UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA INSTITUTO DE QUÍMICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA Estudos de adsorção de tetraciclina e cromoglicato em partículas de quitosana Camila Renata Machado de Lima _______________________________________ Dissertação de Mestrado Natal/RN, janeiro de 2013 Camila Renata Machado de Lima ESTUDOS DE ADSORÇÃO DE TETRACICLINA E CROMOGLICATO EM PARTÍCULAS DE QUITOSANA Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Química. Orientador: Prof. Dr. José Luís Cardozo Fonseca Natal - RN 2013 Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN Biblioteca Setorial do Instituto de Química Lima, Camila Renata Machado de. Estudos de adsorção de tetraciclina e cromoglicato em partículas de quitosana / Camila Renata Machado de Lima. Natal, RN, 2013. 86 f. Orientadora: José Luís Cardozo Fonseca Dissertação (Mestrado em Química) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Exatas e da Terra. Programa de Pós-Graduação em Química. Afetividade. Química. Aulas experimentais. 1. Quitosana – Dissertação. 2. . Cinética de adsorção - Dissertação. 3. Modelo cinético - Dissertação. 4. Isoterma de adsorção – Dissertação. 5. Tetraciclina – Dissertação. 6. Cromoglicato de sódio – Dissertação. I. Costa, Marta. II. Fonseca, José Luis Cardozo. III. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. IV. Título. RN/UFRN/BSE- Instituto de Química CDU 547.995 (043) Aos meus pais, Cícero e Maria. AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por iluminar meus passos em toda essa caminhada; Ao Prof. Dr. José Luís Cardozo Fonseca e à Profa. Dra. Márcia Rodrigues Pereira pela orientação, dedicação, paciência, confiança, amizade e por toda sabedoria transmitida durante esses anos; Aos meus pais, Cícero Rozendo de Lima e Maria de Brito Machado, por todo amor, apoio e desvelo durante toda a caminhada. Devo á vocês tudo o que sou; Ao meu namorado Jardeilson Soares pelo seu apoio, compreensão e carinho; À Ana Luiza Porpino Fernandes Caroni por ser minha mestra, desde o início da minha iniciação científica, amiga e um exemplo que levo para vida toda. Obrigada pela paciência, apoio e empenho em sempre me ajudar no que fosse necessário; Aos amigos do Laboratório de Membranas e Colóides, em especial a Jéssica Marques, Wildson Arcanjo e David Lucas que estiveram ao meu lado auxiliando diretamente ou indiretamente na realização deste trabalho; Ao meu querido grupo formado desde a graduação, Rusceli Diego, Heloiza Fernanda, Denise Sales, Denise Emerenciano e Rosemiro Barros, pela amizade, apoio, paciência, compreensão e carinho. Obrigado pelos momentos de alegria, e por tornarem mais fácil a minha jornada; As minha amigas do coração que me acompanharam de perto, Shandra Lucena, Patrícia Campos e Carla Estela, pelo apoio, companheirismo, amizade e carinho; A todos os amigos que acompanharam e/ou colaboraram com este trabalho; Ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e à Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PROPESQ-UFRN) pelo suporte financeiro dado a este trabalho. RESUMO Dentre os polímeros que mais se destacam nas últimas décadas, a quitosana, um biopolímero com propriedades físico-químicas e biológicas promissoras, tem sido alvo de um campo amplo de pesquisa. A quitosana se apresenta como uma ótima escolha no campo de adsorção, devido a suas propriedades adsorventes, baixo custo e abundância. A presença de grupos aminos em sua cadeia governam a maioria das suas propriedades e definem em qual aplicação dada amostra de quitosana poderá ser utilizada, assim torna-se imprescindível a determinação do seu grau de desacetilação médio. Neste trabalho foram desenvolvidos estudos cinéticos e de equilíbrio a fim de monitorar e caracterizar o processo de adsorção de dois fármacos, o cloridrato de tetraciclina e o cromoglicato de sódio, em partículas de quitosana. Modelos cinéticos e de isotermas de adsorção foram aplicados nos dados experimentais. Para ambos os estudos, análises no potencial zeta também foram realizadas. A adsorção de cada fármaco apresentou aspectos distintos. Através dos estudos desenvolvidos neste trabalho foi possível descrever um modelo cinético para a adsorção de tetraciclina em partículas de quitosana, demonstrando que o mesmo pode ser descrito por duas cinéticas de adsorção, uma para a tetraciclina protonada e outra para a tetraciclina não protonada. Na adsorção de cromoglicato de sódio em partículas de quitosana, estudos de equilíbrio foram desenvolvidos a diferentes temperaturas, permitindo a determinação de parâmetros termodinâmicos. Palavras-chave: Quitosana. Cinética de adsorção. Modelo cinético. Isoterma de adsorção. Tetraciclina. Cromoglicato de sódio. ABSTRACT Among the polymers that stand out most in recent decades, chitosan, a biopolymer with physico-chemical and biological promising properties has been the subject of a broad field of research. Chitosan comes as a great choice in the field of adsorption, due to their adsorbents properties, low cost and abundance. The presence of amino groups in its chain govern the majority of their properties and define which application a sample of chitosan may be used, so it is essential to determine their average degree of deacetylation. In this work we developed kinetic and equilibrium studies to monitor and characterize the adsorption process of two drugs, tetracycline hydrochloride and sodium cromoglycate, in chitosan particles. Kinetic models and the adsorption isotherms were applied to the experimental data. For both studies, the zeta potential analyzes were also performed. The adsorption of each drug showed distinct aspects. Through the studies developed in this work was possible to describe a kinetic model for the adsorption of tetracycline on chitosan particles, thus demonstrating that it can be described by two kinetics of adsorption, one for protonated tetracycline and another one for unprotonated tetracycline. In the adsorption of sodium cromoglycate on chitosan particles, equilibrium studies were developed at different temperatures, allowing the determination of thermodynamic parameters. Keywords: Chitosan. Adsorption kinetics. Kinetic model. Adsorption isotherm. Tetracycline. Sodium cromoglycate. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS................................................................ 8 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................... 10 2.1 ADSORÇÃO DE FÁRMACOS.................................................................... 10 2.1.1 Sistemas poliméricos de liberação de fármacos........................................ 12 2.1.2 Tratamento de efluentes contaminados com fármacos............................ 13 2.1.3 Estudos de equilíbrio................................................................................... 14 2.1.4 Estudos cinéticos.......................................................................................... 20 2.2 QUITOSANA................................................................................................ 23 2.3 TETRACICLINA.......................................................................................... 31 2.4 CROMOGLICATO DE SÓDIO.................................................................... 33 3 REFERÊNCIAS........................................................................................... 36 4 APÊNDICE................................................................................................... 54 APÊNDICE A: TETRACYCLINE ADSORPTION ON CHITOSAN: a mechanistic description based on mass uptake and zeta potential measurements ……………………………….... 55 APÊNDICE B: EQUILIBRIUM AND KINETIC ASPECTS OF SODIUM CROMOGLYCATE ADSORPTION ON CHITOSAN: mass uptake and surface charging considerations.................................................................... 5 ANEXO 62 85 8 1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS A utilização do processo de adsorção como uma técnica de purificação é muito antiga. Alguns exemplos de carvão vegetal no Egito antigo e também no Japão para purificar substâncias medicinais e água têm sido citados. Há 200 anos atrás, o carvão de osso e carvão de madeira foram usados para a descoloração e refino de açúcar. Hoje, a adsorção é empregada em inúmeras aplicações, dentre elas, na produção de alto vácuo, em máscaras de gás, na indústria do açúcar, no controle da umidade, na catálise heterogênea, em processo de flotação, na análise cromatográfica e no campo da medicina (KRISHNAMURTHY; VALLINAYAGAN et al., 2008). O processo de adsorção tem despertado cada vez mais interesse dos pesquisadores, principalmente por ser um método de alta seletividade em nível molecular, demonstrando-se eficaz e econômico(CRINI; BADOT, 2008; CHAVES, 2009; HAN; QIU et al., 2012). O fenômeno de adsorção é um processo de equilíbrio entre duas fases, ou seja, ocorre numa interface. A superfície onde ocorre a adsorção chama-se adsorvente e a substância que é adsorvida é denominada adsorvato (ADAMSON; GAST, 1997). Por ser um processo com baixo consumo de energia, a pesquisa por novos adsorventes vem se destacando, e muitos adsorventes não convencionais de baixo custo têm sido experimentados por muitos pesquisadores, tais como casca de banana, quitosana, bagaço de cana-de-açúcar, serragem de madeira, fibra de coco e casca de laranja (NAMASIVAYAM; DINESH KUMAR et al., 2001; SOUSA; SOUSA et al., 2009; ALOMÁ; MARTÍN-LARA et al., 2012; DE LIMA; NASCIMENTO et al., 2012; GHAEE; SHARIATY-NIASSAR et al., 2012; LIU; NGO et al., 2012; LUGO-LUGO; BARRERA-DÍAZ et al., 2012). A quitosana, um polímero obtido de recursos naturais renováveis, tem ganhado grande destaque nas últimas décadas devido suas interessantes propriedades. Por se comportar como um policátion, devido à protonação de grupos amino em sua cadeia, tem a capacidade de formar géis, alta capacidade de adsorção e biodegradabilidade. Em adição, é naturalmente biocompatível, apresenta uma baixa toxicidade para os tecidos vivos e apresenta atividades antibacteriana, antifúngica e anti-tumoral (DASH; CHIELLINI et al., 2011). Visto que muitas dessas propriedades estão associadas à presença desses grupamentos amino, se torna imprescindível a determinação do grau de desacetilação da quitosana, bem como de sua massa molar. 9 No que diz respeito à adsorção de fármacos em polímeros, muitos trabalhos têm sido desenvolvidos, com aplicações que abrangem desde o tratamento de corpos hídricos contaminados por fármacos (OTERO; GRANDE et al., 2004; VASILIU; BUNIA et al., 2011; DAI; ZHANG et al., 2012; HAN; QIU et al., 2012; XU; PAN et al., 2012) até possíveis sistemas de liberação controlada (ROUSE; WHATELEY et al., 2007; CARONI; LIMA et al., 2009; VASILIU; BUNIA et al., 2011). Entretanto, poucos destes trabalhos abrangem um estudo cinético de adsorção, um importante parâmetro para otimização de custo e viabilização desse processo de adsorção. Assim, este trabalho apresenta como objetivo a avaliação do processo de adsorção de fármacos em partículas de quitosana, realizando experimentos de equilíbrio e de cinética a fim de monitorar e caracterizar este processo. O mesmo foi dividido em duas partes, sendo a primeira realizada com o fármaco antimicrobiano, cloridrato de tetraciclina, e a segunda realizada com o fármaco antialérgico, o cromoglicato de sódio. Esses fármacos apresentam características distintas, enquanto que a tetraciclina pode se apresentar de forma protonada ou neutra , o cromoglicato, por sua vez, apresenta carga negativa. A revisão bibliográfica apresenta aspectos teóricos relacionados à adsorção de fármacos, enfatizando duas aplicações, sistemas poliméricos de liberação de fármacos e tratamento de efluentes contaminados por fármacos, com destaque para a quitosana como adsorvente, bem como os estudos de adsorção de fármacos (estudos de equilíbrio e de cinética). A seção 4 desse trabalho, intitulada “apêndice”, engloba dois artigos, um já publicado na revista Colloids and Surfaces B: Biointerfaces, e outro já aceito para a mesma revista. Portanto, a parte experimental, os resultados, a discussão e a conclusão do trabalho encontram-se descritos nos artigos. 10 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 ADSORÇÃO DE FÁRMACOS Adsorção é o processo em que os materiais de uma fase acumulam-se ou concentram-se na superfície interfacial de outra fase (KIM, 2004), logo, ela está relacionada a um fenômeno de interface (DĄBROWSKI, 2001). Define-se interface como o limite entre duas ou mais fases existentes. O fenômeno de adsorção, então, ocorre na interface de duas fases, tais como, líquido-líquido, líquido-vapor, líquidosólido, vapor-sólido e sólido-sólido (KIM, 2004). O termo “adsorção de fármacos na interface líquido-sólida” refere-se a um caso particular de um fenômeno que ocorre assim que substâncias presentes em uma fase líquida acumulam ou concentram na superfície ou poros de um sólido, caracterizando um fenômeno de interação de interfaces (SOMASUNDARAN, 2006). Sendo assim, o fármaco, que é a substância adsorvida, é chamada de adsorvato e o sólido, de adsorvente (Figura 2.1). Diferentes fatores podem interferir no processo de adsorção, como por exemplo, solubilidade do adsorvato, pH, temperatura, natureza do adsorvente. Figura 2.1 – Representação do processo de adsorção. Fonte: Adaptado de http://www.vu.union.edu/~bakranis/aerogels/results.htm. Quando há penetração de moléculas do adsorvato na fase sólida, tem-se o fenômeno de absorção. O termo “sorção” é usado para denotar tanto adsorção quanto absorção, quando ambos ocorrem simultaneamente ou quando não é possível distinguilos (DĄBROWSKI, 2001). 11 Dois tipos de forças estão envolvidas na atração do adsorvato, dando origem a adsorção física ou química. A adsorção física (fisissorção) tem um grau relativamente baixo de especificidade, as interações ocorrem devido às forças eletrostáticas, sendo o material adsorvido não fixado na superfície do sólido, resultando em multicamadas de adsorção. Uma molécula que foi adsorvida por fisissorção mantém a sua identidade, e na dessorção retorna a fase fluida em sua forma original, sendo assim, a fisissorção é um processo rápido e reversível. Por outro lado, se uma molécula for adsorvida por quimissorção perde sua identidade, e não poderá ser recuperada por dessorção, caracterizando o processo de quimisorção como uma reação lenta e que não é facilmente reversível. Na adsorção química (quimissorção), o adsorvato é fixado ao adsorvente sólido através de ligações covalentes específicas. O material quimicamente adsorvido não se apresenta livre para mover-se na superfície. Contrário a fisissorção, a quimissorção ocorre somente em monocamadas, pois como a superfície do sólido tornase saturada com uma simples camada de adsorvato, as forças químicas entre o adsorvente e adsorvatos adicionais tornam-se muito fracas (ROUQUEROL; ROUQUEROL et al., 1999). Entretanto, a maioria dos processos de adsorção frequentemente não ocorre através de um desses tipos isoladamente, mas pela combinação de adsorção física e química (KIM, 2004). O processo de adsorção pode influenciar desde o processo de formulação e preparação de um medicamento, durante o processo de armazenamento, até a administração do produto farmacêutico pelo paciente (SOMASUNDARAN, 2006). Geralmente um fármaco não é administrado isoladamente, mas combinado com substâncias farmacologicamente inertes chamadas de excipientes (ANSEL, 2000). Por estarem intimamente ligados, o fármaco pode adsorver no excipiente, reduzindo sua eficácia terapêutica. Da mesma maneira, a adsorção proposital de fármacos, como o diazepam, em substratos sólidos, pode ser realizada com o objetivo de minimizar os problemas de paladar (FLORENCE; ATTWOOD, 2003). O processo de adsorção também pode ser usado com eficiência, na remoção, por exemplo, de fármacos tóxicos, no caso de overdose, e de fármacos de administração oral que causam problemas gástricos. Tem-se usado adsorventes em diálises para reduzir concentrações tóxicas de fármaco, passando o sangue por uma membrana de hemodiálise sobre o carvão e outros adsorventes (FLORENCE; ATTWOOD, 2003). 12 Nas duas próximas subseções será dada ênfase a duas aplicações para o processo de adsorção de fármacos. 