apparente, ils ne prirent aucune part
aux querelles qui divisèrent ces deux sectes. Leur genre de vie se rapprochait de celui des
premiers chrétiens, et les principes de morale qu'ils professaient ont fait penser à quelques
personnes que Jésus lit partie de cette secte avant le commencement de sa mission publique.
Ce qui est certain, c'est qu'il a dû la connaître, mais rien ne prouve qu'il y fût affilié, et tout ce
qu'on a écrit à ce sujet est hypothétique¹.
__________
1. La Mort de Jésus, soi-disant écrite par un frère essénien, est un livre complètement apocryphe, écrit en vue
de servir une opi-
XXIV
INTRODUCTION.
THÉRAPEUTES (du grec thérapeutaï, fait de thérapeueïn, servir, soigner; c'est-àdire serviteurs de Dieu ou guérisseurs); sectaires juifs contemporains du Christ, établis
principalement à Alexandrie en Égypte. Ils avaient un grand rapport avec les Esséniens, dont
ils professaient les principes; comme ces derniers ils s'adonnaient à la pratique de toutes les
vertus. Leur nourriture était d'une extrême frugalité; voués au célibat, à la contemplation et à
la vie solitaire, ils formaient un véritable ordre religieux. Philon, philosophe juif platonicien
d'Alexandrie, est le premier qui ait parlé des Thérapeutes; il en fait une secte du judaïsme.
Eusèbe, saint Jérôme et d'autres Pères pensent qu'ils étaient chrétiens. Qu'ils fussent juifs ou
chrétiens, il est évident que, de même que les Esséniens, ils forment le trait d'union entre le
judaïsme et le christianisme.
IV. SOCRATE ET PLATON PRÉCURSEURS DE L'IDÉE
CHRÉTIENNE ET DU SPIRITISME.
De ce que Jésus a dû connaître la secte des Esséniens, on aurait tort d'en conclure qu'il
y a puisé sa doctrine, et que, s'il eût vécu dans un autre milieu, il eût professé d'autres
principes. Les grandes idées n'éclatent jamais subitement; celles qui ont pour base la vérité ont
toujours des précurseurs qui en préparent partiellement les voies; puis, quand le temps est
venu, Dieu envoie un homme avec mission de résumer, coordonner et compléter ces éléments
épars, et d'en former un corps; de cette façon l'idée, n'arrivant pas brusquement,
__________
union, et qui renferme en lui-même la preuve de son origine moderne.
XXV
INTRODUCTION.
trouve, à son apparition, des esprits tout disposés à l'accepter. Ainsi en a-t-il été de l'idée
chrétienne, qui a été pressentie plusieurs siècles avant Jésus et les Esséniens, et dont Socrate
et Platon ont été les principaux précurseurs.
Socrate, de même que Christ, n'a rien écrit, ou du moins n'a laissé aucun écrit; comme
lui, il est mort de la mort des criminels, victime du fanatisme, pour avoir attaqué les croyances
reçues, et mis la vertu réelle audessus de l'hypocrisie et du simulacre des formes, en un mot
pour avoir combattu les préjugés religieux. Comme Jésus fut accusé par les Pharisiens de
corrompre le peuple par ses enseignements, lui aussi tut accusé par les Pharisiens de son
temps, car il y en a eu à toutes les époques, (le corrompre la jeunesse, en proclamant le dogme
de l'unité de Dieu, de l'immortalité de l'âme et de la vie future. De même encore que nous ne
connaissons la doctrine de Jésus que par les écrits de ses disciples, nous ne connaissons celle
de Socrate que par les écrits de son disciple Platon. Nous croyons utile d'en résumer ici les
points les plus saillants pour en montrer la concordance avec les principes du christianisme.
A ceux qui regarderaient ce parallèle comme une profanation, et prétendraient qu'il ne
peut y avoir de parité entre la doctrine d'un païen et celle du Christ, nous répondrons que la
doctrine de Socrate n'était pas païenne, puisqu'elle avait pour but de combattre le paganisme;
que la doctrine de Jésus, plus complète et plus épurée que celle de Socrate, n'a rien à perdre à
la comparaison; que la grandeur de la mission divine du Christ n'en saurait être amoindrie; que
d'àilleurs c'est de l'histoire qui ne peut être étouffée. L'homme est arrivé à un point où la
lumière sort d'elle-même de
XXVI
INTRODUCTION.
dessous le boisseau; il est mûr pour la regarder en face; tant pis pour ceux qui n'osent ouvrir
les yeux. Le temps est venu d'envisager les choses largement et d'en haut, et non plus au point
de vue mesquin et rétréci des intérêts de sectes et de castes.
Ces citations prouveront en outre que, si Socrate et Platon ont pressenti l'idée
chrétienne, on trouve égale-ment dans leur doctrine les principes fondamentaux du Spiritisme.
Résume de la doctrine de Socrate et de Platon.
I. L'homme est une âme incarnée. Avant son incarnation, elle existait unie aux types
primordiaux, aux idées du vrai, du bien et du beau; elle s'en sépare en s'incarnant, et, se rappelant son
passé, elle est plus ou moins tourmentée par le désir d'y revenir.
On ne peut énoncer plus clairement la distinction et l'indépendance du principe
intelligent et du principe matériel; c'est en outre la doctrine de la préexistence de l'âme; de la
vague intuition qu'elle conserve d'un autre monde auquel elle aspire, de sa survivance au
corps, de sa sortie du monde spirituel pour s'incarner, et de sa rentrée dans ce même monde
après la mort; c'est enfin le germe de la doctrine des Anges déchus.
II. L'âme s'égare et se trouble quand elle se sert du corps pour considérer quelque objet; elle a
des vertiges comme si elle était ivre, parce qu'elle s'attache à des choses qui sont, de leur nature, sujettes
à des changements; au lieu que, lorsqu'elle contemple sa propre essence, elle se porte vers ce qui est pur,
éternel, immortel, et, étant de même nature, elle y demeure attachée aussi longtemps qu'elle le peut;
alors ses égarements
XXVII
INTRODUCTION.
cessent, car elle est unie à ce qui est immuable, et cet état de 1'âme est ce qu'on appelle sagesse.
Ainsi l'homme qui considère les choses d'en bas, terre à terre, au point de vue matériel,
se fait illusion ; pour les apprécier avec justesse, il faut les voir d'en haut, c'est-à-dire du point
de vue spirituel. Le vrai sage doit donc en quelque sorte isoler l'âme du corps, pour voir avec
les yeux de l'esprit. C'est ce qu'enseigne le Spiritisme. (Ch. II, nº 5.)
III. Tant que nous aurons notre corps et que l'âme se trouvera plongée dans cette corruption,
jamais nous ne posséderons l'objet de nos désirs la vérité. En effet, le corps nous suscite mille obstacles
par la nécessité où nous sommes d'en prendre soin; de plus, il nous remplit de désirs, d 'appétits, de
craintes, de mille chimères et de mille sottises, de manière qu'avec lui il est impossible d'étre sage un
instant. Mais, s'il est possible de rien connaître purement pendant que l'âme est unie au corps, il faut de
deux choses l'une, ou que l'on ne connaisse jamais la vérité, ou qu'on la connaisse après la mort.
Affranchis de la folie du corps, nous converserons alors, il y a lieu de l'espérer, avec des hommes
également libres, et nous connaîtrons par nous-mêmes l'essence des choses. C'est pourquoi les véritables
philosophes s'exercent à mourir, et la mort ne leur parait nullement redoutable. (Ciel et Enfer, 1re
partie, ch. II; 2e partie, ch. I.)
C'est là le principe des facultés de l'âme obscurcies par l'intermédiaire des organes
corporels, et de l'expansion de ces facultés après la mort. Mais il ne s'agit ici que des âmes
d'élite, déjà épurées; il n'en est pas de même des âmes impures.
IV. L'âme impure, en cet état, est appesantie et entraînée de nouveau vers le monde visible par
l'horreur de ce qui est invisible et immatériel; elle erre alors, dit-on, autour des monu-
XXVIII
INTRODUCTION.
ments et des tombeaux, auprès desquels on a vu parfois des fantômes ténébreux, comme doivent être les
images des âmes qui ont quitté le corps sans être entièrement pures, et qui retiennent quelque chose de la
forme matérielle, ce qui fait que l'oeil peut les apercevoir. Ce ne sont pas les âmes des bons, mais des
méchants, qui sont forcées d'errer dans ces lieux, où elles portent la peine do leur première vie, et où
elles continuent d'errer jusqu'à ce que les appétits inhérents à la forme matérielle qu'elles se sont donnée
les ramènent dans un corps; et alors elles reprennent sans doute les mêmes moeurs qui, pendant leur
première vie, étaient l'objet dc leurs prédilections.
Non-seulement le principe de la réincarnation est ici clairement exprimé, mais l'état des
âmes qui sont encore sous l'empire de la matière, est décrit tel que le Spiritisme le montre dans
les évocations. Il y a plus, c'est qu'il est dit que la réincarnation dans un corps matériel est une
conséquence de l'impureté de l'âme, tandis que les âmes purifiées en sont affranchies. Le
Spiritisme ne dit pas autre chose; seulement il ajoute que l'âme
qui a pris de bonnes résolutions dans l'erraticité, et qui a des connaissances acquises, apporte
en renaissant moins de défauts, plus de vertus, et plus d'idées intuitives qu'elle n'en avait dans
sa précédente existence; et qu'ainsi chaque existence marque pour elle un progrès intellectuel
et moral. (Ciel et Enfer, 2e, partie: Exemples.)
V. Après notre mort, le génie (daimon, démon) qui nous avait été assigné pendant notre vie nous
mème dans un lieu où se réunissent tous ceux qui doivent être conduits dans le Hadès pour y ètre jugés.
Les âmes, après avoir séjourné dans le Hadès le temps nécessaire, sont ramenées à cette vie dans de
nombreuses et longues périodes.
C'est la doctrine des Anges gardiens ou Esprits pro-
XXIX
INTRODUCTION
tecteurs, et des réincarnations successives après des intervalles plus on moins longs
d'erraticité.
VI. Les démons remplissent l'intervalle qui sépare le ciel de la terre; ils sont le lien qui unit le
Grand Tout avec lui-même. La divinité n'entrant jamais en communication directe avec l'homme, c'est
par l'intermédiaire des démons que les dieux commercent et s'entretiennent avec lui, soit pendant la
veille, soit pendant le sommeil.
Le mot daïmon, dont on a fait démon, n'était pas pris en mauvaise part dans l'antiquité
comme chez les modernes; il ne se disait point exclusivement des êtres malfaisants, mais de
tous les Esprits en général, parmi lesquels on distinguait les Esprits supérieurs appelés les
dieux, et les Esprits moins élevés, ou démons proprement dits, qui communiquaient
directement avec les hommes. Le Spiritisme dit aussi que les Esprits peuplent l'espace; que
Dieu ne se communique aux hommes que par l'intermédiaire des purs Esprits chargés de
transmettre ses volontés; que les Esprits se communiquent à eux pendant la veille et pendant le
sommeil. Au mot démon substituez le mot Esprit, et vous aurez la doctrine spirite; mettez le
mot ange, et vous aurez la doctrine chrétienne.
VII. La préoccupation constante du philosophe (tel que le comprenaient Socrate et Platon) est
de prendre le plus grand soin de l'âme, moins pour cette vie, qui n'est qu'un instant, qu'en vue de
l'éternité. Si l'âme est immortelle, n'est-il pas sage de vivre en vue de l'éternité?
Le christianisme et le Spiritisme enseignent la même chose.
XXX
INTRODUCTION.
VIII. Si l'âme est immatérielle, elle doit se rendre, après cette vie, dans un monde également
invisible et immatériel, de même que le corps, en se décomposant, retourne à la matière. Seulement il
importe de bien distinguer l'âme pure, vraiment immatérielle, qui se nourrit, comme Dieu, de science et
de pensées, de l'âme plus ou moins entachée d'impuretés matérielles qui l'empêchent de s'élever vers le
divin, et la retiennent dans les lieux de son séjour terrestre.
Socrate et Platon, comme on le voit, comprenaient parfaitement les différents degrés
de dématérialisation de l'âme; ils insistent sur la différence de situation qui résulte pour elles de
leur plus ou moins de pureté. Ce qu'ils disaient par intuition, le Spiritisme le prouve par les
nombreux exemples qu'il met sous nos yeux. (Ciel et Enfer, 2e partie.)
IX. Si la mort était la dissolution de l'homme tout entier, ce serait un grand gain pour les
méchants, après leur mort, d'être délivrés en même temps de leur corps, de leur âme et de leurs vices.
Celui qui a orné son âme, non d'une parure étrangère, mais de celle qui lui est propre, celui-là seul
pourra attendre tranquillement l'heure de son départ pour l'autre monde.
En d'autres termes, c'est dire que le matérialisme, qui proclame le néant après la mort,
serait l'annulation de toute responsabilité morale ultérieure, et par coilséqueut un excitant au
mal; que le méchant a tout à gagner au néant; que l'homme qui s'est dépouillé de ses vices et
s'est enrichi de vertus peut seul attendre tranquillement le réveil dans l'autre vie. Le spiritisme
nous montre, par les exemples qu'il met journellement sous nos yeux, combien est pénible
pour le méchant le passage d'une vie à l'autre, et l'entrée dans la vie future (Ciel et Enfer, 2e
partie, ch. I.)
XXXI
INTRODUCTION.
X. Le corps conserve les vestiges bien marqués des soins qu'on a pris de lui oudes accidents qu'il
a éprouvés; il en est de même de l'àme; quand elle est dépouillée du corps, elle porte les traces évidentes
de son caractère, de ses affections et les empreintes que chacun des actes de sa vie y a laissées. Ainsi le
plus grand malheur qui puisse arriver à l'homme, c'est d'aller dans l'autre monde avec une âme chargée
de crimes. Tu vois, Calliclès, que ni toi, ni Polus, ni Gorgias, vous ne sauriez prouver qu'on doive mener
une autre vie qui nous sera utile quand nous serons làbas. De tant d'opinions diverses, la seule qui
demeure inébranlable, c'est qu'il vaut mieux recevoir que commettre une injustice, et qu'avant toutes
choses ou doit s'appliquer, non à paraître homme de bien, mais à l'être. (Entretiens de Socrate avec ses
disciples dans sa prison.)
Ici on retrouve cet autre point capital, confirmé aujourd'hui par l'expérience, que l'âme
non épurée conserve les idées, les tendances, le caractère et les passions qu'elle avait sur la
terre. Cette maxime: Il vaut mieux recevoir que commettre une injustice, n'est-elle pas toute
chrétienne? C'est la même pensée que Jésus exprime par cette figure : «Si quelqu'un vous
frappe sur une joue, tendez-lui encore l'autre.» (Ch. XII, nos 7, 8.)
XI. De deux choses l'une: ou la mort est une destruction absolue, ou elle est le passage d'une âme
dans un autre lieu. Si tout doit s'éteindre, la mort sera comme une de ces rares nuits que nous passons
sans rêve et sans aucune conscience de nous-mêmes. Mais si la mort n'est qu'un changement de séjour, le
passage dans un lieu où les morts doivent se réunir, quel bonheur d'y rencontrer ceux qu'on a connus!
Mon plus grand plaisir serait d'examiner de près les habitants de ce séjour et d'y distinguer, comme ici,
ceux qui sont sages de ceux qui croient l'être et ne le sont pas. Mais il est temps de nous quitter, moi pour
mourir, vo us pour vivre. (Socrate à ses juges.)
Selon Socrate, les hommes qui ont vécu sur la terre se retrouvent après la mort, et se
reconnaissent. Le
XXXII
INTRODUCTION.
Spiritisnte nous les montre continuant les rapports qu'ils ont eus, de telle sorte que la mort
n'est ni une interruption, ni une cessation de la vie, mais une transformation, sans solulion de
continuité.
Socrate et Platon auraient connu les enseignements que le Christ donna cinq cents ans
plustard, et ceux que donnent maintenant les Esprits, qu'ils n'auraient pas parlé autrement. En
cela il n'est rien qui doive surprendre, si l'on considère que les grandes vérités sont éternelles,
et que les Esprits avancés ont dû les connaître avant de venir sur la terre, où ils les ont
apportées; que Socrate, Platon et les grands philosophes de leur temps ont pu être, plus tard,
du nombre de ceux qui ont secondé Christ dans sa divine mission, et qu'ils ont été choisis
précisément parce qu'ils étaient plus que d'autres à même de comprendre ses sublimes
enseignements; qu'ils peuvent enfin faire aujourd'hui partie de la pléiade des Esprits chargés de
venir enseigner aux hommes les mêmes vérités.
XII. Il ne faut jamais rendre injustice pour injustice, ni faire de mal à personne, quelque tort
qu'on nous ait fait. Peu de personnes, cependant, admettront ce principe, et les gens qui sont divisés làdessus ne doivent que se mépriser les uns les autres.
N'est-ce pas là le pruicipe de la charité qui nous enseigne de ne point rendre le mal
pour le mal, et de pardonner à nos ennemis?
XIII.. C'est aux fruits qu'on reconnait l'arbre. Il faut qualifier chaque action selon ce qu'elle
produit: l'appeler mauvaise quand il en provient du mal, bonne quand il en naît du bien.
Cette maxime: «C'est aux fruits qu'on reconnaît
XXXIII
INTRODUCTION
l'abre,» se trouve textuellement répétée plusieurs fois dans l'Évangile.
XIV. La richesse est un grand danger. Tout homme qui aime la richesse n'aime ni lui ni ce qui
est à lui, mais une chose qui qui lui est encore plus étrangère que ce qui est à lui. (Ch. XVI.)
XV. Les plus belles prières et les plus beaux sacrifices plaisent moins à la Divinité qu'une âme
vertueuse qui s'efforce de lui ressembler. Ce serait une chose grave que les dieux eussent plus d'égards à
nos offrandes qu'à notre âme; par ce moyen, les plus coupables pourraient se les rendre propices. Mais
non, il n'y a de vraiment justes et sages que ceux qui, par leurs paroles et par leurs actes, s'acquittent de
ce qu'ils doivent aux dieux et aux hommes. (Ch. X, nos 7, 8.)
XVI. J'appelle homme vicieux cet amant vulgaire qui aime le corps plutôt que l'ame. L'amour
est partout dans la nature qui nous invite à exercer notre intelligence; on le retrouve jusque dans le
mouvement des astres. C'est l'amour qui orne la nature de ses riches tapis; il se pare et fixe sa demeure
là où il trouve des fleurs et des parfums. C'est encore l'amour qui donne la paix aux hommes, le calme à
la mer, le silence aux vents et le sommeil à la douleur.
L'amour, qui doit unir les hommes par un lien fraternel, est une conséquence de cette
théorie de Platon sur l'amour universel comme loi de nature. Socrate ayant dit que « l'amour
n'est ni un dieu ni un mortel, mais un grand démon,» c'est-à-dire un grand Esprit présidant à
l'amour universel, cette parole lui fut surtout imputée à crime.
XVII. La vertu ne peut pas s'enseigner; elle vient par un don de Dieu à ceux qui la possèdent.
C'est à peu près la doctrine chrétienne sur la grâce; mais si la vertu est un don de Dieu,
c'est une faveur, et
XXXIV
INTRODUCTION.
l'on peut demander pourquoi elle n'est pas accordée àtout le monde; d'un autre côté, si c'est un
don, elle est salis mérite pour celui qui la possède. Le Spiritisme est plus explicite; il dit que
celui qui possède la vertu l'a acquise par ses efforts dans ses existences successives en se
dépouillant peu à peu de ses imperfections. La grâce est la force dont Dieu favorise tout
homme de bonne volonté pour se dépouiller du mal et pour faire le bien.
XVIII. Il est une disposition naturelle à chacun de nous, c'est de s'apercevoir bien moins de nos
défauts que de ceux d'autrui.
L'Evangile dit: «Vous voyez la paille dans l'oeil de votre voisin, et vous ne voyez pas la
poutre qui est dans le vôtre.» (Ch. X, nos 9, 10.)
XIX. Si les médecins échouent dans la plupart des maladies, c'est qu'ils traitent le corps sans
l'âme, et que, le tout n'étant pas en bon état, il est impossible que la partie se porte bien.
Le Spiritisme donne la clef des rapports qui existent entre l'âme et le corps, et prouve
qu'il y a réaction incessante de l'un sur l'autre. Il ouvre ainsi une nouvelle voie à la science; en
lui montrant la véritable cause de certaines affections, il lui donne les moyens de les combattre.
Quand elle tiendra compte de l'action de l'élément spirituel dans l'économie, elle échouera
moins souvent.
XX. Tous les hommes, à commencer depuis l'enfance, font beaucoup plus de mal que de bien.
Cette parole de Socrate touche à la grave question
XXXV
INTRODUCTION.
la prédominance du mal sur la terre, question insoluble sans la connaissance de la pluralité des
mondes et de la destination de la terre, où n'habite qu'une très petite fraction de l'humanité. Le
Spiritisme seul en donne la solution, qui est développée ci-après dans les chapitres II, III et V.
XXI. Il y a de la sagesse à ne pas croire savoir ce que tu ne sais pas.
Ceci va à l'adresse des gens qui critiquent ce dont souvent ils ne savent pas le premier
mot. Platon complète cette pensée de Socrate en disant: «Essayons de les rendre d'abord, si
c'est possible, plus honnêtes en paroles; sinon, ne nous soucions pas d'eux, et ne cherchons
que la vérité. Tâchons de nous instruire, mais ne nous injurions pas. » C'est ainsi que doivent
agir les spirites àl'égard de leurs contradicteurs de bonne ou de mauvaise foi. Platon revivrait
aujourd'hui, qu'il trouverait les choses à peu près comme de son temps, et pourrait tenir le
même langage; Socrate aussi trouverait des gens pour se moquer de sa croyance aux Esprits,
et le traiter de fou, ainsi que son disciple Platon.
C'est pour avoir professé ces principes que Socrate fut d'abord tourné en ridicule, puis
accusé d'impiété, et condamné à boire de ciguë; tant il est vrai que les grandes vérités
nouvelles, soulevant contre elles les intérêts et les préjugés qu'elles froissent, ne peuvent
s'établir sans lutte et sans faire des martyrs.
__________
1
L'ÉVANGILE
SELON LE SPIRITISME
_____________________________________________
CHAPITRE I
JE NE SUIS POINT VENU DÉTRUIRE LA LOI.
Les trois révélations: Moïse; Christ; le Spiritisme. - Alliance de la science et de la religion. Instructions des Esprits: L'ère nouvelle.
1. Ne pensez point que je sois venu détruire la loi ou les prophètes; je ne suis
point venu les détruire, mais les accomplir; - car je vous dis en vérité que le ciel et la
terre ne passeront point que tout ce qui est dans la loi ne soit accompli parfaitement,
jusqu'à un seul iota et à un seul point. (Saint Matthieu, ch. V, v. 17, 18.)
Moïse.
2. Il y a deux parties distinctes dans la loi mosaïque: la loi de Dieu promulguée sur le
mont Sinaï, et la loi civile ou disciplinaire établie par Moïse; l'une est invariable; l'autre,
appropriée aux moeurs et au caractère du peuple, se modifie avec le temps.
La loi de Dieu est formulée dans les dix commandements suivants:
I. Je suis le Seigneur, votre Dieu, qui vous ai tirés
2
CHAPITRE I.
de l'Égypte, de la maison de servitude. - Vous n'aurez point d'autres dieux étrangers
devant moi. - Vous ne ferez point d'image taillée, ni aucune figure de tout ce qui est en
haut dans le ciel et en bas sur la terre, ni de tout ce qui est dans les eaux sous la terre.
Vous ne les adorerez point, et vous ne leur rendrez point le souverain culte.
II. Vous ne prendrez point en vain le nom du Seigneur votre Dieu.
III. Souvenez-vous de sanctifier le jour du sabbat.
IV. Honorez votre père et votre mère, afin que vous viviez longtemps sur la terre
que le Seigneur votre Dieu vous donnera.
V. Vous ne tuerez point.
VI. Vous ne commettrez point d'adultère.
VII. Vous ne déroberez point.
VIII. Vous ne porterez point de faux témoignage contre votre prochain.
IX. Vous ne désirerez point la femme de votre prochain.
X. Vous ne désirerez point la maison de votre prochain, ni son serviteur, ni sa
servante, ni son boeuf, ni son âne, ni aucune de toutes les choses qui lui appartiennent.
Cette loi est de tous les temps et de tous les pays, et a, par cela même, un caractère
divin. Tout autres sont les lois établies par Moïse, obligé de maintenir par la crainte un peuple
naturellement turbulent et indiscipliné, chez lequel il avait à combattre des abus enracinés et
des préjugés puisés dans la servitude d'Égypte. Pour donner de l'autorité à ses lois, il a dû leur
attribuer une origine divine, ainsi que l'ont fait tous les législateurs des peuples primitifs,
l'autorité de l'homme
3
JE NE SUIS POINT VENU DÉTRUIRE LA LOI.
devait s'appuyer sur l'autorité de Dieu; mais l'idée d'un Dieu terrible pouvait seule
impressionner des hommes ignorants, en qui le sens moral et le sentiment d'une exquise justice
étaient encore peu développés. Il est bien évident que celui qui avait mis dans ses
commandements: “Tu ne tueras point; tu ne feras point de tort à ton prochain,” ne pouvait se
contredire en faisant un devoir de l'extermination. Les lois mosaïques, proprement dites,
avaient donc un caractère essentiellement transitoire.
Christ.
3. Jésus n'est point venu détruire la loi, c'est-à-dire la loi de Dieu; il est venu
l'accomplir, c'est-à-dire la développer, lui donner son véritable sens, et l'approprier au degré
d'avancement des hommes; c'est pourquoi on trouve dans cette loi le principe des devoirs
envers Dieu et envers le prochain, qui fait la base de sa doctrine. Quant aux lois de Moïse
proprement dites, il les a au contraire profondément modifiées, soit dans le fond, soit dans la
forme; il a constamment combattu l'abus des pratiques extérieures et les fausses
interprétations, et il ne pouvait pas leur faire subir une réforme plus radicale qu'en les
réduisant à ces mots: “Aimer Dieu par-dessus toutes choses, et son prochain comme soimême,” et en disant: c'est lá toute la loi et les prophétes.
Par ces paroles: “Le ciel et la terre ne passeront point que tout ne soit accompli jusqu'à
un seul iota,” Jésus a voulu dire qu'il fallait que la loi de Dieu reçût son accomplissement,
c'est-à-dire fût pratiquée sur toute la terre, dans toute sa pureté, avec tous ses développe-
4
CHAPITRE I.
ments et toutes ses conséquences; car, que servirait d'a-voir établi cette loi, si elle devait rester
le privilége de quelques hommes ou même d'un seul peuple? Tous les hommes étant les
enfants de Dieu sont, sans distinction, l'objet d'unne même sollicitude.
4. Mais le rôle de Jésus n'a pas été simplement celui d'un législateur moraliste, sans
autre autorité que sa parole; il est venu accomplir les prophéties qui avaient annoncé sa venue;
il tenait son autorité de la nature exceptionnelle de son Esprit et de sa mission divine; il il est
venu apprendre aux hommes que la vraie vie n'est pas sur la terre, mais dans le royaume des
cieux; leur enseigner la voie qui y conduit, les moyens de se réconcilier avec Dieu, et les
pressentir sur la marche des choses à venir pour l'accomplissement des destinées humaines.
Cependant il n'a pas tout dit, et sur beaucoup de points il s'est borné à déposer le gerine de
vérités qu'il déclare lui-même ne pouvoir être encore comprises; il a parlé de tout, mais en
termes plus ou moins explicites; pour saisir le sens caché de certaines paroles, il fallait que de
nouvelles idées et de nouvelles connaissances vinssent en donner la clef, et ces idées ne
pouvaiesit venir avant un certain degré de maturité de l'esprit humain. La science devait
puissamment contribuer à l'éclosion et au développement de ces idées; il fallait donc donner à
la science le temps de progresser.
Le Spiritisme.
5. Le spiritisme est la science nouvelle qui vient révéler aux hommes, par des preuves
irrécusables, l'existence et la nature du monde spirituel, et ses rapports
5
JE NE SUIS POINT VENU DÉTRUIRE LA LOI.
avec le monde corporel; il nous le montre, non plus comme une chose surnaturelle, mais, au
contraire, comme une des forces vives et incessamment agissantes de la nature, comme la
source d'une foule de phénomènes incompris jusqu'alors et rejetés, par cette raison, dans le
domaine du fantastique et du merveilleux. C'est à ces rapports que le Christ fait allusion en
maintes circonstances, et c'est pourquoi beaucoup de choses qu'il a dites sont restées
inintelligibles ou ont été faussement interprétées. Le spiritisme est la clef à l'aide de laquelle
tout s'explique avec facilité.
6. La Loi de l'Ancien Testament est personnifiée dans Moïse; celle du Nouveau
Testament l'est dans le Christ; le Spiritisme est la troisième révélation de la loi de Dieu, mais il
n'est personnifié dans aucun individu, parce qu'il est le produit de l'enseignement donné, non
par un homme, mais par les Esprits, qui sont les voix du ciel, sur tons les points de la terre, et
par une multitude innombrable d'intermédiaires; c'est en quelque sorte un être collectif
comprenant l'ensemble des êtres du monde spirituel, venant chacun apporter aux hommes le
tribut de leurs lumières pour leur faire connaître ce monde et le sort qui les y attend.
7. De même que Christ a dit: «Je ne viens point détruire la loi, mais l'accomplir,» le
spiritisme dit également: «Je ne viens point détruire la loi chrétienne, mais l'accomplir.» Il
n'enseigne rien de contraire à ce qu'enseigne le Christ, mais il développe, complète et explique,
en termes clairs pour tout le monde, ce qui n'avait été dit que sous la forme allégorique; il
vient accomplir, aux temps prédits, ce que Christ a annoncé,
6
CHAPITRE I.
et préparer l'accomplissement des choses futures. Il est donc l'oeuvre du Christ qui préside luimême, ainsi qu'il l'a pareillement annoncé, à la régénération qui s'opère, et prépare le règne de
Dieu sur la terre.
Alliance de la science et de la religion.
8. La science et la religion sont les deux leviers de l'intelligence humaine; l'une révèle
les lois du monde matériel et l'autre les lois du monde moral; mais les unes et les autres, ayant
le même principe, qui est Dieu, ne peuvent se contredire; si elles sont la négation l'une de
l'autre, l'une a nécessairement tort et l'autre raison, car Dieu ne peut vouloir détruire son
propre ouvrage. L'incompatibilité qu'on a cru voir entre ces deux ordres d'idées tient à un
défaut d'observation et à trop d'exclusivisme de part et d'autre; de là un conflit d'où sont nées
l'incrédulité et l'intolérance.
Les temps sont arrivés où les enseignements du Christ doïvent recevoir leur
complément; où le voile jeté à dessein sur quelques parties de cet enseignement doit être levé;
où la science, cessant d'être exclusivement matérialiste, doit tenir compte de l'élément spirituel,
et où la religion cessant de méconnaître les lois organiques et immuables de la matière, ces
deux forces, s'appuyant l'une sur l'autre, et marchant de concert, se prêteront un mutuel appui.
Alors la religion, ne recevant plus de démenti de la science, acquerra une puissance
inébranlable, parce qu'elle sera d'accord avec la raison, et qu'on ne pourra lui opposer
l'irrésistible logique des faits.
La science et la religion n'ont pu s'entendre jusqu'à ce jour, parce que, chacune
envisageant les choses à son
7
JE NE SUIS POINT VENU DÉTRUIRE LA LOI.
point de vue exclusif, elles se repoussaient mutuellement. Il fallait quelque chose pour combler
le vide qui les séparait, un trait d'union qui les rapprochât; ce trait d'union est dans la
connaissance des lois qui régissent le monde spirituel et ses rapports avec le monde corporel,
lois tout aussi immuables que celles qui règlent le mouvement des astres et l'existence des
êtres. Ces rapports une fois constatés par l'expérience, une lumière nouvelle s'est faite: la foi
s'est adressée à la raison, la raison n'a rien trouvé d'illogique dans la foi, et le matérialisme a
été vaincu. Mais en cela comme en toutes choses, il y a des gens qui restent en arrière, jusqu'à
ce qu'ils soient entraînés par le mouvement général qui les écrase s'ils veulent y résister au lieu
de s'y abandonner. C'est toute une révolution morale qui s'opère en ce moment et travaille les
esprits; après s'être élaborée pendant plus de dix-huit siècles, elle touche à son
accomplissement, et va marquer une nouvelle ère dans l'humanité. Les conséquences de cette
révolution sont faciles à prévoir; elle doit apporter, dans les rapports sociaux, d'inévitables
modifications, auxquelles il n'est au pouvoir de personne de s'opposer, parce qu'elles sont dans
les desseins de Dieu, et qu'elles ressortent de la loi du progrès, qui est une loi de Dieu.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
L'ère nouvelle.
9. Dieu est unique, et Moïse est l'Esprit que Dieu a envoyé en mission pour le faire
connaître, non-seulement aux Hébreux, mais encore aux peuples païens. Le peuple hébreu a
été l'instrument dont Dieu s'est servi
8
CHAPITRE I.
pour faire sa révélation par Moïse et par les prophètes, et les vicissitudes de ce peuple étaient
faites pour frapper les yeux et taire tomber le voile qui cachait aux hommes la divinité.
Les commandements de Dieu donnés par Moïse portent le germe de la morale
chrétienne la plus étendue; les commentaires de la Bible en rétrécissaient le sens, parce que,
mise en oeuvre dans toute sa pureté, elle n 'aurait pas été comprise alors; mais les dix
commandements de Dieu n'en restaient pas moins comme le frontispice brillant, comme le
phare qui devait éclairer l'humanité dans la route qu'elle avait à parcourir.
La morale enseignée par Moïse était appropriée à l'état d'avancement dans lequel se
trouvaient les peuples qu'elle était appelée a régénérer, et ces peuples, à demi sauvages quant
au perfectionnement de leur âme, n'auraient pas compris qu'on pût adorer Dieu autrement que
par des holocaustes, ni qu'il fallût faire grâce à un ennemi. Leur intelligence, remarquable au
point de vue de la matière, et même sous celui des arts et des sciences, était très arriérée en
moralité, et ne se serait pas convertie sous l'empire d'une religion entièrement spirituelle; il leur
fallait une représentation semi-matérielle, telle que l'offrait alors la religion hébraïque. C'est
ainsi que les holocaustes parlaient à leurs sens, pendant que l'idée de Dieu parlait à leur esprit.
Le Christ a été l'initiateur de la morale la plus pure, la plus sublime; de la morale
évangélique chétienne qui doit rénover le monde, rapprocher les hommes et les rendre frères;
qui doit faire jaillir de tous les coeurs humains la charité et l'amour du prochain, et créer entre
tous les hommes une solidarité commune, d'une morale enfin qui doit transformer la terre, et
en faire
9
JE NE SUIS POINT VENU DÉTRUIRE LA LOI.
un séjour pour des Esprits supérieurs à ceux qui l'habitent aujourd'hui. C'est la loi du progrès,
à laquelle la nature est soumise, qui s'accomplit, et le spiritisme est le levier dont Dieu se sert
pour faire avancer l'humanité.
Les temps sont arrivés où les idées morales doivent se développer pour accomplir les
progrès qui sont dans les desseins de Dieu; elles doivent suivre la même route que les idées de
liberté ont parcourue, et qui en étaient l'avant-coureur. Mais il ne faut pas croire que ce
développement se fera sans luttes; non, elles ont besoin, pour arriver à maturité, de secousses
et de discussions, afin qu'elles attirent l'attention des masses; une fois l'attention fixée, la
beauté et la sainteté de la morale frapperont les esprits, et ils s'attacheront à une science qui
leur donne la clef de la vie future et leur ouvre les portes du bonheur éternel. C'est Moïse qui a
ouvert la voie; Jésus a continué l'oeuvre; le spiritisme l'achèvera. (UN ESPRIT ISRAÉLITE.
Mulhouse, 1861.)
10. Un jour, Dieu, dans sa chante inepuî sable, permît à l'homme de voir la vérité
percer les ténèbres; ce jour était l'avènement du Christ. Après la lumière vive, les ténèbres sont
revenues; le monde, après des alternatives de vérité et d'obscurité, se perdait de nouveau.
Alors, semblables aux prophètes de l'Ancien Testament, les Esprits se mettent à parler et à
vous avertir; le monde est ébranlé dans ses bases; le tonnerre grondera; soyez fermes!
Le spiritisme est d'ordre divin, puisqu'il repose sur les lois mêmes de la nature, et
croyez bien que tout ce qui est d'ordre divin a un but grand et utile. Votre monde se perdait, la
science, développée aux dépens de
10
CHAPITRE I.
ce qui est d'ordre moral, tout en vous menant au bien-être matériel, tournait au profit de
l'esprit des ténèbres. Vous le savez, chrétiens, le coeur et l'amour doivent marcher unis à la
science. Le règne du Christ, hélas! après dix-huit siècles, et malgré le sang de tant de martyrs,
n'est pas encore venu. Chrétiens, revenez au maître qui veut vous sauver. Tout est facile à
celui qui croit et qui aime; l'amour le remplit d'une joie ineffable. Oui, mes enfants, le monde
est ébranlé; les bons Esprits vous le disent assez; ployez sous le souffle avant-coureur de la
tempête, afin de n'être point renversés; c'est-à-dire préparez-vous, et ne ressemblez pas aux
vierges folles qui furent prises au dépourvu à l'arrivée de l'époux.
La révolution qui s'apprête est plutôt morale que matérielle, les grands Esprits,
messagers divins, soufflent la foi, pour que vous tous, ouvriers éclairés et ardents, fassiez
entendre votre humble voix; car vous êtes le grain de sable, mais sans grains de sable il n'y
aurait pas de montagnes. Ainsi donc, que cette parole: “Nous sommes petits,” n'ait plus de
sens pour vous. A chacun sa mission, à chacun son travail. La fourmi ne construit-elle pas
l'édifice de sa république, et des animalcules imperceptibles n'élèvent-ils pas des continents? La
nouvelle croisade est commencée; apôtres de la paix universelle et non d'une guerre, saints
Bernard modernes, regardez et marchez en avant: la loi des mondes est la loi du progrès,
(FÉNELON. Poitiers, 1861.)
11. Saint Augustin est l'un des plus grands vulgarisateurs du spiritisme; il se manifeste
presque partout; nous en trouvons la raison dans la vie de ce grand philosophe chrétien. Il
appartient à cette vigoureuse phalange des Pères de l'Église auxquels la chrétienté doit
11
JE NE SUIS POINT VENU DÉTRUIRE LA LOI.
ses plus solides assises. Comme beaucoup, il fut arraché au paganisme, disons mieux, à
l'impiété la plus profonde, par l'éclat de la vérité. Quand, au milieu de ses débordements, il
sentit en son âme cette vibration étrange qui le rappela à lui-même, et lui fit comprendre que le
bonheur était ailleurs que dans des plaisirs énervants et fugitifs; quand enfin, sur son chemin de
Damas, il entendit, lui aussi, la voix sainte lui crier: Saul, Saul, pourquoi me persécutes-tu? il
s'écria: Mon Dieu! mon Dieu! pardonnez-moi, je crois, je suis chrétien! et depuis lors il devint
un des plus fermes soutiens de l'Évangile. On peut lire, dans les confessions remarquables que
nous a laissées cet éminent Esprit, les paroles caractéristiques et prophétiques en même temps,
qu'il prononça après avoir perdu sainte Monique: “Je suis convaincu que ma mère reviendra
me visiter et me donner des conseils en me révélant ce qui nous attend dans la vie future.”
Quel enseignement dans ces paroles, et quelle prévision éclatante de la future doctrine! C'est
pour cela qu'aujourd'hui, voyant l'heure arrivée pour la divulgation de la vérité qu'il avait
pressentie jadis, il s'en est fait l'ardent propagateur, et se multiplie, pour ainsi dire, pour
répondre à tous ceux qui l'appellent. (ÉRASTE, disciple de saint Paul. Paris, 1863.)
Remarque. Saint Augustin vient-il donc renverser ce qu'il a élevé? non assurément;
mais comme taut d'autres, il voit avec les yeux de l'esprit ce qu'il ne voyait pas comme homme;
son âme dégagée entrevoit de nouvelles clartés; elle comprend ce qu'ellene comprenait pas
auparavant; de nouvelles idées lui ont révélé le véritable sens de certaines paroles; sur la terre
il jugeait les choses selon les connaissances qu'il possédait, mais, lorsqu'une nouvelle lumière
s'est faite pour lui, il a pu
12
CHAPITRE I.
les juger plus sainement; c'est ainsi qu'il a dù revenir sur sa croyance concernant les Esprits
incubes et succubes, et sur l'anathème qu'il avait lancé contre la théorie des antipodes.
Maintenant que le christianisme lui apparaît dans toute sa pureté, il peut, sur certains points,
penser autrement que de son vivant, sans cesser d'être l'apôtre chrétien; il peut, sans renier sa
foi, se faire le propagateur du spiritisme, parce qu'il y voit l'accomplissement des choses
prédites. En le proclamant aujourd'hui, il ne fait que nous ramener à une interprètation plus
saine et plus logique des textes. Ainsi en est-il des autres Esprits qui se trouvent dans une
position analogue.
13
CHAPITRE II
MON ROYAUME N'EST PAS DE CE MONDE.
La vie future. - La royauté de Jésus. - Le point de vue. - Instructions des Esprits: Une
royauté terrestre.
1. Pilate, étant donc rentré dans le palais, et ayant fait venir Jésus, lui dit: Êtesvous le roi des Juifs? - Jésus lui répondit: Mon royaume n'est pas de ce monde. Si mon
royaume était de ce monde, mes gens auraient combattu pour m'empêcher de tomber
dans les mains des Juifs; mais mon royaume n'est point ici.
Pilate lui dit alors: Vous êtes donc roi? - Jésus lui repartit : Vous le dites; je suis
roi; je ne suis né, et ne suis venu dans ce monde que pour rendre témoignage à la vérité;
quiconque appartient à la vérité écoute ma voix. (Saint Jean, chap. XVIII, v. 33, 36, 37.)
La vie future.
2. Par ces paroles, Jésus désigne clairement la vie future, qu'il présente en toutes
circonstances comme le terme où aboutit l'humanité, et comme devant faire l'objet des
principales préoccupations de l'homme sur la terre; toutes ses maximes se rapportent à ce
grand principe. Sans la vie future, en effet, la plupart de ses préceptes de morale n'auraient
aucune raison d'être c'est pourquoi ceux qui ne croient pas à la vie future se figurant qu'il ne
parle que de la vie présente, ne les comprennent pas, ou les trouvent puériles.
14
CHAPITRE II.
Ce dogme peut donc être considéré comme le pivot de l'enseignement du Christ; c'est
pourquoi il est placé un des premiers en tête de cet ouvrage, parce qu'il doit être le point de
mire de tous les hommes; seul il peut justifier les anomalies de la vie terrestre et s'accorder
avec la justice de Dieu.
3. Les Juifs n'avaient que des idées très incertaines touchant la vie future; ils croyaient
aux anges, qu'ils regardaient comme les êtres privilégiés de la création, mais ils ne savaient pas
que les hommes pussent devenir un jour des anges et partager leur félicité. Selon eux,
l'observation des lois de Dieu était récompensée par les biens de la terre, la suprématie de leur
nation; les victoires sur leurs ennemis; les calamités publiques et les défaites étaient le
châtiment de leur désobéissance. Moïse ne pouvaît en dire davantage à un peuple pasteur
ignorant, qui devait être touché avant tout par les choses de ce monde. Plus tard Jésus est
venu leur révéler qu'il est un autre monde où la justice de Dieu suit son coul's; c'est ce monde
qu'il promet à ceux qui observent les commandements de Dieu, et où les bons trouveront leur
récompense; ce monde est son royaume; c'est là qu'il est dans toute sa gloire, et où il va
retourner en quittant la terre.
Cependant Jésus, conformant son enseignement à l'état des hommes de son époque, n'a
pas cru devoir leur donner une lumière complète qui les eût éblouis sans les éclairer, parce
qu'ils ne l'auraient pas comprise; il s'est borné à poser en quelque sorte la vie future en
principe, comme une loi de nature à laquelle nul ne peut échapper. Tout chrétien croit donc
forcément à la vie future; mais l'idée que beaucoup s'en
15
MON ROYAUME N'EST PAS DE CE MONDE.
font est vague, incomplète, et par cela même fausse en plusieurspoints;.pour un grand nombre,
ce n'est qu'une croyance sans certitude absolue; de là les doutes et même l'incrédulité.
Le spiritisme est venu compléter en ce point, comme en beaucoup d'autres,
l'enseignement du Christ, lorsque les hommes ont été mûrs pour comprendre la vérité. Avec le
spiritisme, la vie future n'est plus un simple article de foi, une hypothèse; c'est une réalité
matérielle démontrée par les faits, car ce sont les témoins oculaires qui viennent la décrire dans
toutes ses phases et dans toutes ses péripéties; de telle sorte que non-seulement le doute n'est
plus possible, mais l'intelligence la plus vulgaire peut se la représenter sous son véritable
aspect, comme on se représente un pays dont on lit une description détaillée; or, cette
description de la vie future est tellement circonstanciée, les conditions d'existence heureuse ou
malheureuse de ceux qui s'y trouvent sont si rationnelles, qu'on se dit malgré soi qu'il n'en peut
être autrement, et que c'est bien là la vraie justice de Dieu.
La royauté de Jésus.
4. Le royaume de Jésus n'est pas de ce monde, c'est ce que chacun comprend; mais sur
la terre n'a-t-il pas aussi une royauté? Le titre de roi n'implique pas toujours l'exercice du
pouvoir temporel; il est donné d'un consentement unanime à celui que son génie place au
premier rang dans un ordre d'idées quelconques, qui domine son siècle, et influe sur le progrès
de l'humanité. C'est dans ce sens qu'on dit: Le roi ou le prince des philosophes, des artistes ,
des poëtes, des écri-
16
CHAPITRE II.
vains, etc. Cette royauté, née du mérite personnel, consacrée par la postérité, n'a-t-elle pas
souvent une prépondérance bien autrement grande que celle qui porte le diadème? Elle est
impérissable, tandis que l'autre est le jouet des vicissitudes; elle est toujours bénie des
générations futures, tandis que l'autre est parfois maudite. La royauté terrestre finit avec la vie;
la royauté morale gouverne encore, et surtout après la mort. A ce titre Jésus n'est-il pas roi
plus puissant que maints potentats? C'est donc avec raison qu'il disait à Pilate: Je suis roi, mais
mon royaume n'est pas de ce monde.
Le point de vue.
5. L'idée nette et précise qu'on se fait de la vie future donne une foi inébranlable dans
l'avenir, et cette foi a des conséquences immenses sur la moralisation des hommes, en ce
qu'elle change complètement le point de vue sous lequel ils envisagent la vie terrestre. Pour
celui qui se place, par la pensée, dans la vie spirituelle qui est indéfinie, la vie corporelle n'est
plus qu'un passage, une courte station dans un pays ingrat. Les vicissitudes et les tribulations
de la vie ne sont plus que des incidents qu'il prend avec patience, parce qu'il sait qu'ils ne sont
que de courte durée et doivent être suivis d'un état plus heureux; la mort n'a plus rien
d'eftrayant; ce n'est plus la porte du néant, mais celle de la délivrance qui ouvre à l'exilé
l'entrée d'un séjour de bonheur et de paix. Sachant qu'il est dans une place temporaire et non
définitive, il prend les soucis de la vie avec plus d'indifférence, et il en résulte pour lui un calme
d'esprit qui en adoucit l'amertume.
17
MON ROYAUME N'EST PAS DE CE MONDE.
Par le simple doute sur la vie future, l'homme reporte toutes ses pensées sur la vie
terrestre; incertain de l'avenir, il donne tout au présent; n'entrevoyant pas des biens plus
précieux que ceux de la terre, il est comme l'enfant qui ne voit rien au delà de ses jouets; pour
se les procurer, il n'est rien qu'il ne fasse; la perte du moindre de ses biens est un chagrin
cuisant; un mécompte, un espoir déçu, une ambition non satisfaite, une injustice dont il est
victime, l'orgueil ou la vanité blessée sont autant de tourments qui font de sa vie une angoisse
perpétuelle, se donnant ainsi volontairement une véritable torture de tous les instants.
Prenant son point de vue de la vie terrestre au centre de laquelle il est placé, tout prend autour
de lui de vastes proportions; le mal qui l'atteint, comme le bien qui incombe aux autres, tout
acquiert à ses yeux une grande importance. De même, à celui qui est dans l'intérieur d'une
ville, tout paraît grand: les hommes qui sont en haut de l'échelle, comme les monuments; mais
qu'il se transporte sur une montagne, hommes et choses vont lui paraître bien petits.
Ainsi en est-il de celui qui envisage la vie terrestre du point de vue de la vie future:
l'humanité, comme les étoiles du firmament, se perd dans l'immensité; il s'aperçoit alors que
grands et petits sont confondus comme les fourmis sur une motte de terre; que prolétaires et
potentats sont de la même taille, et il plaint ces éphémères qui se donnent tant de soucis pour y
conquérir une place qui les élève si peu et qu'ils doivent garder si peu de temps. C'est ainsi que
l'importance attachée aux biens terrestres est toujours en raison inverse de la foi en la vie
future.
18
CHAPITRE II.
6. Si tout le monde pensait de la sorte, dira-t-on, nul ne s'occupant plus des choses de
la terre, tout y péricliterait. Non; l'homme cherche instinctivement son bien-être, et, même
avec la certitude de n'être que pour peu de temps à une place, encore veut-il y être le mieux ou
le moins mal possible; il n'est personne qui, trouvant une épine sous sa main, ne l'ôte pour ne
pas se piquer. Or, la recherche du bien-être force l'homme à améliorer toutes choses, poussé
qu'il est par l'instinct du progrès et de la conservation, qui est dains les lois de la nature. Il
travaille donc par besoin, par goût et par devoir, et en cela il accomplit les vues de la
Providence qui l'a placé sur la terre à cette fin. Seulement celui qui considère l'avenir n'attache
au présent qu'une importance relative, et se console aisément de ses échecs en pensant à la
destinée qui l'attend.
Dieu ne condamne donc point les jouissances terrestres, mais l'abus de ces jouissances
au préjudice des choses de l'âme; c'est contre cet abus que sont prémunis ceux qui s'appliquent
cette parole de Jésus: Mon royaume n'est pas de ce monde.
Celui qui s'identifie avec la vie future est semblable à un homme riche qui perd une
petite somme sans s'en émouvoir; celui qui concentre ses pensées sur la vie terrestre est
comme un homme pauvre qui perd tout ce qu'il possède et se désespère.
7. Le spiritisme élargit la pensée et lui ouvre de nouveaux horizons; au lieu de cette
vue étroite et mesquine qui la concentre sur la vie présente, qui fait de l'instant qu'on passe sur
la terre l'unique et fragile pivot de l'avenir éternel, il montre que cette vie n'est qu'un anneau
dans l'ensemble harmonieux et grandiose
19
MON ROYAUME N'EST PAS DE CE MONDE.
de l'oeuvre du Créateur; il montre la solidarité qui relie toutes les existences du même être,
tous les êtres d'un même monde et les êtres de tous les mondes; il donne ainsi une base et une
raison d'être à la fraternité universelle, tandis que la doctrine de la création de l'âme au
moment de la naissance de chaque corps, rend tous les êtres étrangers les uns aux autres.
Cette solidarité des parties d'un même tout explique ce qui est inexplicable, si l'on ne considère
qu'un seul point. C'est cet ensemble qu'au temps du Christ les hommes n'auraient pu
comprendre, c'est pourquoi il en a réservé la connaissance à d'autres temps.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Une royauté terrestre.
8. Qui mieux que moi peut comprendre la vérité de cette parole de Notre-Seigneur:
Mon royaume n'est pas de ce monde? L'orgueil m'a perdue sur la terre; qui donc comprendrait
le néant des royaumes d'ici-bas, si je ne le comprenais pas? Qu'ai-je emporté avec moi de ma
royauté terrestre? Rien, absolument rien; et comme pour rendre la leçon plus terrible, elle ne
m'a pas suivie jusqu'à la tombe! Reine j'étais parmi les hommes, reine je croyais entrer dans le
royaume des cieux. Quelle désillusion! quelle humiliation quand, au lieu d'y être reçue en
souveraine, j'ai vu au-dessus de moi, mais bien au-dessus, des hommes que je croyais bien
petits et que je méprisais, parce qu'ils n'étaient pas d'un noble sang! Oh! qu'alors j'ai compris la
stérilité des honneurs et des grandeurs que l'on recherche avec tant d'avidité sur la terre!
20
CHAPITRE II.
Pour se préparer une place dans ce royaume, il faut l'abnégation, l'humilité, la charité
dans toute sa céleste pratique, la bienveillance pour tous; on ne vous demande pas ce que vous
avez été, quel rang vous avez occupé, mais le bien que vous avez fait, les larmes que vous
avez essuyées.
Oh Jésus, tu l'as dit, ton royaume n'est pas ici-bas, car il faut souffrir pour arriver au
ciel, et les marches du trône ne vous en rapprochent pas; ce sont les sentiers les plus pénibles
de la vie qui y conduisent; cherchez-en donc la route à travers les ronces et les épines, et non
parmi les fleurs.
Les hommes courent après les biens terrestres comme s'ils devaient les garder toujours;
mais ici plus d'illusion; ils s'aperçoivent bientôt qu'ils n'ont saisi qu'une ombre, et ont négligé
les seuls biens solides et durables, les seuls qui leur profitent au céleste séjour, les seuls qui
peuvent leur en ouvrir l'accès.
Ayez pitié de ceux qui n'ont pas gagné le royaume des cieux; aidez-les de vos prières,
car la prière rapproche l'homme du Très-Haut ; c'est le trait d'union entre le ciel et la terre: ne
l'oubliez pas. (UNE REINE DE FRANCE. Le Havre, 1863.)
21
CHAPITRE III
IL Y A PLUSIEURS DEMEURES DANS LA MAISON DE MON PÈRE.
Differents états de l'àme dans l'erraticité. - Differentes catégories de mondes habités. Destination de ta terre. Cause des misères terrestres. - Instructions des Esprits: Mondes
supérieurs et mondes inférieurs. - Mondes d'expiations et d'épreuves. - Mondes régénérateurs.
- Progression des mondes.
1. Que votre coeur ne se trouble point. - Vous croyez en Dieu, croyez aussi en
moi. - Il y a plusieurs demeures dans la maison de mon Pére; si cela n'était, je vous
l'aurais déjà dit, car je m'en vais pour préparer le lieu; - et après que je m'en serai allé
et que je vous aurai préparé le lieu, je reviendrai, et vous retirerai à moi, afin que là où
je serai, vous y soyez aussi. (Saint Jean, ch. XIV, v. 1, 2, 3.)
Différents états de l'âme dans l'erraticité.
2. La maison du Père, c'est l'univers; les différentes demeures sont les mondes qui
circulent dans l'espace infini, et offrent aux Esprits incarnés des séjours appropriés à leur
avancement.
Indépendamment de la diversité des mondes , ces paroles peuvent aussi s'entendre de
l'état heureux ou malheureux de l'Esprit dans l'erraticité. Suivant qu'il est plus ou moins épuré
et dégagé des liens matériels, le milieu où il se trouve, l'aspect des choses, les sensations qu'il
éprouve, les perceptions qu'il possède varient à l'infini; tandis que les uns ne peuvent s'èloigner
de
22
CHAPITRE III.
la sphère où ils ont vécu, d'autres s'élèvent et parcourent l'espace et les mondes; tandis que
certains Esprits coupables errent dans les ténèbres, les heureux jouissent d'une clarté
resplendissante et du sublime spectacle de l'infini; tandis, enfin, que lè méchant, bourrelé de
remords et de regrets, souvent seul, sans consolations, séparé des objets de son affection,
gémit sous l'étreinte des souffrances morales, le juste, réuni à ceux qu'il aime, goûte les
douceurs d'une indicible félicité. Là aussi il y a donc plusieurs demeures, quoiqu'elles ne soient
ni circonscrites, ni localisées.
Différents catégories de mondes habités.
3. De l'enseignement donné par les Esprits, il résulte que les divers mondes sont dans
des conditions très différentes les unes des autres quant au degré d'avancement ou d'infériorité
de leurs habitants. Dans le nombre, il en est dont ces derniers sont encore inférieurs à ceux de
la terre physiquement et moralement; d'aûtres sont au même degré, et d'autres lui sont plus ou
moins supérieurs à tous égards. Dans les mondes inférieurs l'existence est toute matérielle, les
passions règnent en souveraines, la vie morale est à peu près nulle. A mesure que celle-ci se
développe, l'influence de la matière diminue, de telle sorte que dans les mondes les plus
avancés la vie est pour ainsi dire toute spirituelle.
4. Dans les mondes intermédiaires il y a mélange de bien et de mal, prédominance de
l'un ou de l'autre, selon le degré d'avancement. Quoiqu'il ne puisse être fait des divers mondes
une classification absolue, on
23
IL Y A PLUSIEURS DEMEURES.
peut néanmoins, en raison de leur état et de leur destination, et en se basant sur les nuances les
plus tranchées, les diviser d'une manière générale, ainsi qu'il suit, savoir: les mondes primitifs,
affectés aux premières incarnations de l'âme humaine; les mondes d'expiations et d'épreuves,
où le mal domine; les mondes régénérateurs, où les âmes qui ont encore à expier puisent de
nouvelles forces, tout en se reposant des fatigues de la lutte; les mondes heureux, où le bien
l'emporte sur le mal; les mondes célestes ou divins, séjour des Espnts épurés, où le bien règne
sans partage. La terre appartient à la catégorie des mondes d'expiations et d'épreuves, c'est
pourquoi l'homme y est en butte à tant de misères.
5. Les Esprits incarnés sur un monde n'y sont point attachés indéfiniment, et n'y
accomplissent pas toutes les phases progressives qu'ils doivent parcourir pour arriver à la
perfection. Quand ils ont atteint sur un monde le degré d'avancement qu'il comporte, ils
passent dans un autre plus avancé, et ainsi de suite jusqu'à ce qu'ils soient arrivés à l'état de
purs Esprits. Ce sont autant de stations à chacune desquelles ils trouvent des éléments de
progrès proportionnés à leur avancement. C'est pour eux une récompense de passer dans un
monde d'un ordre plus élevé, comme c'est un châtiment de prolonger leur séjour dans un
monde malheureux, ou d'être relégués dans un monde plus malheureux encore que celui qu'ils
sont forcés de quitter, quand ils se sont obstinés dans le mal.
24
CHAPITRE III.
Destination de la terre. Causes des misères humaines.
6. On s'étonne de trouver sur la terre tant de méchanceté et de mauvaises passions,
tant de misères et d'infirmités de toutes sortes, et l'on en conclut que l'espèce humaine est une
triste chose. Ce jugement provient du point de vue borné où l'on se place, et qui donne une
fausse idée de l'ensemble. Il faut considérer que sur la terre on ne voit pas toute l'humanité,
mais une très petite fraction de l'humanité. En effet, l'espèce humaine comprend tous les êtres
doués de raison qui peuplent les innombrables mondes de l'univers ; or, qu'est-ce que la
population de la terre auprès de la population totale de ces mondes? Bien moins que celle d'un
hameau par rapport à celle d'un grand empire. La situatiosi matérielle et morale de l'humanité
terrestre n'a plus rien qui étonne, si l'on se rend compte de la destination de la terre et de la
nature de ceux qui l'habitent.
7. On se ferait des habitants d'une grande cité une idée très fausse si on les jugeait par
la population des quartiers infimes et sordides. Dans un hospice, on ne voit que des malades
ou des estropiés; dans un bagne, on voit toutes les turpitudes, tous les vices réunis ; dans les
contrées insalubres, la plupart des habitants sont pâles, malingres et souffreteux. Eh bien,
qu'on se figure la terre comme étant un faubourg, un hospice, un pénitencier, un pays malsain,
car elle est à la fois tout cela, et l'on comprendra pourquoi les afflictions l'emportent sus les
jouissances, car on n'envoie pas à l'hospice les gens qui se portent bien, ni dans, les mai-
25
IL Y A PLUSIEURS DEMEURES.
sons de correction ceux qui n'ont point fait de mal; et ni les hospices, ni les maisons de
correction ne sont des lieux de délices.
Or, de même que dans une ville toute la population n'est pas dans les hospices ou dans
les prisons, toute l'humanité n'est pas sur la terre; comme on sort de l'hospice quand on est
guéri, et de la prison quand on a fait son temps, l'homme quitte la terre pour des mondes plus
heureux quand il est guéri de ses infirmités morales.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Mondes inférieurs et mondes supérieurs.
8. La qualification de mondes inférieurs et de mondes supérieurs est plutôt relative
qu'absolue; tel monde est inférieur ou supérieur par rapport à ceux qui sont au-dessus ou audessous de lui dans l'échelle progressive.
La terre étant prise pour point de comparaison, on peut se faire une idée de l'état d'un
monde inférieur en y supposant l'homme au degré des races sauvages ou des nations barbares
que l'on trouve encore à sa surface, et qui sont les restes de son état primitif. Dans les plus
arriérés, les êtres qui les habitent sont en quelque sorte rudimentaires; ils ont la forme
humaine, mais sans aucune beauté; les instincts n'y sont tempérés par aucun sentiment de
délicatesse ou de bienveillance, ni par les notions du juste et de l'injuste; la force brutale y fait
seule la loi. Sans industrie, sans inventions, les habitants dépensent leur vie à la conquête de
leur nourriture. Cependant Dieu n'abandonne aucune de ses créatures; au fond des ténèbres
26
CHAPITRE III.
de l'intelligence gît, latente, la vague intuition d'un Être suprême, développée plus ou moins.
Cet instinct suffit pour les tendre supérieurs les uns aux autres et préparer leur éclosion à une
vie plus complète; car ce ne sont point des êtres dégradés, mais des enfants qui grandissent.
Entre ces degrés inférieurs et les plus élevés, il y a d'innombrables échelons, et dans les
Esprits purs, dématérialisés et resplendissants de gloire, on a peine à reconnaître ceux qui ont
animé ces êtres primitifs, de même que dans l'homme adulte on a peine à reconnaître
l'embryon.
9. Dans les mondes arrivés à un degré supérieur, les conditions de la vie morale et
matérielle sont tout autres, même que sur la terre. La forme du corps est toujours, comme
partout, la forme humaine, mais embellie, perfectionnée, et surtout purifiée. Le corps n'a rien
de la matérialité terrestre, et n'est, par conséquent, sujet ni aux besoins, ni aux maladies, ni aux
détériorations qu'engendre la prédominance de la matière; les sens, plus exquis, ont des
perceptions qu'étouffe ici-bas la grossièreté des organes; la légèreté spécifique des corps rend
la locomotion rapide et facile; au lieu de se traîner péniblement sur le sol, il glisse, pour ainsi
dire, à la surface, ou plane dans l'atmosphère sans antre effort que celui de la volonté, à la
manière dont on représente les anges, ou dont les Anciens se figuraient les mânes dans les
Champs Élysées. Les hommes conservent à leur gré les traits de leurs migrations passées et
paraissent à leurs amis tels qu'ils les ont connus, mais illuminés par une lumière divine,
transfigurés par les impressions intérieures, qui sont tou-
27
IL Y A PLUSIEURS DEMEURES.
jours élevées. Au lieu de visages ternes, ravagés par les souffrances et les passions,
l'intelligence et la vie rayon-nent de cet éclat que les peintres ont traduit par le nimbe ou
l'auréole des saints.
Le peu de résistance qu'offre la matière à des Esprits déjà très avancés, rend le
développement des corps rapide et l'enfance courte ou presque nulle; la vie, exemple de soucis
et d'angoisses, est proportionnellement beaucoup plus longue que sur la terre. En principe, la
longévité est proportionnée au degré d'avancement des mondes. La mort n'y a rien des
horreurs de la décomposition; loin d'être un sujet d'effroi, elle est considérée comme une
transformation heureuse, parce que là le doute sur l'avenir n'existe pas. Pendant la vie, l'âme,
n'étant point enserrée dans une matière compacte, rayonne et jouit d'une lucidité qui la met
dans un état presque permanent d'émancipation, et permet la libre transmission de la pensée.
10. Dans ces mondes heureux, les relations de peuple à peuple, toujours amicales, ne
sont jamais troublées par l'ambition d'asservir son voisin, ni par la guerre qui en est la suite. Il
n'y a ni maîtres, ni esclaves, ni privilégiés de naissance; la supériorité morale et intelligente
établit seule la différence des conditions et donne la suprématie. L'autorité est toujours
respectée, parce qu'elle n'est donnée qu'au mérite, et qu'elle s'exerce toujours avec justice.
L'homme ne cherche point à s'élever au-dessus de l'homme, mais au-dessus de lui-même en
se perfectionnant. Son but est de parvenir au rang des purs Esprits, et ce désir incessant n'est
point un tourment, mais une noble ambition qui le fait étudier avec ardeur pour arriver à les
égaler. Tous les sentiments tendres et
28
CHAPITRE III.
élevés de la nature humaine s'y trouvent agrandis et purifiés; les haines, les mesquines
jalousies, les basses convoitises de l'envie y sont inconnues; un lien d'amour et de fraternité
unit tous les hommes; les plus forts aident les plus faibles. Ils possèdent plus ou moins, selon
qu'ils ont plus ou moins acquis par leur intelligence, mais nul ne souffre par le manque du
nécessaire, parce que nul n'y est en expiation; en un mot, le mal n'y existe pas.
11. Dans votre monde, vous avez besoin du mal pour sentir le bien, de la nuit pour
admirer la lumière, de la maladie pour apprécier la santé; là, ces contrastes ne sont point
nécessaires; l'éternelle lumière, l'éternelle beauté, l'éternel calme de l'âme, procurent une
éternelle joie que ne troublent ni les angoisses de la vie matérielle, ni le contact des méchants,
qui n'yont point accès. Voilà ce que l'esprit humain a le plus de peine à comprendre; il a été
ingénieux pour peindre les tourments de l'enfer, il n'a jamais pu se représenter lesjoies du ciel;
et pourquoi cela? Parce que, étant inférieur, il n'a enduré que peines et misères, et n'a point
entrevu les célestes clartés; il ne peut parler que de ce qu'il connaît; mais, à mesure qu'il s'élève
et s'épure, l'horizon s'éclaircit, et il comprend le bien qui est devant lui, comme il a compris le
mal qui est resté derrière lui.
12. Cependant ces mondes fortunés ne sont point des mondes privilégiés, car Dieu
n'est partial pour aucun de ses enfants; il donne à tous les mêmes droits et les mêmes facilités
pour y arriver; il les fait tous partir du même point, et n'en dote aucun plus que les autres; les
premiers rangs sont accessibles à tous: à eux de les
29
IL Y A PLUSIEURS DEMEURES.
conquérir par leur travail; à eux de les atteindre le plus tôt possible, ou de languir pendant des
siècles de siècles dans les bas-fonds de l'humanité. (Résumê de l'enseignement de tous les
Esprits supérieurs.)
Mondes d'expiations et d'épreuves.
13. Que vous dirai-je des mondes d'expiations que vous ne sachiez déjà, puisqu'il vous
suffit de considérer la terre que vous habitez? La supériorité de l'intelligence chez un grand
nombre de ses habitants indique qu'elle n'est pas un monde primitif destiné à l'incarnation
d'Esprits à peine sortis des mains du Créateur. Les qualités innées qu'ils apportent avec eux
sont la preuve qu'ils ont déjà vécu, et qu'ils ont accompli un certain progrès; mais aussi les
vices nombreux auxquels ils sont enclins sont l'indice d'une grande imperfection morale; c'est
pourquoi Dieu les a placés sur une terre ingrate pour y expier leurs fautes par un travail
pénible et par les misères de la vie, jusqu'à ce qu'ils aient mérité d'aller dans un monde plus
heureux.
14. Cependant tous les Esprits incarnés sur la terre n'y sont pas envoyés en expiation.
Les races que vous appelez sauvages sont des Esprits à peine sortis de l'enfance, et qui y sont,
pour ainsi dire, en éducation, et se développent au contact d'Esprits plus avancés. Viennent
ensuite les races à demi civilisées formées de ces mêmes Esprits en progrès. Ce sont là, en
quelque sorte, les races indigènes de la terre, qui ont grandi peu à peu à la suite de longues
périodes séculaires, et dont quelquesunes ont pu atteindre le perfectionnement intellectuel des
peuples les plus éclairés.
30
CHAPITRE III.
Les Esprits en expiation y sont, si l'on peut s'exprimer ainsi, exotiques; ils ont déjà
vécu sur d'autres mondes d'où ils ont été exclus par suite de leur obstination dans le mal, et
parce qu'ils y étaient une cause de trouble pour les bons, ils ont été relégués, pour un temps,
parmi des Esprits plus arriérés, et qu'ils ont pour mission de faire avancer, car ils ont apporté
avec eux leur intelligence développée et le germe des connaissances acquises; c'est pourquoi
les Esprits punis se trouvent parmi les races les plus intelligentes; ce sont celles aussi pour
lesquelles les misères de la vie ont le plus d'amertume, parce qu'il y a en elles plus de
sensibilité, et qu'elles sont plus éprouvées par le froissement que les races primitives dont le
sens moral est plus obtus.
15. La terre fournit donc un des types des mondes expiatoires, dont les variétés sont
infinies, mais qui ont pour caractère commun de servir de lieu d'exil aux Esprits rebelles à la
loi de Dieu. Là ces Esprits ont à lutter à la fois contre la perversité des hommes et contre
l'inclémence de la nature, double travail pénible qui développe en même temps les qualités du
coeur et celles de l'intelligence. C'est ainsi que Dieu, dans sa bonté, fait tourner le châtiment
même au profit du progrès de l'Esprit. (SAINT AUGUSTIN. Paris, 1862.)
Mondes régénérateurs.
16. Parmi ces étoiles qui scintillent dans la voûte azurée, combien est-il de mondes,
coinme le vôtre, désignés par le Seigneur pour l'expiation et l'épreuve! Mais il en est aus de
plus misérables et de meilleurs,
31
IL Y A PLUSIEURS DEMEURES.
comme il en est de transitoires que l'on peut appeler régénérateurs. Chaque tourbillon
planétaire, courant dans l'espace autour d'un foyer commun, entraîne avec lui ses mondes
primitifs, d'exil, d'épreuve, de régénération et de félicité. Il vous a été parlé de ces mondes où
l'âme naissante est placée, alors qu'ignorante encore du bien et du mal, elle peut marcher à
Dieu, maîtresse d'elle-même, en possession de son libre arbitre; il vous a été dit de quelles
larges facultés l'âme a été douée pour faire le bien; mais, hélas! il en est qui succombent, et
Dieu, ne voulant pas les anéantir, leur permet d'aller dans ces mondes où, d'incarnations en
incarnations, elles s'épurent, se régénèrent, et reviendront dignes de la gloire qui leur était
destinée.
17. Les mondes régénérateurs servent de transition entre les mondes d'expiation et les
mondes heureux; l'âme qui se repent y trouve le calme et le repos en achevant de s'épurer.
Sans doute, dans ces mondes, l'homme est encore sujet des lois qui régissent la matière;
l'humanité éprouve vos sensations et vos désirs, mais elle est affranchie des passions
désordonnées dont vous êtes esclaves; là plus d'orgueil qui fait taire le coeur, plus d'envie qui
le torture, plus de haine qui l'étouffe; le mot amour est écrit sur tous les fronts; une parfaite
équité règle les rapports sociaux; tous se montrent Dieu, et tentent d'aller à lui en suivant ses
lois.
Là, pourtant, n'est point encore le parfait bonheur, mais c'est l'aurore du bonheur.
L'homme y est encore chair, et par cela même sujet à des vicissitudes dont ne sont exempts
que les êtres complétement dématérialisés; il a encore des épreuves à subir, mais elles n'ont
point les poignantes angoisses de l'expiation. Comparés à la
32
CHAPITRE III.
terre, ces mondes sont très heureux, et beaucoup d'entre vous seraient satisfaits de s'y arrêter,
car c'est le calme après la tempête, la convalescence après une cruelle maladie; mais l'homme,
moins absorbé par les choses matérielles, entrevoit mieux l'avenir que vous ne le faites; il
comprend qu'il est d'autres joies que le Seigneur promet à ceux qui s'en rendent dignes, quand
la mort aura de nouveau moissonné leurs corps pour leur donner la vraie vie. C'est alors que
l'âme affranchie planera sur tous les horizons; plus de sens matériels et grossiers, mais les sens
d'un périsprit pur et céleste, aspirant les émanations de Dieu même sous les parfums d'amour
et de charité qui s'épandent de son sein.
18. Mais, hélas! dans ces mondes, l'homme est encore faillible, et l'Esprit du mal n'y a
pas complétement perdu son empire. Ne pas avancer c'est reculer, et s'il n'est pas ferme dans la
voie du bien, il peut retomber dans les mondes d'expiation, où l'attendent de nouvelles et plus
terribles épreuves.
Contemplez donc cette voûte azurée, le soir, à l'heure du repos et de la prière, et dans
ces sphères innombrables qui brillent sur vos têtes, demandez-vous ceux qui mènent à Dieu, et
priez-le qu'un monde régénérateur vous ouvre son sein après l'expiation de la terre. (SAINT
AUGUSTIN. Paris, 1862.)
Progression des mondes.
19. Le progrès est une des lois de la nature; tous les êtres de la création, animés et
inanimés, y sont soumis par la bonté de Dieu, qui veut que tout grandisse et prospère. La
destruction même, qui semble aux hommes
33
IL Y A PLUSIEURS DEMEURES.
le terme des choses, n'est qu'un moyen d'arriver par la transformation à un état plus parfait, car
tout meurt pour reinaître, et rien ne rentre tlans le néant.
En même temps que les êtres vivants progressent moralement, les mondes qu'ils
habitent progressent matériellement. Qui pourrait suivre un monde dans ses diverses phases
depuis l'instant où se sont agglomérés les premiers atomes qui ont servi à le constituer, le
verrait parcourir une échelle incessamment progressive, mais par des degrés insensibles pour
chaque génération, et offrir à ses habitants un séjour plus agréable à mesure que ceux-ci
avancent eux-mêmes dans la voie du progrès. Ainsi marchent parallèlement le progrès de
l'homme, celui des animaux ses auxiliaires, des végétaux et de l'habitation, car rien n'est
stationnaire dans la nature. Combien cette idée est grande et digne de la majesté du Créateur!
et qu'au contraire elle est petite et indigne de sa puissance celle qui concentre sa sollicitude et
sa providence sur l'imperceptible grain de sable de la terre, et restreint l'humanité aux quelques
hommes qui l'habitent!
La terre, suivant cette loi, a été matériellement et moralement dans un état inférieur à
ce qu'elle est aujourd'hui, et atteindra sous ce double rapport un degré plus avancé. Elle est
arrivée à une de ses périodes de transformation, où de monde expiatoire elle va devenir monde
régénérateur; alors les hommes y seront heureux parce que la loi de Dieu y régnera. (SAINT
AUGUSTIN. Paris, 1862.)
34
CHAPITRE IV
PERSONNE NE PEUT VOIR LE ROYAUME DE DIEU S'IL NE NAIT
DE NOUVEAU.
Résurrection et réincarnation. - Liens de famille fortifiés par la réincarnation et brisés par
l'unité d'existence. - Instructions des Esprits: Limites de l'incarnation. - L'incarnation est-elle
un châtiment?
1. Jésus étant venu aux environs de Césarée-de-Philippe, interrogea ses disciples
et leur dit: Que disent les hommes touchant le Fils de l'Homme? Qui disent-ils que je
suis? - Ils lui répondirent: Les uns disent que vous êtes Jean-Baptiste; les autres Élie,
les autres Jérémie ou quelqu'un des prophètes. - Jésus leur dit: Et vous autres, qui
dites-vous que je suis? - Simon-Pierre, prenant la parole, lui dit: Vous êtes le Christ, le
Fils de Dieu vivant. - Jésus lui répondit: Vous êtes bienheureux, Simon, fils de Jean,
parce que ce n'est point la chair ni le sang qui vous ont révélé ceci, mais mon Père qui
est dans les cieux. (Saint Matthieu, ch. XVI, v. de 13 à 17; saint Marc, ch. VIII, v. de 27
à 30.)
2. Cependant Hérode le Tétrarque entendit parler de tout ce que faisait Jésus, et
son esprit était en suspens, - parce que les uns disaient que Jean était ressuscité d'entre
les morts; les autres qu'Élie était apparu, et d'autres qu'un des anciens prophètes était
ressuscité. - Alors Hérode dit: J'ai fait couper la tête à Jean; mais qui est celui de qui
j'entends dire de si grandes choses? Et il avait envie de le voir. (Saint Marc, ch. VI, v.
14,15; saint Luc, ch. IX, v. 7, 8, 9.)
3. (Après la transfiguration.) Ses disciples l'interrogèrent alors et lui dirent:
Pourquoi donc les scribes disent-ils qu'il
35
IL FAUT QUE VOUS NAISSIEZ DE NOUVEAU.
faut qu'Élie revienne auparavant? - Mais Jésus leur répondit: Il est vrai qu'Élie doit
revenir et rétablir toutes choses; - mais je vous déclare qu'Élie est déjà venu, et ils ne
l'ont point connu, mais ils l'ont traité comme il leur a plu. C'est ainsi qu'ils feront
souffrir le Fils de l'Homme. - Alors ses disciples comprirent que cétait de Jean-Baptiste
qu'il leur avait parlé. (Saint Mathieu, ch. XVII, v, de 1O à 13; saint Marc, ch. IX, v.
10,11, l2.)
Résurrection et réincarnation.
4. La réincarnation faisait partie des dogmes juifs sous le nom de résurrection; seuls
les Sadducéens, qui pensaient que tout finit à la mort, n'y croyaient pas. Les idées des Juifs sur
ce point, comme sur beaucoup d'autres, n'étaient pas clairement définies, parce qu'ils n'avaient
que des notions vagues et incomplètes sur l'âme et sa liaison avec le corps. Ils croyaient qu'un
homme qui a vécu pouvait revivre, sans se rendre un compte précis de la manière dont la
chose pouvait avoir lieu; ils désignaient par le mot résurrection ce que le spiritisme appelle
plus judicieusement réincarnation. En effet, la résurrection suppose le retour à la vie du corps
qui est mort, ce que la science démontre être matériellement impossible, surtout quand les
éléments de ce corps sont depuis longtemps dispersés et absorbés. La réincarnation est le
retour de l'âme ou Esprit à la vie corporelle, mais dans un autre corps nouvellement formé
pour lui, et qui n'a rien de commun avec l'ancien. Le mot résurrection pouvait ainsi s'appliquer
à Lazare, mais non à Élie, ni aux autres prophètes. Si donc, selon leur croyance, Jean-Baptiste
était Elie, le corps de Jean ne pouvait être celui d'Elie, puisqu'on avait vu Jean enfant et que
l'on connaissait son père et sa mère. Jean pouvait donc être E lie réincarné, mais non
ressuscité.
36
CHAPITRE IV.
5. Or, il y avait un homme d'entre les Pharisiens, nommé Nicodème, sénateur des
Juifs, - qui vint la nuit trouver Jésus, et lui dit: Maître, nous savons que vous êtes venu
de la part de Dieu pour nous instruire comme un docteur; car personne ne saurait faire
les miracles que vous faites, si Dieu n'est avec lui.
Jésus lui répondit: En vérité, en vérité, je vous le dis: Personne ne peut voir le
royaume de Dieu s'il ne naît de nouveau.
Nicodème lui dit: Comment peut naître un homme qui est déjà vieux? Peut-il
rentrer dans le sein de sa mère, pour naître une seconde fois?
Jésus lui répondit: En vérité, en vérité, je vous le dis: Si un homme ne renaît de
l'eau et de l'Esprit, il ne peut entrer dans le royaume de Dieu. - Ce qui est né de la chair
est chair, et ce qui est né de l'Esprit est Esprit. - Ne vous étonnez pas de ce que je vous
ai dit, qu'il faut que vous naissiez de nouveau. -L'Esprit souffle où il veut, et vous
entendez sa voix, mais vous ne savez d'où il vient, ni où il va; il en est de même de tout
homme qui est né de l'Esprit.
Nicodème lui répondit: Comment cela peut-il se faire? - Jésus lui dit: Quoi! vous
êtes maître en Israël, et vous ignorez ces choses! - En vérité, en vérité, je vous dis que
nous ne disons que ce que nous savons, et que nous ne rendons témoignage que de ce
que nous avons vu; et cependant vous ne recevrez point notre témoignage. - Mais si
vous ne me croyez pas lorsque je vous parle des choses de la terre, comment me croirezvous lorsque je vous parlerai des choses du ciel? (Saint Jean, ch. III, v. de 1 à 12.)
6. La pensée que Jean-Baptiste était Élie, et que les prophètes pouvaient revivre sur la
terre, se retrouve en maints passages des Évangi1es, notamment dans ceux relatés ci-dessus
(nos, 1,2,3). Si cette croyance avait été une erreur, Jésus n'eût pas manqué de la combattre,
comme il en a combattu tant d'autres; loin de là, il la sanctionne de toute son autorité, et la
pose en principe et comme une condition nécessaire quand il dit: Per-
37
IL FAUT QUE VOUS NAISSIEZ DE NOUVEAU.
sonne ne peut voir le royaume des cieux s'il ne naît de nouveau; et il insiste en ajoutant: Ne
vous étonnez pas de ce que je vous dis qu'il FAUT que vous naissiez de nouveau.
7. Ces mots: «Si un homme ne renaît de l'eau et de l'Esprit, ont été interprétés dans le
sens de la régénération par l'eau du baptême; mais le texte primitif portait simplement: Ne
renaît de l'eau et de l'Esprit, tandis que, dans certaines traductions, à de l'Esprit on a
substitué: du Saint-Esprit, ce qui ne répond plus à la même pensée. Ce point capital ressort
des premiers commentaires faits sur l'Évangile, ainsi que cela sera un jour constaté sans
équivoque possible¹.
8. Pour comprendre le sens véritable de ces paroles, il faut également se reporter à la
signification du mot eau qui n'était point employé dans son acception propre.
Les comiaissances des Anciens sur les sciences physiques étaient très imparfaites; ils
croyaient que la terre était sortie des eaux, c'est pourquoi ils regardaient l'eau comme
l'élément générateur absolu; c'est ainsi que dans la Genèse il est dit: “L'Esprit de Dieu était
porté sur les eaux; flottait à la surface des eaux; - Que le firmament soit fait au milieu des
eaux; - Que les eaux qui sont sous le ciel se rassemblent en un seul lieu, et que l'élément aride
paraisse; - Que les eaux produisent des animaux vivants qui nagent dans l'eau, et desoiseaux
qui volent sur la terre et sous le firmament.”
D'après cette croyance, l'eau était devenue le sym____________
1. La traduction d'Osterwald est conforme au texte primitif; elle porte: ne renaîte de l'eau et de
l'Esprit; celle de Sacy dit: du Saint-Esprit; celle de Lamennais: de l'Esprit-Saint.
38
CHAPITRE IV.
bole de la nature matérielle, comme l'Esprit était celui dela nature intelligente. Ces mots: “Si
l'homme ne renaîte de leau et de l'Esprit, ou en eau et en Esprit,” signifient donc: “Si l'homme
ne renaît avec son corps et son âme.” C'est dans ce sens qu'ils ont été compris dans le principe.
Cette interprétation est d'ailleurs justifiée par ces autres paroles: Ce qui est né de la,
chair est chair, et ce qui est né de l'Ésprit est l'Esprit. Jésus fait ici une distinction positive
entre l'Esprit et le corps. Ce qui est né de la chair est chair, indique clairement que le corps
seul procède du corps, et que l'Esprit est indépendant du corps.
9. L'Esprit souffle où il veut; vous entendez sa voix, mais vous ne savez ni d'où il vient
ni où il va, peut s'entendre de l'Esprit de Dieu qui donne la vie à qui il veut, ou de l'âme de
l'homme; dans cette dernière acception, “Vous ne savez d'où il vient ni où il va » signifie que
l'on ne connaît ni ce qu'a été, ni ce que sera l'Esprit. Si l'Esprit, ou âme, était créé en même
temps que le corps, on saurait d'où il vient, puisqu'on connaîtrait son commencement. En tout
état de cause, ce passage est la consécration du principe de la préexistence de l'âme, et par
conséquent de la pluralité des existences.
10. Or, depuis le temps de Jean-Baptiste jusqu'à présent, le royaume des Cieux
se prend par violence, et ce sont les violents qui l'emportent; - car, jusqu'à Jean, tous les
prophètes, aussi bien que la loi, ont prophétisé; - et si vous voulez comprendre ce que je
vous dis, c'est lui-même qui est Élie qui doit venir. - Que celui-là entende qui a des
oreilles pour entendre. (Saint Matthieu, ch XI, v. de 12 à 15.)
39
LE FAUT QUE VOUS NAISSIEZ DE NOUVEAU.
14. Si le principe de la réincarnation exprimé dans saint Jean pouvait, à la rigueur, être
interprété dans un sens purement mystique, il ne saurait en être de même dans ce passage de
saint Matthieu, qui est sans équivoque possible: c'est LUI-MÊME qui est Elie qui doit venir;
il n'y a là ni figure, ni allégorie: c'est une affirmation positive. “Depuis le temps de JeanBaptiste jusqu'à présent le royaume des cieux se prend par violence.” Que signifient ces
paroles, puisque Jean-Baptiste vivait encore à ce moment-là? Jésus les explique en disant: “Si
vous Voulez comprendre ce que je dis, c'est lui-même qui est Élie qui doit venir.” Or, Jean
n'étant autre qu'Élie, Jésus fait allusion au temps où Jean vivait sous le nom d'Élie. “Jusqu'à
présent le royaume des cieux se prend par violence,” est une autre allusion à la violence dela
loi mosaïque qui commandait l'extermination des infidèles pour gagner la Terre Promise,
Paradis des Hébreux, tandis que, selon la nouvelle loi, le ciel se gagne par la charité et la
douceur.
Puis il ajoute: Que celui-là entende qui a des oreilles pour entendre. Ces paroles, si
souvent répétées par Jésus, disent clairement que tout le monde n'était pas en état de
comprendre certaiîies vérités.
12. Ceux de votre peuple qu'on avait fait mourir vivront de nouveau; ceux qui
étaient tués au milieu de moi ressusciteront. Réveillez-vous de votre sommeil, et chantez
les louanges de Dieu, vous qui habitez dans la poussière; parce que la rosée qui tombe
sur vous est une rosée de lumière, et que vous ruinerez la terre et le règne des géants.
(Isaïe, ch. XXVI, v. 19.)
13. Ce passage d'Isaïe est tout aussi explicite: “Ceux de votre peuple qu'on avait fait
mourir vivront de nouveau.” Si le prophète avait entendu parler de la vie
40
CHAPITRE IV.
spirituelle, s'il avait voulu dire que ceux que l'on a fait mourir n'étaient pas morts en Esprit, il
aurait dit: vivent encore, et non vivront de nouveau. Dans le sens spirituel, ces mots seraient
un non-sens, puisqu'ils impliqueraient une interruption dans la vie de l'âme. Dans le sens de
régénération morale, ils seraient la négation des peines éternelles, puisqu'ils établissent en
principe que tous ceux qui sont morts revivront.
14. Mais quand l'homme est mort une fois, que son corps, sépare de son esprit,
est consumé, que devient-il? L'homme étant mort une fois, pourrait-il bien revivre de
nouveau? Dans cette guerre où je me trouve tous les jours de ma vie, j'attends que mon
changement arrive. (JOB, ch. XIV, v. 10, 14. Traduction de Le Maistre de Sacy.)
Quand l'homme meurt, il perd toute sa force, il expire; puis où est-il? - Si
l'homme meurt, revivra-t-il? Attendrai-je tous les jours de mon combat, jusqu'à ce qu'il
m'arrive quelque changement? (Id. Traduction protestante d'Osterwald.)
Quand l'homme est mort, il vit toujours; en finissant les jours de mon existence
terrestre, j'attendrai, car j'y reviendrai de nouveau. (Id. Version de l'Église grecque.)
15. Le principe de la pluralité des existences est clairement exprimé dans ces trois
versions. On ne peut supposer que Job ait voulu parler de la régénération par l'eau du baptême
qu'il ne connaissait certainement pas. “L'homme étant mort une fois, pourrait-il bien revivre de
nouveau?” L'idée de mourir une fois et de revivre, implique celle de mourir et de revivre
plusieurs fois. La version de l'Église grecque est encore plus explicite, si c'est possible. “En
finissant les jours de mon existence terrestre, j'attendrai, car j'y reviendrai;” c'est-à-dire, je
reviendrai à l'existence terrestre. Ceci est
41
IL FAUT QUE VOUS NAISSIEZ DE NOUVEAU.
aussi clair que si quelqu'un disait: “Je sors de ma maison, mais j'y reviendrai.”
“Dans cette guerre où je me trouve tous les jours de ma vie, j'attends que mon
changement arrive.” Job veut évidemment parler de la lutte qu'il soutient contre les misères de
la vie; il attend son changement, c'est-à-dire il se résigne. Dans la version grecque, j'attendrai
semble plutôt s'appliquer à la nouVelle existence: “Lorsque mon existence terrestre sera finie,
j'attendrai, car j'y reviendrai;” Job semble se placer, après sa mort, dans l'intervalle qui sépare
une existence de l'autre, et dire que là il attendra son retour.
16. Il n'est donc pas douteux que, sous le nom de résurrection, le principe de la
réincarnation était une des croyances fondamentales des Juifs; qu'il est confirmé par Jésus et
les prophètes d'une manière formelle; d'où il suit que nier la réincarnation, c'est renier les
paroles du Christ. Ses paroles feront un jour autorité sur ce point, comme sur beaucoup
d'autres, quand on les méditera sans parti pris.
17. Mais à cette autorité, au point de vue religieux, vient s'ajouter, au point de vue
philosophique, celle des preuves qui résultent de l'observation des faits; quand des effets ou
veut remonter aux causes, la réincarnation apparaît comme une nécessité absolue, comme une
condition inhérente à l'humanité, en un mot, comme une loi de nature; elle se révèle par ses
résultats d'une manière pour ainsi dire matérielle, comme le moteur caché se révèle par le
mouvement; elle seule peut dire à l'homme d'où il vient, où il va, pourquoi il est sur la terre,
42
CHAPITRE IV.
et justifier toutes les anomalies et toutes les injustices apparentes que présente la vie¹.
Sans le principe de la préexistence de l'âme et de la pluralité des existences, la plupart
des maximes de l'Évangile sont inintelligibles; c'est pourquoi elles ont donné lieu à des
interprétations si contradictoires; ce principe est la clef qui doit leur restituer leur véritable
sens.
Les liens de famille fortifiés par la réincarnation et brisés
par l'unité d'existence.
18. Les liens de famille ne sont point détruits par la réincarnation, ainsi que le pensent
certaines personnes; ils sont au contraire fortifiés et resserrés: c'est le principe opposé qui les
détruit.
Les Esprits forment dans l'espace des groupes ou familles unis par l'affection, la
sympathie et la similitude des inclinations; ces Esprits, heureux d'être ensemble, se
recherchent; l'incantation ne les sépare que momentanément, car, après leur rentrée dans
l'erraticité, ils se retrouvent comme des amis au retour d'un voyage. Souvent même ils se
suivent dans l'incantation, ou ils sont réunis dans une même famille, ou dans un même cercle,
travaillant ensemble à leur mutuel avancement. Si les uns sont incarnés et que les autres ne le
soient pas, ils n'en sont pas moins unis par la pensée; ceux qui sont libres veillent sur ceux qui
sont en captivité; les plus avancés cherchent à faire progresser les
__________
1. Voir, pour les développements du dogme de la réincarnation, le Livre des Esprits, ch. IV et V;
Qu'est-ce que le Spiritisme? chap. II, par Allan Kardec; la Pluralité des existences, par Pezzani.
43
IL FAUT QUE VOUS NAISSIEZ DE NOUVEAU.
retardataires. Après chaque existence ils ont fait un pas dans la voie de la perfection; de moins
en moins attachés à la matière, leur affection est plus vive par cela même qu'elle est plus
épurée, qu'elle n'est plus troublée par l'égoïsme ni par les nuages des passions. Ils peuvent
donc ainsi parcourir un nombre illimité d'existences corporelles sans qu'aucune atteinte soit
portée àleur mutuelle affection.
Il est bien entendu qu’il s'agit ici de l'affection réelle d'âme à âme, la seule qui survive à
la destruction du corps, car les êtres qui ne s'unissent ici-bas que par les sens n'ont aucun motif
de se rechercher dans le monde des Esprits. Il n'y a de durables que les affections spirituelles;
les affections charnelles s'éteignent avec la cause qui les a fait naître; or cette cause n'existe
plus dans le monde des Esprits, tandis que l'âme existe toujours. Quant aux personnes unies
par le seul mobile de l'intérêt, elles ne sont réellement rien l'une à l'autre: la mort les sépare sur
la terre et dans le ciel.
19. L'union et l'affection qui existent entre parents sont l'indice de la sympathie
antérieure qui les a rapprochés; aussi dit-on en parlant d'une personne dont le caractère, les
goûts et les inclinations n'ont aucune similitude avec ceux de ses proches, qu'elle n'est pas de
la famille. En disant cela, on énonce une plus grande vérité qu'on ne le croit. Dieu permet,
dans les familles, ces incarnations d'Esprits antipathiques ou étrangers, dans le double but de
servir d'épreuve pour les uns, et de moyen d'avancement pour les autres. Puis les mauvais
s'améliorent peu à peu au contact des bons et par les soins qu'ils en reçoivent; leur caractère
s'adoucit, leurs moeurs s'épurent, les antipathies s'effaçent; c'est ainsi
44
CHAPITRE IV.
que s'établit la fusion entre les différentes catégories d'Esprits, comme elle s'établit sur la terre
entre les races et les peuples.
20. La crainte de l'augmentation indéfinie de la parenté, par suite de la réincarnation,
est une crainte égoïste, qui prouve que l'on ne se sent pas un amour assez large pour le
reporter sur un grand nombre de personnes. Un père qui a plusieurs enfants les aime-t-il donc
moins que s'il n'en avait qu'un seul? Mais, que les égoïstes se rassurent, cette crainte n'est pas
fondée. De ce qu'un bomme aura eu dix incarnations, il ne s'ensuit pas qu'il retrouvera dans le
monde des Esprits dix pères, dix mères, dix femmes et un nombre proportionné d'enfants et de
nouveaux parents; il n'y retrouvera toujours que les mêmes objets de son affection qui lui
auront été attachés sur la terre, à des titres différents et peut-être au même titre.
21. Voyons maintenant les conséquences de la doctrine de la non-réincarnation. Cette
doctrine annule nécessairement la préexistence de l'âme; les âmes étant créées en même temps
que le corps, il n'existe entre elles aucun lien antérieur; elles sont complétement étrangères les
uttes aux autres; le père est étranger à son fils; la filiation des familles se trouve ainsi réduite à
la seule filiation corporelle, sans aucun lien spirituel. Il n'y a donc aucun motif de se glorifier
d'avoir eu pour ancêtres tels ou tels personnages illustres. Avec la réincarnation ancêtres et
descendants peuvent s'être connus, avoir vécu ensemble, s'être aimés, et se trouver réunis plus
tard pour resserrer leurs liens sympathiques.
45
IL FAUT QUE VOUS NAISSIEZ DE NOUVEAU.
22. Voilà pour le passé. Quant à l'avenir, selon un des dogmes fondamentaux qui
découlent de la non-réincarnation, le sort des âmes est irrévocablement fixé après une seule
existence; la fixation définitive du sort implique la cessation de tout progrès, car s'il y a
progrès quelconque, il n'y a plus de sort définitif; selon qu'elles ont bien ou mal vécu, elles
vont immédiatement dans le séjour des bienheureux ou dans l'enfer éternel; elles sont ainsi
immédiatement séparées pour toujours, et sans espoir de se rapprocher jamais, de telle sorte
que pères, mères et enfants, maris et femmes, frères, soeurs, amis, ne sont jamais certains de
se revoir: c'est la rupture la plus absolue des liens de famille.
Avec la réincarnation, et le progrès qui en est la conséquence, tous ceux qui se sont
aimés se retrouvent sur la terre et dans l'espace, et gravitent ensemble pour arriver à Dieu. S'il
en est qui faillissent en route, ils retardent leur avancement et leur bonheur, mais tout espoir
n'est pas perdu; aidés, encouragés et soutenus par ceux qui les aiment, ils sortiront un jour du
bourbier où ils sont engagés. Avec la réincarnation enfin, il y a solidarité perpétuelle entre les
incarnés et les désincarnés, de là le resserrement des liens d'affection.
23. En résumé, quatre alternatives se présentent à l'homme pour son avenir d'outretombe: 1º le néant, selon la doctrine matérialiste; 2º l'absorption dans le tout universel, selon la
doctrine panthéiste; 30 l'individualité avec fixation définitive du sort, selon la doctrine de
l'Église; 4º l'individualité avec progression indéfinie, selon la doctrine spirite Selon les deux
pre-
46
CHAPITRE IV.
mièies les liens de famille sont rompus après la mort, et il~'y a nul espoir de se retrouver; avec
la troisième, il y a chance de se revoir, pourvu que l'on soit dans le même milieu, et ce milieu
peut étre l'enfer comme le paradis; avec la pluralité des existences, qui est inséparable de la
progression graduelle, il y a certitude dans la continuité des rapports entre ceux qui se sont
aimés, et c'est là ce qui constitue la véritable famille.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Limite de l'incarnation.
24. Quelles sont les limites de l'incarnation?
L'incarnation n'a point, à proprement parler, de limites nettement tracées, si l'on entend
par là l'enveloppe qui constitue le corps de l'Esprit, attendu que la matérialité de cette
enveloppe diminue à mesure que l'Esprit se purifie. Dans certains mondes plus avancés que la
terre, elle est déjà moins compacte, moins lourde et moins grossière, et par conséquent sujette
à moins de vicissitudes ; à un degré plus élevé, elle est diaphane et presque fluidique; de degré
en degré, elle se dématérialise et finit par se confondre avec le périsprit. Selon le monde sur
lequel l'Esprit est appelé à vivre, celui-ci prend l'enveloppe appropriée à la nature de ce
monde.
Le périsprit lui-même subit des transformations successives; il s'éthérise de plus en plus
jusqu'à l'épuration complète qui constitue les purs Esprits. Si des mondes spéciaux sont
affectés, comme stations, aux Esprits très avancés, ces derniers n'y sont point atta-
47
IL FAUT QUE VOUS NAISSIEZ DE NOUVEAU.
chés comme dans les mondes inférieurs; l'état de dégagement où ils se trouvent leur permet de
se transporter partout où les appellent les missions qui leur sont confiées.
Si l'on considère l'incarnation au point de vue matériel, telle qu'elle a lieu sur la terre,
on peut dire qu'elle est limitée aux mondes inférieurs; il dépend de l'Esprit, par conséquent,
des'en affranchir plus on moins promptement en travaillant à son épuration.
Il est à con sidérer aussi que dans l'état errant, c'est-à-dire dans l'intervalle des
existences corporelles, la situation de l'Esprit est en rapport avec la nature du monde auquel le
lie son degré d'avancement; qu'ainsi, dans l'erraticité, il est plus ou moins heureux, libre et
éclairé, selon qu'il est plus ou moitis dématérialisé. (SAINT LOUIS, Paris, 1859.)
Nécessité de l'incarnation.
25. L'incarnation est-elle une punition, et n'y a-t-il que les Esprits coupables qui y
soient assujettis?
