Introdução à Tecnologia de Satélites – CSE-200-4 Subsistema de Telecomunicação de Serviço e C t Centros de d C Controle t l ed de Mi Missão ã Petrônio Noronha de Souza Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE São José dos Campos, SP Abril de 2012 Unidade 2/Parte 2.4/Versão 3.2 2.4 – O Espectro Eletromagnético Satélites Fonte: Verbete “Electromagnetic spectrum” da Wikipedia 2 2.4 – O espectro eletromagnético e suas aplicações, [1] Satélites 3 2.4 – Faixas do espectro eletromagnético e suas denominações Legend γ= Gamma rays MIR= Mid infrared HF= High freq. HX= Hard X-Rays FIR= Far infrared MF= Medium freq. SX= Soft X-Rays Visible light UHF= Ultra high freq. SLF= Super low freq freq. NIR= Near Infrared VHF= Very high freq. ELF= Extremely low freq. Freq= Frequency Radio waves LF= Low freq. EUV= Extreme ultraviolet EHF= Extremely high freq. VLF= Very low freq VLF freq. NUV= Near ultraviolet SHF= Super high freq. VF/ULF= Voice freq. Satélites Fonte: Verbete “Electromagnetic spectrum” da Wikipedia 4 2.4 – Absorção atmosférica do espectro eletromagnético Satélites Fonte: Verbete “Electromagnetic spectrum” da Wikipedia 5 2.4 – Subsistema de Telecomunicação de Serviço (*) O subsistema de Telecomunicação ç de Serviço ç também é conhecido como: – – Ele é projetado para permitir que as seguintes funções sejam cumpridas: – – – Telemetria, Rastreio, e Comando (“Telemetry, Tracking and Command” – TT&C). Telemetria (TM), Rastreio (R), Telecomando (TC). Rastreamento: determina a posição do satélite e segue seu movimento utilizando informações das posições angulares e respectivas velocidades. Telemetria: Coleta, codifica e transmite medidas de sensores e dados digitais que caracterizam o estado e a configuração do satélite satélite. Comando: Recebe, verifica e executa comandos para o controle remoto das funções do satélite, bem como de sua configuração e movimento. O Subsistema de Telecomunicação de Serviço deve assegurar as telecomunicações de serviço entre o Segmento Solo e o Segmento Espacial. A ligação ascendente contém os telecomandos e os tons de localização e a ligação descendente contém as telemetrias e os tons de localização. Satélites (*) Com contribuições do Curso de Tecnologia de Satélites do INPE 6 2.4 – Subsistema de Telecomunicação de Serviço Conceitos básicos em rastreio e controle de satélites: – Determinação do Estado (situação) do Satélite por meio de Telemetria (medida à distância) transmitida pelo satélite via rádio frequência frequência. – Atuação no satélite através de Telecomando (comando à distância) transmitido pelo Segmento Solo via rádio frequência. – Faixa de rádio frequência alocada para Operação Espacial em Banda S (Telecomando em 2025-2120 MHz e Telemetria em 2200-2300 MHz) (ANATEL/UIT – União Internacional de Telecomunicações). – Determinação de órbita através de: • Medidas de Distância (“ranging”) entre o satélite e a estação. • Medida de Velocidade (“range-rate”) radial do satélite em relação à estação. • Medidas Angulares da Antena (azimute, elevação). – Determinação da atitude do satélite (orientação do satélite no espaço obtido através de dados de sensores a bordo, pertencentes ao Subsistema de Controle de Atitude). Satélites 7 2.4 – Subsistema de Telecomunicação de Serviço SUPERVISÃO DE BORDO Diagrama geral do subsistema embarcado DADOS TC TM VÍDEO TCs ANTENA 1 DIPLEXER LOCK RECEPTOR TC TC VIDEO DECODIFICADOR DE COMANDOS R TRANSMISSOR TM TCs HIBRIDA DIPL LEXER LOCK RECEPTOR TC TC VIDEO DECODIFICADOR DE COMANDOS R TRANSMISSOR TM ANTENA 2 Satélites 8 2.4 – Subsistema de Telecomunicação de Serviço: Telemetria A Telemetria T l t i de d um satélite télit consiste i t em medidas did d de sensores e d dados d di digitais it i multiplexados em uma única sequência de dados. Os sensores normalmente presentes em satélites medem temperatura, pressão, potência elétrica corrente elétrica, corrente, voltagem voltagem, frequências frequências, etc etc. As leituras analógicas são amostradas periodicamente e convertidas em leituras digitais por meio de conversores A/D (Analógico/Digitais). Dados digitais são tipicamente