2.1.1 SISTEMAS POLIMÉRICOS DE LIBERAÇÃO DE FÁRMACOS As formas mais comuns de distribuição de fármacos para o homem são a administração oral e injeção. No entanto, estes métodos têm uma baixa eficiência para algumas terapias. Alguns agentes terapêuticos são fármacos instáveis ou fracamente solúveis, por isso, novos sistemas de liberação são atualmente exigido (WANG; OTUONYE et al., 2009). Entre estes sistemas estão incluídos os lipossomas, as bombas osmóticas, os revestimentos entéricos, os sistemas transdérmicos e particulados, os prófármacos, as microemulsões (OLIVEIRA; SCARPA et al., 2004), os sistemas matriciais poliméricos, entre outros (LOPES; LOBO et al., 2005). A melhoria no desenvolvimento desses sistemas de liberação modificada depende estritamente da seleção de um agente apropriado capaz de controlar a liberação do fármaco, sustentar a ação terapêutica ao longo do tempo e/ ou de liberar o fármaco a nível de um determinado tecido ou órgão alvo. Dentro das várias opções, os polímeros são agentes versáteis e promissores para exercer tal função (LOPES; LOBO et al., 2005). Por serem versáteis, eles têm sido usados em diversas aplicações biomédicas, tais como, liberação de fármaco, implantes, lentes de contato, materiais dentários, enxertos vasculares dentre outras. Algumas das aplicações mais promissoras dos polímeros no campo de sistema de liberação de fármaco são: (SINKO, 2008) (1) hidrogéis, definidos de forma simples, como géis coloidais em que a água atua como meio dispersante; (2) bioadesivos, polímeros capazes de se ligarem a substratos biológicos de duas maneiras: aderindo à camada mucosa (mucoadesivos) ou à membrana celular (citoadesivos); (3) micro e nanopartículas, que consistem de macromoléculas destinadas para carregar fármacos até o sítio de ação e são liberadas, por exemplo, por via oral e via intravenosa, respectivamente (KIM; SEO et al., 2008). Algumas características se tornam necessárias para que o polímero possa ser utilizado em aplicações biomédicas, como: biocompatibilidade, isto é, não produzir reação adversa e ter habilidade de desencadear em um organismo a resposta apropriada para uma aplicação específica, e ser, de preferência, biodegradável (WILLIAMS, 1999; FOURNIER; PASSIRANI et al., 2003). Sendo biodegradável, não há a necessidade de 13 intervenções para retirada do sistema de liberação de fármaco após a completa eliminação do princípio ativo, pois o mesmo é degradado dentro do organismo através de processos biológicos. Polímeros de origem natural são usualmente biodegradáveis e oferecem excelente biocompatibilidade. Já os polímeros sintéticos estão disponíveis em uma extensa variedade de composição com fácil ajuste das propriedades (ANGELOVA; HUNKELER, 1999). Assim, vários polímeros naturais e sintéticos têm atraído a atenção para o uso como carreadores em aplicações biomédicas (VILLANOVA; ORÉFICE et al., 2010). 2.1.2 TRATAMENTO DE EFLUENTES CONTAMINADOS COM FÁRMACOS O crescente desenvolvimento industrial e populacional têm exposto o meio ambiente a diversas substâncias nocivas, tais como, pesticidas, metais pesados, corantes, derivados do petróleo e fármacos (FLORES; RIBEIRO et al., 2004). O descaso ou despreparo na questão do manejo de resíduos farmacêuticos em muitos lugares do mundo leva a graves danos da natureza, os quais podem ter repercussões negativas à saúde humana e ambiental (GIL; MATHIAS, 2005). A detecção desses resíduos em águas de superfície (SONG; COOPER et al., 2008), lençóis freáticos (CARRARA; PTACEK et al., 2008), estações de tratamento de efluentes (RADJENOVIĆ; PETROVIĆ et al., 2007) e águas de abastecimento (WILLIAMS; SAISON et al., 2006) tem se tornado constante. No Brasil, análises em amostras de efluentes de rios do Estado do Rio de Janeiro, detectaram 9 de 13 compostos farmacêuticos investigados, dentre eles reguladores de peso, anti-inflamatórios, analgésicos e outros fármacos de uso humano e veterinário, em concentrações de ng L1 (STUMPF; TERNES et al., 1999). Tal fato tem motivado vários países para o desenvolvimento de planos de gerenciamento seguros e sustentáveis dos diferentes resíduos gerados pela população, indústrias e diversas instituições. Muitos métodos são utilizados para tratamento desses resíduos, mas a maioria não é eficiente para eliminar completamente a concentração de fármacos presentes na água. Porém, a adsorção tem se destacado como processo empregado no tratamento de resíduos hospitalares, domiciliares e de indústrias farmacêuticas, sendo um processo eficiente e econômico, com baixo consumo de 14 energia. Na literatura destacam-se muitos estudos de adsorção, utilizando polímeros, para o tratamento de água contaminada por diversos fármacos. Han et al.(HAN; QIU et al., 2012) demonstraram a utilização de poliamidas alifáticas (PAs) como adsorventes eficazes para a remoção de etinilestradiol, um hormônio estrogênio bastante contaminante, presentes em água. Dai et al.(DAI; ZHANG et al., 2012) confirmaram a capacidade adsortiva de um polímero impresso molecularmente (MIP), sintetizado por polimerização de precipitação, para a remoção seletiva de cinco fármacos, ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno, diclofenaco e ácido clofíbrico, a partir de água contaminada. Xu et al.(XU; PAN et al., 2012) desenvolveram um novo polímero termossensível magnético impresso molecularmente como um adsorvente potencialmente eficaz para remover seletivamente sulfametazina existente em ambientes aquáticos. Para otimizar o custo e o desempenho da tecnologia de adsorção, tem que se levar em consideração, além do custo dos adsorventes a serem utilizados, a eficiência do processo de adsorção (RUDZINSKI; PLAZINSKI, 2007), tornando assim, essencial a caracterização do processo de adsorção de fármacos a partir de estudos de equilíbrio (isotermas de adsorção) e de estudos cinéticos. 2.1.3 Estudos de equilíbrio Os estudos de equilíbrio fornecem informações fundamentais para determinar a quantidade máxima de fármaco adsorvido por massa de adsorvente como também a afinidade do fármaco pelo adsorvente (HO; MCKAY, 2000). Quando uma substância dissolvida na fase líquida (adsorvato, no caso o fármaco) é atraída e se acumula na superfície de um sólido (adsorvente), a concentração do agente farmacologicamente ativo que permanece em solução se encontra em equilíbrio dinâmico com as espécies de adsorvatos que estão acumuladas na interface. Esta razão da distribuição de soluto em solução e na superfície é uma medida do equilíbrio de adsorção (KIM, 2004). A relação de equilíbrio entre a quantidade de espécies adsorvidas por unidade de massa do adsorvente e a concentração do adsorvato que permanece em solução, a uma temperatura fixa, é conhecida como isoterma de adsorção (LIMOUSIN; GAUDET et al., 2007). O termo “isoterma” foi especificamente escolhido devido a influência da temperatura na reação de adsorção, portanto, a temperatura deve ser mantida constante e especificada (DĄBROWSKI, 2001). 15 As equações de isotermas para adsorção em interface sólido-líquido, particularmente, as que se referem a soluções diluídas, são derivadas das equações propostas para gases simples e suas misturas em superfícies sólidas (DĄBROWSKI, 2001). No caso, os termos de pressão das expressões originais são substituídos por termos de concentração. A interpretação correta de isotermas de adsorção experimentais pode ser realizada a partir do emprego de equações matemáticas, as quais são baseadas em modelos físicos de sistemas de adsorção. Os modelos assumidos usualmente resultam da observação experimental. Os resultados experimentais permitem a formulação de uma hipótese. Se a hipótese não é reprovada por repetidas experiências, desenvolve-se uma teoria, que pode resultar em uma equação de adsorção. A teoria é testada a fim de se explicar o comportamento do sistema de adsorção investigado. A ciência da adsorção é desenvolvida por um processo que interliga teoria e experimento. Até 1914, não havia uma teoria capaz de interpretar isotermas de adsorção (DĄBROWSKI, 2001). A equação de Freundlich foi usada, a princípio, sem ser justificada teoricamente. De acordo com Mc Bain, a equação empírica citada foi proposta por van Bemmelen em 1888 e Boedecker em 1895. No entanto, a isoterma recebeu o nome de Freundlich, uma vez que este autor foi quem contribuiu de forma significativa com a popularização do uso desta equação. Esta equação assume que o adsorvente apresenta sítios com diferentes potenciais de adsorção (DĄBROWSKI, 2001). A equação de Freundlich pode ser escrita como: qE K F CE1 nF , (2.1) onde K F e nF são constantes de Freundlich que indicam a capacidade de adsorção e a intensidade de adsorção, respectivamente. O valor de nF , fator de heterogeneidade, indica se a adsorção é favorável. Um valor de nF maior que 1 representa uma condição propícia para a reação de adsorção (LIANG; FENG et al., 2005; NGAH; FATINATHAN, 2006). Entre 1914 e 1918, foram propostas duas descrições independentes do fenômeno de adsorção, associadas aos nomes de Langmuir, Eucken e Polanyi. A equação de Langmuir, inicialmente derivada de estudos cinéticos, assume que a superfície do adsorvente apresenta um número de sítios de adsorção energeticamente equivalentes e 16 definidos e, em cada um destes sítios pode ser adsorvida uma molécula de gás ideal. As interações entre as moléculas de adsorvente e adsorvato podem ser tanto de natureza química como física, no entanto, devem ser fortes o suficiente para mantê-las unidas (DĄBROWSKI, 2001). Diferentemente das constantes de Freundlich, as constantes de Langmuir têm um significado físico definido. A equação de Langmuir descreve relativamente bem a adsorção física (ou química) em superfícies sólidas com um tipo de sítio ativo de adsorção. Assim, a adsorção localizada foi distinguida da não-localizada. Nestas, as moléculas do adsorvato podem se movimentar ao longo da superfície do adsorvente. O modelo de Langmuir corresponde a uma monocamada localizada ideal (DĄBROWSKI, 2001) e a equação pode ser escrita como: qE K L aL C E , 1 K L CE (2.2) onde qE é a quantidade em massa de adsorvato por massa de adsorvente, CE é a concentração de adsorvato em equilíbrio na fase contínua, aL é o valor máximo de qE para um dado par adsorvente-adsorvato, ou seja, quando a monocamada está completa, e K L é a constante de Langmuir relacionada a afinidade dos sítios em termos de interações físico-químicas. Langmuir introduziu um conceito claro de adsorção monomolecular em superfícies energeticamente homogêneas, o qual foi confirmado quando Langmuir teve problemas ao tentar aplicar sua teoria em sistemas sólidos heterogêneos e em adsorção com um caráter de multicamadas (DĄBROWSKI, 2001). A equação da isoterma de adsorção em multicamadas teve a contribuição de Brunauer e Emmett em 1938, os quais também, pela primeira vez, determinaram a quantidade de adsorção em uma monocamada. A teoria desenvolvida por Brunauer, Emmett e Teller (BET) estabeleceu um modelo definido para a adsorção com um número finito de camadas, no qual cada uma delas segue a equação de Langmuir. A equação de BET considera que a energia requerida para adsorver a primeira camada de partículas é suficiente para manter as demais (DĄBROWSKI, 2001). Mesmo com restrições, a equação BET foi o primórdio de uma teoria universal para a adsorção física. Ambas as teorias (Langmuir e BET) assumem a existência de 17 uma superfície geométrica interfacial na qual se formam mono ou multicamadas (DĄBROWSKI, 2001). Atualmente, o método BET com nitrogênio à baixa temperatura é utilizado para a determinação da superfície especifica de pós-finos e materiais porosos. Esta determinação é muito importante na área da farmácia, uma vez que a velocidade de dissolução de partículas de fármacos depende, em parte, desse dado (SINKO, 2008). Outra importante contribuição feita por Brunauer et al. foi definir os cinco tipos principais de isotermas de adsorção (DĄBROWSKI, 2001). Neste estudo só serão destacados os três primeiros tipos de isotermas, apresentados na Figura 2.2, pois as isotermas do tipo IV e V não são aplicadas para o material de interesse deste trabalho – polímeros. Figura 2.2 – Alguns tipos de isotermas de adsorção de acordo com Brunauer. Fonte: (HOPPER, 2007). As isotermas do tipo I [Figura 2.2 (I)] exibem um rápido aumento na adsorção até um valor limite, em que ocorre a formação de um platô, sugerindo uma saturação progressiva de sítios específicos de adsorção presentes no polímero. São chamadas de isotermas do tipo Langmuir e deve-se à adsorção restrita a uma monocamada (CHIOU, 2002). Este tipo de isoterma pode ser exemplificado pela adsorção de alguns corantes por polímeros iônicos ou polímeros contendo grupos polares (HOPPER, 2007). As isotermas do tipo III [Figura 2.2 (III)] caracterizam-se por uma predominância na formação de interações adsorvato-adsorvato, com o aumento da pressão ou concentração, do que interações adsorvato-polímero. Este tipo de isoterma ocorre quando a adsorção na primeira camada é fraca e as primeiras moléculas de adsorvato tendem a se soltar da estrutura polimérica. À medida que 18 aumenta a concentração de adsorvato, este preferencialmente interage com o adsorvato ligado ao polímero, formando agregados e caracterizando a formação de multicamadas. Isto implica em um efeito plastificante interno no polímero e esse tipo de isoterma é observado quando o adsorvato atua como um agente de intumescimento polimérico (HOPPER, 2007). As isotermas do tipo II [Figura 2.2 (II)] são essencialmente uma combinação das isotermas do tipo I, a baixa pressão ou concentração, e do tipo III, a elevada pressão ou concentração. Apresentam uma forma sigmóide e representam adsorção física em monocamada seguida da formação de multicamada. O primeiro ponto de inflexão representa a formação da monocamada e a continuidade da adsorção com o aumento da pressão indica a subseqüente formação de multicamadas (AULTON, 2005; SINKO, 2008). Dentre as equações de isotermas mais utilizadas, ainda têm-se aquelas denominadas de equações híbridas, destacando-se a equação de Redlich-Peterson e Freundlich- Langmuir. A equação da isoterma de Redlich-Peterson (REDLICH; PETERSON, 1959; HASAN; AHMAD et al., 2008) incorpora três parâmetros das equações de Langmuir e Freundlich, resultando em um mecanismo híbrido de adsorção representado pela função: qE K RPCE . 1 aRPCE (2.3) Em concentrações baixas, esta equação segue o modelo de Langmuir. Quando CE 0 , pode-se obter as Equações (2.2) e (2.3), de Langmuir e Redlich-Peterson, respectivamente: K L aL C E K L aL C E , 1 aL C E (2.4) K RPCE K RPCE , CE 0 1 a C RP E (2.5) lim CE 0 lim 19 sendo que K RP seria equivalente a K L aL da isoterma de Langmuir. Em altas concentrações (ou, mais exatamente, quando CE ), como demonstrado na Equação (2.6) abaixo, o seu comportamento será também uma função do parâmetro lim CE K RP CE K RPCE K lim RP CE1 1 C E 1 aRPCE aRPCE aRP 0 ( 1) K RP ( 1). aRP ( 1) Se 1 , a Equação (2.7) seria equivalente a isoterma de Langmuir, com K L (2.6) K RP Se aRP 1, para concentrações altas, a Equação (2.6) tenderia ao comportamento relacionado à isoterma de Freundlich [Equação (2.1)]: o fator de heterogeneidade equivalente seria nF 1 1 e KF K RP aRP Se 1 , a adsorção atingiria o máximo e diminuiria a zero quando a concentração aumentasse (isto implicaria em uma dessorção). Uma outra equação empírica modificada é a de Freundlich-Langmuir (também chamada de Sips): qE K FL aFLCE1 nFL . 1 aFLCE1 nFL (2.7) Ao contrário das equações de Redlich-Peterson, em baixas concentrações, o comportamento desta isoterma seguirá a equação de Freundlich: K FL aFLCE1 nFL lim K FL aFLCE1 nFL , CE 0 1 a C 1 nFL FL E (2.8) de forma que o parâmetro nFL é análogo ao fator de heterogeneidade de Freundlich, nF , o parâmetro equivalente a K F é K FL aFL . Em altas concentrações, o comportamento seria o mesmo observado pela equação de Langmuir, resultando no valor de saturação de qE : 20 1 nFL K FL aFLCE CE 1 a C 1 nFL FL E lim 1 1 K FL aFLCE (1 nFL ) n lim FL K FL . CE 1 (1 nFL )1 aFLCE nFL (2.9) K FL seria, então, equivalente a K L da Equação (2.2). 