Le passage des Esprits par la vie corporelle est nécessaire pour que ceux-ci puissent
accomplir, à l'aide d'une action matérielle, les desseins dont Dieu leur confie l'exécution; elle
est nécessaire pour eux-mêmes, parce que l'activité qu'ils sont obligés de déployer aide au
développement de l'intelligence. Dieu étant souverainement juste doit faire une part égale à
tous ses enfants; c'est pour cela qu'il donne à tous un même point de départ, la même aptitude,
les mêmes obligations à remplir et la même liberté d'agir; tout privilége serait une préférence,
et toute préférence une in-
48
CHAPITRE IV.
justice. Mais l'incarnation n'est pour tous les Esprits qu'un état transitoire; c'est une tâche que
Dieu leur impose à leur début dans la vie, comme première épreuve de l'usage qu'ils feront de
leur libre arbitre. Ceux qui remplissent cette tâche avec zèle franchissent rapidement et moins
péniblement ces premiers degrés de l'initiation, et jouissent plus tôt du fruit de leurs travaux.
Ceux, au contraire, qui font un mauvais usage de la liberté que Dieu leur accorde retardent
leur avancement; c'est ainsi que, par leur obstination, ils peuvent prolonger indéfiniment la
nécessité de se réincarner, et c'est alors que l'incarnation devient un châtiment. (SAINT
LOUIS, Paris, 1859.)
26. Remarque. Une comparaison vulgaire fera mieux comprendre cette différence.
L'écolier n'arrive aux grades de la science qu'après avoir parcouru la série des classes qui y
conduisent. Ces classes, quel que soit le travail qu'elles exigent, sont un moyen d'arriver au
but, et non une punition. L'écolier laborieux abrége la route, et y trouve moins d'épines; il en
est autrement pour celui que sa négligence et sa paresse obligent à redoubler certaines classes.
Ce n'est pas le travail de la classe qui est une punition, mais l'obligation de recommencer le
même travail.
Ainsi en est-il de l'homme sur la terre. Pour l'Esprit du sauvage qui est presque au
début de la vie spirituelle, l'incarnation est un moyen de développer son intelligence; mais
pour l'homme éclairé en qui le sens moral est largement développé, et qui est obligé de
redoubler les étapes d'une vie corporelle pleine d'angoisses, tandis qu'il pourrait déjà étre
arrivé au but, c'est un chàtiment par la nécessité où il est de prolonger son
49
IL FAUT QUE VOUS NAISSIEZ DE NOUVEAU.
séjour dans les mondes inférieurs et malheureux. Celui, au contraire, qui travaille activement à
son progrès moral peut, non-seulement abréger la durée de l'incarnation matérielle, mais
franchir en une seule fois les degrés intermédiaires qui le séparent des mondes supérieurs.
Les Esprits ne pourraient-ils s'incarner qu une seule fois sur le même globe, et
accomplir leurs différentes existences dans des sphères différentes? Cette opinion ne serait
admissible que si tous les hommes étaient, sur la terre, exactement au méme niveau intellectuel
et moral. Les différences qui existent entre eux, depuis le sauvage jusqu'à l'homme civilisé,
montrent les degrés qu'ils sont appelés à franchir. L'incarnation, d'ailleurs, doit avoir un but
utile; or, quel serait celui des incarnations éphémères des enfants qui meurent en bas âge? Ils
auraient souffert sans profit pour eux ni pour autrui: Dieu, dont toutes les lois sont
souverainement sages, ne fait rien d'inutile. Par la réincarnation sur le même globe, il a voulu
que les mêmes Esprits se trouvant de nouveau en contact, eussent occasion de réparer leurs
torts réciproques; par le fait de leurs relations antérieures, il a voulu, en outre, fonder les liens
de famille sur une base spirituelle, et appuyer sur une loi de nature les principes de solidarité,
de fraternité et d'égalité.
50
CHAPITRE V
BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
Justice des afflictions. - Causés actuelles des afflictions. - Causes antérieures des afflictions. Oubli du passé.- Motifs de résignation. - Le suicide et la folie. - Instructions des Esprits:
Bien et mal souffrir. - Le mal et le remède. - Le bonheur n'est pas de ce monde. Perte des
personnes aimées. Morts prématurées. - Si c'était un homme de bien, il se serait tué. - Les
tourments volontaires.- Le malheur réel. - La mélancolie. - Épreuves volontaires. - Le vrai
cilice. - Doit-on mettre un terme aux épreuves de son prochain? - Est-il permis d'abréger la vie
d'un malade qui souffre sans espoir de guérison? - Sacrifice de sa propre vie. - Profit des
souffrances pour autrui.
1. Bienheureux ceux qui pleurent, parce qu'ils seront consolés. - Bienheureux
ceux qui sont affamés et altérés de justice, parce qu'ils seront rassasiés. Bienheureux
ceux qui souffrent persécution pour la justice, parce que le royaume des cieux est à eux.
(Saint Matthieu, ch. V, v. 5, 6, 10.)
2. Vous êtes bienheureux, vous qui êtes pauvres, parce que le royaume des cieux
est à vous. - Vous êtes bienheureux, vous qui avez faim maintenant, parce que vous
serez rassasiés. - Vous êtes heureux, vous qui pleurez maintenant, parce que vous rirez.
(Saint Luc, ch. VI, v. 20, 21.)
Mais malheur à vous, riches! parce que vous avez votre consolation dans le
monde. -Malheur à vous qui êtes rassasiés, parce que vous aurez faim. - Malheur a vous
qui riez maintenant, parce que vous serez réduits aux pleurs et aux larmes. (Saint Luc,
ch. VI, v. 24, 25.)
Justice des afflictions.
3. Les compensations que Jésus promet aux affligés de la terre ne peuvent avoir lieu
que dans la vie future;
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
sans la certitude de l'avenir, ces maximes seraient un non-sens, bien plus, ce serait un leurre.
Avec cette certitude même on comprend difficilement l'utilité de souffrir pour être heureux.
C'est, dit-on, pour avoir plus de mérite; mais alors on se demande pourquoi les uns souffrent
plus que les autres; pourquoi les uns naissent dans la misère et les autres dans l'opulence, sans
avoir rien fait pour justifier cette position; pourquoi aux uns rien ne réussit, tandis qu'à
d'autres tout semble sourire? Mais ce que l'on comprend encore moins, c'est de voir les biens
et les maux si inégalement partagés entre le vice et la vertu; de voir les hommes vertueux
souffrir à côté des méchants qui prospèrent. La foi en l'avenir peut consoler et faire prendre
patience, mais elle n'explique pas ces anomalies qui semblent démentir la justice de Dieu.
Cependant, dès lors qu'on admet Dieu, on ne peut le concevoir sans l'infini des
perfections; il doit être toute puissance, toute justice, toute bonté, sans cela il ne serait pas
Dieu. Si Dieu est souverainement bon et juste, il ne peut agir par caprice ni avec partialité. Les
vicissitudes dela vie ont donc une cause, et puisque Dieu est juste, cette cause doit être juste.
Voilà ce dont chacun doit se bien pénétrer. Dieu a mis les hommes sur la voie de cette cause
par les enseignements de Jésus, et aujourd'hui, les jugeant assez mûrs pour la comprendre, il la
leur révèle tout entière par le spiritisme, c'est-à-dire par la voix des Esprits.
Causes actuelles des afflictions.
4. Les vicissitudes de la vie sont de deux sortes, ou, si l'on veut, ont deux sources bien
différentes qu'il im-
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CHAPITRE V.
porte de distinguer; les unes ont leur cause dans la vie présente, les autres en dehors de cette
vie.
En remontant à la source des maux terrestres, on reconnaîtra que beaucoup sont la
conséquence naturelle du caractère et de la conduite de ceux qui les endurent.
Que d'hommes tombent par leur propre faute! Combien sont victimes de leur
imprévoyance, de leur orgueil et de leur ambition!
Que de gens ruinés par défaut d'ordre, de persévérance, par inconduite ou pour n'avoir
pas su borner leurs désirs!
Que d'unions malheureuses parce qu'elles sont un calcul d'intérêt ou de vanité, et que le
coeur n'y est pour rien!
Que de dissensions, de querelles funestes on aurait pu éviter avec plus de modération
et moins de susceptibilité
Que de maladies et d'infirmités sont la suite de l'intempérance et des excès de tous
genres.
Que de parents sont malheureux dans leurs enfants, parce qu'ils n'ont pas combattu les
mauvaises tendances de ceux-ci dans leur principe! Par faiblesse ou indifférence, ils ont laissé
se développer en eux les germes de l'orgueil, de l'égoïsme et de la sotte vanité qui dessèchent
le coeur, puis, plus tard, récoltant ce qu'ils ont semé, ils s'étonnent et s'affligent de leur
manque de déférence et de leur ingratitude.
Que tous ceux qui sont frappés au coeur par les vicissitudes et les déceptions de la vie
interrogent froidement leur conscience; qu'ils remontent de proche en proche à la source des
maux qui les affligent, et ils verront si, le plus souvent, ils ne peuvent pas dire: Si j'avais fait,
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
ou n'avais pas fait telle chose, je ne serais pas dans telle position.
A qui donc s'en prendre de toutes ces afflictions, si ce n'est à soi-même? L'homme est
ainsi, dans un grand nombre de cas, l'artisan de ses propres infortunes; mais, au lieu de le
reconnaître, il trouve plus simple, moins humiliant pour sa vanité d'en accuser le sort, la
Providence, la chance défavorable, sa mauvaise étoile, tandis que sa mauvaise étoile est dans
son incurie.
Les maux de cette nature forment assurément un très notable contingent dans les
vicissitudes de la vie; l'homme les évitera quand il travaillera à son amélioration morale autant
qu'à son amélioration intellectuelle.
5. La loi humaine atteint certaines fautes et les punit; le condamné peut donc se dire
qu'il subit la conséquence de ce qu'il a fait; mais la loi n'atteint pas et ne peut atteindre toutes
les fautes; elle frappe plus spécialement celles qui portent préjudice à la société, et non celles
qui ne nuisent qu'à ceux qui les commettent. Mais Dieu veut le progrès de toutes ses
créatures; c'est pourquoi il ne laisse impunie aucune déviation du droit chemin; il n'est pas une
seule faute, quelque légère qu'elle soit, pas une seule infraction à sa loi, qui n'ait des
conséquences forcées et inévitables plus ou moins fâcheuses; d'où il suit que, dans les petites
choses comme dans les grandes, l'homme est toujours puni par où il a péché. Les souffrances
qui en sont la suite sont pour lui un avertissement qu'il a mal fait; elles lui donnent
l'expérience, lui font sentir la différence du bien et du mal, et la nécessité de s'améliorer pour
éviter à l'avenir ce qui a été pour lui une source de chagrins, sans cela il n'aurait aucun motif
de s'amender; confiant dans
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CHAPITRE V
l'impunité, il retarderait son avancement, et par conséquent son bonheur futur.
Mais l'expérience vient quelquefois un peu tard; quand la vie a été gaspillée et troublée,
que les forces sont usées et que le mal est sans remède, alors l'homme se prend à dire: Si au
début de la vie j'avais su ce que je sais maintenant, que de faux pas j'aurais évités! Si c'était-à à
recommencer, je m'y prendrais tout autrement; mais il n'est plus temps! Comme l'ouvrier
paresseux dit: J'ai perdu ma journée, lui aussi se dit: J'ai perdu ma vie; mais de même que
pour l'ouvrier le soleil se lève le lendemain, et une nouvelle journée commence qui lui permet
de réparer le temps perdu, pour lui aussi, après la nuit de la tombe, luira le soleil d'une
nouvelle vie dans laquelle il pourra mettre à profit l'expérience du passé et ses bonnes
resolutions pour l'avenir.
Causes antérieures des afflictions.
6. Mais s'il est des maux dont l'homme est la première cause dans cette vie, il en est
d'autres auxquels il est, en apparence du moins, complétement étranger, et qui semblent le
frapper comme par fatalité. Telle est, par exemple, la perte d'êtres chéris, et celle des soutiens
de famille; tels sout encore les accidents que nulle prévoyance ne pouvait empêcher; les revers
de fortune qui déjouent toutes les mesures de prudence; les fléaux naturels; puis les infirmités
de naissance, celles surtout qui ôtent à des malheureux les moyens de gagner leur vie par le
travail: les difformités, l'idiotie, le crétinisme, etc.
Ceux qui naissent dans de pareilles conditions n'ont
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
assurément rien fait dans cette vie pour mériter un sort si triste, sans compensation, qu'ils ne
pouvaient éviter, quils sont dans l'impuissance de changer par euxmêmes, et qui les met à la
merci de la commisération publique. Pourquoi donc des êtres si disgraciés, tandis qu'à côté,
sous le même toit, dans la même famille, d'autres sont favorisés sous tous les rapports?
Que dire enfin de ces enfants qui meurent en bas âge et n'ont connu de la vie que les
souffrances? Problèmes qu'aucune philosophie n'a encore pu résoudre, anomalies qu'aucune
religion n'a pu justifier, et qui seraient la négation de la bonté, de la justice et de la providence
de Dieu, dans l'hypothèse que l'âme est créée an même temps que le corps, et que son sort est
irrévocablement fixé après un séjour de quelques instants sur la terre. Qu'ont-elles fait, ces
âmes qui viennent de sortir des mains du Créateur, pour endurer tant de misères ici-bas, et
mériter dans l'avenir une récompense ou une punition quelconque, alors qu'elles n'ont pu faire
ni bien ni mal?
Cependant, an vertu de l'axiome que tout effet a une cause, ces misères sont des effets
qui doivent avoir une cause; et dès lors qu'on admet un Dieu juste, cette cause doit être juste.
Or, la cause précédant toujours l'effet, puisqu'elle n'est pas dans la vie actuelle, elle doit être
antérieure à cette vie, c'est-à-dire appartenir à une existence précédente. D'un autre côté, Dieu
îie pouvant punir pour le bien qu'on a fait, ni pour le mal qu'on n'a pas fait; si nous sommes
punis, c'est que nous avoiis fait le mal; Si nous n'avons pas fait le mal dans cette vie, nous
l'avons fait dans une autre. C'est une alternative à laquelle il est impossible d'échapper, et
56
CHAPITRE V.
dans laquelle la logique dit de quel côté est la justice de Dieu.
L'homme n'est donc pas toujours puni, ou complètement puni dans son existence
présente, mais il n'échappe jamais aux conséquences de ses fautes. La prospérité du méchant
n'est que momentanée, et s'il n'expie aujourd'hui, il expiera demain, tandis que celui qui souffre
en est à l'expiation de son passé. Le malheur qui, au premier abord, semble immérité, a donc
sa raison d'être, et celui qui souffre peut toujours dire: «Pardonnez-moi, Seigneur, parce que
j'ai péché.»
7. Les souffrances pour causes antérieures sont souvent, comme celles des fautes
actuelles, la conséquence naturelle de la faute commise; c'est-à-dire que, par une justice
distributive rigoureuse, l'homme endure ce qu'il a fait endurer aux autres; s'il a été dur et
inhumain, il pourra être à son tour traité durement et avec inhumanité; s'il a été orgueilleux, il
pourra naître dans une condition humiliante; s'il a été avare, égoïste, ou s'il a fait un mauvais
usage de sa fortune, il pourra être privé du nécessaire; s'il a été mauvais fils, il pourra souffrir
dans ses enfants, etc.
Ainsi s'expliquent, par la pluralité des existences, et par la destination de la terre,
comme monde expiatoire, les anomalies que présente la répartition du bonheur et du malheur
entre les bons et les méchants ici-bas. Cette anomalie n'existe en apparence que parce qu'on ne
prend son point de vue que de la vie présente; mais si l'on s'élève, par la pensée, de manière à
embrasser une série d'existences, on verra qu'il est fait à chacun la part qu'il mérite, sans
préjudice de celle qui lui est faite dans
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÊS.
le monde des Esprits, et que la justice de Dieu n'est jamais interrompue.
L'homme ne doit jamais perdre de vue qu'il est sur un monde inférieur où il n'est
maintenu que par ses imperfections. A chaque vicissitude, il doit se dire que s'il appartenait à
un monde plus avancé cela n'arriverait pas, et qu'il dépend de lui de ne plus revenir ici-bas, en
travaillant à son amélioration.
8. Les tribulations de la vie peuvent être imposées à des Esprits endurcis, ou trop
ignorants pour faire un choix en connaissance de cause, mais elles sont librement choisies et
acceptées par des Esprits repentants qui veulent réparer le mal qu'ils ont fait et s'essayer à
mieux faire. Tel est celui qui, ayant mal fait sa tâche, demande à la recommencer pour ne pas
perdre le bénéfice de son travail. Ces tribulations sont donc à la fois des expiations pour le
passé qu'elles châtient, et des épreuves pour l'avenir qu'elles préparent. Rendons grâces à Dieu
qui, dans sa bonté, accorde à l'homme la faculté de la réparation, et ne le condamne pas
irrévocablement sur une première faute.
9. Il ne faudrait pas croire cependant que toute souffrance endurée ici-bas soit
nécessairement l'indice d'une faute déterminée; ce sont souvent de simples épreuves choisies
par l'Esprit pour achever son épuration et hâter son avancement. Ainsi l'expiation sert toujours
d'épreuve, mais l'épreuve n'est pas toujours une expiation; mais, épreuves ou expiations, ce
sont toujours les signes d'une infériorité relative, car ce qui est parfait n'a plus besoin d'être
éprouvé. Un Esprit peut donc avoir acquis un certain degré d'élévation, mais, voulant avancer
en-
58
CHAPITRE V.
core, il sollicite une mission, un e tâche à remplir, dont il sera d'autant plus récompensé, s'il en
sort victorieux, que la lutte aura été plus pénible. Telles sont plus spécialement ces personnes
aux instincts naturellement bons, à l'âme élevée, aux nobles sentiments innés qui semblent
n'avoir apporté rien de mauvais de leur précédente existence, et qui endurent avec une
résignation toute chrétienne les plus grandes douleurs, demandant à Dieu de les supporter sans
murmure. On peut, au contraire, considérer comme expiations les afflictions qui excitent les
murmures et poussent l'homme à la révolte contre Dieu.
La souffrance qui n'excite pas de murmures peut sans doute être une expiation, mais
c'est l'indice qu'elle a été plutôt choisie volontairement qu'imposée, et la preuve d'une forte
résolution, ce qui est un signe de progrès.
10. Les Esprits ne peuvent aspirer au parfait bonheur que lorsqu'ils sont purs: toute
souillure leur interdit l'entrée des mondes heureux. Tels sont les passagers d'un navire atteint
de la peste, auxquels l'entrée d'une ville est interdite jusqu'à ce qu'ills se soient purifiés. C'est
dans leurs diverses existences corporelles que les Esprits se dépouillent peu à peu de leurs
imperfections. Les épreuves de la vie avancent quand on les supporte bien; comme expiations,
elles effacent les fautes et purifient c'est le remède qui nettoie la plaie et guérit le malade; plus
le mal est grave, plus le remêde doit être énergique. Celui donc qui souffre beaucoup doit se
dire qu'il avait beaucoup à expier, et se réjouir d'être bientôt guéri; il depend de lui, par sa
résignation, de rendre cette souffrance profitable, et de n'en pas perdre
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
le fruit par ses murmures, sans quoi ce serait à recommencer pour lui.
Onbli du passé.
11. C'est en vain qu'on objecte l'oubli comme un obstacle à ce que l'on puisse profiter
de l'expérience des existences antérieures. Si Dieu a jugé à propos de jeter un voile sur le
passé, c'est que cela devait être utile. En effet, ce souvenir aurait des inconvénients très
graves; il pourrait, dans certains cas, nous humilier étrangement, ou bien aussi exalter notre
orgueil, et par cela même entraver notre libre arbitre; dans tous les cas, il eût apporté un
trouble inévitable dans les relations sociales.
L'Esprit renaît souvent dans le même milieu où il a déjà vécu, et se trouve en relation
avec les mêmes personnes, afin de réparer le mal qu'il leur a fait. S'il reconnaissait en elles
celles qu'il a haïes, sa haine se réveillerait peut-être; et dans tous las cas il serait humilié devant
celles qu'il aurait offensées.
Dieu nous a donné, pour nous améliorer, juste ce qui nous est nécessaire et peut nous
suffire: la voix de la conscience et nous tendances instinctives; il noûs ôte ce qui pourrait nous
nuire.
L'homme apporte en naissant ce qu'il a acquis; il naît ce qu'il s'est fait; chaque existence
est pour lui un nouveau point de départ; peu lui importe de savoir ce qu'il a été: il est puni,
c'est qu'il a fait le mal; ses tendances mauvaises actuelles sont l'indice de ce qui reste à corriger
en lui, et c'est là sur quoi il doit concentrer toute son attention, car de ce dont il s'est
complétement corrigé, il ne reste plus de trace. Les bonnes résolutions
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CHAPITRE V.
qu'il a prises sont la voix de la conscience qui l'avertit de ce qui est bien ou mal, et lui donne la
force de résister aux mauvaises tentations.
Du reste, cet oubli n'a lieu que pendant la vie corporelle. Rentré dans la vie spirituelle,
l'Esprit retrouve le souvenir du passé: ce n'est donc qu'une interruption momentanée, comme
celle qui a lieu dans la vie terrestre pendant le sommeil, et qui n'empêche pas de se souvenir le
lendemain de ce qu'on a fait la veille et les jours précédents.
Ce n'est même pas seulement après la mort que l'Esprit recouvre le souvenir de son
passé; on peut dire qu'il ne le perd jamais, car l'expérience prouve que dans l'incarnation,
pendant le sommeil du corps, alors qu'il jouit d'une certaine liberté, l'Esprit a la conscience de
ses actes antérieurs; il sait pourquoi il souffre, et qu'il souffre justement; le souvenir ne s'efface
que pendant la vie extérieure de relations. Mais à défaut d'un souvenir précis qui pourrait lui
être pénible et nuire à ses l'apports sociaux, il puise de nouvelles forces dans ces instants
d'émancipation de l'âme, s'il a su les mettre à profit.
Motifs de résignation.
12. Par ces mots: Bienheureux les affligés, car ils seront consolés, Jésus indique à la
fois la compensation qui attend ceux qui souffrent, et la résignation qui fait bénir la souffrance
comme le prélude de la guérison.
Ces mots peuvent encore être traduits ainsi: Vous devez vous estimer heureux de
souffrir, parce que vos douleurs d'ici-bas sout la dette de vos fautes passées, et ces douleurs,
endurées patiemment sur la terre, vous
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
épargnent des siècles de souffrance dans la vie future. Vous devez donc être heureux que Dieu
réduise votre dette en vous permettant de vous acquitter présentement, ce qui vous assure la
tranquillité pour l'avenir.
L'homme qui souffre est semblable à un débiteur qui doit une grosse somme, et à qui
son créancier dit: “Si vous m'en payez aujourd'hui même la centième partie, je vous tiens
quitte de tout le reste, et vous serez libre; si vous ne le faites pas, je vous poursuivrai jusqu'à
ce que vous ayez payé la dernière obole.” Le débiteur ne serait-il pas heureux d'endurer toutes
sortes de privations pour se libérer en payant seulement le centième de ce qu'il doit? Au lieu de
se plaindre de son créancier, ne lui dira-t-il pas merci?
Tel est le sens de ces paroles: «Bienheureux les affligés, car ils seront consolés;» ils
sont heureux, parce quils s'acquittent, et qu'après l'acquittement ils seront libres. Mais si, tout
en s'acquittant d'un côté, on s'endette de l'autre, on n'arrivera jamais à la libération. Or, chaque
faute nouvelle augmente la dette, parce qu'il n'en est pas une seule, quelle qu'elle soit, qui
n'entraîne avec elle sa punition forcée, inévitable; si ce n'est aujourd'hui, ce sera demain; si ce
n'est dans cette vie, ce sera dans l'autre. Parmi ces fautes, il faut placer au premier rang le
défaut de soumission à la volonté de Dieu; donc, si dans les afflictions on murmure, si on ne
les accepte pas avec résignation et comme une chose que l'on a dû mériter, si l'on accuse Dieu
d'injustice, on contracte une nouvelle dette qui fait perdre le bénéfice que l'on pouvait retirer
de la souffrance; c'est pourquoi il faudra recommencer, absolument comme si, à un créancier
qui vous tourmente,
62
CHAPITRE V.
vous payez des à-compte, tandis qu'à chaque fois vous luí empruntez de nouveau.
A son entrée dans le monde des Esprits, l'homme est encore comme l'ouvrier qui se
présente au jour de la paye. Aux uns le maître dira: “Voici le prix de vos journées de travail”;
à d'autres, aux heureuxde la terre, à ceux qui auront vécu dans l'oisiveté, qui auront mis leur
félicité dans les satisfactions de l'amour-propre et les joies mondaines, il dira: «A vous il ne
revient rien, car vous avez reçu votre salaire sur la terre. Allez et recommencez votre tâche.»
13. L'homme peut adoucir ou accroître l'amertume de ses épreuves par la manière dont
il envisage la vie terrestre. Il souffre d'autant plus qu'il voit la durée de la souffrance plus
longue; or, celui qui se place au point de vue de la vie spirituelle embrasse d'un coup d'oeil la
vie corporelle; il la voit comme un point dans l'infini, en comprend la brièveté, et se dit que ce
moment pénible est bien vite passé; la certitude d'un avenir prochain plus heureux le soutient
et l'encourage, et, au lieu de se plaindre, il remercie le ciel des douleurs qui le font avancer.
Pour celui, au contraire, qui ne voit que la vie corporelle, celle-ci lui paraît interminable, et la
douleur pèse sur lui de tout son poids. Le résultat de cette manière d'envisager la vie est de
diminuer l'importance des choses de ce monde, de porter l'homme à modérer ses désirs, et à se
contenter de sa position sans envier celle des autres, d'atténuer l'impression morale des revers
et des mécomptes qu'il éprouve; il y puise un calme et une résigination aussi utiles à la santé
du corps qu'à celle de l'âme, tandis que par l'envie, la jalousie et l'ambition, il se met
volontairement à la torture, et
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
ajoute ainsi aux misères et aux angoisses de sa courte existence.
Le suicide et la folie.
14. Le calme et la résignation puisés dans la manière d'envisager la vie terrestre, et
dans la foi en l'avenir, donnent à l'esprit une sérénité qui est le meilleur préservatif contre la
folie et le suicide. En effet, il est certain que la plupart des cas de folie sont dus à la
commotion produite par les vicissitudes que l'homme n'a pas la force de supporter; si donc,
par la manière dont le spiritisme lui fait envisager les choses de ce monde, il prend avec
indifférence, avec joie même, les revers et les déceptions qui l'eussent désespéré en d'autres
circonstances, il est évident que cette force, qui le place au-dessus des événements, préserve
sa raison des secousses qui, sans cela, l'eussent ébranlée.
15. Il en est de même du suicide; si l'on en excepte ceux qui s'accomplissent dans
l'ivresse et la folie et qu'on peut appeler inconscients, il est certain que, quels qu'en soient les
motifs particuliers, il a toujours pour cause un mécontentement; or, celui qui est certain de
n'être malheureux qu'un jour et d'être mieux les jours suivants, prend aisément patience; il ne
se désespère que s'il ne voit pas de terme à ses souffrances. Qu'est-ce donc que la vie humaine
par rapport à l'éternité, sinon bien moins qu'un jour? Mais pour celui qui ne croit pas à
l'éternité, qui croit que tout finit en lui avec la vie, s'il est accablé par le chagrin et l'infortune,
il n'y voit de terme que dans la mort; n'espérant rien, il trouve tout naturel, très logique même,
d'abréger ses misères par le suicide.
64
CHAPITRE V.
16. L'incrédulité, le simple doute sur l'avenir, les idées matérialistes en un mot, sont les
plus grands excitants au suicide: elles donnent la lâcheté morale. Et quand on voit des
hommes de science s'appuyer sur l'autorité de leur savoir pour s'efforcer de prouver à leurs
auditeurs ou à leurs lecteurs qu'ils n'ont rien à attendre après la mort, n'est-ce pas les amener à
cette conséquence que, s'ils sont malheureux, ils n'ont rien de mieux à faire que de se tuer?
Que pourraient-ils leur dire pour les en détourner? Quelle compensation peuvent-ils leur
offrir? Quelle espérance peuvent-ils leur donner? Rien autre chose que le néant. D'où il faut
conclure que si le néant est le seul remède héroïque, la seule perspective, mieux vaut y tomber
tout de suite que plus tard, et souffrir ainsi moins longtemps.
La propagation des idées matérialistes est donc le poison qui inocule chez un grand
nombre la pensée du suicide, et ceux qui s'en font les apôtres assument sur eux une terrible
responsabilité. Avec le spiritisme le doute n'étant plus permis, l'aspect de la vie change; le
croyant sait que la vie se prolonge indéfiniment au delà de la tombe, mais dans de tout autres
conditions; de là la patience et la résignation qui détournent tout naturellement de la pensée du
suicide; de là, en un mot, le courage moral.
17. Le spiritisme a encore, sous ce rapport, un autre résultat tout aussi positif, et peutêtre plus déterminant. Il nous montre les suicidés eux-mêmes venant rendre compte de leur
position malheureuse, et prouver que nul ne viole impunément la loi de Dieu, qui défend à
l'homme d'abréger sa vie. Parmi les suicidés, il en est dont la souffrance, pour n'être que
temporaire au lieu
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
d'être éternelle, n'en est pas moins terríble, et de nature à donner à réfléchir à quiconque serait
tenté de partir d'ici avant l'ordre de Dieu. Le spirite a donc pour contre-poids à la pensée du
suicide plusieurs motifs: la certitude d'une vie future dans laquelle il sait qu'il sera d'autant plus
heureux qu'il aura été plus malheureux et plus résigné sur la terre; la certitude qu'en abrégeant
sa vie il arrive juste à un résultat tout autre que celui qu'il espérait; qu'il s'affranchit d'un mal
pour en avoir un pire, plus long et plus terrible; qu'il se trompe s'il croit, en se tuant, aller plus
vite au ciel; que le suicide est un obstacle à ce qu'il rejoigne dans l'autre monde les objets de
ses affections qu'il espérait y retrouver; d'où la conséquence que le suicide, ne lui donnant que
des déceptions, est contre ses propres intérêts. Aussi le nombre des suicides empêchés par le
spiritisme est-il considérable, et l'on peut en conclure que lorsque tout le monde sera spirite, il
n'y aura plus de suicides conscients: En comparant donc les résultats des doctrines
matérialistes et spirites au seul point de vue du suicide, on trouve que la logique de l'une y
conduit, tandis que la logique de l'autre en détourne, ce qui est confirmé par l'expérience.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Bien et mal souffrir.
18. Quand Christ a dit: “Bienheureux les affligés, le royaume des cieux est à eux,” il
n'entendait pas ceux qui souffrent en général, car tous ceux qui sont ici-bas souffrent, qu'ils
soient sur le trône ou sur la palle; mais, hélas! peu souffrent bien; peu comprennent que ce
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CHAPITRE V.
sont les épreuves bien endurées qui seules peuvent les conduire au royaume de Dieu. Le
découragement est une faute; Dieu vous refuse des consolations, parce que vous manquez de
courage. La prière est un soutien pour l'âme, mais elle ne suffit pas: il faut qu'elle soit appuyée
sur une foi vive en la bonté de Dieu. Il vous a souvent été dît qu'il n'envoyait pas un lourd
fardeau sur des épaules faibles; mais le fardeau est proportionné aux forces, comme la
i'écompense sera proportionnée àla résignation et au courage; la récompense sera plus
magnifique que l'affliction n'est pénible; mais cette récompense il faut la mériter, et c'est pour
cela que la vie est pleine de tribulations.
Le militaire que l'on n'envoie pas au feu n'est pas content, parce que le repos du camp
ne lui procure pas d'avancement; soyez donc comme le militaire, et ne souhaitez pas un repos
dans lequel s'énerverait votre corps et s'engourdirait votre âme. Soyez satisfaits quand Dieu
vous envoie la lutte. Cette lutte, ce n'est pas le feu de la bataille, mais les amertumes de la vie,
où il faut quelquefois plus de courage que dans un combat sanglant, car tel qui restera ferme
devant l'ennemi, fléchira sous l'étreinte d'une peine morale. L'homme n'a point de récompense
pour cette sorte de courage, mais Dieu lui réserve des couronnes et une place glorieuse.
Quaind il vous arrive un sujet de peine ou de contrariété, tâchez de prendre le dessus, et quand
vous serez parvenus à maîtriser les élans de l'impatience, de la colère ou du désespoir, ditesvous avec une juste satistaction: “J'ai été le plus fort.”
Bienheureux les affligés, peut donc se traduire ainsi: Bienheureux ceux qui ont
l'occasion de prouver leur foi, leur fermeté, leur persévérance et leur soumission
67
BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
à la volonté de Dieu, car ils auront au centuple la joie qui leur manque sur la terre, et après le
labeur viendra le repos. (LACORDAIRE, le Havre, 1863.)
Le mal et le remède.
19. Votre terre est-elle donc un lieu de joie, un paradis de délices? La voix du prophète
ne retentit-elle donc plus à vos oreilles? n'a-t-elle point crié qu'il y aurait des pleurs et des
grincements de dents pour ceux qui naîtraient dans cette vallée de douleurs? Vous qui venez y
vivre, attendez-vous donc aux larmes cuisantes et aux peines amères, et plus vos douleurs
seront aiguës et profondes, regardez le ciel et bénissez le Seigneur d'avoir voulu vous
éprouver!... O hommes! vous ne reconnaîtrez donc la puissance de votre maître que quand il
aura guéri les plaies de votre corps et couronné vos jours de béatitude et de joie! Vous ne
reconnaîtrez donc son amour que quand il aura paré votre corps de toutes les gloires, et lui
aura rendu son éclat et sa blancheur! Imitez celui qui vous fut donné pour exemple; arrivé au
dernier degré de l'abjection et de la misère, il est étendu sur un fumier, et dit à Dieu:
“Seigneur! j'ai connu toutes les joies de l'opulence, et vous m'avez réduit à la misère la plus
profonde; merci, merci, mon Dieu, de vouloir bien éprouver votre serviteur!” Jusques à quand
vos regards s'arrêteront-ils aux horizons marqués par la mort? Quand votre âme voudra-t-elle
enfin s'élancer au delà des limites d'un tombeau? Mais dussiez-vous pleurer et souffrir toute
une vie, qu'est-ce à côté de l'éternité de gloire réservée à celui qui aura subi l'épreuve avec foi,
amour et résignation? Cherchez donc des consolations à vos maux dans l'ave-
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CHAPITRE V.
nir que Dieu vous prépare, et la cause de vos maux dans votre passé; et vous qui souffrez le
plus, considérez-vous comme les bienheureux de la terre.
A l'état de désincarnés, quand vous planiez dans l'espace, vous avez choisi votre
épreuve, parce que vous vous êtes crus assez forts pour la supporter; pourquoi murmurer à
cette heure? Vous qui avez demandé la fortune et la gloire, c'était pour soutenir la lutte de la
tentation et la vaincre. Vous qui avez demandé à lutter d'esprit et de corps contre le mal moral
et physique, c'est que vous saviez que plus l'épreuve serait forte, plus la victoire serait
glorieuse, et que si vous en sortiez triomphants, dût votre chair être jetée sur un fumier, à sa
mort elle laisserait échapper une âme éclatante de blancheur et redevenue pure par le baptême
de l'expiation et de la souffrance.
Quel remède donc ordonner à ceux qui sont atteints d'obsessions cruelles et de maux
cuisants? Un seul est infaillible, c'est la foi, c'est le regard au ciel. Si, dans l'accès de vos plus
cruelles souffrances, votre voix chante le Seigneur, l'ange, à votre chevet, de sa main vous
montrera le signe du salut et la place que vous devez occuper un jour... La foi, c'est le remède
certain de la souffrance; elle montre toujours les horizons de l'infini devant lesquels s'effacent
les quelques jours sombres du présent. Ne nous demandez donc plus quel remède il faut
employer pour guérir tel ulcère ou telle plaie, telle tentation ou telle épreuve; souvenez-vous
que celui qui croit est fort du remède de la foi, et que celui qui doute une seconde de son
efficacité est puni sur l'heure, parce qu'il ressent à l'instant même les poignantes angoisses de
l'affliction.
Le Seigneur a marqué de son sceau tous ceux qui
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
croient en lui. Christ vous a dit qu'avec la foi on transporte les montagnes, et moi je vous dis
que celui qui souffre et qui aura la foi pour soutien, sera placé sous son égide et ne souffrira
plus; les moments des plus fortes douleurs seront pour lui les premières notes de joie de
l'éternité. Son âme se détachera tellement de son corps, que, tandis que celui-ci se tordra sous
les convulsions, elle planera dans les célestes régions en chantant avec les anges les hymnes de
reconnaissance et de gloire au Seigneur.
Heureux ceux qui souffrent et qui pleurent! que leurs âmes soient dans la joie, car elles
seront comblées par Dieu. (S. AUGUSTIN, Paris, 1863.)
Le bonheur n'est pas de ce monde.
20. Je ne suis pas heureux! Le bonheur n'est pas fait pour moi! s'écrie généralement
l'homme dans toutes les positions sociales. Ceci, mes chers enfants, prouve mieux que tous les
raisonnements possibles la vérité de cette maxime de l'Ecclésiaste: «Le bonheur n'est pas de
ce monde.» En effet, ni la fortune, ni le pouvoir, ni même la jeunesse florissante, ne sont les
conditions essentielles du bonheur; je dis plus: ni même la réunion de ces trois conditions si
enviées, puisqu'on entend sans cesse, au milieu des classes les plus privilégiées, des personnes
de tout âge se plaindre amèrement de leur condition d'être.
Devant un tel résultat, il est inconcevable que les classes laborieuses et militantes
envient avec tant de convoitise la position de ceux que la fortune semble avoir favorisés. Icibas, quoi qu'on fasse, chacun a sa part de labeur et de misère, son lot de souffrances et de
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CHAPITRE V.
déceptions. D'où il est facile d'arriver à cette conclusioji que la terre est un lieu d'épreuves et
d'expiations.
Ainsi donc, ceux qui prêchent que la terre est l'uni-que séjour de l'homme, et que c'est
là seulement, et dans une seule existence, qu'il lui est permis d'atteindre le plus haut degré des
félicités que sa nature comporte, ceux-là s'abusent et trompent ceux qui les écoutent, attendu
qu'il est démontré, par une expérience archiséculaire, que ce globe ne renferme
qu'exceptionnellement les conditions nécessaires au bonheur complet de l'individu.
En thèse générale, on peut affirmer que le bonheur est une utopie à la poursuite de
laquelle les générations s' élancent successivement sans pouvoir jamais y atteindre; car si
l'homme sage est une rareté ici-bas, l'homme absolument heureux ne s'y rencontre pas
davantage.
Ce en quoi consiste le bonheur sur la terre est une chose tellement éphémère pour celui
que la sagesse ne guide pas, que pour une année, un mois, une semaine de complète
satisfaction, tout le reste s'écoule dans une suite d'amertumes et de déceptions; et notez, mes
chers enfants, que je parle ici des heureux de la terre, de ceux qui sont enviés par les foules.
Conséquemment, si le séjour terrestre est affecté aux épreuves et à l'expiation, il faut
bien admettre qu'il existe ailleurs des séjours plus favorisés où l'Esprit de l'homme, encore
emprisonné dans une chair matérielle, possède dans leur plénitude les jouissances attachées à
la vie humaine. C'est pourquoi Dieu a semé dans votre tourbillon ces belles planètes
supérieures vers lesquelles vos efforts et vos tendances vous feront graviter un jour, quand
vous serez suffisamment purifiés et perfectionnés.
71
BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
Néanmoins, ne déduisez pas de mes paroles que la terre soit à jamais vouée à une
destination pénitentiaire; non, certes! car, des progrès accomplis vous pouvez facilement
déduire les progrès futurs, et des améliorations sociales conquises, de nouvelles et plus
fécondes améliorations. Telle est la tâche immense que doit accomplir la nouvelle doctrine que
les Esprits vous ont révélée.
Ainsi donc, mes chers enfants, qu'une sainte émulation vous anime, et que chacun
d'entre vous dépouille énergiquement le vieil homme. Vous vous devez tous à la vulgarisation
de ce spiritisme qui a déjà commencé votre propre régénération. C'est un devoir de faire
participer vos frères aux rayons de la lumière sacrée. A l'oeuvre donc, mes bien chers enfants!
Que dans cette réunion solennelle tous vos coeurs aspirent à ce but grandiose de préparer aux
futures générations un monde où le bonheur ne sera plus un vain mot. (FRANÇOISNICOLAS-MADELEINE, cardinal MORLOT. Paris, 1863.)
Pertes de personnes aimées. Morts prématurées.
24. Quand la mort vient faucher dans vos familles, emportant sans mesure les jeunes
gens avant les vieillards, vous dites souvent: Dieu n'est pas juste, puisqu' il sacrifie ce qui est
fort et plein d'avenir, pour conserver ceux qui ont vécu de longues années pleines de
déceptions; puisqu'il enlève ceux qui sont utiles, et laisse ceux qui ne servent plus à rien;
puisqu'il brise le coeur d'une mère en la privant de l'innocente créature qui faisait toute sa joie.
Humains, c'est là que vous avez besoin de vous élever au-dessus du terre à terre de la
vie pour compren-
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CHAPITRE V.
dre que le bien est souvent là où vous croyez voir le mal, la sage prévoyance là où vous
croyez voir l'aveugle fatalité du destin. Pourquoi mesurer la justice divine à la valeur de la
vôtre? Pouvez-vous penser que le maître des mondes veuille, par un simple caprice, vous
infliger des peines cruelles? Rien ne se fait sans un but intelligent, et, quoi que ce soit qui
arrive, chaque chose a sa raison d'être. Si vous scrutiez mieux toutes les douleurs qui vous
atteignent, vous y trouveriez toujours la raison divine, raison régénératrice, et vos misérables
intérêts seraient une considération secondaire que vous rejetteriez au dernier plan.
Croyez-moi, la mort est préférable, pour l'incarnation de vingt ans, à ces déréglements
honteux qui désolent les familles honorables, brisent le coeur d'une mère, et font, avant le
temps, blanchir les cheveux des parents. La mort prématurée est souvent un grand bienfait que
Dieu accorde à celui qui s'en va, et qui se trouve ainsi préservé des misères de la vie, ou des
séductions qui auraient pu l'entraîner à sa perte. Celui qui meurt à la fleur de l'âge n'est point
victime de la fatalité, mais Dieu juge qu'il lui est utile de ne pas rester plus longtemps sur la
terre.
C'est un affreux malheur, dites-vous, qu'une vie si pleine d'espérances soit sitôt brisée!
De quelles espérances voulez-vous parler? de celles de la terre où celui qui s'en va aurait pu
briller, fâire son chemin et sa fortune? Toujours cette vue étroite qui ne peut s'élever au-dessus
de la matière. Savez-vous quel aurait été le sort de cette vie si pleine d'espérances selon vous?
Qui vous dit qu'elle n'eût pas été abreuvée d'amertumes? Vous comptez donc pour rien les
espérances de la vie future, que vous leur préférez celles de la vie éphémère
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
que vous traînez sur la terre? Vous pensez donc qu'il vaut mieux avoir un rang parmi les
hommes que parmi les Esprits bienheureux?
Réjouissez-vous au lieu de vous plaindre quand il plaît à Dieu de retirer un de ses
enfants de cette vallée de misères. N'y a-t-il pas de l'égoïsme à souhaiter qu'il y restât pour
souffrir avec vous? Ah! cette douleur se conçoit chez celui qui n'a pas la foi, et qui voit dans la
mort une séparation éternelle; mais vous, spirites, vous savez que l'âme vit mieux débarrassée
de son enveloppe corporelle; mères, vous savez que vos enfants bien-aimés sont près de vous;
oui, ils sont tout près; leurs corps fluidiques vous entourent, leurs pensées vous protégent,
votre souvenir les enivre de joie; mais aussi vos douleurs déraisonnables les affligent, parce
qu'elles dénotent un manque de foi, et qu'elles sont une révolte contre la volonté de Dieu.
Vous qui comprenez la vie spirituelle, écoutez les pulsations de votre coeur en
appelant ces chers bien-aimés, et si vous priez Dieu pour le bénir, vous sentirez en vous de ces
consolations puissantes qui sèchent les larmes, de ces aspirations prestigieuses qui vous
montreront l'avenir promis par le souverain Maître. (SANSON, anc. membre de la Société
spirite de Paris, 1863.)
Si c'était un homme de bien, il se serait tué.
22. - Vous dites souvent en parlant d'un mauvais homme qui échappe à un danger: Si
c'était un homme de bien, il se serait tué. Eh bien, en disant cela vous êtes dans le vrai, car
effectivement il arrive bien souvent que Dieu donne à un Esprit, jeune encore dans les voies du
progrès, une plus longue épreuve qu'à un bon, qui re-
74
CHAPITRE V.
cevra, en récompense de son mérite, la faveur que son épreuve soit aussi courte que possible.
Ainsi donc, quand vous vous servez de cet axiome, vous ne vous doutez pas que vous
commettez un blasphème.
S'il meurt un homme de bien, et qu'à côté de sa maison soit celle d'un méchant, vous
vous hâtez de dire: Il vaudrait bien mieux que ce fût celui-ci. Vous êtes grandement dans
l'erreur, car celui qui part a fini sa tâche, et celui qui reste ne l'a peut-être pas commencée.
Pourquoi voudriez-vous donc que le méchant n'eût pas le temps de l'achever, et que l'autre
restât attaché à la glèbe terrestre? Que diriez-vous d'un prisonnier qui aurait fini son temps, et
qu'on retiendrait en prison tandis qu'on donnerait la liberté à celui qui n'y a pas droit? Sachez
donc que la vraie liberté est dans l'affranchissement des liens du corps, et que tant que vous
êtes sur la terre, vous êtes en captivité.
Habituez-vous à ne pas blâmer ce que vous ne pouvez pas comprendre, et croyez que
Dieu est juste en toutes choses; souvent ce qui vous paraît un mal est nu bien; mais vos
facultés sont si bornées, que l'ensemble du grand tout échappe à vos sens obtus. Efforcez-vous
de sortir, par la pensée, de votre étroite sphère, et à mesure que vous vous élèverez,
l'importance de la vie matérielle diminuera à vos yeux, car elle ne vous apparaîtra que comme
un incident dans la durée infinie de votre existence spirituelle, la seule véritable existence.
(FÉNELON, Sens, 1861.)
Les tourments volontaires.
23. L homme est incessamment à la poursuite du bonheur qui lui échappe sans cesse,
parce que le bon-
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
heur sans mélange n'existe pas sur la terre. Cependant, malgré les vicissitudes qui forment le
cortége inévitable de cette vie, il pourrait tout au moins jouir d'un bonheur relatif, mais il le
cherche dans les choses périssables et sujettes aux mêmes vicissitudes, c'est-à-dire dans les
jouissances matérielles, au lieu de le chercher dans les jouissances de l'âme qui sont un avantgoût des jouissances célestes impérissables; au lieu de chercher la paix du coeur, seul bonheur
réel ici-bas, il est avide de tout ce qui peut l'agiter et le troubler; et, chose singulière, il semble
se créer à dessein des tourments qu'il ne tiendrait qu'à lui d'éviter.
En est-il de plus grands que ceux que causent l'envie et la jalousie? Pour l'envieux et le
jaloux il n'est point de repos: ils ont perpétuellement la fièvre; ce qu'ils n'ont pas et ce que
d'autres possèdent leur cause des insomnies; les succès de leurs rivaux leur donnent le vertige;
leur émulation ne s'exerce qu'à éclipser leurs voisins, toute leur joie est d'exciter dans les
insensés comme eux la rage de jalousie dont ils sont possédés. Pauvres insensés, en effet, qui
ne songent pas que demain peut-être il leur faudra quitter tous ces hochets dont la convoitise
empoisonne leur vie! Ce n'est pas à eux que s'applique cette parole: “Bienheureux les affligés,
parce qu'ils seront consolés,” car leurs soucis ne sont pas de ceux qui ont leur compensation
dans le ciel.
Que de tourments, au contraire, s'épargne celui qui sait se contenter de ce qu'il a, qui
voit sans envie ce qu'il n'a pas, qui ne cherche pas à paraître plus qu'il n'est. Il est toujours
riche, car s'il regarde au-dessous de lui, au lieu de regarder au-dessus, il verra toujours des
gens qui ont encore moins; il est calme, parce qu'il ne se crée pas des besoins chimériques, et
le calme au
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CHAPITRE V.
milieu des orages de la vie n'est-il pas du bonheur? (FÉNELON, Lyon, 1860.)
Le malheur réel.
24. Tout le monde parle du malheur, tout le monde l'a ressenti et croit connaître son
caractère multiple. Moi, je viens vous dire que presque tout le monde se trompe, et que le
malheur réel n'est point du tout ce que les hommes, c'est-à-dire les malheureux, le supposent.
Ils le voient dans la misère, dans la cheminée sans feu, dans le créancier menaçant, dans le
berceau vide de l'ange qui souriait, dans les larmes, dans le cercueil qu'on suit le front
découvert et le coeui' brisé, dans l'angoisse de la trahison, dans le dénûment de l'orgueil qui
voudrait se draper dans la pourpre, et qui cache à peine sa nudité sous les haillons de la vanité;
tout cela, et bien d'autres choses encore, s'appelle le malheur dans le langage humain. Oui,
c'est le malheur pour ceux qui ne voient que le présent; mais le vrai malheur est dans les
conséquences d'une chose plus que dans la chose elle-même. Dites-moi si l'événement le plus
heureux pour le moment, mais qui a des suites funestes, n'est pas en réalité plus malheureux
que celui qui cause d'abord une vive contrariété, et finit par produire du bien. Dites-moi si
l'orage qui brise vos arbres, mais assainit l'air en dissipant les miasmes insalubres qui eussent
causé la mort, n'est pas plutôt un bonheur qu'un malheur.
Pour juger une chose, il faut donc en voir la suite; c'est ainsi que pour apprécier ce qui
est réellement heureux ou malheureux pour l'homme, il faut se transporter au delà de cette vie,
parce que c'est là que les
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
conséquences s'en font sentir; or, tout ce qu'il appelle malheur selon sa courte vue, cesse avec
la vie, et trouve sa compensation dans la vie future.
Je vais vous révéler le malheur sous une nouvelle forme, sous la forme belle et fleurie
que vous accueillez et désirez par toutes les forces de vos âmes trompées. Le malheur, c'est la
joie, c'est le plaisir, c'est le bruit, c'est la vaine agitation, c'est la folle satisfaction de la vanité
qui font taire la conscience, qui compriment l'action de la pensée, qui étourdissent l'homme sur
son avenir; le malheur, c'est l'opium de l'oubli que vous appelez de tous vos voeux.
Espérez, vous qui pleurez! tremblez, vous qui riez, parce que votre çorps est satisfait!
On ne trompe pas Dieu; on n'esquive pas la destinée; et les épreuves, créancières plus
impitoyables que la meute déchaînée par la misère, guettent votre repos trompeur pour vous
plonger tout à coup dans l'agonie du vrai malheur, de celui qui surprend l'âme amollie par
l'indifférence et l'égoïsme.
Que le spiritisme vous éclaire donc et replace dans leur vrai jour la vérité et l'erreur, si
étrangement défigurées par votre aveuglement! Alors vous agirez comme de braves soldats
qui, loin de fuir le danger, préfèrent les luttes des combats hasardeux, à la paix qui ne peut leur
donner ni gloire ni avancement. Qu'importe au soldat de perdre dans la bagarre ses armes, ses
bagages et ses vêtements, pourvu qu'il en sorte vainqueur et avec gloire! Qu'importe à celui
qui a foi en l'avenir de laisser sur le champ de bataille de la vie sa fortune et son manteau de
chair, pourvu que son âme entre radieuse dans le céleste royaume? (DELPHINE DE
GIRARDIN, Paris, 1861.)
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CHAPITRE V.
La mélancolie.
25. Savez-vous pourquoi une vague tristesse s'empare parfois de vos coeurs et vous
fait trouver la vie si amère? C'est votre Esprit qui aspire au bonheur et à la liberté, et qui, rivé
au corps qui lui sert de prison, s'épuise en vains efforts pour en sortir. Mais, en voyant qu'ils
sont inutiles, il lombe dans le découragement, et le corps subissant son influence, la langueur,
l'abattement et une sorte d'apathie s'emparent de vous, et vous vous trouvez malheureux.
Croyez-moi, résistez avec énergie à ces impressions qui affaiblissent en vous la
volonté. Ces aspirations vers une vie meilleure sont innées dans l'esprit de tous les hommes,
mais ne les cherchez pas ici-bas; et à présent que Dieu vous envoie ses Esprits pour vous
instruire du bonheur qu'il vous réserve, attendez patiemment l'ange de la délivrance qui doit
vous aider à rompre les liens qui tiennent votre Esprit captif. Songez que vous avez à remplir
pendant votre épreuve sur la terre une mission dont vous ne vous doutez pas, soit en vous
dévouant à votre famille, soit en remplissant les divers devoirs que Dieu vous a confiés. Et si,
dans le cours de cette épreuve, et en vous acquittant de votre tâche, vous voyez les soucis, les
inquiétudes, les chagrins fondre sur vous, soyez forts et courageux pour les supporter.
Bravez-les franchement; ils sont de courte durée et doivent vous conduire près des amis que
vous pleurez, qui se réjouissent de votre arrivée parmi eux, et vous tendront les bras pour
vous conduire dans un lieu où n'ont point accès les chagrins de la terre. (FRANÇOIS DE
GENÈVE. Bordeaux.)
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
Épreuves volontaires. Le vrai cillice.
26. Vous demandez s'il est permis d'adoucir ses propres épreuves; cette question
revient à celle-ci: Est-il permis a celui qui se noie de chercher à se sauver? àcelui qui s'est
enfoncé une épine de la retirer? à celui qui est malade d'appeler le médecin? Les épreuves ont
pour but d'exercer l'intelligence aussi bien que la patience et la résignation; un homme peut
naitre dans une position pénible et embarrassée, précisément pour l'obliger a chercher les
moyens de vaincre les difficultés. Le mérite consiste à supporter sans murmure les
conséquences des maux qu'on ne peut éviter, à persévérer dans la lutte, a ne se point
désespérer si l'on ne réussit pas, mais non dans un laisser-aller qui serait de la paresse plus que
de la vertu.
Cette question en amène naturellement une autre. Puisque Jésus a dit: “Bienheureux
les affligés,” y a-t-il du mérite à chercher les afflictions en aggravant ses épreuves par des
souffrances volontaires? A cela je répondrai très nettement: Oui, il y a un grand mérite quand
les souffrances et les privations ont pour but le bien du prochain, car c'est de la charité par le
sacrifice; non, quand elles n'ont pour but que soi-même, car c'est de l'égoïsme par fanatisme.
Il y a ici une grande distinction à faire; pour vous, personnellement, contentez-yous des
épreuvés que Dieu vous envoie, et n'en augmentez pas la charge déjà si lourde parfois;
acceptez-les sans murmure et avec foi, c'est tout ce qu'il vous demande. N'affaiblissez point
votre corps par des privations inutiles et des macérations sans but, car vous avez besoin de
toutes vos forces pour
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CHAPITRE V.
accomplir votre mission de travail sur la terre. Torturer volontairement et martyriser votre
corps, c'est contrevenir à la loi de Dieu, qui vous donne le moyen de le soutenir et de le
fortifier; l'affaiblir sans nécessité, est un véritable suicide. Usez, mais n'abusez pas: telle est la
loi; l'abus des meilleures choses porte sa punition par ses conséquences inévitables.
Il en est autrement des souffrances que l'on s'impose pour le soulagement de son
prochain. Si vous endurez le froid et la faim pour réchauffer et nourrir celui qui en a besoin, et
si votre corps an pâtit, voilà le sacrifice qui est béni de Dieu. Vous qui quittez vos boudoirs
parfumés pour aller dans la mansarde infecte porter la consolation; vous qui salissez vos mains
délicates en soignant les plaies; vous qui vous privez de sommeil pour veiller au chevet d'un
malade que n'est que votre frère an Dieu; vous enfin qui usez votre santé dans la pratique des
bonnes oeuvres, voilà votre cilice, vrai cilice de bénédiction, car les joies du monde n'ont point
desséché votre coeur; vous ne vous êtes point endormis au sein des voluptés énervantes de la
fortune, mais vous vous êtes faits les anges consolateurs des pauvres déshérités.
Mais vous qui vous retirez du monde pour éviter ses séductions et vivre dans
l'isolement, de quelle utilité êtes-vous sur la terre? où est votre courage dans les epreuves,
puisque vous fuyez la lutte et désertez le combat? Si vous voulez un cilice, appliquez-le sur
votre âme et non sur votre corps; mortifiez votre Esprit et non votre chair; fustigez votre
orgueil; recevez les humiliations sans vous plaindre; meurtrissez votre amourpropre; roidissezvous contre la douleur de l'injure et de la calomnie plus poignante que la douleur corpo-
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
relle. Voilà le vrai cilice dont les blessures vous seront comptées, parce qu'elles attesteront
votre courage et votre soumission à la volonté de Dieu. (UN ANGE GARDIEN, Paris, 1863.)
27. Doit-on mettre un terme aux épreuves de son prochain quand on le peut, ou fautil, par respect pour les desseins de Dieu, les laisser suivre leur cours?
Nous vous avons dit et répété bien souvent que vous êtes sur cette terre d'expiation
pour achever vos épreuves, et que tout ce qui vous arrive est une conséquence de vos
existences antérieures, l'intérêt de la dette que vous avez à payer. Mais cette pensée provoque
chez certaines personnes des réflexions qu'il est nécessaire d'arrêter, car elles pourraient avoir
de funestes conséquenees.
Quelques-uns pensent que du moment qu'on est sur la terre pour expier, il faut que les
épreuves aient leur cours. Il en est même qui vont jusqu'à croire, que nonseulement il ne faut
rien faire pour les atténuer, mais qu'il faut, au contraire, contribuer à les rendre plus profitables
en les rendant plus vives. C'est une grande erreur. Oui, vos épreuves doivent suivre le cours
que Dieu leur a tracé, mais connaissez-vous ce cours? Savez-vous jusqu'à quel point elles
doivent aller, et si votre Père miséricordieux n'a pas dit à la souffrance de tel ou tel de vos
frères: “Tu n'iras pas plus loin?” Savez-vous si sa providence ne vous a pas choisi, non
comme un instrument de supplice pour aggraver les souffrances du coupable, mais comme le
baume de consolation qui doit cicatriser les plaies que sa justice avait ouvertes? Ne dites donc
pas, quand vous voyez un de vos frères frappé: C'est la justice de Dieu, il faut qu'elle ait son
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CHAPITRE V.
cours; mais dites-vous, au contraire: Voyons quels moyens notre Père miséricordieux a mis
en mon pouvoir pour adoucir la souffrance de mon frère. Voyons si mes consolations morales,
mon appui matériel, mes coiseils, ne pourront pas l'aider à franchir cette épreuve avec plus de
force, de patience et de résignation. Voyons même si Dieu n'a pas mis en mes mains le moyen
de faire cesser cette souffrance; s'il ne m'a pas été donné, à moi comme épreuve aussi, comme
expiation peut-être, d'arrêter le mal et de le remplacer par la paix.
Aidez-vous donc toujours dans vos épreuves respectives, et ne vous regardez jamais
comme des instruments de torture; cette pensée doit révolter tout homme de coeur, tout
spirite surtout; car le spirite, mieux que tout autre, doit comprendre l'étendue infinie de la
bonté de Dieu. Le spirite doit penser que sa vie entière doit être un acte d'amour et de
dévoûment; que quoi qu'il fasse pour contrecarrer les décisions du Seigneur, sa justice aura
son cours. Il peut donc, sans crainte, faire tous ses efforts pour adoucir l'amertume de
l'expiation, mais c'est Dieu seul qui peut l'arrêter ou la prolonger selon qu'il le juge à propos.
N'y aurait-il pas un bien grand orgueil de la part de l'homme, de se croire le droit de
retourner, pour ainsi dire, l'arme dans la plaie? d'augmenter la dose de poison dans la poitrine
de celui qui souffre, sous prétexte que telle est son expiation? Oh regardez-vous toujours
comme un instrument choisi pour la faire cesser. Résumons-nous ici: vous êtes tous sur la
terre pour expier; mais tous, sans exception, devez faire tous vos efforts pour adoucir
l'expiation de vos frères, selon la loi d'amour et de charité. (BERNARDIN, Esprit protecteur.
Bordeaux, 1863.)
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BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
28. Un homme est a' l'agonie, en proie à de cruelles souffrances; on sait que son état
est sans espoir; est-il permis de lui épargner quelques instants d'angoisse en hâtant sa fin?
Qui donc vous donnerait le droit de préjuger les desseins de Dieu? Ne peut-il conduire
un homme au bord de la fosse pour l'en retirer, afin de lui faire faire un retour sur lui-même et
de l'amener à d'autres pensées? A quelque extrémité que soit un moribond, nul ne peut dire
avec certitude que sa dernière heure est venue. La science ne s'est-elle jamais trompée dans ses
prévisions?
Je sais bien qu'il est des cas que l'on peut regarder avec raison comme désespérés; mais
s'il n'y a aucun espoir fondé d'un retour définitif à la vie et à la santé, n'a-t-on pas
d'innombrables exemples qu'au moment de rendre le dernier soupir, le malade se ranime, et
recouvre ses facultés pour quelques instants! Eh bien! cette heure de grâce qui lui est accordée
peut être pour lui de la plus grande importance; car vous ignorez les réflexions qu'a pu faire
son Esprit dans les convulsions de l'agonie, et quels tourments peut lui épargner un éclair de
repentir.
Le matérialiste qui ne voit que le corps, et ne tient nul compte de l'âme, ne peut
comprendre ces choses-là; mais le spirite, qui sait ce qui se passe au delà de la tombe, connaît
le prix de la dernière pensée. Adoucissez les dernières souffrances autant qu'il est en vous;
mais gardez-vous d'abréger la vie, ne fût-ce que d'une minute, car cette minute peut épargner
bien des larmes dans l'avenir. (SAINT LOUIS. Paris, 1860.)
29. Celui qui est dégoûté de la vie, mais ne veut pas se
84
CHAPITRE V.
l'ôter, est-il coupable de chercher la mort sur un champ de bataille, avec la pensée de rendre
sa mort utile?
Que l'homme se donne la mort ou qu'il se la fasse donner, le but est toujours d'abréger
sa vie, et par conséquent il y a suicide d'intention sinon de fait. La pensée que sa mort servira à
quelque chose est illusoire; ce n'est qu'un prétexte pour colorer son action et l'excuser à ses
propres yeux; s'il avait sérieusement le désir de servir son pays, il chercherait à vivre, tout en le
défendant, et non à mourir, car une fois mort il ne lui sert plus à rien. Le vrai dèvoûment
consiste à ne pas craindre la mort quand il s'agit d'être utile, à braver le péril, à faire d'avance
et sans regret le sacrifice de sa vie si cela est nécessaire; mais l'intention préméditée de
chercher la mort en s'exposant à un danger, même pour rendre service, annule le mérite de
l'action. (SAINT LOUIS. Paris, 1860.)
30. Un homme s'expose à un danger imminent pour sauver la vie à un de ses
semblables, sachant d'avance que luimême succombera; cela peut-il être regardé comme un
suicide?
Du moment que l'intention de chercher la mort n'y est pas, il n'y a pas suicide, mais
dévoûment et abnégation, eût-on la certitude de périr. Mais qui peut avoir cette certitude? Qui
dit que la Providence ne réserve pas un moyen inespéré de salut dans le moment le plus
critique? Ne peut-elle sauver celui même qui serait à la bouche d'un canon? Souvent elle peut
vouloir pousser l'épreuve de la résignation jusqu'à sa dernière limite, alors une circonstance
inattendue détourne le coup fatal. (ID.)
85
BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS.
31. Ceux qui acceptent leurs souffrances avec résignation par soumission à la volonté
de Dieu et en vue de leur bonheur futur, ne travaillent-ils que pour eux-mêmes, et peuvent-ils
rendre leurs souffrances profitables à d'au-tres?
Ces souffrances peuvent être profitables à autrui matériellement et moralement.
Matériellement, si, par le travail, les privations et les sacrifices qu'ils s'imposent, ils contribuent
au bien-être matériel de leurs proches; moralement, par l'exemple qu'ils donnent de leur
soumission à la volonté de Dieu. Cet exemple de la puissance de la foi spirite peut exciter des
malheureux à la résignation, les sauver du désespoir et de ses funestes conséquences pour
l'avenir. (SAINT LOUIS. Paris, 1860.)
86
CHAPITRE VI
LE CHRIST CONSOLATEUR.
Le joug léger. - Consolateur promis. - Instructions des Esprits: Avénement de l'Esprit de
Vérité.
Le joug léger.
1. Venez à moi, vous tous qui êtes affligés et qui êtes chargés, et je vous
soulagerai. - Prenez mon joug sur vous, et apprenez de moi que je suis doux et humble
de coeur, et vous trouverez le repos de vos âmes; car mon joug est doux et mon fardeau
est léger. (Saint Matthieu, ch. XI, v. 28, 29, 30.)
2. Toutes les souffrances: misères, déceptions, douleurs physiques, pertes d'êtres
chéris, trouvent leur consolation dans la foi en l'avenir, dans la confiance en la justice de Dieu,
que le Christ est venu enseigner aux hommes. Sur celui, au contraire, qui n'attend rien après
cette vie, ou qui doute simplement, les afilictions pèsent de tout leur poids, et nulle espérance
ne vient en adoucir l'amertume. Voilà ce qui fuit dire à Jésus: Venez à moi, vous tous qui êtes
fatigués, et je vous soulagerai.
Cependant Jésus met une condition à son assistance, et à la félicité qu'il promet aux
affligés; cette condition est dans la loi qu'il enseigne; son joug est l'observation de cette loi;
mais ce joug est léger et cette loi est douce, puisqu'ils imposent pour devoir l'amour et la
charité.
87
LE CHRIST CONSOLATEUR.
Consolateur promis.
3. Si vous m'aimez, gardez mes commandements; - et je prierai mon Père, et il
vous enverra un autre consolateur, afin qu'il demeure éternellement avec vous: L'Esprit de Vérité que le monde ne peut recevoir, parce qu'il ne le voit point, et qu'il ne
le connaît point. Mais pour vous, vous le connaîtrez, parce qu'il demeurera avec vous et
qu'il sera en vous. - Mais le consolateur, qui est le Saint-Esprit, que mon Père enverra
en mon nom, vous enseignera toutes choses, et vous fera ressouvenir de tout ce que je
vous ai dit. (Saint Jean, ch. XIV, v. 15, 16,17, 26.)
4. Jésus promet un autre consolateur: c'est l'Esprit de Vérité, que le monde ne connaît
point encore, parce qu'il n'est pas mûr pour le comprendre, que le Père enverra pour enseigner
toutes choses, et pour faire souvenir de ce que Christ a dit. Si donc l'Esprit de Vérité doit
venir plus tard enseigner toutes choses, c'est que Christ n'a pas tout dit; s'il vient faire souvenir
de ce que Christ a dit, c'est qu'on l'aura oublié ou mal compris.
Le spiritisme vient au temps marqué accomplir la promesse du Christ: l'Esprit de
Vérité préside à son établissement; il rappelle les hommes à l'observance de la loi; il enseigne
toutes choses en faisant comprendre ce que le Christ n'a dit qu'en paraboles. Le Christ a dit:
«Que ceux-là entendent qui ont des oreilles pour entendre;» le spiritisme vient ouvrir les yeux
et les oreilles, car il parle sans figures et sans allégories; il lève le voile laissé à dessein sur
certains mystères; il vient enfin apporter une suprême consolation aux déshérités de la terre et
à tous ceux qui souffrent, en donnant une cause juste et un but utile à toutes les douleurs.
88
CHAPITRE VI.
Le Christ a dit: «Bienlieureux les affligés, parce qu'ils seront consolés;» mais comment
se trouver heureux de souffrir, si l'on ne sait pourquoi on souffre? Le spiritisme en montre la
cause dans les existences antérieures et dans la destination dela terre où l'homme expie son
passé; il en montre le but en ce que les souffrances sont comme les crises salutaires qui
amènent la guérison, et qu'elles sont l'épuration qui assure le bonheur dans les existences
futures. L'homme comprend qu'il a mérité de souffrir, et il trouve la souffrance juste; il sait que
cette souffrance aide à son avancement, et il l'accepte sans murmure, comme l'ouvrier accepte
le travail qui doit lui valoir son salaire. Le spiritisme lui donne une foi inébranlable dans
l'avenir, et le doute poignant n'a plus de prise sur son âme; en lui faisant voir les choses d'en
haut, l'importance des vicissitudes terrestres se perd dans le vaste et splendide horizon qu'il
embrasse, et la perspective du bonheur qui l'attend lui donne la patience, la résignation et le
courage d'aller jusqu'au bout du chemin.
Ainsi le spiritisme réalise ce que Jésus a dit du consolateur promis: connaissance des
choses qui fait que l'homme sait d'où il vient, où il va, et pourquoi il est sur la terre; rappel aux
vrais principes de la loi de Dieu, et consolation par la foi et l'espérance.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Avénement de l'Esprit de Vérité.
5. Je viens, comme autrefois, parmi les fils égarés d'Israël, apporter la vérité et dissiper
les ténèbres. Écoutez-moi. Le spiritisme, comme autrefois ma parole,
89
LE CHRIST CONSOLATEUR.
doit rappeler aux incrédules qu'au-dessus d'eux règne l'immuable vérité: le Dieu bon, le Dieu
grand qui fait germer la plante et soulève les flots. J'ai révélé la doctrine divine; j'ai, comme un
moissonneur, lié en gerbes le bien épars dans l'humanité, et j'ai dit: Venez à moi, vous tous qui
souffrez!
Mais les hommes ingrats se sont détournés de la voie droite et large qui conduit au
royaume de mon Père, et ils se sont égarés dans les âpres sentiers de l'impiété. Mon Père ne
veut pas anéantir la race humaine; il veut que, vous aidant les uns les autres, morts et vivants,
c'est-à-dire morts selon la chair, car la mort n'existe pas, vous vous secouriez, et que, non plus
la voix des prophètes et des apôtres, mais la voix de ceux qui ne sont plus se fasse entendre
pour vous crier: Priez et croyez! car la mort, c'est la résurrection, et la vie, c'est l'épreuve
choisie pendant laquelle vos vertus cultivées doivent grandir et se développer comme le cèdre.
Hommes faibles, qui comprenez les ténèbres de vos intelligences, n'éloignez pas le
flambeau que la clémence divine place entre vos mains pour éclairer votre route et vous
ramener, enfants perdus, dans le giron de votre Père.
Je suis trop touché de compassion pour vos misères, pour votre immense faiblesse,
pour ne pas tendre une main secourable aux malheureux égarés qui, voyant le ciel, tombent
dans l'abîme de l'erreur. Croyez, aimez, méditez les choses qui vous sont révélées; ne mêlez
pas l'ivraie au bon grain, les utopies aux vérités.
Spirites! aimez-vous, voilà le premier enseignement; instruisez-vous, voilà le second.
Toutes vérités se trouvent dans le Christianisme; les erreurs qui y ont pris
90
CHAPITRE VI.
racine sont d'origine humaine; et voilà qu'au delà du tombeau que vous croyiez le néant, des
voix vous crient: Frères! rien ne périt; Jésus-Christ est le vainqueur du mal, soyez les
vainqueurs de l'impiété. (L'ESPRIT DE VÉRITÉ. Paris, 1860.)
6. Je viens enseigner et consoler les pauvres déshérités; je viens leur dire qu'ils élèvent
leur résignation au niveau de leurs épreuves; qu'ils pleurent, car la douleur a été sacrée au
jardin des Oliviers; mais qu'ils espèrent, car les anges consolateurs viendront aussi essuyer
leurs larmes.
Ouvriers, tracez votre sillon; recommencez le lendemain la rude journée de la veille; le
labeur de vos mains fournit le pain terrestre à vos corps, mais vos âmes ne sont pas oubliées;
et moi, le divin jardinier, je les cultive dans le silence de vos pensées; lorsque l'heure du repos
aura sonné, lorsque la trame s'échappera de vos mains, et que vos yeux se fermeront à la
lumière, vous sentirez sourdre et germer en vous ma précieuse semence. Rien n'est perdu dans
le royaume de notre Père, et vos sueurs, vos misères forment le trésor qui doit vous rendre
riches dans les sphères supérieures, où la lumière remplace les ténèbres, et où le plus dénué de
vous tous sera peut-être le plus resplendissant.
Je vous le dis en vérité, ceux qui portent leurs fardeaux et qui assistent leurs frères sont
mes bienaimés; instruisez-vous dans la précieuse doctrine qui dissipe l'erreur des révoltes, et
qui vous enseigne le but sublime de l'épreuve humaine. Comme le vent balaye la poussière,
que le souffle des Esprits dissipe
91
LE CHRIST CONSOLATEUR.
vos jalousies contre les riches du monde qui sont souvent très misérables, car leurs épreuves
sont plus périlleuses que les vôtres. Je suis avec vous, et mon apôtre vous enseigne. Buvez à la
source vive de l'amour, et préparez-vous, captifs de la vie, à vous élancer un jour libres et
joyeux dans le sein de Celui qui vous a créés faibles pour vous rendre perfectibles, et qui veut
que vous façonniez vous-mêmes votre molle argile, afin d'être les artisans de votre
immortalité. (L'ESPRIT DE VÉRITÉ, Paris, 1861.)
7. Je suis le grand médecin des âmes, et je viens vous apporter le remède qui doit les
guérir; les faibles, les souffrants et les infirmes sont mes enfants de prédilection, etje viens les
sauver. Venez donç à moi, vous tous qui souffrez et qui êtes chargés, et vous serez soulagés
et consolés; ne cherchez pas ailleurs la force et la consolation, car le monde est impuissant à
les donner. Dieu fait à vos coeurs un appel suprême par le spiritisme; écoutez-le. Que
l'impiété, le mensonge, l'erreur, l'incrédulité soient extirpés de vos âmes endolories; ce sont des
monstres qui s'abreuvent de votre sang le plus pur, et qui vous font des plaies presque
toujours mortelles. Qu'à l'avenir, humbles et soumis au Créateur, vous pratiquiez sa loi divine.
Aimez et priez; soyez dociles aux Esprits du Seigneur; invoquez-le du fond du coeur; alors il
vous enverra son Fils bien-aimé pour vous instruire et vous dire ces bonnes paroles: Me voilà;
je viens à vous, parce que vous m'avez appelé. (L'ESPRIT DE VÉRITÉ. Bordeaux, 1861.)
8. Dieu console les humbles et donne la force aux affligés qui la lui demandent. Sa
puissance couvre la
92
CHAPITRE VI.
terre, et partout à côté d'une larme il a placé un baume qui console. Le dévoûment et
l'abnégation sont une prière continuelle, et renferment un enseignement profond; la sagesse
humaine réside en ces deux mots. Puissent tous les Esprits souffrants comprendre cette vérité,
au lieu de se récrier contre les douleurs, les souffrances morales qui sont ici-bas votre lot.
Prenez donc pour devise ces deux mots: dévoûment et abnégation, et vous serez forts, parce
qu'ils résument tous les devoirs que vous imposent la charité et l'humilité. Le sentiment du
devoir accompli vous donnera le repos de l'esprit et la résignation. Le coeur bat mieux, l'âme
se calme et le corps n'a plus de défaillance, car le corps souffre d'autant plus que l'esprit est
plus profondément atteint.(L'ESPRIT DE VÉRITÉ. Le Havre, 1863.)
93
CHAPITRE VII
BIENHEUREUX LES PAUVRES D'ESPRIT.
Ce qu'il faut entendre par les pauvres d'esprit. - Quiconque s'élève sera abaissé. -Mystères
cachés aux sages et aux prudents. - Instructions des Esprits: Orgueil et humilité. - Mission
de l'homme intelligent sur la terre.
Ce qu'il faut entendre par les pauvres d'esprit.
1. Bienheureux les pauvres d'esprit, parce que le royaume des cieux est à eux.
(Saint Matthieu, ch. V, v. 3.)
2. L'incrédulité s'est égayée sur cette maxime: Bienheureux les pauvres d'esprit,
comme sur beaucoup d'autres choses, sans la comprendre. Par les pauvres d'esprit, Jésus
n'entend pas les hommes dépourvus d'intelligence, mais les humbles: il dit quele royaume des
cieux est pour eux, et non pour les orgueilleux.
Les hommes de science et d'esprit, selon le monde, ont généralement une si haute
opinion d'eux-mêmes et de leur supériorité, qu'ils regardent les choses divines comme indignes
de leur attention; leurs regards concentrés sur leur personne ne peuvent s'élever jusqu'à Dieu.
Cette tendance à se croire au-dessus de tout ne les porte que trop souvent à nier ce qui étant
au-dessus d'eux pourrait les rabaisser, à nier même la Divinité; ou, s'ils consentent à l'admettre,
ils lui contestent un de ses plus beaux attributs: son action providentielle
94
CHAPITRE VII.
sur les choses de ce monde, persuadés qu'eux seuls suffisent pour le bien gouverner. Prenant
leur intelligence pour la mesure de l'intelligence universelle, et se jugeant aptes à tout
comprendre, ils ne peuvent croire à la possibilité de ce qu'ils ne comprennent pas; quand ils
ont prononcé, leur jugement est pour eux sans appel.
S'ils refusent d'admettre le monde invisible et une puissance extra-humaine, ce n'est pas
cependant que cela soit au-dessus de leur portée, mais c'est que leur orgueil se révolte à l'idée
d'une chose au-dessus de laquelle ils ne peuvent se placer, et les ferait descendre de leur
piédestal. C'est pourquoi ils n'ont que des sourires de dédain pour tout ce qui n'est pas du
monde visible et tangible; ils s'attribuent trop d'esprit et de science pour croire à des choses
bonnes, selon eux, pour les gens simples; tenant ceux qui les prennent au sérieux pour des
pauvres d'esprit.
Cependant, quoi qu'ils en disent, il leur faudra entrer, comme les autres, dans ce monde
invisible qu'ils tournent en dérision; c'est là que leurs yeux seront ouverts et qu'ils
reconnaîtront leur erreur. Mais Dieu, qui est juste, ne peut recevoir au même titre celui qui a
méconnu sa puissance et celui qui s'est humblement sou-mis à ses lois, ni leur faire une part
égale.
En disant que le royaume des cieux est aux simples, Jésus entend que nul n'y est admis
sans la simplicité du coeur et l'humilité de l'esprit; que l'ignorant qui possède ces qualités sera
préféré au savant qui croit plus en lui qu'en Dieu. En toutes circonstances il place l'humilité au
rang des vertus qui rapprochent de Dieu, et l'orgueil parmi les vices qui en éloignent; et cela
par une raison très naturelle, c'est que l'humilité est un acte de soumis-
95
BIENHEUREUX LES PAUVRES D'ESPRIT.
sion à Dieu, tandis que l'orgueil est une révolte contre lui. Mieux vaut donc, pour le bonheur
futur de l'homme, être pauvre en esprit, dans le sens du monde, et riche en qualités morales.
Quiconque s'élève sera abaissé.
3. En ce même temps les disciples s'approchèrent de Jésus, et lui dirent: Qui est
le plus grand dans le royaume des cieux? - Jésus ayant appelé un petit enfant, le mit au
milieu d'eux, et leur dit: Je vous dis en vérité que si vous ne vous convertissez, et si vous
ne devenez comme de petits enfants, vous n'entrerez point dans le royaume des cieux. Quiconque donc s'humiliera et se rendra petit comme cet enfant, celui-là sera le plus
grand dans le royaume des cieux, - et quiconque reçoit en mon nom un enfant tel que je
viens de dire, c'est moi-même qu'il reçoit. (Saint Matthieu, ch. XVIII, v. 1 à 5.)
4. Alors la mère des enfants de Zébédée s'approcha de lui avec ses deux fils, et
l'adora en lui témoignant qu'elle voulait lui demander quelque chose. - Il lui dit: Que
voulez-vous? Ordonnez, lui dit-elle, que mes deux fils que voici soient assis dans votre
royaume, l'un à votre droite et l'autre à votre gauche. - Mais Jésus leur répondit: Vous
ne savez pas ce que vous demandez; pouvez~vous boire le calice que je vais boire? Ils lui
dirent: Nous le pouvons. - Il leur répondit: Il est vrai que vous boirez le calice que je
boirai; mais pour ce qui est d'être assis à ma droite ou à ma gauche, ce n'est pas à moi à
vous le donner, mais ce sera pour ceux à qui mon Père l'a préparé. -Les dix autres
apôtres ayant entendu ceci, en conçurent de l'indignation contre les deux frères. - Et
Jésus les ayant appelés à lui, leur dit: Vous savez que les princes des nations les
dominent, et que les grands les traitent avec empire. - Il n'en doit pas être de même
parmi vous; mais que celui qui voudra devenir le plus grand, soit votre serviteur; et que
celui qui voudra être le premier d'entre vous soit votre esclave; - comme le Fils de
l'homme n'est pas venu pour être servi, mais
96
CHAPITRE VII.
pour servir et donner sa vie pour la rédemption de plusieurs. (Saint Matthieu, ch. XX,
v. de 20 à 28.)
5. Jésus entra un jour de sabbat dans la maison d'un des principaux Pharisiens
pour y prendre son repas, et ceux qui étaient là l'observaient. - Alors, considérant
comme les conviés choisissaient les premières places, il leur proposa cette parabole, et
leur dit: - Quand vous serez conviés à des noces, n'y prenez point la première place, de
peur qu'il ne se trouve parmi les conviés une personne plus considérable que vous, et
que celui qui vous aura invité ne vienne vous dire: Donnez votre place à celui-ci, et
qu'alors vous ne soyez réduit à vous tenir avec honte au dernier lieu. - Mais quand vous
aurez été conviés, allez vous mettre à la dernière place, afin que, lorsque celui qui vous a
conviés sera venu, il vous dise: Mon ami, montez plus haut. Et alors ce sera un sujet de
gloire devant ceux qui seront à table avec vous; - car quiconque s'éléve sera abaissé, et
quiconque s'abaisse sera élevé. (Saint Luc, ch. XIV, v. 1 et de 7 à 11.)
6. Ces maximes sont les conséquences du principe d'humilité que Jésus ne cesse de
poser comme condition essentielle de la félicité promise aux élus du Seigneur, et qu'il a
formulé par ces paroles: «Bienheureux les pauvres d'esprit, parce que le royaume des cieux est
à eux.» Il prend un enfant comme type de la simplicité du coeur et il dit: Celui-là sera le plus
grand dans le royaume des cieux qui s'humiliera et se fera petit comme un enfant; c'est-à-dire
qui n'aura aucume prétention à la supériorité ou à l'infaillibilité.
La même pensée fondamentale se retrouve dans cette autre maxime: «Que celui qui
voudra devenir le plus grand soit votre serviteur,» et dans celle-ci: «Quiconque s'abaisse sera
élevé, et quiconque s'élève sera abaissé.»
Le spiritisme vient sanctioner la théorie par l'exemple, en nous montrant grands dans le
monde des Esprits
97
BIENHEUREUX LES PAUVRES D'ESPRIT.
ceux qui étaient petits sur la terre, et souvent bien petits ceux qui y étaient les plus grands et
les plus puissants. C'est que les premiers ont emporté en mourant ce qui seul fait la véritable
grandeur dans le ciel et ne se perd pas: les vertus; tandis que les autres ont dû laisser ce qui
faisait leur grandeur sur la terre, et ne s'emporte pas: la fortune, les titres, la gloire, la
naissance; n'ayant rien autre chose, ils arrivent dans l'autre monde dépourvus de tout, comme
des naufragés qui ont tout perdu, jusqu'à leurs vêtements; ils n'ont conservé que l'orgueil qui
rend leur nouvelle position plus humiliante, car ils voient au-dessus d'eux, et resplendissants de
gloire, ceux qu'ils ont foulés aux pieds sur la terre.
Le spiritisme nous montre une autre application de ce principe dans les incarnations
successives où ceux qui ont été les plus élevés dans une existence sont abaissés au dernier
rang dans une existence suivante, s'ils ont été dominés par l'orgueil et l'ambition. Ne cherchez
donc point la première place sur la terre, ni à vous mettre au-dessus des autres, si vous ne
voulez être obligés de descendre; cherchez, au contraire, la plus humble et la plus modeste, car
Dieu saura bien vous en donner une plus élevée dans le ciel si vous la méritez.
Mystères cachés aux sages et aux prudents.
7. Alors Jésus dit ces paroles: Je vous rends gloire, mon Père, Seigneur du ciel et
de la terre, de ce que vous avez caché ces choses aux sages et aux prudents, et que vous
les avez révélées aux simples et aux petits. (Saint Matthieu, ch. XI, v. 25.)
98
CHAPITRE VII.
8. Il peut paraître singulier que Jésus rende grâce à Dieu d'avoir révélé ces choses aux
simples et aux petits, qui sont les pauvres d'esprit, et de les avoir cachées aux sages et aux
prudents, plus aptes, en apparence, à les comprendre. C'est qu'il faut entendre par les
premiers, les humbles qui s'humilient devant Dieu, et ne se croient pas supérieurs à tout le
monde; et par les seconds, les orgueilleux, vains de leur science mondaine, qui se croient
prudents, parce qu'ils nient, traitant Dieu d'égal à égal quand ils ne le désavouent pas; car, dans
l'antiquité, sage était synonyme de savant; c'est pourquoi Dieu leur laisse la recherche des
secrets de la terre, et révèle ceux du ciel aux simples et aux humbles qui s'inclinent devant lui.
9. Ainsi en est-il aujourd'hui des grandes vérités révélées par le spiritisme. Certains
incrédules s'étonnent que les Esprits fassent si peu de frais pour les convaincre; c'est que ces
derniers s'occupent de ceux qui cherchent la lumière de bonne foi et avec humilité, de
préférence à ceux qui croient posséder toute la lumière, et semblent penser que Dieu devrait
étre trop heureux de les ramener à lui, en leur prouvant qu'il existe.
La puissance de Dieu éclate dans les plus petites choses comme dans les plus grandes;
il ne met pas la lu mière sous le boisseau, puisqu'il la répand à flots de toutes parts; aveugles
donc ceux qui ne la voient pas. Dieu ne veut pas leur ouvrir les yeux de force, puisqu'il leur
plaît de les tenir fermés. Leur tour viendra, mais il faut auparavant qu'ils sentent les angoisses
des ténèbres et reconnaissent Dieu, et non le hasard, dans la main qui frappe leur orgueil. Il
emploie pour vaincre l'incrédulité
99
BIENHEUREUX LES PAUVRES D'ESPRIT.
les moyens qui lui conviennent selon les individus; ce n'est pas à l'incrédule de lui prescrire ce
qu'il doit faire, et de lui dire: Si vous voulez me convaincre, il faut vous y prendre de telle ou
telle façon, à tel moment plutôt qu'à tel autre, parce que ce moment est à ma convenance.
Que les incrédules ne s'étonnent donc pas si Dieu, et les Esprits qui sont les agents de
ses volontés, ne se soumettent pas à leurs exigences. Qu'ils se demandent ce qu'ils diraient si le
dernier de leurs serviteurs voulait s'imposer à eux Dieu impose ses conditions et n'en subit pas;
il écoute avec bonté ceux qui s'adressent à lui avec humilité, et non ceux qui se croient plus
que lui.
10. Dieu, dira-t-on, ne pourrait-il les frapper personnellement par des signes éclatants
en présence desquels l'incrédule le plus enduici devrait s'incliner? Sans doute il le pourrait,
mais alors où serait leur mérite, et d'ailleurs à quoi cela servirait-il? N'en voit~on pas tous les
jours se refuser à l'évidence et même dire: Si je voyais, je ne croirais pas, parce que je sais que
c'est impossible? S'ils refusent de reconnaître la vérité, c'est que leur esprit n'est pas encore
mûr pour la comprendre, ni leur coeur pour la sentir. L' orgueil est la taie qui obscurcit leur
vue; à quoi sert de présenter la lumière à un aveugle? Il faut donc d'abord guérir la cause du
mal; c'est pourquoi, en médecin habile, il châtie premièrement l'orgueil. Il n'abandonne donc
pas ses enfants perdus; il sait que tôt ou tard leurs yeux s'ouvriront, mais il veut que ce soit de
leur propre volonté, et alors que, vaincus par les tourments de l'incrédulité, ils se jetteront
d'eux-mêmes dans ses bras, et, comme l'enfant prodigue, lui demanderont grâce!
100
CHAPITRE VII.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
L'orgueil et l'humilité.
11. Que la paix du Seigneur soit avec vous, mes chers amis! Je viens vers vous pour
vous encourager à suivre la bonne voie.
Aux pauvres Esprits qui, autrefois, habitaient la terre, Dieu donne mission de venir
vous éclairer. Béni soit-il de la grâce qu'il nous accorde de pouvoir aider à votre amélioration.
Que l'Esprit-Saint m'éclaire et m'aide à rendre ma parole compréhensible et qu'il me fasse la
grâce de la mettre à la portée de tous! Vous tous incarnés, qui êtes dans la peine et cherchez la
lumière, que la volonté de Dieu me soit en aide pour la faire luire à vos yeux!
L'humilité est une vertu bien oubliée parmi vous; les grands exemples qui vous en ont
été donnés sont bien peu suivis, et pourtant, sans l'humilité, pouvez-vous être charitables
envers votre prochain? Oh! non, car ce sentiment nivelle les hommes; il leur dit qu'ils sont
frères, qu'ils doivent s'entr'aider, et les amène au bien. Sans l'humilité, vous vous parez des
vertus que vous n'avez pas, comme si vous portiez un habit pour cacher les difformités de
votre corps. Rappelez-vous Celui qui nous sauva; rappelez-vous son humilité qui l'a fait si
grand, et l'a mis au-dessus de tous les prophètes.
L'orgueil est le terrible adversaire de l'humilité. Si le Christ promettait le royaume des
cieux aux plus pauvres, c'est que les grands de la terre se figurent que les titres et les richesses
sont des récompenses données à leur mérite, et que leur essence est plus pure que celle
101
BIENHEUREUX LES PAUVRES D'ESPRIT.
du pauvre; ils croient que cela leur est dû, c'est pourquoi, lorsque Dieu le leur retire, ils
l'accusent d'injustice. Oh! dérision et aveuglement! Dieu fait-il une distinction entre vous par le
corps? L'enveloppe du pauvre n'est-elle pas la même que celle du riche? Le Créateur a-t-il fait
deux espèces d'hommes? Tout ce que Dieu fait est grand et sage; ne lui attribuez jamais les
idées qu'enfantent vos cerveaux orgueilleux.
O riche, tandis que tu dors sous tes lambris dorés à l'abri du froid, ne sais-tu pas que
des milliers de tes frères qui te valent sont gisants sur la paille? Le malheureux qui souffre de
la faim n'est-il pas ton égal? A ce mot, ton orgueil se révolte, je le sais bien; tu consentiras à lui
donner l'aumône, mais à lui serrer fraternellement la main, jamais! «Quoi! dis-tu; moi, issu d'un
noble sang, grand de la terre, je serais l'égal de ce misérable qui porte des haillons! Vaine
utopie des soi-disant philosophes! Si nous étions égaux, pourquoi Dieu l'aurait-il placé si bas
et moi si haut?» Il est vrai que vos habits ne se ressemblent guère; mais que vous en soyez
dépouillés tous deux, quelle différence y aura-t-il entre vous? La noblesse du sang, diras-tu;
mais la chimie n'a point trouvé de différence entre le sang du grand seigneur et celui du
plébéien; entre celui du maître et celui de l'esclave. Qui te dit que, toi aussi, tu n'as pas été
misérable et malheureux comme lui? Que tu n'as pas demandé l'aumône? Que tu ne la
demanderas pas un jour à celui même que tu méprises aujourd'hui? Les richesses sont-elles
éternelles? ne finissent-elles pas avec ce corps, enveloppe périssable de ton Esprit? Oh! un
retour d'humilité sur toi-même! Jette enfin les yeux sur la réalité des choses de ce monde, sur
ce qui fait la grandeur et l'abaissement dans l'autre; songe que la
102
CHAPITRE VII.
mort ne t'épargnera pas plus qu'un autre; que tes titres ne t'en préserveront pas; qu'elle peut te
frapper demain, aujourd'hui, dans une heure; et si tu t'ensevelis dans ton orgueil, oh! alors je te
plains, car tu seras digne de pitié!
Orgueilleux! qu'étiez-vous avant d'être nobles et puissants? Peut-être étiez-vous plus
bas que le dernier de vos valets. Courbez donc vos fronts altiers que Dieu peut rabaisser au
moment où vous les élevez le plus haut. Tous les hommes sont égaux dans la balance divine;
les vertus seules les distinguent aux yeux de Dieu. Tous les Esprits sont d'une même essence,
et tous les corps sont pétris de la même pate; vos titres et vos noms n'y changent rien; ils
restent dans la tombe, et ce ne sont pas eux qui donnent le bonheur promis aux élus; la charité
et l'humilité sont leurs titres de noblesse.
Pauvre créature! tu es mère, tes enfants souffrent; ils ont froid; ils ont faim; tu vas,
courbée sous le poids de ta croix, t'humilier pour leur avoir un morceau de pain. Oh! je
m'incline devant toi; combien tu es noblement sainte et grande à mes yeux! Espère et prie; le
bonheur n'est pas encore de ce monde. Aux pauvres opprimés et confiants en lui, Dieu donne
le royaume des cieux.
Et toi, jeune fille, pauvre enfant vouée au travail, aux privations, pourquoi ces tristes
pensées? pourquoi pleurer? Que ton regard s'élève pieux et serein vers Dieu: aux petits
oiseaux il donne la pâture; aie confiance en lui, et il ne t'abandonnera pas. Le bruit des fêtes,
des plaisirs du monde fait battre ton coeur; tu voudrais aussi orner ta tête de fleurs et te mêler
aux heureux de la terre; tu te dis que tu pourriais, comme
103
BIENHEUREUX LES PAUVRES D'ESPRIT
ces femmes que tu regardes passer, folles et rieuses, être riche aussi. Oh! tais-toi, enfant! Si tu
savais combien de larmes et de douleurs sans nom sont cachées sous ces habits brodés,
combien de sanglots sont étouffés sous le bruit de cet orchestre joyeux, tu préférerais ton
humble retraite et ta pauvreté. Reste pure aux yeux de Dieu, si tu ne veux que ton ange
gardien remonte vers lui, le visage caché sous ses ailes blanches, et te laisse avec tes remords,
sans guide, sans soutien dans ce monde où tu serais perdue en attendant que tu sois punie dans
l'autre.
Et vous tous qui souffrez des injustices des hommes, soyez indulgents pour les fautes
de vos frères, en vous disant que vous-mêmes n'êtes pas sans reproches: c'est de la charité,
mais c'est aussi de l'humilité. Si vous souffrez par les calomnies, courbez le front sous cette
épreuve. Que vous importent les calomnies du monde? Si votre conduite est pure, Dieu ne
peut-il vous en dédommager? Supporter avec courage les humiliations des hommes, c'est être
humble et reconnaître que Dieu seul est grand et puissant.
Oh! mon Dieu, faudra-t-il que le Christ revienne une seconde fois sur cette terre pour
apprendre aux hommes tes lois qu'ils oublient? Devra-t-il encore chasser les vendeurs du
temple qui salissent ta maison qui n'est qu un lieu de prière? Et qui sait? ô hommes! si Dieu
vous accordait cette grâce, peut-être le renieriez-vous comme autrefois; vous l'appelleriez
blasphémateur, parce qu'il abaisserait l'orgueil des Pharisiens modernes; peut-être lui feriezvous recommencer le chemin du Golgotha.
Lorsque Moïse fut sur le mont Sinai recevoir les commandements de Dieu, le peuple
d'Israël, livré à lui-
104
CHAPITRE VII
même, délaissa le vrai Dieu; hommes et femmes donnèrent leur or et leurs bijoux, pour se faire
une idole qu'ils adorèrent. Hommes civilisés, vous faites comme eux; le Christ vous a laissé sa
doctrine; il vous a donné l'exemple de toutes les vertus, et vous avez délaissé exemple et
préceptes; chacun de vous apportant ses passions, vous vous êtes fait un Dieu à votre gré :
selon les uns, terrible et sanguinaire; selon les autres, insouciant des intérêts du monde; le Dieu
que vous vous êtes fait est encore le veau d'or que chacun approprie à ses goûts et à ses idées.
Revenez à vous, mes frères, mes amis; que la voix des Esprits touche vos coeurs;
soyez généreux et charitables sans ostentation; c'est-à-dire faites le bien avec humilité; que
chacun démolisse peu à peu les autels que vous avez élevés à l'orgueil, en un mot, soyez de
véritables chrétiens, et vous aurez le règne de la vérité. Ne doutez plus de la bonté de Dieu,
alors qu'il vous en donne tant de preuves. Nous venons préparer les voies pour
l'accomplissement des prophéties. Lorsque le Seigileur vous donnera une manifestation plus
éclatante de sa clémence, que l'envoyé céleste ne trouve plus en vous qu'une grande famille;
que vos coeurs doux et humbles soient dignes d'entendre la parole divine qu'il viendra vous
apporter; que l'élu ne trouve sur sa route que les palmes déposées pour votre retour au bien, à
la charité, à la fraternité, et alors votre monde deviendra le paradis terrestre. Mais si vous
restez insensibles à la voix des Esprits envoyés pour épurer, renouveler votre société civilisée,
riche en sciences et pourtant si pauvre en bons sentiments, hélas! il ne nous resterait plus qu'à
pleurer et à gémir sur votre sort. Mais non, il n'en sera pas ainsi; revenez à Dieu votre père, et
alors nous tous,
105
BIENHEUREUX LES PAUVRES D'ESPRIT.
qui aurons servi à l'accomplissement de sa volonté, nous entonnerons le cantique d'actions de
grâces, pour remercier le Seigneur de son inépuisable bonté, et pour le glorifier dans tous les
siècles des siècles. Ainsi soit-il. (LACORDAIRE. Constantine, 1863.)
12. Hommes, pourquoi vous plaignez-vous des calamités que vous avez vous-mêmes
amoncelées sur vos têtes? Vous avez méconnu la sainte et divine morale du Christ, ne soyez
donc pas étonnés que la coupe de l'iniquité ait débordé de toutes parts.
Le malaise devient général; à qui s'en prendre, si ce n'est à vous qui cherchez sans
cesse à vous écraser les uns les autres? Vous ne pouvez être heureux sans bienveillance
mutuelle, et comment la bienveillance peut-elle exister avec l'orgueil? L'orgueil, voilà la source
de tous vos maux; attachez-vous donc à le détruire, si vous n'en voulez voir perpétuer les
funestes conséquences. Un seul moyen s'offre à vous pour cela, mais ce moyen est infaillible,
c'est de prendre pour règle invariable de votre conduite la loi du Christ, loi que vous avez ou
repoussée, ou faussée dans son interprétation.
Pourquoi avez-vous en si grande estime ce qui brille et charme les yeux, plutôt que ce
qui touche le coeur? Pourquoi le vice dans l'opulence est-il l'objet de vos adulations, alors que
vous n'avez qu'un regard de dédain pour le vrai mérite dans l'obscurité? Qu'un riche débauché,
perdu de corps et d'âme, se présente quelque part, toutes les portes lui sont ouvertes, tous les
égards sont pour lui, tandis qu'on daigne à peine accorder un salut de protection à l'homme de
bien qui vit de son travail. Quand la considération que l'on accorde aux
l06
CHAPITRE VII
gens est mesurée au poids de l'or qu'ils possèdent ou au nom qu'ils portent, quel intérêt
peuvent-ils avoir à se corriger de leurs défauts?
Il en serait tout autrement si le vice doré était fustigé par l'opinion comme le vice en
haillons; mais l'orgueil est indulgent pour tout ce qui le flatte. Siècle de cupidité et d'argent,
dites-vous. Sans doute, mais pourquoi avez-vous laissé les besoins matériels empiéter sur le
bon sens et la raison? Pourquoi chacun veut-il s'élever audessus de son frère? Aujourd'hui la
société en subit les conséquences.
Ne l'oubliez pas, un tel état de choses est toujours un signe de décadence morale.
