Estúdio Barroco
“Estúdio, no sentido de laboratório, local de experimentos, atelier; e Barroco, não apenas pelo estilo de
música tocado, mas porque seus intérpretes evocam algumas das melhores características do termo – a
irregularidade, a extravagância, a criatividade, a liberdade.”
Marcelo Fagerlande
O Estúdio Barroco vem propor uma recriação do ambiente sonoro europeu dos séculos
XVI a XVIII, buscando extrair desse repertório significados musicais que ultrapassam
os limites entre o mundo antigo e o contemporâneo, possibilitando assim uma
revitalização do discurso musical renascentista e barroco.
Desenvolver esse trabalho é, portanto, uma tentativa de compartilhar com os ouvintes a
experiência estética resultante, tendo como objetivo inserir a platéia num mundo que
não é regularmente vivenciado nas salas de concerto, mas que exerce forte influência na
música atual.
A discussão da autenticidade na Música Antiga é ponteada por várias etapas de
pensamento; o primeiro é sempre a importância de mostrar um repertório distante no
tempo, mas próximo do público por seu caráter de improvisação, liberdade, diferenças
de timbres e emoções aguçadas.
Em 2006 o grupo gravou, com o apoio do Fundo da Arte e da Cultura do Distrito
Federal, um CD com obras de compositores alemães e franceses.
Contatos:
Ana Cecília Tavares (cravo) [email protected]
André Vidal (canto) [email protected]
Cecília Aprigliano (viola da gamba) [email protected]
Sueli Helena (flauta doce) [email protected]
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Ana Cecília Tavares (cravo), natural do Rio de Janeiro, é radicada em Brasília.
Mestre em cravo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, fez especialização em
Paris com a cravista Huguette Dreyfus no ciclo de Perfectionement em cravo, obtendo
os prêmios: Prix d’Excellence e Prix de Virtuosité. Estudou baixo cifrado com Olivier
Baumont, participou de eventos internacionais de cravo e música de câmara, master
classes com Christophe Rousset, Kenneth Gilbert, Pierre Hantaï e apresentou-se em
diferentes cidades francesas. Foi vencedora do VI Prêmio Eldorado de Música em São
Paulo, gravando disco solo pelo selo Eldorado. Gravou ainda CD com o Estúdio
Barroco, Trio Barroco de Brasília e o CD para cravo solo, Bach / Froberger.
Apresenta-se regularmente em recitais solo, música de câmera e orquestral em Brasília e
em diferentes teatros no país. Foi professora do 28º e do 31º Curso Internacional de
Verão da Escola de Música de Brasília, ministrou curso de extensão na UFRJ,
apresentou-se no MIMO (Mostra Iinternacional de Música em Olinda) e em diversas
edições da Semana do Cravo da UFRJ. Publicou trabalho na Revue de Musicologie e é
professora de cravo no CEP- Escola de Música de Brasília.
Lançou em 2010 o CD “A Arte da Fuga”, junto ao cravista Marcelo Fagerlande,
com grande sucesso de crítica.
André Vidal (tenor) nasceu em Fortaleza-CE. Cantor lírico premiado no Brasil e
no exterior, apresenta-se regularmente como solista em ópera e oratório nas principais
salas e teatros do Brasil, incluindo o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Teatro
Municipal de São Paulo, Sala São Paulo, Sala Cecília Meireles e o Teatro Amazonas,
entre outros. Cantou sob a regência de John Neschling, Abel Rocha, Sílvio Viegas,
Sílvio Barbato, Jamil Maluf, João Carlos Martins, Karl Martin e Ira Levin, entre outros
regentes. Seu repertório inclui obras que vão do período barroco (Händel, Bach,
Scarlatti, Purcell, Telemann) até a música moderna e contemporânea (Britten,
Honegger, Argento) tendo feito diversas estréias mundiais de compositores brasileiros
como Carlos Galvão e Eli-Eri Moura. Em Brasília coordena os grupos PerSonare e
Pentacordis, além de colaborar diretamente com o conjunto Gambas Candangas e
integrar o Estúdio Barroco. Participou da turnê de estréia da Companhia Brasileira
de Ópera, interpretando o papel de Conde Almaviva em mais de sessenta récitas da
ópera “O Barbeiro de Sevilha” durante o ano de 2010. Em 2011 estreou no Teatro
Municipal do Rio de Janeiro, na ópera Lucia di Lammermoor, e junto à OSESP, no
oratório “A Criação” de Haydn, sob a regência de Klaus Peter Flor.
Tem destacada atuação como arranjador de música coral e professor, tendo
participado das quatro últimas edições do Curso Internacional de Verão de Brasília, do
Festival de Londrina, da Semana de Educação Musical da Universidade Federal do
Ceará, além dos Painéis FUNARTE de Regência Coral e outros eventos relacionados ao
canto coral.
