Nº 026 >>> 2012 | JANEIRO • FEVEREIRO >>> DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • DIRECTOR MANUEL SANTA CRUZ DOMINGUES BASTO OLIVEIRA
ARRIVA
RENOVA FROTA
2,4 MILHÕES DE INVESTIMENTO
Os novos veículos estão “classificados no mais elevado
patamar daquilo que de melhor se faz em prol da
qualidade e do ambiente, garantindo-se assim uma
melhoria significativa para os clientes na forma de
qualidade do transporte, bem como na melhoria da
qualidade do ar que se respira em Guimarães”.
>>> P.| 04-05
>>> P | 06
>>> P | 12
GUIMARÃES CAPITAL
EUROPEIA DA CULTURA
JOAQUIM FERNANDES
NOGUEIRA
Uma vida de alugador
>>> P | 07
MOVE-ME
aplicação para smartphones
>>> P | 14
GUILHERME DE FARIA
Poeta da Saudade
>>> P | 11
O Papa a quem Afonso Henriques escreve
>>> P | 10
CARDEAL D. MANUEL
MONTEIRO DE CASTRO
Feliz o homem piedoso, sábio e prudente, no
serviço do Senhor.
>>> P | 19
MELHOR QUALIDADE
DE VIDA
E se partilhássemos?
>>> P | 21
TODO O SABOR
Em conserva
PUB
INOCÊNCIO II
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GUIMARÃES PLAY
Leva a música ao quotidiano
dos vimaranenses BUSPLAY
Rede noturna
| 20h-24h
A partir do dia 1 de março entra em vigor um novo tipo de
horários nos TUG - Transurbanos de Guimarães.
O TUG Noite 20-24 traz alterações exclusivamente nos
horários noturnos fazendo a fusão de alguns serviços,
juntando duas carreiras numa só.
Com esta alteração permite-se uma poupança operativa
em particular em serviços que muitas vezes ou tem uma
utilização muito reduzida ou até nula.
Os horários já estão disponíveis nos postos de
atendimento dos TUG bem como no site
www.tug.com.pt
Novo modelo
de autocarro
de Londres
entrou em serviço
O dia 27 de fevereiro marcou um novo passo na ARRIVA,
em Londres, e na história própria cidade, quando a
ARRIVA introduziu em serviço oito novos autocarros
Routemaster.
Este processo, que se iniciou há anos com a ideia do
Mayor da cidade, Boris Johnson, materializa-se agora
com a ARRIVA a ser o primeiro operador deste autocarro
híbrido construído em exclusivo para a Londres.
O primeiro de todos estes autocarros foi
simbolicamente estreado num serviço em que um
grupo de crianças da Escola Primária de Kew viajou até
à famosa praça de Trafalgar.
O novo modelo é o melhor autocarro hibrido de sempre
fruto do seu consumo ser inferior em 15% quando
comparado com os melhores que existiam em Londres
até ao momento. Ao mesmo tempo, tem um consumo
40% mais baixo que o melhor diesel convencional.
No passado dia 12 de janeiro viu-se algo invulgar nas paragens e autocarros dos TUG. Inserido no programa da
Capital Europeia da Cultura, numa das ações, a Guimarães Play levou a música a paragens e a autocarros, pondo
músicos e passageiros a interagir de uma forma original e inesperada.
Conforme explicações prestadas por Ricardo Batista, coordenador das iniciativas Guimarães Play, este é um
projeto da Capital Europeia da Cultura que pretende levar a música ao quotidiano dos vimaranenses.
Guimarães Play vai por isso, também, chegar ao Hospital de Guimarães. O evento irá ainda proporcionar a
realização de manifestações musicais em diferentes instituições e espaços da cidade. Além dos autocarros e do
Hospital, o projeto da Capital Europeia da Cultura prevê a realização de iniciativas em todos os Agrupamentos de
Escolas do Concelho e, durante o verão, ações no Parque da Cidade.
Esteja atento, porque quando menos esperar poderá ter música junto a si.
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FICHA TÉCNICA
DIRETOR
Manuel da Santa Cruz Basto Oliveira
COORDENADOR EDITORIAL
Marco António Lindo
[email protected]
GRAFISMO E PRÉ-IMPRESSÃO
Alive Word Comunicação Unip. Lda
[email protected] | www.aw-passions.com
220 167 542 | 969 105 600
DESIGN
Susana Marvão
COLABORAM NESTA EDIÇÃO
Alcino Monteiro
José Rui Teixeira
Luís Pinto Lisboa
Mafalda Raínho
Manuel Oliveira
Manuel Silva
Mónica Lindo
Marco António Lindo
Maria Helena Duarte
Nuno Pereira de Sousa
Padre Manuel Faria
FOTOGRAFIA
Marco António Lindo
Schutterstock / D.R.
PUBLICIDADE
T. 253 423 515 | 220 167 542
IMPRESSÃO
Naveprinter – Indústria Gráfica do Norte, S.A.
Inscrito no ICS com o nº 125134
Depósito legal | 264746/07
Tiragem | 10 000 exemplares
Periodicidade | Bimestral
Publicação Gratuita
PROPRIEDADE E EDIÇÃO
ARRIVA Portugal – Transportes Lda.
Edifício ARRIVA, Rua das Arcas
4810-647 Pinheiro, Guimarães | Portugal
Tel. 253 423 500 | Fax. 253 423 519
[email protected]
www.arriva.pt
INFORMAÇÃO
Os textos publicados no ARRIVA Jornal
contemplam a utilização do novo acordo
ortográfico da língua portuguesa.
Editorial
Caro/a Leitor/a, Cliente e Amigo/a,
Estamos no início do ano de 2012, que será um ano muito difícil para o nosso País em consequência das medidas
de austeridade aplicadas com o objetivo de corrigir as debilidades financeiras públicas.
Como consequência direta dessas medidas o investimento público quase estagnou, o desemprego aumentou e o
poder de compra das famílias reduziu.
Acresce ainda o facto de o acesso ao crédito por parte das empresas e das pessoas ser hoje muito mais difícil e,
por isso, o investimento privado e o consumo – agora, e ao contrário do que acontecia anteriormente, muito mais
difícil de basear na alavancagem financeira (credito bancário) - terem também diminuído expressivamente.
Uma das mais terríveis consequências desta situação é o elevado número de fecho de empresas comerciais e
industriais a que temos assistido e que, consequentemente, leva ao avolumar dos níveis de desemprego.
Vivemos pois um período em que, tanto a nível das pessoas como das empresas, é necessária uma redobrada
atenção a todos os fatores que possam permitir a redução de custos e, consequentemente, a poupança.
Neste cenário a atividade das empresas do grupo Arriva não podia deixar de ser afetada e temos, continuadamente,
assistido a uma grande quebra no número de passageiros transportados nas nossas carreiras assim como do
número de serviços comerciais (aluguer).
Toda esta situação leva a que, com o objetivo de proteger as unidades de produção, a gestão das empresas seja
ainda mais rigorosa, impondo-se como tal da nossa parte uma ainda maior atenção às alterações da procura por
forma a atuarmos no sentido de evitar custos desnecessários com a manutenção de serviços que, entretanto,
deixaram de minimamente se justificar.
Mesmo neste clima de depressão – sem perder de vista a necessidade de um controle permanente e cada vez
mais apertado da gestão dos custos – não quisemos da nossa parte deixar de, através de um avultado
investimento, dar um sinal muito claro de confiança e esperança no futuro.
E demos esse sinal logo no início do ano ao apresentar publicamente os primeiros oito (estes para a nossa
operação TUG em Guimarães) dos doze novos autocarros que adquirimos neste ano de 2012 – ano que consagrou
Guimarães como Capital Europeia da Cultura.
A concretização deste objetivo, planeado em devido tempo, só foi possível pelo facto de estarmos integrados num
grande grupo europeu de transportes que, compreendendo o significado deste investimento, nos apoiou como
prova do seu empenhamento na região e no País.
Neste ano de 2012 a nossa região é palco de dois acontecimentos especiais que, naturalmente, serão fatores de
indução de alguma animação económica extra; Braga é Capital Europeia da Juventude e Guimarães é Capital
Europeia da Cultura.
Assim é muito natural e desejável que os programas de ambos os eventos - bem elaborados como a região sabe
sempre fazer – sejam capazes de atrair um elevado número de visitantes Nacionais e Estrangeiros que animarão
hoje as atividades económicas locais, nomeadamente o comércio, a restauração e a hotelaria e, ainda mais
importante que isso, desejavelmente, se constituam como plataformas de projeção internacional e base de um
crescimento sustentado para o futuro do turismo da nossa região.
É assim que, mesmo no meio de uma situação macro económica muito difícil, temos, a nível regional, alguns
motivos que nos devem servir de âncora para mantermos bem viva a esperança de um futuro melhor.
Com coragem, determinação e bom senso fomos sempre capazes de ultrapassar as maiores adversidades; desta
vez também vamos ser capazes!
Da nossa parte, a nível do que podemos fazer enquanto empresa, já o demonstramos.
Podem pois uma vez mais as pessoas que connosco trabalham, os nossos clientes, os nossos fornecedores, a
região e o País, contar connosco para, num coletivo consciencializado das dificuldades que existem,
empreendermos todas as ações que nos levem a vencer.
Como dizia no final do último editorial deste seu Arriva Jornal:
“Que, chegado ao fim o ano de 2012, possamos dizer que há reais perspectivas de um bem melhor futuro”!
Manuel Santa Cruz Oliveira
(Presidente da Comissão Executiva da ARRIVA Portugal)
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OS NOVOS AUTOCARROS TUG
Os novos veículos estão “classificados no mais
elevado patamar daquilo que de melhor se faz em prol
da qualidade e do ambiente, garantindo-se assim uma
melhoria significativa para os clientes na forma de
qualidade do transporte, bem como na melhoria da
qualidade do ar que se respira em Guimarães”,
destacou Manuel Oliveira, Administrador-Delegado da
ARRIVA Portugal.
No passado dia 26 de janeiro, altura em que se deu inicio
às comemorações Guimarães Capital Europeia da
Cultura (CEC 2012), foram apresentados os novos
autocarros adquiridos pela ARRIVA Portugal para
renovação da frota. Ao todo entraram ao serviço, no dia 30
de janeiro, 12 autocarros. Entre as novas aquisições estão
oito Mercedes-Benz Citaro atribuídos aos TUG –
Transurbanos de Guimarães: possuem piso totalmente
rebaixado (low-floor), rampa de acesso para passageiros
de mobilidade reduzida ou carrinhos de bebé, ambiente
interior climatizado por um eficaz sistema de condutas de
teto com ar condicionado, oferecem 34 lugares sentados e
podem, ainda, transportar 70 passageiros de pé.
Estes oito novos autocarros vieram juntar-se a outras duas
unidades, também Mercedes-Benz Citaro, adquiridas no
final de 2010 o que permitiu diminuir a idade média da
frota dos TUG para oito anos.
Os restantes quatro autocarros, que recentemente
começaram a circular, destinam-se a outros serviços
assegurados pela ARRIVA Portugal: um veículo interurbano
assente em carroçaria Mercedes-Benz OC500 e carroçaria
Intercity; dois Midis com chassis MAM e carroçaria de
Irmãos Mota; e um urbano, também, Mercedes-Benz
Citaro.
O investimento total foi de 2,4 milhões de euros, sendo
que para os oito autocarros TUG o valor investido foi de 1,6
milhões. “O investimento representa um empenhamento
da ARRIVA enquanto Grupo em Portugal, que passa pela
integração das mais diversas vertentes na cidade onde
está sedeada, Guimarães. Tudo começou com as novas
instalações da empresa em Guimarães que constituem
um modelo”, palavras de Manuel Oliveira, Administrador-
Delegado da ARRIVA Portugal, que aproveitou para
salientar que esta “é uma aposta do grupo no País e na
região, que não está para ir embora, mas para ficar”.
Os novos autocarros agora ao serviço dos Transurbanos
de Guimarães estão equipados com económicos e
ecológicos motores Mercedes-Benz BlueTech 5 com 285
cv e já estão preparados para funcionar com biodiesel a
100 por cento (B100).
Este assinalável investimento da ARRIVA Portugal, em
particular a aquisição nos novos autocarros TUG, mereceu
o aplauso do presidente da Camara de Guimarães,
António Magalhães, que fez questão de sublinhar o
sucesso da concessão dos TUG. “Somos muito bem
sucedidos nesta concessão dos TUG”, agradecendo o
apoio da empresa no reforço da oferta ao serviço da CEC
2012, o autarca fez saber que este “é um ano excecional e
muito difícil. Aliás “com o agudizar da crise, que vai durar,
as pessoas vão ter de perceber que têm de começar a
deixar o carro em casa e usar o transporte público para o
bem de todos”, destacou António Magalhães.
Nos últimos dois anos, a ARRIVA Portugal investiu sete
milhões de euros para melhorar a qualidade do serviço
que disponibiliza. A empresa remodelou parte da frota
existente e adquiriu novas viaturas, além de outras
melhorias efetuadas, sempre com a preocupação de
contribuir para a qualidade de vida das populações e das
cidades.
“A ARRIVA Portugal está a fazer tudo o que é possível para
combater a perda de passageiros que se tem verificado
nos últimos anos. A empresa está a equipar-se com o
melhor que se produz no mundo para responder às
necessidades das populações”, salientou Manuel
Oliveira.
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Grupo que foi buscar os autocarros recebidos pela administração à chegada da Alemanha. Da esquerda para a
direita: José Carlos Marques, Fernando Carvalho, Filipe Oliveira, Manuel Oliveira Presidente da ARRIVA Portugal,
Filipe Pereira do Departamento Operações, Ana Zita Lopes Gestora de Operações dos TUG, Carlos Costa Gestor de
operações da ARRIVA, Frederico Nogueira, Daniel Freitas, Carlos Moreira, Parcidio Castro e Álvaro Pereira da
Mercedes Benz Portugal.
O autocarro
Os autocarros que acabaram de entrar ao serviço são
Mercedes Benz EvoBus O530, designados
comercialmente por Citaro.