Lorsque l'orgueil atteint les dernières limites, c'est l'indice d'une chute prochaine, car Dieu
frappe toujours les superbes. S'il les laisse parfois monter, c'est pour leur donner le temps de
réfléchir et de s'amender sous les coups que, de temps à autre, il porte à leur orgueil pour les
avertir; mais, au lieu de s'abaisser, ils se révoltent; alors quand la mesure est comble, il les
renverse tout à fait, et leur chute est d'autant plus terrible, qu'ils étaient montés plus haut.
Pauvre race humaine, dont l'égoïsme a corrompu toutes les voies, reprends courage
cependant; dans sa miséricorde infinie, Dieu t'envoie un puissant remède à tes maux, un
secours inespéré dans ta détresse. Ouvre les yeux à la lumière: voici les âmes de ceux qui ne
sont plus qui viennent te rappeler à tes véritables devoirs; ils te diront, avec l'autorité de
l'expérience, combien les vanités et les grandeurs de votre passagère existence sont peu de
chose auprès de l'éternité; ils te diront que celui-là est le plus grand qui a été le plus humble
parmi les petits d'ici-bas; que celui qui a le
107
BIENHEUREUX LES PAUVRES D'ESPRIT.
plus aimé ses frères est aussi celui qui sera le plus aimé dans le ciel; que les puissants de la
terre, s'ils ont abusé de leur autorité, seront réduits à obéirleurs serviteurs; que la charité et
l'humilité enfin, ces deux soeurs qui se donnent la main, sont les titres les plus efficaces pour
obtenir grâce devant l'Eternel. (ADOLPHE, évêque d'Alger. Marmande, 1862.)
Mission de l'homme intelligent sur la terre.
13. Ne soyez pas fiers de ce que vous savez, car ce savoir a des bornes bien limitées
dans le monde que vous habitez. Mais je suppose que vous soyez une des sommités
intelligentes de ce globe, vous n'avez aucun droit d'en tirer vanité. Si Dieu, dans ses desseins,
vous a fait naître dans un milieu où vous avez pu développer votre intelligence, c'est qu'il veut
que vous en fassiez usage pour le bien de tous ; car c'est une mission qu'il vous donne, en
mettant dans vos mains l'instrument à l'aide duquel vous pouvez développer à votre tour les
intelligences retardataires et les amener à Dieu. La nature de l'instrument n'indique-t-elle pas
l'usage qu'ou en doit faire? La bêche que le jardinier met entre les mains de son ouvrier ne lui
montre-t-elle pas qu'il doit bêcher? Et que diriez-vous si cet ouvrier, au lieu de travailler, levait
sa bêche pour en frapper son maître? Vous diriez que c'est affreux, et qu'il mérite d'être
chassé. Eh bien, n'en est-il pas de même de celui qui se sert de son intelligence pour détruire
l'idée de Dieu et de la Providence parmi ses frères? Ne lève-t-il i pas contre sou maître la
bêche qui lui a été donnée pour défricher le terrain? A-t-il droit au salaire promis, et ne méritet-il pas, au contraire, d'être chassé du jardin?
108
CHAPITRE VII.
Il le sera, n'en doutez pas, et traînera des existences misérables et remplies d'humiliations
jusqu'à ce qu'il se soit courbé devant Celui à qui il doit tout.
L'intelligence est riche de mérites pour l'avenir, mais a la condition d'en faire un bon
emploi; si tous les hommes qui en sont doués s'en servaient selon les vues de Dieu, la tâche
des Esprits serait facile pour faire avancer l'humanité; malheureusement beaucoup en font un
instrument d'orgueil et de perdition pour eux-mêmes. L'homme abuse de son intelligence
comme de toutes ses autres facultés, et cependant les leçons ne lui manquent pas pour l'avertir
qu'une main puissante peut lui retirer ce qu'elle lui a donné. (FERDINAND, Esprit protecteur.
Bordeaux, 1862.)
109
CHAPITRE VIII
BIENHEUREUX CEUX QUI ONT LE COEUR PUR.
Laissez venir à moi les petits enfants. - Péché en pensée. Adultère. - Vraie pureté. Mains non
lavées. - Scandales. Si votre main est un sujet de scandale, coupez-la. - Instructions des
Esprits: Laissez venir à moi les petits enfants. - Bienheureux ceux qui ont les yeux fermés.
Laissez venir à moi les petits enfants.
1. Bienheureux ceux qui ont le coeur pur, parce qu'ils verront Dieu. (Saint
Matthieu, ch. V, v. 8.)
2. Alors on lui présenta de petits enfants, afin qu'il les touchât; et comme ses
disciples repoussaient avec des paroles rudes ceux qui les lui présentaient, - Jésus le
voyant s'en fâcha et leur dit: Laissez venir à moi les petits enfants, et ne les empêchez
point; car le royaume des cieux est pour ceux qui leur ressemblent. Je vous le dis en
vérité, quiconque ne recevra point le royaume de Dieu comme un enfant, n'y entrera
point. - Et les ayant embrassés, il les bénit en leur imposant les mains. (Saint Marc, ch.
X, v. de 13 à 16.)
3. La pureté du coeur est inséparable de la simplicité et de l'humilité; elle exclut toute
pensée d'égoïsme et d'orgueil; c'est pourquoi Jésus prend l'enfance pour l'emblème de cette
pureté, comme il l'a prise pour celui de l'humilité.
Cette comparaison pourrait ne pas sembler juste, si l'on considère que l'Esprit de
l'enfant peut être trèsancien, et qu'il apporte en renaissant à la vie corporelle
110
CHAPITRE VIII.
les imperfections dont il ne s'est pas depouillé dans ses existences précédentes; un Esprit arrivé
à la perfection pourrait seul nous donner le type de la vraie pureté. Mais elle est exacte au
point de vue de la vie présente; car le petit enfant, n'ayant encore pu manifester aucune
tendance perverse, nous offre l'image de l'innocence et de la candeur; aussi Jésus ne dit-il point
d'une manière absolue que le royaume de Dieu est pour eux, mais pour ceux qui leur
ressemblent.
4. Puisque l'Esprit de l'enfant a déjà vécu, pourquoi ne se montre-t-il pas, dès la
naissance ce qu'il est? Tout est sage dans les oeuvres de Dieu. L'enfant a besoin de soins
délicats que la tendresse maternelle peut seule lui rendre et cette tendresse s'accroît de la
faiblesse et de l'ingénuité de l'enfant. Pour une mère, son enfant est toujours un ange, et il
fallait qu'il en fût ainsi pour captiver sa sollicitude; elle n'aurait pu avoir avec lui le même
abandon, si, au lieu de la grâce naïve, elle eût trouvé en lui, sous des traits enfantins, un
caractère viril et les idées d'un adulte, et encore moins si elle eût connu son passe.
Il fallait, d'ailleurs, que l'activité du principe intelligent fût proportionnée à la faiblesse
du corps qui n'au-i'ait pu résister à une activité trop grande de l'Esprit, ainsi qu'on le voit chez
les sujets trop précoces. C'est pour cela que, dès les approches de l'incarnation, l'Esprit,
entrant dans le trouble, perd peu à peu la conscience de lui-même; il est, durant une certaine
période, dans une sorte de sommeil pendant lequel toutes ses acultés demeurent à l'état latent.
Cet état transitoire est nécessaire pour donner à l'Esprit un nouveau point de départ, et lui
faîte oublier, dans sa nouvelle existence
111
BIENHEUREUX CEUX QUI ONT LE COEUR PUR.
terrestre, les choses qui eussent pu l'entraver. Son passé, cependant, réagit sur lui; il renaît à la
vie plus grand, plus fort moralement et intellectuellement, sou tenu et secondé par l'intuition
qu'il conserve de l'expérience acquise.
A partir de la naissance, ses idées reprennent graduellement leur essor au fur et à
mesure du développement des organes; d'où l'on peut dire que, peudant les premières années,
l'Esprit est véritablement enfant, parce que les idées qui forment le fond de son caractère sont
encore assoupies. Pendant le temps où ses instincts sommeillent, il est plus souple, et, par cela
même, plus accessible aux impressions qui peuvent modifier sa nature et le faire progresser, ce
qui rend plus facile la tâche imposée aux parents.
L'Esprit revêt donc pour un temps la robe d'innocence, et Jésus est dans le vrai quand,
malgré l'antériorité de l'âme, il prend l'enfant pour emblème de la pureté et de la simplicité.
Péché en pensées. Adultère.
5. Vous avez appris qu'il a été dit aux Anciens: Vous ne commettrez point
d'adultère. - Mais moi je vous dis que qui-conque aura regardé une femme avec un
mauvais désir pour elle a déjà commis l'adultère avec elle dans son coeur. (Saint
Matthieu, ch. V, v. 27 et 28.)
6. Le mot adultère ne doit point être entendu ici dans le sens exclusif de son acception
propre, mais dans un sens plus général; Jésus l'a souvent employé par extension pour désigner
le mal, le péché, et toute mauvaise pensée quelconque, comme, par exemple, dans ce pas-
112
CHAPITRE VIII.
sage: «Car si quelqu'un rougit de moi et de mes paroles parmi cette race adultère et
pécheresse, le Fils de l'homme rougira aussi de lui, lorsqu'il viendra accompagné des
saints anges dans la gloire de son Père.» (Saint Marc, ch. VIII, v. 38.)
La vraie pureté n'est pas seulement dans les actes; elle est aussi dans la pensée, car
celui qui a le coeur pur ne pense même pas au mal; c'est ce qu'a voulu dire Jésus: il condamne
le péché, même en pensée, parce que c'est un signe d'impureté.
7. Ce principe amène naturellement cette question: Subit-on les conséquences d'une
mauvaise pensée non suivie d'effet?
Il y a ici une importante distinction à faire. A mesure que l'âme engagée dans la
mauvaise voie, avance dans la vie spirituelle, elle s'éclaire et se dépouille peu à peu de ses
imperfections, selon le plus ou moins de bonne volonté qu'elle y apporte en vertu de son libre
arbitre. Toute mauvaise pensée est donc le résultat de l'imperfection de l'âme; mais selon le
désir qu'elle a conçu de s'épurer, cette mauvaise pensée même devient pour elle une occasion
d'avancement, parce qu'elle la repousse avec énergie; c'est l'indice d'une tache qu'elle s'efforce
d'effacer; elle ne cédera pas si l'occasion se présente de satisfaire un mauvais désir; et après
qu'elle aura résisté, elle se sentira plus forte et joyeuse de sa victoire.
Celle, au contraire, qui n'a pas pris de bonnes résolutions cherche l'occasion, et si elle
n'accomplit pas l'acte mauvais, ce n'est pas l'effet de sa volonté, mais c'est l'occasion qui lui
manque; elle est donc aussi coupable que si elle le commettait.
En résumé, chez la personne qui ne conçoit même
113
BIENHEUREUX CEUX QUI ONT LE COEUR PUR.
pas la pensée du mal, le progrès est accompli; chez celle à qui vient cette pensée, mais qui la
repousse, le progrès est en train de s'accomplir; chez celle, enfin, qui a cette pensée et s'y
complaît, le mal est encore dans toute sa force; chez l'une le travail est fait, cliez l'autre il est à
faire. Dieu, qui est juste, tient compte de toutes ces nuances dans la responsabilité des actes et
des pensées de l'homme.
Vraie pureté. Mains non lavées.
8. Alors des scribes et des pharisiens qui étaient venus de Jérusalem
s'approchèrent de Jésus et lui dirent : - Pourquoi vos disciples violent-ils la tradition des
Anciens? car ils ne lavent point leurs mains lorsqu'ils prennent leurs repas.
Mais Jésus leur répondit : Pourquoi vous-mêmes violez-vous le commandement
de Dieu pour suivre votre tradition? car Dieu a fait ce commandement: - Honorez votre
père et votre mère; et cet autre: Que celui qui dira des paroles outrageuses à son père
ou à sa mère soit puni de mort. - Mais vous autres vous dites: Quiconque aura dit à son
père ou à sa mère: Tout don que je fais à Dieu vous est utile, satisfait à la loi, - encore
qu'après cela il n'honore et n'assiste point son père ou sa mère; et ainsi vous avez rendu
inutile le commandement de Dieu par votre tradition.
Hypocrites, Isaïe a bien prophétisé de vous quand il a dit: - Ce peuple m'honore
des lèvres, mais son coeur est loin de moi: - et c'est en vain qu'ils m'honorent en
enseignant des maximes et des ordonnances humaines.
Puis ayant appelé le peuple, il leur dit: Écoutez et comprenez bien ceci: - Ce n'est
pas ce qui entre dans la bouche qui souille l'homme; mais c'est ce qui sort de la bouche
de l'homme qui le souille. - Ce qui sort de la bouche part du coeur, et c'est ce qui rend
l'homme impur; - car c'est du coeur que partent les mauvaises pensées, les meurtres, les
adultères, les fornications, les larcins, les faux témoignages, les blasphèmes et les
médisances; - ce sont là les choses qui rendent l'homme
114
CHAPITRE VIII.
impur; mais de manger sans avoir lavé ses mains, ce n'est point ce qui rend un homme
impur.
Alors ses disciples s'approchant de lui, lui dirent: Savez-vous bien que les
Pharisiens ayant entendu ce que vous venez de dire en sont scandalisés? - Mais il
répondit: Toute plante que mon Père céleste n'a point plantée sera arrachée. -Laissezles; ce sont des aveugles qui conduisent des aveugles; si un aveugle en conduit un autre,
ils tombent tous les deux dans la fosse. (Saint Matthieu, ch. XV, v. de 1 à 20.)
9. Pendant qu'il parlait, un Pharisien le pria de dîner chez lui; et Jésus y étant
allé se mit à table. - Le Pharisien commença alors à dire en lui-même: Pourquoi ne
s'estil pas lavé les mains avant de dîner? - Mais le Seigneur lui dit: Vous autres
Pharisiens, vous avez grand soin de nettoyer le dehors de la coupe et du plat; mais le
dedans de vos coeurs est plein de rapines et d'iniquités. Insensés que vous êtes! celui
qui a fait le dehors n'a-t-il pas fait aussi le dedans? (Saint Luc, ch. XI, v. de 37 à 40.)
10. Les Juifs avaient négligé les véritables commandements de Dieu, pour s'attacher à
la pratique des règlements établis par les hommes et dont les rigides observateurs se faisaient
des cas de conscience; le fond, très simple, avait fini par disparaître sous la complication de la
forme. Comme il était plus aisé d'observer des actes extérieurs que de se réformer
moralement, de se laver les mains que de nettoyer son coeur, les hommes se firent illusion à
eux-mêmes, et se croyaieut quittes envers Dieu, parce qu'ils se conformaient à ces pratiques,
tout en restant ce qu'ils étaient; car on leur enseignait que Dieu n'en demandait pas davantage.
C'est pourquoi le prophète dit: C'est en vain que ce peuple m'honore des lèvres, en enseignant
des maximes et des ordonnances humaines.
Ainsi en a-t-il été de la doctrine morale du Christ,
115
BIENHEUREUX CEUX QUI ONT LE COEUR PUR.
qui a fini par être mise au second rang, ce qui fait que beaucoup de chrétiens, à l'exemple des
anciens Juifs, croient leur salut plus assuré par les pratiques extérieures que par celles de la
morale. C'est à ces additions faites par les hommes à la loi de Dieu que Jésus fait allusion
quand il dit: Toute plante que mon Père céleste n'a point plantée sera arrachée.
Le but de la religion est de conduire l'homme à Dieu; or, l'homme n'arrive à Dieu que
lorsqu'il est parfait; donc toute religion qui ne rend pas l'homme meilleur n'atteint pas le but;
celle sur laquelle on croit pouvoir s'appuyer pour faire le mal est, ou fausse, ou faussée dans
son principe. Tel est le résultat de toutes celles où la forme l'emporte sur le fond. La croyance
à l'eflicacité des signes extérieurs est nulle, si elle n'empêche pas de commettre des meurtres,
des adultères, des spoliations, de dire des calomnies, et de faire tort à son prochain en quoi
que ce soit. Elle fait des superstitieux, des hypocrites ou des fanatiques, mais ne fait pas des
hommes de bien.
Il ne suffit donc pas d'avoir les apparences de la pureté, il faut avant tout avoir celle du
coeur.
Scandales. Si votre main est un sujet de scandale, coupez-la.
11. Malheur au monde à cause des scandales; car il est nécessaire qu'il arrive des
scandales; mais malheur à l'homme par qui le scandale arrive.
Si quelqu'un scandalise un de ces petits qui croient en moi, il vaudrait mieux
pour lui qu'on lui pendît au cou une de ces meules qu'un âne tourne, et qu'on le jetât au
fond de la mer.
Prenez bien garde de mépriser aucun de ces petits; je vous déclare que dans le
ciel leurs anges voient sans cesse la face de
116
CHAPITRE VIII.
mon Père qui est dans les cieux; car le Fils de l'homme est venu sauver ce qui était
perdu.
Si votre main ou votre pied vous est un sujet de scandale, coupez-les et les jetez
loin de vous; il vaut bien mieux pour vous que vous entriez dans la vie n'ayant qu'un
pied ou qu'une main, que d'en avoir deux et d'être jeté dans le feu éternel. -Et si votre
oeil vous est un sujet de scandale, arrachez-le, et jetez-le loin de vous; il vaut mieux
pour vous que vous entriez dans la vie n'ayant qu'un oeil que d'en avoir deux et d'être
précipité dans le feu de l'enfer. (Saint Matthieu, ch. XVIII, v. de 6 à 10.)
12. Dans le sens vulgaire, scandale se dit de toute action qui choque la morale ou les
bienséances d'une manière ostensible. Le scandale n'est pas dans l'action en elle-même, mais
dans le retentissement qu'elle peut avoir. Le mot scandale implique toujours l'idée d'un certain
éclat. Beaucoup de personnes se contentent d'éviter le scandale, parce que leur orgueil en
souffrirait, leur considération en serait amoindrie parmi les hommes; pourvu que leurs
turpitudes soient ignorées, cela leur suffit, et leur conscience est en repos. Ce sont, selon les
paroles de Jésus: «des sépulcres blanchis, à l'extérieur, mais pleins de pourriture à l'intérieur;
des vases nettoyés en dehors, malpropres en dedans. »
Dans le sens évangélique, l'acception du mot scandale, si fréquemment employé, est
beaucoup plus générale, c'est pourquoi on n'en comprend pas l'acception dans certains cas. Ce
n'est plus seulemeut ce qùi froisse la conscience d'autrui, c'est tout ce qui est le résultat des
vices et des imperfections des hommes, toute réaction mauvaise d'individu à individu avec ou
sans retentissement. Le scandale, dans ce cas, est le résultat effectif du mal moral.
117
BIENHEUREUX CEUX QUI ONT LE COEUR PUR.
13. Il faut qu'il y ait du scandale dans le monde, a dit Jésus, parce que les hommes
étant imparfaits sur la terre sont enclins à faire le mal, et que de mauvais arbres donnent de
mauvais fruits. Il faut donc entendre parces paroles que le mal est une conséquence de
l'imperfection des hommes, et non qu'il y a pour eux obligation de le faire.
14. Il est nécessaire que le scandale arrive, parce que les hommes étant en expiation
sur la terre se punissent eux-mêmes par le contact de leurs vices dont ils sont les premières
victimes, et dont ils finissent par comprendre les inconvénients. Lorsqu'ils seront las de souffrir
du mal, ils chercheront le remède dans le bien. La réaction de ces vices sert donc à la fois de
châtiment pour les uns et d'épreuve pour les autres; c'est ainsi que Dieu fait sortir le bien du
mal, que les hommes eux-mêmes utilisent les choses mauvaises ou de rebut.
15. S'il en est ainsi, dira-t-on, le mal est nécessaire et durera toujours; car s'il venait à
disparaître, Dieu serait privé d'un puissant moyen de châtier les coupables; donc il est inutile
de chercher à améliorer les hommes. Mais s'il n'y avait plus de coupables, il n'y aurait plus
besoin de châtiments. Supposons l'humanité transformée en hommes de. bien, aucun ne
cherchera à faire du mal à son prochain, et tous seront heureux, parce qu'ils seront bons. Tel
est l'état des mondes avancés d'où le mal est exclu; tel sera celui de la terre quand elle aura
suffisamment progressé. Mais tandis que certains mondes avancent, d'autres se forment,
peuplés d'Esprits primitifs, et qui servent en outre d'habitation, d'exil et de lieu expiatoire pour
les Esprits imparfaits,
118
CHAPITRE VIII
rebelles, obstinés dans le mal, et qui sont rejetés des mondes devenus heureux.
16. Mais malheur à celui par qui le scandale arrive; c'est-à-dire que le mal étant
toujours le mal, celui qui a servi à son insu d'instrument pour la justice divine, dont les
mauvais instincts out été utilisés, n'en a pas moins fait le mal et doit être puni. C'est ainsi, par
exemple, qu'un enfant ingrat est une punition ou une épreuve pour le père qui en souffre,
parce que ce père a peut-être été lui-même un mauvais fils qui a fait souffrir son père, et qu'il
subit la peine du talion ; mais le fils n'en est pas plus excusable, et devra être châtié à son tour
dans ses propres enfants ou d'une autre manière.
17. Si votre main vous est une cause de scandale, coupez-la; figure énergique qu'il
serait absurde de prendre à la lettre, et qui signifie simplemeut qu'il faut détruire en soi toute
cause de scandale, c'est-à-dire de mal; arracher de son coeur tout sentiment impur et tout
principe vicieux; c'est-à-dire encore qu'il vaudrait mieux pour un homme avoir eu la main
coupée, que si cette main eût été pour lui l'instrument d'une mauvaise action; être privé de la
vue, que si ses yeux lui eussent donné de mauvaises pensées. Jésus n'a rien dit d'absurde pour
quiconque saisit le sens allégorique et profond de ses paroles; mais beaucoup de choses ne
peuvent être comprises sans la clef qu'en donne le spiritisme.
119
BIENHEUREUX CEUX QUI ONT LE COEUR PUR.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Laissez venir à moi les petits enfants.
18. Le Christ a dit: «Laissez venir à moi les petits enfants.» Ces paroles, profondes
dans leur simplicité, n'emportaient pas avec elles le simple appel des enfants, mais celui des
âmes qui gravitent dans les cercles inférieurs où le malheur ignore l'espérance. Jésus appelait à
lui l'enfance intellectuelle de la créature formée: les faibles, les esclaves, les vicieux ; il ne
pouvait rien enseigner à l'enfance physique, engagée dans la matière, soumise au joug de
l'instinct, et n'appartenant pas encore à l'ordre supérieur de la raison et de la volonté qui
s'exercent autour d'elle et pour elle.
Jésus voulait que les hommes vinssent à lui avec la confiance de ces petits êtres aux
pas chancelants, dont l'appel lui conquérait le coeur des femmes qui sont toutes mères; il
soumettait ainsi les âmes à sa tendre et mystérieuse autorité. Il fut le flambeau qui éclaire, les
ténèbres, le clairon matinal qui sonne le réveil: il fut l'initiateur du spiritisme qui doit à son
tour appeler à lui, non les petits enfants, mais les hommes de bonne volonté. L'action virile est
engagée; il ne s'agit plus de croire instinctivement et d'obéir machinalement, il faut que
l'homme suive la loi intelligentete qui lui révèle son universalité.
Mes bien-aimés, voici le temps où les erruers expliquées seront des vérités; nous vous
enseignerons le sens exact des paraboles, et nous vous montrerons la corrélation puissante qui
relie ce qui a été et ce qui est. Je vous dis en vérité: la manifestation spirite grandit
120
CHAPITRE VIII.
à l'horizon; et voici son envoyé qui va resplendir comme le soleil sur la cime des monts.
(JEAN l'Evangéliste. Paris, 1863.)
19. Laissez venir à moi les petits enfants, car je possède le lait qui fortifie les faibles.
Laissez venir à moi ceux qui, craintifs et débiles, ont besoin d'appui et de consolation. Laissez
venir à moi les ignorants pour que je les éclaire; laissez venir à moi tous ceux qui souffrent, la
multitude des affligés et des malheureux; je leur enseignerai le grand remède pour adoucir les
maux de la vie, je leur donnerai le secret de guérir leurs blessures! Quel est-il, mes amis; ce
baume souverain, possédant la vertu par excellence, ce baume qui s'applique sur toutes les
plaies du coeur et les ferme? C'est l'amour, c'est la charité! Si vous avez ce feu divin, que
craindrez-vous? Vous direz à tous les instants de votre vie: Mon père, que votre volonté soit
faite et non la mienne; s'il vous plaît de m'éprouver par la douleur et les tribulations, soyez
béni, car c'est pour mon bien, je le sais, que votre main s'appesantit sur moi. S'il vous convient,
Seigneur, d'avoir pitié de votre faible créature, si vous donnez à son coeur les joies permises,
soyez encore béni; mais faites que l'amour divin ne s'endorme pas dans son âme, et que sans
cesse elle fasse monter à vos pieds la voix de sa reconnaissance!...
Si vous avez l'amour, vous aurez tout ce qui est à désirer sur votre terre, vous
posséderez la perle par excellence que ni les événements, ni les méchancetés de ceux qui vous
haïssent et vous persécutent ne pourront vous ravir. Si vous avez l'amour, vous aurez placé
vos trésors là où les vers et la rouille ne peuvent les atteindre, et vous verrez s'effacer
insensiblement de
121
BIENHEUREUX CEUX QUI ONT LE COEUR PUR.
votre âme tout ce qui peut en souiller la pureté; vous sentirez le poids de la matière s'alléger
de jour en jour, et, pareil à l'oiseau qui plane dans les airs et ne se souvient plus de la terre,
vous monterez sans cesse, vous monterez toujours, jusqu'à ce que votre âme enivrée puisse
s'abreuver à son élément de vie dans le sein du Seigneur. (UN ESPRIT PROTECTEUR.
Bordeaux, 1861.)
Bienheureux ceux qui ont les yeux fermés.
20. Mes bons amis, vous m'avez appelé, pourquoi? Est-ce pour me faire imposer les
mains sur la pauvre souffrante qui est ici, et la guérir? Eh! quelle souffrance, bon Dieu! Elle a
perdu la vue, et les ténèbres se font pour elle. Pauvre enfant! qu'elle prie et qu'elle espère; je ne
sais point faire de miracles, moi, sans la volonté du bon Dieu. Toutes les guérisons que j'ai pu
obtenir, et qui vous ont été signalées, ne les attribuez qu'à celui qui est notre Père à tous. Dans
vos afflictions, regardez donc toujours le ciel, et dites du fond de votre coeur: “Mon Père,
guérissez-moi, mais faites que mon âme malade soit guérie avant les infirmités de mon corps;
que ma chair soit châtiée, s'il le faut, pour que mon âme s'élève vers vous avec la blancheur
qu'elle avait quand vous l'avez créée.” Après cette prière, mes bons amis, que le bon Dieu
entendra toujours, la force et le courage vous seront donnés, et peut-être aussi cette guérison
que vous n'aurez demandée que craintivement, en récompense de votre abnégation.
Mais puisque je suis ici, dans une assemblée où il
__________
1. Cette communication a été donnée à propos d'une personne aveugle, pour laquelle ou avait évoqué
l'Esprit de J. B. VIANNEY, curé d'Ars.
122
CHAPITRE VIII.
s'agit avant tout d'études, je vous dirai que ceux qui sout privés de la vue devraient se
considérer comme les bienheureux de l'expiation. Rappelez-vous que Christ a dit qu'il fallait
arracher votre oeil s'il était mauvais et qu'il valait mieux qu'il fût jeté au feu que d'être la cause
de votre damnation. Hélas! combien en est-il sur votre terre qui maudiront un jour dans les
ténèbres d'avoir vu la lumiere! Oh! oui, qu'ils sont heureux ceux-là qui, dans l'expiation, sont
frappés par la vue! leur oeil ne sera point un sujet de scandale et de chute; ils peuvent vivre
tout entiers de la vie des âmes; ils peuvent voir plus que vous qui voyez clair... Quand Dieu
me permet d'aller ouvrir la paupière à quelqu'un de ces pauvres souffrants et de lui rendre la
lumière, je me dis: Chère ame, pourquoi ne connais-tu point toutes les délices de l'Esprit qui
vit de contemplation et d'amour? , tu ne demanderais pas à voir des images moins pures et
moins suaves que celles qu'il t'est donné d'entrevoir dans ta cécité.
Oh! oui, bienheueux l'aveugle qui veut vivre avec Dieu; plus heureux que vous qui êtes
ici, il sent le bonheur, il le touche, il voit les âmes et peut s'élancer avec elles dans les sphères
spirites que les prédestinés de votre terre même ne voient point. L'oeil ouvert est toujours prêt
à faire faillir l'âme; l'oeil fermé, au contraire, est toujours prêt à la l'aire monter à Dieu.
Croyezmoi bien, mes bous et chers amis, l'aveuglement des yeux est souvent la véritable
lumière du coeur, tandis que la vue, c'est souvent l'ange ténébreux qui conduit à la mort.
Et maintenant quelques mots pour toi, ma pauvre souffrance: espère et prends
courage! si je te disais: Mou enfant, tes yeux vont s'ouvrir, comme tu serais
123
BIENHEUREUX CEUX QUI ONT LE COEUR PUR.
joyeuse ! et qui sait si cette joie ne te perdrait pas? Aie confiance dans le bon Dieu qui a fait le
bonheur et permis la tristesse! Je ferai tout ce qu'il me sera permis pour toi; mais, à ton tour,
prie, et surtout songe à tout ce que je viens de te dire.
Avant que je m'éloigne, vous tous qui êtes ici, recevez ma bénédiction. (VIANNEY,
curé d'Ars, Paris, 1863.)
21. Remarque. Lorsqu'une affliction n'est pas une suite des actes de la vie présente, if
faut en chercher la cause dans une vie antérieure. Ce que l’on appelle les caprices du sort, ne
sont autre chose que les effets de la justice de Dieu. Dieu n'inflige point de punitions
arbitraires; il veut qu'entre la faute et la peine, il y ait toujours corrélation. Si, dans sa bonté, il
a jeté un voile sur nos actes passés, il nous met cependant sur la voie, en disant: “Qui a tué par
l’épée, périra par l'épée;” paroles qui peuvent se traduire ainsi: “On est toujours puni par où
l’on a péché.” Si done quelqu’un est affligé par la perte de la vue, c’est que la vue a été pour
lui une cause de chute. Peut-être aussi a-t-il été cause de la perte de la vue chez un autre;
peut-être quelquún estil devenu aveugle par l'excès de travail qu'il lui a imposé, ou par suite de
mauvais traitements, de manque de soins, etc., et alors il subit la peine du talion. Luimême,
dans son repentir, a pu choisir cette expiation, s'appliquant cette parole de Jésus: “Si votre ceil
vous est un sujet de scandale, arrachez-le.”
124
CHAPITRE IX
BIENHEUREUX CEUX QUI SONT DOUX ET PACIFIQUES.
Injures et violences. - Instructions des Esprits: L’affabilité et la douceur. - La patience. Obéissance et resignation. - La colère.
Injures et violences.
1. Bienheureux ceux qui sont doux, parce qu'ils posséderont la terre. (Saint
Matthieu, ch. V, v. 4.)
2. Bienheureux les pacifiques, parce qu’ils seront appelés enfants de Dieu. (Id., v.
9.)
3. Vous avez appris qu'il a été dit aux Anciens : Vous ne tuerez point, et
quiconque tuera méritera d'être condamné par le jugement. - Mais moi je vous dis que
quiconque se mettra en colère contre son frère méntera d'être condamné par le
jugement; que celui qui dira à son frère: Racca, méritera d'être condamné par le
conseil; et que celui qui lui dira: Vous êtes fou, méritera d'être condamné au feu de
l'enfer.(Id., v. 21, 22.)
4. Par ces maximes, Jésus fait une loi de la douceur, de la modération, de la
mansuétude, de l'affabilité et de la patience; il condamne par conséquent la violence, la colère
et même toute expression désobligeante à l'égard de ses semblables. Racca était chez les
Hébreux un terme de mépris qui signifiait homme de rien, et se prononçait en crachant et en
détournant la tête. Il va même
125
BIENHEUREUX CEUX QUI SONT DOUX ET PACIFIQUES.
plus loin, puisqu'il menace du feu de l'enfer celui qui dira à son frère: Vous êtes fou.
Il est évident qu'ici, comme en toute circonstance, l'intention aggrave ou atténue la
faute; mais en quoi une simple parole peut-elle avoir assez de gravité pour mériter une
réprobation si sévère? C'est que toute parole offensante est l'expression d'un sentiment
contraire à la loi d'amour et de charité qui doit régler les rapports des hommes et maintenir
entre eux la concorde et l'union; que c'est une atteinte portée àla bienveillance réciproque et à
la fraternité; qu'elle entretient la haine et l'animosité; enlili qu'après l'humilité envers Dieu, la
charité envers le prochain est la première loi de tout chrétien.
5. Mais qu'entend Jésus par ces paroles: “Bienheureux ceux qui sorit doux, parce qu'ils
posséderont la terre,” lui qui dit de renoncer aux biens de ce monde et promet ceux du ciel?
En attendant les biens du ciel, l'homme a besoin de ceux de la terre pour vivre;
seulement il lui recommande de ne point attacher à ces derniers plus d'importance qu'aux
premiers.
Par ces paroles, il veut dire que, jusqu'à ce jour, les biens de la terre sont accaparés par
les violents au préjudice de ceux qui sont doux et pacitiques; que ceux-ci manquent souvent
du nécessaire, tandis que d'autres ont le superflu; il promet que justice leur sera rendue sur la
terre comme dans le ciel; parce qu'ils sont appelés les enfants de Dieu. Lorsque la loi d'amour
et de charité sera la loi de l'humanité, il n'y aura plus d'égoïsme; le faible et le pacifique ne
seront plus exploités ni écrases par le fort et le violent. Tel sera l'état de la terre
126
CHAPITRE IX.
lorsque, selon la loi du progrès et la promesse de Jésus, elle sera devenue un monde heureux
par l'expulsion des méchants.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
L'affabilité et la deuceur
6. La bienveillance pour ses semblables, fruit de l'amour du prochain produit l'affabilité
et la douceur qui en sont la manifestation. Cependant il ne faut pas toujours se fier aux
apparences; l'éducation et l'usage du monde peuvent donner le vernis de ces qualités. Combien
en est-il dont la feinte bonhomie n'est qu'un masque pour l'extérieur, un habit dont la coupe
calculée dissimule les difformités cachées! Le monde est plein de ces gens qui ont le sourire
sur les lèvres et le venin dans le coeur; qui sont doux pourvu que rien ne ne les froisse mais
qui mordent à la moindre contrariété; dont la langue dorée, quand ils parlent en face, se
change en dard empoisonné quand ils sont par derrière.
A cette classe appartiennent encore ces hommes, aux dehors benins, qui, chez eux,
tyrans domestiques, font souffrir à leur famille et à leurs subordonnés le poids de leur orgueil
et de leur despotisme, ils sembleut vouloir se dédommager de la contrainte qu'ils se sont
imposée ailleurs; n'osant faire acte d'autorité sur des étrangers qui les remettraient à leur place,
ils veulent au moins se faire craindre de ceux qui ne peuvettt leur résister; leur vanité jouit de
pouvoir dire: «Ici je commande et je suis obéi;» sans songer qu'ils pourraient ajouter avec plus
de raison: “Et je suis détesté.”
Il ne suffit pas que des lèvres découlent le lait et le
127
BIENHEUREUX CEUX QUI SONT DOUX ET PACIFIQUES.
miel; si le coeur n'y est pour rien, c'est de l'hypocrisie. Celui dont l'affabilité et la douceur ne
sont pas feintes, ne se dément jamais; il est le même devant le monde et dans l'intimité; il sait
d'ailleurs que si l'on trompe les hommes par des apparences, on ne trompe pas Dieu.
(LAZARE. Paris. 1864.)
La patience.
7. La douler est une bénédiction que Dieu envoie à ses élus; ne vous affligez donc pas
quand vous souffrez, mais bénissez au contraire le Dieu tout-puissant qui vous a marqués par
la douleur ici-bas pour la gloire dans le ciel.
Soyes patients; c'est une charité aussi que la patience, et vous devez pratiquer la loi de
charité enseignée par le Christ, envoyé de Dieu. La charité qui consiste dans l'aumône donnée
aux pauvres est la plus facile des charités; mais il en est une bien plus pénible et
conséquemment bien plus méritoire, c'est de pardonner à ceux que Dieu a placés sur notre
route pour être les instruments de nos souffrances et mettre notre patience à l'épreuve.
La vie est difficile, je le sais; elle se compose de mille riens qui sont de coups d'épingle
et finissent par blesser; mais il faut regarder aux devoirs qui nous sont imposés, aux
consolations et aux compensations que nous avons d'un autre côté, et alors nous verrons que
les bénédictions sont plus nombreuses que les douleurs. Le fardeau semble moins lourd quand
on regarder en haut que lorsqu'on courbe son front vers la terre.
Courage, amis, le Christ est votre modèle; il a plus souffert qu' aucun de vous, et il n'avait rien
à se reprocher, tandis que vous, vous avez à expier votre passé
128
CHAPITRE IX.
et à vous fortifier pour l'avenir. Soyez donc patients; soyez chrétiens ce mot renferme tout.
(UN ESPRIT AMI. Le Havre, 1862.)
Obéissance et résignation.
8. La doctrine de Jésus enseigne partout l'obéissance et la résignation, deux vertus
compagnes de la douceur, très militantes quoique les hommes les confondent à tort avec la
négation du sentiment et de la volonté. L'obéissance est le consentement de la raison; la
résignation est le consentement du coeur; toutes deux sont des forces actives, car elles portent
le fardeau des épreuves que la révolte insensée laisse retomber. Le lâche ne peut être résigné,
pas plus que l'orgueilleux et l'égoïste ne peuvent être obéissants. Jésus a été l'incarnation de
ces vertus méprisées par la matérielle antiquité. Il vint au moment où la société romaine
périssait dans les défaillances de la corruption; il vint faire luire, au sein de l'humanité affaissée,
les triomphes du sacrifice et du renoncement charnel.
Chaque époque est ainsi marquée au coin de la vertu ou du vice qui doit la sauver ou la
perdre. La vertu de votre génération est l'activité intellectuelle; son vice est l'indifférence
morale. Je dis seulement activité, car le génie s'élève tout à coup et découvre à un seul les
horizons que la multitude ne verra qu'après lui, tandis que l'activité est la réunion des efforts
de tous pour atteindre un but moins éclatant, mais qui prouve l'élévation intellectuelle d'une
époque. Soumettez-vous à l'impulsion que nous venons donner à vos esprits; obéissez à la
grande loi du progrès qui est le mot de votre génération. Malheur à l'esprit paresseux, à celui
129
BIENHEUREUX CEUX QUI SONT DOUX ET PACIFIQUES.
qui bouche son entendement! Malheur! car nous qui sommes les guides de l'humanité en
marche, nous le frapperons du fouet, et forcerons sa volonté rebelle dans le double effort du
frein et de l'éperon; toute résistance orgueilleuse devra céder tôt ou tard; mais bienheureux
ceux qui sont doux, car ils prêteront une oreille docile aux enseignements. (LAZARE. Paris,
1863.)
La colère.
9. L'orgueil vous porte à vous croire plus que vous n'êtes; à ne pouvoir souffrir une
comparaison qui puisse vous rabaisser; à vous voir, au contraire, tellement audessus de vos
frères, soit comme esprit, soit comme position sociale, soit même comme avantages
personnels, que le moindre parallèle vous irrite et vous froisse; et qu'advient-il alors? c'est que
vous vous livrez à la colère.
Cherchez l'origine de ces accès de démence passagère qui vous assimilent à la brute en
vous faisant perdre le sang-froid et la raison; cherchez, et vous trouverez presque toujours
pour base l'orgueil froissé. N'est-ce pas l'orgueil froissé par une contradiction qui vous fait
rejeter les observations justes, qui vous fait repousser avec colère les plus sages conseils? Les
impatiences même que causent des contrariétés souvent puériles, tiennent à l'importance que
l'on attache à sa personnalité devant laquelle on croit que tout doit plier.
Dans sa frénésie, l'homme colère s'en prend à tout, à la nature brute, aux objets
inanimés qu'il brise, parce qu'ils ne lui obéissent pas. Ah! si dans ces moments-là il pouvait se
voir de sang-froid, il aurait peur de lui, ou se trouverait bien ridicule! Qu'il juge par là de l'im-
130
CHAPITRE IX.
pression qu il doit produire sur les autres. Quand ce ne serait que par respect pour lui-même, il
devrait s'efforcer de vaincre un penchant qui fait de lui un objet de pitié.
S'il songeait que la colère ne remédie à rieti~ qu'elle altère sa santé, compromet même
sa vie, il verrait qu'il en est la première victime; mais une autre considération devrait surtout
l'arrêter, c'est la pensée qu'il rend malheureux tous ceux qui l'entourent; s'il a du coeur, n'estce
pas un remords pour lui de faire souffrir les êtres qu'il aime le plus? Et quel regret mortel si,
dans un accès d'emportement, il commettait un acte qu'il eût à se reprocher toute sa vie!
En somme, la colère n'exclut pas certaines qualitès du coeur; mais elle empêche de
faire beaucoup de bien, et peut faire faire beaucoup de mal; cela doit suffire pour exciter à
faire des efforts pour la dominer. Le spirite est en outre sollicité par un autre motif, c'est
qu'elle est contraire à la charité et à l'humilité chrétiennes. (UN ESPRIT PROTECTEUR.
Bordeaux, 1863.)
10. D'après l'idée très fausse qu'on ne peut pas réformer sa propre nature, l'homme se
croit dispensé de faire des efforts pour se corriger des défauts dans lesquels il se complaît
volontiers, ou qui exigeraient trop de persévérance; c'est ainsi, par exemple, que l'homme
enclin à la colère s'excuse presque toujours sur son tempérament; plutôt que de s'avouer
coupable, il rejette fa faute sur son organisation, accusant ainsi Dieu de ses propres méfaits.
C'est encore une suite de l'orgueil que l'on trouve mêlé à toutes ses imperfections.
Sans contredit, il est des tempéraments qui se prêtent plus que d'autres aux actes
violents, comme il est des
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BIENHEUREUX CEUX QUI SONT DOUX ET PACIFIQUES.
muscles plus souples qui se prêtent mieux aux tours de force; mais ne croyez pas que là soit la
cause première de la colère, et soyez persuadés qu'un Esprit pacifique, fût-il dans un corps
bilieux, sera toujours pacifique; et qu'un Esprit violent, dans un corps lymphatique, n'en sera
pas plus doux; seulement, la violence prendra un autre caractère; n'ayant pas un organisme
propre à seconder sa violence, la colère sera concentrée, et dans l'autre cas elle sera expansive.
Le corps ne donne pas plus la colère à celui qui ne l'a pas, qu'il ne donne les autres
vices; toutes les vertus et tous les vices sont inhérents à l'Esprit; sans cela où serait le mérite et
la responsabilité? L'homme qui est contrefait ne peut se rendre droit parce que l'Esprit n'y est
pour rien, mais il peut modifier ce qui est de l'Esprit quand il en a la ferme volonté.
L'expérience ne vous prouve-t-elle pas, spirites, jusqu'où peut aller la puissauce de la volonté,
par les transformations vraiment miraculeuses que vous voyez s'opérer? Dites-vous donc que
l'homme ne reste vicieux que parce qu'il veut rester vicieux; mais que celui qui veut se
corriger le peut toujours, autrement la loi du progrès n'existerait pas pour l'homme.
(HAHNEMANN. Paris, 1863.)
132
CHAPITRE X
BIENHEUREUX CEUX QUI SONT MISÉRICORDIEUX.
Pardonnez pour que Dieu vous pardonne. - S'accorder avec ses adversaires. Le sacrifice le
plus agréable à Dieu. - La paille et la poutre dans l'oeil. - Ne jugez pas afin que vous ne soyez
pas jugés. Que celui qui est sans péché lui jette la première pierre. - Instructions des Esprits:
Pardon des offenses. - L'indulgence. - Est-il permis de reprendre les autres; d'observer les
imperfectons d'autrui; de divulguer le mal d'autrui?
Pardonnez pour que Dieu vous pardonne.
1. Bienheureux ceux qui sont miséricordieux, parce qu'ils obtiendront euxmêmes miséricorde. (Saint Matthieu, ch. V, v. 7.)
2. Si vous pardonnez aux hommes les fautes qu'ils font contre vous, votre Père
céleste vous pardonnera aussi vos péchés; mais si vous ne pardonnez point aux
hommes lorsqu'ils vous ont offensés, votre Père ne vous pardonnera point non plus vos
péchés. (Id., ch. VI, v. 14, 15.)
3. Si votre frère a péché contre vous, allez lui représenter sa faute en particulier,
entre vous et lui; s'il vous écoute, vous aurez gagné votre frère. - Alors Pierre
s'approchant lui dit: Seigneur, combien de fois pardonnerai-je à mon frère lorsqu'il
aura péché contre moi? Sera-ce jusqu'à sept fois? - Jésus lui répondit: Je ne vous dis
pas jusqu'à sept fois, mais jusqu'à septante fois sept fois. (Id., ch. XVIII, v. 15, 21, 22.)
4. La miséricorde est le complément de la douceur; car celui qui n'est pas
miséricordieux ne saurait être
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BIENHEUREUX CEUX QUI SONT MISÉRICORDIEUX.
doux et pacifique; elle consiste dans l'oubli et le pardon des offenses. La haine et la rancune
dénotent une âme sans élévation ni grandeur; l'oubli des offenses est le propre de l'âme élevée
qui est au-dessus des atteintesqu'on peut lui porter; lune est toujours anxieuse, d'une
susceptibilité ombrageuse et pleine de fiel; l'autre est calme, pleine de mansuétude et de
charité.
Malheur à celui qui dit: Je ne pardonnerai jamais, car s'il n'est pas condamné par les
hommes, il le sera certainement par Dieu; de quel droit réclamerait-il le pardon de ses propres
fautes si lui-même ne pardonne pas celles des autres? Jésus nous enseigne que la miséricorde
ne doit pas avoir de limites, quand il dit de pardonner à son frère, non pas sept fois, mais
septante fois sept fois.
Mais il y a deux manières bien différentes de pardonner l'une grande, noble, vraiment
généreuse, sans arrière-pensée, qui ménage avec délicatesse l'amour-propre et la susceptibilité
de l'adversaire, ce dernier eût-il même tous les torts; la seconde par laquelle l'offensé, ou celui
qui croit l'être, impose à l'autre des conditions humiliantes, et fait sentir le poids d'un pardon
qui irrite au lieu de calmer; s'il tend la main, ce n'est pas avec bienveillance, mais avec
ostentation afin de pouvoir dire à tout le monde : Voyez combien je suis généreux! Dans de
telles circonstances, il est impossible que la réconciliation soit sincère de part et d'autre. Non,
ce n'est pas là de la générosité, c'est une manière de satisfaire l'orgueil. Dans toute
contestation, celui qui se montre le plus conciliant, qui prouve le plus de désintéressement, de
charité et de véritable grandeur d'âme se conciliera toujours la sympathie des gens impartiaux.
134
CHAPITRE X.
S'accorder avec ses adversaires.
5. Accordez-vous au plus tôt avec votre adversaire pendant que vous êtes en
chemin avec lui, de peur que votre adversaire ne vous livre au juge, et que le juge ne
vous livre au ministre de la justice, et que vous ne soyez mis en prison. Je vous dis, en
vérité , que vous ne sortirez point de là que vous n'ayez payé jusqu'à la dernière obole.
(Saint Matthieu, ch. V, v. 25, 26.)
6. Il y a dans la pratique du pardon, et dans celle du bien en général, plus qu'un effet
moral, il y a aussi un effet matériel. La mort, on le sait, ne nous délivre pas de nos ennemis; les
Esprits vindicatifs pouisuivent souvent de leur haine, au delà de la tombe, ceux contre lesquels
ils ont conservé de la rancune; c'est pourquoi le proverbe qui dit: “Morte la bête, mort le
venin,” est faux quand on l'applique à l'homme. L'Esprit mauvais attend que celui à qui il veut
du mal soit enchaîné à son corps et moins libre, pour le tourmenter plus facilement, l'atteindre
dans ses intérêts ou dans ses affections les plus chères. Il faut voir datis ce fait la cause de la
plupart des cas d'obsession, de ceux surtout qui présentent une certaine gravité, comme la
subjugation et la possession. L'obsédé et le possédé sont donc presque toujours victimes d'une
vengeance antérieure, à laquelle ils ont probablement donné lieu par leur conduite. Dieu le
permet pour les punir du mal qu'ils ont fait eux-mêmes, ou, s'ils n'en ont pas fait, pour avoir
manqué d'indulgence et de charité en ne pardonnant pas. Il importe donc, au point de vue de
sa tranquillité future, de réparer au plus tôt les torts que l'on a eus envers son prochain, de
pardonner à ses
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BIENHEUREUX CEUX QUI SONT MISÉRICORDIEUX.
ennemis, afin d'éteindre, avant de mourir, tout sujet de dissensions, toute cause fondée
d'animosité ultérieure; par ce moyen, d'un ennemi acharné en ce monde, on peut se faire un
ami dans l'autre; tout au moins on met le bon droit de son côté, et Dieu ne laisse pas celui qui
a pardonné en butte à la vengeance. Quand Jésus recommande de s'arranger au plus tôt avec
son adversaire, ce n'est pas seulement en vue d'apaiser les discordes pendant l'existence
actuelle, mais d'éviter q'elles ne se perpétuent dans les existences futures. Vous ne sortirez
point de là, dit-il, que vous n'ayez payé jusqu'à la dernière obole, c'est-à-dire satisfait
complétement à la justice de Dieu.
Le sacrifice le plus agréable à Dieu.
7. Si donc, lorsque vous présentez votre offrande à l'autel, vous vous souvenez
que votre frère a quelque chose contre vous, - laissez là votre don au pied de l'autel, et
allez vous réconcilier auparavant avec votre frère, et puis vous reviendrez offrir votre
don. (Saint Matthieu, ch. V, v. 23, 24.)
8. Lorsque Jésus dit: “Allez vous réconcilier avec votre frère avant de présenter votre
offrande à l'autel,” il enseigne que le sacrifice le plus agréable au Seigueur est celui de son
propre ressentiment; qu'avant de se présenter à lui pour être pardonné, il faut avoir soimême
pardonné, et que si l'on a un tort envers un de ses frères, il faut l'avoir réparé; alors seulement
l'offrande sera agréée, parce qu'elle viendra d'un coeur pur de toute mauvaise pensée. Il
matérialise ce précepte, parce que les Juifs offraient des sacrifices matériels; il devait
conformer ses paroles à leurs usages. Le chrétien n'offre pas de dons matériels; il a spiritualisé
le sacri-
136
CHAPITRE X.
fice, mais le précepte n'en a que plus de force, il offre son âme à Dieu, et cette âme doit être
purifiée; en entrant dans le temple du Seigneur, il doit laisser en dehors tout sentiment de
haine et d'animosité, tonte manvaise pensée contre son frère; alors seulement sa prière sera
portée par les anges aux pieds de l'Éternel. Voilà ce qu'enseigne Jésus par ces paroles: Laissez
votre offrande au pied de l'autel, et allez d'abord vous réconcilier avec votre frère, si vous
voulez être agréable au Seigneur.
La paille et la poutre dans l'oeil.
9. Pourquoi voyez-vous une paille dans l'oeil de votre frère, vous qui ne voyez pas
une poutre dans votre oeil? - Ou comment dites-vous à votre frère: Laissez-moi tirer une
paille de votre oeil, vous qui avez une poutre dans le vôtre? - Hypocrites, ôtez
premièrement la poutre de votre oeil, et alors vous verrez comment vous pourrez tirer la
paille de l'oeil de votre frère. (Saint Matthieu, ch. VII, v. 3, 4, 5.)
10. Un des travers de l'humanité, c'est de voir le mal d'autrui avant de voir celui qui est
en nous. Pour se juger soi-même, il faudrait pouvoir se regarder dans un miroir, se transporter
en quelque sorte en dehors de soi, et se considérer comme une autre personne, en se
demandant: Que penserais-je si je voyais quelqu'un faire ce que je fais? C'est
incontestablement l'orgueil qui porte l'homme à se dissimuler ses propres défauts, au moral
comme au physique. Ce travers est essentiellement contraire à la charité, car la vraie charité
est modeste, simple et indulgente; la charité orgueilleuse est un non-sens, puisque ces deux
sentiments se neutralisent l'un l'autre. Comment, en effet, un homme assez vain pour croire à
l'importance de sa personnalité
137
BIENHEUREUX CEUX QUI SONT MISÉRICORDIEUX.
et à la suprématie de ses qualités, peut-il avoir en même temps assez d'abnégation pour faire
ressortir, dans autrui, le bien qui pourrait l'éclipser, au lieu du mal qui pourrait le rehausser? Si
l'orgueil est le père de beaucoup de vices, il est aussi la négation de beaucoup de vertus; on le
retrouve au fond et comme mobile de presque toutes les actions. C'est pourquoi Jésus s'est
attaché à le combattre comme le principal obstacle au progrès.
Ne jugez pas afin que vous ne soyez pas jugés. Que celui qui est sans
péché lui jette la première pierre.
11. Ne jugez point, afin que vous ne soyez point jugés; - car vous serez jugés
selon que vous aurez jugé les autres; et on se servira envers vous de la même mesure
dont vous vous serez servis envers eux. (Saint Matthieu, ch. VII, v. 1, 2.)
12. Alors les Scribes et les Pharisiens lui amenèrent une femme qui avait été
surprise en adultère, et la faisant tenir debout au milieu du peuple, - ils dirent à Jésus:
Maître, cette femme vient d'être surprise en adultère; or, Moïse nous ordonne dans la
loi de lapider les adultères. Quel est donc sur cela votre sentiment? - Ils disaient ceci en
le tentant, afin d'avoir de quoi l'accuser. Mais Jésus, se baissant, écrivit avec son doigt
sur la terre. - Comme ils continuaient à l'interroger, il se leva, et leur dit: Que celui
d'entre vous qui est sans péché lui jette la première pierre. - Puis se baissant de nouveau,
il continua à écrire sur la terre. - Mais pour eux, l'ayant entendu parler de la sorte, ils se
retirèrent l'un après l'autre, les vieillards sortant les premiers; et ainsi Jésus demeura
seul avec la femme, qui était au milieu de la place.
Alors Jésus, se relevant, lui dit: Femme, où sont vos accusateurs? Personne ne
vous a-t-il condamnée? - Elle lui dit: Non, Seigneur. Jésus lui répondit: Je ne vous
condamnerai pas
138
CHAPITRE X.
non plus. Allez-vous-en, et à l'avenir ne péchez plus. (Saint Jean, ch. VIII, v. de 3 à 11.)
13. “Que celui qui est sans péché lui jette la première pierre,” a dit Jésus. Cette
maxime nous fait un devoir de l'indulgence, parce q'uil n'est personne qui n'en ait besoin pour
son propre compte. Elle nous apprend que nous devons pas juger les autres plus sévèrement
que nous jugeons nous-mêmes, ni condamner en autri ce que nous excusons en nous. Avant
de reprocher une faute à quelqu'un, voyons si le même blâme ne peut retomber sur nous.
Le blâme jeté sur la conduite d'autri peut avoir deux mobiles: réprimer le mal, ou
discréditer la personne dont on critique les actes; ce dernier motif n'a jamais d'excuse, car c'est
de la médisance et de la méchanceté. Le premier peut être louable, et devient même un devoir
dans certains cas, puisqu'il en doit resulter un bien, et que sans cela le mal ne serait jamais
réprimé dans la société; l'homme, d'ailleurs, ne doit-il pas aider au progrès de son semblable? Il
ne faudrait donc pas prendre dans le sens absolu ce principe: “Ne jugez pas, si vous ne voulez
pas être jugé”, car la lettre tue, et l'esprit vivifie.
Jésus ne pouvait défendre de blâmer ce qui est mal, puisque lui-même nous en a donné
l'exemple, et l'a fait en termes énergiques; mais il a voulu dire que l'autorité du blâme est en
raison de l'autorité morale de celui qui le prononce; se rendre coupable de ce que l'on
condamne en autri, c'est abdiquer cette autorité; c'est de plus s'enlever le droit de répression.
La conscience intime, du reste, refuse tout respect et toute soumission volontaire à celui qui,
étant investi d'un pouvoir quel-
139
BIENHEUREUX CEUX QUI SONT MISÉRICORDIEUX.
conque, viole les lois et les principes qu'il est chargé d'appliquer. Il n'y a d'autorité légitime
aux yeux de Dieu, que celle qui s'appuie sur l'exemple qu'elle donne du bien; c'est ce qui
ressort également des paroles de Jésus.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Pardon des offenses.
14. Combien de fois pardonnerai-je à mon frère? Vous lui pardonnerez non pas sept
fois, mais septante fois. Voilà une de ces paroles de Jésus qui doivent frapper le plus votre
intelligence et parles le plus haut à votre coeur. Rapprochez ces paroles de miséricorde de
l'oraison si simple, si résumée et si grande dans ses aspirations que Jésus donne à ses disciples,
et vous trouverez toujours la même pensée. Jésus, le juste par excellence, répond à Pierre: Tu
pardonneras, mais sans limites; tu pardonneras chaque offense aussi souvent que l'offense te
sera faite; tu enseigneras à tes frères cet oubli de soi-même qui rend invulnérable contre
l'attaque, les mauvais procedés et les injures; tu seras doux et humble de coeur, ne mesurant
jamais ta mansuétude; tu feras enfin ce que tu désires que le Père céleste fasse pour toi; n'a-t-il
pas à te pardonner souvent, et compte-t-il le nombre de fois que son pardon descend effacer
tes fautes?
Écooutez donc cette réponse de Jésus, et, comme Pierre, appliquez-la à vous~mêmes;
pardonnez, usez d'indulgence, soyez charitables, généreux, prodigues même de votre amour.
Donnez, car le Seigueur vous rendra; pardonnez, car le Seigneur vous pardon-
140
CHAPITRE X.
nera; abaissez-vous, car le Seigneur vous relèvera; humiliez-vous , car le Seigneur vous fera
asseoir à sa droite.
Allez, mes bien-aimés, étudiez et commentez ces paroles que je vous adresse de la part
de Celui qui, du haut des splendeurs célestes, regarde toujours vers vous, et continue avec
amour la tâche ingrate qu'il a commencée il y a dix-huit siècles. Pardonnez donc à vos frères
comme vous avez besoin qu'on vous pardonne à vous-mêmes Si leurs actes vous ont été
personnellement préjudiciables, c'est un motif de plus pour être indulgents, car le mérite du
pardon est proportionné à la gravité du mal; il n'y en aurait aucun à passer sur les torts de vos
frères, s'ils ne vous avaient fait que des blessures légères.
Spirites, n'oubliez jamais qu'en paroles, comme en actions, le pardon des injures ne doit
pas être un vain mot. Si vous vous dites spirites, soyez-le donc; oubliez le mal qu'on a pu vous
faire, et ne pensez qu'à une chose: le bien que vous pouvez rendre. Celui qui est entré dans
cette voie ne s'en doit point écarter même par la pensée, car vous êtes responsables de vos
pensées que Dieu connaît. Faites donc qu'elles soient dépouillées de tout sentiment de
rancune; Dieu sait ce qui demeure au fond du coeur de chacun. Heureux donc celui qui peut
chaque soir s'endormir en disant: Je n'ai rien contre mon prochain. (SIMÉON. Bordeaux,
1862.)
15. Pardonner à ses ennemis, c'est demander pardon pour soi-même; pardonner à ses
amis, c'est leur donner une preuve d'amitié; pardonner les offenses, c'est montrer qu'on devient
meilleur. Pardonnez donc, mes amis, afin que Dieu vous pardonne, car si vous êtes durs,
141
BIENHEUREUX CEUX QUI SONT MISÉRICORDIEUX.
exigeants, inflexibles, si vous tenez rigueur même pour une légère offense, comment voulezvous que Dieu oublie que chaque jour vous avez le plus grand besoin d'indulgence? Oh!
malheur à celui qui dit: “Je ne pardonnerai jamais,” car il prononce sa propre condamnation.
Qui sait, d'ailleurs, si, en descendant en vous-même, vous n'avez pas été l'agresseur? Qui sait
si, dans cette lutte qui commence par un coup d'épingle et finit par une rupture, vous n'avez
pas commencé à porter le premier coup? si une parole blessante ne vous est pas échappée? si
vous avez usé de toute la modération nécessaire? Sans doute votre adversaire a tort de se
montrer trop susceptible, mais c'est une raison pour vous d'être indulgent et de ne pas mériter
le reproche que vous lui adressez. Admettons que vous ayez été réellement l'offensé dans une
circonstance, qui dit que vous n'avez pas envenimé la chose par des représailles, et que vous
n'avez pas fait dégénérer en querelle sérieuse ce qui aurait pu facilement tomber dans l'oubli?
S'il dépendait de vous d'en empêcher les suites, et si vous ne l'avez pas fait, vous êtes
coupable. Admettons enfin que vous n'ayez absolument aucun reproche à vous faire, vous n'en
aurez que plus de mérite à vous montrer clément.
Mais il y a deux manières bien différentes de pardonner: il y a le pardon des lèvres et le
pardon du coeur. Bien des gens disent de leur adversaire: “Je lui pardonne,” tandis
qu'intérieurement ils éprouvent un secret plaisir du mal qui lui arrive, disant en eux-mêmes
qu'il n'a que ce qu'il mérite. Combien disent: “Je pardonne” et qui ajoutent: “mais je ne me
réconcilierai jamais; je ne le reverrai de ma vie.” Est-ce là le pardon selon l'Évangile? Non; le
véritable par-
142
CHAPITRE X.
don, le pardon chrétien, est celui qui jette un voile sur le passé; c'est le seul dont il vous sera
tenu compte, car Dieu ne se contente pas de l'apparence: il sonde le fond des coeurs et les
plus secrètes pensées; on ne lui en impose pas par des paroles et de vains simulacres. L'oubli
complet et absolu des offenses est le propre des grandes âmes; la rancue est toujours un signe
d'abaissement et d'infériorité. N'oubliez paz que le vrai pardon se reconnaît aux actes bien
plus qu'aux paroles. (PAUL apôtre. Lyon, 1861.)
L' indulgence.
16. Spirites, nous voulons vous parler aujourd'hui de l'indulgence, ce sentiment si
doux, si fraternel que tout homme doit avoir pour ses frères, mais dont bien peu font usage.
L'indulgence ne voit point les défauts d'autrui, ou si elle les voit, elle se garde d'en parler, des
les colporter; elle les cache au contraire, afin qu'ils ne soient connus que d'elle seule, et si la
malveillance les découvre, elle a toujours une excuse prête pour les pallier, c'est-à-dire une
excuse plausible, sérieuse, et rien de celles qui ayant l'air d'atténuer la faute la font ressortir
avec une perfide adresse.
L'indulgence ne s'occupe jamais des actes mauvais d'autrui, à mois que ce ne soit pour
rendre un service, encore a-t-elle soin de les atténeur autant que possible. Elle ne fait point
d'observation chocante, n'a point de reproches aux lèvres, mais seulement des conseils, le plus
souvent voilés. Quand vous jetez la critique, quelle conséquence doint-on tirer de vos paroles?
c'est que vous, qui blâmez, n'auriez pas fait ce que vous re-
143
BIENHEUREUX CEUX QUI SONT MISÉRICORDIEUX.
prochez, c'est que vous valez mieux que le coupable. O hommes! quand donc jugerez-vous
vos propes coeurs, vos propes pensées, vos propes actes, sans vous occuper de ce que font
vos frères? Quand n'ouvrirez-vous vos yeux sévères que sur vous-mêmes?
Soyes donc séveres envers vous, indulgents envers les autres. Songez à celui qui juge
en dernier ressort, qui voit les secrètes pensées de chaque coeur, et qui, par conséquent,
excuse souvent les fautes que vous blâmez, ou condamne ce que vous excusez, parce qu'il
connaît le mobile de tous les actes, et que vous, qui criez si haut: anathème! auriez peut-être
commis des fautes plus graves.
Soyes indulgents, mes amis, car l'indulgence attire, calme, redresse, tandis que la
rigueur décourage, éloigne et irrite. (JOSEPH, Esp. protect. Bordeuax, 1863.)
17. Soyes indulgents pour les fautes d'autrui, quelles qu'elles soient; ne jugez avec
sévérité que vos propes actions, et le Seigneur usera d'indulgence envers vous, comme vous
en aurez usé envers les autres.
Soutenez les forts: encouragez-les à la persévérance; fortifiez les faibles en leur
montrant la bonté de Dieu qui compte le moindre repentir; montrez à tous l'ange de la
repentance étendant son aile blanche sur les fautes des humains, et les voilant ainsi aux yeux
de celui qui ne peut voir ce qui est impur. Comprenez tous la miséricorde infinie de votre
Père, et n'oubliez jamais de lui dire par votre pensée et surtout par vos actes: “Pardonnez-nous
nos offenses, comme nous pardonnons à ceux qui nous ont offensés.” Comprenez bien la
valeur de ce sublimes paroles; la lettre n'en est pas seule admirable, mais aussi l'enseignement
qu'elle renferme.
144
CHAPITRE X.
Que demandez-vous au Seigneur en lui demandant votre pardon? Est-ce seulement
l'oubli de vos offenses? oubli qui vous laisse dans le néant, car si Dieu se contente d'oublier
vos fautes, il ne punit pas, mais non plus il ne récompense pas. La récompense ne peut être le
prix du bien que l'on n'a pas fait, et encore moins du mal que l'on a fait, ce mal fût-il oublié?
Eti lui demandant pardon de vos transgressions, vous lui demandez la faveur de ses grâces
pour n'y plus retomber; la force nécessaire pour entrer dans une voie nouvelle, voie de
soumission et d'amour dans laquelle vous pourrez ajouter la réparation au repentir.
Quand vous pardonnez à vos frères, ne vous contentez pas d'étendre le voile de l'oubli
sur leurs fautes; ce voile est souvent bien transparent à vos yeux; apportez-leur l'amour en
même temps que le pardon; faites pour eux ce que vous demanderez à votre Père céleste de
faire pour vous. Remplacez la colère qui souille par l'amour qui purifie. Prêchez d'exemple
cette charité active, infatigable, que Jésus vous a enseignée; prêchez-la comme il le fit luimême tout le temps qu'il vécut sur la terre visible aux yeux du corps, et comme il la prêche
encore sans cesse depuis qu'il n'est plus visible qu'aux yeux de l'esprit. Suivez ce divin modèle;
marchez sur ses traces: elles vous conduiront au lieu de refuge où vous trouverez le repos
après la lutte. Comme lui, chargez-vous tous de votre croix, et glavissez péniblement, mais
courageusement votre calvaire: au sommet est la glorification. (JEAN, év. de Bordeaux,
1862.)
18. Chers amis, soyez sévères pour vous-mêmes, indulgents pour les faiblesses des
autres; c'est encore une pratique de la sainte charité que bien peu de personnes
145
BIENHEUREUX CEUX QUI SONT MISÉRICORDIEUX
observent. Tous vous avez de mauvais penchants à vaincre, des défauts à corriger, des
habitudes à modifier; tous vous avez un fardeau plus ou moins lourd à déposer pour gravir le
sommet de la montagne du progrès. Pourquoi donc être si clairvoyants pour le prochain et si
aveugles pour vous-mêmes? Quand donc cesserez-vous d'apercevoir dans l'oeil de votre frère
le fétu de paille qui le blesse, sans regarder dans le vôtre la poutre qui vous aveugle et vous
fait marcher de chute en chute? Croyez-en vos frères les Esprits: Tout homme assez
orgueilleux pour se croire supérieur en vertu et en mérite à ses frères incarnés est insensé et
coupable, et Dieu le châtiera au jour de sa justice. Le véritable caractère de la charité est la
modestie et l'humilité qui consistent à ne voir que superficiellement les défauts d'autrui pour
s'attacher à faire valoir ce qu'il y en a lui de bon et de vertueux; car si le coeur humain est un
abîme de corruption, il existe toujours dans quelquesuns de ses replis les plus cachés le germe
de quellques bons sentiments, étincelle vivace de l'essence spirituelle.
Spiritisme, doctrine consolante et bénie, heureux ceux qui te connaissent et qui mettent
à profit les salutaires enseignements des Esprits du Seigneur! Pour eux, la voie est éclairée, et
tout le long de la route ils peuvent lire ces mots qui leur indiquent le moyen d'arriver au but:
charité pratique, charité de coeur, charité pour le prochain comme pour soi-même; en un mot,
charité pour tous et amour de Dieu par-dessus toute chose, parce que l'amour de Dieu résume
tous les devoirs, et qu'il est impossible d'aimer réellemeut Dieu sans pratiquer la charité dont il
fait une loi à toutes ses créatures (DUFÊTRE, évêque de Nevers. Bordeaux.)
146
CHAPITRE X.
19. Personne n'étant parfait, s'ensuit-il que personne n'a le droit de reprendre son
voisin?
Assurément non, puisque chacun de vous doit travailler au progrès de tous, et surtout
de ceux dont la tutelle vous est confiée; mais c'est une raison de le faire avec modération, dans
un but utile, et, non, comme on le fait la plupart du temps, pour le plaisir de déni-grer. Dans ce
dernier cas, le blâme est une méchanceté; dans le premier, c'est un devoir que la charité
comande d'accomplir avec tous les ménagements possibles; et encore le blâme qu'ou jette sur
autrui, doit-on en même temps se l'adresser à soi-même et se demander si on ne le mérite pas.
(SAINT LOUIS. Paris, 1860.)
20. Est-on répréhensible d'observer les imperfections des autres, lorsqu'il n'en peut
résulter aucun profit pour eux, et alors qu'on ne les divulgue pas?
Tout dépend de l'intention; certainement il n'est pas défendu de voir le mal, quand le
mal existe; il y aurait même de l'inconvénient à ne voir partout que le bien: cette illusion nuirait
au progrès. Le tort est de faire tourner cette observation au détriment du prochain, en le
décriant sans nécessité dans l'opinion. On serait encore répréhensible de ne le faire que pour
s'y complaire soi-même avec un sentiment de malveillance et de joie de trouver les autres en
défaut. Il en est tout autrement lorsque, jetant un voile sur le mal pour le public, on se borne à
l'observer pour en faire son profit personnel, c'est-à-dire pour s'étudier à éviter ce qu'on blâme
dans les autres. Cette observation, d'ailleurs, n'est-elle pas utile au moraliste? Comment
peindrait-il les travers de l'humanité s'il n'étudiait pas les modèles? (SAINT LOUIS. Paris,
1860.)
147
BIENHEUREUX CEUX QUI SONT MISÉRICORDIEUX.
21. Est-il des cas où il soit utile de dévoiler le mal en autrui?
Cette question est très délicate, et c'est ici qu'il faut faire appel à la charité bien
comprise. Si les imperfections d'une personne ne nuisent qu'à elle-même, il n'y a jamais utilité à
les faire connaître; mais si elles peuvent porter préjudice à d'autres, il faut préférer l'intérêt du
plus grand nombre à l'intérêt d'un seul. Suivant les circonstances, démasquer l'hypocrisie et le
mensonge peut être un devoir; car il faut mieux qu'un homme tombe que si plusieurs
deviennent ses dupes ou ses victimes. En pareil cas, il faut peser la somme des avantages et
des inconvénients. (SAINT LOUIS. Paris, 1860.)
148
CHAPITRE XI
AIMER SON PROCHAIN COMME SOI-MÊME.
Le plus grand commandement. Faire pour les autres ce que nous voudrions que les autres
fissent pour nous. Parabole des créanciers et des débiteurs. - Rendez à César ce qui est à
César. - Instructions des Esprits . La loi d'amour. -L'égoïsme. - La foi et la charité - Charité
envers les criminels. - Doit-on exposer sa vie pour un malfaiteur?
Le plus grand commandement.
1. Les Pharisiens ayant appris qu'il avait fermé la bouche aux Sadducéens,
s'assemblèrent; - et l'un d'eux, qui était docteur de la loi, vint lui faire cette question
pour le tenter : - Maître, quel est le plus grand commandement de la loi? - Jésus leur
répondit: Vous aimerez le Seigneur votre Dieu de tout votre coeur, de toule votre âme et
de tout votre esprit; c'est le plus grand et le premier commandement. Et voici le second
qui est semblable à celui-là: Vous aimerez votre prochain comme vous-mêmes. - Toute la
loi et les prophètes sont renfermés dans ces deux commandements. (Saint Matthieu, ch.
XXII, v. 34 à 40.)
2. Faites aux hommes tout ce que vous voulez qu'ils vous fassent; car c'est la loi et
les prophètes. (Id., ch. VII, v. 12.)
Traitez tous les hommes de la même manière que vous voudriez qu'ils vous
traitassent. (Saint Luc, ch. VI, v. 31.)
3. Le royaume des cieux est comparé à un roi qui voulut faire rendre compte à
ses serviteurs; - et ayant commencé à le faire, on lui en présenta un qui lui devait dix
mille talents. - Mais comme il n'avait pas les moyens de les lui rendre, son
149
AIMER SON PROCHAIN COMME SOI-MÊME.
maître commanda qu'on le vendît, lui, sa femme et ses enfants, et tout ce qu'il avait,
pour satisfaire à cette dette. - Le serviteur, se jetant à ses pieds, le conjurait, en lui
disant: Seigneur, ayez un peu de patience, et je vous rendrai le tout. - Alors le maître de
ce serviteur, étant touché de compassion, le laissa aller et lui remit sa dette. - Mais ce
serviteur ne fut pas plutôt sorti, que trouvant un de ses compagnons qui lui devait cent
deniers, il le prit à la gorge et l'étouffait presque on lui disant: Rends-moi Ce que tu me
dois. - Et son compagnon, se jetant à ses pieds, le conjurait en lui disant: Ayez un peu
de patience et je vous rendrai le tout. - Mais il ne voulut pas l'écouter; et il s'en alla, et
le fit mettre en prison, pour l'y tenir jusqu'à ce qu'il lui rendît ce qu'il lui devait.
Les autres serviteurs, ses compagnons, voyant ce qui se passait, en furent
extrêmement affligés, et avertirent leur maître de tout ce qui était arrivé. - Alors le
maître l'ayant fait venir lui dit: Méchant serviteur, je vous avais remis tout ce que vous
me deviez, parce que vous m'en aviez prié; - ne fallait-il donc pas que vous eussiez aussi
pitié de votre compagnon, comme j'avais eu pitié de vous. Et son maître, étant ému de
colère, le livra entre les mains des bourreaux jusqu'à ce qu'il payât tout ce qu'il devait.
C'est ainsi que mon Père qui est dans le ciel vous traitera, si chacun de vous ne
pardonne du fond de son coeur à son frère les fautes qu'il aura commises contre lui.
(Saint Matthieu. ch. XVIII, v. de 23 à 35.)
4. “Aimer son prochain comme soi-même; faire pour les autres ce que nous voudrions
que les autres fissent pour nons,” est l'expression la plus complète de la charité, car elle
résume tous les devoirs envers le prochain. On ne peut avoir de guide plus sûr à cet égard
qu'en prenant pour mesure de ce que l'on doit faire aux autres ce que l'on désire pour soi. De
quel droit exigerait-on de ses semblables plus de bons procédés, d'indulgence, de bienveillance
et de dévoûment que l'on n'en a soi-même pour eux? La pratique de ces
150
CHAPITRE XI
maximes tend à la destruction de l'égoïsme; quand les hommes les prendront pour règle de leur
conduite et pour base de leurs institutions, ils comprendront la véritable fraternité, et feront
régner entre eux la paix et la justice; il n'y aura plus ni haines ni dissensions, mais union,
concorde et bienveillance mutuelle.
Rendez à César ce qui est à César.
5. Alors les Pharisiens s'étant retirés firent dessein entre eux de le surprendre
dans ses paroles. - Ils lui envoyèrent donc leurs disciples avec les Hérodiens, lui dire:
Maître, nous savons que vous êtes véritable, et que vous enseignez la voie du Dieu dans
la vérité, sans avoir égard à qui que ce soit, parce que vous ne considérez point la
personne dans les hommes; - dite-nous donc votre avis sur ceci: Nous est-il libre de
payer le tribut à César, ou de ne pas le payer?
Mais Jésus, connaissant leur malice, leur dit: Hypocrites, pourquoi me tentezvous? Montrez-moi la pièce d'argent qu'on donne pour le tribut. Et eux lui ayant
présenté un denier, Jésus leur dit: De qui est cette image et cette inscription? - De
César, lui dirent-ils. Alors Jésus leur rèpondit: Rendez donc à César ce qui est à César, et
à Dieu ce qui est à Dieu.
L'ayant entendu parler de la sorte, ils admirèrent sa réponse, et le laissant, ils se
retirèrent. (Saint Matth., ch. XXII, v. de 15 à 22; Saint Marc, ch. XII, v. de 13 à 17.)
6. La question posée à Jésus était motivée par cette circonstance que les Juifs ayant en
horreur le tribut qui leur était imposé par les Romains, en avaient fait une question religieuse;
un parti nombreux s'était formé pour refuser l'impôt; le payement du tribut était donc pour eux
une question irritante d'actualité, sans cela la demande faite à Jésus: “Nous est-il libre de payer
ou
151
AIMER SON PROCHAIN COMME SOI-MÊME.
de ne pas payer le tribut à César?” n'aurait eu aucun sens. Cette question était un piège; car,
suivant sa réponse, ils espéraient exciter contre lui soit l'autorité romaine, soit les Juifs
dissidents. Mais «Jésus, connaissant leur malice,» élude la difficulté en leur donnant une leçon
de justice, et en disant de rendre à chacun ce qui lui est dû. (Voir l'introduction, article
Publicains.)
7. Cette maxime: «Rendez à César ce qui est à César,» ne doit point s'entendre d'une
manière restrictive et absolue. Comme tous les enseignements de Jésus, c'est un principe
général résumé sous une forme pratique et usuelle, et déduit d'une circonstance particulière.
Ce principe est une conséquence de celui qui dit d'agir envers les autres comme nous
voudrions que les autres agissent envers nous; il condamne tout préjudice matériel et moral
porté à autrui, toute violation de ses intérêts; il prescrit le respect des droits de chacun,
comme chacun désire qu'on respecte les siens; il s'étend à l'accomplissement des devoirs
contractés envers la famille, la société, l'autorité, aussi bien qu'envers les individus.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
La loi d'amour.
8. L'amour résume la doctrine de Jésus tout entière, car c'est le sentiment par
excellence, et les sentiments sont les instincts élevés à la hauteur du progrès accompli. A son
point de départ, l'homme n'a que des ins-
152
CHAPITRE XI.
tincts; plus avancé et corrompu, il n'a que des sensations; mais instruit et purifié, il a des
sentiments; et le point exquis du sentiment, c'est l'amour, non l'amour dans le sens vulgaire du
mot, mais ce soleil intérieur qui condense et réunit dans son ardent foyer tontes les aspirations
et toutes les révélations surhumaines. La loi d'amour remplace la personnalité par la fusion des
êtres; elle anéantit les misères sociales. Heureux celui qui, dépassant son humanité, aime d'un
large amour ses frères en douleurs! heureux celui qui aime, car il ne connaît ni la détresse de
l'âme, ni celle du corps; ses pieds sont légers, et il vit comme transporté hors de lui-même.
Lorsque Jésus eut prononcé ce mot divin d'amour, ce mot fit tressaillir les peuples, et les
martyrs, ivres d'espérance, descendirent dans le cirque.
Le spiritisme, à son tour, vient prononcer un second mot de l'alphabet divin; soyez
attentifs, car ce mot soulève la pierre des tombeaux vides, et la réincarnation, triomphant de
la mort, révèle à l'homme ébloui son patrimoine intellectuel; ce n'est plus aux supplices qu'elle
le conduit, mais à la conquête de son être, élevé et transfiguré. Le sang a racheté l'Esprit, et
l'Esprit doit aujourd'hui racheter l'homme de la matière.
J'ai dit qu'à son début l'homme n'a que des instincts; celui donc en qui les instincts
dominent est plus près du point de départ que du but. Pour avancer vers le but, il faut vaincre
les instincts au profit des sentiments, c'est-à-dire perfectionner ceux-ci en étouffant les germes
latents de la matière. Les instincts sont la germination et les embryons du sentiment; ils portent
avec eux le progrès, comme le gland recèle le chêne, et les êtres les moins avancés sont ceux
qui, ne dépouillant
153
AIMER SON PROCHAIN COMME SOI-MÊME.
que peu à peu leur chrysalide, demeurent asservis à leurs instincts. L'Esprit doit être cultivé
comme un champ, tonte la richesse future dépend du labour préseut, et plus que des biens
terrestres, il vous apportera la glorieuse élévation; c'est alors que, comprenant la loi d'amour
qui unit tons les êtres, vous y chercherez les suaves jouissances de l'âme qui sont le prélude
des joies célestes. (LAZARE, Paris, 1862)
9. L'amour est d'essence divine, et depuis le premier jusqu'au dernier, vous possédez au
fond du coeur l'étincelle de ce feu sacré. C'est un fait que vous avez pu constater bien des fois:
l'homme le plus abject, le plus vil, le plus criminel, a pour un être ou pour un objet quelconque
une affection vive et ardente, à l'épreuve de tout ce qui tendrait à la diminuer, et atteignant
souvent des proportions sublimes.
J'ai dit pour un être ou un objet quelconque, parce qu'il existe parmi vous des individus
qui dépensent des trésors d'amour dont leur coeur surabonde, sur des animaux, sur des
plantes, et même sur des objets matériels: espèces de misanthropes se plaignant de l'humanité
en général, se roidissant contre la pente naturelle de leur âme qui cherche autour d'elle
l'affection et la sympathie; ils rabaissent la loi d'amour à l'état d'instinct. Mais, quoi qu'ils
fassent, ils ne sauraient étouffer le germe vivace que Dieu a déposé dans leur coeur à leur
création; ce germe se développe et grandit avec la moralité et l'intelligence, et, quoique
souvent comprimé par l'égoïsme, il est la source des saintes et douces vertus qui font les
affections sincères et durables, et vous aident à franchir la route escarpée et aride de
l'existence humaine.
154
CHAPITRE XI.
Il est quelques personnes à qui l'épreuve de la réincarnation répugne, en ce sens que
d'autres participent aux sympathies affectueuses dont ils sont jaloux. Pauvres frères! c'est
votre affection qui' vous rend égoïstes; votre amour est restreint à un cercle intime de parents
on d'amis, et tous les autres vous sont indifférents. Eh bien! pour pratiquer la loi d'amour telle
que Dieu l'entend, il faut que vous arriviez par degrés à aimer tous vos frères indistinctement.
La tâche sera longue et difficile, mais elle s'accomplira: Dieu le veut, et la loi d'amour est le
premier et le plus important précepte de votre nouvelle doctrine, parce que c'est celle-là qui
doit un jour tuer l'égoïsme sous quelque forme qu'il se présente; car, outre l'égoïsme
personnel, il y a encore l'égoïsme de famille, de caste, de nationalité. Jésus a dit: «Aimez votre
prochain comme vous-mêmes;» or, quelle est la limite du prochain? est-ce la famille, la secte,
la nation? Non, c'est l'humanité tout entière. Dans les mondes supérieurs, c'est l'amour mutuel
qui harmonise et dirige les Esprits avancés qui les habitent, et votre planète destinée à un
progrès prochain, par sa transformation sociale, verra pratiquer par ses habitants cette sublime
loi, reflet de la Divinité.
Les effèts de la loi d'amour sont l'amélioration morale de la race humaine et le bonheur
pendant la vie terrestre. Les plus rebelles et les plus vicieux devront se réformer quand ils
verront les bienfaits produits par cette pratique: Ne faites pas aux autres ce que vous ne
voudriez pas qui vous fût fait, mais faites-leur au contraire tout le bien qu'il est en votre
pouvoir de leur faire.
Ne croyez pas à la stérilité et à l'endurcissement du coeur humain; il cède malgré lui à
l'amour vrai; c'est un aimant auquel il ne peut résister, et le contact de
155
AIMER SON PROCHAIN COMME SOI-MÊME.
et amour vivifie et féconde les germes de cette vertu qui est dans vos coeurs à l'état latent. La
terre, séjour d'épreuve et d'exil, sera alors purifiée par ce feu sacré, et verra pratiquer la
charité, l'humilité, la patience, le dévoûment, l'abnégation, la résignation, le sacrifice, toutes
vertus filles de l'amour. Ne vous lassez done pas d'entendre les paroles de Jean l'Évangéliste;
vous le savez, quand l'infirmité et la vieillesse suspendirent le cours de ses prédications, il ne
répétait que ces douces paroles: «Mes petits enfants, aimez-vous les uns les autres.»
Chers frères aimés, mettez à profit ces leçons; la pratique en est difficile, mais l'âme en
retire un bien immense. Croyez-moi, faites le sublime effort que je vous demande: «Aimezvous,» vous verrez bientôt la terre transformée et devenir l'Élysée où les âmes des justes
viendront goûter le repos. (FÉNELON. Bordeaux, 1861.)
10. Mes chers condisciples, les Esprits ici présents vous disent par ma voix: Aimez
bien., afin d'être aimés. Cette pensée est si juste, que vous trouverez en elle tout ce qui
console et calme les peines de chaque jour; ou plutôt, en pratiquant cette sage maxime, vous
vous élèverez tellement au-dessus de la matière, que vous vous spiritualiserez avant votre
dépouillement terrestre. Les études spirites ayant développé chez vous la compréhension de
l'avenir, vous avez une certitude: l'avancement vers Dieu, avec toutes les promesses qui
répondent aux aspirations de votre âme; aussi devez-vous vous élever assez haut pour juger
sans les étreintes de la matière, et ne pas condamner votre prochain avant d'avoir reporté votre
pensée vers Dieu.
156
CHAPITRE XI.
Aimer, dans le sens profond du mot, c'est être loyal, probe, consciencieux, ponr faire
aux auties ce que l'on voudrait pour soi-même; c'est chercher autour de soi le sens intime de
toutes les douleurs qui accablent vos frères pour y apporter un adoucissement; c'est regarder
la grande famille humaine comme la sienne, car cette famille, vous la retrouverez dans une
certaine période, en des mondes plus avancés, et les Esprits qui la composent sont, comme
vous, enfants de Dieu, marqués an front pour s'élever vers l'infini. C'est pour cela que vous ne
pouvez refuser à vos frères ce que Dieu vous a libéralement donné, parce que, de votre côté,
vous seriez bien aises que vos frères vous donnassent ce dont vous auriez besoin. A toutes les
souffrances donnez donc une parole d'espérance et d'appui, afin que vous soyez tout amour,
toute justice.
Croyez que cette sage parole: «Aimez bien pour être aimés,» fera son chemin; elle est
révolutionnaire, et suit la route qui est fixe, invariable. Mais vous avez déjà gagné, vous qui
m'écoutez; vous êtes infiniment meilleurs qu'il y a cent ans; vous avez tellement changé à votre
avantage que vous acceptez sans conteste une foule d'idées nouvelles sur la liberté et la
fraternité que vous eussiez rejetées jadis; or, dans cent ans d'ici, vous accepterez avec la même
facilité celles qui n'ont pu encore entrer dans votre cerveau.
Aujourd'hui que le mouvement spirite a fait un grand pas, voyez avec quelle rapidité
les idées de justice et de rénovation renfermées dans les dictées des Esprits sont acceptées par
la moyenne partie du monde intelligent; c'est que ces idées répondent à tout ce qu'il y a de
divin en vous; c'est que vous êtes préparés par une semence féconde: celle du siècle dernier,
qui a implanté dans
157
AIMER SON PROCHAIN COMME SOI-MÊME.
la société les grandes idées de progrès; et comme tout s'enchaîne sous le doigt du Très-Haut,
tontes les leçons reçues et acceptées seront renfermées dans cet échange universel de 1'amour
du prochain; par lui, les Esprits incarnés jugeant mieux, sentant mieux, se tendront la main
des confins de votre planète; on se réunira pour s'entendre et s'aimer, pour détruire toutes les
injustices, toutes les causes de mésintelligence entre les peuples.
Grande pensée de rénovation par le spiritisme, si bien décrite dans le Livre des Esprits,
tu produiras le grand miracle du siècle à venir, celui de la réunion de tous les intérêts matériels
et spirituels des hommes, par l'application de cette maxime bien comprise: Aimez bien, afin
d'être aimé. (SANSON, ancien membre de la Société spirite de Paris, 1863.)
L'égoïsme.
11. L'égoïsme, cette plaie de l'humanité, doit disparaître de la terre, dont il arrête le
progrès moral; c'est au spiritisme qu'est réservée la tâche de la faire monter dans la hiérarchie
des mondes. L'égoïsme est donc le but vers lequel tous les vrais croyants doivent diriger leurs
armes, leurs forces, leur courage; je dis leur courage, car il en faut plus pour se vaincre soimême que pour vaincre les autres. Que chacun mette donc tous ses soins à le combattre en
soi, car ce monstre dévorant de toutes les intelligences, cet enfant de l'orgueil est la source de
toutes les misères d'ici-bas. Il est la négation de la charité, et par conséquent le plus grand
obstacle an bonheur des hommes.
Jésus vous a donné l'exemple de la charité, et Ponce-
158
CHAPITRE XI.
Pilate de l'égoïsme; car lorsque le Juste va parcourir les saintes stations de son martyre, Pîlate
se lave les mains en disant: Que m'importe! Il dit aux Juifs: Cet homme est juste, pourquoi
voulez-vous le crucifier? et cependant il le laisse conduire au supplice.
C'est à cet antagonisme de la charité et de l'égoïsme, c'est à l'envahissement de cette
lèpre du coeur humain que le christianisme doit de n'avoir pas encore accompli toute sa
mission. C'est à vous, apôtres nouveaux de la foi et que les Esprits supérieurs éclairent,
qu'incombent la tâche et le devoir d'extirper ce mal pour donner au christianisme toute sa
force et déblayer la route des ronces qui entravent sa marche. Chassez l'égoïsme de la terre
pour qu'elle puisse graviter dans l'echelle des mondes, car il est temps que l'humanité revête sa
robe virile, et pour cela il faut d'abord le chasser de votre coeur. (EMMANUEL. Paris, 1861.)
12. Si les hommes s'aimaient d'un commun amour, le charité serait mieux pratiquée,
mais il faudrait pour cela que vous vous efforçassiez de vous débarrasser de cette cuirasse qui
couvre vos coeurs, afin d'être plus sensibles envers ceux qui souffrent. La rigidité les bons
sentiments; le Christ ne se rebutait pas; celui qui s'adressait à lui, quel qu'il fût, n'était pas
repoussé: la femme adultère, le criminel étaient secourus par lui; il ne craignait jamais que sa
propre considération eût à en souffrir. Quand donc le prendrez-vous pour modèle de toutes
vos actions? Si la charité régnait sur la terre, le méchant n'aurait plus d'empire; il fuirait
honteux; il se cacherait, car il se trouverait déplacé partout. C'est alors que le mal
disparaîtrait; soyez bien pénétres de ceci.
Commencez par donner l'exemple vous-mêmes; soyez
159
AIMER SON PROCHAIN COMME SOI-MÊME.
charitables envers tous indistinctement; efforcez-vous de ne plus remarquer ceux qui vous
regardent avec dédain, et laissez à Dieu le soin de toute justice, car chaque jour, dans son
royaume, il sépare le bon grain de l'ivraie.
L'égoïsme est la négation de la charité; or, sans la charité point de repos dans la
société; je dis plus, point de sécurité; avec l'égoïsme et l'orgueil, qui se donnent la main, ce
sera toujours une course au plus adroit, une lutte d'intérêts où sont foulées aux pieds les plus
saintes affections, où les liens sacrés de la famille ne sont pas même respectés. (PASCAL.
Sens, 1862.)
La foi et la charité.
13. Je vous ai dit dernièrement, mes chers enfants, que la charité sans la foi ne suffisait
point pour maintenir parmi les hommes un ordre social capable de les rendre heureux J'aurais
dû dire que la charité est impossible sans la foi. Vous pourrez bien trouver, à la vérité, des
élans généreux même chez la personne privée de religion, mais cette charité austère qui ne
s'exerce que par l'abnégation, par le sacrilice constant de tout intérêt égoïste, il n'y a que la foi
qui puisse l'inspirer, car il n'y a qu'elle qui nous fasse porter avec courage et persévérance la
croix de cette vie.
Oui, mes enfants, c'est en vain que l'homme avide de jouissances voudrait se faire
illusion sur sa destinée ici-bas, en soutenant qu'il lui est permis de ne s'occuper que de son
bonheur. Certes, Dieu nous créa pour être heureux dans l'éternité; cependant la vie terrestre
doit uniquement servir à notre perfectionnement moral, lequel s'acquiert plus facilement avec
l'aide des organes
160
CHAPITRE XI.
et du monde matériel. Sans compter les vicissitudes ordinaires de la vie, la diversité de vos
goûts, de vos penchants, de vos besoins, est aussi un moyen de vous perfectionner en vous
exerçant dans la charité. Car, ce n'est qu'à force de concessions et de sacrifices mutuels que
vons pouvez maintenir l'harmonie entre des éléments anssi divers.
Vous aurez cependant raison en affirmant que le bonheur est destiné à l'homme ici-bas,
si vous le cherchez, non dans les jouissances matérielles, mais dans le bien. L'histoire de la
chrétienté parle de martyrs qui allaient un supplice avec joie; aujourd'hui, et dans votre société,
il ne faut pour être chrétien, ni l'holocauste du martyre, ni le sacrifice de la vie, mais
uniquement et simplement le sacrifice de votre égoïsme, de votre orgueil et de votre vanité.
Vous triompherez, si la charité vous inspire et si la foi vous soutient. (ESPRIT
PROTECTEUR. Cracovie, 1861.)
Charité envers les criminels.
14. La vraie charité est un des plus sublimes enseignements que Dieu ait donnés au
monde. Il doit exister entre les véritables disciples de sa doctrine une fraternité complète.
Vous devez aimer les malheureux, les criminels, comme des créatures de Dieu, auxquelles le
pardon et la miséricorde seront accordés s'ils se repentent, comme à vous-mêmes, pour les
fautes que vous commettez contre sa loi. Songez que vous êtes plus répréhensibles, plus
coupables que ceux auxquels vous refusez le pardon et la commisération, car souvent ils ne
connaissent pas Dieu comme vous le connaissez, et il leur sera moins demandé qu'à vous.
161
AIMER SON PROCHAIN COMME SOI-MÊME.
Ne jugez point, oh! ne jugez point, mes chers amis, car le jugement que vous portez
vous sera appliqué plus sévèrement encore, et vous avez besoin d'indulgence pour les péchés
que vous commettez sans cesse. Ne savez-vous pas qu'il y a bien des actions qui sont des
crimes aux yeux du Dieu de pureté, et que le monde ne considère pas même comme des fautes
légères?
La vraie charité ne consiste pas seulement dans l'aumône que vous donnez, ni même
dans les paroles de consolation dont vous pouvez l'accompagner; non, ce n'est pas seulement
ce que Dieu exige de vous. La charité sublime enseignée par Jésus consiste aussi dans la
bienveillance accordée toujours et en toutes choses à votre prochain. Vous pouvez encore
exercer cette sublime vertu sur bien des êtres qui n'ont que faire d'aumônes, et que des paroles
d'amour, de consolation, d'encouragement amèneront au Seigneur.
Les temps sout proches, je le dis encore, où la grande fraternité régnera sur ce globe;
la loi du Christ est celle qui régira les hommes: celle-là seule sera le frein et l'espérance, et
conduira les âmes aux séjours bienheureux. Aimez-vous donc comme les enfants d'un même
père; ne faites point de différence entre les autres malheureux, car c'est Dieu qui veut que tous
soient égaux; ne méprisez donc personne; Dieu permet que de grands criminels soient parmi
vous, afin qu'ils vous servent d'enseignement. Bientôt, quand les hommes seront amenés aux
vraies lois de Dieu, il n'y aura plus besoin de ces enseignements-là , et tous les Esprits impurs
et révoltés seront dispersés dans des mondes inférieurs en harmonie avec leurs penchants.
Vous devez à ceux dont je parle le secours de vos prières: c'est la vraie charité. Il ne
faut point dire d'un
162
CHAPITRE XI.
criminel: «C'est un misérable; il faut en purger la terre; la mort qu'on lui inflige est trop douce
pour un être de cette espèce.» Non, ce n'est point ainsi que vous devez parler. Regardez votre
modèle, Jésus; que dirait-il, s'il voyait ce malheureux près de lui? Il le plaindrait; il le
considérerait comme un malade bien misérable; il lui tendrait la main. Vous ne pouvez le faire
on réalité, mais au moins vous pouvez prier pour lui, assister son Esprit pendant les quelques
instants qu'il doit encore passer sur votre terre. Le repentir peut toucher son coeur, si vous
priez avec la foi. Il est votre prochain comme le meilleur d'entre les hommes; son âme égarée
et révoltée est créée, comme la vôtre, pour se perfectionner; aidez-le donc à sortir du bourbier
et priez pour lui. (ÉLISABETH DE FRANCE. Le Havre, 1862.)
15. Un homme est en danger de mort; pour le sauver, il faut exposer sa vie; mais on
sait que cet homme est un malfaiteur, et que, s'il en réchappe, il pourra commettre de
nouveaux crimes. Doit-on, malgré cela, s'exposer pour le sauver?
Ceci est une question fort grave et qui peut se présenter naturellement à l'esprit. Je
répondrai selon mon avancement moral, puisque nous en sommes sur ce point de savoir si l'on
doit exposer sa vie même pour un malfaiteur. Le dévoûment est aveugle: on secourt un
ennemi, on doit donc secourir l'ennemi de la société, un malfaiteur en un mot. Croyez-vous
que ce soit seulement à la mort que l'on court arracher ce malheureux? c'est peu~être à sa vie
passée tout entière. Car, songez-y, dans ces rapides instants qui lui ravissent les dernières
minutes de la vie, l'homme perdu revient sur sa vie passée, ou plutôt elle se dresse devant lui.
La
163
AIMER SON PROCHAIN COMME SOI-MÊME.
mort, peut-être, arrive trop tôt pour lui; la réincarnation pourra être terrible; élancez-vous
donc, hommes! vous que la science spirite a éclairés; élancez-vous, arrachez-le à sa
damnation, et alors, peut-être, cet homme qui serait mort en vous blasphémant se jettera dans
vos bras. Toutefois, il ne faut pas vous demander s'il le fera ou s'il ne le fera point, mais aller à
son secours, car, en le sauvant, vous obéissez à cette voix du coeur qui vous dit: «Tu peux le
sauver, sauve-le!» (LAMENNAIS. Paris, 1862.)
164
CHAPITRE XII
AIMEZ VOS ENNEMIS.
Rendre le bien pour le mal. - Les ennemis désincarnés. - Si quelqu'un vous a frappé sur la joue
droite, présentez-lui encore l'autre. - Instructions des Esprits: La vengeance. - La haine. - Le
duel.
Rendre le bien pour le mal.
1. Vous avez appris qu'il a été dit: Vous aimerez votre prochain et vous haïrez
vos ennemis. Et moi je vous dis: Aimez vos ennemis; faites du bien à ceux qui vous
haissent, et priez pour ceux qui vous persécutent et vous calomnient; afin que vous soyez
les enfants de votre Père qui est dans les cieux, qui fait lever son soleil sur les bons et sur
les méchants, et fait pleuvoir sur les justes et les injustes; - car si vous n'aimez que ceux
qui vous aiment, quelle récompense en aurez-vous? Les publicains ne le font-ils pas
aussi? - Et si vous ne saluez que vos frères, que faites-vous en cela de plus que les
autres? Les païens ne le font-ils pas aussi? - Je vous dis que si votre justice n'est pas
plus abondante que celle des Scribes et des Pharisiens, vous n'entrerez point dans le
royaume des cieux. (Saint Matthieu, ch. V, v. 20 et de 43 à 47.)
