Nossa Senhora de Pontmain
(Pontmain - França)
(1871)
Contexto social
Em 1859, a França já tinha recebido o benefício de nada menos que três
gloriosas aparições de Nossa Senhora, e até o imperador Napoleão III interviera de
forma positiva em uma delas. O “período estéril” passara definitivamente e muitos dos
devotos começaram a imaginar quando ocorreria outra aparição, pois parecia que
a França era favorecida pela Virgem Santíssima e por Deus.
Entretanto, no cenário político após 1859, novos problemas surgiram sob o
governo de Napoleão. Seguramente, e para surpresa dos inimigos, Napoleão III
alcançara enorme apoio político e popular. O crescimento econômico da nação foi
fomentado e as classes trabalhadoras estavam satisfeitas com as reformas. A
repressão à oposição encarregou-se do resto.
Para satisfazer a exigência de nova glória napoleônica, porém, era preciso que
o Segundo Império Francês tivesse uma política externa forte e bem-sucedida. A
guerra da Criméia deu aos franceses glória efêmera, sem resultados duradouros.
Apesar do melhor empenho do imperador, seguiram-se complicações e embaraços
políticos. Os esforços de Napoleão para obter uma posição contra a Prússia, inimiga
tradicional da França, ficaram cada vez mais difíceis.
A própria Prússia tinha planos de formar um império na Europa e uniu-se aos
Estados alemães sob o imperador alemão Guilherme I. Os franceses viram com
apreensão essa unificação, pois os prussianos já tinham ocupado a Áustria em 1866.
Não havia dúvida de que logo os prussianos voltariam a atenção para a França.
A Prússia também possuía um gênio militar, Otto von Bismarck, que habilmente
manipulou os fracassos políticos de Napoleão, a fim de provocar a guerra francoprussiana. Os sentimentos foram se inflamando e, em 19 de julho de 1870, Napoleão
caiu na armadilha de Bismarck e declarou guerra à Prússia-Alemanha. Assumiu o
comando e fez seus exércitos marcharem até a fronteira entre a Alemanha e a
França.
Ora, como muita gente temia, a estimativa de Napoleão sobre sua habilidade
militar estava errada. Em 4 de agosto, os exércitos prussianos atravessaram a fronteira
francesa, infligiram terrível derrota aos franceses e aprisionaram o imperador. A
chegada dessa notícia a Paris provocou pânico e as cadeias de comando
romperam-se rapidamente, mas não antes que, na capital, os inimigos de Napoleão
aproveitassem a oportunidade para depô-lo in absentia.
Então os exércitos prussianos avançaram para Paris e, em outubro, a bela capital
francesa foi cercada e ficou sitiada. Outros contingentes dos exércitos prussianos
seguiram de Paris para oeste, incendiando e saqueando pelo caminho.
Em 16 de janeiro de 1871, os prussianos chegaram à Bretanha, a 250 quilômetros
a oeste de Paris; 15 quilômetros à frente deles ficava a cidadezinha de Laval e, bem
perto, a aldeia de Pontmain. Na região, todos estavam em pânico e as estradas
enchiam-se de refugiados que tentavam fugir à investida violenta do inimigo. Na
época, Laval tinha quinhentos habitantes e Pontmain, cem ou duzentos,
dependendo da fonte consultada.
Todos estavam preocupados com a sobrevivência dos 38 jovens de Pontmain
que se haviam alistado no exército francês. Entre eles estava Augusto Friteau. Em 17
de janeiro de 1871, a agente funerária do lugarejo, Joana Detais, soube que ele
estava a salvo. No fim da tarde, às 5h45min, Detais foi ao sítio do padrasto de Friteau,
César Barbadette para dar a notícia à família, que não tinha notícias de Augusto
havia mais de três semanas.