O modelo apareceu pela primeira vez em 1997
substituindo o O405 e O405N e desde o inicio de
produção que o modelo tem recebido diversas
atualizações que a nível estético quer ao nível da
componente mecânica.
Atualmente há versões desde o modelo K de 10,5
metros, ou o simples de 12 metros, até ao articulado
de 4 eixos com 20 metros de comprimento.
Os que 8 Citaros que vieram para os TUG,
Transurbanos de Guimarães foram construídos na
fábrica de Mannheim, na Alemanha, estando
equipados com motor ecológico Euro 5 de tecnologia
BlueTec com 285cv. Estes veículos podem funcionar
100% a Biodiesel.
A facilidade do piso baixo e de um sistema que baixa
a suspensão do autocarro quando ele para na
paragem, garante melhor acessibilidade. É claro que
estes autocarros têm rampa para cadeira de rodas
ou carrinho de bebé. 70 Lugares dos quais 34
sentados num veículo com climatização garantem ao
cliente uma excelente forma de transporte.
Este é o melhor autocarro urbano do mundo e,
assim, os Transurbanos mantêm a politica de
renovação de frota constante, processo que teve
inicio há poucos anos e que faz de Guimarães uma
das cidades mais bem servidas do país ao nível de
transporte urbano.
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>>> FOTOGRAFIA: JAIME MACHADO
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Guimarães
Capital Europeia da Cultura 2012
A 21 de janeiro de 2012
às 18 horas
O Multiusos de Guimarães foi o palco para a cerimónia
de abertura oficial da Guimarães 2012 Capital Europeia
da Cultura.
Foi assim que, numa cerimónia batizada por “os nossos
afetos”, a partir das 18 horas de 21 de janeiro, se deu
lugar à abertura formal da Capital Europeia da Cultura
2012 em Guimarães.
A seguir aos discursos protocolares o maestro Rui
Massena dirigiu a Fundação Orquestra Estúdio em duas
peças, “Pássaro de Fogo” de Igor Stravinsky e “Staccato
Brilhante” de Joly Braga Santos”.
Ao longo de mais de duas horas, ouvimos o Grupo de
Caixas e Bombos Nicolinos, o guitarrista vimaranense
Manuel d’Oliveira, Filipe Raposo, João Frade, Bernardo
Couto, Guilherme Marinho, Joaquim Teles, Cristina
Branco, Chico César (Brasil), Ritinha Lobo (Cabo Verde),
Yami (Angola), Rão Kyao e os Danças Ocultas.
No fim uma coreografia, à qual se juntou o coro Outra
Voz com a intenção de em representação das pessoas
de Guimarães dar boas vindas, aos visitantes da
cidade.
A 21 de janeiro de 2012
a partir das 22 horas
A partir das dez da noite o Toural passou a ser o ponto
principal da cidade com o espetáculo “Berço de uma
Nação” uma ideia com a direção artística do Centro de
Criação para o Teatro e Artes de Rua e La Fura dels
Baus.
Foi sem dúvida um espetáculo inesperado neste
lindíssimo local que é a praça principal da Cidade de
Guimarães.
Já depois da meia-noite o Centro Histórico transformouse no passo seguinte desta noite com a Praça da
Oliveira e de Santiago completamente lotadas.
Os
autocarros
oficiais da
cerimónia
No dia 21 de janeiro, dia da cerimónia de
inauguração oficial da Capital Europeia da Cultura
houve três fases em que a ARRIVA Portugal esteve
diretamente envolvida, já que foi a empresa
encarregue dos transportes.
Desde manhã cedo que se deu inicio ao serviço
que em primeiro lugar uniu os parques da Cidade
Desportiva ao Pavilhão Multiusos, garantindo o
transporte a todos os que trataram da parte
logística do evento.
Durante a tarde, fundamentalmente a partir das
cinco horas, foi a vez de transportar as
individualidades convidadas. O centro desta
operação foi o Parque da Feira de onde os nossos
autocarros seguiam para o Multiusos
convenientemente escoltados por batedores da
Policia de Segurança Pública.
Em simultâneo, autocarros dos TUG Transurbanos de Guimarães garantiram a partir do
“Triangulo Comercial” o transporte de quem tivesse
comprado bilhete para a entrada na cerimónia.
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MOVE-ME
O MOVE-ME é um protótipo de uma aplicação para smartphone desenvolvido
pela empresa OPT - Otimização e Planeamento de Transportes, S.A., que
permite o acesso a um conjunto diversificado de informação sobre transportes
públicos em tempo real.
Completamente inovador em Portugal, a aplicação permite integrar informação
proveniente de diferentes operadores e planear rotas intermodais em tempo
real e planeado, integrando diferentes meios de transporte.
A aplicação foi desenvolvida no âmbito do projeto CIVITAS Elan com a
colaboração da ANTROP, Metro do Porto e STCP.
O protótipo encontra-se implementado na área metropolitana do Porto,
integrando informação em tempo real da STCP e Metro do Porto, e informação
planeada de 13 operadoras privadas associadas da ANTROP: Albano Esteves
Martins, ARRIVA, Auto Viação Landim, Auto Viação do Minho, Auto Viação
Pacence, Auto Viação Tâmega, Empresa de Transportes Gondomarense, Joalto
Douro, Mondinense, Rodonorte, Transcovizela, Transdev e VALPI.
Neste momento o sistema MOVE-ME está disponível para ambiente Android e
pode ser descarregado gratuitamente através do endereço www.moveme.mobi.
Caso não disponha de tecnologia Android, qualquer utilizador pode aceder ao
serviço e beneficiar de todas as suas vantagens, desde que tenha acesso à
internet. Através do mesmo endereço ponha à prova o sistema e experimente
as funcionalidades que estão disponíveis na versão do website.
Para que continuamente seja possível à MOVE-ME disponibilizar um serviço
que esteja de acordo com as suas expectativas, não deixe de colaborar no
projeto e faça-nos chegar a sua opinião através do e-mail [email protected].
No deixe de colaborar no projeto e faça-nos
chegar a sua opinião através do e-mail
[email protected]
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AMI | Hospital Privado
de Guimarães
A excelência aliada à tecnologia
Depois da ARRIVA Portugal
ter estabelecido em 2011 uma
parceria com a AMI, o ARRIVA
Jornal decidiu fazer uma visita
ao Hospital Privado de
Guimarães para ver como é
que funciona. Este artigo
reflete essa cuidada visita.
A tecnologia de vanguarda e a medicina 4P – preditiva,
preventiva, personalizada e participada – são os vetores
que alicerçam o crescimento sustentado da taxa de
ocupação, que já ultrapassa os 70%, da AMI | Hospital
Privado de Guimarães, uma unidade de saúde, da rede
AMI | Assistência Médica Integral. Iniciou atividade em
fevereiro de 2010 e é já um hospital de referência para
mais de um milhão de habitantes do Norte de Portugal.
«Temos um equipamento de TAC de 64 cortes (e com
capacidade para fazer exames cardiovasculares com
grande qualidade) e uma Ressonância Magnética 3
Tesla, tecnologia única na região, que nos distingue no
domínio da imagiologia, que dispõe de uma área de
525 m2», explica Nelson Brito, diretor-geral da AMI |
HPG.
«Não tenho a menor dúvida de que somos, acima do
Porto, a unidade com melhor equipamento no que
respeita à imagiologia e, muito provavelmente, a melhor
apetrechada ao nível do equipamento disponível no
bloco operatório», complementa o gestor.
A realização de exames complementares de
diagnóstico, como a mamografia digital com
estereotaxia e a ecografia de aquisição volumétrica
«também invulgares», têm-se revelado estruturantes no
aumento progressivo da procura que o hospital regista.
As convenções e os acordos com o Ministério da Saúde
para a realização de exames e de cirurgias, ao abrigo do
SIGIC (ver caixa «A sua saúde não espera»), o plano
para a redução de listas de espera, têm sido, por outro
lado, «uma oportunidade para evidenciar toda a nossa
capacidade técnica e humana. Já fizemos milhares de
cirurgias ao abrigo do programa de redução de listas de
espera e estamos muitíssimo bem classificados»,
explica.
Aposta na urgência 24 horas…
Com serviço de urgência a funcionar 24 horas por dia,
365 dias por ano, unidades de cuidados intensivos e
intermédios disponíveis, quatro salas de bloco
operatório, três salas de maternidade, 96 camas, 34
consultórios e 200 colaboradores, a AMI| Hospital
Privado de Guimarães está preparada para prestar
cuidados de saúde numa área de influência com mais
de um milhão de habitantes: Guimarães, Fafe, Póvoa de
Lanhoso, Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto,
Celorico de Basto, Vizela, Famalicão, Felgueiras,
Mondim de Basto, Ribeira de Pena, Braga, Santo Tirso,
Barcelos, Penafiel, Lousada, Paredes e Paços de
Ferreira, bem como a toda a sub-região de Trás-osMontes e Alto Douro.
Com 2.000 atendimentos registados em janeiro deste
ano, mais 500 do que a média mensal do mês anterior,
o serviço de urgência da AMI | HPG tem registado um
crescimento gradual da procura, designadamente no
domínio da urgência pediátrica, que funciona, todos os
dias, das 9 às 23 horas e representa perto de 40% do
afluxo diário. A qualidade e a grande capacidade de
resposta, menos de 15 minutos a mais de 75% dos
clientes, justificam, para os responsáveis do hospital,
estes níveis de sucesso. Numa área com 405 m2, o
serviço de urgência da AMI | HPG, desenvolve-se com o
apoio das seguintes especialidades: Imagiologia,
Análises Clínicas, Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia
Geral, Cirurgia Pediátrica, Ginecologia/Obstetrícia,
Medicina Dentária, Medicina Interna e Ortopedia.
…nas neurociências
A AMI | Hospital Privado de Guimarães está também
apostada em prestar cuidados de saúde com enfoque
no diagnóstico imediato e com elevados índices de
sofisticação e complexidade. As cirurgias de Parkinson
e da Epilepsia, no campo das Neurociências, são dois
«excelentes exemplos da diferenciação dos nossos
serviços», refere Nelson Brito.
«Temos o equipamento e as equipas clínicas
necessárias para fazer as cirurgias de Parkinson e
Epilepsia. Não há na região algo semelhante. É
altamente diferenciador, porque estamos habilitados
para tratar o doente, fazendo o diagnóstico rápido, a
intervenção cirúrgica, o tratamento pós-cirúrgico e todo o
acompanhamento de ambulatório», explica o DiretorGeral, assegurando que este exemplo «desmistifica a
ideia de que as coisas mais complicadas só se fazem
nos grandes hospitais públicos».
Esta aposta é também sinérgica com o segmento das
residências seniores, onde a rede AMI também está
presente através da AMI|Clihotel de Gaia, integrado na
rede nacional de cuidados continuados, bem como
através do Camélia Hotel & Homes, em Guimarães,
unidade concebida para dar resposta integral às
necessidades residenciais dos seniores mais
exigentes.
… na pediatria
Com uma oferta integrada no que toca às
especialidades médicas, há, no entanto, áreas clínicas
que se destacam. «A Pediatria é uma das áreas mais
importantes para o setor, porque mesmo numa altura de
contenção de gastos, tentamos que não falte nada aos
nossos filhos. Aumentamos, por isso, o leque de oferta
de subespecialidades dentro da Pediatria», refere Maria
José Torres, diretora clínica da AMI | Hospital Privado de
Guimarães., referenciando áreas como a
gastroenterologia pediátrica «invulgar acima do Porto,
tanto na privada como na pública», acrescenta.
«Apostamos ainda na cardiologia pediátrica, realizando
também ecocardiograma fetal, na pedo-psiquiatria, na
neuropediatria, na urologia pediátrica, na cirurgia
pediátrica, na alergologia e na pneumologia pediátrica,
além da urgência com sala de observações pediátrica e
o internamento pediátrico», sublinha.
No domínio da cirurgia, a diretora clínica destaca a
cirurgia oftalmológica com colocação de lentes
intraoculares multifocais, a cirurgia plástica e maxilofacial, a neurocirurgia que dispõe de um microscópio
absolutamente invulgar, a cirurgia oral dentro da área da
medicina dentária e a implantologia dentária.
Além das áreas mais convencionais, a AMI| Hospital
Privado de Guimarães está a apostar na medicina
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A sua saúde
não espera
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Horários alargados
A oferta de horários alargados até a meia-noite e ao fim
de semana em algumas especialidades como
Oftalmologia, Psiquiatria ou Dentária permite aos
clientes conciliar a vida laboral com a pessoal. No
domínio da Imagiologia, e com o intuito de melhor servir
os interesses da região, regista-se também um
alargamento de horário: 2ª a 6ª até às 21h e, sábados
de tarde, das 14h às 19h.
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… e na neonatologia
Conscientes do nível de serviço oferecido pelo hospital
público na área materno-infantil e neonatologia, a AMI |
HPG preparou-se para marcar a diferença. «Queremos
ser o berço da Cidade-Berço», admite Nelson Brito,
adiantando que foram criadas as infraestruturas
necessárias e constituídas as «melhores equipas»,
para garantir a máxima segurança «às futuras mamãs e
aos seus bebés». O Diretor-Geral mostra-se satisfeito
com os números alcançados no ano passado, mas não
esconde que, em 2012, quer multiplicar o número de
nascimentos, situando-se o objetivo nos 250
nascimentos (ver caixa «O berço da Cidade Berço»).
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preditiva e preventiva, com um amplo suporte
diagnóstico só possível em virtude, quer da
disponibilidade de equipamentos de alta tecnologia,
que permitem a realização de angio-TAC às coronárias
e ressonância magnética cardíaca, quer da parceria
com o Centro de Genética Clínica que possibilita
pesquisar marcadores genéticos de vários tipos de
cancro, morte súbita ou o tipo de reação de cada
individuo, em particular aos medicamentos que lhe
vierem a ser prescritos. «Acreditamos que podemos
reduzir bastante os custos com a saúde e aumentar a
longevidade e a qualidade de vida conseguindo prever e
prevenir as doenças que poderão surgir», constata a
diretora.