2. Si vous n'aimez que ceux qui vous aiment, quel gré vous en saura-t-on,
puisque les gens de mauvaise vie aiment aussi ceux qui les aiment? - Et si vous ne faites
du bien qu'à ceux qui vous en font, quel gré vous en saura-t-on, puisque les gens de
mauvaise vie font la même chose? - Et si vous ne prêtez qu'à ceux de qui vous espérez
recevoir la même grâce, quel gré vous en saura-t-on, puisque les gens de mauvaise vie
s'entre-prêtent de la sorte, pour recevoir le même avantage? -
165
AIMEZ VOS ENNEMIS.
Mais pour vous, aimez vos ennemis, faites du bien à tous, et prêtez sans en rien espérer, et
alors votre récompense sera très grande, et vous serez les enfants du Très-Haut, parce
qu'il est bon aux ingrats, et même aux méchants. - Soyez donc pleins de miséricorde,
comme votre Dieu est plein de miséricorde. (Saint Luc, ch. VI, v. de 32 à 36.)
3. Si l'amour du prochain est le principe de la charité, aimer ses ennemis en est
l'application sublime, car cette vertu est une des plus grandes victoires remportées sur
l'égoïsme et l'orgueil.
Cependant on se méprend généralement sur le sens du mot aimer en cette
circonstance; Jésus n'a point entendu, par ces paroles, que l'on doit avoir pour son ennemi la
tendresse qu'on a pour un frère ou un ami; la tendresse suppose la confiance; or, on ne peut
avoir confiance en celui qu'on sait nous vouloir du mal; on ne peut avoir avec lui les
épanchements de l'amitié, parce qu'on le sait capable d'en abuser; entre gens qui se méfient les
uns des autres, il ne saurait y avoir les élans de sympathie qui existent entre ceux qui sont en
communion de pensées; on ne peut enfin avoir le même plaisir à se trouver avec un ennemi
qu'avec un ami.
Ce sentiment même résulte d'une loi physique: celle de l'assimilation et de la répulsion
des fluides; la pensée malveillante dirige un courant fluidique dont l'impression est pénible; la
pensée bienveillante vous enveloppe d'une effluve agréable; de là la diférence des sensations
que l'on éprouve à l'approche d'un ami ou d'un ennemi. Aimer ses ennemis ne peut donc
signifier qu'on ne doit faire aucune différence entre eux et les amis; ce précepte ne semble
difficile, impossible même à pratiquer, que parce qu'on croit faussement qu'il prescrit de leur
donner la même place dans le coeur. Si
166
CHAPITRE XII.
la pauvreté des langues humaines oblige à se servir du même mot pour exprimer diverses
nuances de sentiments, la raison doit en faire la différence selon les cas.
Aimer ses ennemis, ce n'est donc point avoir pour eux une affection qui n'est pas dans
la nature, car le contact d'un ennemi fait battre le coeur d'une tout autre manière que celui d'un
ami; c'est n'avoir contre eux ni haine, ni rancune, ni désir de vengeance; c'est leur pardonner
sans arrière-pensé et sans condition le mal qu'ils nous font; c'est n'apporter aucun obstacle à
la réconciliation; c'est leur souhaiter du bien au lieu de leur souhaiter du mal; c'est se réjouir au
lieu de s'affliger du bien qui leur arrive; c'est leur tendre une main secourable en cas de besoin;
c'est s'abstenir en paroles et en actions de tout ce qui peut leur nuire; c'est enfin leur rendre en
tout le bien pour le mal, sans intention de les humilier. Quiconque fait cela remplit les
conditions du commandement: Aimez vos ennemis.
4. Aimer ses ennemis, est un non-sens pour l'incrédule; celui pour qui la vie présente
est tout ne voit dans son ennemi qu'un être nuisible troublant son repos, et dont il croit que la
mort seule peut le débarrasser; de là le désir de la vengeance; il n'a aucun intérêt à pardonner,
si ce n'est pour satisfaire son orgueil aux yeux du monde; pardonner même, dans certains cas,
lui semble une faiblesse indigne de lui; s'il ne se venge pas, il n'en conserve pas moins de la
rancune et un secret désir du mal.
Pour le croyant, mais pour le spirite surtout, la manière de voir est tout autre, parce
qu'il porte ses regards sur le passé et sur l'avenir, entre lesquels la vie
167
AIMEZ VOS ENNEMIS.
présente n'est qu'un point; il sait que, par la destination même de la terre, il doit s'attendre à y
trouver des hommes méchants et pervers; que les méchancetés auxquelles il est en butte font
partie des épreuves qu'il doit subir, et le point de vue élevé où il se place lui rend les
vicissitudes moins amères, qu'elles viennent des hommes ou des choses; s'il ne murmure pas
contre les épreuves, il ne doit pas murmurer contre ceux qui en sont les iustruments; si, au
lieu de se plaindre, il remercie Dieu de l'éprouver, il doit remercier la main qui lui fournit
l'occasion de montrer sa patience et sa résignation. Cette pensée le dispose naturellement au
pardon; il sent en outre que plus il est généreux, plus il grandit à ses propres yeux et se trouve
hors de l'atteinte des traits malveillants de son ennemi.
L'homme qui occupe un rang élevé dans le monde ne se croit pas offensé par les
insultes de celui qu'il regarde comme son inférieur; ainsi en est-il de celui qui s'élève dans le
monde moral au-dessus de l'humanité matérielle; il comprend que la haine et la rancune
l'aviliraient et l'abaisseraient; or, pour être supérieur à son adversaire, il faut qu'il ait l'âme plus
grande, plus noble, plus généreuse.
Les ennemis désincarnés.
5. Le spirite a encore d'autres motifs d'indulgence envers ses ennemis. Il sait d'abord
que la méchanceté n'est point l'état permanent des hommes; qu'elle tient à une imperfection
momentanée, et que, de même que l'enfant se corrige de ses défauts, l'homme méchant
reconnaîtra un jour ses torts, et deviendra bon.
Il sait encore que la mort ne le délivre que de la pré-
168
CHAPITRE XII.
sence matérielle de son ennemi, mais que celui-ci peut le poursuivre de sa haine, même après
avoir quitté la terre; qu'ainsi la vengeance manque son but; qu'elle a au contraire pour effet de
produire une irritation plus grande qui peut se continuer d'une existence à l'autre. Il
appartenait au spiritisme de prouver, par l'expérience et la loi qui régit les rapports du monde
visible et du monde invisible, que l'expression: Éteindre la haine dans le sang, est
radicalement fausse, et que ce qui est vrai, c'est que le sang entretient la haine même au delà
de la tombe; de donner, par conséquent, une raison d'être effective et une utilité pratique au
pardon, et à la sublime maxime du Christ: Aimez vos ennemis. Il n'est pas de coeur si pervers
qui ne soit touché des bons procédés, même à son insu; par les bons procédés, on ôte du
moins tout prétexte de représailles; d'un ennemi, on peut se faire un ami avant et après sa
mort. Par les mauvais procédés on l'irrite, et c'est alors qu'il sert lui-même d'instrument à la
justice de Dieu pour punir celui qui n'a pas pardonné.
6. On peut donc avoir des ennemis parmi les incarnés et parmi les désincarnés; les
ennemis du monde invisible manifestent leur malveillance par les obsessions et les subjugations
auxquelles tant de gens sont en butte, et qui sont une variété dans les épreuves de la vie; ces
épreuves, comme les autres, aident à l'avancement et doivent être acceptées avec résignation,
et comme conséquence de la nature inférieure du globe terrestre; s'il n'y avait pas des hommes
mauvais sur la terre, il n'y aurait pas d'Esprits mauvais autour de la terre. Si donc on doit avoir
de l'indulgence et de la bienveillance pour des ennemis incarnés,
169
AIMEZ VOS ENNEMIS.
on doit en avoir également pour ceux qui sont désincarnés.
Jadis on sacrifiait des victimes sanglantes pour apaiser les dieux infernaux, qui n'étaient
autres que les Esprits méchants. Aux dieux infernaux ont succédé les démons, qui sont la
même chose. Le spiritisme vient prouver que ces démons ne sont autres que les âmes des
hommes pervers qui n'ont point encore dépouillé les instincts matériels; qu'on ne les apaise
que par le sacrifice de sa haine, c'est-à-dire par la charité; que la charité n'a pas seulement
pour effet de les empêcher de faire le mal, mais de les ramener dans la voie du bien, et de
contribuer à leur salut. C'est ainsi que la maxime: Aimez vos ennemis, n'est point circonscrite
au cercle étroit de la terre et de la vie présente, mais qu'elle rendre dans la grande loi de la
solidarité et de la fraternité universelles.
Si quelqu'un vous a frappé sur la joue droite,
présentez-lui encore l'autre.
7. Vous avez appris qu'il a été dit: oeil pour oeil, et dent pour dent. - Et moi je
vous dis de ne point résister au mal que l'on veut vous faire; mais si quelqu'un vous a
frappé sur la joue droite, présentez-lui encore l'autre; - et si quelqu'un veut plaider
contre vous pour prendre votre robe, abandonnez-lui encore votre manteau; - et si
quelqu'un veut vous contraindre de faire mille pas avec lui, faites-en encore deux mille.
- Donnez à celui qui vous demande, et ne rejetez point celui qui veut emprunter de vous.
(Saint Matthieu, ch. V, v. de 38 à 42.)
8. Les préjugés du monde, sur ce que l'on est convenu d'appeler le point d'honneur,
donnent cette susceptibilité ombrageuse, née de l'orgueil et de l'exaltation
170
CHAPITRE XII.
de la personnalité, qui porte l'homme à rendre injure pour injure, blessure pour blessure, ce qui
semble la justice pour celui dont le sens moral ne s'élève pas audessus des passions terrestres;
c'est pourquoi la loi mosaïque disait: oeil pour oeil, dent pour dent, loi en harmonie avec le
temps où vivait Moïse. Christ est venu qui a dit : Rendez le bien pour le mal. Il dit de plus:
“Ne résistez point au mal qu'on veut vous faire; si l'on vous frappe sur une joue, tendez
l'autre.” A l'orgueilleux, cette maxime semble une lâcheté, car il ne comprend pas qu'il y ait
plus de courage à supporter une insulte qu'à se venger, et cela toujours par cette cause qui fait
que sa vue ne se porte pas au delà du présent. Faut-il, cependant, prendre cette maxime à la
lettre? Non, pas plus que celle qui dit d'arracher son oeil, s'il est une occasion de scandale;
poussée dans toutes ses conséquences, ce serait condamner toute répression, même légale, et
laisser le champ libre aux méchants en leur ôtant toute crainte; si l'on n'opposait un frein à
leurs agressions, bientôt tous les bons seraient leurs victimes. L'instinct même de conservation,
qui-est une loi de nature, dit qu'il ne faut pas tendre bénévolement le cou à l'assassin. Par ces
paroles Jésus n'a donc point interdit la défense, mais condamné la vengeance. En disant de
tendre une joue quand l'autre est frappée, c'est dire, sous une autre forme, qu'il ne faut pas
rendre le mal pour le mal; que l'homme doit accepter avec humilité tout ce qui tend à rabaisser
son orgueil; qu'il est plus glorieux pour lui d'être frappé que de frapper, de supporter
patiemment une injustice que d'en commettre une lui-même; qu'il vaut mieux être trompé que
trompeur, être ruiné que de ruiner les autres. C'est en même temps la condamnation du
171
AIMEZ VOS ENNEMIS.
duel, qui n'est autre qu'une manifestation de l'orgueil. La foi en la vie future et en la justice de
Dieu, qui ne laisse jamais le mal impuni, peut seule donner la force de supporter patiemment
les atteintes portées à nos intérêts et à notre amour-propre; c'est pourquoi nous disons sans
cesse: Portez vos regards en avant; plus vous vous élèverez par la pensée au-dessus de la vie
matérielle, moins vous serez froissés par les choses de la terre.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
La vengeance.
9. La vengeance est une dernière épave abandonnée par les moeurs barbares qui
tendent à s'effacer du milieu des hommes. Elle est, avec le duel, un des derniers vestiges de ces
moeurs sauvages sous lesquelles se débattait l'humanité dans le commencement de l'ère
chrétienne. C'est pourquoi la vengeance est un indice certain de l'état arriéré des hommes qui
s'y livrent et des Esprits qui peuvent encore l'inspirer. Donc, mes amis, ce sentiment ne doit
jamais faire vibrer le coeur de quiconque se dit et s'affirme spirite. Se venger, est, vous le
savez, tellement contraire à cette prescription du Christ: “Pardonnez à vos ennemis!” que celui
qui se refuse à pardonner, non-seulement n'est pas spirite, mais il n'est pas même chrétien. La
vengeance est une inspiration d'autant plus funeste que la fausseté et la bassesse sont ses
compagnes assidues; en effet, celui qui s'abandonne à cette fatale et aveugle passion ne se
venge presque jamais à ciel ouvert. Quand il est le plus fort, il fond comme une bête fauve sur
celui qu'il ap-
172
CHAPITRE XII.
pelle son ennemi, lorsque la vue de celui-ci vient enflammer sa passion, sa colère et sa haine.
Mais le plus souvent il revêt une apparence hypocrife, en dissimulant au plus profond de son
coeur les mauvais sentiments qui l'animent; il prend des chemins détournés, il suit dans l'ombre
son ennemi sans défiance et attend le moment propice pour le frapper sans danger ; il se cache
de lui tout en l'épiant sans cesse; il lui tend des piéges odieux et sème à l'occasion le poison
dans sa coupe. Quand sa haine ne va pas jusqu'à ces extrémités, il l'attaque alors dans son
honneur et daus ses affections; il ne recule pas devant la calomnie, et ses insinuations perfides,
habilement semées à tous les vents, vont grossissant en chemin. Aussi, lorsque celui qu'il
poursuit se présente dans les milieux où son souffle empoisonné a passé, il est étonné de
trouver des visages froids où il rencontrait autrefois des visages amis et bienveillants; il est
stupéfait quand des mains qui recherchaient la sienne se refusent à la serrer maintenant; enfin il
est anéanti quand ses amis les plus chers et ses proches se détournent et s'enfuient de lui. Ah!
le lache qui se venge ainsi est cent fois plus coupable que celui qui va droit à son ennemi et
l'insulte à visage découvert.
Arrière donc ces coutumes sauvages! Arrière ces moeurs d'un autre temps! Tout
spirite qui prétendrait aujourd'hui avoir encore le droit de se venger serait indigne de figurer
plus longtemps dans la phalange qui a pris pour devise: Hors la charité, pas de salut! Mais
non, je ne saurais m'arrêter à une telle idée qu'un membre de la grande famille spirite puisse
jamais à l'avenir céder à l'impulsion dc la vengeance autrement que pour pardonner. (JULES
OLIVIER. Paris, 1862.)
173
AIMEZ VOS ENNEMIS.
La haine.
10. Aimez-vous les uns les autres, et vous serez heureux. Prenez surtout à tâche
d'aimer ceux qui vous inspirent de l'indifférence, de la haine et du mépris. Le Christ, dont vous
devez faire votre modèle, vous a donné l'exemple de ce dévoûment; missionnaire d'amour, il a
aimé jusqu'à donner son sang et sa vie. Le sacrifice qui vous oblige à aimer ceux qui vous
outragent et vous persécutent est pénible; mais c'est précisément ce qui vous rend supérieurs à
eux; si vous les haïssez comme ils vous haïssent, vous ne valez pas mieux qu'eux; c'est l'hostie
sans tache offerte à Dieu sur l'autel de vos coeurs, hostie d'agréable odeur, dont les parfums
montent jusqu'à lui. Quoique la loi d'amour veuille que l'on aime indistinctement tous ses
frères, elle ne cuirasse pas le coeur contre les mauvais procédés; c'est au contraire l'épreuve la
plus pénible, je le sais, puisque pendant ma dernière existence terrestre j'ai éprouvé cette
torture; mais Dieu est là, et il punit dans cette vie et dans l'autre ceux qui faillissent à la loi
d'amour. N'oubliez pas, mes chers enfants, que l'amour rapproche de Dieu, et que la haine en
éloigne. (FÉNELON. Bordeaux, 1861.)
Le duel.
11. Celui-là seul est véritablement grand qui, considérant la vie comme un voyage qui
doit le conduire à un but, fait peu de cas des aspérités du chemin; il ne se laisse jamais un
instant détourner de la voie droite; l'oeil sans cesse dirigé vers le terme, il lui importe peu
174
CHAPITRE XII.
que les ronces et les épines du sentier menacent de lui faire des égratignures; elles l'effleurent
sans l'atteindre, et il n'en poursuit pas moins sa course. Exposer ses jours pour se venger d'une
injure, c'est reculer devant les épreuves de la vie; c'est toujours un crime aux veux de Dieu, et
si vous n'étiez pas abusés comme vous l'êtes par vos préjugés, ce serait une ridicule et suprême
folie aux yeux des hommes.
Il y a crime dans l'homicide par le duel; votre législation même le reconnaît; nul n'a le
droit, dans aucun cas, d'attenter à la vie de son semblable; crime aux yeux de Dieu qui vous a
tracé votre ligne de conduite; ici, plus que partout ailleurs, vous êtes juges dans votre propre
cause. Souvenez-vous qu'il vous sera pardonné selon que vous aurez pardonné vous-memes;
par le pardon vous vous rapprochez de la Divinité, car la clémence est soeur de la puissance.
Tant qu'une goutte de sang humain coulera sur la terre par la main des hommes, le vrai règne
de Dieu ne sera pas encore arrivé, ce règne de pacification et d'amour qui doit à tout jamais
bannir de votre globe l'animosité, la discorde, la guerre. Alors le mot duel n'existera plus dans
votre langue que comme un lointain et vague souvenir d'un passé qui n'est plus; les hommes ne
connaîtront entre eux d'autre antagonisme que la noble rivalilé du bien. (ADOLPHE, évêque
d'Alger. Marmande,1861.)
12. Le duel peut, sans doute, dans certains cas, être une preuve de courage physique,
du mépris de la vie, mais c'est incontestablement la preuve d'une lâcheté morale, comme dans
le suicide. Le suicidé n'a pas le courage d'affronter les vicissitudes de la vie: le duelliste n'a
pas celui d'affronter les offences. Christ ne vous
175
AIMEZ VOS ENNEMIS.
a-t-il point dit qu'il y a plus d'honneur et de courage à tendre la joue gauche à celui qui a
frappé la joue droite, qu'à se venger d'une injure? Christ n'a-t-il point dit à Pierre au jardin des
Oliviers: “Remettez votre épée dans son fourreau, car celui qui tuera par l'épée périra par
l'épée?” Par ces paroles, Jésus ne condamne-t-il point à jamais le duel? En effet, mes enfants,
qu'est-ce donc que ce courage né d'un tempérament violent, sanguin et colère, rugissant à la
première offense? Où donc est la grandeur d'âme de celui qui, à la moindre in-jure, veut la
laver dans le sang? Mais qu'il tremble! car toujours, au fond de sa conscience, une voix lui
criera: Caïn! Caïn! qu'as-tu fait de ton frère? Il m'a fallu du sang pour sauver mon honneur,
dira-t-il à cette voix; mais elle lui répondra: Tu as voulu le sauver devant les hommes pour
quelques instants qui te restaient à vivre sur la terre, et tu n'as pas songé à le sauver devant
Dieu! Pauvre fou! que de sang vous demanderait donc Christ pour tous les outrages qu'il a
reçus! Nonseulement vous l'avez blessé avec l'épine et la lauce, non-seulement vous l'avez
attaché à un gibet infamant, mais encore au milieu de son agonie, il a pu entendre les railleries
qui lui étaient prodiguées. Quelle réparation, après tant d'outrages, vous a-t-il demandée? Le
dernier cri de l'agneau fut une prière pour ses bour-reaux. Oh! comme lui, pardonnez et priez
pour ceux qui vous offensent.
Amis, rappelez-vous ce précepte: “Aimez-vous les uns les autres,” et alors au coup
donné par la haine vous répondrez par un sourire, et à l'outrage par le pardon. Le monde sans
doute se dressera furieux, et vous traitera de lâche; levez la tête haute, et montrez alors que
votre front ne craindrait pas, lui aussi, de se char-
176
CHAPITRE XII.
ger d'épines à l'exemple du Christ, mais que votre main ne veut point étre complice d'un
meurtre qu'autorise, soi-disant, un faux semblant d'honneur qui n'est que de l'orgueil et de
l'amour-propre. En vous créant, Dieu vous a-t-il donné le droit de vie et de mort les uns sur
les autres? Non, il n'a donné ce droit qu'à la nature seule, pour se réformer et se reconstruire;
mais à vous, il n'a pas même permis de disposer de vous-mêmes. Comme le suicidé, le
duelliste sera marqué de sang quand il arrivera à Dieu, et à l'un et à l'autre le Souverain Juge
prépare de rudes et longs châtiments. S'il a menacé de sa justice celui qui dit à son frère
Racca, combien la peine ne sera-t-elle pas plus sévère pour celui qui paraîtra devant lui les
mains rougies du sang de son frère! (SAINT AUGUSTIN. Paris, 1862.)
13. Le duel est, comme autrefois ce qu'on appelait le jugement de Dieu, une de ces
institutions barbares qui régissent encore la société. Que diriez-vous cependant si vous voyiez
plonger les deux antagonistes dans l'eau bouillaute ou soumis au contact d'un fer brûlaut pour
vider leur querelle, et donner raison à celui qui subirait le mieux l'épreuve? vous traiteriez ces
coutumes d'insensées. Le duel est encore pis que tout cela. Pour le duelliste émérite, c'est un
assassinat commis de sang-froid avec toute la préméditation voulue; car il est sur du coup qu'il
portera; pour l'adversaire presque certain de succomber en raison de sa faiblesse et de son
inhabileté, c'est un suicide commis avec la plus froide réflexion. Je sais que souvent on cherche
à éviter cette alternative également criminelle en s'en remettant au hasard; mais alors n'est-ce
pas, sous une autre forme, en revenir au jugement de Dieu du moyen âge? Et en-
177
AIMEZ VOS ENNEMIS.
core à cette époque était-on infiniment moins coupable; le nom même de jugement de Dieu
indique une foi, naïve il est vrai, mais enfin une foi en la justice de Dieu qui ne pouvait laisser
succomber un innocent, tandis que dans le duel on s'en remet à la force brutale, de telle sorte
que c'est souvent l'offensé qui succombe.
O amour-propre stupide, sotte vanité et fol orgueil, quand donc serez-vous remplacés
par la charité chrétienne, l'amour du prochain et l'humilité dont Christ a donné l'exemple et le
précepte? Alors seulement disparaîtront ces préjugés monstrueux qui gouvernent encore les
hommes, et que les lois sont impuissantes à réprimer, parce qu'il ne suffit pas d'interdire le mal
et de prescrire le bien, il faut que le principe du bien et l'horreur du mal soient dans le coeur de
l'homme. (UN ESPRIT PROTECTEUR. Bordeaux, 1861.)
14. Quelle opinion aura-t-on de moi, dites-vous souvent, si je refuse la réparation qui
m'est demandée, ou si je n'en demande pas une à celui qui m'a offensé? Les fous, comme vous,
les hommes arriérés vous blâmeront; mais ceux qui sont éclairés par le flambeau du progrès
intellectuel et moral diront que vous agissez selon la véritable sagesse. Réfléchissez un peu;
pour une parole souvent dite en l'air ou très inoffensive de la part d'un de vos frères, votre
orgueil se trouve froissé, vous lui répondez d'une manière piquante, et de là une pro-vocation.
Avant d'arriver au moment décisif, vous demandez-vous si vous agissez en chrétien? quel
compte vous devrez à la société si vous la privez d'un de ses membres? Pensez-vous au
remords d'avoir enlevé à une femme son mari, à une mère son enfant, à des enfants leur père et
leur soutien? Certainement celui qui a fait
178
CHAPITRE XII.
l'offense doit une réparation; mais n'est-il pas plus honorable pour lui de la donner
spontanément en reconnaissant ses torts, que d'exposer la vie de celui qui a droit de se
plaindre? Quant à l'offensé, je conviens que quelquefois on peut se trouver gravement atteint,
soit dans sa personne, soit par rapport à ceux qui nous tiennent de près; l'amour-propre n'est
plus seulement en jeu, le coeur est blessé, il souffre; mais outre qu'il est stupide de jouer sa vie
contre un misérable capable d'une infamie, est-ce que, celui-ci étant mort, l'affront, quel qu'il
soit, n'existe plus? Le sang répandu ne donne-t-il pas plus de renommée à un fait qui, s'il est
faux, doit tomber de lui-même, et qui, s'il est vrai, doit se cacher sous le silence? Il ne reste
donc que la satisfaction de la vengeance assouvie; hélas! triste satisfaction qui souvent laisse
dès cette vie de cuisants regrets. Et si c'est l'offensé qui succombe, où est la réparation?
Quand la charité sera la règle de conduite des hommes, ils conformeront leurs actes et
leurs paroles à cette maxime: “Ne faites point aux autres ce que vous ne voudriez pas qu'on
vous fît;” alors disparaîtront toutes les causes de dissensions, et avec elles celles des duels, et
des guerres, qui sont les duels de peuple à peuple. (FRANÇOIS-XAVIER. Bordeaux, 1861.)
15. L'homme du monde, l'homme heureux, qui, pour un mot blessant, une cause
légère, joue sa vie qu'il tient de Dieu, joue la vie de son semblable qui n'appartient qu'à Dieu,
celui-là est plus coupable cent fois que le misérable qui, poussé par la cupidité, par le besoin
quelquefois, s'introduit dans une demeure pour y dérober ce qu'il convoite, et tue ceux qui
s'op-
179
AIMEZ VOS ENNEMIS.
posent à son dessein. Ce dernier est presque toujours un homme sans éducation, n'ayant que
des notions imparfaites du bien et du mal, tandis que le duelliste appartient presque toujours à
la classe la plus éclairée; l'un tue brutalement, l'autre avec méthode et politesse, ce qui fait que
la société l'excuse. J'ajoute même que le duelliste est infiniment plus coupable que le
malheureux qui, cédant à un sentiment de vengeance, tue dans un moment d'exaspération. Le
duelliste n'a point pour excuse l'entraînement de la passion, car entre l'insulte et la réparation il
a toujours le temps de réfléchir; il agit donc froidement et de dessein prémédité; tout est
calculé et étudié pour tuer plus sûrement son adversaire. Il est vrai qu'il expose aussi sa vie, et
c'est là ce qui réhabilite le duel aux yeux du monde, parce qu'on y voit un acte de courage et
un mépris de sa propre vie; mais y a-t-il du vrai courage quand on est sûr de soi? Le duel,
reste des temps de barbarie où le droit du plus fort faisait la loi, disparaîtra avec une plus saine
appréciation du véritable point d'honneur, et à mesure que l'homme aura une foi plus vive en la
vie future. (AUGUSTIN. Bordeaux, 1861.)
16. Remarque. - Les duels deviennent de plus en plus rares, et si l'on en voit encore de
temps en temps de douloureux exemples, le nombre n'en est pas comparable à ce qu'il était
autrefois. Jadis un homme ne sortait pas de chez lui sans prévoir une rencontre, aussi prenait-il
toujours ses précautions en conséquence. Un signe caractéristique des moeurs du temps et des
peuples est dans l'usage du port habituel, ostensible ou caché, des armes offensives et
défensives; l'abolition de cet usage témoigne de l'adoucissement des moeurs, et
180
CHAPITRE XII.
il est curieux d'en suivre la gradation depuis l'époque où les chevaliers ne chevauchaient jamais
que bardés de fer et armés de la lance, jusqu'au port d'une simple épée, devenue plutôt une
parure et un accessoire du blason qu'u ne arme agressive. Un autre trait de moeurs, c'est que
jadis les combats singuliers avaient lieu en pleine rue, devant la foule qui s'écartait pour laisser
le champ libre, et qu'aujourd'hui on se cache; aujour-d'hui mort d'un homme est un événement,
ou s'en émeut; jadis on n'y faisait pas attention. Le Spiritisme emportera ces derniers vestiges
de la barbarie, en inculquant aux hommes l'esprit de charité et de fraternité.
181
CHAPITRE XIII
QUE VOTRE MAIN GAUCHE NE SACHE PAS CE QUE DONNE
VOTRE MAIN DROITE.
Faire le bien sans ostentation. - Les infortunes cachées. - Denier de la veuve. - Convier les
pauvres et les estropiés. Obliger sans espoir de retour. - Instructions des Esprits: La charité
matérielle et la charité morale. - La bienfaisance. - La pitié. - Les orphelins. - Bienfaits payés
par l'ingratitude. - Bienfaisance exclusive.
Faire le bien sans ostentation.
1. Prenez garde de ne pas faire vos bonnes oeuvres devant les hommes pour en
être regardés, autrement vous n'en recevrez point la récompense de votre Père qui est
dans les cieux. - Lors donc que vous donnerez l'aumône, ne faites point sonner la
trompette devant vous, comme font les hypocrites dans les synagogues et dans les rues
pour être honorés des hommes. Je vous dis, en vérité, ils ont reçu leur récompense. Mais lorsque vous faites l'aumône, que votre main gauche ne sache pas ce que fait votre
main droite; - afin que l'aumône soit dans le secret; et votre Père, qui voit ce qui se passe
dans le secret, vous en rendra la récompense. (Saint Matthieu, ch. VI, v. de 1 à 4.)
2. Jésus étant descendu de la montagne, une grande foule do peuple le suivit; - et
en même temps un lépreux vint à lui et l'adora en lui disant: Seigneur, si vous voulez,
vous pouvez me guérir. - Jésus étendant la main, le toucha et lui dit : Je le veux, soyez
guéri; et à l'instant la lépre fut guérie. - Alors Jésus lui dit: Gardez-vous bien de parler de
ceci à personne; mais allez vous montrer aux prêtres, et offrez le don prescrit par Moïse,
afin que cela leur serve de témoignage. (Saint Matthieu, ch. VIII, v. de 1 à 4.)
182
CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
3. Faire le bien sans ostentation est un grand mérite; cacher la main qui donne est
encore plus méritoire; c'est le signe incontestable d'une grande supériorité morale: car pour
voir les choses de plus haut que le vulgaire, il faut faire abstraction de la vie présente et
s'identifier avec la vie future; il faut, en un mot, se placer au-dessus de l'humanité pour
renoucer à la satisfaction que procure le témoignage des hommes et attendre l'approbation de
Dieu. Celui qui prise le suffrage des hommes plus que celui de Dieu, prouve qu'il a plus de foi
dans les hommes qu'en Dieu, et que la vie présente est plus pour lui que la vie future, ou
même qu'il ne croit pas à la vie future; s'il dit le contraire, il agit comme s'il ne croyait pas à ce
qu'il dit.
Combien y en a-t-il qui n'obligent qu'avec l'espoir que l'obligé ila crier le bienfait sur les
toits; qui, au grand jour, donneront une grosse somme, et dans l'ombre ne donneraient pas une
pièce de monnaie! C'est pourquoi Jésus a dit: «Ceux qui font le bien avec ostentation ont déjà
reçu leur récompense;» en effet, celui qui cherche sa glorification sur la terre par le bien qu'il
fait, s'est déjà payé lui-même; Dieu ne lui doit plus rien; il ne lui reste à recevoir que la
punition de son orgueil.
Que la main gauche ne sache pas ce qne donne la main droite, est une figure qui
caractérise admirablement la bienfaisance modeste; mais s'il y a la modestie réelle, il y a aussi
la modestie jouée, le simulacre de la modestie; il y a des gens qui cachent la main qui donne,
en ayant soin d'en laisser passer un bout, regardant si quelqu'un ne la leur voit pas cacher.
Indigne parodie des maximes du Christ! Si les bienfaiteurs orgueilleux sont dépréciés parmi
les hommes, que sera-ce donc au-
183
NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE.
près de Dieu! Ceux-là aussi ont reçu leur récompense sur la terre. On les a vus; ils sont
satisfaits d'avoir été vus: c'est tout cé qu'ils auront.
Quelle sera donc la récompense de celui qui fait peser ses bienfaits sur l'obligé, qui lui
impose en quelque sorte des témoignages de reconnaissance, lui fait sentir sa position en
exaltant le prix des sacrifices qu'il s'impose pour lui? Oh! pour celui-là, il n'a pas même la
récompense terrestre, car il est privé de la douce satisfaction d'entendre bénir son nom, et c'est
là un premier châtiment de son orgueil; les larmes qu'il tarit au profit de sa vanité, au lieu de
monter au ciel, sont retombées sur le coeur de l'affligé et l'ont ulcéré. Le bien qu'il fait est sans
profit pour lui, puisqu'il le reproche, car tout bienfait reproché est une monnaie altérée et sans
valeur.
L'obligeance sans ostentation a un double mérite; outre la charité matérielle, c'est la
charité morale; elle ménage la susceptibilité de l'obligé; elle lui fait accepter le bienfait sans que
son amour-propre en souffre, et en sauvegardant sa dignité d'homme, car tel acceptera un
service qui ne recevrait pas l'aumône; or, convertir le service en aumône par la manière dont
on le rend, c'est humilier celui qui le reçoit, et il y a toujours orgueil et méchanceté à humilier
quelqu'un. La vraie charité, au contraire, est délicate et ingénieuse à dissimuler le bienfait, à
éviter jusqu'aux moindres apparences blessantes, car tout froissement moral ajoute à la
souffrance qui naît du besoin; elle sait trouver des paroles douces et affables qui mettent
l'obligé à son aise en face du bienfaiteur, tandis que la charité orgueilleuse l'écrase. Le sublime
de la vraie générosité, c'est lorsque le bienfaiteur, changeant de rôle, trouve
184
CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
le moyen de paraître lui-même l'obligé vis-à-vis de celui à qui il rend service. Voilà ce que
veulent dire ces paroles: Que la main gauche ne sache pas ce que donne la main droite.
Les infortunes cachées.
4. Dans les grandes calamités, la charité s'émeut, et l'on voit de généreux élans pour
réparer les désastres; mais, à côté de ces désastres généraux, il y a des milliers de désastres
particuliers qui passent inaperçus, des gens qui gisent sur un grabat sans se plaindre. Ce sont
ces infortunes discrètes et cachées que la vraie générosité sait aller découvrir sans attendre
qu'elles viennent demander assistance.
Quelle est cette femme à l'air distingué, à la mise simple quoique soignée, suivie d'une
jeune fille vêtue aussi modestement? Elle entre dans une maison de sordide apparence où elle
est connue sans doute, car à la porte on la salue avec respect. Où va-t-elle? Elle monte jusqu'à
la mansarde: là gît une mère de famille entourée de petits enfants; à son arrivée la joie brille
sur ces visages amaigris; c'est qu'elle vient calmer toutes ces douleurs; elle apporte le
nécessaire assaisonné de douces et consolantes paroles qui font accepter le bienfait sans
rougir, car ces infortunés ne sont point des mendiants de profession; le père est à l'hôpital, et
pendant ce temps la mère ne peut suffire aux besoins. Grâce à elle, ces pauvres enfants
n'endureront ni le froid ni la faim; ils iront à l'école chaudement vêtus, et le sein de la mère ne
tarira pas pour les plus petits. S'il en est un de malade parmi eux, aucun soin matériel ne lui
répugnera. De là elle se rend à l'hospice pour porter au père quel-
185
NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE.
ques douceurs et le tranquilliser sur le sort de sa famille. Au coin de la rue, l'attend une
voiture, véritable magasin de tout ce qu'elle porte à ses protégés qu'elle visite ainsi
successivement; elle ne leur demande ni leur croyance, ni leur opinion, car pour elle tous les
hommes sont frères et enfants dc Dieu. Sa tournée finie, elle se dit: J'ai bien commencé ma
journée. Quel est son nom? où demeure-t-elle? Nul ne le sait; pour les malheureux, c'est un
nom qui ne trahit rien; mais c'est l'ange de consolation; et, le soir, un concert de bénédictions
s'élève pour elle vers le Créateur: catholiques, juifs, protestants, tous la bénissent.
Pourquoi cette mise si simple? C'est qu'elle ne veut pas insulter à la misère par son
luxe. Pourquoi se faitelle accompagner par sa jeune fille? C'est pour lui apprendre comment on
doit pratiquer la bienfaisance. Sa fille aussi veut faire la charité, mais sa mère lui dit: “Que
peux-tu donner, mon enfant, puisque tu n'as rien à toi? Si je te remets quelque chose pour le
passer à d'autres, quel mérite auras-tu? C'est en réalité moi qui ferais la charité et toi qui en
aurais le mérite; ce n'est pas juste. Quand nous allons visiter les malades, tu m'aides à les
soigner; or, donner des soins, c'est donner quelque chose. Cela ne te semble-t-il pas suffisant?
rien n'est plus simple; apprends à faire des ouvrages utiles, et tu confectionneras des vêtements
pour ces petits enfants; de cette façon tu donneras quelque chose venant de toi.» C'est ainsi
que cette mère vraiment chrétienne forme sa fille à la pratique des vertus enseignées par le
Christ. Est-elle spirite? Qu'importe!
Dans son intérieur, c'est la femme du monde, parce que sa position l'exige; mais on
ignore ce qu'elle fait, parce qu'elle ne veut d'autre approbation que celle de
l86
CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
Dieu et de sa conscience. Pourtant un jour une circonstance imprévue conduit chez elle une de
ses protégées qui lui rapportait de l'ouvrage; celle-ci la reconnut et voulut bénir sa bienfaitrice.
“Chut! lui dit-elle; ne le dites à personne.” Ainsi parlait Jésus.
Le denier de la veuve.
5. Jésus étant assis vis-à-vis du tronc, considérait de quelle manière le peuple y
jetait de l'argent, et que plusieurs gens riches y en mettaient beaucoup. - Il vint aussi
une pauvre veuve qui y mit seulement deux petites pièces de la valeur d'un quart de
sou. - Alors Jésus ayant appelé ses disciples, leur dit: Je vous dis en vérité, cette pauvre
veuve a plus donné que tous ceux qui ont mis dans le tronc; - car tous les autres ont
donné de leur abondance, mais celle-ci a donné de son indigence, même tout ce qu'elle
avait et tout ce qui lui restait pour vivre. (Saint Marc, ch. XII, v. de 41 à 44.- Saint Luc,
ch. XXI, v. de 1 à 4.)
6. Beaucoup de gens regrettent de ne pouvoir faire autant de bien qu'ils le voudraient,
faute de ressources suffisantes, et s'ils désirent la fortune, c'est, disent-ils, pour en faire un bon
usage. L'intention est louable, sans doute, et peut être très sincère chez quelques-uns; mais
est-il bien certain qu'elle soit chez tous complétement désintéressée? N'y en a-t-il pas qui, tout
en souhaitant faire du bien aux autres, seraient bien aises de commencer par s'en faire à euxmêmes, de se donner quelques jouissances de plus, de se procurer un peu du superflu qui leur
manque, sauf à donner le reste aux pauvres? Cette arrière-pensée, qu'ils se dissimulent peutêtre, mais qu'ils trouveraient au fond de leur coeur s'ils voulaient y fouiller, annule le mérite de
l'intention,
187
NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE.
car la vraie charité pense aux autres avant de penser à soi. Le sublime de la charité, dans ce
cas, serait de chercher dans son propre travail, par l'emploi de ses forces, de son intelligence,
de ses talents, les ressources qui manquent pour réaliser ses intentions généreuses; là serait le
sacrifice le plus agréable au Seigneur. Malheureusement la plupart rêvent des moyens plus
faciles de s'enrichir tout d'un coup et sans peine, en courant après des chimères, comme les
découvertes de trésors, une chance aléatoire favorable, le recouvrement d'héritages inespérés,
etc. Que dire de ceux qui espèrent trouver, pour les seconder dans les recherches de cette
nature, des auxiliaires parmi les Esprits? Assurément ils ne connaissent ni ne comprennent le
but sacré du spiritisme, et encore moins la mission des Esprits, à qui Dieu permet de se
communiquer aux hommes; aussi en sont-ils punis par les déceptions. (Livre des Médiums, nos.
294, 295.)
Ceux dont l'intention est pure de toute idée personnelle doivent se consoler de leur
impuissance à faire autant de bien qu'ils le voudraient par la pensée que l'obole du pauvre, qui
donne en se privant, pèse plus dans la balance de Dieu que l'or du riche qui donne sans se
priver de rien. La satisfaction serait grande sans doute de pouvoir largement secourir
l'indigence; niais si elle est refusée, il faut se soumettre et se borner à faire ce qu'on peut.
D'ailleurs, n'est-ce qu'avec l'or qu'on peut tarir les larmes, et faut-il rester inactif parce qu'on
n'en possède pas? Celui qui veut sincèrement se rendre utile à ses frères en trouve mille
occasions; qu'il les cherche, et il les trouvera; si ce n'est d'une manière, c'est d'une autre, car il
n'est personne, ayant la libre jouissance de ses facultés, qui ne puisse rendre un service
188
CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
quelconque, donner une consolation, adoucir une souffrance physique ou morale, faire une
démarche utile; à défaut d'argent, chacun n'a-t-il pas sa peine, son temps, son repos, dont il
peut donner une partie? Là aussi est l'obole du pauvre, le denier de la veuve.
Convier les pauvres et les estropiés.
7. Il dit aussi à celui qui l'avait invité: Lorsque vous donnerez à dîner ou à
souper, n'y conviez ni vos amis. ni vos frères, ni vos parents, ni vos voisins qui seront
riches, de peur qu'ils ne vous invitent ensuite à leur tour, et qu'ainsi ils ne vous rendent
ce qu'ils avaient reçu de vous. - Mais lorsque vous faites un festin, conviez-y les pauvres,
les estropiés, les boiteux et les aveugles; - et vous serez heureux de ce qu'ils n'auront pas
le moyen de vous le rendre; car cela vous sera rendu dans la résurrection des justes.
Un de ceux qui étaient à table, ayant entendu ces paroles, lui dit: Heureux celui
qui mangera du pain dans le royaume de Dieu! (Saint Luc, ch. XIV, v. de 12 à 15.)
8. «Lorsque vous faites un festin, dit Jésus, n'y conviez pas vos amis, mais les pauvres
et les estropiés.» Ces paroles, absurdes, si on les prend à la lettre, sont sublimes si l'on en
cherche l'esprit. Jésus ne peut avoir voulu dire qu'au lieu de ses amis il faut réunir à sa table les
mendiants de la rue; son langage était presque toujours figuré, et à des hommes incapables de
comprendre les nuances délicates de la pensée, il fallait des images fortes, produisant l'effet
des couleurs tranchantes. Le fond de sa pensée se révèle dans ces mots: «Vous serez heureux
de ce qu'ils n'auront pas le moyen de vous le rendre;» c'est dire qu'on ne doit point faire le bien
en vue d'un retour, mais pour le seul
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NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE
plaisir de le faire. Pour donner une comparaison saisissante, il dit: Conviez à vos festins les
pauvres, car vous savez que ceux-là ne pourront rien vous rendre; et par festins il faut
entendre, non les repas proprement dits, mais la participation à l'abondance dont vous
jouissez.
Cette parole peut cependant aussi recevoir son application dans un sens plus littéral.
Que de gens n'invitent à leur table que ceux qui peuvent, comme ils le disent, leur faire
honneur, ou qui peuvent les convier à leur tour! D'autres, au contraire, trouvent de la
satisfaction à recevoir ceux de leurs parents ou amis qui sont moins heureux; or, qui est-ce qui
n'en a pas parmi les siens? C'est parfois leur rendre un grand service sans en avoir l'air. Ceuxlà, sans aller recruter les aveugles et les estropiés, pratiquent la maxime de Jésus, s'ils le font
par bienveillance, sans ostentation, et s'ils savent dissimuler le bienfait par une sincère
cordialité.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
La charité matérielle et la charité morale.
9. «Aimons-nous les uns les autres et faisons à autrui ce que nous voudrions qui nous
fût fait. »Toute la religion, toute la morale se trouvent renfermées dans ces deux préceptes;
s'ils étaient suivis ici-bas, vous seriez tous parfaits: plus de haines, plus de dissentiments; je
dirai plus encore: plus de pauvreté, car du superflu de la table de chaque riche, bieri des
pauvres se nourriraient, et vous ne verriez plus, dans les sombres quartiers que j'ai habités
pendant ma dernière in-
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CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
carnation, de pauvres femmes traînant après elles de misérables enfants manquant de tout.
Riches! pensez un peu à cela; aidez de votre mieux les malheureux; donnez, pour que
Dieu vous rende un jour le bien que vous aurez fait, pour que vous trouviez, au sortir de votre
enveloppe terrestre, un cortége d'Esprits reconnaissants qui vous recevront au seuil d'un
monde plus heureux.
Si-vous pouviez savoir la joie que j'ai éprouvée en retrouvant là-haut ceux que j'avais
pu obliger dans ma dernière vie!...
Aimez donc votre prochain; aimez-le comme vous-mêmes, car vous le savez
maintenant, ce malheureux que vous repoussez est peut-être un frère, un père, un ami que
vous rejetez loin de vous; et alors quel sera votre désespoir en le reconnaissant dans le monde
des Esprits!
Je souhaite que vous compreniez bien ce que peut etre la charité morale, celle que
chacun peut pratiquer; celle qui ne coûte rien de matériel, et cependant celle qui est plus
difficile à mettre en pratique.
La charité morale consiste à se supporter les uns les autres, et c'est ce que vous faites
le moins, en ce bas monde où vous êtes incarnés pour le moment. Il y a un grand mérite,
croyez-moi, à savoir se taire pour laisser parler un plus sot que soi; et c'est encore là un genre
de charité. Savoir être sourd quand un mot moqueur s'échappe d'une bouche habituée à railler;
ne pas voir le sourire dédaigneux qui accueille votre entrée chez des gens qui, souvent à tort,
se croient au-des-sus de vous, tandis que, dans la vie spirite, la seule réelle, ils en sont
quelquefois bien loin; voilà un mérite, non pas d'humilité, mais de charité; car ne
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NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE.
pas remarquer les torts d'autrui, c'est la charité morale.
Cependant cette charité ne doit pas empêcher l'autre; mais pensez surtout à ne pas
mépriser votre semblable; rappelez-vous tout ce que je vous ai déjà dit: Il faut se souvenir sans
cesse que, dans le pauvre rebuté, vous repoussez peut-être un Esprit qui vous a été cher, et
qui se trouve momentanément dans une position inférieure à la vôtre. J'ai revu un des pauvres
de votre terre que j'avais pu, par bonheur, obliger quelquefois, et qu'il m'arrive maintenant
d'implorer à mon tour.
Rappelez-vous que Jésus a dit que nous sommes frères, et pensez toujours à cela avant
de repousser le lépreux ou le mendiant. Adieu; pensez à ceux qui souffrent, et priez. (SOEUR
ROSALIE. Paris, 1860.)
10. Mes amis, j'ai entendu plusieurs d'entre vous se dire: Comment puis-je faire la
charité? souvent je n'ai pas même le nécessaire!
La cliarité, mes amis, se fait de bien des manières; vous pouvez faire la charité en
pensées, en paroles et en actions. Eu pensées: en priant pour les pauvres délaissés qui sont
morts sans avoir été à même de voir la lumière; une prière du coeur les soulage. En paroles: en
adressant à vos compagnons de tous les jours quelques bons avis; dites aux hommes aigris par
le désespoir, les privations, et qui blasphèment le nom du Très-Haut: «J'étais comme vous; je
souffrais, j'étais malheureux, mais j'ai cru au Spiritisme, et voyez, je suis heureux maintenant.
»Aux vieillards qui vous diront: «C'est inutile; je suis au bout de ma carrière; je mourrai
comme j'ai vécu. »Dites à ceux-là: “Dieu a pour nous tous une justice égale; rappelez-vous les
ouvriers de la
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CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
dixième heure.” Aux petits enfants qui, déjà viciés par leur entourage, s'en vont rôder par les
chemins, tout prêts à succomber aux mauvaises tentations, dites-leur: «Dieu vous voit, mes
chers petits,» et ne craignez pas de leur répéter souvent cette douce parole; elle finira par
prendre germe dans leur jeune intelligence, et au lieu de petits vagabonds, vous aurez fait des
hommes. C'est encore là une charité.
P1usieurs d'entre vous disent aussi: «Bah! nous sommes si nombreux sur la terre, Dieu
ne peut pas nous voir tous.» Écoutez bien ceci, mes amis: Quand vous êtes sur le sommet
d'une montagne, est-ce que votre regard n'embrasse pas les milliards de grains de sable qui
couvrent cette montagne? Eh bien! Dieu vous voit de même; il vous laisse votre libre arbitre,
comme vous laissez ces grains de sable aller au gré du vent qui les disperse; seulement, Dieu,
dans sa miséricorde infinie, a mis au fond de votre coeur une sentinelle vigilante qu'on appelle
la conscience. Écoutez-la; elle ne vous donnera que de bons conseils. Parfois vous
l'engourdissez en lui opposant l'esprit du mal; elle se tait alors; mais soyez sûrs que la pauvre
délaissée se fera entendre aussitôt que vous lui aurez laissé apercevoir l'ombre du remords.
Ecoutez-la, interrogez-la, et souvent vous vous trouverez consolés du conseil que vous en
aurez reçu.
Mes amis, à chaque régiment nouveau le général remet un drapeau; je vous donne,
moi, cette maxime du Christ: «Aimez-vous les uns les autres.» Pratiquez cette maxime;
réunissez-vous tous autour de cet étendard, et vous en recevrez le bonheur et la consolation.
(UN ESPRIT PROTECTEUR. Lyon, 1860.)
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NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE.
La bienfaisance.
11. La bienfaisance, mes amis, vous donnera dans ce monde les plus pures et les plus
douces jouissances, les joies du coeur qui ne sont troublées ni par le remords, ni par
l'indifférence. Oh! puissiez-vous comprendre tout ce que renferme de grand et de doux la
générosité des belles âmes, ce sentiment qui fait que l'on regarde autrui du même oeil que l'on
se regarde soi-même, qu'on se dépouille avec joie pour couvrir son frère. Puissiez-vous, mes
amis, n'avoir de plus douce occupation que celle de faire des heureux! Quelles sont les fêtes
du monde que vous puissiez comparer à ces fêtes joyeuses, quand, représentants de la
Divinité, vous rendez la joie à ces pauvres familles qui ne connaissent de la vie que les
vicissitudes et les amertumes; quand vous voyez soudain ces visages flétris rayonner
d'espérance, car ils n'avaient pas de pain, ces malheureux, et leurs petits enfants, ignorant que
vivre c'est souffrir, criaient, pleuraient et répétaient ces paroles qui s'enfonçaient comme un
glaive aigu dans le coeur maternel: J'ai faim!... Oh! comprenez combien sont délicieuses les
impressions de celui qui voit renaître la joie là où, un instant auparavaut, il ne voyait que
désespoir! Comprenez quelles sont vos obligations envers vos frères! Allez, allez audevant de
l'infortune; allez au secours des misères cachées surtout, car ce sont les plus douloureuses.
Allez, mes bien-aimés, et souvenez-vous de ces paroles du Sauveur: «Quand vous vêtirez un
de ces petits, songez que c'est à moi que vous le faites!»
Charité! mot sublime qui résume toutes les vertus, c'est toi qui dois conduire les
peuples au bonheur; en te
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CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
pratiquant, ils se créeront des jouissances infinies pour l'avenir, et pendant leur exil sur la terre,
tu seras leur consolation, l'avant-goût des joies qu'ils goûteront plus tard quand ils
s'embrasseront tous ensemble dans le sein du Dieu d'amour. C'est toi, vertu divine, qui m'as
procuré les seuls moments de bonheur que j'aie goûtés sur la terre. Puissent mes frères
incarnés croire la voix de l'ami qui leur parle et leur dit: C'est dans la charité que vous devez
chercher la paix du coeur, le contentement de l'ame, le remède contre les afflictions de la vie.
Oh! quand vous êtes sur le point d'accuser Dieu, jetez un regard au-dessous de vous; voyez
que de misères à soulager; que de pauvres enfants sans famille; que de vieillards qui n'ont pas
une main amie pour les secourir et leur fermer les yeux quand la mort les réclame! Que de bien
à faire! Oh! ne vous plaignez pas; mais, au contraire, remerciez Dieu, et prodiguez à pleines
mains votre sympathie, votre amour, votre argent à tous ceux qui, déshérités des biens de ce
monde, languissent dans la souffrance et dans l'isolement. Vous recueillerez ici-bas des joies
bien douces, et plus tard... Dieu seul le sait!... (ADOLPHE, évêque d'Alger. Bordeaux, 1861.)
12. Soyez bons et charitables, c'est la clef des cieux que vous tenez en vos mains; tout
le bonheur éternel est renfermé dans cette maxime: Aimez-vous les uns les autres. L'âme ne
peut s'élever dans les régions spirituelles que par le dévoûment au prochain; elle ne trouve de
bonheur et de consolation que dans les élans de la charité; soyez bons, soutenez vos frères,
laissez de côté l'affreuse plaie de l'égoïsme; ce devoir rempli doit vous ouvrir la route du
bonheur éternel. Du reste, qui
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NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE.
d'entre vous n'a senti son coeur bondir, sa joie intérieure se dilater au récit d'un beau
dévoûment, d'une oeuvre vraiment charitable? Si vous ne recherchiez que la volupté que
procure une bonne action, vous resteriez toujours dans le chemin du progrès spirituel. Les
exemples ne vous manquent pas; il n'y a que les bonnes volontés qui sont rares. Voyez la foule
des hommes de bien dont votre histoire vous rappelle le pieux souvenir.
Le Christ ne vous a-t-il pas dit tout ce qui concerne ces vertus de charité et d'amour?
Pourquoi laisse-t-on de côté ses divins enseignements? Pourquoi ferme-t-on l'oreille à ses
divines paroles, le coeur à toutes ses douces maximes? Je voudrais qu'on apportât plus
d'intérêt, plus de foi aux lectures évangéliques; on délaisse ce livre, on en fait un mot creux,
une lettre close; on laisse ce code admirable dans l'oubli: vos maux ne proviennent que de
l'abandon volontaire que vous faites de ce résumé des lois divines. Lisez donc ces pages toutes
brûlantes du dévoûment de Jésus, et méditez-les.
Hommes forts, ceignez-vous; hommes faibles, faites-vous des armes de votre douceur,
de votre foi; ayez plus de persuasion, plus de constance dans la propagation de votre nouvelle
doctrine; ce n'est qu'un encouragement que nous sommes venus vous donner, ce n'est que
pour stimuler votre zèle et vos vertus que Dieu nous permet de nous manifester à vous; mais
si on voulait, on n'aurait besoin que de l'aide de Dieu et de sa propre volonté: les
manifestations spirites ne sont faites que pour les yeux fermés et les coeurs indociles.
La charité est la vertu fondamentale qui doit soutenir tout l'édifice des vertus
terrestres; sans elle les autres
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CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
n'existent pas. Sans la charité point d'espoir dans un sort meilleur, pas d'intérêt moral qui nous
guide; sans la charité point de foi, car la foi n'est qu'un pur rayon qui fait briller une âme
charitable.
La charité est l'ancre éternelle du salut dans tous les globes: c'est la plus pure
émanation du Créateur lui-même; c'est sa propre vertu qu'il donne à la créature. Comment
voudrait-on méconnaître cette suprême bonté? Quel serait, avec cette pensée, le coeur assez
pervers pour refouler et chasser ce sentiment tout divin? Quel serait l'enfant assez méchant
pour se mutiner contre cette douce caresse: la charité?
Je n'ose pas parler de ce que j'ai fait, car les Esprits ont aussi la pudeur de leurs
oeuvres; mais je crois celle que j'ai commencée une de celles qui doivent le plus contribuer au
soulagement de vos semblables. Je vois souvent les Esprits demander pour mission de
continuer ma tâche; je les vois, mes douces et chères soeurs, dans leur pieux et divin ministère;
je les vois pratiquer la vertu que je vous recommande, avec toute la joie que procure cette
existence de dévoûment et de sacrifices; c'est un grand bonheur pour moi de voir combien leur
caractère est honoré, combien leur mission est aimée et doucement protégée. Hommes de
bien, de bonne et forte volonté, unissez-vous pour continuer grandement l'oeuvre de
propagation de la charité; vous trouverez la récompense de cette vertu par son exercice même;
il n'est pas de joie spirituelle qu'elle ne donne dès la vie présente. Soyez unis; aimez-vous les
uns les autres selon les préceptes du Christ. Ainsi soit-il. (SAINT VINCENT DE PAUL.
Paris, 1858.)
13. Je me nomme la charité, je suis la route princi-
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NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE.
pale qui conduit vers Dieu; suivez-moi, car je suis le but où vous devez tous viser.
J'ai fait ce matin ma tournée habituelle, et, le coeur navré, je viens vous dire: Oh! mes
amis, que de misères, que de larmes, et combien vous avez à faire pour les sécher toutes! J'ai
vainement cherché à consoler de pauvres mères; je leur disais à l'oreille: Courage! il y a de
bons coeurs qui veillent sur vous; on ne vous abandonnera pas; patience! Dieu est là; vous
êtes ses aimées, vous êtes ses élues. Elles paraissaient m'entendre et tournaient de mon côté de
grands yeux égarés; je lisais sur leur pauvre visage que leur corps, ce tyran de l'Esprit, avait
faim, et que si mes paroles rassérénaient un peu leur coeur, elles ne remplissaient pas leur
estomac. Je répétais encore: Courage! courage! Alors une pauvre mère, toute jeune, qui
allaitait un petit enfant, l'a pris dans ses bras et l'a tendu dans l'espace vide, comme pour me
prier de protéger ce pauvre petit être qui ne prenait à un sein stérile qu'une nourriture
insuffisante.
Ailleurs, mes amis, j'ai vu de pauvres vieillards sans travaux et bientôt sans asile, en
proie à toutes les souffrances du besoin, et, honteux de leur misère, n'osant pas, eux qui n'ont
jamais mendié, aller implorer la pitié des passants. Le coeur ému de compassion, moi qui n'ai
rien, je me suis faite mendiante pour eux, et je vais de tous côtés stimuler la bienfaisance,
souffler de bonnes pensées aux coeurs généreux et compatissants. C'est pourquoi je viens à
vous, mes amis, et je vous dis: Làbas il y a des malheureux dont la huche est sans pain, le
foyer sans feu et le lit sans couverture. Je ne vous dis pas ce que vous devez faire; j'en laisse
l'initiative à vos bons coeurs; si je vous dictais votre ligne de conduite,
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CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
vous n'auriez plus le mérite de votre bonne action; je vous dis seulement: Je suis la charité, et
je vous tends la main pour vos frères souffrants.
Mais si je demande, je donne aussi et je donne beaucoup; je vous convie à un grand
banquet, et je fournis l'arbre où vous vous rassasierez tous! Voyez comme il est beau, comme
il est chargé de leurs et de fruits! Allez, allez, cueillez, prenez tous les fruits de ce bel arbre qui
s'appelle la bienfaisance. A la place des rameaux que vous aurez pris, j'attacherai toutes les
bonnes actions que vous ferez, et je rapporterai cet arbre à Dieu pour qu'il le charge de
nouveau, car la bienfaisance est inépuisab1e. Suivez-moi donc, mes amis, afin que je vous
compte parmi ceux qui s'enrôlent sous ma bannière; soyez sans crainte; je vous conduirai dans
la voie du salut, car je suis la Charité. (CARITA, martyrisée à Rome. Lyon, 1861.)
14. Il y a plusieurs manières de faire la charité que beaucoup d'entre vous confondent
avec l'aumône; il y a pourtant une grande différence. L'aumône, mes amis, est quelquefois
utile, car elle soulage les pauvres; mais elle est presque toujours humiliante et pour celui qui la
fait et pour celui qui la reçoit. La charité, au contraire, lie le bienfaiteur et l'obligé, et puis elle
se déguise de tant de manières! On peut être charitable même avec ses proches, avec ses amis,
en étant indulgents les uns envers les autres, en se pardonnant ses faiblesses, en ayant soin de
ne froisser l'amour-propre de personne; pour vous, spirites, dans votre manière d'agir envers
ceux qui ne pensent pas comme vous; en amenant les moins clairvoyants à croire, et cela sans
les heurter, sans rompre en visière avec leurs convictions, mais en
199
NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE
les amenant tout doucement à nos réunions où ils pourront nous entendre, et où nous saurons
bien trouver la brèche du coeur par où nous devrons pénétrer. Voilà pour un côté de la
charité.
Écoutez maintenant la charité envers les pauvres, ces déshérités ici-bas, mais ces
récompensés de Dieu, s'ils savent accepter leurs misères sans murmurer, et cela dépend de
vous. Je vais me faire comprendre par un exemple.
Je vois plusieurs fois dans la semaine une réunion de dames: il y eii a de tous les ûges;
pour nous, vous le savez, elles sont toutes soeurs. Que font-elles donc? FIles travaillent vite,
vite; les doigts sont agiles; aussi voyez comme les visages sont radieux, et comme les coeurs
battent à l'unisson! mais quel est leur but? c'est qu'elles voient approcher l'hiver qui sera rude
pour les pauvres ménages; les fourmis n'ont pas pu amasser pen-dant l'été le grain nécessaire à
la provision, et la plupart des effets sont engagés; les pauvres mères s'inquiètent et pleurent en
songeant aux petits enfants qui, cet hiver, auront froid et faim! Mais patience, pauvres
femmes! Dieu en a inspiré de plus fortunées que vous; elles se sout réunies et vous
confectionnent de petits vêtemeuts; puis un de ces jours, quand la neige aura couvert la terre
et que vous murmurerez en disant: “Dieu n'est pas juste,” car c'est votre parole ordinaire à
vous qui souffrez; alors vous verrez apparaître un des enfants de ces bonnes travailleuses qui
se sont constituées les ouvrières des pauvres; oui, c'est pour vous qu'elles travaillaient ainsi, et
votre murmure se changera en bénédiction, car dans le coeur des malheureux l'amour suit de
bien près la haine.
Comme il faut à toutes ces travailleuses un encoura-
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CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
gement, je vois les communications des bous Esprits leur arriver de toutes parts; les hommes
qui font partie de cette société apportent aussi leur concours en faisant une de ces lectures qui
plaisent tant; et nous, pour récompenser le zèle de tous et de chacun en particulier, nous
promettons à ces ouvrières laborieuses une bonne clientèle qui les payera, argent comptant, en
bénédictions, seule monnaie qui ait cours au ciel, leur assurant en outre, et sans crainte de trop
nous avancer, qu'elle ne leur manquera pas. (CARITA. Lyon, 1861.)
15. Mes chers amis, chaque jour j'en entends parmi vous qui disent: «Je suis pauvre, je
ne puis pas faire la charité;» et chaque jour je vous vois manquer d'indulgence pour vos
semblables; vous ne leur pardonnez rien, et vous vous érigez en juges souvent sévères, sans
vous demander si vous seriez satisfaits qu'on en fît autant à votre égard. L'indulgence n'est-elle
pas aussi de la charité? Vous qui ne pouvez faire que la charité indulgente, faites-la au moins,
mais faites-la grandement. Pour ce qui est de la charité matérielle, je veux vous raconter une
histoire de l'autre monde.
Deux hommes venaient de mourir; Dieu avait dit: Tant que ces deux hommes vivront,
on mettra dans un sac chacune de leurs bonnes actions, et à leur mort on pèsera ces sacs.
Quand ces deux hommes arrivèrent à leur dernière heure, Dieu se fit apporter les deux sacs;
l'un était gros, grand, bien bourré, il résonnait le métal qui le remplissait; l'autre était tout petit,
et si mince, qu'on voyait à travers les rares sous qu'il contenait; et chacun de ces hommes
reconnut son sac: Voici le mien, dit le premier: je le lecounais; j'ai été riche et j'ai beaucoup
donné. Voilà le mien, dit l'autre;
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NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE.
j'ai toujours été pauvre, hélas! je n'avais presque rien à partager. Mais, ô surprise! les deux
sacs mis dans la balance, le plus gros devint léger, et le petit s'alourdit, si bien qu'il emporta de
beaucoup l'autre côté de la balance. Alors Dieu dit au riche: Tu as beaucoup donné, c'est vrai,
mais tu as donné par ostentation, et pour voir ton nom figurer à tous les temples de l'orgueil,
et de plus en donnant tu ne t'es privé de rien; vas à gauche et sois satisfait que l'aumône te soit
comptée encore pour quelque petite chose. Puis il dit au pauvre: Tu as bien peu donné, toi,
mon ami; mais chacun des sous qui sont dans cette balance représente une privation pour toi;
si tu n'as pas fait l'aumône, tu as fait la charité, et ce qu'il y a de mieux, tu as fait la charité
naturellement, sans penser qu'on t'en tiendrait compte; tu as été indulgent; tu n'as pas jugé ton
semblable, tu l'as au contraire excusé dans toutes ses actions: passe àdroite, et va recevoir ta
récompense. (UN ESPRIT PROTECTEUR. Lyon, 1861.)
16. La femme riche, heureuse, qui n'a pas besoin d'employer son temps aux travaux de
son ménage, ne peut-elle consacrer quelques heures à des travaux utiles pour ses semblables?
Qu'avec le superflu de ses joies elle achète de quoi couvrir le malheureux qui grelotte de froid;
qu'elle fasse, de ses mains délicates, de grossiers mais chauds vêtements; qu'elle aide la mère à
couvrir l'enfant qui va naître; si son enfant, à elle, a quelques dentelles de moins, celui du
pauvre aura plus chaud. Travailler pour les pauvres, c'est travailler à la vigne du Seigneur.
Et toi, pauvre ouvrière, qui n'as pas de superflu, mais qui veux, dans ton amour pour
tes frères, donner aussi
202
CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
du peu que tu possèdes, donne quelques heures de ta journée, de ton temps ton seul trésor;
fais de ces ouvrages élégants qui tentent les heureux; vends le travail de ta veille, et tu pourras
aussi procurer à tes frères ta part de soulagement; tu auras peut-être quelques rubans de
moins, mais tu donneras des souliers à celui qui a les pieds nus.
Et vous, femmes vouées à Dieu, travaillez aussi à son oeuvre, mais que vos ouvrages
délicats et coûteux ne soient pas faits seulement pour orner vos chapelles, pour attirer
l'attention sur votre adresse et votre patience; travaillez, mes filles, et que le prix de vos
ouvrages soit consacré au soulagement de vos frères en Dieu; les pauvres sont ses enfants
bien-aimés; travailler pour eux, c'est le glorifier. Soyez-leur la Providence qui dit: Aux oiseaux
du ciel Dieu donne la pâture. Que l'or et l'argent qui se tissent sous vos doigts se changent en
vêtements et en nourriture pour ceux qui en manquent. Faites cela, et votre travail sera béni.
Et vous tous qui pouvez produire, donnez; donnez votre génie, donnez vos
inspirations, donnez votre coeur que Dieu bénira. Poètes, littérateurs, qui n'étes lus que par les
gens du monde, satisfaites leurs loisirs, mais que le produit de quelques-unes de vos oeuvres
soit consacré au soulagement des malheureux; peintres, sculpteurs, artistes en tous genres, que
votre intelligence vienne aussi en aide à vos frères, vous n'en aurez pas moins de gloire, et il y
aura quelques souffiances de moins.
Tous vous pouvez donner; dans quelque classe que vous soyez, vous avez quelque
chose que vous pouvez partager; quoi que ce soit que Dieu vous ait donné, vous en devez une
partie à celui qui manque du néces-
203
NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE.
saire, parce qu'à sa place vous seriez bien aises qu'un autre partageât avec vous. Vos trésors
de la terre seront un peu moindres, mais vos trésors dans le ciel seront plus abondants; vous y
recueillerez au centuple ce que vous aurez semé en bienfaits ici-bas. (JEAN. Bordeaux, 1861.)
La pitié.
17. La pitié est la vertu qui vous rapproche le plus des anges; c'est la soeur de charité
qui vous conduit vers Dieu. Ah! laissez votre coeur s'attendrir à l'aspect des misères et des
souffrances de vos semblables; vos larmes sont un baume que vous versez sur leurs blessures,
et lorsque, par une douce sympathie, vous parvenez à leur rendre l'espérance et la résignation,
quel charme n'éprouvez-vous pas! Ce charme, il est vrai, a une certaine amertume, car il naît à
côté du malheur; mais s'il n'a pas l'âcreté des jouissances mondaines, il n'a pas les poignantes
déceptions du vide que celles-ci laissent après elles; il a une suavité pénétrante qui réjouit
l'âme. La pitié, une pitié bien sentie, c'est de l'amour; l'amour, c'est du dévoûment; le
dévoûment, c'est l'oubli de soi-même; et cet oubli, cette abnégation en faveur des malheureux,
c'est la vertu par excellence, celle qu'a pratiquée toute sa vie le divin Messie, et qu'il a
enseignée dans sa doctrine si sainte et si sublime. Lorsque cette doctrine sera rendue à sa
pureté primitive, qu'elle sera admise par tous les peuples, elle donnera le bonheur à la terre en
y faisant régner enfin la concorde, la paix et l'amour.
Le sentiment le plus propre à vous taire progresser en domptant votre égoïsme et votre
orgueil, celui qui
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CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
dispose votre âme à l'humilité, à la bienfaisance et à l'amour de votre prochain, c'est la pitié!
cette pitié qui vous étueut jusque dans vos entrailles devant les souffrances de vos frères, qui
vous fait leur tendre une main secourable et vous arrache de sympathiques larmes. N'étouffez
donc jamais dans vos coeurs cette émotion céleste, ne faites pas comme ces égoïstes endurcis
qui s'éloignent des affligés, parce que la vue de leur misère troublerait un instant leur joyeuse
existence; redoutez de rester indifférents lorsque vous pouvez être utiles. La tranquillité
achetée au prix d'une indifférence coupable, c'est la tranquillité de la mer Morte, qui cache au
fond de ses eaux la vase fétide et la corruption.
Que la pitié est loin cependant de causer le trouble et l'ennui dont s'épouvante l'égoïste!
Sans doute l'âme éprouve, au contact du malheur d'autrui et en faisant un retour sur ellemême, un saisissement naturel et profond qui fait vibrer tout votre être et vous affecte
péniblement; mais la compensation est grande, quand vous parvenez à rendre le courage et
l'espoir à un frère malheureux qu'attendrit la plession d'une main amie, et dont le regard,
humide à la fois d'émotion et de reconnaissance, se tourne doucement vers vous avant de se
fixer sur le ciel pour le remercier de lui avoir envoyé un consolateur, un appui. La pitié est le
mélancolique mais céleste précurseur de la charité, cette première des vertus dont elle est la
soeur et dont elle prépare et ennoblit les bienfaits. (MICHEL. Bordeaux, 1862.)
Les orphelins.
18. Mes frères, aimez les orphelins; si vous saviez combien il est triste d'être seul et
abandonné, surtout
205
NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE.
dans le jeune âge! Dieu permet qu'il y ait des orphelins pour nous engager à leur servir de
pères. Quelle divine charité d'aider une pauvre petite créature délaissée, de l'empêcher de
souffrir de la faim et du froid, de diriger son âme afin qu'elle ne s'égare pas dans le vice! Qui
tend la main à l'enfant abandonné est agréable à Dieu, car il comprend et pratique sa loi.
Pensez aussi que souvent l'enfant que vous secourez vous a été cher dans une autre
incarnation; et si vous pouviez vous souvenir, ce ne serait plus de la charité mais un devoir.
Ainsi donc, mes amis, tout être souffrant est votre frère et a droit à votre charité, non pas
cette charité qui blesse le coeur, non cette aumône qui brûle la main dans laquelle elle tombe,
car vos oboles sont souvent bien amères! Que de fois elles seraient refusées si, au grenier, la
maladie et le dénûment ne les attendaient pas! Donnez délicatement, ajoutez au bienfait le plus
précieux de tous: une bonne parole, une caresse, un sourire d'ami; évitez ce ton de protection
qui retourne le fer dans un coeur qui saigne, et pensez qu'en faisant le bien, vous travaillez
pour vous et les vôtres. (UN ESPRIT FAMILIER. Paris, 1860.)
19. Que faut-il penser des gens qui, ayant été payés de leurs bienfaits par
l'ingratitude, ne font plus de bien de peur de rencontrer des ingrats?
Ces gens-là ont plus d'égoïsme que de charité; car ne faire le bien que pour en recevoir
des marques de reconnaissance, ce n'est pas le faire avec désintéressement, et le bienfait
désintéressé est le seul qui soit agréable à Dieu. C'est aussi de l'orgueil, car ils se complaisent
dans l'humilité de l'obligé qui vient mettre sa reconnaissance à leurs pieds. Celui qui cherche
sur la
206
CHAPITRE XIII. - QUE LA MAIN GAUCHE
terre la récompense du bien qu'il f'ait ne la recevra pas au ciel; mais Dieu tiendra compte à
celui qui ne la cherche pas sur la terre.
Il faut toujours aider les faibles, quoique sachant d'avance que ceux à qui on fait le bien
n'en sauront pas gré. Sachez que si celui à qui vous rendez service oublie le bienfait, Dieu vous
en tiendra plus de compte que si vous étiez déjà récompensés par la reconnaissance de votre
obligé. Dieu permet que vous soyez parfois payés d'ingratitude pour éprouver votre
persévérance à faire le bien.
Que savez-vous, d'ailleurs, si ce bienfait, oublié pour le moment, ne portera pas plus
tard de bons fruits? Soyez certains, au contraire, que c'est une semence qui germera avec le
temps. Malheureusement vous ne voyez toujours que le présent; vous travaillez pour vous, et
non en vue des autres. Les bienfaits finissent par amollir les coeurs les plus endurcis; ils
peuvent être méconnus ici-bas, mais lorsque l'Esprit sera débarrassé de son voile charnel, il se
souviendra, et ce souvenir sera son châtiment; alors il regrettera son ingratitude; il voudra
réparer sa faute, payer sa dette dans une autre existeuce, souvent même en acceptant une vie
de dévoûment envers son bienfaiteur. C'est ainsi que, sans vous en douter, vous aurez
contribué à son avancement moral, et vous reconnaîtrez plus tard toute la vérité de cette
maxime: Un bienfait n'est jamais perdu. Mais vous aurez aussi travaillé pour vous, car vous
aurez le mérite d'avoir fait le bien avec désintéressement, et sans vous être laissé décourager
par les déceptions.
Ah! mes amis, si vous connaissiez tous les liens qui, dans la vie présente, vous
rattachent à vos existences antérieures; si vous pouviez embrasser la multitude des
207
NE SACHE PAS CE QUE DONNE LA DROITE.
rapports qui rapprochent les êtres les uns des autres leur leur progrès mutuel, vous admireriez
bien mieux encore la sagesse et la bonté du Créateur qui vous permet de revivre pour arriver à
lui. (GUIDE PROTECTEUR. Sens, 1862.)
20. La bienfaisance est-elle bien entendue quand elle est exclusive entre les gens
d'une même opinion, d'une même croyance ou d'un même parti?
Non, c'est surtout l'esprit de secte et de parti qu'il faut abolir, car tous les hommes sont
frères. Le vrai chrétien ne voit que des frères dans ses semblables, et avant de secourir celui
qui est dans le besoin, il ne consulte ni sa croyance, ni son opinion en quoi que ce soit.
Suivrait-il le précepte de Jésus-Christ, qui dit d'aimer même ses ennemis, s'il repoussait un
malheureux, parce que celui-ci aurait une autre foi que la sienne? Qu'il le secoure donc sans lui
demander aucun compte de sa conscience, car si c'est un ennemi de la religion, c'est le moyen
de la lui faire aimer; en le repoussant, on la 1ui ferait haïr. (SAINT Louis. Paris, 1860.)
208
CHAPITRE XIV
HONOREZ VOTRE PÈRE ET VOTRE MÈRE.
Piété filiale. - Qui est ma mère et qui sont mes frères?- Parenté corporelle et parenté
spirituelle. - Instructions des Esprits: L'ingratitude des enfants.
1. Vous savez les commandements: vous ne commettrez point d'adultère; vous ne
tuerez point; vous ne déroberez point; vous ne porterez point de faux témoignage; vous
ne ferez tort à personne; honorez votre père et votre mère. (Saint Marc, ch. X, v. 19; saint
Luc, ch. XVIII, v. 20; saint Matthieu, ch. XIX, v. 19.)
2. Honorez votre père et votre mère, afin que vous viviez longtemps sur la terre
que le Seigneur votre Dieu vous donnera. (Décalogue; Exode, ch. XX, v. 12.)
Piété filiale.
3. Le commandement: “Honorez votre père et votre mère,” est une conséquence de la
loi générale de charité et d'amour du prochain, car on ne peut aimer son prochain sans aimer
son père et sa mère; mais le mot honorez renferme un devoir de plus à leur égard, celui de la
piété filiale. Dieu a voulu montrer par là qu'à l'amour il faut ajouter le respect, les égards, la
soumission et la condescendance, ce qui implique l'obligation d'accomplir envers eux d'une
manière plus rigoureuse encore tout ce que la charité commande envers le pro-
209
HONOREZ VOTRE PÈRE ET VOTRE MÈRE.
chain. Ce devoir s'étend naturellement aux personnes qui tiennent lieu de père et de mère, et
qui en ont d'autant plus de mérite, que leur dévoûment est moins obligatoire. Dieu punit
toujours d'une manière rigoureuse toute violation de ce commandement.
Honorer son père et sa mère, ce n'est pas seulement les respecter, c'est aussi les
assister dans le besoin; c'est leur procurer le repos sur leurs vieux jours; c'est les entourer de
sollicitude comme ils l'ont fait pour nous dans notre enfance.
C'est surtout envers les parents sans ressources que se montre la véritable piété filiale.
Satisfont-ils à ce commandement ceux qui croient faire un grand effort en leur donnant tout
juste de quoi ne pas mourir de faim, alors qu'eux-mêmes ne se privent de rien? en les reléguant
dans les plus infimes réduits de la maison, pour ne pas les laisser dans la rue, alors qu'ils se
réservent ce qu'il y a de mieux, de plus confortable? Heureux encore lorsqu'ils ne le font pas
de mauvaise grâce et ne leur font pas acheter le temps qui leur reste à vivre en se déchargeant
sur eux des fatigues du ménage! Est-ce donc aux parents vieux et faibles à être les serviteurs
des enfants jeunes et forts? Leur mère a-t-elle marchandé son lait quand ils étaient au berceau?
a-t-elle compté ses veilles quand ils étaient malades, ses pas pour leur procurer ce dont ils
avaient besoin? Non, ce n'est pas seulement le strict nécessaire que les enfants doivent à leurs
parents pauvres, ce sont aussi, autant qu'ils le peuvent, les petites douceurs du superflu, les
prévenances, les soins délicats, qui ne sont que l'intérêt de ce qu'ils ont reçu, le payement d'une
dette sacrée. Là seulemeut est la piété filiale acceptée par Dieu.
Malheur donc à celui qui oublie ce qu'il doit à ceux
210
CHAPITRE XIV.
qui l'ont soutenu dans sa faiblesse, qui avec la vie niatérielle lui ont donné la vie morale, qui
souvent se sont imposé de dures privations pour assurer sou bien-être; malheur à l'ingrat, car il
sera puni par l'ingratitude et l'abandon; il sera frappé dans ses plus chères affections,
quelquefois dès la vie présente, mais certainement dans une autre existence, où il endurera ce
qu'il aura fait endurer aux autres.
Certains parents, il est vrai, méconnaissent leurs devoirs, et ne sont pas pour leurs
enfants ce qu'ils devraient être; mais c'est à Dieu de les punir et non à leurs enfants; ce n'est
pas à ceux-ci de le leur reprocher, parce que peut-être eux-mêmes ont mérité qu'il en fût ainsi.
Si la charité fait une loi de rendre le bien pour le mal, d'être indulgent pour les imperfections
d'autrui, de ne point médire de son prochain, d'oublier et de pardonner les torts, d'aimer même
ses ennemis, combien cette obligation n'est-elle pas plus grande encore à l'égard des parents!
Les enfants doivent donc prendre pour règle de leur conduite envers ces derniers, tous les
préceptes de Jésus concernant le prochain, et se dire que tout procédé blâmable vis-à-vis
d'étrangers l'est encore plus vis-à-vis des proches, et que ce qui peut n'être qu'une faute dans le
premier cas peut devenir crime dans le second, parce qu'alors au manque de charité se joint
l'ingratitude.
4. Dieu a dit: “Honorez votre père et votre mère, afin que vous viviez longtemps sur la
terre que le Seigneur votre Dieu vous donnera;” pourquoi donc promet-il comme récompense
la vie sur la terre et nonla vie céleste? L'explication en est dans ces mots: «Que Dieu vous
donnera,» supprimés dans la formule mo-
211
HONOREZ VOTRE PÈRE ET VOTRE MÈRE.
derne du décalogue, ce qui en dénature le sens. Pour comprendre cette parole, il faut se
reporter à la situation et aux idées des Hébreux à l'époque où elle a été dite; ils ne
comprenaient pas encore la vie future; leur vue ne s'étendait pas au delà de la vie corporelle;
ils devaient donc être plus touchés de ce qu'ils voyaient que de ce qu'ils ne voyaient pas; c'est
pourquoi Dieu leur parle un langage à leur portée, et, comme à des enfants, leur donne en
perspective ce qui peut les satisfaire. Ils étaient alors dans le désert; la terre que Dieu leur
donnera était la Terre Promise, but de leurs aspirations: ils ne désiraient rien de plus, et Dieu
leur dit qu'ils y vivront longtemps, c'est-à-dire qu'ils la posséderont longtemps s'ils observent
ses commandements.
Mais à l'avènement de Jésus, leurs idées étaient plus développées; le moment étant
venu de leur donner une nourriture moins grossière, il les initie à la vie spirituelle en leur
disant: “Mon royaume n'est pas de ce monde; c'est là, et non sur la terre, que vous recevrez la
récompense de vos bonnes oeuvres.” Sous ces paroles, la Terre Promise matérielle se
transforme en une patrie céleste; aussi, quand il les rappelle à l'observation du commandement:
«Honorez votre père et votre mère,» ce n'est plus la terre qu'il leur promet, mais le ciel. (Chap.
II et III.)
Qui est ma mère et qui sont mes frères?
5. Et étant venu dans la maison, il s'y assembla une si grande foule de peuple
qu'ils ne pouvaient pas même prendre leur repas. - Ce que ses proches ayant appris, ils
vinrent pour se saisir de lui, car ils disaient qu'il avait perdu l'esprit.
212
CHAPITRE XIV.
Cependant sa mère et ses frères étant venus, et se tenant en dehors, envoyèrent
l'appeler. - Or, le peuple était assis autour de lui, et on lui dit: Votre mère et vos frères
sont là dehors qui vous demandent. - Mais il leur répondit : Qui est ma mère, et qui sont
mes fréres? - Et regardant ceux qui étaient assis autour de lui: Voici, dit-il, ma mère et
mes frères; - car quiconque fait la volonté de Dieu, celui-là est mon frère, ma soeur et
ma mère. (Saint Marc, ch. III, v. 20, 21 et de 31 à 35; saint Matthieu, ch. XII, v. de 46 à
50.)
6. Certaines paroles semblent étranges dans la bouche de Jésus, et contrastent avec sa
bonté et son inaltérable bienveillance pour tous. Les incrédules n'ont pas manqué de s'en faire
une arme en disant qu'il se contredisait lui-même. Un fait irrécusable, c'est que sa doctrine a
pour base essentielle, pour pierre angulaire, la loi d'amour et de charité; il ne pouvait donc
détruire d'un côté ce qu'il établissait de l'autre; d'où il faut tirer cette conséquence rigoureuse,
que, si certaines maximes sont en contradiction avec le principe, c'est que les paroles qu'on lui
prête ont été mal rendues, mal comprises, ou qu'elles ne sont pas de lui.
7. On s'étonne avec raison de voir, en cette circonstance, Jésus montrer tant
d'indifférence pour ses proches, et en quelque sorte renier sa mère.
Pour ce qui est de ses frères, on sait qu'ils n'avaient jamais eu de sympathie pour lui;
Esprits peu avancés, ils n'avaient point compris sa mission; sa conduite, à leurs yeux, était
bizarre, et ses enseignements ne les avaient point touchés, puisqu'il n'eut aucun disciple parmi
eux; il paraîtrait même qu'ils partageaient jusqu'à un certain point les préventions de ses
ennemis; il est certain, du reste, qu'ils l'accueillaient plus en
213
HONOREZ VOTRE PÈRE ET VOTRE MÈRE.
étranger qu'en frère quand il se présentait dans la famille, et saint Jean dit positivement (ch.
XII, v .5) “qu'ils ne croyaient pas en lui.”
Quant à sa mère, nul ne saurait contester sa tendresse pour son fils; mais il faut bien
convenir aussi qu'elle ne paraît pas s'être fait une idée très juste de sa mission, car on ne l'a
jamais vue suivre ses enseignements, ni lui rendre témoignage, comme l'a fait Jean-Baptiste; la
sollicitude maternelle était, chez elle, le sentiment dominant. A l'égard de Jésus, lui supposer
d'avoir renié sa mère, ce serait méconnaître son caractère; une telle pensée ne pouvait animer
celui qui a dit: Honorez votre père et votre mère. Il faut donc chercher un autre sens à ses
paroles, presque toujours voilées sous la forme allégorique.
Jésus ne négligeait aucune occasion de donner un enseignement; il saisit donc celle que
lui offrait l'arrivée de sa famille pour établir la différence qui existe entre la parenté corporelle
et la parenté spirituelle.
La parenté corporelle et la parenté spirituelle.
8. Les liens du sang n'établissent pas nécessairement les liens entre les Esprits. Le
corps procède du corps, mais l'Esprit ne procède pas de l'Esprit, parce que l'Esprit existait
avant la formation du corps; ce n'est pas le père qui crée l'Esprit de son enfant, il ne fait que lui
fournir une enveloppe corporelle, mais il doit aider à son développement intellectuel et moral
pour le faire progresser.
Les Esprits qui s'incarnent dans une même famille, surtout entre proches parents, sont
le plus souvent des
214
CHAPITRE XIV.
Esprits sympathiques, unis par des relations antérieures qui se traduisent par leur affection
pendant la vie terrestre, mais il peut arriver aussi que ces Esprits soient complétement
étrangers les uns aux autres, divisés par des antipathies également antérieures, qui se
traduisent de même par leur antagonisme sur la terre pour leur servir d'épreuve. Les véritables
liens de famille ne sont donc pas ceux de la consanguinité, mais ceux de la sympathie et de la
communion de pensées qui unissent les Esprits avant, pendant et après leur incarnation. D'où
il suit que deux êtres issus de pères différents peuvent être plus frères par l'Esprit que s'ils
l'étaient par le sang; ils peuvent s'attirer, se rechercher, se plaire ensemble, tandis que deux
frères consanguins peuvent se repousser, ainsi qu'on le voit tous les jours; problème moral que
le spiritisme seul pouvait résoudre par la pluralité des existences. (Ch. IV, n° 13.)
Il y a donc deux sortes de familles: les familles par les liens spirituels, et les familles
par les liens corporels; les premières, durables, se fortifient par l'épuration, et se perpétuent
dans le monde des Esprits, à travers les diverses migrations de 1'âme; les secondes, fragiles
comme la matière, s'éteignent avec le temps et souvent se dissolvent moralement dès la vie
actuelle. C'est ce qu'a voulu faire comprendre Jésus en disant de ses disciples: Voilà ma mère
et mes frères, c'est-à-dire ma famille par les liens de l'Esprit, car quiconque fait la volonté de
mon Père qui est dans les cieux est mon frère, ma soeur et ma mère.
L'hostilité de ses frères est clairement exprimée dans le récit de saint Marc, puisque,
dit-il, ils se proposaient de se saisir de lui, sous le prétexte qu'il avait perdu l'esprit. A
l'annonce de leur arrivée, connaissant leur
215
HONOREZ VOTRE PÈRE ET VOTRE MÈRE.
sentiment à son égard, il était naturel qu'il dît en parlant de ses disciples, au point de vue
spirituel: “Voilà mes véritables frères;” sa mère se trouvait avec eux, il généralise
l'enseignement, ce qui n'implique nullement qu'il ait prétendu que sa mère selon le corps ne lui
était rien comme Esprit, et qu'il n'eût pour elle que de l'indifférence; sa conduite, en d'autres
circonstances, a suffisamment prouvé le contraire.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
L'ingratitude des enfants et les liens de famille.
9. L'ingratitude est un des fruits les plus immédiats de l'égoïsme; elle révolte toujours
les coeurs honnêtes; mais celle des enfants à l'égard des parents a un caractère encore plus
odieux; c'est à ce point de vue plus spécialement que nous allons l'envisager pour en analyser
]es causes et les effets. Ici, comme partout, le spiritisme vient jeter la lumière sur un des
problèmes du coeur humain.
Quand l'Esprit quitte la terre, il emporte avec lui les passions ou les vertus inhérentes à
sa nature, et va dans l'espace se perfectionnant ou restant stationnaire jusqu'à ce qu'il veuille
voir la lumière. Quelque-uns sont donc partis, emportant avec eux des haines puissantes et des
désirs de vengeance inassouvis; mais à quelques-uns de ceux-là, plus avancés que les autres, il
est permis d'entrevoir un coin de la vérité; ils reconnaissent les funestes effets de leurs
passions, et c'est alors qu'ils prennent de bonnes résolutions; ils comprennent que pour aller à
Dieu, il n'est qu'un seul mot
216
CHAPITRE XIV.
de passe: charité; or, pas de charité sans oubli des outrages et des injures; pas de charité avec
des haines au coeur et sans pardon.
Alors, par un effort inouï, ils regardent ceux qu'ils ont détestés sur la terre; mais à cette
vue leur animosité se réveille; ils se révoltent à l'idée de pardonner, encore plus qu'à celle de
s'abdiquer eux-mêmes, à celle surtout d'aimer ceux qui ont détruit peut-être leur fortune, leur
honneur, leur famille. Cependant le coeur de ces infortunés est ébranlé; ils hésitent, ils flottent,
agités par ces sentiments contraires; si la bonne résolution l'emporte, ils prient Dieu, ils
implorent les bons Esprits de leur donner la force au moment le plus décisif de l'épreuve.
Enfin, après quelques années de méditations et de prières, l'Esprit profite d'une chair
qui se prépare dans la famille de celui qu'il a détesté, et demande aux Esprits chargés de
transmettre les ordres suprêmes, d'aller remplir sur la terre les destinées de cette chair qui
vient de se former. Quelle sera donc sa conduite dans cette famille? Elle dépendra du plus ou
moins de persistance de ses bonnes résolutions. Le contact incessant des êtres qu'il a haïs est
une épreuve terrible sous laquelle il succombe parfois, si sa volonté n'est pas assez forte. Ainsi,
selon que la bonne ou la mauvaise résolution l'emportera, il sera l'ami ou l'ennemi de ceux au
milieu desquels il est appelé à vivre. Par là s'expliquent ces haines, ces répulsions instinctives
que l'on remarque chez certains enfants et qu'aucun acte antérieur ne semble justifier; rien, en
effet, dans cette existence, n'a pu provoquer cette antipathie; pour s'en rendre compte, il faut
porter son regard sur le passé.
O spirites! comprenez aujourd'hui le grand rôle de
217
HONOREZ VOTRE PÈRE ET VOTRE MÈRE.
l'humanité; comprenez que quand vous produisez un corps, l'âme qui s'y incarne vient de
l'espace pour progresser; sachez vos devoirs, et mettez tout votre amour à rapprocher cette
âme de Dieu: c'est la mission qui vous est confiée, et dont vous recevrez la récompense si
vous l'accomplissez fidèlement. Vos soins, l'éducation que vous lui donnerez aideront à son
perfectionnement et à son bien-être futur. Songez qu'à chaque père et à chaque mère, Dieu
demandera: Qu'avez-vous fait de l'enfant confié à votre garde? S'il est resté arriéré par votre
faute, votre châtiment sera de le voir parmi les Esprits souffrants, tandis qu'il dépendait de
vous qu'il fût heureux. Alors vous-mêmes, bourrelés de remords, vous demanderez à réparer
votre faute; vous solliciterez une nouvelle incarnation pour vous et pour lui, dans laquelle
vous l'entourerez de soins plus éclairés, et lui, plein de reconnaissanoe, vous entourera de son
amour.
Ne rebutez donc point l'enfant au berceau qui repousse sa mère, ni celui qui vous paye
d'ingratitude; ce n'est pas le hasard qui l'a fait ainsi et qui vous l'a donné. Une intuition
imparfaite du passé se révèle, et de là jugez que l'un ou l'autre a déjà bien haï ou a été bien
offensé; que l'un ou l'autre est venu pour pardonner on pour expier. Mères! embrassez donc
l'enfant qui vous cause du chagrin, et dites-vous: L'un de nous deux a été coupable. Méritez
les jouissances divines que Dieu attache à la maternité, en apprenant à cet enfant qu'il est sur la
terre pour se perfectionner, aimer et bénir. Mais, hélas! beaucoup d'entre vous, au lieu de
chasser par l'éducation les mauvais principes innés des existences antérieures, entretiennent,
développent ces mêmes principes par une coupable faiblesse
218
CHAPITRE XIV.
ou par insouciance, et, plus tard, votre coeur, ulcéré par l'ingratitude de vos enfants, sera pour
vous, dès cette vie, le commencement de votre expiation.
La tâche n'est pas aussi difficile que vous pourriez le croire; elle n'exige point le savoir
du monde; l'ignorant comme le savant peut la remplir, et le spiritisme vient la faciliter en
faisant connaître la cause des imperfections du coeur humain.
Dès le berceau, l'enfant manifeste les instincts bons ou mauvais qu'il apporte de son
existence antérieure; c'est à les étudier qu'il faut s'appliquer; tous les maux ont leur principe
dans l'égoïsme et l'orgueil; épiez donc les moindres signes qui révèlent le germe de ces vices,
et attachez-vous à les combattre sans attendre qu'ils aient pris des racines profondes; faites
comme le bon jardinier, qui arrache les mauvais bourgeons à mesure qu'il les voit poindre sur
l'arbre. Si vous laissez se développer l'égoïsme et l'orgueil, ne vous étonnez pas d'être plus tard
payés par l'ingratitude. Quand des parents ont fait tout ce qu'ils doivent pour l'avancement
moral de leurs enfants, s'ils ne réussissent pas, ils n'ont point de reproches à se faire, et leur
conscience peut être en repos; mais au chagrin bien naturel qu'ils éprouvent de l'insuccès de
leurs efforts, Dieu réserve une grande, une immense consolation, par la certitude que ce n'est
qu'un retard, et qu'il leur sera donné d'achever dans une autre existence l'oeuvre commencé
dans celle-ci, et qu'un jour l'enfant ingrat les récompensera par son amour. (Chap. XIII, n°
19.)
Dieu n'a point fait l'épreuve au-dessus des forces dc celui qui la demande; il ne permet
que celles qu'on peut accomplir; si l'on ne réussit pas, ce n'est donc pas la possibilité qui
manque, mais la volonté, car combien
219
HONOREZ VOTRE PÈRE ET VOTRE MÈRE.
y en a-t-il qui au lieu de résister aux mauvais entraînements s'y complaisent; c'est à ceux-là que
sont réservés les pleurs et les gémissements dans leurs existences postérieures; mais admirez la
bonté de Dieu, qui ne ferme jamais la porte du repentir. Un jour vient où le coupable est las de
souffrir, où son orgueil est enfin dompté, c'est alors que Dieu ouvre ses bras paternels à
l'enfant prodigue qui se jette à ses pieds. Les fortes épreuves, entendez-moi bien, sont presque
toujours l'indice d'une fin de souffrance et d'un perfectionnement de l'Esprit, lorsqu'elles sont
acceptées en vue de Dieu. C'est un moment suprême, et c'est là surtout qu'il importe de ne pas
faillir en murmurant, si l'on ne veut en perdre le fruit et avoir à recommencer. Au lieu de vous
plaindre, remerciez Dieu, qui vous offre l'occasion de vaincre pour vous donner le prix de la
victoire. Alors quand, sorti du tourbillon du monde terrestre, vous entrerez dans le monde des
Esprits, vous y serez acclamé comme le soldat qui sort victorieux du milieu de la mêlée.
De toutes les épreuves, les plus pénibles sont celles qui affectent le coeur; tel supporte
avec courage la misère et les privations matérielles, qui succombe sous le poids des chagrins
domestiques, meurtri par l'ingratitude des siens. Oh! c'est une poignante angoisse que celle-là!
Mais qui peut mieux, en ces circonstances, relever le courage moral que la connaissance des
causes du mal, et la certitude que, s'il y a de longs déchirements, il n'y a point de désespoirs
éternels, car Dieu ne peut vouloir que sa créature souffre toujours? Quoi de plus consolant, de
plus encourageant que cette pensée qu'il dépend de soi, de ses propres efforts, d'abréger la
souffrance en détruisant en soi les causes du mal? Mais pour cela il ne faut pas arrêter son
regard sur la terre
220
CHAPITRE XIV.
et ne voir qu'une seule existence; il faut s'élever, planer dans l'infini du passé et de l'avenir;
alors la grande justice de Dieu se révèle à vos regards, et vous attendez avec patience, parce
que vous vous expliquez ce qui vous semblait des monstruosités sur la terre; les blessures que
vous y recevez ne vous paraissent plus que des égratignures. Dans ce coup d'oeil jeté sur
l'ensemble, les liens de famille apparaissent sous leur véritable jour; ce ne sont plus les liens
fragiles de la matière qui en réunissent les membres, mais les liens durables de l'Esprit qui se
perpétuent et se consolident en s'épurant, au lieu de se briser par la réincarnation.
Les Esprits que la similitude des goûts, l'identité du progrès moral et l'affection portent
à se réunir, forment des familles; ces mêmes Esprits, dans leurs migrations terrestres, se
recherchent pour se grouper comme ils le font dans l'espace; de là naissent les familles unies et
homogènes; et si, dans leurs pérégrinations, ils sont momentanément séparés, ils se retrouvent
plus tard, heureux de leurs nouveaux progrès. Mais comme ils ne doivent pas travailler
seulement pour eux, Dieu permet que des Esprits moins avancés viennent s'incarner parmi eux
pour y puiser des conseils et de bons exemples dans l'intérêt de leur avancement; ils y causent
parfois du trouble, mais là est l'épreuve, là est la tàche. Accueillez-les donc en frères; venezleur en aide, et plus tard, dans le monde des Esprits, la famille se félicitera d'avoir sauvé des
naufragés qui, à leur tour, pourront en sauver d'autres. (SAINT AUGUSTIN. Paris, 1862.)
221
CHAPITRE XV
HORS LA CHARITÉ POINT DE SALUT.
Ce qu'il faut pour être sauvé. Parabole du bon Samaritain. - Le plus grand commandement. Nécessité de la charité selon saint Paul. - Hors l'Église point de salut. Hors la vérité point de
salut. - Instructions des Esprits: Hors la charité point de salut.
Ce qu'il faut pour être sauvé. Parabole du bon Samaritain.
1. Or, quand le Fils de l'homme viendra dans sa majesté, accompagné de tous les
anges, il s'assoira sur le trône de sa gloire; - et toutes les nations étant assemblées devant
lui, il sé-parera les uns d'avec les autres, comme un berger sépare les brebis d'avec les
boucs, - et il placera les brebis à sa droite, et les boucs à sa gauche.
Alors le Roi dira à ceux qui seront à sa droite: Venez, vous qui avez été bénis par
mon Père, possédez le royaume qui vous a été préparé dès le commencement du monde;
- car j'ai eu faim, et vous m'avez donné à manger; j'ai eu soif, et vous m'avez donné à
boire; j'ai eu besoin de logement, et vous m'avez logé; - j'ai été nu, et vous m'avez
revêtu; j'ai été malade, et vous m'avez visité; j'ai été en prison, et vous m'êtes venu voir.
Alors les justes lui répondront: Seigneur, quand est-ce que nous vous avons vu
avoir faim, et que nous vous avons donné à manger, ou avoir soif, et que nous vous
avons donné à boire?