2.1.4 Estudos cinéticos Embora os estudos de equilíbrio sejam importantes na determinação da eficácia do processo de adsorção, é necessário relacionar o efeito do tempo nas interações entre adsorvente e adsorvato através de estudos de cinética de adsorção. Estes estudos têm por objetivo a correlação matemática de dados experimentais, visando estabelecer hipóteses sobre os fatores determinantes da velocidade de adsorção e elucidar os mecanismos de adsorção envolvidos (CARONI, 2009). A cinética de adsorção para substratos sólidos, que na maioria das vezes apresenta uma estrutura porosa, pode ser determinada pelas seguintes etapas (KHRAISHEH; AL-DEGS et al., 2002; RUDZINSKI; PLAZINSKI, 2007): (1) difusão de moléculas da fase contínua para região da interface (difusão externa); (2) difusão das moléculas através do filme que envolve as partículas de adsorvente para a superfície dessas (difusão superficial); (3) difusão das moléculas para o interior dos poros (difusão interna); e, (4) reação de adsorção do adsorvato no sítio ativo do adsorvente (adsorção/dessorção em processos elementares). Portanto, a reação de adsorção não ocorre em uma etapa elementar, mas, sim, em uma combinação de várias etapas, sendo, desta forma, uma reação complexa. Dentre os modelos cinéticos mais comumente utilizados na literatura para explicar o processo de adsorção na interface sólido-líquida em relação ao tempo sob condições de equilíbrio não estabelecidas, destacam-se o modelo de pseudo-primeiraordem (modelo de Lagergren), o modelo pseudo-segunda-ordem (modelo de Ho) e o modelo de difusão intraparticular (CRINI; BADOT, 2008). A equação de pseudo-primeira-ordem foi desenvolvida por Lagergren em 1898 e é expressa através de: dq(t ) k1[qE q(t )], dt (2.10) 21 onde qE e q(t ) são as capacidades de adsorção em equilíbrio e em um tempo t , respectivamente, e k1 é a constante cinética de adsorção de pseudo-primeira-ordem. Apesar de ser amplamente utilizado, o modelo de Lagergren não fornece uma efetiva representação dos dados em períodos extensos de adsorção. Geralmente, é aplicado no estágio inicial desse processo (AHMAD; SUMATHI et al., 2005; LIANG; FENG et al., 2005). Este modelo é seguido, na maioria das vezes, quando a etapa determinante da taxa de adsorção precede a difusão superficial (RUDZINSKI; PLAZINSKI, 2008). Outro modelo cinético, também baseado na capacidade de adsorção de um sólido, daí o uso do termo “pseudo” (HO, 2005), é o modelo cinético de pseudosegunda-ordem desenvolvido por Ho em 1995 (HO; WASE et al., 1996; HO; MCKAY, 1998). A equação cinética é expressa como dq(t ) k2 [qE q(t )]2 , dt (2.11) onde k 2 é a constante cinética de pseudo-segunda-ordem de adsorção. O modelo de Ho prediz o comportamento cinético em toda a extensão do processo de adsorção e considera a reação do adsorvato no sítio ativo do adsorvente através da quimissorção como sendo a etapa determinante da taxa de adsorção (HO; MCKAY, 2000; AHMAD; SUMATHI et al., 2005; LIANG; FENG et al., 2005). Como as superfícies sólidas são raramente homogêneas, além das reações químicas entre o adsorvente e o adsorvato, os efeitos do fenômeno de transporte na porção interna do adsorvato devem ser considerados (HO; MCKAY, 1999; HO; MCKAY, 1999). Adicionalmente, no caso de uma fisissorção, geralmente considerada uma reação instantânea, a cinética de adsorção é controlada pela difusão superficial e/ou pela difusão interna (CARONI, 2009). Um modelo cinético que apresenta a difusão interna como etapa determinante da taxa de sorção é o modelo de difusão intraparticular, que é derivado segundo a lei de Fick C C0 kDt m , onde k D e m são constantes. (2.12) 22 Na literatura é possível encontrar muitos trabalhos que abordam estudos de processos de adsorção, mas poucos disponibilizam o mecanismo de adsorção de fármacos, principalmente se referindo a sistemas poliméricos. Bridelli et al. (BRIDELLI; CIATI et al., 2006) apresentaram a primeira tentativa de estudar a interação de alguns fármacos com melaninas, pigmentos naturais de coloração castanha presentes em muitas regiões diferentes do corpo humano e animal, responsáveis por alguns efeitos adversos observados in vivo, como toxicidade ocular e ototoxicidade. Modelos cinéticos de adsorção foram testados no caso do fármaco gentamicina. Otero et al. (OTERO; GRANDE et al., 2004) realizaram um estudo para analisar o comportamento de adsorção de adsorventes poliméricos na remoção de ácido salicílico, um fármaco responsável por muitos casos de intoxicação. Vasiliu et al. (VASILIU; BUNIA et al., 2011) investigaram a adsorção de cefotaxima, um antimicrobiano, em um complexo polieletrolítico composto de uma resina acrílica de troca iônica e dois polissacarídeos (goma xantana e gelana). Sendo os melhores resultados alcançados com o modelo cinético de pseudo-segunda-ordem. Quando modelos cinéticos bem estabelecidos na literatura não são capazes de explicar dados experimentais, pesquisadores formulam outros modelos a partir dos já existentes, tais como o modelo de pseudo-n-ordem desenvolvido por Morais et al. (MORAIS; FERNANDES et al., 2007) em seu estudo de adsorção de um corante aniônico, alaranjado de metila, em partículas de quitosana reticulada com glutaraldeído (MORAIS, 2007). Dando continuidade a este trabalho, Morais et al.(MORAIS; DE ALMEIDA et al., 2008) novamente empregaram este modelo com sucesso no estudo de adsorção desse mesmo corante em esferas de quitosana. Caroni et al. (CARONI; LIMA et al., 2009) propuseram um mecanismo para adsorção de cloridrato de tetraciclina em partículas de quitosana, podendo ser descrito primeiro pela desprotonação do fármaco seguido pela simultânea protonação da quitosana e adsorção de tetraciclina na superfície da quitosana. A cinética de tetraciclina em quitosana foi descrita com sucesso pelos modelos cinéticos de pseudo-n-ordem desenvolvido por Morais et al. (MORAIS; FERNANDES et al., 2007) e difusão intraparticular. Foi mostrado também que o procedimento de linearização t/q versus t, usualmente empregado para determinar se a cinética de adsorção é de pseudo-2-ordem, não implica em um mecanismo de adsorção característico deste modelo cinético. 23 2.2 QUITOSANA A história da quitosana remonta ao século XIX, quando Rouget isolou este biopolímero, em 1859, pelo aquecimento da quitina em solução concentrada de hidróxido de potássio, resultando na sua desacetilação (MUZZARELLI, 1986; DASH; CHIELLINI et al., 2011). Devido às suas promissoras propriedades, além da sua abundância e baixo custo, a quitosana tem ganhado cada vez mais destaque nas últimas décadas e está sendo amplamente utilizada em diversas áreas, tais como farmacêutica, biomédica, alimentícia e de tratamento de água e efluentes industriais (SKAJÅK-BRǼK; ANTHONSEN et al., 1988; CHANDY; SHARMA, 1990; PAUL; SHARMA, 2000; KUMAR; MUZZARELLI et al., 2004; MUZZARELLI; MUZZARELLI et al., 2005). A Figura 2.3 representa a estrutura química da quitosana, que é um copolímero linear constituído por unidades 2-amino-2-desoxi-D-glicopiranose e 2-acetamido-2desoxi-D-glicopiranose, também chamadas, respectivamente, de D-glicosamina e Nacetil-glicosamina, de composição variável, ligadas através de ligações glicosídicas β (1→4) e distribuídas em bloco ou aleatoriamente ao longo da cadeia polimérica (ROBERTS, 1992; KAŞ, 1997; LUBBEN; VERHOEF et al., 2001; KHOR; LIM, 2003). A quitosana é um polissacarídeo que pode estar naturalmente presente na parede celular de alguns fungos, como aqueles pertencentes aos gêneros Mucor e Zygomicetes, mas é obtida principalmente da quitina através de uma reação química de Ndesacetilação alcalina deste polímero (SKAJÅK-BRǼK; ANTHONSEN et al., 1988; SCHATZ; VITON et al., 2003; SYNOWIECKI; AL-KHATEEB, 2003; POLNOK; BORCHARD et al., 2004). 24 Figura 2.3 – Estrutura química da quitosana. nD é o número de mols de unidades 2-amino-2-desoxiD- glicopiranose e nA é o número de mols de unidades 2-acetamido-2-desoxi-Dglicopiranose. Fonte: (CARONI; LIMA et al., 2009) O termo “quitina” é derivado da palavra grega khitón, que significa carapaça ou caixa de revestimento, uma vez que sua função na natureza é de revestimento e proteção de invertebrados. A quitina é um polissacarídeo extremamente abundante na natureza, sendo encontrada no exoesqueleto de diversos invertebrados, tais como crustáceos, insetos e moluscos, e na parede celular de algumas algas, fungos e leveduras (SKAJÅKBRǼK; ANTHONSEN et al., 1988; HEJAZI; AMIJI, 2003; SYNOWIECKI; AL- KHATEEB, 2003), mas se faz presente principalmente em exoesqueletos de camarão, lagosta e caranguejo, produtos advindos da indústria pesqueira. Apesar da semelhança na estrutura química, quitina e quitosana diferem na quantidade de unidades N-acetilglicosamina (maior que 60 %), ou seja, apresentam diferentes grau de desacetilação. O que torna a quitina um polímero com uma rígida estrutura cristalina, devido à presença de ligações de hidrogênio intra e intermoleculares (SUH; MATTHEW, 2000; ŞENEL; MCCLURE, 2004). Por causa dessa alta cristalinidade, a quitina apresenta uma limitada solubilidade em solventes usuais e uma baixa reatividade química (DODANE; VILIVALAM, 1998; KHOR; LIM, 2003), o que restringe suas aplicações, dificultando até, possíveis modificações químicas da sua molécula. As condições do processo reacional de N-desacetilação da quitina, tais como, concentração do agente alcalino (por exemplo, hidróxido de sódio), temperatura e tempo de reação, determinam a massa molar média e o grau de desacetilação médio da quitosana obtida (MUZZARELLI, 1986; SKAJÅK-BRǼK; ANTHONSEN et al., 1988; SABNIS; BLOCK, 2000). 25 Comercialmente, o termo “quitosana” abrange uma série de polímeros, os quais se diferenciam através de sua massa molar média (50 kDa – 2000 kDa) e grau médio de desacetilação (40 % – 98 %) (ILLUM, 1998; TAN; KHOR et al., 1998). A determinação adequada da massa molar média (MM) e do grau médio de desacetilação (GD) da quitosana é muito importante, pois estas características podem influenciar nas propriedades físico-químicas e biológicas da quitosana (GUPTA; JABRAIL, 2006; WANG; CHEN et al., 2006; DASH; CHIELLINI et al., 2011) (Tabela 2.1). Tabela 2.1 – Relação entre parâmetros estruturais e propriedades a Propriedades Características estruturais Solubilidade ↑GD Biodegradabilidade ↓GD, ↓MM Biocompatibilidade ↑GD Mucoadesão ↑GD, ↑MM ↑ - Diretamente proporcional a propriedade; ↓ - Inversamente proporcional a propriedade. Fonte: Adaptada de (DASH; CHIELLINI et al., 2011). A massa molar média pode ser determinada, experimentalmente, através de espectrofotometria de espalhamento de luz, cromatografia de permeação em gel e viscometria (KASAAI; ARUL et al., 2000; PRASHANTH; KITTUR et al., 2002). Enquanto que, a determinação do grau médio de desacetilação é feita através de espectroscopias de absorção nas regiões do ultravioleta (TAN; KHOR et al., 1998; LIU; WEI et al., 2006) e infravermelho (BRUGNEROTTO; LIZARDI et al., 2001; ZHANG; XUE et al., 2005; GUPTA; JABRAIL, 2006), espectroscopia de ressonância magnética de prótons (RMN 1H) (ZHANG; XUE et al., 2005), análise elementar (LIU; WEI et al., 2006), difratometria de raios-X (ZHANG; XUE et al., 2005), calorimetria diferencial de varredura (DSC) (GUINESI; CAVALHEIRO, 2006), métodos titrimétricos (JIANG; CHEN et al., 2003; GUPTA; JABRAIL, 2006; WANG; CHEN et al., 2006; SANTOS; CARONI et al., 2009), entre outros. A presença dos grupamentos funcionais amino e hidroxilas da quitosana governam características como solubilidade e reatividade desse polímero. A quitosana é uma base fraca com valor de pKa do resíduo D-glicosamina em torno de 6,5, sendo, portanto, insolúvel em meios neutro e alcalino (RINAUDO; PAVLOV et al., 1999; 26 LIU; YAO, 2002). Em meio neutro e alcalino seus grupamentos reativos hidroxilas e amino podem formar fortes ligações de hidrogênio intra e intermoleculares levando à cristalização e, com isso, à precipitação desse polímero. Em meio ácido, a estrutura cristalina é destruída, devido à protonação dos grupamentos amino e, consequentemente, uma repulsão entre esses grupos tornando a macromolécula solúvel (SUH; MATTHEW, 2000; HEJAZI; AMIJI, 2003; ŞENEL; MCCLURE, 2004). Sendo assim, a conformação da cadeia polimérica dependerá diretamente do grau de desacetilação médio. Quanto maior este, mais estendida e flexível estará a cadeia, por causa da maior repulsão entre as cargas. Porém, quanto menor o grau de desacetilação médio, menos estendida e flexível estará a cadeia, apresentando uma conformação quase esférica, devido a menor densidade de cargas, sendo estabilizada por vastas ligações de hidrogênio intra e intermoleculares. Algumas aplicações farmacêuticas da quitosana são limitadas, por exemplo, devido a problemas de hidrossolubilidade, uma vez que esta é insolúvel em água e meio neutro, condição em que enzimas fisiológicas exercem sua atividade (KUBOTA; TATSUMOTO et al., 2000). Contudo, muitos estudos, visando conferir solubilidade a quitosana, estão sendo desenvolvidos. A solubilidade em meio neutro e alcalino pode ser alcançada através de modificações químicas na estrutura da quitosana, essas modificações são possíveis devido à grande quantidade de grupos amino reativos ao longo de sua cadeia polimérica. Esses grupos proporcionam um mecanismo para ligação de grupamentos laterais. A modificação química desses grupos gera inúmeros derivados de quitosana, aumentando o leque de aplicações desse biopolímero. Muzzarelli et al. (MUZZARELLI; TOSI et al., 2003) , de forma inovadora, conseguiram desenvolver um sistema em que pode existir quitosana solúvel, mesmo em pH 10. Esta solubilidade é alcançada devido à formação do íon carbamato após adição de bicarbonato de amônio (NH4HCO3). A quitosana é um polieletrólito com a capacidade de formar géis em meio ácido e, devido a sua natureza hidrofílica, pode reter água na sua estrutura (SINHA; SINGLA et al., 2004), gerando assim um hidrogel de quitosana. Hidrogéis são compostos de redes tridimensionais de polímero que podem absorver grandes quantidades de água. Consequentemente, eles são materiais macios, flexíveis, úmidos, com uma ampla gama de potenciais aplicações biomédicas (DASH; CHIELLINI et al., 2011). Os hidrogéis de quitosana podem ser preparados por vários métodos, porém, se na sua obtenção apenas interações puramente físicas se fizerem presente, sua formação pode ser reversível. 27 Sendo assim, o número de aplicações desses hidrogéis de quitosana é limitado devido à baixa resistência mecânica e sua tendência a dissolução. Uma maneira de contornar essas limitações seria a preparação de hidrogéis a partir de reticulações químicas (BERGER; REIST et al., 2004; BERGER; REIST et al., 2004). A quitosana também tem uma excelente capacidade de formação de fibras e filmes, possibilitando a utilização desse polímero para preparação de membranas (DODANE; VILIVALAM, 1998; KUMAR, 1999). As membranas podem ser preparadas através de evaporação do solvente, por processo de reticulação com reagentes bifuncionais, por quelação com íons ou por complexação com polímeros e proteínas (MARQUES, 2012). Filmes flexíveis e resistentes podem ser produzidos pela simples evaporação do solvente de uma solução de quitosana sobre uma placa de vidro. A presença de ligações de hidrogênio inter e intramoleculares justificam essas propriedades de formação de filmes e fibras (TRINDADE NETO, 2008). Membranas de quitosana podem ser aplicadas para remover íons, como ferro e manganês, de solução aquosa (REIAD; SALAM et al., 2012). Nas indústrias de cosméticos, a quitosana tem sido usada em produtos para cuidados com a pele e cabelos (SKAJÅK-BRǼK; ANTHONSEN et al., 1988). Sua ação pode ser explicada por suas características policatiônicas e formação de filme, logo quando aplicada na pele ou nos cabelos, retém umidade, protege a pele de infecções e os cabelos de danos mecânicos. Dentre as inúmeras propriedades que destacam a quitosana como potencial material para diversas aplicações está a atividade antimicrobiana. Alguns pesquisadores explicam a atividade antimicrobiana da quitosana por seus grupos amínicos que, uma vez em contato com os fluidos fisiológicos, provavelmente são protonados e se ligam a grupos aniônicos desses microrganismos, resultando na aglutinação das células microbianas e inibição do crescimento (SKAJÅK-BRǼK; ANTHONSEN et al., 1988; KUMAR, 2000). Devido ao aumento da demanda por alimentos sem conservantes ou aditivos químicos associados a uma crescente conscientização ambiental, a indústria alimentícia tem procurado desenvolver novos métodos para conservação e proteção dos produtos. Um desses métodos é a utilização de filmes de revestimento de quitosana. Assis e Alves (ASSIS; ALVES, 2003) propuseram um procedimento para a produção de filmes de quitosana aplicados no revestimento de maçãs (sobre superfícies cortadas ou sobre frutos com alta taxa de maturação pós-colheita) obtendo resultados satisfatórios, devido 28 ao caráter antifúngico da quitosana, ficando visualmente claro essa ação na comparação das maçãs revestidas com as não revestidas. As faces não recobertas apresentaram proliferação de fungos a partir do quinto dia com progressão significativa nos períodos seguintes. A quitosana tem se destacado também, na indústria alimentícia, como suplemento nutricional, auxiliando a perda de peso e reduzindo a taxa de colesterol sanguíneo. Como a quitosana no estômago torna-se um sal solúvel, tendo a capacidade de interagir ionicamente com ácidos graxos e sais biliares, provavelmente ela interferirá na emulsificação de gorduras, impedindo que estes derivados sejam absorvidos. O resultado direto deste processo é o aumento na excreção de ácidos biliares e ácidos graxos nas fezes. Desta sequência de eventos, resulta a oxidação compensatória de colesterol a sais biliares em nível hepático, visando, desta maneira, manter a concentração de ácidos biliares, conduzindo, então, ao decréscimo do nível de colesterol sérico (AGULLÓ; RODRÍGUEZ et al., 2003; SILVA; SANTOS et al., 2006). Por causa de propriedades como biocompatibilidade, biodegradabilidade e baixa toxicidade, além de seus grupos reativos (amino e hidroxila) estabelecerem diferentes tipos de interação deste polímero com diferentes tipos de fármacos, a quitosana tem atraído um enorme interesse no campo biomédico e farmacêutico, como biomaterial e como excipiente em formulações farmacêuticas e em sistemas de liberação de fármacos (ILLUM, 1998). Devido a sua biocompatibilidade, a quitosana não apresenta efeitos alérgicos e irritantes em tecidos saudáveis ou infectados, permitindo seu uso em várias aplicações médicas, tais como aplicação tópica ocular, implantes e injetáveis (SKAJÅK-BRǼK; ANTHONSEN et al., 1988; PATASHNK; RABINOVICH et al., 1997; FELT; FURRER et al., 1999). Adicionalmente, a quitosana pode ser facilmente metabolizada pelas lisoenzimas e por certas enzimas secretadas por alguns microrganismos da microbiota intestinal, como por exemplo, a β-glicosidase, originando metabólitos naturais, sendo, assim, considerada biodegradável (HIRANO; TSUCHIDA et al., 1989; ZHANG; ALSARRA et al., 2002). A quitosana tem sido extensivamente utilizada na engenharia de tecidos ósseos, uma vez que foi demonstrado que promove o crescimento celular e deposição de matriz rica em mineral por osteoblastos em cultura de células (SEOL; LEE et al., 2004). Características interessantes que tornam a quitosana adequada para este fim são a biocompatibilidade, a natureza intrínseca antibacteriana e a capacidade de ser moldada 29 em várias geometrias e formas, tais como estruturas porosas, adequadas para crescimento de células e osteocondução (MARTINO; SITTINGER et al., 2005). A quitosana desempenha papel importante na hemóstase, tendo a capacidade de acelerar a coagulação sanguínea. Esse fato se deve à capacidade da quitosana em agregar tanto as plaquetas, como os eritrócitos pela interação entre as cargas positivas dos grupos amínicos livres da quitosana com as cargas negativas de receptores das hemácias. A ação da quitosana sobre as plaquetas produz mais um efeito benéfico, que é a liberação de citocinas que atuam no processo de cicatrização (OKAMOTO; YANO et al., 2003). Como se comporta como um policátion, em certos pH fisiológicos, a quitosana pode interagir eletrostaticamente com as cargas negativas de superfícies celulares, caracterizando um mecanismo de bioadesividade (LEHR; BOUWSTRA et al., 1992). Mais especificamente, quando a interação é restrita à camada mucosa, o termo “mucoadesividade” é empregado (PONCHEL; IRACHE, 1998). Essa propriedade mucoadesiva da quitosana tem sido atribuída principalmente à interação entre seus grupos amino carregados positivamente com os grupos carregados negativamente do ácido siálico, um dos constituintes da mucina, que é o principal componente do muco (FIEBRIG; HARDING et al., 1994). A incorporação de moléculas mucoadesivas, como a quitosana, em sistemas de liberação tem sido amplamente explorada com o intuito de aumentar o tempo de permanência da preparação sobre as mucosas, evitando sua rápida eliminação pelos mecanismos de depuração mucociliar (CARVALHO, 2009). Outro fator que potencializa a aplicação bio/mucoadesiva, é a capacidade da quitosana de abrir transitoriamente as junções oclusivas entre as células epiteliais. Um número de sistemas coloidais de liberação, baseados na quitosana, tem sido apresentado na literatura para entrega na mucosa de fármacos polares, peptídeos, proteínas, vacinas e DNA (DASH; CHIELLINI et al., 2011). A quitosana, presente nesses sistemas, promove a absorção, aumentando, assim, a biodisponibilidade dessas substâncias ativas. A natureza catiônica da quitosana é responsável por mais essa característica, os grupamentos amino protonados interagem com os sítios carregados negativamente nas superfícies celulares, resultando em uma reorganização estrutural das proteínas associadas às junções oclusivas (SCHIPPER; OLSSON et al., 1997; JUNGINGER; VERHOEF, 1998; DAVIS, 1999; THANOU; VERHOEF et al., 2001). 