«Dispomos de equipas multidisciplinares, equilibradas
e dinâmicas, vocacionadas para todo o tipo de
especialidades médicas e, ao mesmo tempo,
disponíveis para participar em atividades que
consideramos muito importantes, como o ensino»,
refere, destacando a parceria com a Escola de Ciências
da Saúde da Universidade do Minho, com a CESPU e
com a Universidade Católica.
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Porque a saúde não pode esperar, a AMI | HPG aderiu ao Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para
Cirurgia (SIGIC). Habilitada, assim, pelo Ministério da Saúde a realizar intervenções em várias especialidades
médicas, assegura ter as melhores condições para realizar, sem mais demoras, a cirurgia de que muitos
necessitam. No âmbito do SIGIC, a AMI | HPG desconta vales-cirurgia, sem qualquer custo adicional. Quem tiver
um vale-cirurgia pode inclusive optar pela AMI|HPG mesmo quando este não indica essa opção.
Especialidades convencionadas
Cirurgia Geral | Cirurgia Pediátrica | Cirurgia Plástica e Reconstrutiva | Cirurgia Vascular | Ginecologia |
Neurocirurgia | Oftalmologia | Ortopedia | Otorrinolaringologia | Urologia | Cirurgia de Obesidade
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>>> MANUEL FARIA | CRÉDITOS DE IMAGEM: DIÁRIO DE NOTÍCIAS / FRANCE PRESS / D.R.
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CARDEAL D. MANUEL
MONTEIRO DE CASTRO
Natural da Paróquia de Santa Eufémia de Prazins,
Arciprestado de Guimarães e Vizela, Arquidiocese de Braga –
Portugal. Feliz o homem piedoso, sábio e prudente, no
serviço do Senhor.
O Papa Bento XVI nomeou a aquele que já é o terceiro
cardeal português, D. Manuel Monteiro de Castro.
A nomeação cardinalícia teve lugar no consistório
realizado a 18 de fevereiro de 2012. D. Manuel será o
penitenciário-mor da Santa Sé, no Tribunal Apostólico da
Cúria Romana
D. Manuel Monteiro de Castro de 73 anos de idade, está
na Cúria Romana desde julho de 2009, quando
assumiu o cargo de secretário da Congregação para os
Bispos. Posteriormente foi nomeado por Bento XVI
como consultor da Congregação para a Doutrina da Fé
e secretário do Colégio Cardinalício, antes de passar
agora a ser o responsável pela Penitenciaria Apostólica,
um dos três tribunais da Cúria Romana.
Natural de Santa Eufémia de Prazins, Guimarães, o
novo cardeal português foi ordenado padre em 1961 e
bispo em 1985, na Basílica do Sameiro, em Braga
O prelado tem uma longa experiência diplomática ao
serviço da Santa Sé, que o fez passar pelo Panamá,
Guatemala, Vietname, Austrália, México, Bélgica,
Trindade e Tobago, África do Sul e Espanha, onde
permaneceu entre 2000 e 2009; foi também observador
permanente do Vaticano na Organização Mundial do
Turismo.
Há mais dois cardeais de Portugal, D. José Saraiva
Martins, prefeito emérito da Congregação para as
Causas dos Santos, e D. José Policarpo, patriarca de
Lisboa e presidente da Conferência Episcopal
Portuguesa.
Segundo o Código de Direito Canónico os cardeais
“constituem um colégio peculiar, ao qual compete
providenciar à eleição do Romano Pontífice [Papa]”,
além de serem conselheiros que podem ser
consultados em determinados assuntos quando o Papa
o desejar, pessoal ou colegialmente.
Os requisitos para ser criado cardeal são, basicamente:
homens que receberam a ordenação sacerdotal e se
distinguem pela sua doutrina, piedade e prudência no
desempenho dos seus deveres.
Mensagem da Paróquia de Santa Eufémia ao
Santo Padre
Enviada logo que se soube da nomeação, a mensagem
é a que se transcreve.
“A Paróquia de Santa Eufémia com muito orgulho e
inundade de sentimentos de humildade e gratidão,
agradece ao Santo Padre Bento XVI a sua amabilidade e
honra com que se dignou agraciar o nosso distinto
paroquiano.
Bento XVI acaba de nomear o arcebispo português, da
Arquidiocese de Braga, e do arciprestado de Guimarães
e Vizela para como Cardeal liderar o tribunal da Cúria
Romana. Trata-se do nosso querido e estimado D.
Manuel Monteiro de Castro, desta paróquia de Santa
Eufémia de Prazins.
Diplomata experiente, o Arcebispo português D. Manuel
Monteiro de Castro, assume o cargo de penitenciáriomor, onde poderá com muita diplomacia criar mais
pontes e possibilidades de salvação para gente
excluída e angustiada com a sua vida cristã, em busca
como os magos do oriente de uma estrela que os
conduza para novos caminhos de luz, esperança e
caridade!
“É um homem que promove o diálogo e a aproximação
pertinente entre as diferentes sensibilidades da Igreja,
entre a Igreja e os governantes das nações, como
aconteceu na sua missão da nunciatura espanhola; é
uma ponte de verdade entre Deus e os homens (em
Madrid fiquei impressionado quando escutei o
embaixador da Rússia, convertido à mensagem cristã,
anunciar que era um devoto do Santuário de Fátima,
onde já veio rezar e pedir a bênção para o seu povo. A
sua dúvida e aproximação cristã foi conduzida pelo
núncio apostólico de Portugal, que o convidou a fazer
uma peregrinação de fé, sem receio de escutar uma
resposta menos diplomática.
Este Natal esteve entre nós, celebrou a missa de Natal
e Ano Novo, pedindo à família humana para contemplar
a Família de Nazaré e se deixar guiar, como ela, pela
vontade de Deus, colocando sempre o Deus menino no
centro da nossa vida e a família cristã como o lugar
natural para santuário de Deus entre nós.”
A Cerimónia na Basílica de São Pedro
A palavra usada por D. Manuel Monteiro de Castro na
manhã de Sábado 18 de fevereiro após ter recebido do
Santo Padre o Barrete e o Anel Cardinalício foi
simplesmente “inesquecível”.
Uma comitiva de familiares e amigos de D. Manuel
esteve presente na cerimónia, onde se encontrava
também o Dr António Magalhães, Presidente da Câmara
Municipal de Guimarães e o padre da Paróquia de Santa
Eufémia, o Padre Manuel Faria. Dirigindo-se em
particular à comitiva, D. Manuel foi como de sempre
emotivo. Referiu e passo a citar queӎ bonito ver gente
da nossa terra interessada nesta nomeação, que
procurarei levar por diante da melhor forma possível,
para que Portugal continue a ser bem representado no
Vaticano.”
Embora esteja no Vaticano desde 1961, D: Manuel
declara a sua satisfação pelo trabalho que tem feito na
Santa Sé, embora não deixe de lembrar as saudades
que tem da sua terra bem como da vontade que tem em
voltar a Santa Eufémia.
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>>> MARCO ANTÓNIO LINDO | FOTOGRAFIA D.R.
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Inocêncio II
O Papa a quem
Afonso Henriques escreve
Em fevereiro de 1130 o Papa Honório II morre e a sua
sucessão vai provocar uma séria cisão no meio
eclesiástico; os Cardeais desentendem-se na
nomeação do novo Papa.
O que vai acontecer ficará conhecido como o Cisma
Anacletino e resulta do facto de haver quem seja a favor
de Inocêncio II como novo Papa, enquanto outros
querem ver eleito Anacleto II. Tristemente este
desentendimento vai levar à luta armada. Inocêncio II
foge então para França, país onde ainda não havia uma
clarificação sobre a escolha, já que não se tinham
reunido as condições para tal. O Rei de França, Luís VI,
decide-se a convocar um Concilio. Neste, o Clero reúnese com os nobres em Etampès, sendo Bernardo de
Cluny a presidir aos trabalhos.
Depois de um cuidado exame sobre as pretensões,
comparando a vida e conduta de Inocêncio e de
Anacleto, o Concilio declara Inocêncio II como o legitimo
Papa. Foi reconhecido de imediato, até porque na época
o que fosse indicado por França era aceite sem hesitar,
havendo digamos, uma exceção.
Os seguidores de Anacleto não estavam de acordo e,
por isso, mantiveram a ocupação do Vaticano.
Quem também mantinha a sua posição sobre Anacleto
era o Duque da Aquitânia, uma região no sudoeste de
França, onde por suas ordens mantinha a perseguição
a todos os que apoiassem Inocêncio II. Por isso em
1134 Inocêncio II pede a Bernardo que promovesse
uma campanha contra os Anacletistas.
O procedimento afigurava-se na altura como uma
afronta a Deus já que tanto o Duque como o Bispo da
Aquitânia estavam a apoiar um “anti Deus”.
Mesmo assustado com os argumentos de Bernardo, o
peso contra argumentativo do Bispo Gerardo da
Aquitânia continuavam a fomentar esta cisão.
É, então, que Bernardo convida Guilherme, o Duque, a ir
a uma missa pela sua conversão. O Duque vai, mas
não pode entrar na Igreja por ter sido excomungado.
Fica do lado de fora enquanto a missa decorre e quando
chega à comunhão, Bernardo dá-a a todos os
presentes, saindo de seguida para o exterior para ir ter
com o Duque. Esta é uma situação de grande tensão
para a época e entenda o leitor tudo no contexto do
acontecimento. Aquilo que se estava a viver era bastante
grave e é com essa consciência que Bernardo se dirige
ao Duque dizendo: “Implorei-vos e desprezaste-me.
Supliquei-vos uma segunda vez, na presença de uma
multidão de servidores de Deus e voltastes a desprezarme, e a eles também. Agora contemplai aqui o Filho da
Virgem, o Chefe e Senhor da Igreja que perseguis, que
veio em pessoa encontrar-se convosco. Eis o nosso
Juiz, ao som de cujo nome se dobram todos os joelhos
no Céu, na Terra e no Inferno. Eis o nosso Juiz em cujas
mãos a vossa alma cairá um dia. Tens a coragem de
desprezá-lo também? Repudiareis a Cristo, como
repudiastes todos os seus servos?”
Ao escutar estas palavras enquanto Bernardo segura a
hóstia, o Duque cai no chão e mesmo quando um dos
seus guardas o ajuda a levantar, torna a cair no chão.
Bernardo pede-lhe que se levante e que se reconcilie
com os Bispos que tinha expulsado. Assim faz de
imediato indo ter com o Bispo de Poitiers que estava
presente para o levar pessoalmente à sua Catedral.
Vivem-se momentos de grande felicidade já que
repentinamente tudo estava a caminhar no bom sentido.
Ao mesmo tempo que se submete a Inocêncio II, acaba
por fundar o Mosteiro Cisterciense de Grace Dieu em
Aunis, mosteiro este que obviamente foi administrado
por Monges de Claraval.
O trabalho do que viria a ser de São Bernardo nunca
poderia ter tido um melhor resultado. Na realidade
Bernardo era Monge, sem que alguma vez aceitasse ser
reconhecido de alguma forma que não fosse essa,
afirmando textualmente que “Iniciei-me monge e quero
morrer como monge”.
Mesmo perante o desenvolvimento dos acontecimentos,
Anacleto tentou manter o cargo de Papa, e mesmo
depois de ter morrido a 25 de janeiro de 1138,
provavelmente envenenado, os seus seguidores ainda
vão nomear para Papa o Cardeal Gregório Conti, que
recebeu o nome de Vítor IV.
Chega-se ao ponto dos próprios irmãos de Anacleto
acabarem por prestar obediência a Inocêncio. Finalmente
também Gregório de Conti acaba por se submeter
entregando as Insígnias Papais a Bernardo que de
imediato as entrega a Inocêncio II. Estávamos a 29 de
maio de 1138 e finalmente o Cisma que se arrastava
desde 14 de fevereiro de 1130 tinha chegado ao fim.
Numa cena que acaba por ser comovente, até pela
humildade do ato, os irmãos de Anacleto juntam-se a
Gregório de Conti e vão prostrar-se a Inocêncio II de
quem recebem a sentença de perdão.
Inocêncio II começa assim a sua vida papal regular
vindo a ser responsável por algumas decisões que irão
marcar a religião Católica de uma forma inabalável.
Alguns desses atos acontecem no Concilio de Latrão
em 1139 aonde, e passo a citar, afirma que “ainda
condenamos a detestável e vergonhosa tendência
insaciável dos prestamistas usuários para roubar, ato
repudiado pelas leis humanas e divinas, por meio das
Escrituras no Antigo e no Novo Testamento, e
separamos de todo consolo da Igreja, mandando que
não haja algum Arcebispo, Bispo, ou Abade de qualquer
ordem, quem quer que seja na ordem ou no clero, se
atreva a receber os usurários. Para o fazerem terão que
usar de extrema cautela, antes bem, em toda a sua vida
sejam estes considerados como infames, e se não se
arrependem, sejam privados de sepultura eclesiástica.”
Outro dos seus atos maiores enquanto Papa vai ser
algo hoje em dia sensível de abordar mas que eu
confesso ser uma passagem para a qual eu não tenho
uma visão clara. Há no Antigo Testamento uma
passagem que refere à continência de um Sacerdote
para com Cristo como algo associado diretamente ao
serviço do Divino, este porque os Sacerdotes se
encontram sempre de serviço, exercendo o seu divino
ministério no Templo do Senhor, e em verdadeira, real,
direta e imediata comunicação, com Ele.
No Novo Testamento vai-se mais à frente clarificando
que quem terá instituído o celibato terá sido Jesus
Cristo em pessoa. Jesus Cristo é quem afirma a
castidade perfeita, proclamando a virgindade por amor
ao Reino do Céu, como a perfeição absoluta e clarifica
dizendo que “Nem todos são capazes desta resolução,
mas somente aqueles a quem isto foi possibilitado.
Que resolução? Ficar virgens “por amor do Reino dos
Céus”.