- Quand est-ce que nous vous avons vu sans logement, et que nous vous avons logé; ou
sans habits, et que nous vous avons revêtu? - Et quand est-ce que nous vous avons vu
malade ou en prison, et que nous sommes venus vous visiter? -Et le Roi
222
CHAPITRE XV.
leur répondra: Je vous dis en vérité, autant de fois que vous l'avez fait à l'égard de l'un
de ces plus petits de mes frères, c'est à moi-mème que vous l'avez fait.
Il dira ensuite à ceux qui seront à sa gauche: Retirez-vous de moi, maudits; allez
au feu éternel, qui a été préparé pour le diable et pour ses anges; - car j'ai eu faim, et
vous ne m'avez pas donné à manger; j'ai eu soif, et vous ne m'avez pas donné à boire; j'ai eu besoin de logement, et vous ne m'avez pas logé; j'ai été sans habits, et vous ne
m'avez pas revêtu; j'ai été malade et en prison, et vous ne m'avez point visité.
Alors ils lui répondront aussi: Seigneur, quand est-ce que nous vous avons vu
avoir faim, avoir soif, ou sans logement, ou sans habits, ou malade, ou dans la prison, et
que nous avons manqué à vous assister? - Mais il leur répondra: Je vous dis en vérité,
autant de fois que vous avez manqué à rendre ces assistances à l'un de ces plus petits,
vous avez manqué à me les rendre à moi-même.
Et alors ceux-ci iront dans le supplice éternel, et les justes dans la vie éternelle.
(Saint Matthieu, ch. XXV, v. de 31 à 46.)
2. Alors un docteur de la loi s'étant levé, lui dit pour le tenter: Maître, que faut-il
que je fasse pour posséder la vie éternelle? - Jésus lui répondit: Qu'y a-t-il d'écrit dans
la loi? Qu'y lisez-vous? - Il lui répondit: Vous aimerez le Seigneur votre Dieu de tout
votre coeur, de toute votre âme, de toutes vos forces et de tout votre esprit, et votre
prochain comme vous-même. - Jésus lui dit: Vous avez fort bien répondu; faites cela et
vous vivrez.
Mais cet homme, voulant faire paraître qu'il était juste, dit à Jésus: Et qui est
mon prochain? - Et Jésus prenant la parole lui dit:
Un homme qui descendait de Jérusalem à Jéricho tomba entre les mains des
voleurs qui le dépouillèrent, le couvrirent de plaies, et s'en allèrent, le laissant à demi
mort. - Il arriva ensuite qu'un prêtre descendait par le même chemin, lequel, l'ayant
aperçu, passa outre. - Un lévite, qui vint aussi au même lieu, l'ayant considéré, passa
outre encore. - Mais un Samaritain qui voyageait, étant venu à l'endroit où était cet
homme, et l'ayant vu, en fut touché de compassion. Il s'approcha donc de lui, versa de
l'huile et du vin dans ses plaies, et les banda;
223
HORS LA CHARITÉ POINT DE SALUT. 223
et l'ayant mis sur son cheval, il le mena dans une hôtellerie, et prit soin de lui. - Le
lendemain il tira deux deniers qu'il donna à l'hôte, et lui dit: Ayez bien soin de cet
homme, et tout ce que vous dépenserez de plus, je vous le rendrai à mon retour.
Lequel de ces trois vous semble-t-il avoir été le prochain de celui qui tomba entre
les mains des voleurs? - Le docteur lui répondit: Celui qui a exercé la miséricorde
envers lui. -Allez donc, lui dit Jésus, et faites de même. (Saint Luc, ch. X, v. de 25 à 37.)
3. Toute la morale de Jésus se résume dans la charité et l'humilité, c'est-à-dire dans les
deux vertus contraires à l'égoïsme et à l'orgueil. Dans tous ses enseignements, il montre ces
vertus comme étant le chemin de l'éternelle félicité: Bienheureux, dit-il, les pauvres d'esprit,
c'est-à-dire les humbles, parce que le royaume des cieux est à eux; bienheureux ceux qui ont le
coeur pur; bienheureux ceux qui sont doux et pacifiques; bienheureux ceux qui sont
miséricordieux; aimez votre prochain comme vous-même; faites aux autres ce que vous
voudriez qu'on vous fît; aimez vos ennemis; pardonnez les offenses, si vous voulez être
pardonné; faites le bien sans ostentation; jugez-vous vous-même avant de juger les autres.
Humilité et charité, voilà ce qu'il ne cesse de recommander et ce dont il donne lui-même
l'exemple; orgueil et égoïsme, voilà ce qu'il ne cesse de combattre; mais il fait plus que de
recommander la charité, il la pose nettement et en termes explicites comme la condition
absolue du bonheur futur.
Dans le tableau que donne Jésus du jugement dernier, il faut, comme dans beaucoup
d'autres choses, faire la part de la figure et de l'allégorie. A des hommes comme ceux à qui il
parlait, encore incapables de comprendre
224
CHAPITRE XV.
les choses purement spiriluelles, il devait présenter des images matérielles, saisissantes et
capables d'impressionner; pour mieux être accepté, il devait même ne pas trop s'écarter des
idées reçues, quant à la forme, réservant toujours pour l'avenir la véritable interprétation de
ses paroles et des points sur lesquels il ne pouvait s'expliquer clairement. Mais à côté de la
partie accessoire et figurée du tableau, il y a une idée dominante celle du bonheur qui attend le
juste et du malheur réservé au méchant.
Dans ce jugement suprême, quels sont les considérants de la sentence? sur quoi porte
l'enquête? Le juge demande-t-il si l'on a rempli telle ou telle formalité, observé plus ou moins
telle ou telle pratique extérieure? Non; il ne s'enquiert que d'une chose: la pratique de la
charité, et il prononce en disant: Vous qui avez assisté vos frères, passez à droite; vous qui
avez été durs pour eux, passez à gauche. S'informe-t-il de l'orthodoxie de la foi? fait-il une
distinction entre celui qui croit d'une façon et celui qui croit d'une autre? Non; car Jésus place
le Samaritain, regardé comme hérétique, mais qui a l'amour du prochain, au-dessus de
l'orthodoxe qui manque de charité. Jésus ne fait donc pas de la charité seulement une des
conditions du salut, mais la seule condition; s'il y en avait d'autres à remplir, il les aurait
exprimées. S'il place la charité au premier rang des vertus, c'est qu'elle renferme implicitement
toutes les autres: l'humilité, la douceur, la bienveillance, l'indulgence, la justice, etc.; et parce
qu'elle est la négation absolue de l'orgueil et de l'égoïsme.
225
HORS LA CHARITÉ POINT DE SALUT.
Le plus grand commandement.
4. Mais les Pharisiens, avant appris qu'il avait fermé la bouche aux Sadducéens,
s'assemblèrent; - et l'un d'eux, qui était docteur de la loi, vint lui faire cette question
pour le tenter: - Maître, quel est le grand commandement de la loi? - Jésus lui répondit:
Vous aimerez le Seigneur votre Dieu de tout votre coeur, de toute votre âme, et de tout
votre esprit. - C'est là le plus grand et le premier commandement. - Et voici le second
qui est semblable à celui-là: Vous aimerez votre prochain comme vous-même. - Toute la
loi et les prophètes sont renfermés dans ces deux commandements. (Saint Matthieu, ch.
XXII, v. de 34 à 40.)
5. Charité et humilité, telle est donc la seule voie du salut; égoïsme et orgueil, telle est
celle de la perdition. Ce principe est formulé en termes précis dans ces paroles: «Vous aimerez
Dieu de toute votre âme et votre prochain comme vous-même; toute la loi et les prophètes
sont renfermés dans ces deux commandements.» Et pour qu il n'y ait pas d'équivoque sur
l'interprétation de l'amour de Dieu et du prochain, il ajoute: “Et voici le second
commandement qui est semblable au premier;” c'est-à-dire qu'on ne peut vraiment aimer Dieu
sans aimer son prochain, ni aimer son prochain sans aimer Dieu; donc tout ce que l'on fait
contre le prochain, c'est le faire contre Dieu. Ne pouvant aimer Dieu sans pratiquer la charité
envers le prochain, tous les devoirs de l'homme se trouvent résumés dans cette maxime:
HORS LA CHARITÉ POINT DE SALUT.
Nécessité de la charité selon saint Paul.
6. Quand je parlerais toutes les langues des hommes, et la langue des anges
même, si je n'ai point la charité, je ne suis
226
CHAPITRE XV.
que comme un airain sonnant, et une cymbale retentissante; - et quand j'aurais le don
de prophétie, que je pénétrerais tous les mystères, et que j'aurais une parfaite science de
toutes choses; quand j'aurais encore toute la foi possible, jusqu'à transporter les
montagnes, si je n'ai point la charité, je ne suis rien. - Et quand j'aurais distribué mon
bien pour nourrir les pauvres, et que j'aurais livré mon corps pour être brûlé, si je n'ai
point la charité, tout cela ne me sert de rien.
La charité est patiente; elle est douco et bienfaisante; la charité n'est point
envieuse; elle n'est point téméraire et précipitée; elle ne s'enfle point d'orgueil; - elle
n'est point dédaigneuse; elle ne cherche point ses propres intéréts; elle ne se pique et ne
s'aigrit de rien; elle n'a point de mauvais soupçons; elle ne se réjouit point de l'injustice,
mais elle se réjouit de la vérité; elle supporte tout, elle croit tout, elle espère tout, elle
souffre tout.
Maintenant ces trois vertus: la foi, l'espérance et la charité demeurent; mais
entre elles la plus excellente est la charité. (Saint Paul, 1re Épître aux Corinthiens, ch.
XIII, v. de 1 à 7 et 13.)
7. Saint Paul a tellement compris cette grande vérité, qu'il dit: “Quand j'aurais le
langage des anges; quand j'aurais le don de prophétie, que je pénétrerais tous les mystères;
quand j'aurais toute la foi possible jusqu'à transporter les montagnes, si je n'ai point la
charité, je ne suis rien. Entre ces trois vertus: la foi, l'espérance et la charité, la plus
excellente est la charité.” Il place ainsi, sans équivoque, la charité au-dessus même de la foi;
c'est que la charité est à la portée de tout le monde, de l'ignorant et du savant, du riche et du
pauvre, et parce qu'elle est indépendante de toute croyance particulière.
Il fait plus: il définit la vraie charité; il la montre, non pas seulement dans la
bienfaisance, mais dans la réunion de toutes les qualités du coeur, dans la bonté et la
bienveillance à l'égard du prochain.
227
HORS LA CHARITÉ POINT DE SALUT.
Hors l'Église point de salut. Hors la vérité point de salut.
8. Tandis que la maxime: Hors la charité point de salut, s'appuie sur un principe
universel, ouvre à tous les enfants de Dieu l'accès du bonheur suprême, le dogme: Hors
l'Église point de salut, s'appuie, non pas sur la foi fondamentale en Dieu et en l'immortalité de
l'âme, foi commune à toutes les religions, mais sur la foi spéciale en des dogmes particuliers;
il est exclusif et absolu; au lieu d'unir les enfants de Dieu, il les divise; au lieu de les exciter à
l'amour de leurs frères, il entretient et sanctionne l'irritation entre les sectaires des différents
cultes qui se considèrent réciproquement comme maudits dans l'éternité, fussent-ils parents ou
amis dans ce monde; méconnaissant la grande loi d'égalité devant la tombe, il les sépare même
dans le champ du repos. La maxime: Hors la charité point de salut, est la consécration du
principe de l'égalité devant Dieu et de la liberté de conscience; avec cette maxime pour règle,
tous les hommes sont frères, et quelle que soit leur manière d'adorer le Créateur, ils se tendent
la main et prient les uns pour les autres. Avec le dogme: Hors l'Église point de salut, ils se
lancent l'anathème, se persécutent et vivent en ennemis; le père ne prie pas pour le fils, ni le fils
pour le père, ni l'ami pour l'ami, s'ils se croient réciproquement damnés sans retour. Ce dogme
est donc essentiellement contraire aux enseignements du Christ et à la loi évangélique.
9. Hors la vérité point de salut serait l'équivalent de: Hors l'Église point de salut, et
tout aussi exclusif, car
228
CHAPITRE XV.
n'est pas une seule secte qui ne prétende avoir le privilège de la vérité. Quel est l'homme qui
peut se flatter de la posséder tout entière, alors que le cercle des connaissances grandit sans
cesse, et que les idées se rectifient chaque jour? La vérité absolue n'est le partage que des
Esprits de l'ordre le plus élevé, et l'humanité terrestre ne saurait y prétendre, parce qu'il ne lui
est pas donné de tout savoir; elle ne peut aspirer qu'à une vérité relative et proportionnée à
son avancement. Si Dieu avait fait de la possession de la vérité absolue la condition expresse
du bonheur futur, ce serait un arrêt de proscription générale; tandis que la charité, même dans
son acception la plus large, peut être pratiquée par tous. Le spiritisme, d'accord avec
l'Évangile, admettant que l'on peut être sauvé quelle que soit sa croyance, pourvu que l'on
observe la loi de Dieu, ne dit point: Hors le spiritisme point de salut; et comme il ne prétend
pas enseigner encore toute la vérité, il ne dit pas non plus: Hors la vérité point de salut,
maxime qui diviserait au lieu d'unir, et perpétuerait l'antagonisme.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Hors la charité point de salut.
10. Mes enfants, dans la maxime: Hors la charité point de salut, sont contenues les
destinées des hommes sur la terre et dans le ciel; sur la terre, parce qu'à l'ombre de cet
étendard ils vivront en paix; dans le ciel, parce que ceux qui l'auront pratiquée trouveront
grâce devant le Seigneur. Cette devise est le flambeau céleste, la colonne lumineuse qui guide
l'homme dans le désert de la vie pour le conduire à la Terre Promise;
229
HORS LA CHARITÉ POINT DE SALUT.
elle brille dans le ciel comme une auréole sainte au front des élus, et sur la terre elle est gravée
dans le coeur de ceux à qui Jésus dira: Allez à droite, vous les bénis de mon Père. Vous les
reconnaissez au parfum de charité qu'ils répandent autour d'eux. Rien n'exprime mieux la
pensée de Jésus, rien ne résume mieux les devoirs de l'homme que cette maxime d'ordre divin;
le spiritisme ne pouvait mieux prouver son origine qu'en la donnant pour règle, car elle est le
reflet du plus pur christianisme; avec un tel guide, l'homme ne s'égarera jamais. Appliquezvous donc, mes amis, à en comprendre le sens profond et les conséquences, à en chercher
pour vous-mêmes toutes les applications. Soumettez toutes vos actions au contrôle de la
charité, et votre conscience vous répondra; non-seulement elle vous évitera de faire le mal,
mais elle vous fera faire le bien: car il ne suffit pas d'une vertu négative, il faut une vertu
active; pour faire le bien, il faut toujours l'action de la volonté; pour ne pas faire le mal, il suffit
souvent de l'inertie et de l'insouciance.
Mes amis, remerciez Dieu qui a permis que vous pussiez jouir de la lumière du
spiritisme; non pas que ceux qui la possèdent puissent seuls être sauvés, mais parce qu'en vous
aidant à mieux comprendre les enseignements du Christ, elle fait de vous de meilleurs
chrétiens; faites donc qu'en vous voyant on puisse dire que vrai spirite et vrai chrétien sont une
seule et même chose, car tous ceux qui pratiquent la charité sont les disciples de Jésus à
quelque culte qu'ils appartiennent. (PAUL, apôtre. Paris, 1860.)
230
CHAPITRE XVI
ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON.
Salut des riches. - Se garder de l'avarice. - Jésus chez Zachée. - Parabole du mauvais riche. Parabole des talents. - Utilité providentielle de la fortune. Épreuves de la richesse et de la
misère. - Inégalité des richesses. - Instructions des Esprits: La vraie propriété. - Emploi de
la fortune. - Détachement des biens terrestres. - Transmission de la fortune.
Salut des riches.
1. Nul ne peut servir deux maîtres; car ou il haïra l'un et aimera l'autre, ou il
s'attachera à l'un et méprisera l'autre. Vous ne pouvez servir tout ensemble Dieu et
Mammon. (Saint Luc, ch. XVI, v.13)
2. Alors un jeune homme s'approcha de lui et lui dit: Bon maître, quel bien fautil que je fasse pour acquérir la vie éternelle? - Jésus lui répondit: Pourquoi m'appelezvous bon? Il n'y a que Dieu seul qui soit bon. Si vous voulez entrer dans la vie, gardez
les commandements. - Quels commandements, lui dit-il? Jésus lui dit: Vous ne tuerez
point; vous ne commettrez point d'adultère; vous ne déroberez point; vous ne direz
point de faux témoignages. - Honorez votre père et votre mère, et aimez votre prochain
comme vous-même.
Ce jeune homme lui répondit : J'ai gardé tous ces commandements dès ma
jeunesse; que me manque-t-il encore? - Jésus lui dit: Si vous voulez être parfait, allez,
vendez ce que vous avez, et le donnez aux pauvres, et vous aurez un trésor dans le ciel;
puis venez et me suivez.
Ce jeune homme entendant ces paroles s'en alla tout triste, parce qu'il avait de
grands biens. - Et Jésus dit à ses disci-
231
ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON.
ples: Je vous dis en vérité qu'il est bien difficile qu'un riche entre dans le royaume des
cieux. - Je vous le dis encore une fois: Il est plus aisé qu'un chameau passe par le trou
d'une aiguille, qu'il ne l'est qu'un riche entre dans le royaume des cieux¹. (Saint
Matthieu, ch. XIX, v. de 16 à 24. - Saint Luc, ch. XVIII, v. de 18 à 25. - Saint Marc, ch
X, v. de 17 à 25.)
Se garder de l'avarice.
3. Alors un homme lui dit du milieu de la foule: Maître, dites à mon frère qu'il
partage avec moi la succession qui nous est échue. - Mais Jésus lui dit: O homme! qui
m'a établi pour vous juger, ou pour faire vos partages? - Puis il leur dit: Ayez soin de
vous garder de toute avarice; car en quelque abondance qu'un homme soit, sa vie ne
dépend point des biens qu'il possède.
Il leur dit ensuite cette parabole: Il y avait un homme riche dont les terres
avaient extraordinairement rapporté; - et il s'entretenait en lui-même de ces pensées:
Que ferai-je, car je n'ai point de lieu où je puisse serrer tout ce que j'ai à recueillir? Voici, dit-il, ce que je ferai: J'abattrai mes greniers et j'en bâtirai de plus grands, et j'y
mettrai toute ma récolte et tous mes biens; - et je dirai à mon âme: Mon âme, tu as
beaucoup de biens en réserve pour plusieurs années; reposetoi, mange, bois, fais bonne
chère. - Mais Dieu on même temps dit à cet homme: Insensé que tu es! on va te
reprendre ton âme cette nuit même; et pour qui sera ce que tu as amassé?
C'est ce qui arrive à celui qui amasse des trésors pour soi même, et qui n'est
point riche devant Dieu. (Saint Luc, ch, XII, v. 13 à 21.)
Jésus chez Zachée.
4. Jésus étant entré dans Jéricho, passait par la ville; - et
__________
1. Cette figure hardie peut paraître un peu forcée, car on ne voit pas le rapport qui existe entre un
chameau et une aiguille. Cela vient de ce qu'en hébreu le même mot se disait d'un câble et d'un chameau.
Dans la traduction on lui a donné cette dernière acception; il est probable que c'est la premIère qui était dans la
pensée de Jésus; elle est du moins plus naturelle.
232
CHAPITRE. XVI.
il y avait un homme nommé Zachée, chef des publicains et fort riche, - qui, ayant envie
de voir Jésus pour le connaître, ne le pouvait à cause de la foule, parce qu'il était fort
petit; -c'est pourquoi il courut devant et monta sur un sycomore pour le voir, parce
qu'il devait passer par là. - Jésus étant venu en cet endroit, leva les yeux en haut; et
l'ayant vu, il lui dit: Zachée, hâtez-vous de descendre, parce qu'il faut que je loge
aujourd'hui dans votre maison. - Zachée descendit aussitôt, et le reçut avec joie. - Tous
voyant cela en murmuraient, disant: Il est allé loger chez un homme de mauvaise vie.
(Voy. Introduction; art. Publicains.)
Cependant Zachée, se présentant devant le Seigneur, lui dit: Seigneur, je donne
la moitié de mon bien aux pauvres; et si j'ai fait tort à quelqu'un en quoi que ce soit, je
lui en rends quatre fois autant. - Sur quoi Jésus lui dit: Cette maison a reçu aujourd'hui
le salut, parce que celui-ci est aussi enfant d'Abraham; - car le Fils de l'homme est venu
pour chercher et pour sauver ce qui était perdu. (Saint Luc, ch. XIX, v. de 1 à 10.)
Parabole du mauvais riche.
5. Il y avait un homme riche, qui était vêtu de pourpre et de lin, et qui se traitait
magnifiquement tous les jours. - Il y avait aussi un pauvre nommé Lazare, étendu à sa
porte, tout couvert d'ulcères, - qui eût bien voulu se rassasier des miettes qui tombaient
de la table du riche; mais personne ne lui en donnait, et les chiens venaient lui lécher ses
plaies. - Or il arriva que cepauvre mourut, et fut emporté par les anges dans le sein
d'Abraham. Le riche mourut aussi, et eut l'enfer pour sépulcre. - Et lorsqu'il était dans
les tourments, il leva les yeux en haut, et vit de loin Abraham, et Lazare dans son sein; et s'écriant, il dit ces paroles: Père Abraham, ayez pitié de moi, et envoyez-moi Lazare,
afin qu'il trempe le bout de son doigt dans l'eau pour me rafraìchir la langue, parce que
je souffre d'extrêmes tourments dans cette flamme.
Mais Abraham lui répondit: Mon fils, souvenez-vous que vous avez reçu vos
biens dans votre vie, et que Lazare n'y a eu que des maux; c'est pourquoi il est
maintenant dans la consolation, et vous dans les tourments.
233
ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON.
De plus, il y a pour jamais un grand abîme entre nous et vous; de sorte que ceux
qui voudraient passer d'ici vers vous ne le peuvent, comme on ne peut passer ici du lieu
où vous êtes.
Le riche lui dit: Je vous supplie donc, père Abraham, de l'envoyer dans la
maison de mon père, - où j'ai cinq frères, afin qu'il leur atteste ces choses, de peur qu'ils
ne viennent aussi eux-mêmes dans ce lieu de tourments. - Abrabam lui repartit: Ils ont
Moïse et les prophètes; qu'ils les écoutent. - Non, dit-il, père Abraham; mais si
quelqu'un des morts va les trouver, ils feront pénitence. - Abraham lui répondit: S'ils
n'écoutent ni Moïse ni les prophètes, ils ne croiront pas non plus, quand même
quelqu'un des morts ressusciterait. (Saint Luc, ch. XVI, v. de 19 à 31.)
Parabole des talents
6. Le Seigneur agit comme un homme qui, devant faire un long voyage hors de
son pays, appela ses serviteurs et leur mit son bien entre les mains. - Et ayant donné
cinq talents à l'un, deux a l'autre, un à l'autre, selon la capacité différente de chacun, il
partit aussitôt. - Celui donc qui avait reçu cinq talents, s'en alla; il trafiqua avec cet
argent, et il en gagna cinq autres. - Celui qui en avait reçu deux, en gagna de même
encore deux autres. Mais celui qui n'en avait reçu qu'un, alla creuser dans la terre et y
cacha l'argent de son maître. - Longtemps après, le maître de ces serviteurs étant
revenu, leur fit rendre compte. - Et celui qui avait reçu cinq talents vint lui en présenter
cinq autres, en lui disant: Seigneur, vous m'aviez mis cinq talents entre les mains; en
voici, outre ceux-là, cinq autres que j'ai gagnés. - Son maître lui répondit: O bon et
fidèle serviteur, parce que vous avez été fidèle en peu de chose, je vous établirai sur
beaucoup d'autres ; entrez dans la joie de votre Seigneur. - Celui qui avait reçu deux
talents vint aussi-tôt se présenter à lui et lui dit: Seigneur, vous m'aviez mis deux talents
entre les mains; en voici, outre ceux-là, deux autres que j'ai gagnés. - Son maître lui
répondit: O bon et fidèle serviteur, parce que vous avez été fidèle en peu de chose, je
vous établirai sur beaucoup d'autres; entrez dans la joie de
234
CHAPITRE XVI.
votre Seigneur. - Celui qui n'avait reçu qu'un talent vint ensuite, et lui dit: Seigneur, je
sais que vous êtes un homme dur, que vous moissonnez où vous n'avez pas semé, et que
vous recueillez où vous n'avez rien mis; - c'est pourquoi, comme je vous appréhendais,
j'ai été cacher votre talent dans la terre; le voici, je vous rends ce qui est à vous. - Mais
son maître lui répondit: Serviteur méchant et paresseux, vous saviez que je moissonne
où je n'ai point semé, et que je recueille où je n'ai rien mis, - vous deviez donc mettre
mon argent entre les mains des banquiers, afin qu'à mon retour je retirasse avec usure
ce qui est à moi. - Qu'on lui ôte donc le talent qu'il a, et qu'on le donne à celui qui a dix
talents; - car on donnera à tous ceux qui ont déjà, et ils seront comblés de biens; mais
pour celui qui n'a point, on lui ôtera même ce qu'il semble avoir; et qu'on jette ce
serviteur inutile dans les ténèbres extérieures; c'est là qu'il y aura des pleurs et des
grincements de dents.(Saint Matthieu, ch. XXV, v. de 14 à 30.)
Utilité providentielle de la fortune.
7. Si la richesse devait être un obstacle absolu au salut de ceux qui la possèdent, ainsi
qu'on pourrait en inférer de certaines paroles de Jésus interprétées selon la lettre et non selon
l'esprit, Dieu, qui la dispense, aurait mis entre les mains de quelques-uns un instrument de
perdition sans ressources, pensée qui répugne à la raison. La richesse est sans douté une
épreuve très glissante, plus dangereuse que la misère par ses entraînements, les tentations
qu'elle donne, et la fascination qu'elle exerce; c'est le suprême excitant de l'orgueil, de
l'égoïsme et de la vie sensuelle; c'est le lien le plus puissant qui attache l'homme à la terre et
détourne ses pensées du ciel; elle produit un tel vertige que l'on voit souvent celui qui passe de
la misère à la fortune oublier vite sa première position, ceux qui l'ont partagée, ceux qui l'ont
aidé, et devenir insensible, égoïste et vain.
235
ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON.
Mais de ce qu'elle rend la route difficile, il ne s'ensuit pas qu'elle la rende impossible, et ne
puisse devenir un moyen de salut entre les mains de celui qui sait s'en servir, comme certains
poisons peuvent rendre la santé s'ils sont employés à propos et avec discernement.
Lorsque Jésus dit au jeune homme qui l'interrogeait sur les moyens de gagner la vie
éternelle: “Défaites-vous de tous vos biens et suivez-moi,” il n'entendait point poser en
principe absolu que chacun doit se dépouiller de ce qu'il possède, et que le salut n'est qu'à ce
prix, mais montrer que l'attachement aux biens terrestres est un obstacle au salut. Ce jeune
homme, en effet, se croyait quitte parce qu'il avait observé certains commandements, et
pourtant il recule à l'idée d'abandonner ses biens; son désir d'obtenir la vie éternelle ne va pas
jusqu'à ce sacrifice.
La proposition que lui fait Jésus était une épreuve décisive pour mettre à jour le fond
de sa pensée; il pouvait sans doute être un parfait honnête homme selon le monde, ne faire de
tort à personne, ne point médire de son prochain, n'être ni vain ni orgueilleux, honorer son
père et sa mère; mais il n'avait pas la vraie charité, car sa vertu n'allait pas jusqu'à l'abnégation.
Voilà ce que Jésus a voulu démontrer; c'était une application du principe: Hors la charité point
de salut.
La conséquence de ces paroles prises dans leur acception rigoureuse, serait l'abolition
de la fortune comme nuisible au bonheur futur, et comme source d'une foule de maux sur la
terre; ce serait de plus la condamnation du travail qui peut la procurer; conséquence absurde
qui ramènerait l'homme à la vie sauvage, et qui, par cela même, serait en contradiction avec la
loi du progrès, qui est une loi de Dieu.
236
CHAPITRE XVI.
Si la richesse est la source de beaucoup de maux, si elle excite tant de mauvaises
passions, si elle provoque tant de crimes même, il faut s'en prendre non à la chose, mais à
l'homme qui en abuse, comme il abuse de tous les dons de Dieu; par l'abus, il rend pernicieux
ce qui pourrait lui être le plus utile; c'est la conséquence de l'état d'infériorité du monde
terrestre. Si la richesse ne devait produire que du mal, Dieu ne l'aurait pas mise sur la terre;
c'est à l'homme d'en faire sortir le bien. Si elle n'est pas un élément direct du progrès moral,
elle est, sans contredit, un puissant élément de progrès intellectuel.
En effet, l'homme a pour mission de travailler à l'amélioration matérielle du globe; il
doit le défricher, l'assainir, le disposer pour recevoir un jour toute la population que comporte
son étendue; pour nourrir cette population qui croît sans cesse, il faut augmenter la
production; si la production d'une contrée est insuffisante, il faut aller la chercher au loin. Par
cela même, les relations de peuple à peuple deviennent un besoin; pour les rendre plus faciles,
il faut détruire les obstacles matériels qui les séparent, rendre les communications plus rapides.
Pour des travaux qui sont l'oeuvre des siècles, l'homme a dû puiser des matériaux jusque dans
les entrailles de la terre; il a cherché dans la science les moyens de les exécuter plus sûrement
et plus rapidement; mais, pour les accomplir, il lui faut des ressources: la nécessité lui a fait
créer la richesse, comme elle lui a fait découvrir la science. L'activité nécessitée par ces mêmes
travaux grandit et développe son intelligence; cette intelligence qu'il concentre d'abord sur la
satisfaction des besoins matériels, l'aidera plus tard à comprendre les grandes vérités mo-
237
ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON.
rales. La richesse étant le premier moyen d'exécution, sans elle plus de grands travaux, plus
d'activité, plus de stimulant, plus de recherches; c'est donc avec raison qu'elle est considérée
comme un élément du progrès.
Inégalité des richesses.
8. L'inégalité des richesses est un de ces problèmes que l'on cherche en vain à résoudre,
si l'on ne considère que la vie actuelle. La première question qui se présente est celle-ci:
Pourquoi tous les hommes ne sont-ils pas également riches? Ils ne le sont pas par une raison
très simple, c'est qu'ils ne sont pas également intelligents, actifs et laborieux pour acquérir,
sobres et prévoyants pour conserver. C'est d'ailleurs un point mathématiquement démontré,
que la fortune également répartie donnerait à chacun une part minime et insuffisante; qu'en
supposant cette répartition faite, l'équilibre serait rompu en peu de temps par la diversité des
caractères et des aptitudes; qu'en la supposant possible et durable, chacun ayant à peine de
quoi vivre, ce serait l'anéantissement de tous les grands travaux qui concourent au progrès et
au bien-être de l'humanité; qu'en supposant qu'elle donnât à chacun le nécessaire, il n'y aurait
plus l'aiguillon qui pousse aux grandes découvertes et aux entreprises utiles. Si Dieu la
concentre sur certains points, c'est pour que de là elle se répande en quantité suffisante, selon
les besoins.
Ceci étant admis, on se demande pourquoi Dieu la donne à des gens incapables de la
faire fructifier pour le bien de tous. Là encore est une preuve de la sagesse et de la bonté de
Dieu. En donnant à l'homme le libre arbitre, il a voulu qu'il arrivât, par sa propre expé-
238
CHAPITRE XVI.
rience, à faire la différence du bien et du mal, et que la pratique du bien fût le résultat de ses
efforts et de sa propre volonté. Il ne doit être conduit fatalement ni au bien ni au mal, sans cela
il ne serait qu'un instrument passif et irresponsable, comme les animaux. La fortune est un
moyen de l'éprouver moralement; mais comme, en même temps, c'est un puissant moyen
d'action pour le progrès, il ne veut pas qu'elle reste longtemps improductive, c'est pourquoi il
la déplace incessamment. Chacun doit la posséder, pour s'essayer à s'en servir et prouver
l'usage qu'il en sait faire; mais comme il y a impossibilité matérielle à ce que tous l'aient en
même temps; que d'ailleurs, si tout le monde la possédait, personne ne travaillerait, et
l'amélioration du globe en souffrirait, chacun la possède à son tour: tel qui ne l'a pas
aujourd'hui l'a déjà eue ou l'aura dans une autre existence, et tel qui l'a maintenant pourra ne
plus l'avoir demain. Il y a des riches et des pauvres, parce que Dieu étant juste, chacun doit
travailler à son tour; la pauvreté est pour les uns l'épreuve de la patience et de la résignation; la
richesse est pourles autres l'épreuve de la charité et de l'abnégation.
On gémit avec raison de voir le pitoyable usage que certaines gens font de leur fortune,
les ignobles passions que provoque la convoitise, et l'on se demande si Dieu est juste de
donner la richesse à de telles gens? Il est certain que si l'homme n'avait qu'une seule existence,
rien ne justifierait une telle répartition des biens de la terre; mais si, au lieu de borner sa vue à
la vie présente, on considère l'ensemble des existences, on voit que tout s'équilibre avec
justice. Le pauvre n'a donc plus de motif d'accuser la Providence, ni d'envier les riches, et les
riches n'en ont plus de se glorifier de ce
239
ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON.
qu'ils possèdent. S'ils en abusent, ce n'est ni avec les décrets, ni avec les lois somptuaires qu'on
remédiera au mal; les lois peuvent momentanément changer l'extérieur, mais elles ne peuvent
changer le coeur; c'est pourquoi elles n'ont qu'une durée temporaire, et sont toujours suivies
d'une réaction plus effrénée. La source du mal est dans l'égoïsme et l'orgueil; les abus de toute
nature cesseront d'eux-mêmes quand les hommes se régleront sur la loi de charité.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Le vraie proprieté.
9. L'homme ne possède en propre que ce qu'il peut emporter de ce monde. Ce qu'il
trouve en arrivant et ce qu'il laisse en partant, il en jouit pendant son séjour; mais, puisqu'il est
forcé de l'abandonner, il n'en a que la jouissance et non la possession réelle. Que possède-t-il
donc? Rien de ce qui est à l'usage du corps, tout ce qui est à l'usage de l'âme: l'intelligence, les
connaissances, les qualités morales; voilà ce qu'il apporte et ce qu'il emporte, ce qu'il n'est au
pouvoir de personne de lui enlever, ce qui lui servira plus encore dans l'autre monde que dans
celui-ci; de lui dépend d'être plus riche à son départ qu'à son arrivée, car de ce qu'il aura acquis
en bien dépend sa position future. Quand un homme va dans un pays lointain, il compose sa
pacotille d'objets qui ont cours dans le pays; mais il ne se charge point de ceux qui lui seraient
inutiles. Faites donc de même pour la vie future, et faites provision de tout ce qui pourra vous
y servir.
Au voyageur qui arrive dans une auberge, on donne
240
CHAPITRE XVI.
un beau logement s'il peut le payer; à celui qui a peu de chose, on en donne un moins agréable;
quant à celui qui n'a rien, il couche sur la paille. Ainsi en est-il de l'homme à son arrivée dans le
monde des Esprits: sa place y est subordonnée à son avoir; mais ce n'est pas avec de l'or qu'il
la paye. On ne lui demandera point: Combien aviez-vous sur la terre? quel rang y occupiezvous? étiez-vous prince ou artisan? Mais on lui demandera: Qu'en rapportez-vous? On ne
supputera point la valeur de ses biens ni de ses titres, mais la somme de ses vertus; or, à ce
compte, l'artisan peut être plus riche que le prince. En vain alléguera-t-il qu'avant son départ il
a payé son entrée avec de l'or, on lui répondra: Les places ne s'achètent point ici, elles se
gagnent par le bien qu'on a fait; avec la monnaie terrestre, vous avez pu acheter des champs,
des maisons, des palais; ici tout se paye avec les qualités du coeur. Êtes-vous riche de ces
qualités? soyez le bienvenu, et allez à la première place où toutes les félicités vous attendent;
êtes-vous pauvre? allez à la dernière où vous serez traité en raison de votre avoir. (PASCAL.
Genève, 1860.)
10. Les biens de la terre appartiennent à Dieu qui les dispense à son gré, et l'homme
n'en est que l'usufruitier, l'administrateur plus ou moins intègre et intelligent. Ils sont si peu la
propriété individuelle de l'homme, que Dieu déjoue souvent toutes les prévisions; que la
fortune échappe à celui qui croit la posséder aux meilleurs titres.
Vous direz peut-être que cela se comprend pour la fortune héréditaire, mais qu'il n'en
est pas de même de celle que l'on acquiert par son travail. Sans aucun doute, s'il est une
fortune légitime, c'est celle-là, quand elle
241
ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON.
est acquise honnêtement, car une propriété n'est légitimement acquise que, lorsque, pour la
posséder, on n'a fait de tort à personne. Il sera demandé compte d'un denier mal acquis au
préjudice d'autrui. Mais de ce qu'un homme doit sa fortune à lui-même, en emporte-t-il
davantage en mourant? Les soins qu'il prend de la transmettre àses descendants ne sont-ils pas
souvent superflus? car si Dieu ne veut pas qu'elle leur échoie, rien ne saurait prévaloir contre
sa volonté. Peut-il en user et en abuser impunément pendant sa vie sans avoir de compte à
rendre? Non; en lui permettant de l'acquérir, Dieu a pu vouloir récompenser en lui, pendant
cette vie, ses efforts, son courage, sa persévérance; mais s'il ne la fait servir qu'à la satisfaction
de ses sens ou de son orgueil; si elle devient une cause de chute entre ses mains, mieux eùt
valu pour lui qu'il ne la possédât pas; il perd d'un côté ce qu'il a gagné de l'autre en annulantle
mérite de son travail, et quand il quittera la terre, Dieu lui dira qu'il a déjà reçu sa récompense.
(M. ESPRIT PROTECTEUR, Bruxelles, 1861.)
Emploi de la fortune.
11. Vous ne pouvez servir Dieu et Mammon; retenez bien ceci, vous que l'amour de
l'or domine, vous qui vendriez votre âme pour posséder des trésors, paroe qu'ils peuvent vous
élever au-dessus des autres hommes et vous donner les jouissances des passions; non, vous ne
pouvez servir Dieu et Mammon! Si donc vous sentez votre âme dominée par les convoitises
de la chair, hâtez-vous de secouer le joug qui vous accable, car Dieu, juste et sévère, vous
dira: Qu'as-tu fait, économe infidèle, des biens que je t'avais confiés? Ce puissant
242
CHAPITRE XVI.
mobile des bonnes oeuvres, tu ne l'as fait servir qu'à ta satisfaction personnelle.
Quel est donc le meilleur emploi de la fortune? cher-chez dans ces paroles: «Aimezvous les uns les autres,» la solution de ce problème; là est le secret de bien employer ses
richesses. Celui qui est animé de l'amour du prochain a sa ligne de conduite toute tracée;
l'emploi qui plaît à Dieu, c'est la charité; non pas cette charité froide et égoïste qui consiste à
répandre autour de soi le superflu d'une existence dorée, mais cette charité pleine d'amour qui
cherche le malheur, qui le relève sans l'humilier. Riche, donne de ton superflu; fais mieux:
donne un peu de ton nécessaire, car ton nécessaire est encore du superflu, mais donne avec
sagesse. Ne repousse pas la plainte de peur d'être trompé, mais va à la source du mal; soulage
d'abord, informe-toi ensuite, et vois si le travail, les conseils, l'affection même ne seront pas
plus efficaces que ton aumône. Répands autour de toi, avec l'aisance, l'amour de Dieu, l'amour
du travail, l'amour du prochain. Place tes richesses sur un fonds qui ne te manquera jamais et
te rapportera de gros intérêts: les bonnes oeuvres. La richesse de l'intelligence doitte servir
comme celle del'or; répands autour de toi les trésors de l'instruction; répands sur tes frères les
trésors de ton amour, et ils fructifieront. (CHEVERUS. Bordeaux, 1861.)
12. Lorsque je considère la brièveté de la vie, je suis douloureusement affecté de
l'incessante préoccupation dont le bien-être matériel est pour vous l'objet, tandis que vous
attachez si peu d'importance, et ne consacrez que peu ou point de temps à votre
perfectionnement moral qui doit vous compter pour l'éternité. On croi-
243
ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON.
rait, à voir l'activité que vous déployez, qu'il s'y rattache une question du plus haut intérêt pour
l'humanité, tandis qu'il ne s'agit presque toujours que de vous mettre à même de satisfaire à
des besoins exagérés, à la vanité, ou de vous livrer à des excès. Que de peines, de soucis, de
tourments l'on se donne, que de nuits sans sommeil, pour augmenter une fortune souvent plus
que suffisante! Pour comble d'aveuglement, il n'est pas rare de voir ceux qu'un amour
immodéré de la fortune et des jouissances qu'elle procure, assujettit à un travail pénible, se
prévaloir d'une existence dite de sacrifice et de mérite, comme s'ils travaillaient pour les autres
et non pour eùx-mêmes. Insensés! vous croyez donc réellement qu'il vous sera tenu compte
des soins et des efforts dont l'égoïsme, la cupidité ou l'orgueil sont le mobile, tandis que vous
négligez le soin de votre avenir, ainsi que les devoirs que la solidarité fraternelle impose à tous
ceux qui jouissent des avantages dela vie sociale! Vous n'avez songé qu'à votre corps; son
bien-être, ses jouissances étaient l'unique objet de votre sollicitude égoïste; pour lui qui meurt,
vous avez négligé votre Esprit qui vivra toujours. Aussi ce maître tant choyé et caressé est
devenu votre tyran; il commande à votre Esprit qui s'est fait son esclave. Était-ce là le but de
l'existence que Dieu vous avait donnée? (UN ESPRIT PROTECTEUR. Cracovie, 1861.)
13. L'homme étant le dépositaire, le gérant des biens que Dieu remet entre ses mains, il
lui sera demandé un compte sévère de l'emploi qu'il en aura fait en vertu de son libre arbitre.
Le mauvais emploi consiste à ne les faire servir qu'à sa satisfaction personnelle; au contraire,
l'emploi est bon toutes les fois qu'il en résulte un bien
244
CHAPITRE XVI.
quelconque pour autrui; le mérite est proportionné au sacrifice que l'on s'impose. La
bienfaisance n'est qu'un mode d'emploi de la fortune; elle soulage la misère actuelle; elle apaise
la faim, préserve du froid et donne un asile à celui qui n'en a pas; mais un devoir tout aussi
impérieux, tout aussi méritoire, consiste à prévenir la misère; c'est là surtout la mission des
grandes fortunes par les travaux de tous genres qu'elles peuvent faire exécuter; et dussent-elles
en tirer un profit légitime, le bien n'en existerait pas moins, car le travail développe
l'intelligence et rehausse la dignité de l'homme toujours fier de pouvoir dire qu'il a gagné le
pain qu'il mange, tandis que l'aumône humilie et dégrade. La fortune concentrée dans une main
doitêtre comme une source d'eau vive qui répand la fécondité et le bien-être autour d'elle. O
vous, riches, qui l'emploierez selon les vues du Seigneur, votre coeur, le premier, se
désaltérera à cette source bienfaisante; vous aurez en cette vie les ineffables jouissances de
l'âme au lieu des jouissances matérielles de l'égoïste qui laissent le vide dans le coeur. Votre
nom sera béni sur la terre, et quand vous la quitterez, le souverain maître vous adressera le
mot de la parabole des talents: “O bon et fidèle serviteur, entrez dans la joie de votre
Seigneur.” Dans cette parabole, le serviteur qui enfouit dans la terre l'argent qui lui a été
confié, n'est-il pas l'image des avares entre les mains desquels la fortune est improductive? Si
cependant Jésus parle principalement des aumônes, c'est qu'en ce temps-là et dans le pays où il
vivait on ne connaissait pas les travaux que les arts et l'industrie ont créés depuis, et auxquels
la fortune peut être employée utilement pour le bien général. A tous ceux qui peuvent donner,
peu ou beaucoup, je dirai donc: Faites l'au-
245
ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON.
mône quand cela sera nécessaire, mais autant que possible convertissez-la en salaire, afin que
celui qui la reçoit n'en rougisse pas. (FÉNÉLON. Alger, 1860.)
Détachement des biens terrestres.
14. Je viens, mes frères, mes amis, apporter mon obole pour vous aider à marcher
hardiment dans la voie d'amélioration où vous êtes entrés. Nous nous devons les uns aux
autres; ce n'est que par une union sincère et fraternelle entre Esprits et incarnés que la
régénération est possible.
Votre amour pour les biens terrestres est une des plus fortes entraves à votre
avancement moral et spirituel; par cet attachement à la possession, vous brisez vos facultés
aimantes en les reportant toutes sur les choses matérielles. Soyez sincères; la fortune donne-telle un bonheur sans mélange: Quand vos coffres sont pleins, n'y a-t-il pas toujours un vide
dans le coeur? Au fond de cette corbeille de fleurs, n'y a-t-il pas toujours un reptile caché? Je
comprends que l'homme qui, par un travail assidu et honorable, a gagné la fortune, éprouve
une satisfaction, bien juste du reste; mais de cette satisfaction, très naturelle et que Dieu
approuve, à un attachement qui absorbe tout autre sentiment et paralyse les élans du coeur, il
y a loin; aussi loin que de l'avarice sordide à la prodigalité exagérée, deux vices entre lesquels
Dieu a placé la charité, sainte et salutaire vertu qui apprend au riche à donner sans ostentation,
pour que le pauvre reçoive sans bassesse.
Que la fortune vous vienne de votre famille, ou que vous l'ayez gagnée par votre
travail , il est une chose que vous ne devez jamais oublier, c'est que tout vient
246
CHAPITRE XVI.
de Dieu, tout retourne à Dieu. Rien ne vous appartient sur la terre, pas même votre pauvre
corps: la mort vous en dépouille comme de tous les biens matériels; vous êtes dépositaires et
non propriétaires, ne vous y trompez pas; Dieu vous a prêté, vous devez rendre, et il vous
prête à la condition que le superflu, au moins, revienne à ceux qui n'ont pas le nécessaire.
Un de vos amis vous prête une somme; pour peu que vous soyez honnête, vous vous
faites un scrupule de la lui rendre, et vous lui en gardez de la reconnaissance. Eh bien, voilà la
position de tout homme riche; Dieu est l'ami céleste qui lui a prêté la richesse; il ne demande
pour lui que l'amour et la reconnaissance, mais il exige qu'à son tour le riche donne aux
pauvres qui sont ses enfants au même titre que lui.
Le bien que Dieu vous a confié excite en vos coeurs une ardente et folle convoitise;
avez-vous réfléchi, quand vous vous attachez immodérément à une fortune périssable et
passagère comme vous, qu'un jour viendra où vous devrez rendre compte au Seigneur de ce
qui vient de Jui? Oubliez-vous que, par la richesse, vous êtes revêtus du caractère sacré de
ministres de la charité sur la terre pour en être les dispensateurs intelligents? Qu'êtes-vous
donc quand vous usez à votre seul profit de ce qui vous a été confié, sinon des dépositaires
infidèles? Que résulte-t-il de cet oubli volontaire de vos devoirs? La mort inflexible,
inexorable, vient déchirer le voile sous lequel vous vous cachiez, et vous force à rendre vos
comptes à l'ami même qui vous avait obligés, et qui à ce moment se revêt pour vous de la robe
de juge.
C'est en vain que sur la terre vous cherchez à vous faire illusion à vous-mêmes, en
colorant du nom de
247
ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON.
vertu ce qui souvent n'est que de l'égoïsme; que vous appelez économie et prévoyance ce qui
n'est que de la cupidité et de l'avarice, ou générosité ce qui n'est que la prodigalité à votre
profit. Un père de famille, par exemple, s'abstiendra de faire la charité, économisera, entassera
or sur or, et cela, dit-il, pour laisser à ses enfants le plus de bien possible, et leur éviter de
tomber dans la misère; c'est fort juste et paternel, j'en conviens, et on ne peut l'en blâmer; mais
est-ce bien là toujours le seul mobile qui le guide? N'est-ce pas souvent un compromis avec sa
conscience pour justifier à ses propres yeux et aux yeux du monde son attachement personnel
aux biens terrestres? Cependant j'admets que l'amour paternel soit son unique mobile; est-ce
un motif pour oublier ses frères devant Dieu? Quand lui-même a déjà le superflu, laissera-t-il
ses enfants dans la misère, parce qu'ils auront un peu moins de ce supertlu? N'est-ce pas leur
donner une leçon d'égoïsme et endurcir leur coeur? N'est-ce pas étouffer en eux l'amour du
prochain? Pères et mères, vous êtes dans une grande erreur, si vous croyez par là augmenter
l'affection de vos enfants pour vous; en leur apprenant à être égoïstes pour les autres, vous
leur apprenez à l'être pour vous-mêmes.
Quand un homme a bien travaillé, et qu'à la sueur de son front il a amassé du bien,
vous l'entendrez souvent dire que lorsque l'argent est gagné on en connaît mieux le prix: rien
n'est plus vrai. Eh bien! que cet homme qui avoue connaître toute la valeur de l'argent, fasse la
charité selon ses moyens, il aura plus de mérite que celui qui, né dans l'abondance, ignore les
rudes fatigues du travail. Mais qu'au contraire ce même homme qui se rappelle ses peines, ses
travaux, soit
248
CHAPITRE XVI.
égoïste, dur pour les pauvres, il est bien plus coupable que les autres; car plus on connaît par
soi-même les douleurs cachées de la misère, plus on doit être porté à les soulager dans les
autres.
Malheureusement il y a toujours dans l'homme qui possède un sentiment aussi fort que
l'attachement à la fortune: c'est l'orgueil. Il n'est pas rare de voir le parvenu étourdir le
malheureux qui implore son assistance du récit de ses travaux et de son savoir-faire, au lieu de
lui venir en aide, et finir par lui dire; “Faites ce que j'ai fait.” D'après lui, la bonté de Dieu n'est
pour rien dans sa fortune; à lui seul en revient tout le mérite; son orgueil met un bandeau sur
ses yeux et bouche ses oreilles; il ne comprend pas qu'avec toute son intelligence et son
adresse, Dieu peut le renverser d'un seul mot.
Gaspiller sa fortune, ce n'est pas le détachement des biens terrestres, c'est de
l'insouciance et de l'indifférence; l'homme, dépositaire de ces biens, n'a pas plus le droit de les
dilapider que de les confisquer à son profit; la prodigalité n'est pas la générosité, c'est souvent
une forme de l'égoïsme; tel qui jette l'or à pléines mains pour satisfaire une fantaisie ne
donnerait pas un écu pour rendre service. Le détachement des biens terrestres consiste à
apprécier la fortune à sa juste valeur, à savoir s'en servir pour les autres et non pour soi seul, à
n'y point sacrifier les intérêts de la vie future, à la perdre sans murmurer s'il plaît à Dieu de
vous la retirer. Si, par des revers imprévus, vous devenez un autre Job, comme lui, dites:
«Seigneur, vous me l'aviez donnée, vous me l'avez ôtée; que votre volonté soit faite.» Voilà le
vrai détachement. Soyez soumis d'abord; ayez foi en celui qui vous ayant donné et ôté peut
vous ren-
249
ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON.
dre; résistez avec courage à l'abattement, au désespoir qui paralysent votre force; n'oubliez
jamais, quand Dieu vous frappera, qu'à côté de la plus grande épreuve, il place toujours une
consolation. Mais songez surtout qu'il est des biens infiniment plus précieux que ceux de la
terre, et cette pensée aidera à vous détacher de ces derniers. Le peu de prix qu'on attache à
une chose fait qu'on est moins sensible à sa perte. L'homme qui s'attache aux biens de la terre
est comme l'enfant qui ne voit que le moment présent; celui qui n'y tient pas est comme l'adulte
qui voit des choses plus importantes, car il comprend ces paroles prophétiques du Sauveur:
Mon royaume n'est pas de ce monde.
Le Seigneur n'ordonne point de se dépouiller de ce qu'on possède pour se réduire à
une mendicité volontaire, car alors on devient une charge pour la société; agir ainsi serait mal
comprendre le détachement des biens terrestres; c'est un égoïsme d'un autre genre, car c'est
s'affranchir de la responsabilité que la fortune fait peser sur celui qui la possède. Dieu la donne
à qui bon lui semble pour la gérer au profit de tous; le riche a donc une mission, mission qu'il
peut rendre belle et profitable pour lui; rejeter la fortune quand Dieu vous la donne, c'est
renoncer au bénéfice du bien que l'on peut faire en l'administrant avec sagesse. Savoir s'en
passer quand on ne l'a pas, savoir l'employer utilement quand on l'a, savoir la sacrifier quand
cela est nécessaire, c'est agir selon les vues du Seigneur. Que celui à qui il arrive ce qu'on
appelle dans le monde une bonne fortune, s'écrie: Mon Dieu, vous m'envoyez une nouvelle
charge, donnez-moi la force de la remplir selon votre sainte volonté.
Voilà, mes amis, ce que j'entendais vous enseigner
250
CHAPITRE XVI.
par le détachement des biens terrestres; je me résume en disant: Sachez vous contenter de
peu. Si vous êtes pauvre, n'enviez pas les riches, car la fortune n'est pas nécessaire au bonheur;
si vous êtes riche, n'oubliez pas que ces biens vous sont confiés, et que vous en devrez justifier
l'emploi comme dans un compte de tutelle. Ne soyez pas dépositaire infidèle, en les faisant
servir à la satisfaction de votre orgueil et de votre sensualité; ne vous croyez pas le droit de
disposer pour vous uniquement de ce qui n'est qu'un prêt, et non un don. Si vous ne savez pas,
rendre, vous n'avez plus le droit de demander, et rappelez-vous que celui qui donne aux
pauvres s'acquitte de la dette qu'il a contractée envers Dieu. (LACORDAIRE. Constantine,
1863.)
15. Le principe en vertu duquel l'homme n'est que le dépositaire de la fortune dont
Dieu lui permet de jouir pendant sa vie, lui ôte-t-il le droit de la transmettre à ses
descendants?
L'homme peut parfaitement transmettre après sa mort ce dont il a eu la jouissance
pendant sa vie, parce que l'effet de ce droit est toujours subordonné à la volonté de Dieu qui
peut, quand il veut, empêcher ses descendants d' en jouir; c'est ainsi qu'on voit s'écrouler les
fortunes qui paraissent le plus solidement assises. La volonté de l'homme pour maintenir sa
fortune dans sa lignée est donc impuissante, ce qui ne lui ôte pas le droit de transmettre le prêt
qu'il a reçu, puisque Dieu le retirera quand il le jugera à propos. (SAINT LOUIS, Paris, 1860.)
251
CHAPITRE XVII
SOYEZ PARFAITS.
Caractères de la perfection. - L'homme de bien. - Les bons spirites. - Parabole de la semence. Instructions des Esprits: Le devoir. - La vertu. - Les supérieurs et les inférieurs. - L'homme
dans le monde. - Soignez le corps et l'esprit.
Caractères de la perfection.
1. Aimez vos ennemis; faites du bien à ceux qui vous haïssent, et priez pour ceux
qui vous persécutent et qui vous calomnient; - car si vous n'aimez que ceux qui vous
aiment, quelle récompense en aurez-vous? Les publicains ne le font-ils pas aussi? - Et si
vous ne saluez que vos frères, que faites-vous en cela de plus que les autres? Les Païens
ne le font-ils pas aussi? - Soyez donc, vous autres, parfaits, comme votre Père céleste est
parfait. (Saint Matthieu, ch. V, v. 44, 46, 47, 48.)
2. Puisque Dieu possède la perfection infinie en toutes choses, cette maxime: «Soyez
parfaits comme votre Père céleste est parfait,» prise à la lettre, présupposerait la possibilité
d'atteindre à la perfection absolue. S'il était donné à la créature d'être aussi parfaite que le
Créateur, elle lui deviendrait égale, ce qui est inadmissible. Mais les hommes auxquels
s'adressait Jésus n'auraient point compris cette nuance; il se borne à leur présenter un modèle
et leur dit de s'efforcer de l'atteindre.
Il faut donc entendre par ces paroles la perfection relative, celle dont l'humanité est
susceptible et qui la
252
CHAPITRE XVII.
rapproche le plus de la Divinité. En quoi consiste cette perfection? Jésus le dit: «Aimer ses
ennemis, faire du bien à ceux qui nous haïssent, prier pour ceux qui nous persécutent.» Il
montre par là que l'essence de la perfection, c'est la charité dans sa plus large acception, parce
qu'elle implique la pratique de toutes les autres vertus.
En effet, si l'on observe les résultats de tous les vices, et même des simples défauts, on
reconnaîtra qu'il n'en est aucun qui n'altère plus ou moins le sentiment de la charité, parce que
tous ont leur principe dans l'égoïsme et l'orgueil, qui en sont la négation; car tout ce qui
surexcite le sentiment de la personnalité détruit, ou tout au moins affaiblit les éléments de la
vraie charité, qui sont: la bienveillance, l'indulgence, l'abnégation et le dévoûment. L'amour du
prochain, porté jusqu'à l'amour de ses ennemis, ne pouvant s'allier avec aucun défaut coutraire
à la charité, est, par cela même, toujours l'indice d'une plus ou moins grande supériorité
morale; d'où il résulte que le degré de la perfection est en raison de l'étendue de cet amour;
c'est pourquoi Jésus, après avoir donné à ses disciples les règles de la charité dans ce qu'elle a
de plus sublime, leur dit: «Soyez donc parfaits comme votre Père céleste est parfait.»
L'homme de bien.
3. Le véritable homme de bien est celui qui pratique la loi de justice, d'amour et de
charité dans sa plus grande pureté. S'il interroge sa conscience sur ses propres actes, il se
demande s'il n'a point violé cette loi; s'il n'a point fait de mal; s'il a fait tout le bien qu'il a
253
SOYEZ PARFAITS.
pu; s'il a négligé volontairement une occasion d'être utile; si nul n'a à se plaindre de lui; enfin
s'il a fait à autrui tout ce qu'il eût voulu qu'on fît pour lui.
Il a foi en Dieu, en sa bonté, en sa justice et en sa sagesse; il sait que rien n'arrive sans
sa permission, et il se soumet en toutes choses à sa volonté.
Il a foi en l'avenir; c'est pourquoi il place les biens spirituels au-dessus des biens
temporels.
Il sait que toutes les vicissitudes de la vie, toutes les douleurs, toutes les déceptions,
sont des épreuves ou des expiations, et il les accepte sans murmures.
L'homme pénétré du sentiment de charité et d'amour du procliain fait le bien pour le
bien, sans espoir de retour, rend le bien pour le mal, prend la défense du faible contre le fort,
et sacrifie toujours son intérêt à la justice.
Il trouve sa satisfaction dans les bienfaits qu'il répand, dans les services qu'il rend, dans
les heureux qu'il fait, dans les larmes qu'il tarit, dans les consolations qu'il donne aux affligés.
Son premier mouvement est de penser aux autres avant de penser à lui, de chercher l'intérêt
des autres avant le sien propre. L'égoïste, au contraire, calcule les profits et les pertes de toute
action généreuse.
Il est bon, humain et bienveillant pour tout le monde, sans acception de races ni de
croyances, parce qu'il voit des frères dans tous les hommes.
Il respecte en autrui toutes les convictions sincères, et ne jette point l'anathème à ceux
qui ne pensent pas comme lui.
En toutes circonstances la charité est son guide; il se dit que celui qui porte préjudice à
autrui par des paroles malveillantes, qui froisse la susceptibilité de quel-
254
CHAPITRE XVII.
qu'un par son orgueil et son dédain, qui ne recule pas à l'idée de causer une peine, une
contrariété, même légère, quand il peut l'éviter, manque au devoir de l'amour du prochain, et
ne mérite pas la clémence du Seigneur.
Il n'a ni haine, ni rancune, ni désir de vengeance; à l'exemple de Jésus, il pardonne et
oublie les offenses, et ne se souvient que des bienfaits; car il sait qu'il lui sera pardonné comme
il aura pardonné lui-même.
Il est indulgent pour les faiblesses d'autrui, parce qu'il sait qu'il a lui-même besoin
d'indulgence, et se rappelle cette parole du Christ: Que celui qui est sans péché lui jette la
première pierre.
Il ne se complaît point à rechercher les défauts d'autrui ni à les mettre en évidence. Si
la nécessité l'y oblige, il cherche toujours le bien qui peut atténuer le mal.
Il étudie ses propres imperfections, et travaille sans cesse à les combattre. Tous ses
efforts tendent à pouvoir se dire le lendemain qu'il y a en lui quelque chose de mieux que la
veille.
Il ne cherche à faire valoir ni son esprit, ni ses talents aux dépens d'autrui; il saisit, au
contraire, toutes les occasions de faire ressortir ce qui est à l'avantage des autres.
Il ne tire aucune vanité ni de sa fortune, ni de ses avantages personnels, parce qu'il sait
que tout ce qui lui a été donné peut lui être retiré.
Il use, mais n'abuse point des biens qui lui sont accordés, parce qu'il sait que c'est un
dépôt dont il devra compte, et que l'emploi le plus préjudiciable qu'il en puisse faire pour lui-même, c'est de les faire servir à la satisfaction de ses passions.
255
SOYEZ PARFAITS.
Si l'ordre social a placé des hommes sous sa dépendance, il les traite avec bonté et
bienveillance, parce que ce sont ses égaux devant Dieu; il use de son autorité pour relever leur
moral, et non pour les écraser de son orgueil; il évite tout ce qui pourrait rendre leur position
subalterne plus pénible.
Le subordonné, de son côté, comprend les devoirs de sa position, et se fait un scrupule
de les remplir consciencieusement. (Ch. XVII, nº 9.)
L'homme de bien, enfin, respecte dans ses semblables tous les droits que donnent les
lois de la nature, comme il voudrait qu'on les respectât envers lui.
Là n'est pas l'énumération de toutes les qualités qui distinguent l'homme de bien, mais
quiconque s'efforce de posséder celles-ci est sur la voie qui conduit à toutes les autres.
Les bons spirites.
4. Le spiritisme bien compris, mais surtout bien senti, conduit forcément aux résultats
ci-dessus, qui caractérisent le vrai spirite comme le vrai chrétien, l'un et l'autre ne faisant
qu'un. Le spiritisme ne crée aucune morale nouvelle; il facilite aux hommes l'intelligence et la
pratique de celle du Christ, en donnant une foi solide et éclairée à ceux qui doutent ou qui
chancellent.
Mais beaucoup de ceux qui croient aux faits des manifestations n'en comprennent ni les
conséquences ni la portée morale, ou, s'ils les comprennent, ils ne se les appliquent point à
eux-mêmes. A quoi cela tient-il? Est-ce à un défaut de précision de la doctrine? Non, car elle
ne contient ni allégories, ni figures qui puissent
256
CHAPITRE XVII.
donner lieu à de fausses interprétations; son essence même est la clarté, et c'est ce qui fait sa
puissance, parce qu'elle va droit à l'intelligence. Elle n'a rien de mystérieux, et ses initiés ne
sont en possession d'aucun secret caché au vulgaire.
Faut-il donc, pour la comprendre, une intelligence hors ligne? Non, car on voit des
hommes d'une capacité notoire qui ne la comprennent pas, tandis que des intelligences
vulgaires, des jeunes gens même à peine sortis de l'adolescence, en saisissent avec une
admirable justesse les nuances les plus délicates. Cela vient de ce que la partie en quelque
sorte matérielle de la science ne requiert que des yeux pour observer, tandis que la partie
essentielle veut un certain degré de sensibilité qu'on peut appeler la maturité du sens moral,
maturité indépendante de l'âge et du degré d'instruction, parce qu'elle est inhérente au
développement, dans un sens spécial, de l'Esprit incarné.
Chez quelques-uns, les liens de la matière sont encore trop tenaces pour permettre à
l'Esprit de se dégager des choses de la terre; le brouillard qui les environne leur dérobe la vue
de l'infini; c'est pourquoi ils ne rompent facilement ni avec leurs goûts, ni avec leurs habitudes,
ne comprenant pas quelque chose de mieux que ce qu'ils ont; la croyance aux Esprits est pour
eux un simple fait, mais ne modifie que peu ou point leurs tendances instinctives; en un mot,
ils ne voient qu'un rayon de la lumière, insuffisant pour les conduire et leur donner une
aspiration puissante, capable de vaincre leurs penchants. Ils s'attachent aux phénomènes plus
qu'à la morale, qui leur semble banale et monotone; ils demandent aux Esprits de les initier
sans cesse à de nouveaux mystères, sans se demander s'ils se sont rendus
257
SOYEZ PARFAITS.
dignes d'être mis dans les secrets du Créateur. Ce sont les spirites imparfaits, dont quelquesuns restent en chemin ou s'éloignent de leurs frères en croyance, parce qu'ils reculent devant
l'obligation de se réformer eux-mêmes, ou bien ils réservent leurs sympathies pour ceux qui
partagent leurs faiblesses ou leurs préventions. Cependant l'acceptation du principe de la
doctrine est un premier pas qui leur rendra le second plus facile dans une autre existence.
Celui que l'on peut, avec raison, qualifier de vrai et sincère spirite, est à un degré
supérieur d'avancement moral; l'Esprit qui domine plus complétement la matière lui donne une
perception plus claire de l'avenir; les principes de la doctrine font vibrer en lui des fibres qui
restent muettes chez les premiers; en un mot, il est touché au coeur; aussi sa foi est-elle
inébranlable. L'un est comme le musicien qui s'émeut à certains accords, tandis qu'un autre
n'entend que des sons. On reconnaît le vrai spirite à sa transformation morale, et aux efforts
qu'il fait pour dompter ses mauvaises inclinations; tandis que l'un se complaît dans son
horizon borné, l'autre, qui comprend quelque chose de mieux, s'efforce de s'en détacher, et il y
parvient toujours quand il en a la ferme volonté.
Parabole de la semence.
5. Ce même jour, Jésus, étant sorti de la maison, s'assit auprès de la mer; - et il
s'assembla autour de lui une grande foule de peuple; c'est pourquoi il monta sur une
barque, où il s'assit, tout le peuple se tenant sur le rivage; - et il leur dit beaucoup de
choses en paraboles, leur parlant de cette sorte:
Celui qui sème s'en alla semer; - et pendant qu'il semait,
258
CHAPITRE XVII.
quelque partie de la semence tomba le long du chemin, et les oiseaux du ciel étant venus
la mangèrent.
Une autre tomba dans des lieux pierreux où elle n'avait pas beaucoup de terre; et
elle leva aussitôt, parce que la terre où elle était n'avait pas de profondeur. - Mais le
soleil s'étant levé ensuite, elle en fut brûlée; et comme elle n'avait point de racine, elle
sécha.
Une autre tomba dans des épines, et les épines venant à croître l'étouffèrent.
Une autre enfin tomba dans de bonne terre, et elle porta du fruit, quelques
grains rendant cent pour un, d'autres soixante, et d'autres trente.
Que celui-là entende, qui a des oreilles pour entendre. (Saint Matthieu, ch. XIII,
v. de 1 à 9.)
Écoutez donc, vous autres, la parabole de celui qui sème.
Quiconque écoute la parole du royaume et n'y fait point d'attention, l'esprit
malin vient et enlève ce qui avait été semé dans son coeur; c'est celui-là qui a reçu la
semence le long du chemin.
Celui qui reçoit la semence au milieu des pierres, c'est celui qui écoute la parole,
et qui la reçoit à l'heure même avec joie; - mais il n'a point en soi de racine, et il n'est
que pour un temps; et lorsqu'il survient des traverses et des persécutions à cause de la
parole, il en prend aussitôt un sujet de scandale et de chute.
Celui qui reçoit la semence parmi les épines, c'est celui qui entend la parole; mais
ensuite les sollicitudes de ce siècle et l'illusion des richesses étouffent en lui cette parole
et la rendent infructueuse.
Mais celui qui reçoit la semence dans une bonne terre, c'est celui qui écoute la
parole, qui y fait attention et qui porte du fruit, et rend cent, ou soixante, ou trente pour
un. (Saint Matthieu, ch. XIII, v. de 18 à 23.)
6. La parabole de la semence représente parfaitement les nuances qui existent dans la
manière de mettre à profit les enseignements de l'Évangile. Combien est-il de gens, en effet,
pour lesquels ce n'est qu'une lettre
259
SOYEZ PARFAITS.
morte qui, pareille à la semence tombée sur le roç, ne produit aucun fruit!
Elle trouve une application non moins juste dans les différentes catégories de spirites.
N'est-elle pas l'emblème de ceux qui ne s'attachent qu'aux phénomènes matériels, et n'en tirent
aucune conséquence, parce qu'ils n'y voient qu'un objet de curiosité? de ceux qui ne cherchent
que le brillant dans les communications des Esprits, et ne s'y intéressent qu'autant qu'elles
satisfont leur imagination, mais qui, après les avoir entendues, sont aussi froids et indifférents
qu'auparavant? qui trouvent les conseils fort bons et les admirent, mais en font l'application
aux autres et non à eux-mêmes? de ceux, enfin, pour qui ces instructions sont comme la
semence tombée dans la bonne terre, et produisent des fruits?
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Le devoir.
7. Le devoir est l'obligation morale, vis-à-vis de soi d'abord, et des autres ensuite. Le
devoir est la loi de la vie; il se retrouve dans les plus infimes détails, aussi bien que dans les
actes élevés. Je ne veux parler ici que du devoir moral, et non de celui qu'imposent les
professions.
Dans l'ordre des sentiments, le devoir est très-difficile à remplir, parce qu'il se trouve
en antagonisme avec les séductions de l'intérêt et du coeur; ses victoires n'ont pas de témoins,
et ses défaites n'ont pas de répression. Le devoir intime de l'homme est abandonné a son libre
arbitre; l'aiguillon de la conscience, cette
260
CHAPITRE XVII.
gardienne de la probité intérieure, l'avertit et le soutient, mais elle demeure souvent
impuissante devant les sophismes de la passion. Le devoir du coeur, fidèlement observé, élève
l'homme; mais ce devoir, comment le préciser? Où commence-t-il? où s'arrête-t-il? Le devoir
commence précisément au point où vous menacez le bonheur ou le repos de votre prochain;
il se termine à la limite que vous ne voudriez pas voir franchir pour vous-même.
Dieu a créé tous les hommes égaux pour la douleur; petits ou grands, ignorants ou
éclairés, souffrent par les mêmes causes, afin que chacun juge sainement le mal qu'il peut faire.
Le même criterium n'existe pas pour le bien, infiniment plus varié dans ses expressions.
L'égalité devant la douleur est une sublime prévoyance de Dieu, qui veut que ses enfants,
instruits par l'expérience commune, ne commettent pas le mal en arguant de l'ignorance de
ses effets.
Le devoir est le résumé pratique de toutes les spéculations morales; c'est une bravoure
de l'âme qui affronte les angoisses de la lutte; il est austère et souple; prompt à se plier aux
complications diverses, il demeure inflexible devant leurs tentations. L'homme qui remplit son
devoir aime Dieu plus que les créatures, et les créatures plus que lui-même; il est à la fois
juge et esclave dans sa propre cause.
Le devoir est le plus beau fleuron de la raison; il relève d'elle, comme le fils relève de
sa mère. L'homme doit aimer le devoir, non parce qu'il préserve des maux de la vie, auxquels
l'humanité ne peut se soustraire, mais parce qu'il donne à l'âme la vigueur nécessaire à son
développement.
Le devoir grandit et rayonne sous une forme plus
261
SOYEZ PARFAITS.
élevée dans chacune des étapes supérieures de l'humanité; l'obligation morale ne cesse jamais
de la créature à Dieu; elle doit refléter les vertus de l'Éternel qui n'accepte pas une ébauche
imparfaite, parce qu'il veut que la beauté de son oeuvre resplendisse devant lui. (LAZARE.
Paris, 1863.)
La vertu.
8. La vertu, à son plus haut degré, comporte l'ensemble de toutes les qualités
essentielles qui constituent l'homme de bien. Être bon, charitable, laborieux, sobre, modeste,
ces qualités sont de l'homme vertueux. Malheureusement elles sont souvent accompagnées de
petites infirmités morales qui les déparent et les atténuent. Celui qui fait parade de sa vertu
n'est pas vertueux, puisqu'il lui manque la qualité principale: la modestie, et qu'il a le vice le
plus contraire: l'orgueil. La vertu vraiment digne de ce nom n'aime pas à s'étaler; on la devine,
mais elle se dérobe dans l'obscurité et fuit l'admiration des foules. Saint Vincent de Paul était
vertueux; le digne curé d'Ars était vertueux, et beaucoup d'autres peu connus du monde, mais
connus de Dieu. Tous ces hommes de bien ignoraient eux-mêmes qu'ils fussent vertueux; ils se
laissaient aller au courant de leurs saintes inspirations, et pratiquaient le bien avec un
désintéressement complet et un entier oubli d'eux-mêmes.
C'est à la vertu ainsi comprise et pratiquée que je vous convie, mes enfants; c'est à
cette vertu vraiment chrétienne et vraiment spirite que je vous engage à vous consacrer; mais
éloignez de vos coeurs la pensée de l'orgueil, de la vanité, de l'amour-propre qui déparent
toujours les plus belles qualités. N'imitez pas cet homme
262
CHAPITRE XVII.
qui se pose comme un modèle et prône lui-même ses propres qualités à toutes les oreilles
complaisantes. Cette vertu d'ostentation dérohe souvent une foule de petites turpitudes et
d'odieuses lâchetés.
En principe, l'homme qui s'exalte lui-même, qui élève une statue à sa prople vertu,
annihile par ce fait seul tout le mérite effectif qu'il peut avoir. Mais que dirai-je de celui dont
toute la valeur est de paraître ce qu'il n'est pas? Je veux bien admettre que l'homme qui fait le
bien en ressente au fond du coeur une satisfaction intime, mais dès que cette satisfaction se
traduit au dehors pour en recueillir des éloges, elle dégénère en amour-propre.
O vous tous que la foi spirite a réchauffés de ses rayons, et qui savez combien l'homme
est loin de la perfection, ne donnez jamais dans un pareil travers. La vertu est une grâce que je
souhaite à tous les sincères spirites, mais je leur dirai: Mieux vaut moins de vertus avec la
modestie que beaucoup avec de l'orgueil. C'est par l'orgueil que les humanités successives se
sont perdues, c'est par l'humilité qu'elles doivent se racheter un jour. (FRANÇOIS, NICOLAS,
MADELEINE. Paris, 1863.)
Les supérieurs et les inférieurs.
9. L'autorité, de même que la fortune, est une délégation dont il sera demandé compte
à celui qui en est revêtu; ne croyez pas qu'elle lui soit donnée pour lui procurer le vain plaisir
de commander, ni, ainsi que le croient faussement la plupart des puissants de la terre, comme
un droit, une propriété. Dieu, cependant, leur prouve assez que ce n'est ni l'un ni l'autre, puisqu'il la leur retire quand cela lui plaît. Si c'était un
263
SOYEZ PARFAITS.
privilége attaché à leur personne, elle serait inaliénable. Nul ne peut donc dire qu'une chose lui
appartient, quand elle peut lui être ôtée sans son consentement. Dieu donne l'autorité à titre de
mission ou d'épreuve quand cela lui convient, et la retire de même.
Quiconque est dépositaire de l'autorité, de quelque étendue qu'elle soit, depuis le
maître sur son serviteur jusqu'au souverain sur son peuple, ne doit pas se dissimuler qu'il a
charge d'âmes; il répondra de la bonne ou de la mauvaise direction qu'il aura donnée à ses
subordonnés, et les fautes que ceux-ci pourront commettre, les vices auxquels ils seront
entraînés par suite de cette direction ou des mauvais exemples, retomberont sur lui, tandis
qu'il recueillera les fruits de sa sollicitude pour les amener au bien. Tout homme a sur la terre
une mission petite ou grande; quelle qu'elle soit, elle est toujours donnée pour le bien; c'est
donc y faillir que de la fausser dans son principe.
Si Dieu demande au riche: Qu'as-tu fait de la fortune qui devait être entre tes mains
une source répandant la fécondité tout à l'entour? il demandera à celui qui possède une
autorité quelconque: Quel usage as-tu fait de cette autorité? quel mal as-tu arrêté? quel
progrès as-tu fait faire? Si je t'ai donné des subordonnés, ce n'était pas pour en faire les
esclaves de ta volonté, ni les instruments dociles de tes caprices ou de ta cupidité; je t'ai fait
fort, et je t'ai confié des faibles pour les soutenir et les aider à monter vers moi.
Le supérieur qui est pénétré des paroles du Christ ne méprise aucun de ceux qui sont
au-dessous de lui, parce qu'il sait que les distinctions sociales n'en établissent pas devant Dieu.
Le spiritisme lui apprend que s'ils lui obéissent aujourd'hui, ils ont pu lui commander, ou
264
CHAPITRE XVII.
pourront lui commander plus tard, et qu'alors il sera traité comme il les aura traités lui-meme.
Si le supérieur a des devoirs à remplir, l'inférieur en a de son côté qui ne sont pas
moins sacrés. Si ce dernier est spirite, sa conscience lui dira mieux encore qu'il n'en est pas
dispensé, alors même que son chef ne remplirait pas les siens, parce qu'il sait qu'on ne doit pas
rendre le mal pour le mal, et que les fautes des uns n'autorisent pas les fautes des autres. S'il
souffre de sa position, il se dit qu'il l'a sans doute méritée, parce que lui-même a peut-être
abusé jadis de son autorité, et qu'il doit ressentir à son tour les inconvénients de ce qu'il a fait
souffrir aux autres. S'il est forcé de subir cette position, faute d'en trouver une meilleure, le
spiritisme lui apprend à s'y résigner comme à une épreuve pour son humilité, nécessaire à son
avancement. Sa croyance le guide dans sa conduite; il agit comme il voudrait que ses
subordonnés agissent envers lui s'il était chef. Par cela même il est plus scrupuleux dans
l'accomplissement de ses obligations, car il comprend que toute négligence dans le travail qui
lui est confié est un préjudice pour celui qui le rémunère et à qui il doit son temps et ses soins;
en un mot, il est sollicité par le sentiment du devoir que lui donne sa foi, et la certitude que
toute déviation du droit chemin est une dette qu'il faudra payer tôt ou tard. (FRANCOIS,
NICOLAS, MADELEINE, card. MORLOT, Paris, 1863.)
L'homme dans le monde.
10. Un sentiment de piété doit toujours animer le coeur de ceux qui se réunissent sous
les yeux du Seigueur et implorent l'assistance des bons Esprits. Puri-
265
SOYEZ PARFAITS.
fiez donc vos coeurs; n'y laissez séjourner aucune pensée mondaine ou futile; élevez votre
esprit vers ceux que vous appelez, afin que, trouvant en vous les dispositions nécessaires, ils
puissent jeter à profusion la semence qui doit germer dans vos coeurs et y porter des fruits de
charité et de justice.
Ne croyez pas pourtant qu'en vous excitant sans cesse à la prière et à l'évocation
mentale, nous vous engagions à vivre d'une vie mystique qui vous tienne en dehors des lois de
la société où vous êtes condamnés à vivre. Non, vivez avec les hommes de votre époque,
comme doivent vivre des hommes; sacrifiez aux besoins, aux frivolités même du jour, mais
sacrifiez-y avec un sentiment de pureté qui puisse les sanctifier.
Vous êtes appelés à vous trouver en contact avec des esprits de nature différente, des
caractères opposés: ne heurtez aucun de ceux avec lesquels vous vous trouvez. Soyez gais,
soyez heureux, mais de la gaieté que donne une bonne conscience, du bonheur de l'héritier du
ciel comptant les jours qui le rapprochent de son héritage.
La vertu ne consiste pas à revêtir un aspect sévère et lugubre, à repousser les plaisirs
que vos conditions humaines permettent; il suffit de rapporter tous les actes de sa vie au
Créateur qui a donné cette vie; il suffit, quand on commence ou achève une oeuvre, d'élever sa
pensée vers ce Créateur et de lui demander, dans un élan de l'âme, soit sa protection pour
réussir, soit sa bénédiction pour l'oeuvre achevée. Quoi que vous fassiez, remontez vers la
source de toutes choses; ne faites jamais rien sans que le souvenir de Dieu ne viemie purifier et
sanctifier vos actes.
La perfection est tout entière, comme l'a dit le Christ, dans la pratique de la charité
absolue; mais
266
CHAPITRE XVII.
les devoirs de la charité s'etendent à toutes les positions sociales, depuis le plus petit jusqu'au
plus grand. L' homme qui vivrait seul n'aurait pas de charité à exercer; ce n'est que dans le
contact de sus semblables, dans les luttes les plus pénibles qu'il en trouve l'occasion. Celui
donc qui s'isole se prive volontairement du plus puissant moyen de perfection; n'ayant à penser
qu'à lui, sa vie est celle d'un égoïste. (Chap. V, nº 26.)
Ne vous imaginez donc pas que pour vivre en communication constante avec nous,
pour vivre sous l'ceil du Seigneur, il faille revêtir le cilice et se couvrir de cendres; non, non,
encore une fois; soyez heureux suivant les nécessités de l'humanité, mais que dans votre
bonheur il n'entre jamais ni une pensée, ni un acte qui puisse l'offenser, ou faire voiler la face
de ceux qui vous aiment et qui vous dirigent. Dieu est amour et bénit ceux qui aiment
saintement. (UN ESPRIT PROTECTEUR. Bordeaux, 1863.)
Soigner le corps et l'esprit.
11. La perfection morale consiste-t-elle dans la macération du corps? Pour résoudre
cette question, je m'appuie sur les principes élémentaires, et je commence par démontrer la
nécessité de soigner le corps, qui, selon les alternatives de santé et de maladie, influe d'une
manière très-importante sur l'âme, qui'il faut considérer comme captive dans la chair. Pour que
cette prisonnière vive, s'ébatte et conçoive même les illusions de la liberté, le corps doit être
sain, dispos, vaillant. Suivons la comparaison: Les voici donc en parfait état tous les deux; que
doivent-ils faire pour maintenir l'équilibre
267
SOYEZ PARFAITS.
entre leurs aptitudes et leurs besoins si différents?
Ici deux systèmes sont en présence: celui des ascétitiques, qui veulent terrasser le
corps, et celui des matérialistes, qui veulent abaisser l'âme: deux violences qui sont presque
aussi insensées l'une que l'autre. A côté de ces grands partis fourmille la nombreuse tribu des
indifférents, qui, sans conviction et sans passion, aiment avec tiédeur et jouissent avec
économie. Où donc est la sagesse? Où donc est la science de vivre? Nulle part; et ce grand
problème resterait tout entier à résoudre si le spiritisme ne venait en aide aux chercheurs en
leur démontrant les rapports qui existent entre le corps et l'âme, et en disant que, puisqu'ils
sont nécessaires l'un à l'autre, il faut les soigner tous les deux. Aimez donc votre âme, mais
soignez aussi le corps, instrument de l'âme; méconnaître les besoins qui sont indiqués par la
nature elle-même, c'est méconnaître la loi de Dieu. Ne le châtiez pas pour les fautes que votre
libre arbitre lui a fait commettre, et dont il est aussi irresponsable que l'est le cheval mal dirigé,
des accidents qu'il cause. Serez-vous donc plus parfaits si, tout en martyrisant le corps, vous
n'en restez pas moins égoïstes, orgueilleux et peu charitables pour votre prochain? Non, la
perfection n'est pas là ; elle est tout entière dans les réformes que vous ferez subir à votre
Esprit; pliez-le, soumettez-le, humiliez-le, mortifiez-le: c'est le moyen de le rendre docile à la
volonté de Dieu et le seul qui conduise à la perfection. GEORGES, ESPRIT PROTECTEUR.
Paris, 1863.)
268
CHAPITRE XVIII
BEAUCOUP D'APPELÉS ET PEU D'ÉLUS.
Parabole du festin de noces. - La porte étroite. - Ceux qui disent: Seigneur! Seigneur!
n'entreront pas tous dans le royaume des cieux. - On demandera beaucoup à celui qui a
beaucoup reçu. - Instructions des Esprits: On donnera à celui qui a. - On reconnaît le
chrétien à ses oeuvres.
Parabole du festin de noces.
1. Jésus parlant encore en parabole, leur dit:
Le royaume des cieux est semblable à un roi, qui voulant faire les noces de son
fils, - envoya ses serviteurs pour appeler aux noces ceux qui y étaient conviés; mais ils
refusèrent d'y venir. Il envoya encore d'autres serviteurs avec ordre de dire de sa part
aux conviés: J'ai préparé mon dîner; j'ai fait tuer mes boeufs et tout ce que j'avais fait
engraisser; tout est prêt, venez aux noces. - Mais eux, ne s'en mettant point en peine,
s'en allèrent, l'un à sa maison des champs, et l'autre à son négoce. - Les autres se
saisirent de ses serviteurs, et les tuèrent après leur avoir fait plusieurs outrages. - Le roi
l'ayant appris en fut ému de colère, et ayant envoyé ses armées, il extermina ces
meurtriers et brûla leur ville.
Alors il dit à ses serviteurs: Le festin de noces est tout prêt; mais ceux qui y
avaient été appelés n'en ont pas été dignes. Allez donc dans les carrefours, et appelez
aux noces tous ceux que vous trouverez. - Ses serviteurs s'en allant alors par les rues,
assemblèrent tous ceux qu'ils trouvèrent, bons et mauvais; et la salle de noces fut
remplie de personnes qui se mirent à table.
Le roi entra ensuite pour voir ceux qui étaient à table, et y ayant aperçu un
homme qui n'était pas revêtu de la robe nup-
269
BEAUCOUP D'APPELÉS ET PEU D'ELUS.
tiale, - il lui dit: Mon ami, comment ête-vous entré ici sans avoir la robe nuptiale? Et cet
homme resta muet. - Alors le roi dit à ses gens: Liez-lui les mains et les pieds, et jetez-le
dans les ténèbres extérieures: c'est là qu'il y aura des pleurs et des grincements de
dents; - car il y en a beaucoup d'appelés et peu d'élus. (Saint Matthieu, ch. XXII, v. de 1
à 14.)
2. L'incrédule sourit à cette parabole qui lui semble d'une puérile naïveté, car il ne
comprend pas qu'on puisse faire tant de difficultés pour assister à un festin, et encore moins
que des invités poussent la résistance jusqu'à massacrer les envoyés du maître de la maison.
“Les paraboles, dit-il, sont sans doute des figures, mais encore faut-il qu'elles ne sortent pas
des limites du vraisemblable.”
On peut en dire autant de toutes les allégories, des fables les plus ingénieuses, si on ne
les dépouille pas de leur enveloppe pour en chercher le sens caché. Jésus puisait les siennes
dans les usages les plus vulgaires de la vie, et les adaptait aux moeurs et au caractère du
peuple auquel il parlait; la plupart ont pour but de faire pénétrer dans les masses l'idée de la vie
spirituelle; le sens n'en paraît souvent inintelligible que parce qu'on ne part pas de ce point de
vue.
Dans cette parabole, Jésus compare le royaume des cieux, où tout est joie et bonheur,
à un festin. Par les premiers conviés, il fait allusion aux Hébreux que Dieu avait appelés les
premiers à la connaissance de sa loi. Les envoyés du maître sont les prophètes qui venaient les
exhorter à suivre la route de la vraie félicité; mais leurs paroles étaient peu écoutées; leurs
avertissements étaient méprisés; plusieurs même furent massacrés comme les serviteurs de la
parabole. Les invités qui s'excusent sur les soins à donner à leurs champs et à
270
CHAPITRE XVIII
leur négoce, sont l'emblème des gens du monde qui, absorbés par les choses terrestres, sont
indifférents sur les choses célestes.
C'était une croyance, chez les Juifs d'alors, que leur nation devait acquérir la
suprématie sur toutes les autres. Dieu n'avait-il pas, en effet, promis à Abraham que sa
postérité couvrirait toute la terre? Mais toujours, prenant la forme pour le fond, ils croyaient à
une domination effective et matérielle.
Avant la venue du Christ, à l'exception des Hébreux, tous les peuples étaient idolâtres
et polythéistes. Si quelques hommes supérieurs au vulgaire conçurent l'idée de l'unité divine,
cette idée resta à l'état de système personnel, mais nulle part elle ne fut acceptée comme vélité
fondamentale, si ce n'est par quelques initiés qui cachaient leurs connaissances sous un voile
mystérieux impénétrable aux masses. Les Hébreux furent les premiers qui pratiquèrent
publiquement le monothéisme; c'est à eux que Dieu transmit sa loi, d'abord par Moïse, puis par
Jésus; c'est de ce petit foyer qu'est partie la lumière qui devait se répandre sur le monde entier,
triompher du paganisme, et donner à Abraham une postérité spirituelle «aussi nombreuse que
les étoiles du firmament.» Mais les Juifs, tout on repoussant l'idolâtrie, avaient négligé la loi
morale pour s'attacher à la pratique plus facile des formes extérieures. Le mal était à son
comble; la nation asservie était déchirée par les factions, divisée par les sectes; l'incrédulité
mênie avait pénétré jusque dans le sanctuaire. C'est alors que parut Jésus, envoyé pour les
rappeler à l'observation de la loi, et leur ouvrir les horizons nouveaux de la vie future; conviés
des premiers au grand banquet de la foi universelle, ils repoussèrent la parole du céleste
Messie, et le
271
BEAUCOUP D'APPELÉS ET PEU D'ÉLUS.
firent périr; c'est ainsi qu'ils perdirent le fruit qu'ils eussent recueilli de leur initiative.
Il serait injuste, toutefois, d'accuser le peuple entier de cet état de choses; la
responsabilité en incombe principalement aux Pharisiens et aux Sadducéens qui ont perdu la
nation, par l'orgueil et le fanatisme des uns, et par l'incrédulité des autres. Ce sont eux surtout
que Jésus assimile aux invités qui refusent de se rendre au repas de noces. Puis il ajoute: “Le
Maître voyant cela, fit convier tous ceux que l'on trouva dans les carrefours, bons et mauvais;”
il entendait par là que la parole allait être prêchée à tous les autres peuples, païens et idolâtres,
et que ceux-ci l'acceptant seraient admis au festin à la place des premiers conviés.
Mais il ne suffit pas d'être invité; il ne suffit pas de porter le nom de chrétien, ni de
s'asseoir à la table pour prendre part au céleste banquet; il faut avant tout, et de condition
expresse, être revêtu de la robe nuptiale, c'est-à-dire avoir la pureté du coeur, et pratiquer la
loi selon l'esprit; or cette loi est tout entière dans ces mots: Hors la charité point de salut.
Mais parmi tous ceux qui entendent la parole divine, combien peu en est-il qui la gardent et la
mettent à profit! Combien peu se rendent dignes d'entrer dans le royaume des cieux! C'est
pourquoi Jésus dît: Il y aura beaucoup d'appelés et peu d'élus.
La porte étroite.
3. Entrez par la porte étroite, parce que la porte de la perdition est large, et le
chemin qui y mène est spacieux, et il y en a beaucoup qui y entrent. - Que la porte de la
vie est petite! que la voie qui y mène est étroite! et qu'il y en a peu qui la trouvent!
(Saint Matthieu, ch. VII, v. 13, 14.)
4. Quelqu'un lui ayant fait cette demande: Seigneur, y en
272
CHAPITRE XVIII.
aura-t-il peu de sauvés? Il leur répondit: - Faites effort pour entrer par la porte étroite,
car je vous assure que plusieurs chercheront à y entrer, et ne le pourront pas. - Et
quand le père de famille sera entré et aura fermé la porte, et que vous, étant dehors,
vous commencerez à heurter, en disant: Seigneur, ouvrez-nous; il vous répondra: Je ne
sais d'où vous êtes. - Alors vous commencerez à dire: Nous avons mangé et bu en votre
présence, et vous avez enseigné dans nos places publiques. - Et il vous répondra: Je ne
sais d'où vous êtes; retirez-vous de moi, vous tous qui commettez l'iniquité.
Ce sera alors qu'il y aura des pleurs et des grincements de dents, quand vous
verrez qu'Abraham, Isaac, Jacob et tous les prophètes seront dans le royaume de Dieu,
et que vous autres vous serez chassés dehors. - Il en viendra d'Orient et d'Occident, du
Septentrion et du Midi, qui auront place au festin dans le royaume de Dieu. - Alors ceux
qui sont les derniers seront les premiers, et ceux qui sont les premiers seront les
derniers. (Saint Luc, ch. XIII, v. de 23 à 30.)
5. La porte de la perdition est large, parce que les mauvaises passions sont
nombreuses, et que la route du mal est fréquentée par le plus grand nombre. Celle du salut est
étroite, parce que l'homme qui veut la franchir doit faire de grands efforts sur lui-même pour
vaincre ses mauvaises tendances, et que peu s'y résignent; c'est le complément de la maxime: Il
y a beaucoup d'appelés et peu d'élus.
Tel est l'état actuel de l'humanité terrestre, parce que la terre étant un monde
d'expiation le mal y domine; quand elle sera transformée, la route du bien sera la plus
fréquentée. Ces paroles doivent donc s'entendre dans le sens relatif et non dans le sens absolu.
Si tel devait être l'état normal de l'humanité, Dieu aurait volontairement voué à la perdition
l'immense majorité de ses créatures; supposition inadmissible, dès lors qu'on reconnaît que
Dieu est toute justice et toute bonté.
273
BEAUCOUP D'APPELÉS ET PEU D'ÉLUS.
Mais de quels méfaits cette humanité aurait-elle pu se rendre coupable pour mériter un
sort si triste, dans son présent et dans son avenir, si elle était toute reléguée sur la terre, et si
l'âme n'avait pas eu d'autres existences? Pourquoi tant d'entraves semées sur sa route?
Pourquoi cette porte si étroite qu'il est donné au plus petit nombre de franchir, si le sort de
l'âme est fixé pour jamais après la mort? C'est ainsi qu'avec l'unité d'existence on est
incessamment en contradiction avec soi-même et avec la justice de Dieu. Avec l'antériorité de
l'âme et la pluralité des mondes, l'horizon s'élargit; la lumière se fait sur les points les plus
obscurs de la foi; le présent et l'avenir sont solidaires du passé; alors seulement on peut
comprendre toute la profondeur, toute la vérité et toute la sagesse des maximes du Christ.
Ceux qui disent: Seigneur! Seigneur!
6. Ceux qui me disent: Seigneur! Seigneur! n'entreront pas tous dans le royaume
des cieux; mais celui-là seulement entrera qui fait la volonté de mon Père qui est dans
les cieux. - Plusieurs me diront ce jour-là: Seigneur! Seigneur! n'avons-nous pas
prophétisé en votre nom? n'avons-nous pas chassé les démons en votre nom, et n'avonsnous pas fait plusieurs miracles en votre nom? - Et alors je leur dirai hautement:
Retirez-vous de moi, vous qui faites des oeuvres d'iniquité. (Saint Matthieu, ch. VII, v.
21, 22, 23.)
7. Quiconque donc entend ces paroles que je dis et les pratique, sera comparé à
un homme sage qui a bâti sa maison sur la pierre; - et lorsque la pluie est tombée, que
les fleuves se sont débordés, que les vents ont soufflé et sont venus fondre sur cette
maison, elle n'est point tombée, parce qu'elle était fondée sur la pierre. - Mais
quiconque entend ces paroles que je dis et ne les pratique point, sera semblable à un
homme insensé qui a bâti sa maison sur le sable; et lorsque la pluie est tombée, que
274
CHAPITRE XVIII.
les fleuves se sont débordés, que les vents ont soufflé et sont venus fondre sur cette
maison, elle a été renversée, et sa ruine a èté grande. (Saint Matthieu, ch. VII, v. de 24 à
27. - Saint Luc, ch. VI, v. de 46 à 49.)
8. Celui donc qui violera un de ces moindres commandements, et qui apprendra
aux hommes à les violer, sera regardé dans le royaume des cieux comme le dernier; mais
celui qui fera et enseignera sera grand dans le royaume des cieux. (Saint Matthieu, ch.
V, v. 19.)
9. Tous ceux qui confessent la mission de Jésus disent: Seigneur! Seigneur Mais à quoi
sert de l'appeler Maître ou Seigneur si l'on ne suit pas ses préceptes? Sont-ils chrétiens ceux
qui l'honorent par des actes extérieurs de dévotion et sacrifient en même temps à l'orgueil, à
l'égoïsme, à la cupidité et à toutes leurs passions? Sont-ils ses disciples ceux qui passent des
journées en prières et n'en sont ni meilleurs, ni plus charitables, ni plus indulgents pour leurs
semblables? Non, car, ainsi que les Pharisiens, ils ont la prière sur les lèvres et non dans le
coeur. Avec la forme, ils peuvent en imposer aux hommes, mais non à Dieu. C'est en vain
qu'ils diront à Jésus: “Seigneur, nous avons prophétisé, c'est-à-dire enseigné en votre nom;
nous avons chassé les démons en votre nom; nous avons bu et mangé avec vous;” il leur
répondra: “Je ne sais qui vous êtes; retirez-vous de moi, vous qui commettez des iniquités,
vous qui démentez vos paroles par vos actions, qui calomniez votre prochain, qui spoliez les
veuves et commettez l'adultère; retirez-vous de moi, vous dont le coeur distille la haine et le
fiel, vous qui répandez le sang de vos frères en mon nom, qui faites couler des larmes au lieu
de les sécher. Pour vous il y aura des pleurs et des grincements de
275
BEAUCOUP D'APPELÉS ET PEU D'ÉLUS.
dents, car le royaume de Dieu est pour ceux qui sont doux, humbles et charitables. N'espérez
pas fléchir la justice du Seigneur par la multiplicité de vos paroles et de vos génuflexions; la
seule voie qui vous est ouverte pour trouver grâce devant lui, c'est la pratique sincère de la loi
d'amour et de charité.”
Les paroles de Jésus sont éternelles, parce qu'elles sont la vérité. Elles sont nonseulement la sauvegarde de la vie céleste, mais le gage de la paix, de la tranquillité et de la
stabilité dans les choses de la vie terrestre; c'est pourquoi toutes les institutions humaines,
politiques, sociales et religieuses qui s'appuieront sur ces paroles seront stables comme la
maison bâtie sur la pierre; les hommes les conserveront parce qu'ils y trouveront leur bonheur;
mais celles qui en seront la violation, seront comme la maison bâtie sur le sable: le vent des
révolutions et le fleuve du progrès les emporteront.
On demandera beaucoup à celui qui a beaucoup reçu.
10. Le serviteur qui aura su la volonté de son maître, et qui néanmoins ne se sera
pas tenu prêt et n'aura pas fait ce qu'il désirait de lui, sera battu rudement; - mais celui
qui n'aura pas su sa volonté, et qui aura fait des choses dignes de châtiment, sera moins
battu. On demandera beaucoup à celui à qui on aura beaucoup donné, et on fera rendre
un plus grand compte à celui à qui on aura confié plus de choses. (Saint Luc, ch. XII, v.
47, 48.)
11. Je suis venu dans ce monde pour exercer un jugement, afin que ceux qui ne
voient point voient, et que ceux qui voient deviennent aveugles. - Quelques pharisiens
qui étaient avec lui entendirent ces paroles et lui dirent: Sommes-nous donc aussi
aveugles? - Jésus leur répondit : Si vous étiez aveugles, vous n'auriez point de péché;
mais maintenant vous dites que vous
276
CHAPITRE XVIII.
voyez, et c'est pour cela que votre péché demeure en vous. (Saint Jean, ch. IX, v. 39, 40,
41.)
12. Ces maximes trouvent surtout leur application dans l'enseignement des Esprits.
Quiconque connaît les préceptes du Christ est coupable assurément de ne pas les pratiquer;
mais outre que l'Évangile qui les contient n'est répandu que dans les sectes chrétiennes, parmi
celles-ci, combien est-il de gens qui ne le lisent pas, et parmi ceux qui le lisent, combien en estil qui ne le comprennent pas! Il en résulte que les paroles même de Jésus sont perdues pour le
plus grand nombre.