Como compositor, é publicado nos EUA pela Cantus Quercus Press e participou
em 2009 da Bienal de Música Contemporânea Brasileira da FUNARTE, com a obra
“Adonis y Narciso convertidos en flores”.
Cecilia Aprigliano (viola da gamba) nasceu no Rio de Janeiro. Em 1982 inicia os
estudos de viola da gamba com Myrna Herzog no Rio de Janeiro. No ano seguinte viaja
para Nova Iorque na qualidade de bolsista da OEA e por dois anos estuda com a
gambista Judith Davidoff. Neste período obtém os títulos de Master of Arts e Master of
Education in Music na Universidade de Columbia/NY.
Em 1986 retorna ao Brasil e por dois anos é membro integrante do Conjunto de
Música Antiga da Universidade Federal Fluminense, Pro Arte Dança Antiga e
fundadora do quinteto de violas da gamba ARCOS.
Em 1988 retorna a Nova Iorque por mais quatro anos para aprofundar seus
estudos com Judith Davidoff.
Em 1993 passa a residir em Brasília, integrando a partir de 1995 o quadro de
professores do Centro de Educação Profissional/Escola de Música de Brasília. Primeira
professora de viola da gamba daquela instituição cria o curso para os níveis básico e
técnico, onde até a presente data realiza o trabalho de formação de gambistas a partir de
aulas individuais, prática de repertório para conjunto de violas da gamba e música de
câmera. Organizadora da temporada Semanas da Viola da Gamba, também atuou, na
qualidade de professora, em quatro dos Cursos Internacionais de Verão oferecidos pelo
CEP/EMB.
Em 2001/Boston, e 1997/Lyon, realiza os cursos de especialização com as
gambistas Jane Hershey e Marianne Müller respectivamente.
Em 1997 integra a orquestra barroca da Ópera Orfeu de Monteverdi na Sala
Cecilia Meirelles/RJ, e em 2007, a do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a
regência do cravista Marcelo Fagerlande.
Atua como solista e camerista no Brasil, França, Portugal, Espanha e Estados
Unidos. Integra as séries musicais do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) no
Rio de Janeiro e Brasília desde 1997.
Em parceria com o artista plástico Gê Orthof realiza performances em Brasília,
Fortaleza, Porto Alegre e Rio de Janeiro, desde 2004.
É integrante fundadora do Estúdio Barroco desde 2004 e em 2006 lança o seu
primeiro CD. Outros trabalhos incluem: duo com a cravista Ana Cecilia Tavares e com
o alaudista Guilherme Camargo.
Professora convidada pela Universidade Federal de Pernambuco em 2010 e 2011
ministrou aulas, palestras e concertos.
Sueli Helena de Miranda (flauta doce) nasceu em Patos de Minas – MG e reside
em Brasília.
Através do programa Bolsa Virtuose do Ministério da Cultura do Brasil,
aperfeiçoou-se em flauta doce no Conservatório Real de Bruxelas – Bélgica com o
flautista Bart Coen. Na mesma ocasião estudou interpretação da música italiana com o
flautista e pesquisador Peter van Heyghen. Possui também formação em flauta
transversal, tendo sido Odette Ernest Dias sua principal orientadora. Graduou-se em
Música pela Universidade Federal de Uberlândia – MG. Compõe com Ana Cecília
Tavares, Cecília Aprigliano e André Vidal o Estúdio Barroco, tendo gravado um CD
com o grupo em 2007. Em 2011 participou do 43º Curso Internacional de Música
Antiga de Urbino – Itália – onde estudou com o flautista Han Tol. É professora de flauta
doce na Escola de Música de Brasília desde 1993.
PROGRAMAS
MÚSICA FRANCESA
Elizabeth Jacquet de la Guerre
Anne Danican Philidor
Marin Marais
François Couperin
Jean Philippe Rameau
Antoine de Boesset
André Campra
MÚSICA ALEMÃ
Johann Sebastian Bach
Georg Friedrich Händel
Georg Philip Telemann
Johan Adolf Hasse
Heinrich Schütz
Heinrich Ignaz Biber
MÚSICA INGLESA
Henry Purcell
Tobias Hume
Thomas Arne
William Boyce
Christopher Simpson
Johann Christoph Pepusch
MÚSICA ITALIANA
Antonio Vivaldi
Arcangelo Corelli
Girolamo Frescobaldi
Alessandro Scarlatti
Domenico Scarlatti
Giuseppe Porsile
Claudio Monteverdi
Barbara Strozzi
Giuseppe Sammartini