A continência dos Apóstolos não se explica, por sua vez,
sem os exemplos, em primeiro lugar do Precursor, São
João Batista, do qual alguns Apóstolos haviam sido
discípulos, e principalmente sem o exemplo e as
palavras do próprio Jesus, ao sugerir aos seus
discípulos a tudo deixa pelo celibato, mesmo suas
esposas, tudo pelo amor do Reino dos Céus.
É este sentido que Inocêncio II vai consagrar ao instituir
o Celibato.
Não vou agora referir as visões de Malaquias, São
Malaquias, que vai por premonição contar o futuro, mas
o que fica para a história da Igreja é que prevê 19 dias
antes a morte de Inocêncio II que virá a falecer nos
braços do seu amigo Bernardo.
Não deixa de antes de morrer dar todo o seu apoio à
Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de
Salomão vulgarmente conhecidos como Ordem dos
Cavaleiros Templários. Isenta-os da jurisdição
episcopal, permitindo à Ordem que tivesse os seus
próprios padres, que garantisse por si a assistência
religiosa e o culto, sem que tivessem que depender dos
bispos da área geográfica em que estivessem.
Enquanto tudo isto ia acontecendo em redor da Igreja de São
Pedro, noutra região da Europa, há uma história em que o
nascimento de uma Nação se irá cruzar na vida deste Papa.
No ano em que Afonso Henriques nasceu,
provavelmente 1109, Afonso VI de Castela e Leão tinha
morrido, provocando uma tremenda luta entre Dona
Urraca e Dona Teresa, filha bastarda do falecido, mãe
de Afonso Henriques, mulher de Henrique de Borgonha.
D. Urraca era a herdeira ao trono de Castela mas a luta
com D. Teresa e ainda mais uns quantos pretendentes
ia arrastar-se por anos.
No meio de toda esta situação, a 1122, outro
acontecimento bem invulgar acontece, quando Afonso
se arma a si próprio Cavaleiro em Zamora.
Afonso luta algumas vezes contra a sua mãe, D. Teresa,
até que em 1128 num confronto “final” as tropas de
Afonso encontram-se com as de D. Teresa em
Guimarães, no Campo do Ataca. Nesta batalha, a de
São Mamede, as tropas de Afonso Henriques saem
vitoriosas. Estávamos a 24 de junho e o chamado “Dia
Um de Portugal” tinha acontecido.
D. Teresa desiste então de anexar o Condado
Portucalense à Galiza e no ano seguinte Afonso
Henriques proclama-se Soberano do Condado.
Seis anos depois Afonso VII, filho de D. Urraca é coroado
em Leon como Imperador de Espanha. Embora seja seu
primo, Afonso recusa-se a prestar-lhe vassalagem.
Finalmente depois de acesas batalhas no Alto Minho,
acaba por se gerar um entendimento. Em 1137 em Tui,
Afonso Henriques acorda com o seu primo Afonso VII serlhe fiel garantindo-lhe apoio contra inimigos.
Afonso vira-se entretanto contra os Mouros que tinham
invadido a Península, vencendo cinco dos seus Reis em
Ourique. Estávamos em 1139 e Afonso sentia que
legitimamente merecia mais. Então proclama-se Rei;
pelo menos começa a usar o título. Finalmente em 1143
estabelece um tratado de paz com o primo o que virá a
ser um passo fundamental para o reconhecimento do
Reino. Nesse mesmo ano escreve a Inocêncio II uma
carta onde se declara “censual” da Igreja de Roma,
reconhecendo assim que apenas será obediente ao
Papa. Inocêncio II aceita e reconhece a solicitação, vindo
este a ser um dos últimos atos do Papa Inocêncio II que
virá a falecer pouco tempo depois.
A Igreja só reconhecerá definitivamente Portugal como
reino independente em 1179.
Embora fosse uma promessa de 1147, não será só por
essa razão e por devoção que Afonso Henriques irá
mandar construir em Alcobaça um Mosteiro Cisterciense,
a Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça, dedicado a
Maria e cuja construção confia a Bernardo e aos Monges
de Cister; mas a esse propósito escreverei noutra altura.
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alugadores de sempre
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Joaquim
Fernandes
Nogueira
Noémia e Sónia Mota com Sr. Joaquim
Neste número do ARRIVA Jornal damos lugar a uma
nova rubrica, dedicada a pessoas que ao longo do
tempo se têm mantido como fiéis alugadores.
Este é o caso do Sr. Joaquim Fernandes Nogueira,
nascido a 26 de outubro de 1930, no Lugar da Fonte do
Santo, em São Torcato. Ai residiu toda a sua vida e ao
longo de todos os anos, as únicas saídas são
concretizadas nos passeios de autocarro; nem sequer
foi uma vez ao estrangeiro.
Andou na escola só até à terceira classe já que,
entretanto, em 1941 teve que abandonar os estudos
para ir trabalhar. É necessário compreender que os
tempos eram outros e os hábitos também. Nessa altura
havia pouco dinheiro, muito pouco. Tinha havido uma
recessão mundial em 1930 e entretanto quase toda a
Europa estava em Guerra. A II Grande Guerra havia
rebentado em 1939 e a economia estava descontrolada.
Começou por trabalhar num sapateiro onde ganhava 50
centavos por dia com um horário de 13 horas. Convém
lembrar, especialmente os leitores mais jovens, que 50
centavos é metade de um escudo e que um euro
quando introduzido valia cerca de duzentos escudos.
Não demorou muito que passasse a ganhar o dobro. É
que sendo o único rapaz da oficina, foi encarregue de
ficar com a distribuição dos sapatos. Algo que também
deve ser referido é que, nessa época, o sapateiro além
de arranjar, também fazia sapatos, por isso esta
distribuição refere-se na sua maioria à entrega de
material novo. Então o Joaquim Nogueira lá ia, a pé é
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Sr. Joaquim com Sr. Manuel Oliveira
claro, de São Torcato à Póvoa de Lanhoso.
Como a ida e volta não durava mais de umas quatro
horas, fizesse sol ou chuva, quando regressava tinha
que cumprir o resto do horário.
Para conseguir melhorar economicamente, vai para
cobrador da Casa do Povo de São Torcato, trabalho que
desenvolve por sete anos e que lhe garantia mais
quatro mil escudos por ano, isto caso conseguisse
receber todas as quotas.
Aos 18 anos, mais propriamente no dia 29 de junho de
1948, vai dar inicio a uma nova atividade na sua vida.
Torna-se excursionista, quer isto dizer, começa a
organizar alugueres, passeios em autocarro a diversos
locais.
Na estreia leva um autocarro da Auto Rodoviária do
Minho, a empresa de Amândio Oliveira. A excursão vai
levá-los a São Bento da Porta Aberta, Abadía, Alivio,
Barcelos e Póvoa de Varzim. O dia estava a correr
bastante bem se não fosse ter mudado de cara quando
estavam na Póvoa de Varzim. Abate-se uma grande
trovoada e decidem sair dali. Vão então para Vila Nova
de Famalicão, onde param para um lanche que acaba
mal: dois dos casais presentes roubam uma caneca de
vinho do restaurante onde haviam parado. O dono veio
ao autocarro para reclamar a devolução mas ninguém
se acusa. No caminho descobrem-se os responsáveis
gerando-se uma séria discussão que acaba na Madre
Deus de Azurém onde os excursionistas responsáveis
Amândio Oliveira nº7 na Av. Afonso Henriques em
Guimarães
são postos fora do autocarro. O valor da receita deu-lhe
um lucro de trezentos escudos, isto depois de pagar
dois mil ao Sr. Amândio.
Em 1955 o próprio Amândio Oliveira vai dar-lhe 700
escudos de prémio por ser um bom alugador. Tinha-se
tornado normal levar seis ou sete autocarros em cada
aluguer. Diz o Sr. Joaquim Nogueira que o dinheiro é
para que ele compre um fato. Na realidade acaba por
usar o dinheiro para acabar de pagar as prestações que
lhe faltavam de um guarda-fatos. Digamos que não ficou
muito longe da ideia inicial.
A certa altura o Sr. Amândio Oliveira propõe-lhe que fique
com o autocarro 7, um autocarro de 26 lugares.
Facilitava-lhe o pagamento e ajudava-o na legalização
da firma. O Sr. Nogueira, embora sensibilizado, acabou
por não aceitar o convite. Chegou a ter cartão de
cobrador da empresa o que em alguns serviços
facilitava.
A história do Sr. Joaquim Nogueira não se faz só com os
alugueres na empresa do Sr. Amândio Oliveira. Ao longo
da vida também alugou ao João Carlos Soares, à
Transcovizela, que era de um primo do Sr. Amândio, o Sr.
Feliciano de Oliveira, bem como de tempos a tempos
também ao Sr. José Gomes, na Mondinense. Claro que
por inerência dos factos, desde que a ARRIVA chegou à
região e tendo adquirido a empresa Soares e a AMI,
mantém-se fiel à casa, onde é sempre bem recebido
por todos e onde tem sempre as portas abertas.
Passeio nos anos 50
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Nº 026 >>> 2012 | JANEIRO • FEVEREIRO
destaque
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MTV VJ CASTING
no Espaço Guimarães
Barbara Magalhães
é a primeira finalista
Coube a Pedro Fernandes, Mónica Ferraz e Victor Mourão a
responsabilidade de avaliarem os dez candidatos e elegerem
o finalista do Espaço Guimarães.
Barbara Magalhães é a primeira finalista do MTV VJ
Casting.
A jovem de 31 anos, natural do Porto, demonstrou ser
100% talento e convenceu o júri composto pelo
apresentador Pedro Fernandes, a cantora Mónica Ferraz
e o diretor geral da MTV Portugal, Victor Mourão, no
passado sábado, dia 18 de fevereiro, no Espaço
Guimarães.
Para Barbara esta “foi uma experiência diferente do que
estou habituada, mas muito divertida! Deu para
conhecer pessoas diferentes, rir bastante
(especialmente com o Pedro Fernandes), pôr-me à
prova! E como diz o slogan da MTV, sobrevivi ao Casting
para MTV VJ!”. A primeira finalista deixa ainda uma
promessa no ar, “estou disposta a juntar a 100% talento,
100% trabalho!”.
Depois de seis dias intensivos de castings, a “caça ao
talento” do MTV VJ Casting continua e chegou entretanto
ao Forum Aveiro. Até ao dia 24 de fevereiro, a MTV Portugal
desafiou todos os jovens a subir ao palco do VJ Casting e
em frente às câmaras mostrarem ser “100% talento”.
Dia 25 de fevereiro, entre as 14h00 e as 19h00, foi a
Semi Final no Forum Aveiro com os 10 selecionados.
Nesse dia coube ao apresentador Pedro Fernandes,
elemento fixo do júri, à cantora Marisa Liz e a um
elemento da MTV Portugal a grande responsabilidade
de avaliar e selecionar o finalista da cidade de Aveiro.
Durante os próximos meses, o tour MTV VJ Casting vai
continuar a visitar o nosso país em busca da próxima
“cara” do canal que fará companhia ao atual VJ da MTV
Portugal, o Diogo Dias. Os centros comerciais geridos
pela Multi Mall Management Portugal nas cidades de
Aveiro, Viseu, Coimbra, Sintra, Lisboa (Chiado), Almada,
Montijo, Funchal e Faro serão os próximos pontos de
paragem do MTV VJ CASTING. (ver calendário em anexo)
Após o último casting - a realizar-se em Faro, no dia 27
de maio - os dez finalistas escolhidos, do total das 10
cidades, vão ter a oportunidade de participar em várias
ações e eventos ao lado do VJ Diogo, numa espécie de
preparação para a grande final que vai acontecer a 21
de julho no Forum Sintra.
A MTV Portugal convida todos os jovens a dar prova do
seu talento no MTV VJ CASTING. Em jogo está um
prémio de sonho, o título de VJ da MTV Portugal.
Acompanhe todas as novidades em www.mtv.pt,
www.mtv.pt/vjcasting e em www.facebook.com/
mtvportugal.
A MTV Portugal
A MTV Portugal, canal totalmente orientado para o
público português, foi lançada em julho de 2003. Desde
então tem vindo a consolidar a sua posição como o
canal de música e entretenimento com maior audiência
em Portugal, sendo um espaço privilegiado para a
promoção e divulgação da música nacional e também
internacional.
Com o início das emissões do canal foi instituído o
prémio ‘Europe Music Awards – Best Portuguese Act’,
possibilitando projetar internacionalmente a música
portuguesa. Em 2005, Lisboa foi palco da cerimónia dos
MTV Europe Music Awards, tendo Portugal recebido o
‘Best Host City Award’.
Atualmente, a MTV Portugal conta com diferentes
projetos nacionais, numa cobertura de 360º, que visam
proporcionar experiências únicas junto do seu público,
são exemplos disso, o MTV Linked (artistas apoiados
pela MTV), MTV U (estudantes universitários), MTV
Insomnia (eventos noturnos) e MTV Woohoo (desportos
de ação).
Com mais de 387 mil fãs no Facebook, a MTV Portugal
está hoje mais perto do que nunca dos seus fãs. Em
reconhecimento da forte aposta do canal nas redes
sociais, a MTV Portugal é o canal de televisão português
com maior número de fãs.
Calendário MTV VJ Casting:
5 - 10 março - Forum Viseu
12 - 17 março - Forum Coimbra
26 - 31 março - Forum Sintra
02 - 07 abril - Armazéns do Chiado
16 - 21 abril – Almada Forum
23 - 28 abril - Forum Montijo
08 - 13 maio - Forum Madeira
22 - 27 maio - Forum Algarve
21 julho – Grande Final – Forum Sintra
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>>> JOSÉ RUI TEIXEIRA {WWW.GUILHERMEDEFARIA.COM / WWW.GUILHERMEDEFARIA.BLGSPOT.COM}
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Guilherme de Faria
Poeta da Saudade
FIM
Alma, enfim descansa
Na desesperança.
Alma, esquece e passa:
Dorme, enfim segura
Dessa última graça
Que é toda a ventura.