30 A capacidade adsortiva da quitosana para agentes de coloração já foi capaz de superar o carvão ativado em alguns estudos (CHATTERJEE; CHATTERJEE et al., 2005), despertando o interesse de muitos pesquisadores. Dotto et al. (DOTTO; VIEIRA et al., 2011) compararam quitosana, carvão ativado, terra ativada, quitina e terra diatomácea como adsorventes para a remoção dos corantes azul brilhante, amarelo crepúsculo e amarelo tartrazina de soluções aquosas a diferentes pHs. Os resultados mostraram que a quitosana em pH 3 foi o melhor adsorvente para todos os corantes, removendo 50, 90 e 80 % dos corantes azul brilhante, amarelo crepúsculo e amarelo tartrazina, respectivamente. Em estudos de equilíbrio, a isoterma de Langmuir apresentou o melhor ajuste com os dados experimentais. O comportamento termodinâmico também foi avaliado e valores negativos de ∆G, ∆H e ∆S mostraram que a adsorção dos três corantes pela quitosana foi exotérmica, espontânea, favorável e que a desordem do sistema diminuiu durante o processo de adsorção. Mahmoodi et al. (MAHMOODI; SALEHI et al., 2011) conduziram estudos de equilíbrio e cinética para a adsorção dos corantes AG25 (verde ácido 25) e DR23 (vermelho direto 23) em sistemas simples e binários. Estudos cinéticos indicaram que a adsorção desses corantes em quitosana seguiu o modelo de pseudo-segunda-ordem e os dados experimentais obtidos a partir de ensaios de equilíbrio foram correlacionados razoavelmente bem pela isoterma de Tempkin. O tratamento clássico de efluentes contendo metais envolve processos físicoquímicos de precipitação, troca iônica e eletroquímica. Contudo, essas técnicas tradicionais são inadequadas para a descontaminação de grandes volumes de efluentes contendo metais em baixas concentrações, devido à baixa eficiência operacional e aos elevados custos deste processo. Logo, para o tratamento de água e efluentes, o processo de adsorção se destaca como uma das poucas alternativas promissoras que existem para remoção de metais em solução, especialmente quando se usa adsorventes naturais eficientes e de baixo custo como a quitosana. Muitos trabalhos na literatura confirmam o potencial adsortivo da quitosana. Ghaee et al. (GHAEE; SHARIATY-NIASSAR et al., 2012) investigaram a adsorção de níquel e de cobre em membrana macroporosa de quitosana. Estudos de adsorção foram realizados, sendo a adsorção máxima para cobre e níquel de 25,64 e 10,3 mg/g respectivamente. Os dados de adsorção desses metais se adaptaram bem com o modelo cinético de pseudo-segunda-ordem. Wu et al. (WU; LI et al., 2012) desenvolveram uma resina com quitosana reticulada e realizaram estudos de adsorção com Cr(VI). Os dados de equilíbrio se ajustaram melhor com a isoterma de 31 Langmuir e os dados do experimento de cinética foram bem correlacionados com o modelo de pseudo-segunda-ordem. Kang et al. (KANG; LIU et al., 2010) investigaram a sorção de tetraciclina e cobre em quitosana. A presença de íons cobre aumenta significativamente a absorção de tetraciclina em quitosana numa larga gama de pH, provavelmente devido ao fato de que o cobre funciona como uma ponte entre a tetraciclina e quitosana. Enquanto que a presença de tetraciclina diminui a adsorção de cobre, o que pode ser atribuído à competição de tetraciclina com os íons de cobre para os sítios de adsorção na superfície da quitosana. As isotermas de adsorção para ambos, tetraciclina e cobre, são bem correlacionados com a equação de Langmuir. Somando a todas as aplicações já citadas, a quitosana também tem se mostrado um excelente coagulante, floculante e adsorvente no processo de clarificação de água e efluentes industriais (GUIBAL; ROUSSY, 2007; RENAULT; SANCEY et al., 2009) e como quelante de metais tóxicos (GUIBAL, 2004), tais como os pesados (cádmio, cromo, mercúrio e chumbo) e os radioativos (plutônio e urânio) (SKAJÅK-BRǼK; ANTHONSEN et al., 1988; VOLD; VÅRUM et al., 2003). Esse polissacarídeo também tem sido empregado no processo de clarificação de vinhos e sucos de frutas (IMERI; KNORR, 1988; CHATTERJEE; CHATTERJEE et al., 2004). 2.4 TETRACICLINA Tetraciclinas (TCs) constituem uma família de antibióticos que estão sendo usados extensivamente para controle de doenças por várias décadas, devido aos seus grandes valores terapêuticos (SARMAH; MEYER et al., 2006; KÜMMERER, 2009; KÜMMERER, 2009). Além do uso em humanos, tetraciclinas são utilizadas na terapia animal para tratar infecções e promover o crescimento (CHOPRA; ROBERTS, 2001). O cloridrato de tetraciclina é um desses antibióticos e muitas vezes é apenas chamado de tetraciclina (PAROLO; SAVINI et al., 2007). As relações entre estrutura química e atividade das tetraciclinas são estudadas desde a década de 60. Em soluções aquosas três grupos diferentes da molécula de tetraciclina podem sofrer reações de protonação e desprotonação, são eles: tricarbonilamida (C-1:C-2:C-3), dicetona fenólica (C-10:C-11:C-12) e dimetilamina (C-4), conferindo assim uma dependência do pH da solução na qual esse fármaco é dissolvido, dando origem à formação de quatro espécies diferentes (Figura 2.4). A espécie completamente protonada de tetraciclina, que existe num pH relativamente baixo, é uma espécie 32 monocatiônica que é denominada de TCH3+, essa espécie é formada quando o nitrogênio do C-4 ganha um próton do meio ácido. Com o aumento do pH, a primeira desprotonação envolve o próton do oxigênio ligado ao C-3 (pKa1 = 3,3), gerando uma espécie com um grupo carregado negativamente e um grupo carregado positivamente, denominado de TCH2±. A segunda desprotonação ocorre com o aumento do pH no sistema dicetona envolvendo O11 e O12 (pKa2 = 7,68), gerando uma espécie com dois grupos carregados negativamente e um grupo carregado positivamente, chamado de TCH-. Finalmente, a terceira desprotonação envolve o próton no grupo dimetilamino ligado a C-4 (pKa3 = 9,69), produzindo uma espécie com dois grupos carregados negativamente (TC2-) (PAROLO; SAVINI et al., 2007). Figura 2.4 – Estrutura química (a) e espécies dependentes do pH do meio (b) do fármaco antimicrobiano cloridrato de tetraciclina. Fonte: (GU; KARTHIKEYAN et al., 2007). Tetraciclinas são fortes agentes quelantes e as suas propriedades antibacterianas e farmacocinéticas são afetadas pela coordenação de íons metálicos presentes no meio biológico (PEREIRA-MAIA; SILVA et al., 2010). Estudos referentes aos compostos de coordenação contendo tetraciclinas como ligantes têm demonstrado que estes compostos podem vir a ser úteis, tanto na clínica médica quanto na área tecnológica. Complexos contendo tetraciclinas são frequentemente luminescentes e podem ter aplicações em fototerapia e como sondas espectroscópicas para diversas aplicações biológicas (ALY; STRASSER et al., 2002). Quanto a utilidade clínica das tetraciclinas, estudos recentes têm apontado possíveis novos usos, em especial para tetraciclina, doxiciclina e minociclina. Além das propridades antimicrobianas, estes antibióticos apresentam atividades anti-inflamatórias, imunossupressivas, inibição da lipase e colagenase, apoptose, angiogênese, entre outras 33 (SAPADIN; FLEISCHMAJER, 2006). Quanto ao sucesso de tetraciclinas no tratamento de periodontites, não foi identificado seu mecanismo de ação (ELIOPOULOS; ROBERTS, 2003). Na literatura há trabalhos que abordam a obtenção de microesferas de quitosana para liberação controlada de tetraciclina em nível gástrico, a fim de melhorar a terapia de doenças relacionadas à mucosa estomacal, como por exemplo, infecções ocasionadas pelo Helicobacter pylori. Maya et al. (MAYA; INDULEKHA et al., 2012) desenvolveram nanopartículas de tetraciclina encapsuladas com O-carboximetil quitosana para tratamento de infecções intracelulares de Staphylococcus aureus a fim de aumentar a concentração do fármaco no sítio de infecção. Como tetraciclina é um dos mais importantes antibióticos utilizados na agricultura, foram detectadas altas concentrações desse antibiótico em solos superficiais (KÜMMERER, 2001), assim como em recursos hídricos. Tem se destacado na literatura muitos trabalhos que visam o tratamento de águas contaminadas por fármacos, principalmente por antibióticos (XU; PAN et al., 2012). 2.5 CROMOGLICATO DE SÓDIO (DSCG) Cromoglicato de sódio, cromoglicato dissódico, sal dissódico de cromoglicato são sinônimos utilizados para o agente antialérgico cuja fórmula química é C23H14Na2O11 (CANTRELL, 2005). Com massa molar de 512 g mol-1 o cromoglicato de sódio é solúvel em água e praticamente insolúvel em álcool e clorofórmio (ALANI; ROBINSON, 2008). Apresenta em sua estrutura dois grupos carboxilatos (pKa = 2,0) e capacidade de formar ligações de hidrogênio (Figura 2.5). O cromoglicato de sódio foi introduzido pela primeira vez na prática clínica para a profilaxia da asma há quase 40 anos atrás, e provou ser um dos fármacos mais eficientes para o tratamento desta doença (ASPURU; ZATÓN, 1998). É também utilizado na profilaxia e tratamento dos sintomas da rinite e conjutivite vernal (CANTRELL, 2005). 34 Figura 2.5 – Estrutura química do cromoglicato de sódio Fonte: (SIMON; SEJWAL et al., 2006). Esta molécula pode formar cristais líquidos quando solvatado em água. Simon et al.(SIMON; SEJWAL et al., 2006) realizaram um estudo descrevendo um sistema de emulsão água em água , que não incluía moléculas anfifílicas, mas moléculas com grupos funcionais que são completamente solvatados em água. Esta emulsão água em água era constituída de gotículas dispersas do cristal liquido de DSCG em uma solução aquosa contendo específicas classes de polímeros solúveis em água. Algumas classes de polímeros não resultaram em uma emulsão estável. Quanto aos policátions, quando o DSCG foi misturado com polietilenoimina ocorreu a formação de um gel amarelo, e quando a mistura ocorreu entre o DSCG e o cloridrato de polialilamina foi gerada uma solução com precipitado. Assim, policátions parecem interromper a formação da mesofase por moléculas de DSCG. O resultado foi atribuído à reação química de formação de sal entre as duas cargas negativas do DSCG com as cargas positivas presentes nos policátions. Esta reação entre o DSCG e os policátions supera as interações moleculares entre as moléculas de DSCG que dão origem a mesofase. Estudos de biodisponibilidade humana de cromoglicato de sódio mostraram que ele é muito pouco absorvido a partir do trato gastrointestinal após administração oral, sendo apenas 1 % da dose administrada efetivamente absorvida. Pela administração intravenosa, o fármaco é rapidamente eliminado do plasma e tecidos, sendo acumulado somente no fígado e rins e depois excretado, cerca de metade na urina e a metade na bile. Sendo a administração tópica a mais efetiva, após a inalação 8 - 10 % penetra profundamente no pulmão e é absorvido pelo sangue(ASPURU; ZATÓN, 1998). Já faz algumas décadas que a cavidade nasal tem sido considerada como uma via de administração de fármacos para terapias tópicas, como descongestionantes nasais. A via nasal tem recebido especial atenção como rota promissora para liberação sistêmica 35 de fármacos (ILLUM, 2003) e apresenta uma série de vantagens. Seu epitélio com numerosas microvilosidades e grande área de superfície facilita a absorção de fármacos. A camada subepitelial altamente vascularizada e a membrana basal com endotélio poroso podem facilitar a permeação do fármaco. Essas características podem fazer com que o fármaco seja absorvido diretamente para circulação sistêmica, evitando metabolismo pré-sistêmico, atingindo rapidamente níveis plasmáticos terapêuticos. Todos esses fatores podem favorecer a redução da dose, a diminuição de efeitos adversos e a adesão ao tratamento. Comparando-se com outras vias, a via nasal tem representado um grande avanço na administração de fármacos como hormônio do crescimento e insulina (UGWOKE; AGU et al., 2005). Apesar de seu potencial, a via nasal possui mecanismos de depuração mucociliar, que é um mecanismo natural de defesa do organismo contra a deposição de impurezas na mucosa, mas que pode remover também a formulação. Com a utilização de moléculas mucoadesivas é possível reter a formulação no local de ação e direcionar o fármaco para um determinado local ou tecido (CARVALHO, 2009). Um sistema de liberação mucoadesivo, associando o cromoglicato de sódio com a quitosana, poderia promover um contato prolongado entre a formulação e os sítios de absorção da cavidade nasal, retardando a depuração mucociliar. 36 REFERÊNCIAS ADAMSON, A. W.; GAST, A. P. Physical chemistry of surfaces. New York: John Wiley & Sons, 1997. AGULLÓ, E.; RODRÍGUEZ, M. S.; RAMOS, V.; ALBERTENGO, L. Present and Future Role of Chitin and Chitosan in Food. Macromolecular Bioscience, v. 3, n. 10, p. 521-530, 2003. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1002/mabi.200300010> Acesso em: 10 nov. 2012. AHMAD, A. L.; SUMATHI, S.; HAMEED, B. H. Adsorption of residue oil from palm oil mill effluent using powder and flake chitosan: Equilibrium and kinetic studies. Water Research, v. 39, n. 12, p. 2483-2494, 2005. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0043135405001296> Acesso em: 9 nov. 2012. ALANI, A.; ROBINSON, J. Mechanistic Understanding of Oral Drug Absorption Enhancement of Cromolyn Sodium by an Amino Acid Derivative. Pharmaceutical Research, v. 25, n. 1, p. 48-54, 2008. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1007/s11095-007-9438-6> Acesso em: 31 out. 2012. ALOMÁ, I.; MARTÍN-LARA, M. A.; RODRÍGUEZ, I. L.; BLÁZQUEZ, G.; CALERO, M. Removal of nickel (II) ions from aqueous solutions by biosorption on sugarcane bagasse. Journal of the Taiwan Institute of Chemical Engineers, v. 43, n. 2, p. 275-281, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1876107011001453> Acesso em: 4 mar. 2013. ALY, A. A. M.; STRASSER, A.; VOGLER, A. Synthesis and spectroscopic properties of anhydrotetracyclineplatinum(II)dichloride. Inorganic Chemistry Communications, v. 5, n. 6, p. 411-413, 2002. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1387700302004276> Acesso em: 12 nov. 2012. ANGELOVA, N.; HUNKELER, D. Rationalizing the design of polymeric biomaterials. Trends in Biotechnology, v. 17, n. 10, p. 409-421, 1999. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0167779999013566> Acesso em: 7 nov. 2012. ANSEL, H. C. E. A. Farmacotécnica: Formas Farmacêuticas & Sistemas de Liberação de Fármacos. São Paulo: Editorial Premier, 2000. ASPURU, E. O.; ZATÓN, A. M. L. Binding of disodium cromoglycate to human serum albumin. Spectrochimica Acta Part A: Molecular and Biomolecular Spectroscopy, v. 54, n. 7, p. 983-988, 1998. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1386142598000560> Acesso em: 31 out. 2012. 37 ASSIS, O. B. G.; ALVES, H. C. Metodologia mínima para a produção de filmes comestíveis de quitosana e avaliação preliminar de seu uso como revestimento protetor em maçãs cortadas. Revista Biotecnologia de Ciência e Desenvolvimento, v. 4, n. 30, p. 33-38, 2003. AULTON, M. E. Delineamento de Formas Farmacêuticas. Porto Alegre: Artmed, 2005. BERGER, J.; REIST, M.; MAYER, J. M.; FELT, O.; GURNY, R. Structure and interactions in chitosan hydrogels formed by complexation or aggregation for biomedical applications. European Journal of Pharmaceutics and Biopharmaceutics, v. 57, n. 1, p. 35-52, 2004. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0939641103001607> Acesso em: 11 nov. 2012. BERGER, J.; REIST, M.; MAYER, J. M.; FELT, O.; PEPPAS, N. A.; GURNY, R. Structure and interactions in covalently and ionically crosslinked chitosan hydrogels for biomedical applications. European Journal of Pharmaceutics and Biopharmaceutics, v. 57, n. 1, p. 19-34, 2004. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0939641103001619> Acesso em: 11 nov. 2012. BRIDELLI, M. G.; CIATI, A.; CRIPPA, P. R. Binding of chemicals to melanins reexamined: Adsorption of some drugs to the surface of melanin particles. Biophysical Chemistry, v. 119, n. 2, p. 137-145, 2006. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301462205001298> Acesso em: 9 nov. 2012. BRUGNEROTTO, J.; LIZARDI, J.; GOYCOOLEA, F. M.; ARGÜELLES-MONAL, W.; DESBRIÈRES, J.; RINAUDO, M. An infrared investigation in relation with chitin and chitosan characterization. Polymer, v. 42, n. 8, p. 3569-3580, 2001. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0032386100007138> Acesso em: 10 nov. 2012. CANTRELL, F. L., Cromolyn.Encyclopedia of Toxicology (Second Edition). New York: Elsevier, 2005. CARONI, A. L. P. F. Estudos de adsorção de tetraciclina em partículas de quitosana. 2009. 143 f. Tese (Doutorado em Química) - Programa de Pós-graduação em Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2009. CARONI, A. L. P. F.; LIMA, C. R. M.; PEREIRA, M. R.; FONSECA, J. L. C. The kinetics of adsorption of tetracycline on chitosan particles. Journal of Colloid and Interface Science, v. 340, n. 2, p. 182-191, 2009. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0021979709010625> Acesso em: 7 nov. 2012. CARRARA, C.; PTACEK, C. J.; ROBERTSON, W. D.; BLOWES, D. W.; MONCUR, M. C.; SVERKO, E.; BACKUS, S. Fate of Pharmaceutical and Trace Organic Compounds in Three Septic System Plumes, Ontario, Canada. Environmental Science 38 & Technology, v. 42, n. 8, p. 2805-2811, 2008. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1021/es070344q> Acesso em: 7 nov. 2012. CARVALHO, F. C. Desenvolvimento e caracterização de sistemas nanoestruturados para potencial administração nasal de Zidovudina. 2009. 176 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", São Paulo, 2009. CHANDY, T.; SHARMA, C. P. Chitosan-as a Biomaterial. Artificial Cells, Blood Substitutes and Biotechnology, v. 18, n. 1, p. 1-24, 1990. Disponível em: <http://informahealthcare.com/doi/abs/10.3109/10731199009117286> Acesso em: 9 nov. 2012. CHATTERJEE, S.; CHATTERJEE, S.; CHATTERJEE, B. P.; DAS, A. R.; GUHA, A. K. Adsorption of a model anionic dye, eosin Y, from aqueous solution by chitosan hydrobeads. Journal of Colloid and Interface Science, v. 288, n. 1, p. 30-35, 2005. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0021979705002006> Acesso em: 21 nov. 2012. CHATTERJEE, S.; CHATTERJEE, S.; CHATTERJEE, B. P.; GUHA, A. K. Clarification of fruit juice with chitosan. Process Biochemistry, v. 39, n. 12, p. 22292232, 2004. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0032959203004485> Acesso em: 11 nov. 2012. CHAVES, J. A. P. Adsorção de corantes têxteis sobre quitosana: Condições, modelagem e otimização. 2009. 120 f. Tese (Doutorado em Química) - Programade Pós-graduação em Química, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, 2009. CHIOU, C. T. Partition and adsorption of organic contaminants in environmental systems. Hoboken: John Wiley & Sons, 2002. CHOPRA, I.; ROBERTS, M. Tetracycline Antibiotics: Mode of action, Applications, Molecular Biology and Epidemiology of Bacterial Resistance. Microbiol. Mol. Biol. Rev., v. 65, n. 2, p. 232-260, 2001. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC99026/> Acesso em: 12 nov. 2012. CRINI, G.; BADOT, P.-M. Application of chitosan, a natural aminopolysaccharide, for dye removal from aqueous solutions by adsorption processes using batch studies: A review of recent literature. Progress in Polymer Science, v. 33, n. 4, p. 399-447, 2008. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0079670007001293> Acesso em: 30 out. 2012. DĄBROWSKI, A. Adsorption - from theory to practice. Advances in Colloid and Interface Science, v. 93, n. 1-3, p. 135-224, 2001. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0001868600000828> Acesso em: 02 nov. 2012. 39 DAI, C.-M.; ZHANG, J.; ZHANG, Y.-L.; ZHOU, X.-F.; DUAN, Y.-P.; LIU, S.-G. Selective removal of acidic pharmaceuticals from contaminated lake water using multitemplates molecularly imprinted polymer. Chemical Engineering Journal, v. 211-212, n. 0, p. 302-309, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1385894712012818> Acesso em: 7 nov. 2012. DASH, M.; CHIELLINI, F.; OTTENBRITE, R. M.; CHIELLINI, E. Chitosan - A versatile semi-synthetic polymer in biomedical applications. Progress in Polymer Science, v. 36, n. 8, p. 981-1014, 2011. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S007967001100027X> Acesso em: 30 out. 2012. DAVIS, S. S. Delivery of peptide and non-peptide drugs through the respiratory tract. Pharmaceutical Science & Technology Today, v. 2, n. 11, p. 450-456, 1999. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1461534799001996> Acesso em: 11 nov. 2012. DE LIMA, A. C. A.; NASCIMENTO, R. F.; DE SOUSA, F. F.; FILHO, J. M.; OLIVEIRA, A. C. Modified coconut shell fibers: A green and economical sorbent for the removal of anions from aqueous solutions. Chemical Engineering Journal, v. 185186, n. 0, p. 274-284, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S138589471200040X> Acesso em: 4 mar. 2013. DODANE, V.; VILIVALAM, V. D. Pharmaceutical applications of chitosan. Pharmaceutical Science & Technology Today, v. 1, n. 6, p. 246-253, 1998. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1461534798000595> Acesso em: 9 nov. 2012. DOTTO, G. L.; VIEIRA, M. L. G.; GONÇALVES, J. O.; PINTO, L. A. D. A. Remoção dos corantes azul brilhante, amarelo crepúsculo e amarelo tartrazina de soluções aquosas utilizando carvão ativado, terra ativada, terra diatomácea, quitina e quitosana: estudos de equilíbrio e termodinâmica. Química Nova, v. 34, n. 7, p. 1193-1199, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010040422011000700017&nrm=iso> Acesso em: 30 out. 2012. ELIOPOULOS, G. M.; ROBERTS, M. C. Tetracycline Therapy: Update. Clinical Infectious Diseases, v. 36, n. 4, p. 462-467, 2003. Disponível em: <http://cid.oxfordjournals.org/content/36/4/462.abstract> Acesso em: 12 nov. 2012. FELT, O.; FURRER, P.; MAYER, J. M.; PLAZONNET, B.; BURI, P.; GURNY, R. Topical use of chitosan in ophthalmology: tolerance assessment and evaluation of precorneal retention. International Journal of Pharmaceutics, v. 180, n. 2, p. 185193, 1999. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378517399000034> Acesso em: 11 nov. 2012. 40 FIEBRIG, I.; HARDING, S.; DAVIS, S.; LECHNER, M., Sedimentation analysis of potential interactions between mucins and a putative bioadhesive polymer.Progress in Colloid and Polymer Science. Springer Berlin - Heidelberg, 1994. v.94. FLORENCE, A. T.; ATTWOOD, D. Princípios Físico-Químicos em Farmácia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003. FLORES, A. V.; RIBEIRO, J. N.; NEVES, A. A.; QUEIROZ, E. L. R. D. Organoclorados: um problema de saúde pública. Ambiente & Sociedade, v. 7, n., p. 111-124, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414753X2004000200007&nrm=iso> Acesso em: 7 nov. 2012. FOURNIER, E.; PASSIRANI, C.; MONTERO-MENEI, C. N.; BENOIT, J. P. Biocompatibility of implantable synthetic polymeric drug carriers: focus on brain biocompatibility. Biomaterials, v. 24, n. 19, p. 3311-3331, 2003. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0142961203001613> Acesso em: 7 nov. 2012. GHAEE, A.; SHARIATY-NIASSAR, M.; BARZIN, J.; ZARGHAN, A. Adsorption of copper and nickel ions on macroporous chitosan membrane: Equilibrium study. Applied Surface Science, v. 258, n. 19, p. 7732-7743, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169433212007854> Acesso em: 30 out. 2012. GIL, E. S.; MATHIAS, R. O. Classificação e Riscos Associados aos Resíduos Químico - Farmacêuticos Revista Eletrônica de Farmácia, v. 2, n. 2, p., 2005. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/REF/article/view/1953/1886> Acesso em: 7 nov. 2012. GU, C.; KARTHIKEYAN, K. G.; SIBLEY, S. D.; PEDERSEN, J. A. Complexation of the antibiotic tetracycline with humic acid. Chemosphere, v. 66, n. 8, p. 1494-1501, 2007. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0045653506011568> Acesso em: 12 nov. 2012. GUIBAL, E. Interactions of metal ions with chitosan-based sorbents: a review. Separation and Purification Technology, v. 38, n. 1, p. 43-74, 2004. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1383586603002648> Acesso em: 8 nov. 2012. GUIBAL, E.; ROUSSY, J. Coagulation and flocculation of dye-containing solutions using a biopolymer (Chitosan). Reactive and Functional Polymers, v. 67, n. 1, p. 3342, 2007. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1381514806001659> Acesso em: 11 nov. 2012. GUINESI, L. S.; CAVALHEIRO, É. T. G. The use of DSC curves to determine the acetylation degree of chitin/chitosan samples. Thermochimica Acta, v. 444, n. 2, p. 41 128-133, 2006. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0040603106001638> Acesso em: 10 nov. 2012. GUPTA, K. C.; JABRAIL, F. H. Effects of degree of deacetylation and cross-linking on physical characteristics, swelling and release behavior of chitosan microspheres. Carbohydrate Polymers, v. 66, n. 1, p. 43-54, 2006. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0144861706000981> Acesso em: 10 nov. 2012. HAN, J.; QIU, W.; MENG, S.; GAO, W. Removal of ethinylestradiol (EE2) from water via adsorption on aliphatic polyamides. Water Research, v. 46, n. 17, p. 5715-5724, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S004313541200557X> Acesso em: 7 nov. 2012. HASAN, M.; AHMAD, A. L.; HAMEED, B. H. Adsorption of reactive dye onto crosslinked chitosan/oil palm ash composite beads. Chemical Engineering Journal, v. 136, n. 2-3, p. 164-172, 2008. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1385894707001878> Acesso em: 8 nov. 2012. HEJAZI, R.; AMIJI, M. Chitosan-based gastrointestinal delivery systems. Journal of Controlled Release, v. 89, n. 2, p. 151-165, 2003. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0168365903001263> Acesso em: 30 out. 2012. HIRANO, S.; TSUCHIDA, H.; NAGAO, N. N-acetylation in chitosan and the rate of its enzymic hydrolysis. Biomaterials, v. 10, n. 8, p. 574-576, 1989. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0142961289900665> Acesso em: 11 nov. 2012. HO, Y.-S. Comments on "Chitosan functionalized with 2[-bis-(pyridylmethyl) aminomethyl]4-methyl-6-formyl-phenol: equilibrium and kinetics of copper (II) adsorption". Polymer, v. 46, n. 5, p. 1451-1452, 2005. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0032386104012650> Acesso em: 9 nov. 2012. HO, Y. S.; MCKAY, G. Sorption of dye from aqueous solution by peat. Chemical Engineering Journal, v. 70, n. 2, p. 115-124, 1998. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0923046798000761> Acesso em: 9 nov. 2012. HO, Y. S.; MCKAY, G. Pseudo-second order model for sorption processes. Process Biochemistry, v. 34, n. 5, p. 451-465, 1999. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0032959298001125> Acesso em: 9 nov. 2012. HO, Y. S.; MCKAY, G. The sorption of lead(II) ions on peat. Water Research, v. 33, n. 2, p. 578-584, 1999. Disponível em: 42 <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0043135498002073> Acesso em: 9 nov. 2012. HO, Y. S.; MCKAY, G. Correlative biosorption equilibria model for a binary batch system. Chemical Engineering Science, v. 55, n. 4, p. 817-825, 2000. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0009250999003723> Acesso em: 8 nov. 2012. HO, Y. S.; WASE, D. A. J.; FORSTER, C. F. Kinetic studies of competitive heavy metal adsorption by sphagnum moss peat. Environmental Technology, v. 17, n. 1, p. 71-77, 1996. Disponível em: <http://www.scopus.com/inward/record.url?eid=2-s2.00030056327&partnerID=40&md5=7001536aed6e126b1b3bad870ab04d41> Acesso em: 9 nov. 2012. HOPPER, A. V. Recent Developments in Polymer Research. New York: Nova Science, 2007. ILLUM, L. Chitosan and Its Use as a Pharmaceutical Excipient. Pharmaceutical Research, v. 15, n. 9, p. 1326-1331, 1998. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1023/A:1011929016601> Acesso em: 10 nov. 2012. ILLUM, L. Nasal drug delivery - possibilities, problems and solutions. Journal of Controlled Release, v. 87, n. 1-3, p. 187-198, 2003. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0168365902003632> Acesso em: 12 nov. 2012. IMERI, A. G.; KNORR, D. Effects of Chitosan on Yield and Compositional Data of Carrot and Apple Juice. Journal of Food Science, v. 53, n. 6, p. 1707-1709, 1988. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2621.1988.tb07821.x> Acesso em: 11 nov. 2012. JIANG, X.; CHEN, L.; ZHONG, W. A new linear potentiometric titration method for the determination of deacetylation degree of chitosan. Carbohydrate Polymers, v. 54, n. 4, p. 457-463, 2003. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0144861703002522> Acesso em: 10 nov. 2012. JUNGINGER, H. E.; VERHOEF, J. C. Macromolecules as safe penetration enhancers for hydrophilic drugs - a fiction? Pharmaceutical Science & Technology Today, v. 1, n. 9, p. 370-376, 1998. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S146153479800100X> Acesso em: 11 nov. 2012. KANG, J.; LIU, H.; ZHENG, Y.-M.; QU, J.; CHEN, J. P. Systematic study of synergistic and antagonistic effects on adsorption of tetracycline and copper onto a chitosan. Journal of Colloid and Interface Science, v. 344, n. 1, p. 117-125, 2010. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0021979709015136> Acesso em: 30 out. 2012. 43 KAŞ, H. S. Chitosan: Properties, preparations and application to microparticulate systems. Journal of Microencapsulation, v. 14, n. 6, p. 689-711, 1997. Disponível em: <http://informahealthcare.com/doi/abs/10.3109/02652049709006820> Acesso em: 10 nov. 2012. KASAAI, M. R.; ARUL, J.; CHARLET, G. Intrinsic viscosity–molecular weight relationship for chitosan. Journal of Polymer Science Part B: Polymer Physics, v. 38, n. 19, p. 2591-2598, 2000. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1002/10990488(20001001)38:19<2591::AID-POLB110>3.0.CO;2-6> Acesso em: 10 nov. 2012. KHOR, E.; LIM, L. Y. Implantable applications of chitin and chitosan. Biomaterials, v. 24, n. 13, p. 2339-2349, 2003. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0142961203000267> Acesso em: 10 nov. 2012. KHRAISHEH, M. A. M.; AL-DEGS, Y. S.; ALLEN, S. J.; AHMAD, M. N. Elucidation of Controlling Steps of Reactive Dye Adsorption on Activated Carbon. Industrial & Engineering Chemistry Research, v. 41, n. 6, p. 1651-1657, 2002. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1021/ie000942c> Acesso em: 9 nov. 2012. KIM, C.-J. Advanced Pharmaceutics: Physicochemical Principles. Boca Raton: CRC Press, 2004. KIM, I.-Y.; SEO, S.-J.; MOON, H.-S.; YOO, M.-K.; PARK, I.-Y.; KIM, B.-C.; CHO, C.-S. Chitosan and its derivatives for tissue engineering applications. Biotechnology Advances, v. 26, n. 1, p. 1-21, 2008. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0734975007000948> Acesso em: 7 nov. 2012. KIM, J.-H.Advanced pharmaceutics: Physicochemical principles. Boca Raton: CRC Press, 2004. KRISHNAMURTHY, N.; VALLINAYAGAN, P.; MADHAVAN, D. Engineering Chemistry. New Delhi: PHI Learning Private Limited, 2008. KUBOTA, N.; TATSUMOTO, N.; SANO, T.; TOYA, K. A simple preparation of half N-acetylated chitosan highly soluble in water and aqueous organic solvents. Carbohydrate Research, v. 324, n. 4, p. 268-274, 2000. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0008621599002633> Acesso em: 10 nov. 2012. KUMAR, M. N. V. R. Chitin and chitosan fibres: A review. Bulletin of Materials Science, v. 22, n. 5, p. 905-915, 1999. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1007/BF02745552> Acesso em: 11 nov. 2012. KUMAR, M. N. V. R. A review of chitin and chitosan applications. Reactive and Functional Polymers, v. 46, n. 1, p. 1-27, 2000. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1381514800000389> Acesso em: 10 nov. 2012. 44 KUMAR, M. N. V. R.; MUZZARELLI, R. A. A.; MUZZARELLI, C.; SASHIWA, H.; DOMB, A. J. Chitosan Chemistry and Pharmaceutical Perspectives. Chemical Reviews, v. 104, n. 12, p. 6017-6084, 2004. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1021/cr030441b> Acesso em: 9 nov. 2012. KÜMMERER, K. Drugs in the environment: emission of drugs, diagnostic aids and disinfectants into wastewater by hospitals in relation to other sources - a review. Chemosphere, v. 45, n. 6-7, p. 957-969, 2001. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0045653501001448> Acesso em: 30 out. 2012. KÜMMERER, K. Antibiotics in the aquatic environment - A review - Part I. Chemosphere, v. 75, n. 4, p. 417-434, 2009. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0045653508015105> Acesso em: 12 nov. 2012. KÜMMERER, K. Antibiotics in the aquatic environment - A review - Part II. Chemosphere, v. 75, n. 4, p. 435-441, 2009. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0045653508015099> Acesso em: 12 nov. 2012. LEHR, C.-M.; BOUWSTRA, J. A.; SCHACHT, E. H.; JUNGINGER, H. E. In vitro evaluation of mucoadhesive properties of chitosan and some other natural polymers. International Journal of Pharmaceutics, v. 78, n. 1-3, p. 43-48, 1992. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0378517392903534> Acesso em: 11 nov. 2012. LIANG, Z. P.; FENG, Y. Q.; MENG, S. X.; LIANG, Z. Y. Equilibrium and kinetic modeling of adsorption of urea nitrogen onto chitosan coated dialdehyde cellulose. Process Biochemistry, v. 40, n. 10, p. 3218-3224, 2005. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1359511305001728> Acesso em: 8 nov. 2012. LIMOUSIN, G.; GAUDET, J. P.; CHARLET, L.; SZENKNECT, S.; BARTHÈS, V.; KRIMISSA, M. Sorption isotherms: A review on physical bases, modeling and measurement. Applied Geochemistry, v. 22, n. 2, p. 249-275, 2007. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0883292706002629> Acesso em: 8 nov. 2012. LIU, C.; NGO, H. H.; GUO, W.; TUNG, K.-L. Optimal conditions for preparation of banana peels, sugarcane bagasse and watermelon rind in removing copper from water. Bioresource Technology, v. 119, n. 0, p. 349-354, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0960852412009078> Acesso em: 4 mar. 2013. LIU, D.; WEI, Y.; YAO, P.; JIANG, L. Determination of the degree of acetylation of chitosan by UV spectrophotometry using dual standards. Carbohydrate Research, v. 341, n. 6, p. 782-785, 2006. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0008621506000127> Acesso em: 10 nov. 2012. 45 LIU, W. G.; YAO, K. D. Chitosan and its derivatives - a promising non-viral vector for gene transfection. Journal of Controlled Release, v. 83, n. 1, p. 1-11, 2002. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S016836590200144X> Acesso em: 30 out. 2012. LOPES, C. M.; LOBO, J. M. S.; COSTA, P. Formas farmacêuticas de liberação modificada: polímeros hidrifílicos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 41, n., p. 143-154, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151693322005000200003& nrm=iso> Acesso em: 7 nov. 2012. LUBBEN, I. M. V. D.; VERHOEF, J. C.; BORCHARD, G.; JUNGINGER, H. E. Chitosan and its derivatives in mucosal drug and vaccine delivery. European Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 14, n. 3, p. 201-207, 2001. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0928098701001725> Acesso em: 10 nov. 2012. LUGO-LUGO, V.; BARRERA-DÍAZ, C.; UREÑA-NÚÑEZ, F.; BILYEU, B.; LINARES-HERNÁNDEZ, I. Biosorption of Cr(III) and Fe(III) in single and binary systems onto pretreated orange peel. Journal of Environmental Management, v. 112, n. 0, p. 120-127, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301479712003702> Acesso em: 4 mar. 2013. MAHMOODI, N. M.; SALEHI, R.; ARAMI, M.; BAHRAMI, H. Dye removal from colored textile wastewater using chitosan in binary systems. Desalination, v. 267, n. 1, p. 64-72, 2011. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0011916410006569> Acesso em: 30 out. 2012. MARQUES, J. S. Uso do pó da palha de carnaúba em compósitos de quitosana. 2012. 74 f. Dissertação (Mestrado em Química) - Programa de Pós-graduação em Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2012. MARTINO, A. D.; SITTINGER, M.; RISBUD, M. V. Chitosan: A versatile biopolymer for orthopaedic tissue-engineering. Biomaterials, v. 26, n. 30, p. 5983-5990, 2005. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0142961205002309> Acesso em: 11 nov. 2012. MAYA, S.; INDULEKHA, S.; SUKHITHASRI, V.; SMITHA, K. T.; NAIR, S. V.; JAYAKUMAR, R.; BISWAS, R. Efficacy of tetracycline encapsulated Ocarboxymethyl chitosan nanoparticles against intracellular infections of Staphylococcus aureus. International Journal of Biological Macromolecules, v. 51, n. 4, p. 392-399, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0141813012002255> Acesso em: 12 nov. 2012. 46 MORAIS, W. A. Estudos de sorção de um corante aniônico modelo em partículas de quitosana reticulada. 2007. 107 f. Dissertação (Mestrado em Química) - Programa de Pós-graduação em Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2007. MORAIS, W. A.; DE ALMEIDA, A. L. P.; PEREIRA, M. R.; FONSECA, J. L. C. Equilibrium and kinetic analysis of methyl orange sorption on chitosan spheres. Carbohydrate Research, v. 343, n. 14, p. 2489-2493, 2008. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S000862150800342X> Acesso em: 9 nov. 2012. MORAIS, W. A.; FERNANDES, A. L. P.; DANTAS, T. N. C.; PEREIRA, M. R.; FONSECA, J. L. C. Sorption studies of a model anionic dye on crosslinked chitosan. Colloids and Surfaces A: Physicochemical and Engineering Aspects, v. 310, n. 1-3, p. 20-31, 2007. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0927775707005821> Acesso em: 9 nov. 2012. MUZZARELLI, C.; TOSI, G.; FRANCESCANGELI, O.; MUZZARELLI, R. A. A. Alkaline chitosan solutions. Carbohydrate Research, v. 338, n. 21, p. 2247-2255, 2003. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0008621503003732> Acesso em: 10 nov. 2012. MUZZARELLI, R.; MUZZARELLI, C.; HEINZE, T., Chitosan Chemistry: Relevance to the Biomedical Sciences Polysaccharides I.Advances in Polymer Science. Springer Berlin - Heidelberg, 2005. v.186. MUZZARELLI, R. A. A. E. A. Chitin in Nature and Technology. New York: Plenum Press, 1986. NAMASIVAYAM, C.; DINESH KUMAR, M.; SELVI, K.; ASHRUFFUNISSA BEGUM, R.; VANATHI, T.; YAMUNA, R. T. 'Waste' coir pith - a potential biomass for the treatment of dyeing wastewaters. Biomass and Bioenergy, v. 21, n. 6, p. 477483, 2001. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0961953401000526> Acesso em: 7 nov. 2012. NGAH, W. S. W.; FATINATHAN, S. Chitosan flakes and chitosan - GLA beads for adsorption of p-nitrophenol in aqueous solution. Colloids and Surfaces A: Physicochemical and Engineering Aspects, v. 277, n. 1-3, p. 214-222, 2006. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0927775705009106> Acesso em: 8 nov. 2012. OKAMOTO, Y.; YANO, R.; MIYATAKE, K.; TOMOHIRO, I.; SHIGEMASA, Y.; MINAMI, S. Effects of chitin and chitosan on blood coagulation. Carbohydrate Polymers, v. 53, n. 3, p. 337-342, 2003. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0144861703000766> Acesso em: 11 nov. 2012. 47 OLIVEIRA, A. G. D.; SCARPA, M. V.; CORREA, M. A.; CERA, L. F. R.; FORMARIZ, T. P. Microemulsões: estrutura e aplicações como sistema de liberação de fármacos. Química Nova, v. 27, n., p. 131-138, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010040422004000100023&nrm=iso> Acesso em: 03 jan. 2013. OTERO, M.; GRANDE, C. A.; RODRIGUES, A. E. Adsorption of salicylic acid onto polymeric adsorbents and activated charcoal. Reactive and Functional Polymers, v. 60, n. 0, p. 203-213, 2004. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S138151480400080X> Acesso em: 7 nov. 2012. PAROLO, M. E.; SAVINI, M. C.; VALLÉS, J. M.; BASCHINI, M. T.; AVENA, M. J. Tetracycline adsorption on montmorillonite: pH and ionic strength effects. Applied Clay Science, v. 40, n. 1-4, p. 179-186, 2007. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169131707001469> Acesso em: 12 nov. 2012. PATASHNK, S.; RABINOVICH, L.; GOLOMB, G. Preparation and Evaluation of Chitosan Microspheres Containing Bisphosphonates. Journal of Drug Targeting, v. 4, n. 6, p. 371-380, 1997. Disponível em: <http://informahealthcare.com/doi/abs/10.3109/10611869709017894> Acesso em: 11 nov. 2012. PAUL, W.; SHARMA, C. P. Chitosan, a drug carrier for the 21st century: A review. S.T.P. Pharma Sciences, v. 10, n. 1, p. 5-22, 2000. Disponível em: <http://www.scopus.com/inward/record.url?eid=2-s2.00034005095&partnerID=40&md5=a0b1a9fc97464a9a8945ea6e4e81f07a> Acesso em: 9 nov. 2012. PEREIRA-MAIA, E. C.; SILVA, P. P.; ALMEIDA, W. B. D.; SANTOS, H. F. D.; MARCIAL, B. L.; RUGGIERO, R.; GUERRA, W. Tetraciclinas e glicilciclinas: uma visão geral. Química Nova, v. 33, n. 3, p. 700-706, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010040422010000300038& nrm=iso> Acesso em: 12 nov. 2012. POLNOK, A.; BORCHARD, G.; VERHOEF, J. C.; SARISUTA, N.; JUNGINGER, H. E. Influence of methylation process on the degree of quaternization of N-trimethyl chitosan chloride. European Journal of Pharmaceutics and Biopharmaceutics, v. 57, n. 1, p. 77-83, 2004. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0939641103001516> Acesso em: 10 nov. 2012. PONCHEL, G.; IRACHE, J.-M. Specific and non-specific bioadhesive particulate systems for oral delivery to the gastrointestinal tract. Advanced Drug Delivery Reviews, v. 34, n. 2-3, p. 191-219, 1998. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169409X98000404> Acesso em: 11 nov. 2012. 48 PRASHANTH, K. V. H.; KITTUR, F. S.; THARANATHAN, R. N. Solid state structure of chitosan prepared under different N-deacetylating conditions. Carbohydrate Polymers, v. 50, n. 1, p. 27-33, 2002. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S014486170100371X> Acesso em: 10 nov. 2012. RADJENOVIĆ, J.; PETROVIĆ, M.; BARCELÓ, D. Advanced mass spectrometric methods applied to the study of fate and removal of pharmaceuticals in wastewater treatment. TrAC Trends in Analytical Chemistry, v. 26, n. 11, p. 1132-1144, 2007. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165993607002178> Acesso em: 7 nov.2012. REDLICH, O.; PETERSON, D. L. A Useful Adsorption Isotherm. The Journal of Physical Chemistry, v. 63, n. 6, p. 1024-1024, 1959. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1021/j150576a611> Acesso em: 8 nov. 2012. REIAD, N. A.; SALAM, O. E. A.; ABADIR, E. F.; HARRAZ, F. A. Adsorptive removal of iron and manganese ions from aqueous solutions with microporous chitosan/polyethylene glycol blend membrane. Journal of Environmental Sciences, v. 24, n. 8, p. 1425-1432, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1001074211609546> Acesso em: 11 nov. 2012. RENAULT, F.; SANCEY, B.; BADOT, P. M.; CRINI, G. Chitosan for coagulation/flocculation processes – An eco-friendly approach. European Polymer Journal, v. 45, n. 5, p. 1337-1348, 2009. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0014305708007222> Acesso em: 11 nov. 2012. RINAUDO, M.; PAVLOV, G.; DESBRIÈRES, J. Influence of acetic acid concentration on the solubilization of chitosan. Polymer, v. 40, n. 25, p. 7029-7032, 1999. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0032386199000567> Acesso em: 30 out. 2012. ROBERTS, G. A. F. Chitin Chemistry. London: The MacMillan Press, 1992. ROUQUEROL, F.; ROUQUEROL, J.; SING, K. Adsorption by Powders and Porous Solids. London: Academic Press, 1999. ROUSE, J. J.; WHATELEY, T. L.; THOMAS, M.; ECCLESTON, G. M. Controlled drug delivery to the lung: Influence of hyaluronic acid solution conformation on its adsorption to hydrophobic drug particles. International Journal of Pharmaceutics, v. 330, n. 1-2, p. 175-182, 2007. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378517306010398> Acesso em: 7 nov. 2012. RUDZINSKI, W.; PLAZINSKI, W. Theoretical description of the kinetics of solute adsorption at heterogeneous solid/solution interfaces: On the possibility of distinguishing between the diffusional and the surface reaction kinetics models. 49 Applied Surface Science, v. 253, n. 13, p. 5827-5840, 2007. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169433206015856> Acesso em: 7 nov. 2012. RUDZINSKI, W.; PLAZINSKI, W. Kinetics of Solute Adsorption at Solid/Solution Interfaces: On the Special Features of the Initial Adsorption Kinetics. Langmuir, v. 24, n. 13, p. 6738-6744, 2008. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1021/la800743a> Acesso em: 9 nov. 2012. SABNIS, S.; BLOCK, L. H. Chitosan as an enabling excipient for drug delivery systems: I. Molecular modifications. International Journal of Biological Macromolecules, v. 27, n. 3, p. 181-186, 2000. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0141813000001185> Acesso em: 10 nov. 2012. SANTOS, Z. M.; CARONI, A. L. P. F.; PEREIRA, M. R.; DA SILVA, D. R.; FONSECA, J. L. C. Determination of deacetylation degree of chitosan: a comparison between conductometric titration and CHN elemental analysis. Carbohydrate Research, v. 344, n. 18, p. 2591-2595, 2009. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0008621509004078> Acesso em: 7 nov. 2012. SAPADIN, A. N.; FLEISCHMAJER, R. Tetracyclines: Nonantibiotic properties and their clinical implications. Journal of the American Academy of Dermatology, v. 54, n. 2, p. 258-265, 2006. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0190962205032317> Acesso em: 12 nov. 2012. SARMAH, A. K.; MEYER, M. T.; BOXALL, A. B. A. A global perspective on the use, sales, exposure pathways, occurrence, fate and effects of veterinary antibiotics (VAs) in the environment. Chemosphere, v. 65, n. 5, p. 725-759, 2006. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0045653506003213> Acesso em: 12 nov. 2012. SCHATZ, C.; VITON, C.; DELAIR, T.; PICHOT, C.; DOMARD, A. Typical Physicochemical Behaviors of Chitosan in Aqueous Solution. Biomacromolecules, v. 4, n. 3, p. 641-648, 2003. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1021/bm025724c> Acesso em: 10 nov. 2012. SCHIPPER, N. G. M.; OLSSON, S.; HOOGSTRAATE, J. A.; DEBOER, A. G.; VÅRUM, K. M.; ARTURSSON, P. Chitosans as Absorption Enhancers for Poorly Absorbable Drugs 2: Mechanism of Absorption Enhancement. Pharmaceutical Research, v. 14, n. 7, p. 923-929, 1997. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1023/A:1012160102740> Acesso em: 11 nov. 2012. ŞENEL, S.; MCCLURE, S. J. Potential applications of chitosan in veterinary medicine. Advanced Drug Delivery Reviews, v. 56, n. 10, p. 1467-1480, 2004. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169409X04000705> Acesso em: 30 out. 2012. 50 SEOL, Y.-J.; LEE, J.-Y.; PARK, Y.-J.; LEE, Y.-M.; KU, Y.; RHYU, I.-C.; LEE, S.-J.; HAN, S.-B.; CHUNG, C.-P. Chitosan sponges as tissue engineering scaffolds for bone formation. Biotechnology Letters, v. 26, n. 13, p. 1037-1041, 2004. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1023/B:BILE.0000032962.79531.fd> Acesso em: 11 nov. 2012. SILVA, H. S. R. C.; SANTOS, K. S. C. R. D.; FERREIRA, E. I. Quitosana: derivados hidrossolúveis, aplicações farmacêuticas e avanços. Química Nova, v. 29, n., p. 776785, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010040422006000400026&nrm=iso> Acesso em: 10 nov. 2012. SIMON, K. A.; SEJWAL, P.; GERECHT, R. B.; LUK, Y.-Y. Water-in-Water Emulsions Stabilized by Non-Amphiphilic Interactions: Polymer-Dispersed Lyotropic Liquid Crystals. Langmuir, v. 23, n. 3, p. 1453-1458, 2006. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1021/la062203s> Acesso em: 12 nov. 2012. SINHA, V. R.; SINGLA, A. K.; WADHAWAN, S.; KAUSHIK, R.; KUMRIA, R.; BANSAL, K.; DHAWAN, S. Chitosan microspheres as a potential carrier for drugs. International Journal of Pharmaceutics, v. 274, n. 1-2, p. 1-33, 2004. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378517304000225> Acesso em: 10 nov. 2012. SINKO, P. J. Martin: Físico-Farmácia e Ciências Farmacêuticas. Porto Alegre: Artmed, 2008. SKAJÅK-BRǼK, G.; ANTHONSEN, T.; SANDFORD, P. Chitin and Chitosan: Sources, Chemistry, Biochemistry, Physical Properties and Applications. New York: Elsevier, 1988. SOMASUNDARAN, P., Encyclopedia of Surface and Colloid Science.Adsorption of drugs. Boca Raton: CRC Press, 2006. SONG, W.; COOPER, W. J.; MEZYK, S. P.; GREAVES, J.; PEAKE, B. M. Free Radical Destruction of β-Blockers in Aqueous Solution. Environmental Science & Technology, v. 42, n. 4, p. 1256-1261, 2008. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1021/es702245n> Acesso em: 7 nov. 2012. SOUSA, F. W.; SOUSA, M. J.; OLIVEIRA, I. R. N.; OLIVEIRA, A. G.; CAVALCANTE, R. M.; FECHINE, P. B. A.; NETO, V. O. S.; DE KEUKELEIRE, D.; NASCIMENTO, R. F. Evaluation of a low-cost adsorbent for removal of toxic metal ions from wastewater of an electroplating factory. Journal of Environmental Management, v. 90, n. 11, p. 3340-3344, 2009. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301479709001662> Acesso em: 4 mar. 2013. STUMPF, M.; TERNES, T. A.; WILKEN, R.-D.; SILVANA VIANNA, R.; BAUMANN, W. Polar drug residues in sewage and natural waters in the state of Rio de Janeiro, Brazil. Science of The Total Environment, v. 225, n. 1-2, p. 135-141, 1999. Disponível em: 51 <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048969798003398> Acesso em: 7 nov. 2012. SUH, J. K. F.; MATTHEW, H. W. T. Application of chitosan-based polysaccharide biomaterials in cartilage tissue engineering: a review. Biomaterials, v. 21, n. 24, p. 2589-2598, 2000. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0142961200001265> Acesso em: 30 out. 2012. SYNOWIECKI, J. Z.; AL-KHATEEB, N. A. Production, Properties, and Some New Applications of Chitin and Its Derivatives. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, v. 43, n. 2, p. 145-171, 2003. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1080/10408690390826473> Acesso em: 10 nov. 2012. TAN, S. C.; KHOR, E.; TAN, T. K.; WONG, S. M. The degree of deacetylation of chitosan: advocating the first derivative UV-spectrophotometry method of determination. Talanta, v. 45, n. 4, p. 713-719, 1998. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0039914097002889> Acesso em: 12 nov. 2012. THANOU, M.; VERHOEF, J. C.; JUNGINGER, H. E. Chitosan and its derivatives as intestinal absorption enhancers. Advanced Drug Delivery Reviews, v. 50, Supplement 1, n. 0, p. S91-S101, 2001. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169409X01001806> Acesso em: 11 nov. 2012. TRINDADE NETO, C. G. Membranas de quitosana micro e macroporosas: Preparo, caracterização e estudos de permeabilidade. 2008. 