L'enseignement des Esprits qui reproduit ces maximes sous différentes formes, qui les
développè et les commente pour les mettre à la portée de tous, a cela de particulier qu'il n'est
point circonscrit, et que chacun, lettré ou illettré, croyant ou incrédule, chrétien ou non, peut
le recevoir, puisque les Esprits se communiquent partout; nul de ceux qui le reçoivent,
directement ou par entremise, ne peut prétexter ignorance; il ne peut s'excuser ni sur son
défaut d'instruction, ni sur l'obscurité du sens allégorique. Celui donc qui ne les met pas à
profit pour son amélioration, qui les admire comme choses intéressantes et curieuses sans que
son coeur en soit touché, qui n'en est ni moins vain, ni moins orgueilleux, ni moins égoïste, ni
moins attaché aux biens matériels, ni meilleur pour sou prochain, est d'autant plus coupable
qu'il a plus de moyens de connaître la vérité.
Les médiums qui obtiennent de bonnes communications sont encore plus
repréhensibles de persister dans le mal, parce que souvent ils écrivent leur propre
condamnation, et que, s'ils n'étaient aveuglés par l'orgueil, ils reconnaîtraient que c'est à eux
que les Esprits s'adres-
277
BEAUCOUP D'APPELÉS ET PEU D'ÉLUS.
sent. Mais, au lieu de prendre pour eux les leçons qu'ils écrivent, ou qu'ils voient écrire, leur
unique pensée est de les appliquer aux autres, réalisant ainsi cette parole de Jésus: “Vous
voyez une paille dans l'oeil de votre voisin, et vous ne voyez pas la poutre qui est dans le
vôtre.” (Ch. X, nº 9.)
Par cette autre parole: “Si vous étiez aveugles vous n'auriez point péché”, Jésus entend
que la culpabilité est en raison des lumières que l'on possède; or, les Pharisiens, qui avaient la
prétention d'être, et qui étaient, en effet, la partie la plus éclairée de la nation, étaient plus
repréhensibles aux yeux de Dieu quele peuple ignorant. Il en est de même aujourd'hui.
Aux spirites, il sera donc beaucoup demandé, parce qu'ils ont beaucoup reçu, mais
aussi à ceux qui auront profité il sera beaucoup donné.
La première pensée de tout spirite sincère doit être de chercher, dans les conseils
donnés par les Esprits, s'il n'y a pas quelque chose qui puisse le concerner.
Le spiritisme vient multiplier le nombre des appelés; par la foi qu'il donne, il multipliera
aussi le nombre des élus.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
On donnera à celui qui a.
13. Ses disciples s'approchant, lui dirent: Pourquoi leur par-lez-vous en
paraboles? Et leur répondant, il leur dit: C'est parce que pour vous autres, il vous a été
donné de connaître les mystères du royaume des cieux, mais pour eux, il ne leur a pas
été donné. - Car quiconque a déjà, on lui donnera encore, et il sera dans l'abondance;
mais pour celui qui n'a point, on lui ôtera même ce qu'il a. - C'est pourquoi je leur parle
en paraboles; parce qu'en voyant ils ne voient point, et qu'en
278
CHAPITRE XVIII.
écoutant ils n'entendent ni ne comprennent point. - Et la prophétie d'Isaïe s'accomplit
en eux, lorsqu'il dit: Vous écouterez de vos oreilles, et vous n'entendrez point; vous
regarderez de vos yeux, et vous ne verrez point. (Saint Matthieu, ch. XIII, v. 10 à 14.)
14. Prenez bien garde à ce que vous entendez; car on se servira envers vous de la
même mesure dont vous vous serez servis envers les autres, et il vous sera donné encore
davantage; - car on donnera à celui qui a déjà, et pour celui qui n'a point, on lui ôtera
même ce qu'il a. (Saint Marc, ch. IV, v. 24, 25.)
15. “On donne à celui qui a déjà et on retire à celui qui n'a pas;” méditez ces grands
enseignements qui vous ont souvent semblé paradoxaux. Celui qui a reçu est celui qui possède
le sens de la parole divine; il n'a reçu que parce qu'il a tenté de s'en rendre digne, et que le
Seigneur, dans sou amour miséricordieux, encourage les efforts qui tendent au bien. Ces
efforts soutenus, persévérants, attirent les grâces du Seigneur; c'est un aimant qui appelle à lui
le mieux progressif, les grâces abondantes qui vous rendent forts pour gravir la montagne
sainte, au sommet de laquelle est le repos après le travail.
«On ôte à celui qui n'a rien, ou qui a peu;» prenez ceci comme une opposition figurée.
Dieu ne retire pas à ses créatures le bien qu'il a daigné leur faire. Hommes aveugles et
sourds! ouvrez vos intelligences et vos coeurs; voyez par votre esprit; entendez par votre âme,
et n'interprétez pas d'une manière aussi grossièrement injuste les paroles de celui qui a fait
resplendir à vos yeux la justice du Seigneur. Ce n'est pas Dieu qui retire à celui qui avait peu
reçu, c'est l'Esprit lui-même qui, prodigue et insouciant, ne sait pas conserver ce qu'il a,
279
BEAUCOUP D'APPELÉS ET PEU D'ÉLUS
et augmenter, en la fécondant, l'obole tombée dans son coeur.
Celui qui ne cultive pas le champ que le travail de son père lui a gagné et dont il hérite,
voit ce champ se couvrir d'herbes parasites. Est-ce son père qui lui reprend les récoltes qu'il
n'a pas voulu préparer?. S'il a laissé les graines destinées à produire dans ce champ moisir
faute de soin, doit-il accuser son père si elles ne produisent rien? Non, non; au lieu d'accuser
celui qui avait tout préparé pour lui, de reprendre ses dons, qu'il accuse le véritable auteur de
ses misères, et qu'alors, repentant et actif, il se mette à l'oeuvre avec courage; qu'il brise le sol
ingrat par l'effort de sa volonté; qu'il le laboure jusqu'au coeur à l'aide du repentir et de
l'espérance; qu'il y jette avec confiance la graine qu'il aura choisie bonne entre les mauvaises,
qu'il l'arrose de son amour et de sa charité, et Dieu, le Dieu d'amour et de charité, donnera à
celui qui a déjà reçu. Alors il verra ses efforts couronnés de succès, et un grain en produire
cent, et un autre mille. Courage, laboureurs; prenez vos herses et vos charrues; labourez vos
coeurs; arrachez-en l'ivraie; semez-y le bon grain que le Seigneur vous confie, et la rosée
d'amour lui fera porter des fruits de charité. (UN ESPRIT AMI. Bordeaux, 1862.)
On reconnaît le chrétien à ses oeuvres.
16. “Ceux qui me disent: Seigneur, Seigneur, n'entreront pas tous au royaume des
cieux, mais celui-là seul qui fait la volonté de mon Père qui est dans les cieux.”
Écoutez cette parole du maître, vous tous qui repoussez la doctrine spirite comme une
oeuvre du démon.
280
CHAPITRE XVIII.
Ouvrez vos oreilles, le moment d'entendre est arrivé.
Suffit-il de porter la livrée du Seigneur pour être un fidèle serviteur? Suffit-il de dire:
«Je suis chrétien,» pour suivre Christ? Cherchez les vrais chrétiens et vous les reconnaîtrez à
leurs oeuvres. “Un bon arbre ne peut porter de mauvais fruits, ni un mauvais arbre porter de
bons fruits.” “Tout arbre qui ne porte pas de bons fruits est coupé et jeté au feu.” Voilà les
paroles du maître; disciples de Christ, comprenez-les bien. Quels sont les fruits que doit porter
l'arbre du christianisme, arbre puissant dont les rameaux touffus couvrent de leur ombre une
partie du monde, mais n'ont pas encore abrité torts ceux qui doivent se ranger autour de lui?
Les fruits de l'arbre de vie sont des fruits de vie, d'espérance et de foi. Le christianisme, tel
qu'on l'a fait depuis bien des siècles, prêche toujours ces divines vertus; il cherche à répandre
ses fruits, mais combien peu les cueillent! L'arbre est toujours bon, mais les jardiniers sont
mauvais. Ils ont voulu le façonner à leur idée; ils ont voulu le modeler suivant leurs besoins; ils
l'ont taillé, rapetissé, mutilé; ses branches stériles ne portent pas de mauvais fruits, mais elles
n'en portent plus. Le voyageur altéré qui s'arrête sous son ombre pour chercher le fruit
d'espérance qui doit lui rendre la force et le courage, n'aperçoit que des branches arides faisant
pressentir la tempête. En vain il demande le fruit de vie à l'arbre de vie: les feuilles tombent
desséchées; la main de l'homme les a tant maniées qu'elle les a brûlées!
Ouvrez donc vos oreilles et vos coeurs, mes bien-aimés! Cultivez cet arbre de vie dont
les fruits donnent la vie éternelle. Celui qui l'a planté vous engage à le soigner avec amour, et
vous le verrez porter encore avec
281
BEAUCOUP D'APPELÉS ET PEU D'ÉLUS.
abondance ses fruits divins. Laissez-le tel que Christ vous l'a donné: ne le mutilez pas; son
ombre immense veut s'étendre sur l'univers: ne raccourcissez pas ses rameaux. Ses fruits
bienfaisants tombent en abondance pour soutenir le voyageur altéré qui veut atteindre le but,
ne les ramassez pas, ces fruits, pour les enfermer et les laisser pourrir afin qu'ils ne servent à
aucun. “Il y a beaucoup d'appelés et peu d'élus;” c'est qu'il y a des accapareurs pour le pain de
vie, comme il y en a souvent pour le pain matériel. Ne vous rangez pas de ce nombre; l'arbre
qui porte de bons fruits doit les répandre pour tous. Allez donc chercher ceux qui sont altérés;
amenez-les sous les rameaux de l'arbre et partagez avec eux l'abri qu'il vous offre. - «On ne
cueille pas de raisins sur les épines.» Mes frères, éloignez-vous donc de ceux qui vous
appellent pour vous présenter les ronces du chemin, et suivez ceux qui vous conduisent à
l'ombre de l'arbre de vie.
Le divin Sauveur, le juste par excellence, l'a dit, et ses paroles ne passeront pas: “Ceux
qui me disent: Seigneur, Seigneur, n'entreront pas tous dans le royaume des cieux, mais ceuxlà seuls qui font la volonté de mon Père qui est dans les cieux.”
Que le Seigneur de bénédiction vous bénisse; que le Dieu de lumière vous éclaire; que
l'arbre de vie répande sur vous ses fruits avec abondance! Croyez et priez. (SIMÉON,
Bordeaux, 1863.)
282
CHAPITRE XIX
LA FOI TRANSPORTE LES MONTAGNES.
Puissance de la foi. - La foi religieuse. Condition de la foi inébranlable. - Parabole du figuier
desséché. - Instructions des Esprits: La foi mère de l'espérance et de la charité. - La foi
divine et la foi humaine.
Puissance de la foi.
1. Lorsqu'il fut venu vers le peuple, un homme s'approcha de lui, qui se jeta à
genoux à ses pieds, et lui dit: Seigneur, ayez pitié de mon fils, qui est lunatique, et qui
souffre beaucoup, car il tombe souvent dans le feu et souvent dans l'eau. Je l'ai présenté
a vos disciples, mais ils n'ont pu le guérir. - Et Jésus répondit en disant: O race
incrédule et dépravée, jusqu'à quand serai-je avec vous? jusqu'a quand vous souffriraije? Amenez-mot ici cet enfant. - Et Jésus ayant menacé le démon, il sortit de l'enfant,
lequel fut guéri au même instant. - Alors les disciples vinrent trouver Jésus en
particulier, et lui dirent: Pourquoi n'avons-nous pu, nous autres, chasser ce démon? Jésus leur répondit: C'est à cause de votre incrédulité. Car je vous le dis en vérité, si
vous aviez de la foi comme un grain de sénevé, vous diriez à cette montagne: Transportetoi d'ici là, et elle s'y transporterait, et rien ne vous serait impossible. (Saint Matthieu, ch.
XVII, v. de 14 à 19.)
2. Au sens propre, il est certain que la confiance en ses propres forces rend capable
d'exécuter des choses matérielles qu'on ne peut faire quand on doute de soi; mais ici c'est
uniquement dans le sens moral qu'il faut entendre ces paroles. Les montagnes que la foi
soulève
283
LA FOI TRANSPORTE LES MONTAGNES.
sont les difficultés, les résistances, le mauvais vouloir, en un mot, que l'on rencontre parmi les
hommes, alors méme qu'il s'agit des meilleures choses; les préjugés de la routine, l'intérêt
matériel, l'égoïsme, l'aveuglement du fanatisme, les passions orgueilleuses sont autant de
montagnes qui barrent le chemin de quiconque travaille au progrès de l'humanité. La foi
robuste donne la persévérance, l'énergie et les ressources qui font vaincre les obstacles, dans
les petites choses comme dans les grandes; celle qui est chancelante donne l'incertitude,
l'hésitation dont profitent ceux que l'on veut combattre; elle ne cherche pas les moyens de
vaincre, parce qu'elle ne croit pas pouvoir vaincre.
3. Dans une autre acception la foi se dit de la confiance que l'on a dans
l'accomplissement d'une chose, de la certitude d'atteindre un but; elle donne une sorte de
lucidité qui fait voir, dans la pensée, le terme vers lequel on tend et les moyens d'y arriver, de
sorte que celui qui la possède marche pour ainsi dire à coup sûr. Dans l'un et l'autre cas elle
peut faire accomplir de grandes choses.
La foi sincère et vraie est toujours calme; elle donne la patience qui sait attendre, parce
qu'ayant son point d'appui sur l'intelligence et la compréhension des choses, elle est certaine
d'arriver; la foi douteuse sent sa propre faiblesse; quand elle est stimulée par l'intérêt, elle
devient furibonde, et croit suppléer à la force par la violence. Le calme dans la lutte est
toujours un signe de force et de confiance; la violence, au contraire, est une preuve de
faiblesse et de doute de soi-même.
284
CHAPITRE XIX.
4. Il faut se garder de confondre la foi avec la présomption. La vraie foi s'allie à
l'humilité; celui qui la possède met sa confiance en Dieu plus qu'en lui-même, parce qu'il sait
que, simple instrument de la volonté de Dieu, il ne peut rien sans lui; c'est pourquoi les bons
Esprits lui viennent en aide. La présomption est moins la foi que l'orgueil, et l'orgueil est
toujours châtié tôt ou tard par la déception et les échecs qui lui sont infligés.
5. La puissance de la foi reçoit une application directe et spéciale dans l'action
magnétique; par elle l'homme agit sur le fluide, agent universel; il en modifie les qualités, et lui
donne une impulsion pour ainsi dire irrésistible. C'est pourquoi celui qui, à une grande
puissance fluidique normale, joint une foi ardente, peut, par la seule volonté dirigée vers le
bien, opérer ces phénomènes étranges de guérisons et autres qui jadis passaient pour des
prodiges, et ne sont cependant que les conséquences d'une loi naturelle. Tel est le motif pour
lequel Jésus dit à ses apôtres: si vous n'avez pas guéri, c'est que vous n'aviez pas la foi.
La foi religieuse. Condition de la foi inébranlable.
6. Au point de vue religieux, la foi est la croyance dans les dogmes particuliers, qui
constituent les différentes religions; toutes les religions ont leurs articles de foi. Sous ce
rapport, la foi peut être raisonnée ou aveugle. La foi aveugle n'examinant rien, accepte sans
contrôle le faux comme le vrai, et se heurte àchaque pas contre l'évidence et la raison; poussée
à
285
LA FOI TRANSPORTE LES MONTAGNES.
l'excès, elle produit le fanatisme. Quand la foi repose sur l'erreur, elle se brise tôt ou tard; celle
qui a pour base la vérité est seule assurée de l'avenir, parce qu'elle n'a rien à redouter du
progrès des lumières, attendu que ce qui est vrai dans l'ombre, l'est également au grand jour.
Chaque religion prétend être en possession exclusive de la vérité; préconiser la foi aveugle sur
un point de croyance, c'est avouer son impuissance à démontrer qu'on a raison.
7. On dit vulgairement que la foi ne se commande pas, de là beaucoup de gens disent
que ce n'est pas leur faute s'ils n'ont pas la foi. Sans doute la foi ne se commande pas, et ce qui
est encore plus juste: la foi ne s'impose pas. Non, elle ne se commande pas, mais elle
s'acquiert, et il n'est personne à qui il soit refusé de la posséder, même parmi les plus
réfractaires. Nous parlons des vérités spirituelles fondamentales, et non de telle outelle
croyance particulière. Ce n'est pas à la foi à aller à eux, c'est à eux à aller au-devant de la foi,
et s'ils la cherchent avec sincérité, ils la trouveront. Tenez donc pour certain que ceux qui
disent: “Nous ne demanderions pas mieux que de croire, mais nous ne le pouvons pas', le
disent des lèvres et non du coeur, car en disant cela ils se bouchent les oreilles. Les preuves
cependant abondent autour d'eux; pourquoi donc refusent-ils de les voir? Chez les uns c'est
insouciance; chez d'autres la crainte d'être forcés de changer leurs habitudes; chez la plupart
c'est l'orgueil qui refuse de reconnaître une puissance supérieure, parce qu'il leur faudrait
s'incliner devant elle.
Chez certaines personnes, la foi semble en quelque sorte innée; une étincelle suffit pour
la développer.
286
CHAPITRE XIX.
Cette facilité à s'assimiler les vérités spirituelles est un signe évident de pregrès antérieur; chez
d'autres, au contraire, elles ne pénètrent qu'avec difficulté, signe non moins évident d'une
nature en retard. Les premières ont déjà cru et compris; elles apportent en renaissant
l'intuition de ce qu'elles ont su: leur éducation est faite; les secondes ont tout à apprendre: leur
éducation est à faire; elle se fera, et si elle n'est pas terminée dans cette existence, elle le sera
dans une autre.
La résistance de l'incrédule, il faut en convenir, tient souvent moins à lui qu'à la
manière dont on lui présente les cboses. A la foi il faut une base, et cette base c'est
l'intelligence parfaite de ce que l'on doit croire; pour croire il ne suffit pas de voir, il faut
surtout comprendre. La foi aveugle n'est plus de ce siècle; or, c'est précisément le dogme de la
foi aveugle qui fait aujourd'hui le plus grand nombre des incrédules, parce qu'elle veut
s'imposer, et qu'elle exige l'abdication d'une des plus précieuses prérogatives de l'homme: le
raisonnement et le libre arbitre. C'est cette foi contre laquelle surtout se roidit l'incrédule, et
dont il est vrai de dire qu'elle ne se commande pas; n'admettant pas de preuves, elle laisse dans
l'esprit un vague d'où naît le doute. La foi raisonnée, celle qui s'appuie sur les faits et la
logique, ne laisse après elle aucune obscurité; on croit, parce qu'on est certain, et l'on n'est
certain que lorsqu'on a compris; voilà pourquoi elle ne fléchit pas; car il n'y a de foi
inébranlable que celle qui peut regarder la raison face à face à tous les âges de l'humanité.
C'est à ce résultat que conduit le spiritisme, aussi triomphe-t-il de l'incrédulité toutes
les fois qu'il ne rencontre pas d'opposition systématique et intéressée.
287
LA FOI TRANSPORTE LES MONTAGNES.
Parabole du figuier desséché.
8. Lorsqu'ils sortaient de Béthanie, il eut faim; - et voyant de loin un figuier, il
alla pour voir s'il pourrait y trouver quelque chose, et s'en étant approché, il n'y trouva
que des feuilles, car ce n'était pas le temps des figues. - Alors Jésus dit au figuier: Que
nul ne mange de toi aucun fruit; ce que ses disciples entendirent. - Le lendemain ils
virent en passant le figuier qui était devenu sec jusqu'à la racine. - Et Pierre, se
souvenant de la parole de Jésus, lui dit: Maître, voyez comme le figuier que vous avez
maudit est devenu sec. - Jésus, pre- nant la parole, leur dit: Ayez la foi en Dieu. - Je
vous dis en vérité, que quiconque dira à cette montagne: Ote-toi de là et te jette dans la
mer, et cela sans hésiter dans son coeur, mais croyant fermement que tout ce qu'il aura
dit arrivera, il le verra en effet arriver. (Saint Marc, ch. XI, v. 12, 13, 14, et de 20 à 23.)
9. Le figuier desséché est le symbole des gens qui n'ont que les apparences du bien,
mais en réalité ne produisent rien de bon; des orateurs qui ont plus de brillant que de solidité;
leurs paroles ont le vernis de la surface; elles plaisent aux oreilles, mais quand on les scrute, on
n'y trouve rien de substantiel pour le coeur; après les avoir entendues, on se demande quel
profit on en a retiré.
C'est encore l'emblème de tous les gens qui ont les moyens d'être utiles et ne le sont
pas; de toutes les utopies, de tous les systèmes vides, de toutes les doctrines sans base solide.
Ce qui manque, la plupart du temps, c'est la vraie foi, la foi féconde, la foi qui remue les fibres
du coeur, en un mot la foi qui transporte les montagnes. Ce sont des arbres qui ont des
feuilles, mais point de fruits; c'est pourquoi Jésus les condamne à la
288
CHAPITRE XIX.
stérilité, car un jour viendra où ils seront desséchés jusqu'à la raçine; c'est-à-dire que tous les
systèmes, toutes les doctrines qui n'auront produit aucun bien pour l'humanité, tomberont dans
le néant; que tous les hommes volontairement inutiles, faute d'avoir mis en oeuvre les
ressources qui étaient en eux, seront traités comme le figuier desséché.
10. Les médiums sont les interprètes des Esprits; ils suppléent aux organes matériels
qui manquent à ceux-ci pour nous transmettre leurs instructions; c'est pourquoi ils sont doués
de facultés à cet effet. En ces temps de rénovation sociale, ils ont une mission particulière; ce
sont des arbres qui doivent donner la nourriture spirituelle à leurs frères; ils sont multipliés,
pour que la nourriture soit abondante; il s'en trouve partout, dans toutes les contrées, dans
tous les rangs de la société, chez les riches et chez les pauvres, chez les grands et chez les
petits, afin qu'il n'y ait point de déshérités, et pour prouver aux hommes que tous sont
appelés. Mais s'ils détournent de son but providentiel la faculté précieuse qui leur est
accordée, s'ils la font servir à des choses futiles ou nuisibles, s'ils la mettent au service des
intérêts mondains, si au lieu de fruits salutaires ils en donnent de malsains, s'ils refusent de la
rendre profitable pour les autres, s'ils n'en tirent pas profit pour eux-mêmes en s'améliorant, ils
sont comme le figuier stérile; Dieu leur retirera un don qui devient inutile entre leurs mains: la
semence qu'ils ne savent pas faire fructifier, et les laissera devenir la proie des mauvais Esprits.
289
LA FOI TRANSPORTE LES MONTAGNES.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
La foi mère de l'espérance et de la charité.
11. La foi, pour être profitable, doit être active; elle ne doit pas s'engourdir. Mère de
toutes les vertus qui conduisent à Dieu, elle doit veiller attentivement au développement des
filles qu'elle enfante.
L'espérance et la charité sont une conséquence de la foi; ces trois vertus sont une
trinité inséparable. N'est-ce pas la foi qui donne l'espoir de voir accomplir les promesses du
Seigneur; car si vous n'avez pas la foi, qu'attendrez-vous? N'est-ce pas la foi qui donne
l'amour; car si vous n'avez pas la foi, quelle reconnaissance aurez-vous, et par conséquent quel
amour?
La foi, divine inspiration de Dieu, éveille tous les nobles instincts qui conduisent
l'homme au bien; c'est la base de la régénération. Il faut donc que cette base soit forte et
durable, car si le moindre doute vient l'ébranler, que devient l'édifice que vous construisez
dessus? Élevez donc cet édifice sur des fondations inébranlables; que votre foi soit plus forte
que les so-phismes et les railleries des incrédules, car la foi qui ne brave pas le ridicule des
hommes n'est pas la vraie foi.
La foi sincère est entraînante et contagieuse; elle se communique à ceux qui ne
l'avaient pas, ou même ne voudraient pas l'avoir; elle trouve des paroles persuasives qui vont à
l'âme, tandis que la foi apparente n'a que des paroles sonores qui laissent froid et indifférent.
Prêchez par l'exemple de votre foi pour en donner aux hommes; prêchez par l'exemple de vos
oeuvres
290
CHAPITRE XIX.
pour leur faire voir le mérite de la foi; prêchez par votre espoir inébranlable pour leur faire
voir la confiance qui fortifie et met à même de braver toutes les vicissitudes de la vie.
Ayez donc la foi dans tout ce qu'elle a de beau et de bon, dans sa pureté, dans son
raisonnement. N'admettez pas la foi sans contrôle, fille aveugle de l'aveuglement. Aimez Dieu,
mais sachez pourquoi vous l'aimez; croyez en ses promesses, mais sachez pourquoi vous y
croyez; suivez nos conseils, mais rendez-vous compte du but que nous vous montrons et des
moyens que nous vous apportons pour l'atteindre. Croyez et espérez sans jamais faiblir: les
miracles sont l'oeuvre de la foi. (JOSEPH, ESPRIT PROTECTEUR. Bordeaux, 1862.)
La foi divine et la foi humaine.
12. La foi est le sentiment inné en l'homme de ses destinées futures; c'est la conscience
qu'il a des facultés immenses dont le germe a été déposé chez lui, à l'état latent d'abord, et qu'il
doit faire éclore et grandir par sa volonté agissante.
Jusqu'à présent la foi n'a été comprise que sous le côté religieux, parce que le Christ l'a
préconisée comme levier puissant, et que l'on n'a vu en lui que le chef d'une religion. Mais le
Christ, qui a accompli des miracles matériels, a montré, par ces miracles mêmes, ce que peut
l'homme quand il a la foi, c'est-à-dire la volonté de vouloir, et la certitude que cette volonté
peut recevoir son accomplissement. Les apôtres, à son exemple, n'ont-ils pas aussi fait des
miracles? Or, qu'étaient ces miracles, sinon des effets naturels dont la cause était inconnue aux
homnaes d'alors, mais qu'on s'explique en
291
LA FOI TRANSPORTE LES MONTAGNES.
grande partie aujourd'hui, et que l'on comprendra complétement par l'étude du spiritisme et du
magnétisme?
La foi est humaine ou divine, selon que l'homme applique ses facultés aux besoins
terrestres ou à ses aspirations célestes et futures. L'homme de génie qui poursuit la réalisation
de quelque grande entreprise réussit s'il a la foi, parce qu'il sent en lui qu'il peut et doit arriver,
et cette certitude lui donne une force immense. L'homme de bien qui, croyant à son avenir
céleste, veut remplir sa vie de nobles et belles actions, puise dans sa foi, dans la certitude du
bonheur qui l'attend, la force nécessaire, et là encore s'accomplissent des miracles de charité,
de dévoûment et d'abnégation. Enfin, avec la foi, il n'est pas de mauvais penchants qu'on ne
parvienne à vaincre.
Le magnétisme est une des plus grandes preuves de la puissance de la foi mise en
action; c'est par la foi qu'il guérit et produit ces phénomènes étranges qui jadis étaient qualifiés
de miracles.
Je le répète, la foi est humaine et divine; si tous les incarnés étaient bien persuadés de
la force qu'ils ont en eux, et s'ils voulaient mettre leur volonté au service de cette force, ils
seraient capables d'accomplir ce que, jusqu'à présent, on a appelé des prodiges, et qui n'est
simplement qu'un développement des facultés humaines. (UN ESPRIT PROTECTEUR. Paris,
1863.)
292
CHAPITRE XX
LES OUVRIERS DE LA DERNIÉRE HEURE.
Instructions des Esprits: Les derniers seront les premiers. - Mission des spirites. - Les
ouvriers du Seigneur.
1. Le royaume des cieux est semblable à un père de famille, qui sortit dès le
grand matin, afin de louer des ouvriers pour travailler à sa vigne; - étant convenu avec
les ouvriers qu'ils auraient un denier pour leur journée, il les envoya à la vigne. - Il
sortit encore sur la troisième heure du jour, et en ayant vu d'autres qui se tenaient dans
la place sans rien faire, -leur dit: Allez-vous-en aussi, vous autres, à ma vigne, et je vous
donnerai ce qui sera raisonnable; - et ils s'en allèrent. Il sortit encore sur la sixième et
sur la neuvième heure du jour, et fit la même chose. - Et étant sorti sur la onzième
heure, il en trouva d'autres qui étaient là sans rien faire, auxquels il dit: Pourquoi
demeurez-vous là tout le long du jour sans travailler? - C'est, lui dirent-ils, que
personne ne nous a loués, et il leur dit: Allez-vous-en aussi, vous autres, à ma vigne.
Le soir étant venu, le maître de la vigne dit à celui qui avait le soin de ses
affaires: Appelez les ouvriers, et payez-les, en commençant depuis les derniers jusqu'aux
premiers. - Ceux donc qui n'étaient venus à la vigne que vers la onzième heure s'étant
approchés, reçurent chacun un denier. - Ceux qui avaient été loués les premiers venant
à leur tour, crurent qu'on leur donnerait davantage, mais ils ne reçurent non plus qu'un
denier chacun; - et en le recevant ils murmuraient contre le père de famille, - en disant:
Ces derniers n'ont travaillé qu'une heure et vous les rendez égaux à nous qui avons
porté le poids du jour et de la chaleur.
Mais pour répànse il dit à l'un d'eux: Mon ami, je ne vous
293
LES OUVRIERS DE LA DERNIÈRE HEURE.
fais point de tort; n'êtes-vous pas convenu avec moi d'un denier pour votre journée?
Prenez ce qui vous appartient, et vous en allez; pour moi, je veux donner à ce dernier
autant qu'à vous. - Ne m'est-il donc pas permis de faire ce que je veux? et votre oeil estil mauvais, parce que je suis bon?
Ainsi, les derniers seront les premiers, et les premiers seront les derniers, parce
qu'il y en a beaucoup d'appelés et peu d'élus. (Saint Matthieu, ch. XX, v. de 1 à 16. Voir
aussi: Parabole du festin de noces, ch. XVIII, nº 1.)
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Les derniers seront les premiers.
2. L'ouvrier de la dernière heure a droit au salaire, mais il faut que sa bonne volonté
l'ait tenu à la disposition du maître qui devait l'employer, et que ce retard ne soit pas le fruit de
sa paresse ou de sa mauvaise volonté. Il a droit au salaire, parce que, depuis l'aube, il attendait
impatiemment celui qui, enfin, l'appellerait à l'oeuvre; il était laborieux, l'ouvrage seul lui
manquait.
Mais s'il avait refusé l'ouvrage à chaque heure du jour; s'il avait dit: Prenons patience,
le repos m'est doux; quand la dernière heure sonnera, il sera temps de penser au salaire de la
journée. Qu'ai-je besoin de me déranger pour un maître que je ne connais pas, que je n'aime
pas! Le plus tard sera le mieux. Celui-là, mes amis, n'eût pas trouvé le salaire de l'ouvrier, mais
celui de la paresse.
Que sera-ce donc de celui qui, au lieu de rester simplement dans l'inaction, aura
employé les heures destinées au labeur du jour à commettre des actes coupables; qui aura
blasphémé Dieu, versé le sang de ses frères, jeté le trouble dans les familles, ruiné les hommes
con-
294
CHAPITRE XX.
fiants, abusé de l'innocence, qui se sera enfin vautré dans toutes les ignominies de l'humanité;
que sera-ce donc de celui-là? Lui suffira-t-il de dire à la dernière heure: Seigneur, j'ai mal
employé mon temps; prenez-moi jusqu'à la fin du jour, que je fasse un peu, bien peu de ma
tâche, et donnez-moi le salaire de l'ouvrier de bonne volonté? Non, non; le maître lui dira: Je
n'ai point d'ouvrage pour toi quant à présent; tu as gaspillé ton temps; tu as oublié ce que tu
avais appris, tu ne sais plus travailler à ma vigne. Recommence donc à apprendre, et lorsque tu
seras mieux disposé, tu viendras vers moi, je t'ouvrirai mon vaste champ, et tu pourras y
travailler à toute heure du jour.
Bons spirites, mes bien-aimés, vous êtes tous des ouvriers de la dernière heure. Bien
orgueilleux serait celui qui dirait: J'ai commencé l'oeuvre à l'aurore et ne la terminerai qu'au
déclin du jour. Tous vous êtes venus quand vous avez été appelés, un peu plus tôt, un pen plus
tard, pour l'incarnation dont vous portez la chaîne; mais depuis combien de siècles entassés le
maître ne vous a-t-il pas appelés à sa vigne sans que vous ayez voulu y entrer! Vous voilà au
moment de toucher le salaire; employez bien cette heure qui vous reste, et n'oubliez jamais que
votre existence, si longue qu'elle vous paraisse, n'est qu'un moment bien fugitif dans
l'immensité des temps qui forment pour vous l'éternité. (CONSTANTIN, ESPRIT
PROTECTEUR. Bordeaux, 1863.)
3. Jésus affectionnait la simplicité des symboles, et, dans son mâle langage, les ouvriers
arrivés à la première heure sont les prophètes, Moïse, et tous les initiateurs qui ont marqué les
étapes du progrès, continuées à travers les siècles par les apôtres, les martyrs.
295
LES OUVRIERS DE LA DERNIÈRE HEURE.
les Pères de l'Eglise, les savants, les philosophes, et enfin les spirites. Ceux-ci, venus les
derniers, ont été annoncés et prédits dès l'aurore du Messie, et ils recevront la même
récompense; que dis-je? une plus haute récompense. Derniers venus, les spirites profitent des
labeurs intellectuels de leurs devanciers, parce que l'homme doit hériter de l'homme, et que ses
travaux et leurs résultats sont collectifs: Dieu bénit la solidarité. Beaucoup d'entre eux revivent
d'ailleurs aujourd'hui, ou revivront demain, pour achever l'oeuvre qu'ils ont commencée jadis;
plus d'un patriarche, plus d'un prophète, plus d'un disciple du Christ, plus d'un propagateur de
la foi chrétienne se retrouvent parmi eux, mais plus éclairés, plus avancés, travaillant, non plus
à la base, mais au couronnement de l'édifice; leur salaire sera donc proportionné au mérite de
l'oeuvre.
La réincarnation, ce beau dogme, éternise et précise la filiation spirituelle. L'Esprit,
appelé à rendre compte de son mandat terrestre, comprend la continuité de la tâche
interrompue, mais toujours reprise; il voit, il sent qu'il a saisi au vol la pensée de ses
devanciers; il rentre dans la lice, mûri par l'expérience, pour avancer encore; et tous, ouvriers
dela première et de la dernière heure, les yeux dessillés sur la profonde justice de Dieu, ne
murmurent plus et adorent.
Tel est un des vrais sens de cette parabole qui renferme, comme toutes celles que Jésus
a adressées au peuple, le germe de l'avenir, et aussi, sous toutes les formes, sous toutes les
images, la révélation de cette magnifique unité qui harmonise toutes choses dans l'univers, de
cette solidarité qui relie tous les êtres présents au passé et à l'avenir. (HENRI HEINE. Paris,
1863.)
296
CHAPITRE XX.
Mission des spirites.
4. N'entendez-vous pas déjà fermenter la tempête qui doit emporter le vieux monde et
engloutir dans le néant la somme des iniquités terrestres? Ah! bénissez le Seigneur, vous qui
avez mis votre foi en sa souveraine justice, et qui, nouveaux apôtres de la croyance révélée par
les voix prophétiques supérieures, allez prêcher le dogme nouveau de la réincarnation et de
l'élévation des Esprits, suivant qu'ils ont bien ou mal accompli leurs missions, et supporté leurs
épreuves terrestres.
Ne tremblez plus! les langues de feu sont sur vos têtes. O vrais adeptes du Spiritisme,
vous êtes les élus de Dieu! Allez et prêchez la parole divine. L'heure est venue où vous devez
sacrifier à sa propagation vos habitudes, vos travaux, vos occupations futiles. Allez et
prêchez: les Esprits den haut sont avec vous. Certes vous parlerez à des gens qui ne voudront
point écouter la voix de Dieu, parce que cette voix les rappelle sans cesse à l'abnégation; vous
prêcherez le désintéressement aux avares, l'abstinence aux débauchés, la mansuétude aux
tyrans domestiques comme aux despotes: paroles perdues, je le sais; mais qu'importe! Il faut
arroser de vos sueurs le terrain que vous devez ensemencer, car il ne fructifiera et ne produira
que sous les efforts réitérés de la bêche et de la charrue évangéliques Allez et prêchez!
Oui, vous tous, hommes de bonne foi, qui croyez à votre infériorité en regardant les
mondes espacés dans l'infini, partez en croisade contre l'injustice et l'iniquité. Allez et
renversez ce culte du veau d'or, chaque
297
LES OUVRIERS DE LA DERNIÈRE HEURE.
jour de plus en plus envahissant. Allez, Dieu vous conduit! hommes simples et ignorants, vos
langues seront déliées, et vous parlerez comme aucun orateur ne parle. Allez et prêchez, et les
populations attentives recueilleront avec bonheur vos paroles de consolation, de fraternité,
d'espérance et de paix.
Qu'importent les embûches qui seront jetées sur votre chemin! les loups seuls se
prendront aux piéges à loup, car le pasteur saura défendre ses brebis contre les bouchers
sacrificateurs.
Allez, hommes grands devant Dieu, qui, plus heureux que saint Thomas, croyez sans
demander à voir, et acceptez les faits de la médiumnité quand même vous n'avez jamais réussi
à en obtenir vous-mêmes; allez, l'Esprit de Dieu vous conduit.
Marche donc en avant, phalange imposante par ta foi! et les gros bataillons des
incrédules s'évanouiront devant toi comme les brouillards du matin aux premiers rayons du
soleil levant.
La foi est la vertu qui soulèvera les montagnes, vous a dit Jésus; mais plus lourdes que
les plus lourdes montagnes gisent dans le coeur des hommes l'impureté et tous les vices de
l'impureté. Partez donc avec courage pour soulever cette montagne d'iniquités que les
générations futures ne doivent connaître qu'à l'état de légende, comme vous ne connaissez
vous-mêmes que très imparfaitement la période des temps antérieurs à la civilisation païenne.
Oui, les bouleversements moraux et philosophiques vont éclater sur tous les points du
globe; l'heure approche où la lumière divine apparaîtra sur les deux mondes.
298
CHAPITRE XX.
Les ouvriers du Seigneur.
5. Vous touchez au temps de l'accomplissement des choses annoncées pour la
transformation de l'humanité; heureux seront ceux qui auront travaillé au champ du Seigneur
avec désintéressement et sans autre mobile que la charité! Leurs journées de travail seront
payées au centuple de ce qu'ils auront espéré. Heureux seront ceux qui auront dit à leurs
frères: «Frères, travaillons ensemble, et unissons nos efforts afin que le maître trouve l'ouvrage
fini à son arrivée,» car le maître leur dira: «Venez à moi, vous qui êtes de bons serviteurs,
vous qui avez fait taire vos jalousies et vos discordes pour ne pas laisser l'ouvrage en
souffrance!» Mais malheur à ceux qui, par leurs dissensions, auront retardé l'heure de la
moisson, car l'orage viendra et ils seront emportés par le tourbillon! Ils crieront: “Grâce!
grâce!” Mais le Seigneur leur dira: «Pourquoi demandez-vous grâce, vous qui n'avez pas eu
pitié de vos frères, et qui avez refusé de leur tendre la main, vous qui avez écrasé le faible au
lieu de le soutenir? Pourquoi demandez-vous grâce, vous qui avez cherché votre récompense
dans les joies de la terre et dans la satisfaction de votre orgueil? Vous l'avez déjà reçue, votre
récompense, telle que vous l'avez voulue; n'en demandez pas davantage: les récompenses
célestes sont pour ceux qui n'auront pas demandé les récompenses de la terre.»
Dieu fait en ce moment le dénombrement de ses serviteurs fidèles, et il a marqué de
son doigt ceux qui n'ont que l'apparence du dévoûment, afin qu'ils n'usurpent pas le salaire des
serviteurs courageux, car c'est
299
LES OUVRIERS DE LA DERNIÈRE HEURE.
à ceux qui ne reculeront pas devant leur tâche qu'il va confier les postes les plus difficiles dans
la grande oeuvre de la régénération par le spiritisme, et cette parole s'accomplira: «Les
premiers seront les derniers, et les derniers seront les premiers dans le royaume des cieux!»
(L'ESPRIT DE VERITÉ. Paris, 1862.)
300
CHAPITRE XXI
IL Y AURA DE FAUX CHRISTS ET DE FAUX PROPHÈTES.
On connaît l'arbre à son fruit. - Mission des prophètes. - Prodiges des faux prophètes. - Ne
croyes point à tous les Esprits. - Instructions des Esprits: Les faux prophètes. - Caractères
du vrai prophète. - Les faux prophètes de l'erraticité. - Jerémie et les faux prophètes.
On connaît l'arbre à son fruit.
1. L'arbre qui produit de mauvais fruits n'est pas bon, et l'arbre qui produit de
bons fruits n'est pas mauvais; - car chaque arbre se connaît à son propre fruit. On ne
cueille point de figues sur des épines, et l'on ne coupe point de grappes de raisin sur des
ronces. - L'homme de bien tire de bonnes choses du bon trésor de son coeur, et le
méchant en tire de mauvaises du mauvais trésor de son coeur; car la bouche parle de la
plénitude du coeur. (Saint Luc, ch. VI, v. 43, 44, 45.)
2. Gardez-vous des faux prophètes qui viennent à vous couverts de peaux de
brebis, et qui au dedans sont des loups ravisseurs. - Vous les connaîtrez par leurs fruits.
Peut-on cueillir des raisins sur des épines ou des figues sur des ronces? - Ainsi tout arbre
qui est bon produit de bons fruits, et tout arbre qui est mauvais produit de mauvais
fruits. - Un bon arbre ne peut produire de mauvais fruits, et un mauvais arbre ne peut en
produire de bons. - Tout arbre qui ne produit point de bons fruits sera coupé et jeté au
feu. - Vous les connaîtrez donc à leurs fruits. (Saint Matthieu, ch. VII, v. 15 à 20.)
3. Prenez garde que quelqu'un vous séduise; - parce que
301
FAUX CHRISTS ET FAUX PROPHÈTES.
plusieurs viendront sous mon nom, disant: “Je suis le Christ,” et ils en séduiront
plusieurs.
Il s'élèvera plusieurs faux prophètes qui séduiront beaucoup de personnes; - et
parce que l'iniquité abondera, la charité de plusieurs se refroidira. - Mais celui-là sera
sauvé qui persévérera jusqu'à la fin.
Alors si quelqu'un vous dit: Le Christ est ici, ou il est là, ne le croyez point; - car
il s'élèvera de faux Christs et de faux prophètes qui feront de grands prodiges et des choses
étonnantes, jusqu'à séduire, s'il était possible, les élus même. (Saint Matthieu, chap.
XXIV, v. 4, 5, 11, 12, 13, 23, 24. - Saint Marc, ch. XIII, v. 5, 6, 21, 22.)
Mission des prophètes.
4. On attribue vulgairement aux prophètes le don de révéler l'a'venir, de sorte que les
mots prophéties et prédictions sont devenus synonymes. Dans le sens évangélique, le mot
prophète a une signification plus étendue; il se dit de tout envoyé de Dieu avec mission
d'instruire les hommes et de leur révéler les choses cachées et les mystères de la vie spirituelle.
Un homme peut donc être prophète sans faire de prédictions; cette idée était celle des Juifs au
temps de Jésus; c'est pourquoi, lorsqu'il fut amené devant le grand prêtre Caïphe, les Scribes et
les Anciens, étant assemblés, lui crachrènt au visage, le frappèrent à coups de poing et lui
donnèrent des soufflets, en disant: «Christ, prophétise-nous, et dis qui est celui qui t'a frappé.»
Cependant il est arrivé que des prophètes ont eu la prescience de l'avenir, soit par intuition,
soit par révélation providentielle, afin de donner aux hommes des avertissements; ces
événements s'étant accomplis, le don de prédire l'avenir a été regardé comme un des attributs
de la qualité de prophète.
302
CHAPITRE XXI.
Prodiges de faux prophètes.
5. «Il s'élèvera de faux christs et de faux prophètes qui feront de grands prodiges et des
choses étonnantes à séduire les élus même.» Ces paroles donnent le véritable sens du mot
prodige. Dans l'acception théologique, les prodiges et les miracles sont des phénomènes
exceptionnels, en dehors des lois de la nature. Les lois de la nature étant l'oeuvre de Dieu seul,
il peut sans doute y déroger si cela lui plaît, mais le simple bon sens dit qu'il lie peut avoir
donné à des êtres inférieurs et pervers un pouvoir égal au sien, et encore moins le droit de
défaire ce qu'il a fait. Jésus ne peut avoir consacré un tel principe. Si donc, selon le sens que
l'on attache à ces paroles, l'Esprit du mal a le pouvoir de faire des prodiges tels que les élus
même y soient trompés, il en résulterait que, pouvant faire ce que Dieu fait, les prodiges et les
miracles ne sont pas le privilége exclusif des envoyés de Dieu, et ne prouvent rien, puisque
rien ne distingue les miracles des saints des miracles du démon. Il faut donc chercher un sens
plus rationnel à ces paroles.
Aux yeux du vulgaire ignorant, tout phénomène dont la cause est inconnue passe pour
surnaturel, merveilleux et miraculeux; la cause une fois connue, on reconnaît que le
phénomène, si extraordinaire qu'il paraisse, n'est autre chose que l'application d'une loi de
nature. C'est ainsi que le cercle des faits surnaturels se rétrécit à mesure que s'étend celui de la
science. De tout temps des hommes ont exploité, au profit de leur ambition, de leur intérêt et
de leur domination, certaines connaissances qu'ils possédaient, afin de se don-
303
FAUX CHRISTS ET FAUX PROPHÈTES.
ner le prestige d'un pouvoir soi-disant surhumain ou d'une prétendue mission divine. Ce sont là
de faux christs et de faux prophètes; la diffusion des lumières tue leur crédit, c'est pourquoi le
nombre en diminue à mesure que les hommes s'éclairent. Le fait d'opérer ce qui, aux yeux de
certaines gens, passe pour des prodiges, n'est donc point le signe d'une mission divine,
puisqu'il peut résulter de connaissances que chacun peut acquérir, ou de facultés organiques
spéciales, que le plus indigne peut posséder aussi bien que le plus digne. Le vrai prophète se
reconnaît à des caractères plus sérieux, et exclusivement moraux.
Ne croyez point à tous les Esprits.
6. Mes bien-aimés, ne croyez point à tout Esprit, mais éprouvez si les Esprits sont
de Dieu, car plusieurs faux prophètes se sont élevés dans le monde. (Saint Jean, épître
1re, chap. IV, v. 1.)
7. Les phénomènes spirites, loin d'accréditer les faux christs et les faux prophètes,
comme quelques-uns affectent de le dire, viennent au contraire leur porter un dernier coup. Ne
demandez pas au spiritisme des miracles ni des prodiges, car il déclare formellement qu'il n'en
produit point; comme la physique, la chimie, l'astronomie, la géologie sont venues révéler les
lois du monde matériel, il vient révéler d'autres lois inconnues, celles qui régissent les rapports
du monde corporel et du monde spirituel, et qui, comme leurs aînées de la science, n'en sont
pas moins des lois de nature; en donnant l'explication d'un certain ordre de phénomènes
incompris jusqu'à ce jour, il détruit ce qui res-
304
CHAPITRE XXI.
tait encore dans le domaine du merveilleux. Ceux donc qui seraient tentés d'exploiter ces
phénomènes à leur profit, en se faisant passer pour des messies de Dieu, ne pourraient abuser
longtemps de la crédulité, et seraient bientôt démasqués. D'ailleurs, ainsi qu'il a été dit, ces
phénomènes seuls ne prouvent rien: la mission se prouve par des effets moraux qu'il n'est pas
donné au premier venu de produire. C'est là un des résultats du développement de la science
spirite; en scrutant la cause de certains phénomènes, elle lève le voile sur bien des mystères.
Ceux qui préfèrent l'obscurité à la lumière ont seuls intérêt à la combattre; mais la vérité est
comme le soleil: elle dissipe les plus épais brouillards.
Le spiritisme vient révéler une autre catégorie bien plus dangereuse de faux Christs et
de faux prophètes, qui se trouvent, non parmi les hommes, mais parmi les désincarnès: c'est
celle des Esprits trompeurs, hypocrites, orgueilleux et faux savants qui, de la terre, sont passés
dans l'erraticité, et se parent de noms vénérés pour chercher, à la faveur du masque dont ils se
couvrent, à accréditer les idées souvent les plus bizarres et les plus absurdes. Avant que les
rapports médianimiques fussent connus, ils exerçaient leur action d'une manière moins
ostensible, par l'inspiration, la médiumnité inconsciente, auditive ou parlante. Le nombre de
ceux qui, à diverses époques, mais dans ces derniers temps surtout, se sont donnés pour
quelques-uns des anciens prophètes, pour le Christ, pour Marie, mère du Christ, et même pour
Dieu, est considéralale. Saint Jean met en garde contre eux quand il dit: “Mes bien-aimés, ne
croyez point à tout Esprit, mais éprouvez si les Esprits sont de Dieu; car plusieurs faux pro-
305
FAUX CHRISTS ET FAUX PROPHÈTES.
phètes se sont élevés dans le monde.” Le spiritisme donne les moyens de les éprouver en
indiquant les caractères auxquels on reconnaît les bons Esprits, caractères toujours moraux et
jamais matériels¹. C'est au discernement des bons et des mauvais Esprits que peuvent surtout
s'appliquer ces paroles de Jésus: «On reconnaît la qualité de l'arbre à son fruit; un bon arbre ne
peut produire de mauvais fruits, et un mauvais arbre ne peut en produire de bons.» On juge les
Esprits à la qualité de leurs oeuvres, comme un arbre à la qualité de ses fruits.
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Les faux prophètes.
8. Si l'on vous dit: “Christ est ici,” n'y allez pas, mais, au contraire, tenez-vous sur vos
gardes, car les faux prophètes seront nombreux. Mais ne voyez-vous pas les feuilles du figuier
qui commencent à blanchir; ne voyez-vous pas leurs pousses nombreuses attendant l'époque
de la floraison, et Christ ne vous a-t-il pas dit: On reconnaît un arbre à son fruit? Si donc les
fruits sont amers, vous jugez que l'arbre est mauvais; mais s'ils sont doux et salutaires, vous
dites: Rien de pur ne peut sortir d'une souche mauvaise.
C'est ainsi, mes frères, que vous devez juger; ce sont les oeuvres que vous devez
examiner. Si ceux qui se disent revêtus de la puissance divine sont accompagnés de toutes les
marques d'une pareille mission, c'est-à1. Voir, pour la distinction des Esprits, Livre des Médiums, ch. 24 et suiv.
306
CHAPITRE XXI.
dire s'ils possèdent au plus haut degré les vertus chrétiennes et éternelles: la charité, l'amour,
l'indulgence, la bonté qui concilie tous les coeurs; si, à l'appui des paroles, ils joignent les
actes, alors vons pourrez dire: Ceux-ci sont bien réellement les envoyés de Dieu.
Mais méfiez-vous des paroles mielleuses, méfiez-vous des scribes et des pharisiens qui
prient dans les places publiques, vêtus de longues robes. Méfiez-vous de ceux qui prétendent
avoir le seul et unique monopole de la vérité!
Non, non, Christ n'est point là, car ceux qu'il envoie propager sa sainte doctrine, et
régénérer son peuple, seront, à l'exemple du Maître, doux et humbles de coeur par-dessus
toutes choses; ceux qui doivent, par leurs exemples et leurs conseils, sauver l'humanité courant
à sa perte et vagabondant dans des routes tortueuses, ceux-là seront par-dessus tout modestes
et humbles.
Tout ce qui révèle un atome d'orgueil, fuyez-le comme une lèpre contagieuse qui corrompt
tout ce qu'elle touche. Rappelez-vous que chaque créature porte sur son front, mais dans ses
actes surtout, le cachet de sa grandeur ou de sa décadence.
Allez donc, mes enfants bien-aimés, marchez sans tergiversations, sans arrière-pensées,
dans la route bénie que vous avez entreprise. Allez, allez toujours sans crainte; éloignez
courageusement tout ce qui pourrait entraver votre marche vers le but éternel. Voya-geurs,
vous ne serez que bien peu de temps encore dans les ténèbres et les douleurs de l'épreuve, si
vous laissez aller vos coeurs à cette douce doctrine qui vient vous révé1er les lois éternelles, et
satisfaire toutes les aspirations de votre âme vers l'inconnu. Dès à présent,
307
FAUX CHRISTS ET FAUX PROPHÈTES.
vous pouvez donner un corps à ces sylphes légers que vous voyiez passer dans vos rêves, et
qui, éphémères, ne pouvaient que charmer votre esprit, mais ne disaient rien à votre coeur.
Maintenant, mes aimés, la mort a disparu pour faire place à l'ange radieux que vous
connaissez, l'ange du revoir et de la réunion! Maintenant, vous qui avez bien accompli la tâche
imposée par le Créateur, vous n'avez plus rien à craindre de sa justice, car il est père et
pardonne toujours à ses enfants égarés qui crient miséricorde. Continuez donc, avancez sans
cesse; que votre devise soit celle du progrès, du progrès continu en toutes choses, jusqu'à ce
que vous arriviez enfin à ce terme heureux où vous attendent tous ceux qui vous ont précédês.
(LOUIS. Bordeaux, 1861.)
Caractères du vrai prophète.
9. Défiez-vous des faux prophètes. Cette recommandation est utile dans tous les
temps, mais surtout dans les moments de transition où, comme dans celui-ci, s'élabore une
transformation de l'humanité, car alors une foule d'ambitieux et d'intrigants se posent en
réformateurs et en messies. C'est contre ces imposteurs qu'il faut se tenir en garde, et il est du
devoir de tout honnête homme de les démasquer. Vous demanderez sans doute comment on
peut les reconnaître; voici leur signalement:
On ne confie le commandement d'une armée qu'à un général habile et capable de la
diriger; croyez-vous donc que Dieu soit moins prudent que les hommes? Soyez certains qu'il
ne confie les missions importantes qu'à ceux qu'il sait capables de les remplir, car
308
CHAPITRE XXI.
les grandes missions sont de lourds fardeaux qui écraseraient l'homme trop faible pour les
porter. Comme en toutes choses le maître doit en savoir plus que l'écolier; pour faire avancer
l'humanité moralement et intellectuellement, il faut des hommes supérieurs en intelligence et en
moralité! c'est pourquoi ce sont toujours des Esprits déjà très avancés ayant fait leurs preuves
dans d'autres existences, qui s'incarnent dans ce but; car s'ils ne sont pas supérieurs au milieu
dans lequel ils doivent agir, leur action sera nulle.
Ceci posé, concluez que le vrai missionnaire de Dieu doit justifier sa mission par sa
supériorité, par ses vertus, par la grandeur, par le résultat et l'influence moralisatrice de ses
oeuvres. Tirez encore cette conséquence, que s'il est, par son caractère, par ses vertus, par son
intelligence, au-dessous du rôle qu'il se donne, ou du personnage sous le nom duquel il
s'abrite, ce n'est qu'un histrion de bas étage qui ne sait pas même copier son modèle.
Une autre considération, c'est que la plupart des vrais missionnaires de Dieu s'ignorent
eux-mêmes; ils accomplissent ce à quoi ils sont appelés, par la force de leur génie secondé par
la puissance occulte qui les inspire et les dirige à leur insu, mais sans dessein prémédité. En un
mot, les vrais prophètes se révèlent par leurs actes: on les devine; tandis que les faux
prophètes se posent eux-mêmes comme les envoyés de Dieu; le premier est humble et
modeste; le second est orgueilleux et plein de lui-même; il parle avec hauteur, et, comme tous
les menteurs, il semble toujours craindre de n'être pas cru.
On a vu de ces imposteurs se donner pour les apôtres
309
FAUX CHRISTS ET FAUX PROPHÈTES.
du Christ, d'autres pour le Christ lui-même, et ce qui est à la honte de l'humanité, c'est qu'ils
ont trouvé des gens assez crédules pour ajouter foi à de pareilles turpitudes. Une
considération bien simple cependant devrait ouvrir les yeux du plus aveugle, c'est que si le
Christ se réincarnait sur la terre, il y viendrait avec toute sa puissance et toutes ses vertus, à
moins d'admettre, ce qui serait absurde, qu'il eût dégénéré; or, de même que si vous ôtez à
Dieu un seul de ses attributs vous n'aurez plus Dieu, si vous ôtez une seule des vertus du
Christ, vous n'avez plus le Christ. Ceux qui se donnent pour le Christ ont-ils toutes ses vertus?
Là est la question; regardez; scrutez leurs pensées et leurs actes, et vous reconnaîtrez qu'ils
manquent par-dessus tout des qualités distinctives du Christ: l'humilité et la charité, tandis
qu'ils ont ce qu'il n'avait pas: la cupidité et l'orgueil. Remarquez d'ailleurs qu'il y a dans ce
moment, et dans différents pays, plusieurs prétendus Christs, comme il y a plusieurs prétendus
Élie, saint Jean ou saint Pierre, et que nécessairement ils ne peuvent être tous véritables. Tenez
pour certain que ce sont des gens qui exploitent la crédulité et trouvent commode de vivre aux
dépens de ceux qui les écoutent.
Défiez-vous donc des faux prophètes, surtout dans un temps de rénovation, parce que
beaucoup d'imposteurs se diront les envoyés de Dieu; ils se procurent une vaniteuse
satisfaction sur la terre, mais une terrible justice les attend, vous pouvez en être certains.
(ERÂSTE. Paris, 1862.)
310
CHAPITRE XXI.
Les faux prophètes de l'erraticité.
10. Les faux prophètes ne sont pas seulement parmi les incarnés; il sont aussi, et en
bien plus grand nombre, parmi les Esprits orgueilleux qui, sous de faux semblants d'amour et
de charité, sèment la désunion et retardent l'oeuvre émancipatrice de l'humanité, en jetant à la
traverse leurs systèmes absurdes qu'ils font accepter par leurs médiums; et pour mieux fasciner
ceux qu'ils veulent abuser, pour donner plus de poids à leurs théories, ils se parent sans
scrupule de noms que les hommes ne prononcent qu'avec respect.
Ce sont eux qui sèment des ferments d'antagonisme entre les groupes, qui les poussent
à s'isoler les uns des autres, et à se voir d'un mauvais oeil. Cela seul suffirait pour les
démasquer; car, en agissant ainsi, ils donnent eux-mêmes le plus formel démenti à ce qu'ils
prétendent être. Aveugles donc sont les hommes qui se lais-sent prendre à un piége aussi
grossier.
Mais il y a bien d'autres moyens de les reconnaître. Des Esprits de l'ordre auquel ils
disent appartenir, doivent être non-seulement très bons, mais, en outre, éminemment
rationnels. Eh bien , passez leurs systèmes au tamis de la raison et du bon sens, et vous verrez
ce qui en restera. Convenez donc avec moi que, toutes les fois qu'un Esprit indique, comme
remède aux maux de l'humanité, ou comme moyens d'arriver à sa transformation, des choses
utopiques et impraticables, des mesures puériles et ridicules; quand il formule un système
contredit par les plus vulgaires notions de la science, ce ne peut être qu'un Esprit ignorant et
menteur.
311
FAUX CHRISTS ET FAUX PROPHÈTES.
D'un autre côté, croyez bien que si la vérité n'est pas toujours appréciée par les
individus, elle l'est toujours par le bon sens des masses, et c'est encore là un criterium. Si deux
principes se contredisent, vous aurez la mesure de leur valeur intrinsèque en cherchant celui
qui trouve le plus d'échos et de sympathies; il serait illogique, en effet, d'admettre qu'une
doctrine qui verrait diminuer le nombre de ses partisans fût plus vraie que celle qui voit les
siens s'augmenter. Dieu, voulant que la vérité arrive à tous, ne la confine pas dans un cercle
restreint: il la fait surgir sur différents points, afin que partout la lumière soit à côté des
ténèbres.
Repoussez impitoyablement tous ces Esprits qui se donnent comme conseils exclusifs,
en prêchant la division et l'isolement. Ce sont presque toujours des Esprits vaniteux et
médiocres, qui tendent à s'imposer aux hommes faibles et crédules, en leur prodiguant des
louanges exagérées, afin de les fasciner et de les tenir sous leur domination. Ce sont
généralement des Esprits affamés de pouvoir, qui, despotes publics ou privés de leur vivant,
veulent avoir encore des victimes à tyranniser après leur mort. En général, défiez-vous des
communications qui portent un caractère de mysticisme et d'étrangeté, ou qui prescrivent des
cérémonies et des actes bizarres; il y a toujours alors un motif légitime de suspicion.
D'un autre côté, croyez bien que lorsqu'une vérité doit être révélée à l'humanité, elle
est pour ainsi dire instantanément communiquée dans tous les groupes sérieux qui possèdent
de sérieux médiums, et non pas à tels ou tels, à l'exclusion des autres. Nul n'est parfait médium
s'il est obsédé, et il y a obsession manifeste lorsqu'un médium n'est apte qu'à recevoir les
commu-
312
CHAPITRE XXI.
nications d'un Esprit spécial, si haut que celui-ci cherche à se placer lui-même. En
conséquence, tout médium, tout groupe qui se croient privilégiés par des communications que
seuls ils peuvent recevoir, et qui, d'autre part, sont assujettis à des pratiques qui frisent la
superstition, sont indubitablement sous le coup d'une obsession des mieux caractérisées,
surtout quand l'Esprit dominateur se targue d'un nom que tous, Esprits et incarnés, nous
devons honorer et respecter, et ne pas laisser commettre à tout propos.
Il est incontestable qu'en soumettant au creuset de la raison et de la logique toutes les
données et toutes les communications des Esprits, il sera facile de repousser l'absurdité et
l'erreur. Un médium peut être fasciné, un groupe abusé; mais le contrôle sévère des autres
groupes, mais la science acquise, et la haute autorité morale des chefs de groupe, mais des
communications des principaux médiums qui reçoivent un cachet de logique et d'authenticité
de nos meilleurs Esprits, feront rapidement justice de ces dictées mensongères et astucieuses
émanées d'une tourbe d'Esprits trompeurs ou méchants. (ERASTE, disciple de saint Paul.
Paris, 1862.)
(Voir à l'Introduction le paragraphe: II. Contrôle universel de l'enseignement des
Esprits. - Livre des médiums, chap. XXIII, De l'obsession.)
Jérémie et les faux prophètes.
11. Voici ce que dit le Seigneur des armées: N'écoutez point les paroles des prophètes
qui vous prophétisent et qui vous trompent. Ils publient les visions de leur coeur, et non ce
qu'ils ont appris de la bouche du Sei-
313
FAUX CHRISTS ET FAUX PROPHÈTES.
gueur. Ils disent à ceux qui me blasphèment: Le Seigneur l'a dit, vous aurez la paix; et à tous
ceux qui marchent dans la corruption de leur coeur: Il ne vous arrivera point de mal. - Mais
qui d'entre eux a assisté au conseil de Dieu; qui l'a vu et qui a entendu ce qu'il a dit? - Je
n'envoyais point ces prophètes, et ils couraient d'eux-mêmes; je ne leur parlais point, et ils
prophétisaient de leur tête. - J'ai entendu ce qu'ont dit ces prophètes qui prophétisent le
mensonge en mon nom; en disant: J'ai songé, j'ai songé. - Jusques à quand cette imagination
sera-t-elle dans le coeur des prophètes qui prophétisent le mensonge, et dont les prophéties ne
sont que les séductions de leur coeur? Si donc ce peuple, ou un prophète, ou un prêtre vous
interroge et vous dit: Quel est le fardeau du Seigneur? Vous lui direz: C'est vous-même qui
êtes le fardeau, et je vous jetterai bien loin de moi, dit le Seigneur. (JÉRÉMIE, ch. XXIII, v.
16, 17, 18, 21, 25, 26, 33.)
C'est sur ce passage du prophète Jérémie que je vais vous entretenir, mes amis. Dieu,
parlant par sa bouche, dit: «C'est la vision de leur coeur qui les fait parler.» Ces mots
indiquent clairement que déjà, à cette époque, les charlatans et les exaltés abusaient du don de
prophétie et l'exploitaient. Ils abusaient, par conséquent, de la foi simple et presque aveugle du
peuple en prédisant pour de l'argent de bonnes et agréables choses. Cette sorte de tromperie
était assez générale chez la nation juive, et il est facile de comprendre que le pauvre peuple,
dans son ignorance, était dans l'impossibilité de distinguer les bons d'avec les mauvais, et il
était toujours plus ou moins dupe de ces soi-disant prophètes qui n'étaient que des imposteurs
ou des fanatiques. Y a-t-il rien de plus significatif que ces paroles: «Je n'ai point
314
CHAPITRE XXI.
envoyé ces prophètes-là, et ils ont couru d'eux-mêmes; je ne leur ai point parlé, et ils ont
prophétisé?» Plus loin il dit: “J'ai entendu ces prophètes qui prophétisent le mensonge en mon
nom, en disant: J'ai songé, j'ai songé;” il indiquait ainsi un des moyens employés pour
exploiter la confiance qu'on avait en eux. La multitude, toujours crédule, ne pensait point à
contester la véracité de leurs songes ou de leurs visions; elle trouvait cela tout naturel et
invitait toujours ces prophètes à parler.
Après les paroles du, prophète, écoutez les sages conseils de l'apôtre saint Jean, quand
il dit: “Ne croyez point à tout Esprit, mais éprouvez si les Esprits sont de Dieu;” car parmi les
invisibles il en est aussi qui se plaisent à faire des dupes quand ils en trouvent l'occasion. Ces
dupes sont, bien entendu, les médiums qui ne prennent pas assez de précautions. La est sans
contredit un des plus grands écueils, contre lequel beaucoup viennent se briser, surtout quand
ils sont novices dans le spiritisme. C'est pour eux une épreuve dont ils ne peuvent triompher
que par une grande prudence. Apprenez donc, avant toute chose, à distinguer les bons et les
mauvais Esprits, pour ne pas devenir vous-mêmes de faux prophètes. (LUOZ, Esp. protect.
Carlsruhe, 1861.)
315
CHAPITRE XXII
NE SÉPAREZ PAS CE QUE DIEU A JOINT.
Indissolubilité du mariage. - Divorse.
Indissolubilité du mariage.
1. Les Pharisiens vinrent aussi à lui pour le tenter, et ils lui dirent: Est-il permis à
un homme de renvoyer sa femme pour quelque cause que ce soit? - Il leur répondit:
N'avez-vous point lu que celui qui créa l’homme dès le commencement, les créa mâle et
femelle, et qu'il est dit: - Pour cette raison, l'homme quittera son père et sa mère, et
s'attachera à sa femme, et ils ne feront plus tous deux qu'une seule chair? - Ainsi ils ne
seront plus deux, mais une seule chair. Que l'homme donc ne sépare pas ce que Dieu a
joint.
Mais pourquoi donc, lui dirent-ils, Moïse a-t-il ordonné qu'on donne à sa femme
un écrit de séparation, et qu'on la renvoïe? - Il leur répondit: C'est à cause de la dureté
de votre coeur que Moïse vous a permis de renvoyer vos femmes; mais cela n'a pas été
dès le commencement. - Aussi je vous déclare que quiconque renvoie sa femme, si ce
n'est en cas d'adultère, et en épouse une autre, commet un adultère; et que celui qui
épouse celle qu'un autre a renvoyée, commet aussi un adultère. (Saint Matthieu, ch.
XIX, v. de 3 à 9.)
2. Il n'y a d'immuable que ce qui vient de Dieu; tout ce qui est l'ceuvre des hommes est
sujet à changement. Les lois de la nature sont les mêmes dans tous les temps et dans tous les
pays; les lois humaines changent selon les temps, les lieux et le progrès de l'in-
316
CHAPITRE XXII.
telligence. Dans le mariage, ce qui est d'ordre divin, c'est l'union des sexes pour opérer le
renouvellement des êtres qui meurent; mais les conditions qui règlent cette union sont d'ordre
tellement humain, qu'il n'y a pas dans le monde entier, et même dans la chrétienté, deux pays
où elles soient absolument les mêmes, et qu'il n'y en a pas un où elles n'aient subi des
changements avec le temps; il en résulte qu'aux yeux de la loi civile, ce qui est légitime dans
une contrée et à une époque, est adultère dans une autre contrée et dans un autre temps; et
cela, parce que la loi civile a pour but de régler les intérêts des familles, et que ces intérêts
varient selon les moeurs et les besoins locaux; c'est ainsi, par exemple, que dans certains pays
le mariage religieux est seul légitime, dans d'autres il faut en plus le mariage civil, dans
d'autres, enfin, le mariage civil seul suffit.
3. Mais dans l'union des sexes, à côté de la loi divine matérielle, commune à tous les
êtres vivants, il y a une autre loi divine, immuable comme toutes les lois de Dieu,
exclusivement morale, c'est la loi d'amour. Dieu a voulu que les êtres fussent unis, nonseulement par les liens de la chair, mais par ceux de l'âme, atin que l'affection mutuelle des
époux se reportât sur leurs enfants, et qu'ils fussent deux, au lieu d'un, à les aimer, à les
soigner et à les faire progresser. Dans les conditions ordinaires du mariage, est-il tenu compte
de cette loi d'amour? Nullement; ce que l'on consulte, ce n'est pas l'affection de deux êtres
qu'un mutuel sentiment attire l'un vers l'autre, puisque le plus souvent on brise cette affection;
ce que l'on cherche, ce n'est pas la satisfaction du coeur, mais celle de l'orgueil, de la vanité,
317
NE SÉPAREZ PAS CE QUE DIEU A JOINT.
de la cupidité, en un mot de tous les intérêts matériels; quand tout est pour le mieux selon ces
intérêts, on dit que le mariage est convenable, et quand les bourses sont bien assorties, on dit
que les époux le sont également, et doivent être bien heureux.
Mais ni la loi civile, ni les engagements qu'elle fait contracter ne peuvent suppléer la loi
d'amour si cette loi ne préside pas à l'union; il en résulte que souvent ce que l'on a uni de force
se sépare de soi-même; que le serment que l'on prononce au pied de l'autel devient un parjure
si on le dit comme une formule banale; de là les unions malheureuses, qui finissent par devenir
criminelles; double malheur que l'on éviterait si, dans les conditions du mariage, on ne faisait
pas abstraction de la seule qui le sanctionne aux yeux de Dieu: la loi d'amour. Quand Dieu a
dit: “Vous ne ferez qu'une même chair;” et quand Jésus a dit: “Vous ne séparerez pas ce que
Dieu a uni,” cela doit s'entendre de l'union selon la loi immuable de Dieu, et non selon la loi
changeante des hommes.
4. La loi civile est-elle donc superflue, et faut-il en revenir aux mariages selon la
nature? Non certainement; la loi civile a pour but de régler les rapports sociaux et les intérêts
des familles, selon les exigences de la civilisation, voilà pourquoi elle est utile, nécessaire, mais
variable; elle doit être prévoyante, parce que l'homme civilisé ne peut vivre comme le sauvage;
mais rien, absolument rien ne s'oppose à ce qu'elle soit le corollaire de la loi de Dieu; les
obstacles à l'accomplissement de la loi divine viennent des préjugés et non de la loi civile. Ces
préjugés, bien qu'encore vivaces, ont déjà perdu de leur empire chez les peuples éclairés;
318
CHAPITRE XXII.
ils disparaîtront avec le progrès moral, qui ouvrira enfin les yeux sur les maux sans nombre, les
fautes, les crimes même qui résultent des unions contractées en vue des seuls intérêts
matériels; et l'on se demandera un jour s'il est plus humain, plus charitable, plus moral de river
l'un à l'autre des êtres qui ne peuvent vivre ensemble, que de leur rendre la liberté; si la
perspective d'une chaîne indissoluble n'augmente pas le nombre des unions irrégulières.
Le divorce.
5. Le divorce est une loi humaine qui a.pour but de séparer légalement ce qui est
séparé de fait; elle n'est point contraire à la loi de Dieu, puisqu'elle ne réforme que ce que les
hommes ont fait, et qu'elle n'est applicable que dans les cas où il n'a pas été tenu compte de la
loi divine; si elle était contraire à cette loi, l'Église elle-même serait forcée de regarder comme
prévaricateurs ceux de ses chefs qui, de leur propre autorité, et au nom de la religion, ont, en
plus d'une circonstance, imposé le divorce; double prévarication alors, puisque c'était en vue
d'intérêts temporels seuls, et non pour satisfaire à la loi d'amour.
Mais Jésus lui-même ne consacre pas l'indissolubilité absolue du mariage. Ne dit-il pas:
“C'est à cause de la dureté de votre coeur que Moïse vous a permis dc renvoyer vos femmes?”
Ce qui signifie que, dès le temps de Moïse, l'affection mutuelle n'étant pas le but unique du
mariage, la séparation pouvait devenir nécessaire. Mais, ajoute-t-il, “cela n'a pas été dès le
commencement;” c'est-à-dire qu'à l'origine de l'humanité, alors que les hommes n'étaient pas
encore pervertis par
319
NE SÉPAREZ PAS CE QUE DIEU A JOINT.
l'égoïsme et l'orgueil, et qu'ils vivaient selon la loi de Dieu, les unions fondées sur la sympathie
et non sur la vanité ou l'ambition, ne donnaient pas lieu à répudiation.
Il va plus loin: il spécifie le cas où la répudiation peut avoir lieu, c'est celui d'adultère;
or, l'adultère n'existe pas là où règne une affection réciproque sincère. Il défend, il est vrai, à
tout homme d'épouser la femme répudiée, mais il fautt tenir compte des moeurs et du
caractère des hommes de son temps. La loi mosaïque, dans ce cas, prescrivait la lapidation;
voulant abolir un usage barbare, il fallait néanmoins une pénalité, et il la trouve dans la
flétrissure que devait imprimer l'interdiction d'un second mariage. C'était en quelque sorte une
loi civile substituée à une autre loi civile, mais qui, comme toutes les lois de cette nature,
devait subir l'épreuve du temps.
320
CHAPITRE XXIII
MORALE ÉTRANGE.
Qui ne hait pas son père et sa mère. - Quitter son père, sa mère et ses enfants. -Laissez aux
morts le soin d'ensevelir leurs morts. - Je ne suis pas venu apporter la paix, mais la division.
Qui ne hait pas son père et sa mère.
1. Une grande troupe de peuple marchant avec Jésus, il se retourna vers eux et
leur dit: - Si quelqu'un vient à moi, et ne hait pas son père et sa mère; sa femme et ses
enfants, ses frères et ses soeurs, et même sa propre vie, il ne peut être mon disciple. - Et
quiconque ne porte pas sa croix, et ne me suit pas, ne peut être mon disciple. - Ainsi
quiconque d'entre vous ne renonce pas à tout ce qu'il a ne peut être mon disciple. (Saint
Luc, ch. XIV, v. 25, 26, 27, 33.)
2. Celui qui aime son père ou sa mère plus que moi n'est pas digne de moi; celui
qui aime son fils ou sa fille plus que moi n'est pas digne de moi. (Saint Matthieu, ch. X,
v. 37.)
3. Certaines paroles, très rares du reste, font un contraste si étrange dans la bouche du
Christ, qu'instinctivement on en repousse le sens littéral, et la sublimité de sa doctrine n'en a
subi aucune atteinte. Écrites après sa mort, puisque aucun Évangile n'a été écrit de son vivant,
il est permis de croire que, dans ce cas, le fond de sa pensée n'a pas été bien rendu, ou, ce qui
n'est pas moins probable, c'est que le sens primitif a
321
MORALE ÉTRANGE.
pu subir quelque altération en passant d'une langue à l'autre. Il a suffi qu'une erreur fût faite
une première fois pour qu'elle ait été répétée par les reproducteurs, comme cela se voit si
souvent dans les faits historiques.
Le mot hait, dans cette phrase de saint Luc: Si quelqu'un vient à moi et ne hait pas son
père et sa mère, est dans ce cas; il n'est personne qui ait eu la pensée de l'attribuer à Jésus; il
serait donc superflu de le discuter, et encore moins de chercher à le justifier. Il faudrait savoir
d'abord s'il l'a prononcé, et, dans l'affirmative, savoir si, dans la langue dans laquelle il
s'exprimait, ce mot avait la même valeur que dans la nôtre. Dans ce passage de saint Jean:
«Celui qui hait sa vie dans ce monde, la conserve pour la vie éternelle,» il est certain qu'il
n'exprime pas l'idée que nous y attachons.
La langue hébraïque n'était pas riche, et avait beaucoup de mots à plusieurs
significations. Tel est par exemple celui qui, dans la Genèse, désigne les phases de la création,
et servait à la fois pour exprimer une période de temps quelconque et la révolution diurne; de
là, plus tard, sa traduction par le mot jour, et la croyance que le monde a été l'oeuvre de six
fois vingt-quatre heures. Tel est encore le mot qui se disait d'un chameau et d'un câble, parce
que les càbles étaient faits de poils de chameau, et qui a été traduit par chameau dans
l'allégorie du trou d'aiguille (ch. XVI, nº 2¹.)
________
1. Non odit en latin, Kaï ou miseï en grec, ne veut pas dire haïr, mais aimer moins. Ce qu'exprime le
verbe grec miseïn, le verbe hébreu, dont a dù se servir Jésus, le dit encore mieux; il ne signifie pas seulement
haïr, mais aimer moins, ne pas aimer autannt que, à l'ègal d'un autre. Dans le dialecte syriaque, dont il est dit
que Jésus usait le plus souvent, cette signification est encore plus accentuée. C'est dans ce sens qu'il est dit
dans la Genèse (ch. XXIX, v. 30, 31):
322
CHAPlTRE XXIII.
Il faut d'ailleurs tenir compte des moeurs et du caractère des peuples qui influent sur le
génie particulier de leurs langues; sans cette connaissance le sens véritable de certains mots
échappe; d'une langue à l'autre le même mot a plus ou moins d'énergie; il peut être une injure
ou un blasphème dans l'une et insignifiant dans l'autre, selon l'idée qu'on y attache; dans la
même langue certains mots perdent leur valeur à quelques siècles de distance; c'est pour cela
qu'une traduction rigoureusement littérale ne rend pas toujours parfaitement la pensée, et que,
pour être exact, il faut parfois employer, non les mots correspondants, mais des mots
équivalents ou des périphrases.
Ces remarques trouvent une application spéciale dans l'interprétation des saintes
Écritures, et des Évangiles en particulier. Si l'on ne tient pas compte du milieu dans lequel
vivait Jésus, on est exposé à se méprendre sur la valeur de certaines expressions et de certains
faits, par suite de l'habitude où l'on est d'assimiler les autres à soi-même. En tout état de cause,
il faut donc écarter du mot haïr l'acception moderne, comme contraire à l'esprit de
l'enseignement de Jésus (voy. aussi chap. XIV, nos 5 et suiv.)
Quitter son père, sa mère et ses enffants.
4. Quiconque aura quitté pour mon nom sa maison, ou ses
__________
“Et Jacob aima aussi Rachel plus que Lia, et Jehova voyant que Lia était haïe...” Il est évident que le
véritable sens est moins aimée; c'est ainsi qu'il faut traduire. Dans plusieurs autres passages hébraïqnes, et
surtout syriaques, le même verbe est employé dans le sens de ne pas aimer autant qu'un autre, et l'on ferait un
contresens en traduisant par haïr, qui a une autre acception bien déterminée.
Le texte de saint Matthieu lève d'ailleurs toute difficulté.
(Note de M. Pezzani.)
323
MORALE ÉTRANGE.
frères, ou ses soeurs, on son père, ou sa mère, ou sa femme, ou ses enfants, ou ses terres,
en recevra le centuple, et aura pour héritage la vie éternelle. (Saint Matthieu, ch., XIX,
v. 29.)
5. Alors Pierre lui dit: Pour nous, vous voyez que nous avons tout quitté, et que
nous vous avons suivi. - Jésus leur dit: Je vous dis en vérité, personne ne quittera pour
le royaume de Dieu, ou sa maison, ou son père et sa mère, ou ses frères, ou sa femme, ou
ses enfants, - qui ne reçoive dès ce monde beaucoup davantage, et dans le siècle à venir
la vie éternelle. (Saint Luc, ch. XVIII v. 28, 29, 30.)
6. Un autre lui dit: Seigneur, je vous suivrai; mais permettez-moi de disposer
auparavant de ce que j'ai dans ma maison. - Jésus lui répondit: Quiconque, ayant la
main à la charrue, regarde derrière lui, n'est pas propre au royaume de Dieu. (Saint
Luc, chap. IX, v. 61, 62.)
Sans discuter les mots, il faut ici chercher la pensée, qui était évidemment celle-ci: “Les
intérêts de la vie future l'emportent sur tous les intérêts et toutes les considérations humaines,”
parce qu'elle est d'accord avec le fond de la doctrine de Jésus, tandis que l'idée d'un
renoncement à sa famille en serait la négation.
N'avons-nous pas d'ailleurs sous nos yeux l'application de ces maximes dans le sacrifice
des intérêts et des affections de famille pour la patrie? Blâme-t-on un fils de quitter son père,
sa mère, ses frères, sa femme, ses enfants, pour marcher à la défense de son pays? Ne lui faiton pas au contraire un mérite de s'arracher aux douceurs du foyer domestique, aux étreintes
de l'amitié, pour accomplir un devoir? Il y a donc des devoirs qui l'emportent sur d'autres
devoirs. La loi ne fait-elle pas une obligation à la fille de quitter ses parents pour suivre son
époux? Le monde fourmille de cas où les
324
CHAPITRE XXIII.
séparations les plus pénibles sont nécessaires; mais les affections n'en sont pas brisées pour
cela; l'éloignement ne diminue ni le respect, ni la sollicitude que l'on doit à ses parents, ni la
tendresse pour ses enfants. On voit donc que, même prises à la lettre, sauf le mot haïr, ces
paroles ne seraient pas la négation du commandement qui prescrit d'honorer son père et sa
mère, ni du sentiment de tendresse paternelle, à plus forte raison si l'on en prend l'esprit. Elles
avaient pour but de montrer, par une hyperbole, combien était impérieux le devoir de
s'occuper de la vie future. Elles devaient d'ailleurs être moins choquantes chez un peuple et à
une époque où, par suite des moeurs, les liens de famille avaient moins de force que dans une
civilisation morale plus avancée; ces liens, plus faibles chez les peuples primitifs, se fortifient
avec le développement de la sensibilité et du sens moral. La séparation même est nécessaire au
progrès; il en est des familles comme des races; elles s'abâtardissent s'il n'y a pas croisement, si
elles ne se greffent pas les unes sur les autres; c'est une loi de nature autant dans l'intérêt du
progrès moral que dans celui du progrès physique.
Les choses ne sont envisagées ici qu'au point de vue terrestre; le spiritisme nous les fait
voir de plus haut, en nous montrant que les véritables liens d'affection sont ceux de l'Esprit et
non ceux du corps; que ces liens ne sont brisés ni par la séparation, ni même par la mort du
corps; qu'ils se fortifient dans la vie spirituelle par l'épuration de l'Esprit; vérité consolante qui
donne une grande force pour supporter les vicissitudes de la vie. (Ch. IV, nº 48; ch. XIV, nº
8.)
325
MORALE ÉTRANGE.
Laissez aux morts le soin d'ensevelir leurs morts.
7. Il dit à un autre: Suivez-moi; et il lui répondit: Seigneur, permettez-moi d'aller
auparavant ensevelir mon père. - Jésus lui répondit: Laissez aux morts le soin
d'ensevelir leurs morts; mais pour vous, allez annoncer le royaume de Dieu. (Saint Luc,
ch. IX, v. 59, 60.)
8. Que peuvent signifier ces paroles: “Laissez aux morts le soin d'ensevelir leurs
morts?” Les considérations qui précèdent montrent d'abord que, dans la circonstance où elles
ont été prononcées, elles ne pouvaient exprimer un blâme contre celui qui regardait comme un
devoir de piété filiale d'aller ensevelir son père; mais elles renferment un sens profond qu'une
connaissance plus complète de la vie spirituelle pouvait seule faire comprendre.
La vie spirituelle, en effet, est la véritable vie; c'est la vie normale de l'Esprit; son
existence terrestre n'est que transitoire et passagère; c'est une sorte de mort si on la compare à
la splendeur et à l'activité de la vie spirituelle. Le corps n'est qu'un vêtement grossier que revêt
momentaitément l'Esprit, véritable chaîne qui l'attache à la glèbe de la terre et dont il est
heureux d'être délivré. Le respect que l'on a pour les morts ne s'attache pas à la matière, mais,
par le souvenir, à l'Esprit absent; il est analogue à celui que l'on a pour les objets qui lui ont
appartenu, qu'il a touchés, et que ceux qui l'affectionnent gardent comme des reliques. C'est ce
que cet homme ne pouvait comprendre de lui-même; Jésus le lui apprend en lui disant: Ne
vous inquiétez pas du corps, mais songez plutôt à l'Esprit; allez enseigner le royaume de Dieu;
allez dire aux hommes
326
CHAPITRE XXIII.
que leur patrie n'est pas sur la terre, mais dans le ciel, car là seulement est la véritable vie.
Je ne suits pas venu pour apporter la paix,
mais la division.
9. Ne pensez pas que je sois venu apporter la paix sur la terre; je ne suis pas venu
apporter la paix, mais l'épée; - car je suis venu séparer l'homme d'avec son père, la fille
d'avec sa mère, et la belle-fille d'avec sa belle-mère; - et l'homme aura pour ennemis
ceux de sa maison. (Saint Matthieu, ch. X, v. 34, 35, 36.)
10. Je suis venu pour jeter le feu dans la terre; et que désiré-je, sinon qu'il
s'allume? - Je dois être baptisé d'un baptême, et combien je me sens pressé qu'il
s'accomplisse!
Croyez-vous que je sois venu apporter la paix sur la terre? Non, je vous assure,
mais au contraire la division; - car désormais s'il se trouve cinq personnes dans une
maison, elles seront divisées les unes contre les autres: trois contre deux et deux contre
trois. - Le père sera en division avec le fils, et le fils avec le père; la mère avec la fille, et
la fille avec la mère; la belle-mère avec la belle-fille, et la belle-fille avec la belle-mère.
(Saint Luc, ch. XII, v. de 49 à 53.)
11. Est-ce bien Jésus, la personnification de la douceur et de la bonté, lui qui n'a cessé
de prêcher l'amour du prochain, qui a pu dire: Je ne suis pas venu apporter la paix, mais l'épée;
je suis venu séparer le fils du père, l'époux de l'épouse; je suis venujeter le feu sur la terre, et
j'ai hâte qu'il s'allume! Ces paroles ne sont-elles pas en contradiction flagrante avec son
enseignement? N'y a-t-il pas blasphème à lui attribuer le langage d'un conquérant sanguinaire
et dévastateur? Non, il n'y a ni blasphème ni contradiction dans ces paroles, car c'est bien lui
qui les a prononcées, et elles témoi-
327
MORALE ÉTRANGER.
gnent de sa haute sagesse; seulement la forme un peu équivoque ne rend pas exactement sa
pensée, ce qui fait qu'on s'est mépris sur leur sens véritable; prises à la lettre, elles tendraient à
transformer sa mission toute pacifique en une mission de troubles et de discordes,
conséquence absurde que le bon sens fait écarter, car Jésus ne pouvait se démentir. (Ch. XIV,
nº 6.)
12. Toute idée nouvelle rencontre forcément de l'opposition, et il n'en est pas une seule
qui se soit établie sans luttes; or, en pareil cas, la résistance est toujours en raison de
l'importance des résultats prévus, parce que plus elle est grande, plus elle froisse d'intérêts. Si
elle est notoirement fausse, si on la juge sans conséquence, personne ne s'en émeut, et on la
laisse passer, sachant qu'elle n'a pas de vitalité. Mais si elle est vraie, si elle repose sur une base
solide, si l'on entrevoit pour elle de l'avenir, un secret pressentiment avertit ses antagonistes
qu'elle est un danger pour eux et pour l'ordre de choses au maintien duquel ils sont intéressés;
c'est pourquoi ils frappent sur elle et sur ses partisans.
La mesure de l'importance et des résultats d'une idée nouvelle se trouve ainsi dans
l'émotion qu'elle cause à son apparition, dans la violence de l'opposition qu'elle soulève, et
dans le degré et la persistance de la colère de ses adversaires.
13. Jésus venait proclamer une doctrine qui sapait par leur base les abus dont vivaient
les Pharisiens, les Scribes et les prêtres de son temps; aussi le firent-ils mourir, croyant tuer
l'idée en tuant l'homme; mais l'idée survécut, parce qu'elle était vraie; elle grandit, parce
328
CHAPITRE XXIII.
qu'elle était dans les desseins de Dieu, et, sortie d'une obscure bourgade de la Judée, elle alla
planter son drapeau dans la capitale même du monde païen, en face de ses ennemis les plus
acharnés, de ceux qui avaient le plus d'intérêt à la combattre, parce qu'elle renversait des
croyances séculaires auxquelles beaucoup tenaient bien plus par intérêt que par conviction. Là
des luttes plus terribles attendaient ses apôtres; les victimes furent innombrables, mais l'idée
grandit toujours et sortit triomphante, parce qu'elle l'emportait, comme vérité, sur ses
devancières.
14. Il est à remarquer que le Christianisme est arrivé lorsque le Paganisme était à son
déclin et se débattait contre les lumières de la raison. On le pratiquait encore pour la forme,
mais la croyance avait disparu, l'intérêt personnel seul le soutenait. Or, l'intérêt est tenace; il ne
cède jamais à l'évidence; il s'irrite d'autant plus que les raisonnements qu'on lui oppose sont
plus péremptoires et lui démontrent mieux son erreur; il sait bien qu'il est dans l'erreur, mais ce
n'est pas ce qui le touche, car la vraie foi n'est pas dans son âme; ce qu'il redoute le plus, c'est
la lumière qui ouvre les yeux des aveugles; cette erreur lui profite, c'est pourquoi il s'y
cramponne et la défend.
Socrate n'avait-il pas, lui aussi, émis une doctrine analogue, jusqu'à un certain point, à
celle du Christ? Pourquoi-donc n'a-t-elle pas prévalu à cette époque, chez un des peuples les
plus intelligents de la terre? C'est que le temps n'était pas venu; il a semé dans une terre non
labourée; le paganisme ne s'était pas encore usé. Christ a reçu sa mission providentielle au
temps propice. Tous les hommes de son temps n'étaient pas,
329
MORALE ÉTRANGE.
tant s'en faut, à la hauteur des idées chrétiennes, mais il y avait une aptitude plus générale à se
les assimiler, parce que l'on commençait à sentir le vide que les croyances vulgaires laissaient
dans l'âme. Socrate et Platon avaient ouvert la voie et prédisposé les esprits. (Voy. à
l'Introduction, paragr. IV, Socrate et Platon, précurseurs de l'idée chrétienne et du
spiritisme.)
15. Malheureusement les adeptes de la nouvelle doctrine ne s'entendirent pas sur
l'interprétation des paroles du Maître, la plupart voilées sous l'allégorie et la figure; de là
naquirent, dès le début, les sectes nombreuses qui prétendaient toutes avoir la vérité exclusive,
et que dix-huit siècles n'ont pu mettre d'accord. Oubliant le plus important des divins
préceptes, celui dont Jésus avait fait la pierre angulaire de son édifice et la condition expresse
du salut: la charité, la fraternité et l'amour du prochain, ces sectes se renvoyèrent l'anathème,
et se ruèrent les unes sur les autres, les plus fortes écrasant les plus faibles, les étouffant dans
le sang, dans les tortures et dans la flamme des bûchers. Les chrétiens, vainqueurs du
Paganisme, de persécutés se firent persécuteurs; c'est avec le fer et le feu qu'ils ont été planter
la croix de l'agneau sans tache dans les deux mondes. C'est un fait constant que les guerres de
religion ont été les plus cruelles et ont fait plus de victimes que les guerres politiques, et que
dans aucune il ne s'est commis plus d'actes d'atrocité et de barbarie.
La faute en est-elle à la doctrine du Christ? Non certes, car elle condamne
formellement toute violence. A-t-il dit quelque part à ses disciples: Allez, tuez, massacrez,
brûlez ceux qui ne croiront pas comme vous?
330
CHAPITRE XXIII.
Non, car il leur a dit au contraire: Tous les hommes sont frères, et Dieu est souverainement
miséricordieux; aimez votre prochain; aimez vos ennemis; faites du bien à ceux qui vous
persécutent. Il leur a dit encore: Qui tuera par l'épée périra par l'épée. La responsabilité n'en
est donc point à la doctrine de Jésus, mais à ceux qui l'ont faussement interprétée, et en ont
fait un instrument pour servir leurs passions; à ceux qui ont méconnu cette parole: Mon
royaume n'est pas de ce monde.
Jésus, dans sa profonde sagesse, prévoyait ce qui devait arriver; mais ces choses
étaient inévitahles, parce qu'elles tenaient à l'infériorité de la nature humaine qui ne pouvait se
transformer tout à coup. Il fallait que le christianisme passât par cette longue et cruelle
épreuve de dix-huit siècles pour montrer toute sa puissance; car, malgré tout le mal commis en
son nom, il en est sorti pur; jamais il n'a été mis en cause; le blâme est toujours retombé sur
ceux qui en ont abusé; à chaque acte d'intolérance, on a toujours dit: Si le christianisme était
mieux compris et mieux pratiqué, cela n'aurait pas lieu.
16. Lorsque Jésus dit: Ne croyez pas que je sois venu apporter la paix, mais la division,
sa pensée était celle-ci:
“Ne croyez pas que ma doctrine s'établisse paisiblement; elle amènera des luttes
sanglantes, dont mon nom sera le prétexte, parce que les hommes ne m'auront pas compris, ou
n'auront pas voulu me comprendre; les frères, séparés par leur croyance, tireront l'épée l'un
contre lautre, et la division régnera entre les membres d'une même famille qui n'auront pas la
même foi.
331
MORALE ÉTRANGE.
Je suis venu jeter le feu sur la terre pour la nettoyer des erreurs et des préjugés, comme on met
le feu dans un champ pour en détruire les mauvaises herbes, et j'ai hâte qu'il s'allume pour que
l'épuration soit plus prompte, car de ce conflit la vérité sortira triomphante; à la guerre
succédera la paix; à la haine des partis, la fraternité universelle; aux ténèbres du fanatisme, la
lumière de la foi éclairée. Alors, quand le champ sera préparé, je vous enverrai le Consolateur,
l'Esprit de Vérité, qui viendra rétablir toutes choses; c'est-à-dire qu'en faisant connaître le vrai
sens de mes paroles que les hommes plus éclairés pourront enfin comprendre, il mettra fin à la
lutte fratricide qui divise les enfants d'un même Dieu. Las enfin d'un combat sans issue, qui ne
traîne à sa suite que la désolation, et porte le trouble jusque dans le sein des familles, les
hommes reconnaîtront où sont leurs véritables intérêts pour ce monde et pour l'autre; ils
verront de quel côté sont les amis et les ennemis de leur repos. Tous alors viendront s'abriter
sous le même drapeau: celui de la charité, et les choses seront rétablies sur la terre selon la
vérité et les principes que je vous ai enseignés.”
17. Le spiritisme vient réaliser au temps voulu les promesses du Christ; cependant il ne
peut le faire sans détruire les abus; comme Jésus, il rencontre sur ses pas l'orgueil, l'égoïsme,
l'ambition, la cupidité, le fanatisme aveugle, qui, traqués dans leurs derniers retranchements,
tentent de lui barrer le chemin et lui suscitent des entraves et des persécutions; c'est pour-quoi
il lui faut aussi combattre; mais le temps des luttes et des persécutions sanglantes est passé;
celles qu'il aura à subir sont toutes morales, et le terme en
332
CHAPITRE XXIII.
est rapproché; les premières ont duré des siècles; celles-ci dureront à peine quelques années,
parce que la lumière, au lieu de partir d'un seul foyer; jaillit sur tous les points du globe, et
ouvrira plus tôt les yeux des aveugles.
18. Ces paroles de Jésus doivent donc s'entendre des colères qu'il prévoyait que sa
doctrine allait soulever, des conflits momentanés qui allaient en être la conséquence, des luttes
qu'elle allait avoir à soutenir avant de s'établir, comme il en fut des Hébreux avant leur entrée
dans la Terre Promise, et non d'un dessein prémédité de sa part de semer le désordre et la
confusion. Le mal devait venir des hommes et non de lui. Il était comme le médecin qui vient
guérir, mais dont les remèdes provoquent une crise salutaire en remuant les humeurs malsaines
du malade.
333
CHAPITRE XXIV
NE METTEZ PAS LA LAMPE SOUS LE BOISSEAU.
Lampe sous le boisseau. Pourquoi Jésus parle en paraboles. - N'allez point vers les Gentils. Ce ne sont pas ceux qui se portent bien qui ont besoin de médecin. - Le courage de la foi. Porter sa croix. Qui voudra sauver sa vie la perdra.
Lampe sous le boisseau. Pourquoi Jésus parle en paraboles.
1. On n'allume point une lampe pour la mettre sous le boisseau; mais on la met
sur un chandelier, afin qu'elle éclaire tous ceux qui sont dans la maison. (Saint
Matthieu, ch. V, v. 15.)
2. Il n'y a personne qui, après avoir allumé une lampe, la couvre d'un vase ou la
mette sous un lit; mais on la met sur le chandelier, afin que ceux qui entrent voient la
lumière; - car il n'y a rien de secret qui ne doive être decouvert, ni rien de caché qui ne
doive être connu et paraître publiquement. (Saint Luc, ch. VIII, v. 16, 17.)
3. Ses disciples, s'approchant, lui dirent: Pourquoi leur parlez-vous en
paraboles? - Et leur répondant, il leur dit: C'est parce que, pour vous autres, il vous a
été donné de connaître les mystères du royaume des ciex; mais, pour eux, il ne leur a pas
été donné. - Je leur parle en paraboles, parce qu'en voyant ils ne voient point, et qu'en
écoutant ils n'entendent ni ne comprennent point. - Et la prophétie d'Isaïe s'accomplira
en eux lorsqu'il dit: Vous écouterez de vos oreilles, et vous n'entendrez point; vouz
regarderez de vos yeux, et vous ne verrez point. - Car le coeur de ce peuple s'est
appesanti, et leurs
334
CHAPITRE XXIV.
oreilles sont devenues sourdes, et ils ont fermé leurs yeux de peur que leurs yeux ne
voient, que leurs oreilles n'entendent, que leur coeur ne comprenne, et que, s'étant
convertis, je ne les guérisse. (Saint Matthieu, ch. XIII, v. de 10 à 15.)
4. On s'étonne d'entendre Jésus dire qu'il ne faut pas mettre la lumière sous le boisseau,
tandis que lui-même cache sans cesse le sens de ses paroles sous le voile de l'allégorie qui ne
peut être comprise de tous. Il s'explique en disant à ses apôtres: Je leur parle en paraboles,
parce qu'ils ne sont pas en état de comprendre certaines choses; ils voient, regardent,
entendent et ne comprennent pas; leur tout dire serait donc inutile pour le moment; mais à
vous je vous le dis, parce qu'il vous est donné de comprendre ces mystères. Il agissait donc
avec le peuple comme ou le fait avec des enfants dont les idées ne sont pas encore
développées. Par là il indique le vérilable sens de la maxime: «Il ne faut pas mettre la lampe
sous le boisseau, mais sur le chandelier, afin que tous ceux qui entrent puissent la voir.» Elle
ne signifie point qu'il faut inconsidérément révéler toutes les choses; tout enseignement doit
être proportionné à l'intelligence de celui à qui l'on s'adresse, car il est des gens qu'une lumière
trop vive éblouit sans les éclairer.