E à Saudade em flor
Que o teu sonho lindo
Perfumou de amor,
Diz-lhe adeus, sorrindo…
Guilherme de Faria nasceu no dia 6 de Outubro de 1907, em Guimarães. Em 1919 mudou-se, com a família, para
Lisboa. Suicidou-se na Boca do Inferno [Cascais], com apenas 21 anos, no dia 4 de Janeiro de 1929.
Publicou sete livros de poesia: “Poemas” e “Mais Poemas” [1922], “Sombra” [1924], “Saudade Minha” [1926],
“Destino” e “Manhã de Nevoeiro” [1927] e, editado postumamente, “Desencanto” [1929]; também póstuma, mas
organizada de acordo com as suas indicações, foi a edição da antologia “Saudade Minha (poesias escolhidas)”
[1929]. Publicou ainda “Oração a Santo António de Lisboa” [1926] e organizou uma “Antologia de Poesias
Religiosas” [que só seria publicada em 1947].
Guilherme de Faria foi poeta e editor, correspondeu-se e relacionou-se com os mais importantes poetas e artistas
portugueses da década de 20 do século passado. A sua poesia compreende-se no contexto do Neorromantismo
lusitanista e habita o âmago da tradição lírica portuguesa. Poeta de um passadismo noturno, elegíaco e doce que
só se realiza em diálogo com a morte redentora, Guilherme de Faria acabou por ser esquecido, devido à sua morte
tão prematura, às especificidades quase anacrónicas da sua poesia e à proximidade ideológica ao Integralismo
Lusitano.
Em 2012 será publicada a obra “Os versos de luz por escrever – Vida e Obra de Guilherme de Faria”, de José Rui
Teixeira, coordenador do projeto Post- scriptum, que tem como principal objetivo restituir Guilherme de Faria à
história da literatura portuguesa. Nesse sentido, desde 2006, recupera documentos do espólio do poeta, reedita a
sua poesia, organiza, promove e participa em iniciativas académicas e literárias que possibilitam uma reflexão
consequente sobre a vida e obra de Guilherme de Faria.
Que Ela há-de escutar-te,
Pálida, a entender-te!
E, no espanto enorme,
Sonhando envolver-te,
Triste, há-de embalar-te
– «Dorme… dorme… dorme…» –
Como a adormecer-te.
“Manhã de Nevoeiro” [1927]
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>>> MAFALDA RAÍNHO
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Canto
Matinal
Aos 15 anos edita em Angra do Heroísmo o seu
primeiro livro de poesia intitulado Canto Matinal.
Estamos perante um senhor que irá ser um dos
grandes vultos da cultura portuguesa.
O meu pai falava dos dias que passava com o meu avô
nas livrarias do Chiado em Lisboa e da forma admirada
como olhava para este senhor, que ele via na televisão,
com um programa que se chamava “Se Bem me
Lembro” e que eu só conheço por causa da RTP
Memória.
Estou a falar do Professor Vitorino Nemésio.
Nemésio nasceu na Praia da Vitória nos Açores. Em
Angra do Heroísmo onde fez o Liceu, além de ter
publicado o seu primeiro livro, funda também uma
revista literária, a “Estrela d’Alva”.
Cumpre serviço militar no Exército, o que faz com que
tenha que vir para o continente. Já que está em Lisboa,
aproveita para colaborar em revistas e jornais, entre os
quais títulos importantes da época como o “Última Hora”
ou o “Pátria”.
Só conclui o Liceu em Portugal Continental, mais
propriamente em Coimbra, onde começa a fazer o
Curso de Direito, algo que é estranho, já que não tinha
muito a ver com ele, que era um ser de pensamento
artístico, literário, com uma visão muito mais extensa
que o direito penal ou criminal.
Miguel de Unamuno disse um dia que “Cada novo
amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoanos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas
pelo que nos revela de nós mesmos.” É este Unamuno,
que Nemésio vai conhecer numa viagem a Salamanca,
onde o conhece na Universidade.
Unamuno é certamente o primeiro promotor para que
Nemésio abandone Direito e se vire para Letras. Os
cursos tinham nomes diferentes dos que têm hoje mas,
de uma forma actualizada, entra para o Curso de
História, que não completará porque entretanto encontra
no Curso de Românicas a resposta à sua verdadeira
paixão.
Estamos em 1925 e funda uma revista literária, a
“Tríptico”. Com ele nesta missão estão uns amigos que
virão a ser também grandes nomes das letras
portuguesas. Entre outros, o grande Branquinho da
Fonseca, o grande “Romancista Contístico” que acabou
a sua vida como sendo o grande responsável pela
Biblioteca Gulbenkian. O outro amigo é um rapaz da
Figueira da Foz, o João Gaspar Simões, que se vai
tornar notável como dramaturgo e também como
historiador literário.
Já que estava em Coimbra e achava que ainda tinha um
tempinho livre, junta-se a dois outros expoentes da
cultura portuguesa, cultura, essa coisa que não convém
ser conhecida, para que não possamos saber como
somos ignorantes e como desdenhamos o passado
cultural do País, nas suas mais diversas facetas. Então
com pessoas tão admiráveis como o grande José
Régio, e de novo na companhia do Gaspar Simões,
edita um jornal estudantil de tendência republicana, o
“Humanidade”.
O “Humanidade”, digamos, desgasta-se e depois de
reformulado e agora com novos colaboradores, renasce
como o “Gente Nova”. Um deles é um dos mais humildes
estudantes desses dias, Paulo Quintela, um rapaz que
tinha conseguido vir de Bragança para Coimbra com
grande dificuldade. Vai ser bolseiro por duas vezes na
Universidade de Berlim voltando mais tarde para ser
professor de Literatura Inglesa e Alemã. A sua vida terá
sido reconhecida politicamente, já que até lhe atribuíram a
Ordem da Liberdade. Outro ser de referência nesta ligação
é Mário Cal Brandão, um senhor que estava destinado a
trazer à vida de Nemésio a proximidade política, já que é
um dos fundadores do Partido Socialista, que esteve
presente nas candidaturas de Quintão Meireles, Norton de
Matos e Humberto Delgado e ainda por cima foi amigo do
avô materno do meu pai, um dos fundadores do MUD,
Movimento de União Democrática.
Estas explicações limiares não são para encher ou para
falar “só” de grandes vultos, são para enquadrar a vida
experimental de Nemésio.
Se os princípios tinham sido culturalmente elevados,
segue-se então o melhor da época, senão de todos os
tempos. Primeiro foi a “Seara Nova” e depois a “Revista
Presença”.
Com efeito, entre 1926 e os princípios dos trinta, casa
com a D. Gabriela Monjardino, muda-se para Lisboa e
reata a sua amizade com o “eterno” Miguel Unamuno.
Em 1931 acaba o curso em Lisboa, dedica-se ao
ensino de Liceu dando aulas de Italiano e depois
também de Espanhol, aliás, Castelhano.
É convidado para ir para Montpellier, onde é
encarregado de curso e onde conhece Valery Larbaud
que lê em sessões públicas alguns dos seus poemas
traduzidos em francês.
Logo após defender uma tese de doutoramento que
dedica a Alexandre Herculano, torna-se colaborador do
Jornal “O Diabo”.
A vida de Nemésio entra num rumo e velocidade
admiráveis. Segue para Bruxelas onde vai ser professor,
embora regresse a Portugal em 1939, já que tinha
rebentado a Segunda Guerra Mundial e os alemães
estavam doidos para atravessar a Bélgica para invadir
França. “Cadernos de Poesia”, “Variante”, “Aventura” e
“Litoral” são algumas das publicações em que vai
colaborar logo após o seu regresso a Lisboa.
Em 1944 vai publicar “O Mau Tempo no Canal”, sendo
agraciado no ano seguinte com o Prémio Ricardo
Malheiro.
A obra em si, a história, é sobre o namoro da Margarida
com o João, juntamente com as discussões entre as
famílias de ambos, associados a todos os problemas
antropológicos de uma vida insular, num mundo
confinado ao Oceano, “apimentado” com uma boa dose
de intrigas familiares “adjacentes”. Para a época marca
uma fórmula que me parece de todo diferente. É como o
Paulo Coelho da actualidade, só que bem escrito. Tudo
o que Nemésio escreve é claro, acessível, motivante e
emocionante.
Pouco depois colabora também num jornal de grande
divulgação, o “Diário Popular”.
Os anos que se seguem são de crescimento nas
suas diversas áreas. Entretanto, a partir de meados
de cinquenta, começa a dividir o ensino entre Lisboa
e o Brasil, já que vai dar aulas, entre outros locais, no
Rio de Janeiro e Baía. Em 1960 vai a Angola e
Moçambique para organizar cursos em Luanda e
Lourenço Marques, especialmente na área das
Letras. Foi também director da Faculdade de Letras
de Lisboa entre 1956 e 1958.
É lembrado por muitas pessoas por um programa que
teve na RTP a partir de 1969. “Se bem me Lembro”, que
juntava famílias à volta da televisão para o ouvir falar,
contar História ou histórias, falar de letras, para falar
dos Açores e do resto do mundo.
Nos fins de 1971 dá aulas na Faculdade de Letras de
Lisboa.
Já depois da Revolução de Abril, em 1975, assume o
cargo de director do Jornal “O Dia” e em 1977 é o
coordenador das comemorações do Centenário de
Alexandre Herculano.
Morre no ano seguinte no Hospital da CUF. Deixou-nos
além de um grande espólio literário, participações de
elevada qualidade em revistas literárias.
Pede especificamente ao seu filho para ser sepultado
na cidade de Coimbra. Pede também para que quando
for sepultado os sinos toquem mas não a finados, que
toquem Aleluia.
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música
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Nº 026 >>> 2012 | JANEIRO • FEVEREIRO
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>>> LUÍS LISBOA
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Winter Cry @ 15
Rock em Guimarães
A poucos dias de celebrar os 15 anos da gravação da
“Celestial Winds”, Demo-Tape de Winter Cry gravada a 3
e 4 de abril de 1997 nos estúdios Rec’n’Roll, é
impossível não recordar todo o esforço hercúleo que
qualquer jovem nortenho tinha de empreender para
ensaiar, compor, gravar e tocar. Porém a história destes
jovens vimaranenses começa muito antes deste ano e
para sagrar os seus sonhos moveram todas as
montanhas!
Os Winter Cry foram uns dos pioneiros do Metal
vimaranense, contudo, a banda vem a cessar funções
no ano de 2000. No entanto, a história da música
vimaranense, assim como a lusitana, jamais será
escrita sem que se lhes faça uma referência. Mas
comecemos pelo início, que data precisamente do final
de 1994, altura em que os Winter Cry se formam na
cidade de Guimarães.
Nascem com um outro nome, como Dark Funeral, mas
passado um ano de existência são obrigados a alterar o
nome quando através de uma fanzine tomaram
conhecimento da existência de uma banda sueca com a
mesma nomenclatura. A inexistência da Internet para
além de tornar toda a comunicação mais difícil, tornava
toda a informação muito mais demorada.
É curioso relembrar que a banda ensaiava numa
garagem da Quintã, centro de Guimarães, bem por trás,
do prédio Bela Vista, mas que essa garagem não tinha
sequer corrente elétrica, pelo que, para puderem
ensaiar, os elementos da banda tinham de passar um
cabo de corrente de cerca de 50 metros desde o quinto
andar de um apartamento, que era a casa de um deles,
até à referida garagem. Antes da mudança de nome,
ainda tiveram várias atuações pelo Norte do país sob a
designação de Dark Funeral, num desses espetáculos
aproveitam a gravação áudio do mesmo para lançar a
cassete promocional “Live at ESFH”. Gravada ao vivo
aquando do festival In Concert na Escola Secundária
Francisco de Holanda. Antes disso, os Dark Funeral
haviam sido também uma das bandas integrantes do
festival Musical Barraca decorrido em junho de 1995 no
Pavilhão Francisco de Holanda juntamente com Manuel
Freire, Joana D’Arc, Apáticos, Oppius, Samantha, entre
muitos outros artistas vimaranenses.
A designação da banda é então alterada
momentaneamente para Seellem Messe, Missa dos
Mortos em linguagem bárbara. Porém, este nome
germânico não dura muito tempo, pois no final do ano
de 1995 quando Luís Lisboa se juntou como baixista
aos membros fundadores: Bruno Moura (voz), Francisco
Dantas (guitarra), Nuno Antunes (bateria) e Pedro Lino
(baixista e teclista), a designação muda definitivamente
para Winter Cry. Iniciam nova série de concertos atuando
com bandas emblemáticas do Metal português como In
Darkness, Ciborium, Disgorged e Kamikazes, Extreme
Unction, Tortura, Goldenpyre.
Curioso é recordar que dado que todos os elementos
de Winter Cry eram menores de idade, para puderem
atuar fora da cidade apenas a ajuda do amigo Lameiras
os possibilitava de se deslocarem até ao respetivo local
do concerto e que esta situação ainda perdurou por
alguns anos… Mas com uma enorme força de vontade,
e com a ajuda de bons amigos, tudo se conseguia.
Pouco depois gravam outra cassete
promocional na sua própria sala de
ensaio, simplesmente intitulada
“Rehearsal Tape 96”, que lhes permite
continuar a mostrar o seu som e a
atuar pela zona minhota, salientandose duas atuações em Barroselas,
outras tantas em Ponte de Lima, etc.
Entretanto, foi nos dia 3 e 4 de abril do
ano de 1997 os Winter Cry gravam
nos estúdios Rec’n’Roll o seu
primeiro trabalho profissional,
intitulado “Celestial Winds”, o trabalho
é lançado em formato Demo-Tape,
lançada em formato cassete e
continha quatro temas: “Tétrica
União”, “Spiritual Death”, “Desire…
Just Another Feeling” e “Dark Deepest
Dreams”. É incrível notar que
passados quase 15 anos o trabalho continua a ter um
som atual e uma qualidade sonora bem acima da
média dos trabalhos ainda hoje em dia ouvimos!