Ela encontrou César na cocheira trabalhando à luz mortiça de uma vela com os
dois filhos que haviam voltado da escola. Os três quebravam tojo (planta perene
espinhosa) para que os cavalos pudessem comê-lo. A cocheira dos Barbadettes era
bem espaçosa, coberta de estuque, com uma grande porta verde. A neve caíra
pela manhã, mas agora a noite estava clara e fria.
Eugênio Barbadette tinha 12 anos e José, dez, Eugênio era meio-irmão de
Augusto Friteau e gostava muito dele. Embora César e José parassem de quebrar o
tojo para ouvir a boa nova de Joana, Eugênio, inexplicavelmente, foi até a porta da
cocheira e ficou com os olhos fixos lá fora.
Mais tarde, foi relatado que ele disse ter ido ver o céu e as estrelas que
começavam a surgir. Mas quando notou a “falta de estrelas” acima de uma casa
vizinha, pôs-se a olhar e imaginar por quê. A casa em questão ficava do outro lado
da estrada, atrás de uma cerca de pedra e um portão de madeira, e pertencia a
Agostinho Guidecoq. Enquanto examinava o vazio de estrelas, Eugênio viu, de
repente uma senhora alta e bela a alguns metros acima do centro do telhado da
casa de Guidecoq.
Eugênio insistiu e primeiro pensou que esse era o anúncio da morte do meioirmão (é evidente que não ouvira a conversa na cocheira). Mas logo mudou de
idéia, pois a senhora sorria.
Pediu a Joana Detais que olhasse em direção à casa de Guidecoq e dissesse se
enxergava alguma coisa. Joana respondeu que não via nada. César Barbadette e
José vieram até a porta da cocheira, mas o pai não enxergou nada. Eugênio
perguntou a José se conseguia vê-la. José imediatamente afirmou que havia uma
senhora alta e bela no céu, acima do telhado.
Os dois garotos começaram a descrever com entusiasmo um ao outro o que
viram. Em vão. César e Joana continuaram a olhar e logo o pai disse aos meninos
que não havia nada lá, pois, se houvesse, ele e Joana também veriam.
Foram buscar em casa a mulher de César, Vitória, que fazia o jantar, sem lhe
dizer de que se tratava. Quando lhe perguntaram, também disse que não via nada.
Mas José batia palmas para a beleza da senhora, e a mãe deu-lhe um tapa no
braço ou na cabeça e ordenou-lhe que ficasse quieto porque “todos estão olhando
para nós”. Vitória mandou os meninos rezarem cinco ave-marias e depois lhes pediu
que olhassem de novo. Eles insistiram que ainda viam a aparição, por isso Vitória foi
buscar os óculos para ver se, com eles, enxergava alguma coisa. Não conseguiu ver
nada e mandou que entrassem em casa para jantar. Eram 18h15min, até este ponto
tudo acontecera muito depressa.
Os meninos entraram de má vontade, com os olhos ainda fixos acima da casa
de Guidecoq. Depois do jantar, os dois correram para fora e viram que a linda
senhora ainda existia silenciosamente. Depois de alguns momentos de
contemplação, voltaram para dentro e disseram que a senhora ainda estava lá e
“era da mesma altura que a irmã Vitalina”. Barbadette e a mulher mandaram
chamar a irmã Vitalina que estava na “sala de aula recitando o ofício”.
Quando a irmã Vitalina chegou na casa dos Barbadettes, também não
conseguiu ver nada. Foi embora, acompanhada de Vitória, que lhe pediu para não
dizer nada sobre tudo aquilo. Mas, ao voltar para casa com Vitória, a irmã Vitalina
encontrou, sentadas perto do fogão para se aquecerem, Francisca Richer, de 11
anos, e Maria Hoana Lebosse, de nove. A irmã Vitalina decidiu levar as duas meninas
para o sítio Barbadette, sem lhes dizer por quê. Ao chegar lá, e sem se encontrarem
com os meninos, as duas garotas imediatamente localizaram a aparição. E ambas
ao mesmo tempo, descreveram-na como uma senhora alta e bela com um vestido
azul salpicado de estrelas douradas, como os meninos já haviam dito.