posições de chaves chaves, dados da memória e ecos de comandos. As taxas de transmissão variam na faixa de 10 bps a 200 kbps (bps = bits por segundo). Os dados de telemetria podem ser codificados e encriptados antes da transmissão transmissão. Neste caso eles serão decodificados e deencriptados na estação de recepção no solo. O processamento nas estações de solo inclui: – – – – – Demultiplexação dos parâmetros da sequência de dados dados. Organização dos dados de acordo com o subsistema a que se referem. Conversão para unidades de engenharia. Formatação ç no display p y do console do centro de controle p para acompanhamento p em tempo p real. Arquivamento. Sistemas de solo mais sofisticados calculam tendências estatísticas e fazem a verificação automática de anomalias, podendo disparar alarmes para os operadores. Satélites 9 2.4 – Telemetria: Diagrama de blocos típico, [3] Satélites 10 2.4 – Subsistema de Telecomunicação de Serviço: Comando As tarefas A t f de d Comando C d normalmente l t demandam d d b baixa i ttaxa d de ttransmissão i ã d de dados (10 bps a 20 kbps), mas com alta confiabilidade. Os comandos gerados pelo solo são codificados e encriptados antes de seu envio. Ao serem recebidos são decodificados, deencriptados e validados para determinar sua autenticidade. Isto previne que padrões aleatórios ou errados venham a ser executados como comandos. Uma vez validados eles são executados e seus efeitos f it são ã observados b d via i d dados d d de ttelemetria. l ti O Os comandos d recebidos bid podem d ser também reenviados para o solo via telemetria para prover um critério adicional de verificação. A cadeia dos equipamentos de processamento de comandos deve ser cuidadosamente projetada para evitar “travamentos” acidentais. Redundâncias devem ser configuradas de modo a evitar que pontos únicos de falha impeçam sua recepção. ã O software de solo é geralmente projetado de forma a dificultar o envio inadvertido de comandos. Comandos críticos são colocados em categorias restritas que exigem i d duplicidade li id d d de autorizações i õ antes d de seu envio. i O software f d de solo l também gerencia a sequência e época de envio de comandos necessários para a execução de manobras críticas. Satélites 11 2.4 – Comando: Diagrama de blocos típico, [3] Equipamento Embarcado Equipamento de Solo Satélites 12 2.4 – Subsistema de Telecomunicação de Serviço: Rastreio Os dados O d d d de rastreio t i são ã constituídos tit íd por iinformações f õ d de direção di ã (“direction”), (“di ti ”) distância (“range”) e taxa de variação da distância (“range rate”). A direção é obtida por meio da medida dos ângulos de elevação e azimute das antenas de rastreio. As antenas normalmente possuem sistemas para a determinação da direção que proporciona o sinal mais forte vindo do satélite, que é associado a malhas de controle do tipo “autotrack”, concebidas para seguir automaticamente t ti t o movimento i t do d satélite. télit A distância é obtida pela medida do tempo (“delay”) que leva para um sinal emitido ir até o satélite e voltar. As antenas enviam sinais de forma contínua. O satélite recebe, extrai o sinal da portadora, remodula e reenvia para o solo, que por sua vez recebe o novo sinal e o correlaciona com o enviado, determinando assim o atraso. A taxa de variação da distância é determinada por meio de técnicas “doppler”. A aproximação ou o afastamento do satélite em relação à antena no solo faz com que ele observe uma onda com flutuações de frequência para mais (se estiver se aproximando) i d ) e para menos ((se estiver i ser afastando). f d ) E Estas flflutuações õ são ã detectadas pelo satélite e informadas para o solo, que assim determina a taxa de afastamento ou aproximação na linha de visada entre a antena no solo e o satélite. Satélites 13 2.4 – Rastreio: Diagrama de blocos típico, [3] Satélites 14 2.4 – Ranging and Doppler tracking: functional block diagram Satélites Fonte: ECSS-E-50-02A, 24 November 2005 15 2 4 – Centros de Controle e de Missão 2.4 Satélites (*) Com contribuições do Curso de Tecnologia de Satélites do INPE 16 2.4 – Centros