Este foi o ponto de partida para uma nova série de
espetáculos e participações em festivais como o
Garage’ Rock (promovido por José Manuel Marques e o
seu programa “Duas de Peso”) ao lado de Imortalis,
Eternal Tears, Mysterium, etc.; Rock in Mesio, ao lado de
Kamikazes, In Velvet Clouds, Sunblow etc. E uma
atuação no saudoso Milenário Bar (Largo do Toural)
com Goldenpyre e Facts of Life, ficando esta para a
memória como a última dada com a formação que
gravou “Celestial Winds”.
No final de 97 a banda atravessa novo período de
mudanças de line-up após a saída de Nuno Antunes e
Francisco Dantas por motivos pessoais. Para a banda
entra o Telmo (Lobster) – para fazer dupla de guitarras
com Luís Lisboa (de volta ao seu instrumento de raiz) –
e Joel Pinheiro para o baixo. Pela secção rítmica passou
ainda o Paulino (ex Imortalis), mas esse lugar só ficaria
preenchido com o regresso de Francisco Dantas para o
drum-kit.
Com a formação novamente estabilizada retomam as
atuações com a 2.ª fase da mostra/concurso “Don’t Stop
Le Metal em Vizela, na discoteca Séc. XXI, onde
competiram com os Shiver, tendo sido os Kormoss a
banda headliner e Dark Mass e Holocausto Canibal as
bandas de abertura. Prosseguem a promoção à
demotape “Celestial Winds” com diversas atuações
salientando-se a do Celeiro Rock em Aveiro, o Liceu
Rock juntamente com In Tha Umbra, Amorak, Bloody
Tears, Kamikazes, Scurf, etc, uma nova passagem pela
Escola Secundária Francisco de Holanda e o Metalicus
Reveilon de 98 em Barroselas com Holocausto Canibal,
Thanatos e Goldenpyre.
O início de 99 trás nova mexida na formação, com a
saída do Telmo, as seis cordas ficam entregues apenas
a Luís Lisboa, e entre o final de 99 e o começo de 2000
ainda atuam várias vezes, uma das quais no Night Club,
da Av. D. Afonso Henriques, com os Blindfold, Seraphitus
e Morgue.
O estio do novo milénio trás a inevitável separação da
banda. Com o baixista a estudar e morar em Lisboa, o
vocalista no Porto, o baterista em Ponte de Lima e o
guitarrista em Braga, assim como com as crescentes
divergências musicais a acentuarem-se, os Winter Cry
infelizmente cessam funções no verão de 2000.
Para a história fica o território desbravado por uma das
bandas pioneiras do metal vimaranense, as suas
quatro dezenas de espetáculos, duas demos
promocionais e uma profissional, várias participações
em compilações, etc. O que é bom e tem peso histórico
nunca morre. Celebremos com alegria a obra que fica!
Uma sugestão final, visite o site tributo:
www.myspace.com/wintercry
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music by mokkz
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>>> MÓNICA LINDO
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Oh doce
loucura,
pega na
minha
mão
e leva-me
até à
escuridão.
The Irony of your Perfection provavelmente não iria ficar na
história se não tivesse quase sido o álbum de uma banda de
nome Amongs Us.
A banda só durou dois anos, entre 2003 e 2005 e eu nem tinha
dado pela existência deles se não fosse o nome de Ben
Bruce. O Ben criou a banda, e acabou por ser o único
sobrevivente já que os outros membros foram à vida.
O Ben junta-se a mais uns amigos e como nada fazia grande
sentido, muda o nome da banda para End of Reason sendo já
com esse nome que lançam um EP, “Tomorrow, hope,
goodbye”.
Há uma coisa que ainda não disse. Onde é que eles estavam
quando começaram as bandas? Nova Iorque não me parece
porque são ingleses. Londres também não porque o Ben é de
York e são duas horas de comboio. Hummm, só resta o Dubai...
Ora, mais ou menos todos nós de vez em quando fomos às
aulas, mas mesmo que fossemos a todas, nunca ninguém nos
ia ensinar onde é o Dubai, mas eu explico. Se já viste na
televisão onde é o Iraque, por causa daquelas guerras com os
americanos, desces até ao Kuwait, e como diria o meu Papzz,
atiras-te à água, nadas desesperadamente o Golfo Pérsico
todo até ao fundo; do lado direito lá está o Dubai.
Estar no Dubai é garantia para ser visto por mais pessoas
influentes no mesmo local, que na maior parte dos outros
locais da terra. Por isso a estratégia, se é que existiu,
funcionou e a banda assina simultaneamente pela Hangmans
Joke Recordings, editora inglesa baseada em York, terra do
Ben, e pela Sonicwave International, uma editora norte
americana que tem um jeito especial para encontrar bandas de
elevada qualidade musical, pelo mundo inteiro. Exemplos são
Satan’s Host, Rudra, Fall of Eden ou Soulstice, bandas que
como ao pequeno-almoço, muito boas e é claro, literalmente
desconhecidas por cá. Como a minha missão é partilhar cenas
que curto, vá, procurem e ouçam que faz bem à alma.
O EP “Tomorrow, hope, goodbye” que já referi é lançado já
pela Hangmans seguido logo por “The Irony of Your
Perfection”. Quando se esperava que a banda arrancasse em
tourné, puf, os End of Reason chegaram a um end, tinham que
mudar de nome porque já havia outra com o mesmo nome. Foi
uma treta porque nessa altura já eles estavam a ter
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notoriedade a fazer primeiras partes em bandas como Jimmy
Eat World ou Boys Sets Fire. Mas não perdem tempo e a banda
surge logo de seguida com o nome Asking Alexandria.
Em junho de 2007 sai finalmente “The Irony of Your
Perfection”, agora já com o nome de banda definitivo: Asking
Alexandria. Há logo planos para uma série de concertos na
Europa mas a ideia é cancelada, porque os membros da banda
anunciam o fim... exceto o Ben. Mesmo assim, a banda
continuava a ser, estranhamente, uma banda do Dubai.
Em 2008 o Ben volta para Inglaterra e sem nunca abandonar a
ideia dos Asking, procura novos membros para a banda. Ele ia
manter o nome já que só ele sabia as razões e o gosto que
tinha por Asking Alexandria e embora o nome não tivesse nada
a ver em estilo com o que tinha sido feito antes, tudo se
poderia esclarecer. Foi o que fez em blogues e entrevistas,
criando nos seus anteriores seguidores um novo grupo, agora
apostado nesta nova vida da banda.
Estamos agora em 2008 e, entretanto, novos membros
entraram, outros saíram e a banda passou de seis a cinco
elementos. Esse ano e 2009 são literalmente passados em
concertos. No entanto, entre meio de maio e de junho gravam
o seu primeiro álbum como Asking Alexandria, nesta fórmula
atual. O álbum é gravado nos Estados Unidos na Foundation
Records e logo de seguida assinam com a Sumerian Records
que vai tratar da produção e distribuição do cd.
Stand Up and Scream entra em venda a 15 de setembro e vai
direitinho para o quinto lugar do Top Heatseekers.
A diferença assim mais audível são os breakdowns e a
mistura de sintetizadores no Metalcore da banda o que acaba
por criar um novo modelo, o Trancecore. Assim o estilo
estende-se e para algo que tinha começado como Metalcore,
segue-se o Post Core a agora à conta dos Asking ou de
bandas como os Atack Atack, temos agora o Trancecore.
Nos fins de 2009 avisaram o people que iam começar a
trabalhar em janeiro num novo disco. O produtor anunciado é o
Joe Sturgis, que já antes tinha colaborado com o Ben.
O Joey é um rapaz muito atento à música e embora tenha só
para aí uns 26 anos, só este ano de 2012 (estamos em março)
ainda só produziu, além dos Asking, bandas como Through
Arteries, I See Stars, Emmure, The World Alive e Famous Last
Words. O Man é um potento de visão. A juntar a isto se forem
ao Festival de Wacken este ano, vão vê-lo como teclista nos
The Devil Wears Prada; brutal, também quero ir.
A meio de 2010 anunciaram que já tinham doze temas e a ideia
era lançar no princípio do ano seguinte embora não fizessem
nessa altura a mínima das ideias do que iam chamar ao álbum.
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Entretanto já dava para ouvir “Breathless” no YouTube.
Em março tinham ido para tour nos US of A, com os Atack
Atack, I See Stars, mas não sei quem que não me lembro, We
Came as Romans, From First to Last, Our Last Night e Bury
Tomorrow. O tour acaba mais cedo em abril, porque entretanto
tem que voar para a Europa para outro tour, o Thrash and
Burn summer festival, a par dos Born of Osiris, onde se conta
também com a participação de Dance Gavin Dance e In Fear
and Faith. No meio do tour há uma ida extra no Festival
Groezrock. Regressam aos Estados Unidos para ir a New
Jersey ao The Bamboozle Festival.
Foi no Thrash and Burn Tour que tocam pela primeira vez ao
vivo o tal tema, “Breathless”. Esta é a primeira vez que vem a
público um tema do novo álbum, agora já com nome, Reckless &
Relentless.
Em outubro de 2010 num festival no México em Las Cruces,
depois de questionado várias vezes sobre o lançamento do
novo álbum, o Ben Bruce confirma Reckless & Relentless
estaria à venda em “Pre Order” a partir de dezembro sendo
posteriormente lançado em fevereiro. Nessa altura anunciou
também a reedição do “Stand Up and Scream”, agora mais
trabalhado e com um DVD bónus incluindo o tema “If You Can’t
Ride Two Horses at Once... Then You Should Get Out of the
Circus”. Outro tema no DVD é “A Prophecy”.
A 23 de novembro também entra em “Pre order” o EP “Life
Gone Wild” que inclui os temas “Breathless”, o remix de “A
Single Moment of Sincerity” e de “Not the American Average,”
dois covers do Skid Row “18 and Life” e “Youth Gone Wild”, e
uma versão demo de “I Was Once, Possibly, Maybe, Perhaps a
Cowboy King”.
A reedição do Stand Up and Scream passa para o verão de
2011 com um novo título, “Stepped Up and Scratched” já que
vem completamente “remixado” eletro dubstep.
Em abril de 2011 “Reckless & Relentless” chegou finalmente às
vendas, sendo também nesse mês que pela primeira vez
aparecem na televisão no canal ABC, no programa Jimmy
Kimmel Live, um programa de grande sucesso que está no ar
há oito anos e que nessa altura já ia para aí na edição mil
quatrocentos e oitenta. Nesta participação interpretam
“Someone, Somewhere” e “Closure”.
Desde aí sai em 5 de julho o video de “Closure”, dez dias
depois outro, “To the Stage”. Em novembro a banda foi a única
escolhida para fazer a primeira parte Guns N’ Roses, no Izod
Center. Em dezembro é anunciado um novo vídeo, agora de “To
the Stage” que virá a ser seguido por “Dear Insanity”.
Agora já não sei mais o que dizer; Xauz!
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Guimarães 2012
Capital Europeia da Cultura
2012 Minutos a Nadar
A Tempo Livre, no contexto da colaboração com a
Fundação Cidade de Guimarães que assinalará
“Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura (CEC)”,
vai promover nos dias 10 e 11 de março a iniciativa
“2012 minutos a Nadar”.
Pretende-se juntar nesta atividade inédita muitos
milhares de nadadores informais que, durante 2012
minutos, nadarão ininterruptamente numa das pistas do
Complexo de Piscinas de Guimarães.
As inscrições já estão abertas e devem ser efetuadas
no Complexo de Piscinas, pelos telefones: 253 423 200,
Fax: 253 423 209 ou pelo email: [email protected].
Desafia-se assim a comunidade a “escrever” o seu
nome, também através desta iniciativa, na Capital
Europeia da Cultura.
Para além da comunidade poder participar, serão
convidadas equipas da região norte. No total serão
aproximadamente 34 horas consecutivas a nadar sem
parar, contabilizando-se no final a distância total
percorrida e número de participantes, ficando registado
os nomes de todos.
Durante toda a atividade a animação será uma
constante com ações paralelas.
Depois da iniciativa “Faltam 200 dias - CEC 2012” que
reuniu no Castelo de Guimarães 2012 crianças de 12
anos que deram vida ao logótipo da Capital Europeia da
Cultura, e de “2012 minutos a nadar”, a Tempo Livre
organizará o evento “Conhecer Guimarães em Bicicleta”
(25 de abril), uma Caminhada Solidária e uma
“Maratona de Spinning - Guiness World Records”.
Iniciativa Tempo Livre
Torneios Desportivos do 25 de Abril
Uma vez mais, por iniciativa da Cooperativa Tempo Livre,
vão decorrer em Guimarães os Torneios Desportivos do
25 de Abril, iniciativa que este ano integrará torneios de
Atletismo, BTT, Futebol (3x3), Futebol Jovem, Gira-Volei,
Judo, Karaté, Mini-Andebol, Mini-Basquetebol, Natação,
Râguebi (3x3), Ténis, Ténis de Mesa e Xadrez.
A realizar nos meses de março e abril, a iniciativa visa a
promoção de vivências desportivas como referência de
qualidade de vida, a ocupação dos tempos livres e de
lazer, a criação de condições para uma competição
“pura” e “sã” e a prática desportiva como alternativa às
vivências nocivas.
Os jogos dos Torneios Desportivos do 25 de Abril serão
realizados durante os meses de março e abril (aos finsde-semana) nas instalações desportivas geridas pela
Tempo Livre. A Festa de Encerramento será realizada no
dia 25 de abril, na Pista de Atletismo Gémeos Castro,
com início previsto para as 11h30.
As equipas serão constituídas por atletas federados,
exceto na modalidade de futebol jovem, em que não é
possível a inscrição de atletas nessa condição. Ainda no
futebol jovem, a participação de equipas do escalão de
Sub 10 foi reservada a escolas do ensino básico do
concelho de Guimarães.
Em relação ao ano anterior, os Torneios surgem com
novas modalidades como o Ténis de Mesa e o Ténis,
assim como haverá uma aposta das promoção do Trial
Bike conferindo a oportunidade dos mais jovens
experimentarem esta vertente do ciclismo.
Na última edição, os Torneios Desportivos 25 de Abril
mobilizaram cerca de 1500 jovens que, durante dois
meses, disputaram os torneios de diversas
modalidades.