Neste momento, chegou a irmã Maria Eduarda, que não conseguiu ver nada,
mas ela afirmou que as crianças viam, então era preciso chamar as outras. A irmã
Eduarda correu à casa de um senhor Friteau (não o pai de Eugênio e José) e pediulhe que trouxesse o neto, Eugênio Friteau. Este também enxergou alguma coisa, mas,
por alguma razão, não é considerado um dos videntes principais.
Quando se descobriu que as outras crianças também enxergavam a aparição,
a irmã Maria Eduarda correu à casa paroquial vizinha. Com voz trêmula, ela pediu
que o pároco, idoso e enfermo, viesse depressa à casa dos Barbadettes, onde dizem
que ela exclamou: “Há um milagre, uma aparição! As crianças vêem a Virgem
Santíssima!”. Irmã Eduarda apressou-se em voltar na frente do idoso padre à casa dos
Barbadettes onde, por razões inexplicáveis, ajoelhou-se e começou a entoar o
“rosário dos mártires japoneses”.
Enquanto isso, a mulher de Boitin, o sapateiro, chegou à cocheira dos
Barbadettes com a filhinha, Agostinha Boitin, de dois anos, que apontou
entusiasmada para a figura no céu e exclamou; “O Jesus, o Jesus!”.
Um grupo de cinqüenta pessoas estava reunido ali e, por fim, o pároco chegou
para perguntar às crianças o que enxergavam. Elas voltaram a descrever a
aparição, como outros recém-chegados já lhes tinham pedido para fazer. Mas agora
relatavam algumas mudanças, depois citadas como “fases”. O grupo estava maior.
Uns cantavam e outros se ajoelhavam, quando parece que um morador de
Pontmain chegou e exclamou: “Os prussianos estão em Laval! Precisamos rezar!”.
Nesse meio tempo, a aparição assumiu outra fase. Letras do alfabeto
começaram a se formar ao redor da aparição e, em uníssono, as crianças videntes
proclamavam-nas aos berros. Uns cem moradores estavam presentes e sessenta
deles abrigaram-se na cocheira, na tentativa de se aquecerem. Mas os videntes
pareciam alheios ao frio. As crianças avisavam todas as vezes (evidentemente
muitas) que a linda Senhora sorria ou dava risada, quase sempre em uníssono.
A irmã Maria Eduarda e a irmã Vitalina regiam a multidão que entoava os hinos
“Inviolata” e “Magnificat”. Quando os hinos terminaram, a multidão ajoelhou-se em
silêncio, rompido apenas pelas alegres exclamações dos jovens videntes que
continuavam a proclamar as novas fases e as novas letras que surgiam em volta da
aparição.
Em seguida, enquanto a multidão rezava em silêncio, a irmã Maria Eduarda
cantou o hino Ave Maris Stella e durante esse tempo a aparição passou por muitas
mudanças. Não muito depois que o hino terminou, a aparição começou a sumir dos
pés para cima, até que, às nove horas da noite, as crianças disseram: “Sumiu”.
A notícia do acontecimento espalhou-se “como um raio” por toda a paróquia,
onde não se encontrou “um único incrédulo sequer”.
No dia seguinte, chegaram refugiados em fuga por causa dos prussianos, gente
de Laval e das aldeias vizinhas para rezar do lado de fora da casa dos Barbadettes
ou na cocheira, onde era mais quente.
A aceitação da aparição como profecia de que os prussianos invasores não
chegariam a Pontmain, que Pontmain estava protegida pela Virgem Santíssima e que
a guerra logo acabaria foi imediata e geral.