Il en est des hommes en général comme des individus; les générations ont leur enfance,
leur jeunesse et leur âge mûr; chaque chose doit venir en son temps, et la graine semée hors de
saison ne fructifie pas. Mais ce que la prudence commande de taire momentanément doit tôt
ou tard être découvert, parce que, arrivés à un certain degré de développement, les hommes
recherchent eux-mêmes la lumière vive; l'obscurité leur pèse. Dieu leur ayant donné
l'intelligence pour com-
335
NE METTEZ PAS LA LAMPE SOUS LE BOISSEAU.
prendre et pour se guider dans les choses de la terre et du ciel, ils veulent raisonner leur foi;
c'est alors qu'il ne faut pas mettre la lampe sous le boisseau, car sans la lumière de la raison,
la foi s'affaiblit. (Chap. XIX, nº 7.)
5. Si donc, dans sa prévoyante sagesse, la Providence ne révèle les vérités que
graduellement, elle les découvre toujours à mesure que l'humanité est mûre pour les recevoir;
elle les tient en réserve et non sous le boisseau; mais les hommes qui en sont en possession ne
les cachent la plupart du temps au vulgaire qu'en vue de le dominer; ce sont eux qui mettent
véritablement la lumière sous le boisseau. C'est ainsi que toutes les religions ont eu leurs
mystères dont elles interdisaient l'examen; mais tandis que ces religions restaient en arrière, la
science et l'intelligence ont marché et ont déchiré le voile mystérieux; le vulgaire devenu
adulte a voulu pénétrer le fond des choses, et alors il a rejeté de sa foi ce qui était contraire à
l'observation.
Il ne peut y avoir de mystères absolus, et Jésus est dans le vrai quand il dit qu'il n'y a
rien de secret qui ne doive être connu. Tout ce qui est caché sera découvert un jour, et ce que
l'homme ne peut encore comprendre sur la terre lui sera successivement dévoilé dans des
mondes plus avancés, et lorsqu'il sera purifié; ici-bas, il est encore dans le brouillard.
6. On se demande quel profit le peuple pouvait retirer de cette multitude de paraboles
dont le sens restait caché pour lui? Il est à remarquer que Jésus ne s'est exprimé en paraboles
que sur les parties en quelque sorte abstraites de sa doctrine; mais ayant fait de
336
CHAPITRE XXIV.
la charité envers le prochain, et de l'humilité, la condition expresse du salut, tout ce qu'il a dit à
cet égard est parfaitement clair, explicite et sans ambiguïté. Il en devait être ainsi, parce que
c'était la règle de conduite, règle que tout le monde devait comprendre pour pouvoir
l'observer; c'était l'essentiel pour la multitude ignorante à laquelle il se bornait à dire: Voilà ce
qu'il faut faire pour gagner le royaume des cieux. Sur les autres parties il ne développait sa
pensée qu'à ses disciples; ceux-ci étant plus avancés moralement et intellectuellement, Jésus
avait pu les initier à des vérités plus abstraites; c'est pourquoi il dit: A ceux qui ont déjà, il
sera donné encore davantage. (Chap. XVIII, nº 15.)
Cependant, même avec ses apôtres, il est resté dans le vague sur beaucoup de points
dont la complète intelligence était réservée à des temps ultérieurs. Ce sont ces points qui ont
donné lieu à des interprétations si diverses, jusqu'à ce que la science, d'un côte, et le spiritisme,
de l'autre, soient venus révéler les nouvelles lois de nature qui en ont fait comprendre le
véritable sens.
7. Le spiritisme vient aujourd'hui jeter la lumière sur une foule de points obscurs;
cependant il ne la jette pas inconsidérément. Les Esprits procèdent dans leurs instructions avec
une admirable prudence; ce n'est que successivement et graduellement qu'ils ont abordé les
diverses parties connues de la doctrine, et c'est ainsi que les autres parties seront révélées au
fur et à mesure que le moment sera venu de les faire sortir de l'ombre. S'ils l'eussent présentée
complète dès le début, elle n'eût été accessible qu'à un petit nombre; elle eût même effrayé
ceux qui n'y étaient pas pré-
337
NE METTEZ PAS LA LAMPE SOUS LE BOISSEAU.
parés, ce qui aurait nul à sa propagation. Si donc les Esprits ne disent pas encore tout
ostensiblement, ce n'est point qu'il y ait dans la doctrine des mystères réservés à des
privilégiés, ni qu'ils mettent la lampe sous le boisseau, mais parce que chaque chose doit venir
en temps opportun; ils laissent à une idée le temps de mûrir et de se propager avant d'en
présenter une autre, et aux événements celui d'en préparer l'acceptation.
N'allez point vers les Gentils.
8. Jésus envoya ses douze (les apôtres) après leur avoir donné les instructions
suivantes: N'allez point vers les Gentils, et n'entrez point dans les villes des Samaritains;
- mais allez plutôt aux brebis perdues de la maison d'Israël; - et dans les lieux où vous
irez, prêchez en disant que le royaume des cieux est proche. (Saint Matth., ch. X, v. 5,
6,7.)
9. Jésus prouve en maintes circonstances que ses vues ne sont point circonscrites au
peuple juif, mais qu'elles embrassent toute l'humanité. Si donc il dit à ses apôtres de ne point
aller chez les Païens, ce n'est pas par dédain pour la conversion de ceux-ci, ce qui eût été peu
charitable, mais parce que les Juifs, qui croyaient en l'unité de Dieu et attendaient le Messie,
étaient préparés, par la loi de Moïse et les prophètes, à recevoir sa parole. Chez les Païens, la
base même manquant, tout était à faire, et les apôtres n'étaient point encore assez éclairés pour
une aussi lourde tâche; c'est pourquoi il leur dit: Allez aux brebis égarées d'Israël; c'est-à-dire,
allez semer dans un terrain déjà défriché, sachant bien que la conversion des Gentils viendrait
en son temps; plus tard, en effet, c'est au
338
CHAPITRE XXIV.
centre meme du paganisme que les apôtres allèrent planter la croix.
10. Ces paroles peuvent s'appliquer aux adeptes et aux propagateurs du spiritisme. Les
incrédules systématiques, les railleurs obstinés, les adversaires intéressés, sont pour eux ce
qu'étaient les Gentils pour les apôtres. A l'exemple de ceux-ci, qu'ils cherchent d'abord des
prosélytes parmi les gens de bonne volonté, ceux qui désirent la lumière, en qui on trouve un
germe fécond, et le nombre en est grand, sans perdre leur temps avec ceux qui refusent de voir
et d'entendre, et se roidissent d'autant plus, par orgueil, qu'on paraît attacher plus de prix à
leur conversion. Mieux vaut ouvrir les yeux à cent aveugles qui désirent voir clair, qu'à un seul
qui se complaît dans l'obscurité, parce que c'est augmenter le nombre des soutiens de la cause
dans une plus grande proportion. Laisser les autres tranquilles n'est pas de l'indifférence, mais
de la bonne politique; leur tour viendra quand ils seront dominés par l'opinion générale, et
qu'ils entendront la même chose sans cesse répétée autour d'eux; alors ils croiront aceepter
l'idée volontairement et d'eûx-mêmes et non sous la pression d'un individu. Puis il en est des
idées comme des semences: elles ne peuvent germer avant la saison, et seulement dans un
terrain préparé, c'est pourquoi il est mieux d'attendre le temps propice, et de cultiver d'abord
celles qui germent, de crainte de faire avorter les autres en les poussant trop.
Au temps de Jésus, et par suite des idées restreintes et matérielles de l'époque, tout
était circonscrit et localisé; la maison d'Israël était un petit peuple; les Gentils étaient de petits
peuples environnants; aujour-
339
NE METTEZ PAS LA LAMPE SOUS LE BOISSEAU.
d'hui les idées s'universalisent et se spiritualisent. La lumière nouvelle n'est le privilége
d'aucune nation; pour elle il n'existe plus de barrières; elle a son foyer partout et tous les
hommes sont frères. Mais aussi les Gentils ne sont plus un peuple, c'est une opinion que l'on
rencontre partout, et dont la vérité triomphe peu à peu comme le christianisme a triomphé du
paganisme. Ce n'est plus avec les armes de guerre qu'on les combat, mais avec la puissance de
l'idée.
Ce ne sont pau ceux qui se portent bien qui ont
besoin de médecin.
11. Jésus étant à table dans la maison de cet homme (Matthieu), il y vint
beaucoup de publicains et de gens de mauvaise vie qui se mirent à table avec Jésus et
ses disciples; - ce que les Pharisiens ayant vu, ils dirent à ses disciples: Pourquoi votre
Maître mange-t-il avec des publicains et des gens de mauvaise vie? - Mais Jésus les
ayant entendus, leur dit: Ce ne sont pas ceux qui se portent bien, mais les malades qui
ont besoin de médecin. (Saint Matthieu, ch. IX, v. 10, 11, 12.)
12. Jésus s'adressait surtout aux pauvres et aux déshérités, parce que ce sont eux qui
ont le plus besoin de consolations; aux aveugles dociles et de bonne foi, parce qu'ils
demandent à voir, et non aux orgueilleux qui croient posséder toute lumière et n'avoir besoin
de rien (voy. Introd., art. Publicains, Péagers).
Cette parole, comme tant d'autres, trouve son application dans le spiritisme. On
s'étonne parfois que la médiumnité soit accordée à des gens indignes et capables d'en faire un
mauvais usage; il semble, dit-on, qu'une faculté si précieuse devrait être l"attribut exclusif des
plus méritants.
340
CHAPITRE XXIV.
Disons d'abord que la médiumnité tient à une disposition organique dont tout homme
peut être doué comme de celle de voir, d'entendre, de parler. Il n'en est pas une dont l'homme,
en vertu de son libre arbitre, ne puisse abuser, et si Dieu n'avait accordé la parole, par
exemple, qu'à ceux qui sont incapables de dire de mauvaises choses, il y aurait plus de muets
que de parlants. Dieu a donné à l'homme des facultés; il le laisse libre d'en user, mais il punit
toujours celui qui en abuse.
Si le pouvoir de communiquer avec les Esprits n'était donné qu'aux plus dignes, quel
est celui qui oserait y prétendre? Où serait d'ailleurs la limite de la dignité et de l'indignité? La
médiumnité est donnée sans distinction, afin que les Esprits puissent porter la lumière dans
tous les rangs, dans toutes les classes de la société, chez le pauvre comme chez le riche; chez
les sages pour les fortifier dans le bien, chez les vicieux pour les corriger. Ces derniers ne sontils pas les malades qui ont besoin du médecin? Pourquoi Dieu, qui ne veut pas la mort du
pécheur, le priverait-il du secours qui peut le tirer du bourbier? Les borts Esprits lui viennent
donc en aide, et leurs conseils qu'il reçoit directement sont de nature à l'impressionner plus
vivement que s'il les recevait par des voies détournées. Dieu, dans sa bonté, pour lui épargner
la peine d'aller chercher la lumière au loin, la lui met dans la main; n'est-il pas bien plus
coupable de ne pas la regarder? Pourra-t-il s'excuser sur son ignorance, quand il aura écrit luimême, vu de ses yeux, entendu de ses oreilles, et prononcé de sa bouche sa propre
condamnation? S'il ne profite pas, c'est alors qu'il est puni par la perte ou par la perversion de
sa faculté dont les mauvais Esprits s'emparent pour l'obséder et le tromper, sans préjudice des
afflic-
341
NE METTEZ PAS LA LAMPE SOUS LE BOISSEAU.
tions réelles dont Dieu frappe ses serviteurs indignes, et les coeurs endurcis par l'orgueil et
l'égoïsme.
La médiumnité n'implique pas nécessairement des rapports habituels avec les Esprits
supérieurs; c'est simplement une aptitude à servir d'instrument plus ou moins souple aux
Esprits en général. Le bon médium n'est donc pas celui qui communique facilement, mais celui
qui est sympathique aux bons Esprits et n'est assisté que par eux. C'est en ce sens seulement
que l'excellence des qualités morales est toute-puissante sur la médiumnité.
Courage de la foi.
13. Quiconque me confessera et me reconnaîtra devant les hommes, je le
reconnaîtrai et confesserai aussi moi-même devant mon Père qui est dans les cieux; - et
quiconque me renoncera devant les hommes, je le renoncerai aussi moi-même devant
mon Père qui est dans les cieux. (Saint Matthieu, ch. X, v. 32, 33.)
14. Si quelqu'un rougit de moi et de mes paroles, le Fils de l'homme rougira aussi
de lui, lorsqu'il viendra dans sa gloire et dans celle de son Père et des saints anges.
(Saint Luc, ch. IX, v. 26.)
15. Le courage de l'opinion a toujours été tenu en estime parmi les hommes, parce qu'il
y a du mérite à braver les dangers, les persécutions, les contradictions, et même les simples
sarcasmes, auxquels s'expose presque toujours celui qui ne craint pas d'avouer hautement des
idées qui ne sont pas celles de tout le monde. Ici, comme en tout, le mérite est en raison des
circonstances et de l'importance du résultat. Il y a toujours faiblesse à reculer devant les
conséquences de son opi-
342
CHAPITRE XXIV.
nion et à la renier, mais il est des cas où c'est une lâcheté aussi grande que de fuir au moment
du combat.
Jésus flétrit cette lâcheté, au point de vue spécial de su doctrine, en disant que si
quelqu'un rougit de ses paroles, il rougira aussi de lui; qu'il reniera celui qui l'aura renié; que
celui qui le confessera devant les hommes, il le reconnaîtra devant son Père qui est dans les
cieux; en d'autres termes: ceux qui auront craint de s'avouer disciples de la vérité, ne sont pas
dignes d'être admis dans le royaume de la verité. Ils perdront le bénéfice de leur foi, parce
que c'est une foi égoïste, qu'ils gardent pour eux-mêmes, mais qu'ils cachent de peur qu'elle ne
leur porte préjudice en ce monde, tandis que ceux qui, mettant la vérité au-dessus de leurs
intérêts matériels, la proclament ouvertement, travaillent en même temps pour leur avenir et
celui des autres.
16. Ainsi en sera-t-il des adeptes du spiritisme; puisque leur doctrine n'est autre que le
développement et l'application de celle de l'Évangile, c'est à eux aussi que s'adressent les
paroles du Christ. Ils sèment sur la terre ce qu'ils récolteront dans la vie spirituelle; là ils
recueilleront les fruits de leur courage ou de leur faiblesse.
Porter sa croix. Qui voudra sauver sa vie la perdra.
17. Vous êtes bien heureux, lorsque les hommes vous haïront, qu'ils vous
sépareront, qu'ils vous traiteront injurieusement, qu'ils rejetteront votre nom comme
mauvais à cause du Fils de l'homme. - Réjouissez-vous en ce jour-là, et soyez ravis de
joie, paree qu'une grande récompense vous est réservée dans le
343
NE METTEZ PAS LA LAMPE SOUS LE BOISSEAU.
ciel, car c'est ainsi que leurs pères traitaient les prophètes. (Saint Luc, ch. VI, v. 22, 23.)
18. En appelant à soi le peuple avec ses disciples, il leur dit: Si quelqu'un veut
venir après moi, qu'il renonce à soi-même, qu'il porte sa croix et qu'il me suive; - car
celui qui voudra se sauver soi-même se perdra; et celui qui se perdra pour l'amour de
moi et de l'Évangile, se sauvera. - En effet, que servirait à un homme de gagner tout le
monde, et de se perdre soi-même? (Saint Marc, ch. VIII, v. de 34 à 36. - Saint Luc, ch.
IX, v. 23, 24, 25. - Saint Matthieu, ch. X, v. 39. - Saint Jean, ch. XIII, v. 24, 25.)
19. Réjouissez-vous, dit Jésus, quand les hommes vous haïront et vous persécuteront à
cause de moi, parce que vous en serez récompensés dans le ciel. Ces paroles peuvent se
traduire ainsi: Soyez beureux quand des hommes, par leur mauvais vouloir à votre égard, vous
fournissent l'occasion de prouver la sincérité de votre foi, car le mal qu'ils vous font tourne à
votre profit. Plaignez-les donc de leur aveuglement, et ne les maudissez pas.
Puis il ajoute: «Que celui qui veut me suivre porte sa croix,» c'est-à-dire qu'il supporte
courageusement les tribulations que sa foi lui suscitera; car celui qui voudra sauver sa vie et
ses biens en me renonçant, perdra les avantages du royaume des cieux, tandis que ceux qui
auront tout perdu ici-bas, même la vie, pour le triomphe de la vérité, recevront, dans la vie
future, le prix de leur courage, de leur persévérance et de leur abnégation; mais à ceux qui
sacrifient les biens célestes aux jouissances terrestres, Dieu dit: Vous avez déjà reçu votre
récompense.
344
CHAPITRE XXV
CHERCHEZ ET VOUS TROUVEREZ.
Aide-toi, le ciel t'aidera. - Considérez les oiseaux du ciel. - Ne vous mettez point en peine
d'avoir de l'or.
Aide-toi, le ciel t'aidera.
1. Demandez et l'on vous donnera; cherchez et vous trouverez; frappez à la porte
et l'on vous ouvrira; car quiconque demande reçoit, et qui cherche trouve, et l'on
ouvrira à celui qui frappe à la porte.
Aussi qui est l'homme d'entre vous qui donne une pierre à son fils lorsqu'il lui
demande du pain? - ou s'il lui demande un poisson, lui donnera-t-il un serpent? - Si
donc, étant méchants comme vous êtes, vous savez donner de bonnes choses à vos
enfants, à combien plus forte raison votre Père qui est dans les cieux donnera-t-il les
vrais biens à ceux qui les lui demandent. (Saint Matthieu, ch. VIII, v. de 7 à 11.)
2. Au point de vue terrestre, la maxime: Cherchez et vous trouverez, est l'analogue de
celle-ci: Aide-toi, le ciel t'aidera. C'est le principe de la loi du travail, et par suite de la loi du
progrès, car le progrès est fils du travail, parce que le travail met en action les forces de
l'intelligence.
Dans l'enfance de l'humanité, l'homme n'applique son intelligence qu'à la recherche de
sa nourriture, des moyens de se préserver des intempéries, et de se défendre contre ses
ennemis; mais Dieu lui a donné de
345
CHERCHEZ ET VOUS TROUVEREZ.
plus qu'à l'animal le désir incessant du mieux; c'est ce désir du mieux qui le pousse à la
recherche des moyens d'améliorer sa position, qui le conduit aux découvertes, aux inventions,
au perfectionnement de la science, car c'est la science qui lui procure ce qui lui manque. Par
ses recherches son intelligence grandit, son moral s'épure; aux besoins du corps succèdent les
besoins de l'esprit; après la nourriture matérielle, il faut la nourriture spirituelle, c'est ainsi que
l'homme passe de la sauvagerie à la civilisation.
Mais le progrès que chaque homme accomplit individuellement pendant la vie est bien
peu de chose, imperceptible même chez un grand nombre; comment alors l'humanité pourraitelle progresser sans la préexistence et la réexistence de l'âme? Les âmes s'en allant chaque jour
pour ne plus revenir, l'humanité se renouvellerait sans cesse avec les éléments primitifs, ayant
tout à faire, tout à apprendre; il n'y aurait donc pas de raison pour que l'homme fût plus
avancé aujourd'hui qu'aux premiers âges du monde, puisqu'à chaque naissance tout le travail
intellectuel serait à recommencer. L'âme, au contraire, revenant avec son progrès accompli, et
acquérant chaque fois quelque chose de plus, c'est ainsi qu'elle passe graduellement de la
barbarie à la civilisation matérielle, et de celle-ci à la civilisation morale. (Voy. ch. IV, nº
17.)
3. Si Dieu eût affranchi l'homme du travail du corps, ses membres seraient atrophiés;
s'il l'eût affranchi du travail de l'intelligence, son esprit serait resté dans l'enfance, à l'état
d'instinct animal; c'est pourquoi il lui a fait une nécessité du travail; il lui a dit: Cherche et tu
trouvèras; travaille et tu produiras; de cette
346
CHAPITRE XXV.
manière tu seras le fils de tes oeuvres, tu en auras le mérite, et tu seras récompensé selon ce
que tu auras fait.
4. C'est par application de ce principe que les Esprits ne viennent pas épargner à
l'homme le travail des recherches, en lui apportant des découvertes et des inventions toutes
faites et prêtes à produire, de manière à n'avoir qu'à prendre ce qu'on lui mettrait dans la main,
sans avoir la peine de se baisser pour ramasser, ni même celle de penser. S'il en était ainsi, le
plus paresseux pourrait s'enrichir, et le plus ignorant devenir savant à bon marché, et l'un et
l'autre se donner le mérite de ce qu'ils n'auraient point fait. Non, les Esprits ne viennent point
affranchir l'homme de la loi du travail, mais lui montrer le but qu'il doit atteindre et la route
qui y conduit, en lui disant: Marche et tu arriveras. Tu trouveras des pierres sous tes pas;
regarde, et ôteles toi-méme; nous te donnerons la force nécessaire si tu veux l'employer.
(Livre des Médiums, ch. XXVI, nos. 291 et suiv.)
5. Au point de vue moral, ces paroles de Jésus signifient: Demandez la lumière qui doit
éclairer votre route, et elle vous sera donnée; demandez la force de résister au mal, et vous
l'aurez; demandez l'assistance des bons Esprits, et ils viendront vous accompagner , et comme
l'ange de Tobie, ils vous serviront de guides; demandez de bons conseils, et ils ne vous seront
jamais refusés; frappez à notre porte, et elle vous sera ouverte; mais demandez sincèrement,
avec foi, ferveur et confiance; présentez-vous avec humilité et non avec arrogance, sans cela
vous serez abandonnés à vos propres forces,
347
CHERCHEZ ET VOUS TROUVEREZ.
et les chutes mêmes que vous ferez seront la punition de votre orgueil.
Tel est le sens de ces paroles: Cherchez et vous trouverez, frappez et l'on vous ouvrira.
Considérez les oiseaux du ciel.
6. Ne vous faites point de trésors dans la terre, où la rouille et lès vers les
mangent, et où les voleurs les déterrent et les dérobent; - mais faites-vous des trésors
dans le ciel, où ni la rouille ni les vers ne les mangent point; - car où est votre trésor, là
aussi est votre coeur.
C'est pourquoi je vous dis: Ne vous inquiétez point où vous trouverez de quoi
manger pour le soutien de votre vie, ni d'où vous aurez des vêtements pour couvrir
votre corps; la vie n'est-elle pas plus que la nourriture, et le corps plus que le vêtement?
Considérez les oiseaux du ciel: ils ne sèment point, ils ne moissonnent point, et ils
n'amassent rien dans des greniers; mais votre Père céleste les nourrit; n'êtes-vous pas
beaucoup plus qu'eux? - Et qui est celui d'entre vous qui puisse, avec tous ses soins,
ajouter à sa taille la hauteur d'une coudée?
Pourquoi aussi vous inquiétez-vous pour le vêtement? Considérez commé
croissent les lis des champs; ils ne travaillent point, ils ne filent point; - et cependant je
vous déclare que Salomon, même dans toute sa gloire, n'a jamais été vêtu comme l'un
d'eux. - Si donc Dieu a soin de vêtir de cette sorte une herbe des champs, qui est
aujourd'hui et qui demain sera jetée dans le four, combien aura-t-i1 plus de soin de
vous vêtir, ô hommes de peu de foi!
Ne vous inquiétez donc point, on disant: Que mangerons-nous, ou que boironsnous, ou de quoi nous vêtirons-nous? -comme font les Païens qui recherchent toutes ces
choses; car votre Père sait que vous en avez besoin.
Cherchez donc premièrement le royaume de Dieu et sa justice, et toutes ces
choses vous seront données par surcroît. - C'est pourquoi ne soyez point en inquiétude
pour le lendemain, car le lendemain aura soin de lui-même. A chaque jour suffit son
mal. (Saint Matthieu, ch. VI, v. de 25 à 34.)
348
CHAPITRE XXV.
7. Ces paroles prises à la lettre seraient la négation de toute prévoyance, de tout
travail, et par conséquent de tout progrès. Avec un tel principe, l'homme se réduirait à une
passivité expectante; ses forces pbysiques et intellectuelles seraient sans activité; si telle eût été
sa condition normale sur la terre, il ne serait jamais sorti de l'état primitif, et s'il en faisait sa loi
actuelle, il n'aurait plus qu'à vivre sans rien faire. Telle ne peut avoir été la pensée de Jésus, car
elle serait en contradiction avec ce qu'il a dit ailleurs, avec les lois mêmes de la nature. Dieu a
créé l'homme sans vêtements et sans abri, mais il lui a donné l'intelligence pour s'en fabriquer.
(Ch. XIV, nº 6; ch. XXV, nº 2.)
Il ne faut donc voir dans ces paroles qu'une poétique allégorie de la Providence, qui
n'abandonne jamais ceux qui mettent en elle sa confiance, mais elle veut qu'ils travaillent de
leur côté. Si elle ne vient pas toujours en aide par un secours matériel, elle inspire les idées
avec lesquelles on trouve les moyens de se tirer soi-même d'embarras. (Ch. XXVII, nº 8.)
Dieu connaît nos besoins, et il y pourvoit selon ce qui est nécessaire; mais l'homme,
insatiable dans ses désirs, ne sait pas toujours se contenter de ce qu'il a; le nécessaire ne lui
suffit pas, il lui faut le superflu; c'est alors que la Providence le laisse à lui-même; souvent il est
malheureux par sa faute et pour avoir méconnu la voix qui l'avertissait par sa conscience, et
Dieu lui en laisse subir les conséquences, afin que cela lui serve de leçon à l'avenir. (Ch. V, nº
4.)
8. La terre produit assez pour nourrir tous ses habitants, quand les hommes sauront
administrer les biens qu'elle donne, selon les lois de justice, de charité et
349
CHERCHEZ ET VOUS TROUVEREZ.
d'amour du prochain; quand la fraternité régnera entre les divers peuples, comme entre les
provinces d'un même empire, le superflu momentané de l'un suppléera à l'insuflisance
momentanée de l'autre, et chacun aura le nécessaire. Le riche alors se considérera comme un
homme ayant une grande quantité de semences; s'il les répand, elles produiront au centuple
pour lui et pour les autres; mais s'il mange ces semences à lui seul, et s'il gaspille et laisse
perdre le surplus de ce qu'il mangera, elles ne produiront rien, et il n'y en aura pas pour tout le
monde; s'il les enferme dans son grenier, les vers les mangeront: c'est pourquoi Jésus dit: Ne
vous faites point de trésors dans la terre, qui sont périssables, mais faites-vous des trésors dans
le ciel, parce qu'ils sont éternels. En d'autres termes, n'attachez pas aux biens matériels plus
d'importance qu'aux biens spirituels, et sachez sacrifier les premiers au profit des seconds. (Ch.
XVI, nos 7 et suiv.)
Ce n'est pas avec des lois qu'on décrète la charité et la fraternité; si elles ne sont pas
dans le coeur, l'égoïsme les étouffera toujours; les y faire pénétrer est l'oeuvre du spiritisme.
Ne vous mettez point en peine d'avoir de l'or.
9. Ne vous mettez point en peine d'avoir de l'or ou de l'argent, ou d'autre
monnaie dans votre bourse. - Ne préparez ni un sac pour le chemin, ni deux habits, ni
souliers, ni bâtons, car celui qui travaille mérite qu'on le nourrisse.
10. En quelque ville ou en quelque village que vous entriez, informez-vous qui est
digne de vous loger, et demeurez chez lui jusqu'à ce que vous vous en alliez. - En
entrant dans la maison, saluez-la en disant: Que la paix soit dans cette maison. - Si cette
maison en est digne, votre paix viendra sur
350
CHAPITRE XXV.
elle; et si elle n'en est pas digne, votre paix reviendra à vous.
Lorsque quelqu'un ne voudra point vous recevoir, ni écouter vos paroles, secouez
en sortant de cette maison ou de cette ville la poussière de vos pieds. - Je vous dis en
vérité, au jour du jugement, Sodome et Gomorrhe seront traitées moins rigoureusement
que cette ville. (Saint Matthieu, ch, X, v. de 9 à 15.)
11. Ces paroles, que Jésus adressait à ses apôtres, lorsqu'il les envoya pour la première
fois annoncer la bonne nouvelle, n'avaient rien d'étrange à cette époque; elles étaient selon les
moeurs patriarcales de l'Orient, où le voyageur était toujours reçu sous la tente. Mais alors les
voyageurs étaient rares; chez les peuples modernes l'accroissement de la circulation a dû créer
de nouvelles moeurs; on ne retrouve celles des temps antiques que dans les contrées retirées
où le grand mouvement n'a pas encore pénétré; et si Jésus revenait aujourd'hui, il ne pourrait
plus dire à ses apôtres: Mettez-vous en route sans provisions.
A côté du sens propre, ces paroles ont un sens moral très profond. Jésus apprenait
ainsi à ses disciples à se confier à la Providence; puis ceux-ci n'ayant rien, ils ne pouvaient
tenter la cupidité de ceux qui les recevaient; c'était le moyen de distinguer les charitables des
égoïstes; c'est pourquoi il leur dit: «Informez-vous qui est digne de vous loger;» c'est-à-dire
qui est assez humain pour héberger le voyageur qui n'a pas de quoi payer, car ceux-là sont
dignes d'entendre vos paroles; c'est à leur charité que vous les reconnaîtrez.
Quant à ceux qui ne voudront ni les recevoir, ni les écouter, dit-il à ses apôtres de les
maudire, de s'imposer à eux, d'user de violence et de contrainte pour les con-
351
CHERCHEZ ET VOUS TROUVEREZ.
vertir? Non; mais de s'en aller purement et simplement ailleurs, et de chercher les gens de
bonne volonté.
Ainsi dit aujourd'hui le spiritisme à ses adeptes: Ne violentez aucune conscience; ne
contraignez personne à quitter sa croyance pour adopter la vôtre; ne jetez point l'anathème sur
ceux qui ne pensent pas comme vous; accueillez ceux qui viennent à vous et laissez en repos
ceux qui vous repoussent. Souvenez-vous des paroles du Christ; jadis le ciel se prenait par la
violence, aujourd'hui, c'est par la douceur. (Ch. IV, nos 10, 11.)
352
CHAPITRE XXVI
DONNEZ GRATUITEMENT CE QUE VOUS AVEZ REÇU
GRATUITEMENT.
Don de guérir. - Prières payées. - Vendeurs chassés du temple. -Médiumnité gratuite.
Don de guérir.
1. Rendez la santé aux malades, ressuscitez les morts, guérissez les lépreux,
chassez les démons. Donnez gratuitement ce que vous avez reçu gratuitement. (Saint
Matthieu, ch. X, v. 8.)
2. “Donnez gratuitement ce que vous avez reçu gratuitement,” dit Jésus à ses disciples;
par ce précepte il prescrit de ne point faire payer ce que l'on n'a pas payé soi-même; or, ce
qu'ils avaient reçu gratuitement, c'était la faculté de guérir les malades et de chasser les
démons, c'est-à-dire les mauvais Esprits; ce don leur avait été donné gratuitement par Dieu
pour le soulagement de ceux qui souffrent, et pour aider à la propagation de la foi, et il leur dit
de ne point en faire un trafic, ni un objet de spéculation, ni un moyen de vivre.
Prières payées.
3. Il dit ensuite à ses disciples en présence de tout le peuple qui l'écoutait Gardez-vous des scribes qui affectent de se promener en longues robes, qui aimetit à
être salués dans les
353
DONNEZ GRATUITEMENT.
places publiques, à occuper les premières chaires dans les synagogues et les premières
places dans, les festins; - qui, sous prétexte de longues prières, dévorent les maisons des
veuves. Ces personnes en recevront une condamnation plus rigoureuse. (Saint Luc, ch.
XX, v. 45, 46, 47. - Saint Marc, ch. XII, v. 38, 39, 40. - Saint Matthieu, ch. XXIII, v. 14.)
4. Jésus dit aussi: Ne faites point payer vos prières; ne faites point comme les scribes
qui, “sous prétexte de longues prières, dévorent les maisons des veuves;” c'est-à-dire
accaparent les fortunes. La prière est un acte de charité, un élan du coeur; faire payer celle que
l'on adresse à Dieu pour autrui, c'est se transformer en intermédiaire salarié; la prière alors est
une formule dont on proportionne la longueur à la somme qu'elle rapporte. Or, de deux choses
l'une: Dieu mesure ou ne mesure pas ses grâces au nombre des paroles; s'il en faut beaucoup,
pourquoi en dire peu ou pas du tout à celui qui ne peut pas payer? c'est un manque de charité;
si une seule suffit, le surplus est inutile; pourquoi donc alors le faire payer? c'est une
prévarication.
Dieu ne vend pas les bienfaits qu'il accorde; pourquoi donc celui qui n'en est pas même
le distributeur, qui ne peut en garantir l'obtention, ferait-il payer une demande qui peut être
sans résultat? Dieu ne peut subordonner un acte de clémence, de bonté ou de justice que l'on
sollicite de sa miséricorde, à une somme d'argent; autrement il en résulterait que si la somme
n'est pas payée, ou est insuffisante, la justice, la bonté et la clémence de Dieu seraient
suspendues. La raison, le bon sens, la logique disent que Dieu, la perfection absolue, ne peut
déléguer à des créatures imparfaites le droit de mettre à prix sa justice. La justice de Dieu est
comme le soleil; elle est pour tout le monde, pour le pauvre comme
354
CHAPITRE XXVI.
pour le riche. Si l'on considère comme immoral de trafiquer des grâces d'un souverain de la
terre, est-il plus licite de vendre celles du souverain de l'univers?
Les prières payées ont un autre inconvénient; c'est que celui qui les achète se croit, le
plus souvent, dispensé de prier lui-même, parce qu'il se regarde comme quitte quand il a donné
son argent. On sait que les Esprits sont touchés par la ferveur de la pensée de celui qui
s'intéresse à eux; quelle peut être la ferveur de celui qui charge un tiers de prier pour lui en
payant? quelle est la ferveur de ce tiers quand il délègue son mandat à un autre, celui-ci à un
autre, et ainsi de suite? N'est-ce pas réduire l'eflicacité de la prière à la valeur d'une monnaie
courante?
Vendeurs chassés du temple.
5. Ils vinrent ensuite à Jérusalem, et Jésus étant entré dans le temple, commença
par chasser ceux qui y vendaient et qui y achetaient; il renversa les tables des changeurs
et les sièges de ceux qui vendaient des colombes; - et il ne permettait pas que personne
transportât aucun ustensile par le temple. - Il les instruisit aussi en leur disant: N'est-il
pas écrit: Ma maison sera appelée la maison de prières pour toutes les nations? Et
cependant vous en avez fait une caverne de voleurs. - Ce que les princes des prêtres
ayant entendu, ils cherchaient un moyen de le perdre; car ils le craignaient, parce que
tout le peuple était ravi en admiration de sa doctrine. (Saint Marc, ch. XI, v. de 15 à 18.
- Saint Matthieu, ch. XXI, v. l2, 13.)
6. Jésus a chassé les vendeurs du temple; par là il condamne le trafic des choses saintes
sous quelque forme que ce soit. Dieu ne vend ni sa bénédiction, ni son pardon, ni l'entrée du
royaume des cieux; l'homme n'a donc pas le droit de les faire payer.
355
DONNEZ GRATUITEMENT.
Médiumnité gratuite.
7. Les médiums modernes, - car les apôtres aussi avaient la médiumnité, - ont
également reçu de Dieu un don gratuit, celui d'être les interprètes des Esprits pour l'instruction
des hommes, pour leur montrer la route du bien et les amener à la foi, et non pour leur vendre
des paroles qui ne leur appartiennent pas, parce qu'elles ne sont pas le produit de leur
conception, ni de leurs recherches, ni de leur travail personnel. Dieu veut que la lumière
arrive à tout le monde; il ne veut pas que le plus pauvre en soit déshérité et puisse dire: Je n'ai
pas la foi, parce que je n'ai pas pu la payer; je n'ai pas eu la consolation de recevoir les
encouragments et les témoignages d'affection de ceux que je pleure, parce que je suis pauvre.
Voilà pourquoi la médiumnité n'est point un privilége, et se trouve partout; la faire payer,
serait donc la détourner de son but providentiel.
8. Quiconque connaît les conditions dans lesquelles les bons Esprits se communiquent,
leur répulsion pour tout ce qui est d'intérêt égoïste, et qui sait combien il faut peu de chose
pour les éloigner, ne pourra jamais admettre que des Esprits supérieurs soient à la disposition
du premier venu qui les appellerait à tant la séance; le simple bon sens repousse une telle
pensée. Ne serait-ce pas aussi une profanation d'évoquer à prix d'argent les êtres que nous
respectons ou qui nous sont chers? Sans doute on peut avoir ainsi des manifestations, mais qui
pourrait en garantir la sincérité? Les Esprits légers, menteurs, espiègles, et toute la cohue
356
CHAPITRE XXVI.
des Esprits inférieurs, fort peu scrupuleux, viennent toujours, et sont tout prêts à répondre à
ce que l'on demande sans se soucier de la vérité. Celui donc qui veut des communications
sérieuses doit d'abord les demander sérieusement, puis s'édifier sur la nature des sympathies du
médium avec les étres du monde spirituel; or la première condition pour se concilier la
bienveillance des bons Esprits, c'est l'humilité, le dévoûment, l'abnégation, le désintéressement
moral et matériel le plus absolu.
9. A côté de la question morale se présente une considération effective non moins
importante qui tient à la nature même de la faculté. La médiumnité sérieuse ne peut être et ne
sera jamais une profession, non-seulement parce qu'elle serait discréditée moralement, et
bientôt assimilée aux diseurs de bonne aventure, mais parce qu'un obstacle matériel s'y oppose;
c'est une faculté essentiellement mobile, fugitive et variable, sur la permanence de laquelle nul
ne peut compter. Ce serait donc, pour l'exploiteur, une ressourcé tout à fait incertaine, qui
peut lui manquer au moment où elle lui serait le plus nécessaire. Autre chose est un talent
acquis par l'étude et le travail, et qui, par cela même, est une propriété dont il est
naturellement permis de tirer parti. Mais la médiumnité n'est ni un art ni un talent, c'est
pourquoi elle ne peut devenir une profession; elle n'existe que par le concours des Esprits; si
ces Esprits font défaut, il n'y a plus de médiumnité; l'aptitude peut subsister, mais l'exercice en
est annulé; aussi n'est-il pas un seul médium au monde qui puisse garantir l'obtention d'un
phénomène spirite à un instant donné. Exploiter la médiumnité, c'est donc disposer d'une
357
DONNEZ GRATUITEMENT.
chose dont on n'est réellement pas maître; affirmer le contraire, c'est tromper celui qui paye; il
y a plus, ce n'est pas de soi-même qu'on dispose, ce sont les Esprits, les âmes des morts dont
le concours est mis à prix; cette pensée répugne instinctivement. C'est ce trafic, dégénéré en
abus, exploité par le charlatanisme, l'ignorance, la crédulité et la superstition, qui a motivé la
défense de Moïse. Le spiristime moderne, comprenant le côté sérieux de la chose, par le
discrédit qu'il a jeté sur cette exploitation, a élevé la médiumnité au rang de mission. (Voy.
Livre des Médiums, ch. XXVIII, - Ciel et Enfer, ch. XII)
10. La médiumnité est une chose sainte qui doit être pratiquée saintement,
religieusement. S'il est un genre de médiumnité qui requière cette condition d'une manière
encore plus absolue, c'est la médiumnité guérissante. Le médecin donne le fruit de ses études,
qu'il a faites au prix de sacrifices souvent pénibles; le magnétiseur donne son propre fluide,
souvent même sa santé: ils peuvent y mettre un prix; le médium guérisseur transmet le fluide
salutaire des bons Esprits: il n'a pas le droit de le vendre. Jésus et les apôtres, quoique
pauvres, ne faisaient point payer les guérisons qu'ils opéraient.
Que celui donc qui n'a pas de quoi vivre cherche des ressources ailleurs que dans la
médiumnité; qu'il n'y consacre, s'il le faut, que le temps dont il peut disposer matériellement.
Les Esprits lui tiendront compte de son dévoûment et de ses sacrifices, tandis qu'ils se re tirent
de ceux qui espèrent s'en faire un marchepied.
358
CHAPITRE XXVII
DEMANDEZ ET VOUS OBTIENDREZ.
Qualités de la prière. - Efficacité de la prière. - Action de la prière. Transmission de la pensée.
- Prières intelligibles. - De la prière pour les morts et les Esprits souffrants. - Instructions des
Esprits: Manière de prier. -Bonheur de la prière.
Qualités de la prière.
1. Lorsque vous priez, ne ressemblez pas aux hypocrites qui affectent de prier en
se tenant debout dans les synagogues et aux coins des rues pour être vus des hommes. Je
vous dis en vérité, ils ont reçu leur récompense. - Mais lorsque vous voudrez prier,
entrez dans votre chambre, et la porte étant fermée, priez votre Père dans le secret; et
votre Père, qui voit ce qui se passe dans le secret, vous en rendra la récompense.
N'affectez point de prier beaucoup dans vos prières, comme font les Païens, qui
s'imaginent que c'est par la multitude des paroles qu'ils sont exaucés. - Ne vous rendez
donc pas semblables à eux, parce que votre Père sait de quoi vous avez besoin avant que
vous le lui demandiez. (Saint Matthieu, ch. VI, v. de 5 à 8.)
2. Lorsque vous vous présentez pour prier, si vous avez quelque chose contre
quelqu'un, pardonnez-lui, afin que votre Père, qui est dans les cieux, vous pardonne
aussi vos péchés. -Si vous ne pardonnez, votre Père, qui est dans les cieux, ne vous
pardonnera point non plus vos péchés. (Saint Marc, ch. XI, v. 25, 26.)
3. Il dit aussi cette parabole à quelques-uns qui mettaient
359
DEMANDEZ ET VOUS OBTIENDREZ.
leur confiance en eux-mêmes, comme étant justes, et méprisaient les autres:
Deux hommes montèrent au temple pour prier; l'un était pharisien et l'autre
publicain. - Le pharisien, se tenant debout, priait ainsi en lui-même: Mon Dieu, je vous
rends grâce de ce que je ne suis point comme le reste des hommes, qui sont voleurs,
injustes et adultères, ni même comme ce publicain. Je jeûne deux fois la semaine; je
donne la dîme de tout ce que je possède.
Le publicain, au contraire, se tenant éloigné, n'osait pas même lever les yeux au
ciel; mais il frappait sa poitrine, en disant: Mon Dieu, ayez pitié de moi, qui suis un
pécheur.
Je vous déclare que celui-ci s'en retourna chez lui justifié, et non pas l'autre; car
quiconque s'élève sera abaissé, et qui-conque s'abaisse sera élevé. (Saint Luc, chap.
XVIII, v. de 9 à 14.)
4. Les qualités de la prière sont clairement définies par Jésus; lorsque vous priez, dit-il,
ne vous mettez point en évidence, mais priez dans le secret; n'affectez point de prier beaucoup,
car ce n'est pas par la multiplicité des paroles que vous serez exaucés, mais par leur sincérité;
avant de prier, si vous avez quelque chose contre quelqu'un, pardonnez-lui, car la prière ne
saurait étre agréable à Dieu si elle ne part d'un coeur purifié de tout sentiment contraire à la
charité; priez enfin avec humilité, comme le publicain, et non avec orgueil, comme le pharisien;
examinez vos défauts et non vos qualités, et si vous vous comparez aux autres, cherchez ce
qu'il y a de mal en vous. (Ch. X, nos 7 et 8.)
Efficacité de la prière.
5. Quoi que ce soit que vous demandiez dans la prière, croyez que vous
l'obtiendrez, et il vous sera accordé. (Saint Marc, ch. XI, v. 24.)
360
CHAPITRE XXVII.
6. Il y a des gens qui contestent l'efficacité de la prière, et ils se fondent sur ce principe
que, Dieu connaissant nos besoins, il est superflu de les lui exposer. Ils ajoutent encore que,
tout s'enchaînant dans l'univers par des lois éternelles, nos voeux ne peuvent changer les
décrets de Dieu.
Sans aucun doute, il y a des lois naturelles et immuables que Dieu ne peut abroger
selon le caprice de chacun; mais de là à croire que toutes les circonstances de la vie sont
soumises à la fatalité, la distance est grande. S'il en était ainsi, l'homme ne serait qu'un
instrument passif, sans libre abitre et sans initiative. Dans cette hypothèse, il n'aurait qu'à
courber la tête sous le coup de tous les événements, sans chercher à les éviter; il n'aurait pas
dû chercher à détourner la foudre. Dieu ne lui a pas donné le jugement et l'intelligence pour ne
pas s'en servir, la volonté pour ne pas vouloir, l'activité pour rester dans l'inaction. L'homme
étant libre d'agir dans un sens ou dans un autre, ses actes ont pour lui-même et pour autrui des
conséquences subordonnées à ce qu'il fait ou ne fait pas; par son initiative, il y a donc des
événements qui échappent forcément à la fatalité, et qui ne détruisent pas plus l'harmonie des
lois universelles, que l'avance ou le retard de l'aiguille d'une pendule ne détruit la loi du
mouvement sur laquelle est établi le mécanisme. Dieu peut donc accéder à certaines demandes
sans déroger à l'immuabilité des lois qui régissent l'ensemble, son accession restant toujours
subordonnée à sa volonté.
7. Il serait illogique de conclure de cette maxime: “Quoi que ce soit que vous
demandiez par la prière,
361
DEMANDEZ ET VOUS OBTIENDREZ.
il vous sera accordé,” qu'il suffit de demander pour obtenir, et injuste d'accuser la Providence
si elle n'accède pas à toute demande qui lui est faite, car elle sait mieux que nous ce qui est
pour notre bien. Ainsi en est-il d'un père sage qui refuse à son enfant les choses contraires à
l'intérêt de celui-ci. L'homme, généralement, ne voit que le présent; or, si la souffrance est utile
à son bonheur futur, Dieu le laissera souffrir, comme le chirurgien laisse le malade souffrir
d'une opération qui doit amener la guérison.
Ce que Dieu lui accordera, s'il s'adresse à lui avec confiance, c'est le courage, la
patience et la résignation. Ce qu'il lui accordera encore, ce sont les moyens de se tirer luimême d'embarras, à l'aide des idées qu'il lui fait suggérer par les bons Esprits, lui en laissant
ainsi le mérite; il assiste ceux qui s'aident eux-mêmes, selon cette maxime: “Aide-toi, le ciel
t'aidera,” et non ceux qui attendent tout d'un secours étranger sans faire usage de leurs
propres facultés; mais la plupart du temps on préfèrerait être secouru par un miracle sans avoir
rien à faire. (Ch. XXV, nº 4 et suiv.)
8. Prenons un exemple. Un homme est perdu dans un désert; il souffre horriblement de
la soif; il se sent défaillir, se laisse tomber à terre; il prie Dieu de l'assister, et attend; mais
aucun ange ne vient lui apporter à boire. Cependant un bon Esprit lui suggère la pensée de se
lever, de suivre un des sentiers qui se présentent devant lui; alors par un mouvement machinal,
rassemblant ses forces, il se lève et marche à l'aventure. Arrivé sur une hauteur, il découvre au
loin un ruisseau; à cette vue il reprend courage. S'il a la foi, il s'écriera: «Merci, mon Dieu, de
la pensée que vous
362
CHAPITRE XXVII
m'avez inspirée, et de la force que vous m'avez donée.» S'il n'a pas la foi, il dira; «Quelle
bonne pensée j'ai eue là! Quelle chance j'ai eue de prendre le sentier de droite plutôt que celui
de gauche; le hasard nous sert vraiment bien quelquefois! Combien je lue félicite de mon
courage et de ne m'être pas laissé abattre!»
Mais, dira-t-on, pourquoi le bon Esprit ne lui a-t-il pas dit clairement: «Suis ce sentier,
et au bout tu trouveras ce dont tu as besoin?» Pourquoi ne s'est-il pas montré à lui póur le
guider et le soutenir dans sa défaillance? De cette manière il l'aurait convaincu de l'intervention
de la Providence. C'était d'abord pour lui apprendre qu'il faut s'aider soi-même et faire usage
de ses propres forces. Puis, par l'incertitude, Dieu met à l'épreuve la confiance en lui et la
soumission à sa volonté. Cet homme était dans la situation d'un enfant qui tombe, et qui, s'il
aperçoit quelqu'un, crie et attend qu'on vienne le relever; s'il ne voit personne, il fait des efforts
et se révèle tout seul.
Si l'ange qui accompagna Tobie lui eût dit: “Je suis envoyé par Dieu pour te guider
dans ton voyage et te préserver de tout danger,” Tobie n'aurait eu aucun mérite; se fiant sur
son compagnon, il n'aurait même pas eu besoin de penser; c'est pourquoi l'ange ne s'est fait
connaître qu'au retour.
Action de la prière. Transmission de la pensée.
9. La prière est une invocation; par elle on se met en rapport de pensée avec l'être
auquel on s'adresse. Elle peut avoir pour objet une demande, un remercîment ou une
glorification. On peut prier pour soi-même ou pouir autrui, pour les vivants ou pour les morts.
363
DEMANDEZ ET VOUZ OBTIENDREZ.
Les prières adressées à Dieu sont entendues des Esprits chargés de l'exécution de ses volontés;
celles qui sont adressées aux bons Esprits sont reportées à Dieu. Lorsqu'on prie d'autres êtres
que Dieu, ce n'est qu'à titre d'intermédiaires, d'intercesseurs, car rien ne peut se faire sans la
volonté de Dieu.
10. Le Spiritisme fait comprendre l'action de la prière en expliquant le mode de
transmission de la pensée, soit que l'être prié vienne à notre appel, soit que notre pensée lui
parvienne. Pour se rendre compte de ce qui se passe en cette circonstance, il faut se représenter tous les êtres incarnés et désincarnés plongés dans le fluide universel qui occupe
l'espace, comme ici-bas nous le sommes dans l'atmosphère. Ce fluide reçoit une impulsion de
la volonté; c'est le véhicule de la pensée, comme l'air est le véhicule du son, avec cette
différence que les vibrations de l'air sont circonscrites, tandis que celles du fluide universel
s'étendent à l'infini. Lors donc que la pensée est dirigée vers un être quelconque, sur la terre
ou dans l'espace, d'incarné à désincarné, ou de désincarné à incarné, un courant fluidique
s'établit de l'un à l'autre, transmettant la pensée, comme l'air transmet le son.
L'énergie du courant est en raison de celle de la pensée et de la volonté. C'est ainsi que
la prière est entendue des Esprits à quelque endroit qu'ils se trouvent, que les Esprits
communiquent entre eux, qu'ils nous transmettent leurs inspirations, que des rapports s'établissent à distance entre les incarnés.
Cette explication est surtout en vue de ceux qui ne comprennent pas l'utilité de la
prière purement mystique; elle n'a point pour but de matérialiser la prière,
364
CHAPITRE XXVII.
mais d'en rendre l'effet intelligible, en montrant qu'elle peut avoir une action directe et
effective; elle n'en reste pas moins subordonnée à la volonté de Dieu, juge suprême en toutes
choses, et qui seul peut rendre son action efficace.
11. Par la prière, l'homme appelle à lui le concours des bons Esprits qui viennent le
soutenir dans ses bonnes résolutions, et lui inspirer de bonnes pensées; il acquiert ainsi la force
morale nécessaire pour vaincre les difficultés et rentrer dans le droit chemin s'il en est écarté;
et par là aussi il peut détourner de lui les maux qu'il s'attirerait par sa propre faute. Un homme,
par exemple, voit sa santé ruinée par les excès qu'il a commis, et traîne, jusqu'à la fin de ses
jours, une vie de souffrance; a-t-il droit de se plaindre s'il n'obtient pas sa guérison? Non, car il
aurait pu trouver dans la prière la force de résister aux tentations.
12. Si 1'on fait deux parts des maux de la vie, l'une de ceux que l'homme ne peut
éviter, l'autre des tribulations dont il est lui-même la première cause par son incurie et ses
excès (chap. V, nº 4), on verra que celle-ci l'emporte de beaucoup en nombre sur la première.
Il est donc bien évident que l'homme est l'auteur de la plus grande partie de ses afflictions, et
qu' il se les épargnerait s'il agissait toujours avec sagesse et prudence.
Il n'est pas moins certain que ces misères sont le résultat de nos infractions aux lois de
Dieu, et que si nous observions ponctuellement ces lois, nous serions parfaitement heureux. Si
nous ne dépassions pas la limite du nécessaire dans la satisfaction de nos besoins, nous
n'aurions pas les maladies qui sont la suite des
365
DEMANDEZ ET VOUS OBTIENDREZ.
excès, et les vicissitudes qu'entraînent ces maladies; si nous mettions des bornes à notre
ambition, nous ne craindrions pas la ruine; si nous ne voulions pas monter plus haut que nous
ne le pouvons, nous ne craindrions pas de tomber; si nous étions humbles, nous ne subirions
pas les déceptions de l'orgueil abaissé; si nous pratiquions la loi de charité, nous ne serions ni
médisants, ni envieux, ni jaloux, et nous éviterions les querelles et les dissensions; si nous ne
faisions de mal à personne, nous ne craindrions pas les vengeances, etc.
Admettons que l'homme ne puisse rien sur les autres maux; que toute prière soit
superflue pour s'en préserver, ne serait-ce pas déjà beaucoup d'être affranchi de tous ceux qui
proviennent de son fait? Or, ici l'action de la prière se conçoit aisément, parce qu'elle a pour
effet d'appeler l'inspiration salutaire des bons Esprits, de leur demander la force de résister aux
mauvaises pensées dont l'exécution peut nous être funeste. Dans ce cas, ce n'est pas le mal
qu'ils détournent, c'est nous-mêmes qu'ils détournent de la pensée qui peut causer le mal; ils
n'entravent en rien les décrets de Dieu, ils ne suspendent point le cours des lois de la nature,
c'est nous qu'ils empêchent d'enfreindre ces lois, en dirigeant notre libre arbitre; mais ils le
font à notie insu, d'une manière occulte, pour ne pas enchaîner notre volonté. L'homme se
trouve alors dans la position de celui qui sollicite de bons conseils et les met en pratique, mais
qui est toujours libre de les suivre ou non; Dieu veut qu'il en soit ainsi pour qu'il ait la
responsabilité de ses actes et lui laisser le mérite du choix entre le bien et le mal. C'est là ce
que l'homme est toujours certain d'obtenir s'il le demande avec ferveur, et ce à quoi peuvent
366
CHAPITRE XXVII.
surtout s'appliquer ces paroles: «Demandez et vous obtiendrez.»
L'efficacité de la prière, même réduite à cette proportion, n'aurait-elle pas un résultat
immense? Il était réservé au Spiritisme de nous prouver son action par la révélation des
rapports qui existent entre le monde corporel et le monde spirituel. Mais là ne se bornent pas
seulement ses effets.
La prière est recommandée par tous les Esprits; rennoncer à la prière, c'est
méconnaître la bonté de Dieu; c'est renoncer pour soi-même à leur assistance, et pour les
autres au bien qu'on peut leur faire.
13. En accédant à la demande qui lui est adressée, Dieu a souvent en vue de
récompenser l'intention, le dévouement et la foi de celui qui prie ; voilà pourquoi la prière de
l'homme de bien a plus de mérite aux yeux de Dieu, et toujours plus d'efficacité, car l'homme
vicieux et mauvais ne peut prier avec la ferveur et la confiance que donne seul le sentiment de
la vraie piété. Du coeur de l'égoïste, de celui qui prie des lèvres, ne sauraient sortir que des
mots, mais non les élans de charité qui donnent à la prière toute sa puissance. On le comprend
tellement que, par un mouvement instinctif, on se recommande de préférence aux prières de
ceux dont on sent que la conduite doit être agréable à Dieu, parce qu'ils en sont mieux
écoutés.
14. Si la prière exerce une sorte d'action magnétique, on pourrait en croire l'effet
subordonné à la puissance fluidique; or il n'en est point ainsi. Puisque les Esprits exercent cette
action sur les hommes, ils suppléent, quand cela est nécessaire, à l'insuffisance de celui qui
367
DEMANDEZ ET VOUS OBTIENDREZ.
prie, soit en agissant directement en son nom, soit en lui donnant momentanément une force
exceptionnelle, lorsqu'il est jugé digne de cette faveur, ou que la chose peut être utile.
L'homme qui ne se croit pas assez bon pour exercer une influence salutaire ne doit pas
s'abstenir de prier pour autrui, par la pensée qu'il n'est pas digne d'être écouté. La conscience
de son infériorité est une preuve d'humilité toujours agréable à Dieu, qui tient compte de
l'intetion charitable qui l'anime. Sa ferveur et sa confiance en Dieu sont un premier pas vers le
retour au bien dans lequel les bons Esprits sont heureux de l'en-conrager. La prière qui est
repoussée est celle de l'orgueilleux qui a foi en sa puissance et ses mérites, et croit pouvoir se
substituer à la volonté de l'É'ternel.
15. La puissance de la prière est dans la pensée; elle ne tient ni aux paroles, ni au lieu,
ni au moment où on la fait. On peut donc prier partout et à toute heure, seul ou en commun.
L'influence du lieu ou du temps tient aux circonstances qui peuvent favoriser le recueillement.
La prière en commun a une action plus puissante quand tons ceux qui prient s'associent de
coeur à une même pensée et ont un même but, car c'est comme si beaucoup crient ensemble et
à l'unisson; mais qu'importe d'être réunis en grand nombre si chacun agit isolément et pour son
compte personnel! Cent personnes réunies peuvent prier comme des égoïstes, tandis que deux
ou trois, unies dans une commune aspiration , prieront comme de véritables frères en Dieu, et
leur prière aura plus de puissance que celle des cent autres. (Ch. XXVIII, nº 4, 5.)
368
CHAPITRE XXVII.
Prières intelligibles.
16. Si je n'entends pas ce que signifient les paroles, je serai barbare à celui à qui
je parle, et celui qui me parle me sera barbare. - Si je prie en une langue que je n'entends
pas, mon coeur prie, mais mon intelligence est sans fruit. - Si vous ne louez Dieu que du
coeur, comment un homme du nombre de ceux qui n'entendent que leur propre langue
répondra-t-il amen, à la fin de votre action de grâce, puisqu'il n'entend pus ce que vous
dites? - Ce n'est pas que votre action ne soit bonne, mais les autres n'en sont pas édifiés.
(Saint Paul, 1er aux Corinth., ch. XIV, v. 11, 14, 16, 17.)
17. La prière n'a de valeur que par la pensée qu'on y attache; or il est impossible
d'attacher une pensée à ce que l'on ne comprend pas, car ce que l'on ne comprend pas ne peut
toucher le coeur. Pour l'immense majorité, les prières en une langue incomprise ne sont que
des assemblages de mots qui ne disent rien à l'esprit. Pour que la prière touche, il faut que
chaque mot réveille une idée, et si on ne la comprend pas, elle ne peut en réveiller aucune. On
la répète comme une simple formule qui a plus ou moins de vertu selon le nombre de fois
qu'elle est répétée; beaucoup prient par devoir, quelques-uns même pour se conformer à
l'usage; c'est pourquoi ils se croient quittes quand ils ont dit une prière un nombre de fois
déterminé et dans tel ou tel ordre. Dieu lit au fond des coeurs; il voit la pensée et la sincérité,
et c'est le rabaisser de le croire plus sensible à la forme qu'au fond. (Ch. XXVIII, nº 2.)
De la prière pour les morts et les Esprits souffrants.
18. La prière est réclamée par les Esprits souffrants; elle leur est utile, parce qu'en
voyatit qu'on pense à eux,
369
DEMANDEZ ET VOUS OBTIENDREZ.
ils se sentent moins délaissés, ils sont moins malheureux. Mais la prière a sur eux une action
plus directe: elle relève leur courage, excite en eux le désir de s'élever par le repentir et la
réparation, et peut les détourner de la pensée du mal; c'est en ce sens qu'elle peut nonseulement alléger, mais abréger leurs souffrances. (Voyez: Ciel et Enfer, 2e partie: Exemples.)
19. Certaines personnes n'admettent pas la prière pour les morts, parce que, dans leur
croyance, il n'y a pour l'âme que deux alternatives: être sauvée ou condamnée aux peines
éternelles, et que, dans l'un et l'autre cas, la prière est inutile. Sans discuter la valeur de cette
croyance, admettons pour un instant la réalité de peines éternelles et irrémissibles, et que nos
prières soient impuissantes pour y mettre un terme. Nous demandons si, dans cette hypothèse,
il est logique, il est charitable, il est chrétien de rejeter la prière pour les réprouvés? Ces
prières, tout impuissantes qu'elles seraient pour les délivrer, ne sont-elles pas pour eux une
marque de pitié qui peut adoucir leur souffrance? Sur la terre, lorsqu'un homme est condamné
à perpétuité, alors même qu'il n'y aurait aucun espoir d'obtenir sa grâce, est-il défendu à une
personne charitable d'aller soutenir ses fers pour lui en alléger le poids? Lorsque quelq'un est
atteint d'un mal incurable faut-il, parce qu'il n'offre aucun espoir de guérison, l'abandonner
sans aucun soulagement? Songez que parmi les réprouvés peut se trouver une personne qui
vous a été chère, un ami, peut-être un père, une mère ou un fils, et parce que, selon vous, il ne
pourrait espérer sa grâce, vous lui refuseriez un verre d'eau pour étancher sa soif? un baume
pour sécher ses plaies? Vous ne feriez pas pour
370
CHAPITRE XXVII.
lui ce que vous feriez pour un galérien? Vous ne lui donneriez pas un témoignage d'amour,
une consolation? Non, cela ne serait pas chrétien. Une croyance qui dessèche le coeur ne peut
s'allier avec celle d'un Dieu qui met au premier rang des devoirs l'amour du prochain.
La non-éternité des peines n'implique point la nègation d'une pénalité temporaire, car
Dieu, dans sa justice, ne peut confondre le bien et le mal; or nier, dans ce cas, l'efficacité de la
prière serait nier l'efficacité de la consolation, des encouragements et des bons conseils; ce
serait nier la force que l'on puise dans l'assistance morale de ceux qui nous veulent du bien.
20. D'autres se fondent sur une raison plus spécieuse: l'immuabilité des décrets divins.
Dieu; disent-ils ne peut changer ses décisions à la demande de ses créatures; sans cela rien ne
serait stable dans le monde. L'homme n'a donc rieti à demander à Dieu, il n'a qu'à se soumetre
et à l'adorer.
Il y a dans cette idée une fausse application de l'immuabilité de la loi divine, ou mieux,
iginorance de la loi en ce qui concerne la pénalité future. Cette loi est révélée par les Esprits
du Seigneur, aujourd'hui que l'homme est mûr pour comprendre ce qui, dans la foi, est
conforme ou contraire aux attributs divins.
Selon le dogme de l'éternité absolue des peines, il n'est tenu au coupable aucun compte
de ses regrets ni de son repentir; pour lui, tout désir de s'améliorer est superflu: il est
condamné à rester dans le mal à perpétuité. S'il est condamné pour un temps déterminé, la
peine cessera quand le temps sera expiré ; mais qui dit qu'alors il sera revenu à de meilleurs
sentiments? qui dit qu'à l'exemple de beaucoup de condamnés de la
371
DEMANDEZ ET VOUS OBTIENDREZ.
terre, à leur sortie de prison, il ne sera pas aussi mauvais qu'auparavant? Dans le premier cas,
ce serait maintenir dans la douleur du châtiment un homme revenu au bien; dans le second,
gracier celui qui est resté coupable. La loi de Dieu est plus prévoyante que cela; toujours juste,
équitable et miséricordieuse, elle ne fixe aucune durée à la peine, quelle qu'elle soit; elle se
résume ainsi:
21. “L'homme subit toujours la conséquence de ses fautes; il n'est pas une seule
infraction à la loi de Dieu qui n'ait sa punition.
La sévérité du châtiment est proportionnée à la gravité de la faute.
La durée du châtiment pour toute faute quelconque est indéterminée; elle est
subordonnée au repentir du coupable et à son retour an bien; la peine dure autant que
l'obstination dans le mal; elle serait perpétuelle si l'obstination était perpétuelle; elle est de
courte durée si le repentir est prompt.
Dès que le coupable crie miséricorde! Dieu l'entend et lui envoie l'espérance. Mais le
simple regret du mal ne suffit pas: il faut la réparation; c'est pourquoi le coupable est soumis à
de nouvelles épreuves dans lesquelles il peut, toujours par sa volonté, faire le bien en
réparation du mal qu'il a fait.
L'homme est ainsi constamment l'arbitre de son propre sort; il peut abréger son
supplice ou le prolonger indéfiniment; son bonheur ou son malheur dépend de sa volonté de
faire le bien.”
Telle est la loi; loi immuable et conforme à la bonté et à la justice de Dieu.
372
CHAPITRE XXVII.
L'Esprit coupable et malheureux peut ainsi toujours se sauver lui-même: la loi de Dieu
lui dit à quelle condition il peut le faire. Ce qui lui manque le plus souvent, c'est la volonté, la
force, le courage; si, par nos prières, nous lui inspirons cette volonté, si nous le soutenons et
l'encourageons; si, par nos conseils, nous lui donnons les lumières qui lui manquent, au lieu de
solliciter Dieu de déroger à sa loi, nous devenons les instruments pour l'exécution de sa loi
d'amour et de charité, à laquelle il nous permet ainsi de participer en donnant nous-mêmes une
preuve de charité. (Voyez, Ciel et Enfer, 4re partie, ch. IV, VII, VIII.)
INSTRUCTIONS DES ESPRITS.
Manière de prier.
22. Le premier devoir de toute créature humaine, le premier acte qui doit signaler pour
elle le retour à la vie active de chanque jour, c'est la prière. Vous priez presque tous, mais
combien peu savent prier! Qu'importe au Seigneur les phrases que vous reliez les unes aux
autres machinalement, parce que vous en avez l'habitude, que c'est un devoir que vous
remplissez, et que, comme tout devoir, il vous pèse.
La prière du chrétien, du Spirite de quelque culte que ce soit, doit être faite dès que
l'Esprit a repris le joug de la chair; elle doit s'élever aux pieds de la majesté divine avec
humilité, avec profondeur, dans un élan de reconnaissance pour tous les bienfaits accordés
jusqu'à ce jour: pour la nuit écoulée et pendant laquelle il vous a été permis, quoique à votre
insu, de retourner près de vos amis, de vos guides, pour puiser dans leur con-
373
DEMANDEZ ET VOUS OBTIENDREZ.
tact plus de force et de persévérance. Elle doit s'élever humble aux pieds du Seigneur, pour lui
recommander votre faiblesse, lui demander son appui, son indulgence, sa miséricorde. Elle
doit être profonde, car c'est votre âme qui doit s'élever vers le Créateur, qui doit se
transfigurer comme Jésus au Thabor, et parvenir blanche et rayonnante d'espoir et d'amour.
Votre prière doit renfermer la demande des grâces dont vous avez besoin, mais un
besoin réel. Inutile donc de demander au Seigneur d'abréger vos épreuves, de vous donner les
joies et la richesse; demandez-lui de vous accorder les biens plus précieux de la patience, de la
résignation et de la foi. Ne dites point, comme cela arrive à beaucoup d'entre vous: «Ce n'est
pas la peine de prier, puisque Dieu ne m'exauce pas.» Que demandez-vous à Dieu, la plupart
du temps? Avez-vous souvent pensé à lui demander votre amélioration morale? Oh! non, trèspeu; mais vous songez plutôt à lui demander la réussite dans vos entreprises terrestres, et
vous vous êtes écriés: «Dieu ne s'occupe pas de nous; s'il s'en occupait, il n'y aurait pas tant
d'injustices.» Insensés! ingrats! si vous descendiez dans le fond de votre conscience, vous
trouveriez presque toujours en vousmêmes le point de départ des maux dont vous vous
plaignez; demandez donc, avant toutes choses, votre amélioration, et vous verrez quel torrent
de grâces et de consolations se répandra sur vous. (Ch. V, nº 4.)
Vous devez prier sans cesse, sans pour cela vous retirer dans votre oratoire on vous
jeter à genoux dans les places publiques. La prière de la journée, c'est l'accomplissement de
vos devoirs, de vos devoirs sans exception, de quelque nature qu'ils soient. N'est-ce un acte
d'amour envers le Seigneur que d'assister vos
374
CHAPITRE XXVII.
frères dans un besoin quelconque, moral ou physique? N'est-ce pas faire un acte de
reconnaissance que d'élever votre pensée vers lui quand un bonheur vous arrive, qu'un
accident est évité, qu'une contrariété même vous effleure seulement, si vous dites par la pensée
Soyez béni, mon Père! N'est-ce pas un acte de contrition que de vous humilier devant le juge
suprême quand vous sentez que vous avez failli, ne fût-ce que par une pensée fugitive, et de
lui dire: Pardonnez-moi, mon Dieu, car j'ai péché (par orgueil, par égoïsme ou par manque
de chanté); donnez-moi la force de ne plus faillir et le courage de réparer?
Ceci est indépendant des prières régulières du matin et du soir, et des jours consacrés;
mais, comme vous le voyez, la prière peut être de tous les instants, sans apporter aucune
interruption à vos travaux; ainsi dite, elle les sanctifie, au contraire. Et croyez bien qu'une
seule de ces pensées partant du coeur est plus écoutée de votre Père céleste que les longues
prières dites par habitude, souvent sans cause déteiminante, et auxquelles l'heure convenue
vous rappelle machinalement. (V. MONOD. Bordeaux, 1862.)
Bonheur de la prière.
23. Venez, vous qui voulez croire: les Esprits célestes accourent et viennent vous
annoncer de grandes choses; Dieu, mes enfants, ouvre ses trésors pour vous donner tous ses
bienfaits. Hommes incrédules! si vous saviez combien la foi fait de bien au coeur et porte l'âme
au repentir et à la prière! La prière! ah! combien sont touchantes les paroles qui sortent de la
bouche à l'heure où l'on prie! La prière, c'est la rosée divine qui détruit
375
DEMANDEZ ET VOUS OBTIENDREZ.
la trop grande chaleur des passions; fille aînée de la foi, elle nous mène dans le sentier qui
conduit à Dieu. Dans le recueillement et la solitude, vous êtes avec Dieu; pour vous, plus de
mystère: il se dévoile à vous. Apôtres de la pensée, pour vous c'est la vie; votre âme se
détache de la matière et roule dans ces mondes infinis et éthérés que les pauvres humains
méconnaissent.
Marchez, marchez dans les sentiers de la prière, et vous entendrez les voix des anges.
Quelle harmonie! Ce n'est plus le bruit confus et les accents criards de la terre; ce sont les lyres
des archanges; ce sont les voix douces et suaves des séraphins, plus légères que les brises du
matin quand elles se jouent dans la feuillée de vos grands bois. Dans quelles délices ne
marcherez-vous pas! vos langues ne pourront définir ce bonheur, tant il entrera par tous les
pores, tant la source à laquelle on boit en priant est vive et rafraîchissante! Douces voix,
enivrants parfums que l'âme entend et savoure quand elle s'élance dans ces sphères inconnues
et habitées par la prière! Sans mélange de désirs charnels, toutes les aspirations sont divines.
Et vous aussi, priez comme Christ portant sa croix du Golgotha au Calvaire; portez votre
croix, et vous sentirez les douces émotions qui passaient dans son âme, quoique chargé d'un
bois infamant; il allait mourir, mais pour vivre de la vie céleste dans le séjour de son Père.
(SAINT AUGUSTIN. Paris, 1861.)
376
CHAPITRE XXVIII
RECUEIL DE PRIÈRES SPIRITES.
Préambule.
1. Les Esprits ont toujours dit: «La forme n'est rien, la pensée est tout. Priez chacun
selon vos convictions et le mode qui vous touche le plus; une bonne pensée vaut mieux que de
nombreuses paroles où le coeur n'est pour rien.»
Les Esprits ne prescrivent aucune formule absolue de prières; lorsqu'ils en donnent,
c'est afin de fixer les idées, et surtout pour appeler l'attention sur certains principes de la
doctrine spirite. C'est aussi dans le but de venir en aide aux personnes qui sont embarrassées
pour rendre leurs idées, car il en est qui ne croiraient pas avoir réellement prié si leurs pensées
n'étaient pas formulées.
Le recueil de prières contenues dans ce chapitre est un choix fait parmi celles qui ont
été dictées par les Esprits en différentes circonstances; ils ont pu en dicter d'autres, et en
d'autres termes, appropriées à certaines idées ou à des cas spéciaux, mais peu importe la
forme, si la pensée fondamentale est la même. Le but de la prière est d'elever notre âme à
Dieu; la diversité des formules ne doit établir aucune différence entre ceux qui croient en lui,
et encore moins entre les adeptes du
377
RECUEIL DE PRIÈRES SPIRITES.
Spiristime car Dieu les accepte toutes lorsqu'elles sont sincères.
Il ne faut donc point considérer ce recueil comme un formulaire absolu, mais comme
une variété parmi les instructions que donnent les Esprits. C'est une application des principes
de la morale évangélique développés dans ce livre, un complément à leurs dictées sur les
devoirs envers Dieu et le prochain, où sont rappelés tous les principes de la doctrine.
Le Spiritisme reconnaît comme bonnes les prières de tous les cultes quand elles sont
dîtes par le coeur et non par les lèvres; il n'en impose aucune et n'en blâme aucune; Dieu est
trop grand, selon lui, pour repousser la voix qui l'implore ou qui chante ses louanges, parce
qu'elle le fait d'une manière plutôt que d'uiie autre. Quiconque lancerait l'anathème contre les
prières qui ne sont pas dans son formulaire prouverait qu'il méconnaît la grandeur de Dieu.
Croire que Dieu tient à une formule, c'est lui prêter la petitesse et les passions de l'humanité.
Une condition essentielle de la prière, selon saint Paul (ch. XXVII, nº 16), est d'être
intelligible, afin qu'elle puisse parler à notre esprit; pour cela il ne suffit pas qu'elle soit dite en
une langue comprise de celui qui prie; il est des prières en langue vulgaire qui ne disent pas
beaucoup plus à la pensée que si elles étaient en langue étrangère, et qui, par cela même, ne
vont pas au coeur; les rares idées qu'elles renferment sont souvent étouffées sous la
surabondance des mots et le mysticisme du langage.
La principale qualité de la prière est d'être claire, simple et concise, sans phraséologie
inutile, ni luxe d'épithètes qui ne sont que des parures de clinquant;
378
CRAPITRE XXVIII.
chaque mot doit avoir sa portée, réveiller une idée, remuer une fibre: on un mot, elle doit faire
réfléchir; à cette seule condition la prière peut atteindre son but, autrement ce n'est que du
bruit. Aussi voyez avec quel air de distraction et quelle volubilité elles sont dites la plupart du
temps; on voit les lèvres qui remuent; mais, à l'expression de la physionomie, au son même de
la voix, on reconnaît un acte machinal, purement extérieur, auquel l'âme reste indifférente.
Les prières réunies dans ce recueil sont divisées en cinq catégories : 1º Prières
générales; 2º Prières pour soi-même; 3º Prières pour les vivants; 4º Prières pour les morts; 5º
Prières spéciales pour les malades et les obsédés.
Dans le but d'appeler plus particulièrement l'attention sur l'objet de chaque prière, et
d'en mieux faire comprendre la portée, elles sont toutes précédées d'une instruction
préliminaire, sorte d'exposé des motifs, sous le titre de préface.
I. PRIÈRES GÉNÉRALES.
Oraison dominicale.
2. PRÉFACE. Les Esprits ont recommandé de placer l'Oraison dominicale en tête de
ce recueil, non-seulement comme prière, mais comme symbole. De toutes les prières, c'est
celle qu'ils mettent au premier rang, soit parce qu'elle vient de Jésus lüi-même (saint Matthieu,
ch. v. de 9 à 13), soit parce qu'elle peut les suppléer toutes selon la pensée qu'on y attache,
c'est le plus parfait modèle de concision, véritable chef-d'oeuvre de sublimité dans sa
simplicité. En effet, sous la forme la plus restreinte, elle résume tous les devoirs de l'homme
envers Dieu, envers lui-même et envers le prochain; elle renferme une profession de foi, un
acte d'adoration et de
379
PRIÈRES GÉNÉRALES.
soumission, la demande des choses nécessaires a la vie, et le principe de la charité. La dire à
l'intention de quelqu'un, c'est demander pour lui ce qu'on demanderait pour soi.
Cependant, en raison même de sa brièveté, le sens profond renfermé dans les quelques
mots dont elle se compese échappe à la plupart; c'est pourquoi on la dit généralement sans
diriger sa pensée sur les applications de chacune de ses parties; on la dit comme une formule
dont l'eflicacité est proportionnée au nombre de fois qu'elle est répétée; or c'est presque
toujours un des nombres cabalistiques trois, sept ou neuf, tirés de l'antique croyance
superstitieuse à la vertu des nombres, et en usage dans les opérations de la magie.
Pour suppléer au vague que la concision de cette prière laisse dans la pensée, d'après le
conseil et avec l'assistance des bons Esprits, il a été ajouté à chaque proposition un
commentaire qui en développe le sens et en montre les applications. Selon les circonstances et
le temps disponible, on peut donc dire l'Oraison dominicale simple ou développée.
3. PRIÈRE. - I. Notre Père, qui êtes aux cieux, que votre nom soit sanctifié!
Nous croyons en vous, Seigneur, parce que tout révele votre puissance et votre bonté.
L'harmonie de l'univers témoigne d'une sagesse, d'une prudence et d'une prévoyance qui
surpassent toutes les facultés humaines; le nom d'un être souverainement grand et sage est
inscrit dans toutes les oeuvres de la création, depuis le brin d'herbe et le plus petit insecte
jusqu'aux astres qui se meuvent dans l'espace; partout nous voyons la preuve d'une sollicitude
paternelle; c'est pourquoi aveugle est celui qui ne vous reconnaît pas dans vos oeuvres,
orgueilleux celui qui ne vous glorifie pas, et ingrat celui qui ne vous rend pas des actions de
grâce.
II. Que votre règne arrive!
380
CHAPITRE XXVIII.
Seigneur, vous avez donné aux hommes des lois pleines de sagesse et qui feraient leur
bonheur s'ils les observaient. Avec ces lois, ils feraient régner entre eux la paix et la justice; ils
s'entr'aideraient mutuellement, au lieu de se nuire comme ils le font; le fort soutiendrait le
faible au lieu de l'écraser; ils éviteraient les maux qu'engendrent les abus et les excès de tous
genres. Toutes les misères d'ici-bas viennent de la violation de vos lois, car il n'est pas une
seule infraction qui n'ait ses conséquences fatales.
Vous avez donné à la brute l'instinct qui lui trace la limite dut nécessaire, et elle s'y
conforme machinalement; mais à l'homme, outre cet instinct, vous avez donné l'intelligence et
la raison; vous lui avez aussi donné la liberté d'observer ou d'enfreindre celles de vos lois qui le
concernent personnellement, c'est-à-dire de choisir entre le bien et le mal, afin qu'il ait le
mérite et la responsabilité de ses actions.
Nul ne peut prétexter ignorance de vos lois, car, dans votre prévoyance paternelle,
vous avez voulu qu'elles fussent gravées dans la conscience de chacun, sans distinction de
culte ni de nations; ceux qui les violent, c'est qu'ils vous méconnaissent.
Un jour viendra où, selon votre promesse, tous les pratiqueront; alors l'incrédulité aura
disparu; tous vous reconnaîtront pour le souverain Maître de toutes choses, et le règne de vos
lois sera votre règne sur la terre.
Daignez, Seigneur, hâter son avénement, en donnant aux hommes la lumière nécessaire
pour les conduire sur le chemin de la vérité.
III. Que votre volonté soit faite sur la terre comme au ciel!
381
PRIÈRES GÉNÉRALES.
Si la soumission est un devoir du fils à l'égard du père, de l'inférieur envers son
supérieur, combien ne doit pas être plus grande celle de la créature à l'égard de son Créateur!
Faire votre volonté, Seigneur, c'est observer vos lois et se soumettre sans murmure à vos
décrets divins; l'homme s'y soumettra quand il comprendra que vous êtes la source de toute
sagesse, et que sans vous il ne peut rien; alors il fera votre volonté sur la terre comme les élus
dans le ciel.
IV. Donnez-nous notre pain de chaque jour.
Donnez-nous la nourriture pour l'entretien des forces du corps; donnez-nous aussi la
nourriture spirituelle pour le développement de notre Esprit.
La brute trouve sa pâture, mais l'homme la doit à sa propre activité et aux ressources
de son intelligence, parce que vous l'avez créé libre.
Vous lui avez dit: «Tu tireras ta nourriture de la terre à la sueur de ton front;» par là,
vous lui avez fait une obligation du travail, afin qu'il exerçât son intelligence par la recherche
des moyens de pourvoir à ses besoins et à son bien-être, les uns par le travail matériel, les
autres par le travail intellectuel; sans le travail, il resterait stationnaire et ne pourrait aspirer à
la félicité des Esprits supérieurs.
Vous secondez l'homme de bonne volonté qui se confie à vous pour le nécessaire, mais
non celui qui se complaît dans l'oisiveté et voudrait tout obtenir sans peine, ni celui qui
cherche le superflu. (Ch. XXV.)
Combien en est-il qui succombent par leur propre faute, par leur incurie, leur
imprévoyance ou leur ambition, et pour n'àvoir pas voulu se contenter de ce
382
CHAPITRE XXVIII
que vous leur aviez donné! Ceux-là sont les artisans de leur propre infortune et n'ont pas le
droit de se plaindre, car ils sont punis par où ils ont péché. Mais ceux-là mêmes, vous ne les
abandonnez pas, parce que vous êtes infiniment miséricordieux; vous leur tendez une main
secourable dès que, comme l'enfant prodigue, ils reviennent sincèrement à vous. (Ch. V, nº 4.)
Avant de nous plaindre de notre sort, demandons-nous s'il n'est pas notre ouvrage; à
chaque malheur qui nous arrive, demandons-nous s'il n'eût pas dépendu de nous de l'éviter;
mais disons aussi que Dieu nous a donné l'intelligence pour nous tirer du bourbier, et qu'il
dépend de nous d'en faire usage.
Puisque la loi du travail est la condition de l'homme sur la terre, donnez-nous le
courage et la force de l'accomplir; donnez-nous aussi la prudence, la prévoyance et la
modération, afin de n'en pas perdre le fruit.
Donnez-nous donc, Seigneur, notre pain de chaque jour, c'est-à-dire les moyens
d'acquérir, par le travail, les choses nécessaires à la vie, car nul n'a droit de réclamer le
superflu.
Si le travail nous est impossible, nous nous confions en votre divine providence.
S'il entre dans vos desseins de nous éprouver par les plus dures privations, malgré nos
efforts, nous les acceptons comme une juste expiation des fautes que nous avons pu
commettre dans cette vie ou dans une vie précédente, car vous êtes juste; nous savons qu'il n'y
a point de peines imméritées, et que vous ne châtiez jamais sans cause.
Préservez-nous, ô mon Dieu, de concevoir de l'envie contre ceux qui possèdent ce que
nous n'avons pas, ni même contre ceux qui ont le superflu, alors que nous
383
PRIÉRES GÉNÉRALES.
manquons du nécessaire. Pardonnez-leur s'ils oublient la loi de charité et d'amour du prochain
que vous leur avez enseignée. (Ch. XVI, nº 8.)
Écartez aussi de notre esprit la pensée de nier votre justice, en voyant la prospérité du
méchant et le malheur qui accable parfois l'homme de bien. Nous savons maintenant, grâce
aux nouvelles lumières qu'il vous a plu de nous donner, que votre justice reçoit toujours son
accomplissement et ne fait défaut à personne; que la prospérité matérielle du méchant est
éphémère comme son existence corporelle, et qu'elle aura de terribles retours, tandis que la
joie réservée à celui qui souffre avec résignation sera éternelle. (Ch. V, nos 7, 9, 12, 18.)
V. Remettez-nous nos dettes comme nous les remettons à ceux qui nous doivent. Pardonnez-nous nos offenses, comme nous pardonnons à ceux qui nous ont offensés.
Chacune de nos infractions à vos lois, Seigneur, est une offense envers vous, et une
dette contractée qu'il nous faudra tôt ou tard acquitter. Nous en sollicitons la remise de votre
infinie miséricorde, sous la promesse de faire nos efforts pour n'en pas contracter de nouvelles.
Vous nous avez fait une loi expresse de la charité; mais la charité ne consiste pas
seulement à assister son semblable dans le besoin; elle est aussi dans l'oubli et le pardon des
offenses. De quel droit réclamerions-nous votre indulgence, si nous en manquons nous-mêmes
à l'égard de ceux dont nous avons à nous plaindre?
Donnez-nous, ô mon Dieu, la force d'étouffer dans
384
CHAPITRE XXVIII.
notre âme tout ressentiment, toute haine et toute rancune; faites que la mort ne nous
surprenne pas avec un désir de vengeance dans le coeur. S'il vous plaît de nous retirer
aujourd'hui même d'ici-bas, faites que nous puissions nous présenter à vous purs de toute
animosité, à l'exemple du Christ, dont les dernières paroles furent pour ses bourreaux. (Ch.
X.)
Les persécutions que nous font endurer les méchants font partie de nos épreuves
terrestres; nous devons les aoeepter sans murmure, comme toutes les autres épreuves, et ne
pas maudire ceux qui, par leurs méchancetés, nous frayent le chemin du bonheur éternel, car
vous nous avez dit, par la bouche de Jésus: «Bienheureux ceux qui souffrent pour la justice!»
Bénissons donc la main qui nous frappe et nous humilie, car les meurtrissures du corps
fortifient notre âme, et nous serons relevés de notre humilité. (Ch. XII, nº 4.)
Béni soit votre nom, Seigneur, de nous avoir appris que notre sort n'est point
irrévocablement fixé après la mort; que nous trouverons dans d'autres existences les moyens
de racheter et de réparer nos fautes passées, d'accomplir dans une nouvelle vie ce que nous ne
pouvons faire en celle-ci pour notre avancement. (Ch. IV; ch. V, nº 5.)
Par là s'expliquent enfin toutes les anomalies apparentes de la vie; c'est la lumière jetée
sur notre passé et notre avenir, le signe éclatant de votre souveraine justice et de votre bonté
infinie.
VI. Ne nous abandonnez point à la tentation, mais délivrez-nous du mal ¹.
1. Certaines traductions portent: Ne nous induisez point en tenta-
385
PRIÈRES GÉNÉRALES.
Donnez-nous, Seigueur, la force de résister aux suggestions des mauvais Esprits qui
tenteraient de nous détourner de la voie du bien en nous inspirant de mauvaises pensées.
Mais nous sommes nous-mêmes des Esprits imparfaits, incarnés sur cette terre pour
expier et nous améliorer. La cause première du mal est en nous, et les mauvais Esprits ne font
que profiter de nos penchants vicieux, dans lesquels ils nous entretiennent, pour nous tenter.
Chaque imperfection est une porte ouverte à leur influence, tandis qu'ils sont
impuissants et renoncent à toute tentative contre les êtres parfaits. Tout ce que nous pourrions
faire pour les écarter est inutile, si nous ne leur opposons une volonté inébranlable dans le
bien, et un renoncement absolu au mal. C'est donc contre nous-mêmes qu'il faut diriger nos
efforts, et alors les mauvais Esprits s'éloigneront naturellement, car c'est le mal qui les attire,
tandis que le bien les repousse. (V. ci-après, Prières pour les obsédés.)
Seigneur, soutenez-nous dans notre faiblesse; inspirez-nous, par la voix de nos anges
gardiens et des bons Esprits, la volonté de nous corriger de nos imperfections, afin de fermer
aux Esprits impurs l'accès de notre âme. (V. ci-après, nº 11)
Le mal n'est point votre ouvrage, Seigneur, car la source de tout bien ne peut rien
engendrer de mauvais; c'est nous-mêmes qui le créons en enfreignant
tion (et ne nos inducas in tentationem); cette expression donnerait à entendre que la tentation vient de Dieu,
qu'il pousse volontairement les hommes au mal, pensée blasphématoire qui assimilerait à Satan, et ne peut
avoir été celle de Jésus. Elle est du reste conforme à la doctrine vulgaire sur le rôle des démons. (Voy. Ciel et
Enfer, ch. X, les Démons.)
386
CHAPITRE XXVIII.
vos lois, et par le mauvais usage que nous faisons dle la liberté que vous nous avez donnée.
Quand les hommes observeront vos lois, le mal disparaîtra de la terre, comme il a déjà disparu
dans les mondes plus avancés.
Le mal n'est une nécessité fatale pour personne, et il ne paraît irrésistible qu'à ceux qus
s'y abandonnent avec complaisance. Si nous avons la volonté de le faire, nous pouvons avoir
aussi celle de faire le bien; c'est pourquoi, ô mon Dieu, nous demandons votre assistance et
celle des bons Esprits pour résister à la tentation.
VII. Ainsi soit-il.
Plaise à vous, Seigneur, que nos désirs s'accomplissent! Mais nous nous inclinons
devant votre sagesse infinie. Sur toutes les choses qu'il ne nous est pas donné de comprendre,
qu'il soit fait selon votre sainte volonté, et non selon la nôtre, car vous ne voulez que notre
bien, et vous savez mieux que nous ce qui nous est utile.
Nous vous adressons cette prière, ô mon Dieu! pour nous-mêmes; nous vous
l'adressons aussi pour toutes les âmes souffrantes, incarnées ou désincarnées, pour nos amis et
nos ennemis, pour tous ceux qui réclament notre assistance, et en particulier pour N....
Nous appelons sur tous votre miséricorde et votre bénédiction.
Nota. On peut formuler ici ce dont on remercie Dieu, et ce que l'on demande pour soimême ou pour autrui. (Voir ci-après les prières nos 26, 27.)
387
PRIÈRES GÉNÉRALES.
Réunions spirites.
4. En quelque lieu que se trouvent deux ou trois personnes assemblées en mon nom, je
m'y trouve au milieu d'elles. (Saint Matthieu, ch. XVIII, v. 20.)
5. PRÉFACE. Être assemblés au nom de Jésus ne veut pas dire qu'il suffit d'être réunis
matériellement, mais de l'être spirituellement, par la communauté d'intention et de pensées
pour le bien; alors Jésus se trouve au milieu de l'assemblée, lui ou les purs Esprits qui le
représentent. Le Spiritisme nous fait comprendre comment les Esprits peuvent être parmi
nous. Ils y sont avec leur corps fluidique ou spirituel, et avec l'apparence qui nous les ferait
reconnaître s'ils se rendaient visibles. Plus ils sont élevés dans la hiérarchie, plus est grande
leur puissance de rayonnement; c'est-ainsi qu'ils possèdent le don d'ubiquité et qu'ils peuvent
se trouver sur plusieurs points simultanément: il suffit pour cela d'un rayon de leur pensée.
Par ces paroles, Jésus a voulu montrer l'effet de l'union et de la fraternité; ce n'est pas
le plus ou moins grand nombre qui l'attire, puisque, au lieu de deux ou trois personnes, il
aurait pu dire dix ou vingt, mais le sentiment de charité qui les anime à l'égard les unes des
autres; or, pour cela, il suffit qu'il y en ait deux. Mais si ces deux personnes prient chacune de
leur côté, bien qu'elles s'adressent à Jésus, il it'y a point entre elles communion de pensées, si
surtout elles ne sont pas mues par un sentiment de bienveillance mutuelle; si môme elles se
voient d'un mauvais oeil, avec haine, envie ou jalousie, les courants fluidiques de leurs pensées
se repoussent au lieu de s'unir par un commun élan de sympathie, et alors Elles ne sont point
assembléss au nom de Jésus; Jésus n'est que le prétexte de la réunion, et non le véritable
mobile. (Ch. XXVII, nº 9.)
Ceci n'implique point qu'il soit sourd à la voix d'une seule personne; s'il n'a point dit:
“Je viendrai vers quiconque m'appellera,” c'est qu'il exige avant tout l'amour du prochain dont
on peut donner plus de preuves quand on est plusieurs que dans l'isolement, et que tout
sentiment personnel l'éloigne; il s'ensuit que si, dans une assemblée nombreuse, deux ou trois
personnes seulement s'unissent de coeur par le sentiment d'une
388
CHAPITRE XXVIII.
véritable charité, tandis que les autres s'isolent et se concentrent dans des pensées égoïstes ou
mondaines, il sera avec les premières et non avec les autres. Ce n'est donc pas la simultanéité
des paroles, des chants ou des actes extérieurs qui constitue la réunion au nom de Jésus, mais
la communion de pensées conformes à l'esprit de charité personnifié dans Jésus. (Ch. X, nos 7,
8; ch. XXVII, nos 2, 3, 4.)
Tel doit être le caractère des réunions spirites sérieuses, de celles où l'on veut
sincèrement le concours des bons Esprits.
6. PRIÈRE. (Au commencement de la réunion).
- Nous prions le Seigneur Dieu Tout-Puissaut de nous envoyer de bons Esprits pour
nous assister, d'éloigner ceux qui pourraient nous induire en erreur, et de nous donner la
lumière nécessaire pour distinguer la vérité de l'imposture.
Ecartez aussi les Esprits malveillants, incarnés ou désincarnés, qui pourraient tenter de
jeter la désunion parmi nous, et nous détourner de la charité et de l'amour du prochain. Si
quelques-uns cherchaient à s'introduire ici, faites qu'ils ne trouvent accès dans le coeur d'aucun
de nous.
Bons Esprits qui daignez venir nous instruire, rendez-nous dociles à vos conseils;
détournez-nous de toute pensée d'égoïsme, d'orgueil, d'envie et de jalousie; inspirez-nous
l'indulgence et la bienveillance pour nos semblables présents ou absents, amis ou ennemis;
faites enfin qu'aux sentiments dont nous serons animés, nous reconnaissions votre salutaire
influence.
Donnez aux médiums que vous chargerez de nous transmettre vos enseignements la
conscience de la sainteté du mandat qui leur est confié et de la gravité de l'acte qu'ils vont
accomplir, afin qu'ils y apportent la ferveur et le recueillement nécessaires.
389
PRIÈRES GÉNÉRALES.
Si, dans l'assemblée, il se trouvait des personnes qui y fussent attirées par d'autres
sentiments que celui du bien, ouvrez leurs yeux à la lumière, et pardonnez-leur, comme nous
leur pardonnons si elles venaient avec des intentions malveillantes.
Nous prions notamment l'Esprit de N..., notre guide spirituel, de nous assister et de
veiller sur nous.
7. (A la fin de la réunion.) - Nous remercions les bons Esprits qui ont bien voulu venir
se communiquer à nous; nous les prions de nous aider à mettre en pratique les instructions
qu'ils nous ont données, et de faire qu'en sortant d'ici chacun de nous se sente fortifié dans la
pratique du bien et de l'amour du prochain.
Nous désirons également que ces instructions soient profitables aux Esprits souffrants,
ignorants ou vicieux, qui ont pu assister à cette réunion, et sur lesquels nous appelons la
miséricorde de Dieu.
Pour les médiums.
8. Dans le derniers temps, dit le Seigneur, je répandrai de mon Esprit sur toute
chair; vos fils et vos filles prophétiseront; vos jeunes gens auront des visions, et vos
vieillards des songes. - En ces jours-là je répandrai de mon Esprit sur mes serviteurs et
sur mes servantes, et ils prophétiseront. (Actes, ch. II, v. 17, 18.)
9. PRÉFACE. Le Seigneur a voulu que la lumière se fit pour tous les hommes et
pénétrât partout par la voix des Esprits, afin que chacun pût acquérir la preuve de
l'immortalité; c'est dans ce but que les Esprits se manifestent aujourd'hui sur tous les points de
la terre, et la médiumnité qui se révèle chez des personnes de tous âges et de toutes
conditions, chez les
390
CHAPITRE XXVIII.
hommes et chez les femmes, chez les enfants et chez les vieillards, est un des signes de
l'accomplissement des temps prédits.
Pour connaître les choses du monde visible et découvrir les secrets de la nature
matérielle, Dieu a donné à l'homme la vue du corps, les sens et des instruments spéciaux; avec
le télescope il plonge ses regards dans les profondeurs de l'espace, et avec le microscope il a
découvert le monde des infiniment petits. Pour pénétrer dans le mondè invisible, il lui a donné
la médiumnité.
Les médiums sont les interprètes chargés de transmettre aux hommes les
enseignements des Esprits; ou mieux, ce sont les organes matériels par lesquels s'expriment
les Esprits pour se rendre intelligibles aux hommes. Leur mission est sainte, car elle a pour
but d'ouvrir les horizons de la vie éternelle.
Les Esprits viennent instruire l'homme sur ses destinées futures, afin de le ramener
dans la voie du bien, et non pour lui épargner le travail matériel qu'il doit accomplir ici-bas
pour son avancement, ni pour favoriser son ambition et sa cupidité. Voilà ce dont les médiums
doivent se bien pénétrer, pour ne pas mésuser de leur faculté. Celui qui comprend la gravité du
mandat dont il est investi, l'accomplit religieusement; sa conscience lui reprocherait, comme un
acte sacrilége, de faire un amusement et une distraction, pour lui ou les autres, d'une faculté
donnée dans un but aussi sérieux, et qui le met en rapport avec les êtres d'outre-tombe.
Comme interprètes de l'enseignement dçs Esprits, les médiums doivent jouer un rôle
important dans la transformation morale qui s'opère; les services qu'ils peuvent rendre sont en
raison de la bonne direction qu'ils donnent à leur faculté, car ceux qui sont dans une mauvaise
voie sont plus nuisibles qu'utiles à la cause du Spiritisme; par les mauvaises impressions qu'ils
produisent, ils retardent plus d'une conversion. C'est pourquoi il leur sera demandé compte de
l'usage qu'ils auront fait d'une faculté qui leur avait été donnée pour le bien de leurs
semblables.
Le médium qui veut conserver l'assistance des bons Esprits doit travailler à sa propre
amélioration; celui qui veut voir grandir et développer sa faculté doit lui-même grandir mora-
391
PRIÈRES GÉNÉRALES.
lement, et s'abstenir de tout ce qui tendrait à la détourner de son but providentiel.
Si les bons Esprits se servent parfois d'instruments imparfaits, c'est pour donner de
bons conseils et tâcher de les ramener au bien; mais s'ils trouvent des coeurs endurcis, et si
leurs avis ne sont pas écoutés, ils se retirent, et les mauvais ont alors le champ libre. (Ch.
XXIV, nos 11, 12)
L'expérience prouve que, chez ceux qui ne mettent pas à profit les conseils qu'ils
reçoivent des bons Esprits, les communications, après avoir jeté quelque éclat pendant un
certain temps, dégénèrent peu à peu, et finissent par tomber dans l'erreur, le verbiage ou le
ridicule, signe incontestable de l'éloignement des bons Esprits.
Obtenir l'assistance des bons Esprits, écarter les Esprits légers et menteurs, tel doit être
l'objet des efforts constants de tous les médiums sérieux ; sans cela la médiumnité est une
faculté stérile, qui peut même tourner au préjudice de celui qui la possède, car elle peut
dégénérer en obsession dangereuse.
Le médium qui comprend son devoir, au lieu de s'enorgueillir d'une faculté qui ne lui
appartient pas, puisqu'elle peut lui être retirée, rapporte à Dieu les bonnes choses qu'il obtient.
Si ses communications méritent des éloges, il n'en tire pas vanité, parce qu'il sait qu'elles sont
indépendantes de son mérite personnel, et il remercie Dieu d'avoir permis que de bons Esprits
vinssent se manifester à lui. Si elles donnent lieu à la critique, il ne s'en offense pas, parce
qu'elles ne sont pas l'oeuvre de son propre Esprit; il se dit qu'il n'a pas été un bon instrument,
et qu'il ne possède pas toutes les qualités nécessaires pour s'opposer à l'immixtion des mauvais
Esprits; c'est pourquoi il cherche à acquérir ces qualités, et demande, par la prière, la force qui
lui manque.
10. PRIÈRE - Dieu Tout-Puissant, permettez aux bons Esprits de m'assister dans la
communication que je sollicite. Préservez-moi de la présomption de me croire à l'abri des
mauvais Esprits; de l'orgueil qui pourrait m'abuser sur la valeur de ce que j'obtiens; de tout
sentiment contraire à la charité à l'égard des autres
392
CHAPITRE XXVIII.
médiums. Si je suis induit en erreur, inspirez à quelqu'un la pensée de m'en avertir, et à moi
l'humilité qui me fera accepter la critique avec reconnaissance, et prendre pour moi-même, et
non pour les autres, les conseils que voudront bien me dicter les bons Esprits.