A iniciativa que se realiza há cerca de uma década, é
uma referência ao nível das atividades desportivas para
os mais jovens, mobilizando anualmente, além dos
atletas, dirigentes e outros agentes das equipas
envolvidas. Por outro lado, os torneios promovidos pela
Tempo Livre assumem a particularidade de envolveram
na organização clubes e entidades desportivas que, de
forma empenhada, cooperam com a iniciativa, sendo
disso exemplo na edição deste ano o Clube Xico
Andebol, Vitória Sport Clube (seções de voleibol,
basquetebol e judo), Associação Juvenil de Karaté
Portugal, Associação de Ciclismo do Minho, Associação
de Xadrez do Distrito de Braga, Clube de Ténis das
Taipas, Clube de Ténis de Guimarães, GRUFC Guimarães Rugby Union Football Club, Open Village e
CONFAP, Confederação de Associações de Pais.
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>>> NUNO PEREIRA DE SOUSA
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E se partilhássemos?
A crise da dívida pública da Zona Euro depressa atingiu
o nosso país, com as consequentes medidas de
austeridade que tão bem conhecemos. Muitas famílias
portuguesas viram-se obrigadas a se autoimporem um
maior rigor no controlo dos seus gastos,
implementando cortes nas despesas mensais, com
mais ou menos dificuldades.
“Comprar muito por pouco” é um pensamento que
ganha uma relevância maior nestas alturas. E as
empresas estão atentas, com as suas mais variadas
estratégias de marketing. As empresas querem ter
lucro, tentando garantir que os clientes adquirem os
seus produtos e não os da concorrência.
Estas estratégias podem tornar-se ainda mais
relevantes para as empresas do ramo alimentar, com o
aumento que o IVA sofreu sobre inúmeros produtos
alimentares. No entanto, os estudos internacionais
apontam que o agravamento de preço de produtos
alimentares, incluindo os não essenciais (por exemplo,
chocolates, gomas, etc.), de um modo geral, não
diminui o consumo desses alimentos; estimulam antes
a procura de preços mais baratos na concorrência (seja
a nível de marca do produto, seja de grossista). E uma
forma de concorrer poderá ser manter o preço anterior
mas diminuir as quantidades do produto (por exemplo,
iogurtes ligeiramente menores) ou alterar as
características nutricionais do mesmo (neste ponto, ar e
água são os mais baratos para substituir os restantes
ingredientes) sem fazer grande publicidade à alteração
da informação nutricional no rótulo (por exemplo,
diminuir a percentagem de fruta num néctar de fruta,
desde que cumprindo o mínimo estabelecido por lei
para assim ser designado). Não se “culpabilizem”, no
entanto, as empresas. É importante sublinhar que a
escolha é do consumidor… embora, obviamente
influenciada por todo um conjunto de fatores.
As empresas do ramo alimentar não se distinguem das
demais. Utilizam as ferramentas que têm para tentarem
aumentar a sua quota de mercado, desde a nova
campanha publicitária à renovação do logótipo dos seus
produtos, desde a alteração do rótulo à negociação pelo
espaço de destaque no grossista, desde a abertura de
novos espaços aos passatempos e campanhas
anunciadas no seu website… E, se a tudo isto,
acrescentarem ser mais económicos e/ou benéficos
para a saúde (baixo teor disto, enriquecido com aquilo,
menos aqueloutro, isento deste ingrediente, livre
daquele, light, magra, etc.), ainda melhor… para a
empresa.
Inclusivamente, “comer muito bem” – leia-se, saudável –
“por pouco dinheiro”, soa ainda melhor que “comprar
muito por pouco”, pois estamos a adicionar mais uma
característica, a qualidade.
Por outro lado, se a alimentação contribuir para ser
promotora de saúde, além de contrariar todas as
desvantagens em estarmos doentes, diminui-nos as
despesas de saúde (já para não mencionar as
despesas em produtos dietéticos – frequentemente,
duvidosos – para aqueles que apresentam excesso de
peso).
No entanto, os estudos realizados nesta área têm
demonstrado algumas evidências alarmantes. Temos
ainda alguma tendência para uma visão a preto-ebranco, isto é, classificar os produtos em “bons e
maus”. Se adquirimos um alimento que afirma, na sua
embalagem, ter uma característica que associamos a
ser saudável (por exemplo, menos gordura), temos
tendência a comer uma maior quantidade desse
produto do que seria desejável, pois assumimos que
estamos a consumir algo que nos faz bem. Daí a
considerarmos alguns alimentos com propriedades
quase mágicas e curativas é um passo… E o que
acontece quando nos empanturramos de alimentos que
nos dizem serem bons para o colesterol, hipertensão,
coração, aparelho digestivo, sistema ósseo e outros
que tais? Provavelmente, com o excesso de calorias, tal
como quaisquer outros alimentos, engordaremos, com
todas as consequências nefastas para a saúde que daí
advêm… E, a maioria das vezes, um pão de mistura da
sua padaria poderá fazer muito melhor à sua saúde do
que aquele produto embalado semelhante que afirma
conter ómega-3. Bom senso e moderação são as
palavras-chave.
As embalagens grandes também geram
comportamentos inesperados. Por exemplo, “compra
mais por menos” num pacote de batatas fritas gigante e,
apesar de saber que não se trata do alimento mais
saudável, insiste em comê-lo até ao fim mesmo quando
o sabor e a consistência das batatas já não são os
melhores…
Outro ponto muito importante é estarmos atento às
armadilhas que criamos para nós próprios. Comprar
uma grande quantidade de um produto alimentar para
aproveitar uma promoção (por exemplo, 10 embalagens
pelo preço de 7 ou 8 – ainda mais apetecível se tal
promoção estiver limitada a uma ou duas
megaembalagens por pessoa), origina que tenhamos
em casa uma oferta maior do produto, o que
frequentemente origina um maior consumo do mesmo
daquilo que seria habitual. Isto será ainda mais grave
se se tratar de um alimento que nem pertença à roda
dos alimentos (por exemplo, doces) … Colocar a
maioria daquelas embalagens num local menos
acessível na sua casa poderá ajudar a não serem
consumidas num curto espaço de tempo. Partilhar a
compra com um familiar ou amigo poderá ainda ser
mais eficaz (metade do produto nem chega a sua
casa…).
Concentremo-nos, por fim, nas doses/menus XL dos
restaurantes de fast food, que tanto têm criado a
convicção – falsa – de que são a única alternativa
económica quando nos alimentamos fora de casa. A
razão porque os estabelecimentos oferecem tamanhos
grandes é para satisfazer a procura de preços reduzidos
(“paga um pouco mais, mas em termos de quantidade,
compensa, porque leva muito mais produto”) e
responder com a mesma moeda à sua concorrência
direta. Frequentemente, isso significa que no tabuleiro
levamos uma maior quantidade de gordura, sal e/ou
açúcar (por exemplo, mais fatias de pizza, batatas fritas
ou refrigerante). Obviamente, que a empresa não tem
interesse em saber se a quantidade está desadequada
ou não às suas necessidades diárias. Pode até só
comer metade do que leva no tabuleiro. O importante é
que regresse e permaneça cliente. É a oportunidade
perfeita para decidir partilhar e poupar. Um menu de
tamanho grande, com um copo extra, permitirá que duas
pessoas façam uma refeição sem excesso de calorias.
E se optarem pela água como bebida, a sopa como
complemento, o grelhado em vez do panado e
dispensarem os molhos, ainda melhor!
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vinhos & bebidas
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>>> MANUEL SILVA | FOTOGRAFIA SHUTTERSTOCK
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Moscatéis do Douro
Ouro líquido
São vinhos doces extremamente complexos e equilibrados. Florais e cítricos são donos de
irresistíveis notas a casca de laranja, tangerina, damasco e manteiga. Os Moscatéis do Douro
são primos garbosos do Porto que emprestou fama à mais antiga região demarcada do
mundo. Ainda assim possuem uma personalidade não menos vincada do que aqueles.
“Moscatel do Douro” é uma Denominação de Origem
Protegida para moscatéis fortificados doces. São vinhos
com teor alcoólico nunca inferior a 16,5º, com estágio de
pelo menos 18 meses em madeira e açúcares naturais,
resultantes do processo de interrupção de fermentação
através da adição de aguardente vínica, que rondam 130
gramas por litro. Os aromas a frutos secos, que muitas
vezes lhe marcam a prova, são resultado do
envelhecimento em madeira.
A frescura cítrica e a brutal intensidade aromática são
características da casta em si mesma. Estes fatores são,
no entanto, potenciados quer pelo facto de as suas vinhas
serem plantadas maioritariamente a cotas elevadas, quer
pelos métodos tradicionais de vinificação que apostam na
fermentação com contacto pelicular de forma a garantir o
máximo de extração dos componentes terpénicos (aromas
frutados intensos presentes na casca dos bagos).
O Moscatel é uma das castas endémicas no mundo dos
vinhos. Tem dezenas de variedades regionais. Uma das
mais perfumadas e elegantes é a Muscat Blanc à Petits
Grains - no nosso país é conhecida como Moscatel Galego
Branco. Existe apenas na região do Douro. O mais raro
Moscatel Roxo, que pode ser encontrado na Península de
Setúbal, crê-se é uma mutação genética desta variedade
duriense.
Em toda a região demarcada do Douro, sobretudo no Baixo
e Cima Corgo, é possível encontrar o Moscatel Galego. É no
entanto, como já se referiu, nas zonas de maior altitude,
nomeadamente os planaltos de Favaios e Alijó no extremo
norte do coração central do Douro, que ela tem maior
expressão.
Tradicionalmente é nestas zonas que a sua vinificação é
feita de forma separada dando origem a monocastas
ostentando a Denominação de Origem Protegida. Na
restante região o Moscatel Galego era ancestralmente
usado para enriquecer os lotes de Vinho do Porto Branco. O
crescente interesse dos mercados por estes vinhos tem, no
entanto, levado os produtores a olhar para a casta com
maior atenção e interesse. Os resultados traduzem-se num
crescendo da oferta e da qualidade.
O Douro produz cerca de sete milhões de litros de moscatel
todos os anos. No mercado os correntes são a grande fatia,
mas o esplendor da casta é mais percetível nos vinhos
envelhecidos por 10 ou 20 anos. A maioria destes
“Categorias Especiais” surge no mercado, tal como os
Portos Tawny, como blends com indicação da idade média
das características do lote engarrafado.
Há, no entanto, cada vez mais casos de vinhos de Colheita
com a respetiva safra indicada no rótulo.
Os moscatéis são iminentemente vinhos de aperitivo ou de
sobremesa. Apesar deste quase estatuto de exclusividade
são hoje em dia cada vez mais usados como base de
cocktails (os correntes), e mostram-se capazes de audazes
harmonizações gastronómicas (os Categorias Especiais).
Vale a pena uma incursão no admirável mundo dos
Moscatéis do Douro – encontramos ouro líquido que se
aconselha apreciar com a reverência, e a moderação,
devidas às coisas realmente boas da vida.
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Nº 026 >>> 2012 | JANEIRO • FEVEREIRO
sabores
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>>> MARIA HELENA DUARTE | FOTOGRAFIA SCHUTTERSTOCK
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Todo o sabor
Em conserva
É histórica a utilização das
conservas nos hábitos
alimentares dos portugueses
e a sua utilização é muito
versátil nas nossas cozinhas.
Um mundo de sabores, a
descobrir.
Em tempos as conservas estavam em todas as dispensas
e tinham uma utilização rica, um produto barato que
assegurava segurança na guarda por tempo prolongado e
que proporcionava soluções rápidas para as refeições.
Num passado ainda recente muitas foram as fábricas
conserveiras que fecharam, instalou-se uma certa
insegurança no setor. Isto porque nos anos oitenta o
advento dos congelados, dos hipermercados e a
desconfiança relativamente à segurança das conservas
levaram a uma quebra no mercado. Os consumidores
ficaram a perder com o desaparecimento de muitas
marcas, mas felizmente muitas outras resistiram, e
adaptaram-se ao mercado atual.
Assim, para além das marcas tradicionais, surgiram no
mercado verdadeiras conservas gourmet, de requintado
sabor e extrema qualidade, algumas apelando ao luxo. Os
chefes de cozinha adoraram, os médicos e nutricionistas
voltaram a apelar ao consumo tendo em conta as
vantagens para a saúde, pois as conservas têm valor
nutricional e podem contar para uma dieta saudável e
equilibrada. E, com tudo isto, a saúde económica do setor
recuperou.
As conservas já se afirmaram como uma nova forma de
trabalhar a cozinha, e muitos são já os adeptos,
especialmente no mundo gourmet. Para além das
conservas de pescado também há as de frutas e legumes,
que apesar de tudo continuam a ser sempre melhores
quando consumidos frescos. A criatividade na confeção de
petiscos, saladas e pratos principais, não tem limites e as
escolhas mais recorrentes recaem sobre o atum, as
sardinhas, as ovas, as cavalas e as anchovas, por exemplo.
Petiscos como patés vários, salada de tomate com
pimentos e atum ou cavala, risotos, açordas, umas simples
tostas com pasta de tomate e sardinha ou atum e com um
toque de ervas aromáticas, uma salada de ovas… podem
ser apreciados e não precisam de muito tempo de
preparação.
O peixe conservado em lata mantém inalteradas
todas as propriedades nutricionais dos alimentos: as
proteínas de grande qualidade, os sais minerais
marinhos e as vitaminas, estão intactos até à
abertura da lata; os ácidos gordos polinsaturados da
sardinha baixam as concentrações de triglicerídos e
do colesterol mau e aumentam as concentrações do
colesterol bom, bem como atrasam o envelhecimento
das artérias e baixam a pressão arterial contribuindo
para a diminuição do risco cardiovascular.
Conserveiras portuguesas
Nos anos 30 é fundada a La Gondola, marca que hoje
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que as colecionam. E segundo Regina Cabral Ferreira,
proprietária, há clientes que compram e vão virando as
latas, pois “só as comem passado um prazo de cinco
anos, quando a conserva já absorveu toda a gordura e se
torna num bloco uniforme”.