145 f. Tese (Doutorado em Química) - Programa de Pós-graduação em Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2008. UGWOKE, M. I.; AGU, R. U.; VERBEKE, N.; KINGET, R. Nasal mucoadhesive drug delivery: Background, applications, trends and future perspectives. Advanced Drug Delivery Reviews, v. 57, n. 11, p. 1640-1665, 2005. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169409X05001432> Acesso em: 12 nov. 2012. VASILIU, S.; BUNIA, I.; RACOVITA, S.; NEAGU, V. Adsorption of cefotaxime sodium salt on polymer coated ion exchange resin microparticles: Kinetics, equilibrium and thermodynamic studies. Carbohydrate Polymers, v. 85, n. 2, p. 376-387, 2011. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0144861711001573> Acesso em: 7 nov. 2012. VILLANOVA, J. C. O.; ORÉFICE, R. L.; CUNHA, A. S. Aplicações farmacêuticas de polímeros. Polímeros, v. 20, n., p. 51-64, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010414282010000100012&nrm=iso> Acesso em: 4 mar. 2013. 52 VOLD, I. M. N.; VÅRUM, K. M.; GUIBAL, E.; SMIDSRøD, O. Binding of ions to chitosan - selectivity studies. Carbohydrate Polymers, v. 54, n. 4, p. 471-477, 2003. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0144861703002212> Acesso em: 11 nov. 2012. WANG, G.; OTUONYE, A. N.; BLAIR, E. A.; DENTON, K.; TAO, Z.; ASEFA, T. Functionalized mesoporous materials for adsorption and release of different drug molecules: A comparative study. Journal of Solid State Chemistry, v. 182, n. 7, p. 1649-1660, 2009. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0022459609001455> Acesso em: 23 nov. 2012. WANG, Q. Z.; CHEN, X. G.; LIU, N.; WANG, S. X.; LIU, C. S.; MENG, X. H.; LIU, C. G. Protonation constants of chitosan with different molecular weight and degree of deacetylation. Carbohydrate Polymers, v. 65, n. 2, p. 194-201, 2006. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0144861706000075> Acesso em: 10 nov. 2012. WILLIAMS, D. F. The Williams Dictionary of Biomaterials. Liverpool: University Press, 1999. WILLIAMS, M.; SAISON, C. L. A.; WILLIAMS, D. B.; KOOKANA, R. S. Can aquatic distribution of human pharmaceuticals be related to pharmacological data? Chemosphere, v. 65, n. 11, p. 2253-2259, 2006. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0045653506007004> Acesso em: 7 nov. 2012. WU, Z.; LI, S.; WAN, J.; WANG, Y. Cr(VI) adsorption on an improved synthesised cross-linked chitosan resin. Journal of Molecular Liquids, v. 170, n. 0, p. 25-29, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S016773221200102X> Acesso em: 30 out. 2012. XU, L.; PAN, J.; DAI, J.; LI, X.; HANG, H.; CAO, Z.; YAN, Y. Preparation of thermal-responsive magnetic molecularly imprinted polymers for selective removal of antibiotics from aqueous solution. Journal of Hazardous Materials, v. 233-234, n. 0, p. 48-56, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0304389412006991> Acesso em: 7 nov. 2012. ZHANG, H.; ALSARRA, I. A.; NEAU, S. H. An in vitro evaluation of a chitosancontaining multiparticulate system for macromolecule delivery to the colon. International Journal of Pharmaceutics, v. 239, n. 1-2, p. 197-205, 2002. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378517302001126> Acesso em: 11 nov. 2012. ZHANG, Y.; XUE, C.; XUE, Y.; GAO, R.; ZHANG, X. Determination of the degree of deacetylation of chitin and chitosan by X-ray powder diffraction. Carbohydrate Research, v. 340, n. 11, p. 1914-1917, 2005. Disponível em: 53 <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0008621505002259> Acesso em: 10 nov. 2012. 54 APÊNDICE 55 APÊNDICE A: TETRACYCLINE ADSORPTION ON CHITOSAN: a mechanistic description based on mass uptake and zeta potential measurements. 56 57 58 59 60 61 62 APÊNDICE B: EQUILIBRIUM AND KINETIC ASPECTS OF SODIUM CROMOGLYCATE ADSORPTION ON CHITOSAN: mass uptake and surface charging considerations. Equilibrium and kinetic aspects of sodium cromoglycate adsorption on chitosan: mass uptake and surface charging considerations C. R. M. de Lima, M. R. Pereira, and J. L. C. Fonseca1 Instituto de Química Universidade Federal do Rio Grande do Norte Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal RN 59078-970, Brazil 1 To whom correspondence should be addressed. Tel.: +55 (0)84 3211 9224 Fax: +55 (0)84 3211 9224 E-mail: [email protected] 63 Abstract Chitosan has more and more been suggested as a material for use as adsorbent in the treatment of effluents as well as in the synthesis of drug-loaded nanoparticles for controlled release. In both cases, a good understanding of the process of adsorption, both kinetically and in terms of equilibrium, has an importance of its own. In this manuscript we study the interaction between sodium cromoglycate, a drug used in asthma treatment, and chitosan. Equilibrium experiments showed that Sips (or Freundlich-Langmuir) isotherm described well the resultant data and adsorption possibly occurred as in multilayers. A model based on ordinary reaction-rate theory, compounded of two processes, each one with a correlated velocity constant, described the kinetics of sorption. Kinetic and equilibrium data suggested the possibility of surface rearrangement, favored by the increase of temperature. Keywords: Chitosan; cromoglycate; adsorption; zeta potential; kinetics of adsorption; drug delivery. 64 1 INTRODUCTION Adsorption has been employed as a technique for purification since ancient Egyptian eras [1] and its success up to present times relies on its simplicity, efficacy, and low cost [2]. In effluent treatment, it has been used to treat a vast variety of dyes [3] and has also been utilized to load drugs on particles for posterior release [4]. Sorption associated to effluent treatment has been analyzed, both in terms of equilibrium and kinetics of sorption for a wide variety of particles [5, 6], including biological ones (i.e. microorganisms) [7]. As an interesting example, one could cite the work of Hong et al., who used macroporous carbon nanoparticles to adsorb radioactive substances from the human body for subsequent elimination [8]. In this work the idea of remediation by adsorption, used in the environment when oil spills and chemical leaks [9, 10] occur is applied in the human body, clearly drawing a connection between effluent treatment, adsorption and biological systems. Regarding systems to be directly applied to living beings, it is clear that adsorption also is important in processes such as particle drug loading: a good understanding of the kinetics of drug loading may be used to understand drug-particle interactions with obvious consequences for the formulation of plausible hypothesis’ for the kinetics of drug releasing. Xiao et al. have found that epirubicin hydrochloride followed a pseudo-second order kinetics when adsorbed on magnetic carbon nanotubes [11]. Jansch et al. carried out an interesting study on the kinetics of adsorption of proteins on ultra-small magnetic particles, however without the development of mathematical models [12]. Khan et al. have found that the adsorption of some bacteria on colloidal silver obeyed a pseudo-first order kinetics [13]. Huang et al. found that the adsorption of a Cathepsin B-sensitive peptide on nanodiamonds followed a pseudosecond order kinetics [14] and Cabrita et al. found that acethominophen also followed a pseudo-second order kinetics when adsorbed on activated carbon [15]. Chitosan, a biopolymer obtained from the deacetylation of chitin has been the suggested as a cheap and abundant material for effluent treatment by adsorption [16], as well as raw material for preparation of nanoparticles to be loaded with drugs [17]. However, to our knowledge, there are few works that try to build a kinetic model based on a clear mechanism of adsorption for the resultant systems. Recently we have 65 analyzed the case of adsorption of tetracycline on chitosan, and shown the problems related to the pseudo-order approach [18]. More specifically, we have shown that a good curve fitting could be the result of a statistical artifact, besides the fact that the mathematical formulation of the rate equation would imply a constant continuous phase concentration: since depletion method is based on the variation of the concentration in this phase, the logical flaw is self-evident. Later, we also have described the adsorption of tetracycline hydrochloride on chitosan using a kinetic model based on a proposed molecular mechanism [19]. In the present work we intend to extend this analysis to an anionic drug: sodium cromoglycate, a drug used in asthma treatment and other allergic conditions [20]. 2 EXPERIMENTAL Chitosan (Figure 1.I) used in this work was purchased from Polymar LTD (Brazil) and had a deacetylation degree of 88 % determined by CHN elemental analysis and conductometric titration as described elsewhere [21]. Average viscometric molar mass, MV 1.6 105 g mol 1 , was determined using Mark-Houwink-Sakurada equation [22]. Purified chitosan in the form of powder was obtained as described in a previous work [18] and its specific surface area was determined via BET (BET Nova 1200e, Quantachrome Instruments, USA) as AS 0.151m 2g 1 . Acetic acid (P.A., Cromato Produtos Químicos LTD, Brazil), sodium hydroxide (P.A., Cromoline Química Fina LTD, Brazil), and sodium cromoglycate (Figure 1.II, Purity 100%, Kopalle Pharma Chemicals, India), were used as received. Bi-distilled water was used in all experiments. 66 Figure 1: Chemical structures of chitosan (I) [the degree of deacetylation is given by 100nD / (nA nD ) ], and sodium cromoglycate (II). 2.1 Adsorption experiments 2.1.1 Equilibrium experiments A volume of 10 mL of cromoglycate solution (at a given temperature T) with a given concentration [CG]0 was added to a mass of chitosan mC 0.05g . Before taken to further analyses, the resultant dispersion rested for 20 hours, at the same temperature T. After this time, the analyses described in the next subsections were carried out (at the same temperature T). For experiments designed to surface charge analysis, all the masses and volumes used were doubled, in order to obtain higher amounts of dispersion, needed for zeta potential measurements. The variables analyzed in these experiments were: temperature (T = 5 °C, 10 °C, 15 °C, and 20 °C) and cromoglycate solution concentration, [CG]0 . 2.1.1.1 Determination of adsorption isotherm After adsorption, the supernatant was carefully withdrawn using a pipette and the resultant clear solution underwent centrifugation at 6000 rpm, for 30 min. Supernatant sodium cromoglycate concentration, [CG]E , was spectrophotometrically determined using an UV-Vis spectrophotometer (Genesys 10 UV-Vis, Thermo Electron 67 Corporation, USA) at a wavelength of 320 nm, as reported in a previous work [23]. Equilibrium surface excess of adsorbed cromoglycate, [CG]0 E [CG]E VA mC AS E , was then calculated as , (1) having in mind that V A is the dispersion volume, mC is the mass of chitosan in the dispersion, and AS is the specific surface area of chitosan. 2.1.1.2 Determination of zeta potential, ζ 20 mL of the dispersion were used to determine electrophoretic mobility, E, using a Zeta-Meter System 3.0+ (Zeta-Meter Inc., USA). Zeta potential was calculated using Smoluchowski equation [24]: E 0 , (2) 0 r where E is the electrophoretic mobility, permittivity of a vacuum, and r 0 is the continuous phase viscosity, 0 is the is the relative permeability of the continuous phase. 2.1.2 Kinetic experiments 0.7 L of bi-distilled water was added to a mass of chitosan, mC 4 g . The resultant system rested for 24 hours, in order to eliminate the influence of chitosan swelling on the kinetics of cromoglycate adsorption. Afterwards, at an arbitrary time t = 0, a volume of 0.1 [CG]T L of a solution 0.00145 mol dm was [CG]0 3 0.1 [CG]T / 0.8 of cromoglycate with a given concentration (so that, just after addition, overall concentration at t = 0 1.82 10 4 mol L 1 ) was added to the dispersed system, which was maintained under stirring for 200 min. During this time a given temperature T was held at with an associated uncertainty of 0.5 °C using a thermostatic bath (Tecnal, model TE-184, Brazil) and aliquots were withdrawn from the system (efficient stirring assured that the disperse phase contents in the aliquots and in the remaining system were the same during all the experiment). The following analyses were carried out in 68 these aliquots, using the same methodology described in the equilibrium experiments: surface excess of cromoglycate, (t); zeta potential, (t). 3 RESULTS AND DISCUSSION 3.1 Equilibrium experiments Figure 2 depicts the relationship between equilibrium surface excess, E, and equilibrium cromoglycate concentration, [CG]E , at temperatures T = 5 C, 10 C, 15 C, and 20 C. It can be seen that in all the cases, E asymptotically tended to defined values, so that and no rupture of the chitosan particle structure occurred, such as reported in the case of tetracycline hydrochloride sorption [19]. Figure 2: Equilibrium surface excess, E, as a function of equilibrium sodium cromoglycate continuous phase concentration, [CG]E . (a) T = 5 C; (b) T = 10 C; (c) T = 15 C; (d) T = 20 C. Dashed lines, Equation (3); continuous lines, Equation (4). 69 The presence of a saturation value for E made Langmuir isotherm an obvious choice for describing cromoglycate sorption [25]: E Here, M ,L K L [CG]E . 1 K L [CG]E M ,L is the saturation value of E (3) for this adsorption mechanism and K L is proportional to the ratio between the adsorption and desorption rates. Sips isotherm, or Freundlich-Langmuir isotherm, also provides a saturation value of E [26, 27]: KS [CG]1/E n E where M ,S is the saturation value of M ,S E 1 [CG]1/E n , (4) , KS is a constant and n is a dimensionless constant (more specifically, a parameter that quantifies the heterogeneity of the adsorption process, derived from Freundlich isotherm [28]). One can observe in Figure 2 that Equation (4) was slightly better fitted to experimental data (for higher values of [CG]E ) than Equation (3), suggesting that adsorption did not occur via monolayer adsorption. As a consequence, adsorption was described using the following parameters: M ,S (to quantify cromoglycate saturation surface excess), n (to indicate the homogeneity of adsorption process) and K L (to indicate sorption rate desorption rate ratios at low cromoglycate concentrations). These parameters are plotted as a function of temperature in Figure 3. 70 Figure 3: Parameters from Equation (3) and Equation (4) as a function of temperature. (a) M ,S as a function of T; (b) n as a function of T; (c) van’t Hoff plot of K L ; the first continuous line represents Equation (6) for Hadsorption ( 26 1) kJ mol 1 and Sadsorption (6 4) J K 1mol 1 . An analysis of Figure 3a shows that there is an increase in M,S, but it seems to reach a constant value at T = 15 C. If one assumes that adsorption occurred in the form of a monolayer, the area occupied by each cromoglycate molecule, , is given by 1 M ,S N0 , (5) where N 0 is Avogadro’s number. Equation (5) yields values of that are between 0.7 and 0.9 Å2 . Using the software Marvin Sketch 5.9, we calculated the minimal and maximum projected area of the cromoglycate ion and the values were, respectively, 52 and 121 Å2 . In terms of adsorption these results could imply: i. Adsorption occurs in the form of multiple layers; 71 ii. Cromoglycate interacts with the surface, modifying its structure, so that particle surface is increased (we must have in mind that surface area of chitosan was measured when it was dry); iii. Both (i) and (ii). Regarding the dependence of n on temperature (Figure 3b), adsorption has a strong Langmuir character at T = 5C (n 1); heterogeneity of adsorption process increases, reaching a maximum ( n 1.5 ), and, at 15 C it decreases and tends to have, again, a Langmuir character. A temperature located between 10 and 15 C seems to be linked to some change on chitosan surface. As heterogeneity factor increases adsorption tends to have a more pronounced Freundlich character, i.e., it occurs in multiple layers. In fact, what is perceived as adsorption in multiple layers may be a result of specific interactions of cromoglygate with chitosan, resulting in the increase of chitosan’s original surface area. As this area is added to the surface, it tends, again, to have a Langmuir character. These specific interactions can be understood by analyzing van’t Hoff plot of K L (Figure 3c). The van’t Hoff plot is mathematically described as: ln KL where Sadsorption R Hadsorption RT Sadsorption is the entropy of adsorption and , (6) Hadsorption is the enthalpy of adsorption. It can be seen that van’t Hoff plot works for part of the graph: for T ≥ 10 °C (or 103 / T Sadsorption 3.5 K 1 ). In this range one has (6 Hadsorption ( 26 1) kJ mol 1 and 4) J K 1mol 1 . Cestari et al. have found values of adsorption enthalpy in the same range when studying the adsorption of indigo carmine dye on cross-linked chitosan [29]. For temperatures below 10 °C, it seems that there is a drop in the apparent enthalpy of adsorption to values near zero and a pronounced increase in the entropy of adsorption (straight line linear coefficient). In other words, at lower temperatures, the entropy component of adsorption rules it and at higher temperatures the enthalpy of adsorption is the main influence. Interactions of enthalpic nature usually are based on attractive forces between specific chemical groups of the species involved in adsorption: in this case, one may cite the electrostatic interactions between protonated amino groups of chitosan surface and negatively charged groups from cromoglycate. An example of entropy-driven interaction is the hydrophobic effect, which may drive 72 adsorption even when repulsive interactions between adsorbate and adsorbant exist [30]. In our case, it is the result of association of a hydrophobic region of chitosan (a region highly acetylated of poorly protonated, for instance) with the hydrophobic region of the cromoglycate molecule: the increase in entropy is the result of the release of adsorbed water on these sites. An explanation to the change in behavior is that for temperatures below 10 °C adsorption occurs mainly via hydrophobic effect: there is no kinetic energy sufficient to promote mobility of chains located on the surface of chitosan particles in order to expose NH3 groups originally located below chitosan/water interface for electrostatic interactions. As temperature is increased, there is an increase in this mobility, so that NH3 groups are more available for electrostatic interactions with negatively charged cromoglycate: as a result, there is the occurrence of a negative enthalpy of adsorption and the decrease in the importance of hydrophobic interactions. Figure 4 shows the relationship between zeta potential of chitosan particles, , and equilibrium concentration of cromoglyclate, [CG]E , for adsorption experiments at 20 °C. As is approximately equal to the surface potential and this potential is proportional to the surface charge density [24], the variation in , , can be related to the incorporation of negative charges on the particle surface. If we adapt it to the Langmuir isotherm [19]: K L , [CG]E E,L where E,L adsorption, M ,L 1 K L , [CG]E KL , [CG]E E,L 0, L is the variation in zeta potential, M ,L M ,L 0 ,L 1 KL , [CG]E , (7) is the zeta potential prior to is the maximum variation in zeta potential, and K L , is proportional to the ratio between adsorption/desorption rates. One can see in Figure 4 that Equation (7) reasonably fits to the data. The values of the parameters related to Equation (7) are displayed in Table 1 (the values of the parameters obtained using sorption data and Equation (3) are included for the sake of comparison). It can be seen that the parameter K L , from Equation (7) is much smaller than the parameter K L related to Equation (3): it shows that electrostatic interactions are just part of the process in the adsorption of cromoglycate, confirming the importance of hydrophobic interactions. 