de Controle e de Missão: Componentes de um Segmento Solo típico Satélites Fonte: European Space Operation Centre – ESOC, BR-265 17 2.4 – Centros de Controle e de Missão: O ESOC e suas atribuições Satélites Fonte: European Space Operation Centre – ESOC, BR-265 18 2.4 – Centros de Controle e de Missão: O ESOC e suas atribuições (cont.) Satélites Fonte: European Space Operation Centre – ESOC, BR-265 19 2.4 – Centros de Controle e de Missão: O papel do Segmento Solo na Missão (*) Trata-se da infraestrutura de solo, incluindo pessoal, para: – Atender aos requisitos da missão. – Viabilizar Viabili ar a operação da missão. missão Telecomando Segmento g Espacial p Satélite Telemetria Dados de Missão Segmento Solo Suporte ao Satélite e à Carga Útil Retransmissão de Dados da Missão Requisição de Comandos Dados de Missão Usuário dos Dados Satélites (*) Com contribuições do Curso de Tecnologia de Satélites do INPE 20 2.4 – Centros de Controle e de Missão: Arquitetura e infraestrutura Arquitetura Segmento Solo: – Segmento Solo de Rastreio e Controle, também conhecido como TT&C – Segmento Solo de Aplicações ou Carga Útil Infraestrutura física do Segmento Solo: 1. 2. 3. 4. Centro de Controle de Satélites (CCS) Estação Terrena Centro de Missão Rede de Comunicação de Dados Infraestrutura de software do Segmento Solo: – – – – Satélites Software em Tempo Real (para o controle dos equipamentos das estações) Software de Dinâmica Orbital Simuladores de Satélites Rede de computadores conectados em rede local 21 2.4 – Centros de Controle e de Missão: Funções 1 1. 2. Centro de Controle de Satélites (CCS): – Receber, processar e armazenar as telemetrias. – Gerar, validar e enviar os telecomandos às estações. – Determinar e propagar as órbitas e a atitude dos satélites. – Solicitar, receber e processar medidas de distância, de velocidade e angulares. – Receber e monitorar o status do Segmento Solo. – Armazenar, recuperar e apresentar dados históricos. – Preparar e realizar manobras com os satélites. – Gerar as previsões de passagem dos satélites pelas estações estações. – Gerar os planos de vôo para os satélites controlados. Estação Terrena: – Rastrear os satélites. – Receber as telemetrias dos satélites. – Transmitir os telecomandos para os satélites. – Realizar as medidas de distância distância, de velocidade e angulares. – Realizar testes e calibrações. – Armazenar arquivos históricos da operação da estação. – Receber e processar dados de carga útil. Satélites 3 3. Centro C t d de Mi Missão: ã – Adquirir os dados de carga útil. – Verificar consistência dos dados adquiridos. – Processar os dados de carga útil útil. – Controlar a qualidade dos dados da missão. – Armazenar e recuperar os dados da missão. – Disseminar dados aos usuários. – Atender às requisições dos usuários, encaminhando programação de uso da carga útil ao CCS (quando aplicável). 4. Rede de Comunicação de Dados: – Prover os meios de comunicação entre os diversos componentes do Segmento Solo. – Rede privada de comunicação de dados, implementando protocolos de comunicação tais como o X.25, TCP/IP. 22 2.4 – Centros de Controle e de Missão: Exemplo de Segmento Solo – MECB SCD1,SC D2,CBER S1 Segmento Solo TT&C ALCÂNTARA Rastreio e Controle: – Centro de Controle de Satélites (S (S. JJ. dos Campos) Campos). – Estação Terrena de Cuiabá. – Estação Terrena de Alcântara. – Rede de comunicação de dados. RECDAS CUIABÁ CENTRO DE CONTROLE DE SATÉLITES É Missão coleta de dados: – Estação de recepção de Cuiabá e Alcântara (Carga Útil). – Sistema Nacional de Dados Ambientais (SINDA), Centro Regional do Nordeste do INPE INPE. – Redes de Plataformas de Coleta de Dados. Satélites 23 2.4 – Centros de Controle e de Missão: infraestrutura da MECB Prédio do CRC (SJC) C t d Centro de Dados D d d de S Sensoriamento i t Remoto – CDSR (Cachoeira Paulista) Sala de Controle CCS do CRC (SJC) Satélites Estação Terrena (Cuiabá) 24 2.4 – Centros de Controle e de Missão: Plataformas de Coleta de Dados – MECB Satélites 25 2.4 – Normalização Satélites 26 2.4 – Normalização (cont.) Satélites 27 2.4 – Normalização (cont.) Satélites 28