Si j'étais tenté d'abuser en quoi que ce soit, ou de tirer vanité de la faculté qu'il vous a
plu de m'accorder, je vous prie de me la retirer, plutôt que de permettre qu'elle soit détournée
de son but providentiel, qui est le bien de tous, et mon propre avancement moral.
II. PRIÈRES POUR SOI-MÊME.
Aux Anges gardiens et aux Esprits protecteurs.
11. PRÉFACE. Nous avons tous un bon Esprit qui s'est attaché à nous dès notre
naissance et nous a pris sous sa protection. Il remplit auprès de nous la mission d'un père
auprès de son enfant: celle de nous conduire dans la voie du bien et du progrès à travers les
éprouves de la vie. Il est heureux quand nous répondons à sa sollicitude; il gémit quand il nous
voit succomber.
Son nom nous importe peu, car il peut n'avoir point de nom connu sur la terre; nous
l'invoquons alors comme notre ange gardien, notre bon génie; nous pouvons même l'invoquer
sous le nom d'un Esprit supérieur quelconque pour lequel nous nous sentons plus
particulièrement de la sympathie.
Outre notre ange gardien, qui est toujours un Esprit supérieur, nous avons des Esprits
protecteurs qui, pour être moins élevés, n'en sont pas moins bons et bienveillants; ce sont, ou
des parents, ou des amis, on quelquefois des personnes que nous n'avons pas connues dans
notre existence actuelle. Ils nous assistent par leurs conseils, et souvent par leur intervention
dans les actes de notre vie.
Les Esprits sympathiques sont ceux qui s'attachent à nous par une certaine similitude
de goûts et de penchants; ils peu-
393
PRIÈRES POUR SOI-MÊME.
vent être bons ou mauvais, selon la nature des inclinations qui les attirent vers nous.
Les Esprits séducteurs s'efforcent de nous détourner de la voie du bien, en nous
suggérant de mauvaises pensées. Ils profitent de toutes nos faiblesses comme d'autant de
portes ouvertes qui leur donnent accès dans notre âme. Il en est qui s'acharnent après nous
comme sur une proie, mais ils s'éloignent lorsqu'ils reconnaissent leur impuissance à lutter
contre notre volonté.
Dieu nous a donné un guide principal et supérieur dans notre ange gardien, et des
guides secondaires dans nos Esprits protecteurs et familiers; mais c'est une erreur de croire
que nous avons forcément un mauvais génie placé près de nous pour contre-balancer les
bonnes influences. Les mauvais Esprits viennent volontairement, selon qu'ils trouvent prise sur
nous par notre faiblesse ou notre négligence à suivre les inspirations des bons Esprits; c'est
donc nous qui les attirons. Il en résulte qu'on n'est jamais privé de l'assistance des bons Esprits,
et qu'il dépend de nous d'écarter les mauvais. Par ses imperfections, l'homme étant la première
cause des misères qu'il endure est le plus souveut son propre mauvais génie. (Ch. V, nº 4.)
La prière aux anges gardiens et aux Esprits protecteurs doit avoir pour but de solliciter
leur intervention auprès de Dieu, de leur demander la force de résister aux mauvaises
suggestions, et leur assistance dans les besoins de la vie.
12. PRIÈRE. - Esprits sages et bienveillants, messagers de Dieu, dont la mission est
d'assister les hommes et de les conduire dans la bonne voie, soutenez-moi dans les épreuves de
cette vie; donnez-moi la force de les subir sans murmure; détournez de moi les mauvaises
pensées, et faites que je ne donne accès à aucun des mauvais Esprits qui tenteraient de
m'induire au mal. Éclairez ma conscience sur mes défauts, et levez de dessus mes yeux le voile
de l'orgueil qui pourrait m'empêcher de les apercevoir et de me les avouer à moi-même.
Vous surtout, N..., mou ange gardien, qui veillez
394
CHAPITRE XXVIII.
plus particulièrement sur moi, et vous tous, Esprits protecteurs qui vous intéressez à moi,
faites que je me rende digne de votre bienveillance. Vous connaissez mes besoins, qu'il y soit
satisfait selon la volonté de Dieu.
13. (Autre). - Mon Dieu, permettez aux bons Esprits qui m'entourent de venir à mon
aide lorsque je suis dans la peine, et de me soutenir si je chancelle. Faites, Seigneur, qu'ils
m'inspirent la foi, l'espérance et la charité; qu'ils soient pour moi un appui, un espoir et une
preuve de votre miséricorde; faites enfin que je trouve près d'eux la force qui me manque dans
les épreuves de la vie, et, pour résister aux suggestions du mal, la foi qui sauve et l'amour qui
console.
14. (Autre). - Esprits bien-aimés, anges gardiens, vous à qui Dieu, dans son infinie
miséricorde, permet de veiller sur les hommes, soyez nos protecteurs dans les épreuves de
notre vie terrestre. Donnez-nous la force, le courage et la résignation; inspirez-nous tout ce
qui est bon, retenez-nous sur la pente du mal; que votre douce influence pénètre notre âme;
faites que nous sentions qu'un ami dévoué est là, près de nous, qu'il voit nos souffrances et
partage nos joies.
Et vous, mon bon ange, ne m'abandonnez pas; j'ai besoin de toute votre protection
pour supporter avec foi et amour les épreuves qu'il plaira à Dieu de m'envoyer.
Pour éloigner les mauvais Esprits.
15. Malheur à vous, Scribes et Pharisiens hypocrites, parce que vous nettoyez le
dehors de la coupe et du plat, et que vous êtes lu dedans pleins de rapines et d'impuretés. Pharisiens aveugles, nettoyez premièrement le dedans de la coupe et du
395
PRIÈRES POUR SOI-MÊME.
plat, afin que le dehors en soit net aussi. - Malheur à vous, Scribes et Pharisiens hypocrites!
parce que vous êtes semblables à des sépulcres blanchis, qui au dehors paraissent beaux aux
yeux des hommes, mais qui, au dedans, sont pleins de toute sorte de pourriture. - Ainsi, au
dehors vous paraissez justes aux yeux des hommes, mais au dedans vous êtes pleins
d'hypocrisie et d'iniquités. (Saint Matthieu, ch. XXIII, v. 25 à 28.)
16. PRÉFACE. Les mauvais Esprits ne vont que là où ils trouvent à satisfaire leur
perversité; pour les éloigner, il ne suffit pas de le demander, ni même de le leur commander: il
faut ôter de soi ce qui les attire. Les mauvais Esprits flairent les plaies de l'âme, comme les
mouches flairent les plaies du coprs; de même que vous nettoyez le corps pour éviter la vermine, nettoyez aussi l'âme de ses impuretés pour éviter les mauvais Esprits. Comme nous
vivons dans un monde où pullulent les mauvais Esprits, les bonnes qualités du coeur lie
mettent pas toujours à l'abri de leurs tentatives, mais elles donnent la force de leur résister.
17. PRIÈRE. -Au nom de Dieu Tout-Puissant, que les mauvais Esprits s'éloignent de
moi, et que les bons me servent de rempart contre eux!
Esprits malfaisants qui inspirez aux hommes de mauvaises pensées; Esprits fourbes et
menteurs qui les trompez; Esprits moqueurs qui vous jouez de leur crédulité, je vous repousse
de toutes les forces de mon âme et ferme l'oreille à vos suggestions; mais j'appelle sur vous la
miséricorde de Dieu.
Bons Esprits qui daignez m'assister, donnez-moi la force de résister à l'influence des
mauvais Esprits, et les lumières nécessaires pour n'être pas dupe de leurs fourberies.
Préservez-moi de l'orgueil et de la présomption; écartez de mon coeur la jalousie, la haine, la
malveillance et tout sentiment contraire à la charité, qui sont autant de portes ouvertes à
l'Esprit du mal.
396
CHAPITRE XXVIII.
Pour demander à se corriger d'un défaut.
18. PRÉFACE. Nos mauvais instincts sont le résultat de l'imperfection de notre propre
Esprit, et non de notre organisation, autrement l'homme échapperait à toute espèce de
responsabilité. Notre amélioration dépend de nous, car tout homme qui a la jouissance de ses
facultés a, pour toutes choses, la liberté de faire ou de ne pas faire; il ne lui manque, pour faire
le bien, que la volonté. (Ch. XV, nº 10; ch. XIX, nº 12.)
19. PRIÈRE. - Vous m'avez donné, ô mon Dieu, l'intelligence nécessaire pour
distinguer ce qui est bien de ce qui est mal; or, du moment que je reconnais qu'une chose est
mal, je suis coupable de ne pas m'efforcer d'y résister.
Préservez-moi de l'orgueil qui pourrait m'empêcher de m'apercevoir de mes défauts, et
des mauvais Esprits qui pourraient m'exciter à y persévérer.
Parmi mes imperfections, je reconnais que je suis particulièrement enclin à . . . , et si je
ne résiste pas à cet entraînement, c'est par l'habitude que j'ai contractée d'y céder.
Vous ne m'avez pas créé coupable, parce que vous êtes juste, niais avec une aptitude
égale pour le bien et pour le mal; si j'ai suivi la mauvaise voie, c'est par un effet de mon libre
arbitre. Mais par la raison que j'ai eu la liberté de faire le mal, j'ai celle de faire le bien, par
conséquent j'ai celle de changer de route.
Mes défauts actuels sont un reste des imperfections que j'ai gardées de mes
précédentes existences; c'est mon péché originel dont je puis me débarrasser par ma volonté et
avec l'assistance des bons Esprits.
Bons Esprits qui me protégez, et vous surtout mon
397
PRIÈRES POUR SOI-MÊME
ange gardien, donnez-moi la force de résister aux mauvaises suggestions, et de sortir
victorieux de la lutte.
Les défauts sont les barrières qui nous séparent de Dieu, et chaque défaut dompté est
un pas fait dans la voie de l'avancement qui doit me rapprocher de lui.
Le Seigneur, dans son infinie miséricorde, a daigné m'accorder l'existence actuelle pour
qu'elle servît à mon avancement; bons Esprits, aidez-moi à la mettre à profit, afin qu'elle ne
soit pas perdue pour moi, et que, lorsqu'il plaira à Dieu de m'en retirer, j'en sorte meilleur que
je n'y suis entré (Ch. V, nº 5; ch. XVII, nº 3.)
Pour demander à résister à une tentation.
20. PRÉFACE. Toute mauvaise pensée peut avoir deux sources: la propre
imperfection de notre âme, ou une funeste influence qui agit sur elle; dans ce dernier cas, c'est
toujours l'indice d'une faiblesse qui nous rend propres à recevoir cette influence, et par
conséquent d'une âme imparfaite; de telle sorte que celui qui faillit ne saurait invoquer pour
excuse l'influence d'un Esprit étranger, puisque cet Esprit ne l'aurait point sollicité au mal, s'il
l'avait jugé inaccessible à la séduction.
Quand une mauvaise pensée surgit en nous, nous pouvons donc nous représenter un
Esprit malveillant nous sollicitant au mal, et auquel nous sommes tout aussi libres de céder ou
de résister que s'il s'agissait des sollicitations d'une personne vivante. Nous devons en même
temps nous représenter notre ange gardien, ou Esprit protecteur qui, de son côté, combat en
nous la mauvaise influence, et attend avec anxiété la décision que nous allons prenlre. Notre
hésitation à faire le mal est la voix du bon Esprit qui se fait entendre par la conscience.
On reconnaît qu'une pensée est mauvaise quand elle s'écarte de la cbarité, qui est la
base de toute vraie morale; quand elle a pour principe l'orgueil, la vanité ou l'égoïsme; quand
sa réalisation peut causer un préjudice quelconque à autrui; quand,
398
CHAPITRE XXVIII.
enfin, elle nous sollicite à faire aux autres ce que nous ne voudrions pas qu'on nous fît. (Ch.
XXVIII, nº 15; ch. XV, nº 10.)
21. PRIÈRE. - Dieu Tout-Puissant, ne me laissez pas succomber à la tentation que j'ai
de faillir. Esprits bienveillants qui me protégez, détournez de moi cette mauvaise pensée, et
donnez-moi la force de résister à la suggestion du mal. Si je succombe, j'aurai mérité
l'expiation de ma faute en cette vie et en l'autre, parce que je suis libre de choisir.
Action de grâces pour une victoire obtenue sur
une tentation.
22. PRÉFACE. Celui qui a résisté à une tentation le doit à l'assistance des bons Esprits
dont il a écouté la voix. Il doit en remercier Dieu et son ange gardien.
23. PRIÈRE. - Mon Dieu, je vous remercie de m'avoir permis de sortir victorieux de la
lutte que je viens de soutenir contre le mal; faites que cette victoire me donne la force de
résister à de nouvelles tentations.
Et vous, mon ange gardien, je vous remercie de l'assistance que vous m'avez donnée.
Puisse ma soumission à vos conseils me mériter de nouveau votre protection!
Pour demander un conseil.
24. PRÉFACE. Lorsque nous sommes indécis de faire ou de ne pas faire une chose,
nous devons avant tout nous poser à nous-mêmes les questions suivantes:
1º La chose que j'hésite à faire peut-elle porter un préjudice quelconque à autrui?
2º Peut-elle être utile à quelqu'un?
399
PRIÈRES POUR SOI-MÊME.
3º Si quelqu'un faisait cette chose à mon égard, en serais-je satisfait?
Si la chose n'intéresse que soi, il est permis de mettre en balance la somme des
avantages et des inconvénients personnels qui peuvent en résulter.
Si elle intéresse autrui , et qu'en faisant du bien à l'un elle puisse faire du mal à un
autre, il faut également peser la somme du bien et du mal pour s'abstenir ou agir.
Enfin, même pour les meilleures choses, il faut encore considérer l'opportunité et les
circonstances accessoires, car une chose bonne en elle-même peut avoir de mauvais résultats
entre des mains inhabiles, et si elle n'est pas conduite avec prudence et circonspection. Avant
de l'entreprendre, il convient de consulter ses forces et ses moyens d'exécution.
Dans tous les cas, on peut toujours réclamer l'assistance de ses Esprits protecteurs en
se souvenant de cette sage maxime: Dans le doute, abstiens-toi. (Ch. XXVIII, nº 38.)
25. PRIÈRE. - Au nom de Dieu Tout-Puissant, bons Esprits qui me protégez, inspirezmoi la meilleure résolution à prendre dans l'incertitude où je suis. Dirigez ma pensée vers le
bien, et détournez l'influence de ceux qui tenteraient de m'égarer,
Dans les afflictions de la vie.
26. PRÉFACE. Nous pouvons demander à Dieu des faveurs terrestres, et il peut nous
les accorder lorsqu'elles ont un but utile et sérieux; mais comme nous jugeons l'utilité des
choses à notre point de vue, et que notre vue est bornée au présent, nous ne voyons pas
toujours le mauvais côté de ce que nous souhaitons. Dieu, qui voit mieux que nous, et ne veut
que notre bien, peut donc nous refuser, comme un père refuse à son enfant ce qui pourrait lui
nuire. Si ce que nous demandons ne nous est pas accordé, nous ne devons en concevoir aucun
découragement; il faut penser, au contraire, que la privation de ce que nous désirons nous est
imposée comme épreuve ou
400
CHAPITRE XXVIII.
comme expiation, et que notre récompense sera proportionnée à la résignation avec laquelle
nous l'aurons supportée. (Ch. XXVII, nº 6; ch. II, nos 5, 6, 7.)
27. PRIÈRE. - Dieu Tout-Puissant qui voyez nos misères, daignez écouter
favorablement les voeux que je vous adresse en ce moment. Si ma demande est inconsidérée,
pardonnez-la-moi; si elle est juste et utile à vos yeux, que les bons Esprits qui exécutent vos
volontés me viennent en aide pour son accomplissement.
Quoi qu'il en advienne, mon Dieu, que votie volonté soit faite. Si mes désirs ne sont
pas exaucés, c'est qu'il entre dans vos desseins de m'éprouver, et je me soumets sans murmure.
Faites que je n'en conçoive aucunt découragement, et que ni ma foi ni ma résignation n'en
soient ébranlées.
(Formuler sa demande.)
Action de grâces pour une faveur obtenue.
28. PRÉFACE. Il ne faut point considérer seulement comme des événements heureux
les choses de grande importance; les plus petites en apparence sont souvent celles qui influent
le plus sur notre destinée. L'homme oublie aisément le bien, et se souvient plutôt de ce qui
l'afflige. Si nous enregistrions jour par jour les bienfaits dont nous sommes l'objet, sans les
avoir demandés, nous serions souvent étonnés d'en avoir tant reçu qui se sont effacés de notre
mémoire, et humiliés de notre ingratitude.
Chaque soir, en élevant notre âme à Dieu, nous devons rappeler en nous-mêmes les
faveurs qu'il nous a accordées pendant la journée, et l'en remercier. C'est surtout au moment
même où nous éprouvons l'eflet de sa bonté et de sa protection que, par un mouvement
spontané, nous devons lui en témoigner notre gratitude; il suffit pour cela d'une pensée lui
reportant le bienfait, sans qu'il soit besoin de se détourner de son travail.
401
PRIÈRES POUR SOI-MÊME.
Les bienfaits de Dieu ne consistent pas seulement dans les choses matérielles; il faut
également le remercier des bonnes idées, des inspirations heureuses qui nous sont suggérées.
Tandis que l'orgueilleux s'en fait un mérite, que l'incrédule les attribue au hasard, celui qui a la
foi en rend grâce à Dieu et aux bons Esprits. Pour cela, de longues phrases sont inutiles:
“Merci, mon Dieu, de la bonne pensée qui m'est inspirée,” en dit plus que beaucoup de
paroles. L'élan spontané qui nous fait reporter à Dieu ce qui nous arrive de bien témoigne
d'une habitude de reconnaissance et d'humilité qui nous concilie la sympathie des bons Esprits.
(Ch, XXVII, nos 7, 8.)
29. PRIÈRE. - Dieu infiniment bon, que votre nom soit béni pour les bienfaits que
vous m'avez accordés; j'en serais indigne si je les attribuais au hasard des événements ou à
mon propre mérite.
Bons Esprits qui avez été les exécuteurs des volontés de Dieu, et vous surtout, mon
ange gardien, je vous remercie. Détournez de moi la pensée d'en concevoir de l'orgueil, et d'en
faire un usage qui ne serait pas pour le bien.
Je vous remercie notamment de....
Acte de soumission et de résignation.
30. PRÉFACE. Quand un sujet d'affliction nous arrive, si nous en cherchons la cause,
nous trouverons souvent qu'il est la suite de notre imprudence, de notre imprévoyance ou
d'une action antérieure; dans ce cas, nous ne devons nous en prendre qu'à nous-mêmes. Si la
cause d'un malheur est indépendante de toute participation qui soit notre fait, c'est ou une
épreuve pour cette vie, ou l'expiation d'une existence passée, et, dans ce dernier cas, la nature
de l'expiation peut nous faire connaître la nature de la faute, car nous sommes toujours punis
par où nous avons péché. (Ch. v, nos 4, 6 et suiv.)
Dans ce qui nous afflige, nous ne voyons en général que le mal présent, et non les
conséquences ultérieures favorables
402
CHAPITRE XXVIII.
que cela peut avoir. Le bien est souvent la suite d'un mal passager, comme la guérison d'un
malade est le résullat des moyens douloureux que l'on emploie pour l'obtenir. Dans tous les
cas, nous devons nous soumettre à la volonté de Dieu, supporter avec courage les tribulations
de la vie, si nous voulons qu'il nous en soit tenu compte, et que cette parole du Christ nous
soit appliquée: Bienheureux ceux qui souffrent. (Ch. V, nº 18.)
31. PRIÈRE. - Mon Dieu, vous êtes souverainement juste; toute souffrance ici-bas doit
donc avoir sa cause et son utilité. J'accepte le sujet d'affliction que je viens d'éprouver comme
une expiation de mes fautes passées et une épreuve pour l'avenir.
Bons Esprits qui me protégez, donnez-moi la force de le supporter sans murmure;
faites qu'il soit pour moi un avertissement salutaire; qu'il accroisse mon expérience; qu'il
combatte on moi l'orgueil, l'ambition, la sotte vanité et l'égoïsme, et qu'il contribue ainsi à mon
avancement.
32. (Autre.) - Je sens, ô mon Dieu, le besoin de vous prier pour me donner la force de
supporter les épreuves qu'il vous a plu de m'envoyer. Permettez que la lumière se fasse assez
vive en mon esprit pour que j'apprécie toute l'étendue d'un amour qui m'afflige pour vouloir
me sauver. Je me soumets avec résignation, ô mon Dieu; mais, hélas! la créature est si faible
que, si vous ne me soutenez, je crains de succomber. Ne m'abandonnez pas, Seigneur, car sans
vous je ne puis rien.
33. (Autre.) - J'ai levé mes regards vers toi, ô Eternel, et je me suis senti fortifié. Tu es
ma force, ne m'abandonne pas; ô Dieu! je suis écrasé sous le poids de mes
403
PRIÈRES POUR SOI-MÊME.
iniquités! aide-moi; tu connais la faiblesse de ma chair, et tu ne détournes pas tes regards de
dessus moi!
Je suis dévoré d'une soif ardente; fais jaillir la source d'eau vive, et je serai désaltéré.
Que ma bouche ne s'ouvre que pour chanter tes louanges et non pour murmurer dans les
afflictions de ma vie. Je suis faible, Seigneur, mais ton amour me soutiendra.
O Eternel! toi seul es grand, toi seul es la fin et le but de ma vie. Ton nom soit béni, si
tu me frappes, car tu es le maître et moi le serviteur infidèle; je courberai mon front sans me
plaindre, car toi seul es grand, toi seul es le but.
Dans un péril imminent.
34. PRÉFACE. Par les dangers que nous courons, Dieu nous rappelle notre faiblesse et
la fragilité de notre existence. Il nous montre que notre vie est entre ses mains, et qu'elle tient
a un fil qui peut se briser au moment où nous nous y attendons le moins. Sous ce rapport, il
n'y a de privilége pour personne, car le grand et le petit sont soumis aux mêmes alternatives.
Si l'on examine la nature et les conséquences du péril, on verra que le plus souvent ces
conséquences, si elles se fussent accomplies, auraient été la punition d'une faute commise ou
d'un devoir négligé.
35. PRÈRE. - Dieu Tout-Puissant, et vous, mon ange gardien, secourez-moi! Si je dois
succomber, que la volonté de Dieu soit faite. Si je suis sauvé, que le reste de ma vie répare le
mal que j'ai pu faire et dont je me repens.
Action de grâces après avoir échappé à un danger.
36. PRÉFACE. Par le danger que nous avons couru, Dieu nous montre que nous
pouvons d'un moment à l'autre être
404
CHAPITRE XXVIII.
appelés à rendre compte de l'emploi que nous avons fait de la vie; il nous avertit ainsi de
rentrer en nous-mêmes et de nous amender.
37. PRIÈRE. - Mon Dieu, et vous, mon ange gardien, je vous remercie du secours que
vous m'avez envoyé dans le péril qui m'a menacé. Que ce danger soit pour moi un
avertissement, et qu'il m'éclaire sur les fautes qui ont pu me l'attirer. Je comprends, Seigneur,
que ma vie est entre vos mains, et que vous pouvez me la retirer quand il vous plaira. Inspirezmoi, par les bons Esprits qui m'assistent, la pensée d'employer utilement le temps que vous
m'accordez encore ici-has.
Mon ange gardien, soutenez-moi dans la résolution que je prends de réparer mes torts
et de faire tout le bien qui sera on mon pouvoir, afin d'arriver chargé de moins d'imperfections
dans le monde des Esprits quand il plaira à Dieu de m'y appeler.
Au moment de s'endormir.
38. PRÉFACE. Le sommeil est le repos du corps, mais l'Esprit n'a pas besoin de repos.
Pendant que les sens sont engourdis, l'âme se dégage en partie de la matière, et jouit de ses
facultés d'Esprit. Le sommeil a été donné à l'homme pour la réparation des forces organiques
et pour celle des forces morales. Pendant que le corps récupère les éléments quil a perdus par
l'activité de la veille, l'Esprit va se retremper parmi les autres Esprits; il puise dans ce qu'il voit,
dans ce qu'il entend et dans les conseils qu'on lui donne, des idées qu'il retrouve au réveil à
l'état d'intuition; c'est le retour temporaire de l'exilé dans sa véritable patrie; c'est le prisonnier
momentanément rendu à la liberté.
Mais il arrive, comme pour le prisonnier pervers, que l'Esprit ne met pas toujours à
profit ce moment de liberté pour son avancement; s'il a de mauvais instincts, au lieu de
chercher la compagnie des bons Esprits, il cherche celle de ses
405
PRIÈRES POUR SOI-MÊME.
pareils, et va visiter les lieux où il peut donner un libre cours à ses penchants.
Que celui qui est pénétré de cette vérité élève sa pensée au moment où il sent les
approches du sommeil; qu'il fasse appel aux conseils des bons Esprits et de ceux dont la
mémoire lui est chère, afin qu'ils viennent se réunir à lui dans le court intervalle qui lui est
accordé, et au réveil il se sentira plus de force contre le mal, plus de courage contre l'adversité.
39. PRIÈRE. - Mon âme va se trouver un instant avec les autres Esprits. Que ceux qui
sont bons viennent m'aider de leurs conseils. Mon ange gardien, faites qu'à mon réveil j'en
conserve une impression durable et salutaire.
En prévision de sa mort prochaine.
40. PRÉFACE. La foi en l'avenir, l'élévation de la pensée, pendant la vie, vers les
destinées futures, aident au prompt dégagement de l'Esprit, en affaiblissant les liens qui le
retiennent au corps, et souvent la vie corporelle n'est point encore éteinte que l'âme,
impatiente, a déjà pris son essor vers l'immensité. Chez l'homme, au contraire, qui concentre
toutes ses pensées sur les choses matérielles, ces liens sont plus tenaces, la separation est
pénible et douloureuse, et le réveil d'outre-tombe est plein de trouble et d'anxiété.
41. PRIÈRE. - Mon Dieu, je crois en vous et en votre bonté infinie; c'est pourquoi je
ne puis croire que vous ayez donné à l'homme l'intelligence de vous connaître et l'aspiration
vers l'avenir pour le plonger dans le néant.
Je crois que mon corps n'est que l'enveloppe périssable de mon âme, et que, lorsqu'il
aura cessé de vivre, je me réveillerai dans le monde des Esprits.
Dieu Tout-Puissant, je sens se briser les liens qui
406
CHAPITRE XXVIII.
unissent mon âme à mon corps, et bientôt je vais avoir à rendre compte de l'emploi de la vie
que je quitte.
Je vais subir les conséquences du bien et du mal que j'ai fait; là, il n'y a plus d'illusion,
plus de subterfuge possible; tout mon passé va se dérouler devant moi, et je serai jugé selon
mes oeuvres.
Je n'emporterai rien des biens de la terre; honneurs, richesses, satisfactions de la vanité
et de l'orgueil, tout ce qui tient au corps enfin va rester ici-bas; pas la moindre parcelle ne me
suivra, et rien de tout cela ne me sera du moindre secours dans le monde des Esprits. Je
n'emporterai avec moi que ce qui tient à l'âme, c'est-à-dire les bonnes et les mauvaises qualités
qui seront pesées dans la balance d'une rigoureuse justice, et je serai jugé avec d'autant plus de
sévérité que ma position sur la terre m'aura donné plus d'occasions de faire le bien que je n'ai
pas fait. (Ch. XVI, nº 9.)
Dieu de miséricorde, que mon repentir parvienne jusqu'à vous! Daignez étendre sur
moi votre indulgen ce.
S'il vous plaisait de prolonger mon existence, que le reste soit employé à réparer autant
qu'il est ci' moi le mal que j'ai pu faire. Si mon heure est sonnée saus retour, j'emporte la
pensée consolante qu'il me sera permis de me racheter par de nouvelles éprèuves~ ahu de
mériter un jour le bonheur des élus.
S'il ne m'est pas donné de jouir immédiatement de cette félicité sans mélange qui n'est
le partage que du juste par excellence, je sais que l'espoir ne m'est pas interdit pour toujours,
et qu'avec le travail j'arriverai au but, plus tôt ou plus tard, selon mes efforts.
Je sais que de bons Esprits et mon ange gardien sont Id", près de moi, pour me
recevoir; dans peu je les
407
PRIÈRES POUR AUTRUI.
verrai comme ils me voient. Je sais que je retrouverai ceux que j'ai aimés sur la terre, si je l'ai
mérité, et que ceux que j'y laisse viendront me rejoindre pour être un jour tous à jamais réunis,
et qu'en attendant je pourrai venir les visiter.
Je sais aussi que je vais retrouver ceux que j'ai offensés; puissent-ils me pardonner ce
qu'ils peuvent avoir à me rapprocher: mon orgueil, ma dureté, mes injustices, et ne pas
m'accabler de honte par leur présence!
Je pardonne à ceux qui m'ont fait ou voulu du mal sur la terre; je n'emporte aucune
haine contre eux, et je prie Dieu de leur pardonner.
Seigneur, donnez-moi la force de quitter sans regrets les joies grossières de ce monde
qui ne sont rien auprès des joies pures du monde où je vais entrer. Là, pour le juste, il n'est
plus de tourments, plus de souffrances, plus de misères; le coupable seul souffre, mais il lui
reste l'espérance.
Bons Esprits, et vous, mon ange gardien, ne me laissez pas faillir en ce moment
suprême; faites luire à mes yeux la divine lumière, afin de ranimer ma foi si elle venait à
s'ébranler.
Nota. - Voir ci-après paragraphe V: Prières pour les malades et les obsédés.
III. PRIÉRES POUR AUTRUI.
Pour quelqu'un qui est dans l'affliction.
42. S'il est dans l'intérêt de l'affligé que son épreuve suive son cours, elle ne sera pas
abrégée à notre demande; mais ce serait faire acte d'impiété si l'on se décourageait parce que la
demande n'est pas exaucée; d'ailleurs, à défaut de cessation de
408
CHAPITRE XXVIII.
l'épreuve, on peut espérer obtenir quelque autre consolation qui en tempère l'amertume. Ce
qui est véritablement utile pour celui qui est dans la peine, c'est le courage et la résigna-tion,
sans lesquels ce qu'il endure est sans profit pour lui, parce qu'il sera obligé de recommencer
l'épreuve. C'est donc vers ce but qu'il faut surtout diriger ses efforts, soit en appelant les bons
Esprits à son aide, soit en remontant soi-même le moral de l'affligé par des conseils et des
encouragements, soit enfin on l'assistant matériellement, si cela se peut. La prière, dans ce cas,
peut en outre avoir un effet direct, en dirigeant sur la personne un courant fluidique en vue de
fortifier son moral. (Ch. V, nos, 5, 27; ch. XXVII, nos 6, 10.)
43. PRIÈRE. - Mon Dieu, dont la bonté est infinie, daignez adoucir l'amertume de la
position de N..., si telle peut être votre volonté.
Bons Esprits, au nom de Dieu Tout-Puissant, je vous supplie de l'assister dans ses
afflictions. Si, dans son intérêt, elles ne peuvent lui être épargnées, faites-lui comprendre
qu'elles sont nécessaires à son avancement. Donnez-lui la confiance on Dieu et en l'avenir qui
les lui rendra moins amères. Donnez-lui aussi la force de ne pas succomber au désespoir qui
lui en ferait perdre le fruit et rendrait sa position future encore plus pénible. Conduisez ma
pensée vers lui, et qu'elle aide à soutenir son courage.
Action de grâces pour un bienfait accordé à autrui.
44. PRÉFACE. Celui qui n'est pas dominé par l'égoïsme se réjouit du bien qui arrive à
son prochain, alors même qu'il ne l'aurait pas sollicité par la prière.
45.PRIÈRE. - Mon Dieu, soyez béni pour le bonheur qui est arrivé à N...
Bons Esprits, faites qu'il y voie un effet de la bonté
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PRIÈRES POUR AUTRUI.
de Dieu. Si le bien qui lui arrive est une épreuve, inspirez-lui la pensée d'en faire un bon usage
et de ne pas en tirer vanité, afin que ce bien ne tourne pas à son préjudice pour l'avenir.
Vous, mon bon génie qui me protégez et désirez mon bonheur, écartez de ma pensée
tout sentiment d'envie et de jalousie.
Pour nos ennemis et ceux qui nous veulent du mal.
46. PRÉFACE. Jésus a dit: Aimez même vos ennemis. Cette maxime est le sublime de
la charité chrétienne; mais par là Jésus n'entend point que nous devons avoir pour nos ennemis
la tendresse que nous avons pour nos amis; il nous dit par ces paroles d'oublier leurs offenses,
de leur pardonner le mal qu'ils nous font, de leur rendre le bien pour le mal. Outre le mérite
qui en résulte aux yeux de Dieu, c'est montrer aux yeux des hommes la véritable supériorité.
(Ch. XII, nos 3, 4.)
47. PRIÈRE. - Mon Dieu, je pardonne à N... le mal qu il m'a fait et celui qu'il a voulu
me faire, comme je désire que vous me pardonniez et qu'il me pardonne lui-même les torts que
je puis avoir. Si vous l'avez placé sur ma route comme une épreuve, que votre volonté soit
faite.
Détournez de moi, ô mon Dieu, l'idée de le maudire et tout souhait malveillant contre
lui. Faites que je n'éprouve aucune joie des malheurs qui pourraient lui arriver, ni aucune peine
des biens qui pourront lui être accordés, afin de ne point souiller mon âme par des pensées
indignes d'un chrétien.
Puisse votre bonté, Seigneur, en s'étendant sur lui, le ramener à de meilleurs sentiments
envers moi!
Bons Esprits, inspirez-moi l'oubli du mal et le sou-
410
CHAPITRE XXVIII.
venir du bien. Que ni la haine, ni la rancune, ni le désir de lui rendre le mal pour le mal
n'entrent dans mon coeur, car la haine et la vengeance n'appartiennent qu'aux mauvais Esprits
incarnés et désincarnés! Que je sois prêt, au contraire, à lui tendre une main fraternelle, à lui
rendre le bien pour le mal, et à lui venir en aide si cela est on mon pouvoir!
Je désire, pour éprouver la sincérité de mes paroles, que l'occasion me soit offerte de
lui être utile; mais surtout, ô mon Dieu, préservez-moi de le faire par orgueil ou ostentation,
en l'accablant par une générosité humiliante, ce qui me ferait perdre le fruit de mon action, car
alors je mériterais que cette parole du Christ me fût appliquée: Vous avez déjà reçu votre
récompense. (Ch. XIII, nos et suiv.)
Action de grâces pour le bien accordé à nos ennemis.
48. PRÉFACE. Ne point souhaiter de mal à ses ennemis, c'est n'être charitable qu'à
moitié; la vraie charité veut que nous leur souhaitions du bien, et que nous soyons heureux de
celui qui leur arrive. (Ch. XII nos 7, 8.)
49. PRIÈRE. - Mon Dieu, dans votre justice, vous avez cru devoir réjouir le coeur de
N... Je vous on remercie pour lui, malgré le mal qu'il m'a fait ou qu'il a cherché à me faire. S'il
en profitait pour m'humilier, je l'accepterais comme une épreuve pour ma charité.
Bons Esprits qui me protégez, ne permettez pas que j'en conçoive aucun regret;
détournez do moi l'envie et la jalousie qui abaissent; inspirez-moi, au contraire, la générosité
qui élève. L'humiliation est dans le mal et non dans le bien, et nous savons que, tôt ou tard,
justice sera rendue à chacun selon ses oeuvres.
411
PRIÈRES POUR AUTRUI.
Pour les ennemis du Spiritisme.
50. Bienheureux ceux qui sont affamés de justice, parce qu' ils seront rassasiés.
Bienheureux ceux qui souffrent persécution pour la justice, parce que le royaume des
cieux est à eux.
Vous serez heureux lorsque les hommes vous chargeront de malédictions, et qu'ils
vous persécuteront, et qu'ils diront faussement toutes sortes de mal contre vous à cause de
moi. - Réjouissez-vous alors, parce qu'une grande récompense vous est réservée dans les
cieux, car c'est ainsi qu'ils ont persécuté les prophètes qui ont été avant vous. (Saint Matthieu,
ch. V, v. 6, 10, 11, 12.)
Ne craignez point ceux qui tuent le corps et qui ne peuvent tuer l'âme; mais craignez
plutôt celui qui peut perdre l'âme et le corps dans l'enfer. (Saint Matthieu, ch. X, v. 28.)
51. PRÉFACE. De toutes les libertés, la plus inviolable est celle de penser, qui
comprend aussi la liberté de conscience. Jeter l'anathème à ceux qui ne pensent pas comme
nous, c'est réclamer cette liberté pour soi et la refuser aux autres, c'est violer le premier
commandement de Jésus: la charité et l'amour du prochain. Les persécuter pour leur croyance,
c'est attenter au droit le plus sacré qu'a tout homme de croire à ce qui lui convient, et d'adorer
Dieu comme il l'entend. Les contraindre à des actes extérieurs semblables aux nôtres, c'est
montrer qu'on tient plus à la forme qu'au fond, aux apparences qu'à la conviction. L'abjuration
forcée n'a jamais donné la foi: elle ne peut faire que des hypocrites; c'est un abus de la force
matérielle qui ne prouve pas la vérité; la verité est sûre d'elle- même: elle convainc et ne
persécute pas, parce qu'elle n'en a pas besoin.
Le Spiritisme est une opinion, une croyance; fût-il même une religion, pourquoi
n'aurait-on pas la liberté de se dire spirite comme on a celle de se dire catholique, juif ou
protestant, partisan de telle ou telle doctrine philosophique, de tel ou tel système économique?
Cette croyance est fausse ou elle est vraie; si elle est fausse, elle tombera d'elle-même, parce
que
412
CHAPITRE XXVIII.
l'erreur ne peut prévaloir contre la vérité quand la lumière se fait dans les intelligences; si elle
est vraie, la persécution ne la rendra pas fausse.
La persécution est le baptême de toute idée nouvelle grande et juste; elle croît avec la
grandeur et l'importance de l'idée. L'acharnement et la colère des ennemis de l'idée est en
raison de la crainte qu'elle leur inspire. C'est pour cette raison que le Christianisme fut
persécuté jadis et que le Spiritisme l'est aujourd'hui, avec cette différence, toutefois, que le
Christianisme le fut par les Païens, tandis que le Spintisme l'est par des Chrétiens. Le temps
des persécutions sanglantes est passé, il est vrai, mais si on ne tue plus le corps, on torture
l'âme; on l'attaque jusque dans ses sentiments les plus intimes, dans ses affections les plus
chères; on divise les familles, on excite la mère contre la fille, la femme contre le mari; on
attaque même le corps dans ses besoins matériels en lui ôtant son gagne-pain pour le prendre
par la famine.(Ch. XXIII, nos 9 et suiv.)
Spirites, ne vous affligez point des coups qu'on vous porte, car ils prouvent que vous
êtes dans la vérité, sans cela on vous laisserait tranquilles, et l'on ne vous frapperait pas. C'est
une épreuve pour votre foi, car c'est à votre courage, à votre résignation, à votre persévérance
que Dieu vous reconnaîtra parmi ses fidèles serviteurs, dont il fait aujourd'hui le
dénombrement pour faire à chacun la part qui lui revient selon ses oeuvres.
A l'exemple des premiers Chrétiens, soyez donc fiers de porter votre croix. Croyez en
la parole du Christ, qui a dit: “Bienheureux ceux qui souffrent persécution pour la justice,
parce que le royaume des cieux est à eux. Ne craignez point ceux qui tuent le corps, mais ne
peuvent tuer l'âme.” Il a dit aussi: “Aimez vos ennemis, faites du bien à ceux qui vous font du
mal, et priez pour ceux qui vous persécutent.” Montrez que vous êtes ses véritables disciples,
et que votre doctrine est bonne en faisant ce qu'il dit et ce qu'il a fait lui-même.
La persécution n'aura qu'un temps; attendez donc patiemment le lever de l'aurore, car
déjà l'étoile du matin se montre à l'horizon. (Ch. XXIV, nos 13 et suiv.)
52. PRIÈRE. - Seigneur, vous nous avez fait dire par
413
PRIÈRES POUR AUTRUI.
la bouche de Jésus, votre Messie: “Bienheureux ceux qui souffrent persécution pour la justice;
pardonnez à vos ennemis; priez pour ceux qui vous persécutent;” et lui-même nous a montré
le chemin en priant pour ses bourreaux.
A son exemple, mon Dieu, nous appelons votre miséricorde sur ceux qui
méconnaissent vos divins préceptes, les seuls qui puissent assurer la paix en ce monde et en
l'autre. Comme Christ, nous vous disons: “Pardonnez-leur, mou Père, car ils ne savent ce
qu'ils font.”
Donnez-nous la force de supporter avec patience et résignation, comme des épreuves
pour notre foi et notre humilité, leurs railleries, leurs injures, leurs calomnies et leurs
persécutions; détournez-nous de toute pensée de représailles, car l'heure de votre justice
sonnera pour tous, et nous l'attendons en nous soumettaut à votre sainte volonté.
Prière pour nu enfant qui vient de naître.
53. PRÉFACE. Les Esprits n'arrivent à la perfection qu'après avoir passé par les
épreuves de la vie corporelle; ceux qui sont errants attendent que Dieu leur permette de
reprendre une existence qui doit leur fournir un moyen d'avancement, soit par l'expiation de
leurs fautes passées au moyen des vicissitudes auxquelles ils sont soumis, soit en remplissant
une mission utile à l'humanité. Leur avancement et leur bonheur futur seront proportionnés à
la manière dont ils auront employé le temps qu'ils doivent passer sur la terre. La charge de
guider leurs premiers pas, et de les diriger vers le bien, est confiée à leurs parents, qui
répondront devant Dieu de la manière dont ils auront accompli leur mandat. C'est pour en
faciliter l'exécution que Dieu a fait de l'amour paternel et de l'amour filial une loi de la nature,
loi qui n'est jamais violée impunément.
54. PRIÈRE. (Par les parents.) - Esprit qui s'est in-
414
CHAPITRE XXVIII.
carné dans le corps de notre enfant, sois le bienvenu parmi nous. Dieu Tout-Puissant qui l'avez
envoyé, soyez béni.
C'est un dépôt qui nous est confié et dont nous devrons compte un jour. S'il appartient
à la nouvelle génération des bons Esprits qui doivent peupler la terre, merci, ô mon Dieu, de
cette faveur! Si c'est une âme imparfaite, notre devoir est de l'aider à progresser dans la voie
du bien par nos conseils et par nos bons exemples; s'il tombe dans le mal par notre faute, nous
en répondrons devant vous, car nous n'aurons pas accompli notre mission envers lui.
Seigneur, soutenez-nous dans notre tàche, et donnez-nous la force et la volonté de la
remplir. Si cet enfant doit être un sujet d'épreuves pour nous, que votre volonté soit faite!
Bons Esprits qui êtes venus présider à sa naissance et qui devez l'accompagner pendant
la vie, ne l'abandonnez pas. Écartez de lui les mauvais Esprits qui tenteraient de l'induire au
mal; donnez-lui la force de résister à leurs suggestions, et le courage de subir avec patience et
résignation les épreuves qui l'attendent sur la terre. (Ch. XIV, nº 9.)
55. (Autre.) - Mon Dieu, vous m'avez confié le sort d'un de vos Esprits; faites,
Seigneur, que je sois digne de la tâche qui m'est imposée; accordez-moi votre protection;
éclairez mon intelligence, afin que je puisse discerner de bonne heure les tendances de celui
que je dois préparer à entrer dans votre paix.
56. (Autre.) - Dieu très bon, puisqu'il t'a plu de permettre à l'Esprit de cet enfant de
venir de nouveau subir
415
PRIÈRES POUR AUTRUI.
les épreuves terrestres destinées à le faire progresser, donne-lui la lumière, afin qu'il apprenne
à te connaître, à t'aimer et à t'adorer. Fais, par ta toute-puissance, que cette âme se régénère à
la source de tes divines instructions, que, sous l'égide de son ange gardien, son intelligence
grandisse, se développe et le fasse aspirer à se rapprocher de plus en plus de toi; que la science
du Spiritisme soit la brillante lumière qui l'éclaire à travers les écueils de la vie; qu'il sache
enfin apprécier toute l'étendue de ton amour qui nous éprouve pour nous purifier.
Seigneur, jette un regard paternel sur la famille à laquelle tu as confié cette âme;
puisse-t-elle comprendre l'importance de sa mission, et faire germer en cet enfant les bonnes
semences jusqu'au jour où il pourra, par ses propres aspirations, s'élever seul vers toi.
Daigne, ô mon Dieu, exaucer cette humble prière au nom et parles mérites de Celui qui
a dit: “Laissez venir à moi les petits enfants, car le royaume des cieux est à ceux qui leur
ressemblent.”
Pour un agonisant.
57.PRÉFACE. L'agonie est le prélude de la séparation de l'âme et du corps; on peut
dire qu'à ce moment l'homme n'a plus qu'un pied en ce monde, et qu'il en a déjà un dans
l'autre. Ce passage est quelquefois pénible pour ceux qui tiennent à la matière et ont plus vécu
pour les biens de ce monde que pour ceux de l'autre, ou dont la conscience est agitée par les
regrets et les remords; pour ceux, au contraire, dont les pensées se sont élevées vers l'infini, et
se sont détachées de la matière, les liens sont moins difficiles à rompre, et les derniers
moments n'ont rien de douloureux; l'âme alors ne tient au corps que par un fil, tandis que, dans
l'autre position, elle y tient par de profondes racines; dans tous les cas la prière exerce une
416
CHAPITRE XXVIII.
action puissante sur le travail de la séparation. (V. ci-après, Prières pour les malades. - Ciel et
Enfer, 2e part., ch. I, Le passage.)
58. PRIÈRE. - Dieu puissant et miséricordieux, voilà une âme qui quitte son enveloppe
terrestre pour retourner dans le monde des Esprits, sa véritable patrie; puisse-t-elle y rentrer
en paix et votre miséricorde s'étendre sur elle.
Bons Esprits qui l'avez accompagnée sur la terre, ne l'abandonnez pas à ce moment
suprême; donnez-lui la force de supporter les dernières souffrances qu'elle doit endurer ici-has
pour son avancement futur; inspirez-la pour qu'elle consacre au repentir de ses fautes les
dernières lueurs d'intelligence qui lui restent , ou qui pourraient momentanément lui revenir.
Dirigez ma pensée, afin que son action rende moins pénible le travail de la séparation,
et qu'elle porte dans son âme, au moment de quitter la terre, les consolations de l'espérance.
IV. PRIÈRES POUR CEUX QUI NE SONT PLUS
SUR LA TERRE.
Pour quelqu'un qui vient de mourir.
59. PRÉFACE. Les prières pour les Esprits qui viennent de quitter la terre n'ont pas
seulement pour but de leur donner un témoignage de sympathie, mais elles ont encore pour
effet d'aider à leur dégagement, et, par là, d'abréger le trouble qui suit toujours la séparation,
et de rendre le réveil plus calme. Mais là encore, comme en toute autre circonstance,
l'efficacité est dans la sincérité de la pensée, et non dans l'abondance de paroles dites avec plus
ou moins de pompe, et auxquelles, le plus souvent, le coeur n'a aucune part.
417
POUR CEUX QUI NE SONT PLUS SUR LA TERRE.
Les prières qui partent du coeur résonnent autour de l'Esprit, dont les idées sont
encore confuses comme les voix amies qui viennent nous tirer du sommeil. (Ch. XXVII, nº
10.)
60. PRIÈRE. - Dieu Tout-Puissant, que votre miséricorde s'étende sur l'âme de N...,
que vous venez de rappeler à vous. Puissent les épreuves qu'il (ou elle) a subies sur la terre lui
être comptées, et nos prières adoucir et abréger les peines qu'il peut encore endurer comme
Esprit!
Bons Esprits qui êtes venus le recevoir, et vous surtout son ange gardien, assistez-le
pour l'aider à se dépouiller de la matière; donnez-lui la lumière et la conscience de lui-même,
afin de le tirer du trouble qui accompagne le passage de la vie corporelle à la vie spirituelle.
Inspirez-lui le repentir des fautes qu'il a pu commettre, et le désir qu'il lui soit permis de les
réparer pour hâter son avancement vers la vie éternelle bienheureuse.
N..., vous venez de rentrer dans le monde des Esprits, et cependant vous êtes ici
présent parmi nous vous nous voyez et nous entendez, car il n'y a de moins entre vous et nous
que le corps périssable que vous venez de quitter et qui bientôt sera réduit en poussière.
Vous avez quitté la grossière enveloppe sujette aux vicissitudes et à la mort, et vous
n'avez conservé que l'enveloppe éthérée, impérissable et inaccessible aux souffrances. Si vous
ne vivez plus par le corps, vous vivez de la vie des Esprits, et cette vie est exempte des
misères qui affligent l'humanité.
Vous n'avez plus le voile qui dérobe à nos veux les splendeurs de la vie future; vous
pourrez désormais
418
CHAPITRE XXVIII.
contempler de nouvelles merveilles tandis que nous sommes encore plongés dans les ténèbres.
Vous allez parcourir l'espace et visiter les mondes en toute liberté, tandis que nous
rampons péniblement sur la terre, où nous retient notre corps matériel, semblable pour nous à
un lourd fardeau.
L'horizon de l'infini va se dérouler devant vous, et en présence de tant de grandeur
vous comprendrez la vanité de nos désirs terrestres, de nos ambitions mondaines et des joies
futiles dont les hommes font leurs délices.
La mort n'est entre les hommes qu'une séparation matérielle de quelques instants. Du
lieu d'exil où nous retient encore la volonté de Dieu, ainsi que les devoirs que nous avons à
remplir ici-bas, nons vous suivrons par la pensée jusqu'au moment où il nous sera permis de
vous rejoindre comme vous avez rejoint ceux qui vous ont précédés.
Si nous ne pouvons aller auprès de vous, vous pouvez venir auprès de nous. Venez
donc parmi ceux qui vous aiment et que vous avez aimés; soutenez-les dans les épreuves de la
vie; veillez sur ceux qui vous sont chers; protégez-les selon votre pouvoir, et adoucissez leurs
regrets par la pensée que vous êtes plus heureux maintenant, et la consolante certitude d'être
un jour réunis à vous dans un monde meilleur.
Dans le monde où vous êtes, tous les ressentiments terrestres doivent s'éteindre.
Puissiez-vous, pour votre bonheur futur, y être désormais inaccessible! Pardonnez donc à ceux
qui ont pu avoir des torts envers vous, comme ils vous pardonnent ceux que vous pouvez
avoir eus envers eux.
419
POUR CEUX QUI NE SONT PLUS SUR LA TERRE.
Nota. - On peut ajouter à cette prière, qui s'applique à tous, quelques paroles spéciales
selon les circonstances particulières de famille ou de relation et la position du défunt.
S'il s'agit d'un enfant, le Spiritisme nous apprend que ce n'est point un Esprit de
création récente, mais qu'il a déjà vécu et qu'il peut être déjà très avancé. Si sa dernière
existence a été courte, c'est qu'elle n'était qu'un complément d'épreuve, ou devait être une
épreuve pour les parents. (Ch. V, nº 21.)
61. Autre¹. - Seigneur Tout-Puissant, que votre miséricorde s'étende sur nos frères qui
viennent de quitter la terre! que votre lumière luise à leurs yeux! Sortez-les des ténèbres;
ouvrez leurs yeux et leurs oreilles! que vos bons Esprits les entourent et leur fassent entendre
des paroles de paix et d'espérance!
Seigneur, quelque indigne que nous soyons, nous osons implorer votre miséricordieuse
indulgence en faveur de celui de nos frères qui vient d'être rappelé de l'exil; faites que son
retour soit celui de l'enfant prodigue. Oubliez, ô mon Dieu! les fautes qu'il a pu commettre
pour vous souvenir du bien qu'il a pu faire. Votre justice est immuable, nous le savons, mais
votre amour est immense; nous vous supplions d'apaiser votre justice par cette source de
bonté qui découle de vous.
Que la lumière se fasse pour vous, mon frère, qui venez de quitter la terre! que les
bons Esprits du Seigneur descendent vers vous, vous entourent et vous aident à secouer vos
chaînes terrestres! Comprenez et voyez la grandeur de notre maître; soumettez-vous sans
murmure à sa justice, mais ne désespérez jamais de sa miséricorde. Frère! qu'un sérieux retour
sur votre passé vous ouvre les portes de l'avenir en vous faisant com1. Cette prière a été dictée à un médium de Bordeaux au moment où passait devant ses fenêtres le
convoi d'un inconnu.
420
CHAPITRE XXVIII.
prendre les fautes que vous laissez derrière vous, et le travail qui vous reste à faire pour les
réparer! Que Dieu vous pardonne, et que ses bons Esprits vous soutiennent et vous
encouragent! Vos frères de la terre prieront pour vous et vous demandent de prier pour eux.
Pour les personnes que l'on a affectionnées.
62. PRÉFACE. Qu'elle est affreuse l'idée du néant! Qu'ils sont à plaindre ceux qui
croient que la voix de l'ami qui pleure son ami se perd dans le vide et ne trouve aucun écho
pour lui répondre! Ils n'ont jamais connu les pures et saintes affections, ceux qui pensent que
tout meurt avec le corps; que le génie qui a éclairé le monde de sa vaste intelligence est un jeu
de la matière qui s'éteint à tout jamais comme un souffle; que de l'être le plus cher, d'un père,
d'une mère ou d'un enfant adoré il ne reste qu'un peu de poussière que le temps dissipe sans
retour!
Comment un homme de coeur peut-il rester froid à cette pensée? Comment l'idée d'un
anéantissement absolu ne le glace-t-elle pas d'effroi et ne lui fait-elle pas au moins désirer qu'il
n'en soit pas ainsi? Si jusqu'à ce jour sa raison n'a pas suffi pour lever ses doutes, voilà que le
Spiritisme vient dissiper toute incertitude sur l'avenir par les preuves matérielles qu'il donne de
la survivance de l'âme et de l'existence des êtres d'outre-tombe. Aussi partout ces preuves
sont-elles accueillies avec joie; la confiance renaît, car l'homme sait désormais que la vie
terrestre n'est qu'un court passage qui conduit à une vie meilleure; que ses travaux d'ici-bas ne
sont pas perdus pour lui, et que les plus saintes affections ne sont pas brisées sans espoir. (Ch.
IV, nº18 ; ch. V, nº 21.)
63. PRIÈRE. - Daignez, ô mon Dieu, accueillir favorablement la prière que je vous
adresse pour l'Esprit de N...; faites-lui entrevoir vos divines clartés, et rendez-lui facile le
chemin de la félicité éternelle. Permettez que les bons Esprits lui portent mes paroles et ma
pensée.
421
POUR CEUX QUI NE SONT PLUS SUR LA TERRE.
Toi qui m'étais cher en ce monde, entends ma voix qui t'appelle pour te donner un
nouveau gage de mon affection. Dieu a permis que tu fusses délivré le premier: je ne saurais
m'en plaindre sans égoïsme, car ce serait regretter pour toi les peines et les souffrances de la
vie. J'attends donc avec résignation le moment de notre réunion dans le monde plus heureux
où tu m'as précédé.
Je sais que notre séparation n'est que momentanée, et que, si longue qu'elle puisse me
paraître, sa durée s'efface devant l'éternité de bonheur que Dieu promet à ses élus. Que sa
bonté me préserve de rien faire qui puisse retarder cet instant désiré, et qu'il m'épargne ainsi la
douleur de ne pas te retrouver au sortir de ma captivité terrestre.
Oh! qu'elle est douce et consolante la certitude qu'il n'y a entre nous qu'un voile
matériel qui te dérobe à ma vue! que tu peux être là, à mes côtés, me voir et m'entendre
comme autrefois, et mieux encore qu'autre-fois; que tu ne m'oublies pas plus que je ne t'oublie
moi-même; que nos pensées ne cessent pas de se confondre, et que la tienne me suit et me
soutient toujours.
Que la paix du Seigneur soit avec toi.
Pour les âmes souffrantes qui demandent des prières.
64. PRÉFACE. Pour comprendre le soulagement que la prière peut procurer aux
Esprits souffrants, il faut se rapporter à son mode d'action qui est expliqué ci-dessus. (Ch.
XXVII, nos 9, 18 et suiv.) Celui qui est pénétré de cette vérité prie avec plus de ferveur par la
certitude de ne pas prier en vain.
65. PRIÈRE. - Dieu clément et miséricordieux, que votre bonté s'étende sur tous les
Esprits qui se recom-
422
CHAPITRE XXVIII.
mandent à nos prières, et notamment sur l'âme de N...
Bons Esprits, dont le bien est l'unique occupation, intercédez avec moi pour leur
soulagement. Faites luire à leurs yeux un rayon d'espérance, et que la divine lumière les éclaire
sur les imperfections qui les éloignent du séjour des bienheureux. Ouvrez leur coeur au
repentir et au désir de s'épurer pour hâter leur avancement. Faites-leur comprendre que, par
leurs efforts, ils peuvent abréger le temps de leurs épreuves.
Que Dieu, dans sa bonté, leur donne la force de persévérer dans leurs bonnes
résolutions!
Puissent ces paroles bienveillantes adoucir leurs peines, en leur montrant qu'il est sur la
terre des êtres qui savent y compatir et qui désirent leur bonheur.
66. Autre. - Nous vous prions, Seigneur, de répandre sur tous ceux qui souffrent, soit
dans l'espace comme Esprits errants, soit parmi nous comme Esprits incarnés, les grâces de
votre amour et de votre miséricorde. Prenez en piété nos faiblesses. Vous nous avez faits
faillibles, mais vous nous avez donné la force de résister au mal et de le vaincre. Que votre
miséricorde s'étende sur tous ceux qui n'ont pu résister à leurs mauvais pencbants, et sont
encore entraînés dans une mauvaise voie. Que vos bons Esprits les entourent; que votre
lumière luise à leurs yeux, et qu'attirés par sa chaleur vivifiante, ils viennent se prosterner à vos
pieds, humbles, repentants et soumis.
Nous vous prions également, Père de miséricorde, pour ceux de nos frères qui n'ont
pas eu la force de supporter leurs épreuves terrestres. Vous nous donnez un fardeau à porter,
Seigneur, et nous ne devons le déposer qu'à vos pieds; mais notre faiblesse est grande,
423
POUR CEUX QUI NE SONT PLUS SUR LA TERRE.
et le courage nous manque quelquefois en route. Ayez pitié de ces serviteurs indolents qui ont
abandonné l'oeuvre avant l'heure; que votre justice les épargne et permette à vos bons Esprits
de leur apporter le soulagement, les cousolations et l'espoir de l'avenir. La vue du pardon est
fortifiante pour l'âme; montrez-le, Seigneur, aux coupables qui désespèrent, et soutenus par
cette espérance, ils puiseront des forces dans la grandeur même de leurs fautes et de leurs
souffrances, pour racheter leur passé et se préparer à conquérir l'avenir.
Pour un ennemi mort.
67. PRÉFACE. La charité envers nos ennemis doit les suivre au delà de la tombe. Il
faut songer que le mal qu'ils nous ont fait a été pour nous une épreuve qui a pu être utile à
notre avancement, si nous avons su en profiter. Elle a pu nous être encore plus profitable que
les afflictions purement matérielles, en ce que, au courage et à la résignation, elle nous a
permis d'y joindre la charité et l'oubli des offenses. (Ch. X, nº 6; ch. XII, nos 5, 6.)
68. PRIÈRE. - Seigneur, il vous a plu de rappeler avant moi l'âme de N... Je lui
pardonne le mal qu'il m'a fait et ses mauvaises intentions à mon égard; puisse-t-il en avoir du
regret, maintenant qu'il n'a plus les illusions de ce monde.
Que votre miséricorde, mon Dieu, s'étende sur lui, et éloignez de moi la pensée de me
réjouir de sa mort. Si j'ai eu des torts envers lui, qu'il me les pardonne, comme j'oublie ceux
qu'il a eus envers moi.
Pour un criminel.
69. PRÉFACE. Si l'efficacité des prières était proportionnée à
424
CHAPITRE XXVIII.
leur longueur, les plus longues devraient être réservées pour les plus coupables, parce qu'ils en
ont plus besoin que ceux qui ont saintement vécu. Les refuser aux criminels, c'est manquer de
charité et méconnaître la miséricorde de Dieu; les croire inutiles, parce qu'un homme aura
commis telle ou telle faute, c'est préjuger la justice du Très-Haut. (Ch. XI, nº 14.)
70. PRIÈRE - Seigneur, Dieu de miséricorde, ne repoussez pas ce criminel qui vient de
quitter la terre; la justice des hommes a pu le frapper, mais elle ne l'affranchit pas de votre
justice, si son coeur n'a pas été touché par le remords.
Levez le bandeau qui lui cache la gravité de ses fautes; puisse son repentir trouver
grâce devant vous et alléger les souffrances de son âme! Puissent aussi nos prières et
l'intercession des bons Esprits lui porter l'espérance et la consolation; lui inspirer le désir de
réparer ses mauvaises actions dans une nouvelle existence, et lui donner la force de ne pas
succomber dans les nouvelles luttes qu'il entreprendra!
Seigneur, ayez pitié de lui!
Pour un suicidé.
71. PRÉFACE. L'homme n'a jamais le droit de disposer de sa propre vie, car à Dieu
seul appartient de le tirer de la captivité terrestre quand il le juge à propos. Toutefois la justice
divine peut adoucir ses rigueurs en faveur des circonstances, mais elle réserve toute sa sévérité
pour celui qui a voulu se soustraire aux épreuves de la vie. Le suicidé est comme le prisonnier
qui s'évade de sa prison avant l'expiration de sa peine, et qui, lorsqu'il est repris, est tenu plus
sévèrement. Ainsi en est-il du suicidé, qui croit échapper aux misères présentes et se plonge
dans des malheurs plus grands. (Ch. V, nos 14 et suiv.)
72. PRIÈRE. - Nous savons, ô mon Dieu, le sort ré-
425
POUR CEUX QUI NE SONT PLUS SUR LA TERRE.
servé à ceux qui violent vos lois en abrégeant volontairement leurs jours; mais nous savons
aussi que votre miséricorde est infinie: daignez l'étendre sur l'âme de N... Puissent nos prières
et votre commisération adoucir l'amertume des souffrances qu'il endure pour n'avoir pas eu le
courage d'attendre la fin de ses épreuves!
Bons Esprits, dont la mission est d'assister les malheureux, prenez-le sous votre
protection; inspirez-lui le regret de sa faute, et que votre assistance lui donne la force de
supporter avec plus de résignation les nouvelles épreuves qu'il aura à subir pour la réparer.
Ecartez de lui les mauvais Esprits qui pourraient de nouveau le porter au mal, et prolonger ses
souffrances en lui faisant perdre le fruit de ses futures épreuves.
Vous, dont le malheur fait l'objet de nos prières, puisse notre commisération en adoucir
l'amertume, et faire naître en vous l'espérance d'un avenir meilleur! Cet avenir est entre vos
mains; confiez-vous en la bonté de Dieu, dont le sein est ouvert à tous les repentirs, et ne reste
fermé qu'aux coeurs endurcis.
Pour les Esprits repentants.
73. PRÉFACE. Il serait injuste de ranger dans la catégorie des mauvais Esprits les
Esprits souffrants et repentants qui demandent des prières; ceux-là ont pu être mauvais, mais
ils ne le sont plus du moment qu'ils reconnaissent leurs fautes et les regrettent: ils ne sont que
malheureux; quelques-uns même commencent à jouir d'un bonheur relatif.
74. PRIÈRE. - Dieu de miséricorde, qui acceptez le repentir sincère du pécheur,
incarné ou désincarné, voici un Esprit qui s'était complu au mal, mais qui reconnaît ses torts et
entre dans la bonne voie; daignez,
426
CHAPITRE XXVIII.
ô mon Dieu, le recevoir comme un entant prodigue et lui pardonner.
Bons Esprits dont il a méconnu la voix, il veut vous écouter désormais; permettez-lui
d'entrevoir la félicité des élus du Seigneur, afin qu'il persiste dans le désir de se purifier pour y
atteindre; soutenez-le dans ses bonnes résolutions, et donnez-lui la force de résister à ses
mauvais instincts.
Esprit de N..., nous vous félicitons de votre changement et nous remercions les bons
Esprits qui vous ont aidé!
Si vous vous complaisiez autrefois à faire le mal, c'est que vous ne compreniez pas
combien est douce la jouissauce de faire le bien; vous vous sentiez aussi trop bas pour espérer
y atteindre. Mais dès l'instant où vous avez mis le pied dans la bonne route, une lumière
nouvelle s'est faite pour vous; vous avez commencé à goûter d'un bonheur inconnu, et
l'espérance est entrée dans votre coeur. C'est que Dieu écoute toujours la prière du pécheur
repentant; il ne repousse aucun de ceux qui viennent à lui.
Pour rentrer complétement en grâce auprès de lui, appliquez-vous désormais, nonseulement à ne plus faire de mal, mais à faire le bien, et surtout à réparer le mal que vous avez
fait; alors vous aurez satisfait à la justice de Dieu; chaque bonne action effacera une de vos
fautes passées.
La premier pas est fait; maintenant, plus vous avancerez plus le chemin vous semblera
facile et agréable. Persévérez donc, et un jour vous aurez la gloire de compter parmi les bons
Esprits et les Esprits bienheureux.
427
POUR CEUX QUI NE SONT PLUS SUR LA TERRE.
Pour les Esprits endurcis.
75. PRÉFACE. Les mauvais Esprits sont ceux que le repentir n'a point encore touchés;
qui se plaisent au mal et n'en conçoivent aucun regret; qui sont insensibles aux reproches,
repoussent la prière et souvent blasphèment le nom de Dieu. Ce sont ces âmes endurcies qui,
après la mort, se vengent sur les hommes des souffrances qu'elles endurent, et poursuivent de
leur haine ceux à qui ils en ont voulu pendant leur vie, soit par l'obsession, soit par une funeste
influence quelconque. (Ch. X, nº 6; ch. XII, nos 5, 6.)
Parmi les Esprits pervers, il y a deux catégories bien distinctes: ceux qui sont
franchement mauvais et ceux qui sont hypocrites. Les premiers sont infiniment plus faciles à
ramener au bien que les seconds; ce sont le plus souvent des natures brutes et grossières,
comme on en voit parmi les hommes, qui font le mal plus par instinct que par calcul, et ne
cherchent pas à se faire passer pour meilleurs qu'ils ne sont; mais il y a en eux un germe latent
qu'il faut faire éclore, et l'on y parvient presque toujours avec la persévérance, la fermeté jointe
à la bienveillance, par les conseils, les raisonnements et la prière. Dans la médiumnité, la
difficulté qu'ils ont à écrire le nom de Dieu est l'indice d'une crainte instinctive, d'une voix
intime de la conscience qui leur dit qu'ils en sont indignes; celui qui en est là est sur le seuil de
la conversion, et l'on peut tout espérer de lui: il suffit de trouver le point vulnérable du coeur.
Les Esprits hypocrites sont presque toujours très intelligents, mais ils n'ont au coeur
aucune fibre sensible; rien ne les touche; ils simulent tous les bons sentiments pour capter la
confiance, et sont heureux quand ils trouvent des dupes qui les acceptent comme de saints
Esprits et qu'ils peuvent gouverner à leur gré. Le nom de Dieu, loin de leur inspirer la moindre
crainte, leur sert de masque pour couvrir leurs turpitudes. Dans le monde invisible, comme
dans le monde visible, les hypocrites sont les êtres les plus dangereux, parce qu'ils agissent
dans l'ombre, et qu'on ne s'en méfie pas. Ils n'ont que les apparences de la foi, mais point de foi
sincère.
428
CHAPITRE XXVIII.
76. PRIÈRE. - Seigneur, daignez jeter un regard de bonté sur les Esprits imparfaits qui
sont encore dans les ténèbres de l'ignorance et vous méconnaissent, et notamment sur celui de
N...
Bons Esprits, aidez-nous à lui faire comprendre qu'en induisant les hommes au mal, en
les obsédant et en les tourmentant, il prolonge ses propres souffrances; faites que l'exemple du
bonheur dont vous jouissez soit un encouragement pour lui.
Esprit qui vous complaisez encore au mal, vous venez d'entendre la prière que nous
faisons pour vous; elle doit vous prouver que nous désirons vous faire du bien, quoique vous
fassiez du mal.
Vous êtes malheureux, car il est impossible d'être heureux en faisant le mal; pourquoi
donc rester dans la peine quand il dépend de vous d'en sortir? Regardez les bons Esprits qui
vous entourent; voyez combien ils sont heureux, et s'il ne serait pas plus agréable pour vous de
jouir du même bonheur?
Vous direz que cela vous est impossible; mais rien n'est impossible à celui qui veut, car
Dieu vous a donné, comme à toutes ses créatures, la liberté de choisir entre le bien et le mal,
c'est-à-dire entre le bonheur et le malheur, et nul n'est condamné à faire le mal. Si vous avez la
volonté de le faire, vous pouvez avoir celle de fairele bien et d'être heureux.
Tournez vos regards vers Dieu; élevez-vous un seul instant vers lui par la pensée, et un
rayon de sa divine lumière viendra vous éclairer. Dites avec nous ces simples paroles: Mon
Dieu, je me repens, pardonnez-moi. Essayez du repentir et de faire le bien au lieu de faire le
mal, et vous verrez qu'aussitôt sa miséricorde s'étendra sur vous, et qu'un bien-être in-
429
POUR CEUX QUI NE SONT PLUS SUR LA TERRE.
connu viendra remplacer les angoisses que vous endurez.
Une fois que vous aurez fait un pas dans la bonne route, le reste du chemin vous
semblera facile. Vous comprendrez alors combien de temps vous avez perdu par votre faute
pour votre félicité; mais un avenir radieux et plein d'espérance s'ouvrira devant vous et vous
fera oublier votre misérable passé, plein de trouble et de tortures morales qui seraient pour
vous l'enfer si elles devaient durer éternellement. Un jour viendra que ces tortures seront telles
qu'à tout prix vous voudrez les faire cesser; mais plus vous attendrez, plus cela vous sera
difficile.
Ne croyez pas que vous resterez toujours dans l'état où vous êtes; non, cela est
impossible; vous avez devant vous deux perspectives: l'une de souffrir beaucoup plus que vous
ne le faites maintenant, l'autre d'être heureux comme les bons Esprits qui sont autour de vous:
la première est inévitable si vous persistez dans votre obstination; un simple effort de votre
volonté suffit pour vous tirer du mauvais pas où vous êtes. Hâtez-vous donc, car chaque jour
de retard est un jour perdu pour votre bonheur.
Bons Esprits, faites que ces paroles trouvent accès dans cette âme encore arriérée, afin
qu'elles l'aident à se rapprocher de Dieu. Nous vous en prions au nom de Jésus-Christ, qui eut
un si grand pouvoir sur les mauvais Esprits.
V. POUR LES MALADES ET LES OBSÉDÉS.
Pour les malades.
77. PRÉFACE. Les maladies font partie des épreuves et des vicissitudes de la vie
terrestre; elles sont inhérentes à la gros-
430
CHAPITRE XXVIII.
sièreté de notre nature matérielle et à l'infériorité du monde que nous habitons. Les passions et
les excès de tous genres sèment en nous des germes malsains souvent héréditaires. Dans les
mondes plus avancés physiquement ou moralement, l'organisme humain, plus épuré et moins
matériel, n'est pas sujet aux mêmes infirmités, et le corps n'est pas miné sourdement par le
ravage des passions (ch. III, nº 9). Il faut donc se résigner à subir les conséquences du milieu
où nous place notre infériorité, jusqu'à ce nous ayons mérité d'en changer. Cela ne doit pas
nous empêcher, en attendant, de faire ce qui dépend de nous pour améliorer notre position
actuelle; mais si, malgré nos efforts, nous n'y pouvons parvenir, le Spiritisme nous apprend à
supporter avec résignation nos maux passagers.
Si Dieu n'avait pas voulu que les souffrances corporelles fussent dissipées ou adoucies
dans certains cas , il n'aurait pas mis des moyens curatifs à notre disposition. Sa prévoyante
sollicitude à cet égard, d'accord en cela avec l'instinct de conservation, indique qu'il est de
notre devoir de les rechercher et de les appliquer.
A côté de la médication ordinaire, élaborée par la sicience, le magnétisme nous a fait
connaître la puissance de l'action fluidique; puis le Spiritisme est venu nous révéler une autre
force dans la médiumnité guérissante et l'influence de la prière. (Voir ci-après la notice sur la
médiumnité guérissante.)
78. PRIÈRE. (Par le malade.) - Seigneur, vous êtes toute justice; la maladie qu'il vous
a plu de m'envoyer, j'ai dû la mériter, parce que vous n'affligez jamais sans cause. Je m'en
remets, pour ma guérison, à votre infinie miséricorde; s'il vous plaît de me rendre la santé, que
votre saint nom soit béni; si, au contraire, je dois encore souffrir, qu'il soit béni de même; je
me soumets sans murmurer à vos divins décrets, car tout ce que vous faites ne peut avoir pour
but que le bien de vos créatures.
Faites, ô mon Dieu, que cette maladie soit pour moi un avertissement salutaire, et me
fasse faire un retour
431
POUR LES MALADES ET LES OBSEDÉS.
sur moi-même; je l'accepte comme une expiation du passé, et comme une épreuve pour ma foi
et ma soumission à votre sainte volonté. (V. la prière nº 40.)
79. PRIÈRE. (Pour le malade). - Mon Dieu, vos vues sont impénétrables, et dans votre
sagesse vous avez cru devoir affliger N... par la maladie. Jetez, je vous en supplie, un regard
de compassion sur ses souffrances, et daignez y mettre un terme.
Bons Esprits, ministres du Tout-Puissant, secondez, je vous prie, mon désir de le
soulager; dirigez ma pensée afin qu'elle aille verser un baume salutaire sur son corps et la
consolation dans son âme.
Inspirez-lui la patience et la soumission à la volonté de Dieu; donnez-lui la force de
supporter ses douleurs avec une résignation chrétienne, afin qu'il ne perde pas le fruit de cette
épreuve. (V. la prière nº 57.)
80. PRIÈRE. (Par le médium guérisseur.) - Mon Dieu, si vous daignez vous servir de
moi, tout indigne que je suis, je puis guérir cette souffrance, si telle est votre volonté, parce
que j'ai foi en vous; mais sans vous je ne puis rien. Permettez à de bons Esprits de me pénétrer
de leur fluide salutaire, afin que je le transmette à ce malade, et détournez de moi toute pensée
d'orgueil et d'égoïsme qui pourrait en altérer la pureté.
Pour les obsédés.
81. PRÉFACE. L'obsession est l'action persistante qu'un mauvais Esprit exerce sur un
individu. Elle présente des caractères très différents, depuis la simple influence morale, sans
signes extérieurs sensibles, jusqu'au trouble complet de l'organisme et des facultés mentales.
Elle oblitère toutes les facultés médiani-
432
CHAPITRE XXVIII
miques; dans la médiumnité par l'écriture elle se traduit par l'obstination d'un Esprit à se
manifester à l'exclusion de tous autres.
Les mauvais Esprits pullulent autour de la terre, par suite de l'infériorité morale de ses
habitants. Leur action malfaisante fait partie des fléaux auxquels l'humanité est en butte icibas. L'obsession, comme les maladies, et toutes les tribulations de la vie, doit donc être
considérée comme une épreuve ou une expiation, et acceptée comme telle.
De même que les maladies sont le résultat des imperfections physiques qui rendent le
corps accessible aux influences pernicieuses extérieures, l'obsession est toujours celui d'une
imperfection morale qui donne prise à un mauvais Esprit. A une cause physique on oppose une
force physique; à une cause morale il faut opposer une force morale. Pour préserver des
maladies, on fortifie le corps; pour garantir de l'obsession, il faut fortifier l'âme; de là, pour
l'obsédé, la nécessité de travailler à sa propre amélioration, ce qui suffit le plus souvent pour le
débarrasser de l'obsesseur, sans le secours de personnes étrangères. Ce secours devient
nécessaire quand l'obsession dégénère en subjugation et en possession, car alors le patient
perd parfois sa volonté et son libre arbitre.
L'obsession est presque toujours le fait d'une vengeance exercée par un Esprit, et qui le
plus souvent a sa source dans les rapports que l'obsédé a eus avec lui dans une précédente
existence. (Voy. chap. X, nº 6; ch. XII, nos 5, 6).
Dans les cas d'obsession grave, l'obsédé est comme enveloppé et imprégné d'un fluide
pernicieux qui neutralise l'action des fluides salutaires et les repousse. C'est de ce fluide dont il
faut le débarrasser; or un mauvais fluide ne peut être repoussé par un mauvais fluide. Par une
action identique à celle du médium guérisseur dans les cas de maladie, il faut expulser le fluide
mauvais à l'aide d'un fluide meilleur qui produit en quelque sorte l'effet d'un réactif. Ceci est
l'action mécanique, mais qui ne suffit pas; il faut aussi et surtout agir sur l'être intelligent
auquel il faut avoir le droit de parler avec autorité, et cette autorité n'est donnée qu'à la
supériorité morale; plus celle c'est grande, plus l'autorité est grande.
Ce n'est pas tout encore; pour assurer la délivrance, il faut amener l'Esprit pervers à
renoncer à ses mauvais desseins; il
433
POUR LES MALADES ET LES OBSÉDÉS.
faut faire naître en lui le repentir et le désir du bien, à l'aide d'instructions habilement dirigées,
dans des évocations particulières faites en vue de son éducation morale; alors on peut avoir la
double satisfaction de délivrer un incarné et de convertir un Esprit imparfait.
La tâche est rendue plus facile quand l'obsédé, comprenant sa situation, apporte son
concours de volonté et de prière ; il n'en est pas ainsi quand celui-ci, séduit par l'Esprit
trompeur, se fait illusion sur les qualités de celui qui le domine, et se complaît dans l'erreur où
ce dernier le plonge; car alors, loin de seconder, il repousse toute assistance. C'est le cas de la
fascination toujours infiniment plus rebelle que la subjugation la plus violente. (Liv. des
médiums, ch. XXIII.)
Dans tous les cas d'obsession, la prière est le plus puissant auxiliaire pour agir contre
l'Esprit obsesseur.
82. PRIÈRE. (Par l'obsédé.) - Mon Dieu, permettez aux bons Esprits de me délivrer de
l'Esprit malfaisant qui s'est attaché à moi. Si c'est une vengeance qu'il exerce pour des torts
que j'aurais eus jadis envers lui, vous le permettez, mon Dieu, pour ma punition, et je subis la
conséquence de ma faute. Puisse mon repentir me mériter votre pardon et ma délivrance!
Mais, quel que soit son motif, j'appelle sur lui votre miséricorde; daignez lui faciliter la route
du progrès qui le détournera de la pensée de faire le mal. Puissé-je, de mon côté, en lui
rendant le bien pour le mal, l'amener à de meilleurs sentiments.
Mais je sais aussi, ô mon Dieu, que ce sont mes imperfections qui me rendent
accessible aux influences des Esprits imparfaits. Donnez-moi la lumière nécessaire pour les
reconnaître; combattez surtout en moi l'orgueil qui m'aveugle sur mes défauts.
Quelle ne doit pas être mon indignité, puisqu'un être malfaisant peut me maîtriser!
434
CHAPITRE XXVIII.
Faites, ô mon Dieu, que cet échec porté à ma vanité me serve de leçon à l'avenir; qu'il
me fortifie dans la résolution que je prends de m'épurer pai la pratique du bien, de la charité et
de l'humilité, afin d'opposer désormais une barrière aux mauvaises influences.
Seigueur, donnez-moi la force de supporter cette épreuve avec patience et résignation;
je comprends que, comme toutes les autres épreuves, elle doit aider à mon avancement si je
n'en perds pas le fruit par mes murmures, puisqu'elle me fournit une occasion de montrer ma
soumission, et d'exercer ma charité envers un frère malheureux, en lui pardonnant le mal qu'il
me fait. (Ch. XII, nos 5, 6; ch. XXVIII, nos 15 et suiv., 46, 47.)
83.PRIÈRE. (Pour l'obsédé.) - Dieu Tout-Puissant, daignez me donner le pouvoir de
délivrer N... de l'Esprit qui l'obsède; s'il entre dans vos desseins de mettre un terme à cette
épreuve, accordez-moi la grâce de parler à cet Esprit avec autorité.
Bons Esprits qui m'assistez, et vous, son ange gardien, prêtez-moi votre concours;
aidez-moi à le débarrasser du fluide impur dout il est enveloppé.
Au nom de Dieu Tout-Puissant, j'adjure l'Esprit malfaisant qui le tourmente de se
retirer.
84. PRIÈRE. (Pour l'Esprit obsesseur.) - Dieu infiniment bon, j'implore votre
miséricorde pour l'Esprit qui obsède N..., faites-lui entrevoir les divines clartés, afin qu'il voie
la fausse route où il s'est engagé. Bons Esprits, aidez-moi à lui faire comprendre qu'il a tout à
perdre en faisant le mal, et tout à gagner en faisant le bien.
Esprit qui vous plaisez à tourmenter N.... écoutez-moi, car je vous parle au nom de
Dieu.
435
POUR LES MALADES ET LES OBSÉDÉS.
Si vous voulez réfléchir, vous comprendrez que le mal ne peut l'emporter sur le bien, et
que vous ne pouvez être plus fort que Dieu et les bons Esprits.
Ils auraient pu préserver N... de toute atteinte de votre part; s'ils ne l'ont pas fait, c'est
qu'il (ou elle) avait une épreuve à subir. Mais quand cette épreuve sera finie, ils vous
enlèveront toute action sur lui; le mal que vous lui avez fait, au lieu de lui nuire, aura servi à
son avancement, et il n'en sera que plus heureux; ainsi votre méchanceté aura été une pure
perte pour vous, et tournera contre vous.
Dieu, qui est tout-puissant et les Esprits supérieurs ses délégués, qui sont plus
puissants que vous, pourront donc mettre un terme à cette obsession quand ils le voudront, et
votre ténacité se brisera devant cette suprême autorité. Mais, par cela même que Dieu est bon,
il veut bien vous laisser le mérite de cesser de votre propre volonté. C'est un répit qui vous est
accordé; si vous n'en profitez pas, vous en subirez les déplorables conséquences; de grands
châtiments et de cruelles souffrances vous attendent; vous serez forcé d'implorer leur pitié et
les prières de votre victime, qui déjà vous pardonne et prie pour vous, ce qui est un grand
mérite aux yeux de Dieu, et hâtera sa délivrance.
Réfléchissez donc pendant qu'il en est temps encore, car la justice de Dieu
s'appesantira sur vous comme sur tous les Esprits rebelles. Songez que le mal que vous faites
en ce moment aura forcément un terme, tandis que, si vous persistez dans votre
endurcissement, vos souffrances iront sans cesse en augmentant.
Quand vous étiez sur la terre, n'auriez-vous pas trouvé stupide de sacrifier un grand
bien pour une petite
436
CHAPITRE XXVIII.
satisfaction d'un moment? Il en est de même maitenant que vous êtes Esprit. Que gagnez-vous
à ce que vous faites? Le triste plaisir de tourmenter quelqu'un, ce qui ne vous empêche pas
d'être malheureux, quoi que vous puissiez, et vous rendra plus malheureux encore.
A côté de cela, voyez ce que vous perdez; regardez les bons Esprits qui vous
entourent, et voyez si leur sort u'est pas préférable au vôtre? Le bonheur dont ils jouissent sera
votre partage quand vous le voudrez. Que faut-il pour cela? Implorer Dieu, et faire le bien au
lieu de faire le mal. Je sais que vous ne pouvez pas vous transformer tout d'un coup; mais Dieu
ne demande pas l'impossible; ce qu'il veut, c'est de la bonne volonté. Essayez donc, et nous
vous aiderons. Faites que bientôt nous puissions dire pour vous la prière pour les Esprits
repentants (nº 73), et ne plus vous ranger parmi les mauvais Esprits, en attendant que vous
puissiez compter parmi les bons.
(Voir aussi, ci-dessus, nº 75, la prière pour les Esprits endurcis.)
Remarque. La cure des obsessions graves requiert beaucoup de patience, de
persévérance et de dévouement; elle exige aussi du tact et de l'habileté pour amener au bien
des Esprits souvent très-pervers, endurcis et astucieux, car il en est de rebelles au dernier
degré; dans la plupart des cas, il faut se guider selon les circonstances; mais, quel que soit le
caractère de l'Esprit, il est un fait certain, c'est qu'on n'obtient rien par la contrainte ou la
menace; toute l'influence est dans l'ascendant moral. Une autre vérité, également constatée par
l'expérience aussi bien que par la logique,
437
POUR LES MALADES ET LES OBSÉDÉS.
c'est la complète inefficacité des exorcismes, formules, paroles sacramentelles, amulettes,
talismans, pratiques extérieures ou signes matériels quelconques.
L'obsession longtemps prolongée peut occasionner des désordres pathologiques, et
requiert parfois un traitement simultané ou consécutif soit magnétique, soit médical, pour
rétablir l'organisme. La cause étant détruite, il reste à combattre les effets. ( V. Livre des
médiums, ch. XXIII; de l'obsession. - Revue spirite, février et mars 1864; avril 1865: exemples
de cures d'obsessions.)
438
TABLE DES MATIÈRES
_______
NOTA. Les chiffres placés dans le cours des sommaires des chapitres sont les numéros d’ordre
indicatifs des paragraphes.
PRÉFACE
INTRODUCTION
I
III
But de ce ouvrage. - Autorité de la doctrine spirite. Contrôle universel de
l’enseignement des Esprits. - Notices historiques. - Socrate et Platon précurseurs de l’idée
chrétienne et du Spiritisme.
CHAPITRE I. JE NE SUIS POINT VENU DÉTRUIRE LA LOI
1
Les trois révélations: Moïse; Christ; le Spiritisme; 1 à 7. - Alliance de la science et de
la religion; 8. - Instructions des Esprits: L’ère nouvelle; 9, 10, 11.
CHAP. II. MON ROYAUME N’EST PAS DE CE MONDE
13
La vie future; 1, 2, 3. - La royauté de Jésus; 4. - Le point de vue; 5, 6, 7. Instructions des Esprits: Une royauté terrestre; 8.
CHAP. III. IL Y A PLUSIEURS DEMEURES DANS LA MAISON DE
MON PÈRE
21
Différents états de l’âme dans l’erraticité; 1, 2. - Différentes catégories de mondes
habités; 3, 4, 5. - Destination de la terre. Causes des misères humaines; 6, 7. - Instructions
des Esprits: Mondes inférieurs et mondes supérieus; 8, à 12. - Mondes d’explations et
d’épreuves; 13, 14, 15. - Mondes régénérateurs; 16, 17, 18. - Progression des mondes; 19.
439
TABLE DES MATIÈRES.
CHAP. IV. PERSONNE NE PEUT VOIR LE ROYAUME DE DIEU, S’IL
NE NAÎT DE NOUVEAU
34
Résurrection et réincarnation; 1 à 17. - Les liens de famille fortillés par la réincarnation
et brisés par l’umité d’existence; 18 à 23. - Instruction des Esprits: Limite de l’incarnation;
24. - L’incarnation est-elle un châtiment? Nécessité de l’incarnation; 25.
CHAP. V. BIENHEUREUX LES AFFLIGÉS
50
Justice des afflictions; 1, 2, 3. - Causes actuelles des afflictions; 4, 5. - Causes
antérieures des afflictions; 6 à 10. - Oubli du passé; 11. - Motifs de résignation; 12, 13. - Le
suicide et la folie; 14 à 17. - Instructions des Esprits: Bien et mal souffrir; 18. - Le mal et le
remède; 19. - Le bonheur n’est pas de ce monde; 20. - Pertes des personnes aimées. Moris
prématurées, 21. - Se c’élait un homme de bien, il se serait tué; 22. - Les tourments
volontaires, 23. - Le malheur réel; 24. - La mélancolie; 25. - Épreuves volontaires. Le vrai
cilice; 26. - Doit-on metire un terme aux épreuves de son prochain? 27. - Est-il permis
d’abréger la vie d’un malade qui souffre sans espoir de guérison? 28. - Sacrifice de sa propre
vie; 29, 30. - Profit des souffrances pour autrui; 31.
CHAP. VI. LE CHRIST CONSOLATEUR
86
Le joug léger; 1, 2. - Cpnsolateur promis; 3, 4. - Instructions des Esprits: Avénement
de l’Esprit de vérité; 5 à 8.
CHAP. VII. BIENHEUREUX LES PAUVRES D’ESPRIT
93
Ce qu’il faut entendre par les pauvres d’esprit; 1, 2. - Quiconque s’élève sera abaissé; 3
à 6. - Mystères cachés aux prudents; 7 à 10. - Instructions des Esprits: Lórgueil et
l’humilité; 11, 12. - Mission de l’homme inteligent sur la terre; 13.
CHAP. VIII. BIENHEUREUX CEUX QUI ONT LE COUER PUR
109
Laissez venir à moi les petits infants; 1 à 4. - Péché en pensée. Adultère; 5, 6, 7. Vraie pureté. Mains non lavées; 8, 9, 10. - Scandales. Si votre main est un sujet
440
TABLE DES MATIÈRES.
descandale, coupaz-la; 11 à 17. - Instructions des Esprits: Laissez venir à moi les petits
enfants; 18, 19. - Bienheureaux coux qui ont les yeux fermés; 20.
CHAP. IX. BIENHEUREUX CEUX QUI SONT DOUX ET PACIFIQUES.
124
Injures et violences; 1 à 5. - Instructions des Esprits: L’affabilité et la douceur; 6. La patience; 7. - Obéissance et résignation; 8. - La colère; 9, 10.
CHAP. X. BIENHEUREUX CEUX QUI SONT MISÉRICORDIEUX
132
Pardonnez pour que Dieu vous pardonne; 1 à 4. - S’accorder avec ses adversaires; 5,
6. - Le sacrifice le plus agréable à Dieu; 7, 8. - La paille et la poutre dans l’ceil; 9, 10. - Ne
jugez pas afin que vous ne soyez pas jugés. Que celui qui est sans péché lui jette la première
pierre; 11, 12, 13. - Instructions des Esprits: Pardon des offenses; 14, 15. - L’indulgence;
16, 17, 18. - Est-il permis de reprendre les autres? 19. - Id. d’observer les imperfections
d’autrui? 20. - Id. de divulguer le mal d’autrui? 21.
CHAP. XI. AIMER SON PROCHAIN COMME SOI-MÈME.
148
Le plus grand commandement. Faire pour les autres ce que nous voudrions que les
autres fissent pour nous. Parabole des créanciers et des débiteurs; 1 à 4. - Rendez à César ce
qui est à César; 5, 6, 7. - Instructions des Esprits: La loi d’amoir; 8, 9, 10. - L’égoisme; 11,
12. - La foi et la charité; 13. - Charité envers les criminels; 14. - Doit-on exposer sa vie pour
un malfaiteur? 15.
CHAP. XII. AIMEZ VOS ENNEMIS
164
Rendre le bien pour le mal; 1 à 4. - Les ennemis désincarnés; 5, 6. - Si quelqu’un vous
frappe sur la joue droite, présentez-lui encore l’autre; 7, 8. - Instructions des Esprits: La
vengeance, 9. - La haine; 10. - Le duel; 11 à 16.
CHAP. XIII. QUE VOTRE MAIN GAUCHE NE SACHE PAS CE QUE
DONNE VOTRE MAIN DROITE
181
Faire le bien sans ostentation; 1, 2, 3. - Les infortunes cachées; 4. - Le deuier de la
veuve; 5, 6. -
441
TABLE DES MATIÈRES.
Convier les pauvres et les estropiés. Obliger sans espoir de retour; 7, 8. - Instructions des
Esprits: La charité matérielle et la charité morale; 9, 10. - La bienfalsance; 11 à 16. - La pitié;
17. - Les orphelins; 18. - Bienfaits payés par l’ingratitude; 19. - Bienfalsance exclusive; 20.
CHAP. XIV. HONOREZ VOTRE PÈRE ET VOTRE MÈRE
208
Piété filiale; 1 à 4. - Qui est ma mère et qui sont mes frères? 5, 6, 7. - La parenté
corporelle et la parenté spirituelle; 8. - Instructions des Esprits: L’ingratitude des enfants et
les liens de famille; 9.
CHAP. XV. HORS LA CHARITÉ POINT DE SALUT
221
Ce qu’il faut pour être sauvé. Parabole du bon Samaritain; 1, 2, 3. - Le plus grand
commandement; 4, 5. - Nécessité de la charité selon saint Paul; 6, 7. - Hors l’Église point de
salut. Hors la vérité point de salut; 8, 9. - Instructions des Esprits: Hors la charité point de
salut; 10.
CHAP. XVI. ON NE PEUT SERVIR DIEU ET MAMMON
230
Salut des riches; 1, 2. - Se garder de L’avarice; 3. - Jésus chez Zachée; 4. - Parabole
du mauvais riche; 5. - Parabole des talents; 6. - Utilité providentielle de la fortune. Épreuves
de la richesse et de la misère; 7. - Inégalité des richesses; 8. - Instructions des Esprits: La
vraie propriété; 9, 10. - Emploi de la fortune; 11, 12, 13. - Détachement des biens terrestres;
14. - Transmission de la fortune; 15.
CHAP. XVII. SOYEZ PARFAITS
251
Caractères de la perfection; 1, 2. - L’homme de bien; 3. - Les bons spirites; 4. Parabole de la semence; 5, 6. - Instructions des Esprits: Le devoir; 7. - La vertu; 8. - Les
supérieurs et les inférieurs; 9. - L’homme dans le monde; 10. - Soigner le corps et l’esprit; 11.
CHAP. XVIII. BEAUCOUP D’APPELÉS ET PEU D’ÉLUS
268
Parabole du festin de noces; 1, 2. - La porte étroite; 3, 4, 5. - Ceux qui disent:
Seigneur! Seigneur! n’en-
442
TABLE DES MATIÈRES.
treront pas tous dans le royaume des cieux; 6 à 9. - On demandera beaucoup à celui qui a
beaucoup reçu; 10, 11, 12. - Instructions des Esprits: On donnera à celui qui a; 13, 14, 15. On reconnait le chrétien à ses ceuvres; 16.
CHAP. XIX. LA FOI TRANSPORTE LES MONTAGNES
282
Puissance de la foi; 1 à 5. - La foi religieuse. Condition de la foi inébranlable; 6, 7. Parabole du figuier desséché; 8, 9, 10. - Instructions des Esprits: La foi mère de l’espérance
et de la charité; 11. - La foi divine et la foi humaine; 12.
CHAP. XX. LES OUVRIERS ET LA DERNIÈRE HEURE
292
Instructions des Esprits: Les derniers seront les premiers; 1, 2, 3. - Mission des
Spirites; 4. - Les ouvriers du Seigneur; 5.
CHAP. XXI. IL Y AURA DE FAUX CHRISTS ET DE FAUX
PROPHÈTES.
300
On connait l’arbre à son fruit; 1, 2, 3. - Mission des prophètes; 4. - Prodiges des faux
prophètes; 5. - Ne croyez point à tous les Esprits; 6, 7. - Instructions des Esprits: Les faux
prophètes; 8. - Caractère du vrai prophète; 9. Les faux prophètes de l’erraticité; 10. - Jérémie
et les faux prophètes; 11.
CHAP. XXII. NE SÉPAREZ PAS CE QUE DIEU A JOINT
315
Indissolubilité du mariage; 1 à 4. - Le divorce; 5.
CHAP. XXIII. MORALE ÉTRANGE
320
Qui ne hait pas son père et sa mère; 1, 2, 3. - Quitter son père, sa mère et ses enfants;
4, 5, 6. - Laissez aux morts le soin d’ensevelir leurs morts; 7, 8. - Je ne suis pas venu apporter
la paix, mais la division; 9 à 18.
CHAP. XXIV. NE METTEZ PAS LA LAMPE SOUS LE BOISSEAU
333
Lampe sous le boisseau. Pourquei Jésus parle em paraboles; 1 à 7. - N’allez point vers
les gentils; 8, 9, 10. - Ce ne sont pas ceux qui se portent vien qui ont besoin de médecin; 11,
12. - Courage de la foi; 13 à 16. - Porter sa croix. Qui voudra sauver sa vie la perdra; 17, 18,
19.
443
TABLE DES MATIÈRES.
CHAP. XXV. CHERCHEZ ET VOUS TROUVEREZ
344
Aide-toi, le ciel t’aidera; 1 à 5. - Considérez les oiseaux du ciel; 6, 7, 8. - Ne vous
mettez point en peine d’avoir de l’or; 9, 10, 11.
CHAP. XXVI. DONNEZ GRATUITEMENT CE QUE VOUS AVEZ REÇU
GRATUITEMENT
352
Don de guérir; 1, 2. - Prières payées; 3, 4. - Vendeurs chassés du temple; 5, 6. Médiumnité gratuite; 7 à 10.
CHAP. XXVII. DEMANDEZ ET VOUS OBTIENDREZ
358
Qualités de la prière; 1 à 4. Efficacité de la prière; 5 à 8. - Action de la prière.
Transmission de la pensée; 9 à 15. - Prières inteligibles; 16, 17. - De la prière pour les morts et
les Esprits souffrants; 18 à 21. - Instructions des Esprits: Manière de prier; 22. Bonheaur de
la prière; 23.
CHAP. XXVIII. RECUEIL DE PRIÈRES SPIRITES
376
Préambule
376
I. PRIÈRES GÉNÉRALES
378
Oraison dominicale développée; nºs. 2, 3. - Réunions spirites; de 4 à 7. - Pour les
médiums; 8, 9, 10.
II. PRIÈRES POUR SOI-MÉME
392
Aux anges gardiens et aux Esprits protecteurs; de 11 à 14. - Pour éloigner les mauvais
Esprits; 15, 16, 17. - Pour demander à se corriger d’un défaut; 18, 19. - Pour demander à
résister à une tentation; 20, 21. - Action de grâces pour une victoire obtennue sur une
tentation; 22, 23. - Pour demander un conseil; 24, 25. - Dans les afflictions de la vie; 26, 27. Action de grâces pour une faveur abtenue; 28, 29. - Acte de soumission et de résignation; de
30 à 33. - Dans um péril imminent; 34, 35. - Action de grâces pour avoir échappé à un danger;
36, 37. - Au moment de s’endormir; 38, 39. - En prévision de sa mort prochaine; 40, 41.
III. PRIÈRES POUR AUTRUI
407
Pour quelque’un qui esta dans l’affliction; 42, 43. - Action de grâces pour un bienfait
accordé à autrui; 44, 45.
444
TABLE DES MATIÈRES.
- Pour nos ennemis et ceux qui nous veulent du mal; 46, 47. - Action de grâces pour le bien
accordé à nos ennemis; 48, 49. - Pour les ennemis du Spiritisme; 50, 51, 52. - Pour un enfant
qui vient de naitre; 53 à 56. - Pour un agonisant; 57, 58.
IV. PRIÈRES POUR CEUX QUI SE SONT PLUS SUR LA TERRE
416
Pour quelqu’un qui vient de mourir; 59, 60, 61. - Pour les personnes que l’on a
affectionnées; 62,63. - Pour les âmes souffrantes qui demandent des prières; 64, 65, 66. - Pour
un ennemi mort; 67, 68. - Pour un criminei; 69, 70. - Pour un suicidé; 71, 72. - Pour les
Esprits repentants; 73, 74. - Pour les Esprits endurcis; 75, 76.
V. POUR LES MALADES ET LES OBSÉDÉS
Pour les malades; 77 à 80. - Pour les obsédés; 81 à 84.
FIN DE LA TABLE DES MATIÈRES.
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Paris. - Impr. de P.- A. BOURDIER et Cie., rue des Poitevins, 6.
429
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L`Évangile selon le Spiritisme