73 Figure 4: Zeta potential, , as a function of equilibrium cromoglycate concentration, [CG]E (adsorption experiments carried out at 20 °C). Continuous line: Equation (7). Solute depletion [Equation (3)] M ,L (10 4 mol m 2 ) KL (104 mol 1dm3 ) 2.11 0.06 9.4 0.6 Zeta potential [Equation (7)] M ,L (mV) KL , (104 mol 1dm3 ) -23.4 0.8 6.4 0.9 Table 1: Parameters obtained from curve fitting of Equation (3) and Equation (7) to data respectively shown in Figure 2d and Figure 4. 3.2 Kinetic experiments Figure 5 shows the dependence between surface excess, , and time during the sorption of cromoglycate [CG]0 on chitosan with initial cromoglycate 1.82 10 4 mol dm 3 , for the temperatures of 5 and 20 °C. concentration 74 Figure 5: Cromoglycate surface excess, , as a function of time for [CG]0 1.82 10 4 mol dm 3 . (a) T = 5 C; (b) T = 20 C. Continuous lines, best fit of Equation (14). A first analysis of Figure 5 indicates that at 5 C adsorption is less intense at shorter times, compared to the experiment at 20 C. From this observation we will divide the sorption process in two (one occurring at shorter times and another one at longer times). The kinetics of a given process will be ruled by ordinary reaction rate theory, according to CG A kD chit kI CG A chit , (8) where CG stands for cromoglycate and A is an specific site on the chitosan surface [it could be a fully-acetylated region (if interaction is hydrophobic) or protonated/hydroxylated sites (if interaction has an negative enthalpic nature); the dotted line represents the physical interaction promoting adsorption. In terms of kinetics, adsorption would be described as d[CG] dt d[CG A dt chit] kD [A chit][CG] kI [CG A chit] . (9) 75 Assuming that the amount of sites for cromoglycate adsorption is much higher than the amount of cromoglycate molecules, i.e. [A chit] [A chit]0 is constant, and having in mind that the concentration of adsorbed cromoglycate equals the difference between initial and present concentrations of cromoglycate, i.e. [CG A chit] [CG]0 [CG] , it follows that d[CG] dt kD [A chit]0 [CG] [CG] . kI [CG]0 (10) Rearranging of Equation (10) yields 1 kD [A chit]0 d[CG] kI dt [CG] kI [CG]0 kD [A chit]0 kI . (11) Integration of Equation (11) results in: [CG] [CG]E [CG]0 [CG]E e kt . (12) kI [CG]0 kD [A chit]0 Here, the equilibrium concentration of cromoglycate is [CG]E the apparent velocity constant is k kD [A chit]0 kI , and kI . Using the definition of from Equation (1) and applying it to Equation (12), it follows that: (t ) where VA [CG]0 E [CG]E mC AS VA [CG]0 [CG] E mC AS 1 e kt , (13) . From this theoretically-derived expression for one process, we propose the following semi-empirical expression that will take into account slow and fast adsorption processes: (t ) E fS 1 e kSt (1 fS ) 1 e kF t , (14) 76 Here, fS is a dimensionless constant between 0 and 1. As it tends to 0, adsorption tends to be described as driven by fast processes, with a velocity constant kF . As it tends to 1, adsorption tends to be described as governed by slower processes, with velocity constant kS . A second glance at Figure 5 reveals that Equation (14) was well fitted to the data obtained in our experiments. These values are displayed in Table 2. It can be seen that the velocity constant accounting for processes related to short times ( kS 0.0092 min 1 ) increases to the double of its value as temperature is increased, while the values of the velocity constants accounting to fast processes did not significantly change (taking into account their associated errors). On the other hand, the value of fS decreases as temperature is increased: in other words, fast processes become more important as temperature is increased. Parameter T = 5C T = 20C fS 0.751 0.004 0.51 0.01 kS (min 1 ) 0.0092 0.0004 0.018 0.001 kF (min 1 ) 0.7 0.3 kM (min 1 ) 0.0122 0.0006 0.033 0.003 0.40 0.06 Table 2: Parameters of Equation (14) for the temperatures of 5 and 20 C. We could use an approach already used in dynamic light scattering to define an average velocity constant [31]. If an adsorption process is described by single velocity constant, it follows that 1 E e kt e kt dt 1 dt 0 E 0 1 . k (15) 77 Therefore, an average velocity constant, k M , may be defined as 1 (t ) kM . 1 dt (16) E 0 Substitution of (14) in (16) yields fS kS kM 1 fS kF 1 . (17) The values of k M were calculated and also are displayed in Table 2. It can be seen that the k M has the same behavior of kS : as temperature increases its value increases. That makes quite clear the importance of slower processes in determining the kinetics of adsorption. In fact, for values of fS within the same order of magnitude and kF fS kS kM 1 fS 1 1 fS kS kF kS . fS kS : (18) In other words, the kinetics of sorption is determined by the velocity constant for slow processes and the fraction represented by these processes. An apparent energy of activation may be estimated from these two values of k M , according to R ln EA yielding a value of EA 5 C kT 20 C 1 278 , (19) 6) kJ mol 1 . As already reported in the literature, EA (44 values between 5 40 kJ mol 1 293 kT 1 indicate that adsorption mainly occurs by physisorption (controlled mainly by surface diffusion) and between 40 800 kJ mol 1 indicates that chemisorption (controlled by purely chemical interactions) drives the process [32]. The value of EA found in this work is in the limit between the two mechanisms and may be an indication of the incidence of the two processes previously cited: slow processes, related to surface rearrangement, that would have higher activation energies and the process of purely chemical 78 nature, with lower activation energies, such as the electrostatic interactions between negatively charged cromoglycate and positively charged NH3 groups from chitosan. Figure 6 shows how zeta potential changes with time during adsorption and it is clear that the behavior is much more complex. Although in equilibrium zeta potential is lower than its value prior to adsorption, it reaches a minimum, before tending to its asymptotic value. That could be due to the following reasons: Cromoglycate is adsorbed, followed by the adsorption of Na , its counter-ion. Cromoglycate is adsorbed via electrostatic interactions or via hydrophobic effect, decreasing zeta potential (counter-ion adsorption simultaneously occurs). The adsorption of cromoglycate at hydrophobic regions of chitosan decreases interface tension between solid and liquid phase and interactions are broken in the surface, making possible conformational changes in the surface. As a result, amino groups that were in the subsurface become available at the surface: as part of them are protonated, zeta potential increases. Such a mechanism is depicted in Figure 7. The second hypothesis is more consistent with the mechanism suggested in this paper. 79 Figure 6: Zeta potential, , as a function of time during cromoglycate sorption, at T = 20ºC. Cromoglycate initial concentration [CG]0 1.82 10 4 mol dm 3 . 80 Figure 7: Schemme depicting the interaction of cromoglycate with chitosan surface. (I) Cromoglycate is solubilized in the continuous phase and some NH2 groups of chitosan are in the surface, in its protonated form, NH 3 , and some of them are in the subsurface. (II) Cromoglycate is adsorbed on chitosan. (III) Chitosan-chitosan interactions on the surface are weakened, so that bond rotation and/or surface rupture results in increase of surface area and the exposition of previously “buried” NH2 for protonation. 4 CONCLUSIONS Equilibrium and kinetic data on sodium cromoglycate adsorption on chitosan particles indicated that the process of adsorption may occur by hydrophobic interactions with nonpolar sites (e.g., acetylated groups) as well as polar, electrostatic interactions. At low temperatures it seems that the hydrophobic effect prevails but, as temperature is increased, interactions of enthalpic nature begin to rule. These data are confirmed by experiments related to the kinetics of sorption: the process of sorption was divided into two simultaneously occurring subprocesses – a fast process, which is related to adsorption occurring on readily available sites and a slow process, which is related to adsorption occurring in sites that are being formed as a result of surface rearrangement. 81 5 ACKNOWLEDGEMENTS The authors thank Brazil’s Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), and Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PROPESQ-UFRN) for financial support during the course of this work. 6 REFERENCES [1] N.P. Cheremisinoff, Chapter 10 - Ion exchange and carbon adsorption, in: Handbook of Water and Wastewater Treatment Technologies, Butterworth-Heinemann, Woburn, 2002, pp. 372-445. [2] C. Namasivayam, M. Dinesh Kumar, K. Selvi, R. Ashruffunissa Begum, T. Vanathi, R.T. Yamuna, 'Waste' coir pith – a potential biomass for the treatment of dyeing wastewaters, Biomass Bioenerg., 21 (2001) 477-483. [3] E.S. Dragan, M.M. Perju, M.V. Dinu, Preparation and characterization of IPN composite hydrogels based on polyacrylamide and chitosan and their interaction with ionic dyes, Carbohyd. Polym., 88 (2012) 270-281. [4] M. Dash, F. Chiellini, R.M. Ottenbrite, E. Chiellini, Chitosan-A versatile semisynthetic polymer in biomedical applications, Prog. Polym. Sci., 36 (2011) 981-1014. [5] S. Babel, T.A. Kurniawan, Low-cost adsorbents for heavy metals uptake from contaminated water: a review, J. Hazard. Mater., 97 (2003) 219-243. [6] D. Pokhrel, T. Viraraghavan, Treatment of pulp and paper mill wastewater - a review, Sci. Total Environ., 333 (2004) 37-58. [7] N.R. Bishnoi, Garima, Fungus - An alternative for bioremediation of heavy metal containing wastewater: A review, J. Sci. Ind. Res. India, 64 (2005) 93-100. 82 [8] J.Y. Hong, W.K. Oh, K.Y. Shin, O.S. Kwon, S. Son, J. Jang, Spatially controlled carbon sponge for targeting internalized radioactive materials in human body, Biomaterials, 33 (2012) 5056-5066. [9] K. Kenes, O. Yerdos, M. Zulkhair, D. Yerlan, Study on the effectiveness of thermally treated rice husks for petroleum adsorption, J. Non-Cryst. Solids, 358 (2012) 2964-2969. [10] D. Mohan, C.U. Pittman, Activated carbons and low cost adsorbents for remediation of tri- and hexavalent chromium from water, J. Hazard. Mater., 137 (2006) 762-811. [11] D.L. Xiao, P. Dramou, H. He, A.P.H. Lien, H. Li, Y.Y. Yao, P.H. Chuong, Magnetic carbon nanotubes: synthesis by a simple solvothermal process and application in magnetic targeted drug delivery system, J. Nanopart. Res., 14 (2012). [12] M. Jansch, P. Stumpf, C. Graf, E. Ruhl, R.H. Muller, Adsorption kinetics of plasma proteins on ultrasmall superparamagnetic iron oxide (USPIO) nanoparticles, Int. J. Pharm., 428 (2012) 125-133. [13] S.S. Khan, A. Mukherjee, N. Chandrasekaran, Studies on interaction of colloidal silver nanoparticles (SNPs) with five different bacterial species, Colloid. Surface. B, 87 (2011) 129-138. [14] S.S. Huang, J.Q. Shao, L.F. Gao, Y.Z. Qi, L. Ye, Adsorption of Cathepsin Bsensitive peptide conjugated DOX on nanodiamonds, Appl. Surf. Sci., 257 (2011) 86178622. [15] I. Cabrita, B. Ruiz, A.S. Mestre, I.M. Fonseca, A.P. Carvalho, C.O. Ania, Removal of an analgesic using activated carbons prepared from urban and industrial residues, Chem. Eng. J., 163 (2010) 249-255. 83 [16] M. Asgher, Biosorption of Reactive Dyes: A Review, Water Air and Soil Pollution, 223 (2012) 2417-2435. [17] A. Bernkop-Schnurch, S. Dunnhaupt, Chitosan-based drug delivery systems, Eur. J. Pharm. Biopharm., 81 (2012) 463-469. [18] A.L.P.F. Caroni, C.R.M. de Lima, M.R. Pereira, J.L.C. Fonseca, The kinetics of adsorption of tetracycline on chitosan particles, J. Colloid Interf. Sci., 340 (2009) 182191. [19] A.L.P.F. Caroni, C.R.M. de Lima, M.R. Pereira, J.L.C. Fonseca, Tetracycline adsorption on chitosan: A mechanistic description based on mass uptake and zeta potential measurements, Colloid. Surface. B, 100 (2012) 222-228. [20] M.K. Church, J.O. Warner, Sodium cromoglycate and related drugs, Clinical Allergy, 15 (1985) 311-320. [21] Z.M. dos Santos, A.L.P.F. Caroni, M.R. Pereira, D.R. da Silva, J.L.C. Fonseca, Determination of deacetylation degree of chitosan: a comparison between conductometric titration and CHN elemental analysis, Carbohyd. Res., 344 (2009) 2591-2595. [22] I.S. Tavares, A. Caroni, A.A.D. Neto, M.R. Pereira, J.L.C. Fonseca, Surface charging and dimensions of chitosan coacervated nanoparticles, Colloid. Surface. B, 90 (2012) 254-258. [23] W.A. Morais, A.L.P. de Almeida, M.R. Pereira, J.L.C. Fonseca, Equilibrium and kinetic analysis of methyl orange sorption on chitosan spheres, Carbohyd. Res., 343 (2008) 2489-2493. [24] C.L. de Vasconcelos, M.R. Pereira, J.L.C. Fonseca, Polyelectrolytes in solution and the stabilization of colloids, J. Disper. Sci. Technol., 26 (2005) 59-70. 84 [25] I. Langmuir, The adsorption of gases on plane surfaces of glass, mica and platinum., J. Amer. Chem. Soc., 40 (1918) 1361-1403. [26] R. Sips, On the Structure of a Catalyst Surface, J. Chem. Phys., 16 (1948) 490-495. [27] R. Sips, On the Structure of a Catalyst Surface .2., J. Chem. Phys., 18 (1950) 10241026. [28] H.M.F. Freundlich, Über die adsorption in lösungen, Z. Phys. Chem.-Leipzig, 57A (1906) 385–470. [29] A.R. Cestari, E.E. Vieira, A.M.G. Tavares, R.E. Bruns, The removal of the indigo carmine dye from aqueous solutions using cross-linked chitosan - Evaluation of adsorption thermodynamics using a full factorial design, J. Hazard. Mater., 153 (2008) 566-574. [30] G. Jackler, R. Steitz, C. Czeslik, Effect of temperature on the adsorption of lysozyme at the silica/water interface studied by optical and neutron reflectometry, Langmuir, 18 (2002) 6565-6570. [31] V.A.V. de Oliveira, W.A. de Morais, M.R. Pereira, J.L.C. Fonseca, Dynamic light scattering in semidilute and concentrated chitosan solutions, Eur. Polym. J., 48 (2012) 1932-1939. [32] S. Vasiliu, I. Bunia, S. Racovita, V. Neagu, Adsorption of cefotaxime sodium salt on polymer coated ion exchange resin microparticles: Kinetics, equilibrium and thermodynamic studies, Carbohyd. Polym., 85 (2011) 376-387. 85 ANEXO 86 CARTA DE ACEITE ---------- Forwarded message ---------From: Hong Chen <[email protected]> Date: 2013/3/19 Subject: Your Submission To: [email protected] Ms. Ref. No.: COLSUB-D-13-00230 Title: Equilibrium and kinetic aspects of sodium cromoglycate adsorption on chitosan: mass uptake and surface charging considerations Colloids and Surfaces B: Biointerfaces Dear Dr. Jose Luis Cardozo Fonseca, I am pleased to confirm that your paper "Equilibrium and kinetic aspects of sodium cromoglycate adsorption on chitosan: mass uptake and surface charging considerations" has been accepted for publication in Colloids and Surfaces B: Biointerfaces. Thank you for submitting your work to this journal. With kind regards, Hong Chen Editor Colloids and Surfaces B: Biointerfaces