Eugênio Barbadette, que se tornou padre, mais tarde descreveu o que viu. Sua
descrição, aceita como a principal, é a seguinte: no começo, havia sobre a casa de
Guidecoq um espaço sem estrelas; ele matutava sobre a razão disso, quando, de
repente, a aparição surgiu. A mulher era de extraordinária beleza, aparentando ter
uns 18 anos e de estatura alta. A sorridente Senhora trajava um longo manto azulescuro salpicado de estrelas douradas de cinco pontas, todas do mesmo brilho e
tamanho, mas que não emitiam raios. As estrelas não eram muito numerosas e
pareciam estar espalhadas pelas dobras do vestido. O manto azul-escuro era
“amplo”, com pregas bem marcadas e caía do pescoço aos pés sem “nenhum tipo
de faixa ou compressão na cintura”. As mangas também eram “amplas” e caíam
sobre as mãos. Nos pés, ela usava chaussons (chinelos) da mesma cor azul do manto,
enfeitados com laços dourados. Na cabeça, trazia um véu preto que lhe cobria
parte da testa, escondendo o cabelo e as orelhas e chegando aos ombros. Em cima
do véu, havia uma coroa de ouro semelhante a um diadema, mais alta na frente e
afinando para os lados. Uma linha (ou faixa) vermelha de cinco ou seis milímetros de
largura cingia horizontalmente a coroa mais ou menos no centro.
As mãos eram pequenas, o rosto era ligeiramente oval e sorrisos de inefável
doçura tremulavam em sua boca. A cabeça não se inclinava nem para a esquerda
nem para a direita,
Essa descrição está de acordo com os relatos dos outros jovens videntes do que
aconteceu durante e logo depois da aparição. Também constitui a primeira das
cinco “fases” identificadas. É provável que a aparição permanecesse desse modo
por umas duas horas, como quadro vivo estático, com pouco ou nenhum
movimento, exceto pelos sorrisos de inefável doçura.
Fontes diferentes descrevem as fases de modo diferente e, por isso, é difícil saber
em que ordem elas aconteceram. Mas logo depois que a irmã Maria Eduarda recitou
o rosário dos mártires japoneses e logo depois da chegada do padre, de repente a
aparição passou para a segunda fase.
Uma pequena cruz vermelha surgiu no lado esquerdo do manto, no lugar do
coração. Então, ao redor da Senhora, apareceu uma moldura oval azul, que
continha em seu interior quatro velas apagadas. A figura e a moldura “aumentaram”
até a figura ficar com mais de três metros de altura. As estrelas do céu, fora da
moldura oval, pareceram mover-se e se formar diante da Senhora, enfileirando-se
duas a duas sob os pés “como pessoas de pé em ambos os lados de uma carruagem
que passa”. Ao mesmo tempo, aumentou o número das estrelas douradas em seu
manto. Quando a irmã Maria Eduarda começou a cantar o ‘Magnificat’, teve início
a terceira fase. A Senhora ergueu as mãos até as palmas abertas ficarem acima dos
ombros, o que foi considerado sinal de bênção e proteção contra os prussianos.
Uma grande superfície branca de um metro e meio de largura e dez metros de
comprimento apareceu abaixo dos pés da Senhora e da moldura oval azul. Para as
crianças era como se uma mão invisível traçasse devagar lindas letras de ouro sobre
essa lâmina ou folha de papel. Por alguma razão inexplicada, o “Magnificat” foi
interrompido e, durante o silêncio temporário, letras do alfabeto começaram a se
formar sobre o “papel”. A primeira foi “M” e as crianças anunciaram-na em uníssono,
como fizeram à medida que cada uma das outras letras aparecia. Finalmente,
formou-se a palavra francesa mais (“mas”). A irmã Maria Eduarda recomeçou a
cantar o “Magnificat”.
A Senhora sorria de novo, o que as crianças relataram “com gritos de alegria”.
Depois disso, lentamente completou-se a primeira sentença. “Mais priez mês enfants”
(“Mas rezem meus filhos”).