Na Póvoa de Varzim está a conhecida marca Minerva, na
fábrica de conservas A Poveira, propriedade da Expoconser
(bem como as marcas Taby, Alva e D’Henry IV). As
conservas Minerva já existem há 68 anos e esta “é a única
marca de conservas portuguesa à venda no mercado
Peruano há mais de 50 anos”, afirma Maria Cristina
Reynal, gerente. Aliás, a história da Expoconser é muito
interessante, pois surgiu na sequência do encerramento
de duas grandes empresas sediadas em Matosinhos
(Alva e SICMA), em consequência do falecimento do seu
fundador, António Alves da Silva, avô dos atuais
proprietários. Foi, então, decisão de Maria Cristina Reynal
e António Sérgio Real, seu irmão, dar seguimento ao
trabalho iniciado pelo avô, “uma vez que, as marcas eram
e, continuam a ser, bastante conceituadas a nível
internacional, desde 1943”. Toda a produção destinava-se
à exportação até que, há sensivelmente dois anos, quando
começaram a surgir as primeiras Lojas Gourmet em
Portugal, a gama da marca Minerva, um conjunto de
produtos produzidos sempre com peixe fresco e, através
do método de fabrico tradicional – pré-cozido, foi a eleita
para representar a excelência desta empresa, também em
virtude da imagem tradicional e apelativa. Uma
curiosidade é o facto de as sardinhas sem pele e sem
espinha, em azeite, “serem indicadas por médicos
pediatras e não só, para crianças – mesmo bebés – e
idosos, pelo seu valor altamente nutritivo e, pela facilidade
de serem consumidos, sem qualquer tipo de receio, uma
vez que, não têm pele nem espinha”, garantiu Maria
Cristina. O melhor mesmo é provar!
E depois ainda existem as conservas Pinhais, em
Matosinhos e a conserveira da Murtosa, em Aveiro; entre
outras.
exporta cerca de 95%. Paulo Silva, sócio-gerente, apostou
no mundo gourmet e, assim, se produzem conservas de
atum, sardinha, cavala, patés de peixe, e ainda ovas de
sardinhas. Muito apreciadas, as ovas fabricam-se nos
meses de novembro e dezembro pelo método pré-cozido
(tal como toda a restante produção da fábrica).
Bom Petisco, Pitéu, Tenório ou a Ás do Mar, esta em Itália,
fazem parte do leque de nomes detido pela Cofaco, a
indústria conserveira açoriana.
As conservas Ramirez são outro exemplo de produção
nacional, marca que remonta a 1853 e comercializa cerca
de 40 produtos.
Já a Conserveira do Sul, que detém marcas como a
Manná, Júpiter, Consul e Mardosul. Algarvia, proporciona
uma aliança entre a inovação técnica aos métodos
tradicionais e vê o mercado preferir as suas conservas de
pescados: sardinhas, atum, cavala e polvo.
Na Baixa lisboeta, está a Conserveira de Lisboa, há quase
100 anos, e que tem as marcas Tricana, Prata do Mar,
Minor e Conserveira. Com um balcão sempre pleno de
turistas e clientes de longa data, a decoração da loja é feita
com base em embalagens de conservas, daqui saem as
latinhas para inúmeros restaurantes, visto que também
disponibilizam caixas de dois quilos e meio, não
esquecendo as de atum em água, ótimo para ser
trabalhado no sushi, por exemplo. Um dos grandes
atrativos desta casa é a imagem, sendo muitos os clientes
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ranchos da minha terra
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Nº 026 >>> 2012 | JANEIRO • FEVEREIRO
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>>> ALCINO MONTEIRO
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Rancho Folclórico
de S. Julião de Calendário
Vila Nova de Famalicão
Folclore com alegria estampada no rosto
O Rancho Folclórico de São Julião de Calendário foi
fundado em 1993, decorria o mês de março, quando
faltavam apenas três dias para o inverno dar lugar à
estação do verde e das flores.
Tem a sua sede na maior freguesia da cidade de Vila
Nova de Famalicão e na mais populosa de todo o
concelho, onde residem cerca de 12 500 pessoas.
Adotou o nome de São Julião de Calendário numa
referência histórica ao patrono da paróquia, mas
provavelmente sem saberem, os seus fundadores, que
Julião foi casado com Basilissa, formando assim um
casal de esposos, como o são muitos dos elementos
que compõem o grupo, cujas idades variam entre os 15 e
os 60 anos.
Só que a Julião e Basilissa não foi permitido “exibir” as
suas convicções religiosas, ao contrário do que acontece
no Rancho Folclórico de São Julião de Calendário cuja
principal exigência é realizarem as atuações: “sempre
com alegria estampada no rosto”.
O facto de ter sido fundado a 18 de março, no início da
primavera, como atrás refere, terá a sua influência na
alegria e brio com que os seus cerca de meia centena de
elementos fazem as suas exibições, mas é o folclore do
seu concelho e da região do Baixo Minho, que os move
para darem autenticidade à herança cultural que
receberam e prestigiarem os usos e costumes dos seus
antepassados, tradições que querem transmitir às novas
gerações para que as preservem.
Fernando Pereira da Costa, um dos fundadores do
grupo, e atual presidente da direção, admite que “manter
um rancho folclórico vivo não é fácil, mas exibir os trajes
de épocas passadas, como do casamento, do trabalho
do campo, domingueiros, de lavradores ricos e de
mordomos, a par das danças e cantares dos malhões e
viras tradicionais do Minho, representa para todos uma
satisfação muito grande”, numa localidade que há muito
tempo ganhou o estatuto de freguesia urbana, perdendo
muitas das características rurais que possuiu outrora e
que só através destes promotores da cultura popular,
consegue trazer à memória e transmitir às atuais e
futuras gerações, não só na sua freguesia, que o
acarinha, mas por toda a região, um pouco por todo o
país e também no estrangeiro.
Para a história do Rancho Folclórico de São Julião de
Calendário ficam como as mais marcantes, as atuações
feitas na festa do Colete Encarnado, em Santarém e
ainda em Espanha e França, onde foi muito aplaudido.
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Ficam ainda duas gravações comerciais em cassete e
CD e as referências elogiosas à sua simpatia e
hospitalidade, bem como à qualidade do seu folclore.
Esta associação cultural possuiu ainda um palco próprio
com 9x9m de área e elevação até cinco metros, que
coloca ao serviço das comissões de festas e entidades
interessadas e que é também uma das formas de
recolher alguns donativos para fazer face às despesas
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com deslocações, manutenção e aquisição de trajes, os
quais têm o “selo de garantia” de Maria Goretti Ferreira da
Silva, do Louro, Vila Nova de Famalicão, conhecida em
todo o lado como “a rainha do folclore”.
O Rancho Folclórico de São Julião de Calendário pode
ser contactado através da Junta de Freguesia de
Calendário: telefone/fax 252 374 174 e telemóveis 966
907 195 e 965 209 775.
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>>> P | 23
Nº 026 >>> 2012 | JANEIRO • FEVEREIRO
sabores
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>>> MARIA HELENA DUARTE | FOTOGRAFIA SCHUTTERSTOCK
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PEIXES | 20.02 A 20.03
CARNEIRO | 21.03 A 20.04
TOURO | 21.04 a 21.05
GÉMEOS | 23.05 a 21.05
Será uma altura muito positiva em que tudo se
vai conjugar bem. Algo que há muito tempo vai
deseja vai acontecer. Planeie uma viagem. No
setor sentimental dê mais oportunidades aos
outros para se mostrarem, valorize a amizade.
Março será um mês de plena harmonia com a
sua cara-metade, aproveite e tente manter pois
é um excelente apoio para o seu equilibrio.
No campo profissional tudo tende a correr
bem, vão surgir oportunidades de mudança,
aproveite e seja otimista. Tente descansar
mais.
Algumas limitações serão criadas apenas pela
sua cabeça já que este é um periodo em que
terá progresso e até se perspetivam alguns
êxitos. Encare a vida de frente e não tema
novos desafios. No setor sentimental
encontrará respostas para um problema do
passado. Oportunidades no amor não faltarão,
pois está a passar um momento de boa forma
e boa aparência e chamará muitas atenções.
Não faça negócios sem certezas. Mexa-se
mais, caminhe regularmente.
Março será um mês positivo, apesar de ter a
tendência para se sentir só, mesmo sabendo
que não lhe faltam amigos. A sua relação está
segura, não corra o risco de a deixar
adormecer, programe fins de semana fora ou
um jantar romântico de vez em quando. Os
seus superiores estarão do seu lado para o
apoior em novos projetos e propostas.
Contenha-se nos gastos, as despesas tendem
a surgir de diversas frentes e convém estar
preparado. Tome um complemento vitamínico,
vai andar cansado e desconcentrado.
Este é um periodo de ilusões e muitas
preocupações, principalmente em relação ao
setor economico, mas notará ao longo do mês
de abril que tudo vai correr melhor. esteja
atento e não confie em quem não conhece,
pois corre o risco de ser enganado. É uma boa
altura para formalizar a sua relação e/ou
mudar de casa, perspetivam-se momentos
muito felizes na vida a dois.
Profissionalmente procure aperfeiçoar os seus
conhecimentos e faça um curso de formação.
Na saúde poderá ter algumas enxaquecas.
CARANGUEJO | 22.06 a 23.07
LEÃO | 24.07 a 23.08
VIRGEM | 24.08 a 23.09
BALANÇA | 27.09 a 22.10
Exteriorize o que vai no seu interior, é um mês
em que as suas capacidades de comunicação
serão postas à prova. Deve dar mais atenção
à sua família, é dela que virá a sua maior fonte
de apoio. No setor sentimental acredite que
tudo pode melhorar e após uma rutura vai
surgir uma pessoa com quem terá grande
cumplicidade e com quem poderá viver
momentos agradáveis e sem preocupações.
No emprego prepare-se para enfrentar alguns
obstáculos criados por terceiros. Tenha
cuidado com a sua postura e com a coluna.
Vai ter crescimento e progresso desde que
saiba observar, esperar e programar todos os
passos a serem dados, a estratégia será a
sua melhor aliada. No setor sentimental após
uma fase de frieza vão definir-se as posições
de cada um, será necessário dialogar e ter
uma capacidade de entendimento acima da
média para que uma relação não termine. No
trabalho vai conseguir reforçar a sua posição
podendo até mesmo ser promovido.
Economicamente poderá fazer alguns gastos
para si próprio, cuide da sua imagem. Na
saúde tente praticar natação.
Poderá realizar coisas novas ao longo deste
mês, pode surgir uma mudança de emprego
que vai aumentar a qualidade de vida, graças
ao seu esforço. Vai desiludir-se com uma
pessoa que considerava ser sua amiga. Terá
mais vontade em sair e conhecer pessoas
novas do que comprometer-se e manter algo
estável. No emprego convém ter muita atenção
ao longo deste período já que pode obter
crescimento considerável se estiver
concentrado, tenha tudo organizado. Na saúde
dê atenção a pequenos sinais, é hora de
começar a preocupar-se mais consigo.
Começará o mês com grandes
responsabilidades, mas também terá a
capacidade necessária para resolver e
conduzir a sua própria vida, perspetivam-se
momentos de grande felicidade e triunfo. As
suas relações estarão pautadas pela
maturidade e harmonia. Poderá viver momentos
muito felizes com o seu parceiro, vão sentir-se
bem na companhia um do outro e desfrutarão
em pleno a companhia dos amigos. No setor
profissional estará muito empenhado em
alcançar o êxito, terá de insistir, mas o
resultado final será positivo. Não abuse do
café já que terá algumas dificuldades em
dormir.
ESCORPIÃO | 23.10 a 22.11
SAGITÁRIO | 23.11 a 21.12
CAPRICÓRNIO | 22.12 a 20.01
AQUÁRIO | 21.01 a 19.02
Estará bastante empenhado e concentrado no
seu trabalho podendo esquecer-se por vezes
da sua vida afetiva, organize melhor o tempo
para poder dar atenção aos que de si gostam.
Passar um tempo sozinho, apenas com os
seus pensamentos, será a melhor forma de
encontrar as respostas que precisa para
continuar ou terminar um relacionamento.
Dedique-se a uma nova etapa da sua vida
profissional, surgirá um projeto novo. Evite
grandes gastos porque não são de prever
entradas de dinheiro substanciais. Tente
descansar mais e não se automedique.
Estará perante situações que o vão levar a
mudanças profundas, mas positivas. Em março
podem surgir oportunidades quase
irrecusáveis no que diz respeito ao setor
profissional, liberte a sua energia, deixe-se de
medos e não recue perante expectativas de
mudança. No amor vai passar por alguns
desentendimentos, mas em vez de desistir de
uma relação seria bom fazer um esforço para
compreender melhor as necessidades de
quem gosta. Seja você a dar o primeiro passo
para uma reconciliação. Na saúde tenha algum
cuidado com alterações de temperatura, mas
de uma maneira geral vai estar bem.
Não dê grande importância a alguns períodos
de ansiedade que vai sentir, pois de uma forma
geral tudo tende a correr bem neste mês.
No amor tenderá a querer sempre mais e de
vez em quando tudo fará para quebrar a
rotina, pense duas vezes antes de tomar
qualquer atitude que possa por em causa o
seu relacionamento, já que pode surgir uma
rutura no final do mês devido a uma paixão
secreta que se vai revelar. Aproveite as novas
oportunidades e batalhe pelo seu futuro.
Recupere energias, pratique desporto.
Terá um mês protegido, ainda que complicado.
Poderá fazer mudanças muito significativas na
sua vida já que terá ideias e oportunidades
para realizar alguns dos seus projetos que
trarão os retornos merecidos. No setor
sentimental terá vontade em continuar com
uma relação problemática e conflituosa até que
vai chegar à conclusão de que não vale a
pena insistir.
Mantenha sempre uma atitude otimista e
confiante, o que construir agora trará
benefícios e sucessos no futuro. Coma mais
frutas e beba mais água.
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ARRIVA RENOVA FROTA