Enquanto essas palavras eram vagarosamente copiadas, por assim dizer, teve
início a quarta fase. A pequena cruz que estava sobre o coração da Senhora
transformou-se em uma cruz maior, apoiada contra o peito com as mãos. Outra
sentença logo se completou: “Dieu vous exaucera em peu de temps” (“Em breve
Deus atenderá a suas orações”). Quando as crianças as transmitiram, todos os que se
achavam reunidos ali entenderam que essas palavras referiam-se à marcha da
guerra e muitos sussurraram ou bradaram que logo ela cessaria. Ao ouvir esses brados
de esperança, as crianças deram risada e disseram que a Senhora também ria.
Como se para confirmar isso, e quando começou a quinta fase, apareceram as
palavras finais: “Mon Fils se laisse toucher” (“Meu Filho está prestes a se comover”). Ao
mesmo tempo, a cruz vermelha desapareceu, a Senhora estendeu as mãos, uma
estrela moveu-se ao redor da Senhora, dentro da moldura, e acendeu as velas que
estavam dentro da moldura oval azul – e, em seguida, parou acima da cabeça e da
coroa da Senhora. Depois que as velas foram acesas, a Senhora abaixou as mãos e
duas pequenas cruzes brancas “ficaram fincadas nos ombros da Virgem Santíssima”.
Nesse momento, um grande véu branco surge debaixo de seus pés. O véu subiu
pouco a pouco, cobriu a Senhora até a cintura e, então, devagar ergueu-se mais até
que restou só o rosto, que sorria para os videntes. Também ele e a moldura oval
desapareceram deixando só as estrelas ao redor da coroa e as quatro velas acesas.
Depois tudo sumiu.
As crianças calaram-se. O pároco perguntou: “Ainda vêem?”. Os videntes
responderam: “Não, padre, tudo desapareceu. Acabou”.
A notícia desta aparição de Nossa Senhora “disparou pela zona rural”, chegou a
Paris no dia seguinte e, em três dias, espalhou-se por toda a França. É fato histórico
que o exército alemão interrompeu o avanço sobre Laval às 5h30min da tarde de 17
de janeiro, quando se iniciava a aparição. Os prussianos interromperam sua terrível
investida e nunca entraram em Pontmain, a apenas oito quilômetros. Em 18 de
janeiro, as forças alemãs começaram a se afastar de Laval, até chegarem de volta a
Vaiges, distante vinte quilômetros.
Quatro anos mais tarde, na pastoral de 2 de fevereiro de 1875, o então bispo
Wicart de Laval declarou:
“Julgamos que Maria Imaculada, Mãe de Deus, realmente apareceu em 17 de
janeiro de 1871, para Eugênio Barbadette, José Barbadette, Françoise Richer e Maria
Joana Lebosse, na aldeia de Pontmain. Com toda a humildade e obediência,
submetemos este julgamento ao julgamento supremo da Santa Sé Apostólica, centro
de unidade e órgão infalível da verdade em toda a Igreja.”
Foi erguida uma basílica que foi consagrada em 15 de outubro de 1900. Na
praça em frente, há uma imagem da Senhora, no lugar onde se julga que ficava a
casa de Guidecoq. Em algum momento entre as décadas de 1950 ou 1960, uma
grande basílica irmã foi dedicada a Nossa Senhora de Pontmain, Mãe de Esperança
e Paz, no Vietnã, pouco antes dos pavorosos combates se iniciarem ali.
O império alemão de Guilherme I não ocupou a França, em grande parte
porque a Inglaterra e a Espanha se opuseram e, com diplomacia, fizeram ameaças
de guerra. Em vez disso, a França concordou em pagar a indenização de um bilhão
em sua moeda corrente (soma considerável, na época, para um governo), o que foi
feito em três anos. Seguiram-se cerca de trinta anos de prosperidade francesa, que
durou até 1914, quando se iniciou a Primeira Grande Guerra.
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Nossa Senhora de Pontmain (1871)